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1 Folha i n o 03 QUESTÃO 01 Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder ao que se pede. Um dia [Ezequiel] amanheceu tocando corneta com a mão; dei-lhe uma cornetinha de metal. Comprei-lhe soldadinhos de chumbo, gravuras de batalhas que ele mirava por muito tempo, querendo que lhe explicasse uma peça de artilharia, um soldado caído, outro de espada alçada, e todos os seus amores iam para o de espada alçada. Um dia (ingênua idade!) perguntou-me impaciente: – Mas, papai, por que é que ele não deixa cair a espada de uma vez? – Meu filho, é porque é pintado. – Mas então por que é que ele se pintou? Ri-me do engano e expliquei-lhe que não era o soldado que se tinha pintado no papel, mas o gravador, e tive de explicar também o que era gravador e o que era gravura: as curiosi- dades de Capitu, em suma. (A) Se estabelecermos uma analogia ou um paralelo entre a gravura, de que se fala no excerto, e o romance Dom Casmurro, os termos “gravador” e “gravura” correspon- derão a que elementos internos do romance? (B) Continuando no mesmo paralelo entre “gravura” e Dom Casmurro, pode-se considerar que a lição dada pelo pai ao filho, a respeito da gravura, serve de advertência também para o leitor do romance? Justifique sua resposta. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Falo a ti - doce virgem dos meus sonhos, Visão dourada dum cismar tão puro, Que sorrias por noites de vigília Entre as rosas gentis do meu futuro. Tu m'inspiraste, oh musa do silêncio, Mimosa flor da lânguida saudade! Por ti correu meu estro ardente e louco Nos verdores febris da mocidade. Tu, que foste a vestal dos sonhos d'ouro, O anjo-tutelar dos meus anelos, Estende sobre mim as asas brancas... Desenrola os anéis dos teus cabelos! Fonte: 20 ago. 1859 ABREU, Casimiro. Obras. Rio de Janeiro: MEC, 1955, p. 49-50. Vocabulário: estro = imaginação criadora vestal = mulher casta ou virgem anelo = desejo ardente QUESTÃO 02 Analisando os aspectos estruturais do texto, é possível identificar as seguintes características formais: (A) a presença de versos brancos e de versos livres (B) a simetria das estrofes e o ritmo de seus versos (C) o uso da redondilha maior e a forma fixa de soneto (D) o emprego de rimas emparelhadas e da ordem inversa TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Nós, escravocratas Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim Nabuco. 1 Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil. Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: 2 Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vilaça, em solenidade na Academia Brasileira de Letras. Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem terra, sem emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade. Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas. 3 Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, quanto eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não fizemos a distribuição do conhecimento: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas porque todos nós, que estudamos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não estudaram. Como antes, os brasileiros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos. Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de escolas e professores. Somos escravocratas, porque construímos universi- dades para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade. Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da educação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão. A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos escravocratas que não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata, e o dinheiro para comprar os escravos pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos escravos: os sem educação. Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão. Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as novas formas de escravidão; e nossos intelectuais e economistas comemoram minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus escravos, nos anos de alta no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. 4 Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena. Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. 5 Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escravidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço. Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos escravo- cratas. E, ao continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação. Fonte: CRISTOVAM BUARQUE. http://oglobo.globo.com, 30 jan. 2000 (adaptado).

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Folha i no 03

QUESTÃO 01

Leia o trecho de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para responder ao que se pede.

Um dia [Ezequiel] amanheceu tocando corneta com a mão; dei-lhe uma cornetinha de metal.

Comprei-lhe soldadinhos de chumbo, gravuras de batalhas que ele mirava por muito tempo, querendo que lhe explicasse uma peça de artilharia, um soldado caído, outro de espada alçada, e todos os seus amores iam para o de espada alçada. Um dia (ingênua idade!) perguntou-me impaciente:

– Mas, papai, por que é que ele não deixa cair a espada de uma vez?

– Meu filho, é porque é pintado. – Mas então por que é que ele se pintou? Ri-me do engano e expliquei-lhe que não era o soldado que

se tinha pintado no papel, mas o gravador, e tive de explicar também o que era gravador e o que era gravura: as curiosi-dades de Capitu, em suma.

(A) Se estabelecermos uma analogia ou um paralelo entre a gravura, de que se fala no excerto, e o romance Dom Casmurro, os termos “gravador” e “gravura” correspon-derão a que elementos internos do romance?

(B) Continuando no mesmo paralelo entre “gravura” e Dom Casmurro, pode-se considerar que a lição dada pelo pai ao filho, a respeito da gravura, serve de advertência também para o leitor do romance? Justifique sua resposta.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Falo a ti - doce virgem dos meus sonhos, Visão dourada dum cismar tão puro, Que sorrias por noites de vigília Entre as rosas gentis do meu futuro. Tu m'inspiraste, oh musa do silêncio, Mimosa flor da lânguida saudade! Por ti correu meu estro ardente e louco Nos verdores febris da mocidade. Tu, que foste a vestal dos sonhos d'ouro, O anjo-tutelar dos meus anelos, Estende sobre mim as asas brancas... Desenrola os anéis dos teus cabelos!

Fonte: 20 ago. 1859 ABREU, Casimiro. Obras. Rio de Janeiro: MEC, 1955, p. 49-50.

Vocabulário: estro = imaginação criadora vestal = mulher casta ou virgem anelo = desejo ardente

QUESTÃO 02

Analisando os aspectos estruturais do texto, é possível identificar as seguintes características formais: (A) a presença de versos brancos e de versos livres (B) a simetria das estrofes e o ritmo de seus versos (C) o uso da redondilha maior e a forma fixa de soneto (D) o emprego de rimas emparelhadas e da ordem inversa

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: NNóóss,, eessccrraavvooccrraattaass

Há exatos cem anos, saía da vida para a história um dos maiores brasileiros de todos os tempos: o pernambucano Joaquim Nabuco. 1Político que ousou pensar, intelectual que não se omitiu em agir, pensador e ativista com causa, principal artífice da abolição do regime escravocrata no Brasil.

Apesar da vitória conquistada, Joaquim Nabuco reconhecia: “2Acabar com a escravidão não basta. É preciso acabar com a obra da escravidão”, como lembrou na semana passada Marcos Vinicios Vilaça, em solenidade na Academia Brasileira de Letras. Mas a obra da escravidão continua viva, sob a forma da exclusão social: pobres, especialmente negros, sem terra, sem emprego, sem casa, sem água, sem esgoto, muitos ainda sem comida; sobretudo sem acesso à educação de qualidade.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra da escravidão se mantém e continuamos escravocratas.

3Somos escravocratas ao deixarmos que a escola seja tão diferenciada, conforme a renda da família de uma criança, quanto eram diferenciadas as vidas na Casa Grande ou na Senzala. Somos escravocratas porque, até hoje, não fizemos a distribuição do conhecimento: instrumento decisivo para a liberdade nos dias atuais. Somos escravocratas porque todos nós, que estudamos, escrevemos, lemos e obtemos empregos graças aos diplomas, beneficiamo-nos da exclusão dos que não estudaram. Como antes, os brasileiros livres se beneficiavam do trabalho dos escravos.

Somos escravocratas ao jogarmos, sobre os analfabetos, a culpa por não saberem ler, em vez de assumirmos nossa própria culpa pelas decisões tomadas ao longo de décadas. Privilegiamos investimentos econômicos no lugar de escolas e professores. Somos escravocratas, porque construímos universi-dades para nossos filhos, mas negamos a mesma chance aos jovens que foram deserdados do Ensino Médio completo com qualidade. Somos escravocratas de um novo tipo: a negação da educação é parte da obra deixada pelos séculos de escravidão.

A exclusão da educação substituiu o sequestro na África, o transporte até o Brasil, a prisão e o trabalho forçado. Somos escravocratas que não pagamos para ter escravos: nossa escravidão ficou mais barata, e o dinheiro para comprar os escravos pode ser usado em benefício dos novos escravocratas. Como na escravidão, o trabalho braçal fica reservado para os novos escravos: os sem educação.

Negamo-nos a eliminar a obra da escravidão. Somos escravocratas porque ainda achamos naturais as

novas formas de escravidão; e nossos intelectuais e economistas comemoram minúscula distribuição de renda, como antes os senhores se vangloriavam da melhoria na alimentação de seus escravos, nos anos de alta no preço do açúcar. Continuamos escravocratas, comemorando gestos parciais. 4Antes, com a proibição do tráfico, a lei do ventre livre, a alforria dos sexagenários. Agora, com o bolsa família, o voto do analfabeto ou a aposentadoria rural. Medidas generosas, para inglês ver e sem a ousadia da abolição plena.

Somos escravocratas porque, como no século XIX, não percebemos a estupidez de não abolirmos a escravidão. 5Ficamos na mesquinhez dos nossos interesses imediatos negando fazer a revolução educacional que poderia completar a quase-abolição de 1888. Não ousamos romper as amarras que envergonham e impedem nosso salto para uma sociedade civilizada, como, por 350 anos, a escravidão nos envergonhava e amarrava nosso avanço.

Cem anos depois da morte de Joaquim Nabuco, a obra criada pela escravidão continua, porque continuamos escravo-cratas. E, ao continuarmos escravocratas, não libertamos os escravos condenados à falta de educação.

Fonte: CRISTOVAM BUARQUE. http://oglobo.globo.com, 30 jan. 2000 (adaptado).

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Folha i no 03 QUESTÃO 03

No desenvolvimento da argumentação, o autor enumera razões específicas, facilmente constatadas no cotidiano, para sustentar sua opinião, anunciada no título, de que todos nós seríamos ainda escravocratas. Esse método argumentativo, que apresenta elementos específicos da experiência social cotidiana, para deles extrair uma conclusão geral, é conhecido como: (A) direto (B) dialético (C) dedutivo (D) indutivo

QUESTÃO 04

Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Fonte: Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 09 maio 1998 (adaptado). Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se (A) na fonologia. (B) no uso do léxico. (C) no grau de formalidade. (D) na organização sintática. (E) na estruturação morfológica.

TEXTOS PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Texto I

AA eessttrreellaa ssoobbee Vai um dia, uma semana, um mês. Vai o inverno, o verão.

As mesmas festas, os mesmos clubes, os mesmos cinemas. Os amiguinhos é que mudam. Não suportava uma semana a mesma cara, a mesma voz, os mesmos beijos. Vem o carnaval, fantasiou-se de camponesa russa - que loucura!

Para as noites de casa tem os romances emprestados, as revistas, os jornais dos hóspedes. Tem o rádio do vizinho também. É desgraçado de fanhoso, mas é rádio. Tem Seu Alberto sempre amigo, sempre de violão, animando-a:

– Que linda voz! – Pelo senhor eu já estava no rádio, não é, Seu Alberto? –Por que não? Há muitas piores que lá estão. Leniza confundia-o: –Está ouvindo, mamãe? Piores. Dona Manuela ria, ele ria também: – É uma maneira de dizer. – Eu sei!... Dona Manuela achava que era preciso muito pistolão. Seu

Alberto achava que seria bom ela tentar. Ir a uma estação, cantar para eles ouvirem... Voz tinha. Graça também. Quem sabe? Ia falando, falando... - a voz mole, arrastada, quase feminina. Dona Manuela insensivelmente dando corda: - É, não é... - Leniza não ouve - sonha. Ela cantando. Ela ouvida pela

mãe, por Seu Alberto, pelo vizinho, por todo mundo. Ela ganhando dinheiro, muito dinheiro, ela se vestindo bem, cotada à beça, com retrato nos jornais todos os dias. Seu Alberto só chama Leniza de senhora, de dona:

– A senhora também não acha, Dona Leniza? Leniza acorda: –O quê? – Que não há outra como a Carmem Miranda. –Que dúvida! Dona Manuela não acha. Gosta dela sim, mas gosta mais

de Araci Cortes. Acha-a mais mimosa. Tinha-a visto no teatro, há muito tempo, poucos dias antes do marido cair entrevado, coitado. Muito mimosa. Seu Alberto ria:

– Qual, Dona Manuela, a senhora está muito atrasada. A Araci é material da Monarquia.

Fonte: REBELO, Marques. A estrela sobe. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. Texto II

NNooss mmoorrrrooss ee nnaass vviillaass,, nnaassccee aa mmúússiiccaa ddaass mmuullttiiddõõeess Durante a década de 30, o rádio viria a ter vital importância na

propagação nacional da música popular, e especialmente do samba. No Rio de Janeiro (centro aglutinador de cantores, músicos e compositores) a transmissão "para todo o Brasil" de programas musicais, trouxe inúmeras vantagens para a música popular e uma "era de ouro" para os artistas nacionais. Surgem os primeiros ídolos populares, uma verdadeira constelação de astros: Francisco Alves, Vicente Celestino, Mário Reis, Carmem Miranda, Araci de Almeida. Em 1937, Orlando Silva é denominado o "Cantor das Multidões", por arrebanhar milhares de admiradores em suas apresentações. Os gêneros musicais se diversificam. Em 1935, o samba-canção ou samba de meio de ano começa a firmar o seu estilo, diferenciando-se do ritmo carnavalesco. Esse tipo de samba, próprio para ouvir e cantar, vinha atender uma exigência do lazer das massas urbanas que se divertiam com os programas de rádio. Surge também um gênero híbrido, o samba-choro, representado pelas composições "Amor em Excesso" (1932) de Gade, e "Comigo Não" (1934), de Heitor Catumbi. Em 1936, surgiria o samba de breque, tal como ficaria conhecido a partir da música "Jogo Proibido", interpretada por Moreira da Silva.

Fonte: Nosso Século - 1930/1945. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

QUESTÃO 05

A existência de um narrador e de personagens em um texto narrativo possibilita a ocorrência dos três tipos fundamentais de discurso: direto, indireto e indireto livre. (A) Considere o seguinte trecho que está em discurso direto:

"- Que linda voz! - Pelo senhor eu já estava no rádio, não é, Seu Alberto?" (texto I) Reescreva-o utilizando discurso indireto.

(B) No primeiro parágrafo do texto I, o narrador recorreu ao discurso indireto livre. Caracterize este recurso narrativo e cite uma frase do referido parágrafo como exemplo.

QUESTÃO 01

Uma compra no valor de 1.000 reais será paga com uma entrada de 600 reais e uma mensalidade de 420 reais. A taxa de juros aplicada na mensalidade é igual a (A) 2%. (B) 5%. (C) 8%. (D) 10%.

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Folha i no 03 QUESTÃO 02

Uma pessoa investiu R$20.000,00 durante 3 meses em uma aplicação que lhe rendeu 2% no primeiro mês e 5% no segundo mês. No final do terceiro mês, o montante obtido foi suficiente para pagar uma dívida de R$22.000,00. Assim sendo, a taxa mínima de juros, no terceiro mês, para esse pagamento, em %, foi, aproximadamente, de (A) 1. (B) 2. (C) 3. (D) 4. (E) 5.

QUESTÃO 03

Ao somar o número de diagonais e o número de lados de um dodecágono obtém-se (A) 66 (B) 56 (C) 44 (D) 42

QUESTÃO 04

Se ABC é um triângulo, o valor de α é (A) 10° (B) 15° (C) 20° (D) 25°

QUESTÃO 05

Em 1º de junho de 2009, João usou R$150.000,00 para comprar cotas de um fundo de investimento, pagando R$ 1,50 por cota. Três anos depois, João vendeu a totalidade de suas cotas, à taxa de R$2,10 cada uma. Um apartamento que valia R$150.000,00 em 1º de junho de 2009 valorizou-se 90% nesse mesmo período de três anos. (Nota: a informação de que a valorização do apartamento foi de 90% nesse período de três anos deve ser usada para responder a todos os itens a seguir). (A) Se, ao invés de adquirir as cotas do fundo de investimento,

João tivesse investido seu dinheiro no apartamento, quanto a mais teria ganhado, em R$, no período?

(B) Para que, nesse período de três anos, o ganho de João tivesse sido R$20.000,00 maior com o fundo de investi-mento, na comparação com o apartamento, por quanto cada cota deveria ter sido vendida em 1º de junho de 2012?

(C) Supondo que o regime de capitalização do fundo de investimento seja o de juros simples, quanto deveria ter sido a taxa de juros simples, ao ano, para que a renta-bilidade do fundo de investimento se igualasse à do apartamento, ao final do período de três anos? Apresente uma função que relacione o valor total das cotas de João (Y) com o tempo t, em anos.

QUESTÃO 01

O esquema a seguir representa o mais recente sistema de clas-sificação do Reino Plantae.

(A) Os algarismos romanos representam a aquisição de

estruturas que permitiram a evolução das plantas. Quais são as estruturas representadas por I, II e III? Qual a função da estrutura representada em I?

(B) A dupla fecundação é característica das angiospermas. Em que consiste e quais os produtos formados com a dupla fecundação?

QUESTÃO 02

Em uma aula de biologia, a professora pegou três sacos de papel permeável e colocou, em cada um deles, um par de frutas, segundo a tabela.

Saco 1 Saco 2 Saco 3

Banana verde X X

Mamão verde X X

Banana madura X

Mamão maduro X

Bananas e mamões, verdes e maduros

como os usados na aula

Todas as frutas estavam íntegras e com bom aspecto. Cada saco foi fechado e mantido em um diferente canto da sala de aula, que tinha boa ventilação e temperatura em torno de 30 °C. Na semana seguinte, os sacos foram abertos e os alunos puderam verificar o grau de maturação das frutas. Pode-se afirmar que, mais provavelmente, (A) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam apodrecido, e

as frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 iniciavam, ao mesmo tempo, seus processos de maturação.

(B) as frutas verdes dos três sacos haviam amadurecido ao mesmo tempo e já iniciavam o processo de apodrecimento, enquanto as frutas maduras dos sacos 2 e 3 já se mostra-vam totalmente apodrecidas.

(C) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam apodrecido, e as frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 continuavam verdes.

(D) as frutas verdes dos sacos 2 e 3 haviam amadurecido, e as frutas verdes do saco 1 estavam em início de maturação.

(E) as frutas dos três sacos se encontravam tal como no início do experimento: as frutas verdes dos sacos 1, 2 e 3 ainda estavam verdes e as frutas maduras dos sacos 2 e 3 estavam no mesmo ponto de maturação.

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Folha i no 03 QUESTÃO 03

Há mais de 300 anos, o cientista italiano Marcello Malpighi realizou um experimento no qual ele retirou um anel de casca do tronco de uma árvore. Com o passar do tempo, a casca intumesceu na região acima do corte.

O intumescimento observado foi causado pelo acúmulo de (A) solutos orgânicos que não puderam ser transportados pelo

floema rompido. (B) solutos inorgânicos nos vasos lenhosos acima do anel

removido. (C) seiva bruta nos vasos condutores removidos junto com o

anel de casca. (D) produtos da fotossíntese no xilema que foi partido com o

corte na casca. (E) substâncias que não puderam ser usadas no processo

fotossintético.

QUESTÃO 04

Na atualidade, os suplementos vitamínicos fazem, cada vez mais, parte da rotina de pessoas em todo o mundo, pois possuem a função de suprir a deficiência de nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo, quando não há tempo suficiente para dedicação a uma alimentação equilibrada. Sobre as vitaminas, é correto afirmar-se que (A) o consumo em excesso de vitaminas classificadas como

hidrossolúveis é um risco para a saúde, pois, com o tempo, acumulam-se no organismo, tornando-se tóxicas.

(B) devido a sua extraordinária capacidade de dissolução na gordura corporal, as vitaminas lipossolúveis não se acumulam no organismo.

(C) a carência das vitaminas lipossolúveis C, A e K pode causar, respectivamente, escorbuto, cegueira noturna e hemorragia.

(D) nos seres humanos, a quantidade de vitaminas que deve ser ingerida varia em função da idade, do sexo, do estado de saúde e da atividade física do indivíduo.

QUESTÃO 05

Os esteroides são substâncias fundamentais ao metabolismo, dentre eles, o colesterol é um parâmetro que deve ser monitorado regularmente para o controle da saúde humana. Sobre o colesterol, é correto afirmar que (A) é uma substância gordurosa prejudicial ao metabolismo

humano, encontrada em todas as células do corpo, que sempre aumenta com o avanço da idade em homens e mulheres.

(B) no organismo humano somente é adquirido através dos alimentos; portanto, a ingestão de gorduras deve ser inversamente proporcional ao aumento da idade.

(C) é um álcool complexo, essencial para a formação das membranas das nossas células, para a síntese de hormônios, como a testosterona, estrogênio, cortisol e para a metabolização de algumas vitaminas.

(D) dois pacientes com colesterol total de 190 sendo o paciente 1 possuidor de LDL 150, HDL 20 e VLDL 20 e o paciente 2 de LDL 100, HDL 65 e VLDL 25 correm o mesmo risco de desenvolver aterosclerose.

QUESTÃO 01

A produção mundial de alimentos poderia se reduzir a 40% da atual sem a aplicação de controle sobre as pragas agrícolas. Por outro lado, o uso frequente dos agrotóxicos pode causar conta-minação em solos, águas superficiais e subterrâneas, atmosfera e alimentos. Os biopesticidas, tais como a piretrina e corono-pilina, têm sido uma alternativa na diminuição dos prejuízos econômicos, sociais e ambientais gerados pelos agrotóxicos.

Identifique as funções orgânicas presentes simultaneamente nas estruturas dos dois biopesticidas apresentados: (A) Éter e éster. (B) Cetona e éster. (C) Álcool e cetona. (D) Aldeído e cetona. (E) Éter e ácido carboxílico.

QUESTÃO 02

As essências usadas nos perfumes podem ser naturais ou sintéticas. Uma delas, a muscona, é o principal componente do odor de almíscar, que, na natureza, é encontrado em glândulas presentes nas quatro espécies de veado almiscareiro (Moschus ssp.). Por ser necessário sacrificar o animal para a remoção dessa glândula, tais espécies encontram-se ameaçadas de extinção, o que tem promovido o uso de substâncias sintéticas com propriedades olfativas semelhantes à muscona, como o composto mostrado a seguir.

A massa de uma única molécula do composto acima é

(A) 224,7 10 g−× (B) 283,27 g

(C) 261,7 10 g×

(D) 212,13 10 g×

(E) 261,7 10 g−×

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Folha i no 03 QUESTÃO 03

Um dos episódios da final da Copa da França de 1998 mais noticiados no Brasil e no mundo foi "o caso Ronaldinho". Especi-alistas apontaram: estresse, depressão, ansiedade e pânico podem ter provocado a má atuação do jogador brasileiro. Na confirmação da hipótese de estresse, teriam sido alteradas as quantidades de três substâncias químicas excitatórias do cérebro - a noradrenalina, a serotonina e a dopamina - cujas estruturas estão a seguir representadas:

Essas substâncias têm em comum as seguintes funções quími-cas: (A) amida e fenol (B) amina e fenol (C) amida e álcool (D) amina e álcool

QUESTÃO 04

Uma das técnicas empregadas para separar uma mistura gasosa de CO2 e CH4 consiste em fazê-la passar por uma solução aquosa de Ba(OH)2. Uma amostra dessa mistura gasosa, com volume total de 30 L, sob temperatura de 27°C e pressão de 1 atm, ao reagir com a solução aquosa de Ba(OH)2, produz a precipitação de 98,5 g de BaCO3. A fração gasosa remanescente, nas mesmas condições de temperatura e pressão, contém apenas CH4. O volume, em litros, de CH4 remanescente é igual a: Dado: R = 0,082 atm · L · mol-1 · K-1. (A) 10 (B) 12 (C) 15 (D) 18

QUESTÃO 05

A eletrólise da ureia, substância encontrada na urina, está sendo proposta como forma de obtenção de hidrogênio, gás que pode ser utilizado como combustível. Observe a reação da célula eletrolítica empregada nesse processo, realizado com 100% de rendimento:

2 2 2 2 2 2CO(NH ) H O N CO 3H+ → + + Considere as seguintes informações: I. A ureia tem fórmula química CO(NH2)2 e sua concentração

é de 20 g a cada 1L de urina. II. Um ônibus movido a hidrogênio percorre 1 km com 100 g

desse combustível. Calcule a distância, em quilômetros, percorrida por um ônibus utilizando o combustível gerado na eletrólise de dez mil litros de urina.

QUESTÃO 01

Três esferas puntiformes, eletrizadas com cargas elétricas q1 = q2 = +Q e q3 = –2Q, estão fixas e dispostas sobre uma circunferência de raio r e centro C, em uma região onde a constante eletrostática é igual a k0, conforme representado na figura.

Considere VC o potencial eletrostático e EC o módulo do campo elétrico no ponto C devido às três cargas. Os valores de VC e EC são, respectivamente,

(A) zero e 02

4 k Qr⋅ ⋅

(B) 04 k Qr

⋅ ⋅ e 0

2k Q

r⋅

(C) zero e zero

(D) 02 k Qr

⋅ ⋅ e 0

22 k Q

r⋅ ⋅

(E) zero e 02

2 k Qr⋅ ⋅

QUESTÃO 02

Uma pequena esfera de massa M igual a 0,1 kg e carga elétrica q 1,5 Cμ= está, em equilíbrio estático, no interior de um campo elétrico uniforme gerado por duas placas paralelas verticais carregadas com cargas elétricas de sinais opostos. A esfera está suspensa por um fio isolante preso a uma das placas conforme o desenho abaixo. A intensidade, a direção e o sentido do campo elétrico são, respectivamente, Dados: cos 0,8θ = e sen 0,6θ = intensidade da aceleração da gravidade g = 10 m/s2

Desenho ilustrativo - fora de escala

(A) 55 10 N / C,⋅ horizontal, da direita para a esquerda.

(B) 55 10 N / C,⋅ horizontal, da esquerda para a direita.

(C) 59 10 N / C,⋅ horizontal, da esquerda para a direita.

(D) 59 10 N / C,⋅ horizontal, da direita para a esquerda.

(E) 55 10 N / C,⋅ vertical, de baixo para cima.

QUESTÃO 03

Na figura esquematizada acima, os corpos A e B encontram-se em equilíbrio. O coeficiente de atrito está-tico entre o corpo A e o plano inclinado vale µ = 0,500 e o peso do corpo B é PB = 200N. Considere os fios e as polias ideais e o fio que liga o corpo A é paralelo ao plano inclinado. Sendo senθ = 0,600 e cosθ = 0,800, o peso máximo que o corpo A pode assumir é (A) 100 N (B) 300 N (C) 400 N (D) 500 N (E) 600 N

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6

Folha i no 03 QUESTÃO 04

Uma carga elétrica de intensidade Q 10,0 C,μ= no vácuo, gera um campo elétrico em dois pontos A e B, conforme figura acima. Sabendo-se que a constante eletrostática do vácuo é

9 2 20k 9 10 Nm / C= ⋅ o trabalho realizado pela força elétrica

para transferir uma carga q 2,00 Cμ= do ponto B até o ponto A é, em mJ, igual a

(A) 90,0 (B) 180 (C) 270 (D) 100 (E) 200

QUESTÃO 05

O esquema abaixo representa um campo elétrico uniforme E,

no qual as linhas verticais correspondem às superfícies equipo-tenciais. Uma carga elétrica puntiforme, de intensidade 400 C,μ colocada no ponto A, passa pelo ponto B após algum tempo.

Determine, em joules, o trabalho realizado pela força elétrica para deslocar essa carga entre os pontos A e B.

QUESTÃO 01

O poeta canta: “A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família

selvagem.” (Pablo Neruda). Talvez não seja inútil partir desses versos para tentar

perceber por que elementos – que encarados em seu conjunto, constituem um mecanismo – foi possível a conquista da América.

Fonte: Ruggiero Romano, Mecanismos da Conquista Colonial. 1973 (adaptado). Sobre o trecho citado, é correto afirmar que a conquista espanhola da América (A) diferenciou-se muito da praticada pelos portugueses no

Brasil, porque houve a instituição de pequenas propriedades rurais, a produção essencialmente voltada para o mercado interno e, ao mesmo tempo, uma política indigenista que privilegiou a catequese e condenou todas as formas de exploração do trabalho indígena, estabelecendo o trabalho assalariado para as atividades produtivas; mas a ausência de alimentos fez a fome prevalecer entre os colonos.

(B) contou com muitas condições facilitadoras, caso da organi-zação social das sociedades indígenas, produtoras de exce-dentes agrícolas e acostumadas com o trabalho de explo-ração extrativista mineral; mas, por outro lado, os religiosos espanhóis defendiam a necessidade da escravidão indíge-na a fim de que os nativos da América percebessem a im-portância da fé religiosa e do temor a Deus para a cons-trução de laços familiares estáveis e moralmente aceitos.

(C) foi organizada pelas elites coloniais, representadas pelos criollos, que criaram vários mecanismos de exploração do trabalho indígena, prevalecendo a condição escrava, porque, ainda que os preceitos jurídicos explicitassem a qualidade dos nativos de homens livres, cada morador adulto de aldeias era obrigado a oferecer a metade dos dias do ano de trabalho nas propriedades agrícolas, sempre com o irrestrito apoio das congregações religiosas, especialmente a dos jesuítas.

(D) constitui-se como um organismo, no qual se articularam a superioridade bélica do colonizador, exemplificada pelo uso do cavalo; a existência de alguns mitos religiosos que precederam a presença espanhola na América, caso das profecias que garantiam a chegada iminente de novos deuses ou de calamidades; e uma considerável modificação nas formas de organização das sociedades nativas americanas, materializada na imposição de novas formas e ritmos de trabalho.

(E) esteve sempre muito ameaçada pela dificuldade em obter mão de obra farta, porque as guerras entre os povos nativos eram constantes e geravam muitas mortes e, além disso, porque havia uma pressão importante de vários setores da Igreja Católica para que os indígenas só fossem deslocados às frentes de trabalho depois da formação catequética, que demorava alguns anos e retirava dos índios a motivação para as atividades mais rudes, caso da extração da prata.

QUESTÃO 02

A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da República a fundarem a Companhia das Índias Ocidentais (1621). (...)

O historiador Charles Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império Habsburgo e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira Guerra Mundial, pois atingiu os quatros cantos do mundo.

Fonte: Regina Célia Gonçalves, Fim do domínio holandês In Circe Bittencourt (org), Dicionário de datas da história do Brasil, p. 34.

Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que (A) os fundamentos da presença holandesa em todos os do-

mínios coloniais portugueses devem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, caben-do aos representantes batavos, prioritariamente, impor o cal-vinismo nas regiões recém-conquistadas, caso de Angola.

(B) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências europeias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras entre essas potências, gerando o isolamento estra-tégico das companhias de comércio de capital holandês.

(C) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucareira, fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o domínio português.

(D) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na América portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta à influência estrangeira.

(E) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do continente e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se defender da marinha de guerra holandesa.

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Folha i no 03 QUESTÃO 03

São características das chamadas sociedades do Antigo Regime: (A) igualdade jurídica, valorização do trabalho manual e

predomínio dos valores burgueses. (B) desigualdade jurídica, predomínio dos valores aristocráticos

e desvalorização do trabalho manual. (C) desigualdade social, predomínio dos valores urbanos e

anticlericalismo. (D) igualdade social, protestantismo e mentalidade aristocrática. (E) liberalismo econômico, desigualdade jurídica e ascensão

das comunidades camponesas.

QUESTÃO 04

Feitas as contas, a historiografia tradicional do bandeirantismo errou na proposição secundária (as bandeiras caçavam índios para vendê-los no Norte), mas acertou na principal (as bandeiras foram originadas pela quebra do tráfico atlântico): os anos 1625-50 configuram, incontestavelmente, um período de “fome de cativos”.

Fonte: Luiz Felipe de Alencastro, O trato do viventes. p. 198-9. Esse “período de ‘fome de cativos’” relacionou-se (A) aos conflitos entre os holandeses e os portugueses no

controle sobre o tráfico negreiro africano. (B) às inúmeras guerras internas na África, que diminuíram

drasticamente a oferta de homens para o tráfico intercon-tinental.

(C) à ascensão da marinha de guerra inglesa que, interessada na exploração da África, conteve a retirada de homens do continente.

(D) à ação militar e diplomática da França, que obteve o monopólio virtual do tráfico de escravos para a América.

(E) a importantes restrições de escravização dos africanos impostas pela Igreja Católica.

QUESTÃO 05

Leia o texto a seguir. A ilha de Utopia tem cinquenta e quatro cidades grandes e

magníficas, onde todos falam a mesma língua, têm os mesmos hábitos e vivem sob as mesmas leis e instituições. O governador conserva o cargo por toda a vida, a menos que se suspeite que o titular deseja instituir uma tirania. Uma lei proíbe que as questões de interesse público sejam discutidas durante menos de três dias, sendo crime de morte deliberar sobre assuntos de Estado fora do Senado ou da Assembleia Popular. Aparentemente, isso é feito para impedir que o governador e os representantes das famílias conspirem para ignorar os desejos da população e alterar a Constituição.

Fonte: MORE, Thomas. Utopia. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2009. p. 82 e seq. (adaptado).

Este texto integra a obra de Thomas Morus, publicada em 1516, na Inglaterra governada por Henrique VIII. Ao narrar a vida cotidiana em um país fictício, chamado Utopia, o autor descreve instituições políticas que projetam um governo voltado à vida comunitária ideal. Com base no texto apresentado, explique como essa vida comunitária ideal (A) revela os princípios que sustentam o processo de

formação do Estado nacional moderno; (B) expressa um elemento de crítica ao governo absolutista.

QUESTÃO 01

Observe a imagem abaixo.

A montadora Ford, de capital norte-americano, anunciou hoje (04/01/2012) a produção global de um modelo de utilitário esportivo, o EcoSport, projetado por cerca de 1,2 mil engenheiros brasileiros e argentinos no centro de desenvolvimento da com-panhia em Camaçari, na Bahia. O carro, que deverá ser vendido em 100 países, será produzido nas fábricas da Ford na Bahia, na Tailândia e na Índia.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-01-04/modelo-de-carro-concebido-no-brasil-vira-produto-global. Acesso em 27/08/2012.

Assinale a alternativa que apresenta características da produção industrial atual representada pelo lançamento do Novo Ecosport. (A) Estreita relação entre pesquisa e tecnologia e desconcen-

tração industrial na produção de produtos globais. (B) Rígida padronização (estandartização) dos produtos com o

objetivo de atender o gosto dos clientes. (C) Produção baseada no modelo just in time, que exige

grandes almoxarifados no interior das fábricas. (D) Linha de produção fordista, com eliminação da terceirização

na produção e na incorporação de mão de obra pouco qualificada de países em desenvolvimento.

QUESTÃO 02

A revolução técnico-científica teve início na segunda metade do século XX com a expansão da tecnologia da informação, tendo por base o desenvolvimento da eletrônica: microeletrônica, com-putadores e telecomunicações. Pode-se considerar como uma característica importante dessa revolução (A) a expansão das indústrias de base capazes de criar e

ampliar a infraestrutura logística para os novos setores informacionais.

(B) o surgimento dos tecnopolos e de centros industriais, os quais têm como base a produtividade e a competitividade.

(C) a recuperação de antigas áreas industriais que empregavam o carvão mineral e passaram a utilizar o petróleo e o gás natural.

(D) a lógica da localização industrial concentrada em oposição à descentralização que marcou a Segunda Revolução Industrial.

(E) e) a criação de parques e complexos industriais junto às áreas metropolitanas as quais utilizam fontes de energia renováveis.

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Folha i no 03 QUESTÃO 03

Relacionando as informações cartografadas com o histórico da questão fundiária no Brasil, afirma-se: (A) O volume de assentamentos rurais realizados pelos

governos reduziram as ações de pressão utilizadas pelos movimentos dos “sem-terra”.

(B) A ampliação da ocorrência de conflitos violentos na Amazônia vincula-se à sobreposição de assentamentos em áreas de grandes projetos de extração mineral.

(C) A concentração de assentamentos no Nordeste associa-se às políticas de fixação de população ribeirinha tradicional e a concessão de direitos às Comunidades Quilombolas contribuiu para o in-Zcremento dos dados representados no carto-grama.

(D) O predomínio do número de minifúndios no Brasil ratifica que não há necessidade de inten-sificação da Reforma Agrária.

Fonte: http://mapas.ibge.gov.br. Acesso em: 13 set. 2014 (adaptado).

QUESTÃO 04

Leia o texto. A violência pode ser direta ou indireta, ativa ou passiva. A

violência direta é a violência física empregada contra a pessoa, contra a ocupação e contra a posse camponesa. Ela pode ser deflagrada por particulares ou pelo Estado e constitui principalmente em assassinatos, tentativas de assassinato, ameaças de morte, despejos da terra, expulsões da terra e outras formas que causem danos físicos ou psicológicos aos trabalhadores rurais e camponeses ou a seus bens. As tentativas de assassinato, ameaças de morte e expulsões da terra são formas de violência privada contra os camponeses.

Fonte: http://www2.fct.unesp.br/nera/atlas/violencia.htm. Acesso em: 10 de abril de 2016.

Historicamente, o Brasil tem registrado muitos conflitos no campo com inúmeras vítimas, como retrata o texto. Entre os vários fatores que explicam tais conflitos, aqueles que envolvem as formas de trabalho no campo decorrem da (A) diversidade cultural dos moradores. (B) relação de exploração da mão de obra. (C) desmobilização dos agricultores locais. (D) aumento de trabalhadores urbanos na zona rural. (E) crescimento de empregos na agricultura orgânica.

QUESTÃO 05

A Levi Strauss costumava ter 60 fábricas de jeans nos EUA; hoje essa empresa tem contrato com 16 fornecedoras e não possui nenhuma. É difícil imaginar que as grandes manufaturas de roupas voltem para os EUA – seu trabalho é muito básico. A indústria de eletrodomésticos também transferiu a produção para fora do país, mas há uma certa tendência recente de retorno dessas atividades. A busca dos consumidores por componentes de alta tecnologia em itens de uso diário, como geladeiras e aquecedores de água, deixa a produção mais complicada; isso

tornou a produção nos EUA mais atraente, não apenas porque os fabricantes agora têm de proteger a propriedade tecnológica, mas também porque os trabalhadores americanos são mais qualificados, na média, do que sua contraparte chinesa.

Fonte: FISHMAN, C. Manufacturing in the US is making a historic comeback. The Atlantic, 15 dez. 2012 (adaptado).

http://www.businessinsider.com/manufacturing-in-the-us-is-making-a-historic-comeback-2012-12. Acesso em 01 set. 2013.

Com base no enunciado e nos conhecimentos de geografia econômica, indique o modelo de produção industrial sob o qual se deu o processo de migração industrial dos EUA para países em desenvolvimento e apresente três fatores responsáveis por esse processo.

QUESTÃO 01

A condenação à violência pode ser estendida à ação dos militantes em prol dos direitos animais que depredaram os laboratórios do Instituto Royal, em São Roque. A nota emocional é difícil de contornar: 178 cães da raça beagle, usados em testes de medicamentos, foram retirados do local. De um lado, por mais que seja minimizado e controlado, há o sofrimento dos bichos. Do outro lado, está nosso bem maior: nas atuais condições, não há como dispensar testes com animais para o desenvolvimento de drogas e medicamentos que salvarão vidas humanas.

Fonte: Direitos animais. Veja, 25 out. 2013. Sob o ponto de vista filosófico, os valores éticos envolvidos no fato relatado envolvem problemas essencialmente relacionados (A) à legitimidade do domínio da natureza pelo homem. (B) a diferentes concepções de natureza religiosa. (C) a disputas políticas de natureza partidária. (D) à instituição liberal da propriedade privada. (E) aos interesses econômicos da indústria farmacêutica.

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Folha i no 03 QUESTÃO 02

Num mundo onde cresce sem parar a compulsão para obrigar as pessoas a levar uma vida “correta” no maior número possível das atividades que formam o seu dia a dia, a mesa tornou-se uma das áreas que mais atraem a atenção dos gendarmes empenhados em arbitrar o que é realmente bom para você. É uma provação permanente. Médicos, nutricionistas, personal trainers, editores e editoras de revistas dedicadas à forma física, ambientalistas, militantes da produção orgânica, burocratas, chefs de cozinha, críticos de restaurantes e mais uma multidão de diletantes prontos a dar testemunho expedem decretos cada vez mais frequentes, e cada vez mais severos, sobre os deveres do cidadão na hora de comer. O fato é que toda essa gente, quase sempre com as melhores intenções, acabou construindo um crescente sistema de ansiedade em torno do pão nosso de cada dia – e o resultado é que o prazer de comer bem vai sendo substituído pela obrigação de comer certo. Modelos, atrizes e outras pessoas que precisam pesar pouco para fazer sucesso chegam aos 30 anos de idade, ou mais, praticamente sem ter feito uma única refeição decente na vida. Propõe-se, como virtude alimentar, um mundo sombrio de pastas, mingaus, poções, soros de proteína e sabe-se lá o que ainda vem pela frente. Não está claro o que se ganha em toda essa história. A perspectiva de morrer, um dia, no peso ideal?

Fonte: J. R. Guzzo. Veja, 09 jun. 2010 (adaptado). Sob o ponto de vista filosófico, podemos afirmar que, para o autor, (A) é positiva a adoção de procedimentos científicos no campo

nutricional. (B) o tema da qualidade de vida deve ser enfocado sob

critérios morais. (C) os padrões hegemônicos vigentes na sociedade atual no

campo da nutrição são elogiáveis. (D) a felicidade depende do número de calorias ingeridas pelo

ser humano. (E) a autonomia individual deveria ser o critério para definir os

parâmetros de uma vida adequada.

QUESTÃO 03

Leia o texto a seguir. A sociedade, com sua regularidade, não é nada externa aos

indivíduos; tampouco é simplesmente um “objeto oposto” ao indivíduo; ela é aquilo que todo indivíduo quer dizer quando diz “nós”. Mas esse “nós” não passa a existir porque um grande número de pessoas isoladas que dizem “eu” a si mesmas posteriormente se une e resolve formar uma associação. As funções e as relações interpessoais que expressamos com partículas gramaticais como “eu”, “você”, “ele” e “ela”, “nós” e “eles” são interdependentes. Nenhuma delas existe sem as outras e a função do “nós” inclui todas as demais. Comparado àquilo a que ela se refere, tudo o que podemos chamar “eu”, ou até “você”, é apenas parte.

Fonte: ELIAS, N. A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p.57.

O modo como as diferentes perspectivas teóricas tratam da noção de identidade vincula-se à clássica preocupação das Ciências Sociais com a questão da relação entre indivíduo e sociedade. Com base no texto e nos conhecimentos da sociologia histórica, de Norbert Elias, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a noção de origem do indivíduo e da sociedade. (A) O indivíduo forma-se em seu “eu” interior e todos os outros

são externos a ele, seguindo cada um deles o seu caminho autonomamente.

(B) A origem do indivíduo encontra-se na racionalidade, conforme a perspectiva cartesiana, segundo a qual “penso, logo existo”.

(C) A sociedade origina-se do resultado diretamente per-ceptível das concepções, planejamentos e criações do somatório de indivíduos ou organismos.

(D) A sociedade forma-se a partir da livre decisão de muitos indivíduos, quando racional e deliberadamente decide-se pela elaboração de um contrato social.

(E) A sociedade é formada por redes de funções que as pessoas desempenham umas em relação às outras por meio de sucessivos elos.

QUESTÃO 04

Rachel Crosby, representante de vendas em Los Angeles, fala do seu telefone BlackBerry como se estivesse se referindo a um parente incômodo. "Tenho vergonha dele", disse Rachel, que parou de usar seu aparelho em festas e conferências. Ela diz que, nas reuniões, coloca seu BlackBerry escondido sob o iPad, temendo que os clientes o vejam e a julguem.

Antes o BlackBerry era exibido orgulhosamente pela elite e os abastados, mas aqueles que ainda o usam dizem que o aparelho virou imã para zombarias e escárnio das pessoas que usam o iPhone e os mais novos aparelhos Android.

Fonte: PERLROTH, Nicole. O Estado de S.Paulo. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,blackberry-vira-a-

ovelha-negra-dos-smartphones-,946679,0.htm>. Acesso em 17 out. 2012. Sobre a forma como o consumo é percebido socialmente, assinale a alternativa INCORRETA. (A) O consumo está relacionado ao reconhecimento social. (B) O consumo relaciona-se com a identidade social dos

indivíduos. (C) O valor de uso é o principal determinante do valor das

mercadorias. (D) A forma como as mercadorias são valorizadas pode ser

interpretada pelo conceito marxista de fetichismo. (E) As classes sociais tendem a possuir padrões de consumo

diversos.

QUESTÃO 05

Quais são as principais diferenças entre Filosofia e mito?

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Folha i no 03

PORTUGUÊS QUESTÃO 01: (A) Em “Dom Casmurro”, é o narrador em 1ª pessoa,

representado na figura de Bento Santiago, que constrói a narrativa dos fatos marcantes da sua vida a partir da própria interpretação da realidade. Assim, é a memória que ajuda a construir a narrativa no presente sobre uma suposta verdade de fatos já muito distanciada no tempo e filtrada pela subjetividade de quem a escreve. Da mesma forma que o gravador cria o desenho do soldado, o autor fictício Bento cria o seu próprio romance.

(B) Bento explica ao filho que a obra não expressa a verdadeira realidade, pois está subordinada ao ato da criação artística do autor. Esta explicação lembra ao leitor que toda a narrativa parte de uma base ficcional e, por isso, não deve ser entendida como representação fiel dos fatos ocorridos.

QUESTÃO 02: LETRA B. QUESTÃO 03: LETRA D. No método argumentativo direto, a conclusão é estabelecida através da combinação lógica dos axiomas já existentes. No dialético, interpretam-se os processos com a oposição de pre-missas que tendem a se resolver numa solução (tese + antítese = síntese, conciliação de contrários). Já o método dedutivo parte da análise geral para o particular. O método indutivo estabelece um raciocínio que parte do particular para o geral, como o que Cristovam Buarque aplica no texto “Nós, escravocratas”, ao enumerar razões específicas, facilmente constatadas no cotidi-ano, para sustentar sua opinião. É correta a opção [D]. questão 04: letra A. A Fonologia (do Grego phonos = som e logos = estudo) é o ramo da Línguística que estuda o sistema sonoro de um idioma. Ao comentar as variações que se percebem no falar de pessoas de diferentes regiões (“Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu... Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer”), a autora analisa as mudanças fonéticas características de cada região. QUESTÃO 05: (A) Seu Alberto disse que a voz de Leniza era linda, e ela

comentou que, por ele, ela já estaria no rádio. (B) Os pensamentos, as falas, as ideias dos personagens já

são incorporados ao discurso do narrador. Ex.: "que loucura"

MATEMÁTICA QUESTÃO 01: LETRA B. O saldo devedor após o pagamento da entrada é igual 1.000 600 R$400,00.− = Portanto, a taxa de juros aplicada na

mensalidade é igual a 420 400 100% 5%.400−

⋅ =

QUESTÃO 02: LETRA C. Seja i a taxa de juros no terceiro mês. Logo,

22.00020.000 1,02 1,05 (1 i) 22.000 1 i21.420

i 1,027 1i 0,027.

⋅ ⋅ ⋅ + > ⇔ + >

⇒ > −⇔ >

Portanto, a taxa mínima no terceiro mês deve ser de aproximadamente 3%.

QUESTÃO 03: LETRA A. Sabendo que um dodecágono possui doze lados, temos 12 (12 3) 12 66.

2⋅ −

+ =

QUESTÃO 04: LETRA B. Pelo Teorema do Ângulo Externo aplicado no triângulo ACD, temos A DE CAD DCA

40 .α= += + °

Logo, aplicando novamente o teorema no triângulo ADE, vem A EB A DE D AE 70 40

15 .α α

α= + ⇔ ° = + ° +

⇔ = °

QUESTÃO 05: (A) O rendimento obtido na venda das cotas foi de:

150.000(2,1 1,5) R$60.000,00.1,5

− ⋅ =

Por outro lado, se João tivesse investido seu dinheiro no apartamento, seu ganho teria sido igual a 0,9 · 150.000 = R$135.000,00, ou seja, uma diferença de 135.000 – 60.000 = R$75.000,00.

(B) Para que João tivesse ganhado R$20.000,00 a mais com o fundo de investimento, deveria ter vendido todas as cotas por 150.000 + 155.000,00 = R$ 305.000,00 ou seja, cada

cota por 305.000 R$3,05.100.000

=

(C) Se a rentabilidade do apartamento foi de 90% no período, então a taxa anual de juros simples que deveria ter sido

aplicada é igual a 90% 30%.3

=

A função que relaciona o valor total das cotas de João .. com o tempo t, em anos, é dada por:

Y = 150.000 · ( 1 + 0,3 · t) = 150.000 + 45.000 · t.

BIOLOGIA QUESTÃO 01: (A) I. Vasos condutores;

II. Sementes; III. Flores e frutos; Os vasos condutores representados em I correspondem ao xilema e ao floema. O xilema transporta a seiva bruta enquanto que o floema transporta a seiva elaborada.

(B) Dos dois núcleos espermáticos produzidos pelo tubo polínico, um se funde ao núcleo da oosfera, formando o zigoto que dará origem ao embrião. O outro núcleo espermático funde-se aos dois núcleos polares da célula central do saco embrionário, originando uma célula triploide que, após sucessivas mitoses, originará o endosperma que nutrirá o embrião.

QUESTÃO 02: LETRA D. Os sacos 2 e 3 contêm frutos maduros, os quais liberam o gás etileno. O etileno funciona como um hormônio capaz de acelerar o amadurecimento dos frutos verdes contidos nesses mesmos sacos. QUESTÃO 03: LETRA A. A remoção do anel da casca em uma planta angiosperma dicotiledônea provoca o acúmulo de compostos orgânicos em sua parte superior, porque foi rompido o floema, tecido condutor que transporta a seiva orgânica das folhas até as raízes do vegetal.

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Folha i no 03 QUESTÃO 04: LETRA D. A quantidade de vitaminas a ser ingerida na dieta regular varia em função de certos fatores, tais como idade, sexo, estado de saúde e atividade física do indivíduo. QUESTÃO 05: LETRA C. O colesterol é um álcool complexo que participa da estrutura das membranas celulares, é precursor de hormônios esteroides, tais como os hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona), hormônios corticoides (aldosterona e cortisol), além de outras funções no metabolismo humano.

QUÍMICA QUESTÃO 01: LETRA B. Teremos as funções cetona e éster nas estruturas dos dois biopesticidas apresentados:

QUESTÃO 02: LETRA A. Massa molar do composto 11 13 3 6C H N O : 283/mol

283g 236,02 10 moléculas x

221 molécula

x 4,7 10 g−= ⋅

QUESTÃO 03: LETRA B. QUESTÃO 04: LETRA D. Teremos:

2 2 2 3CO Ba(OH) H O BaCO44g

+ → +

2CO

197gm

2

2

2

2

2 4

4

4

CO

CO

CO

CO

CO CH

CH

CH

98,5g

m 22 g

22n 0,5 mol44

P V n R T1 V 0,5 0,082 (27 273)

V 12,3 L

V V V

30 12,3 V

V 17,7 L 18 L

=

= =

× = × ×× = × × +

=

= +

= +

= =

QUESTÃO 05: Cálculo da massa de ureia presente em 10.000 L de urina:

1L 20 g10.000 L

5x g

x 20 10 g= ×

Pela estequiometria da reação global, 1 mol de ureia produz 3 mols de gás hidrogênio. Logo, 60 g de ureia forma 6 g de H2. Então, a massa de H2 gerada a partir de 2 × 105g de ureia será:

2 2CO(NH ) 23H60 g5

(3 2g)

2 10 g

×

×4

x

x 2 10 g= ×

Distância que o ônibus percorreu: 2100 gH

42

1km

2 10 gH× ss 200 km=

FÍSICA QUESTÃO 01: LETRA E. O potencial elétrico de uma carga puntiforme é uma grandeza escalar dado pela expressão:

0k QV .r⋅

= Assim, o potencial elétrico resultante no centro C

da circunferência é: ( )00 0

C Ck 2Qk Q k QV V 0

r r r⋅ −⋅ ⋅

= + + ⇒ =

A figura mostra o vetor campo elétrico no centro C da circun-ferência devido a cada uma das cargas.

A intensidade do vetor campo elétrico resultante nesse ponto é:

0 3 0 0C 3 C2 2 2

k | q | k | 2Q | 2 k QE E Er r r

⋅ −⋅ ⋅ ⋅= = = ⇒ =

QUESTÃO 02: LETRA B. Como a carga é positiva (enunciado), as polaridades das placas só podem ser conforme figura abaixo, para que a placa da esquerda “empurre” a carga para a direita. Assim, podemos dizer que a força elétrica atuando na carga é da esquerda para a direita. Como para uma carga positiva o campo elétrico e a força elétrica têm a mesma direção e sentido, o campo elétrico terá direção horizontal.

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Folha i no 03 Assim, utilizando as relações de um triângulo, podemos dizer que as forças atuando na esfera eletrizada, são:

( ) ( )( )

( )

e

6

5

senF tgP cosE q 0,6m g 0,8

0,6 0,1 10E0,8 1,5 10

E 5 10 N C

θθ

θ

= =

⋅=

⋅⋅ ⋅

=⋅ ⋅

= ⋅

QUESTÃO 03: LETRA D. Do diagrama de forças abaixo:

Para o corpo A, temos:

A atP sen F T 0θ⋅ − − = Mas a força de atrito é dada por:

( ) ( )at A

A

F P cosP sen cos T 1

μ θθ μ θ

= ⋅ ⋅

⋅ − ⋅ =

Na roldana que segura o corpo B, temos a relação entre as trações das duas cordas:

1T 2T= O equilíbrio de forças para o corpo B é dado por:

BB 1 B

P 200 NP T P 2T T T T 100 N2 2

= ⇒ = ⇒ = ⇒ = ∴ =

Substituindo na equação (1), resulta:

( )

( )

A

A A

TPsen cos

100 N 100 NP P 500 N0,6 0,5 0,8 0,2

θ μ θ= ⇒

− ⋅

⇒ = = ∴ =− ⋅

QUESTÃO 04: LETRA A. Usando o teorema da energia potencial:

0 0B APot PotF

B A

0FB A

9 6 6 3F

F

k Q q k Q qW E E

d d

1 1W k Q qd d

1 19 10 10 10 2 10 W 90 101 2

W 90 mJ.

− − −

= − = − ⇒

= − =

= × × × × × − ⇒ = × ⇒

=

QUESTÃO 05: O trabalho realizado pela força elétrica para deslocar a carga entre os pontos A e B é dada pelo produto entre módulo da carga elétrica e a diferença entre os potencias elétricos dos dois pontos. Desta forma, pode-se escrever:

( )

( ) ( )A B 1 2

6A B

3A B

q V V

400 10 100 20

32 10 J

τ

τ

τ

→−

−→

= ⋅ −

= ⋅ ⋅ −

= ⋅

HISTÓRIA QUESTÃO 01: LETRA D. Somente a proposição [D] está correta. A questão remete à conquista espanhola na América entre 1520-1550. A poesia de Pablo Neruda “A espada, a cruz e a fome iam dizimando a família selvagem” significa a superioridade bélica dos europeus que possuem armas de fogo, a conquista espiritual através da religião com a imposição do catolicismo e presságios indígenas que preconizavam a chegada de deuses e o trabalho compulsório imposto pelos brancos europeus sobre os nativos modificando as formas tradicionais de produção e organização social. A dominação espanhola sobre a América alterou violentamente o destino da civilização asteca e dos demais povos pré-colombianos. Os europeus saquearam riquezas, dizimaram seus habitantes e destruíram culturas. QUESTÃO 02: LETRA C. Somente a proposição [C] está correta. A questão remete ao conflito da dinastia Habsburgo que dominava boa parte da Europa no século XVII contra a Holanda denominada Repúblicas das Províncias Unidas. O historiador Charles Boxer afirmou que este conflito foi tão amplo que pode ser denominado de Primeira Guerra Mundial considerando que no império de Filipe II Habsburgo o sol nunca se põe (o império incorporava quase toda América Latina, Espanha, Portugal e boa parte da Itália e Alemanha além das Filipinas). O conflito ocorreu porque a Holanda pertencia a Espanha e por motivos religiosos e econômicos principalmente, a Holanda se emancipou em 1581. Daí Filipe II, rei da Espanha e “dono do mundo” implantou um boicote econômico contra a Holanda. Esta reagiu e criou a Companhia das Índias Orientas e a Companhia das Índias Ocidentais em 1621. Esta última visava invadir o nordeste do Brasil para dominar a produção do açúcar. QUESTÃO 03: LETRA B. A questão remete ao “Antigo Regime” que ocorreu na Europa no contexto da Idade Moderna, séculos XV ao XVIII, através do sistema Absolutista, da política econômica denominada Mercan-tilismo, desvalorização do trabalho braçal, predominância de valores aristocráticos no qual havia a desigualdade jurídica, os nobres tinham privilégios, não pagavam impostos e recebiam uma pensão do Estado, o clero também possuía isenção tribu-tária e ainda cobrava o dízimo da população. No século XVIII sur-giu o Iluminismo, combatendo os valores aristocráticos defenden-do a igualdade jurídica, ou seja, todos são iguais perante a lei. QUESTÃO 04: LETRA A. No período citado no texto (1625-1650), portugueses e holandeses disputavam o domínio dos dois principais portos do Atlântico Sul: o litoral brasileiro e o litoral de Angola. Nesse sentido, houve uma queda significativa do tráfico português de escravos, o que resultou numa fome de cativos. Assim, o bandeirantismo de apresamento indígena foi incentivado na Colônia brasileira para suprir a falta dos escravos.

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Folha i no 03 QUESTÃO 05: (A) O estado nacional moderno foi fundado sobre as bases do

Absolutismo, regime de concentração total de poder nas mãos dos monarcas que, na maioria das vezes, não se importa com a configuração de uma “vida comunitária ideal”.

(B) Ao descrever o cotidiano de “utopia”, Thomas Morus buscava criticar o regime absolutista, uma vez que o mesmo não se importava em buscar a “vida comunitária ideal”, mas sim, era fundado nos interesses políticos e econômicos de reis, nobreza e burguesia.

GEOGRAFIA QUESTÃO 01: LETRA A. As corporações transnacionais, a exemplo da americana Ford, sofreram uma descentralização das linhas de produção pelo mundo nas últimas décadas. Principalmente a partir da década de 2000, as filiais também passaram a produzir para o mercado globalizado e não apenas para os mercados internos. Houve o estímulo para o desenvolvimento de produtos adaptados para a realidade local e a criação de centros tecnológicos também nas filiais, algo que era até então muito centralizado nas matrizes das companhias. QUESTÃO 02: LETRA B. Como mencionado corretamente na alternativa [B], a revolução tecno-científica caracteriza-se pela formação dos tecnopolos, áreas que agregam indústrias high-tech com universidades e centros de pesquisa, cuja produção tecnológica agrega valor ao produto, ampliando a competitividade no mercado. Estão incor-retas as alternativas: [A], porque a indústria de base é caracte-rística da segunda revolução industrial; [C], porque ocorrem decadência e transferência de investimentos das áreas de indus-trialização tradicional para os tecnopolos; [D], porque a terceira revolução caracteriza-se pela desconcentração industrial; [E], porque o fator locacional da terceira revolução são os tecnopolos. QUESTÃO 03: LETRA C. Os itens incorretos são: (A) A pesar do crescimento do número de assentamentos de reforma agrária, o número foi insuficiente, assim permanecem as ações de grupos sociais como o MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra-, cuja estratégia é de ocupação de latifúndios improdutivos como forma de pressionar o governo a acelerar a reforma agrária. (B) No caso da Amazônia, a maioria dos conflitos pela posse da terra envolvem posseiros, movimentos sociais como MST, grileiros e latifundiários. (D) Predomínio de latifúndios que ratificam a necessidade de reforma agrária. QUESTÃO 04: LETRA B. Historicamente, o Brasil é um país com muitos conflitos pela posse da terra com assassinatos de trabalhadores, sindicalistas, posseiros, indígenas e ambientalistas a mando de latifundiários, grileiros e madeireiros. Os conflitos decorrem de problemas como concentração fundiária, insuficiência de reforma agrária e impunidade. QUESTÃO 05: O modelo de produção industrial mencionado no enunciado refere-se ao toyotismo, cujas características são a automação, a flexibilização da produção e a terceirização. Os fatores responsáveis pelo processo de terceirização, ou seja, a decomposição do processo produtivo indicado no texto são o aumento da produtividade e da competitividade transferindo a unidade produtora para áreas com incentivos fiscais, redução ou eliminação tributária, mão de obra de menor valor, reduzindo custos do produto para a empresa e para o consumidor final.

FILOSOFIA / SOCIOLOGIA QUESTÃO 01: LETRA A. A questão aborda a discussão da questão ética, mais espe-cificamente da Bioética, relacionando dois pontos principais: a busca de alternativas para possibilitar uma melhor condição de vida aos humanos e o uso dos seres e elementos da natureza para a obtenção de um fim proposto. Aristóteles justifica a ética como a prática da virtude na busca do “Bem Maior”. A realização plena do homem, somente acontece na vida da cidade, sendo necessário submeter àquilo que é exterior ao homem, neste caso, a natureza, a um domínio, a um fim para alcançar uma melhor qualidade de vida a todos. Desta maneira, o domínio da natureza tem de enfrentar situações que geram debates sobre sua validade e viabilidade. Porém deve-se considerar que para aqueles que, no caso, militam em favor dos direitos dos animais, somente puderam tomar esta atitude, devido ao seu enquanto seres humanos. Isto só foi possível devido às intervenções realizadas na natureza. Portanto, se considerarmos o argumento exposto anteriormente aliado à capacidade racional do ser humano, que se revela pela ação de pensar sua própria existência e mudar aquilo que consideram essencial para sua realização, encontramos motivos mais que suficientes para justificar o domínio do meio. QUESTÃO 02: LETRA E. O autor critica, na verdade, aquela ditadura da magreza onde os indivíduos são conduzidos ao padrão de beleza atual e acabam com isso sofrendo sérios distúrbios alimentares como bulimia, anorexia, diabetes, pressão alta, entre outras. A autonomia individual é agir como se quer, sem qualquer determinação casual, quer seja exterior, como os médicos, nutricionistas, ambientalistas e outros mencionados no texto ou interior, no caso, os desejos e o caráter. No entanto, agir como se quer para garantir uma vida adequada não existe se não houver responsabilidade e total consciência dos atos que se quer praticar. QUESTÃO 03: LETRA E. O texto do enunciado auxilia bastante o estudante a responder de forma correta. Para Elias, a sociedade não está acima do indivíduo, tampouco este existe independentemente da sociedade. Segundo ele, o que há são elos sucessivos de pessoas, umas em relação às outras, justamente como afirma a alternativa [E]. QUESTÃO 04: LETRA C. Não é somente o valor de uso que determina se uma mer-cadoria é desejável ou não, mas também o seu valor de troca e valor simbólico. Ainda que o BlackBerry funcione tão bem quanto outros celulares, ele não possui o mesmo valor simbólico que outros aparelhos similares. QUESTÃO 05: A filosofia possui uma tendência à racionalidade, isto é, a razão é o seu critério de verdade. Já o mito não possui uma tendência à racionalidade, e sim uma tendência à irracionalidade, isto é, os deuses e as fantasias sobre coisas incontroláveis que não podemos acessar normalmente, definem o valor da crença. A filosofia busca respostas finais e se o problema é posto, então a resposta a ser encontrada deve ser desenvolvida através do diálogo e da análise crítica. Já o mito, apesar de dar respostas finais, não as encontra por intermédio do diálogo e da análise crítica, e sim pela força do antepassado, isto é, o ancestral que contou o mito garante a validade do que é dito. A filosofia intenta explicações gerais dos eventos e na variação das múltiplas coisas encontrar aquilo que pode servir de norma, de lei geral da natureza. Já o mito não possui essa intenção e suas fábulas partem de uma organização básica pré-estabelecida que fornece uma razão fraca sobre o motivo e a maneira de funcionamento do fenômeno qualquer sob descrição.