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FONTES PARA PESQUISA E ESCRITA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO EM
DOURADOS E REGIÃO (1940-1990): MAPEAMENTO E INVENTÁRIO
Alessandra Cristina Furtado
Universidade Federal da Grande Dourados - MS
Inês Velter Marques
Universidade Federal da Grande Dourados - MS
Palavras-chave: Fontes, documentos, mapeamento; inventário
Introdução
O texto ora proposto emerge de pesquisas em andamento, que buscam realizar
discussões sobre a elaboração e organização de um instrumento de pesquisa, e tomam como
base as fontes documentais referentes à educação no Município de Dourados e região, entre as
décadas de 1940 e 1990. Fontes estas encontradas em arquivos públicos, arquivos escolares,
acervos pessoais, centros de documentação, museus, entre outros. Pretende-se, também, dar a
conhecer possibilidades interpretativas preliminares do conjunto de fontes mapeadas até o
momento, para pesquisa e escrita da História da Educação da localidade estudada. A
delimitação temporal entre as décadas de 1940 e 1990 justifica-se, inicialmente, por sinalizar
um período de desenvolvimento econômico do município de Dourados, desencadeado,
sobretudo, pela instalação da Colônia Agrícola de Dourados, mais especificamente em 1946,
devido ao projeto de Getúlio Vargas de Marcha para o Oeste. Tal desenvolvimento
intensificou a expansão da educação escolar no município, com a instalação e regulamentação
de escolas primárias, de instituições de ensino secundário, de formação de professores e até
mesmo de ensino superior, no final da década de 1960.
A área da Colônia Agrícola de Dourados era de 409.000 hectares (com um excedente
de 109.000 ha referente à área pelo decreto que a criou) e possuía aproximadamente 10 mil
famílias. A distribuição e titulação dos lotes foram feitas de uma forma que evitasse que os
mesmos fossem vendidos antes de doze meses. A Colônia Agrícola Nacional de Dourados
atraiu para a região muitas levas de imigrantes e brasileiros que cultivavam café. Com a
criação da CAND vieram companhias de colonização privadas que acabaram adquirindo
extensas áreas e as loteavam com inspiração nos modelos de colonização paulista e
paranaense. A Colônia Municipal de Dourados se originou de uma área de 50 mil hectares
criada em 1923 no município de Ponta Porã. E foi neste período que a cidade começou a se
desenvolver, apesar de ser em passos lentos, mas foi um momento decisivo para a
consolidação e crescimento da mesma, principalmente no que tange a educação, foco desta
pesquisa.
No município de Dourados, o desenvolvimento da educação não foi diferente do
restante do Antigo Sul de Mato Grosso. Nesta parte do Estado, a educação desenvolveu-se
lentamente, por vários motivos, dentre os quais se podem destacar a expansão territorial do
estado, a distância da capital Cuiabá, a precariedade dos meios de locomoção.
A elaboração de instrumentos de pesquisa no período ao qual este estudo se insere
justifica-se na ausência de estudos que se dediquem a mapear, inventariar e analisar a
documentação originada neste período. Este trabalho tem como propósito, sobretudo,
contribuir para ampliar o campo de estudo da História da Educação sobre o Antigo Sul de
Mato Grosso. Nesse sentido, pesquisas que possam vir a contribuir para localizar e
sistematizar dados e informações sobre determinados objetos de estudo vêm constituindo uma
tarefa fundamental para a superação de limitações com que lidamos no Brasil, no tocante ao
acesso e à conservação de fontes (CATANI; SOUSA, 1999). A História da Educação, no
Brasil ressente-se, ainda, de esforços no sentido de levantar, organizar, catalogar e levar ao
conhecimento da comunidade acadêmica repertórios de fontes ligadas ao campo educacional.
Os Lugares da Memória e suas fontes documentais para a geração de instrumentos de
pesquisa
Pesquisas que tem como foco o levantamento, a catalogação, a descrição de
documentos, que permite culminar, posteriormente, em produções por meio de instrumentos
de pesquisas, como guias, inventários, catálogos e também banco de dados, tem se tornado
comum em investigações no campo da história e da história da educação. Como aponta
Belotto, os instrumentos de pesquisa são:
...vitais para o processo historiográfico. Escolhido um tema e aventadas as
hipóteses de trabalho, o historiador passa para o como e o onde. Diante de
um sem-número de fontes utilizáveis, a primeira providência, pela própria
essência do método histórico, é a localização dos testemunhos. (2006, p.104)
De acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivística, os instrumentos de
pesquisa são definidos como:
Obra de referência, publicada ou não, que identifica, localiza, resume ou
transcreve, em diferentes graus e amplitudes, fundos, grupos, séries e peças
documentais existentes num arquivo permanente, com a finalidade de
controle e de acesso ao acervo (1996, p.45)
Desse modo, catálogos, guias, inventários, listagens, repertórios que permitem a
identificação, localização ou consulta a documentos ou a informações neles contidas, tornam-
se importantes instrumentos de pesquisa. No que concerne à pesquisa em História da
Educação, estes instrumentos de pesquisa acabam por facilitar o acesso aos documentos por
parte dos historiadores e outros pesquisadores, o que vem ampliar as possibilidades de
compreensão da realidade histórica da educação brasileira.
Se, como bem analisa Belotto, “arquivos, bibliotecas, centros de documentação e
museus têm co-responsabilidade no processo de recuperação da informação, em benefício da
divulgação cientifica, tecnológica, cultural e social, bem como do testemunho jurídico e
histórico” (2006, p. 35), cabe aos pesquisadores que se valem desta documentação fazer a sua
parte, no que se refere ao mapeamento.
Os primeiros trabalhos de coleta de dados ocorreram no Cento de Documentação
Regional (CDR) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFGD), em dois jornais
locais da época “O Douradense”, extinto; “O Progresso”, que ainda hoje circula na cidade e
no estado, e no museu de Dourados. Apesar da riqueza dos materiais coletados acredita-se
que há muito ainda para se pesquisar a respeito do funcionamento das instituições de ensino e
de sua cultura escolar, mas estes apontamentos iniciais poderão nortear outros pesquisadores.
Neste trabalho, a busca pela documentação foi realizada diretamente pelas
pesquisadoras nos arquivos das escolas, no Museu Histórico Municipal de Dourados e nos
acervos do Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados.
O processo foi iniciado por meio de um levantamento da documentação existente.
Posteriormente, os documentos serão catalogados, separados e classificados segundo sua
natureza, e organizados de acordo com suas respectivas temáticas e ordem cronológica. As
fontes estão na origem, de fato elas, constituem “no ponto de partida, a base, o ponto de apoio
da construção historiográfica que é a reconstrução, no plano do conhecimento, do objeto
histórico estudado. [Ou seja], nelas que se apoiam o conhecimento que produzimos a respeito
da história” (SAVIANI, 2004, p. 05).
As escolas apresentam-se como espaços portadores de fontes de informações
fundamentais para a formulação de pesquisas, interpretações e análises sobre elas próprias, as
quais permitem a compreensão do processo de ensino, da cultura escolar e,
consequentemente, da História da Educação.
Nas instituições educativas, os arquivos escolares se constituem no repositório dos
documentos de informação, que estão diretamente relacionados com o seu funcionamento.
Para Bonato (2002), os arquivos escolares constituem acervos arquivísticos, contendo
diversas espécies documentais que são fontes de pesquisa: "São espaços de memória,
depositários de fontes produzidas e acumuladas na trajetória do fazer pensar o pedagógico no
cotidiano das escolas" (p.3).
Nos arquivos escolares encontram-se registros de diferentes naturezas e espécies, que,
muitas vezes, já fazem parte de uma memória “perdida”, esquecida, porém uma memória que
representa um passado de escolarização, com características próprias das instituições
escolares as quais pertencem e identificadas com a sua época. Esses registros de diferentes
naturezas e espécies documentais tornam-se, diante do olhar pesquisadores em História da
Educação, fontes fundamentais para o estudo dos processos de escolarização, da história das
instituições escolares, da cultura escolar, entre outros aspectos.
As investigações empreendidas até o momento nos arquivos do Centro de
Documentação Regional permitiram registrar e catalogar documentos/fontes como:
reportagens sobre o ensino, cartas de governadores, decretos, regulamentações, currículos de
professores, nomeações de professores substitutos, ofícios de exoneração, contratos de
professores, lista de professores, folha de pagamentos, solicitação de ordem de pagamentos.
Neste trabalho, os esforços direcionaram-se para a apresentação da documentação que
vem sendo levantada e catalogada, com vistas à elaboração de instrumentos de pesquisas, nas
investigações acerca dos arquivos escolares, Centro de Documentação Regional e Museu
Histórico Municipal de Dourados. Embora incidindo em fontes bastante distintas, os esforços
convergem para as investigações que tenham como foco o levantamento, a catalogação, a
descrição de documentos. Isto permite culminar, posteriormente, em produções por meio de
instrumentos de pesquisas, como guias, inventários, catálogos e banco de dados.
Para dar forma às discussões deste texto, foram selecionados alguns documentos dos
lugares da memória pesquisados, como poderá ser observado nos quadros, mensagens e
reportagem jornalística, relacionadas sobre as fontes acerca dos arquivos escolares e das
instituições de ensino.
As Fontes sobre as Instituições de Ensino dos Arquivos Escolares de Dourados:
sistematização de um instrumento de pesquisa
Em Dourados e região, a situação dos arquivos escolares não é nada diferente da
realidade que se configura no Estado de Mato Grosso de Sul, pois são poucas as instituições
escolares que possuem um arquivo organizado. Em algumas escolas, por exemplo, os
arquivos não passam de um amontoado de papéis guardados, sem nenhuma forma de
organização em espécie, natureza, cronologia e ou preservação.
O processo de levantamento da documentação acerca dos arquivos escolares iniciou-se
a partir da seleção de algumas instituições de ensino que atuaram com o ensino secundário e a
formação de professores no município de Dourados e região. Para esclarecer melhor sobre a
documentação desses arquivos, devem-se registrar duas amostras de documentos levantados
em arquivos de instituições públicas de ensino de Dourados e região. O arquivo da Escola
Estadual Presidente Vargas de Dourados é um bom exemplo, pois foi a primeira instituição a
oferecer o ensino secundário público, em Dourados e região, em um período que nesta cidade
somente era oferecido esta modalidade de ensino em instituições escolares privadas. No
quadro seguinte é possível verificar o que foi encontrado no Arquivo desta Escola.
Documentos Período
Atas dos resultados finais. (1958 a 1970)
Exoneração de professor (1968)
Livros das matriculas (1958 a 1960)
Nomeações para ser professor substituto. (1968 a 1974)
Questionário informativo de professor (1970 a 1974)
Portarias (1970 a 1971)
Curriculum vitae de professores (1970 a 1976)
Solicitação para ordem de pagamento (1974)
Ofícios (1974 a 1976)
Resolução nº 11 (1974)
Decreto n.º 2036 (1974)
Noticiários de jornais (1960 a 1976) Quadro 1 – Relação dos documentos encontrados até o momento no Arquivo da Escola Estadual Presidente
Vargas de Dourados.
Fonte: Arquivo da Escola Presidente Vargas
O quadro acima permite observar que no período compreendido entre 1958 e 1974, o
Arquivo da Escola Estadual Presidente Vargas apresenta um número significativo de
documentos de diferentes natureza e espécie, de caráter histórico, administrativo, pedagógico
e iconográfico. Trata-se de uma documentação que traz informações sobre a doação do
terreno, a instalação da escola, sobre as disciplinas ministradas, possíveis averiguações sobre
os discentes, o perfil dos docentes entre as décadas 1958 a 1960, o currículo escolar, a relação
da instituição com o poder público, e as reivindicações dos alunos, que entre os anos de 1963
a 1965 mantinham um jornal da própria escola chamado “O Grito”.
Outro exemplo de arquivo escolar é o da Escola Estadual Menodora Fialho de
Figueiredo. Convém registrar aqui que a referida Escola constituiu-se na primeira instituição
da cidade de Dourados e região, a ofertar um curso público de formação de professores,
período em que nesta localidade somente se ofereciam cursos de formação em instituições de
ensino privadas. No quadro seguinte é possível verificar o que foi encontrado:
Documentos Período
Currículo de Professores
(1974-1996)
Decretos (1970, 1974, 1976, 1978, entre outros)
Diário Oficial (1970-1996)
(1970-1996)
Deliberações
(1976, 1983, entre outros)
Fotografias
(1970-1996)
Lista de matrículas do corpo discente
(1970-1996)
Livros de pontos dos professores
(1970-1996)
Livro Histórico do Estabelecimento (1990)
Pastas de alunos (1970-1996)
Portarias (1977, 1978, entre outras)
Programas de ensino das disciplinas
(1970-1996)
Livros com recorte de noticiários de
Jornais
(1974, 1977, 1980, entre outros)
Relatórios de visitas dos responsáveis pela
administração do ensino
(1970-1996)
Quadro 3 – Relação dos documentos encontrados até o momento no Arquivo da Escola Menodora Fialho
de Figueiredo (1970-1996)
Fonte: Arquivo da Escola Menodora Fialho de Figueiredo
O quadro permite observar que no período compreendido entre 1970 e 1996, o
Arquivo da Escola Menodora Fialho de Figueiredo apresenta um número significativo de
documentos de diferentes natureza e espécie, de caráter histórico, administrativo, pedagógico
e iconográfico. Trata-se de uma documentação que traz informações sobre a instalação da
escola, sobre o perfil do corpo docente e discente, o currículo escolar, a relação da instituição
com o poder público, entre outros aspectos. Neste aspecto, pode-se dizer que no arquivo desta
instituição de ensino, como aponta Mogarro (2005), em seus estudos sobre arquivos escolares,
esse acervo é constituído por fundos de documentos, geralmente em suporte de papel,
organizados em livros, dossiê e avulsos, produzidos pelos atores educativos e pela própria
instituição, no que tange às atividades cotidianas.
De um modo geral, pode-se dizer que os quadros elaborados oferecem exemplos dos
documentos que foram levantados nesses dois arquivos escolares situados na cidade de
Dourados, e que irão compor, posteriormente, o instrumento de pesquisa.
O Centro de Documentação Regional e suas fontes para sistematização de um
instrumento de pesquisa
O Centro de Documentação Regional (CDR) é um laboratório pertecente à Faculdade
de Ciências Humanas (FCH) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), que se
orieginou de um projeto elaborado pot docentes da Universidade Federal de Mato Grosso/
Campus de Dourados, no iníico da década de 1980. A partir desse período, o CDR, vem
colecionando material documental e bibliográfico referente, especificamente, aos estudos
regionais. Tendo em vista essas atividades, o CDR destina-se, prioritariamente, a apoiar os
trabalhos de ensino e pesquisa, em nível de graduação e pós-graduação, dos diversos crusos
da FCH. Alé, disso, atende também a pesquisadreos docentes e discuents de outras faculdades
da UFGD, de outras instituições , e o público, de modo gerla. O acervo documental do CDR
está organizado em coleções e abrange textos iumpressos, material icnongráfico, mapas,
documenyação audiovisual, microfilmenes, etc.
O estudo e a utilização das fontes, como por exemplo, fotografias, registros, atas,
decretos e jornais poderão servir como apoio para o confrontamento das mesmas. E assim
será possível também verificar os jornais, já que estes irão auxiliar a e complementar a
pesquisa. Em Dourados, no antigo sul de Mato Grosso o jornal impresso “O Douradense” teve
destaque para impulsionar a educação, pois como se poderá verificar nos noticiários
apresentadas na capa do referido jornal publicado em 24 de julho de 1948, o quanto a
população almejava escolas e ou ensino, mesmo que para a época o impresso fosse
direcionado, provavelmente, para as classes mais priveligiadas, e ou elitizadas.
Imagem 1- Jornal “O Douradense”
Fonte: Centro Documentação Regional (CDR)
Como se verifica nesta reportagem da capa do jornal “O Douradense”, a mesma esta
direcionada a questões relacionadas a educação. Este noticiário do Jornal permite perceber o
anseio de um grupo elitizado da comunidade Douradense, na busca pela implantação das
instituições escolares, que viesse contribuir para a colonização e implantação de escolas no
Mato Grosso (UNO). Como aponta Le Goff (1994, p.545), “o documento não é qualquer
coisa que fica por conta do passado, é um produto da sociedade que o fabricou segundo as
relações de forças que aí detinham o poder (...)” Desse modo, os documentos enquanto
produções humanas podem expressar interesses pessoais, muito mais do que a realidade
concreta, e, nesse caso, o pesquisador corre o risco de tomar uma realidade desejada como
algo realizado. Afinal, cabe ao pesquisador o trabalho de conferir validade, coerência, lógica e
unidade, nos documentos pesquisados, estabelecendo relações com outros documentos e
acervos, para compreender os limites destas fontes.
Além dos jornais, outras fonte/documentos como se poderá verificar abaixo em uma
Mensagem do Governador do Mato Grosso – UNO Dr. João Ponce de Arruda, na abertura da
sessão Legislativa em 1955, em que ele apresenta um “aspecto educacional matogrossense”,
iniciando pelo grau de ensino existente (imagem 2); em seguida os grupos escolares e em
quais municípios os mesmos estão constituídos e por fim (imagem 5) um explanação das
escolas rurais existentes e as localidades.
Imagens de 2 a 5: Mensagem do Governador do Mato Grosso – UNO Dr. João Ponce de Arruda, na abertura
da sessão Legislativa em 1955
Fonte: Centro de Documentação Regional - CDR
Imagem 2 Imagem 3
Imagem 4 Imagem 5
As Mensagens dos Governadores de Estado se constitui em uma importante fonte de
pesquisa para a História da Educação, pois elas trazem o discurso oficial em relação à
educação. Assim, pode-se dizer que a legislação relacionada à educação se constitui como
fonte histórica documental da mais alta importância para se produzir conhecimento histórico
educativo. Todavia, não basta analisar a legislação de forma mecânica, ou seja, a lei pela lei,
sem (ou só) estabelecer ligações entre o poder político hegemônico, sem fazer. No nosso caso,
as Mensagens dos Governadores do Estado de Mato Grosso apresentou-se como uma rica
possibilidade de pesquisa em história da educação, para o conhecimento do discurso oficial da
educação mato-grossense.
Antes de finalizar o texto, é importante deixar registrado, ainda, que as fontes
existentes no museu no município de Dourados, são ínfimas, pois foram localizadas imagens
da vista panorâmica das escolas, algumas ruas da cidade, fotos de pioneiros, objetos e
artefatos relacionados à cultura do povo local, dentre outros, que aqui não serão abordados,
apesar de fazer parte do interesse de pesquisa na geração do instrumento na forma de um
inventário.
Considerações Finais
Ao longo deste texto, foi possível constatar, que os documentos depositados
selecionados e reunidos dos arquivos escolares e do Centro de Documentação Regional se
constituem em fontes importantes para se compreender a História da Educação de Dourados e
Região, uma vez que trazem informações sobre a educação escolar, no que tange a
organização da instrução pública no município e em seu entorno, ao funcionamento e a
organização das instituições de ensino. Além disso, tal exercício tem contribuído para o
andamento das pesquisas das autoras, na medida em que direcionam um olhar sobre as
informações ainda dispersas, como um subsídio para a construção dos objetos de investigação
e ainda de futuras pesquisas que irão compartilhar de temáticas próximas a essas, pois as
informações geradas poderão estimular não só historiadores da educação, mas também
pesquisadores de todas as áreas de Ciências Humanas e Socais e, bem como, aos interessados
pela História da Educação de Dourados e região. Afinal, a elaboração de um instrumento de
pesquisa tem o propósito de transformar os dados em conhecimento.
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