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CCrUTKANNO 16 $000Semestre DtoooTrimestre 5 $000
A correspondência a reclamações devem ser dirigidasà R»* 01 ÕQNÇAIVES PlAI, |? 50,SQíSBãB@
PROVÍRCJASAnno 20SoooSemestre 11 SoooAvulso I $00 o
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REVISTA ILLUSTRADA
WilÍlWi~1 "'<>> •''''' Janeiro de 1888.
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CARNAVAL POLITICO
Muito atrapalhada, esta semana 1'Conselho de estado pleno, projecto do
governo depreciando 33 "/„ o valor do escra-visado, doença do Sr. Cotegipe, restabele-cimento instantâneo do mesmo senhor (emum bondde S. Christovão, (indo em visitamatutina ao Asylo da Candelária), boatossobre o cholera, rumores desagradáveissobre a saúde do imperador, o diabo, emfim!
Reconhecendo, todos, a antipathia que ogoverno tem pela publicidade, e o gosti-nho. a ineffavel delicia de fazer as cou-sas pela calada, encontramo-nos, todos, emsérias dificuldades, para distinguir o queé simples boato, do que é noticia real e ver-dadeira.
Como, porém, não ha fumo sem fogo,trez desses factos nos apparecem com ocaracter de evidencia : o projecto do go-verno, a doença do presidente do conselhoe o seu restabelecimento.
Quanto ao projecto... não ha, mais, du-vidar.
O governo está preparado para fazer aabolição em 3 annos, 3 mezes, 3 dias, 3horas', 3 minutos e 3 segundos.
Vendo o barulho que a sua resistênciacausava e as derrotas a que ia dando lugar,o Sr. de Cotegipe resolveu-se e disse :
Se a questão é de projecto, ninguémé capaz de arranjar um, melhor do queeu 1 E' essa a duvida ? Pois bem, lá vaiobra.
E zás, mandou o Sr. Rodrigo Silva, aS. Paulo, conferenciar com o. Sr. Pradosobre o negocio dos 3 annos.
Quando, porém, o Sr. Paulino soubedisso, ficou como uma bicha.
Pois até o Cotegipe nos atraiçòa epassa-se para os abolicionistas ? Oh ! des-graça.
E dirige-se ao presidente do conselho, a
Acha-se em distribuição a l"fasculo dasAventuras do Zé Caipóra, coutendo os li pri-meiros capitulos d'essa interessante e di-vertida historia.
Orna o presente volume uma bonita capa ;illustrada, aonde se acham esboçadas nsprincipaes aventuras do heroe cft romance,assim como variados iiimuncios, dos pri-meiros estabelecimentos da Corte-
Como temos dito, cada um d'esses álbuns :custa 1$000 rs. para os nossos assignan- jtes, e 2^000 rs. para os que não o forem.
Tendo de ser remett.ido pelo correio,accresce ao preço, mais 500 rs. do porte, jEstá, pois o Álbum do Zé Caipóra ásordens dos nossos assignantes edo publico.
tomar uma satisfação e a declarar-lhe qued'esse dia em diante, estava ás suas ordens,— nas fileiras opposicionistas.
*Então, o Sr. Cotegipe fallou-lhe assim :
Homem, você parece criança 1 Poistomou a sério o projecto dos 3 annos 1Deixe de caçoadas. Você não vê, que apre-sentada a bicha, passa-se todo o anuo nadiscussão, e fecham-se as câmaras semprena esperança de ser ella approvada. tia-uha-se um anuo. No seguinte approva-se onegocio e ganha-se outro. Depois leva-se18 mezes a fazer o regulamento, conta-se oprazo dessa data e ahi temos nós 8 annose meio. Então ?
O Sr. Páulino sorri e sai dizendo, com-sigo:
Este Cotegipe é um alho. Mas, 6 au-nos e meio, é muito pouco. Emfim vamosvêr...
*Quanto aos iucommodos do Sr. Cotegipe,
todos notam a facilidade com que S. Ex.,adoece, á vontade, e, como que escolhendoas occasiões.
Havendo complicação séria.pela politica,póde-se coutar com o presidente do couse-lho, —de cama.
O anuo passado, S. Ex. adoeceu com amoção do senado e com o manifesto dosmilitares.
Parece, mesmo, que do programma deS. Ex. fez parte a seguinte-phrase :
Ah 1 as coisas complicam-se 1 Poismetto-me na cama, que é lugar quente.
Agora, também, na véspera do conselhode estado pleno, S. Ex. adoece.
O que será ? o que não será ? O homemestá mal.
Espalhou-se, mesmo, que S. Ex. estavagravemente doente.
Felizmente, logo no outro dia, pela ma-nhã, S. Ex. era visto em um bond especialde S. Christovão, indo visitar o asylo daCandelária.
A doença tinha passado, como por en-canto.
Estava marcada para a terça-feira e naquarta já não tinha mais razão de ser. Porisso S. Ex. restabelecia-se, quasi resusci-tava.
Doenças de algibeira 1 exclama o pu-blico.
Antes assim !Pois, apezar de tudo, ninguém deseja
que a doença venha collaborar com a oppo-sição, a sério, tia faina de apear o governodo poder.Não! Antes essas doenças de mentira,facto muito vulgar, entre os estadistas.
E não seremos nós quem censure isso !E até dizemos :
Que lhe atire a primeira pedra,quem,em creança, com medo do collegio, nãousou de expedientes iguaes.
O mais que se poderá dizer é que o Sr.Cotegipe está — numa segunda infância.
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Completa, hoje, mais um anuo de exis-teticia, o iusignè chefe, que, cheio de pa-triotismo e com rara energia, inscreveu aabolição do captiveiro no programma dasua vida politica, n'um tempo em que, talacto correspondia, estrictamente, a ati-rar-se ás feras.
Subindo ao poder, no memorável dia0 de Junho de 1884, elle entendeu levarpara os conselhos da coroa, essa aspiração,ardente e vivida, do povo brazileiro, bateu-do-se pela grande causa, em lucta formi-davel, qual a que já motivara a lei RioBranco.
Appareiitemeute, seus nobres esforçosnão foram coroados de êxito, pois cahiuante a colligação das forças negreiras.dosdois partidos coustitucionaes.
A Historia, porém, dirá quanto a abo-lição lhe deve 1
Praza aos céus conservar, por dilatadosanuos,essa preciosa existência, para a qual,cada vez com mais insistência, se voltamas vistas.anciosas,de todo o Brazil.
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Quarta-feira ultima, completando oo Dr. Heitor Cordeiro um anno, como se-_gundo delegado de policia, os empre"gados da sua repartição, avisaram-n'o deque iam fazer-lhe a surpresa, de enfeitarcom flores a sua sala de trabalho.
O manifestado, ao entrar, mostrou-semuito surprehendido e até commovido.
Houve felicitações, de parte a parte.A raeza de trabalho do jovem delegado,
estava cheia de bouquets e o chão cobertode flores desfolhadas.
Ora, essas manifestações de subalternospara superiores, são um pouco suspeitas.Mas, emfim passemos.
O que não podemos tolerar é que seconsinta, encher-se o pavimento deuma repartição publica de flores desfo-lhadas. Quantas quedas podia isso occa-sionar? Quantas manchas não haviam deficar no soalho ?
Pisar sobre flores, é uma cousa muitobonita, em rlietorica, mas, que, na prac-tica se torna excessivamente incora-moda.
Ora, imagine-se que o próprio Sr. de-legado escorregava e cabia, que difficul-dades para tornar a pòr-se em pé, e querisco de ir rolando, como uma bolla, pelaescada a baixo, até á rua I
Não I essas manifestações sâo inconve-nientes e tolas.
Antes um bom chronometro, com arespectiva corrente de ouro.
Estamos, quasi, apostando, que o Dr.Cordeiro é da nossa opinião.
* #Annunciam os jornaes uma epidemia,
em miniatura, lá pelo Rio Grande do Sul.50 ou 00 praças baixaram á enfer-
maria, atacadas de cholerina ou de irri-tacões gástricas.*Pensou-8e
que fosse o cholera,mas qual I
REVSISTA ILLUTRADA
Os telegrammas successivos annunoiamque tudo vae muito bem e que só mor-reram,—apenas, unicamente,--6 praças.
E' muito tranquilisador 1
A *
Agora, que os proprietários agrícolas; estão rivalisándo de iiberalidade, conce-
dendo libertações em massa, apparece-nosum tal senhor Cândido Antônio Mala-guias, em Minas, passando a presentecarta de liberdade :
« Declaro que, n'esta data (7 de janeiro) libertocom ônus de serviço por iO annos,a minha escravado nome Francisca. O ônus dó serviço será prestadoa mim ou a meus herdeiros ou a quom eu deter-minar ou elles. »
Felizmente, o povo da localidade im-primiu nma porção d'essas cartas e, emquanto burro lazarento e vagabundoencontrou, pregou-lh'as na testa ou nolugar onde as costas mudam de nome.
Foi uma manifestação bem merecida.
Um facto curioso, de celeridade jorna-listica, uma verdadeira gloria pura a im-prensa norte-americana !
A eleição do Sr. Sadi-Caruot, effec-tuada em Versalhes, no dia 3 do passado,ás 5 horas da tarde, foi noticiada, comtodos os pormenores, em Nova-York, ás3 horas do mesmo dia, isto é, 2 horasantes de effetuar-se.
E' o cumulo da reportagem, ter conhe-cimento da realisação de um facto... duashoras antes d'elle acontecer I
Pois foi o que se deu. Mas, só os Es-tados-Unidos se podem gabar de um írucd'essa ordem.
A questão é que pela posição geogra-phica de Paris e de Nova-York, o solmarca, nesta ultima 5 horas menos doque na primeira, por outra : quando são5 horas da tarde em Paris, Nova-Yorkestá em pleno meio dia,
Por isso elles madrugam tanto.*
O Paiz está fazendo, semanalmente, aconta dos gastos do Thesouro com os bes-tialogicos governistas, nas publicações apedido.
0 negocio orça por um conto de réis porsemana, só em despesas de publicidade.
Com outro tanto de vencimentos,aos au-ctores d'esses dytirambos governistaB, oscontribuintes hão de concordar que as cou-sas vão bem.
*Partiu para o Rio da Prata o Dr. Rodri-
gues Peixoto, deputado pelo 6o distrietodo Rio de Janeiro.
Representante de uma provincia, queprecisa tomar grande iniciativa, na quês-tão de immigração, para uão suecumbir,dirigiu-se S. Ex. ao logar aoude esses ser-vicos parecem organisados com maior su-perioridade de vistas, dando resultadospasmosos.
Neste ponto, a Republica Argentina éuma escola, aonde muito podemos apren-der, e, que, com certeza, não nos fecharáas suas portas. *•» *
D'AGOT E D-ACOLA'
Então, como vai a doente 1Doutor, minha sogra passou uma
noite detestável.
Sim?Agitada, atrabiliária...
Que mais ?Até receiamos que tivesse um ataque
epiléptico...—• Bom, bom. Tudo isso é natural.
* *Scena de hypnotismo, no demi-mtnde :
Vem cá, minha flor, senta-te nestacadeira e fica quieta. Vou ver se te ma-gnetiso, sim 1 Olha, que não perderás otempo...
Ella, descrente :Dá-me vinte mil réis e te magnetiso
Então, ha um vigário envolvido noabolicionismo e processado
'?E' verdade IMas, qual o seu crime ?
O crime de reduzir pessoa escrava álibertação.
E' boa...*
Homem pobre sem inveja,Marujo amigo da igreja,Estudante penitente,Ollicial q.ie nào mente,Moça rica sem vaidade,
E' raridade !*
Um sujeito, requer um passaporte :Como se chama a pessoa ?Jovita.Idade ?22 annos.Estado ?Como, estado ?Sim, se ésolteira, casada ou viuva ?
E* difficil responder. ..Mas, precisamos pôr alguma cousa,
nesta rubrica.Bom,ponha Ia ; estado—interessante.**
Authentico.Um homem de lettras, lendo um jornal,
depara com o seguinte annuncio :« Cavallo andaluz, vende-se. »Pára um instante, como que reflectindo,
e exclama :Isto, é algum fidalgo hespanhol, que
se quer desfazer de si próprio...* *
Pergunta ingênua de uma creança, aover um numero do nosso jornal :
Oh, mamãe, então este Cotegipe éirmão do imperador ?
Domino'
CONTOS TRANSPARENTES
Um dia, lendo o Velbo Testamento,Viu um certo devoto, cabeçudo,A um peccador ser dado, por tormento,Tornar se a presa da um demônio mudo.
E pensando na trágica aventuraSentiu logo erriçarem-se os cabellos.Pois era, na verdade, pena duraEssa, applicada à língua o—aos cotovellos:
Mas, lombrado da esposa, in conlinsnli:— Deus do céu, nüo renoves tal castigoSem por minha mulher logo na frento,Pois, sò assim, viverá bem commigo...
O. P.
BABYLOHÍA(Continuação)
Ejuntando.com a parte inferior da mão,vários pedacinhos de folhas, murmurava :
Ora, não me faltava, mais nada IAgora, que as laranjeiras estão prestes adar fructo,vêm estes raios e escangalham-me o negocio 1...
E reeolhendo-se pare casa, mostrava atodos, indignado, os recortes de folhas,colhidos sob as laranjeiras.
Mas, patrão, disse um dos trabalha-dores, isso ainda não é nada I As formigasvêm primeiro reconhecer o logar e depoisé que são ellas.
Raios as partam !N'uma noite carregam com todas as
folhas das arvores sem deixar uma só. E'preciso prevenir.Mas, como '?
Prepararmos fachos e estar á esprei-ta, para queimal-a's.
Pois, então, arranjem isso 1Effectivamente, n'esse mesmo dia, as
pessoas da casa colheram todas as folhasseccas de bananeira, que puderam encon-trar e com ellas fizeram uma boa porçãode fachos, destinados á destruição dos ter-riveis insectos.
Emquanto isto se passava, cá fora, den-tro do formigueiro o contentamento era
geral.Submettidososspecimens á opinião dos
competentes, que ali representavam o pa-pel de médicos, em vez de abrirem umalonga e calorosa discussão, toda cheia de
palavras latinas,cada um dos especialistastomou um pedacinho da folha e poz-se aroel-a.
Com assussantennas,submdo e desceu-do, imitavam gestos de assentimento, quetinham o caracter de unanimidade.
Não houve uma só divergência, nem omais leve sigoal de descompostura, terre-reno, esse,em que,geralmente,entre os ho-mens, cabem as discussões do mesmo ca-r&ctsr. • •
Decididamente.as formigasltinham maissenso commum do que os reis da creaçao,ao menos, nesse ponto particular.
Findo o exame, digeridos os trechosapresentados á seu veredictum, a commis-são foi unanime em reconhecer a magm-fica qualidade desses viveres, não se pro-nunciando, por falta de elementos, sobrepoderem ou não serem conduetores de mi-crobios, como em geral fazem os homens,com uma leviandade que as formigas estãolonge de invejar.
Conhecido o resultado das observaçõesresolveu-se a sahida do exercito, em con-
quista dos viveres que deviam garantir asubsistência publica, durante o inverno.
Os preparativos levariam alguns dias etodas as ordens foram dadas para isso. Asahida foi marcada para uma noite deter-minada e tudo se preparou na melhor or-dem para o seu bom êxito.
Ali, sim, parecia haver partido daordem ,.
Sabida a deliberação, algumas diver-
gencias se manifestaram.entre os partidos.Muito natural.
TJsÍL t\lfU *,"""
c »>rtleLeLiLro S.StUstLÔo! cJoolos estes vampiros * sem ciai suc^s vivtrtx oi
REVISTA ILLUSTRADA
Uns, achavam a sahida precipitadae queriam, que antes d'ella, uma com-missão fosse reconhecer, de novo, se nãohaveria trabalhos de resistência, por partedo inimigo.
O partido catholico achava, também, asortida fora de tempo. Não podiam,mais fazer preces e dirigir obleções aoceu, pelo bom êxito da empresa.
Os ministeriaes respondiam, que tudoestava preparado, e que a demora nãopodia ser muita, afim de não serem an-tecedidos por outro povo, nem daremtempo a tomarem-se precauções.
O êxito d'estas empresas está, justa-mente, na surpresa, diziam.Pois, Deus queira que, esta, não seja
para nós—respondiam as formigas apposi-cionistas, com um ar ameaçador.
A impiedade faz desdenhar os au-xilios do ceu 1 continuavam as beatas.Ide,sem vos purificar das vossas máculas, semsacrificar aos Deuses e oxalá, que algumatremenda desgraça, não nos venha en-luctar para sempre 1
Mas, esses avisos eram tidos na contade recursos opposicionistas, e em nada em-baraçavam os preparativos para a grandeempresa de realisar o sonho de Pharso...na sua segunda parte.
Todas as ordens continuavam a ser da-das, com regularidade.
A expedição compor-se-hia de um mi-lhão de formigas carregadeiras, divididasem pelotões de vinte mil, cada um, ao'comniando de um hábil general. Antece-del-a-hia um grupo de alguns milhares desapadòres, que eram osque deviam subirás arvores e desligar as folhas, destinadasa serem carregadas pelo grande exercito.
A marcha far-se-hia sem interrupçãoseguindo os pelotões, uns após outros, semnenhuma solução de continuidade.
E tudo estava tão bem determinado,que, em tão elevado numero de indivíduos,cada um sabia, com antecedência, qual olugar que devia occupar, e qual o tra-balho que tinha a fazer.
Em todas as ruas, artérias, avenidas ebeccos de formigueiro, o movimento eragrande, e tão extraordinário, que quemcollasse o ouvido ao chão, ouviria ummurmúrio confuso, como o que produzemas grandes multidões.
Todos os celeiros estavam preparados,limpos, promptos a receberem as suasprovisões. ,->
Todas as ruas e boulevards, que lá [iamdar, perfeitamente varridos e limpos. ;
Pela tarde do dia marcado para" a Igrande expedição, quando o sol já des-cambava no horisonte, todas as avenidas ie largos estavam pretos de formigas. E,ao lusco fusco, começando a marcha, todosos monticulos jorravam para fora, umamultidão inumerável de insectos, quemarchavam unidos, cobrindo o solo, asse-melhando-se a uma innundação de tintade escrever.
BBLLAS-ARTBS
¦B£§aB
(Continua.)
m sincero agradecimentoao distincto pintor Sr. Ro-dolpho Amoedo pela of-ferta de uma lindíssimaphotographia, copia doseu esplendido quadro quefigurou no Salão, em Pa-
__ris, njaphm e Cloé.Brevemente, o publico terá oceasião de
observar esse bello trabalho, que serviráde consagração ao nome já festejadod'este notável artista.
Depois que chegou— de perfeita saúdee cheio de animação,— pelo que o felici-tamos, Amoedo não tem estado inactivo,applicando-se aos trabalhos de preparoda sua tela, uma das mais preciosas quevae contar a Academia das Bellas Artes.
Tendo permanecido oito annos na Eu-ropa, no estudo da sua arte e no cultivodos principaes pintores, como pensionistada Academia, volta-nos o brilhante artistacom o produeto dos seus trabalhos e osmelhores desejos de ver a sua arte prós-pera e respeitada, aqui, aonde a teemfeito soffrer tantos supplicios.
Felicitando o talentoso pintor, reserva-mo-nos para escrever com mais vagarsobre o seu quadro, quando fòr aberta aexposição.
As commissões dos monumentos aOsório e Caxias, contractaram a execuçãod'essas estatuas cc-m o distincto esculptorRodolpho Bernardelli, um dos primeirosesculptores, não dizemos que o Brazilpossue, mas que o mundo possue.
^ Rodolpho Bernardelli é condecorado, naEuropa, por mérito artístico, e bastaria asua esculptura da Adultera para lhe darum dos primeiros lugares entre os escul-ptores modernos.
As commissões são dignas de um votode louvor, pela deliberação que tomarame na qual só e unicamente preponderouo mérito do eminente artista
Folgamos com esse acto de justiça.
Acha-se publicado o relatório da aula jde pintura da Academia, no ultimo anno.E' da lavra do distincto professor Sr. JoãoZeferino da Costa, a cujos esforços sedevem os progressos reaes que os alumnosda dita aula estão revelando.
O trabalho do Sr. Zeferino da Costa édigno da attenção dos especialistas ehonra sobremaneira o seu talento e a suaseriedade.
Por todo este mez, inaugura o sym-pathico pintor A. Parreiras, uma expo-sição de quadros e trabalhos seus.
Comparecem a Princeza imperial e seuaugusto esposo.
A exposição do Parreiras consta de uns20 quadros, quasi todos executados emCabo Frio, ha pouco tempo.
ÇsfoiâiiL
V' ^IZlrVtcrcÀ.
Os nossos theatros mostram uma grandetendência, para se affastarem do drama ecahirem no grande e franco domínio 'dacomedia.
O dramalhão, cheio de mortes, duellos,raptos, loucuras instantâneas e outrasscenas trágicas ainda, uma vez ou outrafaz pequena e cauçada carreira.
O drama moderno, esse, raras vezesapparece agora, e a empresa que o puzerem scena não pôde contar com grandecoisa.
A comedia, porém, a opereta, as revistasde anuo, estão-se asseuhoreando. total-mente, da scena.
Quem observar as coisas pela superfície| dirá que a banalidade do publico é queaffugeiita os gêneros sérios e sublimes| para só dar voga ao que provoca aestri-I dente gargalhada.
O auetor d'estas linhas conversando,uniaj vez, com Camillo Castello Branco notou
uma observação d'este eminente escriptorsobre o Brazil,que não deixou de causar-lhecerta impressão. Dizia esse grande mestredo estvlo, que no Brazil, como em todosos paizes novos, o humorismo havia de sermuito apreciado.
De facto : se lia uma coisa de que o pu-blico se mostre ávido, é da graça e do es-pirito. Um bom dito, corre, aqui, electri-camente, as principaes rodas, do mesmomodo quo em Paris ou em Vieuue.
Não quer isto, porém, dizer, que o pu-blico não aprecie o que é serio. Não ! E adecadência do drama, só se explica pelafalta de interpretes á altura das situações.Prova: as principaes companhias estrsui-
geiras, que aqui teem estado, com um re-pertono de tragédias e dramas modernose cujas platéias estiveram, sempre, a trans-bordar.
Sem ir mais louge.lembraremos as com-panhias de Sarah Bernhardt, as italianasde Emmauuel e Duse e a do theatro de DMaria, de Lisboa.
Oque é certo, porém, e que. por isto oupor aquillo, a comedia tomou couta dospalcos e ahi reina governa e administracomo senhora absoluta.
Dando couta das recitas novas, somosinpressionados pela constante exibição daspeças ligeiras e humuristicas, notandoquasi totalmente, a ausência do drama
Não reputamos isto um mal. Antes bemna comedia do que é péssimo lio drama. '
Confirmando estas nossas observaçõesao correr da penna, temos hoje a dar coutade mais uma comedia, no palco do RecreioDramático, o Macario, mulher e filhos.Como dizem os nossos apreciados colle-gas do TJiario de Noticias, quera foramante das grandes peripécias dramáticaspóde-se dar como roubado. Mas quemquilzer apreciar o que é graça, fiuura, situa-çces dedesenlace hilariante, não perca ummomento, vá vero Macario.
REVISTA ILLUSTRADA.
0 desempenho pôde ser classificado, semo menor exagero, de primoroso.Guilherme da Silveira, Balbina, Castro,Mesquita Nunes, Mathilde Nunes e Deloi-me deram aos seus respectivos papeis todoo colorido e toda a graça que, de certo, oauctor da comedia imaginou ao escrevel-a.
O publico mostrou-se contente, applau-dindo sein «servas.
li nós — com elle.
A Grande Avenida continua, também,nas boas graças do publico,tendo agradadomuito os novos números de musica, sobre-tudo a Segurança publica, cantada pelaactriz Beliegraudi.
A revista,o Homem vai em maré de rasasem décima sexta representação, cousas es-sas, que são synonimas ou quasi.Artlmr Azevedo e Moreira .Sampaio, nãoha que ver, tôtn boa estrella nos palcos flu-mineiises.
Avante !
Reina grande auciedade em Buenos-Ayres, á espera das recitas em que seráouvida Adeliua Patti.
Por aqui também, já se começa a fallarn'isso, apesar de estar ainda longe o diafeliz em que aos dilettantes será dado apre-ciar a sublime diva.
Emquanto ella não chega, vatno-nos re-vestindo de paciência.
Binóculo.
Jogos GDiyersõBSRecebemos muitas soluções certas do
problema que nos foi enviado pelo Sr.Lopes Cardozo, ganhando o prêmio Spada,auctor das duas quadras seguintes :
Meu amigo Thomé Júnior,Estou hoje de pancada,E vou vêr se ganho o prêmioLá da Revista Illustrada.Anna, pr'a traz e pr'a frente,Eis o nome que encontrei ;Agora, se ganho o prêmio,Francamente, isso, não sei.
A única duvida que ha, a tal res-peito, éser o Sr. Spada nosso assignante.
No caso affirmativo, pôde gabar-se delevar uma rica pasta de. seda, com desenhoa cores, em setim,
Um pouco fatigado, com a leitura detantas e tantas cartas que nos chegamsobre os problemas, fazemos synalepháneste numero.
Para o próximo, um bonito prêmio, queha.de causar surpreza.
•em*, f. -j-^*"
Livro da portaA Esr,ravidão,o Clero e o Abolicionismo,
tal é o titulo do importante livro com queacaba o De. Luiz Anselmo da Fonseca deenriquecer as letras brazileiras.
Seu trabalho, escripto em estylo terso,com grande independência, com grandeverdade, offerece interessantíssima leitura.
A historia da escravidão, n'elle eucon-tra-se traçada com mão de mestre.
A franqueza com que diz o autor,em seuprefacio : « se não tendes o espirito eman-cipado, se vos não habituastes a amar averdade e a justiça, se alimeutaes qualquerpreconceito - seja de partido, seita, escola,classe, gerarchia ou , de outra espécie,—vos aconselhamos que não leiaes este li-vro »; o modo enérgico porque condenina osque se tem mostrado apologistas do capti-veiro;a maneira enthusiasticaporque exalçaos sectários da santa causa, e a chave deouro com qne fecha a sua notável obra, di-zeudoque a pátria espera para sua gloria— liberdade para os captivos, — nobrezapara o trabalho,—-instrucção para o povo,tudo isto traduz, claramente, a Índole dequem tão grande serviço veio prestar a estepaiz.
Quizeramos dizer d'esse trabalho oquanto elle merece. Sentimos, porém, serpequeno,!! espaço de que dispgmos.
Limitamo-nos.por isso, a comprimentar oDr. Anselmo da Fonseca, dispeustuido-lhetodas as homenagens a que têm direito oseu elevado caracter e seu másculo talento.
A arte brasileira (pintura e esculptura),estudos críticos por L. Gonzaga Duque Es-trada.Um elegante volume,contendo as im-pressões do auctor, sobre os nossos artistase amadores.
Divergimos, fundamentalmente, dasopi-niOes do Sr. Duque Estrada, em muitospontos, mas isso não quer dizer que nãofaçamos ao seu livro, todo o bom acolhi-mento que merece um esforço tal,como o deser critico de arte,eni um paiz como o nosso.
Vamos lèr o volume.
Mez do sagrado coração de Jesus. O Sr.Garuier offereceu-nos um volume destaobrasinha religiosa, com uma dedicatória,que, á primeira vista nos pareceu ser a se-guinte: .1' Reverendissima Redacção daRevista. Como, nós ha certo tempo, estamosum pouco beatos... Mas, não, a dedicatóriaera — como as outras.
Manoel de Mello, estudo biographico,pelo abalisado escriptor Sr. GuilhermeBellegardrt.
O folheto, que temos presente, propor-cionou-nos leitura duplamente grata, pelaamenidade do estylo e pelo relevo que dá?â sympathica figura de Manoel de Mello.
A impressão.graciosamente feita na casado Srs. Moreira, Maxiiniuo A-, C1, é excel-lente.
Ao nuctor, agradecemos a geutilesa dobrinde.
Notas d Margem, por Valentim Maga-lhães n. 3. Como os anteriores, sustentaos bons créditos litterarios do auctor.
Conferências Espiriticas pelo Dr.liamosNogueira.
Apesar de, já um dia, em conversa, umsectário do espiritismo ter-nos dito, que,tanto nós como o nosso collega das paginasillustradas éramos Mediums inconscientes,declarauio-nos absolutamente leigos no
assumpto e portanto sem elementos paraqualquer apreciação. Franqueza, fran-queza I
A Phalena, gracioso órgão do CongressoBrazileiro. De veras attractivo. D'ellatranscrevemos o soneto Ciúme, do nossoultimo numero.
Os Antros de Paris, fase. 10.
Relatório, dos trabalhos da aula de pin-tura, pelo professor Sr. João Zeferiuo daCosta.
_ These do Dr Bernardo Xavier RebelloFilho, sobre o curativo das feridas acciden-taese cyrurgicas.
Um assumpto de toda a actualidade, noRio de Janeiro, com o sem ..úmero de de-sastres, que os jornaes referem, quotidiana-mente.
These do Dr, Antônio Ferreira Paulino,sobre a medicação láctea.
Muito boa.
BRINDESOs Srs. Lombaerts & C. offereceram-nos
2 lindas folhinhas, uma em formato grandee outra menor, em chromo ; ambas bonitase úteis.
Da casa de modas de Mme. Dreyfus, Fi-lho& O, á rua do Ouvidor 101, estabele-cimento bem conhecido do hygh-lifeda Cortee Petropolis,recebemos uma linda folhinha,com os mais graciosos desenhos de ando-rinhas. Tout à fait chie I
Os nossos bons amigos Srs. AlmeidaMarques & C, com estabelecimento de ly-thographia e typographia, á rua Nova doOuvidor 33, enviaram-nos 6 folhinhas, emchromo, feitas em seu estabelecimento eque muito abonam os créditos da casa.
Sinceros agradecimentos.
Andaluza I Imperial fabrica de choco-late, de Franklin & C, á rua dos Audra-das 21. Trata-se de uma folhinha, tam-bem ; mas,que mimo ! Uma galante anda-Iuzh. corresponde á manifestação que lhefazem lindas creanças, em costumes hespa-nhóes, distribuindo-lhes pastilhas de cho-colate. O desenho é um mimo de correccãoe de colorido. Digna de menção honrosa,entre as folhinhas deste anuo 1
Ao distiucto calligrapho, Sr. HenriqueSantos, agradecemos o mimoso cartão defelicitação que nos dirigiu.
CONVITESA's amáveis e beneméritas Directorias do
Congresso Brazileiro, Tenentes do Diabo,Fenianos, Democráticos, Congresso dos Fe-niauos e Congresso dos Socialistas.felicita-mos pelas brilhantes diversões que têmproporcionado, ultimamente, aos seus so-cios e convidados. Retribuímos a gentilezade seus convites desejando-lhes sempre no-vos e iininarcessiveis louros. Avante !
&i.jMOtrrVe-tl'itra.
Typ. de J. BARBOSA, Si 0. r. daAjuda 31
/[. Itvrista continua no cloxo doe.Chapado Costume, tapetar da tremendai imitirei qae ihe assedia o espirito
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JJebatde procuramos assumpto^.-nas coltA-mricts Uct 'itiihye^sot cjae-
possnnt alterar os íiojjoj ass',qtias,tes.
í«o tsaolado -neste momento Pu como ia rua do Ouvidor riiA-rn Dominai,amo --..» J«vv«/r, .WJ;„., „_ „;„ can[ú ele forje, o,,de'so' Jt «xh/.fm «
c-tiJieivt>j t tam,lias da Cidade Hora cndomir.-.ciados. '
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ou discussões scientificas entredois médicos, o aue -nos causa-
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Tcímoi.n/iidi {*rri«->rs políticos,íCTipCoi pelo' TiO!iio*fs pagos pel»o/ov-m-i, cjue põem «jfs na!
(w compensação o Y«íe,-*'f CHV«r.l.ir* Ho /ÍWJ J.ft rfc po/,>,'<_. U « fyfo/lim. Po*,/-,-*- ci*"ÇnteM^ trçjucu a ylstWn cnjoatíyo, oivee nossa vontade .ricn unam eitocada, Cfui foi fm Dccts nos por o Coteaipe de Conserva-e\ dai--t^cuda. lhe
feriado por cttqum tempo
— M-iAito obriaadoljYalò ha de