Formação de Consultores em Turismo -...

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Universidade de Brasília CET – Centro de Excelência em Turismo Curso de Pós-Graduação Lato Sensu Formação de Consultores em Turismo FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO EM TURISMO DE EVENTOS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO DE CONVENÇÕES ULYSSES GUIMARÃES TAÍS DE OLIVEIRA HARDMAN Brasília – DF novembro / 2005

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  • Universidade de BrasliaCET Centro de Excelncia em Turismo

    Curso de Ps-Graduao Lato Sensu

    Formao de Consultores em Turismo

    FERRAMENTAS DE COMUNICAO EM TURISMO DEEVENTOS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO DE

    CONVENES ULYSSES GUIMARES

    TAS DE OLIVEIRA HARDMAN

    Braslia DFnovembro / 2005

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  • Universidade de BrasliaCET Centro de Excelncia em Turismo

    Curso de Ps-Graduao Lato Sensu

    Formao de Consultores

    FERRAMENTAS DE COMUNICAO EM TURISMO DEEVENTOS: UM ESTUDO DE CASO DO CENTRO DE

    CONVENES ULYSSES GUIMARES

    TAS DE OLIVEIRA HARDMAN

    Domingos Svio Spezia Gilson Zehetmeyer Borda Domingos Svio SpeziaCoordenador Orientador Examinador

    Trabalho apresentado em cumprimento s exigncias acadmicas parciais docurso de ps-graduao lato sensu em Formao de Consultores e obteno do

    grau de Especialista

    Braslia DFnovembro / 2005

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    Hardman, Tas de OliveiraFerramentas de Comunicao em Turismo de Eventos: O Casode Centro de Convenes Ulysses Guimares / Tas deOliveira Hardman

    Trabalho de Concluso do Curso de Ps-graduao latosensu de Formao de ConsultoresBraslia DF, novembro de 2005.rea de Concentrao: Ferramentas de ComunicaoOrientador: Gilson Zehetmeyer Borda

    1. Turismo de Eventos 2. Marketing 3. Ferramentas de Comunicao

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    AGRADECIMENTOS

    A Deus por mais uma vitria alcanada.

    A minha me, meu irmo Tiago e meunamorado Alexandre pelo imenso apoio, carinhoe compreenso.

    Aos amigos do CET que me deram muita fora:Jackeline, Marcelo, Graa, Pedro, Fernanda eLuiz.

    Aos meus chefes Dr. Luiz Alberto, Dr.RicardoMartins e Sr. Pimenta, pela compreenso eapoio.

    Ao meu professor orientador, Gilson Borda,pois sem sua ajuda este trabalho no teria seconcretizado.

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    O corao do homem pode traar o seucaminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.

    Provrbios 16:09

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    RESUMO

    O turismo de eventos o segmento de turismo que cuida dos vrios tipos deeventos que se realizam dentro de um universo amplo e diversificado. praticadocom interesse profissional e cultural por meio de congressos, convenes,simpsios, feiras, encontros culturais, reunies internacionais, entre outros, e umadas atividades econmicas que mais crescem no mundo atual. O tema destetrabalho surgiu da necessidade de dimensionar a importncia das ferramentas decomunicao de Marketing para o turismo de eventos, com base no estudo de casodo Centro de Convenes Ulysses Guimares. As tcnicas promocionais soutilizadas para fazer com que clientes potenciais conheam os produtos, estimular ademanda e geralmente oferecer incentivos para compra. Partindo deste conceito,estudo foi conduzido mediante Pesquisa Bibliogrfica e Documental de forma aconsolidar o embasamento terico sobre Turismo de Eventos e Ferramentas deComunicao de Marketing; Pesquisa de campo no sentido de agregar valor pesquisa atravs da busca de maiores informaes com a populao alvo (SETUR eBraslia Convention e Visitors Bureau) e Estudo de Caso, de forma privilegiar o casodo Centro de Convenes. Foram aplicados 250 questionrios com os alunos e ex-alunos do Centro de Excelncia em Turismo com o objetivo de identificar apercepo dos mesmos em relao divulgao atual do Novo Centro. A pesquisarevela uma percepo negativa dos entrevistados em relao a atual divulgao ecom base nos estudos levantados so sugeridos alguns aspectos de melhoria.

    1. Turismo de Eventos 2. Marketing 2. Ferramentas de Comunicao

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    ABSTRACT

    The tourism of events is the tourism segment that takes care of the some types ofevents that if carry through inside of an ample and diversified universe. It is practisedwith professional and cultural interest by means of cultural congresses, conventions,symposiums, fairs, meeting, international meetings, among others, and is one of theeconomic activities that more grow in the current world. The subject of this workappeared of the necessity of dimensionar the importance of the tools ofcommunication of Marketing for the tourism of events, on the basis of the study ofcase of the Center of Conventions Guimares Ulysses. The promocionaistechniques are used to make with that potential customers know the products, tostimulate the demand and generally to offer incentives for purchase. Leaving of thisconcept, study it was lead by means of Documentary Bibliographical Research andof form to consolidate the theoretical basement on Tourism of Events and Tools ofCommunication of Marketing; Research of field in the direction to add value to theresearch through the search of bigger information with the white population (SETURand Brasilia Convention and Visitors Bureau) and Study of Case, form to privilege thecase of the Center of Conventions. 250 questionnaires with the pupils and former-pupils of the Center of Excellency in Tourism with the objective had been applied toidentify the perception of the same ones in relation to the current spreading of theNew Center. The research discloses a negative perception of interviewed in relationthe current spreading and on the basis of the raised studies are suggested someaspects of improvement.

    1. Tourism of Events 2. Marketing 2. Tools of Communication

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    SUMRIO

    1. INTRODUO 1

    2. FUNDAMENTAO TERICA 4

    2.1 Turismo: Conceitos 5

    2.1.1Turismo de Eventos 5

    2.1.2 Turismo em Braslia 9

    2.2 Marketing 12

    2.2.1 O Conceito de Marketing 12

    2.2.2 Origem e evoluo do Marketing 13

    2.2.3 O Composto de Marketing (Mix de Marketing) 15

    2.2.4 Ferramentas de Comunicao: enfoque promocional 17

    2.2.5 Marketing Turstico 21

    2.2.6 Marketing no contexto dos Eventos 25

    3. METODOLOGIA 30

    4. APRESENTAO E ANLISE DOS RESULTADOS 33

    4.1 Agrupamento, ordenao e descrio dos dados coletados 33

    4.2 Anlise descritiva dos dados (problemtica existente) 34

    4.3 Anlise dos dados do questionrio 36

    5. CONSIDERAES FINAIS 48

    7. REFERNCIAS 52

    8. APNDICES 56

    8.1 Questionrio 57

    8.2 Carta informal enviada por e-mail aos ex-alunos do cet/unb 59

    9. ANEXOS 60

    9.1 Fotos do Centro de Convenes 61

    9.2 Fotos das pessoas entrevistadas 69

    9.3 Folder promocional do Novo Centro de Convenes 71

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    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1 Pontos Tursticos Mais Visitados 10

    TABELA 2 Locais Que Mais Agradaram 10

    TABELA 3 Principal Motivo da Vinda do Turista a Braslia 12

    TABELA 4 As vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de promoo 28

    TABELA 5 Aplicao dos questionrios com os alunos do CET 31

    TABELA 6 Entrevistas informais 32

    TABELA 7 Sexo dos Entrevistados 36

    TABELA 8 Faixa etria dos entrevistados 37

    TABELA 9 Renda familiar dos entrevistados 38

    TABELA 10 Naturalidade dos entrevistados 39

    TABELA 11 Voc mora em Braslia a quanto tempo? 40

    TABELA 12 Voc acha que Braslia tm vocao para o Turismo de Eventos? 41

    TABELA 13 No seu ponto de vista, a reforma do Centro de ConvenesUlysses Guimares foi um investimento importante para o Turismode Eventos em Braslia?

    42

    TABELA 14 Quais aes promocionais voc j viu em relao ao Novo Centrode Convenes?

    43

    TABELA 15 O Novo Centro de Convenes est sendo bem divulgado? 44

    TABELA 16 Voc acha que o governo deve investir mais na divulgao doNovo Centro de Convenes?

    45

    TABELA 17 Na sua opinio, quais destas ferramentas de comunicao seriammais eficazes para a divulgao do Novo Centro de Convenes?

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    LISTA DE FIGURAS

    FIGURA 1 Grfico - Nmero de Eventos por ano segundo as regies brasileiras 7

    FIGURA 2 Grfico - Nmero de Eventos por ano segundo as regies brasileiras 7

    FIGURA 3 Grfico - Tempo de Permanncia em Braslia 11

    FIGURA 4 Grfico - Principal Motivo da Vinda do Turista a Braslia 12

    FIGURA 5 Grfico - Sexo dos Entrevistados 36

    FIGURA 6 Grfico - Faixa etria dos entrevistados 37

    FIGURA 7 Grfico Renda familiar dos entrevistados 38

    FIGURA 8 Grfico - Naturalidade dos entrevistados 39

    FIGURA 9 Grfico Pergunta 2.1 Voc mora em Braslia a quanto tempo? 40

    FIGURA 10 Grfico - Voc acha que Braslia tm vocao para o Turismo deEventos?

    41

    FIGURA 11 Grfico No seu ponto de vista, a reforma do Centro de ConvenesUlysses Guimares foi um investimento importante para o Turismode Eventos em Braslia?

    42

    FIGURA 12 Grfico Quais aes promocionais voc j viu em relao ao NovoCentro de Convenes?

    43

    FIGURA 13 Grfico Voc acha que o Novo Centro de Convenes est sendobem divulgado?

    44

    FIGURA 14 Grfico Voc acha que o governo deve investir mais na divulgaodo Novo Centro de Convenes?

    46

    FIGURA 15 Grfico Na sua opinio, quais destas ferramentas de comunicaoseriam mais eficazes para a divulgao do Novo Centro deConvenes

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    APNDICES

    APNDICE 1 Questionrio 56

    APNDICE 2 Carta informal enviada por e-mail aos ex-alunos do CET/UNB 58

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    ANEXOS

    FIGURA 16 Foto do antigo Centro de Convenes de Braslia 61

    FIGURA 17 Foto do antigo Centro de Convenes de Braslia 61

    FIGURA 18 Novo Centro de Convenes 62

    FIGURA 19 Novo Centro de Convenes 62

    FIGURA 20 Novo Centro de Convenes (Recepo) 63

    FIGURA 21 Novo Centro de Convenes (Auditrio Mster) 63

    FIGURA 22 Novo Centro de Convenes (Auditrio Mster) 64

    FIGURA 23 Novo Centro de Convenes (Auditrio Master) 64

    FIGURA 24 Novo Centro de Convenes (Auditrio Master) 65

    FIGURA 25 Planta Baixa Trreo - Novo Centro de Convenes 66

    FIGURA 26 Planta Baixa 1 Pavimento - Novo Centro de Convenes 67

    FIGURA 27 Planta Baixa Pavilho 1 Ala Sul - Novo Centro de Convenes 68

    FIGURA 28 Planta Baixa Pavilho 2 Ala Oeste - Novo Centro de Convenes 68

    FIGURA 29 Fotos dos entrevistados 70

    FIGURA 30 Fotos dos entrevistados 70

    FIGURA 31 Fotos dos entrevistados 70

    FIGURA 32 Fotos dos entrevistados 70

    FIGURA 33 Folder Promocional do Novo Centro de Convenes 72

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    LISTAS DE ABREVIATURAS

    SETUR Secretaria de Turismo

    CET Centro de Excelncia em Turismo

    OMT Organizao Mundial do Turismo

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  • 1. INTRODUO

    Conforme dados da Organizao Mundial de Turismo (2001) o turismo

    movimenta mais de US$ 3,5 trilhes anualmente, alm de ser considerado por vrios

    rgos de pesquisa como um dos ramos de atividade comercial que mais cresce no

    mundo. Calcula-se que mais de 180 milhes de pessoas vivam direta ou

    indiretamente desta atividade.

    A atividade turstica est entre as primeiras posies h vrios anos,

    crescendo aproximadamente 1,3 vezes mais rpido que o PIB mundial. O ndice

    mdio de crescimento para o turismo de 1975 a 2000 foi de aproximadamente 4,7%

    ao ano enquanto o PIB teve, no mesmo perodo, uma mdia de 3,5% ao ano, sendo

    este o principal motivo de pases no mundo inteiro investirem maciamente nesse

    setor e preocuparem-se com o seu desenvolvimento. (OMT,2001)

    Alm disso, o Turismo de Eventos e Negcios o segmento que mais cresce

    em todo o setor, levando-se em conta pesquisas tambm realizadas pela OMT

    (2001), dos 3,4 trilhes de dlares gerados anualmente em todo o mundo pelo setor,

    850 bilhes advm do Turismo de Eventos e Negcios, com uma taxa de

    crescimento anual de cerca de 30%.

    Braslia, sede do Governo Federal, palco de grandes acontecimentos sociais e

    polticos, diferentemente de outros estados brasileiros, tm como principal atrativo

    turstico a rea de negcios e poltica. Contando com sua tima localizao, centro

    do pas, ela hoje, se prepara para receber estruturadamente o turista de eventos, ou

    seja, aquele que aqui vem com o intuito de participar de congressos, seminrios,

    cursos e convenes.

    Dotado de infra-estrutura e equipamentos de primeiro mundo, acesso rpido e

    fcil do aeroporto e dos principais pontos da cidade, o novo Centro de Convenes

    completa a performance de Braslia no segmento de turismo de eventos, feiras,

    congressos e negcios. Foram investidos mais de cento e quarenta milhes de reais

    nas obras de reforma e ampliao. Sua capacidade anterior, de 16 mil metros

    quadrados, foi transformado em um espao quatro vezes maior, com 54 mil metros

    quadrados e capacidade para receber mais de 9 mil pessoas ao mesmo tempo. A

    reforma do centro foi um passo fundamental dado pelo Governo do Distrito Federal

    no sentido de dinamizar o setor da economia que mais cresce no mundo e para o

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    qual a capital federal tem inquestionvel vocao: o turismo. (SETUR, Disponvel

    em: Acesso em : 15 set. 2005)

    Todo esse contingente vai aumentar a demanda por servios de hotis,

    restaurantes e transporte, entre outros, multiplicando a renda e abrindo novos postos

    de trabalho em Braslia.

    Tendo em vista a importncia do Novo Centro de Convenes como elemento

    impactante para a economia de Braslia, torna-se indispensvel utilizao das

    ferramentas de comunicao de maneira a alavancar a sua visibilidade perante o

    mercado.

    Segundo Cobra (1997) no basta uma empresa desenvolver um bom produto,

    determinar seu preo e torn-lo acessvel aos clientes. preciso desenvolver um

    efetivo programa de comunicao e promoo. A funo do composto promocional

    ou de comunicao informar ao consumidor sobre as qualidades dos produtos do

    varejista, alm de destacar a variedade de oferta, os servios prestados, localizao

    e o preo, e, ainda, induzi-lo a comprar.

    O tema Ferramentas de Comunicao em Turismo de Eventos: Um Estudo de

    Caso do Centro de Convenes Ulysses Guimares foi escolhido devido

    importncia deste empreendimento para o turismo e para a economia de Braslia e

    tambm por no haver nenhum estudo direcionado a anlise das ferramentas de

    comunicao utilizadas em sua divulgao.

    A problemtica do presente trabalho consistiu em analisar as ferramentas de

    comunicao utilizadas na promoo do Novo Centro, medida pela percepo dos

    entrevistados. Ou seja, qual a percepo dos entrevistados em relao atual

    divulgao do Novo Centro?

    O objetivo geral do presente trabalho analisar as ferramentas de

    comunicao utilizadas na promoo do novo Centro de Convenes Ulysses

    Guimares e como objetivos especficos foram estabelecidos os seguintes: i)

    estudar os conceitos tericos de turismo, turismo de eventos, turismo em Braslia,

    marketing, marketing turstico, marketing no contexto dos eventos, destacando-se

    em todos os conceitos o enfoque promocional; ii) realizar pesquisa de campo, com

    aplicao de questionrios e entrevistas no estruturadas a fim de identificar e

    analisar as ferramentas de comunicao utilizadas na promoo do novo Centro de

    Convenes Ulysses Guimares; iii) com base nos fundamentos tericos e na

    http://www.setur.df.gov.br>http://www.pdfdesk.com

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    pesquisa realizada, sugerir aspectos para melhoria do composto promocional do

    Centro de Convenes.

    Neste contexto o trabalho foi subdividido em seis partes:

    A primeira parte apresenta o tema, sua delimitao e a justificativa da sua

    escolha. Esta parte contm, tambm, o objetivo geral e os objetivos especficos.

    A segunda parte rene os conceitos de Turismo, Turismo de Eventos e por sua

    vez o Turismo em Braslia; em seguida so apresentados os conceitos de marketing,

    sua origem e evoluo, mix de marketing; conceitos de marketing turstico e

    marketing no contexto dos eventos, destacando-se em todos os conceitos o enfoque

    promocional.

    A terceira parte apresenta a metodologia utilizada para a construo do

    trabalho e a quarta parte traz a apresentao e a anlise dos dados da pesquisa,

    conduzida sobre as entrevistas realizadas.

    E por fim, so apresentadas na quinta parte, as consideraes finais.

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    2. FUNDAMENTAO TERICA

    2.1 Turismo: Conceitos

    Segundo Wahab (1991) a primeira definio de turismo foi dada possivelmente

    pelo economista austraco Herman Von Schullard em 1910, definindo turismo como

    sendo a soma das operaes, principalmente de natureza econmica, que esto

    diretamente relacionadas com a entrada, permanncia e deslocamento de

    estrangeiros para dentro e para fora de um pas, cidade ou regio.

    Para Beni (1997) por ser um fenmeno que ocorre em vrios contextos da

    realidade social e em distintos campos de estudo, onde explicado conforme as

    diferentes correntes de pensamento, o turismo no pode ficar limitado a uma simples

    definio.

    Trigo (1993) considera que o turismo nasceu e desenvolveu-se com o

    capitalismo. Por ser uma atividade do setor tercirio (prestao de servios) e por

    no ser considerado um artigo de primeira necessidade, sofreu e ainda sofre com

    todas as crises ao longo da histria.

    Andrade (1995) afirma que muitas vezes o turismo visto como a indstria de

    viagens e prazer, porm trata-se de algo muito mais complexo do que um simples

    negcio ou comrcio. O turismo organizado da atualidade pode ser entendido como

    o complexo de atividades e servios relacionados aos deslocamentos, transportes,

    alojamentos, alimentao, circulao de produtos tpicos, atividades relacionadas

    aos movimentos culturais, visitas, lazer e entretenimento, voltados ao atendimento e

    satisfao dos turistas e viajantes em geral, ou ainda, como o conjunto de

    empresas, equipamentos, servios e produtos que tem por objetivo o planejamento e

    a execuo de viagens, a recepo, a hospedagem e o atendimento aos turistas e

    viajantes, alm de outros servios complementares, nos ncleos emissores e

    receptores.

    Entre as vrias definies destaca-se o conceito da Organizao Mundial do

    Turismo (2001) o turismo uma atividade econmica representada pelo conjunto de

    transaes de compra e venda de servios tursticos, efetuados entre os agentes

    econmicos do turismo. Gerado pelo deslocamento voluntrio e temporrio de

    pessoas para fora dos limites da rea ou regio em que tm residncia fixa, por

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  • 5

    qualquer motivo, excetuando-se o de exercer alguma atividade remunerada no local

    que visita.

    Embora no haja uma unanimidade conceitual, o turismo conquistou na prtica

    a condio de uma das principais atividades da economia mundial. Segundo a OMT

    (2001) so 52 segmentos da economia envolvidos direta e indiretamente com a

    atividade turstica, movimentando U$ 3,4 trilhes ao ano, responsveis pela

    ocupao de 260 milhes de pessoas, o equivalente a 9% dos postos de trabalho,

    que consolidam a indstria do turismo como a maior geradora de emprego e renda.

    Para Ruschmann (1991) alguns os aspectos contriburam para que os fluxos

    tursticos crescessem nos ltimos anos:

    Crescimento do tempo livre;

    Aumento da renda de amplas camadas da populao;

    Evoluo tcnica da industria automobilstica (a produo em massa dos

    veculos aumentou a quantidade de movimentao das pessoas que

    utilizam cada vez mais, automveis para viajar);

    Desenvolvimento de empresas prestadoras de servios que organizam e

    comercializam viagens;

    Liberao de formalidades, unificao de documentos de viagens,

    eliminao de vistos (estimulando algumas viagens internacionais);

    Aumento da urbanizao e industrializao, conseqentemente a falta do

    verde (o que incentiva s viagens).

    Tudo isto leva Rodrigues (1999) a concluir que o turismo transformou-se numa

    atividade econmica importante do mundo contemporneo, recebendo cada vez

    mais ateno e seriedade no seu tratamento cientifico e tcnico.

    2.1.1 Turismo de Eventos

    Segundo Campos (2002) a origem da palavra eventos vem do termo eventual,

    o mesmo que casual, um acontecimento, que foge rotina e sempre programado

    para reunir um grupo de pessoas.

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    Muito mais que um acontecimento de sucesso, uma festa, uma linguagem de

    comunicao, uma atividade de relaes pblicas ou mesmo uma estratgia de

    marketing, o evento a soma de esforos e aes planejadas com o objetivo de

    alcanar resultados definidos junto ao seu pblico-alvo (BRITTO E FONTES, 2002,

    P.14).

    Os eventos constituem parte significativa na composio do produto turstico,

    atendendo intrinsecamente s exigncias de mercado em matria de

    entretenimento, lazer, conhecimento, descanso e tantas outras motivaes. Podem

    representar, quando adequadamente identificados com o espao onde se realizam,

    as valorizaes dos contedos locais, tornando-os parte destacada da atrao. Mas

    podem tambm ser constitudos por iniciativas fundamentadas apenas num cenrio

    de atendimento s exigncias do mercado consumidor (ANDRADE, 2002, P.41).

    O Turismo de Eventos o segmento do Turismo que cuida dos vrios tipos de

    eventos que se realizam dentro de um universo amplo e diversificado. O segmento

    de turismo de eventos a soluo para a crescente necessidade de ampliao dos

    setores de agenciamento, hotelaria e transporte, frente expanso do volume de

    negcios desenvolvidos no mix de eventos. Este surge com a finalidade de planejar

    e organizar o receptivo dessa demanda exclusiva, dando uma imagem caracterstica

    quelas localidades cujo potencial de interesse reside no fluxo nacional e

    internacional de negcios (BRITTO E FONTES, 2002, P.30).

    A indstria do turismo o terceiro setor mais lucrativo da economia mundial.

    Dos 3,4 trilhes de dlares gerados anualmente em todo o mundo pelo setor, 850

    bilhes advm do turismo de eventos, que segundo a OMT (2001) cresce a uma

    taxa anual da ordem de 30%. De acordo com dados do SEBRAE (2001) acontecem

    anualmente no Brasil mais de 330 mil eventos, envolvendo 79,9 milhes de

    participantes.

    Somando-se os gastos dos participantes, a receita das locaes e das

    empresas organizadoras, chega-se a uma renda total de R$ 37 bilhes por ano, o

    que representa 3,1% do PIB brasileiro.

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    Nmero de eventos por ano segundo as regiesbrasileiras

    Figura 1 - Nmero de Eventos por ano segundo as regiesbrasileiras Fonte: SEBRAE,2001

    Nmero de participantes em eventos por ano,segundo as regies Brasileiras

    Figura 2 - Nmero de Eventos por ano segundo as regiesbrasileiras Fonte: SEBRAE,2001

    A indstria de eventos tem um desempenho significativo no estmulo para o

    desenvolvimento das micro e pequenas empresas que hoje representam, no

    panorama econmico nacional, cerca de 90% do total de empresas brasileiras, com

    94% de atuao no setor de servios exercendo relevante papel na rea de

    terceirizao (SEBRAE, 2001, p.07).

    O setor de eventos uma importante fonte geradora de empregos em todo o

    pas, respondendo por cerca de trs milhes de empregos diretos, terceirizados e

    indiretos. A arrecadao de tributos gerada estimada em R$ 4,2 bilhes, sendo

    responsvel por grande parte dos fluxos tursticos para os destinos brasileiros

    (SEBRAE, 2001, p.07).

    Cada espao de eventos contrata em mdia, 6,8 funcionrios fixos. Este

    nmero multiplicado pelos 1.780 espaos resulta em 12.104 postos de trabalho

    diretos, aos quais deve-se acrescentar 58.240 empregos terceirizados. As empresas

    organizadoras contratam em mdia 24,2 empregados fixos e 386,6 terceirizados

    (SEBRAE, 2001, p.08).

    De acordo com Zanella (2003) alm de sua importncia para o

    desenvolvimento turstico, os eventos apresentam outras peculiaridades

    relacionadas com o ambiente socioeconmico, so elas:

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  • 8

    Alguns eventos cumprem uma programao regular e tradicional durante

    o ano, mesmo quando afetados por circunstncias negativas,

    principalmente condies estacionais ou cclicas adversas;

    As mudanas polticas ou conjunturais no provocam repercusso

    imediata e direta nos eventos programados e planejados com muita

    antecedncia ou j tradicionais;

    Colaboram para assegurar a estabilidade da atividade econmica, pois

    normalmente utiliza a mo-de-obra de menor qualificao que no

    atingida ou afetada por mudanas tecnolgicas em curto prazo;

    Estimulam e consolidam contatos comerciais e lanamento de novos

    produtos e servios por meio de feiras e workshops com aplicao de

    tcnicas especiais de marketing;

    Aumentam a taxa de ocupao e, conseqentemente, as receitas das

    empresas de transporte e hotis nos perodos de recesso ou baixa

    temporada;

    Incrementam a arrecadao de impostos e tributos em virtude do

    desenvolvimento das vendas e da atividade econmica em geral;

    Contribuem para o ingresso de divisas decorrente dos fluxos tursticos

    internacionais e contratao de operaes comerciais no decorrer dos

    eventos;

    Estimulam iniciativas e investimentos para a instalao, ampliao e

    construo de centros de eventos, convenes e negcios;

    Promovem o desenvolvimento de atividades complementares ao evento

    principal, tais como transporte interno, reas de alimentao, lazer,

    servios de instalaes e montagens, produo de artigos promocionais

    e brindes e, especialmente, o incremento do comrcio informal;

    Divulgam e consolidam a imagem favorvel da localidade-sede e das

    entidades e empresas que participam do evento;

    Proporcionam a gerao de novos empregos e o aproveitamento da

    mo-de-obra local;

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  • 9

    Contribuem para a melhoria dos servios de infra-estrutura da

    localidade-sede, beneficiando a comunidade.

    Segundo Neri (2003) o turismo de eventos tambm conhecido como o

    turismo de baixa estao por ser responsvel por manter em movimento as

    atividades no setor durante os meses em que o turismo de lazer mais fraco,

    gerando grandes valores, uma vez que os turistas de eventos geralmente dispem

    de mais recursos financeiros nas viagens.

    Sendo assim, Cohen (1979) define evento como um fenmeno multiplicador de

    negcios, pelo seu potencial de gerar novos fluxos de visitantes, ou ainda, evento

    todo fenmeno capaz de alterar determinada dinmica da economia.

    2.1.2 Turismo em Braslia

    Braslia, fundada por Juscelino Kubitschek, em 1960, traduz-se num esforo

    conjunto de vrios lderes, dos pioneiros e do envolvimento intenso de grande parte

    da populao brasileira. Maior acervo arquitetnico do mundo, a Capital nasceu de

    um projeto urbanstico, de autoria de Lucio Costa.

    A qualidade de vida da populao de Braslia situa-se dentro dos mais

    avanados padres de excelncia. Certamente, por ser sede poltico e administrativa

    da Repblica, Braslia est dotada de infra-estrutura bsica como segurana,

    assistncia sade, escolas e transportes, em nvel de eficincia encontrado em

    poucos locais do pas. Possui um moderno aeroporto internacional - 3 cidade do

    pas em movimento de trfego areo, metr, frota de nibus urbano e transporte

    rodovirio para todo o pas.

    O trnsito j foi mais fcil, mas ainda permite se deslocar de grandes distncias

    em poucos minutos, que fazem com que a gente da cidade adquira certos costumes

    pouco peculiares a outras populaes de grandes centros - Braslia a 6 mais

    populosa cidade brasileira.

    Os Parques da Cidade e da gua Mineral (32.000 hectares), so locais de

    grande concentrao de pessoas de todas as classes, principalmente nos finais de

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  • 10

    semana e nos feriados prolongados. Diversas atividades fsicas e culturais so

    desenvolvidos no Parque da Cidade - um dos maiores do mundo.

    Braslia possui tambm no Plano Piloto - Lagos Sul e Norte, a maior

    concentrao brasileira e quem sabe mundial, de piscinas em casas de alto padro

    de qualidade, tambm ao redor do Lago Parano. Pistas modernas, bem

    conservadas e limpas cercam toda a cidade.

    Outros destaques tambm so os monumentos e prdios pblicos, de formas

    modernas e arrojadas e as construes histricas, como o Catetinho - primeira

    residncia oficial do presidente da repblica. Como atrativos tambm se destacam a

    Torre de TV com vista panormica para toda a cidade, feiras de artesanatos, o

    autdromo internacional Nlson Piquet com grandes atividades esportivas nacionais

    e internacionais.

    Tabela 1 Pontos tursticos mais visitados

    Fonte: Perfil do Turista do Distrito Federal - BrasliaConvention e Visitors Bureau/Embratur/2003.

    Tabela 2 Locais que mais agradaram

    Fonte: Perfil do Turista do Distrito Federal - BrasliaConvention e Visitors Bureau/Embratur/2003.

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  • 11

    2.1.2.1 O Perfil do Turista de Braslia

    Turista, por definio, a pessoa que passa mais de 24 horas fora de seu

    domiclio, ou seja, viaja por prazer ou necessidade, a locais que despertam

    interesses, sejam eles quaisquer, gerando para o local de destino, uma renda

    indireta, bem como outros benefcios diretos e indiretos.

    Partindo desse pressuposto, de suma importncia conhecer o real e principal

    motivo que traz o turista a Braslia, a fim de faz-lo sentir-se e motiv-lo a retornar.

    Com base em informaes obtidas do Perfil do Turista do Distrito Federal

    Convention Bureau (2003) o retrato do turista de Braslia , basicamente, homem,

    casado, com idade entre 30 e 40 anos, com escolaridade de nvel superior, renda

    mdia mensal acima de R$ 3.001,00, residente na regio Sudeste e que tem em

    Braslia, principalmente, interesses na rea de negcios e participao em eventos.

    O turista do Distrito Federal, isoladamente, fica em Braslia, no mximo, 1 dia

    (16% - com e sem pernoite). Inclui-se neste 1 dia, aqueles turistas que pernoitam e

    os que deixam a cidade no mesmo dia, predominantemente vm a

    trabalho/negcios. Este turista consome poucos servios e produtos da cidade, uma

    vez que no dispem de tempo livre.

    Figura 3 Tempo de Permanncia em Braslia

    Fonte: Perfil do Turista do Distrito Federal - Braslia Convention e Visitors Bureau/Embratur/2003.

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  • 12

    Os que passam de 2 a 5 dias (47%) so os que vm a trabalho/negcios e para

    a participao em eventos. Merece destaque o perodo compreendido entre 1 e 5

    dias (63%), que confirma a realidade do perfil do turista do Distrito Federal, ou seja,

    aquele que vem com interesses na rea de negcios e eventos, sendo

    desnecessria sua permanncia por mais dias na cidade.

    Figura 4 Principal Motivo da Vinda do Turistaa Braslia

    Fonte: Perfil do Turista do Distrito Federal - BrasliaConvention e Visitors Bureau/Embratur/2003.

    Tabela 3 Principal Motivo da Vinda doTurista a Braslia

    Fonte: Perfil do Turista do Distrito Federal - BrasliaConvention e Visitors Bureau/Embratur/2003.

    2.2 MARKETING

    2.2.1 O conceito de Marketing

    Muitos autores tentaram e ainda tentam traduzir a palavra marketing, porm,

    encontrar um s termo em portugus que expresse tudo o que ele englobe muito

    difcil.

    Marketing uma expresso anglo-saxnica derivada do latim mercari, que

    significa comrcio, ato de mercar, comercializar ou, ainda, transacionar. Alguns

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  • 13

    autores traduzem marketing por mercado; outros, mercadologia (LUPETTI, 2001,

    P.30).

    Marketing mais do que uma forma de sentir o mercado e adaptar produtos ou

    servios, um compromisso com a busca da melhoria da qualidade de vida das

    pessoas (COBRA, 1992, P.29).

    Schwenke e Hiam (2000) apresentam a seguinte definio: marketing o

    conjunto de atividades que mantm uma empresa focada em seus clientes e que

    garante que os produtos de uma empresa sejam valorizados pelos mesmos.

    A Associao Americana de Marketing (AMA) define marketing como um

    processo de planejamento e execuo de criao, estabelecimento de preo,

    promoo e distribuio de idias, produtos e servios para criar intercmbios que

    iro satisfazer objetivos organizacionais e individuais (APUD FONTES, 2001, P.103).

    Para Kotler (1998, p.27) marketing um processo social e gerencial pelo

    qual indivduos e grupos obtm o que necessitam e desejam atravs da criao,

    oferta e troca de produtos de valor com outros.

    Ainda segundo o autor (2003, p. 11) marketing a arte e a cincia de

    escolher mercados alvo e de conquistar, reter e cultivar clientes, por meio da

    criao, comunicao e fornecimento de valor superior para os clientes.

    2.2.2 Origem e evoluo do Marketing

    Segundo Rocha (2001) o marketing, tal como conhecido hoje, teve incio na

    dcada de 50, quando as empresas deixaram de se orientar pelo produto, para

    centrar-se nos consumidores. Antes disso j se fazia marketing de alguma forma,

    mesmo que intuitivamente. Desde ento, ele teve sua evoluo em quatro estgios

    de desenvolvimento: orientao para a produo, para o produto, para as vendas e

    para o marketing (COBRA, 1992, PP.30-33).

    a) Orientao voltada para a produo: Os anos de 1600 foram

    caracterizados como a fase de subsistncia em que cada famlia deveria

    produzir para o seu prprio sustento, garantindo assim a sobrevivncia da

    famlia. Em 1700, com a formao das pequenas cidades iniciou-se

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  • 14

    tambm a fase de fazer por encomenda. Foi nessa fase que iniciou a

    separao entre produo e consumo. Os consumidores passaram a dizer

    aos produtores o que queriam consumir, ou seja, encomendavam o

    produto. Nesta fase os produtos eram vendidos antes de serem

    produzidos, logo a produo era considerada mais importante que a

    venda. Todavia os fabricantes perdiam muito tempo aguardando pela

    encomenda, o que gerava um tempo ocioso de produo que no

    aproveitado.

    Nos anos de 1800 a 1849 iniciou-se nos EUA a fase da produo

    especulativa. Como os fabricantes estavam situados prximos aos

    consumidores, eles se arriscavam a fabricar algumas mercadorias que

    eles imaginavam que os consumidores iriam comprar.

    Na segunda metade do sculo XIX os efeitos da Revoluo Industrial se

    revelam na produo em massa de mercadorias a partir de mquinas e

    equipamentos. A idia bsica da produo em massa era buscar a

    reduo de custos a partir do aumento da demanda de bens e da diviso

    do trabalho. A fase da produo em massa para atender demanda de

    mercado teve incio no ano de 1850 at o incio do sculo XX, quando

    iniciou-se a era do produto, posteriormente a era da venda (COBRA, 1992,

    P. 30).

    b) Orientao voltada para o produto: A preocupao bsica passa a ser

    o produto e no mais a produo. Toda energia dos fabricantes

    canalizada para fazer bons produtos em contnuo desenvolvimento. Para

    essas empresas, os compradores admiram produtos bem feitos e esto

    dispostos a pagar mais por produtos melhores. Praticava-se a produo

    em massa na crena de que bons produtos, com preos acessveis e

    disponveis venderiam por si mesmos. No se dava a mnima para o que o

    consumidor pensava. Muitos produtos ficavam encalhados por falta de

    compradores.

    c) Orientao voltada para as vendas: O foco o desenvolvimento de

    tcnicas de vendas para gerar grandes volumes de vendas. Caracteriza-

    se como a era do preciso vender qualquer coisa, sem levar em conta

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  • 15

    ainda as necessidades de compradores e consumidores. Aps concentrar

    esforos na otimizao da produo e da distribuio, a partir de 1930, o

    processo de vendas comeou a ser observado como uma das fraquezas

    das atividades mercantis e, desde ento, a rea de vendas passou a

    receber grande ateno.

    d) Orientao voltada para o marketing: Surge o marketing como

    conhecido hoje. Comea-se a valorizar a informao de mercado como

    prioritria para a produo. Criam-se os departamentos de marketing nas

    empresas. A base lgica era identificar as necessidades e desejos dos

    consumidores para depois produzir o que eles quisessem. O marketing

    comea a ser responsabilidade de todos na organizao.

    2.2.3 Composto de Marketing (Mix de Marketing)

    Composto de marketing ou mix de marketing: uma combinao de

    ferramentas estratgicas usadas para criar valor para os clientes e alcanar os

    objetivos da organizao (CHURCHILL, 2000, P.20).

    De acordo com o autor (2000) h quatro ferramentas no composto de

    marketing: produto, preo, praa e promoo. Esses elementos, tambm

    chamados de 4Ps devem ser combinados de forma coerente para obter eficcia.

    Produto Segundo Schewe e Hiam (2000) produto mais do que um

    bem ou servio que foi criado, produzido e colocado venda. Inclui todo o

    planejamento que precede a produo em si, a pesquisa, o

    desenvolvimento e tambm todos os servios que acompanham o

    produto, tais como instalao e manuteno.

    Segundo Kotler (1996, p. 376) produto algo que pode ser oferecido a um

    mercado para sua apreciao, aquisio, uso ou consumo para satisfazer um

    desejo ou necessidade. Pode ser um servio, pessoa, local, organizao,

    idia e bem fsico.

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  • 16

    Preo - Segundo Churchill (2000) o preo desempenha dois papis no

    composto de marketing: ele influencia o cliente a comprar ou no, quanto

    comprar e determina a lucratividade do negcio.

    Praa - Para Schewe e Hiam (2000) praa ou distribuio significa

    garantir que o produto esteja disponvel quando e onde for procurado. Os

    profissionais de marketing podem escolher entre as vrias maneiras de

    levar os produtos at o consumidor. Podem optar, tambm, entre os

    diferentes tipos de pontos de exposio ou localizao nas prateleiras das

    lojas. Embora a distribuio envolva tambm decises relativas ao

    estoque, como em que nvel manter, transportar e estocar.

    Segundo Kotler (2000, p.135) os consumidores podem comprar roupas,

    aparelhos eletrnicos, eletrodomsticos, mveis e inmeros outros artigos

    sem sair de casa e cuja oferta chega at eles por qualquer um dos

    seguintes canais: Catlogo; Mala Direta; Ofertas descritas em revistas,

    jornais, rdios ou TV; Programas de compra pela TV; Telemarketing e

    Internet.

    Promoo - Schewe e Hiam (2000) definem a promoo como o termo

    genrico utilizado para descrever a rea total de atuao da comunicao

    de vendas: propaganda, venda pessoal, promoo de vendas e relaes

    pblicas. Essas atividades resultam na conscientizao do consumidor

    quanto existncia do produto e tambm no conhecimento de suas

    caractersticas exclusivas e desejveis.

    Para Kotler (2000) a promoo envolve todas as ferramentas relativas

    comunicao que fazem chegar s mensagens a respeito do produto ao

    pblico-alvo. Kotler (2000) classifica-as em cinco categorias: Propaganda,

    Promoo de vendas; Relaes pblicas, Fora de vendas e Marketing

    Direto.

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  • 17

    2.2.4 Ferramentas de Comunicao: enfoque promocional

    Existem diversas publicaes que destacam o marketing como ferramenta

    fundamental s organizaes competitivas, porm estabelecer as variveis que

    interagem no composto de marketing de um produto no um desafio to simples

    de ser compreendido. Sendo assim, esta pesquisa tem sua razo de ser na anlise

    das principais ferramentas de comunicao que influenciam o comportamento e a

    percepo dos consumidores.

    Segundo Lesly (1995) o que diferencia o homem do resto da criao a

    habilidade de se comunicar e criar. A habilidade que as pessoas tem de se inter-

    relacionar atravs de idias, a capacidade de registrar pensamentos e informaes e

    a forma que cada indivduo ou grupo tem em lidar com outros grupos atravs de um

    processo comunicativo fundamental para toda a natureza das relaes sociais da

    espcie humana.

    Para Soares (1995) a comunicao um elemento fundamental em qualquer

    organizao, servindo como apoio scio-emocional e promovendo colaborao entre

    os indivduos. O ponto de partida do processo de comunicao providenciar uma

    auditoria de todas as interaes que os consumidores-alvos podem ter com o

    produto e a empresa.

    A comunicao uma das principais ferramentas do marketing. As empresas

    com fins lucrativos costumam utilizar a comunicao para estimular vendas, motivar

    consumidores, melhorar a imagem de sua marca junto ao pblico em geral e

    envolver os distribuidores.

    No basta uma empresa desenvolver um bom produto, determinar seu preo e

    torn-lo acessvel aos clientes. preciso desenvolver um efetivo programa de

    comunicao e promoo. Segundo Cobra (2001) a funo do composto

    promocional ou de comunicao informar ao consumidor sobre as qualidades dos

    produtos do varejista, alm de destacar a variedade de oferta, os servios prestados,

    localizao e o preo, e, ainda, induzi-lo a comprar.

    Dentro desse contexto, o autor (2001) afirma que a comunicao o momento

    da seduo que visa empolgar o cliente a comprar o servio. Ela precisa ser

    objetiva, falar com clareza dos principais pontos da oferta e dar oportunidade para

    que o consumidor fantasie a oferta, sentindo-se envolvido e comprometido com ela.

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  • 18

    Segundo Kotler (1998), o desenvolvimento de uma comunicao eficaz envolve

    algumas etapas fundamentais:

    Identificar a audincia-alvo - consiste no apenas na determinao de

    quem so as pessoas as quais queremos nos comunicar, bem como a

    avaliao de todo o conjunto de crenas e atitudes destas pessoas e da

    imagem que tm da nossa organizao.

    Determinao dos objetivos da comunicao - o que deseja comunicar

    para cada um dos pblicos selecionados.

    Elaborao da mensagem - contedo, estrutura e formato.

    Seleo dos meios de comunicao - a comunicao pode ser pessoal,

    face-a-face, por telefone, por e-mail ou atravs de mdias (propaganda,

    relaes pblicas, marketing direto), eventos e outras atividades. Cada

    meio de comunicao traz um benefcio. Cada um deles tem um custo

    diferente. Somados, proporcionaro um impacto maior do que se

    utilizados separadamente.

    Definir o oramento total de promoo - todas as atividades de

    comunicao geram despesas e importante que a organizao avalie se

    haver recursos disponveis para colocar o plano em prtica.

    Decidir sobre o composto promocional - consiste em alocar o

    oramento total de promoo entre cinco ferramentas promocionais:

    (propaganda, promoo de vendas, relaes pblicas e publicidade, fora

    de vendas e marketing direto). As empresas devem examinar as

    vantagens e os custos especficos de cada ferramenta, considerando o

    tipo especfico de cada mercado.

    Medir os resultados do sistema de comunicao - avaliar o impacto

    que o plano de comunicao gerou no seu pblico de interesse, quanto

    custou, o que poderia ser melhorado e efetuar os ajustes para o ano

    seguinte a fim de explorar ao mximo a potencialidade desta ferramenta

    do marketing.

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  • 19

    Administrar e coordenar o processo de comunicao de marketing

    integrado exige uma sincronia interna dos diversos setores da entidade

    onde se insere a unidade de informao, em todos os nveis hierrquicos.

    As metas so definidas, e feita uma ao conjunta para atingir os

    consumidores certos, com as mensagens certas, no tempo certo e no

    lugar certo.

    A promoo parte primordial de qualquer composto de Marketing. O objetivo

    essencial da promoo afetar o comportamento de compra, mas os objetivos

    bsicos de promoo so informar, persuadir e lembrar. A promoo implica na

    adequao do contedo da mensagem e da mdia em relao ao pblico-alvo,

    considerando o estilo de vida, gostos, nvel educacional, preferncias, etc.

    Segundo Cobra (2001) as tcnicas promocionais so utilizadas para fazer com

    que clientes potenciais conheam os produtos, estimular a demanda e geralmente

    oferecer incentivos para compra.

    A nfase em cada um dos mtodos promocionais varia, dependendo do

    mercado-alvo e de outros elementos do Composto de Marketing. Quando se prepara

    uma estratgia de Marketing, importante planejar uma combinao de mtodos de

    promoo, que trabalhar no conjunto, para atingirem objetivos promocionais

    especficos.

    Entende-se por composto promocional todas as atividades da empresa

    responsveis pela comunicao e promoo de seus produtos ao mercado-alvo

    (KOTLER, 1996, P.101).

    De acordo com Kotler (2000) o Composto de comunicao de marketing

    (tambm denominado composto promocional) consiste em cinco categorias:

    Propaganda, Promoo de vendas; Relaes pblicas, Fora de vendas e Marketing

    direto.

    Propaganda: ferramenta mais eficiente para promover a conscientizao

    das pessoas sobre uma empresa, um produto, um servio ou uma idia. Em

    termos de custo por milhar de pessoas atingidas, a propaganda dificilmente

    superada. Se os anncios forem criativos, uma campanha publicitria pode

    construir a imagem da marca e at possibilitar sua aceitao, se no um certo

    grau de preferncia. Kotler (2000) afirma: a propaganda mais eficaz quando

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  • 20

    seu alvo restrito. Qual a eficcia de um anncio de alimento para gatos na

    TV, se apenas cinco por cento da audincia possui gatos?. O retorno sobre o

    investimento feito com propaganda pode ser melhor avaliado, obviamente, com

    o impacto da propaganda em termos de vendas geradas.

    Promoo de Vendas: Neste caso, o foco interagir com o

    comportamento do consumidor (a propaganda trabalha com a mente do

    consumidor). O consumidor ouve falar em uma liquidao, uma oferta de dois

    pelo preo de um, um brinde ou uma chance de ganhar algo. Nesse caso ela

    age. A promoo para consumidores tem o efeito de enfraquecer a preferncia

    do consumidor por uma marca, o que afeta o valor dessa marca. Os

    consumidores examinam quais marcas esto em promoo a cada semana e

    comparam a que se enquadra como mais aceitvel, destaca Kotler (2000). A

    promoo de vendas altamente recomendvel quando a empresa tem uma

    marca superior, mas que no conhecida pelo consumidor. Contudo, a

    maioria das promoes atrai clientes que tendem a trocar de marcas com

    freqncia, procuram o melhor negcio e esto hoje aqui e amanh ali... relata

    Kotler (2000).

    Relaes Pblicas: Normalmente muito eficaz, porm subtilizada na

    promoo de produtos e servios. Kotler (2000) diz que medida que a

    propaganda perde parte de seu poder de construo de marca e que as

    promoes de vendas assumem um porte muito maior que o desejvel, as

    empresas podem vir a reconhecer um maior potencial nas relaes pblicas de

    marketing. Consiste em um conjunto de ferramentas, relatadas abaixo:

    Publicaes (revistas da empresa, relatrios anuais, manuais

    e panfletos teis ao consumidor);

    Eventos (patrocnio de competies esportivas, atividades

    culturais e artsticas, congressos e feiras);

    Notcias (matrias favorveis sobre a empresa, seus

    funcionrios e seus produtos);

    Causas comunitrias (doao de tempo e dinheiro a obras

    de caridade);

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  • 21

    Identidade visual (papel timbrado, cartes de visita,

    uniformes e vesturio aconselhado);

    Social (boa reputao por ter um comportamento

    socialmente responsvel);

    A maioria dos investimentos em relaes pblicas so

    planejados para criar e transmitir uma imagem positiva ao

    mercado-alvodiz Kotler (2000).

    Marketing Direto: Os mercados esto, cada vez mais, fragmentando-se

    em pequenos segmentos ou mini mercados. O resultado disso uma

    veiculao mais direcionada a grupos especficos de clientes. Uma ferramenta

    muito utilizada o banco de dados de clientes. Kotler (2000) diz que muitas

    empresas possuem banco de dados prprios com o perfil de milhares ou

    milhes de clientes e, clientes potenciais.

    2.2.5 Marketing Turstico

    Vaz (1999) define o marketing turstico como um conjunto de atividades que

    facilitam a realizao de trocas entre os diversos agentes que atuam direta ou

    indiretamente no mercado de produtos tursticos.

    Segundo Beni (2001) marketing de turstico pode ser definido como um

    processo administrativo atravs do qual as empresas e outras organizaes de

    turismo identificam seus clientes (turistas), reais e potenciais, e com eles se

    comunicam para conhecerem e influenciarem suas necessidades, desejos e

    motivaes nos planos local, regional, nacional e internacional em que atuam, com o

    objetivo de formular e adaptar seus produtos para alcanar a satisfao tima da

    demanda.

    Moutinho (1987) afirma que para definir estratgia de marketing, faz-se

    necessrio entender a percepo que os indivduos tm a respeito dos produtos

    tursticos, das reas de destinao, meios de transporte, distncia a serem

    percorridas, da propaganda, de como decidem sobre viagens, como a personalidade

    pode afetar essas decises, como as motivaes influenciam, como so formadas

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  • 22

    as atitudes e como os vrios grupos afetam os comportamentos relacionados s

    viagens.

    Segundo Tabares (1998) o produto turstico o conjunto de bens e servios

    que se oferecem ao mercado para um conforto material e espiritual do turista.

    Porm, no se deve confundir matria-prima com produto turstico.

    Guardani (1996) sugere que para um produto turstico ter sucesso no mercado,

    concorrendo com as demais destinaes, necessrio que se tenha conhecimento

    sobre os consumidores desse produto e a importncia de saber ou ter informaes

    sobre:

    Dados demogrficos, gostos pessoais e atitudes dos turistas que

    freqentam a destinao;

    As formas de lazer que utilizam no dia-a-dia e nos finais de

    semana;

    Os meios de comunicao aos quais encontram-se expostos

    (jornais, revistas);

    Os motivos pelos quais decidiram visitar a localidade;

    O que esperavam no momento da compra do pacote ou reserva do

    hotel/passagem;

    Os aspectos/acontecimentos que o agradaram/desagradaram na

    viagem desde seu incio at o retorno;

    Os motivos de satisfao/insatisfao com os vrios aspectos

    (passeios locais, hotis, comrcio, local, restaurantes, servios de

    informaes, cordialidade e hospitalidade da comunidade local,

    segurana, limpeza e conservao das ruas, meios de transporte

    utilizados);

    As razes pelas quais voltariam ou no ao local;

    Para que tipo de pessoa recomendaria ou no a destinao (nvel

    de renda, personalidade, tipo de unidade familiar, etc.)

    Segundo Cobra (1992) outra questo relevante a ser considerada no

    desenvolvimento do turismo de uma regio a elaborao de um plano de

    marketing, ou seja, o processo de planejamento e execuo desde a concepo,

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  • 23

    apreamento, promoo e distribuio de idias, mercadorias e servios para criar

    trocas que satisfaam os objetivos individuais e organizacionais.

    Neste processo o marketing considera quatro conceitos bsicos:

    Produto De acordo com Giacomini (2001) a oferta de objetos, servios,

    atendimento, bens, sempre no sentido de satisfazer os clientes, no setor

    turstico especificamente produto a materializao de uma soluo

    mercadolgica para atender necessidades e desejos de turistas ou

    integrantes do mercado turstico.

    Preo Para Mielenhausen (2000) o preo em servios tursticos est

    diretamente ligado ao tipo de clientela que se deseja atingir, ou seja a

    ferramenta importante tambm para definir o nvel de status desejado para o

    servio a ser vendido.

    Ponto Segundo Giacomini (2001), ponto ou praa corresponde

    disponibilizao, distribuio ou acesso do turista s estruturas ofertadas.

    Promoo De acordo com Mielenhausen (2000), a atividade de

    comunicao dirigida diretamente ao potencial interessado, e normalmente

    associado atividade de vendas, com o principal objetivo de aproximar o

    produto/servio o mximo possvel do cliente.

    Segundo Trigueiro (2001) a criao e a divulgao de uma imagem positiva,

    quer institucional quer de produtos e servios tursticos, parte fundamental do

    marketing Turstico. Definida a imagem turstica, o passo seguinte estabelecer as

    formas de comunicar essa imagem aos turistas potenciais.

    Existem vrios meios de comunicao para o desenvolvimento dessa

    atividade, dentre elas destacam-se (Trigueiro 2001, p.47):

    Publicidade a utilizao de qualquer forma paga de apresentao

    no pessoal de idias, produtos ou servios por patrocinador

    http://www.pdfdesk.com

  • 24

    identificvel. Exemplos de mdias: televiso, rdio, revistas, outdoor,

    jornais e folheterias.

    Marketing Direto os dois instrumentos mais comuns do marketing

    direto so a mala direta e o telefone. Nos ltimos anos, essa estratgia

    vem sendo bastante empregada no marketing turstico.

    Promoo de Vendas esta visa incentivar os diversos segmentos que

    trabalham com o turismo a venderem o destino. Exemplos: workshops

    em mercados concorrentes, participao em feiras e eventos tursticos

    em outros mercados, ofertas de brindes, entre outros.

    Relaes Pblicas objetiva essa estratgia manter um bom

    relacionamento com vrios segmentos formadores de opinio pblica.

    Exemplos: contatos com jornalistas especializados em turismo,

    divulgao de eventos e atraes atravs de matrias jornalsticas na

    mdia impressa, incentivar artistas famosos da localidade a

    testemunharem sobre os atrativos e qualidades dos produtos e servios

    tursticos do local.

    Outros instrumentos patrocinar novelas cujos cenrios sejam

    atraes da localidade, realizar show artstico ou cultural nos mercados-

    alvo, patrocinar equipes esportivas, entre outros.

    Folheteria bastante utilizado como alternativa de promover uma

    localidade. Os folhetos so relativamente de baixo custo, alm de

    possurem flexibilidade e portatibilidade.

    Outro ponto importante diz respeito seleo da mdia, em que devero ser

    veiculadas as campanhas institucionais e promocionais, tais como jornais, televiso,

    mala direta, rdio, revistas, outdoors.

    Segundo Trigueiro (2001, p. 49) todo o esforo de comunicao e promoo

    de uma localidade turstica no depende, exclusivamente, de estratgias de

    http://www.pdfdesk.com

  • 25

    elaborao e veiculao de campanhas publicitrias e promocionais, mas,

    sobretudo, de um processo integrado e cooperado de todos os segmentos

    envolvidos no turismo. Para o autor (2001) sem essa parceria efetiva, os

    investimentos na promoo da imagem institucional, bem como dos produtos e

    servios tursticos do local, no tero chance de posicionamento com os mercados-

    alvo a serem conquistados.

    2.2.6 Marketing no Contexto dos Eventos

    O Marketing a funo do gerenciamento de eventos que pode manter contato

    com os participantes e visitantes (consumidores) do evento, captar suas

    necessidades e motivaes, desenvolver produtos que atendam a essas

    necessidades, e elaborar um programa de comunicao que expresse o propsito e

    os objetivos do evento (HALL, 1997, P.136).

    Vender eventos o processo de empregar o mix de marketing para atingir

    metas organizacionais atravs da criao de valor para os clientes e consumidores.

    A organizao precisa adotar uma orientao de marketing que d nfase

    formao de relacionamentos mutuamente benficos e manuteno de vantagens

    competitivas (GETZ, 1997, P. 250).

    Essa definio apresenta o conceito de mix de marketing que McCarthy e

    Perreault (1987) definem como as variveis controlveis que a companhia rene

    para satisfazer a um grupo-alvo. Os autores (1987) identificaram essas variveis

    como produto, preo, promoo e ponto.

    Produto abrange todos os componentes do festival ou evento. Inclui,

    por exemplo, o entretenimento oferecido, o padro do servio, a praa

    de alimentao, as oportunidades de interao social, a participao do

    consumidor no evento, o merchandising, a interao de funcionrios

    com os consumidores e a imagem de marca que o festival ou evento

    desfrutam no mercado-alvo.

    http://www.pdfdesk.com

  • 26

    Preo significa o valor que os consumidores atribuem atividade do

    evento e que esto dispostos a pagar. Esse valor determinado pelo

    nvel de satisfao de uma necessidade de lazer propiciado pelo evento

    em comparao com atividades de lazer oferecidas por outros eventos e

    outros provedores de servios de lazer. O preo de uma atividade de

    evento pode variar de acordo com o tipo de consumidor ou a poca de

    consumo.

    Ponto tem dois significados no marketing de eventos. Alm de

    representar o espao fsico do evento, tambm significa os pontos de

    venda dos ingressos do evento.

    Promoo , segundo Middleton (2002) o mais visvel dos quatro Ps

    do mix de marketing. Abrange todas as tcnicas de comunicao de

    marketing: divulgao, venda pessoal, ofertas, um certo grau de

    merchandising (camisetas do evento, por exemplo), publicidade,

    relaes pblicas e mala direta. Os consumidores em potenciais so

    motivados a comprar a atividade de lazer oferecida pelo evento atravs

    do formato dessas mensagens.

    2.2.6.1 Mix promocional ou mix de comunicaes do evento

    A promoo, no seu sentido literal, quer dizer progredir, avanar. No contexto

    do marketing, a promoo se refere a todas as atividades de comunicao do

    repertrio de um diretor de eventos para dizer ao mercado-alvo os benefcios do

    evento e, conseqentemente, aumentar suas vendas. Essas atividades algumas

    vezes so referidas como um mix promocional ou um mix de comunicaes do

    evento: anncio, publicidade, promoes de vendas, marketing direto e venda

    pessoal (Allen, 2003, p.138).

    Anncio qualquer forma de promoo impessoal paga pela

    organizao do evento. O rdio, a televiso, os jornais, as revistas, a

    http://www.pdfdesk.com

  • 27

    Internet, os cartazes ou as plataformas mveis como as dos nibus ou

    txis, todos podem ser usados como veculo dos anncios. A mdia mais

    influente, como por exemplo a televiso, jornais e rdios de uma capital,

    pode ter custos proibitivos. O processo criativo de se produzir

    mensagens tambm pode ser caro, especialmente se feito por uma

    empresa de publicidade.

    Publicidade engloba todas aquelas atividades no pagas

    diretamente, mas que atingem o mercado-alvo do evento. Uma

    vantagem com a qual contam os diretores de eventos que as pessoas

    geralmente gostam de ler sobre as atividades de lazer esportivas,

    artsticas e de entretenimentos que o governo produz. Portanto,

    relativamente mais fcil obter publicidade para um evento do que para

    alguma atividade mais corriqueira. No entanto o diretor de eventos deve

    ter em mente que, para que uma histria seja usada pela mdia, ela

    deve ter algum valor como notcia (ou seja, ela deve ser, nova, e do

    interesse do leitor, telespectador ou ouvinte), deve ser bem escrita e ter

    uma fonte confivel. Assim importante que toda a publicidade dessa

    categoria receba a aprovao prvia do diretor do evento.

    Promoo de vendas tambm chamada de promoo golpe-baixo

    pelas agncias de propaganda, por no receberem comisses sobre

    essas atividades, compreende as operaes que usam incentivos ou

    descontos para incrementar as vendas. Exemplos de promoes de

    vendas so os dias da famlia em eventos em que as famlias recebem

    um desconto de grupo ou um refrigerante grtis no momento em que

    compram um ingresso. As promoes de vendas podem gerar vendas

    extras em subsegmentos especficos do mercado-alvo.

    Venda direta a comunicao direta com os consumidores potenciais

    do grupo do mercado-alvo pelo uso de mala direta, telefone ou Internet.

    Todo evento que est sendo reeditado dever conter uma lista de

    pessoas que tenham assistido s suas verses anteriores. Esses dados

    podem ser obtidos de forma bastante simples, por exemplo, fazendo

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  • 28

    uma rifa gratuita na qual as pessoas tenham que fornecer nome e

    endereo. Outros eventos tambm podem vender suas listas de mala

    direta. Essa pode ser a forma de promoo mais eficaz em termos de

    custos para um evento em fase de montagem que procura atingir um

    mercado-alvo bem definido.

    A tabela abaixo apresenta cada uma das tcnicas promocionais com suas

    vantagens e desvantagens (ALLEN, 2003, P.138).

    Tipo dePromoo

    Veculo Vantagens Desvantagens Finalidade

    Anncios Televiso Largo alcance,emprestam animao ecor, podem conferircredibilidade

    Produo etransmissocara

    Eventos grandes,com mercado demassa

    Rdio Podem ser direcionadospela prefernciamusical, rpidos deproduzir e mais baratos

    Difceis de sedestacar noburburinho deoutros annciosde rdio eprogramas

    Eventos musicais

    Jornais Largo alcance, rpidaproduo; os jornais desubrbios atingemespecificamente acomunidade-alvo

    Podem sercaros; jornais deampladistribuiopodem noatingir muitobem o pblico-alvo

    Festivaiscomunitrios

    Revistas e boletins Atingem bem o alvo Requeremantecednciapara os eventos

    Eventos deinteresse especial

    Psteres/Cartazes Baratos, podem sermostrados onde omercado-alvo secongrega

    Podemdescaracterizaredifcios, podemser rasgados

    Comunidadejovem, eventos deinteresse especial

    Impressos Baratos, eficazes e, sebem projetados, comalcance preciso.

    Precisam devoluntrios paraa suadistribuio

    Eventos parajovens, deinteresse especial

    Promoo deVendas

    Descontos paratipos deconsumidores

    Geram renda Podem diluir arenda se osgrupos noforem escolhidoscom cuidado

    Eventos grandes,com mercados demassas

    Promoo cruzadacom umpatrocinador

    Gera renda para opatrocinador, poderesultar em vendasadicionais

    A imagem dopatrocinadorpode encobrir ado evento

    A maioria doseventos

    Publicidade Televiso Empresta credibilidade, Precisa ter um Todos os eventos

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  • 29

    grande nmero deespectadores

    ngulo televisivo

    Imprensa Confere credibilidade;pblico pode ser grandeou concentrado

    Precisa ser dointeresse doleitor em geral

    Todos os eventos

    Revistas ou jornaisespecializados

    Bom alcance dopblico-alvo

    Requer prazolongo deantecedncia

    Eventos deinteresse especial

    Direta aomercado-alvo

    Correio, telefoneou e-mail

    Pequena perda, podeser bastante eficienteem custos

    Resultadosdependem daqualidade dalista de correio

    Eventos deinteresse especial

    Internet Barata de produzir, poisnormalmente pode serfeita por um voluntrio,de fcil modificao dasmensagens, pode serusada para a vendadireta dos ingressos

    Atualmentepenetraoainda muitorestrita, e muitaspessoas sepreocupam como fornecimentode dados sobreo seu carto decrdito pelaInternet

    Mercado-alvo quesejatecnologicamenteavanado.

    Tabela 4 As vantagens e desvantagens dos diferentes tipos de promoo - Fonte: Allen, 2003

    As decises sobre estratgia promocional tm que se concentrar no mercado-

    alvo. Por exemplo, um evento de massa como uma feira agropecuria, pode usar os

    anncios na televiso, como ferramenta promocional, ao passo que o mix

    promocional de um pequeno festival comunitrio est limitado publicidade e aos

    anncios no jornal local.

    Conforme Getz (1997) o papel do mix promocional :

    Criar ou ampliar a percepo do evento

    Criar ou aperfeioar uma imagem positiva

    Posicionar o evento em relao a seus concorrentes

    Informar os mercados-alvo dos detalhes pertinentes do evento

    Gerar demanda para o evento

    Lembrar os mercados-alvo dos detalhes do evento.

    http://www.pdfdesk.com

  • 30

    3. METODOLOGIA

    As informaes levantadas para a realizao desta monografia foram

    baseadas em pesquisa bibliogrfica, pesquisa de campo, pesquisa documental e

    estudo de caso. Utilizou o mtodo dedutivo e as tcnicas utilizadas foram aplicaes

    de formulrios e entrevistas no estruturadas.

    Segundo Cervo e Bervian (2002) a pesquisa bibliogrfica procura explicar um

    problema a partir das referncias tericas publicadas em documentos. Este tipo de

    pesquisa o meio de formao por excelncia e constitui o procedimento bsico

    para os estudos monogrficos, pelos quais se busca o domnio sobre determinado

    tema.

    Para apresentar os conceitos de turismo, turismo de eventos, marketing,

    marketing no setor turstico, marketing no contexto dos eventos e ferramentas de

    comunicao utilizou-se um diversificado acervo bibliogrfico.

    Por se tratar de um estudo de caso, houve a necessidade de realizar pesquisa

    de campo, ou seja, busca de informaes diretamente com a populao pesquisada

    e tambm pesquisa documental no sentido de analisar informaes e publicaes

    existentes sobre o Centro de Convenes, tais como matrias publicadas em

    jornais, revistas, folhetos e folders.

    A pesquisa foi desenvolvida e aplicada em trs empreendimentos relacionados

    ao Turismo:

    Centro de Excelncia em Turismo CET: por se tratar de centro de

    desenvolvimento profissional de extenso e de ps-graduao, que

    integra docentes e profissionais que atuam nas diversas reas de

    conhecimento do setor turstico (CET/UNB,2001).

    Secretaria de Turismo SETUR: por ser o rgo diretamente

    responsvel pelo Centro de Convenes Ulysses Guimares e por

    coordenar e executar as polticas governamentais que tenham por

    objetivo o incentivo e o desenvolvimento do turismo, com enfoque

    prioritrio captao, gerao e apoio a eventos de interesse turstico

    http://www.pdfdesk.com

  • 31

    (SETUR - Disponvel em: Acesso em : 15

    set. 2005).

    Braslia Convention e Visitors Bureau BCVB: por se tratar de uma

    fundao que visa divulgar Braslia como destino turstico, a partir do

    apoio a captao de eventos. O trabalho do Convention e Visitors

    Bureau consiste no repasse de informaes sobre Braslia,

    apresentao da infra-estrutura para eventos, centro de convenes,

    apoio com material promocional institucional, elaborao de dossi

    composto com todos os dados de avaliao para o evento, cartas de

    apoio de entidades governamentais e privadas e ainda, a viabilizao de

    visitas de inspeo, alm da viabilizao de contatos com profissionais

    da rea. (Braslia Convention e Vistors Bureau Disponvel em:

    Acesso em: 10 set.2005).

    As tcnicas utilizadas no presente trabalho foram aplicao de questionrios e

    entrevistas no estruturadas.

    No perodo de 12/09/2005 a 16/09/2005 foram aplicados 250 (duzentos e

    cinqenta) questionrios contendo 10 (dez) perguntas semi-abertas, para os alunos

    e ex-alunos dos cursos de ps-graduao lato sensu do Centro de Excelncia em

    Turismo, todavia obteve-se um retorno de apenas 200 questionrios.Curso de Especializao Lato Sensu Tipo de aluno Forma de

    aplicaoN. de

    questionriosaplicados

    Qualidade em Alimentos IV Regular pessoalmente 30

    Gastronomia como Empreendimento Regular pessoalmente 30

    Gastronomia e Segurana Alimentar Regular pessoalmente 30

    Gesto em Hotelaria Regular pessoalmente 20

    Economia para o Turismo Regular pessoalmente 20

    Formao de Professores ePesquisadores em Turismo eHospitalidade

    Regular pessoalmente 30

    Gesto e Marketing do Turismo V ex-aluno e-mail 30

    Gesto de Negcios em Turismo ex-aluno e-mail 30

    Ecoturismo II ex-aluno e-mail 30

    Total 250

    Tabela 5 Aplicao dos questionrios com os alunos do CET - Fonte: Desenvolvido por Tas de OliveiraHardman em Setembro/2005.

    http://www.setur.df.gov.br>Acessohttp://www.brasiliaconvention.com.br>Acessohttp://www.pdfdesk.com

  • 32

    Com o objetivo de enriquecer a pesquisa com informaes adicionais, nos dias

    08 e 09/09/2005 foram realizadas entrevistas no estruturadas com a SETUR e o

    Braslia Convention e Visitors Bureau e foram entrevistadas informalmente 3 (trs)

    pessoas da Secretaria de Turismo, rgo diretamente responsvel pelo Centro de

    Convenes Ulysses Guimares e 1 (pessoa) do Braslia Convention Bureau.

    Entrevistado Local rea de AtuaoLuciano Tourinho Secretaria de Turismo Diretor de Marketing e

    EventosAna Lcia Gomes Secretaria de Turismo HistoriadoraFelipe de Oliveira de Lima Secretaria de Turismo Analista de

    AdministraoMarcelo de Oliveira Braslia Convention e

    Visitors Bureau Captao de Eventos-Braslia

    Tabela 6 Entrevistas informais - Fonte: Desenvolvido por Tas de Oliveira Hardman em Setembro/2005.

    O mtodo escolhido para o trabalho foi o dedutivo. Segundo Andrade (2003)

    este mtodo parte das teorias e leis gerais para se chegar determinao ou

    previso de fenmenos para chegar determinao ou previso de fenmenos

    particulares. Pois uma cadeia de raciocnio em conexo do geral para o particular,

    leva concluso.

    Por fim pode-se afirmar que a verificao do objetivo da monografia pode ser

    alterada pelas seguintes variveis:

    a) As ferramentas de comunicao para atingir os objetivos da pesquisa;

    b) Os instrumentos de comunicao utilizados para obter respostas dos

    entrevistados;

    http://www.pdfdesk.com

  • 33

    4. APRESENTAO E ANLISE DOS DADOS

    4.1 Agrupamento, ordenao e descrio dos dados coletados

    As informaes a seguir foram obtidas com base nas entrevistas realizadas na

    SETUR e o Braslia Convention e Visitors Bureau.

    Segundo a Historiadora da SETUR, Ana Lcia Gomes, o antigo Centro de

    Convenes foi projetado pelo arquiteto Srgio Bernardes e foi inaugurado em 1978

    como um centro de cultura, onde se destacava o Teatro Aloysio Batata, com

    capacidade para 424 pessoas. Nesta poca, o local era conhecido como ponto de

    encontro de jovens atores da cidade.

    Em 1979, j denominado Centro de Convenes de Braslia, reuniu

    participantes do Congresso Brasileiro de Cardiologia, com uma audincia de cerca

    de 3 mil pessoas, uma das primeiras demonstraes de sua vocao para sediar

    eventos.

    Em 1992, o governo do Distrito Federal decidiu renomear o lugar para

    homenagear o poltico que marcou o movimento das Diretas J, morto nesse ano.

    A partir de ento o lugar passou a ser se chamar "Centro de Convenes Ulysses

    Guimares.

    No ano de 2005, o Governo do Distrito Federal investiu mais de cento e

    quarenta milhes de reais no projeto do arquiteto Srgio Bernardes de reforma e

    ampliao do Centro de Convenes. Sua antiga rea de 16 mil metros quadrados,

    foi transformado em um espao quatro vezes maior, com 54 mil metros quadrados e

    capacidade para receber mais de 9 mil pessoas ao mesmo tempo.

    A nova estrutura compreende um Auditrio Mster com um palco de 264

    metros quadrados, trs auditrios com capacidade para 1,5 mil pessoas cada um, 13

    salas de conferncias com paredes mveis. Destaca-se o moderno parque de

    exposies de 12 mil metros quadrados, sua infra-estrutura de apoio conta com

    quatro sanitrios para o pblico, trs lanchonetes com todas as instalaes

    necessrias, alm de um posto mdico, com consultrios e salas de repouso. Os

    servios de apoio vo poder contar tambm com um pavimento intermedirio, entre

    o trreo e o mezanino, com ambientes destinados aos produtos dos eventos, como

    vestirios/sanitrios, copa, sala de imprensa, salas para brigada de incndio e

    segurana com ampla visualizao do salo, alm de uma rea vip.

    http://www.pdfdesk.com

  • 34

    De acordo com o responsvel pela captao de eventos do Braslia

    Convention Bureau - Luciano de Oliveira, o principal objetivo do projeto da reforma

    inserir a capital federal no ranking das cidades que abrigam eventos de grande

    porte. Segundo ele, a agenda do Centro de Convenes para 2006 j est

    completamente preenchida. Luciano afirma que so esperados cerca de 500 mil

    visitantes para o prximo ano. Segundo clculos da Secretaria de Turismo, se cada

    uma dessas pessoas ficar na cidade por trs dias em mdia, aproveitando tudo o

    que a cidade oferece em termos de infra-estrutura hoteleira, transporte,

    restaurantes, lazer e lojas de produtos diversos, o resultado de ganhos na economia

    da cidade ser de aproximadamente sete milhes de reais. E mais, para cada

    evento so criados cerca de 500 empregos diretos e toda uma economia se

    movimenta, abrangendo os mais variados setores do turismo receptivo.

    4.2 Anlise descritiva dos dados (problemtica existente)

    De acordo com as entrevistas realizadas com a Secretaria de Turismo e o

    Braslia Convention e Visitors Bureau, obteve-se as seguintes informaes sobre a

    divulgao do Novo Centro:

    Folder promocional - de acordo o Diretor de Marketing e Eventos da

    Luciano Tourinho, atualmente a SETUR dispe apenas um Folder, como

    ferramenta promocional do Novo Centro.

    Revista Bem-Vindo (Convention Bureau) - segundo o responsvel

    pela captao de eventos do Braslia Convention Bureau - Luciano de

    Oliveira, a edio Julho, Agosto e Setembro de 2005 teve como

    reportagem de capa o Turismo de Eventos e Negcios, em destaque o

    Novo Centro de Convenes.

    Outras fontes indiretas de divulgao encontradas:

    Internet Principais notcias encontradas sobre o Novo Centro de

    Convenes:

    http://www.pdfdesk.com

  • 35

    Folha de Braslia On Line -

    http://www.bsbnews.com.br/?cod_categoria=24&cod_materia=14348

    SETUR Secretaria de Turismo

    http://www.brasiliaturismo.df.gov.br/guia.asp?id=146

    Correio Web -

    http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2650141&sub=Distrito

    Revista Advertising Online -

    http://www.adonline.com.br/noticias/estado.asp?IDCategory=22

    ABN Notcias Agncia Brasileira de Notcias

    http://abn.com.br/editorias1.php?id=23131

    BBC Brasil.com -

    http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/05/050510_die

    goba.shtml

    Agncia SEBRAE de Notcias

    http://asn.interjornal.com.br/site/noticia.kmf?noticia=3667052&canal=212

    Portal AZ O portal do Piau na Internet -

    http://www.portalaz.com.br/novoazz/noticias.asp?Secao=Arte+e+Cultura

    &Noti_ID=30145&curPage=1&procurar2=&Arquivo=

    Paulo Octavio. Net -

    http://www.paulooctavio.net/site/news.php?id=240

    Jornais de Braslia

    Correio Braziliense

    Folha de Braslia

    Jornal de Braslia

    (Notcias sobre a reforma do Centro de Convenes, da inaugurao da

    primeira fase das obras da ala norte, inaugurao da ala sul...)

    Televiso

    Rede Globo - Jornal DFTV

    (Notcias da reforma do Centro de Convenes, da inaugurao da

    primeira fase das obras da ala norte, inaugurao da ala sul...)

    http://www.bsbnews.com.br/?cod_categoria=24&cod_materia=14348http://www.brasiliaturismo.df.gov.br/guia.asp?id=146http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2650141&sub=Distritohttp://www.adonline.com.br/noticias/estado.asp?IDCategory=22http://abn.com.br/editorias1.php?id=23131http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2005/05/050510_diehttp://asn.interjornal.com.br/site/noticia.kmf?noticia=3667052&canal=212http://www.portalaz.com.br/novoazz/noticias.asp?Secao=Arte+e+Culturahttp://www.paulooctavio.net/site/news.php?id=240http://www.pdfdesk.com

  • 36

    4.3 Anlise dos dados do questionrio

    Para a anlise do questionrio levou-se em conta o percentual de respostas

    em cada questo para apurar a incidncia de cada uma delas.

    A fim de identificar o perfil dos entrevistados, foram indagados nas questes

    1.1 a 1.4, o sexo, a faixa etria, a renda familiar e a naturalidade. As questes 2.1 a

    2.7, referem-se s perguntas especficas do objetivo do questionrio.

    1. Perfil do Entrevistado

    Questo 1.1 Sexo dos entrevistados

    Sexo N. %

    Masculino 38 25%

    Feminino 162 75%

    Total 200 100%

    Tabela 7 Sexo dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de OliveiraHardman em Setembro/2005.

    1.1 Sexo dos Entrevistados

    0% 20% 40% 60% 80%

    Masculino

    Feminino

    Figura 5 Sexo dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de OliveiraHardman em Setembro/2005.

    Comentrios:

    Essa questo apresentou que a maioria dos entrevistados do sexo feminino

    (75%), enquanto 25% so do sexo masculino. Este dado j era esperado uma vez

    que, a maioria dos cursos oferecidos pelo Centro de Excelncia em Turismo

    apresenta um pblico feminino dominante.

    http://www.pdfdesk.com

  • 37

    Questo 1.2 Faixa Etria dos Entrevistados

    Faixa Etria N. %

    Abaixo de 20 anos 0 0%

    21 a 30 anos 114 56%

    31 a 40 anos 43 22%

    41 a 50 anos 25 13%

    Acima de 50 anos 18 9%

    Total 200 100%

    Tabela 8 Faixa etria dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de OliveiraHardman em Setembro/2005.

    1.2 Faixa Etria dos Entrevistados

    0% 20% 40% 60%

    Abaixo de 20 anos

    21 a 30 anos

    31 a 40 anos

    41 a 50 anos

    Acima de 50 anos

    Figura 6 Faixa etria dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de OliveiraHardman em Setembro/2005.

    Comentrios:

    Podemos observar que a maior parte dos entrevistados (78%) consiste em um

    pblico razoavelmente jovem, considerando a faixa etria entre 21 a 30 anos (56%)

    e 31 a 40 anos (22%). Este dado representa bem o perfil dos profissionais de

    turismo da atualidade, que buscam constantemente o aperfeioamento profissional

    para atuar neste segmento.

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  • 38

    Questo 1.3 Renda Familiar dos Entrevistados

    Renda Familiar N. %At trs salrios mnimos 0 0%Mais de trs a cincosalrios mnimos 24 12%Mais de cinco a dezsalrios mnimos 57 29%Mais de dez salriosmnimos 119 59%

    Total 200 100%

    Tabela 9 Renda familiar dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas deOliveira Hardman em Setembro/2005.

    1.3 R enda Familiar dos Entre v istados

    0% 20% 40% 60% 80%

    At trs salrios m nim os

    M ais de trs a c incosalrios m nim os

    M ais de c inc o a dezsalrios m nim os

    M ais de dez salriosm nim os

    Figura 7 Renda familiar dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas deOliveira Hardman em Setembro/2005.

    Comentrios:

    No que diz respeito renda familiar dos entrevistados, constatou-se que a

    maioria (88%) tem uma renda superior a cinco salrios mnimos. Isso constata que,

    pessoas com uma renda familiar inferior, geralmente no apresentam condies

    financeiras para investir em sua capacitao profissional, no que diz respeito a

    cursos de especializao em turismo, que so considerados razoavelmente caros.

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  • 39

    Questo 1.4 Naturalidade dos Entrevistados

    Naturalidade dosEntrevistados

    N. %

    Goinia 9 4%Braslia 140 69%Bahia 4 2%Uruguai 1 1%Rio de Janeiro 6 3%Minas Gerais 8 3%Gois 8 3%Blumenau 1 1%Belm 3 2%Paraba-PE 5 3%Rio Grande do Sul 3 2%Alagoas 1 1%Acre 1 1%Maranho 3 2%So Paulo 7 3%

    Total 200 100%

    Tabela 10 Naturalidade dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas deOliveira Hardman em Setembro/2005.

    1 .4 N a tu ra lid a d e d o s E n tre v is ta d o s

    0% 2 0% 4 0% 6 0% 8 0%

    A c re

    A la g o a s

    B a h ia

    B e l m

    B lu m e n a u

    B ra s l ia

    G o i n ia

    G o i s

    M a ra n h o

    M in a s G e ra is

    P a ra b a -P E

    R io d e J a n e iro

    R io G ra n d e d o S u l

    S o P a u lo

    Uru g u a i

    Figura 8 Naturalidade dos entrevistados - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de OliveiraHardman em Setembro/2005.

    Comentrios:

    Com relao naturalidade, pode-se observar que mais da metade dos

    entrevistados (69%) nasceram em Braslia. Os demais (30%) so em sua maioria,

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  • 40

    naturais de outros estados brasileiros, tais como Gois, Minas Gerais, So Paulo e

    Rio de Janeiro.

    2. Perguntas do questionrio

    Questo 2.1 Voc mora em Braslia a quanto tempo?

    Tempo que Moraem Braslia N. %

    No mora emBraslia 12 6%Menos de 1 ano 20 10%Entre 1 a 10 anos 22 11%Entre 10 a 20 anos 27 14%Entre 20 a 30 104 51%Acima de 30 anos 15 8%

    Total 200 100%

    Tabela 11 Pergunta 2.1 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    2.1 Voc mora em Braslia a quantotempo?

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

    No mora em Braslia

    Menos de 1 ano

    Entre 1 a 10 anos

    Entre 10 a 20 anos

    Entre 20 a 30

    Acima de 30 anos

    Figura 09 Pergunta 2.1 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    Comentrios:

    A pesquisa nos permite afirmar que, por morar em Braslia a mais de dez anos,

    a maioria dos entrevistados (73%) conhece razoavelmente a Capital do Pas,

    estando aptos a responder concisamente o questionrio aplicado.

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  • 41

    Questo 2.2 Voc acha que Braslia tm vocao para o Turismo de Eventos?

    (Justifique)

    Braslia/Vocao paraTurismo de Eventos N. %

    Sim 190 95%No 10 5%

    Total 200 100%

    Tabela 12 Pergunta 2.2 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    2.2 Voc acha que Braslia tmvocao para o Turismo de Eventos?

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    Sim

    No

    Figura 10 Pergunta 2.2 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    Comentrios:

    Provavelmente por falta de juzo de valor, 5% dos entrevistados afirmou sem

    justificativas plausveis, que Braslia no tm vocao para o Turismo de Eventos. J

    a maioria absoluta dos entrevistados (95%) considera que Braslia tm vocao para

    o Turismo de Eventos pelas seguintes razes:

    Localizao geogrfica - o visitante tem acesso fcil a todas as capitais e

    principais cidades brasileiras;

    Rede Hoteleira - Uma eficiente rede hoteleira com infra-estrutura para a

    realizao de convenes, eventos, seminrios e workshops;

    Facilidade de Deslocamento - por ser uma cidade planejada, oferece

    grandes vantagens aos organizadores de eventos e a seus participantes;

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  • 42

    Pistas largas e retas facilitam o trnsito; A rede hoteleira concentrada em

    locais estratgicos e prximos a toda a estrutura de eventos e tambm esto

    a poucos minutos do Aeroporto;

    Segurana - por ser uma cidade nova;

    Sede de decises polticas - Os principais rgos administrativos e de

    gesto pblica esto sediados na cidade, o que garante agilidade e maior

    organizao para quem est realizando um evento.

    Dado o exposto, vale ressaltar que o embasamento terico deste trabalho

    destaca que o principal motivo da vinda dos turistas a Braslia est relacionado a

    negcios e eventos.

    Questo 2.3 No seu ponto de vista, a reforma do Centro de Convenes

    Ulysses Guimares foi um investimento importante para o Turismo de Eventos

    em Braslia?

    Importncia doCentro N. %

    Sim 197 98%No 3 2%

    Total 200 100%

    Tabela 13 Pergunta 2.3 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    2.3 No seu ponto de vista, a reforma do Centrode Convenes Ulysses Guimares foi uminvestimento importante para o T urismo de

    Eventos em Braslia?

    0% 20% 40% 60% 80% 100% 120%

    Sim

    No

    Figura 11 Pergunta 2.3 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    Comentrios:

    Segundo a maioria esmagadora dos entrevistados (98%), a reforma do Centro

    de Convenes foi um investimento importante no s para o Turismo de Eventos

    em Braslia, mas principalmente para o aumento da economia da cidade.

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  • 43

    Neste contexto, vale lembrar que segundo o responsvel pela captao de

    eventos do Braslia Convention e Visitors - Luciano de Oliveira, o principal objetivo

    do projeto da reforma do Centro de Convenes inserir a capital federal no ranking

    das cidades que abrigam eventos de grande porte. De acordo com Luciano a

    reforma do Centro foi um investimento muito importante no s para a Economia de

    Braslia, mas tambm para o Turismo de Eventos da cidade.

    Questo 2.4 Quais aes promocionais voc j viu em relao ao Novo

    Centro de Convenes?

    AesPromocionais N. %

    Jornal 26 13%Televiso 123 61%Revista 6 3%Rdio 1 1%Cartazes 1 1%Palestras 1 1%Nenhum 42 20%

    Total 200 100%

    Tabela 14 Pergunta 2.4 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    2.4 Quais aes promocionais voc j viu emrelao ao Novo Centro de Convenes?

    0% 20% 40% 60% 80%

    Jornal

    Televiso

    Revista

    Rdio

    Cartazes

    Palestras

    Nenhum

    Figura 12 Pergunta 2.4 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    Comentrios:

    A maioria dos entrevistados tomou conhecimento do Novo Centro de

    Convenes atravs da mdia televisiva (61%) e por reportagens em jornais (13%).

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  • 44

    Foram mencionadas atravs de um pequeno percentual (6%), outras importantes

    aes promocionais (revistas, rdio, cartazes e palestras).

    Segundo a anlise descritiva dos dados apresentados neste trabalho, pode-se

    observar que o Novo Centro foi divulgado atravs de folders, revistas, Internet,

    jornais e televiso.

    relevante mencionar que mesmo sendo divulgado em diversos meios de

    comunicao, (20%) dos entrevistados no viram nenhuma ao promocional em

    relao ao Novo Centro. Este dado comprova que nem todas as pessoas

    entrevistadas foram atingidas pela atual divulgao do Novo Centro.

    Questo 2.5 O Novo Centro de Convenes est sendo bem divulgado?

    Divulgao N. %Discordo plenamente 123 61%No concordo, nemdiscordo 55 28%Concordoplenamente 22 11%

    Total 200 100%

    Tabela 15 Pergunta 2.5 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    2.5 Voc acha que o Novo Centro deConvenes est sendo bem divulgado?

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

    Discordoplenamente

    No concordo,nem discordo

    Concordoplenamente

    Figura 13 Pergunta 2.5 - Fonte: Tabulao dos questionrios aplicados e tabulados por Tas de Oliveira Hardman emSetembro/2005.

    Comentrios:

    A pesquisa revela que mais da metade dos entrevistados (61%) no es