FORMAÇÃO INICIAL E O EXERCÍCIO DA DOCÊNCIA NA...

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  • ISSN 2176-1396

    FORMAO INICIAL E O EXERCCIO DA DOCNCIA NA

    EDUCAO INFANTIL - EXPECTATIVAS E PERCEPES DE

    ESTUDANTES DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FCT/UNESP

    Claudia Cristina Garcia Piffer1 - Supervisora de Ensino da SEDUC-PP

    Silvia Adriana Rodrigues2 - UFMS-CPAN

    Clia Maria Guimares3 - FCT/UNESP

    Grupo de Trabalho Formao de Professores e Profissionalizao Docente

    Agncia Financiadora: no contou com financiamento

    Resumo

    Neste texto, apresenta-se um recorte da pesquisa longitudinal, realizada entre os anos letivos

    de 2009 e 2012, junto a estudantes do curso de Pedagogia de duas instituies de ensino

    superior brasileiras. Os dados ora abordados se referem a uma das instituies, esta localizada

    na regio oeste do estado de So Paulo, e dizem respeito s razes para a escolha do curso,

    motivaes e expectativas com relao ao exerccio da profisso docente e acerca da

    percepo sobre o exerccio da docncia, especificamente no contexto da Educao Infantil. A

    concepo de Educao Infantil requerida no pode se constituir sem o investimento na

    formao inicial para a docncia junto s crianas desta etapa de ensino. Docncia esta que se

    distingue por caractersticas particulares e pela reviso de crenas que historicamente

    condicionam o trabalho pedaggico na creche e pr-escola. Os dados em discusso foram

    obtidos por meio de questionrios mistos, coletados no inicio do primeiro e no final do ultimo

    ano do curso, e tratados com auxlio do software estatstico (SPSS) e o uso da tcnica de

    anlise categorial de contedo. Os resultados apontam, dentre outros aspectos, a evoluo no

    entendimento do funcionamento da creche e das funes profissionais na rea da educao

    infantil; reduo na nfase dada s tarefas escolarizantes junto as crianas e a gradativa

    superao da viso de que ter experincia materna faz parte das caractersticas almejadas de

    um professor de Educao Infantil. A razo pela escolha pelo Curso de Pedagogia

    permaneceu motivada, principalmente, pelo desejo de trabalhar com crianas. Contudo, a

    anlise dos dados aponta uma preferncia pelas crianas dos outros anos da Educao Bsica.

    O desafio da formao inicial para a docncia na educao infantil permanece o da opo por

    essa etapa da educao no Brasil.

    1 Doutoranda em Educao pela FCT/UNESP-PP. Supervisora de Ensino da SEDUC-PP. Membro do Grupo de

    Pesquisa GPDFIRS-FCT/UNESP. E-mail: [email protected] 2 Mestre em Educao. Professora Assistente da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Campus do

    Pantanal (UFMS/CPAN). Membro do Grupo de Pesquisa GPDFIRS-FCT/UNESP. E-mail:

    [email protected]. 3

    mailto:[email protected]:[email protected]

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    Palavras-chave: Curso de Pedagogia. Formao inicial. Educao Infantil. Profisso

    Docente.

    Introduo

    A condio a que a Educao Infantil ainda relegada remonta sua prpria histria

    de origem.

    Desse modo, historicamente falando, de um lado, situavam-se as creches, tendo como

    foco a assistncia social s crianas de famlias necessitadas, sem preocupao de teor

    educativo no atendimento. De outro lado, com prticas de cunho escolarizante tnhamos os

    jardins de infncia, destinados s crianas de classes abastadas. Tais tendncias

    assistencialista ou escolarizante, hoje buscam ser superadas atravs do binmio cuidar e

    educar.

    Apesar das mudanas trazidas pela atual Lei de Diretrizes e Bases da Educao

    Nacional, Lei n. 9.394/96 (LDB), a Educao Infantil ainda sofre com os ranos do passado.

    A Educao Infantil no pode ser caracterizada a partir do estigma de um lugar para a

    criana pobre, enquanto substituio do espao familiar ou de preparao para a

    aprendizagem escolar, mas sim de uma instituio cuja especificidade precisa ser

    considerada.

    Nesta perspectiva, a concepo de Educao Infantil que pleiteamos no pode se

    constituir sem o investimento na formao, sobretudo inicial, para a docncia junto s

    crianas desta etapa de ensino. Docncia esta que se distingue por caractersticas particulares.

    Imbudas dessa convico, o presente artigo discute parte dos dados obtidos numa

    investigao4 qualitativa, de carter longitudinal, desenvolvida entre os anos de 2009 e 2012

    junto a estudantes do curso de Pedagogia da FCT/UNESP5 e UFMS/CPAN

    6. Entre outras

    questes, o estudo investigou a interferncia dos processos de formao inicial nas

    concepes que futuras profissionais7 tinham, e que eventualmente construram a partir da

    influncia do curso, sobre o trabalho pedaggico a ser desenvolvido na Educao Infantil.

    4 Pesquisa ligada ctedra da UNESCO sediada no CIERS-ED (Centro Internacional de Estudos em

    Representao Social e Educao; Fundao Carlos Chagas-SP). 5 A FCT/UNESP - Faculdade de Cincias e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista, um dos 23 campi da

    UNESP, localizado em Presidente Prudente, regio oeste do estado de So Paulo. 6 O Campus do Pantanal da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul CPAN/UFMS Brasil, est

    localizado na cidade de Corumb-Ms, regio fronteiria com a Bolvia. 7 Faremos referncia aos participantes da pesquisa usando o gnero feminino tendo em vista que 92% deles so

    mulheres, o que corrobora os resultados recorrentes nas pesquisas da rea, indicando a crescente feminizao do

    magistrio, nesse nvel de ensino e na Educao Bsica brasileira de forma geral (CAMPOS; FLLGRAF;

    WIGGERS, 2006).

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    No recorte apresentado, nos limites deste texto, discutiremos os resultados, obtidos

    junto ao grupo de estudantes da FCT/UNESP-PP com uso de questionrios mistos, das

    questes que inquiriram os acadmicos sobre as razes para a escolha do curso de Pedagogia,

    suas motivaes e expectativas com relao profisso docente, bem como sobre o exerccio

    da docncia no contexto da Educao Infantil.

    Outro texto, sob o ttulo de Olhares de estudantes do curso de pedagogia da

    UFMS/CPAN sobre o exerccio da docncia na Educao Infantil, apresentar discusso

    acerca dos dados obtidos junto s estudantes da referida universidade (UFMS/CPAN).

    Bases tericas da discusso

    O artigo 21, inciso I da LDB define a Educao Infantil como primeira etapa da

    educao bsica. No artigo 29 aborda a finalidade da Educao Infantil: O

    desenvolvimento integral da criana at cinco anos de idade, em seus aspectos fsico,

    psicolgico, intelectual e social, complementando a ao da famlia e da comunidade.

    Alm disso, a lei exige que as creches e pr-escola devam integrar-se aos sistemas de

    ensino. A partir de ento, evidencia-se o carter educativo a ser assumido pelas instituies

    destinadas primeira infncia.

    A declarao do binmio educar e cuidar como funes indissociveis no atendimento

    da criana pequena na Educao Infantil tambm foram incorporados legislao brasileira a

    partir da LDB, o que confirma a funo educativa desse atendimento e regulamenta seu

    funcionamento (MAZZILLI et al., 2001).

    Sob a gide da funo educativa estabelecida pela atual LDB, a exigncia de formao

    dos profissionais que atuam na Educao Infantil, representou um avano em termos de

    contribuio trazida pela citada lei. Contudo, acerca da formao inicial bastante atual o

    apontamento de Pimenta (2002), de que os cursos pouco tm contribudo para a formao de

    uma nova identidade do profissional docente que atenda as novas demandas da prtica

    docente e pedaggica escolar em seus recentes contornos. Gomes (2012) assevera que uma

    educao qualitativamente positiva para as crianas pequenas, passa, necessariamente, num

    primeiro momento, pela formao adequada dos profissionais que nela atuaro num

    determinado tempo histrico.

    Especificamente sobre a docncia na Educao Infantil, Guimares, Rodrigues e Piffer

    (2013, p. 8.216) apontam a dificuldade que o curso de Pedagogia enfrenta para formar o

    professor para atuar neste espao:

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    Observamos que ainda prevalecem concepes equivocadas acerca do trabalho realizado no mbito da creche e da pr-escola, oriundas do pensamento

    caracterstico da prpria histria da constituio destas instituies e da identidade

    dos profissionais que nela atuam e que povoam o imaginrio social brasileiro.

    As autoras analisam que esta dificuldade est amplamente relacionada estrutura

    curricular dos cursos que no garantem o mnimo de saberes necessrios aos futuros

    profissionais, nomeadamente aqueles ligados as particularidades das crianas da educao

    infantil.

    Isto porque ser impossvel atender as demandas contemporneas das crianas, das suas famlias e da etapa da Educao Infantil no que se refere ao seu papel social,

    poltico e pedaggico com algumas disciplinas pulverizadas na estrutura curricular

    da referida licenciatura. Alm de raras no decorrer do curso, continuam sendo

    poucas as disciplinas responsveis pelo intento de promover a profissionalidade da

    professora da creche/pr-escola (GUIMARES; RODRIGUES; PIFFER, 2013, p.

    8.216).

    Para atender s singularidades dessa primeira etapa da Educao Bsica, a

    intencionalidade da ao docente no pode se pautar em modelos prprios do Ensino

    Fundamental, sendo necessria a construo de referncias acerca de prticas que considerem

    as necessidades, os interesses e as caractersticas das crianas da Educao Infantil, bem como

    as diferenas no trabalho com crianas de zero a trs anos e de quatro e cinco anos.

    Em complemento, Gomes (2012, p. 159) clarifica sobre qual Educao Infantil

    estamos falando:

    Valorizamos a educao infantil em sua dimenso de educao integral (e integrada), uma viso holstica (e sistmica) pelo trato integral com a totalidade

    humana envolve o reconhecimento das singularidades e especificidades da infncia

    pela compreenso de que o ser humano se forma desde o momento de sua

    concepo, se realiza ao longo da vida e que a infncia tem um valor em si mesma,

    considerando as diversidades tnicas, culturais, de gnero, geogrficas e as vrias

    formas de viver a infncia [...]

    Sobre esta questo, estudos anteriores j evidenciaram a sua importncia, sendo

    considerada esta como um dos fatores de maior impacto sobre a qualidade da Educao

    Infantil (BARRETO, 1998; ROSEMBERG; CAMPOS; VIANNA, 1992, entre outros).

    Neste sentido relevante identificar a motivao dos sujeitos para escolher a profisso

    docente, ou ainda o curso de Pedagogia. Em recente pesquisa, Oliveira, Braz e Piffer (2013)

    identificaram trs principais razes que se apresentam como motivao dos alunos para o

    ingresso no Curso de Pedagogia, a saber: a identificao com o curso, a vontade dar

    aulas/ensinar e o gosto por atuar com crianas. As autoras julgam no ser possvel afirmar que

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    os alunos entram no curso em busca do exerccio da docncia, considerando a identificao

    com a profisso como resultado de um processo formativo construdo ao longo do curso.

    A presente discusso pretende, assim, identificar os fatores que influenciam na opo

    pelo curso de Pedagogia, as motivaes para a escolha da carreira docente, bem como as

    expectativas e os modos como se percebe o exerccio da docncia, especialmente na Educao

    Infantil.

    Tais questes nos permitem avaliar o impacto do curso na possvel modificao ou

    manuteno das vises das estudantes e nas concepes que historicamente tem condicionado

    a atuao do adulto na rea da educao infantil no Brasil.

    Dados, anlise e discusso

    A partir do uso de questionrios mistos em dois momentos distintos, em 2009 e 2012,

    os dados ora apresentados foram recolhidos junto s estudantes do curso de Pedagogia da

    FCT/UNESP (campus de Presidente Prudente). O questionrio inicial foi composto de duas

    partes; a primeira com questes que procuravam traar o perfil scio-econmico-cultural dos

    sujeitos. A segunda parte colhia informaes que denotavam o entendimento sobre a

    especificidade da profisso, totalizando 28 questes. No final do ano letivo de 2012 (4 ano do

    curso) foi aplicado questionrio anlogo ao questionrio-carta utilizado em 2009, composto

    por 35 questes. O tratamento dos dados se deu com auxlio do software estatstico (SPSS)

    para os obtidos com as questes fechadas e o uso da tcnica de anlise categorial de contedo

    (BARDIN, 1979) para as respostas dadas s questes abertas.

    Nos limites deste texto apresentaremos alguns dados do perfil, alm das respostas

    oferecidas a oito questes selecionadas para discutir as razes para a escolha do curso de

    Pedagogia, motivaes e expectativas com relao ao exerccio da profisso docente, e, alm

    disso, acerca da percepo sobre como exercer a docncia especificamente no contexto da

    Educao Infantil.

    No que diz respeito ao perfil das estudantes no incio do curso, a grande maioria do

    sexo feminino; a maioria iniciou a formao entre 17 e 20 anos Sobre a situao civil, a

    maioria era solteira, sem filhos; a grande maioria dedicava-se somente a fazer o curso de

    graduao. Por fim, a maior parte das estudantes no tinha experincia de trabalho com

    crianas pequenas, seja na educao formal ou informal.

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    No final do curso, atravs das respostas do questionrio, foi possvel identificar que

    algumas estudantes adquiriram experincia profissional em atividades relacionadas

    docncia, porm, em nmero bastante reduzido.

    Para apreender o entendimento dos acadmicos do curso de Pedagogia sobre como

    exercer a docncia no contexto da Educao Infantil e se houve mudanas neste entendimento

    ao longo do curso, lanamos, entre outros, trs questionamentos, em formato de questo de

    mltipla escolha, nas quais os sujeitos poderiam marcar quantas opes julgassem corretas,

    que sero discutidos a seguir; so eles: Pensando na atuao do(a) professor(a) de creche,

    considero que ele(a) deveria assumir as seguintes tarefas; Pensando na atuao do(a)

    professor(a) de pr-escola, considero que ele(a) deveria assumir as seguintes tarefas:;

    Espera-se que as (os) professoras(es) de Educao Infantil:.

    No que diz respeito primeira questo, acerca das tarefas a serem assumidas pelos

    profissionais da creche, no ano de 2009, foram oferecidas 25 opes de escolha, com a

    possibilidade de o sujeito marcar todas as que julgasse relevante, bem como indicar uma

    alternativa que no estivesse no rol de opes. Cabe destacar que todas as alternativas foram

    indicadas pelos sujeitos, nenhuma ficou sem, pelo menos, quatro indicaes (menor

    frequncia), sendo que nos deteremos naquelas que se destacaram pela maior freqncia e

    sentido.

    Desta forma, as tarefas: dar carinho, organizar brincadeiras e brincar foram as mais

    indicadas pelas estudantes, assinaladas por 88% deles; com indicao de cerca de 76% dos

    sujeitos, foram citados atender as crianas com necessidades especiais e manter contato com

    as famlias; o terceiro grupo de respostas mais indicadas (por cerca de 65% das estudantes) foi

    alimentar, zelar pela integridade fsica das crianas, transmitir valores, passear com as

    crianas, observar e avaliar as crianas, organizar reunies de pais e observar e avaliar as

    crianas. Ainda foram indicados por cerca de 44% dos sujeitos, trocar fraldas, banhar,

    elaborar planos de atividades, escrever relatrios; temos tambm como nmero significativo a

    indicao de dar remdio e fazer curativos e preparar o ambiente fsico por cerca de 30%.

    Chamou-nos a ateno o fato de 48% dos sujeitos indicar ensinar contedos escolares, 33%

    elaborar e corrigir tarefas didticas e 28% apontar ensinar a ler e escrever e organizar

    atividades de recuperao e reforo como tarefas do professor (a) da creche.

    Nota-se que ao ingressar no curso de Pedagogia, as estudantes percebem, de certa

    maneira, a amplitude do trabalho do profissional que atua na creche, mas tambm entendem

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    de forma equivocada o rol de suas tarefas, bem como da finalidade deste espao ao apontar

    tarefas que esto relacionadas escolarizao.

    Acerca das respostas mesma questo, obtidas no ano de 2012, houve pequenas

    alteraes. Estas mudanas dizem respeito primeiro diminuio do ndice de escolha das

    tarefas que indicam o entendimento da creche como espao de escolarizao: 31% para

    ensinar contedos escolares e menos de 10% para ler e escrever e organizar atividades de

    recuperao e reforo. Neste grupo tambm chama a ateno o fato de que a opo manter

    contato com as famlias no foi indicada por nenhum sujeito.

    Em nossa anlise, parece haver certa evoluo no entendimento sobre a dinmica de

    funcionamento da creche e as funes atribudas ao profissional que nela atua, embora

    insuficiente as demandas do cuidado e educao de crianas institucionalizadas.

    Outra questo lanada aos sujeitos foi acerca das tarefas de competncia dos

    professores da pr-escola, no sentido de identificar se as estudantes percebiam as

    singularidades e diferenas destes dois nveis da Educao Infantil.

    No ano de 2009, organizar reunies de pais e observar e avaliar as crianas, foram

    apontadas por 90% deles; com indicao de cerca de 80% dos sujeitos, foram citados

    organizar brincadeiras, ensinar contedos escolares, participar de reunies pedaggicas e

    elaborar planos de atividades; o terceiro grupo de respostas mais indicadas, por cerca de 75%

    das estudantes, foi transmitir valores, ensinar ler e escrever e elaborar e corrigir tarefas

    didticas. Ainda foram indicados por cerca de 60% dos sujeitos, dar carinho, manter contato

    com as famlias, escrever relatrios, passear com as crianas e zelar pela integridade fsica

    delas; temos tambm como nmero significativo a indicao de brincar, preparar o ambiente

    fsico, fazer pesquisas e organizar atividades de recuperao e reforo por cerca de 40% dos

    estudantes.

    Diante dos dados apresentados, inferimos que ao ingressar no curso de formao

    inicial, as estudantes entendem a diversidade de tarefas da pr-escola, com especial destaque

    para aquelas relacionadas educao formal que por sua vez, traduzem entendimentos do

    senso comum.

    A mesma questo, respondida pelas estudantes no ano de 2012, nos trouxe os

    seguintes dados: a opo mais indicada, por 100% deles, foi elaborar planos de atividades; em

    seguida, com frequncia entre 90 e 97% tivemos: organizar brincadeiras, preparar o ambiente

    fsico, manter contato com as famlias, observar e avaliar as crianas, participar de reunies

    pedaggicas, zelar pela integridade fsica das crianas, brincar e transmitir valores. Com

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    ndice em torno de 80% foram indicados: dar carinho, ensinar contedos escolares, atender

    crianas com necessidades especiais, organizar reunies de pais, escrever relatrios, passear

    com as crianas, elaborar e corrigir tarefas didticas e fazer pesquisas. Ainda com ndice

    significativo, 51% das estudantes citou ensinar ler e escrever.

    Percebemos nas escolhas oferecidas a esta questo, assim como para a anterior,

    pequenas mudanas na percepo dos sujeitos, pois as tarefas indicadas so praticamente as

    mesmas, havendo apenas pequenas alteraes na frequncia das indicaes. Cabe ressaltar a

    pequena oscilao na valorizao dada s tarefas consideradas escolarizantes, tais como

    ensinar a ler e escrever, contedos escolares e elaborar atividades de recuperao e reforo,

    que apesar de ainda serem citadas por um ndice significativo de sujeitos, estes nmeros

    foram reduzidos, em mdia 20%.

    Acerca da questo que solicitava s estudantes assinalar as caractersticas esperadas de

    um professor de Educao Infantil, no ano de 2009, a maior frequncia (97%) foi para a

    opo tratar todas as crianas da mesma forma; a segunda maior frequncia (88%) englobou

    as tarefas ter pacincia, ser carinhosa, ter conhecimento sobre desenvolvimento infantil,

    respeitar as diferenas, ser compreensiva e respeitosa com os pais e saber alfabetizar; a

    terceira maior frequncia (entre 80 e 85%) foi apurada nas alternativas ser organizada, saber

    elaborar tarefas didticas para crianas pequenas, saber estabelecer rotinas, saber lidar com

    conflitos infantis e gostar de crianas. Com ndices entre 70 e 75% foram escolhidas as

    opes: ser dinmica, saber manejar um grupo de crianas, ser exemplo de valores, ensinar as

    crianas a se comportarem em sala, ensinar hbitos de higiene, incentivar a criatividade, ser

    compreensiva e respeitosa com as famlias, saber organizar o espao para interaes e saber

    avaliar as crianas; ainda como nmeros significativos, temos 60% dos sujeitos que indicou

    trabalhar em equipe e 44% ensinar as crianas a obedecerem aos adultos.

    No que diz respeito aos dados de 2012, 90 e 97% do ndice de escolha se d para as

    opes ser dinmica, organizada, ter conhecimento sobre desenvolvimento infantil, saber

    organizar rotinas, saber lidar com conflitos infantis, promover autonomia das crianas,

    incentivar a criatividade, desenvolver nas crianas habilidades sociais, respeitar diferenas

    individuais, no demonstrar preferncia ou rejeio por alguma criana e manter os pais

    informados e ser compreensiva e respeitosa com os pais; o segundo maior ndice de

    frequncia (entre 80 e 87%) engloba as respostas saber manejar um grupo de crianas,

    trabalhar em equipe, saber elaborar tarefas didticas especficas para a criana, ter pacincia,

    ser carinhosa e ser exemplo de valores. Outros 60% de sujeitos indicou tratar as crianas da

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    mesma forma, 53% ensinar as crianas a se comportarem em sala de aula e 36% saber

    alfabetizar e ensinar as crianas a obedecerem aos adultos.

    A anlise comparativa dos dados permite destacar que entre as estudantes, ao final do

    curso, h indicao de mais caractersticas voltadas ao aspecto profissional do que no incio

    do curso. O pequeno ndice de indicaes da opo ter experincia como mes (11%) no ano

    de 2009, foi ainda menor no ano de 2012 (5%).

    Com o objetivo de compreender as razes para a escolha do curso de Pedagogia,

    motivaes e expectativas com relao ao exerccio da profisso docente entre os acadmicos

    e identificar se houve mudanas quanto a estes aspectos ao longo do curso, foram lanadas s

    estudantes cinco questes, sendo algumas em formato de mltipla escolha e outras em

    formato de questes abertas, conforme seguem: Optei pelo curso de Pedagogia

    principalmente porque/ Agora que estou me formando, recordo-me que optei pelo curso de

    Pedagogia principalmente porque; Se eu puder escolher, minha preferncia de campo de

    trabalho, quando terminar o curso, ser atuar como professor(a) em, No pretendo ser

    professor, prefiro atuar em; Com relao possibilidade de ser um(a) professor(a) de

    Educao Infantil, sinto-me muito motivado(a), sinto-me pouco motivado(a); Imagino que,

    no meu trabalho como professor(a) de Educao Infantil, os aspectos que me causaro maior

    satisfao sero e Imagino que, se eu assumir o trabalho de professor(a) de Educao

    Infantil, no terei dificuldades/terei algumas dificuldades/terei muitas dificuldades. As

    principais dificuldades sero.

    Devido ao nmero de questes e aos limites deste texto, optamos por fazer a

    apresentao dos dados a partir dos percentuais mais significativos e que, por esta razo,

    merecem destaque.

    Quanto aos motivos para a escolha do curso Pedagogia, no ano de 2009, ocasio do

    ingresso no referido curso, o desejo de trabalhar com crianas surge como o segmento de

    respostas com maior frequncia, com 21,5% das respostas. Outros motivos apresentados com

    maior frequncia foram conhecia e gostava dos contedos que seriam trabalhados no curso,

    com 14,5%; e esse era o curso que me possibilitaria realizar meu sonho enquanto

    profissional, com 13%.

    No ano de 2012, ocasio da concluso do curso, novamente o querer trabalhar com

    crianas se faz presente como o segmento de respostas com maior frequncia, 20,3%. Na

    sequncia, aparecem como motivos: teria possibilidade de interveno no mbito social,

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    com 16,8% e j conhecia e gostava do trabalho realizado pelo professor, com 15,9% das

    respostas.

    Ao compararmos os dados obtidos no momento de ingresso e no momento de

    concluso do curso, observamos em comum a permanncia do desejo de trabalhar com

    crianas como uma das principais motivaes para a escolha do Curso de Pedagogia.

    Tal constatao se aproxima dos resultados encontrados em estudo realizado por

    Oliveira, Piffer e Guimares (2013), no qual um dos principais motivos para a escolha do

    curso de Pedagogia consiste no gostar de crianas. Em ambos os casos a criana

    compareceu como fonte de motivao declarada para a escolha realizada.

    Comparando-se os outros dois principais motivos para a escolha do curso, observa-se

    que estes se modificaram.

    Com relao questo: Se eu puder escolher, minha preferncia de campo de

    trabalho, quando terminar o curso, ser:, no ano de 2009, 72,5% declarou interesse em atuar

    como professor (a), outros 27,5% se enquadrou na categoria no pretendo ser professor(a).

    Dentre os que declararam interesse em atuar como professor (a), 28% afirmou ter preferncia

    por atuar na pr-escola, 24% no Ensino Fundamental sries iniciais e 22% apresentou como

    opo continuar estudando para ser professor (a) do Ensino Superior.

    Dentre os que afirmaram que no pretendem ser professor (a), 47,4% destes declarou

    preferncia pela atuao no campo da Pedagogia hospitalar, 17,8% pelo campo da Pedagogia

    empresarial e 10,5% por Superviso ou Orientao.

    No ano de concluso do curso, 78% manifestou interesse em atuar como professor (a),

    outros 22% afirmou que no pretende ser professor (a). Dentre os que manifestaram interesse

    em atuar como professor, 28,2% afirmou preferir trabalhar com creche e pr-escola. A

    preferncia pela atuao no Ensino Fundamental sries iniciais aparece com 23% e

    continuar estudando para ser professor do Ensino Superior com 20%.

    Os dados revelam que a maior parte das estudantes ingressou no curso de Pedagogia

    com interesse em ser professor. Observa-se que o percentual de interessados em atuar como

    professor teve uma ascenso entre o incio e o final do curso, o que sinaliza a influncia dos

    processos formativos sobre as identificaes com a profisso docente.

    Observa-se ainda o aparecimento do interesse entre os formandos pela atuao

    profissional junto modalidade creche, o que no foi constatado no incio do curso, embora

    esse interesse no seja exclusivo, pois se referem creche e pr-escola, sendo que apenas

    2,6% aludem exclusivamente a atuao na creche. Neste caso da preferncia exclusiva pela

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    creche, esta parece se relacionar mais experincia profissional, como se pode constatar

    atravs desta justificativa: J atuo h seis anos; gosto muito do trabalho que realizo, pois

    satisfatrio ver uma criana desenvolvendo-se em seus aspectos motores, cognitivos, afetivos

    e lingusticos ou seja, globalmente traz uma sensao de dever cumprido com

    responsabilidade (Suj. 27).

    Apesar da possibilidade de interferncia do curso na opo pelo trabalho com crianas

    pequenas, podemos apontar a experincia na rea como sendo outra varivel, alm da

    formao recebida no curso, conforme j constatado no caso da categoria creche, como

    pode ser percebido nas seguintes justificativas apresentadas: Tenho mais experincia (Suj.

    15); Porque j obtive alguma experincia com essa faixa etria e me apaixonei pelo

    trabalho desenvolvido com a pr-escola (Suj. 31); Tenho mais facilidade em atuar nessa

    rea, como j trabalho de estagiria em uma pr-escola (Suj. 35).

    No que diz respeito questo Com relao possibilidade de ser um (a) professor (a)

    de educao infantil, no ano de 2009, 83,6% declarou que se sentia muito motivado e 16,4%

    pouco motivado.

    Dentre os que se assumiram muito motivados, 33,9% justificou a motivao pelo fato

    de gostar de crianas, 17,9% pela importncia da fase para o desenvolvimento e 10,7% devido

    facilidade/jeito para lidar com crianas, dentre outras justificativas. Entre os que afirmaram

    pouca motivao, as justificativas foram bastante diversificadas, incluindo desde a atual

    situao da profisso, o desinteresse por esta, falta de pacincia, a falta de reconhecimento,

    at no se considerar apto para tal, dentre outras justificativas.

    No ano de 2012, 70,7% declarou que se sentia muito motivado e 29,27% pouco

    motivado. Dentre os que se declararam muito motivados, as justificativas mais frequentes

    consistiram em: gostar/identificar-se com a faixa etria, com 24,1%, a boa formao na rea,

    com 29,7% e a experincia na rea, com 13,8%, dentre outras. No grupo dos que se

    declararam pouco motivados, as justificativas mais recorrentes foram: falta de

    habilidades/jeito; dificuldades em lidar com as crianas e as condies de trabalho, todas com

    25% cada.

    Observa-se ainda uma queda no percentual da motivao junto s estudantes quanto

    possibilidade de ser um professor de educao infantil, o que pode ter relao com a

    experincia proporcionada pelos estgios, considerando o que Silva, Paschoal e Oliveira

    (2013, p. 28) afirmam:

  • 36000

    No podemos nos furtar de pensar que este perodo guarda para o estudante, momentos de visvel angstia, incerteza, questionamento e insegurana, j que ele

    ter a responsabilidade de lidar diretamente com crianas pequenas, sem ter

    convico se os conhecimentos adquiridos ao longo do Curso lhe ofereceram

    suporte terico e metodolgico para dar conta da tarefa.

    Comparando os resultados das duas coletas, observa-se que h em comum o indicativo

    de gostar de crianas/da faixa etria entre as justificativas oferecidas no incio do curso em

    relao as do final, entre o grupo dos que se declararam muito motivados. Contudo, a criana

    como fonte de motivao explicativa da escolha pelo curso referida acima parece se deslocar

    para o gosto por ser professor de crianas dos anos posteriores a etapa da educao infantil.

    Consideraes Finais

    Conforme afirma Oliveira (2008, p.38), creches e pr-escolas no devem nem

    substituir a famlia nem antecipar prticas tradicionais de escolarizao e avana ao concluir

    que essa situao requer repensar certas concepes, como o conceito de infncia e assinala

    ainda a necessidade de integrao do cuidar e educar, dentre outras questes.

    Historicamente presenciamos o fato de quanto menor a criana, menor o

    reconhecimento e a valorizao profissional, o que remete concepo de criana, que

    durante muito tempo foi considerada como um vir a ser, que somente se tornaria uma cidad

    no futuro, quando adulta, desconsiderando e desvalorizando a condio e especificidade da

    infncia.

    Barbosa (2005, p. 62) amplia a reflexo ao afianar que:

    [...] as crianas devem ser preparadas para tomar parte ativa e construtiva no

    desenvolvimento e mutao da sociedade. Pedagogia na sociedade complexa e

    invisvel de hoje deve considerar a ideia de tornar visvel o invisvel para as crianas

    e jovens. Numa sociedade moderna onde o conhecimento e a informao esto

    ligados no apenas produo de bens, mas tambm comunicao, smbolos e relacionamentos, tornar-se- crescentemente importante desenvolver no apenas

    habilidades bsicas tradicionais, mas tambm criatividade, competncia

    comunicativa e capacidade de solucionar problemas.

    A superao de concepes que atravancam o processo de constituio da Educao

    Infantil enquanto etapa que promove a aprendizagem e o desenvolvimento das crianas,

    considerando suas especificidades, consiste num dos desafios que se colocam aos cursos de

    Pedagogia.

    Retomando os dados da pesquisa, podemos observar resultados que sinalizam a

    contribuio do curso de Pedagogia na formao das estudantes:

  • 36001

    - Certa evoluo no entendimento sobre a dinmica de funcionamento da creche e as

    funes atribudas ao profissional que nela atua;

    - reduo da nfase s tarefas escolarizantes, tais como ensinar a ler e escrever,

    contedos escolares e elaborar atividades de recuperao e reforo;

    - superao da viso de que ter experincia materna faz parte das caractersticas

    esperadas de um professor de Educao Infantil;

    - elevao dos ndices de interesse pela atuao como professor e ainda como

    profissional junto creche e pr-escola;

    No entanto, apesar da evidncia de que os cursos de Pedagogia tm contribudo a

    formao de profissionais mais qualificados para atuar na Educao Infantil, h ainda muitos

    desafios a serem superados.

    A motivao para a escolha do curso fundamentada no querer trabalhar com crianas

    se mostrou como uma tendncia muito presente entre as estudantes, em detrimento de

    motivaes mais relacionadas a outros aspectos da profissionalidade docente. H que se

    questionar sobre quais concepes de infncia e de crianas as estudantes possuem e que os

    impulsionam ao desejo de trabalhar com estas, sero concepes idealizadas ou no?

    Com estas indicaes no estamos atribuindo valor exclusivo da qualidade da atuao

    docente formao inicial, pois como afirma Oliveira (2008, p. 30):

    A profissionalizao do educador infantil, todavia, no est ligada simplesmente formao, mas ocorre tambm com a experincia, com a aprendizagem cotidiana,

    com as interaes construdas com diferentes atores e que conduzem a formas de

    interveno em situaes especficas. No um caminho a ser trilhado

    individualmente, mas um processo grupal de aperfeioamento que continua por todo

    o perodo de atuao profissional.

    No entanto, um grande passo dado no momento da formao inicial uma vez que

    este o espao em que os sujeitos so apresentados as reais dimenses que configuram a

    profisso docente e ainda aos meandros da Educao Infantil. Desta forma, retornamos a

    proposta de cuidar e educar de forma agregada a partir da viso de criana integral para

    encerrarmos tomando emprestadas as palavras de Sanches (2003, p. 14) para afirmar que:

    Qualificar os profissionais implica instig-los a conhecerem e a se aprofundarem num

    movimento permanente e sistemtico de construo do conhecimento.

  • 36002

    REFERNCIAS

    BARBOSA, M. C. S. As rotinas nas pedagogias da educao infantil: dos binarismos

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  • 36003

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