Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 · Maiara Mayumi Ribeiro Shimote Rayanne C. Morales...

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1 Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015 GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE OMS Organização Mundial da Saúde

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Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2015GuiA DE EstuDos / Study Guide

Guia de estudos / Study Guide

OMSOrganização Mundial da Saúde

03, 04, 05 e 06 de junho de 2015São Paulo

[email protected]

(11) 3662-7262

Guia de estudos / Study Guide

Conselho de Curadores

PresidenteSra. Celita Procopio de Carvalho

integrantesDr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno

Dr. Octávio Plínio Botelho do AmaralDr. José Antonio de Seixas Pereira Neto

Sra. Maria Christina Farah Nassif FioravantiEmbaixador Paulo Tarso Flecha de Lima

diretoria exeCutiva

diretor-PresidenteDr. Antonio Bias Bueno Guillon

assessoria da diretoria

assessor administrativo e FinanceiroSr. Tomio Ogassavara

assessor de assuntos acadêmicosProf. Rogério Massaro Suriani

diretor do Conselho de ensinoProf. Victor Mirshawka

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orGaniZadores

secretariadoVictor Dias Grinberg – Secretário-Geral Acadêmico

José Victor Rosa Vilches – Secretário-Geral Administrativo

staFF adMinistrativo

André de Melo Reis Bueno Filho – Diretor FinanceiroHenrique Tilelli de Almeida Anacleto – Diretor de Estrutura

Julia Pereira Borges – Diretora de Comunicação

staFF aCadÊMiCo

agência internacional de energia atômicaRaquel Pereira Silva Dell’Agli

Taís Duarte GreccoIsabela de Oliveira Maia

assembleia Geral das nações unidasLeticia Astolfi Santana

Madalena Rodrigues DerziCarolina Andreosi

Rachel Naddeo GomesGabriele Sampaio

Comitê de imprensaJulia Pereira Borges

Priscila Tiemo Lopes KawakamiVictoria Junqueira F. Ribeiro

Conselho de direitos humanosJúlio César Bardini Cuginotti

Bethânia KopkeCarolina de Faveri Siqueira

Conselho europeuThayná Mesquita de AbreuYann Lucas Siqueira SeveroVictoria Fontes Rodrigues

Corte internacional de JustiçaLuana Assunção Teodoro Souza

Marcela da Costa ValenteNatália Brazinski de Andrade

Gabriella Caterina Longobrado

Counter-terrorism CommitteeGuilherme de Pinho Vieira Silva

Renato Gonzales Raposo de MelloMatheus D`Agostino Martins

Gabinete russoThaís Mingoti DutraRafael Facuri Villela

Thiago Godoy

organização internacional do trabalhoGabriela Lotaif

Manoela Meirelles V. de Azevedo

organização Mundial da saúdeGuiliano Guidi Braga

Maiara Mayumi Ribeiro ShimoteRayanne C. Morales

Programa das nações unidas para o desenvolvimento

Bárbara Ilana Molitor PeriniFernanda Alves de Oliveira

Jéssica Tozatti

terceiro setorFernanda Cardoso de Oliveira

Bruno RossettoCarolina Comitre

união das nações sul-americanasGiovanni de Oliveira Furlani

Heitor P. FelippeMarcos Vinícius Alexandre Santos

united nations security CouncilRenan Yukio Nakano

Gabriella Lemos BrackmanLuiza Oliveira Damasceno

CARTA DE APRESENTAÇÃO

Atingindo um número de aproximadamente catorze mil indivíduos, de acordo com a OMS, o recente surto de Ebola que teve início na região do Oeste Africano já ultrapassa as fronteiras do continente, chegando na América e na Europa. A capacidade e velocidade de disseminação da doença é o ponto que mais preocupa médicos e autoridades sanitárias no mundo todo. Com esta pequena apresentação lhes convidamos para debater a respeito da busca por uma alternativa de contenção do avanço do Ebola para as outras regiões do mundo.

Nesse XI Fórum FAAP, a Organização Mundial da Saúde buscará discutir o tema do Controle da Epidemia de Ebola, referente ao recente surto de 2013/14. O Comitê é formado por Giuliano Braga, Maiara Mayumi e Rayanne Morales.

O Giuliano Braga atualmente cursa o sétimo semestre de Relações Internacionais e está em seu terceiro Fórum FAAP, sendo que no fórum do ano passado participou como diretor do PNUD.

A Maiara Mayumi é estudante do terceiro semestre de Relações Internacionais e está em seu segundo Fórum FAAP, sendo que no ano passado, participou como voluntária de estrutura.

A Rayanne Morales no ano de 2015 cursa o terceiro semestre de Relações Internacionais e está na mesma sala da Maiara. A Rayanne está em seu segundo Fórum FAAP, sendo que no ano passado participou como voluntária acadêmica no PNUD.

Realizadas as apresentações, desejamos a todos uma ótima pesquisa e preparação para o Comitê. Lembrem-se que elaboramos o Guia de Estudos para auxiliá-los nas suas pesquisas. Como o tema é atual e recebe especial atenção tanto nas mídias jornalísticas como nas mídias sociais, a quantidade de informações que os senhores irão encontrar em suas pesquisas é muito grande para que utilizem o guia de maneira mais completa e prática.

Desejamos ótimos debates durante o fórum e os esperamos em junho de 2015.

Giuliano Guidi BragaMaiara Mayumi ribeiro shimoterayanne Cristiny Morales

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HISTÓRICO DO COMITÊ

A princípio não existia qualquer tipo Organização In-ternacional ou Regime no Sistema Internacional que tivesse como preocupação a saúde mundial. Em 23 de julho de 1851 teve lugar a Primeira Conferência Internacional Sanitária na cidade de Paris. A confe-rência tinha como objetivo reduzir a conflituosa e custosa política de quarentena marítima a que di-ferentes nações europeias eram submetidas. Outras Conferências ocorreram em Veneza (1892), Dresden (1893) e, novamente em Paris (1894). Eram discutidos temas como o combate à cólera e a outras pragas que poderiam surgir. A partir dessas quatro Conven-ções foi criada a Convenção Sanitária Internacional em 1903. Na Convenção foi acordada a criação de um escritório internacional de saúde. Mas foi só em 1907, na cidade de Roma, que foi decidido que seria fundado o Escritório Internacional de Higiene Pública ou Office International d’Hygiène Publique (OIHP), com sede em Paris. Entretanto nos Estados Unidos da América (EUA), já havia um escritório desde 1902 que debatia assuntos sobre a saúde denominado Escritó-rio Sanitário Pan-Americano. Com o início da Primei-ra Guerra Mundial as atividades do OIHP foram in-terrompidas. A Liga das Nações foi criada como uma consequência da Primeira Guerra. Um de seus obje-tivos era a preocupação internacional de dar passos para a prevenção e controle de doenças. Assumiu-se que a OIHP seria incorporada à Liga das Nações, mas os EUA, fazendo parte daquela e não desta, vetaram essa fusão. Durante o período entre guerras as duas organizações cooperaram entre si, juntamente com o Escritório Sanitário Pan-Americano, atualmente Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) ou Pan-American Health Organization. Com o despon-tamento da Segunda Guerra Mundial, os trabalhos internacionais de saúde ficaram praticamente paralisados1.

Em abril de 1945, na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) representantes brasileiros

e chineses propuseram a criação de uma organiza-ção que se preocupasse com a saúde mundial. No dia 22 de julho de 1946, após diversas Conferências, 51 países-membros da ONU e mais 10 outros países assinaram a Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre seus Artigos, um deles dizia que a OMS deveria ser uma agência especializada da ONU, e outro, que a Constituição só teria valor após 26 países membros da ONU a tivessem ratificado 2.

A OMS ou World Health Organization (WHO) foi criada no dia 7 de abril de 1948, quando o 26º pa-ís-membro assinou a Constituição. O objetivo da organização, como declarado na carta constitu-cional, era que todas as pessoas tivessem acesso a uma saúde do mais alto nível. Também foram defi-nidas 22 funções para que a OMS pudesse alcançar seus objetivos3. A Comissão Interina decidiu que seria também papel da OMS continuar com os tra-balhos da Organização de Saúde da Liga e a OIHP4.

Desde 1948 grandes mudanças aconteceram no âmbito internacional relacionadas à saúde. Em particular vem crescendo o número de iniciativas e instituições que a OMS auxilia e coordena. Outro grande fato foi a criação do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e a en-trada do Banco Mundial no setor da saúde5.

A partir de sua criação a OMS vem se empenhando em atingir seu principal objetivo. Na Primeira Assem-bleia de Saúde Mundial em junho de 1948, as priori-dades da organização focaram-se em doenças como malária, tuberculose e doenças venéreas, além de fo-car na saúde de mulheres e crianças, com a nutrição mundial e com saneamento básico. Muitas dessas prioridades estão sendo trabalhadas até hoje6.

O primeiro programa para o combate a uma do-ença ocorreu entre os anos de 1952 a 1964, e seu foco foi a Bouba. Essa doença foi uma das primei-ras a chamar a atenção da OMS uma vez que pode

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causar a paralisação e a deformação e afetou mais de 50 milhões de pessoas em 1950. Para o contro-le dessa doença foi utilizada a penicilina. Em 1965 o programa examinou aproximadamente 300 mi-lhões de pessoas em 46 países, além de reduzir para 95% o predomínio da doença no mundo7.

O programa de controle de oncocercose – ou ce-gueira dos rios – foi um árduo trabalho da orga-nização que durou 30 anos para a eliminação da doença que atingia a parte oeste da África e ocor-reu durante o ano de 1974. Com o programa mais de 60 mil casos foram prevenidos e 18 milhões de crianças foram preservadas de contrair a doença, além de que 25 milhões de agricultores puderam recuperar suas terras que tinham ficado abando-nadas por conta de risco de infecção8.

Uma das realizações de que a OMS pode se or-gulhar é a erradicação da varíola em 1979, sendo essa uma doença que matou milhões de pesso-as. A campanha para a erradicação dessa doença mortal ocorreu entre os anos de 1967 a 1979 e foi coordenada pela OMS. A varíola foi a primeira e a única doença a ser erradicada até hoje9.

Em 1988 foi lançada a Iniciativa Global de erradi-cação da Poliomielite. Desde seu início o número de casos foi reduzido em 99%. Liderado por go-vernos nacionais, a OMS, Rotary International, o Centro de Controle de Doença dos Estados Unidos e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNI-CEF) o programa conseguiu imunizar mais de dois bilhões de crianças graças à mobilização de mais de 20 milhões de voluntários e agentes de saúde. Assim mais de cinco milhões de crianças estão an-dando normalmente, sendo que sem o programa poderiam estar paralisadas, e mais de 1,5 milhão de mortes foram evitadas. Mas o principal obje-tivo do programa é erradicar a doença em todo o mundo, de forma que nenhuma criança fique pa-ralítica por causa da doença10.

Atualmente, a OMS desenvolve o décimo segun-do programa geral de trabalho com o tema: “Não somente a ausência de doenças”, em que prevê as grandes estratégias de trabalho para os anos de 2014 a 2019, organizada pela OMS11. Iniciado em janeiro de 2014, o programa é um resultado de um amplo diálogo entre os Estados-Membros e a Se-cretaria da OMS. Foi preparado como parte de um grande programa de reforma na organização. Com início em 2010, reflete os três principais componen-tes da reforma: programas e prioridades; governan-ça e gestão. Neste contexto o programa de traba-lho estabelece que os Estados-Membros deverão cumprir: o alcance de serviços de saneamento bási-co, assim todos teriam acesso a uma saúde melhor, seguir o Regulamento Internacional Sanitário, que estabelece um sistema de proteção contra micro--organismos, aumentar o acesso a medicamentos, melhorar os determinante sociais, econômicos e ambientais para melhores resultados de saneamen-to básico e aumentar a expectativa de vida da popu-lação, combater doenças não transmissíveis e, por fim, cumprir com os Objetivos do Milênio relacio-nados com a saúde12. O segundo objetivo do pro-grama é alcançar uma governança mais eficaz por parte dos Estados-Membros, assim como um papel melhor direcionado da OMS para a coordenação da governança da saúde global. E, por último, explica-rá como a OMS trabalhará para que seu trabalho seja organizado para os próximos anos13.

HISTÓRICO DO PROBLEMA

Para analisar o problema dos surtos de Ebola, é necessário compreender a biologia do vírus, en-tender o modo de transmissão e os sintomas que são gerados pela infecção. A denominação “Ebo-la” ao vírus e à doença foi dada devido ao primeiro caso registrado pela OMS ser localizado no antigo Zaire, atual República Democrática do Congo e ter

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a primeira vítima falecido na região do Rio Ebola, atual fronteira do país com Uganda14.

O vírus Ebola, pertencente à família dos Filovírus (Filoviridae)15, ao longo dos anos, foi sofrendo mu-tações, de acordo com as pressões ambientais so-fridas, levando a quatro espécies que causam pro-blemas de saúde a humanos: o vírus Ebola, o vírus Sudão, o vírus da Floresta de Taï (Costa do Marfim) e o vírus Bundibugyo.16

O modo de transmissão das mutações do vírus Ebo-la era comumente atrelado às mucosas animais, devido à família Filovírus possuir uma característica zoonótica17. Porém, por causa dos constantes casos de epidemia e o alto número de indivíduos infecta-dos pela doença a cada surto registrado18, as carac-terísticas relacionadas aos transmissores e vetores do vírus voltaram a ser estudadas pelos cientistas. A OMS se mostra como a principal pioneira nas pesquisas relacionadas às mutações do vírus Ebola e dos diferentes sintomas que a doença vem apre-sentando ao longo dos anos. Os estudos apontados pela organização apresentam que a doença é sim transmissível de humanos para humanos, principal-mente através do contato entre mucosas e sangue e contato com superfícies que já receberam a mu-cosa infectada, como água e materiais sujos.

O Ebola é facilmente transmissível em regiões com condições precárias de saneamento e higie-ne, gerando um maior risco para regiões como por exemplo o Oeste Africano e outras regiões de de-senvolvimento baixo.

Em relação aos sintomas que um indivíduo infec-tado pelo Ebola pode apresentar, no estágio ini-cial do contágio, os sintomas somente aflorarão em um intervalo de 2 a 21 dias. Após este perí-odo o paciente apresenta sintomas superficiais que não diferem de uma gripe ou um resfriado, sendo de difícil diagnostico prévio. Nos momen-

tos seguintes, foram registrados sintomas como vómito, diarreia e disfunção hepática e renal, se mostrando fatais para populações localizadas em áreas com condições médicas precárias. O sintoma fatal que caracteriza o Ebola é a hemorragia inter-na e externa, o que permite a incidência de doen-ças hospedeiras no organismo devido ao contato do sangue com ambientes contaminados e uma maior disseminação da doença pelo território ge-rado através do contato com os fluidos contamina-dos do paciente.19

A partir do conhecimento do vírus, da doença e de seus sintomas e modos de transmissão, é possí-vel compreender a razão pela ocorrência de certos surtos ao longo da história.

De acordo com a OMS, o primeiro caso registrado de Ebola se deu no ano de 1976 no antigo Zaire, a atual República Democrática do Congo. O número de pacientes com a doença foi de 318 habitantes, sendo que os óbitos apresentados nesse primeiro caso foram de 88% dos pacientes 20 , caracterizan-do como a primeira situação crítica da doença. Neste primeiro caso foram iniciadas as pesquisas em relação ao vírus, aos sintomas da doença e aos vetores e seus meios de transmissão, mas apenas havia sido diagnosticado a relação com a mucosa animal, devido à família a qual pertencia.

Com a identificação da doença proporcionada pelo primeiro surto, a OMS conseguiu identificar os próximos, totalizando até o final de 2013, 33 (trinta e três) surtos, sendo que nem todos os sur-tos apresentaram pacientes com sintomas visíveis ou mortes. Os maiores surtos, de acordo com a cronologia apresentada pela OMS e com o núme-ro de mortes registradas, foram o próprio surto de 1976 na República Democrática do Congo, o surto ocorrido no Sudão em 1976, o surto ocorrido em 1995 na República Democrática do Congo, o surto ocorrido em Uganda entre 2000 e 2001, o surto

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ocorrido em 2007 na República Democrática do Congo e o ocorrido em Uganda no mesmo ano, como consequência do anterior21.

O mapa a seguir ilustra os casos de Ebola ao longo da história, mais precisamente entre os anos de 1976, com o primeiro caso registrado, e o ano de 2014.

Fonte: CDC. Surtos do Vírus Ebola entre os anos de 1976 e 201422.

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O surto ocorrido no Sudão em 1976 teve início em um grupo de trabalhadores de uma fábrica de algo-dão na cidade de Nzara, e foi o surto causado pelo mal tratamento de pacientes infectados em um hos-pital local, na região de Maridi, devido às precárias condições do sistema de saúde do local. De acordo com a missão da OMS enviada para recolher dados sobre o surto, foram diagnosticados 284 pacientes, sendo que o número de mortes registradas compre-endia 53% deles. A particularidade encontrada pela missão foi, ao realizar uma autópsia de pacientes, a necrosa nos tecidos renais e hepáticos, antes não apresentada pelos pacientes da República Democrá-tica do Congo, representando uma maior preocupa-ção com os efeitos internos da doença, fazendo com que a medicina diagnóstica requeresse tecnologias mais invasivas para prevenção.23

Em resposta ao surto do Sudão, a OMS enviou uma missão com o objetivo de identificar a cadeia de transmissão do vírus, o foco do surgimento dos ca-sos e, principalmente, identificar pacientes que ti-vessem desenvolvido anticorpos, de forma a iniciar um estudo para a produção de uma vacina ou de algum tipo de soro para combater a disseminação. A missão também teria o objetivo de levar ao setor de saúde da população a partir da disponibilização de equipamentos de proteção médica, para garan-tir uma efetividade maior do setor medicinal.24

No ano de 1995, foi registrado novamente um surto na República Democrática do Congo, com 315 casos e 81% de mortes, um número comparativamente mais baixo do que aquele registrado no ano de 1976. No caso deste surto, os vetores e principais centros de infecção foram os hospitais e centros médicos. Entretanto, a grande diferença foi a busca pelo apoio do terceiro setor, mas problemas relaciona-dos à sua má gestão dificultaram a inserção de tais missões humanitárias no país. A doença teve como paciente primário um habitante que trabalhava em uma mina de carvão e que sofreu de febre hemorrá-

gica e contaminou todos os membros de sua família. A OMS identificou que a contaminação se dava pelo contato com o paciente em rituais funerários, atin-gindo famílias e vilarejos mais frágeis.25

Em Uganda, entre agosto de 2000 e janeiro de 2001, foram registrados 425 casos. Foi a primeira vez que o país passava por um surto da doença, com sinto-mas aparentes e casos de infecção constantes. Nesse ano, a OMS, em parceria com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), estabeleceu uma agenda de atuação no país, dividindo a ação em três fases para garantir a melhor eficácia da missão. Tais fases podem ser divididas em: alerta, suspeita e probabilidade. No caso dos pacientes em alerta, a OMS classificou aqueles que estavam infectados pelo vírus e apresentavam sintomas visíveis e mais graves, como a febre hemorrágica. No caso dos pa-cientes em suspeita, são aqueles que apresentam sintomas característicos de uma simples virose e que ainda há a suspeita de evoluir para um caso mais sério da doença. Já aqueles classificados como prováveis, apresentam-se por haver algum contato com um paciente infectado, como convivência no mesmo ambiente doméstico ou hospitalar.26

O ano de 2007 foi marcado pela volta do surto de Ebola à República Democrática do Congo, agora com 264 infectados. Devido à experiência do país com a doença, as ações tomadas pela OMS foram mais rápidas e os métodos usados, assim com o en-vio de materiais preventivos para conter a dissemi-nação do vírus, mais eficiente.27

A partir dessa apresentação dos casos, é possível perceber que, de acordo com os casos registrados, a população foi se tornando mais preparada para lidar com os surtos seguintes. Além da popula-ção, a OMS se tornou mais preparada em relação à viabilidade das ações adotados nos países para garantir uma maior eficiência dos processos e efi-cácia dos resultados.

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DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

“A Crise do Ebola evoluiu para uma complexa

emergência, com uma significância nas dimensões

política, social, econômica, humanitária e

de segurança. Os efeitos do sofrimento e o

transbordamento do problema na região e em

localidades além, demandam a atenção de todo o

mundo. O Ebola importa para todos nós.” (BAN KI

MOON, 2014.).28

Como disse Ban Ki Moon em seu discurso de aber-tura da Assembleia Geral em setembro de 2014, o Ebola tomou proporções incalculáveis para a humanidade, mostrando-se como um problema mundial. É necessário que todos os países deba-tam o tema e levem a informação sobre a doença para toda sua população.

Neste comitê, os chefes de Estado discutirão a respei-to do novo surto de Ebola que teve seu primeiro caso registrado em março de 2014, na República Demo-crática do Congo, configurando o maior número de infectados da história do vírus, tendo um aumento gradual ao longo dos meses de 2014. O vírus alcan-çou outros continentes, como a América e a Europa, devido ao intenso processo de fluxos de indivíduos, configurando um espalhamento da doença mais rá-pido e descontrolado, fator que ao longo dos meses vem preocupando mais as autoridades na saúde.

O Ebola atingiu, até novembro de 2014, aproximada-mente 14 mil pacientes nos países localizados princi-palmente no oeste africano, como a Serra Leoa, Gui-né, Uganda, Nigéria, Mali e Libéria. O mapa a seguir mostra a região infectada e o recente número de re-gistros de casos de Ebola no Mali.29

Fonte: CDC. Oeste da África e o Número de Casos de Ebola30.

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O mapa acima mostra que, principalmente nas re-giões fronteiriças entre Serra Leoa, Guiné e Libé-ria, os casos são mais intensos e estão concentra-dos nas regiões com uma densidade populacional alta, o que favorece a disseminação do vírus entre os habitantes. No segundo mapa no canto inferior esquerdo, há o reconhecimento da situação crítica que Mali apresenta em relação ao número de in-fectados pelo Ebola.

A principal razão dada para a disseminação da do-ença foram as más condições do sistema de saúde, assim como a má preparação dos médicos e da so-ciedade para lidar novamente com a doença, após anos sem ter casos registrados no país. Os primei-ros infectados foram os membros da equipe mé-dica do centro médico onde se encontrava o pa-ciente zero, pois, de acordo com o CDC, o contato direto com o sangue e as mucosas que a paciente produzia, levou a um contato direto com o vírus e, consequentemente, com a doença.

Neste surto, iniciado em 2014, além dos países do oeste africano, um novo fator marcou esse evento, tornando-o único em relação aos outros registrados anteriormente, que foi o alcance ao maior número de países já registrados em uma epidemia tida como mortal. Países como os Esta-dos Unidos e Espanha tiveram casos registrados de acordo com o CDC e a OMS.31

Em relação ao caso registrado nos Estados Unidos, o primeiro indício de infecção pelo vírus foi iden-tificado pelas autoridades de saúde do país no dia 30 de setembro de 2014, em que um paciente ha-via retornado da Libéria. Após quatro dias em solo americano começou a sentir os efeitos da doença. Subitamente o paciente foi enviado ao Texas Presbi-teryan Hospital, em Dallas, no estado do Texas. Após alguns dias de exames o hospital lançou uma nota às organizações de saúde atestando que o paciente sofria de Ebola, colocando-o em uma quarentena

em isolamento total. No dia 8 de outubro, o pacien-te faleceu, sendo diagnosticado como causa mortis o Ebola. Dois enfermeiros do mesmo hospital no Te-xas foram diagnosticados com ebola após cinco dias da morte do primeiro paciente, os dois participaram do tratamento do paciente infectado. Ambos foram levados ao posto do CDC em Cleveland e recebe-ram tratamento, recebendo alta após uma semana. Posteriormente, o caso que teve grande espaço na mídia internacional foi o detectado em Nova York no dia 23 de outubro de 2014. O paciente era um médico voluntário da ONG Médicos Sem Fronteiras que havia chegado de uma missão proveniente da Guiné. O paciente foi colocado em quarentena e não houve mais notícias sobre a evolução do caso.32

Em relação ao caso ocorrido na Espanha, uma enfer-meira que estava cuidando de dois pacientes que ha-viam sido diagnosticados com uma suspeita de ebo-la, acabou contraindo a doença e foi colocada em quarentena para tratamento. Nesse período mais dois homens apareceram com a doença na cidade de Madrid, um provindo de Serra Leoa e outro da Li-béria, ambos faleceram por hemorragia interna, fa-tor que colocou a Espanha como um dos países não africanos a serem atingidos pelo surto de Ebola.33

Nos países desenvolvidos diagnosticados com o Ebo-la, houve um desenvolvimento acelerado por parte da indústria farmacêutica em elaborar medicamen-tos com o intuito de tratar o Ebola e vacinas com o intuito de prevenir e destruir a cadeia de infecção do vírus. Tendo sido considerada o maior avanço con-tra a doença desde que se tornou uma epidemia, a medicação de tratamento contra o Ebola está sendo desenvolvida pela empresa MAPP Biopharmaceuti-cal Inc., estando ainda em estado experimental. De acordo com o CDC, o produto desenvolvido é uma combinação de três anticorpos diferentes que tem como principal objetivo a detecção e neutralização da ação do vírus no organismo humano. Como se encontra em desenvolvimento, as experiências mais

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efetivas da ZMAPP, nome dado à medicação, são fei-tas com os indivíduo diagnosticados com Ebola, para comprovar a sua eficácia em contraste com a presen-ça do vírus no indivíduo. Por essa razão, nem todos os identificados com Ebola podem ter acesso à essa medicação, justamente por não estar comprovada sua funcionalidade a longo prazo, já que os primei-ros pacientes com Ebola testados com a ZMAPP fo-ram recentemente testados, não tendo tempo hábil para verificar algum possível efeito colateral.34

Nos países do Oeste da África a situação está gra-dualmente se tornando cada vez mais crítica. A ONU aponta que antes de realizar qualquer ativi-dade relacionada ao auxílio da população na re-gião atingida, os países membros devem verificar as dificuldades que os países que sofrem para ga-rantir o controle do Ebola. Segundo a OMS, os fa-tores que se apresentam como mais problemáticos no controle da doença pelos governos dos países afetados são: a capacidade limitada dos países, a dificuldade de alguns governos em pagar e dar in-centivos aos enfermeiros e profissionais de saúde, a resistência da comunidade e a falta de segurança em certas regiões afetadas e a dificuldade logística de acesso às comunidades afetadas pelo Ebola.35

Em relação à capacidade dos países afetados, a OMS se refere mais precisamente às insuficientes quantidades de médicos e de leitos para atender os afetados. Na Libéria, com a falta de leitos para atender todos os afetados, os servidores médicos ficam com receio em trabalhar na localidade, devi-do ao grande risco de contraírem a doença. Embo-ra, segundo o médico ugandense Dr. Atai Omoru-to, que está atuando na Libéria, a pedido da OMS, “Os servidores médicos estão se sentindo cada vez mais motivados em trabalhar ativamente na re-gião de acordo com a diminuição nas mortes”, as condições do local ainda provocam grande repul-sa. São aproximadamente 600 doutores liberianos

e ugandenses trabalhando na região. O grande fator de repulsão foi que no dia 24 de setembro de 2014 a missão da OMS na Libéria revelou que 200 doutores haviam sido infectados pelo vírus. Outro fato revelado pelo relatório apresentado pelos médicos da missão foi que o centro médico oferecido para os pacientes com Ebola tinha 160 leitos para acomodar devidamente os pacientes, mas que o número de infectados já estava ultra-passando 210, o que mostra uma condição preju-dicial para os trabalhadores médicos que são ex-postos ao vírus, tornando-se pacientes.36

No caso da Guiné, a infecção se iniciou em meados de maio de 2014, quando uma criança foi infectada e faleceu e depois mais dois membros da família fo-ram, com suspeita de febre tifoide, levados ao centro médico de Tilemele. Lá os médicos atestaram a in-fecção com o vírus Ebola e declararam oficialmente a presença do vírus no país. No distrito de Conakry, de onde provém os primeiros infectados, foi insta-lada uma missão médica para tratar outros casos na região, mas devido às condições precárias da região, aproximadamente 55 trabalhadores contraíram o ví-rus Ebola, gerando um fator de repulsão àquela área devido à baixa segurança no trabalho médico.37

Na Serra Leoa o problema é similar, nos distritos de Kailahun e Kenema encontram-se a maior parte dos infectados do país, ou seja, aproximadamente 200 casos concentrados apenas nesses dois distri-tos. O ministério da saúde do país, juntamente com o apoio da OMS, conseguiu reunir aproximada-mente 300 voluntários de saúde para alcançarem tais regiões e realizar os tratamentos necessários de modo a tornar as condições de saúde da região relativamente mais propícias para a contenção do ebola. Porém, novamente devido às precárias con-dições sanitárias do ambiente não serem de boas condições sanitárias, aproximadamente 100 agen-tes de saúde acabaram contraindo a doença.38

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O mapa a seguir ilustra a periculosidade dos tra-balhadores de saúde em relação às áreas afetadas pelo Ebola, mostrando de modo gradual o núme-ro de agentes de saúde infectados e o número de óbitos registrados em cada campo de trabalho. De acordo com o mapa abaixo, o número total de

agentes de saúde infectados chega a 452 casos, com 258 mortes registradas. Tal situação configura um risco para a vinda de mais trabalhadores para as regiões com alta incidência do vírus, já que a segurança médica dos mesmos não está garantida pelo sistema do governo.

Fonte: OMS ÁFRICA. Vírus Ebola no Oeste da África: Agentes de Saúde Infectados pelo Ebola 201439.

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Outro fator apresentado pela OMS como um cau-sador da dificuldade da vinda de mais agentes de saúde para a região afetada com o Ebola, é a inca-pacidade das economias dos países de financiar e dar incentivos à vinda de tais profissionais. No caso da Guiné, de acordo com uma nota publicada pelo presidente do país, Alpha Condé, os prejuízos desse surto de Ebola deixam de ser exclusivamente sociais e passam a afetar a economia dos países que sofrem do surto. Segundo Condé, na Guiné estipula-se uma perda de 100 milhões de dólares até dezem-bro de 2014, afetando o crescimento econômico do país em 2,5%. Tal situação acaba desestimulando a vinda dos profissionais de saúde. O presidente ain-da salientou a operação conjunta entre a OMS e as organizações econômicas, como o Banco Mundial e o FMI, para buscar mais auxílios para a região. 40

Em Serra Leoa, a situação é ainda mais séria. O país possui uma indústria voltada para a mineração muito forte. A London Mining é uma das maio-res geradoras de empregos no país, empregando aproximadamente 1400 habitantes no distrito de Marampa. Com o surto de Ebola, os trabalhadores do setor da mineração foram obrigados a se reti-rar das minas, já que as condições de trabalho pos-sibilitam o contato com o vírus.41 O setor agrícola configura o maior empregador do país e teve sua produtividade afetada pelo recente surto de Ebo-la. A falta de trabalhadores foi o fator com maior destaque que, segundo o Banco Mundial. A causa é que as áreas em quarentena estão justamente localizadas nos locais com maior concentração de trabalhadores rurais, o que acaba afetando a produção e, consequentemente, o setor. Coinci-dentemente, os distritos de Kailahun e Kenema, que apresentam o maior número de infectados com o vírus, são os distritos mais produtivos para a agricultura do país, e de acordo com a FAO42, o número de fazendeiros que estão abandonando suas terras por não estarem mais aptos a produzir alcança 40% no mês de setembro de 2014, com

projeções desse número aumentar, gerando de-semprego para a população local.43

A Libéria, é um dos países mais pobres da região Oes-te da África, sendo que 60% de sua população, de acordo com dados do Banco Mundial, estão abaixo da linha de pobreza. Segundo o Banco, o fator que mais afeta a economia do país não é a mortalidade per se, mas sim o medo gerado na população com o número de infectados e com a facilidade que o vírus se dissipa na população. O setor da mineração vem sendo afe-tado com a queda de investimentos externos para as indústrias mineradoras, já que não estão obtendo a mesma produtividade que havia anteriormente. Essa repulsa fez com que o setor sofresse uma contração de 1,3% contrariando a perspectiva de expansão pre-vista, que era de 4% no ano de 2014. A agricultura é outro setor econômico afetado pelo surto. A produ-ção agrícola de borracha e óleo de palma, principais produtos de exportação, deve cair em torno de 20%. Com relação à agricultura de subsistência, as princi-pais fazendas que forneciam a maior quantidade de alimentos para o país, localizadas principalmente no distrito de Lofa County, estão sendo abandonadas e a população está deixando de trabalhar devido à pro-ximidade com as áreas de quarentena, gerando uma crescente crise alimentícia no país.44

Os programas de auxílio humanitário, de modo geral, enviam uma delegação de funcionários do setor afetado para o país necessitado, a fim de proporcionar melhores condições para a popula-ção. Porém, nem sempre tais programas são facil-mente aceitos nos povoados e comunidades, pois configuram a vinda de elementos externos da so-ciedade com o objetivo de influir na vida quotidia-na dos habitantes. Por isso sofrem grande repulsa, gerando um problema de segurança para os agen-tes de saúde, tal como apontado pela OMS.

Na Guiné, no dia 19 de setembro de 2014, foi noti-ciada a morte de um grupo de agentes de saúde que

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trabalhavam em um vilarejo no distrito de Wome, por um grupo de habitantes que alegavam que os agentes de saúde estavam disseminando a doença entre a população. No distrito de Nzerekore, foi no-ticiado no mês de agosto a presença de alguns movi-mentos e manifestações populares que se colocaram contra a presença dos agentes de saúde na região, ameaçando a segurança dos mesmos durante o tra-balho realizado no país. O governo da Guiné se pro-nunciou dizendo que não há como impor uma segu-rança aos médicos e enfermeiros, pois a população possui o direito democrático de se manifestar, e que cabe aos organismos de saúde mostrar seu verdadei-ro propósito à população, de modo a garantir sua segurança na realização dos trabalhos. Manifestou que a situação ocorrida no dia 19 foi uma calamida-de e não só demonstrou prontidão para resolver o caso, como garantiu que onde há ameaça a vida dos trabalhadores, os organismos de segurança do país estão prontos para auxiliar as missões.45

No caso da Libéria, não houve relatos de mortes na equipe médica do país, mas há crescentes reivindica-ções por parte dos médicos que atuam no país em re-lação à garantia de melhores condições de segurança para que possa realizar seus trabalhos. Os médicos pedem um adicional de risco à quantia ganha, que configura 250 dólares por mês46, com o argumen-to principal de que como em relação ao Ebola não existe nenhuma vacina e nenhum tratamento oficial, não há como garantir sua segurança no país. Outro fator que manifesta a visão da segurança dos traba-lhadores de saúde é a perda de popularidade que o governo da Libéria vem passando ao longo dos úl-timos meses. Em relatório enviado ao Conselho de Segurança, os representantes na Libéria reportaram que o governo de Ellen Sirleaf é alvo de constantes protestos na capital, em função de sua ineficiência em lidar com o surto de Ebola no país. Grupos oposi-tores pedem por uma transição governamental, ge-rando uma instabilidade política no país, o que acaba por afetar a segurança dos agentes de saúde.47

A situação em Serra Leoa não difere das apresen-tadas nos países vizinhos, mas possui um caráter estritamente político, já que o presidente do país, Ibrahim Koroma declarou o estado de alerta em relação à segurança da população e declarou que qualquer medida contra as políticas de contenção do Ebola propostas pelo governo é declarada cri-me contra a nação, passível de pena sem a convo-cação de uma corte de juízes. Como consequência dessa medida um jornalista foi preso por declarar oficialmente sua posição contrária à política go-vernamental de tolerância zero com opositores na questão do Ebola, afirmando que isso configura uma censura à imprensa e à sociedade, contrarian-do os ideais democráticos do país.48

O último fator que a OMS apresenta como crítico no combate e controle do Ebola é a dificuldade logística em alcançar as comunidades afetadas e na distribui-ção de medicamentos e alimentos para tratar os in-fectados com Ebola. No caso da Serra Leoa, as comu-nidades mais afetadas, de Kailahun e Kenema, estão localizadas em partes opostas do território do país, o que já configura uma certa dificuldade em manter o foco dos trabalhos. A geografia do país é marcada por montanhas no leste e grandes florestas de clima tropical, o que acaba gerando uma probabilidade maior de infecções. Os distritos mais afetados estão localizados na porção montanhosa do país, gerando uma dificuldade na logística dos processos e da for-mulação de políticas nas áreas mais necessitadas.49

No caso da Guiné, sua geografia é composta por partes costeiras mais planas. O interior é forma-do por montanhas mais íngremes. A OMS estabe-leceu a capital de Conakry como o centro de re-cebimento de materiais para ajuda humanitária, ficando a cargo do governo a distribuição desses materiais entre os distritos afetados. As condições geográficas apresentadas no distrito de Nzereko-re, com geografia montanhosa, são adversas para o envio dos suprimentos necessários.50

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Na Libéria também há dificuldades logísticas. O país é formado em quase sua totalidade por planícies, não permitindo o desenvolvimento de tecnologias hidrelétricas para geração de energia. No que diz respeito ao acesso de materiais e suprimentos para os pacientes com ebola, a grande dificuldade não é imposta pela geografia, mas sim pelas escassas con-dições do sistema de saúde, o qual não dispõe de tecnologia necessária para levar os medicamentos para as regiões mais afetadas.51

Cabe agora aos senhores identificar quais serão as medidas eficientes para realizar um controle da epi-demia de ebola na região. É preciso levar em conta a segurança populacional, os valores da democracia, os direitos humanos e a missão de impedir com que o vírus se dissemine mais nos países e na região. Lem-brem-se que cada país possui políticas e recursos di-ferenciados e que cada um pode contribuir de algu-ma maneira para reduzir o número de infectados e melhorar as condições de saúde nos países da região.

PANORAMAS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divide o globo em seis grandes blocos regionais: África, Amé-ricas, Leste do Mediterrâneo, Sudeste Asiático, Euro-pa e Oeste do Pacífico52.

África

O bloco regional africano é um dos principais fo-cos do vírus ebola. A doença se encontra em Gui-né, Libéria, Mali, Nigéria, Senegal e Serra Leoa53.

Guiné foi um dos primeiros países a confirmarem a presença do vírus em 23 de março de 201454. No país foram registrados os primeiros casos em Gueckedou, Macenta e Kissidougou, cidades próximas à Libéria e Serra Leoa55. Em um relatório divulgado pela OMS o

país apresentou, até o dia 21 de novembro de 2014, 2047 casos confirmados, destes 1214 vieram a óbito56.

Libéria foi o segundo país a ter o vírus confirmado pelo Ministro da Saúde do país no dia 29 de mar-ço57. Segundo o mesmo relatório citado acima, o país apresentou até o dia 21 de novembro de 2014, 7082 casos, destes, 2963 vieram a óbito58.

A OMS levou até a capital de Guiné, Conacri, apro-ximadamente 3,5 toneladas de material de pro-teção, em abril de 2014, para serem distribuídos pelo país. Desde o começo do surto no país a OMS, o Ministro de Saúde de Guiné e parceiros se en-contravam diariamente com o Comitê Nacional de Crises para debater os principais objetivos: logísti-ca, coordenação, vigilância da doença, direção das clínicas e mobilização da sociedade59. Além disso, o governo de Guiné recebeu apoio da OMS e dos Médicos Sem Fronteiras para estabelecer um cen-tro de isolamento em Conacri para que pacientes com o vírus recebessem tratamento adequado60.

Com o aumento de casos em Guiné e Libéria, em 17 de abril de 2014, a OMS continuou assistindo os países, enviando aproximadamente 65 especialis-tas. O trabalho desses profissionais se baseava em oferecer suporte clínico direcionado para os pa-cientes, rastreamento e fiscalização do vírus, tra-balho laboratorial, e logística. Além de comunicar e compartilhar informações de como proteger a população e comunidades. O país que mais estava precisando de ajuda era a Libéria61.

No dia 25 de maio de 2014 foi confirmado o pri-meiro caso em Serra Leoa pelo Ministro da Saúde do país62. O país, até o relatório de 21 de novem-bro de 2014, confirmou 6190 casos, dos quais 1267 vieram a óbito63.

Líderes de comunidades, religiosos na Libéria re-cebem informações da OMS para repassar para

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as pessoas64. Também na Libéria a OMS mandou equipamento de proteção pessoal e outros tipos de equipamentos para que os médicos que aten-dem a região continuem a trabalhar com seguran-ça, fazendo com que o vírus não se espalhe entre os agentes de saúde65.

No dia 21 de julho de 2014 juntamente com o go-verno de Serra Leoa, a OMS interviu para oferecer apoio às pessoas que vivem nas cidades de Kai-lahun e Kanema66.

No dia 27 de julho de 2014 o Ministro da Saúde da Nigéria confirmou o primeiro caso de ebola no país67. Até o dia 21 de novembro de 2014, 20 casos foram confirmados e desses 8 foram a óbito.68

Em Sirigui, na Nigéria, a OMS, juntamente com a Cruz Vermelha, realizou um mutirão para informar as pessoas sobre o ebola, além disso, religiosos fo-ram instruídos a como realizar o funeral das pesso-as que faleceram por conta da doença. Nessa cida-de aproximadamente 20 médicos foram infectados pelo ebola, logo a OMS garantiu que irá atender também as necessidades desses médicos69.

Em 30 de agosto o Senegal forneceu informações sobre o primeiro caso de ebola no país para a OMS70, no mesmo dia a OMS mandou uma equipe operacional para Dakar e prometeu enviar, tam-bém, o mais rápido possível equipamentos, supor-te e kits de higiene para o governo71. Até o dia 21 de novembro de 2014 somente um caso foi confir-mado e nenhum óbito foi registrado72.

A partir do dia 3 de setembro de 2014 os aeropor-tos da Libéria fazem a checagem da temperatura das pessoas que acabam de desembarcar73.

Ainda na Libéria mais camas hospitalares foram oferecidas para os hospitais das cidades afetadas pelo vírus. A OMS e parceiros ajudam na constru-

ção de um novo centro de saúde que contará com áreas separadas das pessoas com casos suspeitos dos casos confirmados. Além disso, o centro tam-bém contará com saneamento básico e tratamen-to de lixo. Fossas sépticas foram reabilitadas e dois incineradores foram construídos para esterilizar os equipamentos de proteção individual já utilizados e resíduos médicos. A abertura desse centro de tra-tamento proporcionará um sentimento de espe-rança no país. A OMS também apoia a formação de profissionais de saúde que irão trabalhar nos centros de tratamento contra o ebola na Libéria74.

No dia 12 de setembro de 2014 o ministro da saú-de pública de Cuba anunciou o envio de um time formado por 165 médicos para Serra Leoa sendo que 100 são enfermeiros, 50 médicos, 3 epidemio-logistas, 3 especialistas em cuidados intensivos, 3 enfermeiros especializados no controle de preven-ção e 5 oficiais de mobilização social. Uma vez que todos os membros da equipe tenham seguido o padrão da OMS de treinamento de controle e in-fecção em Cuba a equipe poderá, no início do mês de outubro, embarcar para Serra Leoa e o projeto é para que fiquem por lá durante 6 meses75.

Em julho de 2014 a OMS abriu um centro, na ca-pital de Guiné, o Centro Sub-regional de Controle de Surtos, por conta do aumento dos casos76.

Em 27 de julho de 2014 o Ministro da Saúde da Ni-géria confirmou o primeiro caso de Ebola no país. Até o dia 21 de novembro de 2014, a OMS confir-mou em seu relatório, 20 casos, sendo que 8 deles vieram a óbito.

Na Libéria muitos pacientes se recuperaram do ebola, fato que deixou os trabalhadores da OMS mais confiantes para continuar seus trabalhos na região77. Pessoas que sobreviveram ao ebola foram convidadas pela OMS para auxiliarem os profissio-nais de saúde no combate ao ebola78. Apoiado

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pela OMS, um centro de pesquisa oferecido pela marinha dos EUA foi enviado para a Libéria, o que facilitará o processo de identificação do vírus nas amostras de sangue79. A OMS também ajuda equi-pes de enterro na Libéria para coletar amostra de cadáveres para determinar a causa da morte. Os corpos das pessoas que faleceram por conta do ebola ainda transmitem o vírus, mas isso não sig-nifica que todos morreram por conta do ebola. O processo facilitará para que os agentes de saúde para tirem suas dúvidas sobre a morte da pessoa80.

Na Guiné, a partir do dia 3 de outubro, os aeroportos checavam a temperatura dos passageiros que aterris-saram no país. Isso foi uma recomendação da OMS e de parceiros e agora é uma prática estabelecida81.

O primeiro caso de ebola no Mali foi confirmado pelo primeiro ministro da saúde no dia 23 de ou-tubro de 201482. Até o dia 21 de novembro de 2014, 6 casos foram confirmados e todos foram a óbito83.

A OMS, juntamente com parceiros, está se mobili-zando para enviar suprimentos necessários e uma logística necessária para que o apoio aos pacien-tes seja realizado com êxito. Em colaboração com a OMS, o ministério da saúde está colocando em prática uma estrutura de coordenação para vigiar os casos confirmados, realizar enterros seguros e para que haja uma mobilização social eficiente84.

Américas

Na região das Américas, somente os Estados Uni-dos da América confirmaram a presença da do-ença no dia 30 de setembro de 201485. Segundo a OMS, até o dia 21 de novembro de 2014, foram confirmados 4 casos e 1 óbito no país86. Ações da OMS não foram registradas já que o país possui o Centro Estadunidense de Controle de Doenças e Prevenções para dar o suporte necessário para os pacientes87.

Já os países da América Central e Caribe não apre-sentaram nenhum caso de ebola na região, porém os países se encontraram para a troca informações para prevenir o surto do vírus. Durante a 30ª Reu-nião do Setor de Saúde da América Central e Re-pública Dominicana, agentes do Bem-Estar Social da região desenvolveram estratégias para lutar contra a propagação da doença. Nos últimos me-ses foi discutido sobre como deter o vírus, assim esse preparo permite ao setor de saúde tratar de maneira eficaz o vírus. O governo da Nicarágua já definiu um posto de emergência para comba-ter a epidemia, ou seja, agentes de saúde pode-rão submeter a quarentena qualquer pessoa que nos últimos 30 dias tenha visitado países com ca-sos de ebola confirmados. Autoridades de saúde de Honduras também estão se preparando para monitorar casos suspeitos de ebola, assim o país implantou um Posto de Vigilância de Saúde Inter-nacional. Na Guatemala, o governo instalou câme-ras térmicas no Aeroporto de La Aurora, capital do país e ao identificar uma pessoa com febre será checado o passaporte e se essa pessoa teve pas-sagem por países com casos confirmados será en-caminhada para exames clínicos. Panamá e Costa Rica também se preparam para lidar com o ebola. O Estado do Panamá destinou US$10 milhões para adaptar o sistema de saúde. A Costa Rica investiu em equipamentos de biossegurança para reforçar os protocolos de vigilância. A República Dominica-na adotou uma resolução proibindo a entrada de pessoas que nos últimos 30 das tenham visitado países com casos confirmados, o mesmo vale para o Suriname que determina que viajantes que es-tavam em Serra Leoa, Guiné ou Libéria até 21 dias antes da data da viagem estão proibidos de entrar no país, a menos que apresentem certificados re-conhecidos que não apresentam a doença, além disso, estrangeiros que estiveram em países de ris-co e que já entraram no Suriname serão monitora-dos ou submetidos a quarentena por agentes de saúde conforme o caso88.

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Na América do Sul o Ministério da Saúde argentino estabeleceu que o país está em alerta epidemioló-gico. O Ministério da Saúde paraguaio, o país está em alerta também. Já o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou uma reunião de emer-gência com os países da Alba para coordenar um plano conjunto contra a doença89.

Leste do Mediterrâneo

Na região do Leste do Mediterrâneo, devido à dis-tância com os recentes casos e com a região afeta-da, nenhum caso foi confirmado, embora os países como Turquia e Grécia, devido aos esforços econô-micos em se recuperar da recente crise europeia, possuem o sistema de saúde estagnado, porém com um nível considerável de desenvolvimento90.

Europa

Em 1976 uma garrafa térmica azul com frascos de sangue e gelo derretido chega à Europa enviada por um médico belga que estava no Zaire (atualmente República Democrática do Congo) que foi analisa-da pelo microbiologista clínico, Peter Pinot. Havia o sangue de uma freira que estava contaminada por uma doença misteriosa, ao abrirem perceberam que o sangue havia se misturado com o gelo derretido e com isso, um vírus desconhecido escapava, parecido com um vírus descoberto em 1970, o Marbug91.

Pesquisadores viajaram para a África com desti-no para uma floresta equatorial e depois para a aldeia Yambuku. Concluíram que os sintomas in-cluíam febre, diarreia, vômito seguido de sangra-mento e morte. Contudo, descobriram que o surto estava relacionado ao sistema precário de saúde como reutilização de seringas em grávidas que re-cebiam injeção de rotina e aos enfermos que mor-

riam por causa do vírus que em contato direto com os demais poderia apresentar risco92.

Dessa forma, com o isolamento do hospital, a qua-rentena, informações como uso de luvas, não reuti-lização de agulhas, forma correta de enterrar aque-les que morriam por causa do vírus e os isolamentos de pacientes auxiliaram no fim da epidemia93.

Em 2014, o vírus retorna, a transmissão continua sendo por fluídos corporais dos infectados incluin-do os enfermos. Os sintomas semelhantes a uma gripe se agravam com desidratação, insuficiência do fígado e dos rins, e hemorragia.

O primeiro caso confirmado na Europa foi de uma enfermeira na Espanha. Autoridades responsáveis pela saúde na Espanha hospitalizaram também três pessoas com o intuito de conter maior dissemina-ção. Os pacientes foram tratados com soro hiperi-mune de um doador anônimo que havia contraído o vírus e criou anticorpos para combater o ebola e proibiram que divulgassem mais informações94.

Países na região europeia da OMS, incluindo Fran-ça, Grã-Bretanha, Holanda, Noruega e Espanha, como medidas começaram a tratar pacientes repa-triados após contraírem o Ebola na África Ociden-tal, onde a doença tem se espalhado por Guiné, Serra Leoa e Libéria desde março de 201495.

A Europa teme que o vírus comece a se expandir pela maior parte de seu território, pois em 1976 o vírus foi contido rapidamente, enquanto em 2014 o surto se mostrou fora de controle, uma vez que, em 1976 o surto afetou 318 indivíduos e resultou em 280 mortes e o surto que se iniciou em 2014 afetou 7.400 indivíduos e resultou em cerca de 3.400 mortes de acordo com a Organização Mundial da Saúde96.

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Sudeste Asiático

No Sudeste Asiático não houve confirmação de nenhum caso do vírus Ebola, porém houve o le-vantamento de sistemas de alerta para prevenção, pois há grande número de turistas97.

A maioria dos aeroportos da região adotam um sistema de monitoramento para controle. Pas-sageiros da África Ocidental são levados para os centros de saúde e quarentena. Por sua vez, as Filipinas repatriaram centenas de indivíduos mais atingidos pelo vírus no oeste africano98.

A diretora da Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, contou com a colaboração dos pa-íses da região da Ásia-Pacífico para auxiliaram em seus serviços de infraestrutura de saúde, uma vez que, acreditam que uma falha nessa infraestrutu-ra colabora com a disseminação do vírus99.

Oeste do Pacífico

A comunidade internacional apresenta preocupa-ção com o surto do ebola em países do Oeste Afri-cano, uma vez que se reconhece a situação crítica médica, social, e econômica dessas nações. Com o crescente risco de propagação do surto, os Estados tomam medidas de precaução100.

Estados parte da região do Oeste do Pacífico ado-tam métodos para acompanhar a situação do vírus Ebola. O governo australiano apresenta um proje-to com medidas que entraram em vigor em 15 de novembro para um país “Ebola-free”, introduzindo medidas de saúde nas fronteiras, obrigando os via-jantes a preencher um cartão de história do curso para facilitar que autoridades australianas identifi-quem viajantes que possam apresentar o risco de conter o Ebola. Caso um viajante seja identificado com possível risco, será levado a uma sala de saúde

para testes de temperatura101. O Camboja adotou máquinas que detectam a temperatura de viajantes em seus aeroportos e postos de fronteira102. Como precaução a Malásia força fronteiras a receberem in-formações sobre procedimentos de precaução para identificarem os possíveis viajantes que possuam ví-rus103. A China, como principal parceiro comercial da África, auxilia enviando expedições para áreas afe-tadas ao longo do surto, uma em maio e outra em agosto104.

DOCUMENTO DE POSIÇÃO OFICIAL

Este documento deverá conter essencialmente a posição oficial do país representado em relação ao Controle da Epidemia de Ebola, devendo mostrar se o país sofreu com a doença, se o país realiza in-vestimentos na região atingida e se o país realiza programas ou missões humanitárias para auxiliar os países atingidos pela doença.

O DPO deverá ser elaborado respeitando as nor-mas básicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que se resumem em: fonte Times New Roman tamanho 12, recuo de primeira linha de 1,25, parágrafo justificado, espaçamento en-tre linhas 1,5 e notas de rodapé com fonte Times New Roman tamanho 10 e espaçamento simples. As margens do documento deverão ser de 2,00 na esquerda, direita, superior e inferior.

O documento total deve estar limitado a uma pá-gina, devendo conter no topo da folha o símbolo da OMS no canto superior direito e o brasão de armas do país no canto superior esquerdo. Abaixo das imagens deve estar presente no documento um breve cabeçalho contendo o tema do comitê, o nome da delegação e o nome do delegado. O delegado deve assinar no final do documento.

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Para auxiliar a elaboração do DPO, é importante se guiar pelas seguintes perguntas:

•O país apresentou históricos de Ebola?

•Quais as medidas que o país tomou em relação à recente epidemia?

•O país possui alguma tecnologia para combater o ebola?

•Quais as perspectivas futuras para um possível contato do país com a doença?

Lembre-se que essas perguntas servem apenas para direcionamento da pesquisa. O DPO deve ser elaborado em texto corrido e não em forma de perguntas e respostas.

Na elaboração do DPO deve ser evitado o uso de verbos em primeira pessoa e o uso de estilos como negritar, sublinhar, colocar em itálico e sombrear. Lembre-se que se trata de um documento formal, portanto não é permitido o uso de estruturas lin-guísticas coloquiais.

Não se esqueça de ater-se à política externa do país representado ao elaborar o documento, pois incoerências entre a posição oficial apresentada no DPO e a postura nos debates serão contabiliza-das na avaliação final.

A prática de plágio é crime, se o plágio for detec-tado no DPO de alguma delegação, ela terá seu documento anulado e sua nota referente ao DPO zerada na avaliação, portanto procure fazer o do-cumento com suas palavras para evitar problemas.

A mesa diretora irá recolher o documento na Primei-ra sessão ocorrida no dia 04 de junho de 2015, por-tanto somente poderão ser utilizadas notícias publi-cadas até às 23 horas do dia 02 de junho de 2015.

PONDERAÇÕES – OMS

Como apresentado anteriormente nos históricos e, principalmente, na definição do problema, a epidemia do Ebola está afetando as condições bá-sicas de vida dos seres humanos da região e dis-seminando-se para outros países do mundo todo.

Cabe agora aos senhores a missão de amenizar tais efeitos e discutir a respeito de medidas factí-veis para que haja um controle eficiente da epide-mia atual de Ebola. Lembrem-se que as discussões deverão ser realizadas de modo diplomático e com linguagem formal.

O comitê da OMS possui caráter recomendatório, devendo ser implantados somente os projetos em que o governo do país atingido consentir.

A OMS não possui fundos financeiros próprios, portanto não possui capital para realizar suas mis-sões. Assim, suas missões dependem de financia-mento governamental ou privado, bem como do auxílio da população.

No comitê haverá a presença de membros do ter-ceiro setor. A presença de tais membros será dada de modo igual a qualquer delegação do comitê. A única diferenciação é que tais membros não po-dem votar em questões substanciais, como a vo-tação da resolução final e de emendas. Nada im-pede que os membros do terceiro setor profiram discursos, desenvolvam documentos de trabalho e produzam a resolução final.

Como o comitê possui uma temática voltada para a área da saúde e o tema do Ebola está em alta nos noticiários, a presença de fontes sobre o assunto oferecendo dados falsos e especulações baseadas em fontes não confiáveis é grande. Por isso reco-mendamos que as pesquisas para a elaboração dos argumentos para a discussão e para a elabo-

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ração do DPO sejam realizadas em fontes oficiais, como o próprio site da OMS, o site do CDC, além dos sites dos respectivos ministérios ou agências de saúde dos países.

NOTAS EXPLICATIVAS

1. OMS. Origin and development of health

cooperation [on line]. Disponível em <http://www.

who.int/global_health_histories/background/en/>.

Acesso em 14/10/2014.

2. Idem. Ibidem.

3. CLIFT, Charles. The Role of the Wold Health

Organizaion in the Internacional System. Londres :

Chatham House, 2013, p.6.

4. OMS. Origin and development of health

cooperation [on line]. Disponível em <http://www.

who.int/global_health_histories/background/en/>.

Acesso em 14/10/2014.

5. CLIFT, Charles. The Role of the Wold Health

Organizaion in the Internacional System. Londres :

Chatham House, 2013, p.6.

6. OMS. Working for health : An introduction to the

World Health Organization [on line]. Disponível

em < http://www.who.int/about/brochure_

en.pdf?ua=1>. Acesso em 15/10/2014.

7. Idem. Ibidem.

8. Idem. Ibidem.

9. Idem. Ibidem.

10. Idem. Ibidem.

11. OMS. Twelfth General Programme of Work : Not

merely the absence of disease [on line]. Disponível

em < http://www.who.int/about/resources_

planning/twelfth-gpw/en/>. Acesso em 15/10/2014

12. OMS. Leadership priorities [on line]. Disponível em

<http://www.who.int/about/agenda/en/>. Acesso

em 15/10/2014.

13. OMS. Twelfth General Programme of Work :

Not merely the absence of disease [on line].

Disponível em < http://apps.who.int/iris/

bitstream/10665/112792/1/GPW_2014-2019_eng.

pdf?ua=1>. Acesso em 15/10/2014.

14. OMS. Ebola Factsheet [on line] Disponível em

<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/

fs103/en/>. Acesso em 09/10/2014.

15. CDC. Filovírus [on line] Disponível em < http://

www.cdc.gov/vhf/virus-families/filoviridae.html>.

Acesso em 09/10/2014.

16. CDC. About Ebola [on line] Disponível em < http://

www.cdc.gov/vhf/ebola/about.html>. Acesso em

09/10/2014.

17. Transmissão através de fluidos de animais não

humanos.

18. OMS. Ebola Factsheet [on line] Disponível em

<http://www.who.int/mediacentre/factsheets/

fs103/en/>. Acesso em 09/10/2014.

19. Idem. Ibidem

20. Idem. Ibidem

21. CDC. Outbreaks History [on line]. Disponível <

http://www.cdc.gov/vhf/ebola/outbreaks /history/

chronology.html>. Acesso em 09/10/2014.

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