Fraternitas Rosicruciana Antiqua · Web view(a ser publicado por alguma editora) A apresentação...

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NOTA SOBRE A POSSÍVEL CAPA DO LIVRO(a ser publicado por alguma editora)

A apresentação da imagem de um iceberg, i lustrando mais da metade da “capa” deste l ivro, via publicação Internet, está baseada na montagem fotográfica feita em 1999 e intitulada “A essência da imaginação” que foi concebida e realizada pelo fotógrafo profissional RALPH A. CLEVENGER, sendo o resultado da combinação de 4 fotos diferentes, nem todas do mesmo lugar. O próprio autor da montagem explica:

“A imagem do iceberg é uma composição digital que fiz para ilustrar o conceito de que ‘nem tudo o que se vê é necessariamente real.’ Como fotófrafo profissional, eu sabia que minha ‘visão’ de como é um iceberg era impossível de se obter de verdade e, por isso, tive que criá-la.”

A obra ‘MISTÉRIOS ROSA-CRUZES DO PRIMEIRO GRAU’, apresentada ao público da Internet, não tem finalidade comercial, senão artística e educacional, conseqüentemente, pode, em sua capa, usar a montagem. Todavia, se acaso o l ivro vier a ser publicado por uma editora, gerando direitos autorais, o problema deverá ser devidamente equacionado e resolvido pela respectiva editora. Caso contrário, teremos de imaginar um novo tipo de capa.

A montagem, por ser muito sugestiva, propiciou-me escrever a poesia ‘A MONTANHA INDIVIDUAL’ que segue na parte inferior da capa.

NHÔ-VÕ-ÊH-HI-PHU.

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1. Fraternitas Rosicruciana Antiqua Aula Lucis Capitular São Paulo.

Rua José Líbero, 156, P lanalto Paul ista, São Paulo, SP, CEP 04070-040, tel . (OXX-11) 5594-7770 e, para recados , 4153.2618; CNPJ 48.123.111/0001-11.

MISTÉRIOS ROSA-CRUZESDO 1º GRAU

ou(APOSTILA DE INSTRUÇÕES

AOS INICIADOS NO 1º GRAU)

(e aos profanos, em relação às Escolas Rosicrucianas, porém verdadeiros iniciados nos planos sutis , seguindo contudo outras

veredas no grande Kosmos) * .

ALCEU LEAL, * H á r a z õ e s e s p e c i a i s p a r a o u s o d a p a l a v r a k o s m o s o u k o s m o c o m “ k ” i n i c i a l ( d o g r . K o s m o s = m u n d o ) , b e m c o m o a d e s u a s c o g n a t a s . F i l o s o f i c a m e n t e , a i d é i a d e c o s m o ( s ) , c o m “ c ” i n i c i a l , r e s t r i n g e - s e à h a r m o n i a e à o r g a n i z a ç ã o d o u n i v e r s o f í s i c o , d e f o r m a t a l q u e u m a e s t r e l a n ã o v e n h a a s e c o l i d i r c o m o u t r a , h a v e n d o , p o i s , u m e q u i l í b r i o e n t r e a s f o r ç a s d e a t r a ç ã o e r e p u l s ã o ; a o p a s s o q u e a p a l a v r a k o s m o s , c o m “ k ” i n i c i a l , a p r e s e n t a u m c o n c e i t o m a i s a m p l o , n o m í n i m o , o s u s t e n t a d o p e l o s p i t a g ó r i c o s , q u e a f i r m a m s e r o k o s m o s ( c o m “ k ” ) u m a s é r i e d e e s f e r a s c o n c ê n t r i c a s , s e n d o q u e a m a i o r d e t o d a s é a T e o s f e r a ( a e s f e r a d e D e u s ) , n a q u a l e s t ã o i n s e r i d a s o u t r a s e s f e r a s , d o c e n t r o p a r a a s u p e r f í c i e , n u m a s u c e s s ã o c r e s c e n t e , c o m o a f i s i o s f e r a o u f i s i o e s f e r a ( a p a r t e f í s i c a d e n s a d a s c o i s a s e d o s s e r e s ) , a b i o s f e r a o u b i o e s f e r a ( m u n d o d a v i d a ) e a n o o s f e r a ( m u n d o m e n t a l ) e o u t r a s m a i s e s f e r a s a i n d a , q u a i s a a l m a e s f e r a e a e s p í r i t o e s f e r a . O t e r m o “ n o o s ” o u “ n o u s ” , e m g r e g o , u s a d o p o r P l a t ã o , t e m a c o n o t a ç ã o , a l é m d a q u i l o q u e s e r e f e r e a p e n s a m e n t o , o u t r a , q u e é a d e E s p í r i t o , r e s p e i t a n d o - s e , é c l a r o , a s u a i n s e r ç ã o n o c o n t e x t o l i t e r á r i o . N o o s f e r a o u n o o s - e s f e r a p o s s u i , a q u i , o s e n t i d o d e e s f e r a d o p e n s a m e n t o .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

(Prior NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU).

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

INVOCAÇÃO E DEDICATÓRIA

Que os Mestres Excelsos, “Riches” e Logos, nos quais estamos inseridos, possam abençoar a humanidade e, em particular, inspirar-me na execução desta apostila, através de suas ninfas, Anjos, silfos e sílfides, é o que peço !

Dedico esta obra à Grande Hierarquia do Logos Solar, principalmente aos Mestres e seus auxiliares diretos, que me têm proporcionado durante anos a inspiração necessária aos trabalhos que venho executando.

Que Deus nos abençoe a todos !

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

DIREITOS AUTORAIS

Os direitos autorais desta obra pertencem à Editora.. . (aquela com a qual for fechado futuramente o negócio de editoração); e que serão comercial izados com o autor ALCEU LEAL sob as condições de, nesta 1ª edição, doar ___% (_____ por cento) dos direitos autorais referentes à presente t iragem e, nas próximas edições, se houver, ___% (_____ por cento) dos refer idos direitos de cada respectiva t iragem editor ia l , à FRATERNITAS ROSICRUCIANA ANTÍQUA (FRA) - AULA LUCIS CAPITULAR SÃO PAULO e à AULA LUCIS CENTRAL (em partes iguais a cada uma), e na falta destas, à FUNDAÇÃO ANTÔNIO PRUDENTE, que combate o câncer. Trechos podem ser reproduzidos, desde que ci tada a fonte.

NOTA: A negociação dos d ire i tos autora is , por enquanto, a inda não fo i e fet ivada com nenhuma edi tora. Enquanto is to não acontecer , os d i re i tos autora is da presente obra, a inda cont inuam per tencendo ao autor ALCEU LEAL, conforme Regis tro Nº 432.129, L ivro 809, Fo lha 289, da FUNDAÇÃO DA BIBLIOTECA NACIONAL (Escr i tór io de Di re i tos Autora is ) , Órgão v inculado ao MINISTÉRIO DA CULTURA e acordando com o Termo lavrado em 30 de maio de 2.008. Todav ia, faço a l iberação antecipada da publ icação pela internet , sem fins comerc ia is , podendo, inc lus ive serem rea l izadas t raduções para outros id iomas, bastando uma s imples informação ao autor , a través do e-mai l [email protected] .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Aos intolerantes:

Os rosa-cruzes são ecléticos, minha falecida madrinha rosacruz (Cenira Gonçalves Pinto), por exemplo, era protestante e esposa de um pastor. Com o passar do tempo, acabei por me tornar um sacerdote gnóstico. No meio rosacruz, existem irmãos de diversas crenças e religiões, mas todos intimamente são pessoas ecléticas, porque sabem que a Verdade é universal e não é particularidade de ninguém.

Nhô-vô-êh-hi-phu (PAZ)

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Leitor amigo:

Não consideres as idéias aqui expostas, como verdades absolutas, considera-as quais fossem

hipóteses, até que um dia as vivencies. Se isto acontecer, saberás a diferença;

e não mais necessitarás de tergiversar sobre a Verdade; ou, simplesmente, considera-as como as

fantasias de um poeta.

Nhô-vô-êh-hi-phu (PAZ)

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

AGRADECIMENTOSRendo homenagens aos Mestres, que muito me

auxil iaram na contactação com o Plano Búdico, ou seja, no ato de fazer a l igação com os elementos onde se encontram a fonte de toda a vida e aquilo que denominamos inspiração. Toda inspiração intuitiva é originária do Plano Búdico, de onde se obtém o conhecimento direto, sem as muletas do raciocínio, o qual, vagarosamente, caminha passo a passo. Desse Plano, com a ajuda dos Mestres, pude tirar um pouco da água santa, levantando uma pontinha de um dos véus de Ísis. A seguir, sou grato à minha esposa WANDA, por ter suportado as minhas “esquisitices em fazer poesias e de gastar meu tempo escrevendo coisas sem objetivos mercadológicos” segundo a sua visão, porquanto deveria ser mais prático e menos teórico. Agradeço a colaboração dos irmãos da FRA, em especial àquele que me incentivou a tomar esta decisão, ou seja, o irmão CHRISTIANO (Sacerdote FELICIANO), à SÔNIA OITICICA CANAES, que nos instruiu inicialmente e nos cedeu uma xerox do manuscrito, de seu próprio punho, contendo certas instruções importantíssimas referentes ao 1º Grau, oriundas de seu pai, o Irmão R+ Prof. JOSÉ OITICICA, a quem rendemos um tributo “post mortem”. O Irmão CHRISTIANO, além de instar comigo no sentido de redigir algo para o 1º Grau, ainda “microu” as referidas instruções do Prof. OITICICA, oferecendo-me o disquete para que o aproveitasse em meu trabalho. Agradeço ainda aos Membros dos Conselhos que, oficiosamente, me deram esta incumbência, quando fui indicado para ser o Instrutor do 1º Grau , não à viva voz , porém através de uma aposti la, em função de não poder comparecer à noite, devido à dificuldade de dirigir em estradas durante os períodos noturnos, já que moro no Município de Santana de Parnaíba, enquanto que a FRA - Aula Lucis Capitular São Paulo está local izada na cidade de São Paulo. Agradeço também ao professor de informática ANDRÉ PINHEIRO LEAL que me ajudou na

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

composição da capa deste l ivro e de diversos pormenores técnicos. A todos os que vierem a ler estes escritos, meus agradecimentos e paciência. A Deus, nossa eterna gratidão. Aos Mestres, dedico este esforço; a eles, toda Glória, Poder e Honra. As falhas, sei que aqui existem, ficam por minha conta. São da responsabil idade do meu eu psicofísico.

Nhô-vô-êh-hi-phu (PAZ)

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

GENERALIDADES(a título de PREFÁCIO)

Todas as chamadas Escolas Iniciáticas têm instruções reservadas, secretas, para o seu grupo interno; e isto é normal, mesmo para as sociedades exotéricas como as comerciais, as agrícolas, as industriais, as de medicina, engenharia etc. Os membros governamentais de governos e países têm igualmente regras e instruções reservadas e específicas só para os seus respectivos funcionários integrantes. E, à medida que se sobe hierarquicamente, os segredos vão se tornando mais profundos e difíceis de serem descobertos ou decifrados.

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Nas Escolas Iniciáticas, as aulas sempre foram ministradas de boca a ouvido; e igualmente, de boca a ouvido, a mim foi determinado, pelo Conselho de Anciãos, que eu escrevesse algo para os integrantes do 1º Grau, já que não podia diretamente exercer a função de instrutor, devido à distância de minha residência. Ora, escrever é diferente de falar, embora haja semelhança. Em sendo assim, deverei executar minha missão de maneira tal que esta apostila, se cair em mãos estranhas, para elas, nada significarão além de simples alegorias. Em conseqüência, não há restrições para as pessoas leigas, no sentido de proibi-las da leitura destes escritos , eis que serão redigidos, preservando-se o sigilo; ao passo que, simultaneamente, eles levarão mensagens ocultas aos ocultos sentidos dos iniciados no 1º Grau. Desta forma, poderão até ser publicados, porque estas aulas, em forma de aposti la, conterão palavras simbólicas, secretas e herméticas para os não iniciados. Tratar-se-á, para eles, simplesmente de uma literatura cheia de imagens, como toda boa l iteratura possui. Todavia, quero deixar claro que a finalidade desta aposti la não é destinada unicamente aos irmãos rosa cruz, iniciados no 1º grau, senão para todos, quer sejam budistas, protestantes, católicos, espír itas, islamitas, seja o que for, mesmo os tachados de l ivre pensadores ou de ateus, desde que tenham a sensibi l idade de se ajustarem ao sublime, porquanto a verdadeira iniciação , não a simbólica, não é dada entre as paredes de um prédio ou templo , porém, nos planos sutis , e muitos que são leigos, para tais escolas, em realidade, são iniciados bem adiantados, seguindo outros caminhos.

Nestas Escolas Iniciáticas, existem rituais. O ritual do 1º Grau é um ritual como o de uma missa gnóstica ou de uma católica. Por falar em missa católica, as missas desta religião eram antigamente oficiadas em latim e começavam com a seguinte expressão que o Padre , simbolizando o Pai Kósmico , ou um Grande Mestre Sistêmico , de forma enfática, cantando, expressava: “Introibo ad altare Dei” , que, traduzindo, significa: “Eu me introduzirei no altar de Deus”. O professor JOSÉ OITICICA fez o seguinte comentário sobre o referido texto: “Eu, candidato à iniciação, penetrarei, um dia, no Reino, no Mundo Espir itual, onde vive

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

o meu íntimo” . O “introibo” latino está no tempo futuro, ou seja, eu me introduzirei , querendo com isto dizer que a pessoa física do padre , falível, que representa o Pai ( infalível), a qual, pessoa física, está temporariamente dir igindo o ritual da missa, introduzir-se-á no altar de Deus , quando tiver queimado suas imperfeições. – Que altar é este? – Externamente , é aquele conjunto de aparatos tais como cibório, patena, cálice e uma ara, ou seja, a pedra dos sacrif ícios etc. A introdução no altar externo é fácil , basta dar três passos. No entanto, no altar interno, as coisas se complicam.

Em todos os rituais antigos, a ara sempre foi o local dos sacrif ícios, a fim de que o sacrificado servisse de alimento das pessoas, porquanto, no mundo animal, não há como manter uma espécie sem o sacrif ício das inferiores. Destarte, o mais forte vence , que é a lei da selva , porém o mais forte e mais adiantado está-se tornando homem (aquele que pensa) e, ao mais avançar, deverá agir para que o sacrif ício seja menos doloroso para o sacrificado, ou simplesmente a vítima ou a hóstia, pois hóstia significa vítima . Nos primitivos rituais pagãos e nos judaicos, sobre a ara , local de sacrif ícios , como a Terra também o é , o sacerdote tinha, por obrigação, tornar a morte do animal sacrificado menos dolorosa e, ao efetuar o sacrifício (sacer = sagrado + facere = fazer) , executava-o pronunciando determinadas orações, com a finalidade de desl igar o corpo f ísico denso do animal de seus corpos etérico e astral, a fim de que a vítima ficasse pura, sem os detritos do etérico e do astral inferiores, para melhor servir de al imento, não levando, desta forma, em sua carne, as vibrações de luta, de fuga, medo, pavor, ódio etc. Nos sacrif ícios dos animais, mesmo entre certos grupos judaicos da atualidade, a vít ima antes de ser sacrificada e suas partes vendidas entre as pessoas do povo, ela, ainda viva, é abençoada pelo sacerdote, o rabino, que, com isto, está, nos planos sutis, separando “alma” do animal de seu corpo físico. Com tal operação a alma do animal se l iberta da vestimenta externa, sua carne, a qual servirá para o consumo dos comensais. É bem diferente do que hoje acontece nos frigoríficos, que têm, em seus matadouros, verdadeiros campos de assassinatos dos seres inferiores, que são os bois,

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os carneiros, os cabritos as gal inhas etc. Um bom costume, portanto, é abençoar os alimentos, para que esta separação aconteça, porque, caso contrário, ao comer o alimento f ísico ingere-se, com ele, parte das vibrações de medo e de ódio do animal abatido, o que atrasará nosso progresso espiritual. O ideal, para melhor avançar na espiritualidade, é não se al imentar de carne, mas este não é o maior empecilho, porquanto se o ódio, a inveja, os ciúmes, a maledicência, a luxúria, a preguiça, o orgulho etc. estiverem em nós, a caminhada para a deificação tornar-se-á extremamente difíci l , penosa e prolongada. Observem também que, ao se al imentarem, um boi, uma galinha e ou outro animal, consomem a forragem feita de capim e de outros vegetais e minerais, seres inferiores, que estão sendo sacrificados em proveito de um superior. A galinha, quando come um inseto, sacrifica um inferior em benefício de um superior, que é ela. Até então, dentro deste enfoque, estaremos vivendo a lei da selva, a lei do mais forte , porém, para subirmos na escada de Jacó e nos espir itualizarmos, teremos de praticar a Lei do Amor Puro , o Amor Universal; e, quando isto acontecer, internamente, o altar será outro, a saber, o do coração espiritual, que nos l igará à Divindade.

O antigo sacerdote católico dizia “Introibo ad altare Dei” (Eu me introduzirei no altar de Deus ), isto quer dizer que, internamente , ele, candidato à iniciação, penetrará, um dia, no Reino ou Mundo Espiritual, onde vive o seu íntimo, onde reina o EU SOU, o Deus em cada um. A porta para este Reino é o coração e não, o cérebro. Aquele “Introibo ad altare Dei” era dito para leigos, fiéis e iniciados, porquanto estava traduzindo uma verdade que se expressa no mundo interno e no externo, no microkosmos e no macrokosmos, diante da ara (altar, pedra do sacrif ício) do microkosmos humano ou do Mesokosmos Terrestre. O planeta Terra é a grande ara de sacrif ícios dos seres em evolução, sendo a Mãe Ísis o Espírito da Terra, conglobante de todos os que nela existem. A ela deveremos nos entregar e integrar, para que nossos sacrif ícios não sejam em vão. A seguir, o padre, ou um dos ajudantes (coroinhas), respondendo, cantava “Ad Deum, qui lætificat juventutem meam” (a Deus, que alegra a minha juventude). O estudante de ocultismo e o

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

padre (no caso específico da citação latina) deverão ser sempre jovens e, na verdade, assim o são; pois, trata-se de uma referência à essência do estudante, que é a alma , essência de nós mesmos e não, a matéria que perecerá, transubstanciando-se, quer de uma forma sacrifical, quer de uma proveniente de doenças; al iás, embora a matéria seja sacrificada, pela morte, num hospital ou em casa particular, continuará na situação de al imento de outros seres e, mesmo, até dos vermes. Trata-se portanto de uma Lei Kósmica, a da transmutação da matéria e, dentro desta lei, os ocultistas, bem como os reais religiosos, procuram e querem a grande Transubstanciação do humano em Divino, através do sacrif ício eucarístico , pela força da carne e do sangue do Cristo . O padre e o caminhante, de um modo geral, deverão, em futuro proporcional ao esforço exercido, ao tempo percorrido e à benção e graça da Divindade, serem introduzidos no altar de Deus, onde eles poderão dizer, como há dois mil anos Jesus, o Cristo , assim o fez: “Eu e meu Pai somos UM” (S. João, 10:30). Externamente , esta futura introdução no altar de Deus é simbolizada pela subida dos três degraus junto ao referido altar, porém, internamente , há algo mais profundo neste simbolismo, que está a afirmar que o aluno deverá entrar no altar específico, que é o seu próprio coração, não o coração f ísico, mas o coração etérico-astral, no qual deverá sempre vibrar a vida divina e superior. Sem a mudança do inferior em superior, do ódio em amor, mesmo aos nossos inimigos, que na verdade são nossos irmãos, não haverá a introdução no altar de Deus, que alegrará sempre a eterna juventude do iniciado.

Nosso irmão Christiano comentou certa vez que a expressão “Ad Deum, qui lætificat juventutem meam” (A Deus, que alegra minha juventude) está nos manuais antigos da missa católica, mas a grande massa dos fiéis católicos não a compreende, somente alguns. E perguntou: “Que juventude é essa para um ancião?” Respondendo, a seguir: “Para o Gnóstico, o discípulo é sempre jovem. Na escola iniciática, o ter encontrado Deus é a máxima alegria. Ter descoberto a existência do íntimo, do Divino, em si, em seu sacrário interno, é ter conseguido a alegria suprema.”

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Mas, estamos falando de rituais. Ritual , para que serve isto? Ritual é um conjunto de ritos, de costumes, de acontecimentos, um atrás do outro e eles servem para nos lembrar em nosso subconsciente a Lei de Deus, a do Dharma , a qual se manifesta sempre em rituais, dentro de uma matemática perfeita e equil ibrada. Destarte, uma hora corre atrás da outra até o nascer do dia; e horas atrás de horas até chegar a noite e assim por diante. Nosso respirar contínuo e o bater ininterrupto de nossos corações constituem outros rituais. O levantar, comer, trabalhar, divertir-se, dormir, procriar, formando um todo, numa seqüência natural, também expressam um ritual. Primavera, verão, outono, inverno e, outras vezes, a mesma repetição, estão a nos dizer de mais um ritual kósmico da nossa querida Terra, a Mãe de todos nós. “O que está em baixo é semelhante ao que está em cima” é isto que estamos a aprender com o referido princípio hermético, ora expresso através dos rituais. Os rituais servem, por conseguinte, para fazer a l igação do microkosmos com o macrokosmos, para que haja harmonia, bem estar e felicidade. Os rituais são verdadeiras orquestras sinfônicas kósmicas a produzirem o belo e, só por isso, suas existências seriam justificadas; todavia, vão além, pois que, quando estão sendo executados, nas cerimônias secretas, ou públicas, como a da missa, produzem sons que são refletidos nas esferas superiores, algo semelhante ao que acontece ao tocarmos determinada nota num violão “A”, por exemplo, ela, paralelamente, fará vibrar, embora em menor intensidade (altura do som), em outro violão “B” ao lado, a nota que foi emitida no violão “A”, sem ninguém, contudo, encostar um dedo no violão “B”. Isto se dá, não por um milagre, mas em decorrência do fenômeno físico denominado “ ressonância ”. Quando alguma pessoa dedilha o “dó ”, o outro “dó ” paralelamente vibrará, enquanto as cordas de notas diferentes estarão imóveis; se tocarmos o “sol ”, o “sol” do violão vizinho se agitará. Isto é “ ressonância ”, de forma similar os r ituais esotéricos vibram no kosmos, produzindo ressonâncias nas escalas superiores dos mundos paralelos, onde habitam seres como os Anjos, Arcanjos, fadas e outros mais.1

1 F IM DA 1ª L IÇÃO.

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

A ENTRADA NO TEMPLO

No templo da material ização (corpo humano) , entra-se pelo lado Sul , a saber, quando a alma se reencarna, começa a sua viagem de descida (coagula) na matéria, através da união de duas entidades polarizadas, pai e mãe , que, imitando fragilmente o mesokosmos, num ato de amor, fornecem partes de si mesmas, a saber, espermatozóide e óvulo, polaridades para a geração (materialização) de outro ser, o filho. A criança nasce pelo lado Sul do corpo da mãe, porquanto o Norte é a cabeça , que recebe as forças solares (vindas do Leste do nosso Macrokosmos, oriundas do Pai Hélios da Mitologia Grega, ou as solares derivadas de Osír is, se l igados estivermos aos faraós do Antigo Egito, as quais forças, com nomes diversos, estão a nos fornecer uma segura orientação ). O pólo Sul do nosso corpo são os pés , seguidos pelas pernas , órgãos excretores e o reprodutor , que acolhem as energias telúricas advindas do ponto Oeste (do Mesokosmos) focalizado na Mãe Terra ou Gæa (mitologia grega) ou na Mãe Ísis dos egípcios mitos e, nela, o microkosmos deixa os seus dejetos. Na conjugação destes pontos cardeais, atuam forças de variadas gradações, quais as de engenheiros espirituais, muito além da nossa engenharia convencional, bem como as de avançados arquitetos, médicos, químicos, geneticistas, militares defensores do sistema orgânico e também as energias dos Anjos, Arcanjos, Arqueus e de outras Hierarquias mais, além das dos obreiros diretos, os peões da construção da Divina Obra, ou seja, os alquímicos elementais do fogo, do ar, da água e da terra, tudo e todos dirigidos pelo SADU (Supremo Arquiteto Do Universo). Por isso deveremos, de mãos erguidas, diariamente, bendizer os quatro pontos cardeais, a eles nos dirigindo e dizendo: “BENDITOS SEJAM OS QUE VIVERAM ANTES DE NÓS, OS QUE ESTÃO CONOSCO E OS QUE VIRÃO DEPOIS!” E, de igual forma: “QUE TODOS OS SERES SEJAM FELIZES, QUE TODOS OS SERES SEJAM DITOSOS E QUE TODOS OS SERES SEJAM EM PAZ!” Pelo Sul da Terra, escoam-se as forças de seus detritos e de seus dejetos, as quais são muito úteis para outros seres mais atrasados, normalmente

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mais novos, e caminhantes também da escada de Jacó (Gn. 28:12), aquela que une a terra ao céu, ou as forças materiais às espirituais.

A entrada nos templos da espiritual ização , embora templos físicos, deve ser feita pela face Norte da pirâmide e, internamente, busca-se o Leste , inclusive nos templos dos corpos humanos. De maneira similar, ao se adentrar num outro plano de existência mais sutil , além das fronteiras materiais, ou, noutras palavras, ao atravessarmos os umbrais deste novo nascimento que é chamado de morte , tal operação é feita, de igual forma, uti l izando-se o ponto cardeal Norte do microkosmos, ou seja, a cabeça, quando dela é rompido, nos planos sutis, o fio prateado , justamente na altura da nuca, separando a alma do corpo físico denso . Resumindo , materializa-se, ou encarna-se , pela face Sul do microkosmos (ventre materno), quando o Grande Mago , com a mão direita voltada para baixo, pronuncia o majestoso “coagula” ; e, por outro lado, invertendo-se a polaridade, desencarna-se , pela porta Norte do microkosmos (cabeça), ou seja, a alma passa a ter um novo nascimento que se chama morte , agora, constituindo a transposição do denso para o suti l , quando, então, o Grande Mago , com a mão esquerda voltada para cima, volta a expressar em cada desmaterialização o portentoso “solve”. Normalmente, quando isto acontece, em morte natural, esta começa pelos pés e, subindo, aos poucos, os fios da material ização vão sendo desligados até se chegar à cabeça, quando, por fim, o cordão prateado é cortado, na altura da nuca. É claro que, em certos tipos de acidentes, tal seqüência não é seguida, eis que o corpo físico denso poderá ser destruído e até mesmo pulverizado e, em conseqüência, o fio prateado, condutor da vida dos planos sutis para o mais denso, não terá mais onde e a que se l igar. Nestas circunstâncias, o “solve” é dito de uma forma inusitada, embora, sempre, dentro dos planos divinos e, em grande parte, com a interferência humana, devido ao seu l ivre-arbítrio.

A ascensão espir itual , durante a vida terrena, vem pela cabeça, mas se apóia nas forças dos pés , tendo por alavanca o coração. É bom lembrar que, neste sentido, existe a

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cerimônia do “lava-pés” , instituída por Jesus (S. João, 13:5), não só como simples ato de humildade, senão como reverência às forças da Mãe Ísis, sem as quais não se consegue avançar em direção à Luz ou ao Oriente do Pai Hélios (ou Osír is), significando que a natureza inferior precisa ser lavada e l impa, ou que os quatro corpos do pecado deverão estar purificados, para o recebimento da mensagem divina. – Que mensagem? – de cura, de vida, de intuição, de ação profícua em benefício da humanidade etc., enfim, da união da criatura com o Criador. Por falar da cerimônia do lava-pés2, vou lhes contar um sonho, ou uma visão, que tive em 08/07/2003, lá no Guarujá e, a seguir, veio-me a inspiração traduzida em forma poética, baseada neste sonho:

LAVA-PÉS

IUm dia... uma xamã,

Mulher robusta de feições serenas,Firmes feições,

A retocar-lhe a alma,Apareceu-me.

II Em suas mãos... um copo.

Braços erguidos,Elevados aos céus,

A Deus dizendo:“Eis minha oferta” ,

E, a seguir, bebeu.III

O sangue da vida sorveu;E, ao Senhor do Sol,

Ofereceu.

IVCopo translúcido, reluzente taça,

Da fonte d’água eterna vida,2 São J oão , cap .13 , ve r s . 5 e ou t ros .

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Borbulhante e clara,A Hélios ofertou.

VA seguir,

Um balde d’águaEm mim jogou,

Meus pés lavou.

VIOutra vez a xamã falou

Que a Mãe do MundoA representar estava.Ali estava a festejar

O beijo eternoDo Pai-Mãe em mim.

VIILavou-me os pés,

“O lava-pés”.Preciso é, para subir,

Os pés lavar,Neste existir.

VIIIAlgo esquisito,O “lava-pés”,

Simbólica cerimôniaDe secreto cerimonial,

A nos dizer e falar:“Não podes subir

Sem os pés lavar.”

IXE, assim, “lava-pés”

Em mim surgiu;

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Mas “lava-pés”,Além de humildade,

Quer dizer purificação ,Para que haja união

Entre o pequeno e o grande,Entre superior e inferior.

Não podem energias da TerraSujar do Sol energias;

Não pode o superior estar l impo,Se o inferior sujo estiver;

Não podem energias de cimaLimpas serem,

Sem as de baixo l impar. A matéria, para ao Espír ito chegar,

Tem que se l impar,Pois todas são UM, 3

No microkosmos, que sou eu.

3 Quer se jam as energ ias de ba ixo , que r as de c ima , ambas , e ou t ras de las der i vadas , cons t i t ue m, quando pa r t i c ipantes de um kosmos ( m ic ro ou macro ) , um ún ico con j un to ene rgé t i co subord inado, no caso do se r humano, ou ao eu ps i co - f í s i co , ou ao EU SOU , embora todas es tas energ ias se j am do EU SOU dependen tes .

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Desta forma, há que se l impar os instintos animais, que em nós existem, já que ainda somos animais com a característica do pensar. Esta animalidade tem suas raízes na parte mais densa e inferior do corpo astral. Os instintos não são nocivos, fazem parte do sistema (microkcosmos), mas devem ser controlados, direcionados, ou sublimados, pelo homem que quer subir na escala espiritual, não, simplesmente, esfacelados, reprimidos, recalcados, ou mortos. Todo animal vivo precisa haurir do Pai Sol (pólo positivo) as energias modificadoras de sua bioquímica e de sua espir itualização, e da Mãe Terra (pólo negativo) as energias formadoras e mantenedoras, não só dos instintos, senão também dos próprios corpos, principalmente os quatro corpos “do pecado”, interagindo corpos e instintos, alma e Espírito, e, no caso do homem, ainda, emoções e pensamentos. Os instintos de reprodução, alimentação, maternal, de autodefesa, trazendo este último as conseqüentes ações de fuga ou de luta (e ainda outros mais) são necessários e imprescindíveis e, sem os quais, a espécie perece. Os instintos devem ser sublimados, para se chegar ao divino. Além dos instintos, as emoções devem ser refinadas, os sentimentos aprimorados, a sensibil idade dirigida para as coisas superiores, os pensamentos para o Eu Superior, só assim o candidato poderá avançar na senda espir itual. Observem a advertência de Jesus, o Cristo, diante de uma cena grotesca de um cachorro morto e em putrefação, quando exclamou: “Olhai seus dentes, parecem pérolas”. A cerimônia do lava-pés tem esta significação, a de se l impar as energias inferiores, que alimentam nossos instintos e corpos, de seu fardo animalesco. As energias solares entram pela cabeça, pele e narinas, ao passo que as terrestres pelos pés, boca e também narinas. O prana entra pela pele, narinas e chakras. O oxigênio, no ar, pelas narinas. Os chakras dos pés e dos joelhos filtram, em primeira mão, as energias telúricas inferiores. No entanto, esta filtragem não é suficiente, quando o ser humano quer se espiritualizar. Foi por isso que o Cristo Jesus instituiu a cerimônia do “lava-pés” e, mais ainda, quando foi lavar os pés de Simão Pedro, este lhe retrucou: “Senhor, tu lavar-me os pés? Respondeu Jesus, e disse-lhe: O que eu faço, tu não o sabes agora, mas sabê-lo-ás depois. Disse-lhe Pedro: Não me lavarás jamais os

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pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar os (pés), não terás parte comigo”. (S. João, cap. 13, vers. 6 a 8). Verifiquem a importância da última sentença. O Cristo estava a falar com Pedro que ele não teria parte com Jesus Cristo e, portanto, com o Pai (o Deus Solar), se não tivesse seus pés purificados. Purificados de quê? Não é da sujeira externa, porém da interna. Como? Através de uma força superior de purificação, vinda do Cristo por meio de Jesus. O ato externo de lavar foi simbólico, porque a água sempre l impa; mas também foi mágico, porquanto o Cristo estava atuando noutros planos, fazendo um serviço que os chakras, por si só, não conseguiriam fazer. O Cristo estava l impando nos discípulos as energias telúricas , necessárias para manutenção dos corpos, dentro da lei animal/hominal, para transformá-las em espirituais , já que eles seriam os apóstolos, verdadeiros disseminadores da Grande Verdade. Naquele ato mágico, ao usar a água, indiscutivelmente, pelo seu poder deífico, o Cristo estava dando ordens às ondinas para l imparem os discípulos da energia, necessária para a manutenção dos corpos, porém contaminada pelos impulsos animais. Ao deixar para trás, pela força da transubstanciação alquímica, as energias do animal e, também, do hominal, o caminhante espiritualiza-se. Para tal, necessita da ajuda do Cristo, como representante do Pai (o Logos Solar) e da Mãe Ísis, a representante do Logos Terrestre, do qual é a grande intermediária em termos humanos, e é aquela que pede ao Pai a benção para os seus filhos. Por isso sempre é bom, quando se tomar banho, abençoar os pés e rogar, à Mãe do Mundo, que as energias telúricas que entraram em nós, cumpriram o seu papel, e já não mais nos servem, atrapalhando o nosso progresso espiritual, que sejam expulsas, l impando-nos; todavia, estas energias poderão ser muito úteis e bem aproveitadas por outros seres menos adiantados e que isto seja feito com o auxíl io das ondinas, a quem também abençoamos.

Em qualquer templo de pedra, ou de qualquer material

denso, onde são realizados os cerimoniais esotéricos, só para iniciados, com a finalidade de espiritual ização, ou suti l ização, também a entrada é feita pela porta Norte e, nele, todos os fiéis estão em busca de uma orientação , ou seja, pela procura

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do Leste Espiritual. Junto da entrada do templo e ante o umbral da porta, após um estágio preparatório, destinado à l impeza das coisas mundanas, efêmeras e passageiras, a fim de deixar as vibrações inferiores do lado de fora, o iniciado, já harmonizado, pede permissão para entrar, fazendo um sinal e pronunciando um nome sagrado, que é a palavra de passe (possibi l idade para passar); esta palavra é mudada a cada ano, pela Direção da respectiva Escola de Mistérios . E ele, caminhante, será recebido por uma Luz, que guarda o Templo contra as influências negativas do mal. A espada flamígera, configurada simbolicamente nas mãos de São Jorge, que derrotou o dragão, e pelo Arcanjo Miguel e seus Anjos, os quais lutaram também contra um igual dragão, ou nas mãos dos Querubins, no episódio versando sobre a expulsão de Adão e Eva do Paraíso, entra, agora (aquela espada) em ação, nas mãos desta Luz, juntamente com determinados sinais mágicos. Quando se fala em sinais mágicos, não significa esta expressão algo de mirabolante, porém um fator de atuação nos mundos sutis, que estão acima da percepção dos nossos sentidos comuns; todavia, para os leigos e para, ainda, muitos iniciados, isto é um mistério. Por falar em Mistérios , eis, a seguir, uma poesia com este nome, que as Ninfas do AR (Sílfides), não as do Tejo, deram-me de presente inspirativo, em 25 de agosto de 2.003, na pequena cidade de Santana de Parnaíba, onde moro:

MISTÉRIOS

IMisteriosamente cheguei,

Pelo ventre de minha mãe;E, neste mundo, aportei!

Mistério ao nascer, crescer e viver!Descendo,

Coagulando e me materializando,Pelo Sul entrei,

Lado Sul de minha mãe.

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IIQuantos mistérios o mundo tem?

Não sei, nem ninguém!

IIIMistérios nas matemáticas,

Física e outras Exatas...Nas Humanas,

Quantos mistérios.. .Que não se sabe como contar!

IVMistérios no dia-a-dia,Mundos misteriosos,

Paralelos mundos,Mundos de outros mundos

Prontos a nos dizer:“Estamos, aqui,

Para nos decifrar.”

VSó, assim,

Em luta desigual,O homem aprendeE aprender pode

A se superarE a ganhar

Seu mundo a conquistar.

VIMistério ao nascer, crescer e viver!

Descendo,Coagulando e me materializando,

Pelo Sul entrei,Lado Sul de minha mãe. 4

4 En t ra - se , ao nasce r , no mundo f í s i co denso ( de ns ificação ) pe lo su l do co rpo da mãe ; i nversame nte , nas i n i c iações s imbó l i cas nos p lanos su t i s , o neófito é in t roduz i do

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Pelo Norte sairei,Dissolvendo o coagulado.

VIINão, de minha mãe, o Norte;Mas de mim mesmo o Norte,

A cabeça,Que o Oriente procura,

E orientada nesta vida foi.Pelo ventre entrei,Pela cabeça sairei,

Cortando-se-lhe a l igação,O fio de prata, em questão,

Quando a morte a mim chegaráE dirá:

Ganhaste um nascimento,No outro lado do viver.Então, morrer.. .é viver,

Nos planos sutis do existir .

VIIIMistérios de Ísis,

Da Mãe do Mundo os mistérios,Que misteriosamente os guarda.

Seus véus...Só aos puros 5

Pode descortinar! 6 .

XX X

X X X

pe la face no r te dos te mp los ou da p i râmide ( su t i l i zação ou e te r i zação ) , ou , a inda , nas in i c iações ve rdade i ras , que são f e i tas nos p lanos e té r i cos , o no r te do co rpo humano do neófito ( cabeça ) cons t i t u i a po r ta de en t rada da consc iênc ia pa ra os p lanos su t i s super io res e , a lém do ma i s , ve ndo o con j un to sob ou t ro ângu lo , quando a mor te f í s i ca acontece (passagem da a l ma pa ra os p lanos su t i s ) , pode - se observa r que o rompi me nto do fio de p ra ta se dá na a l tu ra da nuca , pa r te da cabeça e , po r tan to , no r te .5 Ve r Se rmão da Montanha , e m Mt . 5 : 8 , onde reza : “Bem-ave nturados os l i mpos de co ração ( P UROS) , porque verão a De us . ”6 FIM DA 2ª L IÇÃO.

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Dentro do mesmo tema, vou-lhes apresentar, a seguir, na próxima página, outra poesia, que recebeu quase o mesmo nome e que foi escrita também em Santana de Parnaíba, mas em 29/09/2.000. Vejamo-la:

AINDA MISTÉRIOS

Há deuses em Deus. “Eu e o Pai somos UM.7”

IEu Sou o Pai/Mãe de minhas células,

Não o pai e a mãe,Mas o Pai/Mãe Eu Sou.

Elas nascem por cissiparidadeE por cissiparidade se multiplicam,

Têm seus pais/mães individuais,Mas, sem mim, elas não existirão.Logo, seu Pai/Mãe Global Eu Sou.

IIEu Sou o Pai/Mãe de minhas células,

Não o Pai e a Mãe,Mas o Pai/Mãe Eu Sou, um só,

Um Hermafrodita,Que no Grande Hermafrodita está.

IIIEu, no meio de outros Hermafroditas,

Os Pais/Mães de suas células,Cá estou;

No Deus Sol/Terra,Também

Eu Sou e estou 8 .

IVNo Grande Hermafrodita,

Homem ou mulher, pouco importa,7 São João , 10 :30 .8 Eu Sou e es tou , po rque o Deus em mim é ; po rém o se r c r i ado , o A l ceu , n ’ E l e está .

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Sempre sãoHermafroditas,

Que, no Grande Hermafrodita, estão.

VMeu Pai Sol , minha Mãe Terra ,

Grato eu vos sou !Pai/Mãe, Sol/Terra, Um só,

Assim diz a Lei,E, duplamente grato,

Porque, em Um, sinto-me em Vós.Amém !

VINeste mundo complexo,

É verdade,Mistérios há e há mistérios

E o que está em baixoSemelhante é

Ao que em cima está9 ;Meu microkosmos,

No macro, vive,E, no UM, todos vivemos,

No Pai/Mãe, que sempre temos .

VII“Filho de peixe, peixinho é”;

Um ditado popular,Similarmente,

Filho de Deus, Deus também é !

VIIIE só, então, compreendi

O estranho paradoxo,O aparente absurdo,

O que baixinho me disseram...“Que Eu Sou Só, Eu Sou Deus,

E onde Eu Estou... há Deuses.10”

9 P r i nc í p i o Hermét i co .

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Tendo em vista a Lei Kósmica feita especialmente para os seres que começaram a pensar e, levando-se em conta que as ações, pensamentos e sentimentos humanos, diante de tal Lei, tornam-se fatos geradores de felicidade ou de infel icidade, os instrutores de qualquer Escola de Mistérios advertem aos alunos, que, cada um, “de per si”, deve atentar bem para a referida Norma Kósmica, a qual desta forma é expressa: “Faze o que quiseres , esta é a única Lei , porém pensa que tens de dar conta de todos os teus atos .” E recomendam: “Atenta bem nisto, que a emanação desta Lei brota destas cinco fontes : Luz, Amor, Vida, Liberdade e Triunfo”. E concluem, dizendo que a primeira fonte (e o primeiro vértice do triângulo ) é a Luz , não a elétrica ou a do fogo comum, resultante da combustão, mas a inefável , a Divina , que se confunde com a própria Vida , que é a terceira fonte , oriunda do Plano ou Mundo Búdico; e, deste Plano, as Hierarquias no-la trazem (a vida), pelo fio prateado, bem como aquela celestial energia, a Luz , que l iga a criatura ao Criador. A vida tem sua origem além do Plano Búdico; mas, para nós, humanos, a grande fonte da vida promana deste Plano. A segunda fonte (e o segundo vértice do triângulo ) é o Amor , o qual também é uma das Leis Kósmicas , que vigem em nosso Sistema Solar e, neste sentido, o Amor é a maior das Leis . A terceira fonte (e também o terceiro vértice do triângulo ) é a Vida e sua respectiva manifestação na Terra , quer no plano físico, quer além dele; sem ela, estaríamos aquém do raciocínio e, mesmo, aquém dos próprios minerais. Neste ponto, é bom salientar que a Vida

10 “Eu Sou só , Eu sou Deus / / E onde Eu Estou . . . há Deuses.” Aparen te mente , aqu i te mos uma i ncongruênc ia , um paradoxo , t anto em te rmos poé t i cos , quan to aos da ma is p rosa i ca l óg i ca , porque , se Deus é ún i co (Eu Sou Só) , não poderá haver out ros Deuse s jun to d ’E le ; todav i a , es ta seqüê nc i a l i ngü í s t i ca poé t i ca es tá a nos afi rmar a lgo ma i s , ou se ja , que o Deus Ún ico só pode se r so l i tá r i o , da í a afirmação “Eu Sou só” , conco rdando com o l ado rac i ona l dos humanos . Mas , o que nos su rp re ende é a afirmação de s te De us Ún ico de que onde E le e s tá , há Deuses . A lgo imposs íve l de nt ro de nosso t i r oc ín io no rma l e da l óg i ca de um computador , poré m um home m é ma is do que um computador . E , em sendo ass i m, poderemos d i ze r que e s te Ún ico Deus t em se us fi lhos , também Deuse s , e po r i s so possue m a capac idade de c r i a r , o s qua i s , Deuses menores , e s tão in se r idos no Grande e Ún ico De us , ou se ja , que Homens D i v inos , An jos , A rcan jos , A rque us e tc . , a lé m dos d ive r sos Logos r esponsáve i s e Co -C r iado res de p l anetas , e s t re las e ga l áx ias , es tão t odos in teg rados , se me lhantemente a cé l u l as e ó rgãos , no Grande Organ i smo D i v ino . Conseqüentemente , há es t re las e es t re las , como já se ouv iu fa la r ; e , por tanto , onde res ide o Deus ún ico e so l i t á r i o (no Seu Un ive rso ) , a l i também es ta rão suas c r i a tu ras , que , como Logos Parc ia is , são ve rdade i ros Deuses , pa r tes in teg rantes do Único Deus ex i s ten te . .

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só chega aos seres criados através do Amor Divino , o segundo vértice do Triângulo . Luz, Amor e Vida formam o Triângulo Divino em nós. A quarta fonte é Liberdade , propriamente aplicável ao homem, ao seu ego, àquele que pensa, diante do l ivre-arbítrio, que lhe foi outorgado. Finalmente, a quinta é Triunfo , importante fonte , porque do triunfo das Hierarquias, que nos precederam na evolução, haurimos nós forças para chegar à verdadeira iniciação. Aproveito o ensejo para tecer comentários sobre a quarta fonte “LIBERDADE”, através da poesia “TRILOGIA LIBERTATÓRIA”, nascida em São Paulo, em 12/12/98, a qual segue na página seguinte:

TRILOGIA LIBERTATÓRIA

À verdadeira Teologia da Libertação. O discípulo não al-cançará o céu, a harmo- nia interior, neste mundo, se não ultra-passar os l imites de seu l ivre-arbítr io.

ILiberdade de,

Liberdade para,Integral l iberdade,

Três etapas da chamada l iberdade.

IINo início,

O homem é sem liberdade,Procura a l iberdade

E a acha.Liberta-se dos gri lhões,

Das amarras;

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Esta, a primeira etapa ,A da liberdade de .

IIICaminha, caminha e caminha.. .

Para conquistar a liberdade para ...Está l iberto para fazer

O que bem quiser.Então aprende que,

Entrando na l iberdade doutros,Tolheu a l iberdade doutrem.

Então aprende que:"És livre,

Podes fazer o que quiseres,Mas lembra-te:

Terás de dar conta de tudo o que fizeres."Esta é a Lei.

E, com a Lei, sabe:Que a segunda etapa há conquistado.

IVNeste meditar e vivenciar,

Aprende,Aprende a terceira etapa,A da integral liberdade,

A da Liberdade sem liberdade,A augusta l iberdade,

A dos Anjos l iberdade,A de seguir a Lei

E de unir-se, integrar-se ao PaiE de sentir e dizer,

De dentro para fora,"Eu e Pai somos UM",

Qual o Nazareno,Que há dois mil anos assim o fez.

Ainda, dentro do tema, vai, a seguir, na próxima página,

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a poesia LIVRE-ARBÍTRIO, que nasceu em São Paulo, em 23/02/91, dedicada ao Padre Santo (Igreja de Sto. Antônio, no Largo do Patriarca, em São Paulo), o qual conhece as diversas liberdades; e, em Cristo, está l iberto. Ao Padre Santo, que bem sapiente é, na Teologia da Libertação e na outra, a da Salvação; ambas, uma só, se, “kosmicamente” olhadas:

LIVRE-ARBÍTRIO I

O l ivre-arbítrio acabou,É estranho assim dizer

O estranho que me acontece.O l ivre-arbítrio acabou,

Embora l ivre, em Todo o Ser, Sou.

IIEstranho seria dizer

Se l ivre-arbítrio as células pudessem ter,O kaos se me invadiria

E meu corpo se romperia,Pois não poderia,

Mesmo inconscientemente,Formatizar, formalizar

O trabalho de cada célula,O trabalho de cada órgão,

No organismo que todo Eu Sou.Eu Sou mais que o organismo,

Mas o Organismo também Eu Sou.

IIIImaginem se, ao me al imentar,

As células não quisessem trabalhar,Dizendo: “Temos o l ivre-arbítr io

E faremos o que quisermos.”Então, a indigestão viria

E, mais tarde, a congestão.

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IVNo kosmos...

O l ivre-arbítrio não existe,Cada qual em seu lugar,Um lugar para cada qual.

Todos têm o seu valor,No concerto Universal.

VO l ivre-arbítrio é escola,

Que o homem escolheu para si,É uma possibil idade, é verdade,

De andar, como bem quiser,

Sem porém saber Em que porto aportar.

VIO l ivre-arbítrio é escola,

Que o homem escolheu para si,Por mera frivolidade,

Por orgulho e vaidade,Isolando-se de seu Pai.

VIIQuando eu e o Pai somos UM,Eu sei que não sou sozinho,

Que isolado também não estou,Rompeu-se-me a personalidade,

Fundiram-se todos em mim 11 ,Embora todos existam,

11 “Fundi ram-se todos em mim” quer d i ze r que passe i a v i ve r e sen t i r um Eu Maior , un i ndo -me a E l e , e mbora de mane i ra temporá r ia em momentos de ê x tase esp i r i tua l ; acon te cendo -me, en tão , en t ra r no EU cong lobante de toda a humani dade , apesa r de permanecer amar rado ao co rpo f í s i co e , po r consegu in te , es tava percebendo , ne s te mome nto de ê x tase esp i r i t ua l , cont inuar a v i ve r no eu ps i co - f í s i co e , ao mesmo tempo, s in ton i za r -me com o EU MAIOR; a s s im , IDENT IF ICANDO-ME COM TUDO E COM TODOS e , po r tan to , f azendo ju s ao ve rso “Fundi ram-se todos em mim”. A quadra segu in te (V I I I ) exp ressa uma amp l iação a inda de s te Eu Maior , e i s que o t udo , do Logos Terrestre , é ma io r do que qua l quer se r humano e do que a p róp r ia human idade .

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No entanto todos são UM.VIII

Eu sinto que estou em tudo,Em tudo eu sinto que Sou,

Em todos eu vivo um pouquinho,Em todos me entrego ao Eu Sou.

IXSe assim é, porque dizer

Que o l ivre-arbítr io em mim há ?Eu sigo a Lei do meu Rei,Eu sigo a Lei do Eu Sou.

XNo “kosmos”...

O l ivre-arbítrio não existe,Cada qual em seu lugar,Um lugar para cada qual.

Não há maior, nem menor,No concerto Universal.

XX X

X X X

Para o nosso Sistema Solar, existem, dentre outras, sete Leis Kósmicas Básicas , a saber, Amor, Verdade, Justiça , Liberdade, Serviço, Perfeição e Beleza. Estas Leis vigoram concomitentemente nos sete Mundos paralelos , a saber, Físico, Astral, Mental, Búdico, Âtmico ou Nirvânico, Para-Nirvânico e Mahâ-Para-Nirvânico. Sobre estas Leis teceremos comentários mais adiante. 1 2

Em diversas circunstâncias, por repetidas vezes, muitas Escolas de Mistérios afirmaram e afirmam que o “AMOR É A LEI, PORÉM AMOR CONSCIENTE ”. Trata-se, agora, do

12 F IM DA 3ª L IÇÃO.

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AMOR , como uma Lei Kósmica , a maior de todas, e não, simplesmente, do AMOR, como uma das fontes , ou uma das causas geradoras daquela Lei Divina específica para os humanos , isto é, para aqueles que entraram no campo do pensar e, conseqüentemente, do l ivre-arbítr io , a qual assim é enunciada: “Faze o que quiseres, mas lembra-te, terás de dar conta de tudo o que fizeres”. Recordemo-nos mais uma vez de que os humanos, os pensadores, são os que avançaram da área da consciência do sono com sonhos , concernente aos animais, para a da consciência de vigília , que está entre a consciência angelical e a animal , ambas, estas últimas, fora do poder decisório do pequeno eu, porquanto os animais ainda não têm o pequeno eu e seguem o Dharma13 , a Lei Kósmica ou Lei de Deus, incoscientemente, enquanto que os Anjos, supraconscientemente. O Homem, todavia, ainda amarrado ao seu pequeno eu, tem, durante o seu aprendizado, a necessidade de superar a si mesmo, atingindo os patamares da Divindade dentro dele e, com Ela, sintonizar-se, de tal forma que possa internamente dizer “Eu e meu Pai somos UM” , conforme o Cristo desta forma afirmou e real izou, estando tal passagem registrada em São João, capítulo 10, versículo 30. Durante a consciência de vigília , o homem há de enfrentar o seu inimigo interno e se vê em uma grande batalha, longa e difíci l , muito demorada, atravessando eras e englobando muitas encarnações. Esta luta foi retratada por São João , quer para a humanidade como um todo, quer para um indivíduo isoladamente, como a grande batalha do final dos tempos , a batalha de Armagedom .

13 Dharma (Sânsc.) – A Le i Sag rada , o Cânone Bud i s ta , a Le i D i v ina ( v iva ) . A c i r cu lação sangü ínea , a re sp i ração , a d iges tão e o karma são l e i s dhármicas , e conseqüen temente , l e i s v i vas ; são l e i s de nt ro de uma le i ma i or , a do dharma , que a todas eng loba ; no en tan to , Deus, Alguém , ou s i mp le sme nte Aqui lo , po r fa l ta de me lho r te rm ino l og i a , d i r i ge es tas l e i s e a Grande Le i do Dharma . Dharma , pa l av ra de o r igem sânc r i ta , que s ign ifica Le i V iva , não a l e i conceb ida em congressos humanos , mas aque la que faz com que um co r te , na pe le ou no co rpo de um an ima l , desapareça , como que m i lag rosamente , t o rnando o co rpo re fe i to . É a Le i que nos mantém v ivos e também a que nos t raz a morte e a doença , quando in f r ing i da . Quan to ma is a segu i rmos , ma is ha rmon iosos se re mos . O Dharma , po r se r uma Le i V iva e Kósmica , não se p roce ssa some nte nas ún i cas t rês d ime nsões conhec idas pe la c iênc ia ofic ia l , po rém nas se te , as qua i s são pa r te s in teg ran tes do S i s te ma So la r , subord i nado ao respe c t i vo Logos , o Deus I n te rmed iá r i o , C r iador e Con t ro lado r do nosso S i s tema . Os chamados m i lag res , f a tos que u l t rapassam o t r i d i mens iona l i smo , podem se r v i s t os como fenômenos na tura i s , e não , sobre na tura i s , desde que observados den t ro de uma d inâmica der i vada da Le i Dhármica . A c la r i v i são , a c la r i aud iênc ia , a p remon ição e a ve rdade i ra in tu i ção são facu ldade s da 4ª d imensão e cons t i tuem exemp los do mundo comp lexo em que v ivemos e com o qua l t emos que in te rag i r , que r sáb i a , quer ob tusamente .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

É, em verdade, a batalha do final dos tempos dedicados à aquisição indireta do conhecimento , através dos cinco sentidos, da lógica, da matemática, das ciências e das artes. Aqui, não estou a dizer que somente os letrados serão salvos; como, a seguir, discutiremos melhor este assunto.

O homem caminhou do animal para o hominal. A porta que separa um animal do hominal é a da intel igência, resultante de um trabalho real izado no Mundo Mental Concreto . O animal é só instintos e emoções animalescas; todavia, quando começa a pensar, está saindo do animal para o racional; portanto, para o hominal. O homem ainda é um animal, porém com a faculdade de pensar, uma ferramenta muito importante para o seu evoluir. Quando, no mundo, um homem opera instintivamente, é chamado de animal , porquanto não usou , ao agir, o pensar . Dir-se-á que ele atuou de forma animalesca, movido tão só e unicamente pelos instintos. Resumindo, poderíamos dizer que o percurso de um animal em seu dia kósmico , no final dos tempos (instintivos), depois de cumpridas determinadas provas, é o de atingir o “status” hominal . Se o caminho do animal é longo e difíci l para chegar ao hominal, de igual forma a trajetória do hominal para atingir o angelical também é longa e dif íci l . O tempo deste percurso é de um dia kósmico (um Kalpa), tanto para uns, quanto para outros. O homem, ao término desta difíci l tri lha, depois de usar todos os artif ícios do mental concreto , verifica que não conquistou a fel icidade, apesar de todos os esforços que tenha feito; e isto se dá porque o mental concreto está relacionado diretamente com as coisas mundanas e objetivas e, indiretamente, com as subjetivas. Quando o homem entra no subjetivismo e procura saber quem é o sujeito , ou seja, aquele que está por detrás da ação, ocorrerá, neste momento, algo novo e alvissareiro, a saber, ele começa a vislumbrar longinquamente o horizonte angelical, ou de um Mestre Ascensionado, também chamado de Santo. Os instrumentos de trabalho então serão outros, e haverá uma transferência da ação do mental concreto para o abstrato e para o búdico . Desta forma, depois de muitas lutas e de dores em diversas encarnações, o ser, que está trabalhando com o mental concreto, entra “nas provas dos fins dos tempos”

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de usar o mental concreto, como a sua mais importante arma e, quando isto ocorre, o ser estará em plena batalha do Armagedom. O mental concreto dá a vaidade ao homem. Neste particular, ele passa a acreditar que é um Criador, um verdadeiro Deus; mas, na verdade, ele é simplesmente uma sophia (um conhecimento em sua consciência); embora continue imaginando que seja uma Pistis Sophia (um Verdadeiro Conhecimento, uma Sabedoria e, mais do que isto, um próprio Deus). Atuando como se fosse uma Pistis Sophia , sem ainda sê-la, ele erra, porquanto permanece no racional. O orgulho cega-lhe a visão. Os filhos deste caminhante são “ektromas”, abortos de sua humana natureza. Vê-se, nesta ocasião, perseguido por todos. As forças da Natureza Kósmica não se lhe submetem. Os superiores, colegas e inferiores apontam-lhe o erro. Cai em desgraça. Reconhecendo seus erros, falhas e pecados, pede perdão a Deus, humilhando-se. As Potências Criadoras, atendendo ao seu pedido, enviam-lhe um Cristo (um Puro) , Fi lho Direto da Divindade, o Filho Unigênito , o Amor Puro e, através dele, consegue a salvação, o Verdadeiro Conhecimento , a Real Pistis Sophia , que é a fé inabalável no Deus Interno , no EU SOU , que lhe traz a Sabedoria do conhecimento direto , l igando-o ao Deus global. A personalidade aprende, assim, que humilhando-se, diante do EU SOU , tornar-se-á grande, porquanto os “humilhados serão exaltados”, conforme está escrito em Mateus, cap. 26, ver. 12 e em Lucas, capítulo 14, versículo 11. O orgulho e a vaidade do pequeno eu são pecados que impedem o neófito de chegar ao angelical e de adquirir o céu dentro dele mesmo, harmonizando-se com o macrokosmos. Esta fase da passagem do conhecimento indireto (pelos cinco sentidos) para o direto , através dos sentidos extra-sensoriais, atuantes na quarta dimensão, somente acontece quando o ser toma consciência de que, na busca da felicidade, esgotou todos os trunfos contidos no mental concreto; e, humilhando-se, diante da Divindade, pede clemência a seu Deus interno, o EU SOU , que se comunica com a Mônada e com o Logos . O “conhecimento direto” é assim chamado porque traz a resposta imediata, sem necessidade de análise, de estudos, de dedução, indução, conclusão, lógica etc. . A resposta vem pela intuição, vidência, premonição ou algo similar. Como

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existem os Anjos decaídos, de igual forma, haverá, no próximo Kalpa de Júpiter , os homens decaídos. Hoje, a humanidade é composta de homens semelhantes uns aos outros; mas não, iguais; principalmente em suas personalidades. Desta forma, alguns, sendo empedernidos e teimosos, relutam em sair do mental concreto e, em não o ultrapassando, perdem a oportunidade de progredir. Os próximos seres pensantes, derivados dos atuais animais, serão também semelhantes; porém, não, iguais. É claro que o ser pensante derivado de um leão será muito mais duro e arrogante do que o derivado de um boi, que será mais passivo, tolerante e compreensivo. A possibil idade de o ser pensante, derivado do leão, repetir o ano escolar kósmico, por causa de seu orgulho , será maior que a de um originário de um boi, que não precisará de tão grandes elucubrações cerebrais, pelo mental concreto , para concluir que há um Deus Criador, no qual está inserido e subordinado. O orgulho da personalidade, derivada de um leão, ser-lhe-á um entrave. Se o orgulho irá constituir o grande defeito dos seres pensantes de origem leonina, a preguiça e a falta de iniciativa serão os defeitos maiores dos seres pensantes promanados dos bovinos. É óbvio que não estou me referindo a futuros humanos, geneticamente oriundos de felinos ou de bovinos, porém às suas consciências animais, que, pela transmigração e progresso continuado, virão a ser hominais (pensantes), dispondo, ou não, da forma corpórea do atual biotipo humano, conforme as circunstâncias e o meio. Na verdade, quando os animais vierem a ter, realmente, a capacidade de pensar, o dia kósmico será outro, o Jupiteriano e, nesse novo e vindouro Kalpa , o meio ambiente não conterá o sistema atual das coisas mais densas da matéria, pertinentes ao Mundo Físico , pois o elemento alquímico terra (sólidos) não mais existirá, voltando a predominar o elemento alquímico água ( l íquidos). Os corpos mais densos serão feitos de l íquidos, enquanto que os voláteis serão compostos do elemento ar (gases), ou do fogo (éteres sutis).

O “fim dos tempos” do mental concreto da hodierna humanidade está tendo o seu início e ele começa a perder a sua supremacia, é o “começo do fim”, algo que São João

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simbolizou como a “batalha de Armagedom”, com grandes dores e tormentos para o pequeno eu , por isso a Bíblia diz, em Mateus, capítulo 23, versículo 12, que “os humilhados serão exaltados”. Quando o pequeno eu , sentir-se voluntariamente humilhado , como servo, diante do EU SOU , exist irá no caminhante uma exaltação da particular situação hominal para a de um ser santificado, isto é, a daquele que entra nas raias do angelical e do Universal, por meio do sexto sentido. O “fim dos tempos” é isto. O ser esgotou todo o seu aprendizado no mental concreto (nas ciências, artes, na matemática, na lógica etc.), e viu que, com estas armas, não ganhará batalha alguma no campo do ser , somente no do ter e no de dominar animalescamente, pela força bruta e pelo ardil, os demais . Está, pois, no final dos tempos ; e, em conseqüência, chega à conclusão de que deve haver alguma coisa a mais que lhe falta em seu interior. Muitas pessoas em encarnações passadas atingiram este ponto; e, na presente existência, embora sem ciência e sem artes , são verdadeiros sábios. Chrisnamurti e Chico Xavier são exemplos do que agora nos referimos. Noutras encarnações, tais seres conquistaram a cultura externa e objetiva dos homens, gerada pelos cinco sentidos e, voltando-se para o seu Deus interno, pediram perdão, tal qual a figura da Pistis Sophia , que, orgulhosa, pensando ser uma deusa, criou o seu mundo, um mundo defeituoso, porquanto fora gerado pelas forças de baixo do quaternário inferior (a consciência focalizada nos corpos do pecado), movendo suas forças, que são as do corpo f ísico, do etérico, do astral e do mental concreto. Quando Pistis Sophia , arrependida, rogou a Deus ajuda, foi-lhe enviado o Cristo , para salvá-la, bem como ao seu mundo, retirando-os do reino da infelicidade. Paralelamente, o homem, usando as armas do mental concreto , faz planos para a conquista das coisas da matéria, de posições sociais e de domínio em geral, porque é onde sua consciência está; mas o “Kosmos” , que segue o Dharma , desfaz estes planos. É o começo do fim do reino do mental concreto , sendo o início da individual batalha de Armagedom. Eis, a seguir, uma poesia escrita por mim, nos idos anos de 1965, a qual retrata esta angústia:

PLANOS

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

IPlanos... planos... planos.. .Ventos... ventos... ventos...

Os planos, que na areia são feitos,Os ventos aos poucos apagam.

IIPlanos... planos... planos.. .Ventos... ventos... ventos...

Os planos dos homens se acabamNos ventos, na água, no mar,

No nada, no informe vazio,Sem forma, sem vida, sem ar.

IIIOs planos aos poucos se vão

Esvaindo, murchando, secando.Sem eles a vida é difíci l ,

Com eles também assim é!

IVPlanos... planos... planos.. .Ventos... ventos... ventos...

O mar é profundo, o mistério ainda mais.A vida é gostosa, se harmonizada

Nos Planos Divinos,Que não mais têm fim.

Ao término da aprendizagem no mental concreto , os caminhantes, após os naturais testes seletivos, passarão a se uti l izar de percepções extra-sensoriais e, então, os aprovados, que estarão no uso desta nova faculdade perceptiva, terão o conhecimento direto supraconscientemente, como os Anjos, que se sentem unidos a tudo e a todos, vivenciando não só o eu , isolado e separado de tudo e de todos, porém o eu e o tu concomitantemente. De forma similar à batalha do Armagedom, referida na Bíblia, há algo bem representativo desta luta, na l iteratura hindu, ou

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seja, no grande poema épico BHAGAVAD GÎTÂ, onde, nas palavras de Sanjaya (memória dos vários corpos, em diversas encarnações), são descritos os altos e baixos, os ganhos e as perdas dentro do mental concreto, até que a redenção completa aconteça. O BHAGAVAD GÎTÂ faz parte da grande e antiga epopéia hindu intitulada MAHÂ BHÂRATA, a qual contém 250.000 versos, descrevendo a grande guerra entre os Kurus ou Kuravas (forças negras) e os Pândavas (forças brancas), tendo por objetivo a posse de HASTINAPURA (cidade do elefante: HASTINA = do elefante + PURA = cidade); representando, com tal símile, a região da matéria (ainda de baixas vibrações e com muito peso), que deverá ser conquistada pelas forças do bem ou pelas do mal , em luta. – Onde? – No mental concreto . HASTINAPURA era considerada um dos centros mais importantes da civil ização ariana. O BHAGAVAD GÎTÂ apresenta um interessante diálogo entre Krishna (kosmicamente, um avatar e, no microkosmos, o Deus interno de cada um, o EU SOU) e Arjuna (o homem, em estado evolutivo), relatando um fato histórico; todavia, os Mestres hindus dizem que este l ivro tem sete interpretações e aconselham o leitor a se esforçar para penetrar no mais profundo sentido interior ou imaterial. Este poema kósmico traz, como num fio de ouro, o conceito básico de que aquilo que redime o homem não é o agir , nem o não agir , mas sim os reto agir e reto não agir , substituindo os falsos agir e não agir . O BHAGAVAD GÎTÂ (A Canção do Senhor) defende a verdade fundamental de que o homem, que se profana pelos falsos agir e não agir , consegue se redimir pelos retos agir e não agir . Os falsos agir e não agir consistem no agir , ou no não agir , por amor aos frutos ou aos resultados externos da atividade ou da não atividade , enquanto que os retos agir e não agir caracterizam-se pelo desapego aos resultados do agir ou do não agir e o caminhante age, ou não age, pelo dever e pelo amor ao agir ou não agir . Os frutos do agir ou não agir são do ego humano . O amor ao agir ou ao não agir é do Eu Divino ; todavia, quando o amor ao agir se transforma em um apego ao agir , semelhante ao do dono de um negócio, ao qual é extremamente agarrado ou, mesmo, de um militar, em seu impulso patriótico, vinculando-os ao negócio, à terra, à pátria e aos costumes, enfim ao etérico do local, estes agarramentos e apegos prendem-lhes o desenvolvimento espiritual . Neste ponto, quero-lhes transmitir uma experiência pessoal, retratando a luta que, em 1.999, em São Paulo, enfrentei no mental concreto e no emocional (Mundo Astral) , traduzida esta angústia através da poesia PÁTRIA, a qual foi composta e intuída em 26/10/99.

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

PÁTRIA

No mundo, tudo se transubstancia, tudo se transforma, eu também. Uma poesia deste qui late só pode ter s ido gerada e v indo à luz , com a dor do parto de alguém estar vendo, observando e sent indo seus ideais de patr iot ismo serem desfe itos e aniqui lados. Todavia , sem este parto do part icular para o geral , do patr iot ismo para o universa l ismo, minha consciência, dentro do útero psicológico de minha Mãe Kósmica, permanecer ia estagnada, com pouca ou nenhuma luz; e, conseqüen-temente, não haver ia uma ampl iação de hor izontes. Se o Bras i l houvesse se tornado uma super potência , o orgulho (pecado) poss ivelmente há-ver ia inflado meu ser e eu ter ia permanecido parado no caminho da espir i tual idade. Graças aos infor-túnios, uma fortuna maior se me deparou.

IPensei que minha pátria fosse o Brasi l,

Porque aqui nasci, vivi e morri.Morremos várias vezes...

Morri para o material,Em parte;

Para nascer no espiritual.

IIPensei que minha pátria fosse o Brasi l. . .

E até defendê-lo jurei!Jurei defendê-lo.. .Contra invasões,

Contra o inimigo externo;Mas, ai de mim,

O inimigo internoÉ mais ardi loso,

Caviloso.

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IIIUsei farda;

E a própria vida poderia dar,Assim jurei,

Se necessário fosse,Para defender

Aquilo que chamamos Brasi l,

A terra de meus pais,Minha.. . e de meus filhos 1 4 .

IVOrgulhoso me sentia;

Sem orgulho, tudo depende...E nada se defende.

VOrgulhoso me sentia.

O brio militarÉ a alma do guerreiro,

Que se imola, da pátria, no altar.

VIO tempo passou...

E o mundo virou, mudou.Também mudei.

Como orgulhar-me da pátriaQue trabalho não dáPara os seus filhos ?

Como dela orgulhar-me,Se em cada canto

Eu me espantoCom a fome, as atrocidades, a miséria,

Rondantes que sãoDo brasi leiro em cada quarteirão ?

14 O auto r só tem uma fi lha , po rém cons i de ra os ne tos como fi lhos , f o ra os fi l hos esp i r i tua i s , que são se us a l unos .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

VIIComo orgulhar-me

Se o desatino campeia ?Se os polít icos,

Dirigentes que deveriam ser,Não são.

São, sim, unidos em favor do clã,Esquecendo-se do povo,Que ficou sem seu elã.

Justiça...Onde justiça, nesta terra de injustiças ?

Executivo... serve para executarOs pequenos !

VIIISó olhando além das fronteiras,

Não as materiais fronteiras,Posso entender-me

Comigo mesmo.Só olhando além,

Posso entender este aquém.

IXMas outros povos, outras raças.. .

Falando de raças,Que raça é a raça do brasi leiro ?

É algo em formação,O brasileiro é sem raça,

Ou é a raça de todas as raças.Assim sendo,

Não odeio ser brasi leiro,Mas o orgulho que tinha,

Já não o tenho.

XTambém, outras raças, outros povos...

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Têm confusão,Raros, que são o que são,Sejam de qualquer nação,

Que poderiam dizer"Eu me orgulho de ser

Um cidadão desta nação";Eis que o mundo todo

Está em plena confusão!

XIEsta confusão, esta falta de noção,

Tem o seu lado bom,Se o brio tirou-me,

O orgulho também se foi.Orgulho... é orgulho,

Um dos pecados capitais.Só assim,

No meio da confusão,Pude ver Deus em ação.

Se os homens não fazem justiça,Deus a faz,

Disto eu sei;E sei que tenho razão.

XIIPensei que minha pátria fosse o Brasi l,

Porque aqui nasci, vivi e morri.Morremos várias vezes...

Morri para o material,Em parte;

Para sobreviver no espiritual.

XIIIDadivosa foi a mudança,

Depois de muitas andanças.Dadivosa foi a mudança,

Onde vi em cada grão um irmão.Bendito, de Assis, Francisco,

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Que, antes de mim,No Sol, na Terra, na Lua,

Na água e no fogo viu irmãos.. .Bendito Chico, se assim Francisco

Me permite dizê-lo,Com muito zeloEntre um maior

E um menor irmão.Que me abençoe o santo,

Aqui, neste meu canto!

XIVPensei que minha pátria fosse o Brasi l,

Porque aqui nasci, vivi e morri.No entanto,

Sei que minha pátriaÉ de longe,

Doutras paragens,Meu ser, doutra l inhagem.De etéreas regiões eu vim,

Nesta escola cheguei,Aportei.. .

Mas, um dia...Ao meu Pai voltarei,

Sem orgulho e sem medo,Na Paz, que comigo levo,

P'ra pátria donde cheguei ! 1 5

X

X XX X X

O agir, portanto, vai muito além da atuação no mundo físico, atingindo áreas de outras dimensões e também os campos do etérico, do astral e do mental. Relembrando, deveremos ressaltar que o Amor , como Lei Kósmica, é a Lei das Leis e, no homem, adquire toda a sua plenitude, quando se torna o Amor Consciente , o Amor no grau da consciência de vigíl ia . Ao se seguir tal Lei, cumpre-se o que, para o homem comum, é tremendamente amargo, ou seja, amar os 15 F IM DA 4ª L IÇÃO.

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próprios inimigos, que são seus irmãos em Deus, como bem determina o preceito bíbl ico instituído em Mateus, capítulo 5, versículo 44. É por isso que muitos Mestres dizem que o Amor é o princípio do fim, afirmando com tal asserção que o estudante está entrando no “ princípio do fim ” do terreno escorregadio do filho pródigo , quando o Amor penetra na área da consciência de vigíl ia . Até então, caminha sem destino e está em luta consigo mesmo, gastando suas energias nos planos inferiores e não, nos superiores, deixando, portanto, os erráticos caminhos, para voltar ao Pai.

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A seguir, na página 50 , apresento a poesia denominada TENTAÇÃO, versando sobre o referido tema do filho pródigo, ou daquele que está errando pelo mundo e tem, dentro de si, uma luta interna. Esta poesia chegou à minha mente tridimensional em 19/06/68, em Nioaque, MS, e foi dedicada a Arjuna , símbolo do iniciante na vereda do infinito e personagem do poema épico hindu “Bhagavad Guîtâ”. O homem, como auxiliar ou Co-Criador de Deus, é um verdadeiro

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Demiurgo e, às vezes, um Baphomet16 ou uma Pistis Sophia17, um “eon ” do 13o grau na sua dupla identidade de participante do bem e do mal. A poesia, em tela, canta grandes verdades, que podem ser interpretadas como liberdades poéticas, por aqueles que ainda não as vivenciaram. Antes, porém, da poesia TENTAÇÃO, retro enunciada, deixa-me brindar-lhes com uma quadra, nascida em 22/01/79, e denominada:

VIVER16 Baphomet(s) – é ass im chamado o and róg i no bode -cabra da c idade de Mende s , que es tava (e es tá ) na por ta do deser to , tan to rea l quan to s imbo l i came nte . Segundo os caba l i s tas oc iden ta i s e , espe c ia lmente , os f ranceses , os temp lá r ios f o ram acusados de adora r Baphomet , e Jacques Mo lay , G rão -Mes t re dos Temp lá r i os , com mu i tos de se us i rmãos maçons mor re ram, po r causa d i s so . Todav i a , e so té r i ca e fi lo log i camente , ta l pa lav ra nunca s ign ificou “bode” , ne m qua lquer co i sa ob je t i va como ído lo ; ta l vez tenha a lguma cono tação com a pa lav ra ing l esa “body” ( co rpo ) , pa ra ind i ca r a i nfluênc ia da matér ia sobre o e sp í r i t o . E s ta figura fabu losa , te ndo pa tas de bode , co rpo m is to de mulher e de home m, possu i sob re sua cabeça , ou em sua t es ta , uma es t re la de c i nco pon tas , de la e manando uma chama, a chama da in te l i gênc ia , que pode se r d i r i g ida pa ra c ima e pa ra ba ixo , pa ra o bem ou pa ra o ma l . Segundo Von Hammer , t a l pa l av ra s i gn ifica “ba t i smo” ou in i c iação na sabedor ia , te ndo sua o r igem nas pa lav ras g regas “Ba f e” e “Met i s” e da re lação de Baphometus com Pan . J á , de aco rdo com as idé ias do abade El i fas Lev i , r a t i ficadas pe l o conhec imento e pe l a in tu i ção do P ro f esso r José Oit i c i ca , con fo rme ins t ruções receb idas , po r m im, a t ravés de sua fi l ha Sônia Oit ic ica Canaes , o te rmo Baphomet es tá a rep resenta r o Esp í r i to D i v ino pre so à maté r i a , enca rce rado no co rpo do homem, po i s se u co rpo é o temp lo e o cá rce re do esp í r i to ; o co rpo é o in s t rume nto , a t ravés do qua l , o Deus EU SOU pode ag i r no re fe r ido mundo da matér ia . Con t inuando , o P ro fe sso r Oit i c i ca i n fo rma que ta l pa lav ra fo i i nve ntada pe l os Temp lá r ios , pa ra ocu l ta r o ve rdade i ro sent ido de sua Orde m à persegu ição da I g re ja Ca tó l i ca , cons t i tu indo BAPHOMET um anagrama da s i g l a TEM OH PAB , que é f o rmada pe l a redução da segu in te f rase , e m la t im: “Tem p l i o mnium h ominum p ac is ab bas” , que pode se r t raduz ida po r “O Pa i do Templo da Paz de todos os homens” . E s ta redução se deu da segu in te fo rma : TEM , de Tem p l i (do Te mpl o ) + O , de o mn i um (de todos ) + H , de h ominum ( o s homens ) + P , de p ac i s (da Paz ) + AB , de ab bas ( o Pa i ) . O l a t i m é uma l í ngua s i n té t i ca , po r tan to as pa lav ras possue m de c l inações , ao passo que a po r tuguesa é ana l í t i ca ; o po r tuguês usa no rma lme nte a fo rma d i re ta no d i s cu rso , enquan to que aque la , a i nd i re ta , d ificu l tando um tan to a compre ensão . A sen tença “O Pa i do Templo de todos os homens” t raduz o conce i t o de que o Esp í r i t o D i v ino , o Pa i , se acha no Temp lo , ou se ja , no co rpo humano e , ne le , p romove in i c ia lme nte a paz in te rna e , a se gu i r , a paz ex te rna com os dema is se res e com o mundo . Baphomet é o p r inc íp io das pa ixõe s as t ra i s -ne rvosas do temperamento das pessoas , do sexua l i smo p rodu to r do tu rb i l hão de g randezas e de m isé r i as e é responsáve l pe la rep rodução humana . Define - se , às veze s , Baphomet ( f a l same nte ) como se fosse o “d iabo” , s ímbo l o do cone da sombra ( cen t ro dos v í c ios e pecados da human idade ) . Baphomet se rá sempre e un i camente a fo r ça an i ma l exp ressa no home m , que , con fo rme a sua inc l i nação , pode se rv i r tan to ao be m, quan to ao ma l . Não há ne nhuma man i fe s tação v i ta l que possa se r cumpr ida se m uma ca rga de te rminada de fo rça an ima l , ou sub-an ima l . Aque le que sabe man i fes ta r e d i r i g i r es ta fo r ça tem toda a opo r tun idade de re a l i za r re gu la rmente as obras de seu qua te rná r i o i n fe r io r ( co rpos f í s i co , e té r i co , as t ra l e menta l ) , mas aque le que ca i sob a influênc ia dessa fo rça an ima l , t o rna - se j ogue te nas mãos de um e le me nto despó t i co , i nconsc ien te e inconseqüente . Quando o homem domi na em s i Baphomet , es te se t o rna o me lho r i n s t rumento das rea l i zações do se u senhor . Quando a Mônada e ncon t ra Baphomet com uma a l ma pura , i s to é , se as pa ixões de Baphomet não a cegam, e la o obr iga a inc l i na r - se ante e la e a se rv i r . Uma das metas esse nc i a i s das Esco las I n i c iá t i cas é despo ja r Baphomet do seu t rono , po i s o t rono per tence ao home m. Depo i s , havendo t omado o luga r de Baphome t , ob r igá - l o a o

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Não adianta correr,Nem ir devagar,

Descubra o seu ritmo,Que a vida... vai- lhe agradar.

TENTAÇÃO

Ao jovem Arjuna ,

se rv i r . Uma ind i cação mora l de sse a rcano 15 , ass i m é d i ta po r Se rge Marcusse , em “A C IÊNCIA SECRETA DOS IN IC IADOS E PRÁT ICA DA V IDA” , ed i ção f rancesa , pág i nas 131 a 134 , cap í tu lo X I : “Se ca í s te , se Baphomet , ho je , te domina ; não desespere s , l embra - te de que Baphomet é apenas um usu rpador do t eu luga r e que amanhã , quando o t i ve res rend ido , e le se rá te u esc ravo . Po r i s so , qua lque r que se ja o g rau de tua queda , não es tás perd ido , tudo permanece e m tuas mãos , no e s fo rço da tua von tade , de teu t raba lho pa ra t e co r r i g i res . Foge do e sp í r i t o de desenco ra jamento e desespero , po i s e le é o me lho r se rv ido r de Adão Be l i a l (o P r ínc ipe das t revas ) . Não esquecer que Baphomet , venc ido , não do rme; e spera a opo r tun i dade do cont ra -a taque” . Comp le mentando , i n f o rmo a inda que , se gundo re centes es tudos b íb l i cos , em face de documentos e ncon t rados em Qumran , nas e sca rpas p róx imas ao Mar Mor to , p r i nc i pa l mente o cons tan te no chamado pergami nho de cobre , onde es tão g ravados ideog ramas eg ípc ios , que , l i dos a t ravés de um cód igo heb ra i co c r ip tog ráfico , usado pe los autore s da g ravação , ob teve - se a conve rsão do te rmo baphomet pa ra a pa lav ra g re ga sophia , que quer d i ze r conhec i me nto , sabedor ia , con fo rme in fo rmações co lh idas no l i v ro “A OD ISSÉ IA DO ESSÊN IOS” , de au to r ia de Hugh Schonfie ld , Ed . Mercú r io . Pe lo que se vê , a exp ressão baphomet é bem ma is an t i ga do que se imag inava .17 Pistis Sophia (Gr. ) – “Conhec imento -Sabedor i a” . Na ve rdade , Pist is s ign ifica fie l , ve rdade i ro , fi rme , enquan to que Sophia quer d i ze r conhec i me nto . Quando o conhec i me nto é fie l , fi rme e ve rdade i ro , t o rna - se uma Sabe dor ia ; da í , no p r inc íp io des ta NOTA , e s ta rem as pa lav ras Conhec ime nto e Sabe dor ia l i gadas po r um h í fe n , porque há uma in te r l i gação ent re o conhec i me nto in i c ia l e a Sabe dor ia subseqüen te . Pist is Sophia t ambém é o nome do l i v ro sag rado dos an t igos gnóst i cos ou c r i s tãos p r i m i t i vos e , a i nda , é segu ido pe los gnóst i cos a tua i s . É um l i v ro d i f í c i l de se r en tend ido e de ve t e r s i do esc r i t o com o in tu i to de se co loca r obs tácu l os aos aven tu re i ros . Pe l a razão pura , não se consegue entendê - lo , p rec i sa - se da a juda de um c i reneu , a i n tu i ção d i manada da fo rça c r í s t i ca . Nes te l i v ro sagrado , a e xp ressão Pist is Sophia o ra é apre se ntada como um “eon” , na qua l i dade de um mági co se r v i vo , f emin ino , e possu ido r de mu i t os poderes , mas nem todos , e que i mag inava se r uma verdade i ra “deusa” e qu i s c r i a r o seu mundo ; e o ra é apre se ntada também, a inda den t ro da i dé ia de um “eon” , po rém com a cono tação de um tempo sem fim , ta l como o Deus g rego Chronos ( Tempo ) , que , na p rá t i ca , e , se obse rvado ob je t i vamente , vemo- lo sem v ida , me smo ass i m, o tempo (Chronos ) tudo des t ró i . Mas , se o l ha rmos o out ro l ado da ex i s t ênc ia , passa a t e r v ida p róp r ia , ao ve r ifica rmos que nada mor re , poré m tudo se t ransubs tanc ia e , nes te pa r t i cu l a r , Chronos ganha v ida , to rnando - se um devorador de tudo e de todos , o mesmo acon te cendo com Soph ia , que começa a se consumi r a s i mesma pe la fo r ça de out ros “eons” . O fi lho de Pist is Sophia e o se u mundo c r iado , o qua l não é norma l e na tura l , mas , s i m , um abor to monst ruoso . Então , no tando o se u e r ro e perse gu ida po r mu i t os “eons” , a r con te s poderosos , vo l ta pa ra dent ro de s i p róp r ia e pede aux í l i o a Deus , que env ia Cr is to pa ra sa lvá - l a . En focando a idé ia de um ser v i vo , pode - se observa r que Pist is Sophia , “eon” do 13º Grau , r ep resenta a human idade , ou um ser humano, que , adqu i r indo o conhec imento der i vado dos 5 ( c inco ) sen t idos , quer i gua la r - se a Deus e , nes te pa r t i cu la r , l eva uma queda , passando a se r pe rsegu ida pe los a rcon te s , po tênc ias e sp i r i t ua i s (a lgumas bené ficas , ou t ras ma l éficas ) . Te ndo ca ído do 13º “eon” , um de grau da escada de Jacó , a r re pe nd ida , ped iu a Deus pe rdão , quando o poder c r í st i co vem em seu soco r ro . Ao ten ta r c r i a r , à se me lhança de Deus , te ve um abor to , um ekt roma , um

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

símbolo do in ic iante na vereda do infinito e persona-gem do “Bhagavad Guîtâ” , c lássica obra l i terár ia hindu, apresentando uma bela epopéia.

IAbri a porta dos infernos 1 8

E sobre mimDemônios às miríades saltaram:

Pequenos,Gordos,

Rotundos,Magros,

Aduncos, narizes aduncosE de achatados narizes...

Quantos?De todas as formas e tamanhos,

Humanos e não humanos,

fi lho de f e i tuoso e , com o aux í l i o da ação c r í s t i ca , de verá sa lva r es te fi l ho de fe i t uoso de seus de fe i tos e , com i s to , sa lva r a s i me sma. Seme l han teme nte , os maus pensamentos / se nt imentos dos home ns são fi lhos de fe i tuosos , que deve rão , po r um p roce sso de pu r ificação , a t ravés de uma ca ta r se , ou de uma sub l imação , cami nharem para a per fe i ção , com o aux í l i o de um c i reneu , a fo r ça c r í s t i ca .18 N inguém sobe aos céus , sem, antes , aos in fernos de s i mesmo descer . O p róp r io c redo ca tó l i co , em sua pa r te ocu l t a , em negr i to e em i t á l i co , l ogo aba ixo assevera : “Creio em De us Pa i , todo poderoso , C r iado r do Céu e da Te r ra ; e em Jesus Cr is to , um só F i l ho , nosso Senhor , o qua l f o i conceb ido pe lo Esp í r i to San to , nasce u da V i rgem Mar ia , padeceu sob o poder de Pônc io P i l a tos , f o i c ruc ificado , mor to e se pu l t ado , desceu aos in fernos , e ao terce iro d ia ressurgiu dos mortos , sub iu ao céu , es tá assen tado à mão d i re i ta de Deus P a i todo poderoso , donde há de v i r j u lga r os v i vos e os mor tos . C re io no Esp í r i to Santo , na San ta Ig re ja Ca tó l i ca , na comunhão dos San tos , na remissão dos pe cados , na ressu r re i ção da ca rne , na v ida e te rna . Amém.” I ndepende nte do f a to h i s t ó r i co e da i n te rp re tação macrokósmica , o ressurgi r dos mortos , pa ra o cami nhan te , é de ixa r de se r o fi lho p ród igo e passa r a ag i r de nt ro da Le i Dhármica , e e s ta i dé ia combi na com o que e s tá esc r i to em Mate us , cap í tu lo 8 , ve r s í cu lo 22 : “De ixa i que os mor tos sepu l te m seus mor tos” . Os não l i gados ao C r i s to Kósmico são ve rdade i ros mor tos v i vos . O in fe rno con té m , po i s , a por ta do céu , como o próp r io Dante A l igh i e r i a s s i m pensou , quando os cont rá r ios se tocam pe la t ransubs tanc iação . Ex i s te a té uma p in tu ra renasce nt i s ta , na qua l é re t ra tado o in fe rno e , no topo de s te , o i n í c io do céu . No in fe rno , como se pode imag ina r , o s se res es tão so f rendo os ma is te r r í ve i s to rmentos , sendo que , na pa r te super io r da gravura , vê - se uma g rande pa re de d iv i só r ia , de made i ra bem t raba lhada , no fo rmato semic i r cu l a r , com as ex t re midade s apon tadas pa ra ba ixo , separando o in fe rno do céu . No cen t ro des ta cume e i ra do i n fe rno , há uma po r ta , f azendo a junção de s te com o céu . P rovave lmente o a r t i s ta e s tava a d i ze r que aque las re g i ões não são f í s i cas , senão á re as , ps i co l og i came nte d i s t in tas e em opos i ção , po rém in te r l i gadas . Des ta r te , o topo do in fe rno e s tá l i gado ao céu , po r uma mi s te r iosa por ta , cu ja chave es tá den t ro de cada um.

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Em mim saltaram.II

Querem minha alma, Por ela clamam

E, antes dela,Meu corpo querem.

Querem a vida de meu corpo.São sanguessugas que querem

O sangue da vida sugar.

IIIEu os vou destruir.

Rio delesE eles de mim zombamPorque, ao destruí-los,

Sonhei que a mim mesmo destruía.

IVSão meus filhos1 9 ,

Eu os crio,Tenho que os l ibertar,

Não matar !Tenho que sublimar, sublimar, sublimar...

VSozinho ninguém vai,

Ninguém ao inferno sozinho vai! 2 0

19 Os pensamentos / sen t i me ntos são nossos fi lhos ; e nós , como i n te rmed iá r ios , f o rne cemo- lhes a v ida ao , concomi tantemente , pensa r e se nt i r . U rge , po i s , te r bons fi lhos e , se os t i ve rmos maus ou j á os t emos , to rna -se i mpera t i va a t ransmutação do chumbo em ouro de que fa la a A lqu im i a ou , nas pa l av ras evangé l i cas , a t ransubstanc i ação do pão e do v i nho na ca rne e no sangue de Nosso Senhor J esus C r i s t o , t ransmi t indo aos nossos se te co rpos , a t ravés des te a to de mag ia sac ra , á tomos c r í s t i cos , i s to é , o E sp í r i to D i v ino in se r ido nas substânc i as ma is densas do pão e do v i nho , i mo l ados como hós t ias sagradas . Em sua evo lução , o se r humano a t inge o pa tamar do 13 o “eon ” , to rnando - se uma P i s t i s Soph i a ou Baphomet , pa ra , em se gu ida , com o aux í l i o de seu C r i s to In te rno , v i r a se r um Deus no m ic rokosmos , ou de ixa r que o Deus ne le ex i s ten te se man i fes te , po rquan to , poderá d i ze r , sen t i r e v i ve r o “Eu e Pa i somos UM”.20 De nt ro do mesmo en foque da i rmandade en t re os se res e da con jugação de es fo rços , os do i s p r i me i ros ve r sos des ta es t ro fe “Sozinho n inguém va i , / / Ninguém ao in ferno soz inho va i !” es tão em aparen te opos i ção ( céu e in fe rno ) ao ú l t imo verso , que assevera “Ao céu, também, soz inho, n inguém va i ! . . .” . Des ta r te , podere mos afirmar que n i nguém consegu i rá a t ing i r o céu , tan to no se nt ido i nd iv idua l

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Quem lá for,De lá traz

Um inferno particular !.. .Ao céu, também, sozinho ninguém vai !.. .

VISão meus filhos,

Eu os crio,Tenho que os l ibertar,

Não matar !Tenho que sublimar, sublimar, sublimar !. . .

XX X

X X X

O professor OITICICA comentando sobre a Lei Kósmica do Amor , diz que ela é a Lei das Leis e, no homem, adquire toda a sua plenitude quando o amor é consciente , vibrando, pois, no grau da consciência de vigília , reforçando a expressão dos Mestres, os quais afirmam que o “AMOR É A LEI, PORÉM AMOR CONSCIENTE” e, dentro de seu pensamento analít ico, esquadrinha o que seja amor consciente, dizendo:

“Convém, por isso, compreender exatamente o

que seja amor. Embora não se defina o amor, algo que se aproxima de uma definição seja o seguinte: “Amor é a consciência única ”. Logo, é a própria consciência do Pai (omnisciência), pois o Pai é o UM TOTAL, ou seja, aquele que abrange a tudo e a todos2 1 , e tem a consciência global única, a que se

de “eu e meus pe nsamentos / sen t i mentos” , quanto num se nt ido ma i s amp lo e ab rangen te , po rquanto se ass im fosse , se r ia a exa l tação do e go í smo e do ind i v idua l i smo em de t r imento do co le t i vo . O céu e o in fe rno são pó los d i fe ren te s de um ún ico imã . Há que se prop ic ia r o bem e s ta r ou o cé u de ou t rem para se sent i r e che gar ao p rópr i o céu . Da í , o s esp í r i tas d i ze re m que fo ra da ca r i dade , não há sa l vação .21 Ve r a 2 ª es t ro fe de m inha poes ia (do au to r des ta apos t i l a ) “A INDA M ISTÉR IOS” , à pág i na 28 , onde afi rmo que eu e s tou no Grande Hermaf rod i ta (o UM Logó i co) , como as cé lu las es tão em mim; conseqüen temente , eu sou o Pa i /Mãe de m i nhas cé lu las , como a Grande He rmaf rod i t a o é em mim.

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

identifica com o amor e, portanto, com a “omnisciência”, a ciência e a consciência de tudo. A consciência realmente tem infinitos graus ou planos. Em nosso mundo planetário, distinguimos:

1 – a consciência do sono profundo , a dos minerais.

2 – a consciência do sono sem sonhos, a dos vegetais.

3 – a consciência do sono com sonhos, a dos animais.

4 – a consciência de Vigília , ou a do homem. Sabemos ainda da consciência astral, ou da quarta dimensão.

A consciência dos vegetais consiste na vida do protoplasma com suas funções, movimentos, criações, inteiramente a cargo do inconsciente evolutivo.

A consciência dos animais toca o mundo astral, o da sensibil idade. Nos animais superiores, já eles se aproximam do mundo humano, porém, este lhes aparece como um sonho. Falta-lhes a consciência da real idade, a consciência da vigília.

A consciência de vigíl ia no homem é o início da manifestação da consciência espiritual. O que rege todos esses planos de consciência é a Lei Kósmica do Amor , gerando a afinidade, a harmonia, a unificação com o Divino.

Amar , para o homem, na situação de o pensador e não na de o homem animal , é atingir o plano de consciência vigilante , perfeitamente sintonizado com qualquer plano de vibração . A mãe amorosa trata de sintonizar sua consciência, o mais possível, com a do filho. O discípulo esforça-se, por elevar sua consciência ao plano do Mestre. Esse o seu amor ao Mestre.

Amor a Deus é tudo fazer para conseguir uma sintonização, o mais próximo possível, da consciência absoluta, a onisciência.”

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Num templo , em qualquer templo, sobre um tapete mágico das mil e uma noites, voamos; além de, ao serem ditas palavras sagradas, o Verbo é consagrado e se faz carne, mudando o mundo dos mundos. Antes, porém, reverencia-se a Luz Inefável , aquela que a vida nos dá! Voamos sob a direção de um Mestre, mas ai do Mestre se não for um bom piloto! Palavras herméticas são proferidas... E, aos poucos, o tapete voa alto e voa baixo, nas vastidões externas e nos abismos internos. E, quando internamente mergulha nas abissais profundezas, salva os irredentos, a todos redimindo pela força do Deus no homem, quem a si mesmo superou. E o Verbo se faz carne , para novos horizontes vencer e novos mundos criar. Destarte, com vibrações superiores, no TEMPLO, penetramos:

NO TEMPLO DA INTEGRALIDADE

ILá, todos são ricos.

Ah! Não é bem assim,Todos estão bem!.. .

E sabem o seu lugar.Mas.. . e eu?Onde ficar?

Basta observar.Não adianta dinheiro ter,Se sombrio é o seu ser 2 2 .

Lá, tudo é alegre,Na alegria de seu viver. 2 3

IIOutra vez no tapete estamos

E no templo chegamos.As Luzes tomaram os seus lugares,

22 Numa das p i râmides do Eg i to , em h i e róg l i f o , e s tes do i s ve r sos es tão gravados : “Não ad ian ta d inhe i ro te r , / / Se sombr io é o se u se r . ”23 L á , o n d e ? N o T e m p l o d a I n t e g r a l i d a d e ; ( r e l e r o s d o i s p r i m e i r o s v e r s o s d a 1 ª e s t r o f e ; o b s e r v e m q u e e s t e s d o i s p r i m e i r o s v e r s o s f o r m a m o c o m e ç o d e s c r i t i v o d o T e m p l o d a Í n t e g r a l i d a d e ) ..

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Os chakras posicionaram-se em cada setor,Os planetas nasceram e, ao redor de seu Sol, começam a

girar. A orquestra está pronta para a partitura executar.

Sons melodiosos cruzam o arEm sintonia com o Universo,Que também está a cantar.

A harmonia é perfeita,Num ritmo que o coração está a marcar,

Porque, qual em antiga missa,O cantor já se pronunciara num “ INTROIBO AD ALTARE DEI”2 4;

Enquanto que o Guardião dos guardiões, 2 5

Em contraponto entoara: “AD DEUM QUI LÆTIFICAT JUVENTUTEM MEAM”2 6 ,

Dizendo que, gozando da divina alegria,Tudo era justo e perfeito,

Naquele jardim,O eterno jardim da Divindade.

IIIE, com muita Luz, Amor, Vida e Liberdade,

24 “ INTROIBO AD ALTARE DE I ” cons t i tu ía a sen tença i n i c ia l , u sada pe l os pad res , como aber tu ra do r i t ua l da an t iga m is sa ca tó l i ca , quando ofic iada a i nda em la t im , cu ja t radução é : “Eu me introduzi re i no a l tar de Deus .” O l a t im possu i some nte os acen tos d iac r í t i cos l ongo e b re ve , não usados em por tuguê s ; j á , o nosso id ioma d i spõe de d ive r sos , como o agudo , o c i r cunflexo, o g rave , o t i l e tc . , pa ra , a lé m de ind i ca r a t on i c idade da s í l aba , a la rga r ou encu r ta r a p ronúnc i a , nasa lá - l a , bem como ab r i - l a ou fe chá - la . Em toda l í ngua , há uma cer ta cadênc ia e e ntoação das pa l av ras , p r i nc i pa l mente quando se t ra ta de poes ia . O t e rmo la t ino “ in t ro i bo” não deve possu i r , como não possu i , ace nto d iac r í t i co a lgum, po rém o i c t o , ou a fo r ça tôn i ca , é -lhe dada no se gundo “ i” , ass im, “ in t ro íbo” . Sa l i en to e s te pon to , po rque , em poes ia , a en tonação co r re ta das s í l abas fo r t es é a lgo mui to impor tante , pa ra se marca r a cadênc i a do ve rso .25 O fie l , pa ra se i n t roduz i r no a l ta r de De us , p re c i sa es ta r em guarda , con fo rme es tá p re sc r i to em Mt . 26 : 41 (Ora i e v ig ia i ) ; l ogo , quem e s tá em guarda , o rando e v ig iando , é i nd i s cut i ve lmente um guard ião ; e , se o l ha rmos macrokosmicamente a s i tuação , poder íamos d i ze r que , num r i tua l kósmico , o Logos deverá es ta r também em guarda e v i g i l ante e , po r tan to , es te o ra r e v ig ia r de um Logos só poderá se r o de um Guard ião dos Guard iães , um Grande Guard i ão , ou um Saturno das D iv indades g reco -romanas . 26 O mesmo padre ca tó l i co , cont inuando na aber tu ra da m issa l a t ina d i z i a : “AD DEUM, QUI LÆT IF ICAT JUVENTUTEM MEAM” , cu j a s ign ificação é “A Deus , que a legra a minha juventude”. O ra , o fie l que se in t roduz i r no a l t a r de Deus , embora fis i camente se ja um anc ião , sua a lma , l i gada a De us , é j ovem, po rque se mpre es tá p rov ida de um idea l , e se a leg ra ( l ae t ifica t ) po r e s ta r j un to da D iv indade . Vou co loca r , somente pa ra e f e i tos e u fôn icos , a expre ssão l a t ina an te r i o r com acen tos , po i s ass im de ve se r p ronunc iada “ AD DÉUM, QÜ I LÆT ÍF ICAT JUVENTÚTEM MÉAM”, porquanto , a poes ia , de nt re ou t ras d i re t r i zes , segue a eu fon ia e o r i tmo . O a l ta r de De us não é f í s i co , encon t ra - se ed ificado pe las fo r ças su t i s , pe los fogos dos Deuses , nou t ros pa tamares do ex i s t i r e em nossa próp r ia consc iênc ia .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

As Hierarquias Triunfam ,Sob a batuta de Ísis,

A Divina Maga,Que nada esmaga,

Embora tudo traga 2 7 .Triunfo é o objetivo de todos,

Porquanto, nos superiores planos, “Amor é a Lei, porém Amor Consciente”.

Mas, quem é o Graal?É o Santo Cálice da Vida

Em nossos corpos;Portanto,

“Que o Santo Graal seja convosco!”(Para, nele, a vida conter).“Assim seja!”, dizem todos,

Na boca de quem nos guarda,Na força da Mãe do Mundo,

No poder de quem bem pode,No poder do Mestre EU SOU. 2 8

Esta poesia e este trecho prosaico a ela circunscrito foram redigidos em Santana de Parnaíba, em 27 de agosto de 2.003 e, no meio dela, o Santo Graal veio à tona de meus pensamentos; e, desta forma, tudo foi transcrito para o papel; no entanto, pode o leitor observar que, em diversos ramos l iterários, tem-se comentado muito sobre o Santo Graal , principalmente, quando se trata, no Ocidente, do pensamento espir itualista. Desde a Távola Redonda, do Rei Arthur, o tema pegou força, ora como lenda, ora como realidade, misturando o mito com os fatos. Poeticamente, falei-lhes do Santo Graal , agindo no homem, ou seja, num microkosmos, todavia esta força miraculosa atua também no macrokosmos do Sistema Solar, e, na Terra, em particular, mormente a partir do sacrif ício de Jesus, durante o Mistério do Calvário, quando houve a l iberação do Eu Crístico em nosso planeta. Como todos sabem, o sangue é o veículo do eu , quer seja o eu psico-físico , quer o EU Divino , quer, ainda, 27 Traga, nos do i s sen t i dos , o do ve rbo t raze r e o do t ragar ; em Í s i s tudo e x i s te ; por tanto , e la t raz ( l eva ) pa ra os se res o sup r imento de todas as necess i dades , bas ta saber ped i r ; também à Ís i s tudo vo l ta com a morte dos se res e , e m ass im sendo , tudo é devorado no grande t rago do ú l t imo susp i ro . 28 TÉRMINO DA 5ª L IÇÃO.

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o eu grupal dos animais. Dizem que José de Arimatéia colheu parte do sangue de Jesus, numa taça, e que este sangue, contendo o poder crístico condensado, constitui o Santo Graal , um grande foco de Luz Divina na Terra, porquanto a palavra graal significa tanto prato , quanto taça , ou seja, um lugar onde se colocam alimentos, que podem ser l íquidos ou sólidos. A palavra Santo congloba igualmente a idéia de reverência a algo superior, bem como o conceito de universal idade . O Santo Graal está, pois, a nos dizer de algo superior, o alimento crístico, na sublime forma etérica, que se concentrou e se concentra em determinado ponto de nosso planeta. Esta energia veio através do Mistério do Gólgota. Parte da força crística já se espalhou pela terra, durante o sacrif ício do Cordeiro Divino, e outra parte ficou concentrada no cálice, que, segundo alguns, já estão desmaterializados (sangue e cál ice) do plano físico denso, mas continuam, nos planos sutis, cheios de vida e força, beneficiando todo o orbe terrestre, e encontram-se atualmente em alguma loja secreta de uma Escola de Mistérios. Outros afirmam, ainda, que a referida loja é um templo subterrâneo, na Espanha, na região de Monte Serrat, ou Montserrat.

Num trecho do manuscrito da SÔNIA, o Professor OITICICA, seu pai, fala da Estrela Microkósmica e do Santo Graal , vejamo-los:

“A Estrela Microkósmica é a de cinco pontas. Representa o homem com seus cinco sentidos. Para o homem vulgar só esses sentidos se notam, porém, no homem desenvolvido, surge o Ponto do Centro (da Estrela) ou o “olho clarividente”, do sexto sentido.”

A seguir apresenta, dentro de dois colchetes , um trecho retirado do l ivro “DOGMA E RITUAL DE ALTA MAGIA, de Papus , assim:

“[O pentagrama expressa o domínio sobre os elementos; é por meio deste sinal que se encadeiam os demônios do ar, os espíritos do

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fogo, os espectros da água e os fantasmas da terra. Quando esse sinal é convenientemente disposto, podeis ver o infinito através dessa faculdade, que é como o olho de vossa alma e faze-vos servir por legiões de anjos e colunas de demônios. É o sinal do microkosmos. Observemos unicamente que o uso do pentagrama é muito perigoso para os que não possuem a completa e perfeita compreensão dele. A direção das pontas da estrela não é arbitrária e pode mudar o caráter de toda a operação, etc.]”

E, dando uma bênção, invocando o Santo Graal, continua:

“ – QUE O SANTO GRAAL SEJA CONVOSCO! – ‘O Santo Graal é representado como um cálice

de ouro, gravado, no qual está, em letras verdes, a palavra Pax, paz. Diz a lenda ter sido o cál ice em que José de Arimatéia apanhou sangue de Jesus. Esse cálice tem duas asas com figuras de serpentes. O cálice, além disso, é encimado por um disco em forma de hóstia. O Graal está guardado, dizem, em Montserrat, na Espanha, sendo o templo lá existente o maior Santuário Gnóstico.

Toda a idade média vibrou com as lendas do Graal e sua conquista por um cavaleiro de absoluta pureza. Esse cavaleiro foi Percival ou Parsifal.

O Santo Graal é o símbolo fundamental dos Gnósticos. O verdadeiro Graal, porém, é o nosso próprio organismo e a conquista do Graal é o domínio completo dos nossos veículos por meio do Eu purificado.”

Considerando as palavras de PAPUS e do Prof. OITICICA acerca da estrela microkósmica ou pentagrama , e sabendo que, há centenas de anos, este assunto vem sendo estudado seriamente pelos que buscam a Verdade oculta, através das formas e dos véus, reproduzimos, com algumas modificações pictóricas, na página seguinte, uma gravura do pentagrama

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correlacionado ao homem, a qual algum artista plástico intuitivamente idealizou. Nela, um homem nu é justaposto, como que amarrado por forças desconhecidas a esta estrela; poderia até colocar- lhe um calção, todavia assim não fiz, para deixar bem caracterizado que todos os sentidos são divinos, inclusive o sexo, que faz parte do tato e, mais do que isto, nele, atua a sublime energia da perpetuação da vida, nas diversas espécies, sem falarmos no contraponto da espiritualidade, ou da bestialidade, provocada por “Kundalinî 2 9” , que nesta área atua. A deturpação do divino está na mente e no astral das pessoas e não, no uso dos sentidos que Deus nos deu. Uso , e não abuso. Trata a figura de um ser humano, tanto mulher, quanto homem; a escolha inicial do homem foi aleatória. “Kundalinî” age sobre os dois.

O PENTAGRAMA

29 Kundalinî (Sânsc.) – O poder de v ida ; poder de v ida e m esp i ra l ; é o poder que e ngendra ce r ta lu z naque le s que se d i spõem ao desenvo lv i me nto esp i r i tua l e c la r i v idente . Sem es te poder não ex i s te a esp i r i tua l i zação , como também sem e le , nou t ra po l a r idade , não have rá a p roc r iação . O cen t ro des te pode r , no homem, encont ra -se na reg ião sac ra ( sag rada ) , na base da co luna ve r teb ra l , possu i ndo a fo rma de uma se rpen te en roscada sob re s i mesma em t rês vo l tas e me ia .

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A seguir, apresento uma poesia, que conta uma história de estudantes, fazendo uma reunião hipotética, na qual reverenciam e honram os cinco sentidos e à natureza de um modo geral, e, elevando as taças, brindam. Taças representativas ora do graal, ora simplesmente de seus corpos e dos sentidos neles existentes. As duas ofertas, quase que iguais, são executados entre as taças da alegria estudantil e da ambrosia dos Deuses: A primeira oferenda traduz a idéia genuína do uso correto e adequado dos cinco sentidos, a saber: “Brindai, sim, brindai a nus, a nus, a voluptuosidade”; a segunda , mudando unicamente a palavra ‘nus’, com ‘U’, pelo emprego do termo grego ‘nous’ (N-O-U-S) , embora com aproximadamente a mesma pronúncia, o qual significa alma, espírito, inteligência, apresentando, portanto, a conotação de uma saudação à natureza superior do homem, assim expresso: “Brindai, sim, brindai a ‘nous’, a ‘nous’ 3 0, a voluptuosidade , equivalendo a “Brindai a voluptuosidade à alma superior’ . Como se pode observar, a oferta ora é feita à voluptuosidade em si, ou seja, ao aproveitamento e ao deleite dos bens que a Mãe do Mundo nos oferece, no aqui e agora, por intermédio do uso dos sentidos f ísicos; ora o brinde é realizado a Nous , à alma espiritual, empregando os sentidos divinos do homem, que são parte dos chamados extra-sensoriais. Eis a poesia, cuja inspiração chegou-me em Santana de Parnaíba, SP, em 23/10/00 :

OS SENTIDOS E ALÉM DELES

IE do mais íntimo do seu Ser

Alguém bradou:“Brindai, sim, brindai, a nus, a nus, 3 1

30 N O U S ( G r . ) – P r o n u n c i a - s e ‘ n u s ’ , c o m u m q u a s e i m p e r c e p t í v e l ‘ o ’ d e p o i s d o ‘ n ’ . C o m e s t e t e r m o P l a t ã o d e s i g n a v a a A l m a , o u M e n t e S u p e r i o r . S i g n i f i c a E s p í r i t o ( E s s ê n c i a ) , o p o s t a m e n t e à a l m a a n i m a l ( p s i q u e ) ; n o u s é a c o n s c i ê n c i a d i v i n a n o h o m e m . P a r a a l g u n s , c o r r e s p o n d e a o t e r m o E s p í r i t o ( F a g u l h a D i v i n a ) ; p a r a o u t r o s , u m a e s s ê n c i a , a q u é m d o E s p í r i t o , m a s a l é m d a p s i q u e , o u s e j a , a e s s ê n c i a d a t r í a d e s u p e r i o r n o h o m e m ( c o r p o s d o m e n t a l a b s t r a t o , b ú d i c o e â t m i c o ) . E u m e i n c l u o n e s t e s o u t r o s . D e n t r e o u t r o s e n f o q u e s , n o h o m e m , o m e n t a l a b s t r a t o e s t á a l é m d o m e n t a l c o n c r e t o q u e c o n t é m a l ó g i c a e o r a c i o c í n i o , a r m a s s u p e r i o r e s à s g a r r a s e a o s d e n t e s d e u m l e ã o , p o r é m a r m a s .31 Embora , ne s te ve rso , a pa l av ra e mpregada se ja nus , que tem quase a mesma p ronúnc i a da pa lav ra g rega ‘nous ’ , o l e i t o r pode rá lhe da r a dup la cono tação de se

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

A voluptuosidade.”E não profanou,Pelo contrário,

Sacral izou.

IIUm estranho paradoxo,

Para um santo,Um santo que assim falou,

E para aqueles,Que a santos querem chegar...

E em Deus se unificar!

IIIA volúpia, ora a volúpia,

É o grande prazer dos sentidos.

IVOs olhos são feitos pra ver,

Por que não ver com prazer?E Jesus assim falou:

“Olhai... que belos dentes o cadáver tem,Parecem pérolas!”

No cadáver do cachorroViu beleza, o belo na feiúra;

A podridão não viu,Mas a beleza viu!

V“Brindai, sim, brindai, a nus, a nus,

A voluptuosidade,Embora com toda a castidade,”

br i ndar a vo lup tuos i dade ou os sen t idos mater ia i s , a nus (nas pe le s , d i re tamente , se m sub te r fúg ios ) , po i s é uma g raça tê - l os em bom func ioname nto , e ou e leva r uma taça aos sen t i dos e sp i r i tua i s (NOUS) , que nos l i gam à D iv indade . Te cn i came nte , vo lup tuos i dade s ign ifica a capac idade de se te r a vo lúp ia ao se exper imenta r a lgo . Vo l úp ia quer d i ze r p raze r , g rande p razer dos sen t i dos . Quem é cego , não pode sent i r o p raze r de ve r ; quem é su rdo , não pode te r o p razer de ouv i r ; e ass im po r d i ante ; quem tempora r i ame nte não t i ve r nous , não se nt i rá a sua vo lúp ia ou o êx tase esp i r i tua l ; no e ntanto , um d ia todos os te rão ( nous e o samâdh i ) .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Eis queToda beleza,

Vista com muita pureza,Nela, impera

A verdadeira castidade.

VIOs olhos são feitos pra ver,

Sentir, sim, sentir, a nus, a nus,A voluptuosidade,

O prazer, no ato de ver,Porque não?

Por que deixar para trásTal momento sem igual?

VIIOs ouvidos para ouvir.

Há que se dist inguirOs sons... maus dos bons,E, nestes, pôr tua atenção.

Ó, caro irmão,Só, assim, conquistarás

A perfeição.

VIIIMantrâmicos sons,

Que nos levam à perfeição,Ouvir e sentir com prazer

A volúpia do somDo Grande Ser,

Deste Ser,Onde está o meu ser.

IXDa boca vem o Verbo,

A garganta o expressou ;Na boca, o prazer da vida,

Alguns dizem;Nem tanto,

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

À gula não sucumbas,Mas o prazer não derrotes,

Porque a máquinaFoi feita pra maquinar.

XSintas tu os perfumes da Terra,

Da Terra Santa,Universal Terra,

Que com o pó de terra nos fez.Que tais perfumes da Grã Mãe tu sintas!

Sintas tu os perfumes da terra,Úmida terra, ou terra seca,

Que importa?Importa, sim, sentir os perfumes

Da Terra Mãe e de seus filhos:Homens, mulheres, crianças,Folhas, frutos... semente...

Capulho, tronco, flor,Flor da vida

Que renasce em flor.Sintas tu o perfume da flor

E da Terra SantaQue nos encanta!

XIQue tateies teu tato a natureza,

Completamente,Voluptuosamente,

Interna e externamente!Sintas as formas do mundo,

Suas curvas e arestas,Asperezas ou maciez,

Viscosidade, fluidez ou rigidez.Que importa?

Importa, sim, sentir a natureza.

XIISintas a natureza do beijo,

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Do beijo da terraE da amante.

Se mulher, do amante,Porque não?

Todos iguais somos,Do mesmo barro,Da mesma terra,

Do mesmo pó,Vivificados pelo Deus,

O Deus EU SOU,Chispa do SOLAR DEUS,Que soprou, no nariz,

De todos nós.

XIIISintas as vibrações do criar,

Do procriar e do recrear,No auge do êxtase,

O êxtase da bem-aventurança,A simples bem-aventurançaDo viver e de criar um ser.

Graças, Senhor,Por assim ser!Mas lembra-te,

Ó irmão,Não andes na contramão,Não te apegues demais,Para que pego não sejasPela lascívia, a luxúria,Do prazer a deturpação;

E, no futuro, tenhasUma grande i lusão.

XIVSe puderes, vai além...

Sintas a volúpia do além.Que o “Além” sintas!

Então, sentirásQue, n’Ele, tu estas

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

E do infinito compartilharás.

XVTodavia

Havia um todavia . . .Porque alguém

BaixinhoFalou-me do profeta

E que o profetaDissera:

“Brindai, sim, brindai, À Nous, à Nous,

A voluptuosidade.Brindai a voluptuosidade

À Essência,Brindai! . . .

Não encoberta com roupas,Mas, a descoberto,

Sem entravesE sem intermediários,

Assim poderás brindar,Se puro estiveres,

Com o coração a pulsar.”Portanto, tanto a nus,

Quanto a Nous,Poderás Brindar!

XVIE mais longinquamente recordou-se...

Recordou-seA voz do profeta,

Que bradou:“Brindai, sim, brindai, a nus, a nus,

A voluptuosidade”.E não profanou,Pelo contrário,Sacral izou. 3 2

32 F IM DA 6ª L IÇÃO.

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No Universo existem muitas Leis, que poderão ser chamadas de Leis Kósmicas, em contraposição às leis feitas pelos Congressos de países e povos, as quais poderão ser injustas, beneficiando certas classes em prejuízo de outras; o que não acontece com as chamadas Leis Kósmicas ou Naturais. A gravidade é uma Lei Kósmica, assim como existem outras leis na física e na química, dentro de suas diversas áreas, como as da dinâmica, da eletricidade, da eletrônica, da biofísica, da bioquímica etc. . Todas estas leis estão dentro das três dimensões, porém o Universo abrange outras dimensões. Se há diferenças legislativas entre um país e outro, com maior razão entre um Sistema Solar e outro, todavia algumas Leis são Globais, vigendo em qualquer Universo dos Universos de Deus. Aqui, para o nosso Sistema Solar, existem, dentre outras, sete Leis Kósmicas Básicas , a saber, Amor, Verdade, Justiça , Liberdade, Serviço, Perfeição e Beleza. Estas Leis vigoram concomitantemente nos sete Mundos paralelos, a saber, Físico, Astral, Mental, Búdico, Âtmico ou Nirvânico, Para-Nirvânico e Mahâ-Para-Nirvânico. Os homens atuam só nos cinco primeiros Mundos ou Planos ; já os Anjos chegam ao sexto, ou Para-Nirvânico , enquanto que os Arcanjos atingem o Mahâ-Para-Nirvânico . Há que se acrescentar, contudo, que somente os seres humanos mais adiantados conseguem vivenciar algumas experiências no Plano Nirvânico e, quando isto acontece, tais pessoas entram em êxtase espiritual ou em nirvana , tratando-se naturalmente de algum bem aventurado, santo, ou buda. Ora, algo similar diz respeito aos Anjos, quando se trata do Mundo Para-Nirvânico e o mesmo ocorre com os Arcanjos em relação ao Plano ou Mundo Mahâ-Para-Nirvânico . Falei- lhes de mundos paralelos e concomitantes e isto é fáci l de se constatar, desde que se observe, por exemplo, uma pessoa que pode estar andando e, ao mesmo tempo, falando em seu telefone celular, quando, de repente, encrespa ou inversamente adocica a voz, sintomas clássicos de que ficou nervoso e mesmo com raiva ou, opostamente cheio de amor. Ora, sabemos que amor, ódio e raiva (em termos humanos) são emoções e, portanto, algo que pertence ao Mundo Astral, mas o falar e o andar fazem parte das ações do mundo físico, enquanto que o pensar para falar constitui uma ação no Mundo Mental. Tudo isto é feito

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concomitantemente em mundos paralelos, mas há mundos paralelos que nossos parcos sentidos não atingem, como o de se ter uma visão no Plano Astral, ou noutro superior ou, também, o de se conseguir obter uma bela intuição sobre determinado tema, ou, ainda, poder sentir, no âmago, a alma de outro ser. Intuição verdadeira e participação na alma de outro ser, sem quebrar-lhe o l ivre-arbítrio , são atributos de alguém mais desenvolvido espir itualmente e... não se entra na alma de ninguém, a não ser para poder ajudar e, conseqüentemente atuar na Grande Obra de servir a Deus, servindo à humanidade. Quando se entra na alma de outro ser, sem profanação, é porque aquele que, assim o fez, sentiu e viveu o “Eu sou tu, tu és eu, nós somos um”. Toda profanação será karmicamente cobrada. A intuição verdadeira e o entrar na alma de outro ser pelo processo do conhecimento direto superior não pertencem ao Mundo Mental, passa por ele, sendo atributos do Mundo Búdico, um Mundo de vibrações superiores às daquele.

As Leis Kósmicas de Nosso Sistema atuam em tudo e em todos, sendo que nas três primeiras (Amor, Verdade e Justiça) não figura a vontade humana, porém a manifestação única do Espírito Criador Divino. Na lei da gravidade também não figura a vontade humana, ela existe e continuará exist indo, independente da nossa vontade. Poderemos contrapor outra força a ela, mas não anulá-la. Jesus Cristo, com uma vontade sobre-humana a anulou, quando andou sobre as águas. Algo semelhante se dá com as Leis Kósmicas do AMOR, da VERDADE e da JUSTIÇA. Todos e tudo, porque estamos falando de outros Reinos, são atraídos pela Lei do AMOR , que é a grande Lei da atração espiritual , quer queiram, quer não, e isto os ocultistas e os Mestres chamam de o Grande Ímã , que atrai os seres para a Divindade, mesmo os denominados diabos perderão, um dia, a resistência a esta grande e contínua atração do Amor Universal Deífico . O AMOR atinge a sua plenitude no homem, quando é consciente, no grau da consciência de vigíl ia . AMOR é a consciência Única , ou seja, aquela que atingiu a onisciência e, portanto abrange tudo e todos. A VERDADE , como Lei Kósmica, não significa o contrário da mentira, mas é algo bem mais amplo, tanto que Jesus, o Cristo, assim disse:

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“Conhecereis a Verdade e ela vos l ibertará” (São João, capítulo 8, versículo 32). A VERDADE é a sintonização do ser com o Kosmos 3 3 e, portanto, com a Divindade. Quando se vibra na Verdade , como Lei Kósmica, entra-se no Mundo Búdico. Ao atingir este patamar, o neófito compreenderá, por tê-la vivido, a expressão “Eu sou tu, tu és eu, nós somos um”, o que constitui um absurdo e paradoxo, diante de nossa lógica convencional. Todavia, para se chegar à Divindade, teremos de ultrapassar a lógica. A JUSTIÇA é a real ização do Universo conforme as Leis Kósmicas e, nisto, em realidade, o homem nada pode interferir. O mundo é o que é, independente de qualquer querer humano. No entanto, quando se trata da Quarta Lei Kósmica , a da LIBERDADE , aí, neste ponto, já se encontra a ação humana, por causa do l ivre-arbítr io , que os Deuses deram aos homens, ou àqueles que começaram a pensar. Os humanos mais adiantados, ao sofrerem a parte negativa da Lei do Karma , aprenderam, a duras penas, no uso de seu l ivre-arbítr io , o “Faze o que quiseres, mas, lembra-te de que terás de dar conta de tudo o que fizeres”. E viram que não era conveniente interferir na Lei da LIBERDADE KÓSMICA , através de seu l imitado l ivre-arbítr io, e resolveram, como os Anjos, ultrapassar esta fase da infantil humanidade, dizendo: “Seja feita a vossa Vontade e não a minha, Senhor”, porquanto conseguiram o conhecimento vivencial de que cada ser humano é uma célula da humanidade e que esta é um órgão da Mãe do Mundo, o Logos Terrestre. Sabiamente, há um princípio jurídico que diz que o direito de alguém termina quando o de direito de outrem começa. Esta idéia está apoiada na Lei da Liberdade Kósmica . E o neófito, ao real izar a Vontade do Senhor, para que todo o Organismo, em que está, funcione bem, real iza, pois, a Vontade da Mãe do Mundo, que é a de seguir a Lei e, portanto, obedecer a Vontade do Pai Solar, porque os dois são Um e, mais ainda, tudo está no Um , em Deus , como bem expresso pode ser verificado num velho axioma filosófico latino assim exposto “Omnia in duobus” (Tudo está no dois, no grande Hermafrodita); “Duo in Uno” (o dois está no um ou os 33 Passe i a usa r a pa lav ra kosmos, com “k” i n i c ia l , pa ra d i fe renc iá - l a de c osmos , com “c”, es ta ú l t ima d i z respe i t o somente ao Un i ve rso f í s i co , enquanto que Kosmos, com “k”, r e f e re - se aos Un i ve rsos , que se en t re laçam e i n te rage m, f í s i co e esp i r i tua l , v i s í ve l e i nv i s í ve l , segu indo de s ta r te as idé ias dos p i tagó r i cos . Ta l p roced imento também será vá l ido pa ra as cognatas de Kosmos .

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dois são Um ) e “Unus in nihilo” (o Um está no vazio, no nada, na matéria sem forma, na energia pura, porém onisciente, ou na simbólica e egípcia Deusa Nuit ), com isto, o caminhante perde o seu l ivre-arbítrio, mas integra-se no Todo e adquire a bem-aventurança, passando a prestar um Serviço , ou ser um Servidor na Seara do Senhor . SERVIÇO é a Quinta Lei Kósmica. Este Serviço se desdobra em todas as faces do agir, em todas as profissões conhecidas e por conhecer e nos campos dos diversos mundos, formando um todo, que, sinteticamente, é denominado como a Seara do Senhor . No entanto, por mais que se trabalhe e se esforce, querendo porém o engrandecimento pessoal, a glória do pequeno eu e a satisfação de seu egoísmo mesquinho, este trabalhador não estará atuando na Seara do Senhor , porém na do filho pródigo, chegando muitas vezes a se constituir naquilo que as Igrejas chamam de o diabo , ou seja, o divisor, o separador da criatura de seu Criador. Quem se põe a servir ao Senhor , começará, em realidade, a ver e a sentir o mundo de forma diferente e perceber a grande PERFEIÇÃO existente no Universo de Deus; e, quando isto acontece, ele estará entrando em contato com a Sexta Lei Kósmica de nosso Sistema que é a PERFEIÇÃO . Como corolário imediato, surge, diante dos seus olhos, o belo e passa a observar a BELEZA e a harmonia em tudo o que existe, apesar das más criações humanas, que são corrigidas pela Lei do Karma . Neste ponto, ele entra em êxtase espiritual , não só por ver um belo por do sol, ou apreciar a praia durante u’a maré baixa ou, se recolhido, em meditação, ou, ainda, vibrando ante a exuberância do reino vegetal, mas sim, por sentir e viver cotidianamente algo além do humano, entrando nos prados celestiais. Este homem torna-se um artista, um homem extremamente bom, ou um santo. Nele, está patente e vigorando a Lei da BELEZA KÓSMICA , a sétima, apesar dos infortúnios existentes, e ele entrou em contato com o sublime em outras dimensões.

O estudante rosa cruz do 1º Grau já deve ter ouvido muitas vezes o Sacerdote pronunciar, como um ato de fé, o credo gnóstico, durante a celebração da Santa Missa, que é um ritual público. É interessante que se tome conhecimento destas palavras e de seu significado interior, o qual vai sendo

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revelado aos poucos, à medida que o discípulo começa a descerrar os véus de Ísis. Nenhum discurso terá condições de fazer tal descerramento, todavia algumas palavras ajudam-no, como chaves, a abrir certas portas, através das quais poderá discernir entre o passageiro e o eterno, entre o essencial e o secundário. O credo rosa cruz é o mesmo que o da Igreja Gnóstica . Vejamo-lo por partes:

“Eu creio na Unidade de Deus, no Pai como entidade impessoal, inefável, não revelada, que ninguém viu, mas cuja força, potência criadora foi e é plasmada no ritmo perene da criação”. Esta afirmação, em sua primeira parte, é muito clara e está a dizer que Deus é o número Um e é o Único , não havendo outro Deus de igual força e poder igual a Ele . O mundo é a sua criação, é a sua casa, sua obra e seu filho; e tal qual um artista que diz “esta obra foi gerada por mim, esta obra é minha filha, ou este quadro é meu filho” , algo semelhante se dá com a criação de Deus, sendo que parte desta criação, no devido tempo, recebeu o sopro vital , ganhando vida, outra parte está a ganhar este sopro e outra ainda está sendo criada e ganhará no futuro a mesma referida vida. Eis o milagre da criação! A seguir, vem a idéia de Deus como o Pai , um Ser, uma Força Geradora “Omnisciente”, que não é pessoa; portanto, que não tem máscara alguma para cobrir-lhe a essência; logo, está acima e por trás de todos os véus de Ísis e de todas as formas. Se está além e por trás de todos os véus e de todas as formas, está coberto por estes véus e, portanto, é uma entidade não revelada . As formas cobrem a essência e Ele é a Essência das essências, é a “causa causarum” (causa das causas) de tudo e de todos; mas isto que estamos explicando, é traduzido em palavras e as palavras não têm o poder de explicar Deus. Daí, o emprego do termo inefável, que equivale a indizível e, portanto, toda a nossa arenga não atinge a essência, simplesmente é uma chave para que o discípulo possa abrir uma porta interna, a fim de conseguir um contato com a Grande Realidade e, conseqüentemente, com Deus, a Chama Inefável, que em nós e em tudo reside, em maior ou menor potencial. Eu me encontro na categoria dos discípulos. É claro que ninguém viu (Deus), porquanto que aqueles, que se encontram na

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forma, não conseguem ver os sem forma , principalmente os sem forma constituídos de uma energia sublime, suti l , onipresente e onisciente; basta observarmos, num exemplo grotesco, que o ar , embora muito mais denso, não nos é visível. Sentimo-lo, mas não o vemos. O mesmo se dá com Deus. Ninguém fisicamente viu Deus, mas todos viram e vêem a sua criação , admirando a força portentosa que plasmou e continua plasmando a Natureza (modelada no barro da matéria prima primordial, retirada do próprio Deus) no ritmo perene da criação. No entanto, os puros de coração poderão vê-Lo face a face, conforme está expresso no Sermão da Montanha, em Mt. 5 : 8; todavia, esta visão é uma visão extra-sensorial, além dos cinco sentidos.

“Eu creio em Maria, Maia, Ísis, ou sob qualquer nome, na força física, simbolizando a fertilidade da natureza, cuja concepção e iluminação revelam manifestações do eterno.” Se o primeiro trecho fala do Deus Pai , este fala da Deusa Mãe , que são um só, constituindo o Grande Hermafrodita. Maria, Maia ou Ísis são formas humanas femininas, simbolizando a Mãe do Mundo, o Logos Terrestre , que está integrado no Logos Solar , formando um todo e único Ser . Os Anjos hão, por certo, de ter uma idéia mais ampla e diferente da Mãe do Mundo , porque são etéricos e seus arquétipos outros.

“Eu creio no Mistério do Baphomet e do Demiurgo ”, assim dizem os gnósticos. Baphomet e Demiurgo... Que estranhos termos são estes? Que significam eles? Sobre a palavra “Baphomet”, já ministrei explanações numa nota de rodapé, à página 48 , portanto, só algumas informações complementares, além da colocação da figura do Baphomet , representando a visão pictórica do tema, conforme a ótica de um artista plástico. Quanto a Demiurgo, mais adiante aparecerá o oportuno esclarecimento.

BAPHOMET34

34 F IM DA 7ª L IÇÃO

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Como, na figura retro reproduzida, foram introduzidas algumas palavras e símbolos não explicados, fa- lo-ei agora. A imagem do Baphomet está dentro de um quadro de fundo escuro, querendo isto dizer que o homem, embora tenha a projeção de Deus dentro dele, caracterizada pela estrela de cinco pontas em sua testa e somente com uma das pontas para cima, ainda tem seu reino nas sombras e nas trevas. Outros dois pontos sal ientam este meio ambiente negativo, a saber, a posição das duas luas no quadro, ou seja, a lua de cima, a superior, e que está no lado esquerdo da figura (Lil i th , a lua negra ), como facilmente é observável, enquanto que a lua branca , símbolo da Deusa Selene , está na parte inferior e direita do referido quadro. Segundo a tradição judia, Li l i th era um demônio de natureza feminina e que teria sido a primeira esposa de Adão , o homem do primeiro eu : do sânscrito, {Adão Adyam (Ady = 1º + am = sou)}. Adão começava a pensar, iniciando a formação de seu eu psico-físico e, então, era mais animal do que humano; conseqüentemente, os instintos da fêmea Lil i th o dominavam, por isso que a tradição hebréia diz que Li l ith foi a primeira esposa de Adão, antes do nascimento de Eva. O termo Eva , como se sabe, l i teralmente significa reflexo ; logo, Eva é o reflexo de Adão , o reflexo do primeiro eu , e isto está contido no mito bíblico de que Eva foi feita de uma costela de Adão. Este reflexo de Adão nada mais é senão a alma do ser que começou a pensar. Por outro lado, Selene é a Lua Branca, representante das forças brancas, as forças superiores. No entanto, para o homem animal, que faz parte de um meio sombrio, ela, a Lua Branca, símbolo do aspecto espiritual

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feminino em cada ser, está colocada em um plano inferior; daí sua posição na parte inferior da figura. A estrela com uma ponta para cima, na testa do Baphomet , está a dizer que nele vibra o Eu Sou , apesar de toda a sua fealdade e tendências animalescas. Da estrela emerge uma chama para o alto, são seus pensamentos superiores dirigidos à Deidade; no entanto, al i também surgem dois chifres, que representam dois chakras mentais inferiores dir igidos pelo eu inferior, em proveito próprio. Duas asas nele estão incorporadas, são as asas dos pensamentos, sentimentos e visões inferiores. Possui dois seios de mulher num corpo de homem, os pensamentos e sentimentos são andróginos. Em seu braço esquerdo está a palavra coagula , a mesma usada pelo macrokosmos em seu braço (ou mão) direito(a). O microkosmos, ainda em luta consigo mesmo, usa a mão esquerda, a sinistra , para coagular , ou material izar as coisas, como assim pode fazê-lo ao conseguir de forma artificial, por exemplo, gelo , ou ainda ao fabricar qualquer objeto ou mesmo uma casa, ou um simples bolo caseiro, e ele, então, sempre estará coagulando , juntando soldando, porém egoisticamente e, portanto, sinistramente. Em seu braço direito está inscrita a palavra solve , que significa dissolve , destrói, desmancha; e, pergunta-se: Querem os leitores um exemplo de maior poder de destruição e de dissolvência das coisas no nada do existir terreno do que uma bomba atômica ? Opostamente, o solve e o coagula , nas mãos de o Grande Hermafrodita (Deus), têm significação bem diversa, como já falamos anteriormente, inclusive no sentido da criação de Universos, segundo a tradição hinduísta de Brahmâ, Vishnu e Shiva. O Caduceu de Mercúrio está inserido nesta figura de Baphomet, porém o seu topo (do Caduceu) se restringe a atingir a região do chakra solar, a do estômago, a qual del imita o homem inferior do superior, não conseguindo sequer tocar a região do coração, onde vibram o chakra cardíaco e o amor puro . Para os seres superiores, o Caduceu apresenta o caminho que leva kundalinî à região do sahasrâra , trazendo a i luminação. Convém relembrar que Baphomet é o anagrama de uma forma contracta de uma expressão latina, que significa “O Pai do Templo da Paz de todos os homens” , referindo-se ao EU SOU , o qual atua, direta ou indiretamente, em todos os seres humanos, em

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todos os Baphomet(s) e, portanto, quando o pequeno eu o permitir, ele, o EU SOU, trará inquestionavelmente a Paz interna em cada um.

Quanto ao termo Demiurgo(s) diremos que são Deuses Criadores de Universos, quer microkósmicos, quer macrokósmicos. Demiurgos são verdadeiras Pistis Sophias gnósticas individualmente, ou coletivamente (força da egrégora), produzindo boas e más ações. Demiurgo , do grego, demiurgos , de demos (povo) + ergon (obra, trabalho), e corresponde à palavra francesa maçon = pedreiro (pedreiro, na Obra de Deus), que deu origem à Ordem Secreta denominada “Maçonaria” (congregação de maçons), ou seja, reunião de pedreiros , para a construção da Grande Obra de Deus , o qual é o GADU ou SADU {o Grande (ou o Supremo) Arquiteto Do Universo}; depois, esta organização desviou-se pelos caminhos polít icos, tal como várias Igrejas também assim o fizeram.

Os gnósticos crêem numa Igreja transcendente, superior, mantida nas almas puras e, com esta afirmativa, estão dizendo que acreditam numa Igreja, que não é o prédio em si, ou prédios, onde se fazem as orações, nem tampouco os seres que entram nestes recintos, senão que esta Igreja transcendente e verdadeira é constituída, não no Plano Físico , porém nos Planos Sutis , pelas almas puras, juntamente com seus sentimentos e pensamentos, formando um todo harmonioso. Crêem igualmente na Hierarquia Branca , que é formada por seres humanos espiritual izados e seus superiores, como Anjos, Arcanjos, Arqueus etc. Esta Igreja Transcendente é representada, materialmente, pela FRATERNITAS ROSICRUCIANA ANTIQUA, que cuida de sua manutenção administrativa e, ela, Igreja , é seu expoente, ou seja, a parte mais alta e importante dos irmãos rosacruzes. Pertencer a esta Igreja significa vibrar na mesma tônica espiritual dir igida pelos Mestres Ascensionados e não, simplesmente, ter o seu nome registrado nos arquivos administrativos desta organização física. Pelo que se vê, a Igreja Transcendente é a própria comunhão das almas purificadas, que comungam, a saber, comem , dentro do seio desta comunidade, portanto, em comum, do mesmo Pão

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Espiritual, o Pão Crístico . Algo importante é a crença dos gnósticos no Batismo Sabedoria , que milagrosamente humaniza um ser animal e, mais do que isto, deif íca-o, quando ele se torna UM com a Divindade nele existente. Este humaniza tem a intrínseca conotação do Humanismo ,3 5

como filosofia grega. O Humanismo teve sua origem na clássica l iteratura grega, como a de Platão e de Homero; pertencendo, a este últ imo, a autoria da “Il íada” e da “Odisséia” , que são importantes obras representativas do pensamento humanista, o qual, ultrapassando o simples usar da mente e do cérebro, quer atingir um ideal, onde sobressaem o belo, o verdadeiro, a ética e o sublime, ocultos através da forma e de metáforas. Este humanismo, mais tarde, vigorou pela Europa com Dante, Petrarca e outros, influenciando muitos padres em suas exegeses, principalmente, na Itália, em Florença e Roma, e em diversos pontos da França e da Alemanha. Dante Alighieri , poeta renascentista, em uma carta ao amigo Can Grande della Scala, explica que os três estágios de sua “Divina Comédia” são, resumidamente, assim expostos: o Inferno representa o estado de ignorância e de vício, o Purgatório , a vida dos pecadores convertidos; e o Paraíso , a vida ideal de ação e contemplação. Observem bem quando ele diz que o Inferno é o estado de ignorância e de vício ; ora, ignorância é o oposto da Sabedoria preconizada pelos gnósticos, que crêem no Batismo da Sabedoria , que humaniza o homem animal e, mais do que isto, deifíca-o; e, quando Dante fala em vício, indiscutivelmente está entrando numa área da ética, que é 35 Não se t ra ta aqu i do human ismo ado tado pe l os l i be ra i s i l um i n i s t as , pós Idade Méd ia , que lu ta ram con t ra uma Ig re ja co r rup ta , a qua l se to rnou Es tado e , como ta l , ag indo em nome de um Deus au to r i t á r i o , empregou o t e r ro r como fo rma de domí n i o . Es ta I g re ja da Idade Méd ia , como Corporação , embora ne la despontassem ve rdade i ros Santos , Un ive rsa l i s t as , pe cou quando passou a t e r fo r ça es ta ta l . Os i l umin i s tas l i be ra i s também exage ra ram, porquanto , pa ra inver te r o pêndu l o de um De us sangu iná r i o , c r i ado r da Inqu i s i ção e das C ruzadas , fize ram nasce r de suas idé ias a deusa da Razão , ge radora de um pos i t i v i smo a te u e de f u turos expoen tes como Robesp ie r re , Desca r tes e out ros . En t re uma Ig re ja pecadora e o Humani smo I l umin i s ta , p refi ro fica r do l ado dos I l umin i s tas , mesmo sendo tachado de a te u ; po rém, en t re es te s ú l t i mos e o human ismo in i c ia l de Sóc ra tes , P la tão , H eródo to e Homero , co loca r -me-e i , i nd i s cu t i ve lmente , no me io dos que de f ende m seus pe nsamentos , apesa r de es ta re m v incu l ados aos chamados Deuse s Pagãos , po rque , na ve rdade , todos os De uses são UM Só , embora com nomes d i fe ren te s . A Grande Verdade não es tá nem tan to com os Humanis tas L ibe ra i s , que pre gam os d i re i tos humanos , dent ro de um amb ien te de mocrá t i co , mate r ia l i s ta , pos i t i v i s ta e compet i t i vo , esque cendo - se do De us Verdade i ro , que abarca o Todo e , po r tan to , a soc iedade ; ne m tampouco com qua lquer I g re ja , que , tendo fo rça de Es tado , ou pa ra -e s ta ta l , u sa des ta fo r ça pa ra imp ing i r seu modo de pensa r , c re r e v i ve r , de f ende ndo se us in te re sses em det r ime nto de ou t ras facções .

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bem humanista . Infelizmente, para o mal da nossa espécie, o Humanismo Filosófico Socrático vem perdendo, dia-a-dia, o seu lugar ao sol para o mercanti l ismo, o consumismo e um humanismo “libertatório”, porque fala de l iberdades e, ao mesmo tempo, tornou-se l iberticida, a partir dos l iberais i luministas, que se esqueceram do Deus Criador de tudo e de todos, matando-o e substituindo-o pela deusa Razão. É pena! A grande l iberdade de se encontrar Deus foi perdida no meio de belas palavras, porém sem um genuíno significado integral e kósmico.

O crente gnóstico sabe que o Batismo da Sabedoria

produz o milagre de nos tornar filosoficamente humanos e, dentro desta humanidade, ele reconhece a essencialidade Cristônica da vida, concebida como um todo, sem fim cronológico, que abarca uma órbita fora do tempo e do espaço , portanto, além das três dimensões.

Nalgum canto do Universo, a voz de um super-homem falou que “A NOSSA DIVISA É THÉLEMA – VONTADE DIRIGIDA AO CRIADOR.” – Que vontade é esta? Será uma supervontade humana? – Sim; e, mais do que isto, é a própria VONTADE de Deus, entranhada em nós, substituindo a nossa pequena vontade individual.

O Professor Oiticica, comentando sobre o credo gnóstico rosa cruz diz que, nele, afirma-se a importância da Trindade Divina e salienta-se a crença no Filho , Chrestos Kósmico , a poderosa mediação astral , que enlaça a nossa personalidade física com a imanência suprema do Pai Solar . Já comentamos que o Chrestos Kósmico (Probando Kósmico), em relação aos seres humanos, é um Cristo (um Puro). Tudo é originário do Pai, tanto o Crestos Kósmico, que é a poderosa mediação astral que enlaça a nossa personalidade física com a imanência suprema do Pai Solar , quanto nós humanos. Esta mediação astral, setorialmente, isto é, no Mundo Astral , confunde-se com Maria, sendo ela, a virgem , a mesma Substância Universal Primordial de diversos Mundos , retirada do próprio Pai, em ato de Sacrif ício e Amor , e, nesta substância virgem , atua o Criador para gerar a Sua Criação. A mediação astral , como o próprio nome indica, faz parte do

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Mundo Astral , tendo diversas gradações desde as primitivas e, portanto, virgens , às mais sublimes, como as dos Chrestos Kósmicos de diversos Sistemas Solares. O Mundo Astral é o Mundo dos Desejos ; se não houvesse o desejo do Pai, caracterizado pela Sua forte Vontade Única THÉLEMA , no sentido da Perfeição , e imantado pelo AMOR SABEDORIA (Filho) e ativado pela ação Divina do Espírito Santo, o mundo não existiria. O Professor OITICICA, através das palavras de sua filha SÔNIA, sal ienta que, no credo gnóstico, pode-se observar:

“1º) O Pai como entidade impessoal;2°) Maria , a virgem, a substância Universal, em que atua o Pai, ativada divinamente pelo Espírito Santo, para criar a manifestação;3º) O Filho (Crestos Kósmico) nascido da ação do Pai sobre a virgem mediação astral, existente entre nós (criaturas) e o Pai (Criador).”

A seguir, o Professor OITICICA acrescenta:

“TELEMA {palavra grega redigida pelo autor desta apostila, como THÉLEMA (acentuada), para caracterizar a eufonia}: – Thélema é vocábulo de origem grega, que significa VONTADE no mais alto grau ou sentido, assim formada e explicada dentro da aritmancia, traduzindo-se os caracteres gregos pelas correspondentes letras portuguesas e substituindo-as pelos seus valores numéricos. Desta forma, temos o fonema: THE constituído pelos números 1 – 4 – 5, formando o Pentagrama , regência do Espírito sobre a matéria ordenada , o que indica força, autoridade, o Hierofante; + LE = 38, correspondendo à palavra chave ABRACADABRA, isto é, 418-11, indicando justiça, balança; e MA = 41, que é o Pentagrama invertido , matéria dominando o Espír ito, significando também o Enforcado e o Doido , a condição dos que não são adeptos. Resumindo:

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THE LE MA

Espírito Fiel da Balança Matéria

No plano astral , ‘the ’ são os três subplanos superiores; ‘ma ’ , os três subplanos inferiores; ‘lê ’ , o quarto subplano, onde se acha o porteiro do Bom Pastor ou do Mercenário , conforme atua a mente superior ou inferior.

O Batismo da sabedoria é a comunhão do Espírito com os veículos humanos.

Nossa vida é um todo sem princípio nem fim, pois é manifestação da Luz Inefável, que está fora do espaço e do tempo.”3 6

Alguém me explicou, certa vez, ter ouvido uma conversa de deuses, sendo que nenhum mortal poderia compreendê-la. Havia escutado um diálogo, com a interferência de um terceiro deus. Este alguém conversava com outrem, o qual lhe afiançara que as idéias que o amigo estava a expor deveriam corresponder à determinada passagem de um trecho de algum escritor humanista grego . Idéias, como estas, de deuses a palestrar com deuses, só poderiam ter origem na antiga Grécia pagã! Mas eram belas as idéias, apesar de não as compreender. Semelhantemente, um cachorro, um cavalo, um pássaro, enfim um animal doméstico, qualquer deles, sabe perfeitamente, quando a ele nos dir igimos, que estamos a lhe falar algo de bom, ou de ruim, apesar de não entender uma palavra sequer de nosso idioma. Eles sentem a bondade ou a ruindade no Mundo Astral. Então, pensamentos humanistas estou a lhe pregar? Bela conclusão! No entanto, se é verdade, e se é para o bem dos seres humanos, por que não lhes dar divulgação, se já não mais direitos autorais existem? E se isto, embora velado sob a forma de l iteratura humanística antiga, de direito público, aceito é?

Desta forma, em assim imaginando, outra vez pegamos carona, no tapete mágico, e... uma voz grandiosa, estranha e quente, retirada daquele trecho humanista, dizia à rainha dos

36 F IM DA 8 ª L IÇÃO.

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céus, que é a imortal Mãe dos Mundos . Dizia, pelo pronunciar retumbante de seu também noivo imortal , ao lhe retirar um de seus véus , porque nenhum dos mortais tem o poder de os véus de Ísis descerrar , enquanto fazia uma reverência e um sinal à Sua amada, e proclamava: “Ó ÍSIS, OS CÉUS E A TERRA VOS SAÚDAM!” – Sim, todos saúdam a Maria, Maia, Ísis, a Natureza visível e sua excelsa representante, quer num pôr do sol, na tempestade bravia ou numa baixa maré; todos saúdam Ísis, ou Nuit , a manifestação material de Nu, porquanto, em sua interioridade, ou em suas manifestações sutis, os olhos da carne não as vêem, mas só os do Espír ito, que os Deuses e Iniciados podem alcançar. Neste ponto da narrativa, faz-se mister abrir um espaço entre parênteses, dizendo que NU e NUIT são termos empregados no Mito de Osíris , lá, na região das pirâmides, no antigo Egito. Nu tem o significado inicial de Espírito, a essência das essências, enquanto que Nuit possui a conotação de corpo e alma , ou ainda, corpo físico e corpos fluídicos ; logo, em Nuit , há uma parte carnal e outra extra-carnal, porém ainda material, atingindo os fogos sutis. A estes fogos sutis, extremamente vivos, é que o iniciado faz reverência, a eles, à Rainha dos céus e da terra, na forma da imortal Ísis, ou à Nuit engrandecida pelo divino feminil, ou, simplesmente à Nuit , àquela que faz a l igação do Espír ito com a matéria, às quais (Ísis e Nuit) todos os caminhantes, na tri lha da verdadeira espiritualidade, curvam a espinha . Nu, Nuit, Ísis são palavras que extrapolam a nossa ciência material, t ipificada e apoiada nas três dimensões, ao passo que o aprendizado e a vivência destas idéias atingem a 4ª dimensão. Ísis engloba as idéias de Nu ou Noo (Espírito) e de Nuit (corpo e alma, ou ainda, corpos físico e fluídicos). É bom lembrar que os véus de Ísis , aqueles que encobrem a alma e o Espírito, só podem ser desvendados pelos humanos, que estão , em termos de consciência , além de seu meio ambiente comum , ou seja, além da matéria densa, que perece ; portanto, nenhum mortal poderá levantar seus véus, os de Ísis, porque a matéria, ainda que permanente, é mortal, ou seja, transmuta-se e, ao se transmutar, morre em uma forma, para ressurgir noutra; enquanto que a alma e o Espírito não o são (mortais). Quando o Espírito e a alma se desl igam do corpo (matéria densa), este morre, a saber, ele se decompõe e se torna

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inerte. Este fato traduz a idéia de que um humano, embora encarnado, poderá retirar os véus de Ísis , desde que se identifique, em sua vivência interna e consciência, com o Deus nele imanente, o Espír ito, o EU SOU. Nu ou Noo são as águas primordiais do Espaço, chamadas também de Pai-Mãe , ou “a face do abismo ”, no l inguajar bíblico, fonte de toda criação. Esta fonte é profunda e incogniscível em termos humanos, por isso denominada de “a face do abismo”, em que só os deuses podem penetrar. Sobre Nu , alimenta-se o alento de Knef , que é representado como um ser que tem, na boca, o Ovo do Mundo . Knef é um dos deuses de força criadora; Porfírio chamava-o de “o Criador do Mundo”, Plutarco de “a Divindade eterna e não criada ” e Eusébio de “o Logos”. Nu, Nut ou Noo, expressões do Ritual do Livro dos Mortos, são termos equivalentes ao bíblico “Abismo Celeste ”, porque o Espírito é um eterno abismo não penetrado pela matéria ; e, quando esta consegue penetrá-lo, torna-se uma deusa, ultrapassando a terra dos mortais. Nos Vedas , Nu perde a sua natureza masculina de Espírito, o Criador de tudo, mas ganha a feminil idade de Adith ou Aditi , sendo considerada a Mãe de todos os deuses , correspondendo, no cristianismo, à Santa Maria , Mãe de Deus , como assim está escrito na prece da Ave Maria . Além de Adith , outro termo também védico que aproximadamente tem alguma correlação com o egípcio Nu, é mûlaprakriti , embora neste último esteja mais acentuado o enfoque de energia primordial, antes de qualquer manifestação , sabendo-se que esta energia é retirada de um Deus, que sofre o sacrif ício da retirada (de Sua energia), por amor ao que vai ser criado, enquanto que, no termo anterior (Nu) , destaca-se a idéia de Espírito, a consciência atrás de qualquer manifestação e, mesmo, antes de qualquer energia material. Mûlaprakriti (energia, antes do corpo e de qualquer alma), é a fase básica primordial completamente inconsciente, derivada de um Deus, que deu origem a Nuit (corpo e alma, ou ainda, corpos f ísico e sutis). Nu, Noo, ou Nut, Espírito , o manipulador das energias dos corpos e das almas, pode estar imanifestado (num pralaya) ou manifestado (em um kalpa), num microkosmos, ou num mesokosmos, ou em um macrokosmos. (Ver nota de rodapé 48, à pág. 86; e notas 75 e 76, à pág. 121).

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Um grande discurso, à sua amada, o amante Osíris fez;

e disse que, na profundeza de si mesmo, na solidão e no deserto , em que profano algum conseguiu com ela (Ísis) comungar, nas labaredas e nas chamas da serpente alada, ele a conjura 3 7 : “VEM MINHA AMADA, Ó ÍSIS, QUE EM MIM ESTÁ E FORA DE MIM VIVES!” E, em resposta, do interior de sua amada, uma voz firme, porém melodiosa e cheia de harmonias, saiu, vibrando por fora e por dentro dos que estavam a escutar: “PODERÁS VIR AO MEU PEITO E GOZAR, DEIXANDO UM RASTRO DE INCENSO EXTENDIDO. DEVES DAR TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO, POR UM SÓ BEIJO MEU.” Ao que o amante respondeu : “TU... TAMBÉM DEVES DAR TUDO, POR UM SÓ BEIJO MEU.” E, no meio daquela fulgurante reunião, um luminoso ser, que tudo ouvia, vigiava e guardava , com voz tonitroante, pronunciou : “MAS, AQUELE QUE NA GLÓRIA DESTE MOMENTO DER PÓ, TUDO LHE SERÁ NEGADO, TUDO PARA ELE ESTARÁ PERDIDO.” Observe-se que, neste relato, fala-se de dois amantes, porque, sem o verdadeiro Amor, nada se consegue neste misterioso mundo da magia espiritual, a caminho da Divindade. Osíris está a representar o Deus Sol , mas também o está na condição de o discípulo a caminhar; Ísis é a Mãe Terra, a Deusa Géa , em Espírito e matéria, em Essência e circunstâncias, é a parte feminina em cada humano ser. Este diálogo de Deuses é algo fabuloso, e ele, mais adiante, vai continuar; antes, porém, vejamos sobre o tema uma simples conversa de mortais.

Destarte, trocando idéias com a SÔNIA, filha do professor OITICICA, sobre este extrato da l iteratura humanística grega, ela falou-me que os humanos não conseguem, realmente, entender as falas dos Deuses; no entanto, seu pai possuía alguns conceitos sobre tal l i teratura, senão vejamos: O beijo de Ísis, dizia ele, é o contato do mundo superior , em seu aspecto feminino (de Ísis , portanto; e não, de Osíris), com o(a) discípulo(a) . Conseqüentemente, o(a) candidato(a) deve sacrificar todos os seus conhecimentos errados, próprios dos planos da matéria, para subir ao verdadeiro conhecimento espiritual e isto está caracterizado na expressão de Ísis, dizendo: “DEVES DAR TUDO, ABSOLUTAMENTE TUDO, POR UM

37 Conjurar – Rogar com ins tânc ia a , ou com i ns i s tênc ia ; sup l i ca r .

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SÓ BEIJO MEU” . Em contrapartida, o beijo do discípulo em Ísis corresponde ao amor que ele tem à Mãe do Mundo e este amor o transporta da situação de simples discípulo para a de um Mestre, ou seja, um Ser Ascensionado; e, quando isto acontece, durante e após o percorrer de várias encarnações, a Mãe do Mundo se alegra e se rejubila pela beleza harmoniosa da ampliação de sua aura através do engrandecimento da aura do discípulo ascensionado, parte dela mesma. No entanto, um terceiro Deus, um pouco distante, mas que o diálogo acabara de ouvir, era Saturno , ou Cronos ou Kronos , o Senhor do Tempo , o Guardião da Justiça e da Liberdade , filho de Ouranos (Céu) e de Géa (Terra), cobrador das regras kósmicas, da disciplina, da ordem e do karma , que, após tudo escutar, com firmeza, profetizava: “MAS, AQUELE QUE NA GLÓRIA DESTE MOMENTO DER PÓ, TUDO LHE SERÁ NEGADO, TUDO PARA ELE ESTARÁ PERDIDO”3 8 , querendo com tal assertiva dizer que, uma vez estando no caminho da espir itualidade 3 9 , não pode o discípulo fazer o retorno, sem sofrer as conseqüências da Lei do Karma , pois se tornou um privi legiado, um ser para o qual alguns dos véus de Ísis foram descerrados , passando a ter certos e determinados poderes; logo, para este que abandonar o caminho da espir itualidade, a sorte será dura; e, em conseqüência, “TUDO LHE SERÁ NEGADO, TUDO PARA ELE ESTÁ PERDIDO”, inclusive os poderes adquiridos, situação com a qual Osíris , o Deus Sol, dá a sua aquiescência. Há um

38 Observe -se que , nes te t recho , apare ce , figu ra t i vamente , uma conversa de deuses ; mas , quem poderá nos afirmar , den t ro de uma v i são ma io r e rea l , não se t ra ta r , kosmo log i camente” , aqu i , de o tema es ta r se re fe r indo também ao Deus Saturno , como o D i r igen te Esp i r i t ua l daque l e p laneta? E , nes te caso , não se r ia e le o C r i s to Sa tu rn ino , com a sua espec ífica função de Guard ião da Ju s t i ça e da L ibe rdade em todo o S i s tema So l a r ? E , se ass im fosse , pode r -se - i a d i ze r , que o C r i s to Te r res t re ( Amor -Sabe dor ia ) e o C r i s to Sa tu rn ino ( J us t i ça De ífica ) faze m par te o rgân ica de um Cr i s to Ma io r , o Logó ico So l a r , t udo de nt ro do en foque b íb l i co de que “Eu e o P a i somos UM. ” . 39 . . . estando no caminho da espir i tua l idade : Se gundo a v i são gnóst i ca e de out ras fi losofias s im i l a res , a maté r ia , o pó , mesmo em te rmos de consc iênc ia , é o opos to do Esp í r i t o , ta l como o pó l o pos i t i vo de um í mã o é do negat i vo , poré m ambos fazem par te de um con jun to só , ape sa r de apare ntemente pa recere m s i s t emas em opos i ção , d i s t in tos e i so lados . Esp í r i t o e maté r ia são UM , po rquanto , do Esp í r i to a maté r ia i nconsc ie nte fo i r e t i r ada , a qua l de po i s de perco r re r as e tapas da inconsc iênc ia , se miconsc iê nc ia , consc iê nc ia p rop r iamente d i ta e sup raconsc iê nc i a , che gou , chega ou chegará à “omn isc iênc ia” , vo l t ando ao Pa i donde se o r ig inou ; conco rdando , de s ta mane i ra , em te rmos macrokósmi cos , com a pa rábo la da vo l ta do fi lho p ród igo , con fo rme o reg i s t rado em São Lucas , cap í tu lo 15 , ve r s í cu los 25 a 32 . No d i s c ípu lo , e x i s te o pó , a maté r i a , mesmo em te rmos de consc iênc ia , que caminha , i nd i scu t i ve lme nte , pa ra a pe r fe i ção , po r tan to , pa ra Deus , a fim de a E l e se un i r e te rnamente .

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trecho na Bíbl ia, que se refere à queda do discípulo com os conseqüentes débitos kármicos adquiridos. Trata-se da passagem, no Antigo Testamento (Gênesis, 19:26), da mulher de Lot, ou Ló, que, fugindo de Gomorra, a terra da perdição, e já estando num monte (o da espir itualidade), olhou para trás (voltou-se para os interesses da matéria, esquecendo os do Espírito) e tornou-se uma estátua de sal , um cristal, símbolo da própria materialidade, voltando pois ao pó. Portanto, o “chela”, estando no caminho da espir itualidade, vigi lantemente , em primeiro lugar , deverá ser fascinado em busca da Glória no Senhor (penetrar em Sua aura); e, em segundo , dentro desta Glória, conseguir o Poder (capacidade espiritual ), para, finalmente, ter a Força (capacidade mágica) em suas mãos. Que história é esta de Glória, Poder e Força nas mãos dos caminhantes, dizendo-se que ultrapassarão todos os povos da Terra em Glória, Poder e Força, acerca do que se vê e acerca daquilo que está oculto aos olhos da carne? Sônia voltou a me asseverar, ainda, tratar esta parte, de acordo com os ensinamentos recebidos de seu pai, Professor OITICICA, de uma conversa existente entre deuses pagãos, da antiga mitologia grega, por se referir a um texto humanístico grego típico, apesar de estar enfocando mitos egípcios, relacionados à Teogonia. Destarte, conforme aqueles escritos, Osíris ora se apresenta como a Divindade Solar no homem (o microkosmos), ora num Logos (o mesokosmos ou o macrokosmos), e Osíris havia conjurado Ísis (sua amante e Divindade Lunar) da forma retro exposta no último parágrafo da página 80, e, depois de recebido o beijo de Osíris , dela ouviu a seguinte resposta :

“REUNIREIS BENS DE TODAS AS ESPÉCIES, E TUDO ISTO VOS SERÁ OUTORGADO POR AMOR A MIM, POIS EU SOU FONTE DE VIDA E DE ALEGRIA” 4 0 .

Ao que o Deus pagão, na forma de Osíris , retrucou:

“EU VOS ORDENO! VINDE A MIM, ENVOLTA NUMA TÚNICA INCONSÚTIL E COM UM ADORNO NA CABEÇA” 4 1 .40 A na tureza na tu ra l i zan te de Í s i s é fon te de v i da e a l eg r ia , v ida pa ra todos os se res c r i ados , e a l eg r ia pa ra os que com e l a comungam e a amam, e a es tes fo rne ce bens de todas as espéc ie s . 41 O pó lo pos i t i vo (Os ír is ) de o Grande Hermafrodi ta (no macrokosmos ) ou do Pequeno (m i c rokosmos ) sempre o rde na pa ra que o pó lo nega t i vo ( Í s is ) se aconchegue a E l e e , j un tando ene rg i as , f açam g i ra r o d ínamo da v ida . O pó l o

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Quando a Deusa Ísis replicou:“PORQUE EU VOS AMO, DESEJO VOS PERTENCER, PÁLIDO

OU CORADO, VOLUPTUOSO OU ESQUIVO, AO MESTRE DESEJO PERTENCER, EU, QUE ENCERRO TODO O PRAZER, DOU A EMBRIAGUEZ AOS OCULTOS SENTIDOS.” 4 2

E, do divino Osíris, recebeu a seguinte tréplica: “DESPREGAI, ENTÃO, AS VOSSAS ASAS; ABRI ANTE MIM O MUNDO SUTIL DE PRIMORES E DE MATIZES GLORIOSOS QUE, ENCERRADOS E DISPERSOS, ESTÃO DENTRO DE VÓS! VINDE A MIM!”4 3

E alguém distante, pede que se entoe o cântico dos cânticos, e que a entoação seja forte e fel iz, com persuasão e emoção posit ivas, a fim de que se cumpra a Lei, trazendo a presença do Mestre entre vibrações de mantras secretos e os

ne gat ivo ( Í s is ) i gua l mente sen te es ta necess idade de junção de energ ias , da í também a exc lamar : “V INDE A M IM ! ” A Tún ica Inconsú t i l ( sem cos turas ) é a aura da De usa Í s i s , a qua l , tún i ca , é a po r tado ra das matér ias p r imas p r imord ia i s , contendo as energ ias su t i s dos se te Mundos de Prakr i t i ( F í s i co , As t ra l , Men ta l , Búd ico , N i r vân i co , Pa ran i rvân ico e Mahâparan i rvân ico ) , a t ravés das qua i s tudo o que é , f o i , ou se rá fe i t o , no Un ive rso , só se conc re t i zou , conc re t i za - se , ou se conc re t i za rá , com o uso des tas matér ias pr i mas p r imord i a i s . O ado rno na cabeça com 12 es t re las é , exa tamente , como o P ro fesso r O IT IC ICA e ns inou , a energ ia g loba l das 12 cons te lações do zod íaco , que emi te m constantemente rad i açõe s pa ra o nosso p laneta ; em conseqüênc ia , a Í s i s , aqu i e o ra re fe r ida , é a Mãe de um Mundo , be m ma io r que a do nosso P l aneta Te r ra e , também, do que a do nosso S i s t ema So la r ; t odav ia , em vá r ias ocas i ões de d ive r sos t rechos da ocu l ta l i te ra tura human ís t i ca , a me sma pa l av ra Í s i s poderá es ta r se re fe r indo somente ao Logos I nd iv idua l ou ao Te r re s t re , pa r tes in teg ran tes do Logos So la r , na igua l s i tuação de Mãe do Mundo (no “macrokosmos” , no “mesokosmos” e no “mic rokosmos” ) e , po r tanto , do nosso pa r t i cu la r Mundo Ter res t re e , mesmo, de um p rópr i o i nd iv íduo e , a inda , con fo rme o caso , Mãe de t odas as Ga láx i as .42 Í s i s , a Mãe do Mundo , é a pa r te f emin ina de Deus , ou de O Grande He rmaf rod i t a . A Natu reza Na tura l i zante de Í s i s possu i uma fo rça in te r i o r “omn isc ien te” capaz de gera r , como Natura l i zan te , ou t ros fi lhos na tu ra i s , a sabe r , ou t ras fo rmas de v ida . A Mãe do Mundo dese j a pe r tencer aos se res humanos , como per tence aos An jos e en t idades super io res , e dese j a per tencer (ab r i r se us conhec i mentos , de sco r t ina r seus véus , abr i r suas asas ) a todos , do vo l up tuoso ao e squ ivo , qua l so l , que fo rne ce a todos ca lo r e v i da . Dese j a per tencer ao Mes t re , po rque , sendo puro , es tá cons tan te mente a descor t ina r seus véus ( de la ) , a qua l , Í s i s , po r me io de ta i s véus (maté r i a d ive r samente t i p i ficada ) , encer ra e fo rnece t odo o p razer ( o dup lo prazer ; mate r ia l e esp i r i tua l ) , e dá a embr iaguez aos ocu l tos sen t i dos , ou , nout ras pa l av ras , dá ao d i s c ípu lo as percepções ex t ra - se nso r ia i s , que a t ingem o Esp í r i to e e s tão a lém da matér i a g rosse i ra , p rovocando o êx tase e sp i r i t ua l , o samâdh i , a e mbr iaguez da fe l i c idade . 43 O mundo su t i l de pr i more s e de mat i zes g l o r i osos es tá encer rado no in te r io r de cada caminhan te e , t ambém, a l i , es tá d i sperso , como energ ias não u t i l i zadas , à se me lhança de águas d i spersas e não cana l i zadas , num ún ico conduto , pa ra t oca r o mo inho . Faz - se m is te r que o neófito reúna es tas fo r ças . E s te mundo de p r imores e mat i ze s g lo r i osos é o mundo das e ne rg i as sut i s , que poderá se r despe r to com a aqu ie scê nc i a de Í s i s , j u s t ifi cando - se o pe d i do de Osí r i s , que se mpre re presen ta um So l , quer se ja num home m, no S i s te ma So la r , ou no Un ive rso G loba l . Osí r i s , a pa r te pos i t i va de Deus em cada se r , do “mic rokosmos” ao macrokosmos” , o rdena à Sua cont ra -pa r te , I s i s , a G rande Amante , que ab ra as suas asas , i s to é , mate r ia l i ze o Se u ped ido .

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perfumes no ar. O incenso excita nossas narinas, enquanto que a Mãe do Mundo, que também é a filha do Sol, a filha dos olhos azuis, a magnificência de um céu voluptuosamente noturno, rejubila-se ante a interação filho/Mãe, nós e a Natureza Natural izante “Omnisciente” 4 4 . 4 5

44 Na tu ra l i zan te é um neo log i smo , que s ign ifica capaz de gera r ou aque l e que gera a na ture za , ta l como fo r t ifi cante co r re sponde a o que gera a fo r ça ( v i ta l ) , f o r ta le cendo o o rgan i smo ; ou , a inda , comun ican te , o que gera ou que ap resen ta a qua l idade de comun icação ; um e xemp lo da pa l av ra comun ican te ( s ) : vasos comuni cantes .

45 F IM DA 9ª L IÇÃO.

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Sônia alertou-nos que esta parte trata indiscutivelmente da l igação do microkosmos com o macrokosmos. Em nosso caso específico de habitantes do planeta Terra e dela fazendo parte, formamos um todo; enquanto que o Sistema Terrestre é uma fração integrante do Sistema Solar. O Logos Terrestre é Uno com o Logos Solar e os dois são Um . O Logos Solar dir ige, como pólo positivo, todo o Sistema, enquanto que o Terrestre , como pólo negativo individualizado, rege a Terra e a Lua, seu satélite, além de tudo o que nelas existe, nas diversas dimensões sistêmicas. Os outros planetas, com suas respectivas Ísis , integradas na Grande Ísis, são também pólos negativos, interagindo com o Sistema e com seus habitantes, embora noutras dimensões, formando, ao todo, um grande pólo negativo. A Ísis terrestre com as de outros planetas formam a Grande Ísis Sistêmica Solar de nosso Grande Hermafrodita, no qual estamos integrados.

O Professor OITICA, através das palavras da SÔNIA, fez o comentário abaixo, referindo-se a diversas sentenças desta l iteratura “sui generis” e de outras similares, de cunho extremamente humanístico , tal como a “Il íada” , de Homero, também o é, com suas surpreendentes alegorias. Para faci l itar o entendimento do iniciado do 1º Grau, nesta Escola de Baixo ,4 6 a fim de que ele possa se tornar um Iniciado na Escola de Cima, eis o comentário :

“ ‘Tu também deves dar tudo por um só beijo meu.’ (palavras de Osíris , respondendo a Ísis, quando esta lhe afirmara que ele deveria dar tudo por um só beijo dela) :

O Amor Solar do(a) discípulo(a ), representado pelo Amor de Osíris a Ísis (Divindade feminina natural izante em cada discípulo, ou discípula, é o fator primordial de sua atração para aquela

46 Esco la de Ba ixo é a p róp r ia Te r ra em que v ivemos ( a e sco l a do mundo) , ne l e i nc lu ídas as Esco las In i c i á t i cas Mate r ia i s ( fe i t as de ped ra , c imento e a re ia ) , que fo rne cem as i n i c iações s imbó l i cas , um dos passos pa ra a in i c iação ve rdade i ra , conqu i s tada na Esco la de C ima , também conhe c ida como Esco la In te r i o r . Mu i t os in i c iados ve rdade i ros , por tanto , com in i c iações re a l i zadas nas Esco las de C i ma , são cons iderados pe las Esco l as de Ba ixo como p ro f anos , po r não es ta rem i nsc r i tos e reg i s t rados nos ca tá logos mater ia i s de s tas assoc iações , embora e le s es te j am nos p lanos su t i s . De s ta fo rma , por razões óbv ias , a p resen te obra também é ded icada a es tes f a l sos p ro fanos , po rque os p ro fanos genu ínos não se in te re ssa rão po r t a l l i t e ra tu ra . Em sendo ass im, faço m i nhas as pa lav ras de N ie t zsche a respe i to de seu l i v ro “Ass i m Fa lava Zara tus t ra” : “Um l i v ro pa ra todos e pa ra n i nguém” .

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Divindade ( Ísis)4 7 . O pólo positivo do micro ou do macrokosmos aspira pelo beijo do negativo (Ísis) e lhe diz que ele, Osíris , o pólo positivo, não aceita uma Ísis de vibrações inferiores, mais baixas, na forma de sua irmã Neftis (Nefertite) , como se a verdadeira Ísis fosse, portanto ele aspira pelo beijo da verdadeira Ísis , pura e de energias mais sutis, menos grosseiras e materiais, aquela que deve dar tudo , absolutamente tudo , por um só beijo dele , o do Mestre em cada um . O discípulo, ele, ou ela, na figura de Osíris , que é um caminhante rumo ao infinito, também é chamado de o Profeta (aquele que traz a palavra divina) ou de o Bom Pastor , porque sintonizou-se com EU SOU e, portanto, com o Cristo nele, ou nela, existente, passando a dir igir conscientemente todas as células de seus corpos, como se fossem ovelhas (elas o obedecem); no Apocalipse, chamam-lhe de o conquistador ou o vencedor (“hó niken”, em grego).

‘Dar pó na glória do momento.’:Desviar o caminho ascendente de kundalinî e

deixá-la rumar para os centros inferiores sexuais. Isto levaria o discípulo, ou discípula, à depravação e à perdição durante várias vidas.

‘Osíres descerra o Véu de Ísis.’:É compreender o Divino, por traz do véu da

matéria, a que envolve o discípulo ou a discípula; é a verdadeira iniciação .

Ísis é a Mãe do Mundo, a matéria lúcida, a Virgem Sofia, Maia, Maria, é a Substância Kósmica, a Natureza visível e invisível. É Nuit , isto é, a manifestação material de Nu .48

47 NOTA DO AUTOR DESTA “APOSTILA ” , e não, do Prof . OITIC ICA: Os í r i s e Í s i s agem tan to em home m quan to em mu lher . Osí r i s , qua l um Grande So l , é a pa r te mascu l ina de o Esp í r i to , a tuan te a t ravés das qua l idades mascu l inas , como Te lema (Vontade D iv ina ) ; enquan to que Í s i s r ep resen ta a maté r i a rece be dora da fo rça dos ra ios so la re s , quer mate r ia i s , que r esp i r i tua i s . I s i s também é o Esp í r i t o fazendo emerg i r no se r as qua l idade s femin inas , como a fo r ça do Exce l so Amor .

48 NOTA DO AUTOR DESTA “APOSTILA ”E NÃO, DO Prof . OIT IC ICA: Ísis, a meu ver , não é meramente Nuit , a man i fes tação mate r ia l de Nu ( o Esp í r i t o ) , po rém é a pa r te femin ina de o Esp í r i to (Nu) , po r tan to , t ambé m Esp í r i t o , à qua l , pa r te femi n ina , é agre gada a dup la man i fes tação de matér ia e a lma ,

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‘Na chama da Serpente’:Quer dizer, depois de despertarmos kundalinî,

a Serpente de Fogo, adormecida no Sacro. O despertar de kundalinî dá a vidência e a sapiência dos mundos espir ituais.

‘Deveis ultrapassar todos os povos da Terra em Gloria, Poder e Força.’:

É claro que a iniciação no mundo espir itual confere aos estudantes um grau de consciência muito acima da simples consciência de vigíl ia. O discípulo passará a ter uma consciência clara durante o sono e poderá viajar por todos os povos e depois por todos os Planetas e Estrelas, naquilo que se vê e naquilo que não se vê.

A palavra Glória , em grego, é “dexa”; e, além do sentido comum, também significa, esote-ricamente, a Aura . Poder e Força são termos empregados, em certos trechos da ciência oculta, respectivamente como capacidade espiritual e capacidade mágica .

‘Eu Sou Fonte de Vida e Alegria’ (palavras de Ísis):

A substância eterna, a Virgem Imaculada, é realmente a plasmadora das formas, dos corpos e dos nossos veículos; tudo dentro da ação da Energia Kósmica do Espírito Santo. Se mantivermos esses veículos com a imaculabil idade da Virgem Sofia , os bens de todas as espécies, reunidos por amor a ela, virão a nós e teremos perfeita vida e alegria . O homem comum não mantém a imaculabil idade, os sábios a buscam, os Santos e os Adeptos a conseguem.

‘Vinde a Mim, envolvida em uma Túnica Inconsútil’ (pedido que o neófito faz à Mãe do Mundo):

rep resentadas in t r in se camente pe l a pa lav ra Nuit , cons t i t u i ndo , po i s , Í s i s um todo ma io r . Segundo m inha in te rp re tação , Í s i s eng loba as i dé ias de Nu ( a pa r te femin ina de o Esp í r i to ) e de Nuit ( co rpo e a lma) . No “L iv ro dos Mor tos” , ex i s t em duas figu ras rep resenta t i vas da Deusa Nuit , uma com as mãos e rgu idas pa ra os céus (a a lma que quer faze r a l i gação com os De uses ) , e a ou t ra , de pé , com as pernas re tas e es tend idas , po rém com a co luna ve r teb ra l cu rvada , tocando, des ta fo rma , com as pon tas dos dedos a t e r ra , s i na l de que e s tá l i gando os céus à te r ra , função da a lma . (Ver pág . 78 às 80 ; e no tas de rodapé 75 e 76 , à pág . 121 ) .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Inconsúti l significa sem nenhuma costura. A substância Universal é íntegra. É o Grande Véu de Ísis, do qual tudo é feito; essa substância não tem partes aderidas, é una e eterna , embora, as formas aparentes sejam véus subsidiários.

‘E com um Adorno na cabeça’:O adorno é a Luz Inefável, ás vezes

representada como uma lua minguante com as pontas para cima. Essa Luz, penetrando na substância virgem, gera a manifestação. A Luz, como ornamento na cabeça, pode-se ver na figura grega de Diana, que é a mesma Ísis . No Apocalipse, Cap. 12. Vers. 1-2, aparece uma imagem, que corresponde ao signo de Virgem, a saber, uma mulher alada, vestida de Sol, com a Luz sob os pés; e, na cabeça, uma coroa e doze estrelas. O adorno na cabeça, com as doze estrelas, é a mesma Luz Inefável simbolizada nas constelações do Zodíaco.

‘Ela continha um filho no ventre e clamava com as dores de parto’:

É a mesma Virgem descida à materialidade ou natureza parturiente, a qual sempre é virgem e possui a capacidade de fazer nascer flora e fauna, as quais são suas filhas (filhas ou filhos, se individualizados), que estão sempre a ser geradas(os) por aquela que sofre as dores de parto. A não virgindade está somente na cabeça dos homens, que deturpam o ato de criar. O sexo é um dos fatores da criação no plano denso, mas a criação vai além do sexo embora no sexo, e além do plano denso; porém, a criação está sempre submetida, em nosso Sistema, à Lei da Polaridade. Este assunto é estudado com certa minudência nos chamados mistérios tântricos.

‘Porque eu vos amo, etc.’:Ísis , a natureza parturiente do Espír ito, ama

seu filho, onde ele, no recôndito do Divino Útero, acha-se l imitado e imanifesto. Realmente, a Deusa encerra todo o prazer aos ocultos sentidos,

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que a penetram através do véu material; e, então, ela embriaga o nascituro nos planos espirituais.

E o divino OSÍRIS , a ÍSIS falando, exclamou:‘Despregai então Vossas Asas, etc . ’ (asas abertas, símbolo do mundo visível e invisível, que ela domina com os braços estendidos.) Tudo isso é um apelo a Deus para que tire o véu que a encobre.

‘Entoai o Cântico dos Cânticos’:O Cântico dos Cânticos, o maior de todos, é o

amor. Logo, vibrai amor . Onde? Em tudo. A fala do oficiante quer dizer: Vibrai Amor . Como? Através dos mantras. Sim, entoai os mantrans secretos vocalizados e o mestre virá , significando o Poder do Verbo , que, quando expresso com amor, transforma quaisquer atos e aspirações numa consciência mágica, por palavras, pensamentos ou obras. São essas vol ições mágicas (qualquer elevação espir itual) os perfumes do incenso que sobe. Beber significa fartar-se de espiritualidade.

‘Eu Sou a Filha do Sol...’:Ísis em verdade é esposa e filha do Sol, do

Espírito, e filha do crepúsculo por estar envolta nas sombras da matéria, de Maia, da I lusão. Creio que Ísis é a filha dos olhos azuis porque o céu azul é mera aparência do verdadeiro céu. Toda magnifi-cência do céu noturno é o véu escuro da matéria sob o qual Ísis perpetuamente se encobre aos olhos não esclarecidos.

‘O Oculto, o escondido está na Seidade de Todos’:

O que Ísis encobre, e que não vemos, está dentro de nós mesmos, no Espírito imanifesto, na Seidade , a saber, na capacidade de Ser . Ser é mais do que existir . Todos somos absolutamente iguais porque, mal grado as diferenças pessoais, somos o mesmo Espírito Infinito, sempre igual a si mesmo, o Imutável dentro das cousas mutáveis ou, inversamente, as cousas mutáveis dentro do Imutável. Esse Espírito é a chama que arde em

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tudo, no homem, no vegetal, no mineral. Quem conhece o Espírito, conhece tudo na vida, ou além da morte, mera aparência. ‘O Espír ito é só e uno’.

‘Vós sois o Meu Povo’:Os Verdadeiros Iniciados nos poderes

ocultos, de qualquer facção religiosa ou Escola de Mistérios, inclusive os rosacruzes, os budistas esotéricos, os gnósticos, os sufis etc., são o povo do Mestre ou da Hierarquia.

‘Cada um tem seu ritmo e particularidade. Deixai que se cumpram as Leis’:

As sete leis têm de ser cumpridas; e ai dos que a elas se oponham. Essas leis são realmente os ritmos , isto é, a evolução objetiva dos elementos; e, no tempo, representam fases da manifestação, aspectos seus, suas Festas. Recordando, as sete leis kósmicas, básicas, são : Amor, Verdade, Justiça, Liberdade, Serviço, Perfeição e Beleza.

‘Celebrai Uma Festa! E Que Seja Como Aquela da Primeira Noite do Profeta com a sua noiva Imortal!’:

Significa fazer a primeira iniciação, a Grande Festa, como a do Profeta49 , a do discípulo aceito , que reconheceu em Ísis , sua Noiva Imortal , a Mãe em cujo ventre se acha o Espír ito. Celebrar essa festa é entrar no mundo espiritual e iniciar os primeiros passos na senda, tornando-se um caminhante, aquele que é atraído conscientemente pelo Grande Ímã, que é Deus.

‘Uma Festa Simbolizada nos Três dias em que foi escrita a Lei’:

A Lei é a existência cósmica una , que não pode ter outra realização, senão a que está tendo. Essa existência se manifestou em três

49 NOTA DO AUTOR DESTA “ APOSTILA ” , E NÃO, DO Prof . OIT ICICA: A pa lav ra P ro fe ta , aqu i , nes te con tex to , não tem a cono tação a tua l de “ aque l e que faz p rev i sões ” , mas , s im , o de sua s i gn ificação o r ig ina l de “ aque l e que e s tá l i gado às co i sas de Deus e de que , de las , aos dema i s fa la ” ; po r tan to , e l e , o P ro fe ta , é o d i s c ípu l o ace i to e que é capaz de se l i ga r à Mãe do Mundo , po rque lhe t i r a os véus , i ndo e sendo a lé m do mor ta l co rpo de maté r ia .

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atos ou épocas ou dias : a) o impulso; b) o conflito; c) o aparecimento das formas resultantes desse conflito .50 51

Esse processo kosmológico da geração de tudo o que foi ou venha a ser criado, em três dias, acha-se reunido adiante nas seguintes frases:

OMNIA IN DUOBUS: – Todas as coisas em dois , isto é, toda a Criação, ou Manifestação, sai do conflito dos dois : Espír ito e Substância. O homem, como Pistis Sophia, é Espír ito e substância.

DUO IN UNO. – Dois em um , a saber, Espírito e substância não são mais que uma só Luz Inefável, ou seja, a Luz Inefável IAÓ ou IAÔ , conforme o texto a ser proferido, com objetivos diferentes. Em grego IAÔ, que deu origem, no latim, a Jovinis ( Júpiter, o Deus tonitroante, o que transmite a energia do Amor Puro , atuando, principalmente, na região da nuca, onde existe um chakra, que absorve esta energia deífica, ou, nos iniciados, na região sacra ou, ainda, no coração). Paralelamente, IAÓ ou IAÔ , são mantras: I age no cérebro; A , nos pulmões; Ó , no coração e Ô , na região sacra, ajudando a subir kundalinî.

UNUS IN NIHILO – Um em nada , porque a Luz Inefável é um IAÔ; na real idade, não sendo manifestado, é nada , é a inexistência, é a Seidade sem nenhuma criação; e a não criação é, para a l inguagem humana, o nada .

50 NOTA DO AUTOR DESTA “ APOSTILA ” , E NÃO, DO Prof . OIT ICICA: Em te rmos de consc iê nc ia , o s homens , de um modo gera l , como Co -C r iado res , na s i tuação de P i s t i s Soph ia an te s de a t i ng i r a un i c idade sup raconsc i en te , es tão no es tág io “b)” , o do confl i t o , ge radores de fi lhos de fe i tuosos , ve rdade i ros “ ekt romas ” , abor tos kósmicos , energ ias sut i s t ransubs tanc iadas antes do te mpo e , po r tanto , imper fe i tas . Os fi lhos dos An jos são per fe i tos . Todav ia , se , nes te e s tág i o “b”, o se r humano es t i ve r v i ve nc i ando a un i c i dade supraconsc ien te , se us fi l hos (pensame ntos , se nt imentos e ações ) se rão sem de fe i tos ; e , conseqüen te mente , e s ta rá na s i tuação da P i s t i s Soph ia sa lva pe lo Cr i s t o .

51 F IM DA 10ª L IÇÃO.

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Além desta explicação, retro proferida, sobre a frase ‘Uma Festa Simbolizada nos Três dias em que foi escrita a Lei’, há outra exposta em meu livro “EU SOU A DIVINA PRESENÇA”, no qual informo que estes três dias (kósmicos) se referem à construção do nosso Sistema Solar até a entrada no kalpa de Saturno ( inclusive), quando aconteceu o “fiat lux” ou o “big bang”, tendo ainda, por referência, durante este último evento, a criação dos átomos primordiais daquilo que veio a ser, através de infindas mutações, os corpos físicos densos dos homens atuais 5 2 . Se assim pudermos dizer, naquele “eon” antiqüíssimo, na quarta dimensão, portanto, em pleno plano sutil , na situação de “bolhas de calor”, quando aqueles projetos de corpos de homens , quais átomos, completamente inconscientes, participavam e se integravam nos corpos dos Arqueus. Inicialmente, o Logos Solar, antes da geração de qualquer matéria conhecida pela ciência oficial dos humanos, ao sair, pois, de seu pralaya , retirando energia primeva de Si mesmo, densificou, no 1º dia kósmico , o mais sutil dos Mundos, ou seja, o Mahâ-Para-Nirvânico; e, no segundo , criou o Mundo Para-Nirvânico; ao passo que, no terceiro , o Nirvânico. Nos dois primeiros dias kósmicos , referentes à densificação dos mahâbuttas Mahâ-Para-Nirvânicos e Para-Nirvânicos, houve concentração de forças de calor galáctico sem luz ; no terceiro dia , houve o “fiat lux” bíblico, correspondente ao “big bang” científico, que é uma densificação de calor visível , como fogo , o elemento fogo dos Alquimistas, gerando-se, nesta ocasião, o Mundo Nirvânico. Nesta ocasião, talvez devido ao “big bang”, quando houve uma densificação mais acentuada, formaram-se também os Mundos Búdico e Mental (Abstrato e Concreto). No 1º dia kósmico de nosso Sistema Solar, com a geração do calor não i luminado , foram também gerados os átomos primordiais dos Arcanjos; no 2º , ainda na situação energética de calor não i luminado , houve a criação dos átomos primordiais dos Anjos; e no 3º , a dos átomos primordiais dos homens, durante e após o “big bang” . Nesta ocasião, os átomos primordiais dos humanos estavam

52 O p r i me i ro co rpo gerado fo i o f í s i co denso ; o segundo , o e té r i co ; o t e rce i ro , o as t ra l ; o quar to , o me nta l conc re to ; o qu i n to , o menta l abs t ra to ; o sex to , o búd ico ; o sé t imo , o â tm ico ou n i r vânn ico , Os corpos do menta l abs t ra to , o búd i co e o n i r vân ico es tão a inda em p rocesso de f o rmação .

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fazendo parte dos corpos ígneos dos Arqueus, seres que são um kalpa mais velhos do que os Arcanjos, portanto seres oriundos de outra Estrela, ou “big bang” , e inseridos no Sistema do nosso Logos Solar, como assim o foram outras Hierarquias Angelicais, colaboradoras do Sistema. Note-se, agora, que o estágio de consciência nirvânica só é atingido, atualmente, na forma supraconsciente, pelos seres humanos mais adiantados, ou seja, aqueles que são capazes de entrar em samâdhy , em nirvana , ou êxtase espiritual. Desta forma, o homem só começou a existir , como “bolhas de calor”, simples átomos sutis, nos corpos ultra-sutis dos Arqueus, a partir do terceiro dia do nosso Sistema, a saber, desde o início da criação dos átomos primordiais dos Arcanjos; em decorrência, para os humanos, seu nascimento primordial se deu no 3º dia kósmico Logóico Solar ou, noutras palavras, para eles, a Lei foi escrita em três dias kósmicos ( kalpas ) . O kalpa de Saturno , que é o nosso 1º dia kósmico, nascido com o “fiat lux”, corresponde, pois, ao 3º (terceiro) dia dos Arcanjos.

Continuando, o Professor OITICICA fornece, de um modo geral, outras explanações sobre trechos da antiga l iteratura greco-romana, dentro da tônica do Humanismo, acrescentando, porém, o significado de algumas palavras usadas nestes escritos, as quais servirão de base para a compreensão de muitas exposições, que são feitas para aqueles que atingiram o patamar da 1ª iniciação menor , fornecida por certas e determinadas Escolas de Mistérios. As iniciações menores são simbólicas, administradas por seres humanos comuns, pertencentes a alguma Escola de Mistérios; ao passo que as maiores são dadas quase sempre por Mestres desencarnados, que atuam nos Planos Sutis , porquanto as Iniciações Maiores sempre acontecem naqueles Planos Extra-Sensoriais. Entre os encarnados, há verdadeiros Mestres, que têm pleno domínio nos chamados Planos Sutis, os quais fornecem Iniciações Maiores àqueles que estão em condições de assimilá-las. Para maior clareza, informo que as iniciações realizadas a partir do Mental Abstrato ( inclusive) são consideradas Maiores . O Professor OITICICA começa, então, a falar, dizendo que são quatro as Iniciações básicas , a saber, a da Terra , a da Água , a do Ar e a do Fogo , resumindo-as desta forma:

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1ª - A da Terra , que nos foi dada no Batismo (mergulho na) da Terra , simbolizado na criação de Adão, feito de barro por Deus (descida da Mônada à matéria), isto é, por IHAVEH, um dos Elohim 5 3 , ou, em grego, Demiurgos , forças plasmadoras da matéria.

2ª - A Iniciação da Água foi-nos dada por João Batista e significa nossa entrada no Plano

53 NOTA DO AUTOR DESTA “APOSTILA ” , E NÃO, DO Prof . OIT ICICA: D i zem os en te nd idos que a pa lav ra Eloh im , do he bra i co , pa re ce te r s ido fo rmada pe lo p lu ra l do nome femin ino Eloah , ao qua l f o i ac rescen tada a te rm inação p lu ra l mascu l i na “im” , imp l i cando com i s to na con jugação , ou na un ião dos p r inc íp ios pass ivo e a t i vo , no p lu ra l , suben tendendo fo rças na tu ra l i zan tes ( ma i s de uma) . Ta l con j un to se re fe re à Binah ( em hebra i co , l e t ra “B” , co r respondendo ao do i s ) , ou se ja , ao núme ro da Mãe Suprema. O a l f abe to heb ra i co a l ém de fo rmar s ímbo l os t ransmi sso res de i dé ias , que são as pa l av ras , possu i também uma cono tação numér i ca usada pe l a caba la , ma i s p rec i samente , kaba lá . De B inah desce ndem se te fi lhos , ou se te Emanações suce ss ivas , equ i va len te s , no Pan te on H indu , a Kóylon , ou à Virgem Mar ia no C r i s t i an i smo . Kóylon é fecundada pe los se te ra ios de Fohat , que é a Po tê nc ia Mascu l i na un i t á r ia , contendo 7 ra ios , qua l mão que possu i c i nco de dos ; e co r responde ao Espí r i to Santo . Os te x tos sag rados b íb l i cos , do Novo Te s tamento , afirmam que o Esp í r i to San to f ecundou a V i rge m Mar i a , Mãe de Deus . Vo l t ando - se ao te rmo Eloh im , d i z - se que e le rep resen ta um dos se te poderes da D iv i ndade Binah (a Mãe), ou os se te ao mesmo tempo . Os Eloh im (Deuses ou Senhores ) equ i pa ram-se aos Devas Dhyâni -Buddhas ou Homens Ce les te s . São se re s d i v inos , e mbora de o rde m i n f e r io r , sendo po r tan to os se te Esp í r i tos C r iado res , seme lhan tes aos se te Riches , da m i to log ia i nd iana . No ocu l t i smo , fa la - se de se te ra i os emanados da D i v indade Logó ica , os qua i s d i r i gem as a t i v idade s , no mundo , que es tão sob suas tu te l as . Pode r íamos , de fo rma suc i n ta , des ta fo rma desc revê - l os : ! º r a io , o do Poder e o da Vontade D iv ina (Té lema) , o do EU SOU ; é o ra io dos re i s , dos genera i s e dos po l í t i cos . 2 º ra io , o do Amor -Sabe dor ia . 3 º ra io , ação , o da sens ib i l i dade às co i sas ex te rnas , a r t e , be l eza , o rgan i zação . 4 º ra io - f az a l i gação das co i sas e x te rnas com as i n te rnas , ca rac te r i za - se pe la ha rmon ia , pu reza , ascensão e per fe i ção ; 5 º ra io - governa o mundo das idé ias , é o ra i o dos fi lóso fos , dos que buscam a ve rdade e dos c ien t i s t as ; 6 º ra io , o da de voção , i dea l i smo , sace rdóc io ; 7 º ra io , o dos ce r i mon ia i s , da d ip lomac ia , da J us t i ça , do P e rdão e da L i be rdade . Se te Espí r i tos Cr iadore s , ou Eloh im ; e , den t re e le s , um é JEHOVAH (Yod e Eva , Mascu l ino ma i s Femin ino , o De us Hermaf rod i ta ) . Os E loh im são e manações manvantá r i cas (pe r íodos e nt re do i s Manus ) do Logos . O Eloh im Setenár io e , ao mesmo tempo , i nd iv i dua lme nte duplo , na person ificação de JEHOVAH, como Yod e Eva , f o i t r ans fo rmado e m um JEHOVAH ÚNICO . Em conseqüênc ia , JEHOVAH é o Eloh im Unificado , j untando , no UM, o b iná r i o e , po r tan to , subs t i tu indo - se a mul t ip l i c i dade dos de uses e dando o in í c io ao monote í smo fi losófico do j uda í smo . É conven ien te d i s t ingu i r a d i fe rença en t re o DEUS LOGÓICO , r e fe r ido no p r ime i ro cap i tu lo do Gênesis , e o SENHOR DEUS (ELOHIM) do segundo cap í tu lo , que são os LOGOI menore s . O pe nsamento teo l óg i co de um DEUS LOGÓICO i n se r ido num LOGOS MAIOR , e t odos pa r te s in teg ran tes de um DEUS ÚNICO , cons t i tu i , não há dúv i da , um avanço fi losófico , na fo rma de observa r o mundo c r i ado e Seu C r iado r . Po r ou t ro l ado , vo l tando ao nosso d ia -a -d ia , podere mos d i ze r que , ao nasce r de uma c r iança , e la e s tá ou t ra vez tendo , i nconsc ien te mente , uma In i c i ação da Ter ra ( t i po de In i c iação ) e na Te r ra (p laneta ) . A lgum d i a , após o t ranscu rso de mu i tas e nca rnações , e la p rec i sa rá ma i s uma vez de se ree ncarnar ( In i c i ação da Ter ra ) , e , de fo rma consc ien te , f aze r uma I n i c iação no Men ta l Conc re to , an tes de a t ing i r a In i c i ação Ma i o r , no Men ta l Abs t ra to . Que In i c iação na Terra é es ta , que é fe i ta de fo rma consc ien te , no menta l conc re to , como a to pre l im ina r de uma In i c i ação Ma i o r ? – É aque la , r esumidamente , em que o “che la” enca rnado , de ixando o Eu Sou ag i r sob re e le , vence o ego í smo . – E , que

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Mental Superior ou Manas . A maior parte da humanidade ainda não atingiu esta iniciação.

3ª - A do Ar ser-nos-á dada ao ingressarmos no Plano Búdico , não sabemos por quem.

4ª - A do Fogo receberemos ao penetrar no Plano Âtmico , ou Nirvânico , e será conferida por Jesus. 5 4 Não se fala no Batismo pelo Espírito , que será ministrado pelo Pai, ao adentrarmos no Plano superior ao Âtmico 5 5 .

As informações do Prof. OITICICA, aqui, neste particular, são um tanto divergentes das minhas, mas isto é natural. Trata-se de abordagens de um mesmo assunto, porém partidas de posições diferentes e não unificadas. São pontos

d i ze r des ta repet i ção de a cada nasc imento ( na ca rne ) co r responder a ma is uma in i c iação inconsc ien te ? – Ass im, ta i s nasc imentos , ve rdade i ras In i c i açõe s Inconsc i entes na Ter ra e , po r tan to , sem o conhec imento das v idas passadas , são rea l i zados , a té que a f ru ta amadure ça , ou se j a , que a c r i a tu ra t enha cond ições de cont ro la r se m ego í smo o Men ta l Conc re to , en t rando , po i s , no Men ta l Abs t ra to . Ao expor es tas idé ias es tamos baseados e m “A Dou t r ina Sec re ta” , de B lava t sky , nos esc r i tos e conf e rênc ias de Rudo l f S te ine r e no l i v ro CONCEPTO ROSACRUZ DEL COSMOS, de Max He inde l ; no en tan to , não que remos com i s to d i ze r que o po l i te í smo se ja super io r ao monote í smo , pe lo con t rá r io , j u l gamos que o monote í smo cons t i tu i um p rog resso sobre o pensamento po l i te í s t a e que , com o avançar na e sp i r i t ua l idade , o monote í smo , que afirma ex i s t i r um só De us e suas c r i a tu ras , f azendo uma g rande d i fe rença e nt re a c r i a tu ra aqu i , e Deus l á , l onge , d i s tan te , é a lgo que e vo lu i rá pa ra o mon i smo , em que se afirma que tudo é UM e some nte UM e que a c r i a tu ra e s tá em De us , e Deus na C r ia tu ra . – Onde? – Lá , no Un ive rso To ta l , e aqu i , no ín t imo de cada um, e mbora como fagu l ha , uma ch i spa pequen ina de Deus , mesmo nas pe ssoas que não O reconhecem e nos se res in f ra -humanos . Também, se r ia imposs íve l Deus Ser no Un i ve rso To ta l , sem Sê - lo no í n t imo de cada um e de cada co i sa . Re sumindo , Eloh im são as fo r ças v ivas , se mpre dua i s e b ipo la res , ocu l tas e i n te l i gen tes , “omn isc ien tes” , que e s tão po r t rás de toda c r i ação , que r nos p l anos densos e v i s í ve i s , quer nos su t i s e i nv i s í ve i s ; co r respondem, po i s , ao decan tado m i s té r io eg ípc io de Í s i s /Os ír is . 54 NOTA DO AUTOR DESTA APOSTILA, E NÃO, DO Prof . OITIC ICA: São João Ba t i s ta se re fe r i u à I n i c iação do Fogo , con f orme esc r i to em Mateus , cap í tu lo 3 , ve r s í cu lo 11 , nos se gu in tes te rmos : “Eu , na ve rdade , ba t i zo -vos com água , pa ra o a r repend imento , mas aque le que vem após m im ( J esus ) é ma is poderoso do que eu , cu jas a lpa rcas ( sapa tos ) não sou d igno de l eva r ; e l e vos ba t i za rá com o Esp í r i to Santo e com fogo . ”55 NOTA DO AUTOR DESTA “ APOSTILA ” , E NÃO DO Prof . OIT IC ICA: O P lano super io r ao  tmico é o Pa ran i rvân ico , que se man i fes ta rá na humani dade , de um modo ge ra l , no próx imo Ka l pa de J úp i t e r , na mesma p roporção e m que o  tmico , ou N i rvân ico , ne le , ho je , se man i fe s ta . No f u turo d ia kósmico , os homens es ta rão v ivendo uma s i tuação e qu iva len te à dos a tua i s An jos . Todav ia , a l guns humanos , ma is ad ian tados , “pu l ando de sé r ie esco l a r ” , j á se to rna ram Mes t res Ascens ionados a i nda nes te Ka lpa Ter res t re , a t i ng indo , po i s , o pa tamar ange l i ca l . De fo rma se me lhante , a lguns an ima is de ixa ram de es ta r i n se r idos nas a lmas -g rupo e passa ram a te r a lmas ind i v idua i s e se e nca rnaram em co rpos humanos , como homens p r i m i t i vos , abo r í ge nes , que v i vem em pequenos g rupos , l u tando pe l a sob rev i vênc ia como mat i l has de l obos . L i , em a l gum lugar , que a tua l me nte es ta po r ta de en t rada , pa ra a humanidade , es tá fechada . Às vezes , e la é abe r ta .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

de vista parecidos sobre o mesmo assunto, sal ientando-se que seus conteúdos não entram em conflito.

Levando-se em conta a NOTA DE RODAPÉ 53 , nas páginas anteriores 93 e 94 (mais especificamente na 94), em que falo da necessidade de o “ chela ” ultrapassar o egoísmo para poder chegar à primeira iniciação nos planos superiores , ou seja, a no Mental Abstrato, o que corresponde à 2ª iniciação, a da Água , retro mencionada pelo Prof. OITICICA, apresento, a seguir, a poesia “O AGIR DO EU SOU”, a qual veio a minha mente em 31/01/1993:

O AGIR DO EU SOU

Esta poesia é dedicada àqueles que estão em crise, a crise dos “meus” e que, ao superá-la, apresentam a condição básica de receberem, na 4ª dimensão, de um Mestre Oculto, a Iniciação no Mental Abstrato, ou seja, a 1ª Iniciação Solar. Além da condição básica, há outras, quais as referidas na próxima poesia denominada “MEUS OLHOS”, na página 99. À semelhança de Moisés, que viu a terra prometida, mas al i, durante aquela existência, não pôde penetrar, o autor vislumbra o 1º céu, mas nele não consegue, permanentemente, ficar.56

56 Moisés sobe o Mon te Nebo , vê a te r ra p rome t ida e mor re ( De ute ronômio 34 ; 1 a 5 ) . Moisés (Mo = água + ys is = sa l vo , re t i r ado) . A pa l av ra “ Moisés” s ign i fica , e m s i , aque le que fo i r e t i r ado das águas . Re t i r ado po r quem? A m i to log ia eg ípc ia e a B íb l i a d i zem que fo i r e t i r ado pe la segunda mãe , a ra inha do Eg i to , fi lha do Fa raó , que , no ce r imon ia l , r ep resen tava Osí r i s , o qua l , segundo a l enda m i to lóg i ca , t i nha po r mãe , fi lha , esposa e v iúva , Í s i s ; de s ta r te , como esposa do Fa raó , ra inha e ra . Os fa raós e ram re i s do Ant igo Eg i to e acumulavam a função sacerdo ta l de Osí res , s í mbo l o do Deus So l , enquan to que a ra inha faz ia as vezes da Deusa Lua , na função de sacerdo t i sa de Í s i s . A p r i me i ra mãe se r ia a na tura l , ou , mesmo, pa ra le lamente e dent ro do en foque kosmo lóg ico , Í s i s , a segunda , de cu jo ven t re t udo nasce . A ra inha do Eg i t o o re t i r ou das águas . Que águas? As águas das energ ias do menta l abs t ra to , ou as da 1ª In ic iação So lar , ou na t e rm ino l og i a do P ro f . O IT IC ICA , a In ic iação da Água (ve r pág ina 94 ) . Eg ito s i gn ifica reg ião da mater ia l i dade ; Quando vagava sobre as águas , Mo i sés fo i , pe la ra inha das co i sas mater i a i s (eg ípc ias ) , r e t i rado das águas do menta l abs t ra to , se m ne las te r a inda fi rme mente mergu l hado ou s ido in i c iado ; s i mp l esme nte vagava den t ro de um ce s to , uma a rca de

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I“Esta Sabedoria não é minha;

Em mim, ela está.”Assim, um sábio falou.

IIPareceu-me estranha a expressão,

Não atingi o âmago da questão.

IIIDepois, pensei:

Meus sapatos, meus chinelos...Minha vida, será que é minha?

Até quando?

IVMeus negócios, meu trabalho,

Meu lazer... serão meus?Até quando?

j unco be tuminosa , ou de se u e u pa r t i cu la r , que o i so l ava ego í s t i camente do mundo super io r . Observe - se que Mo i sés , embora fosse um p ro f e ta , i s to é , f az ia con ta to com as co i sas esp i r i tua i s , governou o povo judeu , du ran te a t ravess ia do deser to , com mão de f e r ro , t anto que ao de scer do monte com as Tábuas da Le i (a dos 10 mandamentos ) , ve ndo que pa r te de seu povo se to rna ra i dó la t ra , ado rando o bezer ro de ouro , quebrou as tábuas e , a se gu i r , conv i dou os i s rae l i tas a re to rna rem ao Senhor ; e mandou passa r pe lo fio da espada , matando todos aque le s que cont inuaram idó la t ras , ce rca de 3000 home ns , con fo rme es tá de sc r i t o em Êxodo , cap í tu lo 32 , ve r s í cu los 26 a 28 . Ago ra , pe rgunto eu : Que m é es ta ra i nha do Eg i to , que re t i r ou Mo i sés das águas? É a f ace in fe r io r da Deusa Í s i s , Mãe de tudo e de todos , ou se ja , f o i re t i r ado das águas do menta l super io r , pe la ra i nha Nefert i te (Neft i s) , aque l a que cont ro la as e nerg ias i n f e r io res em cada um, i rmã de Í s i s . E le l evou o povo de I s rae l ( I s rae l = o que vê Deus ) pa ra o deser to de co i sas mater ia i s , a fim de se a t ing i r as esp i r i tua i s . Povo , aqu i , te m tan to a cono tação de as cé lu las do co rpo do m ic rokosmos de Moisés , quanto à do povo i s rae l i t a p rop r iamente d i t o . A l enda cont inua , d i zendo que , após 40 anos de caminhada pe lo deser to (das co i sas mater ia i s ) , e le env iou mensage i ros à Canaã , a t e r ra p rome t ida , e que , de l á , t r ouxeram um g rande cacho de uvas t ranspor tado , num vara l , po r do i s homens . A c i f r a 40 é fo rmada po r 4 (número da matér i a ) ma is o 0 ( ze ro , f a to r mu l t ip l i ca t i vo dec ima l , quando é ac rescen tado à d i re i ta de a lgum a lga r i smo e , como c í r cu l o , s i mbo l i za um un ive rso ) , s ign ificando , po r tan to , um g rande tempo , ou se ja , a té que a f ru ta m ic rokósmica (homem) amadureça . Uva é o p roduto da v i nha . Lembre mo-nos , en tão , das pa l av ras de C r i s to , em S . J oão , cap í tu lo 15 , ve r s í cu lo 1 : “Eu Sou a v inha ve rdade i ra e Meu pa i , o ag r i cu l to r ” . Mo i sés v iu Canaã , a te r ra p rome t ida , o 1 º céu da 1n ic iação So l a r e mor re u antes de l á chegar (Deu te ronômio , 34 ; 1 a 5 ) , de ixando es te avanço pa ra a p róx ima e ncarnação .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

VMinha roupa, meus perfumes

(Sabonete e água Velva)Serão meus?Até quando?

VIMeus “meus”...Até quando ?

Quando libertar-me-ei dos “meus”?

VII“Esta sabedoria não é minha;

Em mim, ela está”.Assim, um sábio falou.

VIIIOutra vez voltei a pensar:

A mangueira dá bons frutos,A goiabeira também os dá.

IXOs frutos são de quem colhe,

De quem come e saboreia.A árvore não é dona dos frutos,Mas os frutos estão na árvore,A árvore e os frutos são um .

Os frutos pelas árvores passam,Os pensamentos por mim também passam.

O conhecimento é meu,Deste pequeno “eu”,

Deste aquém,Mas o Saber está além.

Esta Sabedoria vem do além;Além, porém, do pequeno “eu”;Aquém, atrás do Grande Eu Sou .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Dele dimanam a Força,O Saber e a Verdade.

XSó assim compreendi

Que esta Sabedoria não é minha;Em mim, ela está,

Como o sangue e o ar 5 7

Que por mim perpassamE em mim estão.

XISe o Eu Sou por mim agir,

Esta Sabedoria por mim passaráE ela, então, em mim estará. 5 8

Ainda, dentro deste enfoque de se conquistar a verdadeira Iniciação nos planos sutis e, portanto, a Primeira Iniciação Solar , não uma formal, fornecida por qualquer Escola de Mistérios , apresento, logo abaixo, outra de minhas poesias, a qual toca bem dentro de nós mesmos e nos diz como é difíci l conquistar a Iniciação no Mental Abstrato . Ela foi redigida, sob a inspiração dos Mestres, em 19/06/03, em Santana de Parnaíba, SP. Ei- la:

MEUS OLHOS

IA pureza é uma virtude,

Mas, eu, pecador,Ainda estou impuro,

Neste mundo impuro.

57 O sangue e o a r são renovados de f o rma con t ínua , embora o pr i me i ro se ja ma is l en tamente do que o a r ; l ogo , “ Que po r m im pe rpassam ” , v i a resp i ração e abso rção dos a l i me ntos e da exc reção dos de t r i t os de suas cé l u las mor tas , num metabo l i smo compl exo , ne l e en t rando a ação do baço e de d ive r sos ó rgãos exc re to res , a lé m da reabso rção de nut r i en tes e de e lementos qu ím icos bás i cos ao s i s tema .58 F IM DA 11ª L IÇÃO .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

IIQuem é puro,

Neste mundo impuro? Meus olhos

Não são de nobreza olhos,São os da cobiça, nem tanto...

Os da malícia, um tanto,Da gula, portanto,

Da lascívia, um quanto!Quem não olhou

Ou cobiçou alheio bem?Quem das curvil íneas curvas 5 9

Da mulher passivo ficou?Qual homem,

Outra mulher d’algum homem,Não olhou?

Ou, inversamente,Qual mulher,

Outro homem d’alguma mulher,Não olhou ou flertou?

IIINeste mundo impuro,

Quem é puro?Mas a pureza existe.

Um dia...ela nos tocará!E, então,

Seremos puros.

IVEis uma luta

Entre o bem e o mal,Na qual

Engajado estou.

V59 Ne s te ve rso , e x i s te a pa lav ra ocu l t a “d ian te” , o qua l poder ia se r ass im exp re sso : “Quem ( d i ante ) das cu rv i l í neas cu rvas” , mas quebra r - se - i a o r i tmo .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

A luta é grandeE a conquista, dif íci l ,

Mas só os purosVerão a Deus 6 0.

Ainda comentando sobre textos sagrados egípcios contidos na l iteratura humanística grega, o Professor OITICICA revela-nos o seguinte :

“Uma festa para Teuti, os filhos do Profeta e os da Viúva”:

Festa é algo alegre, portanto, uma festa para Teuti , o Grande Juiz e também Grande Iniciado e, a seguir, uma festa para os filhos do profeta e os filhos da viúva, ou seja, para tudo o que foi criado, pois Ísis também é a viúva de Osíris , morto por seu irmão Tífon . E, quanto a isto, fala-nos que o mais alto ritual é o cumprimento integral das sete leis kósmicas , que se podem condensar na maior, a do Amor . Esta lei é realmente a lei do equinócio dos Deuses , porque o amor é o equil íbrio supremo de todas as forças, representada cada qual , como faziam os gregos, por um Deus ou Deuses .6 1 Rememorando: As sete Leis Kósmicas Básicas são: Amor, Verdade, Justiça, Liberdade, Serviço, Perfeição Triunfo .6 2

60 Se rmão da Mon tanha , e m Mt . , 5 :8 .61 NOTA DO AUTOR DESTA “APOSTILA”, E NÃO, DO Prof . OIT IC ICA: SÔNIA O IT IC ICA , às pág inas 116 e 117 , dá out ros esc la rec i mentos sob re os fi lhos da v i úva .62 NOTA DO AUTOR DESTA “APOSTILA”, E NÃO, DO Prof . OITIC ICA: Nos d i as a tua i s , profeta é aque le que tem o dom da p ro fec ia , ou de conhecer o fu tu ro ; mas , an t igamente , ass i m não o e ra , e s ign ificava aque l e que po r suas v i r t udes , mant inha um con ta to com a D iv indade e , de l a , t raz ia conhec imentos , sabedor ia e me nsagens pa ra se v i ve r be m; e ram, po i s , os profetas , o s mensage i ros do d iv ino . O profeta , em mu i tos ce r imon ia i s e fes tas pagãs , ence nava o personage m Osí r i s , que t inha como esposa , Í s i s , a fu tu ra viúva . E l es se ap resen tavam, a lego r i camente , no mito de Os ír i s , como in i c iados so la res a pa r t i r do m ic rokosmos e , também, como in i c iados bem ma io re s , ve rdade i ros Deuses , se o lhados macrokosmi camente . Segundo C lemente , de A lexandr ia , no Eg i t o ant igo , os p ro f e tas p re s i d i am os de ta l hes do cu l to aos imor ta i s Osí r i s e Í s i s e t i nham que conhe cer os dez l i v ros sacerdota i s , que t ra tam dos Deuse s e dos de veres do sace rdóc io . O p ro f e ta s imbo l i zava , naque le s ce r imon ia i s , Osí r i s ; e como , na l enda eg ípc ia , Osí r i s f o i mor to po r seu i rmão Tí fon , conse qüen te me nte , sua esposa Í s i s t o rnou - se viúva . Mas , quem são os fi lhos da viúva? – São todas as c r i a turas , t udo o que v ive no ven t re kósmi co de Í s i s , po i s de la tudo sa iu . A inda , no m i to de Osí r i s , f a l a -se de Osí r i s -Ftha (Luz) , o aspe c to esp i r i tua l ; em Osí r i s -Hórus (mente) , o aspe c to

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“Uma festa para a vida ” , porque a vida é um mistério em sentido esotérico natural, profundíssimo, sendo cada nascimento uma iniciação nova , um novo batismo da terra . A morte , igualmente, é outro mistério, tão profundo quanto o da vida , pois constitui, na real idade, um novo nascimento para a verdadeira vida .

“Uma Festa para o “Sentir do Êxtase” é a grande iniciação para o Samâdhi, o desprendimento definitivo da materialidade; este desprendimento não quer dizer que seja a morte, porquanto o caminhante, embora ocupando um corpo físico, onde está a existir e agir, sua consciência vivencia mundos mais sutis e elevados; por outro lado o ser poderá estar desencarnado e, no entanto, continuar tão arraigado às coisas terrenas e inferiores, que estará vivendo, no outro lado do existir , um verdadeiro inferno, qual o descrito por Dante. O importante é estar no mundo , sem ser do mundo .

Neste ponto, caros leitores, outra vez tomo a palavra para lhes dizer alguma coisa a mais sobre a sentença: “Uma Festa para Teuti (Thoth), os filhos do Profeta e os filhos da Viúva” , porquanto, para compreendê-la, há que se fazer a junção da parte intermediária da frase com o seu final, isto é, de Teuti (Thoth) com a Viúva , para depois entrarmos no que diz respeito ao termo Profeta. Mas.. . quem é Teuti e quem é a Viúva? – Teuti (Thoth) , como as pessoas de um modo geral já sabem, é um deus egípcio. Logo, o verdadeiro sentido da oração deve estar dentro dos Mistérios Egípcios . Em conseqüência, a interpretação do que seja a Viúva , nos dizeres desta l iteratura humanística, tem que anteceder à

i n te l ec tua l ; em Osí r i s -Lunus , o aspe c to luna r , ps íqu i co ou as t ra l ; e , em Osí r i s -T í fon , o aspe c to da imôn i co , ou f í s i co e mater ia l e , po r tan to , t u rbu len to . Nes tes qua t ro aspec tos , Osí r i s s imbo l i za o ego dua l , o d iv i no e o humano , o kósmi co -esp i r i tua l e o te r res t re . O ra , se no ce r i mon ia l eg ípc io , o p ro fe ta r ep resen tava Osí r i s (o So l Esp i r i tua l ) , t udo também o que fo i ge rado são seus fi lhos , os fi lhos das núpc ias ce le s t i a i s en t re os i mor ta i s Osí r i s e Í s i s , en t re o Profeta e a Viúva, en t re o Sol e a Terra . Teut i ou Thoth é a inda , no cu l t o de Osí r i s / Í s is , o Deus da Sabedor ia e da Autor i dade sob re todos os out ros Deuses ; é o Deus da pena e da tabu inha (o Esc r i vão Ce les t i a l ) , que ano ta pensamentos , pa lav ras e a tos e os pesa na ba lança . É o Grande Reg i s t rado r e Ju i z ; po r tanto , também, pa ra e le , uma f es ta , uma fe s ta pa ra a Ju s t i ça D iv i na . Ma io res exp lanações sob re Teut i l ogo ad ian te , a pa r t i r da pág ina se gu in te .

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idéia do Humanismo dos clássicos gregos e, portanto, a procura de seus primórdios há de recair nos textos teológicos do antigo Egito dos Faraós. A parte inicial da frase, versando sobre uma festa , já foi explicada pelo Professor OITICICA, conquanto festa tem o sentido de algo muito bom e alegre, e isto é encontrado numa Iniciação , quando a criatura , o filho pródigo, volta ao Pai, o Criador . Na Bíblia, a volta do filho pródigo, ao Pai, é caracterizada através de uma festa , que o Pai mandou fazer, para comemorar este acontecimento (ver Lc. 15: 1 a 32). Todavia, agora, a festa é para Teuti (Thoth) , que representa todos os filhos do Profeta e os da Viúva . Ora, ainda continuamos com a pergunta: “Quem é Thoth , representante maior, que é, dos filhos do Profeta e os da Viúva ?” Na Egiptologia, encontramos informações dizendo que Thoth é um Deus, dentro do Panteão Egípcio, possuindo uma pena (para escrever) e a tabuinha de Escrivão Celestial , sua cabeça é a de íbis, uma águia, a águia da intel igência. Thoth porta a vara serpentina, emblema da Sabedoria, a qual é o resultado da subida da serpente kundalinî pelos canais Idâ, Pingalâ e Sushusmnâ , na coluna vertebral ou no Caduceu de Mercúrio, até chegar ao Sahasrâra-padma , que é o lótus de mil pétalas ou chakra coronário, formando a coroa angelical. Aquilo que, para os estudiosos de ocultismo, agora é expresso em nossa l inguagem ocidental, igualmente está simbolizado no estudo egiptológico, porquanto Teuti , ou Thoth , apresenta-se coroado com um “ atef ” e um disco lunar e leva na mão o “Olho de Hórus”, representando o terceiro olho , a visão clarividente. “Atef” é a coroa de Hórus , o qual, Hórus , equivale, no Cristianismo, ao Deus Filho , o Cristo . O “Atef” consiste num capacete alto e branco, com chifres de carneiro e um “uréus” (serpente , como símbolo da Iniciação e da Sabedoria). Os chifres de carneiro estão a indicar que, além do sahasrâra-padma e antes do seu desenvolvimento, dois outros chakras são desenvolvidos na cabeça do Iniciado, representando a inteligência e o raciocínio a serviço do bem. O capacete branco é, semelhantemente, símbolo das forças brancas, ou seja, as que seguem as Leis Kósmicas, as forças do bem e do justo. Thoth é o Hermes grego, ou o Mercúrio romano. O Hermes grego tem os toques do secreto e da Sabedoria, enquanto que o romano Mercúrio possui os da

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sagacidade e da velocidade, símbolos do comércio. O Hermes grego, pela Sabedoria, foi venerado como Hermes Trimegistus ou Trimegisto , o Três Vezes Grande, e era o Diretor das ciências f ísicas (conhecimento tridimensional) e o das ciências ocultas, incluindo, nelas, o saber do que se passa no interior das almas (conhecimento extra-sensorial, noutras dimensões). Este é o relacionamento do primordial Thoth egípcio com os seus correspondentes deuses da posterior cultura greco-romana.

Algumas figuras de Thoth mostram, em suas mãos, a emblemática cruz Tau e, em outras ocasiões, a vara serpentina , constituindo o futuro “Caduceu de Mercúrio”. A serpente é o símbolo da Sabedoria e da subida de kundalinî até o sahasrâra ; esta ascensão é a característica da Sabedoria boa, mas kundalinî pode descer, ao invés de subir, produzindo o conhecimento diabólico. A cabeça da ave Íbis, a caçadora de serpentes más, é a que encima o corpo de Thoth , a nos dizer que, ele, além de produzir o bem, derrota o mal. Se o egípcio Deus Thoth , como Escrivão Celestial, tem o poder de anotar as faltas das almas em sua tabuinha, depois de pesar seus corações, tendo uma pena de pássaro como contrapeso, no outro prato da balança e, se ele também é o Juiz das almas, verificando os pensamentos, palavras e ações dos homens, este Deus é exatamente o que as ciências ocultas chamam de “os Senhores do Karma ” ou de “os Senhores da Morte ” , que são Anjos, seres com um dia Kósmico à frente do homem, e que têm, por missão, fazer o parto invertido, ou seja, administrar o desencarne dos humanos, um nascimento no outro lado da existência .

Até aqui falamos de Teuti . “Uma festa para Teuti” , ou seja, algo de muito bom e alegre em nossa Iniciação, em honra ao Grande Juiz (Teuti), para que ele sinta alegria em julgar nossas almas! Amém! Os Anjos , bem como os Verdadeiros Iniciados , são os filhos do Profeta , que é o Deus Solar Osíris (Microcósmico ou Macrocósmico), o qual, com sua imortal esposa, Ísis , ou Maria na l inguagem cristã, geraram todos os seres. Ísis , ou Maria , é a representação humana do Logos Terrestre, o aspecto feminino do Logos Sol/Terra , o Grande Hermafrodita, enquanto que Osíris é a representação humana do mesmo Logos Sol/Terra ou Logos

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Solar . Se fôssemos Anjos, a representação seria diferente, pois estaríamos noutro contexto, inclusive, o da invisibi l idade aos olhos humanos. Mas.. . porque a expressão Viúva , tratando-se de Ísis ou de Maria? Acontece que teremos, então, de nos ater ao mito de Osíris/Ísis . Neste mito, Ísis é mãe, filha e esposa de Osíris (o Sol). É Mãe , porque todo ser criado, mesmo sendo um Logos Solar, é gerado no seio da matéria virgem inconsciente , que se tornou semiconsciente, consciente, supraconsciente e, finalmente, “omnisciente”, unificando-se em Deus e afirmando e vivendo o “Eu e o Pai somos UM ”. Observe-se que, no Cristianismo, Maria também é conhecida como a Mãe do Mundo . Ísis, como informamos, também é filha de Osíris , porque deste novo Logos (Osír is) , nascido de Ísis, como Mãe do Mundo, saem energias virgens (suas filhas, outras Ísis ), isto é, nunca tocadas, sendo a matéria prima original , ou seja, o barro ainda sem forma e, portanto, virgem de que foi feito Adão; porém, este Adão, como co-Criador , um novo Osíris , tornar-se-á o estruturador e o formador de outros seres, seus filhos e filhas , derivados, pois, do Pai/Mãe Sol/Terra , o Divino Hermafrodita. E, finalmente, é esposa , já que, sem a ação “omnisciente” do Logos Osíris, não haverá a fecundação da Ísis Virgem, tal qual no Cristianismo, sem a fecundação dos raios solares, não será a Virgem Mãe Terra fecundada, ou, noutras palavras e em outros patamares metafísicos, a Virgem Maria sendo fecundada pelo Espír ito Santo. Todavia, ainda pergunto: “Como entender a palavra Viúva? – Para isto, teremos, de novo, que retornar ao mito. Assim, Osíres , a Unidade Coletiva, um Sol Energético, “Omnisciente” e que tudo engloba, quando diferenciado e personificado, converte-se parcialmente em Tífon , seu irmão, o lado escuro da duplicidade, a sombra, sendo a energia mais densa d’Ele mesmo (Sol Osíris), a qual está para receber o sopro da vida e da materialização. Neste processo logóico, a parte feminina (Ísis), de o Grande Hermafrodita, contém igualmente suas irmãs Neftis ou Nephtys , e também, em Hórus , seu filho. Desta maneira, poderemos verificar que Nephtys ou Neftis (alguns, aportuguesando bem a palavra, chamam-na até de Nefertite) constitui a sombra de Ísis . A lenda continua dizendo que Osíres foi morto por seu irmão Tífon (sua parte escura, sua sombra), tendo sido

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esquartejado e seus pedaços espalhados pelo vento. Ísis , desesperada, procura juntar as partes do falecido marido, e consegue fazê-lo, por força da magia kósmica, dando-lhe de volta a vida. Aqui, nesta parte, ressaltam-se dois pontos : 1) o Mistério da Reencarnação, também em sintonia com a história do pássaro Fênix , que, das cinzas de si mesmo, voltava a viver; 2) o esclarecimento do emprego da palavra Viúva , visto que, com a morte de Osíres , Ísis , sua esposa, tornou-se, ou torna-se ou se tornará, naturalmente, uma Viúva, considerando-se o fato de que o mito ultrapassa o tempo e o espaço, da mesma forma que as Leis Divinas assim o fazem. A lenda ainda informa que, numa sala apropriada, no Amenti, a morada do Deus Amon , ou Amoun-Ra , as almas aguardavam seus julgamentos kármicos pelo Grande Juiz Teuti , ou Thoth , e este, na superior posição de Juiz das Almas, ainda que no “status” de um Anjo , como em verdade é , há de se convir que ele foi gerado pelo Profeta (o mensageiro de Deus), na situação de um Logos Solar , em união com a Viúva Ísis , a alma da Mãe Terra, ou a alma do Logos Terrestre , ou do feminino Logos Além Terrestre , aquela que, em seu processo reencarnatório, em eras idas, teve o falecimento de seu Marido e Amante Solar , através de seu respectivo assassinato pelas energias inferiores que n’Ele, Osíris , existiam, na forma de seu irmão Tífon . Em relação à humanidade, seus iniciados, como filhos humanos mais velhos ou mais adiantados do Profeta e da Viúva, são verdadeiros Thoths em miniaturas, Juízes, julgando inicialmente seus próprios atos, para depois, o de outros seres, que estão ou estarão sob suas tutelas . Neftis ou Nephtys é irmã de Ísis , ou a sua natureza inferior e sombria, tal como Tífon o é de Osíris. Similarmente, Osíres e Tífon são apenas UM, sob dois aspectos diversos; desta maneira, Ísis e Nephtys constituem o mesmo símbolo do duplo poder oculto, feminino e naturalizante, que existe na Natureza, apresentando sempre o dual aspecto (inconsciente e “omnisciente”), com diversas variações. 6 3

63 F IM DA 12ª L IÇÃO

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Voltemos outra vez aos ensinamentos do Professor OITICICA, que passa a definir diversas expressões usadas pelos antigos:

“E U O E” – Exclamação invocativa dos gregos, conhecida pela palavra EUOE. O discípulo embriagado de energias espirituais , pela força do vinho da verdadeira Videira do Deus Baco, equivalente, no Cristianismo, ao vinho crístico , não ao simbólico vinho material (ou suco de uvas)6 4 intermediário do espir itual, entoava esse grande mantram 6 5 unificador das forças ascendentes, que nele (discípulo) trabalharam , ou, se assim hoje é realizado, trabalham , ou trabalharão , se no futuro for .

“IAO” – É o Nome exotérico da Luz Inefável , segundo o Dr. Krum Heller. O “I” significa IGNOS, o fogo; o “A” , Água; enquanto que o “O”, ORIGO, a origem donde dimanam a água (elementos l íquidos) e o fogo (elementos radiantes). “IAO” é uma força viva , um Deus atuante, correspondendo a “Jovinis”, o Deus Júpiter. “IAO” representa ainda O Deus Trino , Infinito, o Três no Uno .

“SABAOTH ou SABAÔTH” – É o nome hebraico dado ao Deus dos Exércitos, representativo das forças kósmicas, manobradas pela Vontade Divina ; portanto, Senhor de todos os seres ou de todas as entidades que foram criadas, formando um Exército, e que estão trabalhando na seara divina. Significa também a

64 NOTA DO AUTOR DESTA “APOSTILA”, E NÃO, DO Prof . OIT IC ICA: O s i mbó l i co v inho mater ia l (ou suco de uvas ou , me smo, água ) , du rante a euca r i s t i a , acha -se impregnado de á tomos c r í s t i cos , t ransmi t idos com o aux í l i o de potênc ias super i o re s , v i a um cana l humano , nas pessoas de pad res , sace rdo tes , méd iuns , p ro f e tas , xamãs e t c . 65 NOTA DO AUTOR DESTA “APOSTILA”, E NÃO, DO Prof . OIT IC ICA: O “E” aber to (É) , de “EUOE”, a tuando no chakra da ga rgan ta , a t i va o Poder do Verbo ; o “U”, ag indo no chac ra umb i l i ca l , t r az repercussõe s nos ó rgãos ao seu redo r , morme nte nos in te s t inos , onde impera o Poder de Abso rção , tan to no Plano F ís ico quan to nos Sut is , po i s é o chak ra que abso rve energ ias de ou t ras d imensões , i nc lus i ve as t ra i s e me nta i s ; e fina lme nte o “Ó” , que se comunica com as t rê s se ções super io res do Mundo Ast ra l , l i gando o d i s c ípu lo a se u Cr is to Interno , pe lo chakra ca rd í aco , a lém de , no Plano F ís ico , f o r ta l ecer o ó rgão do co ração . O “Ó” abe r to , t raba lhando no chakra do co ração , t em o Poder de L i gação com o d iv ino ; j á o “Ô” f echado encer ra ou t ro Pode r , ma i s pe r igoso , e i s que se con tac ta com kundal in î , no chak ra bás i co .

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luta do Espírito atuando na matéria. “Sâbâ”, em hebreu, quer dizer ir para a guerra ; logo, “Senhor de Sabaoth (ou dos Exércitos que estão trabalhando na Seara, como homens obedientes à Lei Divina, elementais, Anjos, Arcanjos etc.)” .

“KIRIE” – É o vocativo da palavra grega “Kyrios”, senhor , significa, portanto, um chamado “ao Senhor ”.

“ABRAXAS” ou “ABRAXAX” – Divindade sin-gular, que alguns entendem ser Mitras dos Persas. Consagrava-se um grande respeito ao seu nome (ABRAXAS), cujas letras ou caracteres gregos, tomada cada uma por uma cifra, formam todas a integral quantia de trezentos e sessenta e cinco , que é a dos dias do ano. É o Deus do fogo , que domina e rege o fogo criador, que reina dentro de nós. (Veja-se ABRACADABRA, mais à frente).

Com relação a ABRAXAS , tecerei ainda alguns comentários; antes, porém, quero-lhes deixar uma poesia sobre o tema, a qual nasceu em 15 de setembro de 1999, em São Paulo, SP:

ABRAXAS

A eletricidade é força; mas ela pode ser luz, sem saber que é luz, assim também somos nós.

Esta poesia é dedicada a Maria Aparecida Vaisaveo , que, ao pronunciar inusita-das, porém corretas sen-tenças, em determinada cerimônia, gerou em mim uma certeza e, além desta, uma necessidade medita-tiva, da qual, pela intros-

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pecção e pela força das musas, nasceu a inspiração.

IEu vim da Luz, 6 6

P'ra Luz eu volto.Eu era a Luz, na Luz estava,

Sem saber.. .Que a Luz eu era.

IIDesci às trevas, 6 7

Mas sou a Luz. 6 8

IIINa inconsciência do meu Ser,Estava na Luz, eu era a Luz,

Sem saber.. .Que a Luz eu era.

IVNa consciência do agora,

Estou na sombra,66 “Eu v im da Luz” s i gn ifica “Eu v im de Deus” , m i nha o r igem é d iv i na . Sou um caminhan te v i ndo do i nfin i to , do aquém do á tomo , enfim do sop ro o r ig ina l de Deus . Ao á tomo chegue i com aque la se ns ib i l i dade p r imár ia que os fi lóso fos chamam de p re ensão . P e las cé lu las passe i , caminhando sempre do m ine ra l ao vegeta l , do vegeta l ao an i ma l e des te ao homi na l , em suce ss ivos ka lpas (d ias kósmi cos ) pa ra , depo i s de mu i to andar , fu tu ramente ao ange l i ca l che gar e sempre ad ian te p rossegu i r . Na ob ra “O L IVRO DOS ESP ÍR ITOS” , cod i ficado po r ALLAN KARDEC , no fina l da respos ta à pe rgun ta 540 , há um t re cho des ta fo rma exp resso , re fe r i ndo - se à evo lução dos esp í r i tos (a lmas ) : “ É ass im que tudo se rve , tudo se coo rdena na Na tu reza , de sde o á tomo p r i m i t i vo a té o a rcan jo que , e le mesmo, começou pe lo á tomo .” . Eu v im da Luz inconsc ien te mente e pa ra Luz eu vo l t o sup raconsc ien teme nte , pa ra enfim a E l a un i r -me on i s c ien te mente , ta l como J esus o fez , quando afirmou “ Eu e o Pa i somos Um.” . 67 “Desc i às t revas” , com es te ve rso , es tou a d i ze r que o ra io da D iv indade , que dá v ida a es te m ic rokosmos que sou e u , é o P r i nc í p i o In te l i gen te , o Esp í r i to em mim. Sem e le , ne s te mundo mater ia l i zado , to rna r -me -e i um cadáve r . Es te Esp í r i to , de r i vado de De us , como também a matér i a o é , f o i quem de u e dá v i da ao boneco de ba r ro (maté r ia ma is densa ) , a t ravé s do flu ido cósmico un ive rsa l ( FCU) , na l i nguage m esp i r i t i s ta , ou de d ive r sos é te res , nas pa lav ras dos ocu l t i s t as , teosofis tas e ros i c ruc ianos .68 “Mas sou a Luz” cons t i tu i uma afi rmação de que a consc iênc ia e m mi m, mesmo momentane amente , u l t rapassou os l i m i tes do co rpo f í s i co e dos co rpos flu í d i cos ou su t i s , passando a t i ng i r os pa tamares do t rans -e u .

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Na penumbra vivo,Mas p'ra Luz já volto, Cavalgando ABRAXAS.

VABRAXAS, ABRAXAS,

Os cavalos da inconsciência 6 9 ,Quê 7 0 ,

Pela força do EU SOU,Em mim batendo,E a mim levando

A supraconsciênciaDa nova aurora.

VIDepois... muito depois...

Quantos dias? Quanto tempo?Que distância? - Não sei.

Três, meia, cinco... Não sei.Só sei que não sei;

Mas sei também que meus cavalos,Os cavalos de ABRAXAS,Por certo me levarão...Eu sei que me levarão

69 Desde a p r im i t i va consc iê nc ia dos á tomos , poderemos d i ze r que , sempre num c rescendo , e la va i se amp l iando pa ra a t ing i r a dos vegeta i s , dos an ima is , a té chegar a dos home ns e a lé m de les . Na fa ixa humana , há vá r ias fo rmas de consc iênc ia , como inconsc iênc ia , subconsc iê nc ia , consc iê nc ia p rop r iamente d i ta ou l i t e ra lmente compre end ida (com + c i ênc ia , ou com + conhec imento , ou a consc iê nc ia de v ig í l i a ) sup raconsc iê nc ia e “omni sc i ênc ia” (quando o se r , como Je sus puder d i ze r “Eu e o P a i somos Um) , numa evo lução cons tan te . De nt ro do espec t ro da consc iênc ia , a inda apare cem d ive rsos es tados e , t ambé m, l i nhas de consc i ênc ia , qua i s os es tados de consc iê nc ia de sono le ve , sono leve com v i sões , sono p ro fundo sem sonhos , sono p ro f undo com sonhos , de consc iê nc i a de v ig í l i a e es tados a l t e rados de consc i ênc i a , os qua i s (e s tes ú l t imos) são os v iv i dos pe los xamãs em ação e pe lo êx tase e sp i r i tua l ( samâdh i ) dos m ís t i cos , i n se r idos todos nos “ fogos ou energ ias sut i s ” , da í ABRAXAS se r chamado também de o Deus do Fogo . São fo rças de íficas , que e s tão den t ro de cada se r , a tuando conf o rme a e vo lução de cada um. Numa f ace ta in fe r i o r e pa to lóg i ca , os es tados de consc i ênc ia a l te rados podem ser obse rvados duran te os de l i r i um t reme ns so f r i dos pe los a l coó la t ras ou , a inda , du ran te as d i tas “v i age ns” fe i t as pe l os v i c iados em d rogas ou , mesmo, os s i n tomas ps i co lóg i cos ap resen tados pe los doen te s menta i s . Os es tados de consc iênc ia de t ranse , v i v idos pe los xamãs e duran te o êx tase esp i r i tua l , no rma lmente ent ram na fa i xa do t ranspessoa l ( t rans -eu ) ; e a l guns , na do não -eu .70 E s te “Quê” de ver ia se r á tono , po ré m pe la fo r ça das l i be rdades poét i cas passou a se r tôn i co , po rquan to não há ve rso sem ton ic i dade .

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Aos céus da eternidade,Noutra idade, após mergulhos...

Sucessivos mergulhosNos infernos de mim mesmo...

E, num terceiro dia,Lá estarei,

UNO,Eu e a Luz,

Na “omnisciência” de meu Ser.

VIIDa Lei não fujo,

Da Lei não foges!E num terceiro dia,

Lá estaremos,UNOS,

Eu e tu,Na Luz da “omnisciência”

De nosso Ser, Amalgamado,

No Grande Ser do UM,Que tudo abraça.

Ó, que Graça!Graças a Ti, ó Pai,Que tudo abraças!

“ABRAXAS” ou “ABRAXAX” ou “ABRASAX” – São palavras místicas que remontam a Basíl ides, o gnóstico e pitagórico de Alexandria, no início do Cristianismo; ou, mais longinquamente ainda, dizem respeito a uma Divindade que alguns entendem ser Mitra(s) , ou Mithra(s) dos Persas, o Deus-Sol . Talvez, por esta conotação, tenham-lhe atribuído (a ABRAXAS) o número 365, correspondendo à quantidade de dias que a Terra demora para, em sua órbita, fazer a sua circunvolução ao redor do Sol, ou seja, um ano. Fato interessante a ser observado é que, na aritmancia, somando-se o valor das letras que formam esta palavra, no idioma grego, atinge-se exatamente o número 365. Pictoricamente, há uma gravura de ABRAXAS em que aparecem quatro cavalos puxando uma biga, viajando sobre nuvens (as nuvens dos pensamentos), e comandada por um guerreiro, o qual tem a cabeça de um galo, como a dizer que aquele que quer atingir

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os objetivos da espir itualização não pode perder tempo, pois o galo é o madrugador. O homem da biga, ou o viajor, tem que comandar as três forças sutis invisíveis (menos densas e não representadas na figura) e as forças sutis mais densas, representadas pelos quatro cavalos dos corpos inferiores ou as do físico, do etérico, do astral e do mental inferior. Tem em seu braço esquerdo um escudo com o nome de ABRAXAS; e, na mão do outro braço, um chicote, símbolo do Poder e da autoridade, enfim daquele que possui o comando. As pernas do guerreiro convertem-se em duas serpentes, as quais dir igem as rédeas dos cavalos, que são representações das forças controladoras dos instintos do corpo f ísico e das dos costumes gravados no etérico, éter registrador de hábitos e vícios, bem como das forças dos desejos e das dos pensamentos, os quais, cavalos, devem ser domados e governados pela Sabedoria, emblemada pelas serpentes, possivelmente l igadas à “kundalinî-shakti”, razão pela qual esta Sabedoria (simbolizada pela serpente) está mais vinculada à região sacra , donde surgem as pernas e não, ao cérebro . A este órgão pertence o tridimensionalismo; à kundalinî shakti , os poderes extra-sensoriais. O guerreiro, em si, é o caminhante, que luta com os seus defeitos para atingir a perfeição e a divindade, cujo protótipo ideal de guerreiro é o personagem Arjuna do “BHAGAD GÎT”, epopéia hindu. Na parte alta do quadro, aparecem um sol e uma lua crescente, os quais nos dizem que o Universo Manifestado gira entre dois pólos, ou que está submetido ao Poder Polarizado, inclusive nos mundos sutis, expressos através da imagem cambiante das nuvens, onde a nossa carruagem se apóia e está a correr e caminhar. ABRAXAS é o Deus do fogo , que domina e rege o fogo criador , dentro e fora de nós. Para melhor visualização, reproduzo, na página seguinte, uma gravura correspondente, feita por algum irmão iniciado desconhecido71:

ABRAXAS

71 F IM DA 13ª L IÇÃO

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Dando continuidade, retornemos às palavras do Professor OITICICA, que continuou a definir certos termos usados pelos antigos, os quais alguns chegaram até nós, por meio das lendas infantis:

“Abracadabra” – nome que servia para formar uma figura supersticiosa, atribuindo-se-lhe a virtude de preservar as pessoas das enfermidades e de as curar. As letras deste nome deviam ser dispostas pelo seguinte modo:

a b r a c a d a b r a a b r a c a d a b r

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a b r a c a d a b a b r a c a d a a b r a c a d a b r a c a a b r a c a b r a a b r a b a

Esta figura, sendo principalmente composta das letras do nome abraca , o mesmo que abraxas , que se tinha pelo mais antigo dos Deuses, era por si mesma venerada, reverenciada, como uma espécie de Divindade. Observe-se que, em “abracadabra” , os diversos níveis entrelaçados das letras equivalem a várias faixas vibratórias do inconsciente, possuindo uma simbologia análoga ao “Abra-te Césamo” da estória infantil de “Ali Babá e os 40 ladrões”. (Ver Abraxas , Deus do fogo que domina e rege o fogo criador, que reina dentro de nós).

“Mitras” – é o Deus Sol dos Persas antigos.“Phale” – vocativo do substantivo grego

Phallós , o falo masculino, símbolo da força geradora . Este vocativo é uma reverência e invocação à força geradora , para que ela atue em nós, tornando-nos profícuos, produtivos e úteis à Humanidade.

“Pan” – significa tudo; é a personificação da força kósmica, onipotente, composto de Mãe, Pai e Filho, o Trino Uno.

“Iskhyrion” – significa, em grego, o forte , príncipe dos serafins, que trabalha dentro do sopro divino.

“Athanaton” – o imortal . Thanaton corres-ponde àquilo que mata, veneno, a morte ; logo, athanaton é, ao pé da letra, a não morte; portanto, uma reverência ao Espírito.

“Abroton” – significa, o sem limite, o Absoluto. É o Príncipe, que rege o coração.

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“Kaire” – fórmula de saudação grega, equivalente a Salve .

“Panphage” – o que tudo devora, o devorador e consome, aplica-se ao fogo kósmico consumidor , representado no hinduísmo pelo Deus Shiva.

“Pangenetor” – onigerador; é o oposto de panphage (o que tudo devora, o destruidor); pangenetor é o fogo divino através do qual tudo é feito; em seu aspecto feminino é a “kundalinî shakti ” e, no masculino, equivale a “phallós ”; é representado no hinduísmo pelo Deus Brahmâ.

“Hagios” – significa Santo , Universal .“THELEMA” – Vontade no mais alto sentido,

Vontade Divina atuante no homem.

Eis, ainda, alguns conceitos coletados pela SÔNIA OITICICA, a respeito de textos herméticos, sobre os quais ela fez comentários valiosíssimos:

“Ísis” – Nas Escrituras Herméticas (antigas), encontram-se referências à “mulher vestida de Sol”. E pergunta : “É isto um símbolo ou a sublime realidade do mundo superior ?” – Em resposta, ela diz que as antigas rel igiões estavam baseadas e inspiradas nos Mensageiros da Hierarquia Planetária, que prestavam grande reverência ao princípio feminino da Criação, um aspecto da Deidade. Foram dados vários nomes à manifestação desse Princípio Feminino e, dentre eles, Mãe do Universo, Mãe do Mundo, Ísis , Ishtar, e Sophia. Para os cristãos gnósticos, ela era conhecida como o Espír ito Santo , uma pessoa da Trindade; porém a cristandade eclesiástica encarou a Santíssima Trindade como inteiramente masculina, assim privando seus aspectos de um sublime e nobre conceito.

“Ísis de asas abertas” – Símbolo do mundo visível e invisível, mundo que ela domina com os braços estendidos. Estes mistérios foram fundados por Ísis , em honra de Osíris , morto e ressuscitado. Daí os Mistérios de Ísis e Osíris , mencionados pelos gregos, quando se tratava dos Mistérios

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Egípcios. Num texto antiqüíssimo, pois doutra forma não poderia sê-lo, já que estamos falando de Ísis da antiga Mitologia Egípcia , assim está expresso: “Ísis dá ao Mestre um pão”. – Que isto está a dizer? – Que a Mãe do Mundo, o Divino elemento feminino do Universo entrega o fruto da terra, o trigo, ao elemento masculino, o Mestre, para que ele realize a magnetização, e o Mestre, após a magnetização, o reparte, com quem? – Entre os que estão, na Seara do Senhor, atentos , vigi lantes e em guarda contra os poderes inferiores, que a cada instante podem atacar o neófito, desviando-lhe do caminho para a Divindade. Com esta repartição, o Mestre (Osíris), como pessoa f ísica, representando os poderes do Logos Solar, que é o elemento fecundador da Mãe Terra (Ísis), está expressando, em ato simbólico, o que cotidiana e inconscientemente acontece na Natureza, mas para o caminhante, que está vigi lante, atento e em guarda , fa-lo-á conscientemente e, depois, supraconscientemente em planos superiores. Ísis e Osíris simbolizam a matéria hermética, formando um só sujeito composto de duas substâncias, o masculino, ou o agente, e o princípio passivo ou feminino. Osíris era o mesmo Serapis ou Amon de cabeça de carneiro , pois que é de natureza quente. Ísis , vista como a lua , t inha uma cabeça de touro, animal pesado e terrestre, cujos cornos representam o crescente. Serapis era um grande Deus Solar, que substituiu Osíris no culto popular e em honra do qual se cantavam as sete vogais , correspondendo aos setes sentidos, dois a mais, para serem despertados na futura humanidade. Em muitas de suas representações, surgia como uma serpente, ou o “Dragão da Sabedoria”.

Os antigos figuravam, na ciência oculta, o constante objeto de seus esforços, sob a forma de uma mulher revestida de um véu impenetrável. “Ninguém levantou ou levantará jamais meu véu ”, como tal permanece a afirmação gravada sobre a Ísis velada , a Verdade Oculta. Plutarco diz que Osíris

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era também interpretado pelo Rio Nilo (o fecundador) e Ísis , como as terras do Egito , periodicamente ferti l izadas pelas inundações desse rio (Plutarco, “Moral ia”).

Filhos da viúva – Pelas anotações da Sônia sobre esta expressão, pesquisada, dentre outras, na obra “PEQUENA HISTÓRIA DA MASSONARIA”, de C. W. Leadbeater, ela chegou à conclusão de que a Sra. Izabel Cooper Oakley, após anos de laboriosa e paciente investigação, verificou a existência de uma tradição oculta na maçonaria e misticismo oriental e que, na expressão “o Fi lho da Viúva ”, foi encontrado, no século II I da era cristã, em Manés, o elo de l igação com a Fraternidade Branca e, mais ainda, que a Sra. Izabel Cooper Oakley fez profunda apreciação da obra executada pelos Trovadores , assim: “Depois da morte de Manés, em 276 de nossa era, houve uma íntima aliança, uma fusão, mesmo, de correntes ocultistas, incluindo algumas das principais seitas gnósticas, e daí se origina a mistura das duas mais ricas correntes da Sabedoria Oriental. Uma, procedendo diretamente da Índia, através da Pérsia; e a outra, atravessando o maravilhoso período egípcio e enriquecida pela Sabedoria dos Grandes Instrutores Herméticos, a qual, esta última, fluiu para a Síria e a Arábia, donde, com força acrescida e haurida nos divinos poderes manifestados no profundo mistério do bendito Jesus, atingiu a Europa, através da África do Norte, estacionando na Espanha, e criando fortes raízes. Deste tronco floresceu , exuberante na riqueza de oratória, a canção pela qual sempre viveram os Trovadores, os Maniqueus, que modulavam e cantavam a Sabedoria Esotérica , que, diretamente, não ousavam proferir.”

Vemo-los depois dispersos em seitas, tomando denominações locais, separados apenas nominalmente, usando a mesma linguagem secreta e os mesmos sinais. Assim, aonde quer que estivessem e qualquer que fosse o nome que os designasse, conheciam-se reciprocamente como “os Filhos da

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Viúva ” , empenhados e unidos numa Busca Mística, numa só comunidade, orientados pela força de uma ciência secreta. Com eles, veio, do Oriente, um ideal cavalheiresco, entoando o amor e o canto dos céus; mas esse Amor era um Amor Divino e o céu era a Sabedoria e a Paz daqueles que buscavam a vida superior. Foi esse povo de os filhos da viúva (de Ísis), que, há cerca de 40.000 anos antes do Cristo, o Instrutor do Mundo visitou, como o Viúvo da Loja Branca , sob o nome de Teuti ou Thoth , mais tarde chamado de Hermes , pelos gregos. Viúvo da Loja Branca , porque esta, diante das ignomínias do mundo material, havia sido contaminada, tendo perdido grande parte de sua força, tornando-se como que morta .

“O Conquistador” é aquele que, pela evocação das maravilhosas potências do seu mundo espir itual, volta a fazer brotar tudo o que foi bom, belo e verdadeiro em cada uma de suas encarnações passadas. E, com Ísis , da matéria prima dela mesma tirada, o Conquistador assim recita: “Eu me uni, reunindo-me dos quatro cantos do Universo com todos os membros que estavam dispersos”, falando da ressurreição de Osíris .

Como, durante o transcorrer do relato, o termo Hórus algumas vezes apareceu, nada mais justo que façamos algum comentário sobre este duplo participante do humano e do divino. Desta maneira, passaremos a expor que foi o último da série dos soberanos divinos do Egito , do qual se dizia que era filho de Osíres e de Ísis . Hórus é o grande Deus, descendente de Deuses e subjugador do mundo. Kosmicamente, é o Sol de inverno . Descrevem-no dizendo que é a “substância de seu pai”, Osíres , de quem é uma encarnação, e que também é idêntico a ele. “ O Olho de Hórus ” é uma representação gráfica bem conhecida, às vezes desenhada em tabuletas ou em pequenas peças de cerâmica, servindo também como adorno significativo e, em si, representa o terceiro olho, a visão clarividente. Hórus equivale, no cristianismo, ao Deus filho, o Cristo . Hórus é uma divindade casta e, como Apolo , não tem amores carnais.

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Seu papel, no mundo inferior, está relacionado ao Juízo e apresenta as almas a seu Pai. Governa todos os humanos e, segundo sua vontade, o Sol dá voltas, produzindo abundância, que distribui por toda a Terra. No solst ício de inverno, sua imagem, sob a forma de menino recém nascido, era retirada do santuário, para ser exposta à adoração da multidão. Costume semelhante é visto durante certos rituais católicos conjugados a procissões.

Voltando à viagem no tapete mágico, há um momento em que o viajor observa a cena de cantos mantrâmicos, seguida pela ação da simbólica Ísis , já sem véus, que, diante de um madeiro de cruz, fez o respectivo sinal da cruz e, de costas, a ele se antepõe, como se crucificada estivesse e, ali , permanece, por longo tempo, encarnações e encarnações, até que seu mestre interior, seu amado Osíris , venha retirá-la. O simbólico Mestre Atuante exclama: “OSÍRIS! - ÍSIS! - HÓRUS!!! - Vós, três, dai-nos um sinal e vinde a nós.” Ao que Ísis responde: “Sim, sede bem vindos, como o vosso Mestre, e também a pedra morta deve dar o tom.” Sinal inequívoco de que o caminho do bruto é, um dia, à divindade chegar. Então, o simbólico Osíris , representante do Sol Central em cada um, empunhando a espada flamígera, com a direita, fez-lhe o sinal da cruz TAO sobre o peito, atingindo braços e mãos e, verticalmente, descendo no sentido das pernas; dando-lhe, com isto, o último toque libertatório da roda de “samsâra” , quando os céus e a terra se unem, pela força do TAO. Até aqui, tudo bem; mas ocorreu-me o pensamento de que deveria traduzir, para os caminhantes do 1º grau, esta visão, que eu custei a perceber e que só, depois de muitas jornadas, pude compreender o significado oculto da ação do TAO, no simbólico gesto de Osíris . É claro que TAO é a palavra que dá origem ao Taoísmo , religião hermética oriental, contenedora de aforismos maravilhosos e algumas sentenças aparentemente contraditórias, para poder levar o estudante a um estado de consciência além do racional, ou seja, o do conhecimento direto superior, que dispensa o raciocínio. Vejamos, por exemplo, nas páginas seguintes, três de seus aforismos:

A FONTE DO SER E OS CANAIS DO DEVIR

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Nas profundezas do insondável,Jaz o Ser.

Antes que o Céu e a Terra existissem,Já era o Ser.

Imóvel, sem forma,O vácuo, o Nada, berço de todos os Possíveis.

Para além de palavra e pensamentoEstá TAO, origem sem nome nem forma,A grandeza, a Fonte eterna borbulhante,

O ciclo do Ser e do Existir 7 2 . 7 3

A ATUAÇÃO DO INVISÍVEL NO VISÍVEL

Trinta raios convergentes no centroTem uma roda,

Mas somente os vácuos entre os raios É que facultam o movimento. 7 4

O oleiro faz um vaso, manipulando a argi la,Mas é o oco do vaso que lhe dá util idade.Paredes são massas com portas e janelas,

Mas somente o vácuo entre as massasLhes dá uti l idade.

Assim são as coisas f ísicas,Que parecem ser o principal,

Mas o seu valor está no metafísico.

Observemos algo que nos parece incoerente, um verdadeiro paradoxo , retirado da página 128 do l ivro especificado nas notas de rodapé abaixo. HUBERTO RODHEN relata-nos que, em “PASSIVIDADE DINÂMICA”, LAO-TSE canta a apoteose do “wu-way”, ou seja, do fazer , pelo não fazer , e diz que os atos externos não têm valor por si mesmos, mas, 72 Do l i v ro TAO TE K ING , de LAO-TSE , t radução e notas de HUBERTO ROH DEN, pág i na 78 , 7 ª e d i ção , A lvo rada ; G ráfica Ed i to ra Gutep lan L tda . , e também, do mesmo l i v ro , os do i s a fo r i smos se gu in tes : “A ATUAÇÃO DO INV IS ÍVEL NO V IS ÍVEL” (pág . 46 ) e “PASS IVUDADE D INÂMICA” (pág .128 ) .73 F IM DA 14ª L IÇÃO.74 Confo rme e xp l i cações de HUBERTO ROHDEN, na pág ina 46 do re fe r ido l i v ro c i tado na no ta an te r i o r , LAO-TSE se re fe re , p rovave l mente , à roda de um mo inho de ven to , que não func i onar ia , se não houvesse i n te r s t í c i os e nt re as pa lhe tas , po r onde passa o ven to .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

sim, pela atitude interna. Somente o real pode realizar; e cita as palavras de Jesus, o Cristo: “As obras, que eu faço, não sou eu que as faço, mas o Pai em mim que faz as obras; de mim mesmo eu nada posso fazer.”

PASSIVIDADE DINÂMICA

O conhecedor quer conhecer sempre mais.Quem se une a TAO,

Conhece cada vez menos,E não deseja nada.

E, graças a esse não-fazer-nada ,Tudo é feito através dele.

Destarte, também um reino se constrói,Pelo não-fazer-nada ,

Mas é destruído pelo fazer muito.

XX X

X X X

Aos caminhantes em busca do infinito, ofereço esta poesia, que ora segue, a qual as musas presentearam-me há algum tempo:

INICIAÇÃO

IMinha irmã,

Ou meu irmão,Deste o primeiro passo

E alcançaste a Iniciação,A iniciação formalE tridimensional;

Embora algunsTenham sentido

Algo mais,

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Algo alémDeste nosso aquém.

IIQue no meio destes alguns

Estejas tuE bem aventurado

Sejas em Nû 7 5 ,O dois que se separou do UM,

Inconscientemente,Pela força do próprio UM...E que, conseqüentemente,

Encontrou Nuit 7 6 , o três,75 NÛ, NU ou NOO (Teo log ia Eg í pc i a ) – as águas p r imord ia i s do Espaço , chamadas também de Pa i /Mãe (Pa i /Mãe P r imord i a l e não P a i /Mãe Exponenc ia l , embora se jam o mesmo Ser em s i tuações d i f e ren tes , um no p r inc íp io da de ns ificação , o out ro du rante o pe r íodo de man i fes tação ) . Poder - se - i a d i ze r se r Nu ou a face do ab i smo de que fa l a a B íb l i a ; a lguns c l ass ificam NU como o Esp í r i to , a Un idade do D iv ino em nós e fo ra de nós , po r i s so é chamado de a face do ab i smo , po rquanto o Esp í r i to é um ab i smo , o e te rno in sondáve l ; co r re sponde ao F i l ho , o Un igên i to , o Ún ico Ge rado (do Um) , o s dema is são co -gerados a t ravés da fo rça do dois , que é a De idade já po l a r i zada (Teo log ia Cr i s t ã Eso té r i ca ) , ou o 2 º Logos (M i s té r i os Ros i c ruc ianos e Teo log ia Grega ) . É ao mesmo tempo Chrestos ( o p robando ) e Cr is to ( o pu ro , aque l e que passou na p rova ) , a go ta d ’ água e o oceano , i s to é , água . O Ch res tos é a go ta d ’ água , que pode se t rans fo rmar em fa ro l (Cr is to ) , desde que se j un te ao Oce ano . O Ch res tos Kósmico (P robando Kósmico ) é um puro (um Cr i s t o ) d ian te dos humanos , dev ido à d i fe rença de magn i tudes .76 NUIT (Teo log ia Eg í pc i a ) – A V i rgem, da qua l tudo nasce e pa ra onde tudo vo l ta , a Mãe do Kosmos , o 3 º Logos , a e ssênc ia da na ture za mater i a l . No se r humano , é a shakt i kunda l in î , a sabe r , a energ ia ou o poder fe mi n i no de p roc r iação da v ida , po l a r i zando - se , no home m, em pha l lus , ou pha l l ó s , ou l imgam, como o poder v i r i l ; e na mul he r , e m Yon i , como o poder femin ino de ge s tação . No mundo me nta l , Nuit é o p róp r io pe nsamento , “manas” , o poder í gneo , o poder and róg ino , as l í nguas de fogo do Esp í r i t o Santo , a energ ia po te nc i a l i zado ra do Ch res tos em Cr i s to , o poder que t rans f orma o peque no eu , pe l a t ransubs tanc iação , no EU SOU , ou , i nversamente , o poder que o t ransmuta no ant i -C r i s to i nd i v idua l , a bes ta de que f a la a B íb l i a . Nuit é a V i rge m, que pode se p ros t i tu i r ou se sant ifica r , é a e te rna Se idade do cé u , a a l ma p r i mord ia l e , po r tan to , v i rgem. A pa l av ra Se idade tem o s ign i ficado de a capac i dade de c r i a r seres , t a l como o te rmo amabi l i dade ca rac te r i za - se po r ge ra r o amáve l . No macrokosmos , é a f o r ça na tu ra l i zan te , que pode se r re le van te ou de gradan te , dependendo do consc ien te uso do EU SOU , ou do ag i r i nconseqüen te e i nsc ie nte do pequeno eu humano em re lação à Na tu reza . Sem a in te r fe rênc i a po l u ido ra do home m, Nuit man tém-se sempre v i rgem e pu ra . Nuit , a V i rgem, san t i fica o se r humano , quando de sposada pe l o EU SOU , a De idade man i fes tada na persona l idade e ra io man i fe s tante da Un idade . Nuit , de s ta fo rma , potenc ia l i za o Ch res tos em Cr i s to , no neófi to . Opostamente , quando desposada pe lo pequeno eu d iv i s i on i s ta , ge ra a bes ta , a i n te l i gênc ia de fo rmada e mater ia l i zada , ou pe t r ificada e , então , d i r í amos como o poeta : “Aque le que neste momento der pó, tudo para e le estará perdido”. Não é uma e ne rg i a mor ta , é v i va e in te l i ge nte ; tão v iva que é na tura l i zan te , ou se ja , c r i ado ra da Na tureza , embora não in te r f e r indo no l i v re a rb í t r i o dos homens . É dóc i l e faz a l i gação da te r ra ao céu , podendo nos l ança r no zên i te ce le s t i a l ou nos ab i smos te r res t re s , r eg iões i n f e r io res das ma is ba ixas c r i a tu ras . É a Grande Mãe e , qua l humana mãe , pe rmi te que seus fi lhos use m do l i v re -a rb í t r i o pa ra ap re ndere m as l i çõe s da v ida , po rém, nos momentos de suprema angús t i a , desespe ro e per igo , ouve a voz dos pe quenos e dá - lhes o apo i o nece ssá r io ( Ped i e ob te re i s , busca i e achare i s , ba te i e ab r i r - se -vos -á – M t . 7 :7 ) . Nes ta desc r i ção sobre Nuit , e la é p ra t i camente a me sma Í s i s ; no en tan to , há t ex tos em que e la se ap rese nta

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

No humano que se gerou,E que ao UM

Procura voltar“Omniscientemente”.

IIILembro-te quê 7 7

Deste o primeiro passo,Nada mais.

O caminho é infinito,Outros passos hás de dar,

Mas.. . para isso, Hás de empunhar a espada

E ninguém, além de ti, Há de erguê-la,

Para defender-teDos teus próprios defeitos.

IVEsta é a espada do querer,

A áurea espada da Vontade,A Vontade não tua,Mas de Deus em ti.

Deixa... deixa que EleAssuma o comando do teu braço,Da tua mente, coração e vida...

Só assim galgarás a verdadeira iniciação, Não a formal,

A simbólica tridimensional,Mas aquela que, noutros mundos,

Estarás a palmilharE outras dimensões a ascensionar.

un icame nte como a rea l idade kósmi ca dos co rpos f í s i co denso e flu íd i cos , a i n te r l i gadora e nt re os cé us e a t e r ra , o que , no rma lmente , e m esp i r i t i smo se denomi na de per i sp í r i to . Para meditar : “D ian te da D i v indade , todo se r c r i ado , humano e não humano , é femin ino , po rquan to , como Natu reza , f o i , no a to da c r i ação , e con t i nua sendo penet rado pe l a mascu l i na Energ ia de Deus” . Ve r comentá r ios das pág i nas 78 às 80 e nota de rodapé 48 , na pág ina 86 .

77 A pa l av ra “quê” , aqu i exp ressa , e mbora gramat i ca lmente se ja á tona , j á , nes te ve rso e no con tex to do per íodo e m que stão , e la se to rnou t ôn i ca pe la fo r ça das l i be rdades poét i cas e pe l o sotaque do l i ngua ja r b ras i l e i r o d i fe ren te do de P o r tuga l .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

A poesia anterior “INICIAÇÃO” , retro apresentada, constitui a mensagem básica a todos os neófitos, que, individualmente, ou através de alguma Escola de Mistérios, procuram, cada um de per si , fazer a l igação com o Pai e, portanto, harmonizar-se consigo mesmo e com o Universo que os circunda. Antes de terminar esta apostila, vou deixar a estes pesquisadores da verdade e, em especial, aos alunos da FRA – Aula Lucis Capitular São Paulo , onde presto os meus serviços, mais algumas poesias. Estou na última Iniciação Lunar , aquela que se realiza no Mental Concreto , com interferência ainda das emoções inferiores do Plano Astral , embora já tenha feito alguns poucos mergulhos na área do Mental Abstrato . Na Índia, aqueles que estão nesta luta interna são os pertencentes à casta dos kahastriyas , a casta dos guerreiros . Os que lutam contra seus maus pensamentos e seus maus sentimentos são os guerreiros, os kahastriyas . Só depois de muitos séculos e de repetidas encarnações, atinge-se o patamar da casta dos Brâhmanes , a classe dos Sacerdotes , a dos seres que suplantaram a influência marciana pela venusiana, estando, pois, sob o império da Deusa Vênus e do respectivo Planeta, quando todas as coisas são feitas dentro do Poder do Amor Divino , o Amor Puro, sem nenhum interesse secundário. Embora, em nossa Escola de Mistérios, tenham-me outorgado o título de terceiro grau, sei que ainda estou abaixo do primeiro (da iniciação solar), mas um dia chegarei lá. Neste ponto, já deveria ter encerrado estas instruções; todavia, considerando que lhes falei da situação da casta dos guerreiros (os kahastriyas ) existente na Índia e como, de um modo geral, o sistema de castas também há no mundo, devo-lhes algumas explicações a respeito, as quais são registradas na próxima página, na forma da poesia “NA SENDA”, produto de meditação. Isto me ocorreu em Santana de Parnaíba, SP, em 19/02/00, dois dias após meu sermão do dia 17. A poesia NA SENDA é dedicada aos Arjunas da vida, ou seja, ao caminhante espiritual, independente de religião ou seita. Arjuna é o personagem que representa, dentre outros enfoques, o caminhante espiritual , na etapa de kahastriya , o guerreiro, de uma

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

estória simbólica, contida no l ivro Bhagavad Gîtâ , parte integrante do Mahabhârata, grande epopéia hindu. 78

NA SENDA

Esta poesia trata, genericamente, do cami-nho percorrido e a per-correr pelos “Arjunas” da vida, ou pelos caminhan-tes na vereda espiritual e, especificamente, da traje-tória que o autor está fazendo, nesta mesma es-trada. Na Índia, existem quatro castas: sudras, vaischias, kahastriyas e brâhmanes.

IMeus irmãos,

Nascido em Virgem,Virginiano sou,

Sofri a influência de MarteE, ainda, marciano estou.

IIEm mim o guerreiro apontou,

O filósofo também,Mas Vênus silenciou,

Ainda sua vez não chegou,Mas chegará...

É questão de esperar !

IIIOs hindus falam das castas...

Há certa sabedoria...Os homens, os pensadores 7 9 ,

78 F IM DA 15ª L IÇÃO

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Começam pensando poucoE, portanto, são braçais,

Antes deles, porém,Os párias, sem castas,

Não castas,Os intocáveis são ,Não pela pobreza,Nem pela r iqueza,

Mas pela faltaDa natureza de pensar,Ou, quase nada pensar;

Agir, pelo agir,Pelo instinto de agir.

IVOs braçais são os “sudras”,

Agricultores.. . braçais, Nasceu-lhe o pequeno eu ,Distinguiu-se dos demais.

VPorém, mais e mais

As encarnações se sucedem,Caminha um pouco mais...O homem, que era braçal,

Em “vaischia” se faz,Não mais braçal,

Mercador passa ser;Subiu um degrau,

Cresceu-lhe o pequeno eu .. .E para protegê-lo,

A si mesmo proteger,Procura algo mais,Quer mais e mais,

Na ânsia de enriquecer,Egoicamente pensando

79 A pa lav ra home m , ta l como a equ iva l en te ing l esa " man" e , no p lu ra l , " men " , t êm a ra i z comum "man" , do sânsc r i to , que s i gn ifica aque le que pensa , i s to é , o pensador . Igua lmente , o nome do g rande le g i s l ado r h indu Manu de r i va da mesma ra i z sânsc r i ta “man ” , pensa r .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Serem os bens materiaisA proteção hominal,

No entanto, sente e viveUma proteção infernal.

VICaminha um pouco mais,

As encarnações se sucedem,Caminha um pouco mais .

Então, não mais mercador será,Como “kahastriya” nascerá,

Como guerreiro viverá.Lutará, é verdade,

Lutará para conquistarA felicidade que está

A escoar...Sente a luta interna,

Os valores já são outros...Além dos bens,Materiais bens,Quer algo mais,

Algo que lhe falta Na alma a incorporar!

São luzes,Que precisa alcançar.

VIITorna-se um “Arjuna”,

“Kahastriya” é!E por muito tempo será.

Pela luta,Pelo suor do seu rosto,Tudo pensa conquistar.É o grande lutador!...

Luta interna e luta externaEstá sempre a enfrentar .

A paz ainda não tem,Suas vozes, de comando,

Estão também a lhe comandar.

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Sua sina é lutar.

VIIICaminha um pouco mais,

As encarnações se sucedem,Caminha um pouco mais...

Então, não mais seráUm guerreiro a conquistar,Não Marte a lhe ordenar,Outras ordens mais sutis

Estão a lhe subjugar .O amor bateu-lhe firme,

Vênus está a falar,Mansamente,Sutilmente,

Em suas f ímbrias a trabalhar,Depois, plenamente,Em todas as fibras,

Vênus começou a pulsar,Sem fraquejar.

IXBrâhmane passou a ser,Como Brâhmane nasceu,

Sacerdote veio a ser,Um brâmane surgiu,

Não o homem da túnica,A túnica comum dos padres,

Dos frades, dos sacerdotes, enfim...Destes que aí estão...

E a Igreja têm como profissão!Não!

Outra túnica mais sutilÉ esta que envergará;

Sendo homem,Ou mulher sendo,

Esta túnica envergará,Quando no Amor achar

A vida a que vai esposar,Unindo-se à Divindade,

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Que nele está a habitar .Sua túnica é mui sutil ,

A inconsútil túnicaDe aura,

De aura a espalharEnergia por onde passar!

XIndo além ou além indo,

Caminhando um pouco mais,Encarnações se sucedemNa Roda de “Samsâra” ;

Então, rei será!E aos quatro ventos,

Aos elementosOrdens poderá dar 8 0 ,

Porque Senhor se tornouDe si mesmo o Senhor!

E uma túnica de LuzNele se incorporou .

XIEnfim, a vida é assim,

Um eterno suceder.Agora, nesta hora,

Estou ainda a lutar,Sou guerreiro,

Embora túnicas de panoEsteja a usar .

Às vezes,Sacerdote chego a ser,

Quando meu serEm paz está,

E não Marte a gritar,P’ros meus ouvidos escutar,

Mas Vênus,Baixinho falando,

80 H á u m r e g i s t r o , n o N o v o T e s t a m e n t o , e m M t . 1 4 : 2 6 e 2 7 , e m q u e s e f a l a d e J e s u s a n d a n d o s o b r e a s á g u a s e o u t r o , e m L c . 8 : 2 2 a 2 5 , e m q u e J e s u s a p a z i g u a a t e m p e s t a d e , s i n a i s í n e q u í v o c o s d e s u a s i t u a ç ã o d e r e i , a q u e l e q u e p o d e d a r o r d e n s a o s e l e m e n t o s .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

P’ro meu íntimoOuvir seu falar! 8 1

A poesia INTEGRAÇÃO, ora a ser apresentada nesta página e nas seguintes, conta a estória de um profeta e de um xamã, os quais se encontram e conversam. Falam do seu andar individual, na tri lha, em direção à Divindade; e já estão bem mais adiantados do que o comum dos homens, mesmo os ditos espirituais, que somos todos nós, quando procuramos conscientemente a referida senda da espiritualidade. INTEGRAÇÃO é algo bem apropriado para os estudantes do 1º Grau da FRA . Vejamo-la; e mais quatro, formando o conjunto final de 5 (cinco) poesias, número, que é o do homem:

INTEGRAÇÃO

Foi escrita em Santana de Parnaíba, SP, em 14 de novembro de 2.000 e dedicada aos caminhantes espir ituais e aos que estão prestes a dar o 1 º passo, ou seja, aos que têm fé. O caminhante tem uma fé viva, baseada na experiência pessoal.

IE o profeta caminhava...

Todos os profetas são caminhantes,Mesmo quando estão parados...

81 F IM DA 16ª L IÇÃO

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

IINo seu caminhar,

Um xamã encontrou e lhe falou 8 2

E conversaram...Uma l inguagem que poucos entendiam.

IIIO xamã

Também dizia e falavaDa caminhada que fazia...

E os dois se entreolharam...E um exclamou:

“Eu sou tu,Tu és eu,

Nós somos um”.Ao que o outro respondeu:

“Eu sou todo em ti,Tu és todo em mim.”

IVLinguagem de loucos,

Diria alguém,Se por ali passasse,

Mas ninguém os escutava,Estavam solitários...

No pico da montanha 8 3

82 As pa lav ras “ pro f e ta ” e “ xamã ” , aqu i , po r m im empregadas , têm o mesmo s i gn ificado, embora os seus personagens possuam var i açõe s no modo ex te rno de les ag i rem. Quanto ao t e rmo pro f e ta , empre gue i -o dent ro de sua in te rpre tação o r ig ina l de quando e le e ra usado , no te mpo dos fa raós do Eg i to , naque les r i t ua i s das p i râmides , quando a inda o povo he bre u e ra e sc ravo dessa raça . En tão , o sen t ido p r i mevo des ta pa lav ra e ra a de um ser env iado po r Deus com a m issão de i ns t ru i r os home ns e de lhes reve l a r as co i sas ocu l t as e os m is té r ios da v ida esp i r i tua l , o que equ i va le ap rox i madamente a de um in i c iado nos p lanos super i o re s . Den t ro de s te en foque , a exp ressão “ pro f e ta” é mu i to usada no Ant igo Tes tame nto . A lguns p ro fe tas t i nham o dom de p re d i ze r o fu turo , da í as pa lav ras pro f ec ias e pre d i ções ou , mesmo, pre v i sões , se rem a tua lmente usadas como s inôn imas . Mu i tos p ro fe tas não p red i z i am o fu turo , e ram s i mp le sme nte mensage i ros da boa nova , pa ra o equ i l í b r i o das pessoas em re lação a e las p rópr i as , ao mundo em que v iv i am e às Le i s D i v inas .83 Como J esus , o caminhante da e sp i r i tua l idade , em busca do d iv ino , é so l i tá r i o ; e , nos d i ze res b íb l i cos , “entra em je jum, por quarenta d ias , no deserto” (M t . 4 : 2 ) . I s to é uma rep resen tação de que , num mundo mater ia l i s t a , não comunga , não come em comum, po r tanto , je jua das co i sas te r renas em re lação aos de ma i s humanos , que a inda não chegaram ao pa tamar das metas supe r io res e d i v inas ; e , em conse qüênc ia , es tá soz i nho , em j e jum, num deser to , ou na montanha . Quaren ta ( 40 ) é um s í mbo lo compos to de qua t ro (4 ) ma is ze ro (0 ) . Qua t ro (4 ) é o número da maté r ia e ze ro (0 ) , o do infin i t o . Há , po r consegu in te , que passa r um grande per í odo , pa recendo - l he , ao d i sc í pu lo , um te mpo infin i to ne s te j e jum mater i a l , e sen te fome de stas co i sas a té consegu i r t ransubstanc i a r pa r te do eu ps i co - f í s i co em Eu Super i o r , o EU SOU ,

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Por onde trafegavam...E trafegavam entre outros viventes:

A água, a terra, o fogo e o ar.O ar, na forma de vento, palestrava,

Discursava...E eles entendiam.

VO xamã, então, olhou,

E viu a gota ao mar falar:

que i mando des ta r te pecados , quando não os t ransubstanc i a e m v i r tudes , pe la du reza des tes p rópr i os pe cados . De po i s de j e jua r das co i sas mater ia i s em re l ação , p r i nc i pa l mente , ao es tômago e à gu l a , domi nando , po r tan to , o co rpo f í s i co , e v i vendo num deser to de e sp i r i t ua l idade , o d i s c ípu l o , no fina l des ta p rova , é tes tado e t entado pe lo d iabo ( eu in f e r io r , que ne le ex i s te ) , quando e s te lhe d i z : “Se és fi lho de Deus, d ize a estas pedras que se convertam em pães” (M t . 4 : 3 ) ; e J esus , respondendo , d i sse : “Não só de pão v ive o homem, mas de toda a pa lavra que sa i da boca de Deus” (M t . 4 : 4 ) . Ao vencer t a l p rova , o d i s c ípu lo passa pa ra a segu in te , que es tá rep resentada naque la e s tór i a do demôn io , que leva J esus ao a l to do p i nácu lo do temp lo , na c idade san ta , d i zendo - lhe : “Se és fi lho de Deus, lança-te daqui aba ixo. Porque está escr i to : Confiou aos seus an jos o cu idado de t i , e e les te tomarão nas mãos, para que não tropeces com o teu pé na pedra.” (M t . 4 : 6 ) . – Que s i gn ifica i s t o? – O p inácu lo é a cabeça , o te mpl o é o co rpo humano , a c idade san ta é o p róp r io se r humano . A consc i ênc ia do d i s c ípu lo , quando é l e vada ao p inácu lo do temp lo da c idade san ta , conver te -o num in i c i ado no menta l conc re to , po i s que o p i nácu lo do temp lo da c idade san ta co r re sponde ao ma is a l to pon to do se r humano , que lhe dá o cont ro le do pe nsamento , ge rando - lhe t ambé m o o rgu lho . O te rmo san ta é equ iva le nte ao te rmo un ive rsa l , donde se conc l u i que o cume do temp lo da c idade san ta é o da c idade un i ve rsa l , o cume daque le que en t rou num Un iverso Ma io r , no qua l o m ic rokosmos es tá in se r i do , é um pon to ne vrá lg i co e dec i só r io na lu ta en t re Logos e Lúci fer em cada um. Nes te ponto da caminhada , o pe reg r ino j á possu i podere s un ive rsa i s , que poderão se r usados em be ne f í c io p róp r io ou e m p rove i t o da Obra de Deus . Nes te momento , vem o segundo te s te , exp re sso nas pa lav ras de o ten tador , ac ima t ransc r i tas . E s ta t en tação é a do o rgu lho pessoa l , a de se ex i b i r . O pequeno e u gos ta de se mos t ra r e de , cons i go mesmo, d i ze r : “ eu sou o ma io r ” . Aqu i , g rande pa r te dos i n i c iados f racassa . A re spos ta de Je sus , con t ida na “ Vu lga ta La t ina ” , é : “Vade retrum, Satanás” (Venha atrás , Satanás) , t r aduz indo uma o rde m a Sa tanás (ao eu in fe r i o r ) , pa ra que e le venha a t rás , a saber , que e le se ja o se rv ido r e não o Senhor do m ic rokosmos , mos t rando - l he , po r tan to , o seu l ugar se cundár io . O Senhor , o L íde r , deve se r a D iv i ndade nes te pequeno kosmos , que , em verdade , cons t i tu i e s te comp lexo , que somos nós mesmos , enquan to que a persona l idade de verá se r a se rva des ta D iv indade . A t radução ofic ia l des te t recho da “Vu lga ta La t i na” pa ra o po r tuguê s , em nossas B íb l i a s , é : “Não tentarás o Senhor teu Deus” (Mt . 4 : 7 ) , o que não es tá e r rado , po rém modi fica a idé ia a l i exp ressa , em la t i m , da não des t ru i ção do eu in fe r io r , po rquan to e le é ne cessá r io ao s i s tema . E , fina lmente , o d i abo levou Jesus a um monte a l to . Todo in i c iado te m que sub i r a montanha da e sp i r i t ua l idade . Nes te monte a l t o , J esus fo i te ntado pe la t e rce i ra vez , quando o d iabo most rando - lhe todos os re inos do mundo e suas magn i ficênc ias , d i s se -lhe : “Tudo i sto te dare i , se , p rostrado me adorares” . O caminhan te se vê , nes te momento , d i ante da p rova do pode r mate r i a l e da magn i ficênc ia t rans i t ó r i a que e le t raz ( a inda , no me nta l conc re to ) , mas , pa ra ta l conqu i s ta mater ia l , tem que adora r o se cundár io , fi cando pa rado no cami nho , de ixando de adora r o p r i me i ro da L i s ta , aque l e que nos ge rou , a causa das causas , Deus , e i n f r i ng indo o seu p r i me i ro mandamento . Ne s ta ocas ião , J esus respondeu - l he : “O Senhor teu Deus adorarás e a e le só serv i rás . Então, o demônio deixou-o; e e is que os an jos se aprox imaram e o serv i ram” (M t . 4 : 10 ) . É bom no ta r o que a lguns teó l ogos ocu l t i s tas j á nos d i s se ram, in fo rmando que , sem d i m inu i r a ve rdade h i s tó r i ca de Je sus , nem tampouco lhe t i r a r o b r i l ho de se r , a t ravés do M is té r io do Gó lgo ta , o

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

“Eu sou tu,Tu és eu,

Nós somos um”.VI

E o profeta,Que com a gota se irmanou,

Sentiu o marE nele se integrou,Dizendo e vivendo:

“Eu sou tu,Tu és eu,

Nós somos UM.”

VIIE o profeta,

Em estranho êxtase,Continuou:

“Eu sou todo em ti,Tu és todo em mim...”

E viu os amantes que se abraçavam,E foi além,

Sentiu-se viajando,Nas ondas hertzianas viajava,

E caminhava...E ao mesmo tempo

Sentiu-se em todas as estações de rádio...Nas estações e na TV emissora,

Na TV transmitenteE na recipiente TV.

Cá e láEle estava...

E viveu:O “Eu sou Tu,

Tu és Eu,Nós somos UM...”

E nas ondas de Deus se sentiu,Sintonizou-se !

E disse: “Eu sou todo em Ti.”

i n te rmed iá r i o da fo r ça c r í s t i ca reden to ra em nosso p laneta , a pa l av ra , em s i , Jesus , em seus p r imórd i os e t i mo l óg i cos s ign ificava e , a i nda , s ign ifica “EU SOU” , a ss im : J e sus - - - - I esus - - - - I éshua - - - - I é Shou - - - - I ê Shou - - - - I ô Shou - - - - Yo Soy - - - - Eu Sou .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

E a voz longínqua do além,Bem sintonizada,

Expressou:“Tu és todo em mim.”

VIIIE desta forma

A viagem terminou,Para outras começar,Tanto para o xamã,

Quanto para o profeta,Num profícuo existir,Aqui, neste mundo...

E noutros,Ainda por vir !

Em complemento à poesia anterior, segue outra denominada “AS BODAS IMORTAIS”, que foi escrita em 22 de novembro de 2.003, em Santana de Parnaíba, SP, e que é a segunda das cinco últimas anunciadas.

AS BODAS IMORTAIS

I“Era uma vez.. .”

Assim começam as estórias...E, também,

As de um profeta de que lhes falei.A dele.. . e a de um outro, a do xamã,

Mas.. . quem é o profeta ?E quem é o xamã ?

IIE outra estória me contaram,

A do profeta e sua imortal noiva.Esquisito! Noiva imortal ?!. ..

Quem pode sê-lo ?Quem pode imortal ser ?A não ser um acadêmico,

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Um acadêmico serDas letras da Academia.

Será este o imortal ?

IIINão! A imortalidade está noutras paragens,

Noutra l inhagem.Como ?

Um profeta mortalCasando-se com alguém não mortal ?

Que esdrúxulo casamento !

IVE o xamã ?

Quem é o xamã,No mundo dos profetas ?

VXamã e profeta

São imortais,Porque são tetradimensionais;

E, nisto, são iguais,Confundem-se,E muito mais.

Imortais só se casam Com imortais !Ambos figuram

Como pólos positivos,Nas grandes núpcias,

Entre Espírito e matéria,Eles.. . ambos... imortais são.

Mas.. . eles estão além, Na supraconsciência,

Sem o quê, profetas não seriam, Nem xamãs poderiam ser.

VIE estas bodas se dão,

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Quando o caminhante chega Numa estação,

Aquela da iniciação,Não a simbólica,

Mas a verdadeira,Aquela que se dá

No outro lado de lá;Quando,

Na supraconsciência,O Espír ito,

O Deus, em nós, se acasalaCom a alma da matéria,

Imortal Alma,Sua noiva transcendental,

Então, nasce o iniciado, o profeta,Que, em semente,

Em todos nós habitava,E em muitos ainda habita,

Em todos,Dependendo de cada umDo ponto em que se está,

Na escala da evolução.

VIIE os três são Um:

Espírito, Profeta e Matéria...“Eu Sou”, alma e corpos...Semente, Árvore e Frutos,

A Trindade na Unidade,Dentro do Grande UM. 8 4

A seguir, apresento, a terceira poesia, ainda da série final das cinco, denominada “OS PROFETAS E SEUS TEMPLOS”, cuja inspiração apresentou-se-me em 04/12/2.003, na cidade de Santana de Parnaíba, onde moro.

84 F IM DA 17ª L IÇÃO

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

OS PROFETAS E SEUS TEMPLOS85

IE o profeta caminhava,

Todos os profetas são caminhantes.E bem orientado

O profeta caminhava, Não derivava,

Não perambulava,Simplesmente caminhava,Bem orientado caminhava.

E sabia...E intimamente dizia:

“Eu Sou Deus em ação”.

IIUm microkosmos,

Que no “meso” se inserira 8 6 , Supraconscientemente,

Ambos; Bem orientados,

Ambos.

III“A porta do templo fechada”,Assim o Guardião exclamava,Num templo sem contramão.A oeste, o Guardião, Saturno,

Soturno, Embora na luz vibrando,

Para o karma cobrarE evitar

85 O t í tu lo “O PROFETA E SEUS TEMPLOS” é o re sumo de um pon to da h i s t ó r ia kósmica de todos nós , ou se ja , t ra ta da es tó r ia s imbó l i ca da a lma que , numa dete rmi nada fase de sua v i da , a t ravés dos eons , g randes te mpos se m tempo ou sem marca f í s i ca pa ra te rm ina r , une - se sup raconsc ien te mente à D i v indade , po r me io de enca rnações sucess ivas .86 Me so – s ign i fica me io , i n te rmed iá r i o . No caso espec ífico des te ve rso , a pa lav ra meso es tá re lac i onada com o t e rmo ante r io r m ic rokosmos , deduz indo - se des ta r te que meso é a pa r te in i c ia l r ep resen ta t i va de mesokosmos , um kosmos i n te rmed iá r io ent re um mic ro e um macrokosmos . O homem (mi c rokosmos ) faz pa r te de um kosmos ma io r , a Te r ra ( mesokosmos ) , a qua l es tá in se r ida num macrokosmos em re lação a e la (Te r ra ) e a nós , ou se ja , no S i s t ema So la r .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

Que nas trevas a Luz se perca,E que, na eternidade do Templo,

Ela resplandeça.

IVA leste, o Sol,

Orientante, orientado e orientador, Um resplendor

De Luz, de Vida e de Amor.

VAo norte, Vigilante,

O primeiro, irradiante,Irradiando Luz e AmorDo Superior TernárioSobre o quaternário.

Onde ?No azul de todo o céu...

Júpiter, A representarO Divino Amor E a imperar.

VIO Segundo Vigilante,

Nele, a Vida a imperar;Em Marte, vermelho e forte,

No Sul, Sempre quer ficar.

VIINo centro,

A Mãe do Mundo,Bela Ísis, onde estás ?

“No centro, estás a falar, No micro, no meso ou no macro,

Nestes kosmos a velejar,Caminhantes sempre somos,

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Num mundo a conquistar.”

VIIIE o profeta caminhava.Todos profetas somos,

Se orientados,Num mundo, qualquer mundo,

A caminhar e conquistar, Quando bem sintonizados,

No EU SOU sempre a marca rSeu mundo particular.

A quarta poesia, do quinteto final, denomina-

se:

AFORISMO HERMÉTICO87

Aos eternos amantes, à Mãe do Mundo e a seu consorte, o Deus Solar.

Esta poesia foi escrita em Santana de Parnaíba, SP, em 11/11/04.

IHomens e mulheres,Átomos simbólicos,

Em simbólico cerimonial,Medieval,

Das plagas distantes De um Mundo Universal,

Aqui vieram.

87 “O que há e m ba ixo é se me lhante ao que há em c ima” , pa ra in fo rmar que o m ic rokosmos (home m) com seus se te co rpos é seme l han te ao macrokosmos com seus se te Mundos (F í s i co , As t ra l , Men ta l , Búd i co , N i r vân i co , P a ra -N i rvân i co , Mahâ -Pa ra -N i rvân ico ) , comb inando des ta r te com o e ns inamento da m i to log ia g rega que fa l a das se te co rdas da l i r a de Apo lo .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

IIHomens e mulheres,Átomos simbólicos,

Em simbólico cerimonialDe os Templários,Reminiscências,

Neste cerimonial, Meu ritual,

Aqui chegaram.

IIIA Natureza Naturalizante,

Mãe do Mundo, Que tudo criou;Naturalmente

A Natural izante NaturezaNão dá saltos,

Mas sempre criando está, Na intimidade de seu Ser,

Secretamente;Pois, quem seus segredos sabe ?

IVEis que, secreta e lentamente,

Sempre está a criar. Como ?

Ninguém sabe. E, nestes cerimoniais,

Os homens...Seus segredos querem lhe tirar;

Mas, só aos puros...Ela pode lhes dar. 8 8

VSonhei, ou vi .

88 Pu ros , l impos de co ração , só es tes ve rão Deus face a f ace , e quem ass im O vê , descob re - lhe os se gre dos , como bem es tá esc r i to no Se rmão da Mon tanha , em Mt . 5 : 8 , “Bem-ave nturados os l i mpos de co ração , po rque verão a Deus” .

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Visões e sonhosSe confundem,

Na neblina ofuscante,Que ofusca o meu olhar.

VISonhei, ou vi:

Homens de um lado,Mulheres doutro,

Entre paredes,As quatro,

Representantes do Universo,Visível Universo,

Que na matéria me prende.E o invisível ?

Como ?Com quem ?

Quem me prende No outro lado do existir ?

VIISonhei, ou vi,

No fundo eu estavaDa assembléia,

No braço direito, homens;No esquerdo, mulheres.

VIIISonhei, ou vi,

No direito, homens...E também...

O Vigilante segundo,Com Marte a comandar.

E além dele, acima, a Luz,A vela da Luz de um Mestre,

De um Sol a representar.IX

Sonhei, ou vi,

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

No esquerdo, as mulheres,Para o altar olhando;

Mais além,À esquerda também,

Júpiter, o tonante trovador,Vigi lando,

Vigi lante o primeiro,Porque... a LuaQuer conquistar

E a Ela, a Grande Deusa,Sua vela acendendo.

XPronta,

No centro, a LuaE sua Luz,

ContracenandoCom a do Sol, a representar.

XISonhei e vi

Mistérios... inda mistériosDe cá e de lá...

Da carne, os olhos,E do Espír ito, a visão,

Além da mente,Pobre mente,Pobremente

Minha mente.

XIISonhei, ou vi, Ísis a cantar,

Triunfante, o triunfoDa natureza

Sobre os demais.Quem pode a natureza vencer ?

Descubra-lhe os segredos,

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Para dela participar !

XIIIE o Mestre,

Ao Sol dirigindo,Entre Guardas,

Guardado em eletrônicos elos,Pelo Grande Guardião 8 9 ,

Que a todos asseveraQue ao pó se pode voltar,Quem sua guarda baixar,

Olhando p’ra trás,Qual, de Ló, a mulher,

Que em sal se transformou.

XIVO Sol gritou:

“Eu Sou a Luz”.“Luz” , cantou.

E, outra vez, vibrou.Então, em Luz se transformou,

Para com a Terra, A Mãe Gæa,

A vida fazer nascer.Este o Grande Milagre,

Que os dois,Em segredo, guardam

E só aos purosPodem descortinar.

A quinta poesia, do quinteto final, intuída em 29 de novembro de 2.004, em Santana de Parnaíba, SP, denomina-se O SALTO, vem logo a seguir:

O SALTO

89 Ve r NOTA DE RODAP É Nº 25 , à pág ina 55 .

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

ISonhei, ou vi.. .

OuviQue a l inguagem eufônica

Do ritual foi quebrada;E ninguém viu, percebeu ou sentiu.

As duas estrelas sumiram.Sem elas, a força se vai.. .

E esvai.

IIO Binário...

Ah, o Binário.. .Sem ele no UM,

Que fazer ?Nada pode acontecer !

IIINo homem, O Binário!

Sem ele, o salto não se dá,Não é dado o salto!

E o homem,Sem tal salto,

Homem continua sendo 9 0 ;90 P a ra as pessoas en f ronhadas em cer tos e de te rminados m i s té r ios i n i c iá t i cos , e s ta poe s i a , a l ém de um s ign i ficado r i t ua l í s t i co e spec í fico , d i z respe i t o ao sa l t o que o caminhan te da rá ao t ranspor , supraconsc ien teme nte , o po r ta l da dua l i dade pa ra a Un idade , ou se ja , pa ra o g rande e in sondáve l ab i smo de que fa la a B íb l i a , no Ve lho Tes tamento . Pa ra out ras , s imp lesmente , t ra ta - se de ficção poét i ca . A lguns es tud i osos da v ida de He le na P . B lava t sky contam que e l a se apoderou do l i v ro “DZ IAM” , ob ra ún i ca em mãos dos l amas do T ibe t . Des te l i v ro de poderes que , ma is ta rde , f o i - l he m is te r iosamente re t i r ado , vo l t ando às o r i ge ns , de ixou- se t ranspare cer , pa ra o púb l i co es tud ioso que , em sua p r ime i ra pág ina , só hav ia uma f o lha em b ranco , s í mbo l o do vaz i o p le romát i co . A se gu i r , apa re ceu um c í r cu lo , i nd i cador do de de nt ro e do de fo ra , o de den t ro in se r i do no de fo ra , po la r i zação g loba l , marca da amp la e gené r i ca po la r i zação ind i v idua l i zado ra do Ser Logó ico So la r no Grande Se r Logó ico Ga lác t i co . Ao c í r cu lo fo i ac re sce ntado o ponto cent ra l , meta de Se u Mundo Logó i co Ind iv i dua l . Do pon to nasceu a re ta d iv i só r ia . Com i s to , ge rou -se o T rês , o D IV INO TRÊS IN IC IAL : a metade da esquerda , a da d i re i ta , a s qua i s com o con jun to das duas pa r tes f o rmam o UM IN IC IAL , dent ro do GRANDE GALÁCT ICO UM , de nt ro a inda do GRANDE UM UN IVERSAL . Houve o b ig bang , o “ faça - se a lu z” do Gê nes i s , e nosso mundo se mater ia l i zou . “O que es tá e m ba ixo é seme l han te ao que e m c ima es tá” e out ra ve z , e m menor esca la , a pág ina e m b ranco se ab r iu , dando lugar à fo rmação das c r i a tu ras do mundo em que v ive mos . De l á , pa r t imos , do GRANDE UM UN IVERSAL , po r me io d i re tame nte do UM LOGÓICO SOLAR ou , nout ras pa lav ras , do vaz io o r i en ta l ou

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

Porquê,9 1

Para o infinito,Para ao Santo chegar,

Só com o salto...Pode-se a barreira ultrapassar

E no UM se firmar. 9 2

XX X

X X X

FIM da APOSTILA; MAS NÃO,O DO PENSAMENTO POÉTICO.

BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INSPIRAÇÃO

do g rande ab i smo b í b l i co oc iden ta l t i vemos a o r i ge m e , aqu i , es tamos , no caminho da vo l t a ao GRANDE UM UN IVERSAL , só que em busca da “omni sc iê nc i a” , j á que da infin i te s i ma l energ ia pu ra i nsc ien te , p romanada do UM, v iemos . É a vo l ta do fi lho p ród igo ao Pa i , do inconsc i en te ind iv idua l ao “omni sc i ente” un ive rsa l , pe lo poder da T r indade ; e , pa l m i lhando o caminho inverso , re to rna re mos às fo r ças b i ná r i as a rquet íp i cas in i c ia i s e num g rande sa l t o a t ing i re mos Aqu i l o , a UN IDADE que , se m o sabermos , em nós es tava , es tá e se mpre es ta rá . 91 A pa lav ra “Porque” , embora á tona , como con j unção subor t i na t i va causa l , equ i va le nte a “po rquan to” , f o i t r ans fo rmada em tôn ica ( Porquê ) só pa ra e fe i t os eu fôn i cos , po r con ta das l i be rdades poét i cas e e m f unção de que não há ve rso sem cadênc i a .92 F IM DA 18ª E ÚLT IMA L IÇÃO .

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1. FRAGMENTOS DE LITERATURA ARCAICA, sem autor ia;2. SONHOS E VISÕES DO AUTOR;3. BÍBLIA SAGRADA , traduzida da VULGATA e anotada pelo Pe.

Matos Soares, 6ª Edição, Edições Paul inas, São Paulo;4. A BÍBLIA SAGRADA, traduzida em Português por João Ferreira

de Almeida, 42ª Impressão, Imprensa Bíbl ica Brasi le ira, Rio de Janeiro, 1980;

5. CHAVE BÍBLICA, por João Ferreira de Almeida, Sociedade Bíbl ica Brasi le ira, Brasí l ia, 1970;

6. OS ENSINAMENTOS DE JESUS E A TRADIÇÃO ESOTÉRICA CRISTÃ (AS CHAVES QUE ABREM O REINO DOS CÉUS NA TERRA) , por RAUL BRUNO, Editora pensamento Ltda. , ano 2.004, 9ª Edição;

7. EU SOU A DIVINA PRESENÇA ( NOÇÕES SOBRE KÓSMOGÊNESE E ANTROPOGÊNESE) – (TRÊS TOMOS), de ALCEU LEAL (NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU), ainda inédito;

8. Tradição oral rosa-cruz, devidamente modificada e simbol izada pelo autor , para fins de at ingir o públ ico em geral; não é um l ivro, é uma tradição;

9. TAO TE KING, de LAO-TSE, t radução e notas de HUBERTO ROHDEN, ALVORADA, GRÁFICA EDITORA GUTEPLAN LTDA., 7ª Edição;

10. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Al lan Kardec, tradução de J . Herculano Pires, 60ª edição, São Paulo – LAKE, 2005;

11. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Al lan Kardec, tradução de Salvador Gent i le, 27ª edição, 1985.

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

ÍNDICE

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APOSTILA DE INSTRUÇÕES AOS INICIADOS DO 1º GRAU

APOSTILA DE INSTRUÇÕESAOS INICIADOS NO 1ºGRAU________________________________________003INVOCAÇÃO E DEDICATÓRIA_______________________________________005DIREITOS AUTORAIS_________________________________________________006AOS INTOLERANTES_________________________________________________007LEITOR AMIGO________________________________________________________009AGRADECIMENTOS___________________________________________________011GENERALIDADES (a t í tulo de PREFÁCIO )_____________________________013A ENTRADA NO TEMPLO_____________________________________________018LAVAPÉS (poesia)____________________________________________________020MISTÉRIOS (poesia)_________________________________________________025AINDA MISTÉRIOS (poesia)_________________________________________027TRILOGIA LIBERTATÓRIA (poesia)_________________________________031LIVRE-ARBÍTRIO (poesia)___________________________________________032PLANOS (poesia)_____________________________________________________040PÁTRIA (poesia, sua introdução à pág. 42)______________________043VIVER (poesia)_______________________________________________________049TENTAÇÃO (poesia)__________________________________________________050NO TEMPLO DA INTEGRALIDADE (poesia)_________________________054O PENTAGRAMA (figura)____________________________________________059OS SENTIDOS E ALÉM DELES (poesia)____________________________060BAPHOMET (figura)__________________________________________________071O AGIR DO EU SOU (poesia , sua introdução à pág. 95)_______096MEUS OLHOS (poesia)_______________________________________________099ABRAXAS (poesia, sua introdução à pág. 107)__________________108ABRAXAS (figura)____________________________________________________112ABRACADABRA (figura)_____________________________________________113A FONTE DO SER E OS CANAIS DO DEVIR (poesia)______________118A ATUAÇÃO DO INVISÍVEL NO INVISÍVEL (poesia)_______________119PASSIVIDADE DINÂMICA (poesia)__________________________________120INICIAÇÃO (poesia)__________________________________________________120NA SENDA (poesia)__________________________________________________124INTEGRAÇÃO (poesia)_______________________________________________129AS BODAS IMORTAIS (poesia)______________________________________133OS PROFETAS E SEUS TEMPLOS (poesia)_________________________136AFORISMO HERMÉTICO (poesia)___________________________________138O SALTO (poesia)____________________________________________________143BIBLIOGRAFIA E FONTES DE INSPIRAÇÃO_________________________145ÍNDICE________________________________________________________________147

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NHÔ-VÔ-ÊH-HI-PHU

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