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Sexta-feira, 27 de Março de 2009 Ano I n.º 2 Periodicidade Bimestral Director A. Soares Carneiro Marçal Grilo defende aumento do ensino obrigatório ENTREVISTA p. 6 e 7 O Rotary em Acção foi ouvir Marçal Grilo, ex-Ministro da Educação e que é actualmente Administrador na Fundação Gulbenkian. Perceber o estado da Educação em Portugal foi a nossa prioridade. Daniel Bessa e a Formação Contínua NOTÍCIAS p. 14 Daniel Bessa, ex-ministro da Economia, esteve no dia 27 de Fevereiro em Matosinhos para debater “O Valor da Educação e da Formação”. A conferência foi a primeira de uma série que visa assinalar o 50º aniversário da Fundação Rotária Portuguesa. Tampinhas renderam 200 cadeiras de rodas PROJECTOS p.11 Em Sintra, a reunião das tampinhas em massa rendeu, ao fim de pouco tempo e muita dedicação, um total de 200 cadeiras de rodas para oferecer aos que delas mais necessitam, num exemplo de boa gestão e de solidariedade. Liderança juvenil em RYLA PROJECTOS p. 10 a 13 Os clubes rotários estão a preparar os RYLA de 2009, que têm como principal objectivo preparar os jovens para um papel de liderança na comunidade. Do Norte ao Sul do país, são vãrias as iniciatvas que englobam vários jovens. 1959 – 2009 FRP: 50 ANOS AO SERVIÇO DA EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO COMBATE DESIGUALDADES Ministra fala de Educação no Palácio Foz www.rotary.pt

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Sexta-feira,27 de Março de 2009

Ano In.º 2

PeriodicidadeBimestral

DirectorA. Soares Carneiro

Marçal Grilo defende aumento do ensino obrigatórioENTREVISTA p. 6 e 7O Rotary em Acção foi ouvir Marçal

Grilo, ex-Ministro da Educação e que é

actualmente Administrador na Fundação

Gulbenkian. Perceber o estado da Educação

em Portugal foi a nossa prioridade.

Daniel Bessae a Formação ContínuaNOTÍCIAS p. 14Daniel Bessa, ex-ministro da Economia,

esteve no dia 27 de Fevereiro em

Matosinhos para debater “O Valor da

Educação e da Formação”. A conferência

foi a primeira de uma série que visa

assinalar o 50º aniversário da Fundação

Rotária Portuguesa.

Tampinhas renderam 200 cadeirasde rodasPROJECTOS p.11Em Sintra, a reunião das tampinhas em

massa rendeu, ao fim de pouco tempo e

muita dedicação, um total de 200 cadeiras

de rodas para oferecer aos que delas mais

necessitam, num exemplo de boa gestão e

de solidariedade.

Liderança juvenil em RYLAPROJECTOS p. 10 a 13Os clubes rotários estão a preparar os

RYLA de 2009, que têm como principal

objectivo preparar os jovens para um papel

de liderança na comunidade. Do Norte ao

Sul do país, são vãrias as iniciatvas que

englobam vários jovens.

1959 – 2009

FRP: 50 ANOSAO SERVIÇODA EDUCAÇÃO

EDUCAÇÃO COMBATEDESIGUALDADESMinistra fala de Educação no Palácio Foz

www.rotary.pt

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EditorialA. Soares CarneiroDirector

Ficha Técnica

Propriedade: Fundação Rotária Portuguesa NIF: 501129081 Morada: Rua João Machado, 100 - 3º, Salas 303/304, 3001-903

Coimbra; Governadoria Clubes Rotários Distrito 1960 NIF: 507476271 Morada: Rua Gil Vicente 26B 2970-305 Sesimbra; Associação

das Governadorias do Distrito Rotário 1970 NIF: 508573947 Morada: Avenida Visconde Barreiros, 160, 3º Edição: Gabinete de

Comunicação e Imagem do Rotary em Portugal. Director: A. Soares Carneiro Design: Padrão Certo Paginação: O Progresso

Redacção: Ana Lima e Valdemar Jorge Colaboradores: Daniel Serrão Impressão: Diário do Minho Tiragem: 4500 exemplares

Periodicidade: Bimestral Contactos: [email protected], Tels.: 239 823 145 / 239 834 348, Fax: 239 837 180.

Depósito Legal: 290346/09

Nota

Para que o Rotary em Acção passe a ser a voz de todos os rotários de Portugal, passam a ter à disposição o endereço electrónico [email protected], para onde po-dem enviar notícias dos clubes, eventos programados e todas as outras informações que desejarem. Este endereço passa a servir também para envio de conteúdos para a página oficial do Rotary em Portugal.

Fernando Seabra Santos, Reitor da Universidade de Coimbra, é o orador convidado da última conferência de um ciclo que assinala as comemorações dos 50 anos da Fundação Rotária Portuguesa.

A conferência tem como tema “A Universidade e o Futuro de Portugal”, e realiza-se no auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra no dia 18 de Abril.

Em anteriores sessões foram convidados o economista

Daniel Bessa e a Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.

A conferência de Seabra Santos encerra a sessão solene comorativa dos 50 anos da FRP. A sessão começa às 15h00, com a intervenção do Presidente, Frederico Nascimento, que vai fazer uma resenha dos 50 anos de actividade da Fundação. Seguir-se-á a entrega das bolsas “Paul Harris” e do Prémio Internacional de Pintura.

Reitor da Universidade de Coimbra nas comemorações da FRP

Seabra Santos debate“A Universidade e o Futurode Portugal”

Fundação Rotária Portuguesa: UMA INSTITUIÇÃOCOM FUTURO

Segundo dados recentemente divulgados pelas Nações Unidas cerca de dois (2) biliões de pessoas, em todo o mundo, não sabem ler, escrever ou efectuar operações aritméticas simples! Isto é, uma em cada três pessoas sofre de iliteracia.

Nos países de língua oficial portuguesa o problema é também preocupante. De facto as taxas de analfabetismo nestes países vão de 10% (Brasil) a mais de 60% (Guiné Bissau), passando pelos 58% de Angola, 52% em Moçambique, 40% em Timor Leste, 25% em Cabo Verde e 20% em São Tomé.

Não pensemos contudo que este problema se reconduz apenas aos países em vias de desenvolvimento. É claro que nesses países o problema agudiza-se mas, entre nós, no Portugal do século XXI, o problema manifesta-se de uma forma relevante; É que os índices de analfabetismo e iliteracia Portugueses são extremamente elevados (o índice de analfabetismo em Portugal é de 6%, ou seja, mais de seiscentos mil (600.000) portugueses maiores de 15 anos são analfabetos).

Por essa razão a missão da Fundação Rotária Portuguesa tem feito com que milhares de jovens portugueses, ao longo dos anos, tenham prosseguido os seus estudos quer ao nível do ensino secundário quer ao nível do ensino superior (desde 1959 e até 2008 a Fundação Rotária Portuguesa já atribuiu 9360 bolsas de estudo). Só por isso a Fundação merecia o nosso aplauso, não só dos rotários do mundo inteiro, mas também, de todos os cidadãos portugueses, pois bastaria um só jovem (e já vimos que foram muitos os jovens beneficiados pelas bolsas de estudo da FRP) para justificar a existência da Fundação Rotária Portuguesa.

É por isso que entendemos que a FRP vale não só pelo muito que já fez pelos portugueses e pelo movimento rotário, mas também por aquilo que, ao serviço do Rotary, ainda poderá vir a fazer a bem de todos os portugueses.

O que devemos pensar e debater é se a FRP, que existe por força de um acto criador (e revolucionário) de todos os rotários portugueses, poderá passar ao lado das grandes transformações que o nosso Mundo sofreu nos últimos anos. Se deverá ter um papel complementador da, hoje, bastante eficaz acção social escolar ou, pelo contrário, deverá ser um instrumento privilegiado da acção dos rotários portugueses onde e quando estes sejam chamados a realizar, seja em que parte do Mundo for, os direitos de todos os Homens à vida, à liberdade e à busca da felicidade.

Eis o momento de todos voltarmos a reflectir nisto…

Á Fundação Rotária Portuguesa no virar da sua página de 50 anos dourados de Acção, deixo em nome do Distrito 1960 de Rotary International as minhas melhores felicitações e a minha certeza de que o futuro será brilhante na contínua promoção e dignificação do humanismo solidário e do ideal de Serviço. Estas duas premissas ressoam bem fundo no coração de todos os Rotários (as) Portugueses, reconfortados pela certeza de que a sua Fundação trabalhou e irá continuar a trabalhar pela construção do espírito ético, humano, responsável e consciente das gerações presentes e futuras, caminho esse que pela sua louvável Acção durará por toda a eternidade.

Governadores dos Distritos 1960e 1970 felicitam FRP pelo bom trabalho Teresa Mayer,Governadora do Distrito 1960

A Fundação Rotária Portuguesa na comemoração dos seus 50 anos coloca o movimento rotário num plano de destaque ao constituir-se como um pilar de serviço em benefício de estudantes carenciados.

Ela tem de ser o orgulho de todos os companheiros rotários portugueses e todos devem estar empenhados no seu crescimento e na sua missão, agora mais diversificada.

Henrique Maria Alves,Governador do Distrito 1970

EDITORIAL ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 20092

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Criada com o objectivo de ajudar a juventude escolar, a Fundação Rotária Portuguesa (FRP) que comemora em Abril o seu 50.º aniversário. Durante cinco décadas a sua acção traduziu-se não só, na atribuição de bolsas para estudantes portugueses com dificuldades sócio-económicas e de prémios de mérito, mas também noutras ajudas pontuais a estudantes e apoio aos clubes e governadorias dos Distritos rotários 1960 e 1970, o que faz em colaboração estreita com os clubes rotários e os seus membros.

A FRP é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, criada em 19 de Abril de 1959, por todos os clubes rotários portugueses – actualmente 162 –, em cumprimento das deliberações tomadas nas X e XI Conferências de Distrito. Naquela data reuniu-se pela primeira vez, após aprovação oficial dos Estatutos, o seu Conselho de Administração.

Até esse momento houve que realizar, é certo, um trabalho melindroso e difícil, ignorado ou esquecido de muitos, vencendo resistências, aplanando dificuldades, congregando boas vontades, aproximando pontos de vista divergentes, preparando, o meio rotário português para devotar-se a um trabalho

que transcendendo os limites estreitos que estão directamente sob a esfera de acção de cada Clube, se alargasse a todo o Distrito e a todo o território continental, ilhas e antigas colónias portuguesas em África. Assim aconteceu.

O primeiro Conselho de Administração foi constituído pelos rotários: Santos Pardal (RC Braga); Augusto Serras (RC Lisboa); Rafael da Silva (RC Almada); Teixeira Barroca (RC Porto); Rodrigo Santiago (Figueira da Foz); Manuel da

Silva (RC Braga); Ferreira Leite (RC Guimarães); Ferreira da Silva (RC Porto); Mesquita Rodrigues (RC Coimbra) e Mendes d’Almeida (RC Lisboa), hoje considerados visionários, pela grande aposta que fizeram na Educação e na juventude. E estavam certos. Presididos até 1986 pelo Governador do único Distrito Rotário existente em Portugal até 1984, e rotativamente por cada um dos Governadores dos dois Distritos então criados, os Conselhos de Administração que se lhe seguiram

cumpriram empenhadamente com o propósito que animou que presidiu à criação da Fundação.

Por eleição, a partir de 1986, Francisco Zamith, José Manuel Cordeiro, Alfredo Oliveira Santos, Jorge dos Reis de Oliveira, Joaquim Branco, Maia e Costa e Martins Costa foram os presidentes que nos últimos anos presidiram ao Conselho de Administração da instituição, que tem como objectivo concretizar a base do Movimento Rotário.

A sua acção abarca em geral, actividades de serviço em benefício da população portuguesa, principalmente no campo educativo e vocacional através da concessão de auxílios e incentivos, tais como subsídios, bolsas ou prémios, sem prejuízo doutras iniciativas que o Conselho de Administração delibere. Presta ainda serviço de apoio ao Movimento Rotário Português.

A história da FRP faz-

se ainda das acções que foi desenvolvendo, sempre com os olhos postos na Educação. Nesse quadro criou um ambicioso projecto de atribuição de bolsas de estudo; instituiu prémios escolares – Teixeira Lopes e Casal Melich atribuídos aos melhores bolseiros de cada um dos distritos rotários nacionais 1960 e 1970 –, Prémio Nacional de Pintura – Jovens Artistas; Prémio Nacional de Piano – Jovens Artistas; Prémios dos Fundadores – evocativo dos 10 elementos que constituíram o primeiro Conselho de Administração e o PRAIMEC – Prémio Rotário de Apoio à Investigação ao Mérito e à Cultura.

O trabalho desenvolvido nos 50 anos que leva de actividade foi distinguido e publicamente reconhecido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, aquando da comemoração do 40.º aniversário da FRP. Na ocasião, e durante sessão solene que se realizou no Casino da Figueira da Foz, o ministro da Educação, Professor Marçal Grilo, entregou à FRP a Ordem de Mérito.

Desde 1959 a FRP já atribuiu 9360 bolsas de estudo, número que diz bem da actividade que tem desenvolvido e que se traduz na atribuição de apoio efectivo no valor de 4.433.969,00 euros.

Fundação Rotária Portuguesa:

50 anos de Serviço

No quadro das celebrações do 50.º aniversário, a FRP instituiu um conjunto de prémios que visam promover, divulgar e apoiar o intercâmbio cultural entre os Países de Língua Oficial Portuguesa. Da mesma forma, lançou recentemente a obra “50 Histórias de quem já foi criança”, que é já um sucesso. Os prémios instituídos na área das artes, canto, poesia/prosa e saúde serão entregues na cerimónia

que terá lugar na Reitoria da Universidade de Coimbra, no próximo dia 18 de Abril e são: Na área da pintura, “1.º Prémio Internacional de Pintura da FRP”; na área da literatura o “Prémio Internacional de Poesia ou Prosa da Fundação Rotária Portuguesa” e, na área do canto o “3.º Concurso de Canto Lírico”. O prémio de Pintura, por exemplo, revelou-se um sucesso, com a participação de 114 artistas

e 192 obras a concurso. Na área da saúde atribuirá duas bolsas de estudo – uma em cada um dos Distritos Rotários –, para doutoramento ou pós-doutoramento, na área das Ciências da Saúde, com duração máxima de dois anos cada uma e um valor anual mínimo de 5.000,00 euros. Cada uma das bolsas será denominada “Paul Harris”, em homenagem ao fundador do movimento Rotário Internacional, em 1905.

No ano do cinquentenário FRPinstitui prémios e atribui novas bolsas

DESTAQUEROTARY EM ACÇÃOMARÇO > ABRIL 2009 3

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Cada vez mais as bolsas de estudo atribuídas pela Fundação Rotária Portuguesa (FRP) têm ganho, ao longo dos anos, uma expressão mais vincada junto dos clubes rotários.

Do leque de bolsas entregues regista-se uma evolução sustentada do número de apoios com patrocínios, facto que demonstra estarem os rotários cada vez mais empenhados nesta causa: ajudar os jovens estudantes mais carenciados.

Jovens com parcos recursos financeiros que denotam uma grande apetência para o estudo e que sem um apoio financeiro, a maioria das vezes vêem gorada a possibilidade de vencer profissionalmente.

O balanço de atribuição de bolsas nos 50 anos que a FRP leva de actividade salda-se em 9360 bolsas entregues.

Nos últimos 5 anos a Fundação Rotária Portuguesa atribuiu 3262 bolsas das quais 2046 foram patrocinadas por Empresas e Instituições, angariadas através dos Clubes Rotários dos dois Distritos Portugueses e entregues até ao final de 2008. A meta é atingir no ano de 2009 as 600 bolsas.

Do conjunto dos clubes, do Distrito 1970, que dinamizam este projecto destacam-se, nos cinco primeiros lugares, o RC Oliveira de Azeméis, com 139 bolsas; RC Barcelos, 86; RC Pombal 74, RC Figueira da Foz, 61 e RC Estarreja, 48.

No Distrito 1960, o ranking dos 5 primeiros é dominado por RC Sesimbra, com 368; RC Abrantes, 71; RC Cascais-Estoril, 45; RC Entroncamento e RC Torres Verdas, ambos com 40.

Estes os clubes que mais se destacam e que servem de incentivo para que outros sigam as suas pisadas.

O gráfico ilustra a evolução, do número de bolseiros e de bolsas, onde é visível que a evolução tem sido equilibrada. O objectivo é o de chegar cada vez mais a um maior número de jovens e isso, felizmente, tem sido possível com a ajuda de todos os Rotários e Clubes, dando assim corpo à missão da Fundação Rotária Portuguesa.

A Fundação Rotária Portuguesa privilegia na sua acção a atribuição de Bolsas de Estudo a jovens que revelem dificuldades financeiras.

Actualmente (2009) o valor das bolsas é:- Para o Ensino Superior: 750,00 euros- Para o Ensino Secundário: 500,00 euros

- Para Cidadãos Portadores de Deficiência: 1.250,00 euros

- Para Estudantes de Medicina – Pedro Ecoffet (4): 1.000,00 euros

- PAUL HARRIS (2): 5.000,00 euros

O “Prémio dos Fundadores” instituído em 1996, é entregue anualmente aquando da comemoração do aniversário da FRP e já distinguiu 140 jovens estudantes, quer pelo percurso escolar, quer pelos actos solidários que praticam nas suas comunidades. O prémio consta da entrega de uma quantia em dinheiro (500 euros), um diploma e o livro “Quadro de Honra” que reúne a história de cada um dos 10 fundadores da FRP, bem como traça o perfil dos jovens distinguidos. Desde que foi instituído o “Prémio dos Fundadores” a FRP já entregou 65 mil euros.

Na mesma ocasião são entregues os prémios escolares – Teixeira Lopes e Casal Melich –, aos dois bolseiros (um de cada distrito rotário) que concluíram os seus cursos, com as classificações mais elevadas. A entrega desta distinção aos melhores bolseiros apoiados pela instituição remonta a 1989, tendo a FRP distinguido 36 jovens e entregue 18 mil euros.

Trata-se de uma cerimónia com grande significado para a FRP e para o movimento rotário nacional, uma vez que premeia o mérito de jovens estudantes, bem como possibilita a partilha de experiências juntando, num mesmo espaço, rotários, o grupo de jovens distinguido, familiares, professores e amigos.

Estes são alguns dos prémios que a FRP tem actualmente:Prémio Escolar dos Fundadores – Surge na prossecução

das atribuições estatutárias da FRP, designadamente no sentido de honrar os membros do primeiro Conselho de Administração. Em número anual de dez e com o nome de cada um dos Fundadores, atribuídos a candidatos designados por dez Clubes Rotários dos dois Distritos, sorteados anualmente para o efeito, destinados a jovens, estudantes ou não, que se afirmem nas suas comunidades como líderes e exemplo de acção socialmente meritória junto dos outros jovens.

Prémios Consignados pelos Clubes – Concedidos anualmente com base no aproveitamento escolar e no comportamento cívico e moral dos estudantes sendo entregue através de protocolo celebrado entre o Clube Rotário e a FRP e onde deverá constar o Estabelecimento e a Área de Ensino. Os meios financeiros são assegurados por um Fundo Consignado do Clube que o atribui e pela FRP, esta através da remuneração do Fundo Consignado.

Praimec – Prémio Rotário de Apoio à Investigação, ao Mérito e à Cultura – Destina-se a galardoar o melhor trabalho científico e cultural e, simultaneamente, a homenagear como seu patrono, uma personalidade da mesma área. A sua atribuição é feita através de Concurso publicitado por Edital próprio, podendo a ele concorrer todos os investigadores portugueses, com idade até 35 anos, isoladamente ou integrando numa equipa em que seja o primeiro autor.

Prémio Nacional de Pintura – Jovens Artistas – Atribuído em concurso realizado a nível nacional de jovens pintores com idade inferior a 30 anos.

Prémio Nacional de Jovens Pianistas – Atribuído em concurso realizado a nível nacional de jovens pianistas com idade inferior a 18 anos. Tem carácter anual e nele são galardoados os dois melhores executantes e tem um patrono de relevante mérito.

50 anos de actividade da FRP

Programa de bolsas de estudo: Prémios

Bolsas de estudo

Distinção dos melhores bolseiros remonta a 1989, tendo a FRPentregue 18 mil euros a 36 jovens.

FRP ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 20094

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Um dos projectos acarinhados pela Fundação Rotária Portuguesa (FRP) e pelos clubes dos Distritos 1960 e 1970, que tem forte componente social e educacional surgiu no ano do Centenário de Rotary Internacional (Fevereiro de 2005) e é conhecido pelo projecto Escolas de Timor.

Subscrito pelos past-governadores Frederico Nascimento (D. 1960) e Rui Amandi (D.1970) e pelos rotários Alberto Maia e Costa

como o então Presidente em exercício do CA da FRP e

Armindo Martins Andrade, como Tesoureiro, em

Fevereiro de 2005, e com o apoios dos governadores eleitos (2004/05) António Conde e Diamantino Gomes, o protocolo concretizava a vontade de apoiar através da Fundação S. José, Diocese de Baucau, Timor Lorosae, sessenta escolas primárias, nos distritos de Baucau, Lautem, Manatuto e Viqueque, na sequência de projectos rotários ali desenvolvidos entre 1999 e 2003. O apoio tem sido efectivo e o balanço é muito positivo. Em 2007 o donativo

enviado através dos clubes do D.1960, à Fundação S. José, foi no valor de 6000 euros e, em 2008 foram recepcionados mais 960 euros para serem entregues. No âmbito deste Projecto e através do D.1970, no ano de 2008 foram entregues 5.000 euros.

Estes montantes têm ajudado, ao longo destes anos, a Diocese de Baucau a suportar os gastos com mais de 77 escolas que envolvem um universo superior a 15 mil alunos.

A acção da Fundação Rotária Portuguesa (FRP) além do projecto de atribuição de bolsas e prémios escolares, passa ainda pela efectiva ajuda aos clubes rotários nacionais. Esta ajuda traduz-se no que se designa por Projectos de Apoio da FRP e que existe desde Junho de 2001.

Os projectos abrangem áreas que vão da saúde à educação passando pelo apoio à realização de rastreios, aos PALOP’s, a jovens portadores de deficiência, aquisição de cadeiras de rodas e camas articuladas, prémios escolares, rastreios visuais, auditivos, cancro gástrico e saúde oral,

mostras de saúde, programas de educação para a saúde e prevenção de doenças, entre outros.

Em 2008 o valor das propostas apresentadas à FRP foi na ordem dos 66.576,60 euros resultado do apoio a 30 projectos. Desde que este programa teve início, a Fundação Rotária Portuguesa já apoiou 236 projectos apresentados pelos clubes rotários, o que traduz um investimento de 539.683,86 euros.

Exemplos de projectos:Projecto Cadeira de Rodas

– Os clubes rotários podem apresentar candidaturas para a obtenção de cadeiras de

rodas devendo em simultâneo apresentar uma proposta de comparticipação na sua aquisição.

Projecto Saúde Brincando – Visa proporcionar momentos de alegria a crianças e jovens internados em hospitais. Decorre em articulação com os clubes rotários.

Projectos de Apoio a Jovens – Aberto a todos os clubes que tencionem promover iniciativas que visem apoiar os jovens, em qualquer área educativa, profissional, cultural, pode apresentar o programa à Fundação Rotária Portuguesa para que se encontrem planos de colaboração.

O projecto “Vamos decorar as Pediatrias dos nossos Hospitais” que resulta de uma parceria entre a Fundação Rotária Portuguesa (FRP), as governadorias 1960 (Teresa Mayer) e 1970 (Henrique Maria Alves) e a empresa DDPL Distribuição (Distribuição de Produtos de Papelaria e Brinquedos) já concretizou alguns dos seus sonhos, no ano em que a Fundação assinala o 50.º aniversário. O objectivo é decorar as

unidades pediátricas dos hospitais portugueses com a magia de algumas das figuras mais queridas do imaginário infantil como: Princesas, Winnie The Pooh, Tweety, Nody, Dora, a Exploradora, Bob o Construtor ou Cars, entre outros. A remodelação das salas teve início em Julho e, até agora foi inaugurado um conjunto de espaços que fazem a felicidade de crianças que têm de permanecer internadas nas unidades

pediátricas.As unidades hospitalares

já contempladas são: Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio; Hospital Amadora-Sintra e Hospital de Alcoitão; Hospital Distrital de Santarém; Consultas Externas do Hospital Sant’Ana e Centro Hospitalar de Cascais. O programa, com forte carácter social e de solidariedade, desenrola-se a bom ritmo, estando para breve a inauguração de novas salas pediátricas.

Projectos de Apoio

evolução sustentada

Salas de pediatria de unidades hospitalares mais alegres

Projecto Escolas de Timor

FRPROTARY EM ACÇÃOMARÇO > ABRIL 2009 5

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Pedia-lhe que, em traços muito gerais, nos dissesse como é que vê o actual es-tado da Educação em Portu-gal, quais lhe parecem ser os principais problemas?

Uma questão que me pa-rece muito importante é que quando se fala da Educação tem-se sempre a ideia das es-colas, e a Educação não são só as escolas. A educação das crianças e dos jovens é um processo muito complexo. Os primeiros responsáveis pela educação dos miúdos são os pais e as famílias e depois se-guramente a escola e tudo aquilo que envolve hoje os mi-údos e que é uma panóplia de instrumentos, os ATLs, a tele-visão, os computadores, os jornais as revistas, tudo! Tudo isto é no fundo um proces-so educativo que influencia directamente a criança. Por-tanto, o que lhe posso dizer é o seguinte: sinto que nos últimos 20 anos, digamos, se processou uma mudança significativa da percepção da escola por parte das famílias, os pais sobretudo têm hoje uma perspectiva diferente da escola – quero eu crer, não estou a dizer que isto esteja demonstrado cientificamen-te – isto é, esperam mais da escola do que se esperava há uns anos atrás.

Transferiram a responsa-bilidade educativa para as escolas?

Não, não, não. Eu diria pelo contrário que os pais es-tão cada vez mais empenha-dos na educação dos filhos e esperam que a Escola lhes dê mais. Talvez nem todos ainda sejam suficientemente exigentes, mas os pais devem ser exigentes com a Escola. Agora, o grau de exigência deve ser, sobretudo, para que os miúdos saibam e não para

que os miúdos passem ou te-nham boas notas. Acredito que os pais estão cada vez mais conscientes da impor-tância do saber. De que os mi-údos devem estar devidamen-te preparados. Isso é muito relevante e pode vir a ter uma importância muito grande e consequências positivas na construção dos jovens, na sua identidade, na maneira como são capazes de se inserir na vida activa. O segundo ponto, e que decorre um pouco dis-to, é que a Escola atribui hoje uma importância grande à ini-ciativa, à responsabilidade, à autonomia, às atitudes e aos comportamentos. Não são propriamente disciplinas mas julgo que a escola tem sido capaz, nessa matéria, de dar melhores condições para que os miúdos possam tornar-se cidadãos mais activos.

No fundo dar-lhes concei-tos de cidadania?

É mais do que isso. Dar-lhes conceitos de cidadania certa-mente, mas também capaci-dades para que possam ser mais autónomos, eles próprios agentes do seu próprio pro-jecto de vida. Uma das ques-

tões mais fundamentais que nós temos que ir resolvendo tem a ver com a transforma-ção de uma sociedade que é essencialmente dependente. As pessoas gostam de viver na dependência de, ou do Estado, ou de uma entidade mítica ou da família. E terem alguém a quem culpar. Isto é uma cultura muito enraizada. Parece um país de queixosos, as pessoas têm pena de si

próprias, o que é uma coisa que me faz muita impressão. Ora, o futuro pertence aos mais capazes, aos que sejam mais responsáveis, aos que tenham maior gosto por ino-var, por liderar, por arriscar. No fundo é uma sociedade mais assente nos cidadãos, na capacidade empreende-dora de cada um. As pessoas devem ser ambiciosas, devem ter ambição na vida. Obvia-mente, não estou aqui a falar

numa espécie de combate de boxe, a competitividade leva-da ao limite. A solidariedade é importante. Tudo isto tem que ter um certo equilíbrio.

Estamos então no bom caminho?

Há alguns aspectos que são um pouco preocupantes. Durante algum tempo o estu-dar, para além da educação - assente em valores como a família e outros que conside-

ro essenciais como a liberda-de, a democracia, o respeito pelos outros, a solidariedade, e que aliás está muito inseri-do na matriz do movimento rotário -, era algo que tinha que ter sempre um carácter um pouco lúdico. Aprender tinha que ser uma coisa mui-to cor-de-rosa, muito agradá-vel. Eu penso que há aqui um equilíbrio a estabelecer entre o que são metas e objectivos que tem que ser traçados, e que são traçados sobretudo pela escola. Pelos professores e pelos próprios pais. Mas so-bretudo aqui é um trabalho mais profissional feito ao ní-vel da escola e a necessidade desta ter níveis de exigência e patamares que têm de ser atingidos pelos alunos. Isso implica esforço, dedicação, disciplina e implica, às vezes, até sacrifícios.

Mas isso não será mais um problema das famílias?

Eu penso que é um pro-blema da sociedade no seu conjunto. Houve até algumas escolas de pensamento que, no passado, favoreceram

esse sentido mais lúdico do estudo. Ora nem tudo no es-tudo, nem toda a aprendiza-gem é fácil ou agradável. O maior factor de auto-estima de qualquer criança, de qual-quer adolescente, é saber, e saber demonstrando-o. É fa-zer um teste e ter uma boa nota. Aliás, como em tudo na vida, quando atingimos um objectivo ficamos satisfeitos, valeu a pena. Mas isto impli-ca uma atitude por parte dos pais, dos miúdos, da Escola, dos professores que favoreça este tipo de enquadramento.

Embora com uma tendên-cia decrescente, o abando-no escolar ainda é uma rea-lidade muito significativa…

Temos abandono escolar sobretudo quando acaba o 9º ano de escolaridade. Julgo que a esse nível estão a ser dados passos muito impor-tantes, nomeadamente com os cursos tecnológicos e pro-fissionais. Sobretudo desde a última Lei de Bases de 86 criou-se muito a ideia de que o ensino secundário era uma espécie de corredor, de ante-

Entrevista com Marçal Grilo

“Sou grande defensor do ensinoO Rotary em Acção foi ouvir Marçal Grilo, ex-Ministro da Educação e que é actualmente Administrador na

Fundação Gulbenkian. Perceber o estado da Educação em Portugal foi a nossa prioridade, através de alguém que tem uma perspectiva muito própria dos principais problemas e das melhores soluções para um correcto funcionamento da educação no nosso país.

“É preciso que as rupturas que por vezes se têm que fazer sejam

assumidas com grande cuidado”.

ENTREVISTA ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 20096

Page 7: FRP: 50 ANOS AO SERVIÇO DA EDUCAÇÃO - Rotary Portugal accao/Jornal_n2.pdf · muita dedicação, um total de 200 cadeiras de rodas para oferecer aos que delas mais necessitam, num

câmara para a universidade, era apenas o hall de entrada para o ensino superior. Hoje em dia julgo que essa ideia também se modificou.

Acha possível, em breve, alargar a escolaridade obri-gatória ao 12º ano?

Sou um grande defensor de uma escolaridade obriga-tória de 12 anos, o que não é o mesmo que uma escolari-dade obrigatória do 12º ano. É levar os miúdos até aos 18 anos na escola com uma for-mação que seja relevante, que lhes seja útil. E vão ser as próprias empresas que o vão exigir. Nós temos já um con-junto muito grande de empre-sas com esta filosofia. Há dois anos fiz um estudo em que vi muitas fábricas que, em 10 anos, passaram de um recru-tamento com quatro ou cinco anos de escolaridade para 12 anos. Este é o grande incenti-vo para que as famílias levem os seus filhos até ao 12º ano, independentemente da esco-laridade obrigatória. Há mui-tos países que não têm Lei de Bases nenhumas nem escola-ridade obrigatória.

Ainda relativamente à escolaridade obrigatória, uma coisa é o que o Esta-do obriga e outra é aquilo que as famílias conseguem pagar. Os apoios do Estado funcionam?

Essa é uma matéria muito sensível. É o saber se a escola-ridade é gratuita ou não é gra-tuita. A Constituição diz que a Educação é tendencialmente gratuita, mas obviamente que não é. Por exemplo o Ensino Superior deixou de o ser. Hoje é pago, aliás, isso foi reconhe-cido pelo Tribunal Constitu-cional estava eu no Governo. O debate que vai ocorrer na sociedade portuguesa num futuro próximo é o de saber – se o poder político entender que a escolaridade obrigató-ria deve ser estendida para 12 anos – se essa escolaridade é gratuita ou não. Ou melhor, se é gratuita no que respeita

ao pagamento do ensino ou se é parcialmente gratuita. Porque ela gratuita nunca é! Sobretudo é preciso pen-sar nisto: se nós estendemos para 12 anos, o que nos pode surpreender é haver neste en-sino secundário várias áreas, vários caminhos para chegar ao topo. Eu nunca fiz as con-tas mas é capaz de ser com-pletamente incomportável.

As bolsas de estudo há uns anos eram importan-

tíssimas, muitas vezes até o único meio no acesso à educação, nomeadamente através da Fundação Ca-louste Gulbenkian. Hoje qual é a sua expressão?

O Estado, durante anos e anos, não teve capacidade para isso e a Fundação, a par-tir dos anos 50, teve um pa-pel decisivo na formação das elites portuguesas. Hoje não é assim, o Estado tem o total domínio no ensino superior, e bem. Não somos competido-res nessa matéria, o que nos obrigou a ter uma atitude de encontrar as áreas, os nichos em que o Estado tem menor

intervenção, e em que se pudesse fazer alguma coisa, como por exemplo os está-gios de curta duração no es-trangeiro. Mas estamos sem-pre a criar os instrumentos al-ternativos que nos permitam contribuir para a formação avançada.

Não teme que esta cri-se financeira e económica, mas também social, que atravessamos possa fazer retroceder todo o trabalho

que já foi feito na Educa-ção?

O grande inimigo de uma escolaridade mais prolongada são os sectores económicos que sugam a mão-de-obra precocemente, quer do pon-to de vista da idade quer da formação que têm. O que significa que a mão-de-obra é mais barata mas é também é mais difícil de reciclar. Esta-mos a viver uma crise muito profunda e muito perigosa, e penso que pode ter efeitos sociais gravíssimos - embora eu não goste de olhar para a bola mágica - mas acredi-to que a ideia de formação,

isto é a ideia de que é preciso ter formação está já enraiza-da na nossa sociedade.

Como analisa a questão da avaliação dos professo-res?

É preciso um grande equi-líbrio nas decisões. É preciso que as rupturas que por vezes se têm que fazer sejam assu-midas com grande cuidado. Porque as rupturas em políti-cas públicas se não são muito cuidadosas acontece que não funcionam e depois, quando se recua, fica-se mais atrás do que se estava antes. Uma das minhas preocupações é o aparente divórcio entre as po-sições sindicais e as posições governamentais na área da educação. Por um lado nós temos tido, e mal, o debate educativo centrado nas posi-ções do ministério e nas po-sições dos sindicatos, o que é um enorme empobrecimento em relação ao que deveria ser o debate. Há um factor, um protagonista neste pro-cesso que tem para mim uma importância absolutamente excepcional e que são as es-colas.

Em que medida esta “guerra” pode prejudicar o funcionamento das escolas e, principalmente, o rendi-mento escolar?

Também convém não exa-gerar: as escolas são menos afectadas por estes fenóme-nos do que pensamos.

Mas os professores di-zem-se afectados.

Bom, o clima, pelo que te-nho observado e pelos con-tactos que vamos mantendo, é de alguma insatisfação e de algum desalento em relação a alguns factores. Tenho pelos professores um enorme res-peito, pelo menos pela maio-ria, no que respeita ao seu sentido de responsabilidade e de profissionalismo. É preciso perceber o que distingue os professores de muitas outras profissões. Um professor é uma referência.

É necessário que cada es-cola defina o seu projecto em função da comunidade em que está, tal como é preciso perceber que a comunidade vai variando. Mas isto não significa que devam existir pa-drões de exigência muito di-ferentes. O baixo nível socio-económico não é um estigma que fique para toda a vida, a escola tem a obrigação de combater isso e não é facili-tando.

O ranking das escolas é um bom barómetro?

Por si só não valem nada. São uma forma de criar uma hierarquia para as instituições e nesse sentido são úteis, mas são um factor completamen-te à margem.

Uma instituição que traba-lha para os rankings arrisca-se a certa altura a ter mais per-versão do que virtude.

Tenho algumas dúvidas em relação a algumas inter-pretações que se fazem, da mesma maneira que algu-mas pessoas pensaram que a publicação do resultado dos exames iria resolver o proble-ma da educação também os rankings valem o que valem. Vieram obrigar as escolas a repensar algumas das suas atitudes, mas não penso que sejam uma varinha de con-dão.

obrigatório de 12 anos”

“Acredito que os pais estãocada vez mais conscientesda importância do saber”.

ENTREVISTAROTARY EM ACÇÃOMARÇO > ABRIL 2009 7

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Grau de alfabetização, aban-dono escolar e sistemas de ensino são algumas das princi-pais preocupações dos gover-nos dos nossos dias um pouco por todo o mundo. A impor-tância deste domínio, bem evi-dente na expressão “hoje ven-ce uma guerra quem tem mais conhecimento”, reflecte-se no elevado número de relatórios e estudos elaborados todos os anos, dos quais se retiram conclusões que podem contri-buir para direccionar melhor a aposta no ensino. Portugal é, como se sabe, um país que vai permanecendo globalmente na cauda da União Europeia, e a educação não constitui excepção. A OCDE elogiou re-centemente a aposta no pro-grama Novas Oportunidades, apresentando-o como exem-plo para outros países, mas os dados disponíveis revelam que esta iniciativa não tem sido su-ficiente para consubstanciar a aposta na educação dos por-tugueses ao longo da vida.

O abandono escolar e os ín-dices de leitura são, por isso, as principais preocupações do actual e de outros governos. Sendo certo que os valores têm revelado alguma evolu-ção, a verdade é que, em mui-tos casos, estamos ainda mui-to abaixo da média europeia. A nível mundial, a OCDE lem-bra que Portugal foi um dos poucos países onde o investi-mento com a educação não cresceu entre 1995 e 2005.

Portugal em situa-ção preocupante

A Direcção-Geral da Educa-ção e da Cultura da Comissão Europeia definiu cinco critérios para avaliar o estado da educa-ção na Europa: “baixo índice de leitura”, “abandono escolar”, “conclusão do ensino secundá-rio”, “competências em mate-mática, ciência e tecnologia” e “participação de adultos na educação ao longo da vida”. A Comissão Europeia analisou a evolução dos países da União Europeia entre 2000 e 2007 e, mais uma vez, Portugal regis-

ta valores muito negativos em mais do que um critério.

Portugal apresenta uma situ-ação negativa no que diz res-peito à participação de adultos na educação ao longo da vida mas está em franco desen-volvimento relativamente às competências em matemática, ciência e tecnologia. No que respeita aos baixos índices de

leitura, ao abandono escolar e à conclusão do ensino secun-dário, Portugal apresenta uma evolução positiva, ainda assim abaixo da média europeia.

O mesmo órgão da Comis-são indica que, em 2000, 23 por cento dos portugueses revelava um baixo índice de leitura, um valor que se man-teve praticamente inalterado

em 2003 (22 por cento) e em 2006 (24,9 por cento). Em qualquer dos casos, os resulta-dos são ligeiramente inferiores à média europeia. A Bulgária e a Roménia ocupam as po-sições mais problemáticas. Ir-landa e Finlândia são os países com maior índice de leitura.

Portugal, como seria previsí-vel, aparece sempre na cauda da União desde 2000 no que diz respeito ao abandono es-colar, com valores entre os 35 por cento e os 43 por cento de abandono escolar (a média europeia não ultrapassa os 17 por cento). Apesar de este in-dicador ter vindo a diminuir ao longo dos anos, Portugal con-tinua apenas abaixo de Malta e, ainda assim, com uma dife-rença muito reduzida.

Portugal apresenta valores inquietantes também no que diz respeito à conclusão do en-sino secundário, com valores entre os 43 e os 53 por cento. A evolução é positiva, mas, ten-do em conta que a média eu-ropeia se situa continuamente acima dos 75 por cento, o va-lor português é manifestamen-te baixo. Portugal é mesmo o país com o mais baixo índice de conclusão do ensino secun-dário da União Europeia.

No que respeita às compe-tências em matemática, ciência e tecnologia, Portugal apresen-ta valores razoáveis, especial-mente no que diz respeito às mulheres, que surgem acima dos 40 por cento em 2000. Itália, Polónia e Eslováquia, no acumulado entre 2000 e 2006, estão acima dos 100 por cen-to, mas os 88 por cento de Por-tugal são muito positivos, uma vez que a média europeia se cifra nos 29 por cento.

Portugal tem evoluído ao longo dos anos no que diz res-peito à participação de adultos na educação ao longo da vida, designadamente entre 2000 e 2007, mas não ultrapassa os 4,4 por cento, enquanto a média europeia se situava, em 2007, nos 9,7%.

“Novas Oportuni-dades” para adultos

De acordo com dados de 2007 do GEPE - Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação do Ministério da Educação, o número de alunos do ensino básico e do ensino secundário aumentou pela pri-meira vez em 10 anos.

Todavia, é na aprendizagem ao longo da vida que Portu-gal tem conquistado pontos, graças, em grande medida, à iniciativa Novas Oportunida-des, que tem como objectivo “elevar os níveis de educação, formação e qualificação dos portugueses através de dois pilares fundamentais: fazer do ensino profissionalizante de ní-vel secundário uma verdadeira e real opção; elevar a forma-ção da população activa, dan-do uma nova oportunidade aos portugueses para recupe-rarem e completarem os seus estudos”. O Governo definiu como objectivo atribuir o diplo-ma do ensino secundário a um milhão de jovens e adultos até 2010. A OCDE, no Inquérito Económico (Economic Survey) que apresentou sobre Portu-gal, defende que “há reformas interessantes na educação. O bem concebido programa Novas Oportunidades está a ser implementado. Proporcio-na novas oportunidades de aprendizagem aos jovens em risco de abandonarem a esco-la e oferece oportunidades a adultos com baixo nível edu-cacional. Os resultados até à data são promissores”. Angel Curría, Secretário-Geral daque-le organismo, afirmou mesmo, em Lisboa, que “vários países da OCDE poderiam beneficiar agora da experiência de Portu-gal nesta área”.

Apesar destas boas notí-cias, os dados da Comissão Europeia indicam que Por-tugal ainda aparece no ver-melho no que diz respeito à aprendizagem dos adultos ao longo da vida e na con-clusão do ensino superior. O número de alunos inscritos no ensino superior conheceu o seu auge em 2002/2003, mas tem vindo a descer des-de então.

Ainda na cauda na UE, mas com evolução positiva

A saúde da educação em

1. Low achievers in readingBENCHMARK: By 2010 the percentage of low achieving 15-year olds in reading literacy in the EU should decrease by at least 20%.

TRENDS: In the EU (comparable data available for 18 countries) performance deteriorated from 21.3 % low performers in reading in 2000 to 24.1 % (girls: 17.6%, boys: 30.4%) in 2006.

BEST EU PERFORMERS: Finland, Ireland and Estonia.

2000 2003 2006EU (18) 21.3 : 24.1Belgium 19.0 17.9 19.4Bulgaria 40.3 : 51.1Czech Republic 17.5 19.4 24.8Denmark 17.9 16.5 16.0Germany 22.6 22.3 20.0Estonia : : 13.6Ireland 11.0 11.0 12.1Greece 24.4 25.2 27.7Spain 16.3 21.1 25.7France 15.2 17.5 21.7Italy 18.9 23.9 26.4Latvia 30.1 18.0 21.2Lithuania : : 25.7Luxembourg (35.1) 22.7 22.9Hungary 22.7 20.5 20.6Netherlands (9.5) 11.5 15.1Austria 19.3 20.7 21.5Poland 23.2 16.8 16.2Portugal 26.3 22.0 24.9Romania 41.3 : 53.5Slovenia : : 16.5Slovakia : 24.9 27.8Finland 7.0 5.7 4.8Sweden 12.6 13.3 15.3United Kingdom (12.8) : 19.0Croatia : : 21.5Turkey : 36.8 32.2Iceland 14.5 18.5 20.5Norway 17.5 18.2 22.4Liechtenstein 22.1 10.4 14.3USA 17.9 19.4 :Japan 10.1 19.0 18.4

Source: OECD (PISA) TOP PERFORMERS LOW PERFORMERS

() = not comparable

Cyprus and Malta have not yet participated in the survey.

2. Early school leavers

BENCHMARK:By 2010 a share of early school leavers of no more than 10% should be reached.

TRENDS: In EU 27 the share of early school leavers (population 18-24) declined from 17.6% in 2000 to 14.8% (females: 12.7%, males: 16.9%) in 2007.

BEST EU PERFORMERS: Poland, Czech Republic and Slovakia.

2000 2006 2007EU 27 17.6 15.2 14.8Belgium 12.5 12.6 b 12.3Bulgaria 20.3 1 18.0 16.6Czech Republic 5.5 2 5.5 b :Denmark 11.6 10.9 b 12.4 b

Germany 14.9 13.8 12.7Estonia 14.2 13.2 14.3Ireland 14.7 2 12.3 b 11.5Greece 18.2 15.9 b 14.7Spain 29.1 29.9 b 31.0France 13.3 12.3 b 12.7Italy 25.3 20.8 19.3Cyprus 18.5 16.0 b 12.6Latvia 19.5 2 19.0 p 16.0 p

Lithuania 16.7 10.3 b 8.7Luxembourg 16.8 17.4 b 15.1Hungary 13.8 12.4 b 10.9Malta 54.2 41.7 b 37.6Netherlands 15.5 12.9 b 12.0Austria 10.2 9.6 b 10.9Poland 7.9 1 5.6 b 5.0Portugal 42.6 39.2 b p 36.3 p

Romania 22.3 19.0 b 19.2Slovenia 7.7 1 5.2 u 4.3 u

Slovakia 5.62 6.4 b 7.2Finland 8.9 b 8.3 b p 7.9 p

Sweden 7.7 12.0 b :United Kingdom 18.4 13.0 :Croatia 8.3 2 5.3 u 3.9 u

Turkey 58.8 49.7 47.6Iceland 29.8 28.1 p :Norway 13.3 5.9 b :

Source: Eurostat (LFS) TOP PERFORMERS LOW PERFORMERSb = break in time series, p= provisional, u = unreliable, 1) = 2001, 2) = 2002

Slovenia probably among best performers but recent data unreliable.

3. Upper secondary attainmentBENCHMARK:By 2010 at least 85% of 22 year-olds in the EU should have should have completed upper secondary education.

TRENDS: Since 2000 upper secondary attainment in the EU increased slightly, from 76.6% of people aged 20-24 to 78.1% (females: 80.8%, males: 75.4%) in 2007.

BEST EU PERFORMERS: Czech Republic, Poland and Slovenia.

2000 2006 2007EU 27 76.6 77.8 78.1Belgium 81.7 82.4 82.6Bulgaria 75.2 80.5b 83.3 Czech Republic 91.2 91.8 91.8Denmark 72.0 77.4 b 70.8 b

Germany 74.7 71.6 b p 72.5Estonia 79.0 82.0 80.9Ireland 82.6 85.4 86.7Greece 79.2 81.0 p 82.1Spain 66.0 61.6 61.1France 81.6 82.1 b p 82.4Italy 69.4 75.5 76.3 Cyprus 79.0 83.7 p 85.8Latvia 76.5 81.0 b 80.2Lithuania 78.9 88.2 b 89.0Luxembourg 77.5 69.3 b 70.9Hungary 83.5 82.9 b 84.0Malta 40.9 50.4 b 54.7Netherlands 71.9 74.7 76.2Austria 85.1 85.8 84.1Poland 88.8 91.7 91.6Portugal 43.2 49.6 53.4Romania 76.1 77.2 p 77.4 Slovenia 88.0 89.4 91.5Slovakia 94.8 91.5 91.3Finland 87.7 84.7 p 86.5 Sweden 85.2 86.5 b 87.2United Kingdom 76.6 78.8 78.1Croatia 90.6 2 94.6 :Turkey 38.6 44.7 46.4Iceland 46.1 49.3 :Norway 95.0 93.3 p :

Source: Eurostat (LFS) TOP PERFORMERS LOW PERFORMERSb = break in time series, p= provisional, 1) = 2001, 2) = 2002

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Abandono escolar

Conclusão do ensino secundário

1. Low achievers in readingBENCHMARK: By 2010 the percentage of low achieving 15-year olds in reading literacy in the EU should decrease by at least 20%.

TRENDS: In the EU (comparable data available for 18 countries) performance deteriorated from 21.3 % low performers in reading in 2000 to 24.1 % (girls: 17.6%, boys: 30.4%) in 2006.

BEST EU PERFORMERS: Finland, Ireland and Estonia.

2000 2003 2006EU (18) 21.3 : 24.1Belgium 19.0 17.9 19.4Bulgaria 40.3 : 51.1Czech Republic 17.5 19.4 24.8Denmark 17.9 16.5 16.0Germany 22.6 22.3 20.0Estonia : : 13.6Ireland 11.0 11.0 12.1Greece 24.4 25.2 27.7Spain 16.3 21.1 25.7France 15.2 17.5 21.7Italy 18.9 23.9 26.4Latvia 30.1 18.0 21.2Lithuania : : 25.7Luxembourg (35.1) 22.7 22.9Hungary 22.7 20.5 20.6Netherlands (9.5) 11.5 15.1Austria 19.3 20.7 21.5Poland 23.2 16.8 16.2Portugal 26.3 22.0 24.9Romania 41.3 : 53.5Slovenia : : 16.5Slovakia : 24.9 27.8Finland 7.0 5.7 4.8Sweden 12.6 13.3 15.3United Kingdom (12.8) : 19.0Croatia : : 21.5Turkey : 36.8 32.2Iceland 14.5 18.5 20.5Norway 17.5 18.2 22.4Liechtenstein 22.1 10.4 14.3USA 17.9 19.4 :Japan 10.1 19.0 18.4

Source: OECD (PISA) TOP PERFORMERS LOW PERFORMERS

() = not comparable

Cyprus and Malta have not yet participated in the survey.

2. Early school leavers

BENCHMARK:By 2010 a share of early school leavers of no more than 10% should be reached.

TRENDS: In EU 27 the share of early school leavers (population 18-24) declined from 17.6% in 2000 to 14.8% (females: 12.7%, males: 16.9%) in 2007.

BEST EU PERFORMERS: Poland, Czech Republic and Slovakia.

2000 2006 2007EU 27 17.6 15.2 14.8Belgium 12.5 12.6 b 12.3Bulgaria 20.3 1 18.0 16.6Czech Republic 5.5 2 5.5 b :Denmark 11.6 10.9 b 12.4 b

Germany 14.9 13.8 12.7Estonia 14.2 13.2 14.3Ireland 14.7 2 12.3 b 11.5Greece 18.2 15.9 b 14.7Spain 29.1 29.9 b 31.0France 13.3 12.3 b 12.7Italy 25.3 20.8 19.3Cyprus 18.5 16.0 b 12.6Latvia 19.5 2 19.0 p 16.0 p

Lithuania 16.7 10.3 b 8.7Luxembourg 16.8 17.4 b 15.1Hungary 13.8 12.4 b 10.9Malta 54.2 41.7 b 37.6Netherlands 15.5 12.9 b 12.0Austria 10.2 9.6 b 10.9Poland 7.9 1 5.6 b 5.0Portugal 42.6 39.2 b p 36.3 p

Romania 22.3 19.0 b 19.2Slovenia 7.7 1 5.2 u 4.3 u

Slovakia 5.62 6.4 b 7.2Finland 8.9 b 8.3 b p 7.9 p

Sweden 7.7 12.0 b :United Kingdom 18.4 13.0 :Croatia 8.3 2 5.3 u 3.9 u

Turkey 58.8 49.7 47.6Iceland 29.8 28.1 p :Norway 13.3 5.9 b :

Source: Eurostat (LFS) TOP PERFORMERS LOW PERFORMERSb = break in time series, p= provisional, u = unreliable, 1) = 2001, 2) = 2002

Slovenia probably among best performers but recent data unreliable.

3. Upper secondary attainmentBENCHMARK:By 2010 at least 85% of 22 year-olds in the EU should have should have completed upper secondary education.

TRENDS: Since 2000 upper secondary attainment in the EU increased slightly, from 76.6% of people aged 20-24 to 78.1% (females: 80.8%, males: 75.4%) in 2007.

BEST EU PERFORMERS: Czech Republic, Poland and Slovenia.

2000 2006 2007EU 27 76.6 77.8 78.1Belgium 81.7 82.4 82.6Bulgaria 75.2 80.5b 83.3 Czech Republic 91.2 91.8 91.8Denmark 72.0 77.4 b 70.8 b

Germany 74.7 71.6 b p 72.5Estonia 79.0 82.0 80.9Ireland 82.6 85.4 86.7Greece 79.2 81.0 p 82.1Spain 66.0 61.6 61.1France 81.6 82.1 b p 82.4Italy 69.4 75.5 76.3 Cyprus 79.0 83.7 p 85.8Latvia 76.5 81.0 b 80.2Lithuania 78.9 88.2 b 89.0Luxembourg 77.5 69.3 b 70.9Hungary 83.5 82.9 b 84.0Malta 40.9 50.4 b 54.7Netherlands 71.9 74.7 76.2Austria 85.1 85.8 84.1Poland 88.8 91.7 91.6Portugal 43.2 49.6 53.4Romania 76.1 77.2 p 77.4 Slovenia 88.0 89.4 91.5Slovakia 94.8 91.5 91.3Finland 87.7 84.7 p 86.5 Sweden 85.2 86.5 b 87.2United Kingdom 76.6 78.8 78.1Croatia 90.6 2 94.6 :Turkey 38.6 44.7 46.4Iceland 46.1 49.3 :Norway 95.0 93.3 p :

Source: Eurostat (LFS) TOP PERFORMERS LOW PERFORMERSb = break in time series, p= provisional, 1) = 2001, 2) = 2002

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Strongest performerProgress required

EU trend

Weakest performer

%

DESTAQUE ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 20098

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Está actualmente em curso, em Portugal, um Plano Nacio-nal de Leitura, que tem como objectivo elevar os níveis de li-teracia dos portugueses, pro-movendo o desenvolvimento de competências nos domí-nios da leitura e da escrita,

bem como o alargamento e o aprofundamento dos hábitos de leitura, nomeadamente entre a população escolar.

A iniciativa destina-se pri-mordialmente às crianças que frequentam o ensino pré-es-colar e o básico. A leitura é

promovida diariamente nos estabelecimentos de ensino e incentivada em contextos fa-miliares. O objectivo é contri-buir para o desenvolvimento de competências essenciais para todo o percurso escolar e profissional dos alunos.

As Universidades Seniores surgiram na década de 70, em França, com o objectivo de proporcionar aos mais ve-lhos a possibilidade de apren-derem ou ensinarem, promo-vendo, ao mesmo tempo, o convívio entre gerações. Hoje

existem já mais de 30 uni-versidades, dedicadas a pro-porcionar aos mais idosos o acesso a disciplinas e cursos adaptados à sua realidade e o desenvolvimento de activida-des lúdicas, passeios e muitas outras acções.

As 30 universidades que estiveram na sua origem, em 2005, criaram os primeiros alicerces para muitas outras. Em Portugal, o Movimento Rotário tem já em funciona-mento uma rede com perto de 20 Universidades.

A alfabetização tem sido um dos principais serviços prestados pelo Rotary, atra-vés do desenvolvimento de projectos em milhares de co-munidades mundiais.

Desde o seu início, há 20 anos, o CLE (Concentrated Language Encounter) tem sido aplicado em escolas de todo o mundo, com sucesso em mais de 30 países. Até Ju-nho de 2008, a Rotary Foun-dation tinha outorgado mais de 140 subsídios a programas

no âmbito do CLE, totalizan-do cerca de 3,3 milhões de dólares em projectos imple-mentados em países como o Bangladesh, Brasil, Filipinas, África do Sul, Tailândia e Tur-quia. Só em subsídios 3-H, foram atribuídos quase 2,4 milhões de dólares.

Na sua acção, a Fundação Rotária Portuguesa privilegia a atribuição de bolsas de es-tudo a jovens que revelem dificuldades financeiras. A Fundação privilegia estudan-

tes do ensino secundário com bom aproveitamento escolar ou estudantes do ensino téc-nico-profissional.

Estes incentivos destinam-se aos estudantes residentes em Portugal, inscritos em to-dos os níveis de ensino entre o básico e o superior, em ins-tituições públicas ou privadas, contanto que possuam um rendimento per capita infe-rior a 50 por cento do salário mínimo nacional.

A análise da OCDE (Organi-zação para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico) respeitante ao ano de 2008 aponta para uma expansão mundial, iniciada há já algu-mas décadas, no que se refe-re à participação na educação e aos resultados escolares, em especial no que diz respei-to ao ensino superior.

O montante total de fun-dos atribuídos às instituições de ensino, em todos os níveis de educação e escolaridade, cresceu na totalidade dos paí-ses na última década, aumen-tando em média 19 por cen-to só entre 2000 e 2005. De acordo com o relatório anual da OCDE, “Panorama sobre a Educação”, neste intervalo de tempo, “à excepção do Ca-nadá, França, Hungria, Portu-gal e Suíça, a despesa com a educação cresceu, pelo me-nos, tão rapidamente como as despesas públicas noutros sectores”.

Ao nível do ensino superior, os padrões de financiamento observáveis são diferentes dos relativos ao ensino bási-co e secundário. Em primeiro lugar, a utilização de fundos privados é muito mais comum do que nos níveis do ensino básico e secundário, lembra a OCDE: “Alguns países en-contraram novas fontes de fi-nanciamento privado, outros aumentaram o financiamen-to público, enquanto os que não tomaram nenhuma des-tas medidas se deparam com cada vez mais dificuldade em conciliar a expansão com a qualidade”.

É surpreendente que, por exemplo, a despesa média por aluno do ensino superior na maioria dos países euro-peus se situe actualmente bem abaixo de metade do nível praticado nos Estados Unidos. A OCDE aconselha os países a, ao promoverem a evolução dos seus sistemas educativos, aplicarem uma abordagem multifacetada, de forma a assegurar um finan-

ciamento adequado da edu-cação.

“Gerir o crescimento e de-senvolvimento dos sistemas educativos de forma a me-lhorar o acesso, aumentar a qualidade e fomentar a rela-ção custo/eficiência coloca desafios difíceis e os países terão de encontrar formas de os abordar.

A sociedade do conheci-mento está para ficar, e re-quer uma cidadania capaz, altamente qualificada e ino-vadora, e os níveis crescen-tes de participação educativa sugerem que os jovens e as suas famílias já entenderam a mensagem. Embora ninguém possa prever até onde irá a expansão do ensino superior, os países necessitam de siste-mas financeiros sustentáveis capazes de dar resposta ao crescimento do número de alunos. Não o fazer poderá significar que a sociedade da informação poderá tornar-se um mundo polarizado, povo-ado por aqueles que podem custear a educação e por aqueles que não o podem fazer”, adverte o relatório da OCDE.

O mesmo organismo acre-dita que será necessário fa-zer muito mais para alcançar uma articulação eficiente que promova a aprendizagem dos alunos nos diferentes contex-tos em que os países funcio-nam.

A OCDE defende que as comparações internacionais podem ser um instrumento poderoso nesse sentido: “Per-mitem que os sistemas edu-cativos olhem para si mesmos através da óptica das políticas planeadas, implementadas e alcançadas noutros locais do mundo. Também mostram o que é possível na educa-ção em termos de qualidade, igualdade e eficiência dos ser-viços educativos e podem pro-mover uma melhor compre-ensão sobre como diferentes sistemas educativos abordam problemas similares”.

Educação para todos

Portugal

Rotary e a educação

Universidades Sénior

Plano Nacional de Leitura

DESTAQUEROTARY EM ACÇÃOMARÇO > ABRIL 2009 9

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No dia 19 de Novembro, o Rotaract Club do Funchal-Uma, recebeu a visita do Magnífico Reitor da Universi-dade da Madeira, Professor Doutor Pedro Telhado Pereira que falou sobre o seu per-curso académico que desde sempre caminhou lado a lado com o voluntariado e a soli-dariedade. Terminou, no dia 23 de Novembro, a primeira fase da Campanha de Reco-lha de Livros levada a cabo pelo Rotaract Clube, intitula-da “Aprender sem esforço”. Esta iniciativa, que decorreu na Universidade da Madeira, tinha uma dupla finalidade: por um lado apoiar a Associa-ção de Leigos e Voluntários Dehonianos no apetrecha-mento de uma biblioteca in-fanto-juvenil no Alto de Mu-locoé (Moçambique) e, por outro lado, apetrechar e/ou criar pequenas bibliotecas em algumas instituições da re-

gião, como é o caso do Patro-nato da Nª Sª das Dores (Lar de São Filipe). No dia 13 de Dezembro, com o apoio da ANAM, Cinemas Castelo Lo-pes e MC Donalds levou um grupo de 20 crianças e jovens provenientes do Patronato de Nossa Senhora das Dores e do Abrigo de Nossa Senhora da Conceição ao cinema para assistirem ao filme MADA-GASCAR 2. No dia 20 de De-zembro, para comemorar os 75 Anos do seu Clube de Ro-tary realizou uma festa de Na-tal para as crianças e jovens

provenientes do Patronato de Nossa Senhora das Dores e do Abrigo de Nossa Senhora da Conceição. O clube de Ro-taract angariou 75 padrinhos para 75 crianças destas duas instituições que tiveram a responsabilidade de oferecer um presente a cada afilhado. Esta iniciativa foi a forma que o Rotaract Clube encontrou, em primeiro lugar, para tra-zer mais alegria ao Natal des-tas crianças e jovens e, em segundo lugar, para felicitar o Rotary Clube do Funchal pe-los seus 75 anos.

O Rotary Club de Algés em 1988, na sua actividade junto da comunidade carenciada, promoveu e constituiu, no âmbito do programa Núcleo Rotário de Desenvolvimento Comunitário, uma IPSS, deno-minada APOIO - Associação de Solidariedade Social que é actualmente dirigida volunta-riamente por companheiros rotários, e que, ao longo de mais de 20 anos, tem desen-volvido um trabalho solidário diariamente dirigido aos ido-sos e às crianças. Centros de Dia, Apoio Domiciliário e, mui-to brevemente, uma Unidade Residencial Assistida, têm sido as valências de actuação jun-to da população mais idosa e um Centro de Tempos Livres (ATL), agora a ser transforma-do numa Creche com Berçá-rio, têm sido os meios prefe-renciais para aquele trabalho solidário.

No Centro de Actividades de Tempos Livres (ATL), em Outurela/Carnaxide, a APOIO

trabalhava diariamente com 70 crianças, estando num processo de transformação daquele espaço numa Creche com Berçário para 58 bebés, por se ter revelado ser uma resposta social presentemente mais necessária nesta comuni-dade.

Quer em Centros de Dia, quer em Apoio Domiciliário a APOIO põe à disposição dos seus utentes um extenso le-que de serviços, coordenados e executados por profissionais especializados, que incluem a alimentação, higiene pesso-al, de roupas e habitacional, acompanhamento psico-so-cial, assistência medicamento-sa, terapia ocupacional e acti-vidades culturais e de convívio, tudo orientado no sentido do retardamento do envelheci-mento e do incremento da auto-estima.

A APOIO mantém em per-manente funcionamento dois Centros de Dia e de Convívio (um em Algés e outro em Ou-

turela/Carnaxide), sendo que no seu conjunto acolhe neles diariamente mais de 50 pes-soas idosas. Está em processo de implementação um tercei-ro Centro em Algés para mais 70 idosos.

O cuidado aos idosos no domicílio é prestado diaria-mente, incluindo domingos e feriados aos que necessitam. São actualmente cerca de 80 os idosos que a APOIO cuida no domicílio, prevendo-se que brevemente sejam cerca de 100 utentes nesta valência.

Em Outurela/Carnaxide, no edifício onde está em funcio-namento um dos Centros de Dia, vai muito brevemente também ser instalada uma Unidade Residencial Assistida com 13 apartamentos, para 23 residentes, com serviço em permanência, usufruindo de todos os serviços complemen-tares já instalados: salas de refeições e convívio, jardim, lavandaria, gabinete médico e de fisioterapia, etc.

Iniciativas de apoioa crianças no Funchal

APOIO

Algés mantém Associaçãode Solidariedade há mais de 20 anos

“Plano Tecnológico da Educação” No dia 24 de Setembro, o RC de Olhão realizou um jantar

Festivo com Palestra. A palestra incidiu sobre o tema “Plano Tecnológico da Educação”, um projecto que pretende colocar Portugal entre os cinco países Europeus mais avançados ao nível da modernização tecnológica do ensino. A palestra foi proferida pela Companheira Ana Paula Jacinto Ferreira, do mesmo Clube, Coordenadora da Equipa Multidisciplinar de Desenvolvimento Tecnológico Educativo da Direcção Regional de Educação do Algarve.

Homenagem a professora em PortimãoNo dia 3 de Novembro, o RC de Portimão, homenageou a

antiga Professora primária Roseta Maria Sintra Sequeira, pelos relevantes serviços prestados à Comunidade demonstrados durante o exercício da sua actividade através do seu empenho, dedicação e muito saber, só possível quando se ama a sua profissão.

Subsídios debatidos em SetúbalNo dia 18 de Setembro, o RC de Setúbal promoveu uma

Palestra sob o tema: “Subsídios Equivalentes” proferida pelo Compº Vasco Lança. No dia 20 de Setembro e dando continuidade a um Projecto muito querido ao Clube, levaram um Grupo de idosos da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal ao Santuário de Fátima. Por último e cumprindo o tema do Mês, promoveram e realizaram uma Palestra sobre “A importância das Novas Gerações no e para o nosso Movimento”, proferida pelo Compº Horácio Brito, do RC Cascais-Estoril.

Espectáculo de solidariedadeNo dia 25 de Outubro, os Clubes Rotários de Azeitão,

Setúbal e Setúbal-Sado, organizaram um Espectáculo de Solidariedade a favor da APPACDM de Setúbal, com o objectivo de angariação de fundos para a construção de um Lar Residencial da APPACDM. Este Evento decorreu no Centro Cultural da Anunciada, em Setúbal. Esta foi sem dúvida uma tarde solidária, onde o melhor dos valores rotários imperaram e onde se tentou Realizar os Sonhos da APPACDM de Setúbal.

Pinto Monteiro palestrante em LisboaO RC Lisboa em conjunto com o RC Lisboa-Centennarium

realizou uma reunião no dia 12 de Agosto, que teve como ponto alto a Palestra proferida pelo Compº. Marques Torres, do RC Lisboa-Norte, sobre o Tema deste Mês: “Desenvolvimento e Expansão do Quadro Social”. O RC de Lisboa, no dia 16 de Setembro, realizou uma interessante Palestra, proferida pelo Procurador Geral da República, o Juiz Conselheiro Fernando José Pinto Monteiro.

“Novas Gerações” em debateNo dia 7 de Agosto, o RC Lisboa-Centro e o RC Lisboa-

Oeste, realizaram uma reunião conjunta, na qual foi proferida uma Palestra pelo Compº. PGD Henrique Gomes de Almeida subordinada ao tema: “Novas Gerações”. No dia 11 de Setembro, durante o seu Jantar Festivo, promoveu uma Palestra, proferida pelo Professor Doutor João César das Neves, cujo tema da mesma foi: “Valores Cristãos e Educação num Estado laico”.

Alterações climáticas em palestraNo Mês de Julho, o RC Lisboa-Estrela levou a efeito uma

Palestra sobre “Alterações Climáticas e escassez de recursos” novas ameaças à Segurança Internacional”, proferida pelo Compº Mateus da Silva do mesmo Clube. No dia 13 de Outubro, em jantar festivo, procedeu à distinção e homenagem a Raul Solnado como Profissional do Ano.

Lisboa-Olivais distinguiu profissionalNo dia 28 de Novembro, o RC Lisboa-Olivais, em jantar

festivo, realizou a homenagem e distinção profissional à Dra. Judite de Sousa. Este foi um evento muito participado, onde a Homenageada proferiu uma interessante Palestra sobre a sua vivência profissional. O Clube procedeu a uma alargada campanha de vacinação anti-gripe nos Centros de Dia por si apoiados.

DISTRITO 1960 ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 200910

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O Rotary Club de Sintra deu início ao projecto no ano de 2005. Só ao fim de seis longos meses é que reuniu uma tonelada de tampas e entregou a 1ª cadeira de ro-das a um aluno da escola de Montelavar (Sintra).

Como essa entrega foi di-vulgada pelo “Jornal da Re-gião” da zona de Sintra, a partir desse dia foi uma bola de neve.

Ao fim de 5 meses numa cerimónia que tinha como principal objectivo a entrega de uma viatura à Santa Casa da Misericórdia de Sintra, en-tregámos mais 6 cadeiras de rodas.

A partir daí o número de cadeiras entregues em cada cerimónia foi sempre aumen-tando mais e mais.

Recebemos tampas de vários locais, entre eles Vila Viçosa (Cruz Vermelha Portu-guesa e Caritas), Faro, Amare-leja, Peniche (CERCIPENICHE ), Nazaré (CERCINA), Sines ( Bombeiros Voluntários de Sines), por exemplo. Em re-

lação à zona de Sintra: Bom-beiros Voluntários, Escolas, Infantários, A.T.L., Juntas de Freguesia, Câmara Municipal (Divisão de Higiene e Segu-rança Ocupacional), Hospi-tal Amadora Sintra (Grupo de Voluntários) entre muitos outros, e também inúmeros particulares. Até 18 de Ou-tubro de 2008, dia em que entregámos 40 cadeiras de uma só vez, alcançámos a bo-nita soma de 200 cadeiras de rodas entregues, o que quer dizer que já enviámos 200 to-neladas de Tampinhas para a reciclagem.

O Processo

As tampas são recolhidas pelos membros do Rotary Club de Sintra ou são entre-gues num armazém de dois Rotários, que disponibilizam o espaço para esse efeito. Sem-pre que é necessário deslo-cam-se lá à noite para emba-lar as tampas em “big bags” e preparar o envio para a fábri-ca de reciclagem. Geralmente

o transporte é efectuado aos sábados à tarde, gratuitamen-te, numa viatura da empresa Luis Simões, sendo que um dos sócios também é rotário no nosso clube.

Normalmente cada viatura leva cerca de 7 toneladas de tampas.

Mais ou menos uma sema-na após a descarga dos sacos, na empresa de reciclagem, é-nos enviado o respectivo che-que com o qual efectuamos a compra das cadeiras que pos-teriormente são entregues numa cerimónia pública, a maior parte das vezes no Pa-lácio Valenças que nos é cedi-do pela Câmara Municipal de Sintra.

A entrega obedece a uma lista de pedidos que nós te-mos, e claro está, tendo tam-bém em conta a quantidade de tampas entregues pelas Instituições.

Este é um pequeno resumo de como se desenvolve esta actividade do Rotary Club de Sintra, na área de serviços à comunidade.

RYLAO RYLA deste ano decorre

de 4 a 9 de Abril de 2009 sob o lema “Rumo à Inclusão, com Liderança”, através de uma parceria com a Academia Militar para a realização do RYLA 2008/2009 para Jovens Surdos.

Sábado, dia 4, é o Montijo que recebe o RYLA, que segue no dia 5 para Sesimbra, para onde estão preparadas várias actividades sócio-culturais.

Vão ser exploradas questões como a perspectiva histórica e cultural do concelho, relação do homem com o meio ambiente, criação do espaço humanizado no tempo e perspectivas de futuro para um desenvolvimento sustentado. Da parte da tarde, as actividades de liderança são pela Academia Militar.

Segunda-feira, dia 6, é a vez do Barreiro e terça-feira

de Mafra. Dia 8 o RYLA chega a Setúbal, onde mais uma vez as actividades de liderança vão ser apresentadas em sessões que abordam temas como resolução de problema, provas de situação e a motivação.

O último dia de RYLA é em Azeitão, com uma prova de kart pela manhã e uma prova de orientação.

Sintra

“Dê uma Tampaà Indiferença”

Rastreios na MoitaO RC da Moita, promoveu durante as Festas do Concelho

da Moita, um conjunto de rastreios efectuados à comunidade local que passava pelo stand do Clube. Este stand além da divulgação da imagem pública de Rotary, realizava um dos objectivos máximos de Rotary: o serviço às comunidades. O Clube procedeu em jantar festivo à Homenagem ao Profissio-nal do Ano, feita ao Professor Fernando Raimundo.

Entrega de material escolar em OdivelasNo dia 16 de Outubro, o RC de Odivelas procedeu à entre-

ga de material escolar à Associação de Crianças desprotegidas do Padre Abel. Aqui, encontramos uma acção que vai com-pletamente ao encontro do Lema deste Ano: Realizemos os Sonhos de todas as Crianças do Mundo! O Clube procedeu igualmente à atribuição e distinção da homenagem ao Profis-sional do Ano.

Crise financeira em debateO RC de Ponta Delgada promoveu no Mês de Outubro e no

Mês de Novembro duas interessantes Palestras. Em Outubro, o Prof. Doutor Cabral Vieira, Director do Departamento de Economia e Gestão da Universidade dos Açores desenvolveu a temática da “Crise financeira actual”. Em Novembro, foi a vez do Major “General António Cameira Martins, Comandante da Zona Militar dos Açores, abordar a “Reforma do Sector da Segurança na República Democrática do Congo”.

Rastreio visual em PortelaO RC da Portela levou a efeito um Rastreio visual na Esco-

la Secundária da Portela, tendo sido esta uma oportunidade para o Clube marcar encontro com a sua Comunidade alicer-çados no puro ideal de Servir de Rotary.

Sensibilização para a Sida em SesimbraO RC de Sesimbra nos dias 12 e 13 de Setembro, e tendo

presente que Setembro é o Mês das Novas Gerações, realizou em parceria com a Liga Portuguesa contra a Sida, uma acção de sensibilização dos Jovens para esta problemática. No dia 12, no excelente espaço do Bar X-UP em Sesimbra, e sob o slogan “dá trabalho ao preservativo”, e perante cerca de uma centena de jovens e menos jovens, a Drª Eugénia Saraiva, Pre-sidente da Liga, e o companheiro Joaquim Diogo, Presidente do Clube, proferiram algumas palavras sobre a acção e a im-portância da prevenção.

Actividade com crianças carenciadas No dia 28 de Setembro, o RTC de Algés realizou uma acti-

vidade com as crianças carenciadas e apoiadas pela Junta de Freguesia da Cruz Quebrada / Dafundo. Assim, foi preparada uma manhã de exercícios e de muita brincadeira, no parque de Miraflores, de forma a celebrar o Dia Mundial do Coração. Foi uma manhã diferente e de muita diversão!

FEIRARTE na AmadoraO RTC da Amadora em parceria com o seu Clube de Rotary

participou na FEIRARTE da Amadora com o objectivo de reco-lher fundos para as actividades de solidariedade do Clube e ao mesmo tempo fazem a divulgação do nosso Movimento.

Recolha de livros na HortaNo dia 26 de Novembro, o RTC da Horta, após uma re-

colha de livros para o Projecto Aldeias do Mundo “Casa dos Pequeninos” em São Tomé e Príncipe, fez chegar Lisboa um conjunto de 5 caixas de livros. Assim, e com a ajuda do Re-presentante Distrital de Rotaract, Compº. Rodolfo Pereira e dos Companheiros Avelino Matos e Manuela Branco do RC da Amadora, as caixas de livros foram entregues nesse mesmo dia à Associação Estímulo. Este foi mais um Sonho realizado!

Lisboa-Estrela entregou material escolarNo dia 15 de Setembro, o RTC Lisboa-Estrela procedeu à

entrega de material escolar ao Centro de Promoção Juvenil da Estrela (CPJ). O CPJ, lar de crianças e jovens, acolhe de forma permanente 45 crianças e jovens do sexo feminino. Todos os anos lectivos a instituição tem gastos elevados em material escolar, devido ao elevado número de crianças e jovens que acolhe e também devido às exigências das escolas.

DISTRITO 1960ROTARY EM ACÇÃOMARÇO > ABRIL 2009 11

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Distrito Rotário prepara novo ano em Paredes

Para jovens dos 16 aos 25

Quatro RYLA no Distrito 1970No âmbito das actividades

do ano rotário e de acordo com as orientações de Rotary International, a Governadoria do Distrito 1970, vai promover a realização de quatro RYLA, dando assim relevo e concreti-zação a um dos aspectos mais importantes das suas preocu-pações: a Juventude.

A Organização de cada um destes RYLA estará a car-go dos Clubes de Amarante, Trancoso, Curia Bairrada e Viana do Castelo.

AmaranteO RYLA de Amarante de-

corre entre 30 de Março e 3 de Abril, e tem como título temático “Sonhar Amarante”. Destina-se a um máximo de 15 jovens de ambos os sexos, entre os 16 e os 21 anos, com

potencialidades de liderança.

TrancosoO RYLA de Trancoso decor-

re entre 30 de Março e 3 de Abril e tem como título temá-tico “Trancoso com História”. Destina-se a um máximo de 15 jovens de ambos os sexos, entre os 16 e os 21 anos, com potencialidades de liderança.

Curia BairradaO RYLA de Curia Bairrada

decorre entre 2 a 5 de Abril e tem como título temático “À Descoberta da Natureza e da Animação”. Destina-se a um máximo de 7 jovens de am-bos os sexos com deficiência mental moderada ou ligeira, e/ou outras deficiências com autonomia e mobilidade assu-mida, ao nível das actividades

da vida diária, e mais 7 jovens acompanhantes sem defici-ência, todos entre os 18 e os 25 anos. O RYLA realiza-se na APPACDM de Anadia.

Viana do CasteloO RYLA de Viana do Cas-

telo decorre entre 2 e 5 de Abril e tem como título temá-tico “Viana Realiza Sonhos de Amor”. Destina-se a jovens de ambos os sexos, com idades entre os 18 e os 25 anos. São admitidos jovens com defici-ência mental moderada ou ligeira, e/ou outras deficiên-cias com autonomia e mobi-lidade assumida, ao nível das actividades da vida diária. São aceites no máximo 7 jo-vens com deficiência e mais 7 jovens acompanhantes sem deficiência.

O Rotary Club de Paredes foi anfitrião, no dia 13 de Mar-ço, do Seminário de Formação para Presidentes Eleitos, uma das mais importantes realiza-ções do Distrito 1970. Neste Seminário foi apresentado o próximo Governador do Distri-to e os presidentes dos mais de 80 clubes do Distrito 1970.

A CESPU, em Gandra, foi o local escolhido para o evento, que contou com a participa-ção do presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, do Vice-presidente

da CESPU, Joaquim Merino, do presidente do Rotary Club de Paredes, Adelino Teixeira Marques, do Governador do Distrito 1970, Henrique Maria Alves, e do Governador elei-to, Manuel Cordeiro. A ses-são de abertura contou com a intervenção de todos, que salientaram a forma como o Rotary e a sociedade civil têm bons resultados sempre que trabalham em conjunto, de que é exemplo a Universidade Sénior de Paredes, que surgiu pelas mãos do Rotary. Em sin-

tonia com estas intervenções, foi mais tarde apresentado o lema rotário para o próximo ano: “O futuro de Rotary está nas suas mãos”.

Na formação dos presiden-tes para o próximo ano rotá-rio houve ainda tempo para lembrar os principais objecti-vos e metas da Rotary Foun-dation e da Fundação Rotária Portuguesa. As ênfases pre-sidenciais continuam a ser o acesso a recursos hídricos, nutrição, saúde e literacia-al-fabetização.

47º aniversário do Clube de OvarEm 3 de Março o Rotary Club de Ovar festejou o seu 47º

aniversário com uma reunião festiva de jantar, tendo como convidado o Companheiro Governador 1998/1999 Valdemar de Sá do Rotary Clube do Porto que dissertou sobre o tema “A compreensão mundial”, tema muito grato a Rotary Inter-nacional, que recomenda a todos os Clubes Rotários a sua implementação em todas as suas reuniões.

Melhores alunos distinguidos em EspinhoO Rotary Club de Espinho louvou e distinguiu os primeiros

alunos das escolas do concelho.Para o dia 20 de Abril, segunda-feira, prepara uma confe-

rência sobre “Osteoporose e Osteomalacia” sendo o orador convidado o companheiro Pinto Oliveira. O debate está mar-cado para as 21h30 no Hotel PraiaGolf, em Espinho.

Compreensão e Paz Mundial em debateA “Compreensão e Paz Mundial” foi o tema dominante da

reunião do Rotary Club de Guimarães realizada no passado dia 12 de Fevereiro, no Hotel de Guimarães.

Contando uma vez mais com a presença de duas dezenas de companheiros, Orlando Martins, presidente do RC de Gui-marães, começou a reunião por prestar algumas informações de carácter geral, destacando a visita que fez ao Rotary Club de Matosinhos por ocasião do seu aniversário. Orlando Mar-tins recordou ainda a notícia publicada no Rotary World (jor-nal dirigido a líderes de Rotary Clubs, distritais e internacio-nais) sobre a criação de mais um Rotary Club num novo pais, o Kiribati ou Quiribati, na Micronésia e Polinésia, composto por um vasto grupo de ilhas no oceano pacifico. Com a criação de um novo clube rotário no Kiribati, o Rotary Internacional passa a marcar presença em 171 países.

Aniversário comemorado na CovilhãNo dia 31 de Janeiro, no Clube de Campo, teve lugar um

jantar comemorativo do quadragésimo quarto aniversário da fundação do Rotary Club da Covilhã, com a presença de mui-tos convidados e de companheiros dos clubes rotários de Cas-telo Branco, Mangualde e Viseu. Ao longo da reunião de con-vívio, foram evocados os fundadores do Clube, a sua história, os serviços prestados e os ideais do Movimento Rotário.

Atendendo à situação de carência crescente de muitas fa-mílias, o Rotary Club da Covilhã acaba de concluir o seu pro-grama de apoio ao Banco Alimentar da Cova da Beira com a doação de nove toneladas de produtos alimentares. A come-moração da efeméride ficou ainda assinalada com a entrada de um novo companheiro, o Professor Catedrático da Univer-sidade da Beira Interior, José Ramos Pires Manso.

Cabo Verde em BarcelosO Rotary Clube de Barcelos organizou, no âmbito do Pro-

jecto de apoio ao desenvolvimento da Aldeia de Baía, um jantar-concerto no dia 13 de Março. Este evento designado “Barcelos em Cabo Verde” constou de um jantar tipicamente cabo-verdiano e de um concerto pela cantora Ana Firmino.

Barcelos 3DO Rotary Club de Barcelos promoveu a exibição de “Viagem

às Maravilhas de Barcelos 3D”. Este filme tri-dimensional foi realizado por Marco Neiva, um estudante de Engenharia da Computação Gráfica e Multimédia, que quis juntar o evento dos escuteiros do núcleo de Barcelos com a realização de um trabalho final de curso.

Caminhada na Serra da PadrelaO Rotary Club de Valpaços associou-se à Comissão de Festas

de Rio Bom e à Associação Cultural de Rio Bom na organiza-ção da “Caminhada no paraíso da castanha e biodiversidade envolvente à Serra da Padrela”, a realizar no dia 19 de Abril.

Este é um passeio inédito num ambiente rural paradisíaco onde contrastam o novo (maior mancha contínua de casta-nheiros para produção de castanha da Europa) e o “antigo”, composto por paisagens deslumbrantes onde o tradicional persiste, contrastando também o xisto com o granito, com afloramentos rochosos de grande dimensão.

DISTRITO 1970 ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 200912

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O Rotary Club de Espo-sende organizou no dia 7 de Março a quarta edição da Noite do Fado, um convívio cuja receita reverte para o programa da cegueira evi-tável. A reunião de jantar, seguida do concerto, decor-reu em Braga, e teve grande adesão, com mais de 220 rotários presentes. Esta já é, aliás, uma das maiores or-ganizações a nível distrital e que mais participantes tem

conseguido ao longo dos anos.

Estiveram presentes cerca de 35 clubes e no total con-seguiram cerca de 1600 eu-ros para a causa de cegueira evitável. Os fados foram in-terpretados por rotários de clubes como Vale de Cam-bra, Felgueiras, Fafe e Ovar, entre outros. No final, foi ainda sorteada uma bola de futebol utilizada num jogo na formação dos presidentes e

assinada por todos, cuja re-ceita também reverteu para a cegueira evitável.

No final do concerto, e por-que dia 8 comemorava-se o Dia Internacional da Mulher, o casal Rocha de Esposende, os impulsionadores do convívio, concretizaram uma pequena homenagem à mulher, atra-vés da leitura de um poema e da oferta de uma prenda con-cretizada manualmente por Carminho Rocha.

Bragança recebe do dia 30 de Abril a 3 de Maio o Congresso Nacional de Rotary Kids, Interact e Rotaract.

As notícias e mais informações sobre

o Congresso vão estar disponíveis em http://www.wix.com/euvouabraganca/congresso09.

Noite de Fado ajuda a combatera cegueira evitável

Vizela debateu cessação tabágicaO Rotary Club de Vizela organizou no dia 11 de Março a pa-

lestra “Cessação Tabágica”, protagonizada pelo Dr. Henrique Alcino Machado. O evento teve início às 21h30 no Restauran-te Águia d’Ouro.

Ponte da Barca comemorou aniversárioO Rotary Club de Ponte da Barca comemorou mais um ani-

versário com um jantar festivo do “Aniversário do Clube” no Restaurante “Moinho”, no dia 13 de Março, sexta-feira, pelas 20:00h.

Conferências em Montemor-o-VelhoÀ semelhança do ano anterior, o Rotary Club de Montemor-

o-Velho associou-se à Câmara Municipal para desenvolver um ciclo de conferências com o tema Os Valores da Sociedade/A Sociedade dos Valores.

Experiências autárquicas em debate No dia 3 de Março o Rotary Club de Pombal organizou uma

conferência pública, com Mário Frota como convidado, subor-dinada ao tema “Dos Contratos de Consumo e das Garantias dos Bens de Consumo”. 17 de Março foi dia da Tertúlia Ro-tária “Pelos Caminhos da Leitura”, com Élio Coimbra e Sónia Fernandes.

Para o dia 31 de Março está programa uma nova Tertúlia, na Casa da Amizade de Ansião, em conjunto com o Rotary Club de Ansião, subordinada ao tema “Experiências Autárqui-cas”, que vai contar com os presidentes de Câmara dos dois concelhos.

Entrega de material didáctico em PenafielComo consequência da recolha de material didáctico, na

Ceia de Natal Distrital, o Rotaract Club de Penafiel foi no dia 17 de Janeiro entregar o mesmo ao Lar Infantil Refúgio do Amanhecer.

“Espectáculo Solidário” em EspinhoNo dia 23 de Janeiro o Rotaract Club de Espinho assinalou

a data do seu aniversário com a visita do seu representante Marco Abrantes.

O Rotaract Club de Espinho, no ano rotário 2007/2008, propôs-se doar material ortopédico às paróquias do conselho. No seguimento deste projecto, organizou um “Espectáculo Solidário”, no Salão Nobre dos Bombeiros Voluntários de Es-pinho. O espectáculo contou com as actuações solidárias do Grupo Académico de Serenatas de Espinho (GASE de 69) e da OTE (Oficina de Teatro de Espinho).

Empresas e emprego em debateO Rotaract Club de Santo Tirso organizou, no dia 30 de Ja-

neiro, uma palestra subordinada ao tema “Tecido Empresarial e Emprego em Santo Tirso”, na junta de freguesia de S. Tirso. A palestra contou com um número bastante satisfatório de presenças e com um público de várias idades, no entanto, foi notória a grande adesão dos jovens.

Trofa organizou Workshop SaúdeO Rotaract club da Trofa organizou no dia 14 de Fevereiro

o Workshop Saúde - SPV: Suporte Básico de Vida, os primeiros socorros. As fotografias do evento podem ser visualizadas em www.rotaracttrofa.wordpress.com

Estarreja organizou “Jornadas da Saúde”O Rotaract Club de Estarreja organizou, no dia 28 de Feve-

reiro, a segunda edição das “Jornadas da Saúde”, que conta com um rastreio e uma palestra.

O rastreio foi realizado durante a manhã, na Praça Dr. Fran-cisco Barbosa e englobou a hipertensão arterial, diabetes, tri-glicerídeos, colesterol e obesidade. A palestra que preencheu a tarde tinha como tema “Comer e viver de forma saudável”. Foram oradoras as enfermeiras Paula Andrade, Joana Lopes e Vânia Santos.

Doação de medula na TrofaO Rotaract Club da Trofa organizou no manhã de 28 de

Fevereiro uma campanha de doação de medula óssea, no Par-que Nossa Senhora das Dores.

DISTRITO 1970ROTARY EM ACÇÃOMARÇO > ABRIL 2009 13

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Daniel Bessa, ex-ministro da Economia, esteve no dia 27 de Fevereiro em Matosinhos para debater “O Valor da Educação e da Formação”. A conferên-cia foi a primeira de uma série que visa assinalar o 50º ani-versário da Fundação Rotária Portuguesa.

A sessão teve início às 18h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosi-nhos, com um pequeno con-certo da Tuna da Universidade Sénior de Matosinhos. Mais de 20 seniores deram voz a músi-cas cujas letras eram originais dos estudantes.

A sala encheu para ou-vir Daniel Bessa, que estava acompanhado na mesa pelo Presidente da FRP, Frederico Nascimento, e pelo Governa-dor do Distrito 1970, Henrique Maria Alves.

De um telefonema para a Câmara de Matosinhos, Daniel Bessa fez questão de explicar porque foi convidado para a sessão organizada por Rotary: “Não foi por acaso que foram buscar um economista porque quando falam no “valor” da educação também lá está a perspectiva de valor económi-co”.

O ex-ministro da Economia, Indústria, Comércio e Turismo, na sua palestra, abordou vá-rios temas, passando por dife-rentes questões que marcam o dia-a-dia de todos os por-tugueses, mas centrou a sua atenção na importância cada vez maior do investimento na

educação e formação. E come-çou por lembrar que vivemos num sistema de valores que se rege por dois fundamen-tos: “O primeiro diz respeito ao valor das coisas que se fa-zem industrialmente e pratica-mente sem limites de quanti-dade, como um automóvel, por exemplo. O segundo diz respeito às coisas que são ir-reproduzíveis, no qual quanto menos houver e maior for a procura, mais vale”.

Daniel Bessa, simplificando mais uma vez o discurso, lem-brou ainda três diferentes fa-ses pelas quais passamos nos últimos séculos. A primeira dizia respeito a uma socieda-de agrícola e rural, na qual a terra era o que tinha mais im-portância. A segunda foi a de

uma sociedade industrial em que reinavam os equipamen-tos industriais. Hoje vivemos a era em que o saber é que é mais importante, tanto que “ganha uma guerra quem sou-ber mais”.

No entanto, para Daniel Bessa, a chave não estão no conhecimento. Está sim na ca-pacidade de o aplicar: “É este o motor da economia nos nos-sos dias. Hoje nenhuma escola tira vantagens na divulgação do conhecimento. Expõe gra-tuitamente as informações, os livros. Não há quase segredos nenhuns. São bens comuns, não há quase nada que não se possa saber”.

Doutorado em Economia, Daniel Bessa vem de origens humildes. E fez questão de

contar parte da sua história em Matosinhos para reforçar em todos os rotários presen-tes a ideia de que a educa-ção é muito importante: “A minha mãe tem a 4ª classe, o que há 80 anos atrás até era demais. Importante era saber ler, escrever e contar. Era o mí-nimo de inclusão social. Hoje também há mínimos, mas são bem maiores. E já não são só de inclusão social, são mesmo de sobrevivência, para arranjar um emprego. Hoje quem não dominar inglês a partir dos 4 anos, não dominar informáti-ca, está excluído”. Momento decisivo da sua vida foi quan-do, aos 10 anos, a mãe insistiu, contra o pai que queria que fosse para a escola comercial, para ir para o liceu: “O meu

pai queria que me formasse para poder trabalhar logo aos 15, mas a minha mãe teve vi-são para saber onde começa-va a ascensão social”.

É por isso que, para Daniel Bessa, a decisão mais difícil de uma família é o que fazer às crianças quando vão estudar: “Hoje acho que os pais já per-cebem melhor o valor da edu-cação. O primeiro problema é para que escola. Esta é uma escolha muito pesada. Acon-selho, aos que puderem, as escolas onde desde o primeiro ciclo se paga propina. O resul-tado é diferente, lá está mais uma vez o custo da educação. Aconselho ainda a passagem pelo exterior, mas em boas universidades. E é com pena que digo isto. Não percebo como alguns pais pagam para ter os filhos em escolas muito más”.

Daniel Bessa deixou ainda no ar a ideia de que as espe-cializações precoces são muito perigosas e a de que um dos erros do nosso sistema é o de não ter matemática para todos até ao final do ensino secundário.

A sessão terminou com as habituais questões de esclare-cimento. O ex-Ministro Daniel Bessa foi ainda agraciado com uma lembrança de Rotary e todos lhe agradeceram a for-ma cordial com que acedeu ao convite para debater a educa-ção e a formação no âmbito dos 50 anos da Fundação Ro-tária Portuguesa.

Daniel Bessa debateu em Matosinhos

“A chave não está no conhecimento mas na capacidade de o aplicar”

O Rotary Club de Tomar lançou recentemente a obra “Contos Nabantinos”, escrita por Manuel da Silva Bonet, pintor, ilustrador, desenhador, maquetista, restaurador de arte mas, sobretudo, profundo conhecedor das gentes e ambientes de Tomar. A apresentação da obra decorreu na tarde do dia 1 de Março, no Auditório da Biblioteca Municipal de Tomar.

De acordo com Maria Luísa Oliveira, presidente do Conselho Director do Rotary Club de Tomar, “estes contos revelam a sensibilidade e o saber de um Homem de Tomar, um homem que também já foi menino e que guardou na memória histórias de vidas... vidas mudadas... vidas tristes... vidas alegres... vidas esforçadas...

O Rotary Internacional apresentou recentemente o seu novo Projecto global: a Colaboração Internacional H2O. Trata-se de uma nova aliança mundial entre o Rotary Internacional/Rotary Founda-tion e a Agência Norte-Ame-ricana para Desenvolvimento Internacional (USAID), tendo como objectivo implementar em países em vias de desen-

volvimento projectos auto-sustentáveis de longo-prazo nas áreas de recursos hídri-cos, saneamento e higiene.

Mais de um bilião de pes-soas não têm acesso a água potável, e mais de dois biliões não têm saneamento básico. Isto, combinado com hábitos precários de higiene, resulta em 1,8 milhões de mortes por ano, a maioria das quais

crianças.A Colaboração Internacio-

nal H2O deve inicialmente implementar projectos na Re-pública Dominicana, Gana e Filipinas. Estes países foram seleccionados com base no seu grau de necessidade as-sim como tendo em conta a agilidade e experiência dos Clubes Rotários locais e da USAID nas regiões.

RI aposta nos recursos hídricos

Colaboração Internacional H2O “Contos Nabantinos”

NOTÍCIAS ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 200914

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Agenda Rotária

ABRIL

Dia 1

Aniversários dos RC Ílhavo,

RC Mangualde, RC Régua

Dia 3

Aniversário do RC Cinfães

Dia 4

Assembleia Distrital 2009-

2010, organização do R.C.

Santarém

Aniversário do RC Sintra

Dia 5

Assembleia Distrital Rotary

– D1970

Aniversário do RC Angra do

Heroísmo CPM

Dia 6

Aniversário do RC Loulé,

Dia 8

Aniversários dos RC Monção;

RC S. João da Madeira

Dia 10

Aniversário dos RC Parade-

Carcavelos, RC Sever do

Vouga, RC Maia

Dia 11

Aniversário do RC Lagoa-

Algarve

Dia 12

Assembleia Distrital Rotary

– D1960

Dia 14

Aniversário do RC

Portalegre

Dia 16

Aniversário do RC Ponte de

Lima

Dia 17

Reunião do CA da FRP

Aniversários dos RC Horta,

RC Porto Santo

Dia 18

Aniversário da Fundação

Rotária Portuguesa (FRP)

Assembleia de

Representantes do Clube à

FRP

Sessão Solene, Auditório da

Reitoria da Universidade de

Coimbra

Dia 19

Final do 3.º Concurso de

Canto Lírico da FRP – 17h00,

Teatro Camões, Parque das

Nações em Lisboa. Jantar

na AIP, Lisboa.

Dia 20

Aniversários dos RC Caldas

da Rainha, RC Barcelos

Dia 23

Aniversário do RC Lagos,

Dia 24

Aniversários dos RC Lisboa-

Estrela, RC Póvoa do

Lanhoso

Dia 25

Congresso Nacional de

Rotaract

Aniversários dos RC Marinha

Grande, RC Trancoso

Dia 26

Congresso Nacional de

Rotaract

Aniversário do RC Oliveira

do Bairro

Dia 27

Congresso Nacional de

Rotaract

Aniversário do RC Loures

Dia 29

Aniversário do RC Valença

MAIO

Dia 5

Aniversário do RC Cascais-

Estoril

Dia 7

Aniversários do RC Castelo

Branco, RC Oeiras

Dia 8

Aniversários dos RC Lisboa-

Sul, RC Viseu

Dia 10

Assembleia Distrital de

Rotaract

Aniversários dos RC Seixal,

RC Paredes

Dia 11

Aniversário do RC Gaia-Sul

Dia 16

Reunião do CA da FRP

Dia 19

Aniversários dos RC Moita,

RC Portela

Dia 20

Aniversário do RC Abrantes

Dia 22

XXVI Conferência Distrito

1970, Espinho

Aniversários do RC Portimão,

RC Setúbal-Sado

Dia 23

XXVI Conferência Distrito

1970, Espinho

Dia 24

XXVI Conferência Distrito

1970, Espinho

Aniversários dos RC Lisboa-

Belém, RC Mafra

Dia 25

Aniversários dos RC Olhão,

RC Póvoa do Varzim

Dia 27

Aniversário do RC Caldas

das Taipas

Dia 28

Aniversário do RC Porto

Antas

Dia 30

Aniversário dos RC Almancil-

Internacional, RC Odivelas,

RC Bragança

Dia 31

Aniversários dos RC Lisboa-

Norte, RC Castelo de Paiva.

Com a abertura da Lei à possibilidade dos contribuintes poderem decidir para onde é encaminhada uma parcela do seu IRS, a Fundação Rotária Portuguesa passou a ter mais uma oportunidade de poder contar com a ajuda dos rotários e não rotários no apoio à sua actividade, que é incentivar a Educação de jovens estudantes carenciados através da atribuição de Bolsas de Estudo.

Esta oportunidade facultada pela Lei permitiu que a FRP em 2006 recebe-se 17,589, 31 euros; em 2007, 10.583,73 euros e no último ano 15.203,36 euros.

Para que a FRP continue a receber este apoio, basta preencher a 2.º linha do quadro 9 do Anexo H ao Modelo 3 do IRS, indicando na coluna DENOMINAÇÃO o nome “Fundação Rotária Portuguesa” e na coluna NIPC o número “501129081”.

Divulgue esta acção pelos seus amigos incentivando-os também a investir no projecto social da FRP.

0,5% do imposto de IRS pode ser investidono projecto social da FRP

Muito brevemente a Rotary Foundation vai realizar o seu Subsídio Equivalente nº 30.000. Trata-se de um momento histórico para a Fundação de todos os Rotários (as) do Mundo.

O Projecto em causa vai financiar cirurgias do foro cardíaco em crianças dos 3 meses aos 18 anos de idade nas Regiões do Sul e do Norte da Índia. A implementação deste Subsídio Equivalente no valor de 35.000 Dólares foi possível graças à parceria estabelecida entre o Rotary Club de Cochin Midtown da Índia e o Rotary Club de Sandbach do Reino Unido.

AGENDAROTARY EM ACÇÃOMARÇO > ABRIL 2009 15

Rotary Foundation realiza Subsídio Equivalente nº 30.000

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No passado dia 13 de Mar-ço, na imponente Sala dos Espelhos do Palácio Foz, em Lisboa, a Fundação Rotária Portuguesa levou a efeito a se-gunda Palestra do Ciclo de Pa-lestras comemorativo do 50º. Aniversário da Fundação Ro-tária Portuguesa. Esta Palestra foi proferida pela Ministra da Educação, Maria de Lurdes Ro-drigues, subordinada ao tema “ A Educação e o Combate à Desigualdade”. Este Evento foi precedido pela excelência de um pequeno apontamen-to musical realizado por uma aluna da Escola de Música do Conservatório Nacional, Bolsei-ra da Fundação Rotária Portu-guesa, Sónia Grané, através de um Recital de Canto Lírico.

Após uma pequena inter-venção de abertura por parte da Vice-Presidente da Assem-bleia de Representantes da Fundação Rotária Portuguesa e Governadora do Distrito 1960 de Rotary International, Teresa Mayer, assim como do Presi-dente do Conselho de Admi-nistração da Fundação Rotária Portuguesa, Frederico Nasci-mento, que além de agradecer reconhecidamente a presença da Ministra da Educação fez um paralelo sobre a pertinên-cia desta Palestra e sobre a necessária análise que deve ser feita para a boa promoção da Educação em Portugal através do combate às desigualdades económicas e sociais.

Maria de Lurdes Rodrigues, na sua comunicação, trouxe-nos a perspectiva evolucional do sistema educativo portu-guês, as incidências da acção educativa local, regional e nacional, as assimetrias senti-das na litoralização do nosso Pais, as dificuldades de acesso completo e equitativo ao sis-tema de ensino por parte dos jovens integrados em famílias com condições económicas precárias e manifestamente desfavoráveis, a ideia real de que só cerca de 5% dos Alunos completa o Ensino Secundário,

a certeza estatística comprova-da pelos dados dos Censos de 2001, em que 80% da popula-ção portuguesa não ultrapassa a barreira do equivalente ao 9º. Ano de Escolaridade e a problemática associada a este facto da falta de percepção dos pais da necessidade de formação educacional dos seus filhos (as)...Mas, parelamente ao diagnóstico do que fomos e somos, Maria de Lurdes Ro-drigues falou-nos dos desafios que estão a ser lançados e da premente necessidade sentida de haver uma convergência real de fins, princípios e objecti-

vos para a concretização e para o futuro da Educação em Por-tugal que passam por: promo-ver a aprendizagem ao longo da vida; olhar para a Educação como a garantia para um cres-cimento económico sustentá-vel, alicerçado na capacidade de reacção aos múltiplos de-safios sociais que nos são co-locados; pela aposta na escola inclusiva e na educação para a cidadania; pelo reforço respon-sável do papel dos Professores e pela melhoria das questões organizacionais e de liderança das Escolas. Assim ficámos a saber, pelas palavras da Minis-

tra da Educação que as exigên-cias actuais fazem com que as escolas se abram ao exterior, que se promovam parcerias e se envolvam os agentes locais exteriores à instituição escolar. A Escola não se pode desenvol-ver contra o exterior, mas deve construir-se com os recursos e com as vontades dos inúmeros agentes institucionais que têm interesses reconhecidos como legítimos sobre a Escola, em particular, as Autarquias, as as-sociações de Pais e outras da sociedade civil. No final da sua intervenção, Maria de Lurdes Rodrigues falou-nos de alguns programas do Ministério da Educação como o alargamen-to da educação pré-escolar, a valorização do 1º Ciclo do en-sino básico, o lançamento e a implementação do Programa Novas Oportunidades, o Plano Nacional de Leitura, o Plano de acção para a Matemática, o Plano Tecnológico da Educa-ção e a atribuição dos Prémios de Mérito do Ministério da Educação.

Maria de Lurdes Rodrigues acedeu a responder às pergun-tas que os participantes neste Evento da Fundação Rotária Portuguesa entenderam opor-tunamente colocar, focando-se a questão das dificuldades de acesso no prosseguimento de estudos nos jovens invisuais e surdos, a necessidade de se es-tabelecer um Plano de Acção a médio prazo de convergência política para a estabilidade e sustentabilidade do futuro da Educação em Portugal, pergun-

tando-se ainda qual era o papel que o Ministério da Educação atribuía à acção da FRP, como Instituição Particular de Solida-riedade Social que mais Bolsas de Estudo atribuía em Portugal, e se achava pertinente que a Fundação mesmo com o refor-ço das novas medidas de apoio aos jovens estudantes portu-gueses recentemente lançadas pelo Ministério da Educação deveria continuar a sua Missão de atribuição de Bolsas de Es-tudo. A esta última pergunta, a Ministra da Educação respon-deu realçando o importante papel que a Fundação Rotária Portuguesa tem desenvolvido no apoio à Educação dos jo-vens portugueses e apelando para que a Fundação Rotária Portuguesa continue a apoiar os jovens portugueses pela atri-buição de Bolsas de Mérito e Excelência, promovendo e pre-miando os jovens, motivando-os a fazer mais e melhor pela sua formação, pela sua Comu-nidade e pelo seu País.

Por último, o Presidente do Conselho de Administração da Fundação Rotária Portu-guesa, Frederico Nascimento, agradeceu a disponibilidade e a simpatia de Maria de Lur-des Rodrigues, entregando-lhe simbolicamente um Título de Subscritor de Mérito da Fun-dação Rotária Portuguesa, pe-dindo ainda ao Administrador da Fundação Rotária Portugue-sa mais antigo presente neste Evento, Joaquim da Silva Gon-çalves, Governador 1986-1987, o favor de entregar à Ministra da Educação, a Medalha come-morativa do 50º. Aniversário da Fundação Rotária Portugue-sa. A Governadora do Distrito 1960 de Rotary Internacional, Teresa Mayer, entregou ainda a peça do seu Ano Rotário a Maria de Lurdes de Rodrigues. Este foi um Evento participa-do, pleno de interesse e mais um momento encontrado para a celebração dos 50 anos da Fundação de todos os Rotários portugueses.

Maria de Lurdes Rodrigues participou nas comemorações da FRP

Ministra debate “A Educaçãoe o Combate à Desigualdade”

ÚLTIMA ROTARY EM ACÇÃO MARÇO > ABRIL 200916