FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA - Coerência Textual - Ficha

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  • 7/25/2019 FUNCIONAMENTO DA LNGUA - Coerncia Textual - Ficha

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    ESCOLA PORTUGUESA RUY CINATTICENTRO DE ENSINO E LNGUA PORTUGUESA

    AN O LETIVO 2015.2016___________________________________________________________________________________________________

    FUNCIONAMENTO DA LNGUA FICHA DE TRABALHO

    11 A!

    COER"NCIA E COES#O TE$TUAIS

    Um texto coerente quando possvel interpret-lo. Existem, portanto, condies de interpretabilidade ligadasdirectamente ao texto, como o conhecimento e o uso adequado dos recursos lxicos e gramaticais da lngua,alm de outros atores, como os elementos contextuali!adores que s"o data, local, assinatura, elementosgricos etc., que #ancoram$ um texto numa determinada situa"o comunicativa. %as a coer&ncia de um textodepende tambm do nosso conhecimento do mundo. 'ara se escrever um texto coerente deve-se ter em contaalgumas regras bsicas() - A coeso textual a primeira condio (necessria, mas no suficiente) para que um texto seja coerente. Acoeso textual assegurada por elementos lingusticos: coeso lexical (equial!ncia de termos" repetio"

    pronominali#ao" definitiao)" coeso interfrsica (uso de conetores)" coeso temporoaspetual (tempo e

    aspeto er$ais)" anfora" catfora" elipse" correfer!ncia" cadeia de refer!ncia.*- + regra de progresso temticadi!-nos que um texto deve sempre apresentar inormaes novas medida quevai sendo escrito. - + regra da no%contradiodi!-nos que cada pedao de texto deve #a!er sentido$ relativamente ao que sedisse antes. - /inalmente, a regra de relaoestabelece que o conte0do do texto deve estar adequado a um estado decoisas no mundo real ou em mundos possveis.

    I

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    Um dos temas recorrentes na lrica camoniana o amor, abordado 1111111111 de orma ideali!ada 11111111plat2nica, 11111111 dita a imita"o clssica, 111111111111 atravs de uma sensualidade que recria a heranatrovadoresca peninsular. 3 11111111111 que esta poesia revela uma ampla gama de possibilidades expressivas,

    1111111111 na orma 1111111111 no tema, 111111111111 uma notvel proundidade no tratamento de um dosmais belos sentimentos humanos. 1111111111 4us 5a! de 6ames se7a considerado um dos maiores lricos, em'ortugal 11111111 no resto da Europa.

    1.1 C! ( (4( 4( 9-(%*( ! 4! ((3+ 3(*7*( && !&%!-& & *4*( ( -&3(>! 39*( :& E%()&3&& &%-& ! &3&&%! :& 3*9(.

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    2 A 7-(& &9*%& !% &--! 4& !&-*( & !&>!. D&%&%(! & !--*9&!.

    + 8 + poltica e a 7ustia s"o as duas m"os de um mesmo brao.111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

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    9 8 : via7ante chegou estalagem de madrugada, depois de ter alugado um quarto no segundo andar,com vista para o largo.

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    6 - + sa0de , em verdade, o maior bem do homem. ;ele depende sua qualidade de vida e sua capacidade de apreciar o que o mundo tem de bom.

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    ; 8 :s quatro m0sicos convidados compem um trio muito talentoso.111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    E - +s 7anelas da casa oram pintadas de a!ul, mas os pedreiros oram almoar.111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    / - : comrcio internacional muito complexo, pois envolveu pases que possuem culturas, moedas,lnguas e regras comerciais completamente dierentes, o que diicultara a comunica"o entre eles.

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    < 8 : tema da coner&ncia vai de encontro ideia que eu 7 tinha sobre o papel social da mulher.111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    = - 6ada um tem seu modo de ser( eu, por exemplo, detesto solid"o, por isso, procuro sempre estar emlugares com bastante sil&ncio, ou se7a, sem ningum para intererir no meu constante pensar na vida.

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    MULHERES (IN)VISVEIS

    >"o por acaso que o termo =omem designa o gnero humano. =istoricamente, a mulher oi muitas ve!esentendida como uma coisa, uma propriedade e n"o como uma pessoa. Era a procriadora, a &mea, n"o a esposa oua m"e. + igualdade entre os sexos, como ideia, recente e na prtica ainda n"o existe plenamente, muito emboradesde sempre tenha havido quem deendesse os direitos das mulheres. ?@A >as sociedades patriarcais, as mulheres s"o associadas nature!a e vida privada, opostas cultura e vida p0blica e, portanto, ao poder. : poder, contudo, enquanto realidade abstracta e genrica, n"o existe. : que

    existe, sim, s"o ormas m0ltiplas de poder, s"o poderes especicos, cu7a rela"o e cu7a viv&ncia preciso analisarpara podermos obter uma vis"o mais clara de como homens e mulheres eectivamente inter-reagem e actuali!am,em cada momento, as caractersticas psicol2gicas que a tradi"o lhes atribui. + amlia portuguesa tradicionalmente patriarcal e mediterrBnica. + agressividade pois reprimida nasmulheres, visto ser uma caracterstica masculina. +o longo dos tempos, a conce"o do mundo tem avorecido asubalterni!a"o das mulheres que, no campo como na cidade, eram vistas como CauxiliaresD ou CacompanhantesDdos maridos, Ca7udantesD nos momentos complexos do trabalho, devotas aos ilhos e aos mais velhos da amlia,Capreciadas pela sua #ormosura$, distinguidas pela #generosidade$ para com os desprotegidos, escondidas noanonimato, romBnticas e idealistas, sem educa"o para a #vida prtica$ e remetidas ao sil&ncio dos seus lares. ?@A ;e acto, sabido que os comportamentos se impem do exterior ao indivduo, atravs dos modelos sociaisexistentes. 'ara numerosos te2ricos ?@A, a masculinidade e a eminilidade s"o papis adquiridos e assimilados como processo de sociabili!a"o. +ssim, os gneros eminino e masculino s"o socialmente deinidos, e a anatomia traao destino ?@A : sexo aparece como um dado biol2gico e o gnero como uma aquisi"o social. + cada sociedade cabe

    deinir as crenas e os comportamentos caractersticos de cada sexo. + cultura um actor de n"o poucaimportBncia neste contexto. 3 a cultura que, desde tenra idade, molda as mentalidades dos membros de uma dadasociedade, e por isso n"o h quem tenha uma vis"o liberta de preconceitos. >a nossa sociedade, sobre a mulherrecai ainda ho7e a exig&ncia de que ela se7a boa m"e, boa esposa e boa dona de casa. ambm a religi"o umactor a ter em conta. + grande maioria das religies concede ainda ho7e um papel secundrio s mulheres no rituale na vida social, continuando a ter um palco estritamente reservado ao masculino. 6omeam, contudo, a surgir

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    novas ideologias religiosas como a comunidade &a'i, para quem a emancipa"o da mulher e a concreti!a"o daplena igualdade entre os sexos uma das mais importantes condies para o estabelecimento da pa!. E, por outrolado, em Fgre7as como as 'rotestantes e a 6at2lica t&m vindo a emergir novas atitudes para com a quest"o dasepara"o dos sexos e da dignidade da mulher que sugerem que alguma coisa est, tambm nelas, a mudar. Em resumo, ao longo dos tempos as mulheres oram vistas como sendo ineriores, passivas, insuicientes,complementares, auxiliares, privadas, dbeis, indeesas, perigosas, pueris, sedutoras, impuras, contagiosas,anglicas, demonacas, etc., mas nunca, at tempos mais recentes, se admitiu que pudessem partilhar a igualdadehumana.

    in( +mnistia Fnternacional, GadaptadoHhttp(IIJJJ.amnistiainternacional.ptIdmdocumentsIKelatorio1das1%ulheres.pd

    .1 D! &3&&%! )3*/(4!+ %-(-&;& ! :& -&&%& ,(-( ! !%&'%! !*(%*;! 8*;&-! 4& -&7&-*( 3%-(3+ &,(*(3 & %&,!-(3?@111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

    R&4(>! 4& %&'%! (-9&%(%*;! !&! & !&-&%&@

    6onsidera a situa"o a seguir descrita(

    Uma mulher decide n"o ter ilhos, para apostar numa carreiraempresarial de sucesso.

    T&& A+ mulher est certa em privar-se da maternidade, pois os ilhos s"o um estorvo para quem precisa de dedicar todoo seu tempo ao trabalho.

    T&& B+ mulher n"o precisa de se privar da maternidade, pois 7 existem mecanismos sociais de prote"o e guarda dascrianas ilhas de m"es trabalhadoras.

    .1.+ssocia cada um dos seguintes argumentos tese + ou tese 9(

    aH os inantrios s"o locais seguros onde se podem deixar as crianas, enquanto as m"es trabalhamLbH a maternidade algo que a! naturalmente parte da condi"o emininaLcH a reali!a"o proissional da mulher oi sempre relegada para segundo plano, em prol da maternidadeLdH muitos homens n"o a7udam em casa, deixando que recaia sobre a mulher toda a responsabilidade pelo

    trabalho domsticoLeH muitas empresas recusam-se a admitir mulheres, quando sabem que estas pretendem ter ilhosLH existem leis que protegem a maternidade e que t&m de ser cumpridasLgH as estruturas sociais de apoio maternidade s"o insuicientes e muitas ve!es inacessveis.

    .2.6onstr2i, para cada uma das teses, um argumento que consideres raco e possa, consequentemente, serob7eto de contesta"o por parte do grupo que deende a tese oposta.

    ..6onstr2i, para cada uma das teses, um argumento orte, dicil de rebater.

    ..Kedige um texto, como se osse para ser publicado no 7ornal local, em que argumentes a avor de uma dasteses. 'odes utili!ar os argumentos apresentados em .). e o que construste na quest"o anterior.

    http://www.amnistiainternacional.pt/dmdocuments/Relatorio_das_Mulheres.pdfhttp://www.amnistiainternacional.pt/dmdocuments/Relatorio_das_Mulheres.pdf