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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS LUANA DE MELLO GESTÃO DA QUALIDADE NO SERVIÇO DE HOSPEDAGEM EM EMPRESA HOTELEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Santa Rosa 2016

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LUANA DE MELLO

GESTÃO DA QUALIDADE NO SERVIÇO DE HOSPEDAGEM EM EMPRESA HOTELEIRA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Santa Rosa 2016

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LUANA DE MELLO

GESTÃO DA QUALIDADE NO SERVIÇO DE HOSPEDAGEM EM EMPRESA HOTELEIRA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Me. Anderson Pinceta.

Santa Rosa 2016

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DEDICATÓRIA

Dedico ao meu namorado Roberto, pelas horas de ausência e, por compreender-me nas horas difíceis. À minha família, por me dar força para nunca desistir. Ao meu professor Orientador Anderson Pinceta, pela paciência e compreensão nas horas de ensinamento.

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AGRADECIMENTOS

.

Agradeço, primeiramente, a Deus pelo dom da vida e pela oportunidade de fazer sempre novas amizades e adquirir conhecimentos.

À minha família e ao meu namorado pela paciência nas horas que precisei de um conselho, uma palavra para continuar meu aprendizado e me ensinaram a nunca desistir de um sonho.

Ao meu professor orientador Anderson Pinceta, pela paciência, compreensão e dedicação nos momentos de dúvidas que foram muitos, mas que me levaram ao rumo de novas conquistas.

Ao Rigo Hotel, que abriu suas portas para que pudesse realizar este estudo que foi de muito aprendizado.

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"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo, fará coisas admiráveis."

(José de Alencar)

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RESUMO

O ramo hoteleiro vive em constante mudança, modernizando a forma de atendimento aos hóspedes, primando pela qualidade em seus serviços, além de oferecer produtos modernos que despertem o interesse em contratar os serviços, bem como estar sempre inovando para suprir suas expectativas. O presente estudo teve como tema: a gestão da qualidade no serviço de hospedagem em empresa hoteleira. A delimitação do tema tratou-se sobre a gestão da qualidade no serviço de hospedagem no Hotel Rigo, localizado na cidade de Santa Rosa – RS. A pesquisa foi realizada entre os meses de setembro a outubro de 2016 focando na qualidade do serviço prestado pelo hotel, que é essencial para a vida moderna. Os hotéis para se manter no mercado estão investindo, cada vez mais, em qualidade, também para conquistar e buscar novos clientes não desconsiderando os que já têm. O trabalho teve como objetivo geral analisar a percepção da qualidade no serviço de hospedagem e, para complementar a pesquisa proposta teve como objetivos específicos, mapear o processo de serviço de hospedagem, observando as etapas que compõem o mesmo; analisar a percepção dos colaboradores frente à gestão dos processos no serviço de hospedagem; pesquisar junto aos clientes a sua percepção referente à qualidade do serviço de hospedagem; propor ferramentas de gestão na melhoria do processo, a partir das constatações obtidas no estudo. Esse trabalho constituiu-se de uma pesquisa aplicada, utilizando-se na categorização de pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. Quanto à conduta, classificou-se como bibliográfica, documental, estudo de caso. Os dados foram gerados através de entrevista com a gerência e questionário para os colaboradores e hóspedes. Quanto à interpretação e análise dos dados utilizaram-se os métodos hipotético-dedutivo, descritivo, comparativo e estatístico. Para complementar o estudo abordaram-se obras com autores que trataram sobre o tema proposto como: Castelli, Chiavenato, Las Casas, Oliveira, Gobe et al, Kotler e Keller, Barata e Borges, entre outros, que complementaram os objetivos que foram traçados pelo estudo proposto. Com este estudo pode-se atingir uma melhoria contínua na gestão de qualidade dos serviços prestados pelo Hotel Rigo, bem como implantar ferramentas de qualidade como forma de inovação do hotel.

Palavras-chave: Gestão – Qualidade – Serviços – Hotelaria.

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ABSTRACT

The hotel business faces constant changes, modernizing the way guests are treated, giving priority to the quality in the services, beyond offering modern products that attract the interest in the services as well as always be innovating to meet the clients’ expectations. The current paper had as theme: The quality management in the hosting service in a hotel business. The delimitation of the theme was about the quality management in the hosting service at the Rigo Hotel located in the city of Santa Rosa - RS. The research was done during the months of September to October of 2016, focusing the quality of the service provided by the hotel, which are essential for modern life. Hotels to keep in business are investing more and more in quality, as well as to get new clients , without losing the ones they already have. The paper had as main objective to analyze the quality perspective in the hosting service and in order to complement the study, it had as specific goals to map the hosting service, observing the steps that make them up; analyze the employees’ perception to the hosting services process management; research clients` perception related to the hosting service quality; come up with tools related to the process improvement management based on the data obtained in the study. This paper consisted of an applied research, being categorized as an exploratory, descriptive and explanatory research. Related to the form, it was classified as bibliographical, documentary and case study. The data was generated by interviewing the management team, employees and hotel guests. Regarding to the data analysis and interpretation the methods used were the hypothetical-deductive, descriptive, comparative and statistical. In order to complement the study, work of authors were approached, such as: Castelli, Chiavenato, Las Casas, Oliveira, Gobe et al, Kotler e Keller, Barata e Borges and others, which complemented the goals that were planned by the study. With this study it was possible achieve a continuous improvement in the quality management of the services provided by Rigo Hotel, there were also implemented quality tools as an innovation form of the hotel. Key words: Management – Quality –Services – Hotel Business.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1: Modelo de Diagrama de Causa e Efeito. .............................................. 28

Ilustração 2: PDCA do método para a solução de problemas. .................................. 30

Ilustração 3: Fluxograma para padronização de Processos. ..................................... 31

Ilustração 4: Mapa de um processo de serviço: passageiro que pernoita em um hotel

.................................................................................................................................. 39

Ilustração 5: Mapeamento do processo de serviço de hospedagem ......................... 46

Ilustração 6: Mapeamento do setor de recepção check-in ........................................ 48

Ilustração 7: Mapeamento do setor de hospedagem ................................................ 49

Ilustração 8: Mapeamento do processo do setor do café da manhã ......................... 51

Ilustração 9: Mapeamento do processo do setor da lavanderia ................................ 53

Ilustração 10: Mapeamento do processo de serviço de check-out ............................ 56

Ilustração 12: Percepção em relação ao serviço de recepção. ................................. 59

Ilustração 13: Percepção em relação ao serviço de hospedagem. ........................... 60

Ilustração 14: Percepção em relação ao serviço de banheiro. .................................. 61

Ilustração 15: Percepção em relação ao café da manhã. ......................................... 63

Ilustração 16: Percepção em relação à lavanderia. ................................................... 64

Ilustração 17: Percepção em relação à manutenção. ............................................... 65

Ilustração 18: Percepção em relação a check-out. .................................................... 66

Ilustração 19: Percepção em relação à serviços extras. ........................................... 67

Ilustração 20: Sugestões de melhoria ....................................................................... 68

Ilustração 21: Percepção do hóspede no serviço de recepção. ................................ 69

Ilustração 22: Percepção do hóspede no serviço de hospedagem. .......................... 70

Ilustração 23: Percepção do hóspede em relação ao serviço de banheiro. .............. 71

Ilustração 24: Percepção do hóspede em relação ao café da manhã ....................... 72

Ilustração 25: Percepção do hóspede em relação a lavanderia. ............................... 74

Ilustração 26: Percepção do hóspede em relação à manutenção. ............................ 75

Ilustração 27: Percepção do hóspede em relação ao check-out. .............................. 76

Ilustração 28: Percepção do hóspede em relação à serviços extras. ........................ 77

Ilustração 29: Sugestão de melhoria ......................................................................... 78

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Ilustração 30:Mapeamento dos serviços prestados pelo setor de manutenção ........ 79

Ilustração 31: Chuveiro do Apartamento ................................................................... 81

Ilustração 32: PDCA – manutenção chuveiro ............................................................ 81

Ilustração 34: Caldeira do Hotel ................................................................................ 83

Ilustração 35: Plano de ação 5W2H .......................................................................... 84

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LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS.

FEMA – Fundação Educacional Machado de Assis

p. – página

RS – Rio Grande do Sul

PDCA – Método para a solução dos problemas

5W2H – Plano de ação

CIA- Companhia

LTDA- Limitada

SR- Santa Rosa

%- Porcentagem

TV- Televisão

H- Hora

MN-Minutos

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 15 1.1 TEMA .................................................................................................................. 15 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 15 1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 15 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16 1.4.1Objetivo Geral .................................................................................................. 16 1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 16 1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 17 1.6.1 Categorização da Pesquisa ........................................................................... 17 1.6.2 Dados Gerados ............................................................................................... 19 1.6.3 Análise e Interpretação dos Dados ............................................................... 20 1.6.4 Apresentação da Organização ...................................................................... 21 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 22 2.1 GESTÃO EMPRESARIAL E HOTELARIA .......................................................... 22 2.2 GESTÃO DE PROCESSOS ................................................................................ 26 2.3 QUALIDADE NO ATENDIMENTO ...................................................................... 32 2.4 SERVIÇOS DE HOSPEDARIA ........................................................................... 36 2.5 ESTRATÉGIAS DE MARKETING PARA A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES ...... 40 3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE .................................................................................. 45 3.1 MAPEAMENTO DO PROCESSO DE SERVIÇO DE HOSPEDAGEM ................ 45 3.2 PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES FRENTE AOS SERVIÇOS DE HOSPEDAGEM ......................................................................................................... 58 3.3 QUALIDADE NO SERVIÇO DE HOSPEDAGEM NA VISÃO DOS HÓSPEDES 68 3.4 FERRAMENTAS DE QUALIDADE PROPOSTAS PARA MELHORIA DA GESTÃO ................................................................................................................... 78 4 RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 86

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 88

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 91

APÊNDICES ............................................................................................................. 94

APÊNDICE A – Questionário para entrevista ao gestor e gerência .................... 95

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APÊNDICE B - Questionário para Pesquisa com os Colaboradores .................. 96

APÊNDICE C - Questionário para Pesquisa com os Hóspedes .......................... 98

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INTRODUÇÃO

Vive-se numa era de mudanças constantes, inovações, atualizações, devido

ao ambiente competitivo em que se encontra o mercado hoteleiro. O hóspede deve

ser conquistado em cada atendimento, sendo bem acolhido e os colaboradores

devem surpreendê-lo com uma forma diferenciada, buscando conhecer quais são

suas expectativas e os serviços que o hotel está apto a oferecer.

Nesta linha de pensamento, optou-se por realizar este trabalho de Conclusão

de Curso tendo como tema: Gestão da Qualidade no serviço de hospedagem em

empresa hoteleira. O qual teve como delimitação temática gestão da qualidade no

serviço de hospedagem no Hotel Rigo, localizado na cidade de Santa Rosa, RS, no

período de setembro a outubro de 2016.

Tendo em vista que a rede hoteleira está sempre inovando para atingir as

expectativas dos hóspedes e deve oferecer serviço de qualidade no atendimento,

para que estes saiam satisfeitos e retornem novamente ao hotel. Dessa forma, é

muito importante que a gerência e os colaboradores do hotel estejam em sintonia

para que possa crescer, cada vez mais, no mercado.

Para responder ao problema proposto, esta pesquisa teve como objetivo geral

analisar a percepção da qualidade no serviço de hospedagem. Os objetivos

específicos que nortearam o estudo foram: Mapear o processo de serviço de

hospedagem, observando as etapas que compõem o mesmo; Analisar a percepção

dos colaboradores frente à gestão dos processos no serviço de hospedagem;

Pesquisar junto aos clientes a sua percepção referente à qualidade do serviço de

hospedagem; Propor ferramentas de gestão na melhoria do processo, a partir das

constatações obtidas no estudo.

A qualidade dos serviços prestados é importante e necessária para se manter

neste mercado altamente competitivo, sendo crucial adotar ferramentas de

qualidade para conhecer as necessidades de manutenção do hotel e melhorar seus

serviços de hospedagem, sendo que, através de uma boa qualidade pode se ter

maior retorno de clientes, os quais podem tornar-se clientes fidelizados no hotel,

justificando o presente estudo.

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Esta pesquisa foi dividida em quatro capítulos, sendo que no primeiro

capítulo, tratou-se sobre o tema gestão da qualidade no serviço de hospedagem em

empresa hoteleira. A delimitação teve como foco principal a gestão da qualidade no

serviço de hospedagem no Hotel Rigo localizado na cidade de Santa Rosa – RS,

logo após, o problema a ser estudado, bem como objetivos e justificativa,

categorização da pesquisa, dados gerados, análise e interpretação dos dados e

apresentação da organização.

O segundo capítulo abrange sobre a parte teórica do trabalho que tem como

títulos principais a gestão empresarial e hotelaria, gestão de processos, qualidade

no atendimento, serviços de hospedaria e estratégias de marketing para a satisfação

dos clientes. Também se consultaram obras com autores que tratam sobre o tema

proposto como: Castelli, Chiavenato, Las Casas, Oliveira, Gob et. al, Kotler e Keller,

Barata e Borges, entre outros, que trabalham sobre a gestão da qualidade na rede

hoteleira, os quais auxiliaram para conduzir o trabalho de acordo com a proposta do

tema escolhido.

O terceiro capítulo trata sobre Diagnóstico e Análise, que apresenta o

mapeamento do processo de hospedagem, os fluxogramas dos serviços prestados,

a percepção da gerência referente à qualidade de cada setor do hotel. Realizaram-

se pesquisas com colaboradores e hóspedes para verificar sua percepção diante da

qualidade dos serviços prestados pelo hotel. Também se propôs ferramentas de

qualidade no setor de manutenção para complementar a pesquisa proposta.

No capítulo quatro sugeriram algumas recomendações para que sejam

implantadas as melhorias no setor de manutenção, bem como na mobília, tv a cabo

e internet e aplicação de ferramentas de qualidade em outros setores do hotel. Para

finalizar, realizou-se a conclusão, referências e apêndices.

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1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO

O estudo foi desenvolvido para apresentar a gestão da qualidade no serviço

de hospedagem, trazendo como tópicos: tema, delimitação do tema, problema, o

objetivo geral e específico, justificativa, metodologia que tem como objetivo

apresentar a maneira de como foi realizado o estudo, através da classificação do

estudo, a coleta de dados, a análise e interpretação dos dados e a apresentação da

organização.

1.1 TEMA

Gestão da qualidade no serviço de hospedagem em empresa hoteleira.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Gestão da qualidade no serviço de hospedagem no Hotel Rigo, localizado na

cidade de Santa Rosa, RS, no período de setembro a outubro de 2016.

1.3 PROBLEMA

O problema escolhido é de acordo com a necessidade de melhoria na

qualidade no serviço de hospedagem, em que a empresa enfrenta em um

determinado momento, buscando encontrar a solução que seja mais adequada,

tendo como suporte pesquisas a serem desenvolvidas.

O que levou a definição do problema foi de acordo com o grau de dificuldade

que a empresa está enfrentando e, o fator que pode contribuir está relacionado à

melhoria de processo, sendo que, atualmente, a hospedagem constitui-se no foco

principal de uma organização que atua no ramo hoteleiro.

Na atualidade, o setor hoteleiro da cidade de Santa Rosa – RS apresenta

desafios, na medida em que existe uma gama considerável de hotéis, todos

disputando a preferência dos clientes potenciais. Tendo em vista que, a

hospedagem constitui-se em processo fundamental para um hotel, justificou-se, por

isso, que o segmento de hospedagem do Hotel Rigo necessitou de uma análise para

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verificar pontos dentro dos setores do hotel buscando melhorias, podendo vir, então,

a satisfazer os seus clientes.

Desta forma, o problema abordado neste estudo é: como a gestão de

qualidade pode contribuir para a melhoria dos serviços prestados aos clientes do

Hotel Rigo?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1Objetivo Geral

Analisar a percepção da qualidade no serviço de hospedagem.

1.4.2 Objetivos Específicos

a) Mapear o processo de serviço de hospedagem, observando as etapas que

compõem o mesmo;

b) Analisar a percepção dos colaboradores frente à gestão dos processos no

serviço de hospedagem;

c) Pesquisar junto aos clientes, o grau de percepção referente à qualidade do

serviço de hospedagem;

d) Propor ferramentas de gestão na melhoria do processo, a partir das

constatações obtidas no estudo.

1.5 JUSTIFICATIVA

A justificativa é fundamental para demonstrar a importância que o estudo

representa, considerando-se os resultados que se esperavam com a sua execução,

fundamentada de uma breve apresentação resumida dos motivos e as razões da

teoria e a prática que levaram a importância da concretização da pesquisa, a fim de

solucionar o problema e contribuir na melhoria do processo da empresa para

conquistar uma qualidade diferenciada de seus serviços de hospedagem.

Para a empresa, o trabalho serve para implementar melhorias no processo de

hospedagem, buscando a qualidade na execução dos seus serviços,

proporcionando uma maior taxa de retorno de clientes, bem como, a satisfação dos

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hóspedes nos serviços oferecidos pela empresa, fazendo com que se tornem

clientes fidelizados.

Para a acadêmica, este trabalho teve uma grande importância no sentido de

interagir a teoria com a prática, na qual contribuiu para a realização de um maior

aprofundamento do conteúdo com o conhecimento, colocando em prática os estudos

desenvolvidos no decorrer da formação acadêmica e, contribuindo para que seu

futuro profissional possa apresentar crescimento constante.

Para a Fundação Educacional Machado de Assis o trabalho contribuiu para a

qualificação profissional, disponibilizando conteúdo bibliográfico para pesquisas

futuras sobre o processo da hotelaria, o qual está cada vez mais em evidência,

oportunizando novos conhecimentos e podendo realizar futuros estudos a quem tem

interesse em inserir-se nesse mercado.

Para os demais acadêmicos, o presente trabalho colaborará para novos

estudos sobre o conteúdo bibliográfico realizado, permitindo um maior conhecimento

sobre o processo desenvolvido no ramo de hotelaria, e contribuindo para futuros

projetos e pesquisas a serem elaborados na instituição.

1.6 METODOLOGIA

Na metodologia definiu-se o caminho do estudo ao longo da pesquisa. Para

que se pudesse alcançar os objetivos esperados, vários fatores foram considerados,

pois é através da metodologia que se estabelecem os procedimentos e recursos

para que possa realizar o fim da pesquisa, e para atingir os objetivos da pesquisa

precisa saber qual o problema da pesquisa.

Portanto, os próximos passos da metodologia são: Categorização da

pesquisa; Plano de geração de dados; Plano de análise e de interpretação dos

dados e Apresentação da organização.

1.6.1 Categorização da Pesquisa

A classificação do estudo é muito importante para poder orientar no tipo de

pesquisa que deve ser usado para os procedimentos do trabalho e quais as técnicas

empregadas para atingir os objetivos específicos. Nesse sentido, quanto à natureza

a pesquisa foi aplicada.

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Esse estudo constitui uma pesquisa aplicada, pois foi realizado em um

estabelecimento hoteleiro com a finalidade de atingir os objetivos propostos e a

problemática do mesmo, identificada como sendo a gestão da qualidade no serviço

de hospedagem e também para compreender como funciona, na prática, o processo

de mapeamento dos serviços oferecidos pelo Rigo Hotel.

Assim, para Gil, o qual define pesquisa aplicada como “pesquisa aplicada

abrange estudos elaborados com a finalidade de resolver problemas identificados no

âmbito das sociedades em que os pesquisadores vivem.” (GIL, 2010, p. 26). Quanto

ao tratamento dos dados, as pesquisas se categorizam por pesquisas qualitativa e

quantitativa. Para Vianna, pesquisa qualitativa é definida da seguinte maneira:

Na pesquisa qualitativa você analisará cada situação a partir de dados descritivos, buscando identificar relações, causas, efeitos, consequências, opiniões, significados, categorias e outros aspectos considerados necessários à compreensão da realidade estudada e que, geralmente, envolve múltiplos aspectos. (VIANNA, 2001, p. 122).

A pesquisa quantitativa segundo Marconi e Lakatos “[...] caracteriza-se pelo

emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações quanto

no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde a mais simples como

percentual, média [...].” (MARCONI; LAKATOS, 2011, p. 269). Assim, esse estudo

constituiu-se de uma pesquisa qualitativa, pois se realizou a parte descritiva do

trabalho, identificando junto aos gestores que administram o hotel verificar qual a

sua percepção junto aos serviços prestados, analisando os aspectos positivos e

negativos referente ao serviço. Também foi uma pesquisa quantitativa, pois

envolveu a tabulação dos dados obtidos com a pesquisa realizada junto aos

colaboradores e hóspedes, objetivando buscar a sua percepção referente à

qualidade do serviço de hospedagem.

Quanto aos objetivos da categorização da pesquisa, foram classificados

como: pesquisa exploratória, descritiva e explicativa. Exploratória porque explorou

como se dá o mapeamento do processo de hospedagem para identificar os pontos

positivos e negativos referente à qualidade. Descritiva, onde foram descritos

detalhadamente como se dá o processo de hospedagem, bem como todos os

passos do processo através de um mapeamento, além de destacar quais funções de

funcionários são envolvidos em cada etapa do mesmo.

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Tratou-se de uma pesquisa explicativa, porque buscou explanar,

detalhadamente, cada etapa, bem como os pontos de maior relevância referente à

qualidade nos serviços prestados através da aplicação de ferramentas de qualidade

como a PDCA e 5W2H.

Quanto à conduta, a pesquisa categorizou-se como sendo bibliográfica,

documental, levantamento e estudo de caso. Para Köche pesquisa bibliográfica “é a

que se desenvolve tentando explicar um problema, utilizando o conhecimento

disponível, a partir de teorias publicadas em livros ou obras congêneres.” (KÖCHE,

2011, p. 122).

Pesquisa bibliográfica, pois se fez necessário a busca de dados através de

publicações como livros de autores renomados que trataram sobre o tema e

contribuíram para desenvolver o trabalho.

A pesquisa documental realizou-se com base em documentos fornecidos pelo

Rigo Hotel, como documentos que são utilizados no processo de hospedagem,

como o mapa de ocupação. Conforme Fachin, a pesquisa documental “corresponde

a toda informação coletada, seja de forma oral, escrita ou visualizada. Ela consiste

na coleta, classificação. Seleção difusa e utilização de toda a espécie de

informações [...].” (FACHIN, 2006, p.146).

Para complementar o estudo, realizou-se um estudo de caso no Rigo Hotel,

para conhecer alguns serviços prestados pelo mesmo, bem como as entrevistas

aplicadas e que complementaram este trabalho. Estudo de caso, segundo Gil,

"Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de maneira que

permita seu amplo e detalhado conhecimento [...].” (GIL, 2010, p. 37).

Após efetuada a categorização da pesquisa, passa-se à conceituação e

descrição da fase de geração dos dados do presente estudo.

1.6.2 Dados Gerados

Os dados foram gerados a partir de entrevista realizada com a gerência, foi

realizado um questionário onde as questões foram estruturadas e padronizadas,

observando o processo de hospedagem, também se realizou uma pesquisa com os

colaboradores e hóspedes para verificar a sua percepção quanto aos serviços de

hospedagem fornecidos pelo Hotel.

O plano de geração dos dados foi realizado através de uma pesquisa e

direcionado a entrevistas onde os assuntos referentes foram diretamente voltados

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aos entrevistados, buscando saber como se deu o processo de hospedagem no

hotel. A entrevista seguiu um roteiro de perguntas previamente elaboradas,

entrevistando o gestor o questionário foi estruturado de acordo com o trabalho, para

os colaboradores realizou-se uma pesquisa com nove questões fechadas e uma

questão aberta obtendo informações sob seu ponto de vista referente à qualidade no

serviço de hospedagem onde seguiu com perguntas estruturadas. Desta forma, a

acadêmica também observou o ambiente de trabalho onde deu-se o processo de

hospedagem, a qual realizou um mapeamento de todo o processo, aplicou-se a

ferramenta PDCA no banheiro para detectar possíveis falhas para poder melhorar a

qualidade no serviço de manutenção.

Para os clientes, as pesquisas foram realizadas através de oito perguntas

fechadas, realizou-se um questionário com perguntas fechadas as quais se

constituíram de múltipla escolha, para verificar a sua percepção diante da qualidade

dos serviços oferecidos pelo hotel e uma questão aberta. Para complementar o

estudo, no próximo item, apresenta-se a análise e interpretação dos dados.

1.6.3 Análise e Interpretação dos Dados

Após a geração dos dados, buscou-se analisar e interpretar os dados para

compreender como se dá o processo de gestão de qualidade no hotel. Os métodos

utilizados foram: hipotético-dedutivo, comparativo e estatístico.

Neste estudo aplicou-se método o hipotético-dedutivo porque verificaram-se

possibilidades de melhorias na gestão de qualidade, a partir das ferramentas que

foram propostas. Para Marconi e Lakatos, o método hipotético-dedutivo consiste na

construção de hipóteses. Estas hipóteses devem ser submetidas a testes de

falseamentos, se as hipóteses não as superarem é porque são falsas (MARCONI;

LAKATOS, 2010).

Foi comparativo, pois buscou comparar as respostas da gerencia,

colaboradores e hóspedes e também porque possibilitou o uso das ferramentas de

gestão já comprovadas por diversos casos em empresas e com resultados positivos.

Esperando-se que no hotel possam obter melhorias nos serviços que são prestados

pelo mesmo.

O método estatístico, pois foi transformado em porcentagem as respostas

obtidas das pesquisas com os colaboradores e hóspedes foi utilizado para a

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tabulação das respostas das pesquisas com os colaboradores e hóspedes,

possibilitando analisar informações obtendo, dessa forma, uma noção real de como

está o nível de percepção dos colaboradores e hóspedes e se há necessidade de

melhoria no processo de serviço de hospedagem da empresa em questão.

1.6.4 Apresentação da Organização

A empresa situa-se na cidade de Santa Rosa - RS. O nome fantasia é Rigo

Hotel, a razão social da empresa é Guerino Rigo & Cia Ltda, situada na Rua Olavo

Bilac, nº 166 – Centro – Santa Rosa/RS.

Empresa do ramo hoteleiro, de pequeno porte, situada em uma área

construída de 5.400m2, com 96 apartamentos e 200 leitos à disposição dos clientes.

Seu quadro é de 21 funcionários, que são de diversos setores dentro da

organização.

A empresa foi inaugurada em 27 de maio de 1977, tendo como sócios o Sr.

Antônio Rigo (81,60%), Sr. Guerino Rigo (10%) e o Sr. Gabriel Bordin (8,40%). O

sócio majoritário Sr. Antônio Rigo, filho do Sr. Guerino Rigo (in memorian) atuava

antes de inaugurar o Rigo Hotel no ramo de cereais, na década de 70 confrontou

com dificuldades no ramo de cereais, devido à abertura de cooperativas que

atuavam nesse ramo de comércio de cereais.

O Rigo Hotel surgiu devido à influência de colegas da faculdade do Sr.

Antônio Rigo, que já trabalhavam no ramo de hotelaria, o mesmo então, decidiu

investir neste ramo. Com seus outros dois sócios, constituiu o Rigo Hotel que conta

com 200 leitos, sala para reuniões, salão de eventos, estacionamento. Os

apartamentos compõem de tv, sky, minibar, seus apartamentos são distribuídos na

seguinte categoria: standard, luxo e suítes.

A empresa tem como missão ser um “segundo lar”, com mais de 30 anos no

ramo da hotelaria conta com serviços e atendimento de qualidade, o seu público-

alvo são: empresários, viajantes, representantes comerciais e artistas.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico é a forma como deve ser elaborado o estudo por meio de

ideias, de modo interpretativo com o auxílio e apoio de referências bibliográficas de

autores, com a finalidade de colaborar para o esclarecimento do assunto a ser

pesquisado no trabalho e contribuindo no desenvolvimento do estudo, o qual

abordou sobre os seguintes assuntos: Gestão Empresarial e Hotelaria, Gestão de

Processos, Qualidade no Atendimento, Serviço de Hospedaria e Estratégias de

Marketing para Satisfação dos Clientes. A pesquisa foi realizada através de

bibliografias pertencentes à biblioteca da instituição de ensino, com o objetivo de o

pesquisador interpretar as teorias encontradas.

2.1 GESTÃO EMPRESARIAL E HOTELARIA

Num mundo competitivo como o atual, as empresas precisam utilizar formas

de gestão empresarial modernas, onde o administrador se transforma em peça de

grande importância, porque deve conduzir a organização para o atendimento de

seus objetivos estabelecidos. É fundamental que a gerência perceba quais são as

principais necessidades de seus clientes para atingir suas expectativas quanto a um

atendimento de qualidade.

Para Lacombe, administrar é a habilidade de ter o resultado esperado,

através de seus colaboradores e quem faz parte da organização, pois eles têm o

conhecimento para se alcançar o resultado, o administrador deve através deste

conhecimento passado pelas pessoas, saber colocar em prática, a fim de ter um

maior conhecimento sobre a forma de administrar (LACOMBE, 2009).

Desta forma, Chiavenato define que a administração é a tomada de decisões

na organização, para alcançar os objetivos e as metas da empresa, através de uma

boa liderança, alcançando os resultados esperados (CHIAVENATO, 2011). Na

mesma linha, Maximiano define administração como “o processo de tomar decisões

sobre objetivos e utilização de recursos. ” (MAXIMIANO, 2009, p. 6).

Silva complementa que, a administração são atividades utilizadas através de

recursos eficientes, com o objetivo de alcançar as metas da organização e seus

objetivos através de ideias das pessoas que compõem a empresa (SILVA, 2005).

Para Chiavenato, o principal objetivo da administração é:

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O principal objetivo da Administração é assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado. O princípio da máxima prosperidade para o patrão acompanhada da máxima prosperidade para o empregado deve ser dois fins principais da administração. Assim, deve haver uma identidade de interesses entre empregados e empregadores. (CHIAVENATO, 2011, p.56).

Segundo Lacombe, o administrador é o responsável em conduzir as pessoas

que fazem parte da empresa, aos resultados que se espera, seu papel é alcançar os

objetivos que a empresa propõe, tomando as decisões da sua equipe, ele é o papel

principal dentro de uma equipe, para que se consiga chegar aos objetivos que a

empresa pretende alcançar (LACOMBE, 2009). De acordo com Chiavenato, o

administrador precisa ter quatro aptidões que são:

Conhecimento - significa todo o acervo de informações, conceitos, ideias, experiências, aprendizagens que o administrador possui a respeito de sua especialidade. Perspectiva - significa a capacidade de colocar o conhecimento em ação, saber transformar a teoria em prática, aplicar o conhecimento na análise das situações e na solução dos problemas e na condução do negócio. Julgamento - o administrador precisa saber analisar e avaliar a situação com clareza, obter dados e informação suficientes para julgar os fatos com espírito crítico, ponderar com equilíbrio e definir prioridades. Atitude - significa o comportamento pessoal do administrador frente às situações em que se defronta no seu trabalho. (CHIAVENATO, 2011, p.4-5).

Portanto, para Lacombe, a função principal do administrador é saber planejar,

pois é através do planejamento que o mesmo conseguiria saber como irá atingir o

objetivo desejado da organização, mas para que tudo saia de acordo com o

planejado, deve-se controlar para poder acompanhar e tomar as decisões

necessárias (LACOMBE, 2009). Chiavenato complementa que, as principais funções

do administrador são:

1- Prever- visualizar o futuro e traçar o programa de ação. 2- Organizar- constituir o duplo organismo material e social da empresa. 3- Comandar- dirigir e orientar o pessoal. 4- Coordenar- ligar, unir, harmonizar todos os atos e esforços coletivos. 5- Controlar- verificar que tudo ocorra de acordo com as regras

estabelecidas e as ordens dadas. (CHIAVENATO, 2011, p.78).

De acordo com Lacombe, a principal responsabilidade do administrador na

organização, é tomar as decisões de maneira adequada, para se chegar ao

resultado esperado, é através das decisões que se planeja e organiza a melhor

maneira de alcançar os objetivos e as metas da organização (LACOMBE, 2009).

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Conforme Chiavenato, para uma organização se diferenciar das outras,

existem dois pontos importantes que são:

Eficácia é uma medida do alcance de resultados, enquanto a eficiência é uma medida da utilização dos recursos nesse processo. Em termos econômicos, a eficácia de uma empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer uma necessidade da sociedade por meio do suprimento de seus produtos (bens ou serviço), enquanto a eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas. (CHIAVENATO, 2011, p.149).

Para Maximiano, as organizações têm como objetivo oferecer serviços e

produtos de qualidade para seus usuários, elas se tornam eficiente e eficaz, a partir

do momento em que resolve ou produz o que seus consumidores desejam, mas

para que a mesma se torne eficiente e eficaz é necessária uma boa administração

(MAXIMIANO, 2009). Lacombe finaliza complementando que:

Sem boa administração, as empresas tornam-se caóticas e ficam ameaçadas na sua própria existência. Uma cultura administrativa dá ênfase à racionalidade e ao controle. Não é necessário ser gênio nem herói para ser um bom administrador. É preciso persistência, trabalho duro, inteligência, habilidade analítica e talvez mais importante, tolerância e boa vontade. (LACOMBE, 2009, p.197).

Por meio da gestão empresarial, o administrador pode desenvolver suas

atividades de maneira planejada e controlada, de forma que a empresa se beneficie

e possa crescer. Um ramo de negócios que precisa também de uma gestão

controlada é o de hotelaria, tendo em vista que se trata de um segmento empresarial

bastante concorrido. O ramo da hotelaria apresenta processos com características

próprias, como todo negócio, o que faz com que seus gestores devem ter ciência

disso e o gerenciem adequadamente, buscando o melhor resultado para a

organização.

Conforme Duarte, devido ao amplo desenvolvimento do turismo, a hotelaria

está cada vez mais procurando atender as necessidades de seus hóspedes para a

comercialização de seus serviços e produtos e, com isso, formando vínculos com

diversos ramos de mercado que estão ligados ao mesmo público que são os turistas

(DUARTE, 1996).

Segundo Beltrão, “Turismo é o conjunto de serviços que tem por objetivo o

planejamento, a promoção e a execução de viagens, bem como os serviços de

recepção, hospedagem e atendimento aos indivíduos e grupos, fora de suas

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residências habituais.” (BELTRÃO, 2001, p.19). Castelli define estabelecimento

comercial de hospedagem desta forma:

Estabelecimento comercial de hospedagem, que oferece aposentos mobiliados, com banheiro privativo, para ocupação eminentemente temporária, oferecendo serviço completo de alimentação, além dos demais serviços inerentes à atividade hoteleira. Da exigência de banheiro privativo excetuam-se os, estabelecimentos que estavam operando anteriormente ao Decreto-Lei no55, de 18 de novembro de 1966, aos quais se exigirá um mínimo de 60% dos quartos com esta característica (CASTELLI, 1982, p.48).

Ainda para Castelli, o hotel dispõe de diversos serviços na permanência do

hóspede, ressaltando a importância de que todos que fazem parte desse serviço no

estabelecimento comercial ofereçam um serviço de qualidade aos padrões que o

hotel oferece (CASTELLI, 2000). De acordo com Duarte, o produto principal do hotel

é a unidade habitacional que pode ser:

a) apartamento tipo-definido pela Embratur como sendo aquele de maior número no hotel e acima de 50% do total das unidades. A maioria dos hoteleiros denomina-o Standard e serve de padrão de preço para a definição do valor das diárias;

b) apartamento luxo-produto com maior preço, geralmente apresentando facilidades e melhores acabamentos, ou localização diferenciada do apartamento tipo; e

c) suíte-quando além do quarto e do banho exclusivo oferece-se um ambiente como sala. Há muitas denominações, no mercado, para as suítes. A mais frequente é denominada suíte presidencial, porém, vários nomes e até grifes são utilizados no sentido de dar maior status, indicar conforto e justificar preço diferenciado. (DUARTE,1996, p.30).

Para Beni, a organização hoteleira, ao ser comparada com outras empresas,

apresenta menor nível de automação, em virtude do calor humano e o

relacionamento pessoal se constituírem em parcela essencial dos serviços hoteleiros

prestados. O segmento hoteleiro emprega recursos humanos para o atendimento de

todas as tarefas dos processos e, assim, qualquer falta de mão de obra apresenta

consequências imediatas e diretas na sua operacionalização (BENI, 1997).

Conforme Andrade Brito e Jorge o hotel é constituído pelas seguintes áreas:

a) área de hospedagem - andar—tipo (apartamentos e suítes). b) áreas públicas e sociais (lobby, salas de estar, sala de TV, sala de

leitura, restaurantes, bares, salão de eventos, etc.). c) área administrativa (recepção, gerência, reservas, marketing,

contabilidade, recursos humanos, etc.).

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d) áreas de serviço (lavanderia, vestiários, manutenção, depósitos, etc.). e) áreas de alimentos e bebidas (recebimento, pré-preparo, câmaras

frigoríficas, almoxarifado de A&B, cozinha principal, cozinha de banquetes, etc.).

a) áreas de equipamentos (central de água gelada, subestação, quadros de medição, grupo motor-gerado, casa de bombas de recalque, caldeiras, etc.).

b) áreas recreativas (quadras de esportes, campo de golfe, piscinas, parque aquático, marinas, etc.). (ANDRADE; BRITO; JORGE, 2001, p.91).

Sendo assim, Duarte relata que cada área dentro de um hotel, faz parte de

uma equipe, e cada uma tem cargos que a compõe, sendo que o responsável pelo

departamento é o que delega as tarefas a serem desenvolvidas, adotando

estratégias para o bom atendimento do hóspede durante sua estadia (DUARTE,

1996).

Um hotel concentra-se no acolhimento de pessoas que o procuram para

passar momentos que podem ser de descanso, após uma jornada de trabalho ou

lazer. Independente da razão com que o cliente buscou o serviço, o mesmo deve ser

bem atendido, refletindo na forma como o empreendimento é administrado.

2.2 GESTÃO DE PROCESSOS

Com uma grande intensidade as organizações estão cada vez mais se

expandido no seu ramo de atuação, gerando uma maior demanda de serviço e,

constantemente, investindo e se aperfeiçoando para uma melhor gestão

organizacional e qualidade, a fim de se manterem atrativas e competitivas no

mercado. Para obter uma excelente qualidade nos produtos e serviços oferecidos,

todos os setores da organização são parte de um processo que tem início e fim,

focando nas expectativas e necessidades de seus clientes, para um bom resultado

no final de todo o processo.

Para Martins e Laugeni, o processo são trajetos realizados desde o momento

que um produto ingressa na empresa até a sua saída acontecendo sua mudança,

sendo desenvolvido o trabalho através de máquinas ou por homens no tempo em

que se é determinado para a sua transformação (MARTINS; LAUGENI, 2005).

Segundo Castelli, o processo é definido como:

O processo consiste numa série de atividades entre si conectadas visando à consecução de resultados determinados que podem ser: produtos acabados

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ou serviços prestados. Processo é “uma combinação de trabalho, equipamento, informação, matéria-prima e métodos com vista a um resultado” (CASTELLI, 2000, p. 77).

Processo, para Oliveira é uma sequência de atividades estruturadas que tem

conexão entre si, tendo como fim atender as expectativas e necessidades de seus

clientes obtendo o resultado esperado, transformando insumos em produtos ou

serviços, também significando ligações entre as atividades dentro da empresa no

seu dia a dia para um melhor resultado (OLIVEIRA, 2006).

De acordo com De Sordi, a gestão por processos é a forma como é realizado

o trabalho durante o seu processo, trazendo um entendimento de como funciona e a

visão do objetivo que o processo representa dentro da organização (DE SORDI,

2008). Ainda para De Sordi, o objetivo da gestão de processo é “assegurar a

melhoria contínua do desempenho da organização por meio da elevação dos níveis

de qualidade de seus processos de negócios.” (DE SORDI, 2008, p.117).

Já, para Castelli, o processo tem como objetivo a melhoria completa das

atividades na organização, com controle das etapas que são desenvolvidas, para

que atenda aos resultados e às metas, garantindo a qualidade e a satisfação do

cliente com a empresa, nos serviços que foram prestados (CASTELLI, 2000).

Segundo De Sordi, a organização é distribuída por setores e departamentos,

sendo que cada pessoa é responsável a realizar as tarefas que são disseminadas.

Na organização funcional os seus profissionais têm suas atividades delimitadas em

que todos realizam a mesma atividade, já, na gestão administrativa por processos os

profissionais que desempenham a função são de habilidades e perfis diferentes

desenvolvendo um papel diferente do outro, mas, um complementando o outro (DE

SORDI, 2008).

Castelli complementa, que todo o funcionário que trabalha dentro de uma

organização faz parte do processo, sendo que cada um desses que o compõe deve

entender o seu funcionamento e controle, a fim de compreender o processo se

tornando responsável e cobrando a melhor qualidade no seu trabalho, controlando-o

de maneira para melhor satisfação, sendo que todos os que o compõe tem

obrigação de controlar, a fim de evitar futuros problemas (CASTELLI, 2000).

Portanto, para Cruz, o responsável em auxiliar, treinar e realizar o processo,

buscando sua melhoria e qualidade é o gerente de processo, o qual possui muitas

atribuições, portanto:

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É o responsável absoluto por todo o processo. Entre outras atribuições, deve zelar para que o processo não sofra solução de continuidade e que a qualidade seja constantemente atingida e melhorada e, quando possível ou necessário, superada. O gerente do processo atua como facilitador do processo, resolvendo pendências, litígios, e aglutinado às pessoas que o compõe (CRUZ, 2009, p.73).

Para organizar e avaliar os processos, as organizações buscam ferramentas

que as auxiliam para a melhoria contínua dos processos, essas ferramentas são

importantes, pois ajudam na tomada de decisões diárias dentro da empresa, para

uma melhoria. Segundo Castelli, uma ferramenta que auxilia é o diagrama da causa

e efeito:

O diagrama da causa e efeito, também conhecido por diagrama de Ishikawa, com formato de espinha de peixe, cuja seta aponta para o nome do efeito (problema) em estudo, representado pela cabeça do peixe, permite identificar e organizar as causas possíveis dos problemas (CASTELLI, 2000, p.114).

Já, Maranhão e Macieira definem que o diagrama da causa e efeito é

importante, pois de um lado são as causas do problema, os motivos que originaram

o efeito, e do outro lado, o efeito que é no que levou a isto o produto (MARANHÃO;

MACIEIRA, 2014) A Ilustração 1 apresenta um modelo de Diagrama de Causa e

Efeito.

Ilustração 1: Modelo de Diagrama de Causa e Efeito. Fonte: Maranhão; Macieira (2014, p.255).

A Ilustração1 demonstrou o diagrama da causa e efeito, a “espinha de peixe”

detalhando as causas que levaram ao efeito do problema, como exemplo, explicou-

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se um motor de automóvel, através de subsistemas, seus defeitos e as falhas e, o

que poderá ser feito para corrigir o problema e o motor voltar a trabalhar.

Sendo assim, Maranhão e Macieira relatam que, quando tem um problema

que deve ser solucionado, deve-se descobrir as suas verdadeiras causas que

antecederam esse problema, o que não está de acordo dentro do processo, para

assim se achar uma solução, conhecendo as causas que geraram esse problema

(MARANHÃO; MACIEIRA 2014). Assim, Araújo define ainda o diagrama de causa e

efeito:

Esta é uma ferramenta extremamente útil em processos de planejamento, ajudando a estimular o raciocínio sobre determinado tema, favorecendo a organização de pensamentos de maneira racional e gerando discussões produtivas. (ARAÚJO, 2009, p.182).

O PDCA é outra ferramenta que auxilia para melhoria na qualidade do

processo, conforme Araújo “representa um processo cíclico direcionado à melhoria”

(ARAÚJO, 2009, p. 192). Já, para Maranhão e Macieira a ferramenta é resumida de

quatro etapas:

P Planejar o trabalho a ser realizado. D Executar o trabalho planejado. C Medir ou avaliar o que foi feito, assim identificando a diferença entre o que foi feito, em relação ao que foi planejado. A Atuar corretivamente sobre a diferença identificada. A atuação corretiva pode ocorrer sobre o que foi feito (retrabalho, reparo, etc.) ou sobre o planejado (MARANHÃO; MACIEIRA, 2014, p.145).

De acordo com Castelli, o método é importante dentro da organização, já que

estabelece melhorias nos padrões da qualidade, esse método deve ser dominado

por todos que fazem parte da empresa, pois o controle da qualidade é trabalho de

todos, deve-se conhecer o método para estabelecer a ferramenta mais adequada

que vai ser usada no processo que faz parte deste método (CASTELLI, 2000).

A qualidade é essencial na busca de melhorias conforme afirmam Maranhão

e Macieira “Fazer qualidade é girar continuamente o ciclo P – D – C – A. É o

caminho mais seguro, racional e barato para executar os processos da nossa vida

prática. ” (MARANHÃO; MACIEIRA, 2014, p. 147).

O PDCA é representado por esse ciclo, com o objetivo de identificar o

problema, pesquisar as causas, verificar e concluir o processo e prevenir que o

mesmo não apareça novamente e buscando a solução dos resultados. Conforme a

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ilustração 2 apresenta- se o PDCA, que é o método para a solução dos problemas.

Ilustração 2: PDCA do método para a solução de problemas. Fonte: Castelli (2000, p. 108).

A Ilustração 2 apresenta, com detalhes, o PDCA, essa ferramenta é

representada por um círculo, onde a sua primeira parte é a letra p que significa

identificar o problema, observar e analisar, a letra d que é realizar o serviço ou

produto, a letra c que é para verificar se está dando certo o método que está sendo

utilizado, e a letra a, é a padronização desse método dentro da organização. O

método auxilia para melhor tomada de decisão onde todos da organização fazem

parte.

O 5W2H é outro instrumento que serve como plano de ação. Conforme

Maranhão e Macieira “tratando das seguintes perguntas: What?(O que), Who?

(Quem), Where? (Onde), When? (Quando), Why? (Porque), How? (Como), How

much? (Quanto custa?).” (MARANHÃO; MACIEIRA, 2014. P. 160). Para Lobo, essa

ferramenta “é basicamente um formulário para execução e controle de tarefas no

qual são atribuídas às responsabilidades e determinado como o trabalho deve ser

realizado.” (LOBO; 2010 p. 107).

Já, para Maranhão e Macieira, a ferramenta é muito útil e um importante

auxiliar nos problemas, solucionando e obtendo a rapidez necessária, tem como

objetivo estabelecer responsabilidade no que deve ser realizado, na gestão e no

melhoramento dos processos sendo recomendada (MARANHÃO; MACIEIRA, 2014).

Outra ferramenta que serve como auxílio é o check-list, conforme afirma

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Linzmayer:

[...] check-lists são documentos utilizados no controle, no gerenciamento do estado dos equipamentos e das instalações e na organização dos serviços a serem executados pelas equipes da manutenção. Estas objetivam concretizar um programa de manutenção. (LINZMAYER, 1994, p. 79).

O fluxograma é um método de melhor visualização do processo dentro da

organização, para Araújo, “consiste em representação dos passos de um processo.

É ferramenta útil quando se deseja determinar como um processo realmente

funciona. ” (ARAÚJO, 2009, p. 184). Portanto, Castelli define o fluxograma como:

O fluxograma é uma representação gráfica, uma espécie de fotografia, com indicações passo a passo de todas as etapas percorridas por um produto ou serviço ao longo do seu processo, dando uma visão não só de como fluem as etapas, mas também de como estão conectadas entre si. (CASTELLI, 2000, p.111).

A Ilustração 3 apresenta um fluxograma para padronização de processos.

Ilustração 3: Fluxograma para padronização de Processos. Fonte: Lamprecht; Ricci (1997, p. 87).

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A Ilustração 3 apresenta um fluxograma, conforme observam-se as etapas de

padronização do processo, se o que funciona está de acordo, o que pode ser

melhorado, documentando cada etapa do processo. Após isso, treinar os

colaboradores que fazem parte, aplicando e passando para a etapa da auditoria,

avaliando a constante atividade para melhor resultado e efeito (LAMPRECHT;

RICCI, 1997).

O Brainstorming é outra ferramenta utilizada na melhoria do processo,

segundo Araújo “constitui recurso utilizado por um grupo de pessoas para,

rapidamente, gerar, esclarecer e avaliar uma lista de ideias, problemas e pontos

para discussão. ” (ARAÚJO, 2009, p.191).

Sendo assim, Maranhão e Macieira definem o brainstorming como:

O Brainstorming é uma técnica de criatividade em grupo, na qual se busca a geração de ideias que, isoladamente ou associadas, estimulem novas ideias e subsídios direcionados à solução de um problema. O brainstorming requer uma condução competente para gerar bons resultados, uma vez que, é essencialmente, um processo de forte conteúdo reflexivo e emocional. (MARANHÃO; MACIEIRA, 2014, p.160).

Desta forma, percebe-se que a gestão de processo, faz parte de todos os

setores dentro da organização, sendo um setor ligado ao outro para desempenhar,

da melhor forma, o processo que a empresa executa, controlando cada etapa e a

sua melhoria através de ferramentas que servem de apoio, para uma perfeita

qualidade nos produtos e serviços oferecidos aos clientes.

2.3 QUALIDADE NO ATENDIMENTO

A qualidade dentro de uma organização é muito importante, pois uma boa

qualidade no atendimento dos serviços torna-se um grande diferencial diante de

seus concorrentes. O cliente espera um bom atendimento e também uma qualidade

nos produtos que são oferecidos pela empresa, buscando sua satisfação. Para

Carpinetti qualidade pode ser definida como:

Assim, para muitos, qualidade está associada a atributos intrínsecos de um bem, como desempenho técnico ou durabilidade. Sob essa perspectiva, um produto com melhor desempenho teria mais qualidade que um produto equivalente, mas com desempenho técnico inferior. Já, para outros, qualidade está associada à satisfação dos clientes quanto à adequação do

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produto ao uso. Ou seja, qualidade é o grau com que o produto atende satisfatoriamente as necessidades do usuário durante o uso. (CARPINETTI, 2012, p.11).

Para Araújo, qualidade é a busca pela excelência nos produtos e serviços

oferecidos com a finalidade de satisfação dos clientes, facilitando a variedade de

produtos que uma empresa possa oferecer, tendo como recompensa a fidelização

do cliente (ARAÚJO, 2009).

Barata e Borges complementam que, hoje em dia, as empresas preocupam-

se com a imagem que irá passar para o cliente, o seu diferencial perante seus

concorrentes, para que isso aconteça, todos que fazem parte da organização devem

trabalhar em equipe, onde cada um desempenha um papel importante para adquirir

uma melhor qualidade nos seus serviços e produtos (BARATA; BORGES, 1998).

Maximiano define a ideia da qualidade, como sendo as mais importantes:

Excelência: O melhor que se pode fazer. O padrão mais elevado de desempenho em qualquer campo de atuação. Valor: Qualidade como luxo. Maior número de atributos. Utilização de materiais ou serviços raros, que custam mais caro. Valor é relativo e depende da percepção do cliente, seu poder aquisitivo e sua disposição para gastar. Especificações: Qualidade planejada. Projeto do produto ou serviço. Definição de como o produto ou serviço deve ser. Conformidade: Grau de identidade entre o produto ou serviço e suas especificações. Regularidade: Uniformidade. Produtos ou serviços idênticos. Adequação ao uso: Qualidade de projeto e ausência de deficiências. (MAXIMIANO, 2012, p.159).

Segundo Paladini, hoje em dia, independente do porte da empresa, todas têm

um objetivo de crescimento e sobrevivência, mas, para que isso aconteça deve se

ter serviços e produtos de qualidade, pois através da qualidade no que se oferece

diante dos seus concorrentes é que vai ajudar a manter ou não a organização no

mercado, que está cada vez mais competitivo (PALADINI, 2009).

Las Casas define que o objetivo da qualidade é através das necessidades dos

clientes, evitando sua insatisfação criando um compromisso de todos pela

qualidade, e uma melhoria contínua da qualidade, identificando as oportunidades.

Para que isso aconteça, a administração da empresa deve ter um controle da

avaliação contínua de todo o processo do serviço e produto (LAS CASAS, 2008).

Para Araújo, encantar o cliente oferecendo algo inusitado que é o chamado

plus da qualidade “O plus da qualidade que pode ser no atendimento, na produção,

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um plus na entrega do produto ou em qualquer outra circunstância.” (ARAÚJO,

2009, p.167).

Sendo assim, Paladini complementa que, a gestão da qualidade direciona à

empresa um modelo de relacionamento com o seu cliente, sendo esse modelo o de

atendimento, da qualidade no atendimento sendo um diferencial no mercado,

obtendo resultados positivos tanto para a empresa, bem como, a fidelização do

cliente (PALADINI, 2009). No mesmo pensamento, Barata e Borges definem a

qualidade de atendimento como sendo:

A qualidade de atendimento desencadeia o sucesso ou o fracasso de uma empresa. Esses dois fatores (qualidade no atendimento e lucratividade) não sobrevivem se não estiverem inteiramente relacionados. No entanto, muitas empresas ainda resistem em perceber que a diferença está no atendimento, insistem em centrar sua política apenas na busca de custos baixos e lucros altos: são incapazes de perceber que qualidade de atendimento significa cliente satisfeito, isto é, conquistado. (BARATA; BORGES, 1998, p.10).

De acordo com Castelli, não adianta um bom preço, boa localização, ou boa

comida, ou excelentes produtos, necessita abranger um bom atendimento. Que o

funcionário seja capaz de interagir com o cliente positivamente, de nada serve se

não tem a boa qualidade no atendimento que é prestado (CASTELLI, 2000).

Dalledonne complementa também, que o atendimento no mercado competitivo,

consiste:

Um bom atendimento ao cliente, nestes tempos de grande competitividade, consiste numa combinação de rapidez, eficiência, distribuição, qualidade e custo do produto. Todos esses elementos são regidos pelo conceito de fidelidade. É como numa orquestra em que os músicos, nossos funcionários, afinariam seus instrumentos para atender ao comando da batuta do maestro, o cliente. Ele só será fiel se a orquestra não desafinar. (DALLEDONNE, 2012, p.63).

Conforme Oliveira, o bom atendimento é um item importante para um

excelente serviço nas empresas, o responsável pelo atendimento deve perceber

qual é a necessidade do cliente. O funcionário deve sempre realizar o atendimento

de forma cordial, respeitando o cliente, informando o que for necessário da melhor

maneira, sempre sorrindo e sentido orgulho em poder servir e orientar a sua clientela

com toda a sua habilidade e treinamento que é passado (OLIVEIRA, 1996). O

atendimento adequado faz a diferença na conquista de clientes como

complementam Barata e Borges:

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Se souber atender aos clientes e aos fornecedores de forma adequada, com modos cordiais, linguagem apropriada, agilidade, precisão, atenção e, principalmente, com informações corretas, o recepcionista está prestando um serviço com total qualidade no atendimento. Trate o seu cliente exatamente como você gostaria de ser tratado. (BARATA; BORGES, 1998. p.15).

Para Castelli, uma forma de melhoria contínua da qualidade dentro da

empresa é o kaizen “O Kaizen tem por objetivo a melhoria contínua da empresa feita

por meio de pequenos passos. ” (CASTELLI, 2000, p.43). Wellington define Kaizen

da seguinte maneira:

[...] Kaizen não significa somente fazer melhor as coisas; ela procura também conquistar tais resultados específicos como muda a eliminação do desperdício (de tempo, dinheiro, material e esforço), elevando a qualidade (de produtos, serviços, relacionamentos, conduta pessoal e desenvolvimento de empregados), reduzindo os custos de projetos, fabricação, estoques e distribuição e, finalmente tornando seus clientes mais satisfeitos. (WELLINGTON, 1998, p.14).

Castelli complementa que toda a empresa que deseja ser competitiva deve

fazer da qualidade sua arma de estratégia, saber usar essa estratégia diante de

seus concorrentes, conhecendo como a qualidade é de extrema importância e uma

boa qualidade no atendimento traz um diferencial diante das outras organizações

(CASTELLI, 2000).

Barata e Borges finalizam referente à qualidade no atendimento, comentando

que “o bom atendimento é o responsável pelo retorno do cliente e de outros novos

clientes. Em um atendimento com qualidade deve-se verificar, confirmar, pensar,

examinar e reexaminar cada decisão antes de ir adiante. ” (BARATA; BORGES,

1998, p.15).

Portanto, percebe-se que a qualidade no atendimento é muito importante para

uma empresa. A sua imagem que é colocada para o cliente, podendo ser boa ou

ruim, pela forma que o mesmo é atendido. O cliente satisfeito irá transmitir para seus

contatos a pessoas de seu relacionamento, de como a empresa atende seus

clientes, faz com que esses passem a se relacionar com a mesma. Quando as suas

necessidades e expectativas forem almejadas, o cliente será fidelizado, mas, se não

foi de acordo com o esperado, o mesmo irá ao seu concorrente, inclusive, em muitas

situações, desaconselhando a empresa na qual ele foi mal atendido. O bom

atendimento é o diferencial entre o sucesso ou o fracasso de uma organização,

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também havendo sintonia entre a gerência e seus colaboradores, havendo, desta

forma, qualidade nos serviços prestados.

2.4 SERVIÇOS DE HOSPEDARIA

Os serviços constituem-se em atividades importantes nas organizações,

porque geram riqueza em processos diversos, porém, que não sejam produtivos e,

nestes casos, os resultados contribuem para o atendimento das necessidades dos

clientes que os valorizam. Para Kotler serviço pode ser definido como:

Serviço é qualquer ato ou desempenho que uma parte possa oferecer a outra e que seja essencialmente intangível e não resulte na propriedade de nada. Sua produção pode ou não estar vinculada a um produto físico. (KOTLER, 2008, p.412).

Já, para Castelli, o serviço é o efeito de ações que arranjam para que o

produto parta para o consumidor, por meio do serviço comercializa-se um bem que

pode ser, tanto material como imaterial (CASTELLI, 2000). De acordo com Kotler e

Keller serviços são:

Como qualquer ato ou desempenho, essencialmente intangível, que uma parte pode oferecer a outra e que não resulta na propriedade de nada. A execução de um serviço pode estar ou não ligada a um bem concreto. Cada vez mais, fabricantes, distribuidores e varejistas oferecem serviços de valor agregado ou simplesmente um excelente atendimento ao cliente em busca da diferenciação. (KOTLER; KELLER, 2012, p.382).

Conforme Gobe et al., o produto e serviços sempre estão junto para melhores

benefícios e diferenciação “os serviços são, portanto, o fator de diferenciação do

produto que está sendo oferecido no mercado. ” (GOBE et al., 2007, p.89). Para Las

Casas os tipos de serviços são classificados da seguinte maneira:

1. Serviços de consumo. São os prestados diretamente ao consumidor final. Nesta categoria eles se subdividem-se em: de conveniência; de escolha; de especialidade.

2.Serviços industriais. São aqueles prestados a organizações industriais, comerciais ou institucionais. Nesta categoria podem ser: de equipamentos; de facilidade; de consultoria/orientação. (LAS CASAS, 2012, p. 7-8).

Sendo assim, conforme Kotler e Keller os serviços possuem classificação

diferente conforme suas características “são produtos intangíveis, inseparáveis,

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variáveis e perecíveis que, normalmente, exigem mais controle de qualidade,

credibilidade e adaptabilidade.” (KOTLER; KELLER, 2012, p. 349).

Segundo Las Casas, os serviços são intangíveis, pois não é tocado, não pode

nessa situação ser visto, apenas acontece a compra e seu resultado é só depois que

acontece o fechamento, por isso, a confiança do cliente com o responsável que

oferece esse serviço (LAS CASAS, 2012).

Já Kotler e Keller comentam que os serviços são inseparáveis, pois “enquanto

os bens materiais são fabricados, estocados, distribuídos e mais tarde consumidos,

de modo geral, os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente.”

(KOTLER; KELLER, 2012, p.385).

Para Kotler são variáveis, pois depende quem irá executá-lo e aonde será

prestado o serviço, como por exemplo, as pessoas que desenvolvem serviços iguais

ou prestadores do mesmo serviço, alguns podem se sair bem e outros menos

sucedidos, por isso, o controle de qualidade no serviço é importante, e também um

treinamento das pessoas que irão executar esse serviço, providenciando a

padronização do processo do serviço que será prestado (KOTLER, 2008).

De acordo com Las Casas os serviços são perecíveis, pois ele é realizado

naquele momento ou mostrado para o cliente naquela hora, na ocasião, deve-se

passar para o cliente como esse serviço é eficiente com referência aos outros, mas

para que isso aconteça e a venda ocorra, é quando se está, diretamente, com o

cliente, pois, muitas vezes, não se poderá usar novamente aquele serviço (LAS

CASAS, 2012).

Conforme Kotler, para uma empresa ter sucesso, não só com seus produtos,

mas um diferencial a mais, é fornecendo serviços com qualidade, de maneira que

possa agregar valor e diferenciando dos produtos físicos que a empresa oferece

(KOTLER, 2008).

Assim, Churchill; Peter definem “o sucesso de uma organização de serviços,

muitas vezes, depende de sua capacidade de desenvolver relações com os clientes

e de prestar serviços de qualidade. ”(CHURCHILL; PETER, 2005, p.293). A

qualidade na prestação de serviços também é avaliada pelos clientes, de acordo

com Las Casas são considerados os seguintes fatores:

Tangibilidade: os clientes tendem a avaliar toda a evidência possível nos prestadores de serviços. Escritório, layout, equipamentos e máquinas

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utilizados, aspecto de higiene e aparência dos funcionários ajudam a formar uma impressão; Confiança: refere-se à capacidade de um prestador de serviços de prestar serviços de forma segura e correta; Responsividade: a capacidade de prestar serviços com boa vontade e prontidão também é avaliada pelos clientes. Autoconfiança: os clientes observam a capacidade dos prestadores de serviços de prestarem serviços que gerem confiança por meio de conhecimento e cortesia; Empatia: refere-se ao cuidado, atenção individualizada, aspecto de o funcionário da empresa colocar-se no lugar do consumidor, a fim de prestar serviços adaptados às reais necessidades de cada um. (LAS CASAS, 2012, p.134).

Kotler complementa que, empresas que prestam serviços de qualidade,

sempre estarão na frente de seus concorrentes que estão menos dirigidos nos

serviços, como pode ser o preço referente aos concorrentes, o investimento em

novos produtos para oferecer. Os clientes estão preocupados com os serviços que

irão receber no momento da compra do produto (KOTLER, 2008).

De acordo com Kotler e Keller os clientes criam expectativas sobre a

qualidade do serviço que são oferecidos, mas com o tempo, essas expectativas

mudam em relação ao que deveria acontecer, e como vai acontecer, quando está

ocorrendo o processo, dessa maneira, o cliente avalia se continua comprando o

serviço oferecido pela empresa, ou se procura outro que atenda às suas

necessidades e com uma melhor qualidade na prestação de serviço (KOTLER;

KELLER, 2012).

Na mesma linha Churchill; Peter complementam que “para proporcionar

serviços de qualidade, a organização precisa adequá-los às necessidades e desejos

de clientes específicos e criar valor. Em outras palavras, raramente os serviços

podem ser altamente padronizados. ” (CHURCHILL; PETER, 2005, p.299).

Para Las Casas, o serviço torna-se um processo, devido às etapas que

envolvem:

Os serviços podem ser vistos como um processo. Desde o início de sua elaboração e prestação até o consumo e pós-venda há várias etapas de uma organização envolvida com os detalhes dos serviços. Um processo de serviço pode ser inicialmente percebido com um ciclo dos serviços. “Um ciclo de serviços é a cadeia contínua de eventos pela qual o cliente passa à medida que experimenta o serviço prestado. ” (LAS CASAS, 2012, p.186).

Os serviços prestados pelo hotel são muito importantes para os hóspedes,

desta forma, mostra-se a necessidade de ter um processo de serviços, conforme

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trata a Ilustração 4 sobre o pernoite de um cliente em um hotel:

Ilustração 4: Mapa de um processo de serviço: passageiro que pernoita em um hotel Fonte: Kotler; Keller (2012, p. 386).

Observa-se na Ilustração 4, o mapa do processo de serviço que é

desenvolvido através do pernoite de um hóspede no hotel, o cliente faz parte do

serviço, passando por todas as etapas, através desse processo, pode-se notar os

pontos que precisam de melhoria no serviço que é realizado pela empresa, a fim de

evitar falhas nesse processo. Para Churchill; Peter “os clientes, muitas vezes,

participam numa certa medida da produção de muitos tipos de serviço.”

(CHURCHILL; PETER, 2005, p.295). De acordo com Las Casas o processo de

serviço, forma várias partes que são ligadas.

O processo de serviço é formado com várias partes interligadas que formam a experiência dos clientes com determinada organização. O resultado dessa interação é que formará a opinião favorável ou desfavorável sobre o nível de qualidade do serviço prestado. (LAS CASAS, 2012, p. 186).

Conforme Kotler, Hayes e Bloom relatam que o tempo de duração do serviço,

tem grande influência na avaliação do cliente referente ao serviço que foi prestado,

deve-se esclarecer para o cliente, o tempo adequado para a prestação do serviço,

pois faz parte da qualidade do serviço (KOTLER, HAYES, BLOOM, 2002). Na

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mesma linha de pensamento Castelli, define que:

Para todos os serviços, deve-se estabelecer o ciclo de tempo do serviço. Uma vez fixado, respeitá-lo à risca, pois ele passa a integrar a qualidade do serviço. No meio hoteleiro, o ciclo de tempo do serviço é algo que já faz parte da cultura operacional do hotel. É um requisito que deve ser rigorosamente cumprido. (CASTELLI, 2000, p. 132).

Para Gobe et al., depois de finalizado o serviço com o cliente, a fim de buscar

a sua satisfação e fidelização, foca-se em um serviço de pós-venda, ele serve para

que a empresa deixe sua marca e através deste serviço prestado à organização

tenha uma vida longa no mercado em que atua, diante dos seus concorrentes

(GOBE et al., 2007).

Desta forma, percebe-se que o serviço faz parte do processo dentro da

organização, uma área sendo ligada a outra e, muitas vezes, o próprio cliente faz

parte desse serviço, sendo que cada serviço pode ser diferenciado pelo valor que

ganha. Uma diferenciação no serviço que é oferecido na organização é a sua

qualidade e o tempo, um pós-venda faz toda a diferença para que o cliente volte a

consumir o serviço oferecido pela empresa.

2.5 ESTRATÉGIAS DE MARKETING PARA A SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

O marketing dentro de qualquer empresa é um instrumento muito importante,

pois, através dele a organização pode criar estratégias que auxiliam na expansão de

seus produtos e serviços oferecidos. Além disso, ele auxilia na busca da satisfação

do cliente, através de ações direcionadas a atender as necessidades de cada

consumidor. Las Casas conceitua Marketing como sendo:

Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as atividades concernentes às relações de trocas orientadas para a criação de valor dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou indivíduos através de relacionamento estáveis e considerando sempre o ambiente de atuação e o impacto que essas relações causam no bem-estar da sociedade. (LAS CASAS, 2009, p.15).

Para Kotler e Keller o marketing trata da identificação das necessidades e

satisfação das pessoas, em outras palavras, busca preencher os desejos e

necessidades originando o lucro, vendendo produtos ou serviços que se encaixam

da melhor maneira ao cliente que deseja comprar (KOTLER; KELLER, 2012). Com o

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passar dos anos, o marketing foi evoluindo, segundo Las Casas com essa evolução

do marketing passou por quatro eras que são:

Era da Produção: Nesta etapa, a demanda era maior que a oferta. Os consumidores estavam ávidos por produtos e serviços. Era de Vendas 1930: Nesta época começaram a surgir os primeiros sinais de excesso de oferta. Os fabricantes desenvolveram-se e produziram em série. Era do Marketing 1950: A partir de 1950, os empresários começaram a perceber que vendas a qualquer custo não era uma forma de comercialização muito correta. Era do Mercado 1990: A partir de 1990, a satisfação aos desejos e necessidades dos consumidores pela aplicação do conceito de marketing não atendia mais como forma de se obter vantagem competitiva. [...] o objetivo da empresa não era o de atender não apenas aos consumidores, mas também concorrentes e demais instituições do mercado. (LAS CASAS, 2009, p.8-13).

Conforme Gobe et al., para uma empresa manter-se no mercado, ela

necessita formular uma estratégia para sustentar o seu produto, e o objetivo no que

se deseja alcançar. Sendo assim, o composto de marketing constitui-se no conjunto

das estratégias, tendo como objetivo, desde opinar sobre o produto, até o momento

de entrar no mercado. Ele é composto de quatro elementos, que também são

chamados de quatro P’s que são: produto, preço, praça e promoção (GOBE et al.,

2007).

Sendo assim, Kotler, Hayes e Bloom definem o produto como sendo que “o

produto significa a combinação de bens ou serviços que a empresa oferece aos

mercados-alvos, com o objetivo de satisfazer as necessidades destes.” (KOTLER;

HAYES; BLOOM, 2002, p. 12).

Para Gobe et al., o preço “representa o custo monetário do produto, a

quantidade de dinheiro que os consumidores têm de pagar para adquiri-lo. Para o

profissional de vendas, o preço permite expressar o valor do produto e gerar

receita.” (GOBE et al., 2007, p. 43).

Conforme Las Casas, praça é uma ferramenta importante, pois é como será

distribuído o produto ou serviço oferecidos pela empresa, é através do canal de

distribuição que a organização terá que saber a melhor maneira do produto estar

acessível e disponível para seus consumidores e, em épocas certas, com preço

acessível, o sucesso da estratégia de distribuição dependerá de como é distribuído,

desde seu fabricante até a chegada ao seu consumidor final que faz uso deste

produto ou serviço (LAS CASAS, 2009).

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Segundo Gobe et al., promoção é a maneira como informar e influenciar o

cliente a compra do produto que se está à disposição na empresa, a promoção é

realizada através dos meios eletrônicos que são através de revistas, jornais,

televisão, mas a promoção varia muito de acordo com o mercado de atuação da

empresa (GOBE et al., 2007).

De acordo com Kotler e Keller, estrategicamente, para um melhor

envolvimento dos colaboradores, os quatro P’s do marketing foram atualizados, com

o objetivo de ficar mais próximos de todos os setores da empresa, sendo eles:

pessoas, processos, pessoas e performance (KOTLER; KELLER, 2012). Sendo

assim, são definidos da seguinte maneira:

As pessoas refletem, em parte, o marketing interno e o fato de que os funcionários são fundamentais para o sucesso de marketing. Os processos refletem toda a criatividade, a disciplina e a estrutura incorporada à administração de marketing. Os programas refletem todas as atividades da empresa direcionadas aos consumidores. Definimos que performance, assim como o desempenho no marketing holístico, captura o leque de possíveis indicadores de resultado que tenham implicações financeiras e não financeiras (lucratividade, bem como brandequitye customer equity) e implicações que transcendem a própria empresa (responsabilidade social, no contexto jurídico, ético e comunitário). (KOTLER; KELLER, 2012, p.24).

Desta forma, para Gobe et al., o composto de marketing deve estar adequado

a todo tipo de mercado, elaborando-se, estrategicamente, um composto de

marketing ajustado de acordo com o produto e avaliando as estratégias de venda

para cada um desses produtos. É através da estratégia de marketing que se decide

qual produto ou serviço que se deseja concorrer no mercado, a fim de atingir o

resultado esperado e com produtos diferenciados diante dos seus concorrentes,

tornando-se um diferencial competitivo em seu mercado de atuação (GOBE et al.,

2007).

Kotler, Hayes e Bloom, definem estratégia de marketing em “consiste na

escolha dos mercados-alvos e da posição competitiva, bem como, no

desenvolvimento de um mix de marketing eficaz, que permita atingir e atender aos

clientes escolhidos.” (KOTLER; HAYES; BLOOM, 2002, p. 177).

Já, para Las Casas, a estratégia de marketing é o que se deseja atingir, e

como deve ser realizado para conseguir alcançar os objetivos esperados pela

empresa, sempre analisando o seu mercado de atuação, essa estratégia é

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desenvolvida através do conhecimento do mercado, mas, também através das

soluções da organização (LAS CASAS, 2012).

Conforme Kotler, cada empresa deve definir sua missão, quando realizada a

definição deve-se analisar o ambiente externo, que pode se constituir em ameaças e

oportunidades, e o ambiente interno que é a análise das forças e fraquezas. A

ferramenta que se utiliza para auxiliar na estratégia é a análise de swot (KOTLER,

2008). Desta forma, Kotler e Keller definem a análise de swot como sendo:

A avaliação global, das forças, fraquezas, oportunidades e ameaças de uma empresa é denominada a análise de swot (dos termos em inglês: strengths, weaknesses, opportunities, threats). Trata-se de um meio de monitorar os ambientes externo e interno. (KOTLER; KELLER, 2012, p.49).

Las Casas define que a análise interna “como o processo pelo qual o

estrategista examina a firma, o marketing, a distribuição, a pesquisa e

desenvolvimento, além da produção e operação, recursos corporativos e pessoal,

finanças e contabilidade [...].” (LAS CASAS, 2012, p. 109).

No entanto, Kotler complementa que para avaliar as forças e fraquezas de

uma empresa deve-se desenvolver um formulário para analisar este desempenho

sendo o “checklist” uma maneira de identificação das forças e fraquezas, avaliando o

que é importante ou o que não tem importância nesses dois fatores (KOTLER,

2008). Kotler e Keller definem análise do ambiente externo como:

Análise do ambiente externo (oportunidades e ameaças). Uma unidade de negócios deve monitorar importantes forças macroambientais e significativos fatores microambientais que afetam sua capacidade de obter lucros. Ela deve estabelecer um sistema de inteligência de marketing para acompanhar tendências e mudanças relevantes, além de identificar as oportunidades e ameaças associadas a elas. (KOTLER; KELLER, 2012, p. 49).

Segundo Kotler, a oportunidade de marketing “é uma área de necessidade do

comprador em que a empresa pode atuar rentavelmente. As oportunidades podem

ser classificadas de acordo com a atratividade e a probabilidade de sucesso. ”

(KOTLER, 2008, p. 87).

Conforme Kotler e Keller, a ameaça ambiental é tendência ou um fato

desfavorável que ocasionaria danos nas vendas ou lucros da organização, podendo

prejudicar a empresa através de uma crise, custos altos ou concorrentes com

produtos superiores (KOTLER; KELLER, 2012).

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Uma forma de detectar se as estratégias de marketing estão sendo aplicadas

de maneira correta é através da pesquisa de satisfação. Gobe et al., definem

pesquisa de satisfação como sendo:

As pesquisas de satisfação do consumidor, contratadas, principalmente, por meio do departamento de marketing, utilizam-se de telemarketing ou abordagem pessoal nos pontos-de-venda para verificar se o consumidor realmente usou o produto ou serviço adquirido, se continua usando e o grau de satisfação com ele. As pesquisas de satisfação do consumidor fornecem subsídios para direcionar a estratégia de marketing e vendas, aprimorar o produto e antever novas oportunidades. (GOBE et al., 2007, p. 224).

Para Las Casas, a pesquisa de satisfação é a melhor maneira de avaliar a

satisfação do cliente, pois ela é realizada através de um questionário, para satisfazer

as necessidades de cada situação da empresa, sendo esse, um método de melhor

aceitação dos gestores da organização. Através dessa pesquisa, percebe-se o nível

de satisfação dos clientes referente aos produtos e serviços oferecidos, e através do

seu resultado observa-se o que necessita de melhorias (LAS CASAS, 2009).

De acordo com Kotler, Hayes e Bloom, tem-se cinco objetivos principais para

avaliação de satisfação dos clientes, que são:

1- Aproximar-se do cliente. 2- Medir o contínuo aperfeiçoamento, a partir do ponto de vista dos

clientes. 3- Solicitar sugestões do cliente que impulsionarão o aperfeiçoamento dos

produtos e/ou processos. 4- Medir as vantagens e as desvantagens dos concorrentes. 5- Vincular os dados de avaliação dos serviços aos clientes ao

desempenho e aos sistemas internos de recompensa. (KOTLER;

HAYES; BLOOM, 2002, p. 133-134).

Kotler e Keller complementam que “um cliente altamente satisfeito permanece

fiel por mais tempo, compra mais, à medida que a empresa lança produtos ou

aperfeiçoa aqueles existentes, fala bem da empresa e seus produtos [...].” (KOTLER,

KELLER, 2012, p. 134).

Percebe-se que, através da estratégia de marketing, pode-se utilizar

ferramentas de grande importância para a empresa, buscando melhorias nos

produtos e serviços oferecidos para a satisfação dos clientes. Através da pesquisa

de avaliação de satisfação é possível monitorar a forma de tratamento com os

clientes, identificando ações que possam auxiliar para a melhor satisfação diante de

seus concorrentes.

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3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE

Neste capítulo é apresentando o diagnóstico e análise da pesquisa

desenvolvida no trabalho, buscando atender os objetivos específicos propostos,

sendo realizado em quatro tópicos. Realizou-se, primeiramente, a entrevista com o

gestor e a gerência, objetivando mapear o processo de serviço de hospedagem e as

etapas que o compõe, logo desenvolveu-se uma pesquisa junto aos colaboradores

para analisar e verificar a percepção referente à gestão dos processos, no decorrer

foi desenvolvida uma pesquisa com os clientes para verificar a sua percepção

referente à qualidade do serviço de hospedagem e, depois das informações obtidas,

através das pesquisas realizadas, propor ferramentas de gestão para a melhoria.

3.1 MAPEAMENTO DO PROCESSO DE SERVIÇO DE HOSPEDAGEM

Buscando um melhor entendimento de como é realizado o processo de

serviço de hospedagem, é importante descrevê-lo para saber as partes que o

compõem. Com esse objetivo de mapear o processo de hospedagem, realizou-se

juntamente com o gestor e a gerência uma entrevista (apêndice A), levando assim,

ao conhecimento de como é realizado o processo do serviço de hospedagem e

quais os pontos fortes dentro de cada setor no que se refere à qualidade.

Na entrevista, questionou-se, primeiramente, para a gerência qual é a sua

percepção sobre serviço de hospedagem, e ela respondeu que o serviço no

comércio e tudo àquilo que se faz para atender e servir pessoas. É como receber

uma visita, receber bem, oferecer o que há de melhor, boa acomodação, bom café,

atenção em tudo para que a visita se sinta bem e saia satisfeita, além de que

hospedar é vender o seu produto e o produto em questão é a prestação de um

serviço.

O produto e o serviço dentro da empresa hoteleira andam juntos, sendo que,

um complementa o outro e todos devem ser da melhor qualidade, para que a

empresa se diferencie no seu ramo de atuação entre as outras, buscando atingir as

expectativas dos seus clientes. Na mesma linha de pensamento conforme Gobe et

al., o serviço e o produto que é ofertado dentro da empresa é um fator de

diferenciação, e os dois andam juntos para uma melhor distinção perante as outras

empresas, os serviços prestados são, muitas vezes, o agente da diferenciação, um

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bom atendimento com uma boa qualidade dos produtos oferecidos é um diferencial

(GOBE et al., 2007).

Na sequência, questionou-se sobre o desdobramento do processo de serviço

desde o check-in ao check-out. Para Oliveira, os processos são diversos setores ou

atividades dentro de uma organização que estão ligados entre si, buscando um

único resultado que são produtos e serviços de qualidade, os processos podem ser

métodos ou equipamentos utilizados para a busca de um melhor resultado esperado

dentro da empresa, atendendo as necessidades do cliente (OLIVEIRA, 2006).

A fim de ter uma melhor visualização do processo se fez a utilização de um

fluxograma demonstrando as etapas realizadas conforme ilustração 5. O processo

começa desde o primeiro contato com o hóspede, seja por telefone ou pelo e-mail.

Nesta etapa, é muito importante que o cliente tenha todas as informações que

deseja, de uma maneira clara e objetiva para que o mesmo se sinta satisfeito desde

o primeiro contato realizado.

Ilustração 5: Mapeamento do processo de serviço de hospedagem Fonte: Produção do pesquisado

Contato

Reserva

Chegada ao

hotel

Recepção Acolhimento

Chegada ao

hotel

Check in

Serviço de hospedagem

Check out

Serviço de Check out

Saída do hotel

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O segundo momento, é a chegada ao hotel, nesta etapa realiza-se o

acolhimento do hóspede (estacionamento, recepção), logo o encaminhando à

recepção onde se faz o check-in, confirmação dos documentos, e confere o

apartamento que realizou a reserva. Após a execução do check-in o hóspede dirige-

se às acomodações do hotel, onde o mesmo usufrui dos serviços que o hotel

oferece que são a hospedagem, café da manhã, lavanderia, além de outros. Nesta

etapa, é importante que o hóspede se sinta bem durante a sua estadia no hotel e

receba os serviços da melhor qualidade, pois, neste momento, a empresa está

vendendo o seu produto que é a hospedagem e sendo avaliado pelo o cliente.

Para finalizar, realiza-se o ckeck-out, que se torna tão ou mais importante

quanto os demais serviços, pois neste momento que o cliente demonstra sua

satisfação ou frustação referente à sua estadia no estabelecimento, no ckeck-out

realiza-se o fechamento da “conta” do cliente, o que foi consumido durante o tempo

em que permaneceu no hotel, e o fechamento do serviço no sistema.

Dentro do escopo de entender como realiza o processo dentro de cada setor

do hotel, em que se pediu para a gerência descrever as etapas que o compõe,

também foi solicitado o relato de quais são os pontos importantes, de acordo com

sua percepção referente à qualidade.

Segundo relato da gerência, o setor de recepção está composto por oito

colaboradores, que são divididos em quatro turnos de seis horas cada, em cada

turno trabalha dois colaboradores. Conforme pode ser visualizado no fluxograma na

ilustração 6, o processo realizado dentro do setor de recepção. O processo se inicia

com o check-in que, como pode ser visualizado no fluxograma que possui dois tipos

de hóspedes, o hóspede que já tem a sua reserva realizada e confirmada, que é o

hóspede que efetua a reserva por meio eletrônico ou pelo telefone no qual realiza a

confirmação seus dados e o tipo de apartamento que deseja.

E também o hóspede sem a reserva, sendo o cliente que chega sem a

reserva efetuada, as informações são passadas na hora, mostra-se o apartamento

ao hóspede, caso ele queira ver antes da sua confirmação da reserva. Este tipo de

hóspede não tem a sua reserva já efetuada e confirmada conforme o outro hóspede,

neste momento, se torna importante que o hóspede tenha recebido todas as

informações necessárias, os apartamentos e suas categorias e os serviços

prestados pelo hotel, é importante que as informações transmitidas sejam claras e

objetivas.

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Ilustração 6: Mapeamento do setor de recepção check-in Fonte: Produção do pesquisador

Na etapa seguinte, se preenche a ficha do cliente, por meio de sua

documentação e, depois disso, informa-se quais são os apartamentos disponíveis no

sistema, de acordo com a categoria que o cliente escolheu.

Após escolhido e confirmado o apartamento, lança-se no sistema os dados do

hóspede, em um programa de reserva onde efetua a abertura no sistema do

apartamento e este, saindo da lista dos apartamentos disponíveis. Após a

finalização desta etapa se encaminha o hóspede junto com o colaborador até seu

quarto, e então, onde o check-in finaliza.

Dentro do serviço de recepção check-in foi relatado pela gerência, cinco

pontos de maior importância, de acordo com a sua percepção referente à qualidade

no setor:

1 - Responder o e-mail do hóspede com rapidez, clareza e objetividade;

2 - Receber o hóspede com cortesia;

3 - Preço;

4 - Atendimento ao telefone;

5 - Acompanhar o hóspede até o apartamento;

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49

Depois de realizado o mapeamento do serviço de recepção check-in, a

próxima etapa, é o setor de hospedagem que são os quartos. O setor de

hospedagem é dividido em sete andares, onde cada andar é composto de quatorze

apartamentos, e uma sala de estar no pavimento, este setor é composto por sete

colaboradoras, na qual trabalha uma colaboradora por andar. Conforme é

visualizado o fluxograma na ilustração 7 o processo realizado dentro do setor de

hospedagem. Primeiramente, o processo inicia com a retirada do mapa de

ocupação, cada camareira recebe de acordo com o seu andar um mapa. Este mapa

compõe informações dos apartamentos disponíveis e ocupados no andar, também a

data de saída de cada hóspede.

Ilustração 7: Mapeamento do setor de hospedagem Fonte: Produção do pesquisador

A próxima etapa realizada depois de recebidas as informações dos

apartamentos disponíveis, é a arrumação dos quartos que é realizada enquanto o

hóspede não se encontra no apartamento, nesta etapa é efetuada a troca das

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50

toalhas e roupa de cama do quarto.

Depois de efetivada a troca da rouparia, inicia-se a limpeza dos quartos que

começa com a higienização do banheiro, limpeza da mobília e chão do apartamento,

em seguida, a arrumação dos pertences do hóspede, caso o hóspede necessita que

seja realizada a lavagem de suas roupas, a camareira coloca em uma sacola e

realiza o preenchimento de um formulário que é encaminhado à recepção que faz a

terceirização deste serviço, também nesta etapa que está sendo realizada a limpeza

do quarto, a camareira verifica se tudo está funcionando no quarto, caso tenha um

equipamento ou tomada não funcionando é informado ao setor de manutenção.

Após a limpeza do quarto, efetua-se a conferência e abastecimento do

consumo do frigobar, cada frigobar é composto de três águas, dois refrigerantes, um

suco e uma cerveja, o abastecimento das bebidas é realizado em cima do que o

hóspede consumiu no frigobar, todas as camareiras têm em seu andar uma

dispensa que contém o material de limpeza, higiene e bebidas para abastecer o

frigobar dos apartamentos.

Em seguida, após a realização do abastecimento do frigobar, a camareira

informa à recepção o que foi consumido pelo hóspede, essa informação é passada

para o sistema do serviço de hospedagem, depois de finalizada a limpeza e

abastecimento dos quartos, a camareira realiza a limpeza do corredor do seu andar

e da sala de estar.

Por último, é encaminhado para a lavanderia do hotel a rouparia de cama e

toalhas recolhidas nos apartamentos que estão sujas para a lavagem, as mesmas

são identificadas pelo número do andar, no momento em que é realizada a entrega

da rouparia que será lavada, a camareira faz a retirada da rouparia que já está limpa

que é recolocada na sua dispensa, e então, finaliza-se o processo do setor de

hospedagem.

Em relação ao setor de hospedagem (quartos), foi exposto, pela gerência,

cinco pontos de maior importância referentes à sua percepção da qualidade, dentro

deste setor:

1 - Arrumação da cama;

2 - Limpeza do quarto;

3 - Colchão/ travesseiro confortável;

4 - Internet no apartamento;

5 - TV a cabo no apartamento;

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51

Também, questionou-se para gerência os pontos de maior importância, em

relação a sua percepção sobre a qualidade nos banheiros dos quartos, que foi

exposto em cinco pontos importantes:

1 - Limpeza do banheiro;

2 - Chuveiro de qualidade e água quente;

3 - Funcionamento dos equipamentos do banheiro;

4 - Toalhas limpas;

5 - Equipamentos (secador/tomadas).

A próxima etapa, depois de realizado o mapeamento do serviço de

hospedagem é o setor do café da manhã.

O setor do café da manhã é composto por duas colaboradoras, este setor se

encontra no primeiro piso do hotel. Conforme relatou a gerência na entrevista,

quando a demanda de hóspedes no hotel é maior, é contratada uma pessoa

terceirizada para ajudar neste setor. Na ilustração 8 é demonstrado através de um

fluxograma o processo que é percorrido no setor do café da manhã.

Ilustração 8: Mapeamento do processo do setor do café da manhã Fonte: Produção do pesquisador

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O processo inicia-se logo após a chegada da colaboradora no hotel, a mesma

encaminha-se para a copa, onde começa a organizar o buffet, neste momento, é

realizada a arrumação dos pratos com os alimentos que serão servidos, os frios,

café e demais alimentos. Depois de organizado a mesa com os alimentos abre-se a

copa, o controle dos hóspedes que já tomaram café é realizado através de um

mapa, neste mapa encontra-se o número de hóspedes que estão hospedados no

hotel e o apartamento que estão ocupando, através deste mapa realiza-se a baixa

dos apartamentos.

Neste tempo, durante a realização do café é feito a reposição dos alimentos

que estão terminando, recolocado café e leite nas máquinas, logo também é

realizado o atendimento ao hóspede, caso o mesmo necessite de algo que não

esteja no café é feito o pedido para a colaboradora, conforme relatado pela gerência

na entrevista, o bom atendimento ao hóspede é primordial. Quando o hóspede se

retira da mesa que realizou a sua refeição, a colaboradora faz a limpeza da mesa e

a recolocação das louças, para que os outros hóspedes possam ocupá-la.

A gerência relatou que, após terminar o turno do café da manhã, onde o

atendimento durante a semana é das 06h30min às 09h30min e finais de semana e

feriado o horário é das 07h00min até 10h00min da manhã, efetiva-se o recolhimento

dos alimentos, como os pratos do buffet e realiza-se o acondicionamento dos

alimentos que não estragam e separado as sobras que não podem ser mais

ocupadas, logo após esta etapa se faz a lavagem das louças, limpeza do ambiente

em geral e a reposição nas mesas das louças para o dia seguinte.

Em seguida, depois de finalizar esta etapa, é feita a revisão dos produtos que

faltam para o dia seguinte, logo após a constatação faz-se o pedido e, então, é

encaminhado para a gerência que realiza as compras dos alimentos que precisam

ser repostos para o dia seguinte.

Na sequência, questionou-se à gerência após a realização do processo do

café da manhã, quais os pontos de maior relevância na sua percepção referente à

qualidade neste setor, onde a gerência classificou da seguinte forma:

1 - Apresentação do buffet;

2 - Qualidade dos produtos;

3 - Diversidade de alimentos servidos;

4 - Atendimento;

5 - Ambiente em um todo;

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Após realizar o mapeamento do processo do serviço no setor do café da

manhã, segue-se para o setor da lavanderia.

O setor da lavanderia é composto por duas colaboradoras, que trabalham no

turno que é das 07h30min às 13h00min. A lavanderia encontra-se no oitavo andar

do hotel. Conforme pode ser visualizado através do fluxograma, a ilustração 9 que é

o mapeamento do processo realizado no setor de lavanderia. O processo neste

setor, inicia-se com a colaboradora realizando o recolhimento dos lençóis do dia

anterior que se encontram estendidos, logo após o recolhimento destes lençóis

começa-se a passar, este processo de passar os lençóis é realizado por uma

máquina específica para a função, a funcionária precisa somente retirar quando

finalizado pela máquina o processo.

Ilustração 9: Mapeamento do processo do setor da lavanderia Fonte: Produção do pesquisador

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Depois de realizada a etapa de passar e guardar os lençóis que estão

identificados pelo número do andar, em suas respectivas prateleiras, inicia-se o

recebimento da rouparia que são as toalhas e os lençóis dos apartamentos, quem

realiza a entrega desta rouparia para a lavanderia são as camareiras, cada uma tem

a responsabilidade de levar e entregar a colaboradora responsável pela lavanderia

às roupas de cama do seu andar.

Logo após recebido a rouparia, inicia-se a sua lavagem, a prioridade na hora

da lavagem é das toalhas de banho, pois as mesmas depois de lavadas são secas

em uma máquina secadora que demora a realizar o processo de secagem, os

lençóis depois de lavados são estendidos, conforme relatado no início do processo e

a sua retirada é realizada somente no dia seguinte.

Após a realização do processo de secagem das toalhas, as mesmas são

separadas pelo número identificado do respectivo andar e distribuídas nas suas

respectivas prateleiras, as camareiras realizam a retirada da rouparia conforme vão

precisando para a recolocação na prateleira no andar onde é responsável.

Questionou-se para a gerência, após a descrição do processo realizado no

setor da lavanderia os pontos de maior importância na sua percepção, referente à

qualidade, que relatou da seguinte maneira:

1 - Limpeza das roupas;

2 - Estado das roupas de cama e banho;

3 - Roupa de cama bem passada;

4 - Roupa de cama e banho perfumada;

5 - Agilidade do trabalho na lavanderia;

Ao concluir o mapeamento do processo do setor de lavanderia, o próximo

setor a ser descrito é o setor de manutenção.

O setor de manutenção é composto por um colaborador, este setor encontra-

se no terceiro andar do hotel. Conforme relatado pela gerência, o processo inicia-se

através do que é informado para o funcionário, o ambiente que necessita dos

reparos, através desta informação é realizada a manutenção e os pequenos

consertos. Como exemplo, a gerência citou a tomada que não está funcionando no

quarto, quem informa ao setor é a camareira responsável pelo andar. Quando se faz

necessário um reparo de maior demanda, o hotel realiza a contratação de um

serviço terceirizado, pois o colaborador que é responsável pelo setor somente

realiza a manutenção de pequenos reparos.

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55

O colaborador do setor de manutenção também é o responsável pelo

almoxarifado, que é onde se encontra o estoque de produtos de higiene e bebidas

do hotel, o colaborador é o encarregado de realizar a distribuição dos produtos para

as camareiras de forma correta e realizar o controle de estoque dos produtos que

saíram, quando o produto está faltando, o responsável comunica à gerência que

realiza a compra.

Questionou-se a gerência, quais eram os pontos de maior relevância

referente, a sua percepção à qualidade neste setor, a qual classificou da seguinte

maneira:

1 - Funcionamento dos equipamentos;

2 - Estado dos equipamentos;

3 - Revisão constante dos equipamentos;

4 - Controle de estoque do material;

5 - Distribuição dos produtos;

Ao finalizar o mapeamento do processo do setor de manutenção, a próxima e

última etapa a ser descrita é o serviço de check-out, conforme foi enfatizado pela

gerência, este serviço é o mais importante diante dos outros que são oferecidos no

hotel, pois é nesta etapa, que o cliente manifesta a sua satisfação ou insatisfação

referente à sua estadia no hotel. Conforme Kotler e Keller, um cliente satisfeito

procura mais os produtos e serviços oferecidos pela empresa, tornando-se assim,

um cliente fiel, já um cliente altamente insatisfeito com os produtos e os serviços

prestados pela empresa, acaba procurando outra que atenda às suas expectativas e

necessidades (KOTLER; KELLER, 2012).

Ao analisar a ilustração 10, demonstrou-se no fluxograma, o processo de

serviço check-out, bem como as suas etapas. O processo de check-out inicia-se

quando o hóspede comunica à recepção o fechamento da sua conta, depois de

avisada a recepção, o colaborador que é o responsável em carregar as malas dos

hóspedes do hotel, desloca-se até o apartamento em que o hóspede se encontra e

realiza o carregamento das suas malas.

Assim, na próxima etapa, quando o hóspede chega à recepção, um

colaborador dirige-se até o apartamento em que o hóspede esteve instalado para

realizar a conferência do que foi consumido pelo hóspede no frigobar, no seu último

dia, logo após esta conferência, o mesmo liga para a recepção informando a

quantidade e o tipo de bebida que o hóspede consumiu.

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Ilustração 10: Mapeamento do processo de serviço de check-out Fonte: Produção do pesquisador

Ao comunicar à recepção, o colaborador passa para o sistema a quantidade

consumida. Aproveita-se o momento e solicita-se ao hóspede uma pesquisa de

satisfação, que tem como objetivo verificar se as necessidades e as expectativas

esperadas pelo cliente referente aos serviços prestados pelo hotel durante a sua

estadia foram atendidas. Através desta pesquisa percebem-se os pontos que

precisam de melhorias na empresa. Para Las Casas, a pesquisa de satisfação é um

jeito de verificar a satisfação do cliente, é através dessa pesquisa que se observa e

analisa os pontos que necessitam de melhoria na empresa, através da pesquisa

percebe-se o diferencial da empresa perante seus concorrentes (LAS CASAS,

2009).

Finalizada a pesquisa de satisfação e verificada a percepção do cliente sobre

a sua estadia no hotel e o serviço que foi oferecido, o colaborador emite a nota fiscal

para o cliente, e então, o colaborador responsável por carregar a bagagem do

hóspede o acompanha até seu veículo, após a saída do hóspede encerra-se o

processo de serviço de check-out.

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Na sequência, questionou-se à gerência os pontos de maior relevância na sua

percepção sobre a qualidade no processo de serviço de check- out que destacou da

seguinte forma:

1 - Agilidade no check- out;

2 - Agilidade na impressão da nota fiscal do serviço;

3 - Atendimento;

4 -Conhecimento do funcionário com relação ao processo realizado no check-

out;

5 – Cordialidade.

Quando questionada a gerência se o hotel oferece outros serviços além da

hospedagem, obteve como resposta que sim, que o hotel oferece como serviço extra

o salão de convenções que se encontra em anexo ao hotel, salas para reuniões,

além de salão de festa que se encontra disponível para terceiros. Perguntando,

quais os pontos de maior relevância sobre a qualidade nestes serviços extras que o

hotel oferece destacou-se:

1 - Disponibilidade da sala de reuniões;

2 - Capacidade de pessoas;

3 - Conforto da sala de reuniões;

4 - Equipamentos disponíveis;

5 - Serviço de coffe break;

Na última pergunta, tratou-se sobre a possibilidade de melhoria no processo

de hospedagem e quais seriam as melhorias, e foi respondido pela gerência que

sim, sempre existem melhorias a se fazer considerando que as novidades no

mercado surgem diariamente. Atualmente, no que se refere à melhoria no processo

do setor hoteleiro é a informática que sempre fica defasada devido ao acelerado

crescimento nesta área.

Neste sentido, pensa-se que as melhorias na informatização necessitam ser

constante, para maior agilidade e qualidade no processo do serviço, buscando a

satisfação do cliente. Conforme Castelli, o processo dentro de uma organização

necessita de melhoria contínua, sendo que, através de um maior controle de todas

as áreas que fazem parte da empresa é possível para o gestor verificar o que

precisa diariamente ser melhorado e atualizado constantemente, obtendo melhores

resultados na qualidade dos serviços oferecidos pela empresa, mas também a

satisfação do cliente (CASTELLI, 2000).

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Após a verificação de como é realizado o processo de serviço de

hospedagem e as etapas que o compõe, a próxima etapa é a entrevista com os

colaboradores para verificar a sua percepção referente à qualidade.

3.2 PERCEPÇÃO DOS COLABORADORES FRENTE AOS SERVIÇOS DE

HOSPEDAGEM

Com o objetivo de identificar a percepção dos colaboradores frente à gestão

dos processos, e o grau de importância referente à qualidade do serviço de

hospedagem, foi realizado e aplicado um questionário (apêndice B) para os

colaboradores.

O questionário foi aplicado a 20 colaboradores do hotel, realizado no período

de 1º a 9 de setembro, sendo que foi entregue para cada colaborador, o qual

respondia e colocava em um envelope na recepção. O questionário era composto de

9 perguntas fechadas e uma questão aberta.

Na primeira pergunta do questionário buscou-se verificar há quanto tempo o

colaborador trabalha no setor de hospedagem tendo como resultado demonstrado

na ilustração 11:

Ilustração 11: Tempo que trabalha no hotel Fonte: Produção do pesquisador

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Conforme pode ser observado na ilustração 11, os 20 colaboradores

responderam à questão solicitada. Destes, 6 colaboradores trabalham até cinco

anos no hotel, 5 colaboradores trabalham entre cinco e dez anos e 9 trabalham na

empresa acima de quinze anos.

Analisa-se através desta questão, que o maior número de colaboradores que

trabalha no hotel há mais de quinze anos apresentou um resultado de 45% dos

respondentes, isto mostra que não há rotatividade de colaboradores, sendo que a

grande maioria conhece os processos que se desenvolve no hotel.

A segunda pergunta refere-se sobre a percepção do colaborador em relação

aos serviços prestados no setor de recepção. Nesta pergunta, nove colaboradores

apenas responderam as questões propostas, o restante que são 11 dos 20

colaboradores não se enquadram neste processo, portanto, não expuseram sua

opinião. Na ilustração 12 será verificado o resultado desta pesquisa.

Ilustração 12: Percepção em relação ao serviço de recepção. Fonte: Produção do pesquisador

Conforme a ilustração 12, 4 colaboradores afirmam que é muito importante

responder ao e-mail do hóspede tendo rapidez clareza e objetividade. Bem como

outros 4 colaboradores consideram importante, enquanto que 1 colaborador

considera indiferente em sua percepção responder a solicitação do hóspede por e-

mail.

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60

Quando questionados sobre receber o hóspede com cortesia, 7

colaboradores consideram muito importante, enquanto que 2 responderam ser

importante. Na questão que trata sobre o preço cobrado pela diária, 5 colaboradores

responderam que é muito importante o preço, já para 4 colaboradores o preço é

importante. Quando questionados sobre o atendimento ao telefone, 6 colaboradores

responderam que é muito importante, 2 consideram importante e 1 respondeu que o

atendimento ao telefone é indiferente. Ao tratar sobre acompanhar o hóspede até o

apartamento, para 3 dos colaboradores entrevistados consideram muito importante,

já para 6 colaboradores consideram apenas importante.

Observa-se através desta questão que, receber o hóspede com cortesia teve

um número relevante totalizando 77,8% dos respondentes. Na visão da gerência, na

sua percepção referente ao setor de recepção é muito importante responder o e-mail

do hóspede com rapidez, clareza e objetividade. Para Barata e Borges a qualidade

no atendimento está ligada em receber o cliente com cortesia, responder com

agilidade as informações que o cliente necessita, o funcionário que realiza tudo isso

está prestando um serviço de qualidade (BARATA; BORGES, 1998).

Na terceira pergunta verificou-se em relação ao serviço de hospedagem o

grau de importância, dos 20 colaboradores, 17 responderam o questionário,

enquanto que 3 não quiseram opinar ou não tinham conhecimento, conforme,

ilustração 13:

Ilustração 13: Percepção em relação ao serviço de hospedagem.

Fonte: Produção do pesquisador

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Como pode ser observado na ilustração 13, para 8 colaboradores a

arrumação da cama no serviço de hospedagem é muito importante, para 9

colaboradores relatam que é importante. No que tange à limpeza do quarto, 13

colaboradores afirmam que a limpeza do quarto é muito importante e 4 responderam

que a limpeza é apenas importante. Com relação ao grau de importância sobre

colchão e travesseiros confortáveis nos quartos, para 10 colaboradores é muito

importante e 7 responderam que é importante.

Na pergunta em relação à internet no apartamento, 10 colaboradores

consideram muito importante, para 6 colaboradores é importante e apenas 1

colaborador considera a internet no quarto pouco importante. Quanto à colocação de

TV a cabo no apartamento, 5 respondentes disseram muito importante, 10 é

importante, 1 relata que é indiferente e 1 considera pouco importante. Com isso,

analisa-se que na percepção dos colaboradores neste serviço de hospedagem

(quartos), para a grande maioria a limpeza dos quartos é muito importante

totalizando 76,5% dos respondentes, já na percepção da gerência neste serviço é

muito importante a arrumação da cama.

A quarta pergunta verificou-se a percepção referente ao serviço do banheiro,

sendo que 17 funcionários responderam à questão proposta e 3 não quiseram

opinar sobre este serviço por não ter contato com o local. Na ilustração 14

demonstra o resultado:

Ilustração 14: Percepção em relação ao serviço de banheiro. Fonte: Produção do pesquisador

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Conforme ilustração 14, em relação à limpeza do banheiro, 16 colaboradores

responderam ser muito importante, e apenas 1 respondeu que é importante a

limpeza neste item. Na pergunta sobre a qualidade do chuveiro, bem como fornecer

água quente, 13 colaboradores relatam muito importante, e para 4 colaboradores é

importante o banheiro ter produtos de qualidade e aquecimento da água. Isso

mostra que o hotel se preocupa com o bem-estar de seus hóspedes. Em relação ao

grau de importância sobre o funcionamento dos equipamentos do banheiro, 12

colaboradores responderam que é muito importante e 5 colaboradores é importante,

sendo algo fundamental para manter um hóspede satisfeito.

Em relação a toalhas limpas no banheiro, 15 colaboradores relatam que é

muito importante, enquanto que, para 2 colaboradores é importante. Na pergunta

sobre o grau de importância de equipamentos (secador/ tomadas), 9 colaboradores

responderam que é muito importante ter equipamentos no banheiro, e 8

colaboradores relataram ser importante ter equipamentos no banheiro, pois facilitará

para o hóspede que, muitas vezes, não conseguiu trazer em sua bagagem e se

sentirá satisfeito em ter estes produtos oferecidos pelo hotel e, com isso, poderá

retornar em outras ocasiões e se hospedar novamente tornando-se um cliente

fidelizado.

Com isso, verifica-se que, na percepção do colaborador referente ao serviço

de banheiro, o índice que trata sobre a limpeza do banheiro é muito importante

apresentando um resultado de 94,1%, já para a gerência, quando questionada em

relação à qualidade também expôs que a limpeza do banheiro é muito importante,

sendo um dos locais que deve estar bem higienizado e limpo, o que mostrará a

preocupação com a saúde do hóspede. O banheiro deve ser algo chamativo, em

que o hóspede se sinta confortável.

Nesse contexto, verifica-se que há um entendimento na questão que trata

sobre o banheiro, tanto por parte dos colaboradores quanto para a gerência do hotel.

Dessa forma, houve uma consonância nas respostas, onde todos sentem-se

satisfeitos e, em perfeita harmonia.

Na questão cinco, questiona-se sobre o grau de importância do café da

manhã. Dos 20 colaboradores que participaram da entrevista, apenas 11

responderam a este item, sendo que 9 não se “enquadram” neste setor, e se

abstiveram de responder ao questionário. Conforme será analisado na ilustração

15:

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Ilustração 15: Percepção em relação ao café da manhã. Fonte: Produção do pesquisador

Conforme a ilustração 15 referente ao café da manhã, dos 11 colaboradores,

7 consideram a apresentação do buffet muito importante, enquanto que, 4

consideram importante. No item que se refere à diversidade de alimentos servidos, 8

responderam que é muito importante, enquanto que, 3 consideram importante. No

que trata sobre a qualidade dos produtos, 10 colaboradores consideram muito

importante e 1 afirma ser importante. Para o atendimento no café da manhã, 8 dos

respondentes disseram muito importante enquanto que 3 apenas importante.

Quando se questionou sobre o ambiente em um todo, 5 dos colaboradores

responderam muito importante e 6 importante. Significa que a maioria avaliou o

ambiente como um todo apenas importante.

Na visão dos colaboradores, a grande maioria, ou seja, 90,9%, consideram a

qualidade dos produtos fundamental para o café da manhã, sendo muito importante

para o hotel. Na percepção da gerência, a apresentação do buffet é considerada

muito importante. Dessa forma, verifica-se que não há uma concordância entre os

colaboradores e a gerência, que devem estar em sintonia para o bom andamento do

hotel.

Na questão seis, questionou-se qual o grau de importância sobre a lavanderia

do hotel. Nesse contexto, dos 20 colaboradores, 18 responderam ao

questionamento, sendo que 2 não se “encaixam” neste setor. Os dados encontram-

se na ilustração 16:

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Ilustração 16: Percepção em relação à lavanderia.

Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 16, observou-se que no serviço de lavanderia, dos

respondentes, 16 consideram a limpeza das roupas muito importante e 2 importante.

No item sobre estado das roupas de cana e banho, 14 dos colaboradores

responderam ser muito importante e 4 importante. No item roupa de cama bem

passada, 15 concordam em ser muito importante e 3 importante. No contexto, roupa

de cama e banho perfumada, 12 dos colaboradores citam ser muito importante e 5

importante e, 1 respondeu que considera sem importância. Quanto à agilidade do

trabalho na lavanderia 10 responderam muito importante, 8 importante.

Portanto, na percepção dos colaboradores, consideram com maior ênfase a

limpeza das roupas, totalizando 88,9%. Bem como, houve um percentual razoável

nas roupas bem passadas, com 83,3%. Verifica-se que os colaboradores se

importam em mostrar um serviço de qualidade quando se trata sobre serviço de

lavanderia.

Percebe-se também, que a gerência considera a limpeza das roupas

fundamental, o que significa que neste item, o trabalho entre colaboradores e

gerência andam juntos, bem sintonizados.

Na questão sete, verificou-se sobre o grau de importância do setor de

manutenção para o hotel. Nesta questão, houve apenas a resposta de 9 do total de

20 colaboradores, como pode ser analisado na ilustração 17:

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Ilustração 17: Percepção em relação à manutenção.

Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 17, sobre o estado dos equipamentos, 5 dos colaboradores

consideram muito importante verificar o estado dos equipamentos, enquanto que, 3

consideram importante e 1 manteve-se indiferente. Quanto ao controle de estoque e

material, 4 respondentes consideram muito importante, 3 importante, 1 indiferente e

1 pouco importante. No item que se referiu ao funcionamento dos equipamentos, 7

dos respondentes acham muito importante e 2 importante. No que se questionou

sobre a revisão constante dos equipamentos, 7 responderam ser muito importante

enquanto que 2 consideram importante. Na distribuição dos produtos, 6

consideraram muito importante, 2 importante e 1 sem importância.

Conforme observou-se na visão dos colaboradores, na distribuição dos

produtos, 1 dos colaboradores considerou sem importância, o que não se admite

considerar algo que é fundamental para o bom funcionamento do hotel não ser

importante.

Na visão dos colaboradores quanto ao funcionamento dos equipamentos e

revisão constante destes, houve resultados iguais, totalizando cada um em 77,8%

muito importante. Ao questionar a gerente, esta também considerou o

funcionamento dos equipamentos muito importante. Sendo que para um hotel com

grande estrutura, necessita que todos os seus equipamentos estejam em

funcionamento.

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Na questão oito, sobre o grau de importância no check-out, as questões

foram respondidas por 9 colaboradores, sendo que 11 dos colaboradores não se

“enquadram” nas questões como pode ser analisado na ilustração 18:

Ilustração 18: Percepção em relação a check-out.

Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 18, quando se questionou sobre a agilidade na impressão da

nota fiscal do serviço, 5 dos respondentes consideram muito importante e 4

importante. Ao se referir em atendimento, todos os 9 respondentes consideraram

muito importante. Quanto à agilidade do check-out, 7 dos respondentes afirmam ser

muito importante e 2 importante. No item cordialidade, todos concordaram em ser

muito importante. No que se refere ao conhecimento do funcionário com relação ao

processo realizado no check-out, 6 responderam muito importante e 3 importante.

Na percepção dos 9 colaboradores, 100% concordam que é muito importante o

atendimento realizado, bem como a cordialidade dedicada aos hóspedes.

Já, na visão da gerência, houve uma discordância, percebe-se que é muito

importante a agilidade no check-out. Seria necessário um bom entrosamento entre a

gerência e os colaboradores na hora de verificar o que para o hotel é mais

importante. Sabe-se que os hóspedes têm horário determinado para a saída,

significa que a recepção já deve estar aposta aguardando a saída, porque o

hóspede avisa sua saída com antecedência.

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67

No que se refere à questão nove, referente aos serviços extras oferecidos

pelo hotel, 9 dos 20 colaboradores responderam, sendo que 11 destes não opinaram

sobre este tipo de serviço. Conforme ilustração 19, os resultados são:

Ilustração 19: Percepção em relação à serviços extras. Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 19, no item sobre a capacidade de pessoas, 3 consideraram

muito importante e 6 importante. No que se refere à disponibilidade da sala de

reunião, 4 consideraram muito importante, sendo que 4 alegam importante e 1

respondeu ser indiferente. Quanto ao conforto da sala de reuniões, 6 dos

colaboradores consideraram muito importante e 3 importante. No que se referiu aos

equipamentos disponíveis, 3 consideraram muito importante, 4 importante e 2

indiferente. No item que foi questionado sobre o serviço de coffee break, 4

consideraram muito importante, 4 importante, 1 respondeu indiferente. Na percepção

dos colaboradores, quanto a serviços extras, considerou-se o conforto da sala de

reuniões o item muito importante, totalizando 66,7%.

Na percepção da gestora também houve uma discordância, segundo sua

visão, considera muito importante a disponibilidade da sala de reuniões, deixando os

outros itens em menor grau de importância, contrariando a visão dos colaboradores.

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68

Na questão dez, buscando melhorias na qualidade de hospedagem,

solicitaram-se sugestões quanto à percepção do colaborador, conforme sua

percepção, descreveram-se alguns itens que se considerou mais relevante:

Ilustração 20: Sugestões de melhoria

Fonte: Produção do pesquisador

A partir da entrevista realizada com a gerência e colaboradores, para verificar

o grau de percepção quanto à qualidade dos serviços prestados pelo hotel, também

se realizou entrevista com hóspedes no período e será exposto no próximo item, que

é o 3.3.

3.3 QUALIDADE NO SERVIÇO DE HOSPEDAGEM NA VISÃO DOS HÓSPEDES

Este item tem como objetivo focar na percepção do hóspede quanto a sua

percepção referente à qualidade do serviço de hospedagem prestada pelo hotel

Rigo. O questionário era composto por oito questões fechadas e 1 questão aberta,

(apêndice C), na qual teve como objetivo o hóspede ter a liberdade de expor sua

sugestão quanto à melhoria de alguns serviços prestados pelo hotel.

Cada pergunta realizada tinha 5 alternativas diferentes de respostas para

melhor avaliar os serviços prestados. Para alcançar o objetivo proposto, realizou-se

uma pesquisa no período de 1º de setembro a 1º de outubro de 2016. Portanto,

durante a pesquisa realizada, serviu para conhecer melhor os serviços prestados e

avaliar o atendimento. Como afirma Kotler, Hayes e Bloom, que a pesquisa é uma

ferramenta utilizada para avaliar o grau de satisfação do cliente mediante a

qualidade dos serviços prestados e, a partir de suas sugestões realizar melhorias

para se manter no mercado competitivo perante seus concorrentes

(KOTLER;HAYES;BLOOM, 2002).

O questionário proposto foi deixado na recepção e entregue ao hóspede

durante o check-in, levando-o até o quarto e deixava respondido. Após sua saída a

camareira responsável pelo andar e serviço do quarto recolhia e entregava na

- Tv a cabo nos apartamentos;

- troca de mobílias nos apartamentos;

- melhoria na rede de internet;

- mais funcionários no setor de lavanderia.

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recepção. Esta pesquisa foi aplicada a todos os hóspedes que estiveram no hotel

neste período, mas somente 70 questionários retornaram com as respostas.

Na questão um, quando se questionou referente a sua visão quanto ao

serviço de recepção, todos os hóspedes responderam, como se verifica na

ilustração 21:

Ilustração 21: Percepção do hóspede no serviço de recepção.

Fonte: Produção do pesquisador

Como pode-se observar na ilustração 21, dos 70 hóspedes que responderam

à questão, para 36 hóspedes responder ao e-mail com rapidez, clareza e

objetividade é muito importante, porém, para 27 é importante, 6 consideraram

indiferente e 1 considerou pouco importante.

No item que se referiu em receber o hóspede com cortesia, 43 dos hóspedes

consideraram muito importante, sendo que 20 responderam importante, 6

responderam indiferente e 1 sem importância. Quanto ao preço cobrado pelo hotel,

27 é muito importante, 33 importante, 8 indiferente e 2 pouco importante. Quando

questionados sobre o atendimento ao telefone, 40 responderam muito importante,

enquanto que 23 consideraram importante, 5 indiferente, 2 pouco importante.

No item que se tratou sobre acompanhar o hóspede até o apartamento, 39

afirmaram muito importante, 23 importante, 6 indiferente e 2 pouco importante.

Como pode ser analisado na ilustração 19, 61,4% responderam que atender o

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hóspede com cortesia é muito importante. Já, na visão da gerência considera muito

importante nesta questão responder o e-mail com rapidez, clareza e objetividade.

Nesse contexto, verifica-se que não há uma sintonia entre hóspedes e gerência que,

muitas vezes, para conquistar e fidelizar clientes, o atendimento com cortesia pode

ser um diferencial. Como afirma Dalledonne, o colaborador deve realizar um

atendimento ao cliente de forma afinada, ágil, que atenda as expectativas do

hóspede, para que este saia satisfeito com o serviço que contratou, desde sua

entrada, estadia e saída. Dessa forma, poderá se fidelizar e retornar ao hotel sempre

que precisar (DALLEDONNE, 2012).

Na questão dois, tratou-se sobre o serviço de hospedagem (quarto) prestado

pelo hotel, que objetiva analisar a visão do hóspede como se verifica na ilustração

22:

Ilustração 22: Percepção do hóspede no serviço de hospedagem. Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 22 que se tratou sobre o serviço de hospedagem (quarto), sobre

o grau de importância no serviço de qualidade, como a arrumação da cama, 28

hóspedes responderam muito importante, bem como 28 consideraram importante, 8

pensam ser indiferente, 5 pouco importante e 1 sem importância.

No item que focou sobre a limpeza do quarto, 30 hóspedes consideraram

muito importante a limpeza do quarto, enquanto que 28 acharam importante, 7

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indiferente, 3 pouco importante e 2 sem importância. Quando enfocados sobre

colchão/travesseiro devem ser confortáveis, 30 hóspedes responderam que o

colchão e travesseiro são muito importante, já para 32 é importante, enquanto que

para 7 é indiferente e 1 considera sem importância.

O item seguinte referiu-se sobre internet no apartamento, 30 dos

respondentes afirmam ser muito importante, 32 importante, 5 responderam

indiferente, 2 consideram pouco importante e 1 sem importância. Na tv a cabo no

apartamento, 29 dos hóspedes responderam muito importante, 34 importante, 5

indiferente, 1 pouco importante e 1 sem importância.

Os itens considerados de maior relevância para o hóspede foram a limpeza

do quarto, colchão e travesseiro confortáveis e a internet no apartamento, tendo um

percentual de 42,9%. Na percepção da gerência, o mais importante é a arrumação

da cama. Não está em sintonia a visão da gerência e dos hóspedes, sendo muito

importante realizar a pesquisa de satisfação dos hóspedes durante a estadia para

que se possa verificar o que estes percebem para propor melhorias.

A questão três teve como objetivo analisar a percepção dos hóspedes quanto

a importância da qualidade do banheiro no quarto, que poderá ser analisado na

ilustração 23:

Ilustração 23: Percepção do hóspede em relação ao serviço de banheiro.

Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 23, quanto à questão que se tratou sobre a visão do hóspede

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quanto à limpeza do banheiro, 36 hóspedes consideraram muito importante, 26

importante, 7 consideraram importante e 1 pouco importante. No item que

tratou sobre chuveiro de qualidade e água quente, 41 dos hóspedes responderam

muito importante, 23 importante, 5 consideraram indiferente e 1 pouco importante.

No item sobre funcionamento dos equipamentos do banheiro, 40 hóspedes

responderam ser muito importante, enquanto que 21 consideraram importante, 5

consideraram indiferente, 3 pouco importante e 1 respondeu ser sem importância. Já

no item que abordou sobre toalhas limpas, 40 dos hóspedes consideram tolhas

limpas muito importante, para 20 é importante, 6 indiferente, 2 pouco importante e 2

sem importância.

Quando questionados sobre equipamentos como secador de cabelo e

tomadas disponíveis, 35 dos hóspedes consideraram um item muito importante,

sendo que 25 apenas importante, 6 indiferente, 3 pouco importante e 5

consideraram sem importância. A maioria dos hóspedes, como pode ser visto na

ilustração 21, consideraram chuveiro de qualidade e água quente, um dos itens de

maior relevância com 58,6% de aprovação. Na percepção da gerência, a limpeza do

banheiro é mais importante. Observa-se que a boa qualidade dos produtos

oferecidos é que chama a atenção dos hóspedes. A questão quatro teve como

objetivo perceber o grau de importância dos hóspedes quanto ao café da manhã

oferecido pelo Hotel, qual sua visão sobre os itens propostos como pode ser visto na

ilustração 24:

Ilustração 24: Percepção do hóspede em relação ao café da manhã Fonte: Produção do Pesquisador

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Na questão que enfocou sobre a percepção do hóspede quanto ao café da

manhã, na ilustração 24 como pode ser visto, quanto à apresentação do buffet, 40

responderam muito importante, 20 importante, 5 responderam ser indiferente, 5

pouco importante. Sobre a diversidade de alimentos servidos, os hóspedes que

responderam muito importante foram 37, enquanto que 24 consideraram importante,

5 consideraram indiferente e 4 pouco importante.

No item qualidade dos produtos, 44 consideraram muito importante, 18

importante, 4 indiferente e 4 pouco importante. Ao tratar do atendimento, 44

hóspedes consideraram muito importante, 17 importante, 5 indiferente, 4 pouco

importante. Ambiente em um todo, 38 consideraram muito importante, 19 importante,

10 responderam indiferente, 3 pouco importante.

Na percepção dos hóspedes, consideraram muito importante a qualidade dos

produtos e também o item atendimento, que corresponde cada um a 62,9%. Na

visão da gestora, esta considera muito importante a apresentação do buffet.

Conforme a análise realizada tanto pelos hóspedes quanto pela gestora, não estão

em sintonia, sendo que consideram muito importante o buffet, mas cada um com sua

especificidade, sempre primando pela qualidade.

A qualidade é algo essencial para que uma empresa sobreviva no mercado,

produtos que chamem a atenção e de boa qualidade faz com que o cliente se sinta

valorizado e bem servido, assim como o atendimento realizado pelos colaboradores

faz com que o hóspede satisfaça suas expectativas e retornem para o hotel sempre

que necessitar de hospedagem.

O hotel, na percepção da gerência preocupa-se em bem servir o cliente a

partir da boa organização do buffet, na forma como distribui o alimento que fique

chamativo para o hóspede. Mas, ao contrário, o hóspede prioriza o bom

atendimento, a atenção que lhe é dispensada, além de o hotel ter o dever de

oferecer produtos de qualidade.

Na visão de Carpinetti, todos os produtos devem ser de qualidade, atendendo

as necessidades do cliente visando o bom funcionamento, eficácia e durabilidade.

Sendo que, a qualidade do produto e bom atendimento irá superar às expectativas

do cliente que passou a ser cada vez mais exigente (CARPINETTI, 2012).

O serviço de lavanderia é importante para o hotel, assim na questão cinco,

questionou-se sobre qual o grau de importância da lavanderia para o hóspede do

hotel, como pode ser analisado na ilustração 25:

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Ilustração 25: Percepção do hóspede em relação a lavanderia.

Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 25, mostra-se a análise referente à percepção dos hóspedes

referente à qualidade da lavanderia, portanto, no item que trata sobre a limpeza das

roupas, 41 responderam muito importante, enquanto que 21 responderam

importante, 7 indiferente e 1 pouco importante.

Quanto ao estado das roupas de cama e banho, 44 responderam muito

importante, 19 importante, 5 indiferente e 2 pouco importante. No item roupa de

cama bem passada, 42 consideraram muito importante, 21 importante, 6 indiferente

e 1 respondeu pouco importante.

No que tratou de roupa de cama e banho perfumada, 38 responderam muito

importante, 23 importante, 8 indiferente e 1 pouco importante. No que tratou sobre

agilidade do trabalho na lavanderia, 38 consideraram muito importante, 25

importante, 6 indiferente e 1 pouco importante.

O hóspede em seu questionário respondido considerou muito importante o

estado das roupas de cama e banho, tendo um percentual de 62,9%. Já na

percepção da gerência, a limpeza das roupas é o item que foi considerado muito

importante. Verifica-se que a lavanderia é um setor de muita importância para o

hotel, bem como o cuidado tanto com as roupas de cama, quanto de banho, porque

perpassa por muitos hóspedes e é algo que deve estar bem limpo e higienizado,

evitando qualquer contaminação.

Na questão seis, tratou-se sobre a visão do hóspede referente à qualidade do

setor da manutenção do hotel, conforme expressado na ilustração 26:

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Ilustração 26: Percepção do hóspede em relação à manutenção.

Fonte: Produção do Pesquisador

Conforme demonstrado na ilustração 26, em relação ao setor de manutenção,

no item estado dos equipamentos, 36 hóspedes avaliaram em muito importante, 24

em importante, 8 em indiferente e 2 em pouco importante. No que se referiu sobre

controle de estoque do material, 42 responderam muito importante, 20 importante, 4

indiferente, 3 pouco importante e 1 sem importância.

Quanto ao item que focou no funcionamento dos equipamentos, 36

consideraram muito importante, 24 importante, 7 indiferente e 3 pouco importante.

Na revisão constante dos equipamentos, 41 responderam muito importante, 18

importante, 8 indiferente e 3 pouco importante. No item distribuição dos produtos, 37

consideraram muito importante, 21 importante, 8 indiferente, 3 pouco importante e 1

sem importância.

Na percepção do hóspede, o controle de estoque do material foi o item

considerado o mais importante, totalizando um percentual de 60%. Na visão da

gerência, o funcionamento dos equipamentos é o que considerou relevante.

Verificando que todos os itens são importantes para manter a qualidade dos serviços

prestados pelo hotel, desde o estoque de produtos ao bom funcionamento e

substituição dos mesmos.

A questão sete versa sobre o check-out na percepção dos hóspedes que se

hospedam no hotel, que trata sobre a saída dos mesmos do hotel, como poderá ser

analisado na ilustração 27:

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Ilustração 27: Percepção do hóspede em relação ao check-out. Fonte: Produção do Pesquisador

Na ilustração 27, que objetivou analisar a percepção do hóspede quanto ao

check-out, no item que abordou sobre a agilidade na impressão da nota fiscal do

serviço, 41 responderam muito importante, 20 importante, 7 indiferente, 1 pouco

importante e 1 sem importância. No quesito atendimento, 43 muito importante, 19

importante, 7 indiferente e 1 considerou pouco importante.

No item sobre a agilidade no check-out, 43 responderam muito importante, 23

importante e 4 indiferente. No item cordialidade, 43 consideraram muito importante,

23 importante, 3 indiferente e 1 pouco importante. Quanto ao conhecimento do

funcionário com relação ao processo realizado no check-out, 39 dos hóspedes

responderam muito importante, 25 importante e 6 indiferente.

No questionário aplicado aos hóspedes, tiveram como itens principais em sua

percepção considerando muito importante o atendimento, a agilidade no check-out e

a cordialidade dos colaboradores, tendo um percentual de 61,4%. Portanto, a

gerência respondeu que a agilidade no check-out é mais importante. Nesse

contexto, verifica-se novamente que todos os itens, ao finalizar a hospedagem

consideram-se muito importante, desde a impressão da nota fiscal, a cordialidade

dispensada pelo colaborador para com o hóspede e todos os recepcionistas devem

conhecer o processo de check-out, como é o produto final, deve ser bem realizado.

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A questão oito abrange a percepção dos hóspedes referente aos serviços

extras prestados pelo hotel como salas de reuniões, que poderá ser analisado na

ilustração 28:

Ilustração 28: Percepção do hóspede em relação à serviços extras.

Fonte: Produção do pesquisador

A ilustração 28 focou sobre os serviços extras propostos pelo hotel, além da

hospedagem. Referente à capacidade de pessoas na sala de reuniões, 29 hóspedes

responderam ser muito importante, já 23 disseram ser importante, 13 responderam

indiferente e 5 consideraram pouco importante. Sobre o item disponibilidade da sala

de reuniões, 40 responderam muito importante, 17 importante, 9 indiferente e 4

pouco importante.

No item em que foi referido sobre conforto na sala de reuniões, 41

responderam que o conforto é muito importante, enquanto que 17 consideraram

apenas importante, 8 indiferente e 4 pouco importante. Quanto ao item que

abrangeu sobre equipamentos disponíveis, 36 responderam muito importante, 24

importante, 5 indiferente, 3 pouco importante e 2 sem importância.

No quesito serviço de coffee break, 38 consideraram muito importante, 20

apenas importante, 6 consideraram indiferente e 6 pouco importante. Na percepção

dos hóspedes, o conforto da sala de reuniões foi considerado o item de maior

relevância, com um percentual de 58,6%. Já, a gerência considerou o item de maior

relevância a disponibilidade da sala de reuniões.

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A sala de reuniões torna-se um item importante, porque muitos hóspedes são

representantes comerciais e necessitam de um local para fazer reuniões de

negócios, portanto, necessita de todos os itens que foram citados, tanto a

disponibilidade, quanto conforto, equipamentos disponíveis, capacidade mínima de

pessoas, além de um coffee break para realizar bons negócios e saírem satisfeitos

pelo serviço prestado pelo hotel.

A questão nove é uma questão aberta que teve como objetivo receber

sugestões dos hóspedes referente a melhorias no processo de hospedagem

prestado pelo hotel como podem ser analisados nos itens abaixo:

Ilustração 29: Sugestão de melhoria

Fonte: Produção do pesquisador

Para finalizar o presente estudo, no item 3.4 serão apresentadas as

ferramentas de qualidade para propor melhoria no setor de manutenção.

3.4 FERRAMENTAS DE QUALIDADE PROPOSTAS PARA MELHORIA DA

GESTÃO

Neste item será tratado sobre as ferramentas de qualidade que serão

aplicadas no setor de manutenção. Para complementar o estudo foi realizado um

fluxograma que descreverá todo o mapeamento do setor de manutenção.

Fluxograma serve como representação de todas as atividades realizadas pelo

colaborador responsável do setor. Tem como objetivo demonstrar a forma como é

realizado o processo de manutenção de forma minuciosa. Conforme Castelli,

fluxograma serve como demonstração de todas as atividades realizadas pelo

colaborador de forma criteriosa em um determinado serviço no decorrer do

processo, mostrando as etapas a serem desenvolvidas no local a ser melhorado.

(CASTELLI, 2000).

É muito importante o colaborador conhecer todas as etapas do processo de

manutenção a serem realizadas, verificando sempre a necessidade do conserto no

- Tv a cabo nos apartamentos (15);

- melhoria na rede de internet (10);

- estacionamento coberto (12).

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momento em que o hóspede não estiver no apartamento, manter sempre os

aparelhos em funcionamento para mostrar a qualidade dos serviços oferecidos pelo

hotel.

Para obter qualidade nos serviços prestados no setor de manutenção do

hotel, realizou-se um fluxograma com o objetivo de mapear o processo dos serviços

realizados no setor de manutenção conforme a Ilustração 30:

Ilustração 30:Mapeamento dos serviços prestados pelo setor de manutenção

Fonte: Produção do pesquisador

Na ilustração 30, focou-se no mapeamento do processo realizado na área de

manutenção. O setor de manutenção é composto por um colaborador que é

responsável por todos os pequenos reparos realizados no hotel. O processo inicia-

se a partir do momento em que a camareira entra no apartamento e verifica alguns

reparos a serem feitos. Imediatamente é repassado ao setor de manutenção que

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verifica o que foi solicitado e inicia os pequenos reparos no quarto, como conserto

de chuveiro, tomadas, lâmpadas a serem trocadas, televisor, climatizador, nas pias

se há vazamento, assim como a troca de torneiras para que não fiquem gotejando,

evitando desta forma desperdícios. Também pode verificar reparos nos móveis,

espelhos, entre outros.

No corredor do hotel deve estar sempre atento para a troca de lâmpadas e as

tomadas devem estar sempre em funcionamento para que o hóspede se sinta

confortável. Em cada corredor tem uma sala de estar, a qual deve estar sempre

cuidada para receber os hóspedes e cabe ao setor de manutenção fazer essa

verificação.

O colaborador da manutenção também é responsável pelo setor de

almoxarifado. Neste setor encontram-se os produtos de higiene e bebidas para o

abastecimento dos frigobares dos apartamentos. A partir da verificação realizada

pelas camareiras dos produtos que foram consumidos, avisa-se o colaborador, o

mesmo repassa os produtos para a camareira repor, também é responsável pelo

estoque dos produtos que devem estar sempre prontos para a distribuição e

reposição nos apartamentos. Caso um produto já deu baixa no estoque e está

faltando, deve comunicar a gerência para que esta realize a compra dos produtos

que estão com baixo estoque ou em falta para reposição.

A partir desta análise, será proposta uma ferramenta de qualidade para ser

implantada no setor. A ferramenta que irá suprir a necessidade do reparo é a PDCA,

sendo uma ferramenta que condiz com a manutenção através da necessidade do

planejamento para o conserto solicitado, planeja-se como será realizada a sua

execução, identificando o que foi planejado e sanando a necessidade de correção.

Conforme Maranhão e Macieira, o PDCA tem como meta traçar objetivos,

definindo métodos, planejando a forma de como será executado, avaliando o que foi

realizado e se está de acordo com o que foi solicitado. Se não for executado

corretamente conforme o planejado, terá que retornar e reiniciar todo o processo até

que aconteça a melhoria solicitada (MARANHÃO; MACIEIRA, 2014).

Para melhoria da qualidade dos banheiros que se encontram nos

apartamentos será aplicado um PDCA para a verificação do funcionamento dos

chuveiros, para que este obtenha melhorias e aplique a ferramenta proposta. Porque

os banheiros do hotel precisam de manutenção constante e melhorias porque o

prédio é um dos mais antigos da cidade e não foram acompanhando a

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modernização, sendo que os chuveiros necessitam ser renovados precisando de

constantes ajustes conforme a ilustração 31:

Ilustração 31: Chuveiro do Apartamento Fonte: Produção do pesquisador

A partir da constatação feita, a contar da visita realizada ao hotel, bem como

entrevista com os colaboradores, verificou-se a necessidade de realizar reparos

constantes nos chuveiros propondo-se aplicar a ferramenta PDCA para realizar

melhorias e alcançar a qualidade dos serviços prestados como pode ser visto na

ilustração 32:

Ilustração 32: PDCA – manutenção chuveiro Fonte: Produção do pesquisador

Verificação

do Chuveiro

Após Check-out

dos Hóspedes

antes da saída

das camareiras

Realizar um

Check-List

Realizar

Treinamento

Verificação através

do Check-List e

Mapa de ocupação

Manutenção realizada,

se não for resolvido

revisar Check- List e

retornar ao

planejamento.

Plan

Do

Check

Action

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P – Planejar: nesta etapa será realizada a verificação dos chuveiros nos

apartamentos disponíveis, esta será realizada após o check-out do hóspede do hotel

e antes da saída das camareiras. Se houver necessidade de conserto do chuveiro,

este irá causar sujeiras e as camareiras deverão deixar o ambiente limpo antes de

terminar seu turno de trabalho para o apartamento estar sempre disponível para

novos hóspedes.

D – Executar: essa manutenção deve ser realizada a partir de um check-list.

O colaborador do setor de manutenção receberá um mapa de ocupação dos

apartamentos disponíveis no hotel juntamente com um check-list. Conforme

Linzmayer, check-list é um roteiro que tem como objetivo controlar o funcionamento

de equipamentos listando as prioridades que servirão de apoio para execução das

mesmas, evitando o esquecimento e servindo como instrumento de controle dos

serviços a serem realizados (LIZMAYER, 1994).

Na ilustração 33, demonstra-se um check-list propondo atividades a serem

realizadas na manutenção do chuveiro:

Ilustração 33 – Check-list Fonte: Produção do pesquisador

Conforme o check-list apresentado na ilustração 33, é um roteiro de inspeção

do chuveiro. O colaborador receberá um treinamento para realizar tanto o

preenchimento do check-list, bem como para realizar o serviço proposto de

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manutenção. Para verificar se há vazamento no chuveiro, deverá ser realizado

através do registro do chuveiro, que será testado, a partir de ligar e desligar.

No chuveiro tem o sistema de água quente e fria, para realizar a manutenção

e verificar a temperatura da água, o colaborador irá testar a partir do tato, colocando

sua mão e sentindo como está a temperatura da água. Caso não consiga detectar a

quantidade de calor necessária, irá testar através de um balde, ou seja, colocará

água no balde e colocar um termômetro para analisar a temperatura ideal. Caso o

colaborador precise ajustar a temperatura da água, que não está adequada terá que

ir até a caldeira que fica no subsolo do hotel e verificar se está tudo devidamente

ligado ou se está com falta de óleo na caldeira. Se estiver faltando óleo na caldeira,

a gerência deverá ser imediatamente comunicada, a qual irá providenciar o

abastecimento do óleo que estiver faltando, através de caminhões. Como pode ser

vista na ilustração 34, a caldeira é grande e necessita de caminhão contratado para

os devidos fins:

Ilustração 34: Caldeira do Hotel Fonte: Produção do Pesquisador

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Conforme pode ser visto na Ilustração 34, tem-se a caldeira, o aparelho que

controla seu funcionamento e que deve sempre estar em bom funcionamento para

que a água do chuveiro esteja sempre aquecida na temperatura ideal. O chuveiro

deve ser testado sempre que necessário para verificar se está funcionamento dentro

da normalidade, que é o funcionamento geral, desde o aquecimento da água ao

vazamento.

C – Verificação: a gerência irá realizar a verificação da manutenção a partir do

mapa de ocupação comparando com o check-list analisando o preenchimento das

necessidades solicitadas à manutenção e se o número do apartamento está de

acordo com o mapa de ocupação dos apartamentos disponíveis. Também a

gerência irá apurar se o que está no check-list foi resolvido.

A – Ação: verifica-se se tudo foi resolvido, mas caso constatar que não se

resolveu, deve-se revisar o check-list e se está tudo funcionando normalmente, caso

isso não ocorra, retoma-se o planejamento novamente.

Com essas etapas realizadas, conclui-se o PDCA realizado no hotel,

constatando se tudo foi realizado conforme solicitado para melhoria do

funcionamento dos equipamentos, nesse caso, o chuveiro que deve estar apto para

receber hóspedes e fornecer água com temperatura agradável.

Para concluir esta etapa, propõe-se neste setor, a aplicação da ferramenta

5W2H. É uma ferramenta que sugere um plano de ação para que se sucedam

melhorias dos equipamentos. O plano de ação 5W2H pode ser visto na ilustração

35:

O que fazer Como fazer Quem fará Onde será

realizado

Prazo Quanto custa

Treinamento do colaborador

Explicar como realiza o preenchimento do check list e como fazer manutenção adequada.

O colaborador da manutenção

No hotel em estudo.

Mensalmente R$ 350,00 mensais

Troca de mobília dos apartamentos.

Substituir mobílias antigas por modernas.

Gerência do Hotel.

Apartamentos. No período de um ano.

R$ 6.500,00 por apartamento.

Ilustração 35 – Plano de ação 5W2H Fonte: Produção do Pesquisador

Há uma grande necessidade de aplicação de ferramentas de qualidade para

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melhorias a serem feitas no hotel, como pode ser analisado na ilustração 35. A

ferramenta 5W2H, é um plano de ação que pode ser realizado a longo prazo, mas

que poderá trazer grandes benefícios para o hotel, modernizando-o e inovando de

uma forma com que satisfaça os hóspedes e sintam-se bem acolhidos e retornem ao

hotel, quando considerar necessário.

Tanto a ferramenta PDCA como a 5W2H, visam propor melhorias para o hotel

em estudo. Sabe-se da importância de inovar para buscar novos hóspedes e manter

os que o hotel possui. Para tanto, estas sugestões servem de roteiro para que o

hotel cresça no mercado e os colaboradores estejam aptos e treinados para atender

a demanda do mercado competitivo no ramo de hotelaria e o hotel esteja sempre em

constante atualização e verificação de melhorias necessárias para atender seus

hóspedes suprindo suas expectativas.

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4 RECOMENDAÇÕES

Neste capítulo serão propostas as sugestões de melhorias a serem aplicadas

no hotel para que este esteja em constante inovação acompanhando as

necessidades do hóspede e obtendo uma gestão de qualidade.

A partir da pesquisa realizada no Hotel Rigo nos meses de setembro a

outubro de 2016, foram verificadas algumas necessidades que o hotel possui para

realizar um trabalho de qualidade. A partir de entrevistas realizadas com a gerência,

colaboradores e hóspedes, foram selecionadas algumas prioridades de relevância

para serem aplicadas no hotel em estudo.

Foram realizadas questões com os colaboradores nas quais verificou-se que

há uma grande necessidade de realizar reuniões quinzenais para repassar a todos

os colaboradores as funções que exercem no hotel. Sugere-se, neste caso, a

aplicação da ferramenta brainstorming, que tem como objetivo cada colaborador

expor suas ideias e que serão debatidos e propostos planos de ação de melhoria

contínua.

Sugere-se também uma auditoria interna com pessoas capacitadas e

treinadas para que possam verificar o motivo em que a gerência não está em

sintonia com seus colaboradores e analisar o motivo pelo qual não se está

investindo em melhorias para suprir as expectativas e demandas dos hóspedes,

apontando os erros e sugerindo resultados.

A partir das questões aplicadas tanto para os colaboradores quanto aos

hóspedes, citaram que devem haver melhorias em alguns pontos estratégicos como

a Tv a cabo, melhoria na internet, modernizar a mobília dos apartamentos e

estacionamento coberto. Vive-se na era da informação, para tanto, é necessário

modernizar o hotel quanto a rede de internet, sendo mais rápida e atender a

demanda, sendo que o hotel recebe muitos viajantes que vêm a trabalho e

necessitam fazer pedidos online o que acaba atrapalhando.

Quanto à garagem, sugere-se realizar uma cobertura para todos os carros

que são dos hóspedes, não havendo espaço suficiente para todos, gerando

transtornos para os mesmos.

Há também uma grande necessidade de informatização do sistema, deve

haver a implantação de um programa específico para realização das etapas dos

processos que se realizam no hotel. Que possa identificar a quantidade de hóspedes

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do mês, bem como o mapa de ocupação poder estar disponível para ser consultado

no computador e irá facilitar o trabalho do colaborador.

Também sugere-se adquirir carrinhos que transportam bagagens pesadas

para dentro do hotel, sendo um diferencial para o hotel. Outro ponto importante, é

adquirir carrinhos para transportar produtos de limpeza e rouparia para amenizar e

facilitar o trabalho das camareiras.

Propõem-se que se aplique as ferramentas PDCA e 5W2H, bem como o

check-list em outros setores do hotel, porque são planos de ação e roteiros que irão

perceber a necessidade de melhorias em todos os setores do hotel, e que irão

facilitar a gestão de qualidade e fazer com que o hotel esteja em constante

atualização.

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CONCLUSÃO

A rede hoteleira é um ramo de atuação altamente competitivo, através da

conquista e busca de novos hóspedes e as facilidades de encontrar e fazer reserva

no hotel, tornou-se cada vez mais procurado, sendo um diferencial para o hotel.

Atualmente, tem-se a facilidade em contatar os serviços de um hotel via online ou

telefone. Mas, a qualidade e os serviços oferecidos pelo hotel são a parte de maior

importância dentro da organização, sendo um ponto de grande relevância nesse

ramo. Os hóspedes encontram-se satisfeitos no momento em que os serviços

oferecidos pelo hotel sejam de qualidade como: o bom atendimento, a rapidez,

organização, limpeza do apartamento, bem como a prestação de serviço de

qualidade oferecida pelo colaborador e a gerência do hotel.

O estudo proposto teve como tema a Gestão de Qualidade no serviço de

hospedagem em empresa hoteleira. Para tanto, deu-se continuidade ao presente

estudo que teve como objetivo geral analisar a percepção da qualidade no serviço

de hospedagem.

Realizaram-se várias visitas ao hotel durante o período de coleta de dados,

consultaram-se documentos fornecidos pela gerência para compreender como era

realizado o serviço de hospedagem no hotel, assim como, os serviços que o hotel

prestava, e conhecer as suas etapas para verificar a percepção da gestão da

qualidade. Primeiramente, conversou-se com a gerência, a qual respondeu questões

referentes aos serviços prestados aos hóspedes, desde a sua reserva realizada via

online, telefone, até sua saída do hotel realizando o ckeck-out.

Sabe-se que os serviços prestados pela gerência e pelos colaboradores é que

vão determinar a fidelização ou não deste hóspede, bem como conquistar novos.

Pesquisou-se em diversas obras que trataram sobre o tema proposto para alcançar

os objetivos elaborados neste trabalho. Realizou-se um fluxograma do processo dos

serviços prestados pelo hotel descrevendo todas as etapas, observando possíveis

melhorias que podem ser feitas no hotel, com o intuito da satisfação do cliente.

Através de pesquisa feita com colaboradores, verificou-se analisar a sua

percepção referente aos processos de serviços realizados dentro do hotel em

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estudo, bem como realizou-se pesquisa com os hóspedes para saber qual sua

percepção frente aos serviços de hospedagem realizados pelo hotel.

Para alcançar o primeiro objetivo específico que era o mapeamento do

processo de serviço de hospedagem, observando as etapas que o compõe, que teve

a sua realização no 3.1, foi realizada uma entrevista com perguntas abertas com o

gestor e a gerência, onde descreveu-se todo o mapeamento do serviço de

hospedagem e também o mapeamento de cada serviço que o hotel oferece, através

da realização desta entrevista verificou-se com a gerência, os pontos de maior

importância na sua percepção referente à qualidade.

Após realizar todo o mapeamento do processo, realizou-se uma entrevista

com os colaboradores para analisar a sua percepção frente a gestão dos processos

no serviço de hospedagem. Este objetivo foi alcançado no item 3.2 a partir da

pesquisa realizada com os colaboradores ao qual teve 9 questões objetivas onde

cada colaborador pôde responder, a partir da sua percepção o que era importante

referente à qualidade, também teve uma questão aberta que tratava-se de

sugestões, partiu-se para a análise das mesmas, sendo que todos os colaboradores

participaram da pesquisa, mas cada um dentro de seu setor, o qual verificou-se a

importância de que todos os colaboradores devam conhecer todos os processos do

serviço de hospedagem, mesmo que não trabalhe no setor questionado, deve haver

uma consonância entre todos.

Para responder ao terceiro objetivo que foi pesquisar junto aos hóspedes a

sua percepção referente à qualidade do serviço de hospedagem que se realizou no

item 3.3, uma pesquisa junto aos hóspedes, sendo um questionário que enfocava

todos os serviços prestados pelo hotel no período em estudo que foi do mês de

setembro a outubro de 2016, no qual o questionário foi entregue a todos os

hóspedes que estiveram nesse período no hotel. A partir do que os hóspedes

responderam foi-se percebendo qual a maior relevância em sua percepção quanto

aos serviços prestados e foram destacados os pontos de maior relevância.

Para concluir o trabalho proposto, alcançou-se o último objetivo que foi no

item 3.4 que tinha como finalidade propor ferramentas de gestão na melhoria do

processo, a partir das constatações obtidas no estudo. Para complementar o estudo,

aplicou-se a ferramenta de qualidade PDCA no quarto, num determinado produto

que foi o chuveiro, descrevendo todas as suas etapas para melhoria do mesmo e

atender bem o hóspede satisfazendo suas expectativas. Também foi aplicada a

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ferramenta 5W2H, para repassar todos os processos realizados pelo setor de

manutenção, para que os hóspedes saiam sempre satisfeitos pelo serviço prestado

no hotel. A partir de um plano de ação, mostrou-se como estas ferramentas podem

ser desenvolvidas no Hotel Rigo, planejando as tarefas necessárias, controlando-as

mantendo sempre um serviço de qualidade alcançando o quarto objetivo proposto

no estudo.

A partir da pesquisa realizada, houve algumas recomendações para serem

implantadas no hotel, visando melhorias nos serviços do mesmo. Como

modernização da internet, devido ao hotel ter hóspedes que trabalham para

empresas de fora e necessitam fazer seus pedidos via online, melhorar alguns

produtos como o chuveiro, alguns móveis trocando por mobília mais moderna, já que

são móveis mais antigos, melhorar a garagem ampliando para garagem coberta,

entre outras sugestões.

Verifica-se, portanto, que o objetivo que se propôs o estudo em questão foi

alcançado junto ao Rigo Hotel, os quais foram descritos e mapeados todos os

processos dos serviços prestados pelo hotel, bem como a análise realizada a partir

da entrevista feita com a gerência e a pesquisa de qualidade dos serviços com

colaboradores e hóspedes.

Tratou-se de um estudo de caso muito importante, tanto para o acadêmico

quanto para o Hotel. Para o acadêmico porque aprimorou seu conhecimento, além

de conhecer como funciona todo o serviço prestado pelo Hotel. Para o hotel foi

importante a partir das sugestões de melhoria a serem implantadas para que este se

mantenha no mercado cada vez mais acirrado que é a rede hoteleira, agilizando

seus serviços e mantendo qualidade e rapidez nos serviços prestados.

Para se manter neste mercado, é necessário planejar ações que priorizem a

qualidade e o bom atendimento dos serviços prestados, bem como deve haver

sintonia entre a gerência e colaboradores para que os hóspedes se sintam

satisfeitos e que suas expectativas almejadas sejam alcançadas, no entanto

propõem se novos estudos na pesquisa realizada para que se cada vez se aprimore

a qualidade no serviço de hospedagem.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Questionário para entrevista ao gestor e gerência

1) O que é serviço de hospedagem?

2) Descreva o processo de serviço de hospedagem desde o check- in até o

check- out?

3) Descreva como é realizado o processo de serviço dentro de cada setor do

hotel e o relato dos pontos de maior relevância na sua percepção referente à

qualidade nestes setores?

4) Percebe possibilidade de melhoria no processo de hospedagem? Quais?

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APÊNDICE B - Questionário para Pesquisa com os Colaboradores

Prezado colaborador, a presente pesquisa busca subsídios para melhorar o processo de hospedagem do Hotel Rigo, sendo que a mesma faz parte do trabalho de conclusão de curso de Luana de Mello, acadêmica do curso de Ciências Contábeis das Faculdades Integradas Machado de Assis. Sua participação na pesquisa será muito importante, ao qual a acadêmica agradece. 1. Há quanto tempo trabalha no setor de hospedagem? Nas questões 2 a 9 ordene as respostas por ordem de importância: Muito Importante 2- Importante 3- Indiferente 4-Pouco Importante 5- Sem Importância. 2. Em relação ao serviço de recepção, numa escala enumere de forma a importância da qualidade dos serviços realizados: ( ) Responder o e-mail ao hóspede com rapidez, clareza e objetividade; ( ) Receber o hóspede com cortesia; ( ) Preço; ( ) Atendimento ao telefone; ( ) Acompanhar o hóspede até o apartamento; 3. Serviço de hospedagem/ quarto, qual o grau de importância em uma escala em relação à qualidade. ( ) Arrumação da cama; ( ) Limpeza do quarto; ( ) Colchão/ travesseiro confortável; ( ) Internet no apartamento; ( ) Tv acabo no apartamento; 4. Banheiro no quarto qual o grau de importância, em uma escala em relação á qualidade do banheiro. ( ) Limpeza do banheiro; ( ) Chuveiro de qualidade e água quente; ( ) Funcionamento dos equipamentos do banheiro; ( ) Toalhas limpas; ( ) Equipamentos (secador/ tomadas); 5. Café da manhã, qual o grau de importância em uma escala com relação à qualidade. ( ) Apresentação do buffet; ( ) Diversidades de alimentos servidos; ( ) Qualidade dos produtos; ( ) Atendimento; ( ) Ambiente em um todo;

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6. Lavanderia, qual o grau de importância em uma escala, em relação á qualidade. ( ) Limpeza das roupas; ( ) Estado das roupas de cama e banho; ( ) Roupa de cama bem passada; ( ) Roupa de cama e banho perfumada; ( ) Agilidade do trabalho na lavanderia; 7. Manutenção, qual o grau de importância em uma escala, em relação á qualidade. ( ) Estado dos equipamentos; ( ) Controle de estoque do material; ( ) Funcionamento dos equipamentos; ( ) Revisão constante dos equipamentos; ( ) Distribuição dos produtos; 8. Check-out, na recepção qual o grau de importância em uma escala, relação à qualidade. ( ) Agilidade na impressão da nota fiscal do serviço; ( ) Atendimento; ( ) Agilidade no check-out; ( ) Cordialidade; ( ) Conhecimento do funcionário com relação ao processo realizado no check- out; 9. Serviço extra do hotel, salas de reuniões, qual o grau de importância em uma escala, em relação à qualidade. ( ) Capacidade de pessoas; ( ) Disponibilidade da sala de reunião; ( ) Conforto da sala de reunião; ( ) Equipamentos disponíveis; ( ) Serviço de coffee break; 10. Sugestões para que o processo de hospedagem melhore: ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................

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APÊNDICE C - Questionário para Pesquisa com os Hóspedes

Prezado hóspede, a presente pesquisa busca subsídios para melhorar o processo de hospedagem do Hotel Rigo, sendo que a mesma faz parte do trabalho de conclusão de curso de Luana de Mello, acadêmica do curso de Ciências Contábeis das Faculdades Integradas Machado de Assis. Sua participação na pesquisa será muito importante, ao qual o hotel e a acadêmica agradecem.

Nas questões 1 a 8 ordene as respostas por ordem de importância: Muito Importante 2- Importante 3- Indiferente 4-Pouco Importante 5- Sem Importância. 1. Em relação ao serviço de recepção, numa escala enumere de forma a importância da qualidade dos serviços realizados: ( ) Responder o e-mail ao hóspede com rapidez, clareza e objetividade; ( ) Receber o hóspede com cortesia; ( ) Preço; ( ) Atendimento ao telefone; ( ) Acompanhar o hóspede até o apartamento; 2. Serviço de hospedagem/ quarto, qual o grau de importância em uma escala em relação à qualidade. ( ) Arrumação da cama; ( ) Limpeza do quarto; ( ) Colchão/ travesseiro confortável; ( ) Internet no apartamento; ( ) Tv acabo no apartamento; 3. Banheiro no quarto qual o grau de importância, em uma escala em relação á qualidade do banheiro. ( ) Limpeza do banheiro; ( ) Chuveiro de qualidade e água quente; ( ) Funcionamento dos equipamentos do banheiro; ( ) Toalhas limpas; ( ) Equipamentos (secador/ tomadas); 4. Café da manhã, qual o grau de importância em uma escala com relação à qualidade. ( ) Apresentação do buffet; ( ) Diversidades de alimentos servidos; ( ) Qualidade dos produtos; ( ) Atendimento; ( ) Ambiente em um todo; 5. Lavanderia, qual o grau de importância em uma escala, em relação á qualidade.

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( ) Limpeza das roupas; ( ) Estado das roupas de cama e banho; ( ) Roupa de cama bem passada; ( ) Roupa de cama e banho perfumada; ( ) Agilidade do trabalho na lavanderia; 6. Manutenção, qual o grau de importância em uma escala, em relação á qualidade. ( ) Estado dos equipamentos; ( ) Controle de estoque do material; ( ) Funcionamento dos equipamentos; ( ) Revisão constante dos equipamentos; ( ) Distribuição dos produtos; 7. Check-out, na recepção qual o grau de importância em uma escala, relação à qualidade. ( ) Agilidade na impressão da nota fiscal do serviço; ( ) Atendimento; ( ) Agilidade no check-out; ( ) Cordialidade; ( ) Conhecimento do funcionário com relação ao processo realizado no check- out; 8. Serviço extra do hotel, salas de reuniões, qual o grau de importância em uma escala, em relação à qualidade. ( ) Capacidade de pessoas; ( ) Disponibilidade da sala de reunião; ( ) Conforto da sala de reunião; ( ) Equipamentos disponíveis; ( ) Serviço de coffee break; 9. Sugestões para que o processo de hospedagem melhore: ............................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................