Fundado em 24 de fevereiro de 2007 - revistaartereal.com.br · em uma noite límpida do campo não...

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Fundado em 24 de fevereiro de 2007

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Fundado em 24 de fevereiro de 2007

EditorialEditorial____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Ao cumprir o teu dever permaneça desapegado de qualquer

espécie de resultado; conserva tua mente totalmente

concentrada e afasta de ti toda preocupação.

Mediante esta renúncia atingirás a meta

superior que se galga através

da ioga do Conhecimento.

Professor Henrique José de Souza

hegamos à edição de nº 9 deste informativo. Nesses nove meses de profícuo trabalho em prol da cultura maçônica atingimos expressivos e maravilhosos resultados que muito têm nos surpreendido. Esses se traduzem em diversas

mensagens que nos chegam todos os dias, de todas as partes do Brasil e do exterior, bordadas por belas e calorosas palavras de incentivo, o que aumenta em muito nossa responsabilidade de produzir um trabalho, cada vez mais, com um padrão de qualidade ainda mais elevado.

C

Esta edição exalta a efeméride maçônica do mês de novembro – a Proclamação da República do Brasil.

Na coluna Destaques, na matéria “Somos Pintores desse Quadro” chamamos atenção, mais uma vez, para necessidade de uma postura digna, como cidadãos. Convocando a uma reeducação em todos os níveis, lembramos que somos referências para futuras gerações e nossos exemplos serão o melhor legado que poderemos deixar para nossos filhos e netos.

Ainda nessa coluna damos destaque também às matérias “O Caminho a Seguir” de Aluysio Robalinho, matéria que inspirou a ilustração da Capa desta edição e que nos conscientiza de nossa caminhada espiritual, tratando em pormenores a necessidade de focarmos atenção em nosso processo evolutivo; e a matéria “O Futuro da Humanidade e a Civilização Solar” de autoria de Paulo Roberto Medeiros sobre os aspectos esotéricos da cidade de Brasília e seus mistérios.

Na coluna Trabalhos, através da matéria “Os Bastidores da República” de autoria do escritor, historiador e pesquisador maçônico João Ferreira Durão, apresentamos uma versão pouco conhecida e um tanto diferente daquele que encontramos nos livros escolares. Já a matéria “Igualdade” é um texto muito elucidativo do escritor e conferencista maçônico Anatoli Oliynik que nos brinda e nos honra estreando em nosso informativo.

Ainda nesta edição temos também trabalhos dos Irmãos Ernani Souza - “Egregore Maçônico” e Raul Teixeira - “A Paz nasce no Lar”. Nossos Irmãos colaboradores é que fazem, através de suas matérias, o Arte Real ser um grande sucesso a cada edição. Muito devemos a esses valorosos Irmãos que, gentilmente, dispensam parte de seu precioso tempo para elaborarem, altruisticamente, preciosos textos para saciar a sede do saber de todos nós.

Muito devemos também a você leitor que nos acolhe mensalmente e nos honra com mensagens de carinho e reconhecimento por esse trabalho. Não poderíamos nos furtar em agradecer aos nossos Irmãos e parceiros anunciantes que nos ajudam a produzir este periódico que, pela seriedade com que trata os assuntos em prol da cultura maçônica, tornou-se um referencial em termos de revista virtual.

Muito me orgulho estar à frente deste trabalho e rogo ao G∴A∴D∴U∴que nos dê determinação, sabedoria e consciência para que continuemos firmes nesta altruística empreitada de levar a cultura maçônica a todos nossos Irmãos.

Que isto se cumpra!

Arte RealArte Real________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Arte Real é um informativo maçônico virtual de publicação mensal que se apresenta como o mais novo canal de informação, integração e incentivo à cultura maçônica em todo o Brasil, especialmente às Lojas do Sul de Minas de

Gerais. O

Editor Responsável: Francisco Feitosa da Fonseca.Colaboradores nesta edição: Aluysio Robalinho – Anatoli Oliynik Ernani Souza – Hugo Leonardo Wanderley Borges - João Ferreira Durão

Paulo Roberto Medeiros – Raul Teixeira.Texto da Capa: Pensamento do Professor Henrique José de Souza.Contatos: [email protected] ou [email protected] Empresas Patrocinadoras: Arte Fios – Aquecedores Solar Argus e Belosol - Condomínio Recanto dos Carvalhos CH Dedetizadora – CONCIV Construções Civis - CFC Objetiva Auto Escola - Churrasqueiras ARKE – Maqtem Santana Pneus – SBS Mármores e Granitos - Sul Minas Laboratório Fotográfico .Distribuição gratuita via Internet.

Os textos editados são de inteira responsabilidade dos signatários.

Nesta EdiçãoNesta Edição________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Texto da Capa – O Caminho a Seguir!.............................CapaEditorial...................................................................................2Matéria da Capa – O Caminho a Seguir!...............................3Destaque - Somos Nós os Pintores desse Quadro..................4Destaque - A Ordem DeMolay................................................5Destaque – O Futuro da Humanidade e a Civilização Solar..6

Trabalhos – Os Bastidores da Proclamação da República.....9Trabalhos - Igualdade...........................................................12 Trabalhos - Egrégore Maçônico...........................................14 Ritos Maçônicos – Rito de York – Simbolismo e Altos Graus..16Reflexões – A Paz Nasce no Lar............................................17Boas Dicas – E-book / Site /Edições Anteriores........17

Matéria da CapaMatéria da Capa______________________________________________________________________________________________________________________________

O Caminho a SeguirO Caminho a SeguirAluysio Robalinho

a conquista da Sabedoria divina reside a única e verdadeira causa de nossa existência no globo em

que vivemos. Adquirir a sabedoria Divina é elevar-se aos mais altos planos espirituais do universo, aos quais, por direito e dever, tem o homem que ascender. È a suprema realização da natureza humana, condição “sine qua non” de um perfeito desenrolar evolucional dos seres que fazem parte deste grande conjunto chamado humanidade! Sim, a humanidade é, potencialmente, capa de realizar este “opus magnum”, mas deixa, com freqüência, que se deteriore dentro de si mesma a semente preciosa que a faria descobrir as Chaves que abrem as portas da Sabedoria, eliminando, assim, todas as dúvidas e incertezas e conduzindo-a à realização do Bem, Bom e do Belo.

N

Descobrir a Verdade é ultrapassar a mentira, vencer a ignorância, desvendar os mistérios que envolvem o homem – cego e surdo, neste final de ciclo apodrecido e gasto – e despertar a divindade no imo de cada Ser, como a Centelha de uma Chama Única, que rege a tudo e a todos, no grande concerto universal da evolução dos universos...

Como pode o homem, ligado que está a esta suprema Unidade, viver na ignorância, desconhecendo a própria causa que o chamou a existir? Tudo para o homem vulgar é mistério. Ele olha a sua volta e só mistério aparece... A própria ciência oficial tenta, em vão, explicar o transcendente ou divino através de uma redução qualitativa, ou seja, de um enfoque estritamente materialista.

O verdadeiro pesquisador, no entanto, pressente que, por detrás destes espessos véus de ilusão, se oculta um outro mundo, onde arde o Fogo Purificador, que ilumina aquele que permitiu o desabrochar do seu Deus Interior... Quem é que, em uma noite límpida do campo não contemplou ainda o pálio luminoso, formado por milhões d pontos brilhantes, e sentiu aquela misteriosa emoção abafada, bem diferente das emoções cotidianas, a nos segredar no imo que o céu e o homem são uma só coisa, na razão de Macrocosmo e Microcosmo?

O homem contém dentro de si mesmo o universo, em todos os seus aspectos, e por isso mesmo, tem ele o DEVER de expressar em sua vida a perfeição e a harmonia que existe no Todo! Mas o homem atual está cego de espírito e não mais vê o

que a natureza não se cansa de lhe ensinar na aurora de cada dia, qual seja que é preciso fazer com que nasça também o Sol Interior de cada criatura, para livrá-la das sombras da noite espiritual, a terrível ignorância...

Ora, a Eubiose é, justamente, o elo que une o homem à sua verdadeira natureza, que é cósmica. Por isso, reintegra-o no Todo, na Causa das Causas, de onde todos proviemos e para onde havemos de retornar. Com isso, nós, seres humanos, deixamos de ser meros espectadores do drama

vivencial para nos tornarmos verdadeiros atores, participantes da grande trajetória da evolução universal.

De fato, o Ser humano ao usar sua Vontade e Inteligência é o senhor do seu destino! Desse modo, ou ele se eleva espiritualmente, pondo-se de acordo com a Lei que a Tudo e a Todos rege, ou entra em um processo de autodestruição, ao contrariar a Lei.

Sim porque no universo tudo está em constante evolução e, portanto, aquilo que não evolui morre! E esta é a verdadeira morte: a morte espiritual... O evoluir redunda de um consciencioso trabalho, de um continuado esforço no

sentido do aprimoramento do Caráter e do desenvolvimento da Cultura. É, de fato, um caminho árduo, difícil mesmo, mas tem que ser percorrido integralmente por todos os seres humanos, porquanto evoluir não constitui uma OPÇÃO, mas sim uma OBRIGAÇÃO! Portanto, mãos à OBRA!...

*texto extraído da revista “Aquarius” da Sociedade Brasileira de Eubiose - SBE, edição nº 11 – setembro de 1977.

** o autor dessa matéria é Membro da SBE.

Sondagem Geotécnica - Estaqueamento

Projetos e Obras Civis – Laudos PericiaisIr∴HAMILTON S. SILVEIRAENGENHEIRO CIVIL GEOTÉCNICO

CREA 35679/D-RJ

( (35) 3332-2353 / [email protected]

Rua Andradas 240/12 – S. Lourenço - MG

DestaquesDestaques______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Somos Somos Nós Nós os Pintores desse Quadroos Pintores desse QuadroFrancisco Feitosa

ida que vai! Escândalos e mais escândalos. Desde 2003 até junho de 2007 a estatística registrou 102 casos de

escândalos envolvendo o Governo Federal. Isso dá em média cerca de 1 escândalo a cada 15 dias.

VEscândalo - Indignação provocada por um mau

exemplo, ou ação vergonhosa, leviana, indecente – assim definida por Aurélio Buarque de Holanda. Já não abala tanto assim nossa sensibilidade. A verdade é que estamos acostumados com isso.

Há quem diga que aquele político roubou sim, mas fez alguma coisa. Ou também: ele roubou sim, é verdade, mas perto de fulano, isso não é nada!

Misturadas a programação normal e as propagandas de TV começam a surgir, geralmente no mês de outubro do ano que antecede à eleição, as propagandas dos partidos políticos. Todas enfatizando a ética, a moral, o respeito ao eleitor. Balelas!

A população preocupada com o desfecho das novelas ou muitas vezes mais interessada nos lastimáveis episódios dos programas humorísticos, como os “Cassetas e Planetas da vida”, preferem rir de sua própria sorte, pensando estarem rindo das piadas sobre os políticos e seus intermináveis escândalos.

Não resta menor dúvida de que nossos políticos pertencem a uma classe que passa muito longe de receber o mínimo de aprovação da população. O quadro caótico da política brasileira é cinzento, sombrio, nojento e repugnante.

Platão já afirma que “quem não gosta de política permite aos que gostam governarem seus destinos!”

Difícil gostar de política no Brasil. Chega ser uma utopia!

Em quem acreditar? Em quem devemos votar? Aliás, você se lembra em quem você votou no último pleito? Talvez esteja aí o cerne da questão.

Enquanto não nos comprometermos como cidadãos nossos políticos não se comprometerão como representantes do povo. O processo é diretamente proporcional.

Precisamos de uma total reeducação. O que temos que combater não é um grupo de políticos que está no poder, mas uma cultura. A cultura de levar vantagem, do toma lá dá cá, do jeitinho, do mais fácil.

Antes de nos revoltarmos com os políticos que nós mesmos elegemos precisamos olhar para nosso próprio umbigo; para dentro de nossa casa; da empresa em que trabalhamos.

Pense comigo: enquanto, acharmos normal e estivermos “furtando” material de escritório da empresa em que trabalhamos para usar em casa ou, até, completarmos o material de escola de nosso filho; enquanto pagarmos a “cervejinha” para o guarda não escrever a multa de trânsito; enquanto oferecermos uma bicicleta para nosso filho passar de

ano na escola; enquanto subornarmos o funcionário público para acelerar o andamento um processo; enquanto acharmos normal essa postura, qualquer manifestação de revolta com os escândalos da política brasileira é mentirosa, desnecessária.

Uma transformação começa de dentro para fora! Começa dentro de cada um de nós avaliando e modificando nossa postura diante dos fatos. Precisamos de sinceridade e comprometimento. Principalmente, nós Iniciados Maçons, temos que ter compromisso com a Verdade e precisamos, mais do que tudo, sermos exemplos.

Meus Irmãos, sempre estivemos envolvidos e comprometidos com os interesses da sociedade. Não podemos nos debruçar nos feitos de valorosos Irmãos do passado e continuarmos ostentando um símbolo maçônico se não somos dignos deles. Mais do que nunca está na hora de uma

reavaliação e reeducação de nossas posturas, para aí sim, sermos dignos e termos o direito de virarmos essa página da história política do Brasil.

As eleições, pouco a pouco, se aproximam e se continuarmos às margens dos interesses da população nada mudará. Se não exercermos a cidadania, lembrando que tal exercício não acontece apenas no dia da eleição e sim com nossa criteriosa avaliação dos candidatos; sua escolha e contínuo acompanhamento; fiscalização de sua gestão, os políticos eleitos não se

comprometeram e não serão dignos de seus cargos.Paralelo a tudo isso precisamos ser melhores pais,

maridos e não permitir que nossos filhos sejam adotados pelos maus hábitos causados, na maioria das vezes, por nosso descaso, por nossa falta de bons exemplos e por nossa falta de participação.

Ainda estamos de posse dos pinceis e tintas. Podemos e devemos, desde já, pintar um quadro político com cores mais alegres, com mais luzes e efeitos. Os reflexos do quadro que começaremos a pintar hoje serão percebidos futuramente por nossos filhos e netos.

Leitor ostente sua paleta, empunhe seu pincel e seja digno de seu voto. Afinal somos nós os pintores desse quadro!

DestaquesDestaques______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Ordem DeMolay*A Ordem DeMolay*Investimento para o futuro, servindo a juventude!

principal propósito da Ordem DeMolay é a preparação de melhores cidadãos e a criação de líderes através do desenvolvimento do caráter, enfatizando as Virtudes do Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas,

Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo. Todo programa de um Capítulo DeMolay está apoiado nestas Sete Virtudes.

OA Ordem DeMolay não tem a pretensão e não deseja tomar o lugar do lar, da igreja ou da escola nessa busca do

aperfeiçoamento, mas, sim, coadjuva-los com um programa de ensinamentos visando uma boa cidadania a seus membros. A Ordem DeMolay obtém seu objetivo oferecendo a esses jovens em sua juventude o seguinte:

• Saudável ocupação em suas horas livres;• Dignos associados e bons amigos;• O melhor dos ambientes;

• Interessante e completo programa que atende todas as atividades do desenvolvimento juvenil.

Porém, como em qualquer outra atividade, um membro somente receberá da Ordem DeMolay na proporção de sua própria colaboração. Participando sinceramente das atividades do Capítulo ele verificará que receberá substancial retorno material e espiritual. Fará verdadeiras amizades e aprenderá a ter responsabilidade e autoconfiança. Os propósitos da Ordem DeMolay têm assumido novo valor e significado devido as modernas tendências da juventude em sua busca de maior independência da tutela de seus pais e das normas estabelecidas procurando encontrar uma nova auto-identidade.

O verdadeiro coração da Ordem DeMolay - seu Ritual - é um excelente meio de eliminar qualquer sentimento juvenil de inutilidade e ao contrario dar aos jovens a certeza de ser alguém. Do mesmo modo, o incremento da atenção dos DeMolays para com os projetos caritativos tendo em vista os menos afortunados têm produzido grandes resultados na comunidade. Estas são significativas atividades que dão a cada participante da Ordem DeMolay um senso de satisfação por estar contribuindo na ajuda à humanidade, tornando o mundo um melhor lugar para todas as pessoas.

Tanto os Consultores como os Oficiais e membros dos Capítulos devem fazer o máximo para manter um programa interessante providenciando para que todos participem, aproveitando de forma agradável e útil seu tempo disponível.

A Ordem DeMolay não pretende ser um pequeno grupo dentro da comunidade, mas, sim, uma organização que fará todo o possível para trazer para seu meio todo jovem que se encontre nas condições exigidas.

Os objetivos da Ordem DeMolay são metas que os líderes e todos os demais devem se esforçar por alcançar não somente nos dias das sessões, nas duas vezes por mês em que se encontrarão nas reuniões do Capítulo, mas sim em cada momento de suas vidas, em todos os dias, em todas as suas atividades.

• Um DeMolay serve a Deus;

• Um DeMolay respeita todas as mulheres;

• Um DeMolay é honesto;

• Um DeMolay ama e honra seus pais;

• Um DeMolay é leal aos ideais e aos amigos;

• Um DeMolay cumpre sua palavra;

• Um DeMolay é educado;

• Um DeMolay é puro e leal;

• Um DeMolay é patriota na paz e na guerra;

• Um DeMolay luta contra o analfabetismo;

• Um DeMolay cumpre as leis;

• Um DeMolay por preceito e exemplo deve preservar a boa conduta a que livremente se comprometeu.

A história da OrdemUm menino, um homem e uma idéia. Estes foram os principais elementos formadores da semente da Ordem DeMolay,

que, ao ser plantada e cultivada, se desenvolveu, está crescendo e dando muitos frutos. Atualmente, milhões de jovens, em todo o mundo, são membros ativos e Seniores DeMolay.

O nome do menino era Louis Lower, tinha 16 anos de idade, era órfão de pai e estudava numa escola de segundo grau na Cidade de Kansas, Estado de Missouri, nos Estados Unidos. O nome do homem era Frank Sherman Land, tinha 29 anos de idade, exercia o cargo de secretário social dos corpos da Maçonaria em Kansas. Era casado, não tinha, filhos, mas se interessava muito pelos jovens e suas atividades. A idéia era formar um clube ou associação de rapazes que pudesse proporcionar a eles, entre outras coisas, uma aproximação maior de homens com mais idade e maior experiência, dando conselhos e mostrando o caminho para serem melhores filhos, bons cidadãos e grandes líderes da juventude durante os anos de formação de suas vidas. Com isso, os mais velhos estariam ajudando os mais novos a se prepararem para a maioridade próxima.

A semente foi plantada no ano de 1919, quando Frank S. Land empregou em seu escritório o jovem Louis Lower, assim ele estaria ajudando financeiramente sua família. Desde então nasceu uma grande amizade entre os dois, Louis passou a chamar Frank de “Dad Land” (Dad é uma expressão da língua inglesa, coloquial, carinhosamente utilizada como referência à figura do pai natural inglês ou alguém que o represente) por ver nele o exemplo de homem que seu verdadeiro pai havia lhe dado; em troca recebeu o apelido de “Louie”.

Um certo dia, Dad Land estava conversando com Louie a respeito das atividades que os jovens realizavam e os lugares que eles freqüentavam nas horas de lazer. Durante a conversa Land sugeriu que, juntamente com seus amigos, o rapaz formasse um grupo e fossem a um encontro em um prédio da Maçonaria, onde ele lhes falaria sobre uma idéia, guardada já há algum tempo. Louie gostou muito da sugestão e convidou 08 (oito) amigos seus para que, com ele, fossem àquele local na semana seguinte.

Esse primeiro encontro aconteceu na tarde de quarta-feira, dia 17 de fevereiro de 1919. Nesta primeira reunião, Frank Land apresentou seus planos para formar um clube ou associação de rapazes. antes de deixarem o local, todos os 09 (nove) jovens combinaram que convidariam outros amigos para o próximo encontro, marcado para a semana seguinte. Já na segunda reunião o grupo era formado por 31 (trinta e um) rapazes e Frank S. Land.

A escolha do nome

No primeiro encontro dos 09 (nove) rapazes foi discutido o nome que esta nova organização deveria ter. Frank S. Land falou então sobre muitos nomes famosos da história mundial, contudo, nenhum os sensibilizou. Mas ao ouvirem a história do último Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros dos Templários que, ao ser queimado vivo em 18 de março de 1314, se tornou um mártir e exemplo de heroísmo, lealdade, coragem, fidelidade e tolerância. os 09 (nove) rapazes decidiram, unanimemente, dar o nome de DeMolay ao grupo que ora nascia.

*Texto extraído do material de divulgação do 4º EPOC – Encontro Paulista da Ordem de Cavalaria realizado em Campos do Jordão - SP em outubro/07.

DestaquesDestaques______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

O Futuro da Humanidade e a Civilização SolarO Futuro da Humanidade e a Civilização SolarPaulo Roberto Medeiros

o século XIV a.C., no reinado do Faraó Amenóphis IV, posteriormente conhecido por Akhenaton, o

culto a Aton (Disco Solar), o primeiro monoteísmo da história, foi implantado no Egito, para, poucos anos após, desaparecer nas névoas do tempo. Akhenaton, que foi um verdadeiro Príncipe da Paz, deixou-nos um importante legado espiritual, plenamente válido e precioso para a Humanidade no século XXI, que já enfrenta sérios problemas de ordem planetária.

N

Talvez os seus ensinamentos possibilitem aos seres humanos o resgate das suas Raízes Solares, espirituais e físicas, auxiliando cada um de nós a encontrar o seu verdadeiro lugar no Universo, objetivo principal de nossa existência neste planeta. Todo aquele que conseguir despertar o seu “Sol Interior” terá o dever de mostrar aos seus irmãos de jornada o caminho para essa descoberta. E que os “Filhos do Sol” despertem e encontrem-se nesta vida!

Os brasileiros, em geral, desconhecem o verdadeiro significado místico que envolve a construção de nossa Capital Federal. Existiriam mistérios e

segredos, véus a serem desvelados? Quais teriam sido os fatores determinantes para a construção de Brasília?

Brasília, através de sua arquitetura, é um livro aberto para todos nós. Mas todo aquele que conseguir entender o que existe nas entrelinhas, a mensagem oculta, encontrará um grande e inestimável tesouro. Descobrirá, também, que um dos mais significativos acontecimentos históricos do século XX, embora nem todos pensem dessa forma, foi a construção, em pleno Planalto Central, da nova Capital do Brasil, Brasília.

Uma parte significativa da história do século XX foram as inúmeras guerras deflagradas pelo planeta inteiro. Dor, sangue e desespero marcaram esses conflitos e milhões de pessoas morreram. Mas a fundação de Brasília, ao contrário, trouxe uma mensagem positiva e pacífica para a Humanidade. A fundação de Brasília, em data de 21 de abril de 1960, não significou apenas a construção de mais uma cidade planejada. Todo o projeto do plano-

piloto continha um significado profundamente místico e cuja origem era claramente egípcia.

O Presidente Juscelino Kubistchek é considerado como um “faraó do século XX”, que projetou seu sonho grandioso na construção de Brasília. Para alguns místicos, ele seria a reencarnação do próprio Faraó

Akhenaton. Não cabe aqui discutir estas alegações reencarnacionistas, mas é possível perceber, em cada detalhe arquitetônico de Brasília, a influência egípcia. Inegável que Brasília é, portanto, uma nova Akhetaton, a cidade sagrada de Aton, o Sol. A “Cidade do Horizonte de Aton”, ou seja, do nascer e Pôr-do-sol, do Deus vivo e presente na vida de todas as pessoas.

Por volta de 1930, Juscelino, ainda um jovem estudante, viajou pelo Mediterrâneo e visitou a cidade de Tell-El-Amarna, a Akhetaton. Essa visita definiria parte da história de nosso País. Ali, em meio às areias quentes do deserto, surgiu a semente da cidade que, um dia, seria chamada de Brasília. “Levado pela admiração que tinha por esse autocrata visionário, cuja existência quase lendária eu surpreendera através das minhas leituras em Diamantina, aproveitei minha estada no Egito para fazer uma excursão até o local, onde existira Tell El-Amarna.”

“...vi os alicerces da que havia sido a capital do Médio Império do Egito. A cidade media oito quilômetros de comprimento por dois de largura. À margem do Nilo, jardins verdejantes haviam sido plantados e, atrás deles, subindo a encosta da rocha, erguera-se o palácio do Faraó, ladeado pelo grande templo. ... tudo ruínas! O grande sonho do Faraó-Herege convertido num imenso montão de pedras, semi-enterrado na areia! Hoje, tanto tempo percorrido, pergunto-me, às vezes, se essa admiração por Akhenaton, surgida na mocidade, não constituiu a chama, distante e de certo modo romântica, que acendeu e alimentou meu ideal, realizado na maturidade, de construir, no Planalto Central, Brasília – a nova Capital do Brasil.”

Palavras do próprio Juscelino Kubitschek que revelam, com clareza, de onde veio a sua determinação de construir a nova Capital brasileira em pleno Planalto Central. São explicações que poucos compreenderam até agora, pois, para entendê-las, é necessário conhecer a fascinante história do próprio Faraó Akhenaton, dos fatos ocorridos no Egito há mais de três milênios. Da história da XVIII Dinastia!... Sem entendermos a história e a mensagem de Akhenaton, certas decisões de Juscelino Kubitschek ficarão envolvidas em profundo mistério.

O livro “Brasília Secreta” da egiptóloga Iara Kerns e do empresário Ernani Figueras Pimentel, publicado pela editora Pórtico, mostra claramente essas intrigantes relações entre Akhenaton e Juscelino, bem como entre Akhetaton (a cidade sagrada) e Brasília. Segundo especialistas esotéricos, Juscelino e Brasília vieram nos dias atuais para consolidar o que Akhenaton e Akhetaton não puderam fazer em sua época. Tanto Juscelino quanto Akhenaton construíram para o futuro, apesar de os outros faraós terem construído para os mortos, na própria visão de Juscelino.

São João Melchior Bosco, em italiano Giovanni

Melchior Bosco, mais conhecido como “Dom Bosco”, nasceu em 1815, na Itália, e faleceu em 1888. Ordenado pela Igreja Católica, foi canonizado em 1934. Em 30 de agosto de 1883, Dom Bosco teve uma visão profética a respeito de uma cidade que seria construída entre os paralelos 15º e 20º, que muitos entendem como sendo Brasília.

"...entre os paralelos 15º e 20º graus, havia uma enseada bastante extensa e bastante larga, partindo de um ponto onde se formava um lago..." Nessa terra, conforme a visão de Dom Bosco, jorraria leite e mel e surgiria uma grande civilização. Essas palavras proféticas influenciaram a decisão final quanto ao local onde seria instalada a nova Capital Federal. Dom Bosco tornou-se o padroeiro de Brasília. Em sua homenagem, foi construída uma pequena capela em forma piramidal, às margens do lago Paranoá, a “Ermida Dom Bosco”.

Mas há quem diga que a proposta de construir Brasília no interior do País teria partido de José Bonifácio de Andrada e Silva, que, em carta à Corte, em Lisboa, sugere: "Criar uma cidade central no interior do Brasil, para assento da Regência que poderá ser em 15° de latitude, em sítio sadio, ameno, fértil, e junto a algum rio navegável...” Em 1822, sua idéia é aprovada pelos deputados brasileiros e o nome “Brasília” é sugerido por ele próprio, anonimamente, um ano mais tarde.

Juscelino ainda era candidato à Presidência da República, quando, durante um comício realizado na ainda pequena cidade goiana de Jataí, no dia 4 de abril de 1955, foi inquirido por um popular. A pergunta foi direta: era sua intenção transferir a Capital do Brasil para o interior do País? Sua resposta foi clara e imediata: "Cumprirei em toda a sua profundidade a Constituição e as leis. A Constituição consagra a transferência. É necessário que alguém ouse iniciar o empreendimento – e eu o farei”. Esse foi um momento histórico para o País, pois essa promessa foi cumprida à risca e no curtíssimo prazo de quatro anos. Coincidência ou não, também quatro anos foram necessários para que Akhenaton mudasse o governo da cidade de Tebas para Akhetaton, que também foi planejada e construída em tempo recorde.

Hoje existe, na cidade de Jataí, um memorial a Juscelino, em homenagem a esse fato histórico e decisivo para o surgimento de Brasília.

O que Juscelino não contou para quem aplaudiu as suas palavras, naquele memorável comício em Jataí, realizado numa oficina mecânica e cuja platéia não passava de 500 pessoas, é que ele tentaria ressuscitar a milenar Tell-El-Amarna, a cidade sagrada do Faraó Akhenaton, e plantá-la em pleno coração do Brasil... Brasília, a nova “Capital do Sol”, teria a Luz brilhando no firmamento e no coração das pessoas. A “Mensagem Solar” seria transmitida através de sua ousada arquitetura.

Sua posse, no cargo de Presidente da República,

ocorreu em data de 31/01/1956. Começava, de fato, a “era de Akhenaton” no Brasil. Com a eleição de Juscelino Kubitschek à Presidência da República, o arquiteto Oscar Niemeyer foi convidado para projetar a nova Capital do País. Niemeyer aceitou desenhar os edifícios governamentais, mas sugeriu um concurso nacional para traçar os planos urbanísticos de Brasília, que foi vencido por Lúcio Costa.

Entre os edifícios de Brasília desenhados por Niemeyer estão: o Congresso Nacional, os Palácios da Alvorada, da Justiça e do Planalto, a Catedral, a Universidade de Brasília, o Teatro Nacional e o Memorial JK.

O arquiteto Lúcio Costa nasceu em Toulon, França, em 27 de fevereiro de 1902, filho de brasileiros em serviço no exterior. Após retornar ao Brasil, em 1917, estudou pintura e arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, diplomando-se em 1924. Em 1957, venceu o concurso nacional para a elaboração do Plano Piloto de Brasília, tendo em mente uma cidade que seria, intencionalmente, uma obra de arte. Os primeiros esboços de Lúcio Costa. O Plano Piloto de Brasília deveria partir de uma cruz – o “sinal da Cruz”. Segundo historiadores, essa cruz deveria corresponder a um ato de posse da terra. Conforme havia prometido, Juscelino Kubitschek diz à Nação em data de 21 de abril de 1960:

"Neste dia – 21 de abril – consagrado ao alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ao centésimo trigésimo oitavo ano da independência e septuagésimo primeiro da república, declaro, sob a proteção de Deus, inaugurada a cidade de Brasília, Capital dos Estados Unidos do Brasil."

Todas essas pessoas – Juscelino Kubitschek, Dom Bosco, José Bonifácio, Tiradentes, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer – foram instrumentos para a realização do grandioso sonho: a criação de uma Capital do Sol, Brasília. Pois é isto que, na verdade, a Capital do Brasil representa. Tudo nela foi projetado em função das tradições solares do Antigo Egito. Até mesmo a expressão “Eixo Monumental” resgata a tradição pela busca da grandiosidade, típica das obras faraônicas.

A primeira fonte a ser examinada é Ísis, esposa do Deus Osíris. Ísis foi a mais amada de todas as divindidades femininas do Egito. Das asas de Ísis surgiu a inspiração para as duas asas de Brasília, cujo eixo está alinhado perfeitamente com o nascer (leste) e pôr-do-sol (oeste). Algumas pessoas dizem que o Plano Piloto de Brasília (PPB) representa uma imensa nave desenhada no solo. Tal comparação não está errada, mas, de acordo com as idéias ligadas ao Egito, claramente evidenciadas em muitas construções, o mais correto é que o Plano Piloto represente, de fato, a Ísis Alada.

A arquitetura do Congresso Nacional mostra o Sol Nascente (Senado) e a Lua Crescente (Câmara dos Deputados). A rampa é herança dos palácios egípcios. O que vemos aqui é uma simbologia esotérica, claramente reconhecível por qualquer pesquisador.

Templo mortuário de Al-Deir Al-Bahari, da Rainha Hatshepsut, em Tebas, a cidade de Amon, hoje conhecida

como Luxor. Sua rampa e colunas frontais teriam servido de modelo para a fachada do Congresso Nacional?

O Sol nasce entre os dois edifícios a cada aniversário da cidade, em 21 de abril, mostrando um exato alinhamento astronômico que foi calculado minuciosamente. Mas ele se põe, diariamente, no lado oposto, atrás do Memorial de Juscelino. O alinhamento com o Sol e estrelas era essencial na construção das pirâmides e catedrais da Idade Média. Não foi diferente em Brasília.

Outra fonte de inspiração: o Templo de Luxor. Os dois obeliscos teriam inspirado os arquitetos para construir as duas torres do Congresso Nacional? O alinhamento entre o Congresso Nacional – o “Templo do Sol e da Lua” – e os ministérios Não foi apenas um detalhe de projeto. Ministros

são “guardiões” do Poder e, como tal, devem posicionar-se nas laterais. Alameda no Templo de Luxor. As estátuas guardiãs (pequenas esfinges) teriam servido de modelo para o posicionamento dos ministérios ao longo do Eixo Monumental e com o Congresso Nacional, o “Templo do Sol e da Lua”, ao fundo?

A arquitetura do Teatro Nacional, idealizado por Oscar Niemeyer, mostra, com clareza, as formas de uma pirâmide truncada. O Palácio da Alvorada, que poderia ser chamado de “Palácio do Sol Nascente”, é a residência oficial do Presidente

da República.Tantos significados de natureza mística e esotérica só

podem nos levar a outra conclusão: Lúcio Costa e Oscar Niemeyer sabiam perfeitamente qual a verdadeira motivação de Juscelino. Foi, em realidade, um sonho compartilhado entre esses três grandes personagens.

Hoje, podemos perceber que o sonho faraônico de Juscelino Kubitschek concretizou-se. Até mesmo uma pirâmide mortuária foi construída para acolher seus restos mortais – a sua “múmia”. Seu túmulo, na mais pura tradição faraônica, fica acima do solo, inteiramente talhado em pedra. Como todo faraó almejava, Juscelino Kubitschek soube conquistar a sua eternidade. Nasceu em Diamantina, Minas Gerais, em 12/09/1902, e faleceu em 09/08/1976, em acidente rodoviário. Hoje, do alto de seu próprio pedestal, ele observa a sua tão querida e amada “Akhetaton”, a Capital Solar brasileira: Brasília.

Não se pode mais negar o fato de que Juscelino Kubitschek construiu uma segunda Akhetaton, a cidade sagrada de Aton, o Sol. Existem muitas outras “coincidências” entre Brasília e Akhetaton que não foram citadas neste trabalho. O tema é extenso e merecedor de uma análise mais aprofundada. O que nós, brasileiros, poderemos pensar a respeito: delírio de um visionário ou uma importante mensagem para

todos nós? Para aqueles que acreditam em desígnios misteriosos e insondáveis, a mensagem é, certamente, a alternativa verdadeira. Essa mensagem é maior do que a própria carreira política de Juscelino Kubitschek.

Brasília é uma cidade eclética, na qual todas as correntes religiosas e espirituais podem conviver na mais ampla paz e harmonia. É um grande exemplo para o mundo. A mensagem de Brasília, a “Akhetaton do Planalto Central”, é dirigida ao futuro, quando poderá ser mais bem compreendida. Contudo, essa mensagem não é apenas para os brasileiros, mas para toda a Humanidade. A vida de Akhenaton foi um dos maiores acontecimentos da história. O papel de Brasília é o de manter viva a história do Faraó Akhenaton e revelar a sua poderosa mensagem para o mundo. Teremos muito a ganhar com isso. Brasília, a “Nova Akhetaton”, a “Capital Solar” brasileira, pertence aos “Filhos do Sol”, que sabem, agora, que devem amá-la e respeitá-la!

“... pergunto-me, às vezes, se essa admiração por Akhenaton, surgida na mocidade, não constituiu a chama, distante e de certo modo romântica, que acendeu e alimentou meu ideal, realizado na maturidade, de construir, no Planalto Central, Brasília – a nova Capital do Brasil.”

Tudo o que aqui está registrado faz parte da herança cultural que pertence a todos seres humanos,

independentemente de raça, credo ou condição social, dentro do princípio fundamental de que fazemos parte de uma só família planetária. Agradeço aos Mestres da Luz pela inspiração que permitiu a elaboração deste trabalho. Agradeço pelas transformações pessoais que estão acontecendo pelo simples fato de elaborar estas mensagens.

Que a Luz continue presente em nossas vidas e clareando todos os caminhos. E que as forças do Bem levem esta apresentação até as pessoas e locais onde ela se faça necessária.

Cada um de nós tem o direito e o dever de contribuir para um mundo melhor. Os textos aqui apresentados podem ser copiados, repassados ou traduzidos para qualquer idioma. A meta é justamente uma difusão ampla e global, pois há questões urgentes e cujos prazos para resolvê-las estão mais curtos a cada dia que passa. Há pressa. Muita pressa!

Paulo R. C. Medeiros, autor destas mensagens, é formado em Administração pela UFSC e ex-servidor do Ministério da Justiça. Natural de Porto Alegre (RS), hoje reside em Campo Grande (MS), Brasil.

Poderá ser contatado através do e-mail [email protected]

TrabalhosTrabalhos____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Os Bastidores da Proclamação da República no BrasilOs Bastidores da Proclamação da República no BrasilJoão Ferreira Durão

República (do latim Res publica, "coisa pública") é uma forma de governo em que um representante, normalmente designado Presidente, é escolhido pelo povo para ser o Chefe de Estado, podendo ou não acumular com o poder executivo, conforme a República seja Presidencialista ou Parlamentarista. A forma de eleição é normalmente realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país.

O primeiro conceito de República foi introduzido por Platão, filósofo grego que viveu em Atenas entre os anos 428 e 347 a. C., discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Segundo Platão, em seus célebres Diálogos, a República é uma ciência política fundamentada na justiça e nas leis, para formar a estrutura de um Estado bem constituído.

Na filosofia política ocidental, o

conceito de República está intimamente associado ao de Democracia, que é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos

(povo), direta ou indiretamente (por meio de representantes eleitos), em sua forma mais usual. Em conceito moderno, a Democracia é o "governo do povo, pelo povo e para o povo".

Os dois conceitos, associados, formam a República Democrática, que foi estimulada, desde o último quarto do século XVIII e início do século XIX, nas universidades de Paris e Montpelier (França) e de Coimbra (Portugal), sob os auspícios de duas Sociedades, a Maçonaria e o Iluminismo (que trabalharam associados, durante algum tempo). Todos os jovens estudantes daquelas universidades, provenientes das colônias das Américas e que também freqüentavam Lojas Maçônicas, abraçaram o novo modelo, como sonho de libertação ao colonizador.

Sob os auspícios da Maçonaria, a primeira nação-colônia das Américas a tornar-se independente, adotando o regime de República Democrática, foi os Estados Unidos da América, em 4 de julho de 1776. Esse episódio repercutiu, de forma eloqüente, nas universidades e nas Lojas Maçônicas da França e de Portugal, devido à grande influência de Benjamim Franklin, embaixador, na França, da nova República Democrática americana.

Desde o México, até o sul da América do Sul, todas as colônias, sob a influência da Maçonaria, proclamaram a independência, quase à mesma época, formando Repúblicas Democráticas. A única exceção foi o Brasil. Uma verdadeira explosão de movimentos pró-independência, que esfacelou, em vários países independentes, a unidade da colônia espanhola na América.

No Brasil, a revolta contra os colonizadores, também promovida pela Maçonaria, teve início com a infrutífera tentativa da Inconfidência Mineira, em 1789, embora os movimentos pró-independência tivessem início desde 1724, dentro das Academias ou Sociedades Literárias, criadas pelos governadores gerais, que eram grêmios maçônicos disfarçados.

Não havia a intenção, na Inconfidência Mineira, de libertar toda a colônia brasileira, mas somente a Capitania de Minas Gerais pois, naquele momento, ainda não havia se formado uma identidade nacional. A forma de governo escolhida foi o estabelecimento de uma República, inspirados na Maçonaria, nas idéias iluministas da França e na recente independência norte-americana.

Sucederam-se, logo após, novos movimentos de independência, localizados nas capitanias do nordeste, a partir de 1796, com a criação, em Pernambuco, do Areópago de Itambé (constituído como Loja Maçônica), pelo padre Manoel de Arruda Câmara. Também esses movimentos visavam a separação, constituído Repúblicas democráticas, com âmbito regional. Em 1798, a Conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, visando a libertação da Bahia, logo seguidas pela Conspiração dos Suassunas, em 1801, em Pernambuco, e outros, culminando com a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador, em 1824, todos visando transformar Pernambuco (e alguns estados do nordeste) em uma República independente de Portugal, além da Revolução Farroupilha, em 1835, que objetivava proclamar uma República para as províncias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina..

Nesse meio tempo, foram criadas diversas Lojas Maçônicas no Brasil-colônia, com o fim político de combater o colonialismo e influir no movimento pela independência.

Em 1815, foi criada, no Rio de Janeiro, a Loja Comércio e Artes, geradora, em 1822, do Grande Oriente do Brasil (que teve vida curta, de 4 meses, em sua primeira fase).

A rápida expansão dos ideais de unidade nacional, geradas no Grande Oriente do Brasil (GOB), espalhou-se por todas as províncias, criando um sentimento de unidade

nacional e ensejou o movimento de independência do Brasil, como um todo, enfraquecendo as iniciativas de movimentos de libertação regionais.

No GOB, havia duas correntes: a de Joaquim Gonçalves Ledo e seus aliados, que planejavam a independência sob a forma de República Democrática; a outra, chefiada por José Bonifácio e seus seguidores, que não desejavam a independência, mas que viriam a aceitá-la, desde que sob a forma de Monarquia. A corrente de José Bonifácio foi a vencedora, levando o Brasil à Monarquia, uma semi-independência, sempre sob a égide das oligarquias das casas reais européias.

A forma monárquica durou mais 67 anos de lutas, por parte dos republicanos, até 1889. Destacaram-se, na trama pela proclamação da República, vários maçons, desde Gonçalves Ledo, o padre Januário da Cunha Barbosa, José Clemente Pereira, Senador Vergueiro, Evaristo da Veiga, Joaquim Saldanha Marinho, dentre muitos outros igualmente

importantes.O período

denominado “segundo reinado”, sob o governo do imperador D. Pedro II, não fez esmorecer o ânimo dos maçons republicanos. O imperador D. Pedro II, que não tinha boa saúde, governava com o ministério e, por diversas vezes, afastara-se do país, em viagem. Em 1870, Saldanha Marinho fez publicar violento manifesto republicano. Nesse mesmo ano foi fundado, no Rio de Janeiro, o

Clube Radical, que logo trocou o título para Clube Republicano e fundou-se o jornal A República. Despontavam, além de Saldanha Marinho, os maçons Aristides Lobo e Quintino Bocaiúva.

Havia, no entanto, alguns obstáculos a serem vencidos pela Maçonaria, para alcançar a República. Vencida a guerra do Paraguai, chegara a vez de tratar da abolição da escravatura. A escravidão era um grande empecilho à evolução social e política. Sofria restrições de todas as nações, em especial da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos. No país, além dos latifundiários, a Igreja também era um importante utilizador da mão de obra escrava. Não fosse por outras razões, essas duas grandes forças políticas eram contrárias à Maçonaria.

O maçom Pimenta Bueno, depois Marquês de São Vicente, preparou 5 projetos de lei, estreitamente ligados com o objetivo da emancipação, apresentando-os ao imperador, secretamente, em 1867, com um memorial. Desses 5 projetos, apresentados pelo Imperador ao Conselho de Estado, nasceu a Lei Visconde do Rio Branco, apresentada pelo Visconde do Rio Branco (Chefe de Governo e Grão-Mestre do GOB) à Câmara, em 27 de maio de 1871, que ficou conhecida como Lei do Ventre Livre. A lei foi sancionada em 29 de setembro de 1871, pela Princesa Isabel, que ocupava a regência desde março, em virtude de viagem do Imperador à Europa. A Lei do Ventre Livre foi muito acanhada em relação aos reclamos da Maçonaria mas, apesar da imprensa alardear os seus escassos benefícios, a abolição estava praticamente feita.

Diz a história que a Princesa Isabel e seu marido, o Conde D’Eu (com o apoio de toda a nobreza), estavam negociando a promulgação da Lei do Ventre Livre, em troca da sua ascensão a soberana do império, em um terceiro reinado, por substituição a seu pai, D. Pedro II, já envelhecido e com a saúde frágil.

Outro problema, enfrentado pela Maçonaria, que impedia progredir até a República, era a força da Igreja. A campanha da Igreja contra a Maçonaria intensificou-se em 1864, com a bula do papa Pio IX contra a Maçonaria. Diz-se que a ira da Igreja contra a Maçonaria foi intensificada porque a Ordem influíra, intensamente, na Itália, em favor da perda de territórios da Santa Sé, que ficou reduzida à pequena área do Vaticano.

Em 2 de março de 1872, o GOB promoveu uma solenidade para comemorar a Lei Visconde do Rio Branco, a Lei do Ventre Livre, e homenagear seu autor, o Visconde do Rio Branco, Grão-Mestre da Ordem. Discursaram várias autoridades maçônicas enaltecendo a atuação da Ordem e do GOB. Dentre elas, o padre José Luiz de Almeida Martins, Grande Orador Interino. Seu discurso foi publicado na imprensa. O Bispo Diocesano do Rio de Janeiro advertiu o padre Martins, exigindo-lhe que abandonasse a Ordem, no que não foi atendido. O bispo, então, suspendeu-o das Ordens Religiosas e aplicou-lhe outras sanções. Na sessão de 27 de abril de 1872, o Grão-Mestre do Grande Oriente de Beneditinos, Saldanha Marinho, lançou um manifesto em defesa do padre Martins, sob o título de Manifesto da Maçonaria do Brasil, publicado na imprensa. Na realidade, não houve a participação do GOB, nesse manifesto que atacava fortemente a Igreja, o que ocasionou forte revolta da Igreja contra o Primeiro Ministro Visconde do Rio Branco, que era, também, o Grão-Mestre do GOB.

A perseguição à Maçonaria exacerbou-se em 1872, quando os bispos de Olinda e, em 1873, o de Belém do Pará, decidiram cumprir à risca os mandamentos contidos nos atos do papa, ocasionando o episódio conhecido como A Questão Religiosa. Os bispos de Olinda e Belém lançaram interditos sobre as Lojas Maçônicas de suas jurisdições eclesiásticas, assim como às irmandades que abrigassem maçons. Os ofendidos recorreram à coroa. O Imperador, ouvindo o Conselho de Estado, deu provimento aos recursos, em favor dos ofendidos, sob o fundamento de que os atos pontifícios que haviam condenado a Maçonaria não haviam recebido a

aprovação do governo imperial. Como os bispos prosseguissem com os interditos, D. Pedro II mandou responsabilizar os bispos, que foram condenados a quatro anos de prisão com trabalho. Os bispos foram anistiados em 17 de setembro de 1875, por intercessão do Duque de Caxias, novo Chefe de Governo, sucessor do Visconde de Rio Branco e destacado maçom.

A Maçonaria brasileira saíra bastante fortalecida, a partir desse episódio e prosseguia a sua rota no sentido da República, em oposição ao estabelecimento do terceiro reinado, desejo secreto da Princesa Isabel e de seu marido, o nobre francês Conde D’Eu.

Nas unidades militares, oficiais maçons passaram a discutir o abolicionismo pela imprensa. Em vários casos de

punição a esses oficiais, havia reação coletiva. Despontava a figura do Marechal Deodoro da Fonseca, como líder militar e, de certa forma, porta-voz do inconformismo com a situação e com o desprestígio ao Exército, provocado pelo ministério.

A solução natural para a abolição da escravatura estava na imigração de colonos europeus, como substituição à mão de obra escrava. Mas, isso não interessava à Igreja, nem aos grandes latifundiários, grandes utilizadores do trabalho escravo.

Destacam-se alguns movimentos de imigração de colonos europeus, desde o início do século XIX (como as de 1812 no Espírito Santo, no sul da Bahia em 1818 e, em Nova-Friburgo, província do Rio de Janeiro, em 1819). Em 1840, o senador

Vergueiro (maçom, grau 33, que fundara, como seu primeiro Grão-Mestre, o G. O. do Passeio, instalado em 24 de junho de 1831) trouxe para o Brasil cerca de 3 mil imigrantes alemães para trabalhar em suas fazendas. O maçom Teófilo Otoni, em 1857, trouxe para a sua recém fundada cidade de Filadélfia (posteriormente transformada em município, que recebeu o seu nome), em Minas Gerais, uma colonização alemã para trabalhar em suas lavouras. Outras iniciativas de imigração se efetivaram nas fazendas de São Paulo, em meados do século XIX.

A campanha verdadeiramente abolicionista começou a ser intensificada em 1880, com os veementes discursos, na Câmara, do maçom Joaquim Nabuco. Por toda parte, surgiam as Sociedades Abolicionistas e os Clubes da Lavoura, que as combatiam.

Em 1884, por iniciativa de maçons, o Ceará libertou seus escravos e os das províncias vizinhas que para lá corriam. Seguiram-se o Amazonas e alguns municípios do Rio Grande do Sul.

O descontentamento com a escravatura generalizou-se, chegando a abalar a estrutura do Império, que ameaçava soçobrar. Diante da calamidade, que fazia cair o ministério, não houve outra alternativa senão a apresentação, à Câmara, em 8 de maio de 1888, do projeto de abolição, que foi rapidamente aprovado e sancionado pela Princesa Isabel, em 13 de maio de 1888 (o Imperador, mais uma vez, viajava pela Europa, cansado, doente e diabético desde 1887). D. Isabel, alcunhada de “A Redentora”, ainda sonhava, com esse ato, ganhar o beneplácito das forças dominantes para a fundação do terceiro império, o que era repudiado, veementemente, pelas Lojas Maçônicas, em especial pelas Lojas de São Paulo.

Daí para a República, bastou a grande influência da Maçonaria, com Benjamin Constant assessorando o Marechal Deodoro. Deodoro foi iniciado, provavelmente, em 1885/1886, na Loja Rocha Negra de São Gabriel, Rio Grande do Sul, onde recebeu, também o grau 18. Foi elevado ao grau 31, pelo Supremo Conselho, em 7 de janeiro de 1890. Pertencia, ainda, à Loja Rocha Negra, quando foi eleito Grão-Mestre do GOB, em 19 de dezembro de 1889.

O movimento da República, no seu momento decisivo, recebeu a adesão de bispos, homens de negócios, soldados, fazendeiros, toda a sociedade, o que acabava com as bases de sustentação do império. Foi deflagrado, inicialmente, como um movimento de deposição do ministério, que tinha, à frente o Visconde de Ouro Preto (assumiu a chefia de governo em julho de 1889). A campanha contra o Visconde de Ouro Preto, considerado inimigo do Exército, vinha sendo conduzida em todas as partes do reino e, em especial, pelos maçons Rui Barbosa e Quintino Bocaiúva, em jornais do Rio de Janeiro.

A data do movimento estava marcada para o dia 20 de novembro, mas foi antecipada, para o dia 15, com receio de que a polícia, sabendo do movimento, atacasse o Quartel General e prendesse Deodoro. O Visconde de Ouro Preto tencionava amparar-se na Guarda-Nacional e em uma Guarda-Cívica, que dispunham de armamento muito superior ao do Exército, para neutralizar a tropa republicana e enviar os batalhões mais eivados de republicanismo para o oeste do país.

Vários corpos-de-tropa do revoltado Exército acudiram ao Ministério da Guerra, na manhã de 15 de novembro, onde o ministério estava reunido, quando Deodoro, doente, mas influenciado pelos acontecimentos e assessorado por Benjamin Constant (que foi investido, no Clube Militar, em 9 de novembro, de plenos poderes para dirigir os acontecimentos, em nome da falange republicana do Exército), deixou o leito e dirigiu-se ao Campo de Santana, onde a tropa aguardava suas ordens.

Não foi necessário um tiro sequer. Deodoro destituiu o

ministério e mandou prender o chefe de governo, Visconde de Ouro Preto. Houve, da parte de Deodoro, alguma hesitação em proclamar a República, em razão do seu apreço pela figura humana do imperador, que havia regressado da Europa dias antes e descansava em Petrópolis. O decreto de proclamação da República, redigido por Benjamin Constant, foi levado a Deodoro que o assinou, na noite de 15 de novembro, sendo publicado no Diário Oficial do dia seguinte.

Foi constituído, imediatamente, pelo Exército e a Armada, em nome da nação, o Governo Provisório, sob a chefia de Deodoro, com os seguintes membros, todos maçons: Floriano Peixoto, Eduardo Wandenkolk, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Quintino Bocaiúva, Demétrio Ribeiro e Benjamin Constant

O Governo Provisório comunicou a Pedro II a sua deposição, assim como a ordem de embarcar, imediatamente, para a Europa, com toda a sua família, o que foi feito a 17 de novembro.

O município neutro, transformado em Distrito Federal, e as 20 províncias, que foram denominadas Estados, passaram a constituir a República Federativa, com o nome de Estados Unidos do Brasil

O Governo Provisório, além de reconhecer todos os tratados e compromissos internacionais, assim como todos os contratos e obrigações assumidos pelo extinto império, separou a Igreja Católica do Estado (foi o primeiro país a tomar essa medida), tornou obrigatório o casamento civil, decretou o sufrágio universal e convocou, no início do ano seguinte, a primeira constituinte republicana, sendo a Constituição promulgada em 24 de fevereiro de 1891.

A Monarquia, árvore exótica plantada durante 67 anos, foi arrancada, implantando-se um novo regime, que vai conduzindo o Brasil à realização dos seus altos destinos perante o mundo.

TrabalhosTrabalhos____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

IgualdadeIgualdadeAnatoli Oliynik

O lema da maçonaria francesa, constituído a partir de 1848, pelas expressões Liberdade, Igualdade e Fraternidade, não faz parte do ideário da Maçonaria Universal. Ele foi adotado inicialmente em França e posteriormente em alguns países que imitaram o modelo francês, até porque era “chique” fazê-lo naquela época de forte influência positivista de Augusto Comte (1789-1857). Dentre esses países o mais fiel seguidor do modelo é o Brasil.

A título de informação ao leitor, para a maçonaria inglesa, berço da própria maçonaria, o lema não faz nenhum sentido e sequer é mencionado na Constituição da Grande Loja Unida da Inglaterra ou citado pelos maçons britânicos.

A Revolução Francesa cria, no primeiro momento, o lema do terror: Liberté, Egalité ou la Mort. Mais tarde substitui-se a expressão la Mort por Fraternité e assim consolida-se a trilogia, tal como a conhecemos hoje.

Conhecer o lema é fácil; o difícil é interpretá-lo, o que implica numa profunda análise e reflexão sobre cada elemento que o compõe. Este artigo se propõe a uma reflexão superficial devido aos fatores de espaço exíguo que um artigo comporta por um lado, e as limitações culturais do autor por outro. Mas vamos ao que é possível, levando em conta os fatores apontados.

Escolhi a expressão Igualdade, porque é a mais desejada pelos povos, a menos compreendida e a mais complexa sob todos os aspectos da natureza humana.

“Os homens são iguais por sua origem, natureza e destino”

Nos povos antigos, inexistia a compreensão da igualdade entre os homens. Platão (429-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.) defenderam amplamente a instituição da escravatura, tida, à época, como normal. Aliás, no nosso país a escravatura foi considerada normal até por volta de 1850 quando foram iniciados os primeiros movimentos abolicionistas.

Na democracia ateniense, costumeiramente louvada entre nós, havia quatro escravos para cada homem livre. Em Roma, não era diferente, onde os escravos eram numerosos e postos a exercer muitas atividades.

Deve-se ao Cristianismo a mais antiga proclamação de igualdade substancial entre os homens: “criados por Deus, à sua imagem e semelhança, portadores da mesma essência e destinados ao mesmo fim, que é o próprio Deus, mediante o resgate advindo da Redenção”.

Essa igualdade confere aos homens uma dignidade ontológica, que lhes assegura o direito a igual tratamento no âmbito da ordem legal. Isso não significa que se deixe de atender aos princípios de justiça, pois, se é certo que é preciso tratar com igualdade os iguais, não é menos certo que se deve tratar com desigualdade os desiguais.

Nisto não vai nenhum atentado contra a dignidade humana, como pretendeu Marc Sangnier (1873-1950) ao defender uma igualdade absoluta que o levava até mesmo a insurgir-se contra a obediência – por entendê-la contrária à “eminente dignidade da pessoa humana” – substituindo-a por uma “autoridade consentida”.

Estamos aqui diante de uma falsa dignidade humana, que acaba comprometendo a reta ordenação da sociedade. É o que vem acontecendo com determinados grupos de “Direitos Humanos” que se utilizam desta premissa, distorcendo completamente o conceito de tratar com desigualdade os desiguais.

O direito à igualdade, aliás, quando se defronta com o exercício de outros direitos fundamentais, acaba encontrando limitações que demonstram a insubsistência de seu caráter absoluto.

Quando a Revolução Francesa levantou a bandeira da “Liberté, Égalité, ou la Mort”, a igualdade irrompia com ímpeto radical, visando a extinção de todo e qualquer privilégio e hierarquia social. Na verdade, porém, o que se pretendia era menos a derrubada de um regime político do que a implantação de uma outra concepção do homem e da

sociedade.“Todos os homens nascem e permanecem livres e

iguais em direitos”, diz o artigo 1º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. Mas não há igualdade entre uma criança e um adulto, entre um homem honesto e um homem desonesto etc. É justo, pois, que tenham tratamento desigual.

A igualdade absoluta, além de resultar de uma concepção abstrata do homem, põe a perder a justa compreensão da verdadeira igualdade, que considera os homens iguais quanto ao ser (origem, natureza e destino), mas não pode ignorar a evidência de que, ao mesmo tempo, são desiguais quanto ao modo de ser (inteligência, cultura, talento, aptidão, competência, iniciativa, empenho etc.). Estas desigualdades pessoais se harmonizam com a natureza das coisas e conferem dinamismo à vida social, especialmente se esse dinamismo, aberto aos princípios de justiça, ganhar

expansão no quadro de uma estrutura orgânica da sociedade.

A igualdade pretendida pelo liberalismo acabou gerando desigualdades odiosas que deram origem ao intervencionismo do Estado e conseqüentemente a mutilação da liberdade; a igualdade da utopia socialista tentou implantar-se, mas não conseguiu mais do que um nivelamento mecanicista, ao preço da liberdade e do direito, sob a égide de um burocratismo assoberbante, elitizado na nomenclatura.[1]

Isto posto, a igualdade assim como a liberdade, é um ideal. Sendo um ideal, passa a ser um conceito abstrato, relativo e não absoluto, que pode ser interpretado de muitas maneiras.

Na Grécia antiga, por exemplo, a idéia de igualdade caracterizava a democracia. Entre nós é caracterizada como repartição e paridade.

O conceito de igualdade, na prática, é relativo ao menos a três variáveis que precisam ser consideradas todas as vezes que se introduz o discurso sobre o maior ou menor desejo de realização da idéia de igualdade:

a) os sujeitos entre os quais se trata de repartir os bens e os ônus;

b) os bens e os ônus a serem repartidos;c) o critério com base no qual os repartir.Em outras palavras, nenhum projeto de repartição

pode deixar de responder a estas três perguntas: a) igualdade entre quem?b) em relação a que?c) com base em quais critérios?

Combinando estas três variáveis pode-se obter uma variedade enorme de tipos de repartição, todos passíveis de serem chamados de igualitários apesar de serem muito diversos entre si. Os sujeitos podem ser: todos, muitos, poucos, e até mesmo um só. Os bens a serem distribuídos podem ser direitos, vantagens ou facilidades econômicas, posições de poder. Os critérios podem ser a necessidade, o mérito, a capacidade, o esforço e outros mais; e no limite da ausência de qualquer critério poder-se-ia dizer: A mesma coisa para todos.

Na sociedade familiar, por exemplo, o critério prevalente na distribuição dos recursos é mais a necessidade do que o mérito, mas este não está excluído. Na escola, por sua vez, o mérito como critério deve ser exclusivo, porque a escola não pode deixar de ter uma finalidade seletiva, assim como os concursos para um emprego qualquer.

Por outro lado, a máxima “a cada um o seu” é, em si mesma vazia e deve ser preenchida especificando-se não apenas a quais sujeitos está referida e qual o bem a ser distribuído, mas também qual é o critério, exclusivo ou prevalente, que, com relação àqueles sujeitos e àquele bem, deve ser aplicado.

Segundo a maior ou menor extensão dos sujeitos interessados, a maior ou menor quantidade e valor dos bens a distribuir, e com base no critério adotado para distribuir tais bens a certo grupo de pessoas, podem ser distinguidas doutrinas mais ou menos igualitárias.

Partindo-se da dupla constatação, de um lado a diversidade dos homens e, de outro, a multiplicidade de modos com que se pode responder à pergunta: “igualdade em que?” poder-se-ia afirmar que não existem teorias completamente inigualitárias, pois todas propõem a igualdade em alguma coisa como meio que conduz a uma boa vida. O

juízo e a mensuração da igualdade dependem da escolha da variável - riqueza, felicidade, renda, etc. - que conforme as circunstâncias são selecionadas pelas diversas teorias. A igualdade baseada em uma variável obviamente não coincide com a igualdade baseada em outra.

Destas observações, pode-se concluir que é tão irrealista afirmar que todos os homens devem ser iguais quanto todos os homens devem ser desiguais. Realista é apenas afirmar que uma forma de igualdade é desejável.

( * ) Anatoli Oliynik (61), escritor

maçônico e Past Grande Secretário-

Geral Adjunto para o Rito de York do Grande Oriente do

Brasil, é membro da Academia Paranaense de Letras

Maçônicas, Academia de Cultura de Curitiba e obreiro da

Loja “Laelia Purpurata” nº 3496. - Curitiba - Paraná

[1] A classe burocrática, privilegiada, dos países da ex-Cortina de Ferro.

TrabalhosTrabalhos____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Egregore MaçônicoEgregore MaçônicoErnani Souza

gregore não é algo que se possa definir matematicamente através de formulas e equações,

não é algo palpável, sólido ou liquido, não é algo dimensionável, com forma, cheiro, gosto ou cor.

EA egregore é apenas um sentimento

comum, existente entre um grupo de pessoas que comungam de um mesmo objetivo, de um mesmo desejo, de um mesmo pensamento e que para isso direcionam num mesmo sentido seus esforços e suas energias.

“A palavra egrégore (ou egrégora) não é encontrada no dicionário, pois seu significado não é de uso profano, mas pertence aos círculos esotéricos.

Encontramos várias definições nos livros especializados em assuntos de ocultismo: Jules Boucher (um autor maçônico) explica:

- Egrégoros (do grego egregorien = vigiar) é uma palavra que no livro de Enoch designa os anjos que juraram

vigiar e proteger o Monte Hermon. O termo pode ser traduzido por

entidade vigilante. Assim, a egrégore, (ou egrégora) é uma

entidade, um ser vigilante coletivo produzido por uma assembléia de fieis que a alimentam com rituais e orações”.

No caso da egregore maçônica, essa energia, esse sentimento comum, seria o desejo de todo irmão maçom em querer ajudar seu semelhante, seria o desejo de todo irmão maçom em querer melhorar a humanidade através de suas ações, através de seu bom exemplo, obedecendo sempre os princípios da igualdade, liberdade e fraternidade.

Existem fatos intra-loja que fortalecem a egregore maçônica.

Fortalece a egregore maçônica, o senso comum, de começar as reuniões pontualmente em um mesmo horário, para que naquele momento a energia gerada por todas as lojas possam estar alinhadas de forma abrangente e eficaz numa mesma direção.

Fortalece a egregore maçônica, o silêncio reflexivo em loja, que possibilite o entendimento de tudo o que ocorre naquele momento de forma que ocorra o debate das idéias de modo democrático e fraternal.

Fortalece a egregore maçônica, o não deslocamento de irmãos através das colunas, o local onde se encontra cada irmão foi previamente escolhido por irmãos de luz e é esperado que ali fiquemos energizando nosso espaço no universo naquele momento.

Fortalece a egregore maçônica, a luz suave, a música branda e o incenso precioso.

Fortalece a egregore maçônica, a união entre irmãos.

É sabido que nós humanos, somos possuidores de uma aura energética que envolve nosso ser, que pode ser visualizada através da fotografia Kirlian, e que, através da análise de suas cores, pode-se até, determinar a condição psíquica da pessoa naquele momento.

Essa aura, na verdade, não passa de emanações energéticas provenientes de nosso corpo, de nossas células, de nossos átomos.

Somos seres universais porque os elétrons que guardam nossa característica são os mesmos em qualquer tempo e em qualquer lugar do espaço.

Como se sabe, a energia é formada por cargas elétricas de polaridade positiva e negativa.

Nós humanos, entre outras coisas, somos energia que anda, somos prótons e elétrons que andam, somos cargas positivas e negativas que andam.

A egregore de uma loja está formada quando todas as cargas negativas que trazemos conosco, são neutralizadas pelo excesso de cargas positivas emanadas de nosso sentimento comum, deixando o ambiente maçônico polarizado positivamente como se fosse um cátion universal a procura da covalência divina.

Saiba-se que, em um ambiente em que prevaleçam as cargas negativas, nele, não se formará a egregore, ficando fadado tal ambiente ao desequilíbrio, ao desalinho e a falência.

Os elétrons de nosso corpo giram sincronicamente em torno de seu próprio eixo com “spins” eletromagnéticos contrários, um gira no sentido horário (positivo) e o outro no sentido anti-horário (negativo).

O “spin” dos elétrons de nosso corpo que giram no sentido horário (positivo) representa a matéria e a vida que de uma maneira geral vivenciamos, o “spin” que gira no sentido anti-horário representa a anti-matéria correspondente.

O movimento horário do maçom dentro da loja, em consonância com o movimento dos “spins” dos elétrons de seu

corpo, fortalece a egregore maçônica, a partir do momento em que esse movimento está diretamente ligado ao campo gravitacional aqui de nosso planeta e aos chakras de nosso corpo.

Os chakras são os centros de captação, armazenamento e distribuição de energia de nosso corpo. O movimento horário dentro da loja faz com que o chakra projete energia para fora. Se a matéria é de fato vibração, então o corpo humano, que faz parte do mundo material, também está feito de energia.

Consciência e energia estão intimamente ligadas, sendo dois aspectos da mesma realidade. O corpo humano não é apenas matéria inconsciente ou uma carcaça habitada por uma “alma etérica”, mas uma realidade vibratória animada pela mesma consciência que anima a própria mente.

Por isso, deveríamos deixar de vê-lo como algo diferente do nosso ser "invisível". Pense no seu corpo como um receptáculo de energia cósmica, um aglomerado de átomos conscientes, construído à imagem do macrocosmos.

A consciência vibra em cada uma de nossas células, o prâna (energia vital) está presente em todos os nossos tecidos. Quando corpo e mente se unem, a consciência do corpo sutil começa a revelar-se.

Egregore então, é a soma dessas ondas eletromagnéticas, é a soma dessas partículas de energia geradas pelo nosso sentimento comum, saídas de nosso corpo, de nosso chakra, para o interior da Loja maçônica, direcionadas, toda essa energia, para um mesmo ponto no centro do universo onde se localiza a divindade de nosso ser; - somos todos um.

Que a paz, abençoada paz, bendita e desejada paz, a paz dos justos, tenha morada no coração de

todos.

Ir∴ Ernani Souza - M∴M∴ pertence ao Quadro de Obreiros da Loja Philotimia n° 0093, oriente de Pernambuco.

A aquisição da Verdade é o mais elevado dos ideias humanos!A aquisição da Verdade é o mais elevado dos ideias humanos!JHSJHS

Ritos MaçônicosRitos Maçônicos__________________________________________________________________________________________________________________________________

Rito de York – Simbolismo e Altos GrausRito de York – Simbolismo e Altos GrausHugo Borges

Sistema ritualístico Norte-americano, mais conhecido por Rito de York ou Rito Americano, tomou sua forma

hoje conhecida a partir de 1797, por intermédio do então codificador e maçonólogo irmão, Thomas Smith Webb, que fez uma coletânea dos rituais dos Graus Simbólicos, Graus Capitulares, Graus Crípticos e as Ordens de Cavalaria. Webb tomou por base para composição do Rito, as Ilustrações de Maçonaria (Illustrations of Masonry”) do irmão Willian Preston (1772) e das ritualísticas e procedimentos da Grande Loja dos Antigos (1751). Surge então o Rito de York (York Rite), reforçando ainda mais as origens dos Antigos. Não sendo bastante no mesmo ano, em 24 de outubro, na cidade de Boston, Webb conseguiu a proeza de reunir diversos Sumos Sacerdotes dos Capítulos em uma Convenção. Após a Convenção o Companheiro Ephraim Kirby foi eleito em 24 de janeiro de 1798, Grande Sumo Sacerdote, transformando no ano seguinte, da união de todos os Grandes Capítulos, o Grande Capítulo Geral dos Maçons do Real Arco (The General Grand Chapter of Royal Arch Masons). Nos EUA as Lojas Simbólicas são denominadas Lojas Azuis (Blue Lodges), e em muitas Grandes Lojas só se usa a terminologia Rito a partir do 4º Grau do REAA e do Grau de Mestre de Marca do Real Arco. Pode parecer paradoxo, pois o sistema das Lojas Simbólicas se originam a partir da composição de Webb, ou seja, RY. Sigamos em frente!

O

No Brasil as evidências históricas sobre o Rito se remetem para 12 de novembro de 1874, onde americanos oriundos do Alabama e fugindo do pós-guerra civil, formam na Cidade Santa Bárbara D’Oeste a “Washington Lodge”. Esta Loja fica jurisdicionada ao Grande Oriente Unido do Brasil (Grande Oriente dos Beneditinos), tendo como maiores protetores a família Norris. Por tratar-se de uma Loja restrita e de trabalhar no idioma inglês, a Loja veio a fechar (abater colunas) por falta de renovação e de muitos dos seus membros terem retornado ao seu país de origem.

A segunda Loja a praticar o Rito de York é a Loja Phoenix, criada em 21 de maio de 2003 na cidade de Cacoal, Estado de Rondônia, jurisdicionado a Grande Loja do Estado de Rondônia. Esta Loja sofreu influência dos irmãos brasileiros que moram em Nova Iorque (New York), mais precisamente obreiros da “Brasilian Logde”, e em troca de informações resolveram fundar uma Loja para praticas ritualísticas americanas.

A terceira Loja a trabalhar no Brasil com o Rito de York foi a Loja Cavaleiros do Sol, na Cidade de João Pessoa, Estado da Paraíba, jurisdicionado a Grande Loja Maçônica do Estado da Paraíba - GLEPB. Esta Loja foi fundada no ano de 2000, com o propósito de trabalhar no Rito de York, porém pela falta de material suficiente veio a trabalhar no Ritual de Emulação, ritual este instituído após a unificação da Grande Loja dos Modernos(1717) com a Grande Loja dos Antiogos(1751), em 1813. Após reunião administrativa de seus membro, foi constituída uma comissão especial para reavaliação dos rituais, e assim, buscar o verdadeiro Rito de

York. Em junho de 2006 a Comissão Especial para o Rito de York, composta por Sérgio Roberto Cavalcante (presidente), Teldson Douetts Sarmento (relator) e Hugo Leonardo Wanderley Borges (secretário), já apresentava mudanças expressivas nos rituais. Colheram informações das mais diversas Grandes Lojas Americanas, e a partir daí, escolheram o ritual a ser seguido. Após a consolidação do Rito de York, a Loja entrou no sistema de divulgação e a partir dela outras Lojas já foram criadas e/ou ajustadas para o Rito Americano em todo o Brasil – o Êxodo Maçônico.

O Rito de York é composto de 13 inclinações iniciáticas, pois não se usa referência de números para os graus. Os Graus Simbólicos são: Aprendiz Maçom (Entered Apprentice), Companheiro Maçom (Fellow Craft) e Mestre Maçom (Master Mason); os Graus Capitulares são: Mestre de Marca (Mark of Master), Past Master virtual, Mui Excelente Mestre (Most Excellent Master) e Maçom do Real Arco (Royal Arch Mason); os Graus Crípticos são: Mestre Real (Royal Master), Mestre Escolhido (Select Master) e Super Excelente Mestre (Super Excellent Master); e as Ordens de Cavalaria são: Ordem da Cruz Vermelha (Order of The Red Cross), Ordem de Malta (Order of Malta) e Ordem dos

Cavaleiros Templários (Order of Knight Templar).

Os Graus Capitulares regulares do Rito de York aqui no Brasil são jurisdicionados ao Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, que vem a ser jurisdicionado ao The General Grand Chapter of Royal Arch Masons Internacional – USA. Os Graus Crípticos regulares do Rito de York também aqui no Brasil são jurisdicionados ao Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil, que vem a ser jurisdicionado ao The General Grande Council Cryptic Masons International.

Muitas das indagações que os Mestres Maçons interessados pelo estudo fazem a si mesmos, digo com toda segurança, serão respondidas quando ele se tornar um Maçom do Real Arco. Grau que vem a ser a plenitude de um Maçom.

ReflexõesReflexões__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

A Paz nasce no LarA Paz nasce no LarRaul Teixeira

ocê já se deu conta de que as guerras, tanto

quando a violência, nas suas múltiplas faces, nascem dentro dos lares?

VEm tese, é no lar que

aprendemos a ser violentos ou pacíficos, viciosos ou virtuosos. Sim, porque quando o filho chega contando que um colega lhe bateu, os pais logo mandam que ele também bata no agressor.

Muitos pais ainda fazem mais, dizendo: "filho meu não traz desaforo para casa"; "se apanhar na rua, apanha em casa outra vez"!

Se o filho se queixa que alguém lhe xingou com palavrões, logo recebe a

receita do revide: "faça o mesmo com ele". "vingue-se", "não deixe por menos".

Quando o amiguinho pega o brinquedo do filho, os pais intercedem dizendo: "tire dele, você é mais forte", "não seja bobo"!

Essas atitudes são muito comuns, e os filhos que crescem ouvindo essas máximas, só não aprendem a lição se tiverem alguma deficiência mental, ou se forem espíritos superiores, o que é raro na terra.

O que geralmente acontece é que aprendem a lição e se tornam cidadãos agressivos, orgulhosos, vingativos e violentos. Ingredientes perfeitos para fomentar guerras e outros tipos de violências. Se, ao contrário, os pais orientassem o filho com conselhos sábios, como: perdoe, tolere, compartilhe, ajude, colabore, esqueça a ofensa, não passe recibo para a agressividade, os filhos certamente cresceriam alimentando outra disposição íntima.

Seriam cidadãos capazes de lidar com as próprias emoções e dariam outro colorido à sociedade da qual fazem parte.

Formariam uma sociedade pacífica, pois quando uma pessoa age diante de uma agressão, ao invés de reagir, a violência não se espalha.

A paz só será uma realidade, quando os homens forem pacíficos, e isso só acontecerá investindo-se na educação da infância.

Os pais talvez não tenham se dado conta disso, mas a maioria dos vícios também são adquiridos portas à dentro dos lares.

É o pai incentivando o filho a beber, a fumar, a se prostituir, das mais variadas formas.

É a mãe vestindo a filha com roupas que despertam a sensualidade, a vaidade, a leviandade.

Meninas, desde os três anos, já estão vestidas como se fossem moças, com roupas e maquiagens que as mães fazem questão de lhes dar.

Isso tudo fará diferença mais tarde, quando esses meninos e meninas estiverem ocupando suas posições de cidadãos na sociedade.

Então veremos o político agredindo o colega em frente às câmeras, medindo forças e perdendo a compostura. Veremos a mulher vulgarizada, desvalorizada, exibindo o corpo para ser popular.

Lamentavelmente muitos pais ainda não acordaram para essa realidade e continuam semeando sementes de violência e vícios no reduto do lar, que deveria ser um santuário de bênçãos.

Já é hora de pensar com mais seriedade a esse respeito e tomar atitudes para mudar essa triste realidade. É hora de compreender que se quisermos construir um mundo melhor, os alicerces dessa construção devem ter suas bases firmes no lar.

Jesus, nosso Irmão Maior, trouxe-nos a receita da paz. Com Ele poderemos erguer-nos, da treva à luz. Da ignorância à sabedoria. Do instinto à razão. Da força ao direito. Do egoísmo à fraternidade. Da tirania à compaixão. Da violência ao entendimento. Do ódio ao amor. Da extorsão à justiça. Da dureza à piedade. Do desequilíbrio à harmonia. Do pântano ao monte. Do lodo à glória.

Boas DicasBoas Dicas________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

E-book´sE-book´s Cavaleiros Templários -Os Pobres Soldados de Jesus Cristo e do Templo de Salomão

http://www.culturabrasil.org/os_templarios.htm

Arte Real – Edições Anteriores Arte Real – Edições Anteriores Já se encontram disponíveis para download as edições anteriores do Arte Real no site www.entreirmaos.net

Obrigado por prestigiar este nosso trabalho. Temos um encontro marcado na próxima edição!!!