FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA PARA CIENCIAS …docentes.esalq.usp.br/luagallo/apostila teorica.pdf ·...

149
FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA PARA CIENCIAS BIOLOGICAS, CIENCIAS DOS ALIMENTOS, AGRONOMICAS E FLORESTAIS É PERMITIDO A REPRODUÇÃO DESDE QUE SEM FINS LUCRATIVOS Prof. Dr. Luiz Antonio Gallo Prof. Dr. Luiz Carlos Basso MARÇO DE 2012

Transcript of FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA PARA CIENCIAS …docentes.esalq.usp.br/luagallo/apostila teorica.pdf ·...

  • FUNDAMENTOS DE

    BIOQUIMICA PARA

    CIENCIAS BIOLOGICAS,

    CIENCIAS DOS

    ALIMENTOS,

    AGRONOMICAS E

    FLORESTAIS

    PERMITIDO A REPRODUO

    DESDE QUE SEM FINS LUCRATIVOS Prof. Dr. Luiz Antonio Gallo Prof. Dr. Luiz Carlos Basso MARO DE 2012

  • 1

    ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA LUIZ DE QUEROZ

    UNIVERSIDADE DE SO PAULO

    ESALQ USP

    FUNDAMENTOS DE BIOQUIMICA PARA CIENCIAS BIOLOGICAS,

    CIENCIAS DOS ALIMENTOS, AGRONOMICAS E FLORESTAIS

    MATERIAL DIDATICO PARA OS ALUNOS DE GRADUAO

    CONTEM TEXTOS DA INTERNET

    MATERIAL INCOMPLETO

    AINDA EM FASE DE REDAO

    PROFS.

    LUIZ ANTONIO GALLO

    LUIZ CARLOS BASSO

    Departamento de

    CIENCIAS BIOLOGICAS

    PIRACICABA

    =2012=

  • 2

    NDICE

    Conceitos se objetivos...........................................................................................1

    Carboidratos ........................................................................................................3

    Lipdios ..............................................................................................................13

    Aminocidos ......................................................................................................22

    Protenas ............................................................................................................35

    cidos Nuclicos ...............................................................................................44

    Energtica Bioqumica .......................................................................................52

    Enzimas ..............................................................................................................60

    Gliclise .............................................................................................................76

    Ciclo de Krebs ....................................................................................................82

    Cadeia Respiratria ............................................................................................86

    Via Pentose Fosfato ............................................................................................90

    Metabolismo dos Triglicerdios ..........................................................................93

    Metabolismo Degradativo das Protenas e Aminocidos ....................................99

    Integrao do Metabolismo .................................................................................106

    Excreo do Nitrognio .......................................................................................111

    Fotossntese .........................................................................................................116

    Ciclo do Nitrognio .............................................................................................135

    Biossntese de Protenas ......................................................................................157

  • 3

    BIOQUMICA ELEMENTAR

    CONCEITO E OBJETIVOS

    A Bioqumica o ramo da qumica que se preocupa com as transformaes moleculares

    dos constituintes celulares. Ao conjunto dessas transformaes denominamos Metabolismo.

    Dependendo da organizao estrutural atingida pelas molculas, o metabolismo pode ser

    dirigido no sentido de sntese (anabolismo) ou de degradao (catabolismo). Durante o

    metabolismo degradativo, molculas estruturalmente complexas so demolidas em entidades

    mais simples, ao passo que a fase anablica se caracteriza pela formao de estruturas

    moleculares mais complicadas a partir dessas entidades mais simples. O anabolismo e o

    catabolismo ocorrem concomitantemente numa clula viva.

    Esses constituintes celulares tambm denominados de biomolculas, se apresentam em

    elevado nmero nas diferentes espcies. Assim estima se que em uma clula da bactria E.

    coli existam 3000 diferentes protenas e nenhuma delas semelhantes s 100.000 diferentes

    protenas encontras na clula humana. Levando se em considerao o nmero de espcies

    animais e vegetais calcula se em 1010

    ou 1012

    o nmero de diferentes protenas.

    Embora as macro biomolculas sejam extremamente numerosas, elas so formadas de

    um nmero relativamente pequeno de algumas molculas simples (os blocos construtivos).

    Assim todas as inmeras protenas so formadas pela unio de 20 diferentes

    aminocidos. Os cidos nuclicos so formados por 8 diferentes nucleotdeos. Os cidos

    nuclicos so formados de glicerol e alguns cidos graxos, e os polissacardios por uns poucos

    monossacardios.

    Todas as molculas encontradas na clula desempenham uma ou mais funes, dentre as

    quais podemos mencionar:

    a . funo estrutural: constituem o arcabouo ou envlucro, como as membranas,

    limitando matria viva (protoplasma) e as vezes compartimentalizando os processos

    bioqumicos, ou quer como esqueleto sustentando e dando forma ao organismo.

    b. Funo energtica: quando atravs da degradao de tais compostos, a energia qumica

    encerrada nas ligaes covalentes (C-C C-H e C-OH) de alguma forma utilizada para a

    sntese de ATP (adenosina Trifosfato). O ATP posteriormente empregado na realizao

  • 4

    dos diversos trabalhos fisiolgicos (contrao muscular, excreo, transporte ativo, etc) bem

    como nas atividades de biossntese ou anabolismo.

    A bioqumica, embora uma cincia recente, no pode ser considerada uma extenso da

    Qumica Orgnica, se reduzindo uma coleo dos compostos orgnicos encontrados na

    clula e suas propriedades. Atualmente assentada em seus prprios princpios, fundamentados

    na Lgica molecular da vida, a Bioqumica a cincia que tem por objetivo estudar, no seu

    maior grau de intimidade, ou seja, ao nvel molecular, a natureza dos diversos processos

    biolgicos (respirao, crescimento, transmisso da hereditariedade, fotossntese, etc) que

    ocorrem nos organismos vivos, quer animais ou vegetal, superiores ou inferiores.

    FUNDAMENTOS DE QUIMICA ORGANICA

    FUNES

    Como se forma o nome do composto?

    Com base na estrutura ou cadeia fundamental vamos indicar as caractersticas especiais do

    composto. Estas caractersticas so indicadas por meio de prefixos e sufixos e por meio de

    nmeros (para as localizar). Quando existe mais do que um tipo de substituinte, aplicam-se as

    regras de prioridade indicadas na tabela seguinte. O grupo principal indicado pelo sufixo

    correspondente. Os outros grupos funcionais eventualmente presentes na molcula sero

    indicados por prefixos.

    Priori

    dade Classe Grupo Sufixo Prefixo

    1 Caties -nio

    2 cidos carboxlicos -COOH

    -(C)OOH

    cido ...carboxlico

    cido ... ico Carboxi-

    3 cidos sulfnicos -SO2OH cido ... sulfnico Sulfo-

    4 Sais -COOM

    -(C)OOM

    ..carboxilato de M

    -..(o)ato de M

    Carboxilato de

    M

    5 steres -COOR

    -(C)OOR

    ..carboxilato de R

    -..(o)ato de R R-oxicarbonil

    6 Halogenetos de cidos -COX

    -(C)OX

    halogeneto de

    ..carbonilo

    halogeneto de ..(o)ilo

    Haloformil-

    7 Amidas -CONH2

    -(C)ONH2

    -carboxamida

    -amida Carbamoil-

    8 Amidinas -C(=NH)NH2 -carboxamidina Amidino-

    http://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/acidos.htmhttp://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/acidos.htm#estereshttp://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/acidos.htm#cooxhttp://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/acidos.htm#amidas

  • 5

    -

    (C)(=NH)NH2

    -amidina

    9 Nitrilos -CN

    -(C)N

    -carbonitrilo

    -nitrilo Ciano-

    10 Isocianetos -NC -isonitrilo Isociano-

    11 Aldedos -CHO

    -(C)HO

    -carbaldedo

    -al

    Formil-

    Oxo-

    12 Cetonas -(C)O -ona Oxo-

    13 Alcois -OH -ol Hidroxi-

    14 Fenis -OH -ol Hidroxi-

    15 Tiis -SH -tiol Mercapto-

    16 Aminas -NH2 -amina Amino-

    17 Iminas =NH -imina Imino-

    (Os tomos de carbono entre parntesis fazem parte da cadeia (ou estrutura) do composto

    primitivo, pelo que so includos no nome do composto primitivo e no no sufixo)

    Nombres de grupos Funcionales en orden de prioridad.

    El grupo funcional que se encuentre ms abajo de la tabla ser el de mayor orden de prioridad y se usar como sufijo Si mas de un grupo funcional se encuentra presente el que tenga mayor prioridad se usar como sufijo y los otros como prefijos.

    Modelo Sufixo Prefixo

    - NH2 -amina Amino

    - SH -tiol mercapto

    - OH -ol Hidroxi

    -tiona Tiol

    -ona oxo

    -al Oxo

    http://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/aldeidos.htmhttp://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/aldeidos.htmhttp://www2.ufp.pt/~pedros/qo2000/alcoois.htm

  • 6

    -nitrilo ciano *

    -amida -

    Haleto de -anoila -

    Ac. -sulfonico Sulfo

    Acido -oico carboxi *

    -oato -

    * Estos prefijos el nombre incluye el carbono del grupo funcional. Cuando se cuente no debe de contarse este carbono

    1- Efeito Indutivo na cadeia carbnica

    Analise o esquema abaixo:

    Na ligao C - C numa sucesso s de tomos de carbono os eltrons da

    ligao esto equidistantes de cada tomo. J numa sucesso de carbonos

    terminada por um elemento muito eletronegativo, como o cloro, por exemplo,

    ocorre uma deslocalizao de eltrons das ligaes C - C por causa do efeito da

    ligao C - Cl. Esse efeito chamado efeito indutivo. O cloro funciona com um

    ponto de atrao eletrnica, "puxando" para si os eltrons da ligao com o

    carbono ligado a ele. como uma trilha de domin em que as peas caem umas

    sobre as outras: o cloro atrai para si os eltrons da ligao com o carbono ligado a

  • 7

    ele; este, por sua vez, fica com uma certa "deficincia eletrnica" e, por isso,

    atrai para si os eltrons da ligao com o carbono seguinte, tentando compensar

    essa deficincia, e assim sucessivamente. Isso acaba gerando uma polarizao na cadeia carbnica.

    Do ponto de vista do efeito indutivo, existem duas espcies de grupos que

    podem se ligar a uma cadeia carbnica:

    Grupos eltron-atraentes (efeito indutivo -I): So aqueles que atraem os

    eltrons das ligaes em sua direo. Os mais importantes grupos eltron-

    atraentes so aqueles que possuem elementos muito eletronegativos em relao

    ao carbono (F, O, N, Cl, Br, I etc.) ou radicais insaturados. Os radicais

    insaturados possuem ligaes pi, que por efeito de ressonncia, iro atrair os

    eltrons das ligaes em sua direo.

    Grupos eltron-repelentes (efeito indutivo +I): So aqueles que

    "empurram" os eltrons das ligaes em direo oposta a eles. Os mais

    importantes grupos eltron-repelentes so os radicais saturados (alquila) e os que

    possuem carga eltrica negativa. Nos radicais alquila, quanto mais tomos de C e

    H (com simples ligaes) tiver o radical mais eltron-repelente ele ser.

    2- Algumas consequncias do Efeito Indutivo

    2.1) A estabilidade dos carboctions:

    Uma consequncia importantssima do efeito indutivo relaciona-se com a

    estabilidade do carboction numa reao qumica em que h formao desta

    espcie como intermediria no processo. O tipo de carboction formado pode

    determinar que produtos sero formados e em que propores relativas. O

    carboction um on que possui um carbono com apenas trs ligaes (sp2), isto ,

    possui uma carga positiva. Experimentalmente verifica-se uma grande facilidade

    de se formarem carboctions tercirios (cuja carga positiva est num carbono

    tercirio) em relao a carboctions secundrios ou primrios. Essa estabilidade

    diminui do carboction tercirio para o secundrio e deste para o primrio. Veja

    abaixo a possvel explicao para esse fato:

    http://www.google.com.br/search?q=cache:23nUjlzvQfcJ:www.geocities.com/Vienna/Choir/9201/ligacoes_quimicas.htm#5

  • 8

    Nesse caso, a carga positiva funciona como o centro de atrao eletrnica

    na cadeia. Perceba que no carboction primrio apenas um sentido de corrente

    eletrnica est disponvel para compensar a deficincia de eltrons do carbono

    sp2. J no secundrio existem dois sentidos de corrente, e no tercirio, trs

    sentidos. Logicamente, quanto maior a disponibilidade eletrnica para compensar

    a carga positiva, maior a facilidade do carboction e maior a facilidade de ser

    formado. Muitas vezes, devido alta instabilidade, os carboctions primrios nem

    chegam a se formar. A no ser que as condies do meio em que ocorre a reao

    sejam favorveis sua formao. Maiores detalhes sero vistos adiante nas

    reaes qumicas que passam por carboctions.

    2.2) Fora de cidos e bases:

    Outra conseqncia interessante do efeito indutivo relaciona-se com a

    fora de cidos e bases orgnicos.

    Carter cido - Vejamos um cido carboxlico que possui um grupo de

    induo ligado cadeia. Esse grupo pode ser eltron-atraente ou eltron-

    repelente:

    No primeiro caso (a) o grupo X eltron-atraente. O efeito indutivo -I

    e, portanto, deixa a carbonila com dficit eletrnico, o que leva a um

  • 9

    enfraquecimento da ligao com o hidrognio cido. Logo, ser mais fcil a

    liberao do prton. Assim, o carter cido aumenta.

    No segundo caso (b) o grupo X eltron-repelente. O efeito indutivo +I

    e, portanto, deixa a carbonila com supervit eletrnico, o que leva a um aumento

    da fora de ligao com o hidrognio cido. Logo, ser mais difcil a liberao do

    prton. Assim, o carter cido diminui.

    Carter bsico - Vejamos agora o que ocorre com uma amina (base

    orgnica):

    Segundo a teoria de Lewis, base uma espcie qumica que possui um ou

    mais pares eletrnicos no-ligantes, ou seja, capaz de coordenar pares

    eletrnicos. Dessa forma, assim como a fora de um cido est relacionada com a

    sua capacidade de receber eltrons, a "fora" de uma base relaciona-se com sua

    capacidade de coordenar eltrons. Logo, quanto maior a disponibilidade eletrnica

    em uma espcie qumica, maior ser seu carter bsico.

    No primeiro caso (a) o grupo X eltron-atraente. O efeito indutivo -I

    e, portanto, deixa o grupo amino com dficit eletrnico, o que leva a uma

    diminuio do seu carter bsico.

    No segundo caso (b) o grupo X eltron-repelente. O efeito indutivo +I

    e, portanto, deixa o grupo amino com supervit eletrnico, o que leva a um

    aumento do seu carter bsico.

    http://www.google.com.br/search?q=cache:23nUjlzvQfcJ:www.geocities.com/Vienna/Choir/9201/teoria_acido_base.htm#5

  • 10

    CARBOIDRATOS

    1. CONCEITO

    Quimicamente podem ser definidos como aldedos ou cetonas poliidroxilados ou

    substncias que mediante hidrlise liberem tais compostos. Apresentam uma formulao geral

    Cx (H2O) Y, com raras excees. Assim a desoxirribose (encontrada no DNA) apresenta

    frmula C5H1004, onde a relao H:O no de 2:1. Igualmente pode nos encontrar

    carboidratos com outros elementos alm do C, H O. Embora no muito freqente, N, S e P

    podem integrar molculas de carboidratos. Outras denominaes: hidratos de carbono,

    acares, glucdios e glcides.

    2. ESTEREOISOMERIA TICA

    um fenmeno muito difundido entre os carboidratos, e vem a ser decorrncia do composto

    apresentar um ou mais tomos de carbono assimtrico na molcula. tomo de carbono

    assimtrico aquele que se liga a 4 radicais diferentes, e resulta, geralmente, que os

    compostos que os apresentam se mostram oticamente ativos, ou seja, desviam o plano da luz

    polarizada. Se o desvio for para a direita, o composto dito de dextrorrotatrio (+) e se

    para a esquerda levorrotatrio (-). Como referncia utilizando o gliceraldeido que

    apresenta 2 ismeros ticos:

  • 11

    As configuraes D e L esto relacionadas com o posicionamento da hidroxila (OH) do

    carbono assimtrico mais distante do grupo funcional (aldedo ou cetona), e necessariamente

    nada tem com as propriedades dextro ou levorrotatria desses compostos, exceto para o

    gliceraldedo.

    3. CICLIZAO DE PENTOSES E HEXOSES

    Dependendo do comprimento da cadeia carbnica os carboidratos podem adquirir uma

    estrutura cclica mantida pela ligao hemiacetal. Esta ligao explica a baixa reatividade dos

    grupamentos aldedos e cetonas de alguns acares.

    Assim, a molcula de glicose pode se dobrar de modo a permitir uma aproximao entre o

    grupo aldedo do carbono 1 com a hidroxila do carbono 5, estabelecendo a ligao hemiacetal:

    Configuraes e conformaes

    lcools reagem com grupos carbonilas de aldedos e cetonas formando um hemiacetal ou um

    hemicetal, respectivamente (figura 4). Da mesma forma, a hidroxila e o grupo aldedo ou

    grupo cetona de um monossacardeo podem reagir intramolecularmente para formar

    hemiacetais ou hemicetais cclicos. Tais configuraes podem ser representadas atravs da

    projeo de Haworth.

    Um monossacardeo composto por um anel de seis membros chamado de piranose, enquanto

    um monossacardeo formado por uma anel de cinco membros chamado de furanose (figura

    5).

  • 12

  • 13

    4. CLASSIFICAO DOS CARBOIDRATOS

    Segundo uma complexidade so estrutural os carboidratos podem ser classificados em

    monossacardios, oligossacardios e polissacardios.

    4.1. Monossacardios: So os mais simples dos acares, no sofrem hidrlise; possuem baixo peso molecular e so solveis em gua. Apresentam sabor doce, so cristalinos

    quando no estado slido. So todos considerados acares redutores.

    Os monossacardios se subdividem segundo o nmero de tomos de carbono na molcula:

    N de tomos de C Nome genrico Representantes de importncia

    fisiolgica

    2 diose glicaldeido

    3 triose gliceraldeido, dihidroxiacetona

    4 tetrose eritrose, treose

    5 pentose xilose, xilulose, ribose

    6 hexose glicose, frutose, manose, galactose

    7 heptose sedoheptulose

    8 octose _ _

    9 nonose _ _

  • 14

  • 15

    4.2. Oligossacardios: So aucares compostos que hidrolisados originam monossacardios; so classificados de acordo com o nmero de monossacardios que

  • 16

    so liberados por molculas: dissacardios, trissacardios, tetrassacardios,

    pentassacardios e hexassacardios. Estudaremos apenas alguns dissacardios.

    sacarose: - glicose - 1,2 - frutose

    maltose: - glicose - 1,4 - glicose

    lactose: - galactose 1,4 glicose

    celobiose: glicose 1,4 glicose

    trehalose: glicose 1,1 glicose

    Maltose

    celobiose

  • 17

    Os dissacardeos so formados por dois monossacardeos unidos por ligao covalente.

    Existem vrios dissacardeos presentes na alimentao, como, por exemplo:

    Trealose = glicose + glicose a (1-1);

    Celobiose = b-glicose + b-glicose (1- 4);

    Maltose(1 - 4) e a Iso-maltose (1 - 6): duas molculas de glicose e esto presente

    no malte (maltose) e so subproduto da digesto do amido e glicognio (iso-maltose);

    Lactose glicose + galactose (1- 4): o principal carboidrato do leite;

    Sacarose: glicose + frutose (1 - 2), sendo a forma mais comum de acar, obtida da

    cana-de-acar.

    Acar redutor: aquele que apresenta um grupo aldedo ou um grupo cetnico livre, isto ,

    no participante de ligao glicosdica. A ligao hemiacetal, responsvel pela estrutura

    cclica de alguns aucares, no compromete o carter redutor. Os aucares redutores so assim

    chamados por poderem reduzir o on Cu++

    em meio alcalino.

  • 18

    reativo detecta colorao

    1 - Tese de Fehling sol.

    Cupro alcalina

    a.redutores vermelho

    2 - Teste de Benedict glicose azul

    3 - Reao de Molish geral AR anel prpura

    4 - de Bial pentoses azul

    5 - de Tollens pentoses rosa

    6 - de Seliwanoff frutose vermelho

    4.3 Polissacardios: So compostos que por hidrlise liberam grande nmero de

    monossacardios. So inspidos, insolveis em gua e amorfos no estado slido. Apresentam

    elevado peso molecular. Diversos representantes desempenham funes estrutural e energtica

    nos diversos organismos.

    a. Amido: reserva energtica dos organismos vegetais, constitudo de amilose e amilopectina.

    A amilose constituda de - glicose mantida pela ligao - 1,4 glicosdica, apresentando

    peso molecular entre 4.000 e 150.000.

    A amilopectina formada de - glicose mantida por ligaes - 1,4 e - 1,6 com peso

    molecular de at 500.000.

  • 19

    b. Glicognio: Reserva energtica dos organismos animais, estruturalmente semelhantes

    amilopectina, porm mais ramificado, isto , com maior proporo de ligaes -

    1,6, o que torna a molcula mais compacta. Apresenta peso molecular de at

    2.000,000.

    c. Celulose: Formada de - glucose unidas pela ligao - 1,4; constitui a parede celular das clulas vegetais.

  • 20

    d. Quitina: Constitui a carapaa (exoesqueleto) dos insetos e crustceos. um polmero

    de N acetil - - glicosamina, altamente insolvel.

    Sob o mar

    Descobrindo a rentabilidade que existe nos desperdicios marinhos

    Por Nancy Garcia

    A quitina um polissacardeo formadora da carapaa dos insetos e crustceos. um produto do processamento industrial de camares, siris, lagostas, e tem novas e prometedoras

    aplicaes industriais.

    A quitina um polissacardeos formado pela polimerizao de resduos de N-acetil

    glicosamina. o segundo produto orgnico mais abundante que existe na natureza depois da

    celulose. o principal componente da cutcula dos artropodos, crustceos e insetos, estando

    presente em moluscos e forma parte das paredes celulares de alguns microorganismos como

    fungos e leveduras. Entre suas principaius caractersticas esta a abundancia, ser biodegradvel

    e no txica.

    A carapaa dos crustaceos e camares representam a primeira fonte para se obter quitina. As

    carapaas alem de conter quitina, tambm contem pigmentos vermelhos e protenas com a

    mesma qualidade da carne do crustceo.

    A quitina e um polmero muito grande parecido com a celuilose. Por no ser degradvel em

    gua, e necessariose modificar a estrutura do polmero para se obter seus derivos solveis.

    Dentre estes derivados esto a qutinase, empregada como biocida , como bactericida,

    fungicida e herbicida, e o quitosam que serve para o tratamento de guas industriais e como

    um ingrediente nutritivo, pois ajuda a eliminar o colesterol, ajuda previnir doenas

    cardiovasculares e tem efeito anti gstrico e anti atritico.

  • 21

    O quitosan aplicado em industrias papeleiras, permite que a polpa tenha maior fora para fixar

    as tintas e os corantes dostecidos. Na industria de alimentos empregado como espumante e

    emulsificante.

    A travs de dicho polmero se encapsulan medicamentos de liberacin prolongada. Se

    emplea como biomaterial para hacer lentes de contacto, hilos de sotura y prtesis, ya que tiene la propiedad de ayudar a la regeneracin de huesos. En el rea de la ciruga plstica ayuda al reestablecimiento de los tejidos, evita la mala cicatrizacin, sirve para la fabricacin de piel sinttica y es un agente que inhibe las infecciones en heridas.

    Es material para la creacin de pelculas envolventes que prolongan la vida de los alimentos perecederos como envases biodegradables. (Para ahondar en este tema, consulte la seccin Marketing de esta edicin y considere los beneficios de emplear estos envases en su negocio).

    Las oportunidades Mxico es uno de los pases con mayor produccin de camarones al ocupar el sptimo lugar a nivel mundial (casi 100 mil toneladas de peso vivo durante 2001, segn datos de Sagarpa).

    Tambin se producen, en promedio, 20 mil toneladas anuales de jaiba, tres mil 500 de langostino y casi tres mil toneladas de langosta (todos en peso vivo). Es posible capturar estas especies en la regin comprendida del Atlntico, la pennsula de Yucatn y el Golfo de Mxico.

    En la regin al Este de la Repblica se ha reportado la produccin de una langostilla que, debido a su tamao pequeo, no sirve para consumo y se considera ms una plaga al ser capturada junto con el camarn y causar un sobrepeso que rompe las redes. Esta langostilla no se ha aprovechado ampliamente (slo se le utiliza para la creacin de harina para granjas camaroneras), sin embargo, se ha calculado que tiene una produccin anual de 250 mil toneladas que se queda varada en las costas originando un

    verdadero problema ambiental. Sera ideal utilizarla para producir quitina.

    En la captura de crustceos slo se aprovecha su carne, quedando los caparazones como desperdicios; Escudero expresa que "a partir de este desperdicio se puede comenzar toda una industria dedicada a la produccin de quitina y sus diferentes derivados". Por su parte, Patricia Miranda comenta que el costo de una empresa dedicada a la produccin de quitina se calcula alrededor de dos millones de pesos por el tipo de instalaciones y equipo

    que se usa en el proceso.

    Escudero comenta que para instalarla se necesita bsicamente un reactor de desmineralizacin, otro de desproteinizador, molino, secador y fermentador. Los productos pueden ser refinados lo cual aumenta su valor, por lo que se debe contar con espectrofotmetro, centrifugadora, balanza, autoclave y agitadora. La inversin en maquinaria es de alrededor de un milln de pesos. El precio de la materia prima, las

    cutculas de los crustceos, no se ha establecido al ser un desperdicio, por lo mismo

  • 22

    ambas investigadoras afirman que se puede llegar a un acuerdo con las cooperativas camaroneras para determinar un valor.

    La quitina en el mercado tiene un costo aproximado de US$20 por kilo, la quitinasa refinada con alto grado de desacetilacin tiene un precio de US$300, diez gramos; mientras que el quitosn de baja calidad llega a US$70 por kilo.

    "Una de las ventajas es que no se necesita personal especializado, slo capacitado para poder operar los reactores y conocer el proceso", afirma Miranda.

    Los mercados De acuerdo con Escudero, la quitina y sus derivados tienen uso potencial en diferentes pases, principalmente Japn, China y Estados Unidos. En todos ellos ya existe una industria consolidada alrededor de este polmero, siendo China el principal productor y exportador de quitina. Chile y Espaa estn en una fase incipiente, a la par de Amrica

    Latina.

    En Mxico es prcticamente un tema nuevo, no obstante, ya existe una empresa que comienza a abrirse camino en este campo: Neptuno, ubicada en Sonora.

    Representantes de Neptuno comentaron que, junto con un grupo de investigadores, llevan a cabo una serie de actividades como participar en exposiciones o en conferencias para promover sus productos, a pesar de que mundialmente el uso de la quitina y sus derivados va en aumento. De hecho hay amplias posibilidades de exportarlo a la Unin Americana y algunos pases latinoamericanos.

    Recoleccin de caparazones Una posibilidad para poder entrar en el negocio sin tener que realizar una inversin tan importante al inicio, consiste en recolectar los caparazones, limpiarlos y molerlos, que es el proceso primario para la elaboracin de la quitina. El caparazn molido se puede vender a las empresas que elaboran el compuesto y de ah capitalizar para adquirir el equipo necesario para la fabricacin del polisacrido. De hecho, empresas como Neptuno y otras en Estados Unidos, estn dispuestas a comprar los caparazones limpios sin necesidad de molerlos.

    Para ello slo se necesita establecer las formas de recoleccin, sin dejar de considerar que entre ms jvenes sean los crustceos mayor ser la cantidad y calidad de las sales de calcio; contar con secadoras y grandes cantidades de agua.

    En caso de no contarse con los secadores se pude secar al sol, en un terreno amplio y colocar limpios los caparazones.

    Existen institutos y empresas dedicadas al diseo de envase y embalaje (Instituto Mexicano de Profesionales en Envase y Embalaje) que en estos casos dan asesora para enviar el producto con costos reducidos.

    El ejemplo de la quitina es uno de los tantos avances cientficos que ha tenido una aplicacin prctica en la industria, y por ende abre brecha para desarrollar ms de uno de los tantos negocio del futuro.

    http://www.soyentrepreneur.com/pagina.hts?N=13297&Ad=S#top#tophttp://www.soyentrepreneur.com/pagina.hts?N=13297&Ad=S#top#tophttp://www.soyentrepreneur.com/pagina.hts?N=13297&Ad=S#top#tophttp://www.soyentrepreneur.com/pagina.hts?N=13297&Ad=S#top#top

  • 23

    Cientos de posibilidades El quitosn sirve para:

    En tratamiento de aguas residuales. En la elaboracin de pulpa para papel estndar, fotogrfico y carbn. En el campo mdico y de salud se le emplea en la creacin de vasos sanguneos

    artificiales, como antinflamatorio, inhibidor de tumores y de placa dental, antiviral y procesos de cicatrizacin. Tambin se usa en la formacin de esponjas y vendas para

    heridas, as como en la confeccin de ropa estril para personas convalecientes. Es un material que protege contra la radiacin. En el sector de alimentos es un aditivo para la estabilizacin del color, conservadores y remocin de slidos. En el rea cosmtica se usa para fabricar polvo para maquillaje, barniz de uas, humectante, fijadores para el cabello, crema humectante, pasta de dientes. En la agricultura se utiliza para el recubrimiento de semillas y hojas, fertilizantes y

    liberacin de controlada de agroqumicos.

    La quitina y su potencial industrial

    Como un escudo de alta eficiencia construido con pura

    qumica, una sustancia que forma parte del carapazn defiende

    a insectos, crustceos, moluscos y otros seres vivos de su

    contacto con lo externo. La poseen en diversa cantidad jaibas,

    camarones, langostas, araas y cucarachas. Incluso algunos

    hongos y algas. Se llama quitina y es un compuesto natural

    con variados beneficios para el ser humano, til en las industrias farmacutica, de alimentos,

    cosmtica y de empaques.

    De basura a materia prima que filtra agua contaminada, ofrece consistencia a alimentos

    procesados, atrapa grasa, es antibactericida y sirve como envoltura biodegradable, entre otros

    beneficios, la quitina est involucrada en la proteccin de varias especies. Su nombre,

    derivado del griego ktos, significa cavidad o bveda, y el sitio en que se encuentra, el

    caparazn de muchos artrpodos, tambin refiere su capacidad para enfrentar a diversos

    agentes externos.

    Despus de la celulosa, es el segundo polmero ms abundante en el planeta, por lo que su

    utilizacin a gran escala en Mxico es muy prometedora, como lo ha sido en Japn, en donde

    alrededor de 250 empresas explotan la quitina.

    Una investigadora de la Universidad Nacional Autnoma de Mxico (UNAM), la maestra en

    ciencias Patricia Miranda Castro, estudia desde hace siete aos la quitina y su principal

    derivado, el quitosn. En el Laboratorio de Biotecnologa de la Facultad de Estudios

    Superiores Cuautitln (FES-C), esta qumica farmacobiloga ha logrado una metodologa

    http://www.soyentrepreneur.com/pagina.hts?N=13297&Ad=S#top#tophttp://www.soyentrepreneur.com/pagina.hts?N=13297&Ad=S#top#top

  • 24

    propia para extraer la quitina y el quitosn del camarn, utilizando caparazones y cabezas de

    los crustceos que para la industria pesquera son desechos.

    "Mxico es el sptimo productor de camarn en el mundo, as que muchas toneladas de

    cabezas del crustceo regresan al mar cada ao, y grandes cantidades de caparazones se t iran

    da a da en las marisqueras de todo el pas. Nos parece interesante sumarnos a un proceso en

    donde la sustancia que buscamos est en lo que otros consideran basura", explica la maestra

    Miranda, quien en su laboratorio ha ensayado durante varios aos una forma eficiente para

    obtener la quitina.

    La patente de esta metodologa para la extraccin, obtencin y purificacin de la quitina y el

    quitosn est en trmite ante el Instituto Mexicano de Propiedad Industrial y de otorgarse la

    UNAM podr realizar transferencias tecnolgicas con este producto de origen natural.

    De la marisquera al laboratorio

    La quitina es un polmero, es decir, una molcula de gran tamao constituida esencialmente de

    azcares (es un polisacrido) y oxgeno. Sus molculas son fibrosas, y logran un material de

    gran resistencia qumica y mecnica.

    "Las caractersticas ms tiles para la industria estn en el quitosn, un derivado de la quitina.

    As que lo primero que hicimos fue conseguir en las marisqueras caparazones de diversos

    animales, estudiar en donde existe la sustancia en mayor cantidad, y desarrollar un mtodo

    propio para extraer la quitina y transformarla en quitosn. Encontramos que los caparazones

    de jaibas y langostas tienen ms calcio y menos quitina, mientras que las de camarn, ms

    blandas, contienen mayor cantidad de la sustancia", explica la especialista.

    Ya en el laboratorio, los caparazones se limpian, se muelen hasta pulverizarse y se someten a

    un proceso de hidrlisis cida, utilizando cido clorhdrico, el cual convierte a los carbonatos

    en cloruros y solubiliza los minerales, bsicamente el calcio.

    Ya desmineralizado, se aplica una hidrlisis alcalina, pues el lcali que se usa rompe la

    estructura de la matriz y hace solubles las protenas, las cuales arrastran consigo grasas y

    pigmentos, componentes todos que constituyen el caparazn. Los pigmentos ya separados (de

    colores rosa y anaranjado) son un subproducto del proceso que pueden utilizarse para

    alimentar flamingos y salmones, especies a las que les ayuda a mantener su color

    caracterstico.

    Despus de ambas etapas se obtiene la quitina en polvo, que no es soluble en agua, lo que lo

    hace poco prctica para su aplicacin. As que se somete a un proceso llamado "desacetilar",

    que significa quitar de la sustancia una parte de su estructura, el grupo acetilo. Con esto se

    obtiene como derivado el quitosn, presente en el 70 por ciento de la quitosina, pero ahora ya

    aislado y purificado.Esta metodologa es una innovacin tecnolgica de la maestra Patricia

    Miranda Castro.

    Las cualidades del quitosn

  • 25

    El quitosn es soluble en agua acidificada. Esta solubilidad y su viscosidad (que puede hacerse

    ms espesa o ms ligera, segn se requiera) son caractersticas que lo hacen aplicable a usos

    variados, as como su accin de "imn bioqumico", capaz de detectar sustancias nocivas. Por

    ejemplo, en el estmago humano, atrapa grasas como el colesterol y los triglicridos, a los que

    conduce por el intestino capturados hasta evacuarlos. As que una aplicacin farmacutica lo

    utiliza como regulador del peso corporal, mientras que tambin sirve como regulador de la

    presin arterial, consecuente a la disminucin de grasas.

    En la industria de alimentos este derivado de la quitosina se utiliza para dar consistencia y

    viscosidad a los aderezos para ensaladas y mayonesas, mientras que en las frutas y verduras

    frescas sirve como un protector antimicrobiano.

    Otras aplicaciones estn en la industria de los cosmticos, en donde el quitosn se introduce en

    cremas humectantes, pues es una molcula que absorbe el agua. Algunos fabricantes de

    shampoo lo utilizan como ingrediente, ya que desarrolla una pelcula que da proteccin y

    brillo al cabello.

    En la industria papelera, donde el principal insumo es la celulosa, el quitosn sirve para fijar y

    dar resistencia al papel, mientras que una de sus ms prometedoras aplicaciones podra ser

    como plstico biodegradable, sustituyendo al plstico tradicional derivado del petrleo, uno de

    los materiales ms utilizados en el mundo y ms difciles de degradarse, lo que genera mucha

    contaminacin.

    Como material plstico alternativo, el quitosn ya ha sido sometido a pruebas en el

    Laboratorio de Biotecnologa de la maestra Patricia Miranda Castro, quien desarroll una

    especie de celofn a partir de esta sustancia natural, "una envoltura que incluso podra

    comerse", finaliza la especialista universitaria.

    e. Outros polissacardios estruturais e de reserva:

    Entre os principais polissacardeos de reserva em plantas esto o amido, os frutanos e os

    polissacardeos de reserva de parede celular (PRPC).

    Como compostos de reserva, o amido e os frutanos possuem as vantagens de serem formados

    por glucose e frutose, respectivamente. Esses acares so prontamente utilizados pelo

    metabolismo de gerao de energia e tambm fornecem carbono para a biossntese da maioria

    das biomolculas presentes em clulas vegetais.

    Cada um dos principais polissacardeos de reserva apresenta caractersticas que fazem com

    que eles sejam mais convenientes para o metabolismo em certas situaes. Uma dessas

    caractersticas o fato que nenhum deles possui radicais livres. Esta uma vantagem quando

    comparada ao acmulo de monossacardeos, uma vez que a presena de tais compostos

  • 26

    poderia levar glicosilao inespecfica de elementos celulares. Outra vantagem a relativa

    inatividade osmtica dos polmeros.

    A tabela a seguir resume as principais caractersticas dos trs tipos de grupos mais

    importantes de polissacardeos de reserva de plantas. Estas evidenciam diferentes funes

    considerando como eles so degradados e seus locais de deposio na clula e na planta.

    Composto de

    reserva

    Biossntese Mobilizao Localizao

    celular

    Localizao na planta

    Amido A partir de ADP-

    glucose

    Hidrlise por

    fosforilao

    Plastdeos e

    grnulos no

    citossol

    Sementes, caule,

    folhas, frutos e rgos

    Frutanos A partir de

    sacarose por

    transglicosilao

    Hidrlise Vacolos e

    fluido

    apoplstico

    Folhas, razes, caules e

    rgos subterrneos

    PRPC A partir de

    UDP/GDP acares

    no complexo de

    Golgi

    Hidrlise e

    transglicosila

    o

    Parede celular Sementes e rgos

    subterrneos

    Dextrana polissacardios elaborado pelo Leuconostoc mesenteroides a partir de sacarose.

    Causa viscosidade no caldo de cana bem como diminui o rendimento da cristalizao da

    sacarose.

  • 27

    POLISSACARDEOS DE PAREDE CELULAR (PRPC)

    Os polissacardeos de reserva de parede celular (PRPC) so relativamente inertes no que concerne sua reatividade qumica e apresentam diferentes graus de solubilidade em gua. Essas caractersticas conferem : alta compactao e baixa reatividade e tornam possvel a existencia de um compartimento celular ( a parede celular) que permite o fluxo de gua com um grau de liberdade considervel.

    O custo para produzir tais polmeros alto, pois tais compostos necessitam de um complexo sistema de biossntese, secreo e montagem no meio extracelular. A biossntese dos polissacardeos de parede celular requer nucleotdeo-acares como doadores de monossacardeos. Na tabela a seguir esto relacionados alguns dos polissacardeos de parede e seus respectivos nucleotdeo-acares doadores.

    Polissacardeos Nucleotdeos-acares

    Celulose UDP-glucose Calose UDP-glucose Glucanos de cadeia mista UDP-glucose Xiloglucano UDP-glucose, UDP-galactose, UDP-

    xilose e GDP-fucose Galactomanano GDP-manose, UDP-galactose Glucoronoarabinoxilanos UDP-arabinose, UDP-xilose, UDP-dico

    galacturnico Ramnogalacturonano GDP-ramnose, UDP-dico galacturnico

    FRUTANOS

    Os frutanos encontram-se entre os carboidratos alternativos de reserva mais amplamente distribudos entre as plantas superiores, sendo encontrados em aproximadamente 15% das angiospermas. A presena de frutanos em Asteraceae foi amplamente documentada para a flora de regies temperadas e para a flora tropical e subtropical em regio restrita do cerrado brasileiro. A maioria das espcies ricas em frutanos encontra-se fora da regio tropical, sendo mais abundantes em reas onde o crescimento sazonal. Vrios autores sugerem que o acmulo de altas concentraes de frutanos e de acares solveis pode contribuir para o aumento do potencial osmtico das clulas e, por conseguinte promover tolerncia seca e ao congelamento. Os frutanos so acumulados em rgos fotossintetizantes como folhas e caules, em rgos subterrneos de reserva como razes tuberosas, tubrculos e bulbos, e em inflorescncia e sementes. Nas clulas, os frutanos e as enzimas envolvidas em seu

  • 28

    metabolismo so encontrados nos vacolos, embora recentemente sua presena e a da enzima frutaexohidrolase tenham sido detectadas no fluido apoplstico.

    Frutanos consistem de sries homlogas de oligo e polissacardeos no redutores, onde cada membro da srie contm um resduo a mais de frutose do que o membro anterior. Esses polmeros de D - frutose carregam um resduo de D - glucose

    geralmente localizado na extremidade da cadeia, unido por uma ligao do tipo 1,2 como na sacarose, sendo assim o frutano mais simples um monofrutosil sacarose, um trissacardeo. O trissacardeo que d origem srie da inulina, a 1- cestose ou 1-

    cestotriose (1 - F - frutosil sacarose, -glu-1,2--fru-1,2-fru), foi o primeiro a ser caracterizado por Bell e colaboradores (Pollock et al. 1996 e referncias ali contidas). A 1-cestose encontrada em todas as espcies que acumulam frutanos, mesmo naquelas onde a srie predominante apresenta outro tipo de ligao entre os resduos de frutose. Cinco classes estruturais de frutanos foram identificadas (figura 11): a)

    frutano baseado em 1-cestose, com ligaes - 2,1 (inulina), encontrado principalmente em Asterales (ex.: tubrculos de Helianthus tuberosus); b) frutano

    baseado em 6-cestose com ligaes - 2,6 (levano), caracterstico de Poales (ex.: folhas de Phleum pratense); c) frutano com ligaes mistas e ramificados, com glucose na extremidade da cadeia, tambm encontrado em Poales ( ex.: Triticum); d) frutano

    baseado em neocestose com ligaes - 2,1, encontrado em Liliaceae ( ex. : Asparagus

    ) e e) frutano baseado em neocestose, com ligaes -2,6, presente em alguns membros de Poales ( ex. : Avena ).

    Pectinas A pectina o maior constituinte da parede celular primria e tambm est presente na lamela mdia entra as clulas de todos os tipos. Contm uma alta concentrao de resduos de cido D- -4). Dentre as pectinas encontrados : Homogalacturonanos: que apresentam predominante ou exclusivamente esta

    estrutura (cido galacturnico e resduos metilgalacturonados) como mostrado na figura 15.

    ramnogalactoruronanos : contm resduos de L-ramnose. Neste caso, o cido galacturnico se li -2), e a ramnose ao outro resduo

    -4). Os resduos de ramnose servem como pontos de ancoragem para cadeias laterais se unirem, ramificando o polmero

    (figura 16). Galactanos : Existem dois t -1,3-

    -1,4 e o outro, mais frequente composto (figura 17) -1,4 com ramificaes de L-arabinofuranose a cada 16-21 resduos

    da cadeia principal. Aps a germinao, maior parte da galactose e arabinose

  • 29

    removida da parede, deixando um material residual enriquecido em ramnose, cido urnico e glucose. Matheson e Saini (1977) reportaram a presena de duas

    - -galactosidases em cotildones de Lupinus luteus, estas enzimas aumentaram aps a germinao e os autores levantaram a possibilidade do galactano estar envolvido no controle da expanso celular, alm de ser um polissacardeo de reserva.

    Hemicelulose Alguns autores consideram hemicelulose o material extrado da parede por extrao alcalina. Para outros, trata-se de um polmero da parede celular com um tipo particular de estrutura molecular e com provvel funo de mobilidade. Dentre as hemiceluloses encontramos:

    Galactoglucomananos: (figura 18) molcula linear, cadeia cam resduos de D-glucopiranose e D- -4). Difere da celulose pela presena dos resduos de manose. A razo manosil:glucosil geralmente 3. A cadeia de glucomanano apresenta curtas ramificaes: resduos de D-

    -6) aos resduos de manose. Arabino-4-O-metilglucuronoxilano: polmero linear de D-xilose unidos por

    -4), com cadeias laterais de dois tipos: resduos de 4-O-metil D-glucurnico unidos xilose po -2) ou resduos de L-arabinose unidos

    -3) (). 4-O-metilglucuronoxilano: cadeia de resduos de D-xilopiranose unidos por

    -4) e substitudo por resduos de 4-O-metil-D-glucurnico unidos por ligao -2) na cadeia de xilose.

    Glucomananos: semelhantes estrutura de galactoglucomananos, com a glucose e -4).

    Xilanos de parede secundria de gramneas, () aparece grande variedade de cadeias laterais curtas1-4) D-xilano), incluindo:

    L-arabinofuranose no carbono 2 ou 3 da xilose - D -glucosano e -O-metil-D-glucuronopiranose no carbono 2 da xilose

    cadeias laterais mais complexa, contendo galactose e xilose Glucanos de cadeias mistas (1-3) e (1-4), -D-1,4-glucano

    -1,6 por resduos de D- -D-galactopiranosdeos-(1,2)-D-xilopiranosdeos (figura 22). Exceto pela ausncia de terminais fucosil -L- -D-galactosdeos, existe uma grande semelhana entre xiloglucanos de reserva (em sementes) e xiloglucanos estruturais de paredes primrias. Teriam funes no controle da embebio de gua e xeroproteo. Foi proposta uma nomenclatura para os blocos estruturais de xiloglucano com base na cadeia principal. Glucoses no substitudas so

  • 30

    denominadas G, glucoses ramificadas com xilose so denominadas X e se a galactose est ligada xilose, o trissacardeo denominado L. As propores entre estas unidades demonstraram a existncia de estruturas finas (distribuio das ramificaes de galactose) especficas entre as diferentes espcies e entre populaes de mesma espcie crescidas em diferentes ambientes. Apesar das diferenas em estrutura fina, todos os xiloglucanos de sementes examinados apresentam proporo de monossacardeos muito prxima, preservando, desse modo, o total de ramificaes com galactose de forma independente da sua distribuio. J foram isoladas as quatro principais enzimas responsveis pela degradao de xiloglucano em Tropaeolum majus, sendo : uma endo- -1,4-glucanase especfica para xiloglucano ou xiloglucano endo-transglicosilase (XET);

    - -xilosidase ou oligoxiloglucano exo-hidrolase especfica para oligossacardeos de

    -glucosidase. No modelo proposto por Crombie et al. (1998) as quatro enzimas atacam o polmero de um modo sincronizado, produzindo galactose, glucose e xilose livres. Embora nenhuma evidncia direta indique ainda que os xiloglucanos de sementes tenham dupla funo, esta proposio pode ser feita com base no fato de que os xiloglucanos possuem propriedades hidrodinmicas muito semelhantes s encontradas em galactomananos, isto , os xiloglucanos teriam funes no controle da embebio de gua e xeroproteo. interessante observar que, as relaes entre estrutura e funo em xiloglucano esto nas mudanas de estrutura fina que so tambm relacionadas com o posicionamento das galactoses na molcula.

    O grau de ramificao dos mananos define suas relaes estrutura-funo. Quanto menos ramificado, maior a indicao de que a funo biolgica est relacionada com a dureza e a proteo do embrio. Por outro lado, quanto maior o grau de ramificao, mais solvel o polissacardeo e maior a participao deste em funes como as relaes hdricas.

    Mananos e galactomanos so molculas multifuncionais, desempenhando suas funes durante fases distintas do crescimento e desenvolvimento das plantas.

    Mananos puros so artificialmente definidos como contendo mais de 90% de

    no o restante estar ramificado com galactose. So estruturalmente relacionados aos galactomananos, apenas apresentando um grau menor de ramificao com galactose. Abaixo de 10% de ramificaes, os mananos tornam-se insolveis e precipitam rapidamente em soluo aquosa. Assim, os mananos so estruturalmente relacionados aos galactomananos, apenas apresentando um grau menor de ramificao com galactose. Os mananos, portanto, apresentam alto grau de interatividade intermolecular, formando cristais na parede celular, o que

  • 31

    confere dureza e diminui sua solubilidade. So encontrados em endospermas de sementes de espcies como Phoenix dactylifera, Phytelephas macrocarpa e Coffea arabica. Aparentemente tem outras funes alm de reserva, eles conferem dureza s sementes que os acumulam e isso pode ser associado com um sistema de proteo do embrio contra danos mecnicos. Sendo assim, os mananos exerceriam as funes de constritor e protetor mecnico do embrio e tambm de polissacardeos de reserva.

    Galactomananos so compostos por uma cadeia linear de resduos de manose -1,4 qual resduos de galactose esto unidos

    em endospermas de sementes de leguminosas. A razo manose:galactose e a distribuio dos resduos de galactose ao longo da cadeia de manose variam de espcie para espcie, sendo importante para estudos quimiotaxonomicos e evolutivos. As trs famlias de Leguminosae podem ser distinguidas utilizando-se este parmetro. A mobilizao de galactomananos foi estudada em leguminosas,

    -galactosidase, endo- --manosidase) confirmando que a mobilizao do galactomanano

    ocorre atravs da hidrlise. Em todos os casos estudados, o polissacardeo desmontado at seus monossacardeos constituintes (manose e galactose) ao mesmo tempo em que h produo de sacarose. Alm do papel de reserva, o galactomanano influencia no fluxo de gua devido a sua maior solubilidade nos primeiros estgios da germinao. Este polissacardeo absorve grande quantidade de gua e redistribui ao redor do embrio. O endosperma embebido protege o embrio contra perda de gua atravs de um efeito conhecido como tampo de gua durante perodos de seca ps-embebio.

    5. FATORES ANTINUTRITIVOS DE NATUREZA GLUCDICA:

    a. Linamarina: carboidratos cianognio encontrado em certas variedades

    Mecanismo de detoxicao da planta:

    CN + S2O3 = SCN

    + SO3 =

    O tiocianato (SCN) impede a captao de iodo pela tireide, causando o bcio.

    A intoxicao crnica com cianeto (CN), acarreta a Neuropatia Tropical, que se caracteriza

    por alterao irreversveis das clulas nervosas, provocando falta de coordenao dos

    movimentos e uma apatia generalizada. A ocorrncia de bcio no litoral nordeste brasileiro

    pode ser atribudo ao elevado consumo de produtos de mandioca.

    b. Fatores causadores de flatulncia: Muitos legumes ( feijo, soja, etc. ) apresenta os oligossacardios rafinose, estaquiose e verbascose, que escapam digesto por no

  • 32

    termos a enzima galactosidase, no sendo, pois, absorvidos ao nvel do intestino

    delgado. As bactrias do intestino grosso metabolizam esses aucares produzindo CO2,

    H2e abaixando o ph, So pois, responsveis pela flatulncia quando d ingesto de

    legumes.

    c. Glucosinolatos: Substncias encontradas nas crucferas, especialmente do gnero Brassica, que diminuem o valor biolgico dos alimentos. Manifestam atividades

    bocgena, acarretando hipertrofia das tireides. So comumente encontradas em couve,

    repolho, nabo, mostarda, colza, etc.

    El potencial teraputico de algunas verduras

    Por el Dr. Hctor E. Solrzano del Ro

    Coordinador de Medicina Ortomolecular del Centro de Estudios de Medicina

    Integradora de la Universidad Autnoma de Guadalajara y Presidente de la Sociedad

    Mdica de Investigaciones Enzimticas, A.C.

    El indol-3-carbinol es un producto derivado de la glucobrasicina glucosinolato tambin

    conocido como indol-3-glucosinolato. Los glucosinolatos se encuentran principalmente en los

    vegetales crucferos (brcoli, col, col de Bruselas, coliflor, col rizada, nabos, etc.).

    Entre las recomendaciones que se dan para seguir una buena dieta, est el consumir

    diariamente 5 raciones de verduras frescas y 5 raciones de frutas frescas.

    En un antiguo tratado Romano de medicina se afirma que "si aparece una lcera cancerosa en

    las mamas, aplquese una hoja de col machacada y se pondr bien". Con el machacar una hoja

    de col, el indol-3-glucosinolato se convertira en indol-3-carbinol entre otras reacciones

    (Albert-Puleo M. Physiological effects of cabbage with reference to its potential as a dietary

    cancer-inhibitor and its use in ancient medicine. J Ethnopharm, 1983; 9:261-272).

    El propio I-3-C no es activo. Cuando el I-3-C entra en contacto con el cido gstrico se

    convierte en sus metabolitos activos, el diindoilmetano y el indoilcarbazol. Por eso, el I-3-C

    administrado parenteralmente no produce metabolitos activos.

    En la actualidad, sabemos que el I-3-C puede modular el metabolismo de los estrgenos.

    Tambin puede tener efectos anti-aterognicos, antioxidantes y anticancergenos.

    El I-3-C puede estimular a las enzimas naturales desintoxicantes de nuestro cuerpo.

    Se ha demostrado que los metabolitos estrognicos 16 alfa-hidroxiestrona y 4-hidroxiestrona

    son cancergenos y se cree que son responsables los posibles efectos cancergenos del

    estrgeno. Por otro lado, se ha descubierto que el metabolito estrognico 2-hidroxiestrona es

    protectora contra varios tipos de cncer, incluyendo el cncer de mam. Se ha demostrado que

    el I-3-C aumenta la relacin de 2-hidroxiestrona a 16 alfa-hidroxiestrona y tambin inhibe la

    4-hidroxilacin del estradiol (Bailey GS, Hendricks JD, Shelton DW et a. Enhancement of

  • 33

    carcinogenesis by the natural anti-carcinogen indole-3-carbinol. J Natl Cancer Inst. 1987;

    78:931-934).

    Algunos estudios han demostrado que el I-3-C restaura la funcin del gen supresor p21,

    retrasa la propagacin de clulas aberrantes de prstata y mama e induce la apoptosis de

    clulas aberrantes.

    Como ya lo mencion arriba, el I-3-C induce la sntesis de 2-hidroxiestrona. Se he descubierto

    que la 2-hidroxiestrona inhibe la oxidacin de la lipoprotena de baja densidad. Esto nos indica

    que el I-3-C tiene un efecto antioxidante indirecto. Parece que la 2-hidroxiestrona tambin

    tiene la capacidad de inhibir la proliferacin del msculo liso. La inhibicin de la proliferacin

    de msculo liso y la inhibicin de la oxidacin de LDL son importantes para los efectos anti-

    aterognicos del I-3-C.

    Algunas de nuestras investigaciones nos han demostrado que el I-3-C puede ser til para

    inhibir la formacin de quistes de papilomatosis causados por el virus del papiloma humano,

    incluyendo en la boca, los pulmones y las cuerdas vocales.

    Parece que el tratamiento con I-3-C durante 12 semanas causa una regresin completa de la

    neoplasia intraepitelial cervical en el 50 % de las pacientes con estadio II-III de la NIC (Bell

    MC, Crwoley Nowick P, Bradlow HL et al. Preliminary results of the use of indole-3-carbinol

    in the treatment of CIN. Gynecol Oncol 2000; 78:123-9).

    Hay un estudio que reporta por primera vez que el I-3-C ejerce efectos anticancerosos en las

    clulas tumorales pancreticas in vitro. Se ha demostrado que el I-3-C inhibe el crecimiento de

    varias lneas de clulas cancerosas ovricas lo mismo que sobre el cncer de mama y de

    prstata.

    El ensayo mencionado se enfoc en los efectos anticancergenos en varios biomarcadores

    moleculares y celulares del cncer de pncreas. Se investigaron los efectos del I-3-C sobre la

    proliferacin celular, la apoptosis, la expresin de la DT-diaforasa, la expresin de Cox-1 y 2,

    la expresin de NFkappaB y sus efectos sobre la invasin celular tumoral.

    Una de las claves acerca de la causa del envejecimiento es que los animales senectos

    desarrollan autoinmunidad. La autoinmunidad consiste en que el cuerpo se hace alrgico a sus

    propias clulas y empieza a destruirlas. Los autoanticuerpos provocan una respuesta

    inflamatoria crnica. Cuando los autoanticuerpos atacan, por ejemplo, a las articulaciones, se

    presenta la artritis reumatoide. Se conocen aproximadamente 60 enfermedades autoinmunes.

    Entre stas, encontramos a la esclerosis mltiple, la alopecia areata, el vitligo, la espondilitis

    anquilosante, etc.

    El tratamiento convencional se basa en la administracin de corticoides e inmunosupresores,

    lo cual causa graves efectos adversos (Alving CR, Swartz GM Jr. Antibodies to cholesterol,

    cholesterol conjugates and liposomes: implications for atherosclerosis and autoimmunity. Crit

    Rev Immunol. 1991;10(5):441-53.

    Varios estudios realizados en algunas universidades en ratones autoinmunes -- los cuales

    usualmente desarrollan enfermedad renal mortal autoinmune-- mostraron buenos resultados

    con el I-3-C.

  • 34

    El I-3-C tiene un efecto importante protector contra la autoinmunidad. Las pruebas

    demostraron que este complemento alimenticio redujo drsticamente la enfermedad renal

    autoinmune. Despus de un ao, todos los animales que recibieron el complemento todava

    estaban vivos, comparado con solamente el 30 % de los controles. Dos meses ms tarde, todos

    los controles haban muerto, mientras que muchos de los ratones que recibieron el I-3-C

    sobrevivieron otros 6 meses y unos pocos sobrevivieron durante ms de 20 meses; casi el 50

    % ms que los ratones controles.

    Se ha notado en forma interesante que la restriccin calrica podra tener los mismos efectos

    en los ratones autoinmunes (Ogura M, Ogura H, Lorenz E, Ikehara S, Good RA.

    Undernutrition without malnutrition restricts the numbers and propor tions of Ly-1 B

    lymphocytes in autoimmune (MRL/I and BXSB) mice. Proc Soc Exp Biol Med. 1990

    Jan;193(1):6-12). La restriccin calrica revierte la autoinmunidad y extiende el perodo de

    vida.

    Pues bien, se cree que el I-3-C puede imitar los efectos de la restriccin calrica y prolongar el

    perodo de vida (Howitz KT, Bitterman KJ, Cohen HY, et al. Small molecule activators of

    sirtuins extend Saccharomyces cerevisiae life span. Nature. 2003 Sep 11;425 (6954):191-6.

    Epub 2003 Aug 24). El I-3-C y la restriccin calrica afectan a un proceso conocido como

    metilacin (Morse MA, LaGreca SD, Amin SG, Chung FL. Effects of indole-3-carbinol on

    lung tumorigenesis and DNA methylation induced by 4-(methylnitrosamino)-1-(3- pyridyl)-1-

    butanone (NNK) and on the metabolism and disposition of NNK in A/J mice. Cancer Res.

    1990 May 1;50(9):2613-7). Puedo mencionar que la metilacin es una reaccin bioqumica

    que sucede en forma natural dentro de nuestro cuerpo. Este proceso disminuye con la edad y

    se altera con la autoinmunidad (Yung R, Ray D, Eisenbraun JK, et al. Unexpected effects of

    heterozygous dnmt1 null mutation on age-dependent DNA hypomethylation and

    autoimmunity. J Gerontol A Biol Sci Med Sci. 2001 Jun;56(6):B268-76).

    Las ltimas tendencias en la investigacin nutricional y oncolgica estn examinando cmo

    ciertos compuestos fitoteraputicos afectan a los genes, utilizando microarreglos de ADN. Los

    microarreglos para el I-3-C muestran que esta substancia natural ejerce un potente efecto en

    los genes relacionados con el cncer. Entre otras cosas, estas substancias activan a los genes

    tumorales supresores, a otros genes que destruyen a las clulas cancerosas y a los genes que

    nos desintoxican de agentes qumicos. Tambin el I-3-C suprime genes que capacitan a las

    clulas cancerosas a comunicarse con otras clulas. Esta capacidad para entrar en las clulas

    cancerosas y activar o desactivar genes es una poderosa arma contra el crecimiento del cncer.

    Esta habilidad para ejercer estos efectos sin alguna toxicidad (como lo hace el I-3-C) lo

    convierte en un agente quimiopreventivo extremadamente deseable.

    En pocas palabras, el I-3-C se usa para la prevencin y tratamiento del cncer de mama,

    cncer de colon y otros tipos de cncer. Tambin se usa oralmente para fibromialgia,

    papilomatosis larngea, displasia cervical y en varias enfermedades autoinmunes como el

    lupus eritematoso sistmico. Varios estudios demuestran que es til para equilibrar los niveles

    hormonales, desintoxicar a los intestinos y el hgado y para apoyar al sistema inmunolgico

  • 35

    Couve-brcolo - potenciais efeitos anticancergenos Ana Sofia Rodrigues (1), Eduardo Rosa (2). (1)Escola Superior Agrria de Ponte de

    Lima, Mosteiro de Refoios, 4990-706 Ponte de Lima, Portugal, (2) Universidade

    Trs-os-Montes e Alto Douro, Dpt. Fitotcnia, Apartado 202, 5001-911 Vila Real,

    Portugal.

    Resumo

    As plantas da famlia Brassicaceae, incluindo a couve-brcolo, apresentam um

    grupo de compostos secundrios, os glucosinolatos, com reconhecidas

    propriedades anticancergenas, especialmente os hidrolisados do glucosinolato

    glucorafanina e dos glucosinolatos indlicos. Contudo, os potenciais benefcios na

    sade dependem das concentraes destes compostos que por sua vez dependem

    das variedades consumidas e das condies de crescimento da cultura.

    Neste estudo, avaliou-se a variao do teor em glucosinolatos, nas inflorescncias

    primrias e secundrias de onze cultivares de couve-brcolo, em duas estaes de

    crescimento, Primavera-Vero e Vero-Inverno. Os teores em glucosinolatos

    foram significativamente superiores no Vero-Inverno. Nesta estao os teores

    mais elevados ocorreram nas inflorescncias secundrias. O grupo dos

    glucosinolatos indlicos representou entre 19 e 77% dos totais. A glucorafanina foi

    o glucosinolato que surgiu em maior concentrao (>500 moles.100 g-1 PS) em

    todas as cultivares. Considerando o potencial efeito anticancergeno do

    isotiocianato derivado da glucorafanina, sulforafano, a cultivar Shogun destaca-se

    das outras por apresentar maiores teores desse glucosinolato.

    3- Butenilglucosinolato (GLUCONAPINA)

  • 36

  • 37

  • 38

  • 39

    2- Hidrxi 3- butenil glucosinolato (PROGOITRINA)

    CH2 = CH CH CH2 NCS + HSO

    4 + C6H12O6 ( - glicose)

    OH

    2- Hidrxi 3- butenil isotiocianato

    5- Vinil oxazolidina 2- tiona

    (5-vinil-2-tioxazolidina)

    (GOITRINA)

  • 40

    Lipdios

    1. CONCEITO

    Os lipdios constituem, juntamente com os carboidratos e protenas outra classe de substncias

    consideradas como alimento. Os seus representantes so compostos bastante heterogneos, das

    mais variadas funes qumicas, que se caracterizam pela insolubilidade em gua e

    solubilidade em solventes orgnicos (ter, acetona, lcool, clorofrmio, etc.). Essa natureza

    hidrofbica conseqncia da natureza qumica da molcula, que possui extensas cadeias de

    carbono e hidrognio, lembrando muito os hidrocarbonetos.

    So considerados os mais energticos dos alimentos devido a essas cadeias hidrocarbonetadas,

    apresentando o tomo de carbono em estgio bastante reduzido, isto , com baixo nmero de

    oxidao, devido ao baixo teor de oxignio na molcula.

    Composio qumica elementar (%) K cal/g________

    Classe C O H N____________________

    Protena 53 23 7 16 4

    Carboidratos 44 49 6 _ 4

    Lipdios 76 11 12 _ 9___________

    Constituem, portanto, uma excelente opo para a clula viva ou organismo qualquer, o

    armazenamento de energia qumica na forma de lipdios.

    Do ponto de vista estrutural os lipdios constituem as membranas de permeabilidade

    diferencial como a membrana citoplasmtica e as membranas que revestem as organelas e

    outras entidades de atividade bioqumica especializadas (como o retculo endoplasmtico, o

    sistema lamelar dos cloroplastos, etc.). Alguns representantes dessa classe ainda

    desempenham funes altamente especializadas como algumas vitaminas e a clorofila

    (pigmento receptor da energia radiante no processo fotossinttico).

    2. CLASSIFICAO

    Segundo suas propriedades qumicas, os lipdios podem ser classificados em:

    2.1 Lipdios neutros glicerdios monoglicerdios

    ceras diglicerdios

    triglicerdios

    2.2 fosfatdios 2.3 esfingolipdios 2.4 glicolipdios 2.5 lipoprotenas 2.6 terpenides carotenides

    esterides

  • 41

    3. TRIGLICERDIOS

    Constituem a quase totalidade da frao lipdios de uma dieta alimentar ou uma reao

    animal. tambm a forma pela qual os organismos animais ou vegetais armazenam parte

    significativa da energia qumica.

    Quimicamente so steres do glicerol e cidos graxos, produtos esses que so obtidos

    mediante hidrlise dos triglicerdios.

    As propriedades fsicoqumicas os triglicerdios so regidas pela natureza dos cidos graxos

    integrantes, desde que o glicerol comum a todos eles.

    3.1. Hidrlise dos triglicerdios: Existem 3 modalidades de se promover a hidrlise dos

    triglicerdios:

    1. hidrlise cida (reversvel) 2. hidrlise alcalina ou reao de saponificao (irreversvel). 3. hidrlise enzimtica (pela ao das lpases)

    Da hidrlise alcalina resulta um sal sdico ou potssico (conforme se use NaOH ou

    KOH para a hidrlise) do cido graxo, o qual denominado de sabo, com propriedade

    detergente. Para que uma substncia manifeste propriedade detergente, a mesma deve

    apresentar em sua molcula, uma poro hidrofbica (apolar) e outra hidroflica (polar). Os

    detergentes, estabelecendo uma ponte, aproximando as molculas polares (gua) das

    molculas apolares (gordura), promove a solubilizao ou emulsificao das gorduras e dos

    leos.

    3.2. cidos Graxos: So cidos carboxlicos que apresentam um radical R de natureza

    graxa ou apolar: R COOH, onde R deve se apresentar com mais de 4 tomos de carbono em

    estgio reduzido.

    De um modo geral, aumentando-se o nmero de tomos de carbono na molcula,

    aumenta-se o ponto de fuso do cido graxo (at 8 tomos de carbono os cidos carboxlicos

    so lquidos; com 1 e 2 tomos de C, so volteis).

    A presena da dupla ligao na cadeia do cido graxo diminui o ponto de fuso do

    mesmo.

  • 42

    cidos graxos Estrutura Ponto de Fuso

    Saturados

    Lurico CH3(CH2)10COOH 44

    Mirstico CH3(CH2)12COOH 54

    Palmtico CH3(CH2)14COOH 63

    Esterico CH3(CH2)16COOH 70

    Araqudico CH3(CH2)18COOH 75

    Benico CH3(CH2)20COOH 80

    Lignocrico CH3(CH2)22COOH 84

    No-saturados

    Olico CH3(CH2)7CHCH(CH2)7COOH

    Vaccnico CH3(CH2)5CHCH(CH2)9COOH

    Ricinoleico CH3(CH2)5CHOHCH2CHCH(CH2)7COOH

    Linoleico CH3(CH2)4(CHCHCH2)2(CH2)6COOH

    Linolnico CH3CH2(CHCHCH2)3(CH2)6COOH

    Araquidnico CH3(CH2)4(CHCHCH2)4(CH2)2COOH

    Pouco comuns

    -alaioesterico CH3(CH2)3CHCHCHCHCHCH

    Taririco (CH2)7COOH

    Isnico CH3(CH2)10CC(CH2)4COOH

    CH2CH(CH2)4CCCC(CH2)7COOH

    CH2

    Lactobacilico

    Vernlico

  • 43

    Os leos de origem vegetal so triglicerdios que apresentam elevada proporo de

    cidos graxos poliinsaturados, que possuem baixo ponto de fuso, conferindo a esses

    triglicerdios o estado lquido temperatura ambiente (20-25C). J as gorduras de origem

    animal se apresentam no estado slido temperatura ambiente pelo fato de haver

    predominncia de cidos graxos saturados.

    Uma dieta rica leos vegetais aconselhvel s pessoas com distrbios cardiovasculares,

    possuidoras de elevados teores de colesterol no sangue. Tais problemas so manifestados pela

    arteriosclerose (endurecimento das artrias) e/ou ateroesclerose (diminuio da luz arterial).

    Sabe-se que o colesterol no inferior da clula se encontra livre ao passo que fora dela (no

    sangue, por exemplo) se encontra asterificado por cidos graxos. Dependendo da saturao do

    cido graxo, o mesmo pode propiciar a disposio do ster do colesterol na parede interna das

    artrias, diminuindo a luz das mesmas, causando os citados distrbios cardiovasculares.

    ster do colesterol com c. graxo saturado

    ster do colesterol com cido graxo poli-insaturado

  • 44

  • 45

    A margarina, obtida pela hidrogenao cataltica do leos vegetais com a finalidade

    de dar aos mesmos a consistncia slida da manteiga, no se constitui num

    substituto adequado desta, quando se pretende evitar os inconvenientes da gordura

    animal. Isto porque a caracterstica desejvel dos leos vegetais (presena de

    cidos graxos poliinsaturados) alterada quando se efetua a hidrogenao dos

    mesmos para se obter um produto de maior ponto de fuso

    4. CRAS

    Quimicamente so steres de cidos graxos de cadeia longa com alcoois monohidroxilados

    tambm de cadeia longa (16 a 36 tomos de carbono)

    A . cra de abelha (palmitado de miricila)

    B. cra de carnuba (cerotato de miricila)

    Devido natureza das cadeias tanto do cido graxo como do lcool, tais compostos

    so bastante hidrofbicos, altamente insolveis em gua, razo pela qual plantas e

    animais optaram por uma camada cerosa para proteo e impermeabilizao.

    Assim certas plantas apresentam uma camada de cra (cutcula) para proteo da

    epiderme; aves aquticas efetuam a impermeabilizao das penas com auxlio de

    matria cerosa das glndulas cericgenas.

    5. FOSFATDIOS

    So derivados do cido fosfatdico. Um representante desse grupo a lecitina, que est

    associada s membranas de permeabilidade diferencial, com funo ainda pouco conhecida,

    talvez regendo o transporte de substncias atravs dessas membranas.

  • 46

    6. GLICOLIPDIOS

    Citamos os galactolipdios e sulfolipdios, encontrados no tecido fotossintetizador das plantas.

    Suas funes no so bem conhecidas.

    7. LIPOPROTENAS

    So associaes entre protenas e lipdios, especialmente fosfolipdios, que se arranjam

    segundo a polaridade das molculas, sem envolvimento de ligao covalentes. As membranas

    de permeabilidade diferencial (citoplasmtica e aquelas que revestem as organelas celulares,

    bem como o retculo endoplasmtico e o sistema lamelar dos cloroplastos) so constitudos de

    lipoprotenas.

    8. TERPENIDES, CAROTENIDES E OUTROS COMPOSTOS DE NATUREZA LIPDICA

    Como os lipdios congregam compostos da mais variada natureza qumica, encontramos

    representantes desempenhando funes altamente especializadas, alm daquelas j

    mencionadas (funes energtica e estrutural).

    Assim, algumas vitaminas bem como pigmentos receptores de energia radiante no processo

    fotossinttico, so exemplo de lipdios desempenhando outras funes.

    AMINOACIDOS E PROTEINAS

    AMINOCIDOS

    1. CONCEITO

    Como o nome indica, os aminocidos so compostos que carregam em suas molculas um

    grupo amino (de carter bsico) e um grupo carboxlico (de carter cido). So eles as

    entidades que constituem as protenas, e o conhecimento de suas estruturas se reveste de um

    particular interesse pelas propriedades que conferem molcula protica que integram.

  • 47

    Ademais os aminocidos desempenham outras funes especficas, quer participando de

    processos biolgicos (ciclo da uria, por exemplo) ou se constituindo em substrato para muitos

    constituintes celulares.

    Os aminocidos encontrados normalmente nas protenas so identificados com sendo - L-

    aminocido. Alfa () porque o grupo amino (-NH2) se prende ao carbono de posio ,

    adjacente carboxila (-COOH), e L devido a configurao do grupo amino, tendo como

    referncia o D-gliceraldeido:

    2. TITULAO DE AMINOCIDOS E EVIDNCIA DE SEU CARTER INICO

    Os aminocidos, via de regra so solveis em gua e insolveis em solventes orgnicos

    (clorofrmio, acetona, ter, lcool, etc.). Tal propriedade no coaduna com a estrutura geral

    formulada (R-CHNH2-COOH). Como sabe, os cidos carboxlicos e as aminas orgnicas so

    pouco ou quase insolveis em gua, especialmente os compostos de cadeia aliftica ou

    aromtica com diversos tomos de carbono. Outra propriedade fsica interessante o alto

    ponto fuso dos aminocidos, em situao oposta aos cidos carboxlicos e aminas que

    apresentam baixo ponto de fuso e bem definido.

    A real estrutura dos aminocidos pode ser visualizada em soluo considerando o seu

    comportamento como eletrlito. Assim, um aminocido pelo fato de conter um grupo

    carboxlico e um grupo amino, pode reagir tanto como uma base como um cido, sendo

    considerado uma substncia anftera. Se o amino cido estiver dissolvido em um meio cido

    ele se torna carregado positivamente (migra para o ctodo num campo eletrofortico); e se o

    meio for alcalino ele se torna carregado negativamente:

    Para se melhor compreender o carter inico dos aminocidos inicialmente necessrio

    conhecer algumas caractersticas dos diversos grupos ionizveis. Para tal estudaremos as

    ionizaes da carboxila de um cido e do grupo amino de uma amina orgnica.

    2.1 Titulao da carboxila de um cido (actico): O cido actico se ioniza, liberando prton (H

    +) conforme a equao:

    A constante de dissociao (K) do cido actico :

    Para esse valor de K, podemos afirmar que o cido actico um cido fraco, pois apenas uma

    pequena frao das molculas que se ionizam prton.

  • 48

    Aplicando-se logartimos:

    Quando o ph do meio for numericamente igual ao ph,

    Teremos:

    Portanto:

    Isto as concentraes das formas protonizada e desprotonizada se equivalem.

    Podemos concluir, portanto, que o ph de um grupo ionizvel corresponde a um valor de ph no

    qual coexistem as formas protonizada e desprotonizada em idnticas concentraes. Em outras

    palavras, o ph que corresponde semi-titulao ou semi-neutralizao do referido grupo

    ionizvel.

    Curva de titulao do cido actico:

    2.2. Titulao do Grupo Amino (-NH2)

    Seja a amina metilina que pode ceder prton conforme a equao:

  • 49

    Curva de Titulao da Metilamina:

    2.3. Titulao de um amino cido neutro (alamina):

    Formas Inicas

    Carga eletrofortica +1

    Curva de titulao da alamina:

    Problema: Quais as formas inicas existentes, bem como as propores das mesmas para

    alamina no pH fisiolgico (7.0)?

    Resposta: a forma inica da alamina mais abundante no pH fisiolgico (7.0) a forma

    =99, 81%, desprovida de carga eletrofortica:

    2.4. Titulao de um minocido dicarboxlico: cido asprtico

  • 50

    Curva de Titulao do cido Asprtico:

    3. Curva de titulao obtida quendo 20 ml de cido asprtico HCI0,1M so titulados com NaOH0,1M

    Problema: Calcular as propores das formas inicas do cido asprtico existentes no pH

    fisiolgico (Ph=7,0).

    PH=Pk+log R

    PH=7,0

    PK=pK3=9,8 (o mais prximo de 7,0) do grupo -amino

    R= cone. da forma protonizada em relao ao grupo amino= IV

    coc. da forma protonizada em relao ao grupo amino III

    Substituindo:

    7 = 9,8 +log IV

    III

    7 = 9,8 + log R

    log R = 7-9,8 = -2,8

    log 1 = 2,8

    R

    1 =629 ou R = _1_ =

    R 629

    R = __1_ = IV

  • 51

    629 III

    III = 629 . IV

    III + IV = 100% (1)

    substituindo o valor de III em (1), temos:

    629 . IV + IV = 100%

    630 . IV = 100%

    IV = _100_ = 0,16 %

    630

    [III] = 629 X 0,16 (0,1587301)

    [III] = 99,84 %

    Resposta: A forma mais abundante (99,84%) a forma III, carregada negativamente.

    2.5. Titulao de um aminocido bsico (lisina):

    Problema: Qual e em que proporo se apresenta a forma inica mais abundante do

    aminocido lisina no pH fisiolgico (7,0)?

    PH = pK + log R

    PH = 7,0

    PK = Pk2 = 9,0 ( o mais prximo de 7,0; corresponde ao grupo -amino)

    R = conc. da forma desprotonizada em relao ao grupo -amino = [III]

    conc. da forma protonizada em relao ao grupo -amino [II]

    Substituindo:

  • 52

    7,0 = 9,0 + log R

    log R=7,0 9,0 = -2,0

    log 1 = 2

    R

    1= 100 ou R = _1__

    R 100

    Portanto: R = __1__ = _[III]_ ou

    100 [II]

    [II] =100 . [III]

    [II] + [III] = 100% (1)

    Substituindo o valor de [II] em (1):

    100 . [III] + [III] = 100%

    101 . [III] = 100[III] = _100_ = 0,99%

    101

    Logo: [II] = 100 X 0,99 = 99%

    Resposta: A forma inica mais abundante a forma II, na proporo de 99%

    Resumindo o que se observou para os 3 aminocidos, temos:

    Aminocido pI forma inica predominante no pH fisiolgico (7,0)

    Neutro 7 sem carga eletrofortica

    cido < 7 carregado negativamente

    Bsico > 7 carregado positivamente

    4. CLASSIFICAO DOS AMINOCIDOS

    Os aminocidos so classificados segundo a natureza do radical R. vrios critrios de

    classificao podem ser adotados. Assim quanto estrutura do radical R eles podem ser

    classificados em:

    a . aminocidos alifticos

    b . aminocidos aromticos

    c . aminocidos heterocclicos

  • 53

    Mais significativa, entretanto a classificao baseada na polaridade do radical R, uma vez

    que ela enfatiza o papel funcional que cada aminocido desempenha na protena.Assim os 20

    aminocidos comumente encontrados nas protenas so classificados em:

    3.1. Aminocidos com Radical R no Polar ou Hidrofbico:

    3.2. Aminocidos com Radical R Polar, sem Carga no pH Fisiolgico.

    A maioria desses aminocidos tem um radical polar que pode participar de pontes de

    hidrognio; alguns possuem o grupo hidroxila (-OH), outros a sulfidrila (-SH), enquanto

    asparagina e glutamina possuem grupos amida. A glicina, embora desprovida de radical R,

    considerada uma molcula polar pelo fato dos grupos amino e carboxila representar grande

    parte da massa da molcula.

    3.3. Aminocidos com Radical R Polar Carregados Negativamente no pH Fisiolgico

    Nesta classe esto aminocidos dicarboxlicos

    3.3. Aminocidos com Radical R Polar Carregado Positivamente no pH Fisiolgico

    Trs aminocidos so includos nesta categoria: lisina (com grupo adicional E amino com

    pK = 10,5, arginina com o grupo guanidnico de pK = 12,5 e a histidina com o grupo imidazol

    com pK = 6,0)

  • 54

    Outros aminocidos alm desses podem ser encontrados. Assim L-hidroxilisina e L-

    hidroxiprolina sao abundantes no colgeno apenas e por isso denominados de aminocidos

    proticos raros.

    Muitos aminocidos no so encontrados em protenas, mas ocorrem na forma livre. So os

    aminocidos no proticos, que atualmente so em nmero de aproximadamente 200,

    encontrados comumente no reino vegetal. Alguns desempenham funes conhecidas (como a

    ornitina e citrulina que participam do ciclo da uria em plantas e animais, e a beta alanina

    que faz parte da estrutura do cido pantotnico) enquanto a maioria no tem uma funo

    fisiolgica definida. Alguns deles se mostram txicos para animais e humanos, como o cido

    , - diaminobutrico, encontrado nas sementes da Lathirus sativus o qual causa o

    Neurolatirismo (fraqueza muscular a paralizia dos membros inferiores).

    Citrulina: encontrado pela 1 vez em Citrullus vulgaris melancia

    PROTENAS

    1. CONCEITO

    So polmeros formados pela unio dos aminocidos, unidos que so pela ligao peptdica.

    Tais polmeros apresentam peso molecular entre 10.000 a alguns milhes de Daltons.

    A ligao peptdica aquela que se estabelece entre a carboxila (-COOH) de aminocido com

    o grupo amino (-NH2) de outro aminocido:

  • 55

    A ligao peptdica de natureza covalente. Se une dois aminocidos teremos um dipeptdio;

    se une trs, um tripeptdio, e assim por diante. As protenas podem ser consideradas

    polipeptdios.

    2. NVEIS ESTRUTURAIS BSICOS

    A cadeia polipeptdica busca um estado de maior estabilidade termodinmica, que atingido

    aps rearranjos levando a protena nveis estruturais complexos. Tais nveis podem ser

    estendidas como as seguintes estruturas:

    3. Estrutura primria: a seqncia de aminocidos na cadeia polipeptdica. mantida pela ligao peptdica.

    Com os 21 aminocidos normalmente encontrado nas protenas podemos arranja-los formando

    polipeptdios com 100 at alguns milhares de aminocidos. Tais arranjos permitem a formao

    de um nmero extremamente grande de diferentes molculas proticas que possivelmente

    possam existir.

    2.2. Estrutura Secundria: a cadeia polipeptdica pode adquirir a forma de uma espiral

    voltada direita, estrutura essa chamada de - hlice estabilizada por pontes de hidrognio

    que se estabelece entre o grupo carbonilo (=C=O) de uma ligao peptdica com o grupo

    imido (=NH) da 3 ligao peptdica na seqncia regular da cadeia. A estrutura secundria

    tambm pode se manifestar na forma de folha pregueada.

    2.3. Estrutura Terciria: diz respeito ao dobramento da cadeia polipeptdica sobre se mesma,

    se enovelando e adquirindo uma chamada estrutura globular, mais compacta. A manuteno

    de tal estrutura atribuda s diferentes reatividades dos radicais R dos aminocidos

    componentes, e tal estrutura est intimamente relacionada com as propriedades catalticas das

    protenas biologicamente ativas, como as enzimas.

    Entre as ligaes envolvendo os radicais R, e responsveis pela estruturao terciria,

    podemos observar:

    a. ligaes ou interaes eletrostticas entre a carboxila dissociada (-COO-) e grupos protonizados (amino, guanidino ou amidazol).

    b. pontes de hidrognio c. interao hidrofbica

  • 56

    d. interao dipolo dipolo com radicais de polarizao semelhantes) e. ligao ou ponte de dissulfeto (ligao covalente que se estabelece entre 2 tomos de S

    de dois resduos de cistena).

    Alguns tipos de ligaes no covalentes que estabilizam a estrutura protica:

    a) interao eletrosttica; b) ligao de hidrognio entre resduos de tirosina e grupos carboxlicos nas cadeias laterais; c)interao hidrofbica de cadeias

    laterais no polares causada pela mtua repulso de solventes; d) interao

    dipolo dipolo; e) ligao de dissulfeto, uma ligao covalente [De acordo

    com C. B. Anfinsen, The Molecular Basic of Evolution, John Wiley and Sons,

    Nova Iorque, p. 102,1959].

    Representao esquemtica das cadeias polipeptdicos de protenas bem definidas. C indica o

    carboxilo de aminocido terminal; N grupo amino livre do aminocido terminal; os nmeros

    em parnteses so os radicais de aminocidos; -S-, ligaes de dissulfeto.

    2.4. Estrutura Quaternrias: apresentada por apenas algumas protenas, e quase sempre

    biologicamente ativas; tal estruturao pode ser definida como o grau de polimerizao de

    unidades proticas formando dmeros, trmeros, tetrmeros, etc. As foras que mantm a

    estrutura quaternria so as mesmas responsveis pela manuteno da estrutura terciria. Em

    alguns casos, ctions metlicos (Ca++

    , K+, Mg

    ++, Mn

    ++, etc.) auxiliam a manuteno da

    estrutura quaternria.

    Assim a fosforilase a (tetrmero) formada pela unio de 4 subunidade proticas e

    manifesta atividades cataltica. J na forma de dmero (fosforilase b) a mesma inativa.

    Um tetrmero de unidades proticas ilustrado quaternria de uma protena globular complexa

    3. DESNATURAO DAS PROTENAS

    Vem a ser qualquer desarranjo nas estruturas secundrias, tercirias ou quaternria de uma

    protena. As enzimas assim que desnaturadas perdem a atividade cataltica. Os agentes

  • 57

    desnaturantes das protenas so: cidos, bases, fora inica elevada, calor, solventes orgnicos

    (apolares), agitao mecnica, etc.

    4. HIDRLISE DAS PROTENAS

    o rompimento das ligaes peptdicas, que mantm a estrutura primria, e pode ser efetuada

    por cidos, bases ou enzimas (genericamente denominadas de proteases ou enzimas

    proteolticas). Tal hidrlise liberta os aminocidos na forma livre, os quais podem ser

    identificados e quantificados, conhecendo-se assim a composio aminoacdica das protenas.

    5. FUNES BIOLGICAS DAS PROTENAS

    Devido ao nmero incrvelmente elevado de diferentes molculas proticas que podem ser

    fabricadas pelos organismos, cujas propriedades sero reflexo direto da seqncia de

    aminocidos na cadeia polipeptdica, a natureza, aproveitando-se desta particularidade, atribui

    inmeras funes para as protenas. Assim podemos identificar, classes de protenas de acordo

    com suas funes biolgicas:

    5.1. Enzimas: protenas com atividade catalticas, acelerando reaes no interior da clula. 5.2. Protenas de Transporte: A Hemoglobina transporta oxignio; lipoprotenas do

    plasma transportam lipdios. A passagem de ons e outras substncias atravs das

    membranas (de permeabilidade diferencial) auxiliada por protenas de transporte.

    5.3. Protenas Nutritivas: ovoalbumina, casena, ferritina (armazenadora de ferro), etc. 5.4. Protenas Contrcteis: Actina, miosina, tubulina (dos ciliados e flagelados). 5.5. Protenas Estruturais: colgeno, elastina, fibroinas, queratina, etc. 5.6. Protenas de Defesa: imunoglobulinas (anticorpos), fibrinognio e trombina 5.7. Protenas Reguladoras: hormnios e repressores (regulam a sntese de enzimas).

    6. CLASSIFICAO DAS PROTENAS

    Diversos critrios podem ser adotadas para a classificao das protenas, todos eles algo

    subjetivo:

    6.1. Quanto composio

    a. protenas simples - quando formadas apenas de aminocidos (albuminas globulinas) b. protenas conjugadas quando apresentam uma poro no protica (denominado de

    grupo prosttico) prso cadeia polipeptdica:

    protena conjugada grupo prosttico glicoprotena carboidrato

    lipoprotena lipdios

    nucleoprotena cido nuclico

    metaloprotena metal

    ______________________________________________

  • 58

    6.2. Quanto conformao

    a. protenas globulares aqueles cuja cadeia polipeptdica se dobrou consideravelmente, adquirindo a forma esfrica ou globular, geralmente com os

    radicais polares dos aminocidos na superfcie externa e os apolares voltados para o

    interior. Em conseqncia essas protenas globulares so solveis no sistemas aquosos

    e se difundem facilmente. Enzimas, hormnios e anticorpos so exemplos de protenas

    globulares e para a manifestao de suas atividades biolgicas a solubilidade uma

    propriedade desejada.

    b. Protena fibrosas essas protenas podem ser subdivididas em 3 classes segundo a estrutura detalhada das mesmas:

    - - hlice de passo direito (queratina da pele, plo, unhas)

    - folha - pregueada (seda) - hlice tripla (colgeno)

    Tais protenas so altamente insolveis, caracterstica necessria para as suas funes

    biolgicas.

    7. FATORES ANTINUTRICIONAIS DE NATUREZA PEPTDICA

    Os gros de algumas leguminosas, como feijo e soja, apresentam peptdios de baixo peso

    molecular que possuem habilidade de inativar as enzimas digestivas - amilase e a tripsina.

    Tais peptdios j identificados, so denominados de fator anti-amilase e fator anti-tripsina

    e so responsveis, pelo menos em parte pelo efeito txico observado quando