Fundamentos do Turismo - 3ª edição revista e ampliada

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FUNDAMENTOS do Turismo 3ª edição revista e ampliada Luiz Renato Ignarra

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Com linguagem dinâmica e a inclusão de conceitos muito bem organizados, a 3ª edição revista e ampliada de Fundamentos do Turismo contribui para a formação de quem está se aventurando na área de Turismo, bem como oferece subsídios de atualização importantes para quem já é profissional do setor. Escrito por Luiz Renato Ignarra, economista e doutor em Ciência da Comunicação/Turismo, e lançado pela Editora Senac Rio de Janeiro em parceria com a Cengage Learning, o livro é dividido em 13 capítulos e Percorre um importante caminho pelos principais pontos dessa atividade, desde os conceitos básicos até as tendências da área. A obra é voltada para cursos de Turismo, como também de Hotelaria, Lazer, Eventos e Entretenimento. Estudantes e profissionais preocupados com o uso do tempo livre e os movimentos turísticos encontrarão neste livro todo o conjunto de procedimentos que regem o setor.

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Luiz Renato Ignarra é economista formado pela Faculdade de Econo-mia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Feausp) e doutor em Ciência da Comunicação/Turismo pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, o autor leciona no curso de Administração das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), é consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e sócio diretor da empresa L. R. Ignarra Planejamento em Turismo.

Tendo em vista a pouca bibliogra�a especializada em Turismo, e a importân-cia que esse setor tem ocupado nos cená-rios social, cultural e econômico, esta obra traz a sistematização de seus conceitos fundamentais.

Dividido em 13 capítulos, este livro percor-re um importante caminho pelos princi-pais pontos dessa atividade. No primeiro capítulo, enfatiza os antecedentes históri-cos – da Antiguidade à Idade Moderna. No segundo capítulo, evidencia os conceitos básicos de turismo – incluindo de�ni-ções como a de turista, excursionista e visitante –, os destinos e recursos turísti-cos. A partir daí, analisa a demanda e a oferta turística, os conceitos básicos de planejamen-to, os impactos físicos do turismo e as princi-pais tendências, entre outras abordagens.

Com linguagem dinâmica e a inclusão de conceitos muito bem organizados, a 3ª edição revista e ampliada de Fundamentos do Turismo contribui para a formação de quem está se aventurando na área de Turismo, bem como oferece subsídios de atualização importantes para quem já é pro�ssional.

Este livro tem a �nalidade de organizar os conceitos básicos de Turismo para servir de base tanto aos alunos dessa disciplina, nos vários níveis, quanto aos pro�ssionais que trabalham nos setores público e privado e no terceiro setor, e que precisam aprofundar teori-camente seus conhecimentos.

A obra apresenta desde o histórico do desen-volvimento da atividade até os fundamentos básicos de produtos e de mercados turísticos, da segmentação da atividade e da estruturação institucional. Também são avaliados os impac-tos econômicos, sociais, culturais e ambientais do turismo e suas perspectivas para o futuro.

Por tratar as bases para estudo do Turismo, esta publicação é voltada para cursos tanto dessa área quanto de Hotelaria, Lazer, Eventos e Entre-tenimento. Estudantes e pro�ssionais preocupa-dos com o uso do tempo livre e os movimentos turísticos encontrarão neste livro todo o conjun-to de procedimentos que regem o setor. FU

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Ao Bernardo, amigo, companheiro e, coincidentemente, filho.

À Yzolette, minha mãe, em memória.

À Carolina, sobrinha querida, cujas dificuldades da vida são incapazes de vencê-la.

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Introdução xi

1. Antecedentes históricos 11.1 O turismo na Antiguidade 21.2 O turismo na Idade Média 41.3 O turismo na Idade Moderna 41.4 O turismo no Brasil 7Questões para revisão 10

2. Conceitos básicos de turismo 112.1 Enfoques básicos para o estudo do turismo 122.2 Definição de turismo 132.3 O conceito de turista, excursionista e visitante 162.4 Os tipos de turistas 192.5 Os destinos turísticos 212.6 Os recursos turísticos 23Questões para revisão 24Problema prático 26

3. A demanda turística 273.1 Por que a demanda é importante 283.2 A demanda turística internacional 283.3 A segmentação da demanda turística 323.4 Demanda efetiva e demanda potencial 353.5 Fatores de influência da demanda 353.6 Ciclo de vida das destinações turísticas 383.7 A mensuração da demanda turística 40Questões para revisão 47Problema prático 48

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4. A oferta turística 494.1 Conceito de produto turístico 504.2 Atrativos turísticos 534.3 Serviços turísticos 624.4 Serviços públicos 664.5 Infraestrutura básica 694.6 Recursos humanos 70Questões para revisão 73Problema prático 74

5. Conceitos básicos de planejamento turístico 75

5.1 A importância do turismo no desenvolvimento socioeconômico 76

5.2 Os efeitos negativos do turismo 775.3 O conceito de planejamento 795.4 Tipos de planejamento 815.5 Etapas do planejamento 845.6 A matriz de envolvimento 915.7 Implantação do plano 925.8 Avaliação dos resultados 94Questões para revisão 95Problema prático 96

6. Planejamento e fomento do turismo 97

6.1 Comportamento cíclico do turismo 986.2 Instrumentos de fomento ao turismo 996.3 Sustentabilidade do desenvolvimento turístico 1006.4 Aspectos políticos do desenvolvimento do turismo 1036.5 Exemplos de planos de desenvolvimento turístico 106Questões para revisão 127Problemas práticos 128

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7. Segmentação do mercado turístico 1297.1 Conceito de mercado turístico 1307.2 Estrutura do mercado turístico 1317.3 Segmentação de mercado 1337.4 Os segmentos do mercado turístico 1357.5 Imagem mercadológica de uma destinação turística 139Questões para revisão 141Problema prático 141

8. Marketing aplicado ao turismo 1438.1 O conceito de marketing 1448.2 Elementos componentes do marketing 1468.3 Análise das oportunidades do mercado 1488.4 O composto de marketing 1488.5 A promoção turística 1518.6 Elaboração de um programa de promoção 1568.7 E-commerce no turismo 159Questões para revisão 160Problema prático 160

9. Impactos econômicos do turismo 1619.1 O conceito de impacto econômico 1629.2 Questões tratadas pela economia 1639.3 As dimensões econômicas do turismo 1639.4 Multiplicadores do turismo 1659.5 Impactos econômicos do turismo 1689.6 Dinâmica da economia do turismo 1699.7 Elasticidade da demanda 172Questões para revisão 175Problema prático 176

10. Impactos físicos do turismo 17710.1 O papel da preservação do patrimônio no turismo 17810.2 Os impactos físicos do turismo 17810.3 Conceito de sustentabilidade no desenvolvimento

do turismo 18310.4 Capacidade de carga turística 184

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10.5 Indicadores de mensuração de capacidade de carga turística 186

10.6 Ecoturismo e turismo de natureza 187Questões para revisão 189Problema prático 190

11. Impactos culturais do turismo 19111.1 O papel da preservação do patrimônio cultural

no turismo 19211.2 Os produtos turísticos culturais 19311.3 O impacto do turismo nas manifestações culturais

locais 19511.4 Matriz de identidade patrimonial 19811.5 Produção cultural associada ao turismo 199Questões para revisão 200Problema prático 200

12. O papel do poder público no turismo 20112.1 As áreas de intervenção do governo no turismo 20212.2 Outras áreas de intervenção 20412.3 Posição do turismo nos organogramas

governamentais 20512.4 Organismos internacionais de turismo 20612.5 Organismos nacionais de turismo 210Questões para revisão 212Problema prático 213

13. Tendências do turismo 21513.1 O novo perfil do turista 21613.2 Destinos turísticos futuros 21713.3 Mercados turísticos futuros 21913.4 Padrões emergentes do turismo 22013.5 Os desafios do crescimento do turismo 221Questões para revisão 222Problema prático 223

Bibliografia 225

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O turismo, apesar de ser um fenômeno já praticado pelas civilizações antigas, só mais recentemente passou a ser objeto de preocupação dos cientistas. Como uma atividade econômica que se constitui, na atualidade, no principal setor em termos de geração de renda e emprego, sua organização entre os agentes econômicos é mais recente. Assim, não há grande bibliografia especializada sobre seus temas técnicos, notadamente no Brasil, onde essa atividade é motivo de preocupação ainda mais recente. O turismo não pode ser considerado uma ciência, já que seu estudo de maneira científica só se iniciou há poucas décadas. Contudo, é parte das Ciências Humanas, que, por sua magnitude, carece de aprofundamento técnico-científico.

A capacitação dos recursos humanos para o setor tem sido feita precariamente quando se trata da indicação de uma bibliografia técnica especializada em língua portuguesa.

Esta obra tem a pretensão de contribuir para a sistematização dos conceitos fun-damentais do turismo e, sobretudo, ser um instrumento de apoio à capacitação dos recursos humanos do setor. O livro não pretende aprofundar a discussão teórica sobre o turismo, mas organizar uma série de conceitos fundamentais à compreensão do fenômeno turístico. Buscou-se explicitar esses conceitos em uma linguagem que, se de um lado pode pecar pela falta de rigor acadêmico, por outro busca melhor co-municação com aqueles que estão se iniciando na compreensão deste fenômeno tão contemporâneo e importante.

Apesar de o turismo se constituir em um setor econômico recente, seu dinamismo é bastante elevado. Assim, sua conceituação é influenciada por esse dinamismo. Há cerca de 40 anos, por exemplo, quando foi implantado o primeiro curso superior de Turismo na atual Universidade Anhembi Morumbi, se fosse elaborado um glossário de seus termos técnicos, não haveria nem um terço dos atualmente utilizados. Naquela época, raramente alguém, no Brasil, falava em ecoturismo, por exemplo. Passados 40 anos, esse conceito enraizou-se na literatura especializada de tal modo que parece que as outras formas de turismo se tornaram extremamente ultrapassadas. Hoje, até mesmo a palavra ecoturismo tem sido questionada, sendo comum alguns autores pre-ferirem o termo turismo de natureza.

Esse é apenas um exemplo do dinamismo dos conceitos. Cerca de cinco anos atrás, poucos profissionais no Brasil falavam em cluster turístico. Hoje, esse conceito popu-

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larizou-se e já há autores fazendo a releitura do termo e buscando nova conceituação para o processo de regionalização dos produtos turísticos. Assim, um livro sobre fun-damentos do turismo deve atualizar-se permanentemente, sob o risco de não acom-panhar o dinamismo da atividade.

A humanidade precisou de milênios para se transformar de sociedade agrícola em industrial. Para se transformar de sociedade industrial em outra, baseada nas infor-mações, bastaram apenas 150 anos.

A sociedade da informação tem apenas três décadas, e alguns cientistas defendem a ideia de que estamos nos transformando na dream society, ou seja, na “sociedade dos sonhos”.

O turismo vem acompanhando essa evolução e hoje as pessoas não viajam apenas para conhecer, admirar, mas para vivenciar uma experiência, uma história. De acordo com esse novo enfoque, surgem novos termos, novas definições. O con-ceito de operadora turística receptiva evoluiu para o de Destination Management Company (DMC).

Este livro não tem a pretensão de abarcar toda a evolução conceitual do turismo, mas, ao menos, procura apresentar algumas tendências mais contemporâneas desse fenômeno tão fascinante.

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SUMÁRIO DO CAPÍTULO

O turismo na Antiguidade◆ Viagens de comércio dos sumérios◆ Viagens para visitar as pirâmides do

Egito◆ Viagens comerciais dos fenícios◆ Viagens culturais na civilização grega◆ Turismo no Império Romano: as

rodovias, o termalismo, as primeiras hospedarias

◆ Reinado de Alexandre, o Grande: turismo de eventos, suas viagens pela Índia

◆ Viagens dos chineses

O turismo na Idade Média◆ As Cruzadas◆ Turismo educacional dos nobres

O turismo na Idade Moderna◆ O turismo de feiras◆ As grandes navegações

◆ O precursor Marco Polo◆ Surgimento dos spas◆ Surgimento das ferrovias◆ A primeira agência de viagens◆ Os barcos a vapor◆ O advento da aviação

O turismo no Brasil◆ As viagens exploratórias◆ As capitanias hereditárias◆ As entradas e bandeiras◆ Viagem de Von Humboldt – início do

ecoturismo◆ A Corte Real Portuguesa muda-se

para o Brasil◆ Surgimento da primeira estância

climática brasileira: Petrópolis◆ A era dos transportes a vapor◆ Os primeiros hotéis◆ O surgimento da aviação comercial◆ A criação da Embratur

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

◆ Compreender a relação entre as várias civilizações e as necessidades de viagens

◆ Conhecer a origem dos vários segmentos do turismo

◆ Entender a evolução do turismo no mundo

◆ Saber sobre a evolução do turismo no Brasil

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1.1 O turismo na AntiguidadeO fenômeno turístico está relacionado com as viagens, com visita a um local diverso da residência das pessoas. Assim, em termos históricos, o turismo teve início quando o homem deixou de ser sedentário e passou a viajar, principalmente motivado pela ne-cessidade de comércio com outros povos. É aceitável, portanto, admitir que o turismo de negócios antecedeu o de lazer.

Era também econômica a motivação para as grandes viagens exploratórias dos po-vos antigos, que buscavam conhecer novas terras para sua ocupação e posterior explo-ração. Dessa maneira, o turismo de aventura data de milênios antes de Cristo.

A motivação religiosa também foi responsável por viagens na Idade Média, por in-termédio das Cruzadas. O turismo religioso, portanto, data de muitos séculos atrás.

O turismo de saúde também não é um fenômeno recente. No Império Romano, eram comuns as viagens para visita às termas.

O turismo ligado à prática de esportes já era registrado na civilização helênica, com a realização dos jogos olímpicos.

Como se vê, o hábito de viajar para outras localidades por inúmeros motivos é um fenômeno antigo na história da Humanidade. Segundo McIntosh e Gupta, deve ter surgido com os babilônios por volta de 4000 a.C.:

El invento del dinero por los sumerios (babilónios) y el auge del comercio que se inició aproximadamente en el año 4000 a.C. talvez señalen el comienzo de la era moderna de los viajes. Los sumerios fueron los primeiros en concebir la idea del dinero, y en aplicarla a sus transacciones comerciales. (También inventaron la escritura y la rueda, por lo que se les podrá considerar como los fundadores de los viajes.) El hombre podía pagar por el transporte y el alojamiento ya fuera con dinero o por trueque de bienes.1

Três mil anos antes de Cristo, o Egito já era a meca para os viajantes que para lá afluíam para contemplar as pirâmides e outros monumentos. Essas pessoas viajavam pelo rio Nilo em embarcações com cabines bem confortáveis, ou por terra, em carruagens.

Já no Egito antigo eram comuns as grandes festas, que atraíam grupos de homens e mulheres que viajavam em embarcações pelo rio Nilo para participar desses eventos, onde havia muita música e muito vinho.

Talvez tenham sido os fenícios que mais desenvolveram o conceito moderno de via-gens. Como a Fenícia era uma região inóspita para o desenvolvimento da agricultura,

1 McINTOSH, R.; GUPTA S. Turismo: planeación, administración y perspectivas. Cidade do México: Limusa Noriega Editores, 1993. “O invento do dinheiro pelos sumérios (babilônios) e o auge do comércio inicia-ram-se aproximadamente no ano 4000 a.C., talvez assinalando o começo da era moderna das viagens. Os sumérios foram os primeiros a conceber a ideia do dinheiro e aplicá-la em transações comerciais (também inventaram a escritura e a roda, pelo que podem ser considerados fundadores das viagens). O homem podia pagar pelo transporte e alojamento fora com dinheiro ou por meio da troca de bens.” (Tradução do autor)

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houve necessidade de se desenvolver o comércio internacional como um instrumento de sobrevivência. Isso ocorreu há mais de mil anos antes de Cristo, época em que são registradas grandes viagens na China e na Índia.

Na Grécia antiga, o hábito de viagens era disseminado. Heródoto, um dos primeiros historiadores da Humanidade, viajou pelo Egito, Mar Morto, pela Fenícia e Grécia. Durante o Império Romano, as viagens eram estimuladas por um grandioso sistema de rodovias administrado pelo Estado e protegido pelo exército, e há também registros das primeiras viagens de lazer.

Os museus, como atrativos turísticos, surgiram já na civilização grega antiga. Segundo Goeldner et al:

Santuários como o de Apolo, em Delfos, e o de Zeus, em Olímpia, foram gradualmente acumulando objetos de valor, doados como agradecimento por serviços prestados ou como suborno por algo que se esperava que fosse realizado.2

Os nobres romanos viajavam longas distâncias exclusivamente para visitar grandes templos. Foram eles que desenvolveram grande capacidade de viagens a longa dis-tância. Chegavam a viajar cerca de 150 km por dia, com a troca periódica dos cavalos que puxavam suas carroças. Ao longo das vias de circulação eram montados postos de troca de animais, o que permitia vencer grandes distâncias em tempos relativamente curtos. Foi nesses pontos que apareceram as primeiras hospedarias de que se tem notí-cia. Surgia nessa época a hotelaria como um elemento fundamental na viabilização do turismo. As pessoas de mais posses viajavam em liteiras ou em carruagens.

Os romanos desenvolveram bastante a tecnologia de construção de estradas. Já em 150 a.C. eram construídas estradas com o uso de nivelador com pêndulo de chumbo. Eram construídos meios-fios com pedras e um contorno inclinado para o escoamento da água da chuva. Algumas dessas estradas ainda hoje são utilizadas.

Nesse período, eram usuais as viagens dos romanos a cidades litorâneas para ba-nhos medicinais. A talassoterapia, portanto, data de cerca de 500 anos antes de Cristo. Foram os primeiros spas registrados na história da Humanidade.

Mais ou menos na mesma época, no governo de Alexandre, o Grande, na Ásia Menor, eram registrados grandes eventos que atraíam visitantes de todas as partes do mundo. Na região do Éfeso, onde hoje se situa a Turquia, eram registrados mais de 700 mil visitantes para apreciar apresentações de mágicos, de animais amestrados, de acrobatas e de outros artistas. Eram os primeiros registros do turismo de eventos, nos quais havia um grande número de prostitutas, o que nos leva a crer que o turismo sexual também já existia naquela época.

2 GOELDNER, C. et al. Turismo: princípios, práticas e filosofia. Porto Alegre: Bookman, 2002.

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O próprio Alexandre, o Grande, quando visitou a Índia, descobriu estradas em bom estado, ladeadas de árvores e com poços de água, postos de polícia e casas para descanso. Havia uma estrada real com 2 mil km de comprimento e largura de 2 m, por onde passavam carruagens, carros de bois, camelos e elefantes.

Também há relatos de grandes viagens que ocorreram na China antiga, como a de Chang Chien no ano de 138 a.C., que chegou a visitar a Pérsia (atual Irã) e a Síria.

1.2 O turismo na Idade MédiaCom o fim do Império Romano, as viagens tiveram grande decréscimo. Com a so-ciedade organizada em feudos autossuficientes, as viagens tornaram-se uma grande aventura pelo perigo que representavam em termos de assalto de grupos de bandidos. Como se vê, o problema de segurança dos turistas não é preocupação exclusiva dos tempos modernos.

As exceções, nessa época, eram as Cruzadas. Grandes expedições eram organizadas para visitação dos centros religiosos da Europa e para libertar Jerusalém do domínio dos árabes. Talvez tenham sido essas viagens as precursoras do turismo de grupos. Também foi nesse período que mais se desenvolveram as técnicas de acampamentos, origem do campismo.

Em 1388 o rei Ricardo II exigiu que os peregrinos portassem autorizações para as viagens, as quais deram origem aos atuais passaportes.

As viagens passaram a se tornar mais seguras e a se ampliar após o ano 1000. Co-meçaram a aparecer as grandes estradas, por onde circulavam os comerciantes que transportavam suas mercadorias em animais de carga, carruagens puxadas a cavalo, peregrinos, mendigos, trovadores, monges errantes e estudantes.

Nesse período, os viajantes de nível social mais elevado eram hospedados nos cas-telos ou em casas particulares. Os demais utilizavam desde barracas até hospedarias.

Na Idade Média, observou-se também o início de um hábito nas famílias nobres de enviarem seus filhos para estudar nos grandes centros culturais da Europa. Nasciam, assim, as viagens de intercâmbio cultural.

1.3 O turismo na Idade ModernaCom o fim da Idade Média e o advento do capitalismo comercial, as viagens foram se propagando. Criaram-se extensas vias de circulação de comerciantes ao longo do terri-tório europeu, primórdios das autoestradas hoje existentes. No entroncamento dessas vias surgiram as grandes feiras de troca de mercadorias. Tratava-se, pois, do início das feiras que atualmente provocam grande fluxo de turismo no mundo todo.

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Para alguns autores, o turismo inicia-se no século XVII, quando os primeiros sinais de crescimento industrial começaram a afetar o modo de vida estabelecido há séculos. O aumento da riqueza, a ampliação da classe de comerciantes e a secularização da educação estimularam o interesse por outras culturas e pelo conceito de que viajar era um meio de educar.

A necessidade de ampliação do comércio implicou a ampliação também das rotas dos comerciantes. As viagens que inicialmente eram apenas terrestres passaram a in-cluir roteiros marítimos, primeiramente ligando a Europa à África pelo mar Mediter-râneo e depois pelos oceanos.

Dessa época datam as grandes viagens de Marco Polo (1271), um veneziano que chegou a visitar a China. A despeito da motivação exploratória comercial, as viagens de Marco Polo podem ser consideradas as primeiras viagens turísticas de longo percurso. Antes dele, Benjamin de Tudela, judeu residente em Zaragoza, em 1160, viajou pela Europa, Pérsia e Índia.

Os séculos XV e XVI foram marcados pelas grandes navegações; algumas, como a de Fernão de Magalhães, deram volta ao mundo. Essas viagens, que atravessavam os oceanos, levavam centenas de pessoas e duravam vários meses, teriam sido as precur-soras dos grandes cruzeiros marítimos da atualidade.

Nos séculos seguintes, com o florescimento do capitalismo, o hábito de viajar para estações de águas expandiu-se nas classes mais favorecidas. Inicialmente, os spas insta-laram-se no interior dos países e posteriormente deu-se preferência aos spas litorâneos, os quais deixaram de ter destinação exclusiva para tratamento de saúde e passaram a ser procurados para eventos sociais, bailes, jogos de azar e outros tipos de entreteni-mento. Eram esses centros o conceito mais aproximado do que hoje se conhece como destino turístico de lazer.

A era das ferrovias representou uma segunda etapa no desenvolvimento do turismo. O rápido crescimento da população e da riqueza criou um enorme mercado em um curto período de tempo. Data desse período o surgimento das viagens em massa e dos agentes e operadores turísticos, que desenvolvem novas formas de marketing, como as viagens previamente organizadas, os pacotes turísticos, cartazes e folhetos.

O advento das ferrovias no século XIX propiciou deslocamentos a distâncias maiores em períodos de tempo menores. Com isso, o turismo ganhou grande impulso. Na Inglaterra, desde 1830, já existiam linhas férreas que transportavam passageiros. Em 1841, Tomas Cook organizou uma viagem de trem para 570 passageiros entre as cida-des de Leicester e Lougboroug, na Inglaterra. O sucesso foi tão grande que sua empresa passou a organizar excursões para a parte continental da Europa e, posteriormente, até excursões para os Estados Unidos. A empresa prosperou e passou a ser considerada a primeira agência de viagens do mundo.

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Os historiadores apontam o Sr. Thomas Bennett como um dos precursores do ser-viço de agenciamento turístico. Quando trabalhava na embaixada da Inglaterra na Noruega, ele organizava viagens para os ingleses que visitavam aquele país. Posterior-mente, instalou uma empresa própria especializada em organização de viagens: provi-denciava os roteiros, o aluguel de carruagens, as provisões para as viagens e tudo mais que fosse necessário aos turistas.

As viagens marítimas desenvolveram-se bastante nesse período. Com o advento dos barcos a vapor na segunda metade do século XVIII, a navegação passou a ser mais se-gura, mais rápida e a ter capacidade maior de carga e de passageiros. Assim, as viagens intercontinentais passaram a ser comercialmente viáveis e iniciou-se um grande inter-câmbio turístico, principalmente entre a Europa e os demais continentes.

Em 1867, foi organizada a viagem marítima da Cidade do Quaker, nos Estados Uni-dos, ao Mediterrâneo e à Terra Santa, com 60 passageiros, incluindo Mark Twain, que registrou essa viagem em uma de suas obras. Foi provavelmente o primeiro cruzeiro marítimo organizado e anunciado para os turistas.

Em 1850 foi fundada, nos Estados Unidos, a American Express. Essa empresa emi-tiu, em 1891, os primeiros traveler’s checks e deu início a outros serviços de viagem, transformando-se em uma das primeiras operadoras turísticas no mundo.

Uma evolução do turismo ocorreu com a iluminação – a gás ou elétrica –, que esti-mulou a criação de entretenimentos noturnos, como os cabarés de luxo Moulin Rouge e Follies-Bergére.

Data da segunda metade do século XIX a publicação dos primeiros guias de turis-mo, editados por Karl Baedecker, cujo nome passou a ser considerado sinônimo de guia de turismo.

Também nesse período foram organizados grandes eventos que movimentavam turistas pelo mundo todo. Eram as chamadas feiras mundiais, que se iniciaram em 1851 em Londres com 13 mil expositores e 6 milhões de visitantes. A de 1900, come-morativa de início do século XX, em Paris, chegou a reunir 76 mil expositores e quase 51 milhões de visitantes.

Com o crescimento do turismo, a atividade foi se estruturando. Em 1875, por exem-plo, foi criado o Camping Club de Londres; em 1890, o Touring Club da França. Tam-bém em 1890, foi criada a primeira associação de hotéis, a Sociedade Suíça de Hote-leiros. Em 1909, criou-se a Associação de Albergues da Juventude. Em 1919, foi a vez de os agentes de viagem se organizarem, com a criação da Federação Internacional de Agências de Viagens (Fiav).

A estruturação do setor privado do turismo foi acompanhada da estruturação do setor público. Em 1910, foi criado o primeiro órgão público oficial de turismo: o Office National du Tourisme, na França. Em 1947, criou-se a União Internacional de Orga-nismos Oficiais de Turismo, entidade precursora da atual Organização Mundial do Turismo (OMT).

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Outra etapa do desenvolvimento do turismo deu-se no período entre as duas gran-des guerras mundiais, no qual se desenvolveram as rodovias e o transporte aéreo. O tu-rismo social surge nessa época com o aparecimento dos campings, albergues da juven-tude e das colônias de férias.

Segundo Trigo,

Na Suíça, em 1919, mais de 2 milhões de visitantes usufruíram da hospitalidade helvética. Na Alemanha, esse período, […] revelou intensa vida urbana, tão repleta de diversões e atividades culturais que vários jovens do restante da Europa foram atraídos pela efêmera efervescência germânica.3

O advento da aviação é que deu o impulso definitivo para o desenvolvimento do turismo. A aviação, em menos de um século, evoluiu rapidamente, tornando as viagens cada vez mais rápidas e baratas, possibilitando, assim, um grande intercâmbio turístico.

O último período de desenvolvimento do turismo é observado a partir do final da Segunda Guerra Mundial. Acontece uma grande revolução tecnológica, notadamente no setor industrial, que resulta em uma aceleração da criação de riquezas e em uma escalada do poder aquisitivo de parcelas da população mundial.

Os fatores da demanda nunca tiveram condições mais favoráveis para propiciar os gastos em viagens de lazer. Um contínuo aumento do Produto Interno Bruto (PIB), de 3% ou mais ao ano nos países da Europa ocidental, propiciou crescimento de 6% ao ano das viagens. O turismo mostrou-se elástico em relação à renda. Esse grande cresci-mento, no entanto, concentrou-se nos 25 países mais desenvolvidos do mundo. Estes, que englobavam menos de um quarto da população mundial, concentraram 85% das chegadas de turistas internacionais e 80% de seus gastos.

Os avanços técnicos nos transportes e nas comunicações reforçaram, sobremaneira, os fatores econômicos favoráveis à expansão do turismo. O advento da televisão, em particular, contribuiu muito para a promoção da variedade dos atrativos dos países es-trangeiros. Durante esse período, a classe média dos países industrializados teve acesso à compra de automóveis, o que modificou substancialmente o estilo de vida.

Em 1953, já eram contabilizados 23 milhões de turistas internacionais, e esse número subiu para 55 milhões já em 1958.

1.4 O turismo no BrasilA história do turismo no Brasil começa com o próprio descobrimento. As primeiras expedições marítimas que chegaram com Américo Vespúcio, Gaspar Lemos, Fernando

3 TRIGO, L. G. G. Turismo e qualidade: tendências contemporâneas. Campinas: Papirus, 1993.

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de Noronha e outros não deixavam de fazer turismo de aventura. Nota-se que essas viagens exploratórias não se restringiam aos portugueses. Documentos históricos mostram que navegadores espanhóis, franceses, holandeses e ingleses exploraram as costas brasileiras.

Com a criação das capitanias hereditárias e do Governo-Geral, começou a haver um turismo de negócios entre a metrópole e a colônia e também a necessidade das viagens de intercâmbio cultural, pois os filhos das classes mais abastadas eram mandados a Portugal para estudar.

O Ciclo do Ouro e a ocupação da parte ocidental do país deram origem às entradas e bandeiras, verdadeiro início do turismo de aventuras no Brasil. Entretanto, o “turismo receptivo” brasileiro era bastante precário. Relatos históricos mostram que na segunda metade do século XVIII não havia hospedarias na cidade do Rio de Janeiro.

Em 1787, o cirurgião inglês John White, cansado de percorrer com outros passageiros de seu navio as ruas estreitas do Rio de Janeiro, considerou o maior incômodo não achar café ou hotéis, onde pudessem tomar refresco ou passar uma ou duas noites em terra.4

Também datam do século XVIII os relatos de viagens dos tropeiros pelo interior do país, por Belchior e Poyares (1987):

Toscos em sua construção, paupérrimos no conforto material oferecido, mal abrigando as pessoas das intempéries do dia ou do sereno noturno, erguido à beira das estradas, em geral por proprietários das terras marginais, durante longos anos permitiram levar a civi-lização para o interior, ao apoiar o fluxo de pessoas e bens. As mais vezes tinham acoplado outro, também rústico, estabelecimento para fornecer bebidas e alimentos.

Um marco importante em nossa história está relacionado com a famosa expedição de Von Humboldt, naturalista alemão que empreendeu longa viagem por grande parte do território brasileiro pesquisando a flora. Tratava-se da primeira grande viagem de ecoturismo empreendida em nosso país.

No início do século XIX, a Corte Portuguesa transfere-se para o Brasil e com isso há um grande desenvolvimento urbano, notadamente no Rio de Janeiro. Cresce a de-manda por hospedagem na cidade em razão da visita de diplomatas e de comerciantes, iniciando-se, assim, a hotelaria brasileira. Nesse período, Petrópolis revela-se a primei-ra estância climática brasileira, local escolhido pela realeza para fugir do calor do Rio de Janeiro.

Na segunda metade do século XIX, principalmente pela ação do visconde de Mauá, desenvolvem-se os transportes movidos a vapor. Em 1852, é fundada a Companhia de

4 TRIGO, L. G. G. Cronologia do turismo no Brasil. São Paulo: Consórcio CTI/Terra Editoração, 1991.

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Luiz Renato Ignarra é economista formado pela Faculdade de Econo-mia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (Feausp) e doutor em Ciência da Comunicação/Turismo pela Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Além disso, o autor leciona no curso de Administração das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), é consultor da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e sócio diretor da empresa L. R. Ignarra Planejamento em Turismo.

Tendo em vista a pouca bibliogra�a especializada em Turismo, e a importân-cia que esse setor tem ocupado nos cená-rios social, cultural e econômico, esta obra traz a sistematização de seus conceitos fundamentais.

Dividido em 13 capítulos, este livro percor-re um importante caminho pelos princi-pais pontos dessa atividade. No primeiro capítulo, enfatiza os antecedentes históri-cos – da Antiguidade à Idade Moderna. No segundo capítulo, evidencia os conceitos básicos de turismo – incluindo de�ni-ções como a de turista, excursionista e visitante –, os destinos e recursos turísti-cos. A partir daí, analisa a demanda e a oferta turística, os conceitos básicos de planejamen-to, os impactos físicos do turismo e as princi-pais tendências, entre outras abordagens.

Com linguagem dinâmica e a inclusão de conceitos muito bem organizados, a 3ª edição revista e ampliada de Fundamentos do Turismo contribui para a formação de quem está se aventurando na área de Turismo, bem como oferece subsídios de atualização importantes para quem já é pro�ssional.

Este livro tem a �nalidade de organizar os conceitos básicos de Turismo para servir de base tanto aos alunos dessa disciplina, nos vários níveis, quanto aos pro�ssionais que trabalham nos setores público e privado e no terceiro setor, e que precisam aprofundar teori-camente seus conhecimentos.

A obra apresenta desde o histórico do desen-volvimento da atividade até os fundamentos básicos de produtos e de mercados turísticos, da segmentação da atividade e da estruturação institucional. Também são avaliados os impac-tos econômicos, sociais, culturais e ambientais do turismo e suas perspectivas para o futuro.

Por tratar as bases para estudo do Turismo, esta publicação é voltada para cursos tanto dessa área quanto de Hotelaria, Lazer, Eventos e Entre-tenimento. Estudantes e pro�ssionais preocupa-dos com o uso do tempo livre e os movimentos turísticos encontrarão neste livro todo o conjun-to de procedimentos que regem o setor. FU

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3ª edição revista e ampliada

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ISBN 13 978-85-221-1539-6

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