Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p....

20
PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 20 – nº 132 Distribuição Gratuita Destaques Medos XII Semana de Kardec O Poder da Música sobre o ConscienteRemorso Espíritos Protetores, Familiares ou Simpáticos Livros: Encontro Marcado; Valiosos Ensinamentos com Chico Xavier; Luzes em Paris

Transcript of Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p....

Page 1: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – Ano 20 – nº 132Distribuição Gratuita

Destaques• Fé• Medos• XII Semana de Kardec • O Poder da Música sobre o ConscienteRemorso• Espíritos Protetores, Familiares ou Simpáticos• Livros: Encontro Marcado; Valiosos Ensinamentos com Chico Xavier;

Luzes em Paris

Gabriel Delanne

segunda e última parte

Page 2: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

2

Editorialeditorial

Publicação TrimestralDoutrinária-espírita

Ano 20 – nº 132Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas “Amor e Esperança”CNPJ: 03.880.975/0001-40

Inscrição Estadual: 146.209.029.115

Seareiro é uma publicação trimestral, destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e a manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigosassinadosrefletemaopiniãodeseu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua dos Marimbás, 220

Vila GuacuriSão Paulo – SP – Brasil

CEP: 04475-240Tel: (11) 2758-6345

E-mail: [email protected]: www.espiritismoeluz.org.br

Conselho EditorialReinaldo Gimenez

Rosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

RevisãoConselho Editorial

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433

Diagramação e ArteReinaldo Gimenez

Silvana S.F.X. Gimenez

Imagem da CapaDisponível em: <https://upload.wikimedia.

org/wikipedia/commons/9/99/Gabriel_Delanne.jpg> Acesso em: 01 mar. 2018.

Tiragem9.000 exemplares

Distribuição Gratuita

Índice

O mundo está, cada vez mais, nos oferecendo espetáculos deprimentes pelas catástrofes humanitárias.

São povos que precisam fugir de seu país para escapar de guerras, crianças separadas de seus pais por decisões políticas, regiões do planeta sofrendo o martírio da fome.

Todo este sofrimento por falta de cumprir o grande mandamento do “amai-vos uns aos outros”.

O amor ainda está distante de alcançarmos em sua plenitude, mas poderíamos tentar desenvolver, pelo menos, a tolerância.

Sim, a tolerância, pois, todas as tragédias que assistimos nos dias atuais é pela falta de entendimento de que não somos iguais e não temos os mesmos pensamentos,mas,todossomosfilhosdeDeus.

Já que não podemos mudar as ordenações políticas, devemos nos esforçar de, pelo menos, em nosso lar e no agrupamento espírita que frequentamos, ser mais tolerantes com as diferenças.

Em família, nem sempre encontramos simpatia. Recomenda Emmanuel: “Em família, tolera os parentes menos simpáticos e, com os teus exemplos de abnegação, conquistarás de todos eles a benção da simpatia.”

Para aqueles que são responsáveis pela direção e execução das atividades nos núcleos espíritas, a tolerância deve guiar os procedimentos, pois, ainda conforme nos orienta Emmanuel, “não julgues esse ou aquele companheiro ignorante ou de-sinformado, porquanto, se aprendeste a ouvir, já sabes compreender.”

Todos nós erramos, por insistência ou por desinformação. Se o nosso erro nos incomoda, gostaríamos que nos tolerasse e não que nos recriminasse.

É isso que, muitas vezes, as pessoas buscam em um grupo espírita: acolhimento e não julgamento.

A tolerância não só ajudará aquele que sofre, mas nós seremos o primeiro be-neficiário.

“Nos aborrecimentos e provações que te surgem, a cada dia, suporta com humildade as ocorrências suscetíveis de ferir-te, e a tolerância se te fará a trilha de acesso à felicidade, de vez que aceitarás todos os companheiros do mundo na condiçãodefilhosdeDeusenossosprópriosirmãos.”.

Equipe SeareiroBibliografia: EMMANUEL. Plantão da Paz. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 1 ed. São Bernardo do Campo: Ed. GEEM.

Grandes Pioneiros: François Marie Gabriel Delanne | segunda e última parte - p. 3

Trabalhos da casa: Continuidade das Obras - p. 9Aborto: Fé - p. 10Homenagem: Francisco Cândido Xavier - p. 12Livro em Foco: Encontro Marcado - p. 12Kardec em Estudo: Espíritos Protetores, Familiares ou Simpáticos - p. 13Contos: O Grilo Perneta - p. 14Canal Aberto: Medos - p. 15Aconteceu NEEAE: XII Semana de Kardec - p. 16Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16Família: Hoje - p. 17Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18Clube do Livro: Valiosos Ensinamentos com Chico Xavier; Luzes em

Paris - p. 19

Page 3: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

François Marie Gabriel DelanneGabriel também salientou as incompreensões que

existiam no interior do país contra a Doutrina Espírita, pelos disparates que circulavam por falta de estudos sérios dos palestrantes espíritas.

Finalizando a reunião, embora ouvindo muitos comentários contrários ao que fora exposto, falou com firmeza:

— Unamos nossos esforços para continuarmos semeando nossos ideais à frente do povo, para a conquista de uma Sociedade Moderna, apoiados, de um lado na ciência e do outro na razão.

E esclarecia o seu modo de pensar nesse assunto:— Creio que o Espiritismo não é oposto à Ciência,

porém, é necessário propagá-lo por todos os meios, sem a pretensão de que a verdade seja apenas guardada por uma elite de homens cientistas e intelectuais. Seguiram-se alguns protestos, mas as despedidas entre todos os participantes foram de abraços e promessas paraqueoassuntoalipostonãoficasseesquecido.

Algum tempo depois, Gabriel foi convidado a participar, num debate, sobre a encarnação de Jesus Cristo. O curioso é que esse debate, segundo Gabriel, foi muito fraterno, dizendo que, talvez, todos puderam ter sentido o respeito e a profundidade do tema. A Revista Espírita, de janeiro de 1884, relatou este acontecimen-to em suas páginas. Eis um trecho do debate dito por Gabriel Delanne:

— O Cristo é um ser excepcional, não pelo corpo, mas pela inteligência e pelo grau de evolução. A vida espiritual do Messias, porém, não constituiu uma coisa eficienteparaadmitirumanaturezaespecialdoCristo.Ele é um Espírito eminentemente Superior; é o modelo pelo qual devemos nos assemelhar, porém, entre Deus e Ele, a distância é ainda maior do que de nós para Ele.

No final de sua análise sobre aencarnação de Jesus, Gabriel Delanne foi

aplaudido por toda assistência que, na verdade, não fora só composta por espíritas, mas por todos que creem e respeitamafiguraexcelsadeJesus.

O prestígio de Gabriel junto aos espíritas crescia rapidamente e muitos gostavam de ouvir suas opiniões a respeito de vários temas, que chegavam, por vezes, atrazerconflitosentre instituiçõesdecaráterreligioso.Ele, com toda capacidade intelectual, colocava cada um em seu devido lugar.

Certa ocasião, Gabriel recebeu uma carta vinda de Versailles.

Pela letra e pelos erros em estilo descuidado na ortografia francesa, Gabriel achou que se tratava dealgum pedido de assistência material e, num impulso de se desfazer da missiva, repentinamente, olhou a assinatura e viu tratar-se de uma carta escrita por uma senhora.

Gabriel, mais atento à leitura, viu que se tratava de um convite e a missivista pedia-lhe que pudesse atendê-la, o mais rápido possível, indo visitá-la. No prosseguimen-to da escrita, ele sentiu que era necessário atender o convite. E assim o fez.

Chegando a Versailles, procurou o endereço. Este se encontrava na extremidade de um subúrbio. A casa era antiga, localizada num velho pátio sujo, um ambiente

segunda e última parte

3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Page 4: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

4

pouco agradável. Subiu por uma escada carcomida pelo tempo e, logo após, viu-se de frente de uma porta rachada, quase sem pintura.

Tocou a campainha por várias vezes. Estava quase desistindo pela demora em ser atendido, quando esta foi entreaberta e uma senhora idosa, com uma voz rouca, perguntou:

— O que o senhor deseja?Gabriel, tirando a carta do bolso e mostrando-a, falou:— Recebi esta carta convite, sou Gabriel Delanne e...

antes que terminasse de falar, foi rapidamente puxado pelo braço pela senhora que, baixinho, falou:

— Entre... entre por favor.O cômodo era amplo com poucos móveis, aliás, o

que havia ali era uma velha mesa, duas cadeiras se-miquebradas, um candeeiro com uma vela já meio queimada e na parede um relógio antigo, que por essa época era chamado, pelos franceses, de “olho de boi”; Gabriel, também notou, que no canto do cômodo estava encostada, junto da parede, uma mala grande de couro, já gasta pelo tempo.

Enquanto os olhos do visitante passeavam pela sala ampla, a senhora, que havia se ausentado por alguns segundos, voltava, trazendo nas mãos uma cadeira de bom aspecto e. dirigindo-se a Gabriel, pediu-lhe que se sentasse. Agradecendo ao gesto, ele passou os olhos pelo semblante dessa estranha mulher.

Seus cabelos eram grisalhos, mal reunidos num coque sobre a nuca, óculos grande sobre um nariz achatado, vestindo uma espécie de jaleco cinza, sem elegância alguma e calçando uma botina de cano alto, presa por cordões escuros. Gabriel pensava:

“Meu Deus, se esta mulher estivesse desencarnada, porcertoqueeuaquinãoficaria”.

Após todo exame feito por Gabriel, a senhora, sem saber que fora objeto de estranheza, assim como o local, aproximou-se e, sentando-se ao lado do visitante, falou:

— Sei que o senhor está curioso para saber por que o chamei, não é? Sem mais delongas, digo-lhe que conheço sua dedicação pela Doutrina Espírita. Tenho acompanhado seus escritos pelos jornais e sei, também, das palestras elucidativas sobre o Evangelho de Jesus. Pois bem, quero fundar um jornal espírita e só o senhor poderá ajudar-me a tornar realidade este meu desejo.

Gabriel, espantado e entre meio riso, responde:

—Ficolisonjeadopelasuaconfiançaemminha pessoa, mas, digo-lhe que, para isso, é preciso ter muito dinheiro...

Antes mesmo de respondê-lo, a senhora vai até a mala de couro, que Gabriel notou no cômodo e, abrindo-a, retirou uma enorme pasta. Com ela nas mãos, veio à frente de Gabriel e daí retirou cinco notas de mil francos, colocando-as nas mãos de Gabriel, queficoucompletamentemudo!

Gabriel tinha em mãos cinco mil francos para começar o jornal espírita. E ela perguntou-lhe:

— E agora, aceita redigir esse meu desejo?E ele, rindo de alegria, abraçando aquela estranha

criatura, disse-lhe:—Sim,eagradeçomaisumavezasuaconfiança

e, acima de tudo, pelo seu interesse em divulgar o Espiritismo.

— Nada de agradecimentos, meu jovem, só quero que inaugure, rapidamente, esse jornal e logo que sair o primeiro número, volte aqui, porque continuarei a patrocinar as despesas que virão em futuro próximo.

E foi, graças a ela, que Gabriel a intitulou de senhora D’Espérance, ainda desconhecida por essa época na França, mas se salientando, quando veio a lume, a revista Le Spiritisme, não um jornal, porém, uma revista, que com o tempo tornou-se um jornal de grandes proporções, divulgando e fornecendo precioso material sobre o Espiritismo. E a senhora D’Espérance tornou-se uma admirável médium e também uma das pioneiras do Espiritismo Kardecista, na França.

Gabriel Delanne, cada vez mais, tornava-se importante nos noticiários relativos à Doutrina Espírita. Como delegado e protagonista da União Espírita Francesa, foi convidado a participar do Congresso Espírita Belga, realizado em Bruxelas. E, fazendo várias conferências em Paris e pelo interior de Bruxelas, foi nomeado a ocupar a vice-presidência da União Espírita Francesa, eleito por unanimidade. E foi, nessa mesma época, que veio a público seu primeiro livro, O Espiritismo perante a Ciência.

O curioso é que Léon Denis também fez surgir a sua primeira brochura, intitulada O Porquê da Vida, obras tão brilhantes desses dois escritores, pioneiros do Espiritismo, em traçados paralelos. Completando essa importante união, ambos estiveram abrilhantando a realização do Congresso Espírita Internacional em Paris,

Senhora D’Espérance

Page 5: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

contando, ainda, com as presenças ativas de Jean Meyer e Henri Sausse, tendo este publicado o prefácio feito por Gabriel Delanne aumabiografiadeAllanKardec,escritaporHenri Sausse.

Contando com a profunda amizade e admiração de Charles Richet, foi convidado a participar das pesquisas psíquicas, feitas por este grande sábio francês e, ajudá-lo com os estudos, diante das manifestações sobre asmaterializações.TantoeraaconfiançadeRichet com as análises feitas por Delanne, sobre essas manifestações mediúnicas, que Richet chegou a publicar, em seu tratado de Metapsíquica, que “antes de cada sessão, juntamente com Gabriel Delanne, examiná-vamos tudo minuciosamente”. Isto, porque Richet sabia da honestidade de Gabriel, com relação à ciência e aos estudos profundos sobre a Doutrina Espírita.

A vida desse batalhador fora toda ela dedicada à seara do Mestre Jesus, como foi profetizada por Allan Kardec, quando criança. Portanto, seu convívio familiar, após seu ama-durecimento físico, foi de pouco relaciona-mento, seus pais sabiam através da imprensa, aondeencontrarofilhoquerido,para juntosaplacarem a saudade. E foi, através desses encontros, que Gabriel veio a saber do desencarne de seu único irmão, Ernesto, que deixara viúva dona Noémie. Gabriel estava na Algéria e seu pai, Alexandre, também ali se encontrava, pois estava em negociação com acessórios em farmácia. Fora obrigado a fechar a loja da Rua Passagem Choiseul e agora, com sua esposa, moravam na Rua Saint Honoré, dizendo a Gabriel, que esta se localizava perto da igreja Saint-Roch, a qual Gabriel conheceu, em sua infância. Alexandre contouaofilhoquesuamãe,Marie,foiquempôdeiraoenterro de Ernesto, que foi sepultado em Gray.

Gabriel ficoumuito tristepor ter tidopoucocontatocom seu irmão, mas, como espírita, abraçou o pai, falando com a fé ardente de seu coração, dizendo-lhe:

— Pai, um dia estaremos todos reunidos novamente na casa de nosso Pai Criador.

Tempos depois, outro golpe veio, repentinamen-

te, abalar a vida de Gabriel; sua amada mãezinha, que havia recomeçado junto de seu pai, uma nova loja comercial, não resistindo, talvez, ao choque de ver a partida de seu segundo filho, Ernesto, tambémdeixou o corpo físico, tendo sido enterrada no cemitério de Bagneux. Em seguida, seu corpo foi trasladado, sob os cuidados de Gabriel, para o Cemitério Père Lachaise, no jazigo da família, local próximo do dólmen de Allan Kardec e sua esposa Gabi.

Vencendo, a cada dia, as dificuldades,abatimentoseconflitos,tãocomunsnavidados seres humanos, Gabriel também sofria, mas, sua veneração pelas tarefas doutriná-rias o fazia restabelecer seu ânimo.

A profunda amizade que o unia a Jean Meyer,fizeramsurgiroprimeironúmerodaRevista Científica e Moral do Espiritismo. Isto, pela necessidade que Charles Richet encontrava em fazer parcerias sérias sobre publicações que pudessem esclarecer o povo, sobre a verdade da ciência e o moralismo das religiões. E, nesse entusiasmo, e, profunda-mente solicitado para suas palestras escla-recedoras sobre magnetismo e hipnotismo, o fez editar outra obra, A Evolução Anímica, que causou um grande impacto nos meios doutrinários.

Sentindo que seus compromissos dou-trinários se avolumavam, Gabriel resolveu deixar seus negócios particulares. Tinha acumulado pequena renda mensal, que lhe dava suficiente tranquilidade material.Morava num pequeno solar em Paris, na rua Manuel, 5, um lugar aprazível e de rápido acesso a seus afazeres, onde os meios de transporte eram favoráveis às suas necessi-

dades de locomoção.Hector Duville, entusiasmado com a prática de

magnetismo, foi o fundador de uma escola para elucidação dessa matéria. Com o grande interesse dos jovens, por esse aprendizado, ele convidou Gabriel para a formação de uma universidade dos “Altos Estudos”, que seria composta por três faculdades independen-tes: Faculdade das Ciências Magnéticas, Faculdade das Ciências Herméticas e Faculdade das Ciências

Jean Meyer

Henri Sausse

Charles Richet

Léon Denis

Page 6: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

6

Espíritas. Gabriel aceitou administrar os cursos na Faculdade das Ciências Espíritas, que funcionava às terças feiras e sua sede era na Federação Espírita, situada na rua Châteaud`Eau, 55. Esse movimento teve enorme sucesso em toda Paris.

A chegada do cinquentenário do Espiritismo, em Paris, fora de muitos festejos. Os espíritas parisienses comemoraram a data com muitas conferências por toda Paris.Eosorganizadoresdaspalestrasfizeramquestãoque os palestrantes mais ilustres comparecessem a esse evento e os nomes mais cotados foram os de Gabriel Delanne e Léon Denis. Ambos deixaram muitos ensi-namentos esclarecedores sobre a continuidade da vida além da morte. Salientaram a necessidade dos estudos sobre os fenômenos mediúnicos, sempre tendo por base as obras do grande mestre lionês, Allan Kardec.

Gabriel Delanne seguia firme em seu propósito dedivulgar, cada vez mais, a doutrina de amor, de luz e de esperanças a todos carentes de fé. Por isso, seu nome era sempre lembrado em todos os eventos e movimentos espíritas. Assim, prosseguiu sendo nomeado Secretário Geral da Sessão Espírita e eleito como Presidente do Congresso da Sociedade Fraternal de Lyon, pela Sociedade dos Estudos Magnéticos e Espíritas de Alexandria, na Itália, pelo Circulo Espírita de San Remo, pelo Circulo Espírita de Algesiras e pela Sociedade Allan Kardec de Porto Alegre, no Brasil. Ele conseguiu se fazer presente nas primeiras sessões do Congresso, mas, por fragilidade física, demonstrando uma enfermidade que

omanteveacamado, nãopôde comparecer e finalizaressa tournée com sua tese sobre a “reencarnação e seus problemas espirituais”. E em meio a todos esses acon-tecimentos, mais uma vez, Gabriel sentiu a separação de seu ente amado. Alexandre Delanne deixava sua existência terrena, para seguir os rumos da vida eterna.

O pai de Gabriel contava, a todos, a sua alegria de ter vivido setenta e um anos ao lado de um ser que veio para fazer luz aos caminhantes nas trevas. Gabriel chorou muito, porque a ligação com seu pai era algo muito maior que os laços da vida terrena. Suas recordações, diante do passamento de sua mãezinha, e agora, de seu pai, o impedia de falar a todos os presentes no cemitério de Bagneux, do reconhecimento que tivera como benção divina de um lar onde tudo recebera.

Dias depois, Gabriel editou no jornal, Le Spiritisme, uma matéria saída de seu coração, homenageando a figuradeseupai:

“Teria desejado tornar conhecida sua terna solicitude e seu amor pela família. Teria dito com qual devotamento admirável ele sempre me sustentou e que profundo interesse tomava pelo desenvolvimento do Espiritismo. Pai, as palavras que não pronunciei em seu túmulo, venho dizê-las, aqui, hoje, porque a primeira emoção passada me deixa mais livre o pensamento.

Operário incansável, deixou nosso mundo visível, mas, não para o descanso eterno, mas para o eterno trabalho no mundo espiritual. Revigorado pelo amor dos seus, sinto e prevejo que ele prosseguirá em seu

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”REuNiõEs: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

2ª, 3ª e 6ª, às 14h30domingo, às 10 horasPAssE: se inicia 30 minutos antes das reuniões

ARtEsANAto: sábado, das 13h30 às 16h30AtENdimENto às GEstANtEs: nas reuniões de 2ª e 6ªAtENdimENto PEdiÁtRiCo: quinzenalmente, aos sábados, a

partir das 13h30EvANGElizAção iNfANtil: ocorre em conjunto com as reuniõesRECoNstRução EduCAtivA: Reforço Escolar, Inglês e

Evangelização Infantil aos sábadostERAPiA dE APoio EsPiRituAl Aos dEPENdENtEs

químiCos E doENtEs Em GERAl: 6ª, às 19h30tRAtAmENto EsPiRituAl: 2ª e 4ª, às 20 horastREiNo mEdiúNiCo: 5ª, às 20 horassitE: www.espiritismoeluz.org.br | [email protected]

você poderá obter informações, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá também adquirir livros espíritas e ler o Seareiro eletrônico.

Rua dos Marimbás, 220 – Vila Guacuri – São Paulo – SP(11) 2758-6345 | [email protected] | www.luznolar.com.br

diA livRos EstudAdos

2ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel; O Céu e o Inferno – Allan Kardec; Obreiros da Vida Eterna – André Luiz*

3ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan Kardec; Mecanismos da Mediunidade – André Luiz*

4ª Seara dos Médiuns - Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan Kardec; Das Leis Morais - Roque Jacintho

5ª O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Mecanismos da Mediunidade – André Luiz*

6ªO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Missionários da Luz – André Luiz*; Convite – Roque Jacintho

Domingo O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

Page 7: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

apostolado, junto à sabedoria de Deus. Ele sempre me deu o exemplo do dever nobremente cumprido, sempre me sustentou, moral e materialmente, para permitir que eu me consagrasse inteiramente ao Espiritismo.Obrigado, meu pai.”

Tempos depois, os restos mortais de Alexandre Delanne foram transladados para o cemitério Père Lachaise, como fora os de sua mãe Marie.

A vida, para Gabriel, continuou com as inúmeras conferências, que exigiam mais estudos e mais prática, nessa tão extensa caminhada de difusão da Doutrina Espírita. Esteve em Marselha, Avignon, Pont-Saint Espirit e Lyon. No decorrer dessas conferências, ele teve a oportunidade de falar das experiências com sua mãe Marie, que sob a inspiração dos espíritos, escrevia algumas linhas em russo e uma página e meia, num dialeto italiano, línguas e idiomas que ela nunca ouvira ou pensado em estudá-los, evidenciando claramente o fenômeno mediúnico. As mensagens eram examinadas pelas pessoas ali presentes, de acordo com a respectiva nacionalidade,confirmandoounãoosidiomasdispostos.

O coração, sempre solidário, de Gabriel Delanne, o fez render-se diante de criança que ficara órfã aossete meses. Ele havia acompanhado o triste caminho dessa família. Gabriel não conseguia esquecer o quadro demiséria humana a qual essa criança ficara.Assim,numa certa ocasião, foi ao orfanato onde havia sido encaminhada a menina, adotando-a e deu-lhe o nome de Suzanne Rabotin, pela lembrança de seu nascimento, em que ouviu dos lábios da mãe que esse seria o nome da pequenina que não teve a felicidade de conhecer aquela que acabara de lhe dar a vida. Suzanne viveu ao ladodeGabrielatéofimdesuavidafísica.

Sob aplausos, realizou-se no Ateneu Saint-Ger-main, de Paris, uma conferência sobre a obra de Allan Kardec, na qual Gabriel Delanne, falou com toda ênfase, salientando a vida e as obras do mestre lionês, sob o ponto de vista experimental, científico e filosófico.Essa conferência causou grandes comentários nos meios religiosos, tanto no aspecto dos espíritas, quanto aqueles líderes opostos à Doutrina Espírita.

Embora sentindo-se muito enfraquecido pela enfermidade que atacava seus movimentos e já se obrigando a usar duas bengalas para poder andar, continuou sua peregrinação, aceitando as palestras que

foram realizadas nos arredores de Nice, em Cussey e também em Lyon. Percebendo os desgastes físicos, que foram notados por seu grande amigo Bouvier, foi Gabriel obrigado a aceitar a fazer uma pausa em suas caminhadas conferencistas e a repousar na casa de veraneio de Bouvier. Com uma bela vista voltada para o mar, as janelas de seu quarto ainda enchiam seus olhos do lindo luar noturno. Isto lhe fez surgir outra obra,

que intitulou de: As aparições Materializadas dos Vivos e dos Mortos,baseadaessaobranosestudosquefizeracom Charles Richet, sobre as experiências realizadas com o médium Miller que, para Gabriel, era um autêntico médium de efeitos físicos e materializações.

A atividade de Gabriel Delanne era tão intensa que seurepousosignificavatrabalhosendo,assim,procuradopelo escritor Paul Bodier, que acabara de escrever sua grande obra A Granja do Silêncio. Vinha este pedir-lhe que, se possível, prefaciasse seu livro. Após a leitura do mesmo, Gabriel prefaciou e aplaudiu a ideia, achando essa obra magnífica. Na verdade, sua publicaçãofeita por Jean Meyer foi um grande sucesso. E com a colaboração de outro espírita, estudioso da doutrina, Andry Bourgeois, Gabriel escreveu uma obra, na qual fazia esclarecimentos preciosos sobre a ideoplastia.

Suzanne,afilhaadotiva,acompanhava,preocupadacom as energias cada vez mais enfraquecidas de seu pai.

Naturalmente, Gabriel, embora quisesse, não conseguia mais estar na companhia de seus amigos queridos, como sempre fazia. Porém, estes o visitavam com frequência e foi, numa das visitas feitas por Andrey Bourgeois, que um fato interessante se passou. Ambos teciam comentários sobre as conferências que Gabriel fizera nos últimos tempos, quando um senhor insistiacomSuzanne,afilhaadotivadeGabriel,queprecisavacom urgência falar com Gabriel. A mocinha tentava fazê-lo entender que não seria possível, porque o estado de saúde dele era muito precário. Mas, com os ouvidos atentos, não escapou a conversação insistente do senhor, e Gabriel pediu ao amigo Andrey, que estava ao seu lado, que o conduzisse ao seu quarto. Apresentava uma boa aparência, apesar de seu nervosismo aparente.

Dizia ser um contramestre das Usinas de Renaut em Billancourt.

Allan Kardec

Page 8: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

8

Tinha ideias socialistas e dizia pregar a anarquia, o bolchevismo, partido social democrático russo, ao qual, também, divulgava como membro da facção extremista. Gabriel ouvia com profunda atenção, mas, em determinado momento, o interrompeu:

— Creio, meu amigo, que não é por motivos políticos que você veio até aqui, não é?

— Claro que não, — falando e esfregando as mãos nervosamente. O que me traz aqui, é para pedir-lhe uma orientação. Tenho uma irmã, que me é muito querida. Mas, de uns tempos para cá, ela começou a escrever e a falar sobre coisas muito estranhas. Tudo parecendo não ter nexo. Estou buscando sua orientação, já que o senhor entende desses assuntos estranhos. Que fazer?

Embora sofrendo dores profundas que se irradiavam por todo seu corpo, Gabriel, por duas horas, conversou, tentando explicar a esse homem o que era a mediunidade e o fenômeno espiritual que ela exercia através das mensagens escritas, das psicografias,nome esse dado aos médiuns escreventes. Ninguém poderia imaginar o esforço de Gabriel e sua paciência, que só deu por finalizado oassunto quando o homem deixou claro que iria procurar estudar o acontecido e conversar com os familiares o que ouvira de Gabriel.

Suzanne estava aflita; após a saída dosenhor, notamos que uma forte palidez tomava o semblante de Gabriel. Olhando para Andrey, que ali continuava a observá-lo, este viu que o amigo lhe dava sinais, como pedindo ajuda para levantar-se. Andrey, entendendo, tentava colocá-lo em pé, quando Gabriel deu um forte grito de dor e falou baixinho:

— Não sinto mais minhas pernas, estou paralisado, foi a última imensa dor que acabo de sentir.

Andrey viu que seus braços se soltaram, assim como, sua cabeça, caindo para frente.

Andrey e Suzanne tentavam reanimá-lo, porque ainda havia a respiração ofegante. Suzanne colocando o ouvido bem pertinho dos lábios de Gabriel, escutou:

—Esteéofim,maslembre-se,minhafilha,seupaiGabriel Delanne, não teme a morte.

De imediato, o médico chamado por Andrey chegou e logo, em seguida, tentou reanimá-lo, porém, olhando os presentes, falou-lhes:

— Tudo está nas mãos de Deus, ao que Gabriel, lucidamente, respondeu:

— Assim espero...Earespiraçãoofeganteprenunciavaofim,

fisicamente.E no dia 15 de fevereiro de 1926, Gabriel

Delanne partia para a pátria de origem, em Autenil na Villa Montmorency, onde Jean Meyer também se encontrava, para despedir-se de seu grande batalhador amigo.

Quando o corpo de Gabriel foi colocado no esquife, o senhor Forget, membro da Sociedade Francesa de Estudos dos Fenômenos Psíquicos, tentou tirar algumas fotos do mestre querido, em seu leito mortuário. Mas, por incrível que possa parecer, nenhuma foto foi revelada, apesar de várias tentativas sem sucesso. Os funerais foram realizados no dia 18 de fevereiro de 1926, no Cemitério Père Lachaise. E, a pedido do próprio Gabriel, seu corpo foi incinerado e, as cinzas, colocadas numa urna, que foi depositada no jazigo da família Delanne, no próprio Cemitério.

Sabe-se que o túmulo da família Delanne ficoupróximoaotúmulodeAllanKardecesuaesposa Gabi. E todos os anos, na cerimônia co-memorativa, a qual os espíritas se reunem em torno do dólmem do Mestre lionês, podem, ao mesmo tempo, homenagear a seu discípulo e, ao mesmo tempo, aos pais de Gabriel Delanne que,juntos,difundiramafilosofiakardecista.

Entre os muitos amigos que discursaram durante o velório de Gabriel Delanne, Jean Mayer falou e editou na Revista Espírita, de março de 1926:

“O Espiritismo mundial sofre, mais uma vez, pela perda de mais um autêntico divulgador da Doutrina Espírita. Sem dúvida, sabemos que Gabriel Delanne já está colocado nessa

pátria espiritual, cujos caminhos ele preparou para tantasalmas,pelomagníficoexemplodesuaconvicção,pelo admirável ensinamento de suas obras. Mesmo preso numa cadeira de rodas e com muitas dores, ele foi um semeador de tão úteis lições e, com bravura,

Page 9: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

não fraquejava, mostrando sua jovialidade, não se deixando vencer em revoltas contra os princípios que tanto defendia, ser resignado e dar testemunhos de sua ardente fé, aos princípios cristãos.”

Dentre as obras editadas por François Marie Gabriel Delanne, estão:

• O Espiritismo perante a Ciência• O Fenômeno Espírita• Evolução Anímica

• Pesquisa sobre Mediunidade• A Alma é Imortal• As Aparições Materializadas ((não há tradução

em português))• Documentos para servirem ao estudo da

Reencarnação – obra esta traduzida com o título – A Reencarnação

Eloisa

• BODIER, PAUL; REGNAULT, Henri. Gabriel Delanne – Sua Vida, seu Apostulado e sua obra. Tradução José Jorge. 4 ed. Ed. CELD, 2012.

• VANTUIL, Zeus. Grandes Espíritas do Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. FEB, 1969.

• LUCENA, Antonio de Souza; GODOY, Paulo Alves. Personagens do Espiritismo. 1 ed. Ed. FEESP, 1982.

• Imagens, acesso em: 01 mar. 2018:• https://pt.wikipedia.org• http://www.mundoespirita.com.br

Bibliografia

Explodecoração!Sim, esta é a expressão de todos os voluntários e

frequentadores do nosso Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”, por termos conseguido cobrir a nossa casa. Claro que há, ainda, muito para podermos concluir a obra toda, mas a alegria é enorme, porque todos que continuam a nos auxiliar com a boa vontade e, acima de tudo, com o “óbolo da viúva”, juntam o coração com o nosso Patrono Espiritual, Fabiano de Cristo, agradecendo, em preces, a louvor de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos propicia as tarefas físicas, com o objetivo de estendermos, ainda mais, o atendimento às famílias habitantes dos bairros próximos ao nosso Núcleo.

Segundo o Plano Espiritual, deveremos realizar, nesse espaço, o “Centro de Reabilitação Físico e Espiritual”.

É um prosseguimento do que já fazemos, com os médicos pediatras, doutor Flávio e doutor Jorge, que fazem o atendimento gratuito às famílias cadastradas e a todas às pessoas que precisam de atendimento médico e remédios. Com mais espaço, teremos ambulatório mais amplo e “farmácia” mais adequada aos clínicos e

pacientes. O atendimento se fará aos adultos e crianças e, também, todos terão a oportunidade de fazer o Tratamento Espiritual, já realizado, agora ampliado pela equipe médica da Espiritualidade.

Portanto, continuamos a precisar da ajuda de todos que queiram participar deste imenso trabalho proposto pelos Espíritos Superiores, dando-nos a oportunidade de tornarmo-nos mais úteis nesta reencarnação.

Não podemos deixar de agradecer a Jesus, pelo carinho e dedicação empenhados pelo Engenheiro Senhor Lentini que, com toda a sua equipe da L3 Engenharia e Arquitetura, nos presenteou com seu projeto e suporte contínuo ao nosso José Neto, pedreiro, e seus auxiliares, bem como, ao Senhor Freitas e equipe da J.A. de Freitas Serralheria ME, efetuando esforços efacilidadesfinanceiras,dando-nosaoportunidadedeefetuarmos a cobertura metálica.

O convite está feito a quem quiser nos visitar e, também, compartilhar conosco nessa grande empreitada, que não é nossa, e sim, de nosso Mestre Jesus e Fabiano de Cristo.

Maria

Trabalhos da Casatrabalhos da casa

Continuidade das Obras

Era uma casa abençoada,Não tinha teto, não tinha nada.

Pedimos sua ajuda para continuarmos construindo a sede do nosso Núcleo de Estudos. Precisamos de qualquer tipo de colaboração, desde materiais de construção a apoio �nanceiro.O óbolo da viúva é sempre bem-vindo!O terreno onde está sendo construída a nossa casa �ca na rua dos Marimbás, 220 - Vila Guacuri - São Paulo - SP.Ninguém podia entrar nela não,

porque precisamos da sua colaboração! Sua doação pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espiritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40 - Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

Page 10: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

Dezesseis de março, Norma está a caminho de São Paulo. Foram dois longos e cansativos dias dentro do ônibus.

Pouco tempo atrás, tinha completado 18 anos. Era a mais velha dentre oito irmãos. A necessidade de ajudar a família, basicamente, impôs que partisse para a cidade grande.

Tinha a esperança de encontrar um trabalho digno para,aofinaldomês,mandarodinheiroqueganhasseà sua mãezinha.

O ônibus pára na plataforma de desembarque de uma das rodoviárias mais movimentadas da cidade. Norma desce e, apressadamente, segue em direção à estação de trem. O destino? A casa de dona Odete Lima, uma antiga conhecida da família.

Dona Odete era uma senhora simples e batalhadora. Saia de casa, todos os dias, às quatro da manhã, em direção ao trabalho. Era copeira em uma empresa de exportação,nocentrodacidade.Tinhaapenasumafilha,Cláudia, que lhe causava grande preocupação. Não queria saber de nada, nem de estudar, nem de trabalhar. A menina até ajudava a mãe nos afazeres domésticos, mas, bastava dona Odete dizer-lhe que precisava ter mais responsabilidade, que Cláudia a destratava e a desdenhavanafrentedequalquerum!

Era muito comum, após rotineiras discussões, a menina sumir de casa, por dias seguidos. Cláudia tinha um temperamento explosivo. Irritava-se, por qualquer motivo. Para ela, o importante mesmo era viver a vida, sem qualquer preocupação ou compromisso. Queria mesmo ir às festas e “ficar” com os rapazes que lheinteressava.

O relógio marca vinte horas. Norma chega à casa de dona Odete. Bate palmas no portão. É recebida pela própria.Forabemrecepcionadapormãeefilha.Cláudiaaté demonstra algum interesse pela jovem. À medida que conversam, interpela a garota sobre como era sua cidade, o que fazia por lá, do que gostava etc. Entretanto, a aparente simpatia pela moça não dura muito. Bastou a

mãedizerafilhaqueprecisaria,poralgumtempo,dividirseu quarto com Norma, para Cláudia transformar-se. Transtornada, começa a desferir uma série de ofensas contra a mãe e, também, contra a moça.

A situação é tensa.A jovem Norma não estava ali por um capricho seu,

mas por uma necessidade extrema, já que mãe e irmãos corriam risco de passar fome, caso não encontrasse trabalho e, consequentemente, não enviasse dinheiro para eles, para o sustento da família.

As horas avançam e os ânimos se acalmam.Sem outra solução momentânea, Norma é alojada

no quarto da menina. Mas, daquele dia em diante, Cláudia jamais aceitaria a jovem em sua casa. Para ela, tratava-se de uma inimiga dentro do lar. O destrato era constante. Cláudia fazia de tudo para que Norma se sentisse o mais desconfortável possível. Se algum objeto quebrasse dentro da casa, Cláudia sempre colocava a culpa na moça.

O tempo corre e, finalmente, Norma consegueuma colocação no mercado. Por incrível que pareça, ocuparia um cargo na mesma empresa onde dona Odete trabalhava. Como o horário de ambas era o mesmo, saiam juntas todos os dias, ainda de madrugada, rumo à empreitada.

Meses atrás, Dona Odete Lima tinha conseguido, também, uma vaga para a filha,mas, como fora dito,Cláudianãoqueriasaberdetrabalhar!

Eoódiodagarota,contraNorma,ficavaacadadiamaior!

— Quem aquela menina pensava ser? Dizia Cláudia. Além de invadir sua casa, o que queria ela ao se aproximar tanto de sua mãe?

Os desentendimentos entre Cláudia e a mãe acir-ravam-se mais e mais. Não demorou muito para que a menina sumisse, mais uma vez, de casa. Porém, desta vez, era diferente, pois também estava corroída pelo ciúmedoentio!

Envolvida pela contrariedade e pela irritação foi, im-pulsivamente, morar com um rapaz que tinha conhecido há algum tempo, em uma festa. Ele, por sua vez, também

Abortoaborto

10

Page 11: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

tinha deixado a família, por diversos desentendimentos. Entregaram-se, ambos, às bebidas, às drogas e ao sexo desmedido. Não demorou para que Cláudia engravidas-se do rapaz que, ao saber da notícia, deixou-a, imedia-tamente!Destediaemdiante,ameninapassouamorarna rua, visto que não tinha como sustentar-se.

Não passava um só dia sem que, dona Odete Lima e Norma, procurassem por Cláudia, por todo canto. Até que, finalmente, encontraram-na em um albergue daPrefeitura.

Cláudiaestavadesfiguradaeprofundamentedoente!A mãe, ao ver a filha naquela situação, não teve

estrutura para suportar toda a carga e, precocemente, desencarnou!

O que faria a jovem Norma, dali em diante, frente àquele profundo drama?

A jovem moça, entretanto, não fraquejou! Pediuforças a Deus e resgatou a menina para o lar.

Segundo mês de gestação. A gravidez de Cláudia avança, contudo, oferecendo riscos à mãe e à criança, já que menina tinha anemia profunda e, assim, poderia sofrerumabortoaqualquermomento!

Norma não sossegava, cuidava de Cláudia como se fosse sua própria filha. Só se ausentava de seu ladopara trabalhar. A seu modo de ver, era, de certa forma, responsável por aquela situação.

Os dias avançam e a saúde de Cláudia pouco melhora. Os médicos não entendiam porque ela não respondia aos tratamentos. E toda a situação preocupa demais Norma.

Porém, certo dia, estranhamente, começou a sentir que deveria deixar de se preocupar com tudo e seguir outra direção. Estranhamente, tinha um sentimento avesso a tudo aquilo.

Norma não mais orava, nem a Deus e nem a Jesus. Passou a não se importar mais com a menina e com o bebê. Contudo, em seu íntimo, sabia que aquela não era a conduta correta, não era a educação cristã que havia recebido da mãe.

Mas o que fazer? Que rumo tomar? O tratamento médico não surtia efeito e o risco de aborto aumentava acadainstante!

De súbito, Norma olha para uma imagem de Jesus, que está em um quadro pendurado, na sala da casa. Imediatamente, recorre a Ele em uma fervorosa prece,

pedindo-Lhe que a orientasse.Na manhã seguinte, a campainha da casa toca. Era

dona Margarida. Uma vizinha, que dizia ter tomado co-nhecimento da situação, por intermédio de uma amiga próxima à família e, em conversação com Norma, pergunta se ela tinha conhecimento dos tratamentos espirituais que eram realizados em um centro espírita ali perto e que frequentava.

Aquilo viera como uma luz à mente de Norma. Lembrou-se que, ainda quando criança, um dos irmãos tinha tido um grave problema de saúde e que sua mãe, também, o levou a um centro espírita em sua cidade natal, para o tratamento espiritual.

Norma não teve dúvidas. Sabia que Jesus havia atendido à sua súplica e que, por meio daquela senhora, trouxe-Lhe a resposta.

Na tarde seguinte, mesmo diante de uma série de obstáculos, a jovem moça consegue levar Cláudia até o centro espírita, para o esperado tratamento espiritual. Norma sabia que precisaria de muita determinação e, fundamentalmente, da ajuda de Deus e de Jesus, para convenceragestantedequeotratamentoseriabenéficotanto para ela, como para o bebê, vez que Cláudia era indiferente às crenças ou à religião.

Foram dias de grande dificuldade e prova paraNorma, mas a moça não desistiria. Sabia que, junto com o tratamento médico, aquele era o caminho a seguir.

Aos poucos, com os tratamentos que eram adminis-trados – espiritual e médico - Cláudia e o bebê tiveram a saúde restabelecida.

Cláudia passou a perceber a importância da oração e da fé em Deus! Junto com Norma, realizavam oEvangelhonoLartodososdias!

Consequentemente, o filhinhodeCláudia crescia ecrescia em seu ventre. Percebera que só não perdeu a criança, pela determinação e insistência de Norma e, acima de tudo, pela ajuda de Deus e de Jesus.

Aofinaldosnovemesesdegestação,Cláudiadáàluz a um lindo menino.

Seu nome? Jesus Lima.Era uma singela homenagem Àquele que fez e faz a

diferençaemsuasvidas!GraçasàféeàconfiançaemJesus, o pequenino reencarnou novamente.

ManoelImagem: Disponível em <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/71/Panorama_de_SP.jpg> Acesso em: 12 jun. 2018.

11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Page 12: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

12

Livro em Focolivro em foco

Encontro Marcado Francisco C. XavierEmmanuel

FEB

Ah! Como é bom umEncontro Marcado quando setratadeamor!

Grande expectativa envolve o nosso coração, na esperança de dias felizes...

Deus, em sua infinitaMisericórdia, concedeu-

-nos o livre arbítrio, mas, Sabedor de nossas fraquezas, nos envia esse Magnânimo Espírito Emmanuel que, através das abençoadas mãos de Francisco Cândido Xavier, nos orienta, colaborando para o aproveitamen-to desse Encontro, onde buscamos o caminho para a verdadeira felicidade.

Por meio de capítulos, organizados por grandes temas, a obra retrata de forma simples e compreen-sível, o entendimento de atitudes que necessitamos

tomar para essa realização, tais como: Cooperação com Deus, Revisão, Reajuste, Caridade e Razão, Diante do Trabalho e, para encerrar, O Modelo, cujo tema é O Cristo no trabalho cotidiano.

Prefacia o livro, Emmanuel, iniciando com a frase: “Vindeamimvósqueestaisaflitosesobrecarregados...”e complementa: “A vós que aspirais a alcançar a trilha da libertação e da paz, a vós que experimentastes a visita dadificuldadeedaprovaçãoeindagaispelacausadaangústia e do sofrimento, oferecemos estas páginas...”. Nelas, encontraremos a orientação, que tanto necessi-tamos, para que esse Encontro Marcado fortaleça nossa fé e, a certeza, de estarmos no caminho certo.

Eisaíaconcretizaçãodesseideal!O Encontro está Marcado. Nãofalte!A paz esteja com todos.

Vano

Escrever sobre Francisco Cândido Xavier é mais difícildoqueolharparaocéuedescreveroInfinito.

LembramossempredesuafiguratãoamoráveledesuafidelidadeaoMestreJesus,aplicandoseus ensinamentos com tanto amor, amor ainda tão distante de todos nós.

Refletimosserínfimooqueescrevere-mos diante de tantas qualidades, em um só ser humano, mas o faremos sobre a sua participação, grandiosamente registrada, na mudança de toda a Humanidade, perante as Leis de Deus, nosso Pai.

Diante de tantas adversidades, não pensou, em um só segundo, desistir de sua imensa missão, na divulgação da Doutrina Espírita. Não só com palavras,

mas sim, com o exemplo aplicado em sua mais profunda essência.

Agradecemos seu carinho, suas obras, sua fé, agradecendo a Deus, que nos permitiu compartilhar com essa grande Alma. Há muita saudade em nossos corações.

“Até que os espíritos aparecessem em minha vida, eu me sentia muito solitário... Passava muitos dias sem conversar com ninguém. Foram os espíritos que destra-melaram minha língua...” (Evangelho de Chico Xavier - capítulo 45).

Agradecemos infinitamente aosEspíritosquefizeramelefalar.

Francisco Cândido Xavier, muito obrigada!

Equipe Seareiro

HomenagemHomenagem

Francisco Cândido Xavier

Selo comemorativo do Centenário do Nascimento de

Francisco Cândido Xavier, 2010

Page 13: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Receba mensalmente obras selecionadas de conformidade com os ensinamentos espíritas!Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

Fique sócio(a) do Clube do Livro e receba mensalmente um livro espírita. O livro é criteriosamente escolhido, sendosempreumaobrafielaosensinamentosespírita-cristãos,àcodificaçãodeKardeceaonossoMestreJesus.

Não há taxa de inscrição e você pode se desligar do Clube a qualquer momento e sem custo, mediante comunicado ao Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, com 30 dias de antecedência. Não há despesa nenhuma de envio pelo correio, e o boleto pode ser pago em qualquer banco ou casa lotérica até o vencimento. O livro é enviado em torno do dia 22 de cada mês e o pagamento do boleto é no dia 20 do mês seguinte.

Caso se interesse em se associar e/ou queira presentear alguém todo mês com uma obra, são necessários o preenchimento de todos os campos do formulário que poderá ser obtido no site www.espiritismoeluz.org.br e o envio para o nosso e-mail ou endereço abaixo. Você pode ainda preenchê-lo diretamente em nosso site.

Informe-se através:[email protected] ou [email protected] – www.espiritismoeluz.org.br(11) 2758-6345 – Rua dos Marimbás, 220 – Vila Guacuri – São Paulo – SP – Brasil – CEP 04475-240

Kardec em Estudokardec em estudo

Espíritos Protetores, Familiaresou Simpáticos

O Livro dos Espíritos - Parte 2ª - Capítulo IX - Da Intervenção dos Espíritos489 “Há Espíritos que se liguem particularmente a um indivíduo para protegê-lo?”

“Há o irmão espiritual, o que chamais o bom Espírito ou o bom gênio.”Deus, em Sua Infinita Misericórdia, coloca sempre

ao nosso lado seres superiores a nós, que tem a tarefa de acompanhar seu protegido durante a sua passagem aqui neste plano, intuindo-o, para sempre estar no caminhodobeme,assim,podercumprirfielmentesuatarefa. Essa proteção se assemelha a de um pai para comseufilho.

O Espírito protetor estará presente na vida de seu protegido quando ele nasce, podendo permanecer até o momento do desencarne. Muitas vezes, o Espírito protetor poderá continuar junto de seu protegido, em novas reencarnações, se assim for permitido pelo Plano Espiritual Superior.

A tarefa de proteger é uma concessão de Deus para esse Espírito e estes, por sua vez, aceita esse encargo por amor a Deus e se tornará, para o indivíduo, um devoto amigo, estabelecendo a melhor relação que possam ter.

Verdadeiramente, podemos ter vários espíritos sim-patizantes a nós. Dependendo do nosso caráter e da nossa moral, atraímos aqueles que se assemelham ao nosso comportamento, portanto, precisamos prestar atenção aos nossos pensamentos, palavras, atos e

ações, devendo trilhar sempre o caminho do bem.“... onde quer que estejais, estarão convosco. Nem

nos cárceres, nem nos hospitais, nem nos lugares de devassidão, nem na solidão, estais separados desses amigosaquemnãopodeisver,mascujobrandoinfluxovossa alma sente, ao mesmo tempo que lhes ouve os ponderados conselhos.” (O Livro dos Espíritos, questão 495).

Apesar de o Espírito protetor sofrer, quando seu protegido escolhe o caminho do mal, esse sofrimento não se assemelha ao terrestre. Isto, porque o Espírito protetor tem a certeza de que o mal não prevalecerá e aquele bem que não conseguiu hoje, em reencarnações futuras conseguirá.

A felicidade do Espírito protetor será plena quando sua tarefa for concluída e seu protegido seguir o bom caminho. Esta alegria é semelhante a de um pai que se orgulhacomosucessodeseufilho.

Por este motivo, devemos sempre estabelecer contato com o nosso amigo protetor, por meio de orações, bons pensamentos e atos caridosos ao nosso próximo.

AdrianaBibliografia: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 76 ed. Rio de Janeiro: FEB.

Page 14: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

Tinhoso era um grilo muito levado.Quando iam passear, ele separava-se de seus pais, de seus irmãos e ia fazer artes.Só depois de muito tempo retornava para casa.—Tinhoso—dizia-lheaMãegrilo—Vocênãodeveandarporaísozinhoeatétarde!Vocênosdeixapreocupados!—Hum..Quechato!—respondiaTinhoso,semcerimônia—Setenhopernasandoporondequero!— Tinhoso, você precisa ser obediente, andar só por onde é seguro e sempre acompanhado por um responsável.O Grilo sapeca reclamava, fazia birra e se afastava.— Essa gente só aborrece...Um dia, lá foi ele de novo.Estavam todos em família e Tinhoso correu e pulou por todos os lugares diferentes, deixando todos preocupados, até que ... tchuáááá ... caiu numa lagoa.—Socorro!...Socorro!...—gritavadesesperado.E aí, se afogou, sem apelação.Tempos depois, Tinhoso reencarnou na mesma família.Mas, Tinhoso nasceu perneta.Paraajudá-lo,fizeramumamuleta.E, de muleta, ele saia a passear apenas pelas redondezas, vigiado pela mãe e pelos irmãos.Sempre ele ia aborrecido, no seu toc-toc...Sua vontade era de sair pulando por aí, se aventurar, correr. Então, ele suspirava e nada podia fazer.Um dia, ele estava muito triste e exclamou:—Quetristezadevida!E vendo os irmãos, que tinham todas as perninhas, quis saber a razão de ser perneta e perguntou para a sua Mãe:—Quefizdemal,paranascerassim?Mãe,porquemeusirmãostêmtodasasperninhase eu não? Deus está me castigando?AMãeficouadmiradacomasperguntaserespondeu:—Tiveumoutrofilho.Eleeramuitolevado,desobedienteequandopasseavámos,eleseseparava de todos, até que um dia, ele caiu na lagoa e, como não havia quem pudesse socorrê-lo, afogou-se.Tinhoso ouviu, atentamente.— Talvez — disse-lhe a Mãe — tenha sido você mesmo, na outra encarnação.Tinhoso estava admirado. E sua mãe concluiu:— As pernas devem ser usadas para o bem. Quem usa mal as pernas, um dia nasce sem elas.Éummododolorosodeaprenderatereducaçãoedisciplina,meufilho.Deusnãocastiganinguém,sãonossasescolhasquedefinemonossofuturo.

Contoscontos

O Grilo Perneta

14

Page 15: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Tinhoso, a partir de então, já sem tanta tristeza, voltou a conviver com os demais.Sempre que ia reclamar de ser perneta, lembrava-se da lagoa, daquilo que sua Mãe

contou, e sabia que ele próprio era o culpado de estar desta forma.Daquele dia em diante, Tinhoso tratou de fazer bom uso da perna e... da muleta.

***Obediênciaeresignação!Nós somos obedientes? Somos resignados? Ou somos igual ao Tinhoso que quer fazer

tudo ao seu jeito, sem obedecer ninguém e depois não tem resignação para arcar com as consequências, reclama e acha que Deus está castigando?

Nosso futuro traçamos, diariamente, e Deus sempre coloca, ao nosso lado, bons Espíritos, para que sigamos seus bons exemplos.

Então,vamosseguirnoBem?VamosfazerbomusodetudoaquiloqueDeusnosconfiou?Vamosseguirosexemplosde Jesus?

SilvanaBibliogradia: Adaptação da obra: JACINTHO, Roque. O Grilo Perneta. Rio de Janeiro. Ed. FEB

Imagem: Disponível na obra O Grilo Perneta.

Tenho encontrado considerável número de pessoas que alegam medos diversos. Medos que variam de pre-ocupações naturais ou exageradas, até aqueles prove-nientes de traumas causados, também, por diferentes origens.

Sentir medo é humano, normal, natural. O problema está quando o medo extrapola os limites do bom senso. Ele, o medo, é muitas vezes necessário, pois nos preserva de perigos e constitui um mecanismo sábio do instinto de conservação. Mas, quando ultrapassa os níveis estabelecidos pela natureza, torna-se perigoso inimigo. Sim, pois nos trava a potencialidade, paralisa as forças, gera doenças e provoca estragos consideráveis, especialmente na mente.

O segredo está em entender os próprios medos. Para isso, é preciso inteirar-se sobre a temática que nos assusta, para poder enfrentar a questão. O grande problema do medo está na expectativa que criamos sobre determinados acontecimentos que talvez nunca venham a ocorrer e, também, na maioria dos casos, na preocupação exagerada sobre o que os outros vão dizer ou vão pensar. Quer dizer: no fundo, tememos julgamentos. O que é uma bobagem, diga-se de passagem. Não somos obrigados a dar explicações a ninguém, senão por força da lei. Por outro lado, se

estivermos em paz com a consciência, não há o que temer.

Percebe o leitor o alcance da questão? Agindo em conformidade com o bem, estando em paz com a consciência, não há o que temer.

Mas, e os perigos próprios da vida humana? Bom, eles existem, é verdade, viver é sempre um risco, em vários sentidos. Mas, é esse risco de viver que nos amadurece.Oimportanteéconfiarnavida–quesempreconspira a nosso favor – e seguir adiante.

Medodoquê?Damorte,deperdasfinanceiras,dealtura, de chuva, de bala perdida, de assalto, de avião, de espíritos, da perda de entes queridos? Qual ou quais são os nossos medos?

Vivamos com naturalidade, com mais alegria, confiando,etudomelhora.

Valorizamos muito as expectativas sombrias, es-quecendo-nos de que a sintonia com a alegria de viver, adotada por comportamento, altera os rumos dos aconte-cimentos,modificaoambiente,ospanoramas,influenciapessoas e é atitude saudável que faz bem à alma.

Claro que nunca devemos esquecer a prudência nos gestos, decisões, comportamentos e atitudes. Mas, viver semmedo, claro!Viverparaaprender, continuamente,evoluindo.

Orson Peter Carrara

canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Agradecemosportodasascorrespondênciasee-mailsrecebidos.Reservamo-nosodireitodefazermodificaçõesnostextosaserempublicados.

Canal Aberto

Medos

Page 16: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

16

A música é uma forma de arte belíssima. Através dela, podemos receber inspiração que guia o nosso sub-consciente, de forma positiva ou negativa.

É muito importante podermos apreciar este tipo de arte, ela pode nos trazer vários tipos de lembranças e sentimentos, como, tristeza, raiva, saudade, alegria ou amor.

A música existe desde tempos antigos. Existem indícios de que ela tenha surgido através de observações da natureza, por volta de 60.000 A.C. Há, também, vestígiosdeuminstrumentoqueseriaflautadeosso,doano 3000 A.C.

Tão bom quanto apreciá-la, é entender como ela pode nos trazer esses sentimentos pelosubconscienteeaimportânciadefiltraro que é ouvido para auxiliar no progresso de evolução terrestre.

Músicaédefinidacomoumasucessãodesons,queduram um certo período de tempo. O som é transmitido através do ar, pelo qual faz vibrar as moléculas do meio por onde passa. Ele é criado por ondas de menor compressão e de maior compressão, entre os átomos.

Como tudo no Universo possui uma faixa de vibração, nosso corpo a recebe.

Éimportantereceberasvibraçõessuavesebenéficas,se atentar aos acordes e às letras musicais, quando nos concentramos ao ouvir uma belíssima música, orando sob esta calmaria.

O Poder da Música sobre o Consciente

Aos Jovensaos jovens

No decorrer do período de 19 a 24 de março de 2018, foi realizada, em nossa sede social, uma singela homenagemaograndeCodificadordaDoutrinadeNossoSenhor Jesus Cristo, em sua passagem pela Terra, ALLAN KARDEC, pela lembrança de seu desencarne.

Para o engrandecimento e união de todas as religiões, foram convidados vários corais e grupos musicais que, com suas especiais e encantadoras apresentações, har-monizaram o ambiente.

Assim, também, ocorreu com os palestrantes convidados que, ampliaram nossos conhecimen-tos, expondo temas muito importantes para o nosso burilamento, tais como: A Mulher Ante o Cristo, Alienação Mental, A Doutrina Espírita e o Mundo Atual, encerrando asemanacomotema:AllanKardec,oCodificador.

O grupo de Evangelização do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” nos agraciou com apre-sentações musicais e teatrais.

Agradecemos, carinhosamente, a todos, assim como, aos que par-ticiparam com suas presenças, enrique-cendo, cada vez mais, a nossa gratidão a esse Grande Espírito, a quem a Humanidade tanto deve.

Equipe Seareiro

Aconteceu NEEAEAconteceu NEEAE

XII Semana de Kardec

Page 17: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

17Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

Concentrando-se ao máximo e em prece, momento consagrado para agradecer e conversar com nosso Criador, é alcançado o êxtase de nossa alma, no qual ficamos envoltos em altíssimas energias benéficas,atingindo maior sintonia com Deus

O intuito não é dizer qual estilo musical é melhor, mas sim que é importante mudar a faixa vibratória, pois a

lei da atração nos mostra, que aquilo que pensamos e desejamos, atraímos. Cabe a cada um cuidar do que ouve e pensa, pois nós somos nossa própria consciência.

Assim como a nossa consciência pode nos guiar ao bem, ela pode também guiar ao mal.

Que nosso amado Mestre Jesus possa nos guiar sempre com seus ensinamentos.

Angelo

“Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.” (Decálogo, Êxodo, capítulo XX, versículo 12)

As questões familiares sempre são as que “mexem” mais com os nossos sentimentos.

Quase tudo suportamos com estranhos fora do lar. Conseguimos praticar a tolerância, a compreensão, auxiliamos aquele “estranho” que cruza o nosso caminho no chamado acaso, damos atenção para uma pessoa que senta ao nosso lado no transporte coletivo e nos conta os seus problemas.

Nofimdeumdiaemquetudoissoocorre,voltamospara o nosso lar com uma sensação agradável de termos auxiliado alguém. Mas, ao abrirmos a porta de casa e nos depararmos com os familiares, as provações que nos esperam são mais sérias.

“Nenhum sacrifício em amparar o doente, largado na rua, a quem não nos vinculamos em compromisso direto. Em casa, porém, somos constrangidos ao exercício da assistência constante.” (Livro da Esperança, item 39)

Notem que Emmanuel, no trecho acima, usa a palavra “constrangidos”, porque, na realidade, no lar se juntam aqueles que têm, entre si, dívidas de amor não vivido. Por esta razão, as cobranças de comportamento, de respeito.

Será por meio das ações que realizarmos para com estes companheiros mais íntimos, que conseguiremos alçar vôos mais altos em nossa evolução moral.

“Cada um deles nos impele a desenvolver determi-nadas virtudes; num, a paciência, noutro, a lealdade, e aindaemoutros,oequilibroeaabnegação,afirmezaeabrandura!”(LivrodaEsperança,item39)

Quem de nós já não teve que praticar a paciência

deensinar,váriasvezes,aumfilho,quetenharespeitopelas pessoas? É quando devemos ser mais enérgicos comestefilho,nãodeixandodeladoabrandura,poisoamamostanto!

O que dizer de pais idosos que requerem, de nós, atenção e carinho, de uma forma diferente da que damos aosfilhos?

Deus não está nos testando. Ele está nos dando a oportunidade, por misericórdia, de quitarmos as dívidas que contraímos, com estes que dividem o lar conosco.

Se não conseguirmos praticar as virtudes dentro do lar, perante os familiares, ficaremos “amarrados”emnossaevoluçãoe,anossaconsciência,ficaránosalertando de que algo está faltando, para sossegar o nosso coração.

Aliás, não será esta falta das virtudes cristãs, dentro do lar, o motivo de tantos desequilíbrios sociais que vemos acontecer na atualidade?

Nós, espíritas, estamos alardeando que, em breve, a Terra passará para a categoria de mundo de regeneração. Com as famílias se desfazendo, por qualquer contratempo, será que isso irá se realizar em pouco tempo?

Disciplina, tolerância, compreensão, paciência, resignação, brandura, pacificação, humildade,indulgência,beneficência,piedade,gratidão,caridadeeamor. Estas virtudes, só conseguiremos incorporar ao nosso espírito, se começarmos a praticá-las dentro do lar.

Você já abraçou o seu familiar hoje?Wilson

Bibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Roque Jacintho. 8 ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010.EMMANUEL (Espírito). Livro da Esperança. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. 20 ed. Uberaba: Comunhão Espírita Cristã, 2008. Lições 38, 39 e 40.

HojeFamília

familia

Page 18: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

18

Remorsoestudos de sexta-feira

Estudos de Sexta-feira

“O remorso é uma impotência, ele voltará a cometer o mesmo pecado. Apenas o arrependimento é uma força que põe termo a tudo”. Honoré de Balzac

“Os mortos recebem mais flores do que os vivos porque o remorso é mais forte que a gratidão”. O Diário de Anne Frank

Remorso é uma punição?No livro Pensamento e Vida, Emmanuel esclarece

que “Quando fugimos ao dever, precipitamo-nos no sentimento de culpa, do qual se origina o remorso, com múltiplas manifestações, impondo-nos brechas de sombra aos tecidos sutis da alma”.

O que se pode entender por essas palavras do Benfeitor Emmanuel?

Perante Deus, se deve esperar que quando um ser humano se deixa levar pelo erro e passa a caminhar pelos descaminhos da vida ele infringe as Leis Naturais, e como estas leis estão inscritas na consciência, imediatamente, a consciência acusa o golpe, se intranquiliza e gera um desconforto espiritual proporcional ao que cada um entende por Justiça Divina.

Por outro lado, no livro O Consolador, Emmanuel responde a pergunta acima enfatizando que “O remorso é a força que prepara o arrependimento, como este é a energia que precede o esforço regenerador”, isto é, o remorso é a primeira reação que o espírito sofre e, por isso, se torna um “Choque espiritual nas suas características profundas, o remorso é o interstício para a luz, através do qual recebe o homem a cooperação indireta de seus amigos do Invisível, a fimde retificarseus desvios e renovar seus valores morais, na jornada para Deus”.

Assim, o remorso produz um segundo sentimento, chamado de arrependimento, ao que Emmanuel, no livro Pensamento e Vida afirma “o arrependimento,incessantemente fortalecido pelos reflexos de nossalembrança amarga, transforma-se num abscesso mental, envenenando-nos, pouco a pouco, e expelindo,

em torno, a corrente miasmática de nossa vida íntima, intoxicando o hausto espiritual de quem nos desfruta o convívio”.

Desse modo, pode-se dizer que o remorso é uma benção para a renovação, que se dará com a ajuda dos amigos espirituais, mas, permanecer no estado de remorso ou arrependimento, pode produzir efeitos destruidores em nós mesmos e em todos que convivem conosco.

Já a questão 990, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, indaga: “O arrependimento se dá na vida física ou na espiritual?”.

Os Espíritos Superiores respondem: “Na vida espiritual; mas também pode ocorrer na física, quando chegais a compreender a diferença entre o bem e o mal”.

Logo, o arrependimento será maior ou menor, conforme o entendimento moral do espírito, esteja ele encarnado ou desencarnado.

Na sequência, a questão 991, de O Livro dos Espíritos, indaga: “Qual a consequência do arrependimento na vida espiritual?”.

Os Espíritos Superiores respondem o seguinte: “O desejo de uma nova encarnação para se purificar. OEspírito compreende as imperfeições que o impedem de ser feliz e por isso anseia por uma nova existência em que poderá reparar suas faltas.”.

A questão 992 busca completar o assunto, ao se referir à vida física, perguntando: “E o arrependimento ainda na vida física?”, obtendo a seguinte resposta:

“É um começo de progresso, já na vida presente, se houver tempo de reparar suas faltas. Quando a consciência aponta um erro e mostra uma imperfeição, sempre se pode melhorar”.

O remorso pode ser entendido, então, como o primeiro sinal de que um mal foi cometido. E, de acordo com a Lei de Ação e Reação, o resultado do erro será mostrado ao seu produtor, para que seja corrigido e o melhor a se fazer é criar, de imediato, as condições de reparo, enquanto se tem as possibilidades nas mãos, evitando-se correções futuras, uma vez que este pode

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do Seareiro e pode ser feita em nome do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” – CNPJ: 03.880.975/0001-40

Caixa Econômica Federal – Agência 2960 – C/C 744-7 – Op 003 | Banco Itaú SA Agência – 0257 – C/C 46852-0

Page 19: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas “Amor e Esperança”

manter na consciência a dívida contraída, o que leva à consequente intranquilidade íntima, sempre traduzida por um estado de perturbação.

O remorso tem relação com a culpa, porque é habitual e quase inato o conhecimento dos primeiros princípios da moralidade; pode-se traduzi-lo como um sentimento de pena, sendo tão profundo que pode originar outros sentimentos, tais como, angústia, tristeza e desespero.

Embora associados, remorso e arrependimento têm significados diferentes: o remorso é um sentimento eo arrependimento uma vontade, isto é, a consciência

dolorosa de uma falta passada, somada à vontade de evitá-la daí em diante e, se possível, repará-la.

Em termos espíritas, o remorso é o prelúdio do castigo, enquanto o arrependimento é a manifestação da caridade e da fé que conduzirão à felicidade futura.

José CarlosBibliografia: KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Roque Jacintho. 8 ed. São Paulo: Luz no Lar, 2010.EMMANUEL. O Consolador. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Rio de Janeiro: FEB.EMMANUEL. Pensamento e Vida. Psicografado por Francisco Cândido Xavier. Rio de Janeiro: FEB.KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Rio de Janeiro: FEB.

Toda a renda obtida com a venda dos livros é revertida para as obras sociais do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”.

Clube do Livroclube do livro

Valiosos Ensinamentos com Chico Xavier; Luzes em Paris

“Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar” William Shakespeare.

Há muito mais coisas a aprender do que nós possamos imaginar. Não sabemos praticamente nada sobre os mistérios da Vida.

Por isso, o saber é sempre tão necessário.

Cada ensinamento é algo que reforça o conhecimento ou, traz à luz, verdades ainda não compreendidas.

Por vezes, achamos que não precisamos mais ler as obras espíritas, por já termos muitos anos de estudo e leitura... Mera ignorância. Temos tudo a absorver.

A obra Valiosos Ensinamentos com Chico Xavier é mais uma prova dessa necessidade de aprendizado.

O autor, Cezar Carneiro de Souza, nos presenteou com essa obra, de forma muito satisfatória, trazendo relatos, importantís-simos, compartilhados com Chico Xavier.

A vida de Chico é, por si, um grande campo de aprendizado no aspecto moral

da doutrina Cristã. Um homem que conseguiu viver, em nosso tempo, o mais próximo possível dentro dos exemplos do Cristo, utilizando o dom mediúnico para levar o alívio e a esperança aos sofredores da alma.

Verão, também, algumas fotos da época, em que estão presentes à assistência, pessoas amigas e colabo-radores de Chico, como por exemplo, o trabalho assistencial realizado na Vila dos Pássaros, em Uberaba, Minas Gerais.

Quem participa do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)” recebeu, além do livro acima abordado, o romance Luzes em Paris, escrito por Sidney Fernandes, passado no ano de 1860, relatando a trajetória de Allan Kardec, em meio ao cenário daquela época, numa misturade ficçãoe realidade, comobemdiz o próprio autor em nota.

Saibamos saborear os encantos da alma, como o fazemos com os da matéria. Ótimaleitura!

Rosangela

Luzes em ParisSidney Fernandes

CEAC

VaLiosos ensinamentos com

chico XaVierCezar Carneiro de Souza

IDE

Page 20: Gabriel Delanne - espiritismoeluz.org.br · Aos Jovens: O Poder da Música sobre o Consciente - p. 16 Família: Hoje - p. 17 Estudos de Sexta-feira: Remorso - p.18 Clube do Livro:

Órg

ão d

ivul

gado

r do

Núc

leo

de E

stud

os E

spíri

tas

“Am

or e

Esp

eran

ça”

Rua

dos

Mar

imbá

s, 2

20Sã

o Pa

ulo

– SP

0447

5-24

0

Des

tinat

ário

FEC

HA

MEN

TO A

UTO

RIZ

AD

O –

Pod

e se

r abe

rto p

ela

ECT

Impr

esso

Nor

mal

NU

CLE

O E

STU

DO

S ES

PIR

ITA

9912

2840

46/D

R/S

PM