GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina...

33
GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA FAGUNDES ANÁLISE MORFOLÓGICA DA DISTRIBUIÇÃO ARTERIAL DO PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do título de cirurgião-dentista do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Prof. Emerson Alexandre Sgrott. Itajaí, (SC) 2010

Transcript of GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina...

Page 1: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

1

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado

como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de

cirurgiatildeo-dentista do Curso de Odontologia da

Universidade do Vale do Itajaiacute

Orientador Prof Emerson Alexandre Sgrott

Itajaiacute (SC) 2010

2

FOLHA DE APROVACcedilAtildeO

3

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por ter nos concedido o dom da vida e da inteligecircncia

Agradecemos aos nossos pais sem os quais natildeo teriacuteamos conseguido

alcanccedilar esta vitoacuteria

Agradecemos aos nossos amigos cuja participaccedilatildeo na nossa formaccedilatildeo foi

fundamental

Agradecemos ao nosso orientador professor Emerson Alexandre Sgrott pela

sabedoria em orientar e pelos conhecimentos transmitidos

4

SUMAacuteRIO

ARTIGO 05

REVISAtildeO DE LITERATURA 19

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 28

ANEXO 31

5

ARTIGO

6

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Gabriela Bittencourt Ramos da Silva1

Janaina Fagundes1

Emerson Alexandre Sgrott2

Endereccedilo do autor responsaacutevel

Emerson Alexandre Sgrott

Rua Felipe Schmidt 31

88350-075ndashBrusquendash SC

Fone (47)- 3044-1020

E-mail sgrottunivalibr

1 Acadecircmicas do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute bolsistas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

Email gabizinhabittencourthotmailcom janaa__hotmailcom 2 Mestre e Doutor em Ciecircncias - Anatomia pela Universidade Federal de Satildeo Paulo - UNIFESP Doutorando em

Odontologia - Proacutetese Dentaacuteria - Centro de Pesquisas Odontoloacutegicas Membro efetivo da Sociedade Brasileira

para o Estudo da Dor Especialista em Proacutetese Dentaacuteria pela Universidade do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Especialista em Disfunccedilatildeo Temporomandibular e Dor Orofacial - Universidade Federal de Satildeo Paulo -

BrasilUniversidade de Gottemburg - Sueacutecia Programa de Estaacutegios Department of Psychology and Orofacial

Pain Center University of Kentucky College of Dentistry Lexington USA Supervisatildeo Prof JP Okeson

Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain University of Jonkoping Department of Dentistry

Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof JP Okeson Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain

University of Jonkoping Department of Dentistry Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof Gunnar Carlson

Pesquisador associado agrave Universidade Federal de Satildeo Paulo Escola Paulista de Medicina

E-mailsgrottunivalibr

7

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Resumo

Objetivo Investigar a anatomia dos vasos da mucosa palatina utilizando um meacutetodo que

revela toda a arborizacao arterial Materiais e Meacutetodos Para o referido estudo foram

utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e adultos dentados e edentados fixados

em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de

Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade do Vale do Itajaiacute ndash UNIVALI onde as

amostras foram dissecadas diafanizadas e injetadas com uma soluccedilatildeo de Laacutetex tingido com

corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Resultados Integraram a pesquisa 6 palatos

incluindo 3 edentados e 3 dentados Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo

ocorre variaccedilatildeo significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados tendo em vsta que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos

que busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato Conclusatildeo

Atraveacutes da anaacutelise dos graacuteficos e tabelas pode-se observar que natildeo ocorre variaccedilatildeo

significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Palavras Chave Anatomia Diafanizaccedilatildeo Palato Vascularizaccedilatildeo

Abstract

Objective To investigate the anatomy of the vessels of the palatine mucosa using a method

that reveals the entire arborization pressure Materials and Methods For this study we used

six cadavers of both sexes young and adult dentate and edentulous fixed in 10 formalin

solution belonging to the Laboratory of Anatomy Department of Descriptive and

Topographic Anatomy University of Vale Itajaiacute ndash UNIVALI where the samples were

dissected cleared and injected with a solution of Latex dyed with dye inks Suvinil reg the

color red Results Integrating research palates including 6 3 3 edentulous and dentate It can

be observed through the graphs and tables that no significant variation occurs between the

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 2: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

2

FOLHA DE APROVACcedilAtildeO

3

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por ter nos concedido o dom da vida e da inteligecircncia

Agradecemos aos nossos pais sem os quais natildeo teriacuteamos conseguido

alcanccedilar esta vitoacuteria

Agradecemos aos nossos amigos cuja participaccedilatildeo na nossa formaccedilatildeo foi

fundamental

Agradecemos ao nosso orientador professor Emerson Alexandre Sgrott pela

sabedoria em orientar e pelos conhecimentos transmitidos

4

SUMAacuteRIO

ARTIGO 05

REVISAtildeO DE LITERATURA 19

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 28

ANEXO 31

5

ARTIGO

6

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Gabriela Bittencourt Ramos da Silva1

Janaina Fagundes1

Emerson Alexandre Sgrott2

Endereccedilo do autor responsaacutevel

Emerson Alexandre Sgrott

Rua Felipe Schmidt 31

88350-075ndashBrusquendash SC

Fone (47)- 3044-1020

E-mail sgrottunivalibr

1 Acadecircmicas do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute bolsistas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

Email gabizinhabittencourthotmailcom janaa__hotmailcom 2 Mestre e Doutor em Ciecircncias - Anatomia pela Universidade Federal de Satildeo Paulo - UNIFESP Doutorando em

Odontologia - Proacutetese Dentaacuteria - Centro de Pesquisas Odontoloacutegicas Membro efetivo da Sociedade Brasileira

para o Estudo da Dor Especialista em Proacutetese Dentaacuteria pela Universidade do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Especialista em Disfunccedilatildeo Temporomandibular e Dor Orofacial - Universidade Federal de Satildeo Paulo -

BrasilUniversidade de Gottemburg - Sueacutecia Programa de Estaacutegios Department of Psychology and Orofacial

Pain Center University of Kentucky College of Dentistry Lexington USA Supervisatildeo Prof JP Okeson

Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain University of Jonkoping Department of Dentistry

Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof JP Okeson Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain

University of Jonkoping Department of Dentistry Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof Gunnar Carlson

Pesquisador associado agrave Universidade Federal de Satildeo Paulo Escola Paulista de Medicina

E-mailsgrottunivalibr

7

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Resumo

Objetivo Investigar a anatomia dos vasos da mucosa palatina utilizando um meacutetodo que

revela toda a arborizacao arterial Materiais e Meacutetodos Para o referido estudo foram

utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e adultos dentados e edentados fixados

em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de

Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade do Vale do Itajaiacute ndash UNIVALI onde as

amostras foram dissecadas diafanizadas e injetadas com uma soluccedilatildeo de Laacutetex tingido com

corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Resultados Integraram a pesquisa 6 palatos

incluindo 3 edentados e 3 dentados Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo

ocorre variaccedilatildeo significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados tendo em vsta que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos

que busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato Conclusatildeo

Atraveacutes da anaacutelise dos graacuteficos e tabelas pode-se observar que natildeo ocorre variaccedilatildeo

significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Palavras Chave Anatomia Diafanizaccedilatildeo Palato Vascularizaccedilatildeo

Abstract

Objective To investigate the anatomy of the vessels of the palatine mucosa using a method

that reveals the entire arborization pressure Materials and Methods For this study we used

six cadavers of both sexes young and adult dentate and edentulous fixed in 10 formalin

solution belonging to the Laboratory of Anatomy Department of Descriptive and

Topographic Anatomy University of Vale Itajaiacute ndash UNIVALI where the samples were

dissected cleared and injected with a solution of Latex dyed with dye inks Suvinil reg the

color red Results Integrating research palates including 6 3 3 edentulous and dentate It can

be observed through the graphs and tables that no significant variation occurs between the

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 3: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

3

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por ter nos concedido o dom da vida e da inteligecircncia

Agradecemos aos nossos pais sem os quais natildeo teriacuteamos conseguido

alcanccedilar esta vitoacuteria

Agradecemos aos nossos amigos cuja participaccedilatildeo na nossa formaccedilatildeo foi

fundamental

Agradecemos ao nosso orientador professor Emerson Alexandre Sgrott pela

sabedoria em orientar e pelos conhecimentos transmitidos

4

SUMAacuteRIO

ARTIGO 05

REVISAtildeO DE LITERATURA 19

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 28

ANEXO 31

5

ARTIGO

6

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Gabriela Bittencourt Ramos da Silva1

Janaina Fagundes1

Emerson Alexandre Sgrott2

Endereccedilo do autor responsaacutevel

Emerson Alexandre Sgrott

Rua Felipe Schmidt 31

88350-075ndashBrusquendash SC

Fone (47)- 3044-1020

E-mail sgrottunivalibr

1 Acadecircmicas do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute bolsistas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

Email gabizinhabittencourthotmailcom janaa__hotmailcom 2 Mestre e Doutor em Ciecircncias - Anatomia pela Universidade Federal de Satildeo Paulo - UNIFESP Doutorando em

Odontologia - Proacutetese Dentaacuteria - Centro de Pesquisas Odontoloacutegicas Membro efetivo da Sociedade Brasileira

para o Estudo da Dor Especialista em Proacutetese Dentaacuteria pela Universidade do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Especialista em Disfunccedilatildeo Temporomandibular e Dor Orofacial - Universidade Federal de Satildeo Paulo -

BrasilUniversidade de Gottemburg - Sueacutecia Programa de Estaacutegios Department of Psychology and Orofacial

Pain Center University of Kentucky College of Dentistry Lexington USA Supervisatildeo Prof JP Okeson

Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain University of Jonkoping Department of Dentistry

Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof JP Okeson Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain

University of Jonkoping Department of Dentistry Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof Gunnar Carlson

Pesquisador associado agrave Universidade Federal de Satildeo Paulo Escola Paulista de Medicina

E-mailsgrottunivalibr

7

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Resumo

Objetivo Investigar a anatomia dos vasos da mucosa palatina utilizando um meacutetodo que

revela toda a arborizacao arterial Materiais e Meacutetodos Para o referido estudo foram

utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e adultos dentados e edentados fixados

em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de

Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade do Vale do Itajaiacute ndash UNIVALI onde as

amostras foram dissecadas diafanizadas e injetadas com uma soluccedilatildeo de Laacutetex tingido com

corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Resultados Integraram a pesquisa 6 palatos

incluindo 3 edentados e 3 dentados Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo

ocorre variaccedilatildeo significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados tendo em vsta que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos

que busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato Conclusatildeo

Atraveacutes da anaacutelise dos graacuteficos e tabelas pode-se observar que natildeo ocorre variaccedilatildeo

significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Palavras Chave Anatomia Diafanizaccedilatildeo Palato Vascularizaccedilatildeo

Abstract

Objective To investigate the anatomy of the vessels of the palatine mucosa using a method

that reveals the entire arborization pressure Materials and Methods For this study we used

six cadavers of both sexes young and adult dentate and edentulous fixed in 10 formalin

solution belonging to the Laboratory of Anatomy Department of Descriptive and

Topographic Anatomy University of Vale Itajaiacute ndash UNIVALI where the samples were

dissected cleared and injected with a solution of Latex dyed with dye inks Suvinil reg the

color red Results Integrating research palates including 6 3 3 edentulous and dentate It can

be observed through the graphs and tables that no significant variation occurs between the

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 4: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

4

SUMAacuteRIO

ARTIGO 05

REVISAtildeO DE LITERATURA 19

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAFICAS 28

ANEXO 31

5

ARTIGO

6

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Gabriela Bittencourt Ramos da Silva1

Janaina Fagundes1

Emerson Alexandre Sgrott2

Endereccedilo do autor responsaacutevel

Emerson Alexandre Sgrott

Rua Felipe Schmidt 31

88350-075ndashBrusquendash SC

Fone (47)- 3044-1020

E-mail sgrottunivalibr

1 Acadecircmicas do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute bolsistas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

Email gabizinhabittencourthotmailcom janaa__hotmailcom 2 Mestre e Doutor em Ciecircncias - Anatomia pela Universidade Federal de Satildeo Paulo - UNIFESP Doutorando em

Odontologia - Proacutetese Dentaacuteria - Centro de Pesquisas Odontoloacutegicas Membro efetivo da Sociedade Brasileira

para o Estudo da Dor Especialista em Proacutetese Dentaacuteria pela Universidade do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Especialista em Disfunccedilatildeo Temporomandibular e Dor Orofacial - Universidade Federal de Satildeo Paulo -

BrasilUniversidade de Gottemburg - Sueacutecia Programa de Estaacutegios Department of Psychology and Orofacial

Pain Center University of Kentucky College of Dentistry Lexington USA Supervisatildeo Prof JP Okeson

Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain University of Jonkoping Department of Dentistry

Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof JP Okeson Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain

University of Jonkoping Department of Dentistry Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof Gunnar Carlson

Pesquisador associado agrave Universidade Federal de Satildeo Paulo Escola Paulista de Medicina

E-mailsgrottunivalibr

7

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Resumo

Objetivo Investigar a anatomia dos vasos da mucosa palatina utilizando um meacutetodo que

revela toda a arborizacao arterial Materiais e Meacutetodos Para o referido estudo foram

utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e adultos dentados e edentados fixados

em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de

Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade do Vale do Itajaiacute ndash UNIVALI onde as

amostras foram dissecadas diafanizadas e injetadas com uma soluccedilatildeo de Laacutetex tingido com

corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Resultados Integraram a pesquisa 6 palatos

incluindo 3 edentados e 3 dentados Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo

ocorre variaccedilatildeo significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados tendo em vsta que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos

que busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato Conclusatildeo

Atraveacutes da anaacutelise dos graacuteficos e tabelas pode-se observar que natildeo ocorre variaccedilatildeo

significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Palavras Chave Anatomia Diafanizaccedilatildeo Palato Vascularizaccedilatildeo

Abstract

Objective To investigate the anatomy of the vessels of the palatine mucosa using a method

that reveals the entire arborization pressure Materials and Methods For this study we used

six cadavers of both sexes young and adult dentate and edentulous fixed in 10 formalin

solution belonging to the Laboratory of Anatomy Department of Descriptive and

Topographic Anatomy University of Vale Itajaiacute ndash UNIVALI where the samples were

dissected cleared and injected with a solution of Latex dyed with dye inks Suvinil reg the

color red Results Integrating research palates including 6 3 3 edentulous and dentate It can

be observed through the graphs and tables that no significant variation occurs between the

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 5: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

5

ARTIGO

6

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Gabriela Bittencourt Ramos da Silva1

Janaina Fagundes1

Emerson Alexandre Sgrott2

Endereccedilo do autor responsaacutevel

Emerson Alexandre Sgrott

Rua Felipe Schmidt 31

88350-075ndashBrusquendash SC

Fone (47)- 3044-1020

E-mail sgrottunivalibr

1 Acadecircmicas do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute bolsistas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

Email gabizinhabittencourthotmailcom janaa__hotmailcom 2 Mestre e Doutor em Ciecircncias - Anatomia pela Universidade Federal de Satildeo Paulo - UNIFESP Doutorando em

Odontologia - Proacutetese Dentaacuteria - Centro de Pesquisas Odontoloacutegicas Membro efetivo da Sociedade Brasileira

para o Estudo da Dor Especialista em Proacutetese Dentaacuteria pela Universidade do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Especialista em Disfunccedilatildeo Temporomandibular e Dor Orofacial - Universidade Federal de Satildeo Paulo -

BrasilUniversidade de Gottemburg - Sueacutecia Programa de Estaacutegios Department of Psychology and Orofacial

Pain Center University of Kentucky College of Dentistry Lexington USA Supervisatildeo Prof JP Okeson

Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain University of Jonkoping Department of Dentistry

Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof JP Okeson Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain

University of Jonkoping Department of Dentistry Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof Gunnar Carlson

Pesquisador associado agrave Universidade Federal de Satildeo Paulo Escola Paulista de Medicina

E-mailsgrottunivalibr

7

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Resumo

Objetivo Investigar a anatomia dos vasos da mucosa palatina utilizando um meacutetodo que

revela toda a arborizacao arterial Materiais e Meacutetodos Para o referido estudo foram

utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e adultos dentados e edentados fixados

em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de

Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade do Vale do Itajaiacute ndash UNIVALI onde as

amostras foram dissecadas diafanizadas e injetadas com uma soluccedilatildeo de Laacutetex tingido com

corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Resultados Integraram a pesquisa 6 palatos

incluindo 3 edentados e 3 dentados Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo

ocorre variaccedilatildeo significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados tendo em vsta que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos

que busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato Conclusatildeo

Atraveacutes da anaacutelise dos graacuteficos e tabelas pode-se observar que natildeo ocorre variaccedilatildeo

significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Palavras Chave Anatomia Diafanizaccedilatildeo Palato Vascularizaccedilatildeo

Abstract

Objective To investigate the anatomy of the vessels of the palatine mucosa using a method

that reveals the entire arborization pressure Materials and Methods For this study we used

six cadavers of both sexes young and adult dentate and edentulous fixed in 10 formalin

solution belonging to the Laboratory of Anatomy Department of Descriptive and

Topographic Anatomy University of Vale Itajaiacute ndash UNIVALI where the samples were

dissected cleared and injected with a solution of Latex dyed with dye inks Suvinil reg the

color red Results Integrating research palates including 6 3 3 edentulous and dentate It can

be observed through the graphs and tables that no significant variation occurs between the

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 6: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

6

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Gabriela Bittencourt Ramos da Silva1

Janaina Fagundes1

Emerson Alexandre Sgrott2

Endereccedilo do autor responsaacutevel

Emerson Alexandre Sgrott

Rua Felipe Schmidt 31

88350-075ndashBrusquendash SC

Fone (47)- 3044-1020

E-mail sgrottunivalibr

1 Acadecircmicas do Curso de Odontologia da Universidade do Vale do Itajaiacute bolsistas de Iniciaccedilatildeo Cientiacutefica

Email gabizinhabittencourthotmailcom janaa__hotmailcom 2 Mestre e Doutor em Ciecircncias - Anatomia pela Universidade Federal de Satildeo Paulo - UNIFESP Doutorando em

Odontologia - Proacutetese Dentaacuteria - Centro de Pesquisas Odontoloacutegicas Membro efetivo da Sociedade Brasileira

para o Estudo da Dor Especialista em Proacutetese Dentaacuteria pela Universidade do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Especialista em Disfunccedilatildeo Temporomandibular e Dor Orofacial - Universidade Federal de Satildeo Paulo -

BrasilUniversidade de Gottemburg - Sueacutecia Programa de Estaacutegios Department of Psychology and Orofacial

Pain Center University of Kentucky College of Dentistry Lexington USA Supervisatildeo Prof JP Okeson

Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain University of Jonkoping Department of Dentistry

Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof JP Okeson Programa de Estaacutegios Department of Oralfacial Pain

University of Jonkoping Department of Dentistry Jonkoumlping Sueacutecia Supervisatildeo Prof Gunnar Carlson

Pesquisador associado agrave Universidade Federal de Satildeo Paulo Escola Paulista de Medicina

E-mailsgrottunivalibr

7

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Resumo

Objetivo Investigar a anatomia dos vasos da mucosa palatina utilizando um meacutetodo que

revela toda a arborizacao arterial Materiais e Meacutetodos Para o referido estudo foram

utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e adultos dentados e edentados fixados

em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de

Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade do Vale do Itajaiacute ndash UNIVALI onde as

amostras foram dissecadas diafanizadas e injetadas com uma soluccedilatildeo de Laacutetex tingido com

corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Resultados Integraram a pesquisa 6 palatos

incluindo 3 edentados e 3 dentados Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo

ocorre variaccedilatildeo significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados tendo em vsta que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos

que busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato Conclusatildeo

Atraveacutes da anaacutelise dos graacuteficos e tabelas pode-se observar que natildeo ocorre variaccedilatildeo

significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Palavras Chave Anatomia Diafanizaccedilatildeo Palato Vascularizaccedilatildeo

Abstract

Objective To investigate the anatomy of the vessels of the palatine mucosa using a method

that reveals the entire arborization pressure Materials and Methods For this study we used

six cadavers of both sexes young and adult dentate and edentulous fixed in 10 formalin

solution belonging to the Laboratory of Anatomy Department of Descriptive and

Topographic Anatomy University of Vale Itajaiacute ndash UNIVALI where the samples were

dissected cleared and injected with a solution of Latex dyed with dye inks Suvinil reg the

color red Results Integrating research palates including 6 3 3 edentulous and dentate It can

be observed through the graphs and tables that no significant variation occurs between the

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 7: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

7

Anaacutelise morfoloacutegica da distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados

Morphological Analysis of the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Resumo

Objetivo Investigar a anatomia dos vasos da mucosa palatina utilizando um meacutetodo que

revela toda a arborizacao arterial Materiais e Meacutetodos Para o referido estudo foram

utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e adultos dentados e edentados fixados

em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de

Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade do Vale do Itajaiacute ndash UNIVALI onde as

amostras foram dissecadas diafanizadas e injetadas com uma soluccedilatildeo de Laacutetex tingido com

corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Resultados Integraram a pesquisa 6 palatos

incluindo 3 edentados e 3 dentados Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo

ocorre variaccedilatildeo significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e

edentados tendo em vsta que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos

que busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato Conclusatildeo

Atraveacutes da anaacutelise dos graacuteficos e tabelas pode-se observar que natildeo ocorre variaccedilatildeo

significativa entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Palavras Chave Anatomia Diafanizaccedilatildeo Palato Vascularizaccedilatildeo

Abstract

Objective To investigate the anatomy of the vessels of the palatine mucosa using a method

that reveals the entire arborization pressure Materials and Methods For this study we used

six cadavers of both sexes young and adult dentate and edentulous fixed in 10 formalin

solution belonging to the Laboratory of Anatomy Department of Descriptive and

Topographic Anatomy University of Vale Itajaiacute ndash UNIVALI where the samples were

dissected cleared and injected with a solution of Latex dyed with dye inks Suvinil reg the

color red Results Integrating research palates including 6 3 3 edentulous and dentate It can

be observed through the graphs and tables that no significant variation occurs between the

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 8: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

8

arterial distribution of the palate in patients with teeth and edentados considering that there is

a shortage in the dental literature for studies that seek this description as detailed as the

vascular anatomy of the palate Conclusion Through the analysis of graphs and tables we

can observe that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in

dentate and edentulous patients Through the analysis of graphs and tables we can observe

that there is significant variation between the arterial distribution of the palate in dentate and

edentulous patients

Keywords Anatomy Clearing Palate Vascularization

Introduccedilatildeo

As arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos que penetram no interior da mucosa

palatina rica em tecido ceratinizado Estas encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de

duas as palatinas maiores e duas anteriores as nasopaltinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica 8

A arteacuteria palatina maior chega a regiatildeo pelo forame palatino maior e a nasopalatina

entra na regiatildeo pelo canal incisivo A arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso de importacircncia

ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a

pouca distacircncia da margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior 3

Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A incisatildeo dos

abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca deve ser feita por uma

incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A incisatildeo deve ser feita o mais

proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir o abscesso O bordo cortante do

bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo em linha reta para cima Quando essas

manobras satildeo lembradas esta se evitando a lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a

arteacuteria eacute seccionada eacute quase impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento

arterial ou por tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria

caroacutetida externa 19

Deve ser observada tambeacutem a anatomia deste vaso em incisotildees na mucosa do palato a

fim de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias esteacuteticas

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 9: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

9

periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se muito proacuteximo do

osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos aacute superfiacutecie da mucosa o que

requer cuidados especiais em enxertos do palato O enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e

uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente 12

Cirurgias de reconstruccedilotildees oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o

conhecimento destes vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta

distribuiccedilatildeo para unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o

assoalho da cavidade nasal 5

Por uacuteltimo eacute de grande valia o conhecimento da anatomia vascular do palato em

cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais em especial em casos de laacutebio

leporino4

Sendo assim preocupados com a gama de acessos e a necessidade de conhecer a

anatomia destes vasos a proposta desta pesquisa foi investigar a anatomia vascular da mucosa

palatina utilizando um meacutetodo que revela toda a arborizaccedilatildeo arterial diafanizando clareando

todos os tecidos da mucosa mantendo somente as arteacuterias infiltradas com laacutetex vermelho

descrevendo-as em cada regiatildeo topograacutefica do palato bem como suas conexotildees bilaterais

calibres e anastomoses

Materiais e Meacutetodos

O projeto referente a esta pesquisa foi submetido agrave avaliaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica e

Pesquisa da Universidade do Vale do Itajaiacute - SC obtendo parecer favoraacutevel de acordo com a

Resoluccedilatildeo 19696 do Conselho Nacional de Sauacutede com o processo de nuacutemero 28409

Para o referido estudo foram utilizados seis cadaacuteveres de ambos os sexos jovens e

adultos dentados e edentados fixados em soluccedilatildeo formalina a 10 pertencente ao

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 10: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

10

Laboratoacuterio de Anatomia Disciplina de Anatomia Descritiva e Topograacutefica da Universidade

do Vale do Itajaiacute - UNIVALI

Para a dissecaccedilatildeo e remoccedilatildeo da mucosa do palato foram utilizados os seguintes

materiais pinccedila anatocircmica tesoura castroviejo pinccedila adson tesoura reta 12 centiacutemetros

bisturi lacircmina 15 e 22 e descolador de Molt Para o aprimoramento das dissecaccedilotildees foi

utilizado um microscoacutepio operatoacuterio com aumento 40X da marca Df Vasconcelos e um

Paquiacutemetro Starretreg

Para a diafanizaccedilatildeo foram utilizados Becker 1 litro agitadores de vidro alcoocircmetro

Gay-Lussac pinccedila anatocircmica soluccedilatildeo de KOH (hidroacutexido de potaacutessio) e soluccedilotildees de aacutelcool

(708090 e absoluto)

No recebimento do corpo doado para a instituiccedilatildeo foi preparada uma soluccedilatildeo de laacutetex

tingido com corante de tintas Suvinilreg da cor vermelha Com o cadaacutever ainda fresco foi

realizada uma incisatildeo na regiatildeo do triacutegono femoral e localizado a arteacuteria femoral Na arteacuteria

canulada foram injetados dois litros da soluccedilatildeo de laacutetex vermelho preenchendo todos grandes

vasos arteriais

Apoacutes a injeccedilatildeo do laacutetex foi feita uma incisatildeo intra-sulcular na mucosa interna do

palato acompanhando a margem de cada dente superior Apoacutes isto foi feita uma incisatildeo

transversal na regiatildeo do palato mole ligado os dois haacutemulos pterigoacuteideos e no sentido

diagonal do haacutemulo a cada tuacuteber chegando ateacute a incisatildeo intra-sulcular dos dentesDesta

forma toda a mucosa palatina estaacute isolada restando somente seu descolamento do ossoCom

o descolador de Molt removemos a mucosa palatina de forma total e acondicionamos numa

soluccedilatildeo neutra

Com a peccedila jaacute fixada no formol iniciou-se o processo de desidrataccedilatildeo que consiste em

banhos de aacutelcool iniciando pelo de concentraccedilatildeo 70 e aumentando 10 desta concentraccedilatildeo

de 3 em 3 dias ateacute chegar no aacutelcool absoluto Para verificar a concentraccedilatildeo da soluccedilatildeo eacute

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 11: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

11

utilizado o alcoocircmetro de Gay-Lussac Apoacutes a retirada da peccedila da soluccedilatildeo de aacutelcool absoluto

emergimos esta em soluccedilatildeo KOH a 10 causando a diafanizaccedilatildeo da peccedila tornando a mucosa

totalmente transparente deixando a mostra os vasos palatinos injetados em laacutetex vermelho

Retiramos a peccedila desta soluccedilatildeo e colocamos em glicerina

Apoacutes a diafanizaccedilatildeo foram avaliados o nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina

apresenta o calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua origem e ramos finais o nuacutemero de

anastomoses existentes entre as duas arteacuterias palatinas maiores o calibre das anastomoses

entre as duas arteacuterias palatinas maiores o nuacutemero de anastomoses existentes entre arteacuteria

palatina maior direita com a arteacuteria nasopalatina o nuacutemero de anastomoses existentes entre

arteacuteria palatina maior esquerda com a arteacuteria nasopalatina o calibre das anastomoses entre

cada arteacuteria palatina maior com a arteacuteria nasopalatina a presenccedila de ramos da arteacuteria palatina

maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito e a presenccedila de ramos

da arteacuteria palatina maior na regiatildeo de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo

Desenvolvimento

Os dados foram comparados quanto agrave presenccedila lado e vaso envolvido na pesquisa

comparando em dentados e edentados e seguem nas tabelas e graacuteficos a seguir

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 12: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

12

Dentados

Palato 1 Palato 2 Palato 3

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 3 2 3 1 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 13 12 16 11 13

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 1 6 2

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 04 02 05

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 2

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 07 05 04 04 05

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 5 5 3

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 4 3 3

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos dentados (em miliacutemetros)

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 13: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

13

Edentados

Palato 4 Palato 5 Palato 6

Questotildees Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

1-Nuacutemero de arteacuterias que a mucosa palatina apresenta 1 3 2 2

2-Calibre das arteacuterias palatinas maiores na sua

origem e ramos finais 14 15 18 16 12 11

3-Nuacutemero de anastomoses entre as duas arteacuterias

palatinas maiores 2 4 4

4-Meacutedia do calibre das anastomoses entre as duas

arteacuterias palatinas maiores 03 03 03

5-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

direita com a arteacuteria nasopalatina 1 1 1

6-Anastomoses existentes entre arteacuteria palatina maior

esquerda com a arteacuteria nasopalatina 1 2 1

7-Meacutedia do calibre das anastomoses entre a arteacuteria

palatina maior com a arteacuteria nasopalatina 05 05 04 06 06 03

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino direito 4 5 7

8-Presenccedila de ramos da arteacuteria palatina maior na regiatildeo

de mucosa que recobre o osso alveolar palatino esquerdo 3 4 4

Tabulaccedilatildeo dos dados referentes aos palatos edentados (em miliacutemetros)

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 14: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

14

Graacutefico 1 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo divididas em dentado e edentado e com

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 2 Graacutefico das meacutedias de cada questatildeo dividida em dentado e edentado sem

diferenciaccedilatildeo por lado

Graacutefico 1

Graacutefico 2

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 15: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

15

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Assim procuramos mencionar os nossos proacuteprios resultados e dentro do possiacutevel

comparar com a literatura pertinente ao assunto

Vaacuterios autores (NEWMANTAKEL E CARRANZA 2004 HADDAD ET AL 2007

HARDIANTOZHANG E ZHANG 2007) enfatizam a importacircncia do conhecimento da

vascularizaccedilatildeo arterial palatina em cirurgias de remoccedilatildeo de tecido conjuntivo para enxertias

de mucosa em cirurgias periodontais esteacuteticas reconstruccedilotildees oacutesseas fechamentos de

comunicaccedilotildees buconasais implantodontia dentre outras

Madeira (2001) cita em sua pesquisa algumas diferenccedilas entre a maxila dentada e a

maxila edentada poreacutem neste estudo natildeo foram observadas diferenccedilas entre a vascularizaccedilatildeo

arterial das amostras

Concordamos tambeacutem com Sicher e Dubrul (1977) e Figun e Garino (1994) que em

seu estudo afirmam que a arteacuteria palatina anterior penetra na cavidade bucal atraveacutes do buraco

palatino ou forame palatino maior situado do lado lingual do uacuteltimo dente molar superior e

no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da cavidade bucal

Figuacuten e Garino (1994) afirmaram que a arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de

importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga grande parte do palato percebemos em nosso

estudo que a afirmaccedilatildeo eacute evidente obtendo uma meacutedia de calibre da amostra dentado

direto12mm dentado esquerdo 14mm edentados direto 14mm e edentados esquerdo

14mm

Devido agrave aproximaccedilatildeo das arteacuterias ao perioacutesteo a manipulaccedilatildeo to tecido palatino eacute

considerada relativamente segura de acordo com Sgrott e Moreira (2010)

Conclusatildeo

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 16: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

16

Pode-se observar atraveacutes dos graacuteficos e tabelas que natildeo ocorre variaccedilatildeo significativa

entre a distribuiccedilatildeo arterial do palato em pacientes dentados e edentados

Vale lembrar que haacute uma escassez na literatura odontoloacutegica em relaccedilatildeo a estudos que

busquem esta descriccedilatildeo tatildeo detalhada quanto a anatomia vascular do palato

Eacute de grande valia que se realizem estudos posteriores a este com o objetivo de avaliar

a vascularizaccedilatildeo maxilar para que assim o cirurgiatildeo dentista possa realizar os procedimentos

necessaacuterios para cada caso com mais seguranccedila para o paciente

Referecircncias

1 Bell WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a

study using adult rhesus monkeys J Oral Surg1969 27 249-55

2 Consolaro A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo

R Dental Press Ortodon Ortoped Facial200914(5)20-26

3 Figuacuten ME Garino RR Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada Medicina

Panamericana 1994 3192

4 Haddad AS Odontologia para pacientes com necessidades especiais Santos2007

723

5 Hardianto YJ A Zhang ZY Zhang CP Reconstruction of a palatomaxillary defect

with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap

and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg2007 36 854-57

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 17: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

17

6 Jacobs R et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-

resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol

Endod2007 103 683-93

7 Johnson DR Moore WJ Anatomia para estudantes de odontologia Guanabara

Koogan31999

8 Luz HP Sgrott EA Anatomia da cabeccedila e do pescoccediloUNIVALI 2005 155

9 Madeira MC Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica

odontoloacutegica 3 Sarvier2001 51

10 Morita K Iwasa T Imaizume F Negishi A Omura K A case of maxillary duplication

with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg2008

37(9)862-65

11 Mraiwa N et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging

Dentomaxillofacial Radiology200433396-02

12 Newman MG Takel GH Carranza FA Periodontia cliacutenica Guanabara Koogan 2004

9762

13 Oliveira HW Dielbold E Silva AMM Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de

TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal

Cientiacutefico2006

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 18: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

18

14 Pinjala RK Josh IS Rammurti S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary

artery Eur j vasc endovasc Surg2007 14(5)54-55

15 Reiser GM Bruno JF Mahan PE Larkin LH The subepithelial connective tissue graft

palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontic

Restorative Dent199616(12)130-37

16 Sarukawa S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor

extirpation Eur j surg oncol2007 33518-23

17 Schmidt BL Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral

maxillofac surg clin North Am2007 1543-49

18 Sgrott EA Moreira RS Anatomia Aplicada agrave Implantodontia Santos2010190-94

19 Sicher Dubrul EL Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan

1977511

20 Toledo LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev

Unimar Cienc19931

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 19: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

19

REVISAtildeO DE LITERATURA

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 20: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

20

Bell (1969) foi pioneiro em discutir a revascularizaccedilatildeo e cicatrizaccedilatildeo oacutessea em

segmentos osteotomizados na maxila Estudou as osteotomias em macacos

Rhesus concluindo que havia cicatrizaccedilatildeo oacutessea por uniatildeo primaacuteria por volta da

sexta semana poacutes-operatoacuteria Esta revascularizaccedilatildeo do segmento osteotomizado da

maxila acontece devido agrave manutenccedilatildeo do pediacuteculo lateral e da integridade dos

tecidos do palato mole os quais recebem irrigaccedilatildeo das anastomoses das arteacuterias

fariacutengea ascendente e palatina menor mesmo quando a arteacuteria palatina

descendente for lesionada

Sicher e Dubrul (1977) afirmaram que a arteacuteria palatina anterior penetra na

cavidade bucal atraveacutes do buraco palatino que estaacute situado do lado lingual do uacuteltimo

dente molar superior e no bordo entre a lacircmina interna do osso alveolar e o teto da

cavidade bucal Dirigindo-se para diante a arteacuteria envia ramos mediais e laterais A

incisatildeo dos abscessos palatinos que se originam na altura do primeiro molar nunca

deve ser feita por uma incisatildeo transversal mas sim no sentido anteroposterior A

incisatildeo deve ser feita o mais proacuteximo possiacutevel do bordo livre da gengiva sem atingir

o abscesso O bordo cortante do bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e natildeo

em linha reta para cima Quando essas manobras satildeo lembradas estaacute se evitando a

lesatildeo acidental da arteacuteria palatina Quando a arteacuteria eacute seccionada eacute quase

impossiacutevel estancar a hemorragia pelo simples pinccedilamento arterial ou por

tamponamento e algumas vezes eacute necessaacuterio fazer a ligadura da arteacuteria caroacutetida

externa

Toledo Filho et al (1993) realizaram uma pesquisa utilizando dezesseis

amostras fixadas em soluccedilatildeo de formalina a 10 no qual se observou que a arteacuteria

palatina maior apresentou-se simples ou dupla a dupla foi denominada anterior e

posterior emitindo ramos para o palato mole quanto agrave origem essa arteacuteria pode

ocorrer ao niacutevel do limite superior do canal palatino ou no seu interior As arteacuterias

palatinas maiores exceto em um caso e as arteacuterias palatinas menores

apresentaram relaccedilatildeo acircntero-posterior

Figuacuten e Garino (1994) explicaram que a arteacuteria palatina maior chega agrave regiatildeo

pelo forame palatino maior e a nasopalatina entra na regiatildeo pelo canal incisivo A

arteacuteria palatina maior eacute o maior vaso e de importacircncia ciruacutergica da regiatildeo que irriga

grande parte do palato situando-se num sulco oacutesseo escavado a pouca distacircncia da

margem alveolar acompanhada pelo nervo palatino maior

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 21: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

21

Reiser et al (1996) estudaram a localizaccedilatildeo da arteacuteria palatina maior pois

estavam preocupados com a escolha de aacutereas doadoras de mucosa para enxertos

gengivais A partir dos preacute-molares e molares entre a junccedilatildeo esmalte-cemento e o

sulco oacutesseo palatino por onde passa a arteacuteria palatina maior consideraram a

distacircncia variaacutevel de 7 a 17 mm Foram estabelecidos no estudo os seguintes

paracircmetros quando o palato tiver a aboacuteboda alta ou em forma de ldquoUrdquo a arteacuteria

estaria em meacutedia a 17 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria nos casos meacutedios a arteacuteria

estaria em meacutedia a 12 mm da junccedilatildeo amelocementaacuteria quando o palato for raso a

distacircncia seria em meacutedia de 7 mm A arteacuteria palatina maior emerge do forame

palatino maior percorre em direccedilatildeo anterior do palato paralelo aos dentes

posteriores e na altura dos caninos angula-se em sua direccedilatildeo

Segundo Johnson e Moore (1999) o esqueleto do palato duro eacute fornecido

pelos processos palatinos das maxilas e pelos processos horizontais dos ossos

palatinos Sua face oral eacute coberta pela tuacutenica mucosa revestida por epiteacutelio

escamoso estratificado A partir da regiatildeo do forame palatino maior para frente ateacute

os dentes caninos a tuacutenica mucosa do palato recebe sua inervaccedilatildeo sensitiva do

nervo palatino maior apoacutes emergir do forame palatino maior o nervo corre para

frente ao longo de uma linha curvada situada aproximadamente na metade do

caminho entre a margem gengival do palato e a linha mediana do palato Ele se

situa proacuteximo do osso frequentemente em um sulco distinto situado na lacircmina

submucosa da zona intermediaacuteria O nervo palatino maior tambeacutem carrega fibras

poacutes-ganglionares parassimpaacuteticas provenientes do gacircnglio pterigopalatino para as

glacircndulas palatinas A tuacutenica mucosa situada na regiatildeo incisiva do palato duro eacute

inervada pelo nervo nasopalatino que emerge no palato duro atraveacutes da fossa

incisiva O suprimento sanguiacuteneo de todo o palato duro eacute fornecido pela arteacuteria

palatina maior Este vaso emerge do forame palatino maior e passa para frente

lateral ao nervo nomeado correspondente situado na submucosa na zona

intermediaacuteria do palato Ela continua para frente em direccedilatildeo agrave regiatildeo incisiva e

passa atraveacutes da fossa incisiva para suprir uma pequena aacuterea da tuacutenica mucosa

dentro da cavidade do nariz Afirmam tambeacutem que o palato pode ser dividido em

duas partes de estrutura e funccedilatildeo diferentes Anteriormente estaacute o palato duro que

forma a particcedilatildeo entre as cavidades do nariz e da boca O palato mole estaacute preso agrave

margem posterior do palato duro e se projeta posteriormente na faringe separando

suas partes nasal e oral O esqueleto do palato mole eacute formado pela aponeurose

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 22: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

22

palatina fibrosa agrave qual estatildeo presos numerosos muacutesculos O palato mole eacute assim

altamente moacutevel e seus movimentos satildeo importantes impedindo que alimento e

bebida entrem na parte nasal da faringe e no nariz durante o ato da degluticcedilatildeo A

lacircmina submucosa do palato duro varia em espessura de uma regiatildeo do palato para

outra e estaacute completamente ausente em algumas aacutereas Esta variaccedilatildeo produz as

zonas que satildeo facilmente reconheciacuteveis na boca do indiviacuteduo vivo Menciona

tambeacutem que a arteacuteria maxilar entra na fossa pterigopalatina atraveacutes da fissura

pterigomaxilar Ela passa atraveacutes da fossa e depois atraveacutes da fissura orbital inferior

para entrar na oacuterbita onde eacute conhecida como arteacuteria infraorbital A terceira parte da

arteacuteria maxilar daacute origem aos ramos palatino nasal e fariacutengeo que acompanham os

ramos correspondentes do gacircnglio pterigopalatino Tambeacutem daacute origem agrave arteacuteria do

canal pterigoacuteide que ocorre posteriormente atraveacutes do canal para suprir a parte

nasal da faringe e a cavidade timpacircnica Quando a arteacuteria maxilar entra na fossa

pterigopalatina daacute origem ao ramo alveolar superior posterior que ocorre com os

ramos correspondentes do nervo maxilar para suprir os dentes posteriores

superiores e estruturas adjacentes A arteacuteria alveolar superior posterior pode dar

origem a um ramo bucogengival consideraacutevel que corre para frente na face

posterior e depois na face anterior da maxila abaixo do processo zigomaacutetico pode

alcanccedilar a regiatildeo infraorbital onde pode anastomosar-se com a arteacuteria infraorbital

Geralmente estaacute acompanhada por uma veia que eacute tributaacuteria da veia facial

Segundo Madeira (2001) o nervo palatino transmite a sensibilidade

proveniente da mucosa do palato duro desde a regiatildeo do canino ateacute o limite anterior

do veacuteu palatino Seus filetes nervosos penetram no forame palatino maior e no

interior do canal palatino maior recebem fibras dos nervos palatinos menores

oriundos do veacuteu palatino por meio dos forames do mesmo nome e ramos nasais

posteriores inferiores que inervam as porccedilotildees posteriores da cavidade do nariz e

septo nasal A uniatildeo destes trecircs nervos do canal palatino maior forma um tronco

denominado nervo palatino Proacuteximo agrave extremidade superior o nervo palatino

atravessa na maioria das vezes o gacircnglio pterigopalatino sem entretanto manter

relaccedilotildees funcionais com ele O nervo nasopalatino proveniente da mucosa da

regiatildeo anterior do palato duro localizado entre canino e incisivo central e da mucosa

da regiatildeo anterior do septo nasal alcanccedila a fossa incisiva atravessando o forame

incisivo e percorre o septo nasal em direccedilatildeo superior e posterior ateacute o teto desta

cavidade Na maxila as modificaccedilotildees de edentados mais comuns satildeo as seguintes

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 23: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

23

1 O forame incisivo pode ser encontrado proacuteximo agrave superfiacutecie lingual do rebordo

residual 2 A espinha nasal anterior fica muito proacutexima do rebordo residual 3 O

palato oacutesseo deixa de ser arqueado e torna-se aplainado e mais raso 4 Um toro

palatino pode surgir e seguindo suas dimensotildees demandar remoccedilatildeo ciruacutergica 5 A

crista zigomaticoalveolar pode alcanccedilar o proacuteprio rebordo residual 6 O haacutemulo

pterigoacuteide pode fazer saliecircncia abaixo do niacutevel da crista residual 7 O seio maxilar

amplia-se pela reabsorccedilatildeo de suas paredes o soalho pode ficar muito proacuteximo do

rebordo residual e deiscecircncias podem aparecer devido agrave sua delgadez 8 A

tuberosidade da maxila agraves vezes eacute muito grande e baixa devido agrave perda precoce

dos molares inferiores e longa retenccedilatildeo dos superiores que continuam a erupcionar

levando consigo o processo alveolar

No entender de Mraiwa et al (2004) o canal nasopalatino pode apresentar

variaccedilotildees anatocircmicas importantes tanto no que diz respeito agrave morfologia e

dimensotildees Para evitar possiacuteveis complicaccedilotildees durante procedimentos ciruacutergicos

como a colocaccedilatildeo do implante uma observaccedilatildeo cuidadosa preacute-operatoacuteria eacute

necessaacuteria Imagem transversal pode ser usada para determinar a morfologia do

canal e as dimensotildees e para avaliar a largura anterior do osso para a colocaccedilatildeo do

implante No estudo foram utilizados um material de 34 escaneamentos CT espiral

para planejamento preacute-operatoacuterio de colocaccedilatildeo de implantes na maxila Uma

varredura foi realizada com uma exposiccedilatildeo e um protocolo padratildeo de

posicionamento do paciente Imagens 2D e 3D TC helicoidal foram cuidadosamente

examinadas para a localizaccedilatildeo morfologia e as dimensotildees do canal nasopalatino

por dois observadores independentes A comparaccedilatildeo foi feita entre 2D e 3DO canal

nasopalatino aparece tipicamente como um canal com uma meacutedia (desvio padratildeo

(SD)) comprimento de 81mm Sua abertura palatal eacute o forame incisivo com uma

meacutedia (SD) interno de 46mm Ao niacutevel do assoalho nasal frequentemente 2

(morfologia Y canal) mas agraves vezes 3 ou 4 aberturas podem ser observados Em

casos especiais o canal mostrou-se como um cilindro com uma uacutenica abertura

nasal A meacutedia (DP) largura maacutexima da estrutura do canal nasopalatino ao niacutevel do

assoalho nasal foi de 49mm A largura bucopalatal da mandiacutebula anterior ao canal

foi de 74mm A interpretaccedilatildeo da morfologia do canal foi significativamente diferente

quando comparado a observaccedilatildeo da imagem 2D com uma estrateacutegia de observaccedilatildeo

2D3D combinado No entanto as mediccedilotildees dimensionais do canal natildeo foram

significativamente diferentes para um 2D e uma abordagem combinada 2D3D

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 24: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

24

Newman Takel e Carranza (2004) destacaram que deve ser observada

tambeacutem a anatomia da arteacuteria palatina maior em incisotildees na mucosa do palato a fim

de remover tecido conjuntivo utilizado em enxertias de mucosa em cirurgias

esteacuteticas periodontais Este vaso tem profundidade variaacutevel podendo encontrar-se

muito proacuteximo do osso palatino e maxila bem como apresentar ramos proacuteximos agrave

superfiacutecie da mucosa o que requer cuidados especiais em enxertos do palato O

enxerto deveraacute compor-se de epiteacutelio e uma fina camada de tecido conjuntivo

adjacente

Luz e Sgrott (2005) afirmaram que as arteacuterias que irrigam o palato satildeo ramos

que penetram no interior da mucosa palatina rica em tecido ceratinizado Estas

encontram-se na regiatildeo posterior em nuacutemero de duas as palatinas maiores e duas

anteriores as nasopalatinas podendo esta uacuteltima ser uacutenica

Conforme Oliveira Diebold e Silva (2006) o uso de implantes na substituiccedilatildeo

de dentes perdidos tem sido uma praacutetica convencional na odontologia dos tempos

modernos A colocaccedilatildeo de implantes na maxila pode ocasionar a perfuraccedilatildeo da

regiatildeo do seio maxilar pela base do implante ou mesmo a penetraccedilatildeo do implante

no conduto nasoalveolar o que poderaacute provocar desconforto ao paciente e

comprometimento da integraccedilatildeo do implante com o osso do maxilar A tomografia

computadorizada por raios X fornece a imagem de estruturas vasculonervosas e

oacutesseas com alta resoluccedilatildeo tornando-a o meacutetodo mais preciso na praacutetica

implantodoloacutegica evitando assim insucessos

Para Haddad et al (2007) eacute de grande valia o conhecimento da anatomia

vascular do palato em cirurgias para o fechamento de comunicaccedilotildees buconasais

em especial em casos de laacutebio leporino

Hardianto Zhang e Zhang (2007) afirmaram que cirurgias de reconstruccedilotildees

oacutesseas e apoacutes fratura e enxertia oacutessea requerem tambeacutem o conhecimento destes

vasos jaacute que em alguns momentos o cirurgiatildeo iraacute se valer desta distribuiccedilatildeo para

unir a mucosa bem como acessar a regiatildeo do palato que representam o assoalho

da cavidade nasal

Para evitar complicaccedilotildees em cirurgias no entender de Jacobs et al (2007) a

dimensatildeo da variabilidade da localizaccedilatildeo do forame nasopalatino deve ser levada

em consideraccedilatildeo principalmente na colocaccedilatildeo de implantes em regiatildeo de incisivos

centrais onde os ramos do canal nasopalatino se ramificam para a esquerda e a

direita colocar um implante nestas regiotildees se torna arriscado demais

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 25: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

25

Considerando-se que a neurovascularizaccedilatildeo eacute muito complexa e variaacutevel

recomenda-se cuidado e planejamento para evitar complicaccedilotildees ciruacutergicas como

hemorragias

Segundo Pinjala Josh e Rammurti (2007) pseudoaneurismas satildeo causados

pela ruptura de arteacuterias com extravasamento de sangue A compressatildeo perivascular

oacutessea forma uma parede para o aneurisma Esta parede gradualmente se expande

e pode romper Eacute raro ver um pseudoaneurisma da arteacuteria maxilar interna Eles satildeo

usualmente associados com fraturas do ramo da mandiacutebula Aneurismas da arteacuteria

maxilar interna podem ocorrer em qualquer parte do seu curso mas eacute muito raro ver

pseudoaneurismas no iniacutecio do segmento da arteacuteria maxilar interna sem a fratura do

ramo da mandiacutebula estes ocorrem geralmente quando haacute a fratura do corpo da

mandiacutebula e maxila Neste trabalho foi descrito o pseudoaneurisma traumaacutetico da

arteacuteria maxilar interna Um motorista de 25 anos caiu de um carro em alta velocidade

e feriu sua face O cirurgiatildeo plaacutestico fixou as fraturas de mandiacutebula e do lado

esquerdo da maxila com um arco e arames dentais Depois de 15 dias um

inchamento pulsante foi notado na regiatildeo paroacutetida direita com um fluido liberado pelo

olho direito O paciente recebeu antibioacuteticos de largo espectro e estava

impossibilitado de abrir a boca devido agrave dor O ortopantograma mostrou que a

fixaccedilatildeo dos ossos fraturados estava intacta O angiograma MR e o angiograma

digital mostraram um grande pseudoaneurisma na junccedilatildeo da arteacuteria maxilar interna e

na arteacuteria temporal Natildeo houve comunicaccedilotildees com o lado oposto Dois rolos fibrosos

foram dispostos no ramo do pseudoaneurisma As pulsaccedilotildees anormais

desapareceram e a dor acalmou-se O aneurisma trombosou Apoacutes o procedimento

a recuperaccedilatildeo foi tranquila Na literatura haacute esporaacutedicas publicaccedilotildees sobre

aneurisma da arteacuteria maxilar interna O aneurisma pode ser causado por trauma

fraturas faciais aspiraccedilatildeo de objetos pontiagudos osteotomias mandibulares e

infecccedilotildees Alguns pacientes com cacircncer apoacutes a radioterapia de face desenvolvem o

aneurisma traumaacutetico da arteacuteria maxilar interna Pacientes com esta patologia

podem apresentar dor inchamento pulsante na regiatildeo paroacutetida com o nervo facial

paralisado epistaxes e sangramento oral ou de garganta dependendo do quadro de

evoluccedilatildeo do aneurisma Neste paciente o inchaccedilo foi notado 15 dias apoacutes a fixaccedilatildeo

das fraturas faciais Escaneamento duplo angiograma MR angiograma espiral CT e

angiograma digital foram usados no diagnoacutestico Terapias endovasculares satildeo

meacutetodos de preferecircncia de tratamento com o miacutenimo de morbidez e eles mantecircm a

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 26: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

26

integridade da arteacuteria maxilar interna em alguns casos Intervenccedilotildees ciruacutergicas satildeo

mais traumaacuteticas e o nervo facial pode ser injuriado Quando os meacutetodos

endovasculares falharem a cirurgia pode ser considerada

Sarukawa et al (2007) tiveram como objetivo avaliar todas as malignidades

para maxilectomia para formular indicaccedilotildees e meacutetodos de reconstruccedilatildeo maxilar

imediata Foram analisadas todas as maxilectomias para ressecccedilatildeo completa de

tumores realizada a partir de 1992 a 2003 no Hospital Nacional de Cacircncer Chiba

Japatildeo Os dados cliacutenicos finais foram obtidos nos prontuaacuterios dos pacientes Para

cada maxilectomia que registrou a preacute-condiccedilatildeo ciruacutergica (aacutelcool ou tabaco cirurgia

preacutevia ou quimioterapia radioterapia e estaacutedio cliacutenico) detalhes ciruacutergicos (perda

sanguiacutenea e tempo ciruacutergico) e poacutes-ciruacutergico (complicaccedilotildees terapia adjuvante

recorrecircncia tumoral e do estado de ingestatildeo via oral e voz) Os resultados foram a

meacutedia de perda total de sangue foi de 848 ml e 71 pacientes morreram dentro de

dois anos apoacutes a cirurgia Para defeitos tipo III do assoalho orbital malha de titacircnio

osso vascularizado ou cartilagem foram utilizados para a reconstruccedilatildeo mas a taxa

de complicaccedilotildees poacutes-operatoacuterias natildeo diferem entre titacircnio autoenxerto Portanto

para reconstruir defeitos do assoalho orbital eacute recentemente utilizado apenas titacircnio

Para defeitos tipo I ou II usamos autoenxerto apenas para determinados casos Os

autores concluiacuteram que se deve preconizar por realizar cirurgia reconstrutiva menos

invasiva apoacutes ressecccedilatildeo de tumor maxilar maligno devido agrave alta perda sanguiacutenea

Schmidt (2007) analisou que a reconstruccedilatildeo maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

representa um dos maiores desafios para a reconstruccedilatildeo da regiatildeo oral e maxilar

Vaacuterias teacutecnicas reconstrutivas estatildeo disponiacuteveis incluindo a construccedilatildeo de uma

proacutetese obturadora retalhos locais e retalhos microvasculares Foram analisados

neste estudo nove pacientes com ressecccedilotildees maxilares extensas que foram

reconstruiacutedos com uma combinaccedilatildeo de 28 zigomaacuteticos e 10 implantes endosseos

padratildeo Os resultados foram que natildeo houve diferenccedila na qualidade dos pacientes

reconstruiacutedos com um retalho microvascular e nas reconstruiacutedas com uma proacutetese

obturatora Dez dos dezoito pacientes que foram reconstruiacutedos com um retalho livre

eram incapazes de usar uma proacutetese Os autores concluiacuteram que ficou demonstrado

que o implante zigomaacutetico e os implantes endosseos padratildeo oferecem um meacutetodo

confiaacutevel para manter apoiar e estabilizar um obturador maxilar apoacutes ressecccedilatildeo

maxilar

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 27: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

27

Segundo Morita et al (2008) a reconstruccedilatildeo total ou subtotal do palato mole

para defeitos orofariacutengeos o qual inclui o poacutes-ciruacutergico e defeitos congecircnitos

apresenta a dificuldade ciruacutergica como um desafio A insuficiecircncia do veacuteu palatino no

presente caso eacute causada pela quase completa deficiecircncia do palato mole sugerindo

que uma cirurgia convencional de faringe com pedaccedilos mucocutacircneos localizados

natildeo produziratildeo resultados favoraacuteveis em termos de poacutes-operatoacuterio e contraccedilotildees nos

pedaccedilos de enxertos na faringe Neste caso a reconstruccedilatildeo do palato mole usando

cortes do antebraccedilo vascularizados acompanhado pela flexibilidade com relaccedilatildeo ao

tamanho e adequada espessura dos enxertos pode ser proveitosa

De acordo com Consolaro et al (2009) o palato eacute irrigado anteriormente pela

arteacuteria esfenopalatina e posteriormente pelas arteacuterias palatinas maior e menor Na

altura do canino essas arteacuterias podem anastomosar Na parte anterior a arteacuteria

esfenopalatina emerge do forame incisivo cuja localizaccedilatildeo pode ser clinicamente

reconhecida a partir da papila incisiva Na parte posterior do palato emerge a arteacuteria

palatina maior do forame palatino maior Este forame localiza-se aproximadamente

entre o segundo e terceiro molares Logo na sua saiacuteda haacute um sulco por onde a

arteacuteria palatina maior percorre em direccedilatildeo anterior Muitas vezes nas margens

desse sulco formam-se verdadeiras cristas oacutesseas Esse local de emergecircncia da

arteacuteria palatina maior pode ser percebido a palpaccedilatildeo Nessa regiatildeo tem-se a

irrigaccedilatildeo sanguiacutenea secundaacuteria por parte da arteacuteria palatina menor que emerge dos

forames palatinos menores e bem posteriormente localizados As duas principais

arteacuterias do palato duro satildeo do tipo terminal ou arboriforme Apesar de eventuais

anastomoses na altura dos caninos se alguma reduccedilatildeo do fluxo acontecer em uma

das arteacuterias a isquemia provocada natildeo seraacute devidamente compensada por outros

vasos e pode levar a regiatildeo isquecircmica agrave necrose

Segundo Sgrott e Moreira (2010) trecircs arteacuterias satildeo responsaacuteveis pela nutriccedilatildeo

do palato duas de origem posterior as arteacuterias palatinas maiores e uma anterior a

nasopalatina Estas se distribuem muito proacuteximas ao perioacutesteo tornando a

manipulaccedilatildeo deste tecido relativamente segura Apresentam ramos que permitem

uma interconexatildeo entre elas A arteacuteria alveolar superior posterior que eacute um vaso

sanguiacuteneo bastante calibroso mostra um trajeto que contorna a convexidade da

tuberosidade do maxilar Dirigindo-se para baixo e para frente estaacute intimamente

relacionada com o osso e seu perioacutesteo Ao longo da tuberosidade do maxilar a

arteacuteria alveolar superior fornece vaacuterios ramos que entram juntamente com os nervos

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 28: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

28

alveolares superiores posteriores nos canais alveolares superiores A arteacuteria

palatina descendente eacute um dos ramos terminais da arteacuteria maxilar e nasce na fossa

pterigopalatina Descendo pelo sulco pterigopalatino e depois pelo canal do mesmo

nome a arteacuteria palatina descendente atinge a cavidade bucal atraveacutes do forame

palatino maior O ramo principal da arteacuteria palatina descendente que emerge atraveacutes

do forame palatino maior eacute denominado arteacuteria palatina maior que se dirige

anteriormente do forame palatino maior para a submucosa do palato duro em um

sulco entre o processo alveolar A arteacuteria palatina maior fornece numerosos ramos

para a membrana mucosa e as glacircndulas do palato duro e a gengiva na face lingual

do processo alveolar superior Os ramos gengivais da arteacuteria palatina anastomosam-

se com os ramos gengivais das arteacuterias alveolares superiores A parte terminal da

arteacuteria palatina maior o ramo nasopalatino alcanccedila o forame incisivo entra na

cavidade nasal onde se anastomosa com ramos septais da arteacuteria esfenopalatina

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 29: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

29

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS

BELL WH Revascularization and bone healing after anterior maxillary osteotomy a study using adult rhesus monkeys J Oral Surg Chicago v27 p249-255 abr 1969 CONSOLARO A et al Lesotildees necroacuteticas na disjunccedilatildeo palatina explicaccedilatildeo e prevenccedilatildeo R Dental Press Ortodon Ortoped Facial Maringaacute v14 n5 p20-26 setout 2009 FIGUacuteN M E GARINO R R Anatomia odontoloacutegica funcional e aplicada 3ed Porto Alegre Medicina Panamericana 1994 192p HADDAD A S et al Odontologia para pacientes com necessidades especiais Satildeo Paulo Santos2007 723p HARDIANTO Y J A ZHANG Z Y ZHANG C P Reconstruction of a palatomaxillary defect with vascularized iliac bone combined with a superficial inferior epigastric artery flap and zygomatic implants as anchorage Int j oral maxillofac surg Copenhagen v36 p854-857 july 2007 JACOBSR et al Neurovascularization of the anterior jaw boneacutes revisited using high-resolution magnetic resonance imaging Oral Surg Oral Med Oral PatholOral Radiol EndodNederland v103 p683-693 may 2007 JOHNSON D R MOORE W J Anatomia para estudantes de odontologia 3 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan1999 LUZ H P SGROTT E A Anatomia da cabeccedila e do pescoccedilo Itajaiacute UNIVALI 2003 155p MADEIRA M C Anatomia da face bases anaacutetomo-funcionais para a praacutetica odontoloacutegica 3 ed Satildeo Paulo Sarvier 2001 51p MORITA K IWASA T IMAIZUMI F NEGISHI A OMURA K A case of maxillary duplication with a soft palate reconstruction using a foream flap Int j oral maxillofac surg Copenhagem v 37 n9 p862-865 june 2008 MRAIWAN et al The nasopalatina canal revisited using 2D and 3D CT imaging Dentomaxillofacial Radiology Belgium v 33 p396-402 oct 2004 NEWMAN M G TAKEL G H CARRANZA F A Periodontia cliacutenica 9 ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan p22004 OLIVEIRA H W DIEBOLD E SILVA A M M Avaliaccedilatildeo da regiatildeo maxilar em imagens de TC por raios X para o uso em implantodontia e cirurgia bucomaxilofacial Rev Canal Cientiacutefico Satildeo Paulo 2006

PINJALA R K JOSH I S RAMMURTI S Traumatic pseudoaneurysm of the internal maxillary artery Eur j vasc endovasc surg Elservier v14 n5 p54-55 nov2007

REISER GMBRUNO JFMAHAN PE LARKIN LH The subepithelial connective tissue graft palatal donor site Anatomic considerations for surgeons Int J Periodontics Restorative Dent Chicago v16 n12 p130-137 apr 1996

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 30: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

30

SARUKAWA S et al Immediate maxillary reconstruction after malignant tumor extirpation Eur j surg oncol London v33 p518-523 nov 2007 SCHMIDT B L Maxillary reconstruction using zygomaticus implants Atlas oral maxillofac surg clin North Am Philadelphia v15 p43-49 2007 SICHER H DUBRUL E L Anatomia bucal 6ed Rio de Janeiro Guanabara Koogan 1977 511p TOLEDO LJF et al Anatomia mesoscoacutepica das arteacuterias e nervos do palato mole Rev Unimar Cienc Mariacutelia v1 1993

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 31: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

31

ANEXO

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 32: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

32

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010

Page 33: GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA JANAINA …siaibib01.univali.br/pdf/Gabriela Silva, Janaina Fagundes.pdf · bisturi deve ser dirigido para fora e para cima e não em linha reta

33

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAIacute

CENTRO DE CIEcircNCIAS DA SAUacuteDE

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIELA BITTENCOURT RAMOS DA SILVA

JANAINA FAGUNDES

ANAacuteLISE MORFOLOacuteGICA DA DISTRIBUICcedilAtildeO ARTERIAL DO

PALATO EM PACIENTES DENTADOS E EDENTADOS

Itajaiacute(SC) 2010