Gazeta da Lagoinha - Outubro 2011

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Belo Horizonte, outubro de 2011 1 ANO IV EDIÇÃO 56 JORNAL DE APOIO ÀS INICIATIVAS COMUNITÁRIAS BELO HORIZONTE,OUTUBRO DE 2011 Distribuição Gratuita www.gazetadalagoinha.com.br Distribuidora Trevo Promoção Água Mineral 20 litros R$ 5,00 o galão Água Mineral Roda D'água A mais pura de Minas (31) 34219506 Rua Caxambu, 96 Lagoinha P P r r o o j j e e t t o o s s d d e e l l e e i i g g e e r r a a m m p p o o l l ê ê m m i i c c a a s s e e n n t t r r e e o o s s c c i i d d a a d d ã ã o o s s Pág. 10 Família do Bairro Renascença luta para recomeçar a vida após incêndio Pág. 6 Projetos culturais trazem fôlego novo à Lagoinha Pág. 14 O lixo de ontem e o de hoje: evoluímos? Pág. 15 Infanticídio indígena: cultura ou crime? Pág. 8 Os 85 anos de Pe. Candinho Pág. 6 e 11 Convocação para a Reunião Ordinária da Rede de Vizinhos Protegidos dos Bairros Lagoinha e Bonfim. Leia na pág. 2

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Jornal de apoio às iniciativas comunitárias do Bairro Lagoinha - Belo Horizonte

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Belo Horizonte, outubro de 2011 1

ANO IV ­ EDIÇÃO 56 ­ JORNAL DE APOIO ÀS INICIATIVAS COMUNITÁRIAS ­ BELO HORIZONTE, OUTUBRO DE 2011 ­ Distr ibuição Gratui tawww.gazetadalagoinha.com.br

DDiissttrriibbuuiiddoorraa TTrreevvooPPrroommooççããooÁgua Mineral 20 litrosR$ 5,00 o galão

Água Mineral Roda D'águaA mais pura de Minas(31) 3421­9506Rua Caxambu, 96 ­ Lagoinha

PPrroojjeettooss ddee lleeii ggeerraamm ppoollêêmmiiccaasseennttrree ooss cciiddaaddããooss PPáágg.. 1100

Família do Bairro Renascençaluta para recomeçar a vidaapós incêndio Pág. 6

Projetos culturais trazemfôlego novo à Lagoinha Pág. 14

O lixo de ontem e o de hoje:evoluímos? Pág. 15Infanticídio indígena:cultura ou crime? Pág. 8Os 85 anos dePe. Candinho Pág. 6 e 11

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AA Alcóolicos Anônimos ­ (31) 3224­7744Aeroporto Carlos Prates ­ (31) 3462­6455Aeroporto Confins ­ (31) 3689­2344Aeroporto Pampulha ­ (31) 3490­2000AGIT­Agência de Empregos ­ 0800­319­020Auxílio à Lista ­ 102Bombeiros ­ 193CEASA 0800­315­859CliDEC (31)3236­2100CEMIG ­ 0800 310 196COPASA ­ 195Correios ­ 159Corpo de Bombeiros ­ 193CW­ Centro dc Valorização da Vida ­(31)3334­41113444­1818 ou 141Defesa Civil 199DETRAN/ MG ­ (031)3236­3501/3525Disque Direitos Humanos ­ 0800­311­119Disque Ecologia ­ 1523Disque PROCON ­ (31) 3277­4548/9503/4547 ou 1512Disque Turismo ­ 1677GAPA/MG ­ (31)3271­2126MG Transplantes (Doação de órgãos)­ (31) 32747181Movimento das Donas de Casa eConsumidores ­ (31)3274­1033Ibama ­ 0800­618­080Polícia Civil ­ 197Polícia Federal ­ (31)3330­5200Polícia Militar ­ 190Polícia Rodoviária Estadual ­(31)2123­1901Polícia Rodoviária Federal ­ (31 )3333­2999Prefeitura Municipal ­ 156Pronto Socorro ­ 192Pronto Socorro (HPS João XXIII) ­(31)3239­9200Receita Federal ­ 0300­780­300SENAC ­ 0800­724­4440SINE­MG ­ (31)2123­2415SOS Criança (Centro de Referência ­Denúncia) ­0800 283 1244Sudecap Disque Tapa­ buraco ­(31)3277­8000

TELEFONES ÚTEISEDITORIALAo primeiro sinal, não pare.

Isso mesmo, não pare. Continue. E pa­ra lá mesmo que queremos ir. Olhe pa­ra o lado, chame o colega, o vizinho, amulher, o marido, a criança, seus filhos.Sim, é para lá mesmo que queremos ire esta edição da Gazeta da Lagoinha éuma prova disto. Podemos dizer que émesmo uma espécie de edição especi­al porque recheada de bons exemplos,cheia de energia e de participação.

Estes sinais, primeiros si­nais, estão cada vez mais consistentes.É um que faz questão de defender oseu local amado, é outro que preocupa­se com o bem estar coletivo e que, qua­se sem querer, acaba construindo umfuturo coletivo.

Parece que a nostalgia quernos abandonar. Ela, prima da saudade,

quer deixar a Lagoinha e ir visitar umoutro local que necessite da sua pre­sença aflitiva. É visível no olhar de to­dos uma grande necessidade depresente e mais: de futuro! Revitalizara Lagoinha é medida urgente, neces­sária, fundamental, inevitável, inadiá­vel, imprescindível! É isso o que vemosnos olhos da Lagoinha: não vamos ar­redar pé.

Muitos, muitos mesmo, lan­çaram a semente e os primeiros sinaisdo fruto começam a aparecer. A auto­estima provou que não está em faltaentre nós e os braços estão vigorosospara trabalhar e alegres para abraçarum presente e um futuro que nos per­tence.Alô, Lagoinha!

Os primeiros sinaisRECADO DO LEITOR

Adoro o jornalzinho da Lagoi­nha, mas a Rua Itapecerica está tão sujae se vê muitos deputados, vereadores ­principalmente agora ­ falando da Lagoi­nha, mas eles não fazem nada.

Moro no condomínio NossaSenhora da Piedade na Rua Itapecericae o único vereador que fez algo por nósfoi caçado.

A vereadora, Neusinha, o Ge­raldo Félix vão ali só em época de elei­ções. Pergunte para eles o que eles jáfizeram de concreto para a Lagoi­nha/Rua Itapecerica?

Não chegou a hora do jornal,fazer uma boa entrevista com eles, per­guntando os que eles fizeram de concre­to para a Lagoinha? E a sujeira? E aágua que sai de uma oficina (na RuaAdalberto Ferraz), com resto de óleo ecorre pela Rua Itapecerica há tempos?O que a Regional Noroeste faz?

Ah! E o fumódromo, a craco­

lândia? São inúmeros os nomes dadospara a Rua Itapecerica, por causa doconsumo de crack até mesmo durante odia.

E o resto da Rua Elias MussiAbuid, o que será feito? Será que vãofazer um acampamento para os fuma­dores? E/ou vão colocar uns banheirosquímicos para eles fazerem as necessi­dades deles?

E a Rua Formiga em frenteao Odilon Behrens? Virou estaciona­mento privativo para funcionários da de­legacia ou seria vagas para carrosoficiais?

Desculpem meu desabafo,mas acho que o jornal é importante vei­culo de comunicação para colocar osGestores Públicos contra a parede.Grato,Cláudio Braga, por e­mail.

CCÉÉSSAARR -- PPIINNTTOORR

IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO

((3311)) 88556677--55112233

NOTA DE ESCLARECIMENTOA Gazeta da Lagoinha, enquanto veículo comprometido com acomunidade a que atende, coloca­se à disposição de todos para odebate público de qualquer natureza. Assim, as polêmicas queenvolvem a situação da revitalização do IAPI podem ser discutidas,debatidas, expostas a partir dos mais variados pontos de vista. Ofato do presidente da associação do referido conjunto ter um espaçoneste jornal não significa que este veículo esteja ou não endossandoas posição deste. Desta forma, nos colocamos à disposição detodos que queiram contribuir para o debate, independemente davisão que tenham. Afinal, acreditamos que todos estejampreocupados com o destino do lugar em que vivemos. Mande suassugestões, opiniões, reclamações para o nosso e­mail:[email protected]

CONVOCAÇÃOO CONSEP­21BH, a VIGÉSIMA PRIMEIRA CIA. ESPECIAL DO 34º BPMMG.,convocam os Membros e convidam toda a Comunidade para a reunião Ordináriada REDE DE VIZINHOS PROTEGIDOS DOS BAIRROS BONFIM/LAGOINHA, arealizar­se na Capela Nosso Senhor do Bonfim ­ Rua Arceburgo, 316, BairroBonfim ­ às 19h15min., do dia 1º de novembro de 2011, quando serão tratadosos seguintes assuntos:1 ­ Diagnóstico sobre as demandas recebidas, ações da 21ª CIA ESPECIAL eacolhimento de novas demandas:2 ­ Formas de mobilização da Comunidade para à reunião do CONSEP­21BH., aser realizada no dia 08 de novembro de 2011, na mesma Capela e horário,quando será apresentado o novo Projeto das Redes de Vizinhos Protegidos paraos Bairros do 34º BPMMG., conforme autoria do insigne Comandante ­ TenenteCoronel Fagundes.Solicito o empenho de todos no sentido de darem publicidade da importânciadestas reuniões e de conclamarem a presença da Comunidade, principal interes­sada no fortalecimento da segurança.Belo Horizonte, 29 de outubro de 2011.Atenciosamente,Márcio Emiliano da Silva,Presidente do CONSEP­21BH.

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____________________Cristiane Borges

No dia 14 de setembro umincêndio provocado pela fiação elétricatransformou em cinzas tudo o que esta­va dentro da humilde casa da famíliaSantos Oliveira, no bairro Renascença.Dimas, 54 anos, o pai da família, esta­va dentro da casa quando as chamascomeçaram, dormindo, mas foi resgata­do pelos filhos. “Era um túnel de fuma­ça, ninguém conseguia entrar, nemsair”, lembra Dimas. A família e os vizi­nhos tentaram, inutilmente, apagar o fo­go. Eles perderam tudo o que tinham,que estava dentro da casa: documen­tos, geladeira, mantimentos, televisão,guarda­roupa, fogão… sobrou só cinza.“Não fossem os bombeiros para pegaros botijões de gás, tinha explodido tu­do”, lembra Tiago, 26 anos.

A família é composta por umcasal de senhores, Dimas e Maria Antô­nia, e por seus filhos jovens, totalizan­do oito pessoas. Hoje a família estádividida entre as casas de parentes. Pe­dromar, 19 anos, o filho mais novo, con­ta que não perdeu seus materiais deestudo porque estavam com ele, emsua bolsa, mas que com o notebooknão teve a mesma sorte.

Apesar das perdas, MariaAntônia é mulher que estampa sorrisono rosto. Ela lamenta ter perdido no in­

cêndio um caderno com suas poesias.“Ainda tenho algumas [poesias] na me­mória. Quero transformar meus poe­mas em música. A gente se vira é nos15. O mais importante é Deus na vidada gente. Com Ele a gente vai chegarlá”, disse.

A família está recebendo do­ações de tudo: mantimentos, roupas pa­ra jovens e adultos, lençol, edredon,toalha, coberta, talher… Eles já conse­guiram a doação de uma geladeira,mas não têm onde colocá­la.

Raquel, 27 anos, esposa doTiago, está grávida de 4 meses. Elaconta que “a porta da geladeira foi prosares”.URGÊNCIA

O mais importante para a fa­mília é voltar a ter a sua casa. Urgente­mente eles precisam levantar asparedes. Eles aceitam doações de qual­

quer quantidade de materiais de cons­trução. No quadro acima estãodiscriminados os materiais necessáriospara eles reconstruírem a casa.

O endereço da família San­tos Oliveira é rua Borborema, 1560,

quase esquina coma rua Nossa Senhora da Conceição, nobairro Renascença. O e­mail do Pedro­mar é [email protected] .

“Uns queriam um empregomelhor; outros, só um emprego. Uns

queriam uma refeição mais farta; ou­tros, só uma refeição (…) Uns queriamo supérfluo; outros, apenas o necessá­rio”. (Chico Xavier)

O que sobrou da casa, depois do incêndio. Foto: Cristiane Borges

Parte da família Santos Oliveira. Foto: Cristiane Borges

Maria e Dimas. Foto: Cristiane Borges

Família do bairro Renascença perde a casa e os pertences em incêndio

_______________________Lúcio Vaz de Mello

No dia 14 de outubro de 2011 naIgreja de Nossa Senhora da Conceiçãofoi prestado uma homenagem ao padreCandinho pela passagem dos seus 85anos de vida e também pelos seus 60anos de vida Sacerdotal.

A homenagem teve início com umaMissa às 19:30, com grande presençade fiéis da comunidade, Vicentinos,Congregados Marianos, grupo da Cru­zada Eucarística, ex­alunos, professo­res, funcionários do Colégio ParoquialNossa Senhora da Conceição, amigose parentes.

Ao chegar, o homenageado foi rece­bido pela Banda de Música “Corpora­ção Musical Nossa Senhora daConceição” com música do seu repertó­rio que contagiou a todos que ali esta­vam presentes.

A Missa foi celebrada pelo Párocoda igreja padre Ademir Ragazzi, conce­lebrada com o homenageado e organi­zada pelo Dr. Aécio Flávio SilveiraCoutinho e sua esposa Eliane e músi­

cas a cargo do Coral da Igreja dirigidapela senhora Terezinha Brandão.

O ponto mais emocionante da Mis­sa foi quando na hora da consagraçãodo pão e do vinho, após a elevação docálice a banda tocou o Hino NacionalBrasileiro, onde a emoção contagiounão só o Padre Candinho como a todosali presentes, tornando­se realmenteum momento de rara beleza.

A igreja estava totalmente tomadapelo público aproximadamente 300 pes­soas e puderam assisti­la também porum telão que favoreceu muito aquelesque estavam mais ao fundo.

Fizeram as leituras o prof. FábioFreitas, a 1ª secretária do Colégio Ma­ria Inês Porto, e os ex­alunos HamiltonMoreira e Sueli Hauck.

No final da Missa o Sr. Lúcio Eustá­quio Vaz de Mello falou em nome de to­dos, testemunhando tudo que o padreCandinho realizou em benefício da co­munidade do bairro da lagoinha e adja­cências, enaltecendo suas qualidadesde grande empreendedor e religiosorespeitado.

Após a missa foi servido bombons euma lembrança do evento assim comono salão os presentes tiveram a oportu­nidade de estar com o padre Candinhomais intimamente deliciando com enor­mes variedades de biscoitos e refrige­rantes.

Seu trabalho missionário no bairroda lagoinha tornou­se legendário, poiso seu pioneirismo e a catequese esta­vam indelevelmente enraizados na suaVIDA E OBRA, estando registrados nahistória da Arquidiocese de Belo hori­zonte com preito de gratidão e fidelida­de de espírito e amizade de coração.

Seu nascimento deu­se nos 02 desetembro 1926 em Belo Horizonte esua ordenação de Sacerdócio no dia 08de dezembro 1951 no Seminário Cora­ção Eucarístico de Jesus onde hoje es­tá instalada a faculdade da PUC.

SUAS OBRASSuas obras sociais foram à constru­

ção do Colégio Paroquial Nossa Senho­ra da Conceição que na sua época foiuns dos colégios mais respeitados deBelo Horizonte. Hoje ele não mais exis­te, deu lugar para expansão da cateque­se da Arquidiocese de Belo Horizonte.

Construção do posto de Saúde defrente à Igreja, implantação da gráficaNossa Senhora da Conceição que aten­de até hoje a Arquidiocese. Nova casaparoquial, quadra de esporte que pro­porcionou grandes espetáculos de es­portes como Futsal, Vôlei, festas,barraquinhas além muitas outras obrassociais.

Ainda dentro da comunidade da La­

goinha criou com a participação de jo­vens, Congregação Mariana, o grupoda Cruzada Eucarística, grupo de ado­ração ao Santíssimo que freqüentava aigreja da Boa Viagem, encontros frater­nos onde os jovens participavam das vi­sitas as casas onde era rezado o Terço.

Quando foi transferido para igrejade Nossa Senhora das Graças no bair­ro da Concórdia, sua capacidade ideali­zadora e empreendedora, não deixoupor menos, logo resolveu fazer a refor­ma da pequena igreja transformando­aem uma grande matriz, construiu o Cen­tro Catequético onde tem várias ativida­des culturais e cursos dos maisvariados e ainda leva seu nome. Cons­truiu o Alojamento para aqueles missio­nários do interior fiquem hospedadosquando dos congressos, simpósios eoutras atividades ligadas à igreja. Cons­truiu também a Capela Sagrado Cora­ção de Jesus, no aglomerado vilaTiradentes, junto ao bairro da Concór­dia, além de inúmeras obras espirituais.

Realmente a homenagem ao PadreCandinho foi das mais justas e todosaqueles que compareceram puderamcompartilhar com ele a alegria e satis­fação daquele grande momento.

Festejando seus 85 anos, Pe. Candinho recebehomenagens de toda a comunidade da LagoinhaEm seu aniversário, comemorado com muita emoção e boas recordações, o MonsenhorCândido João São Thiago, carinhosamente chamado de Pe. Candinho, é lembrado porseus atos em favor da Lagoinha e região e pela vida dedicada ao sacerdócio

Monsenhor Cândido João São Thiago:mais conhecido como PadreCandinho. Foto: Acervo da família.

O então futuro sacerdote junto desuas irmãs. Foto: Acervo da família.

Primeira Missa celebrada pelo padre.Observe que o padre rezava a missade costas para os fiéis. Foto: Acervoda família.

Da esquerda para a direita: Igreja Sagrado Coração de Jesus, Colégio Paroquial N.S.da Conceição, Centro catequético, IgrejaN.S.das Graças, Seminário onde está situada a PUC hoje. Fotos: Acervo da família.

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Como de sempre nas mi­nhas andanças pelas montanhas de Be­lo Horizonte, vou beirando o meio fiopara não esbarrar na multidão e nemtão pouco ser atropelado pela pressados veículos. E é vendo o obelisco daPraça Sete que me irrompe pensamen­tos libertários. Eis que surge esta frase:

­ “ A Liberdade é o primeirocompromisso de Minas”.

Sendo assim, somos convi­dados a refletir sobre as alianças. Ali­anças republicadas e conchavos rasos.Afinal são jogos de interesses entre aclasse política e a sociedade.

O preâmbulo desta reflexãojá consta no artigo: “O cidadão atordoa­do e o político desorientado”, em que di­go: “Não quero aqui lançar lama emtudo ou todos. Afinal, existe muita gen­te séria, abnegada e trabalhadora naatividade pública. Penso até que é mai­oria silenciosa que sustenta as boaspráticas, mas há momentos em que asdúvidas persistem em minha cabeça”.

Hoje quero dar voz à cidada­nia emancipada. Daqueles sujeitos dedireito que não necessitam do pensa­mento alheio para conduzir ao seu des­tino. Sabem que vale a boa máxima:“Educação vem de berço”. E ainda: fo­ram lapidados com boa educação ouse educaram com próprio suor. Apren­deram as letras humanas, científicas,econômicas, políticas e bons modos.Claro que boas escolas fazem a dife­rença e enriquecem o espírito. Este ci­dadão tem ainda em seu arsenal deliberdade, condição econômica ou ren­da que o faz independente.

Diante disto tudo, podem se­guramente fazer escolhas. “São donosdo próprio nariz”. Nisto podem escolherpolíticos honrados para representar su­as opiniões e votar com liberdade. Estaaliança torna­se republicana. O políticodigno e honrado com o cidadão livre eemancipado.

Agora, bem sabemos que te­mos um longo caminho para educar opovo e os políticos miúdos. Não querome referir aos representantes do povocomo “aproveitador”, “oportunista”, “fisi­ológico”, “corrupto” e outros adjetivospejorativos. Afinal foram eleitos e o elei­tor é soberano em sua escolha, assimé o processo democrático.

O fato devastador para a re­pública é parceira político miúdo e cida­dão alienado. É o que chamo de caldode incivilidade. O representante do elei­tor fica criando espetáculo, distribuipresente, brinde, picanha e boa cerve­

ja gelada. Uma maravilha para o mora­dor da comunidade. Tudo muito festivoregado a boa música, abraços e tapi­nha nas costas. O cidadão alienadosai com alma lavada na farra. Todos fi­cam felizes e o compromisso é firmado.

Veja só meu caro leitor, on­de isto irá parar? Nas urnas cheias devotos de um cidadão alienado para umcidadão miúdo. Está formada a encren­ca republicana. Isto gera um círculo vici­oso que vem ano e passa ano e oartifício continua acontecendo com ou­tra roupagem e fora do calendário elei­toral, é claro.

Que Deus nos ajude a abrira cabeça do cidadão miúdo com o cida­dão alienado – sem a cultural básica eformação política ­. Estamos ferradosenquanto esta mentalidade estiver per­meando a Federação, o Estado e o Mu­nicípio.

Enquanto a chuva cai, asmesmas águas que destroem tam­bém purificam o ar, nutrem as plan­tas... Assim é a nossa vida! Enquantocorrentes negativas tentam nos aba­lar, tudo continua e estas correntespodem bem ser transformadas, de­pende do nosso modo de encarar osfatos desta vida.

Foi em meio a algumas tur­bulências, que nós da Associação doIAPI, conquistamos para os morado­res de nossa região uma parceria demuita utilidade. Firmamos há 15 dias,uma parceria com a empresa AeC deTelemarketing bastante conhecida aterceira maior de seu seguimento. Es­ta parceria visa oferecer 200 vagasde emprego para OPERADORES DETELEMARKETING por mês aos mo­radores da nossa Região. Não preci­sa ter experiência e basta apenas termais de 18 anos e 2º grau completo.

Serão colocados cartazesnos prédios e na Região do entornodo IAPI. Os interessados deverão fa­zer contato conforme será anunciadonos cartazes, pois na medida em que50 pessoas se inscreverem, serão le­vadas à Empresa para maiores deta­lhes como treinamentos e outrascoisas importantes.

Esperamos que desta vezseja despertado o interesse de todos,pois a proposta é muito boa e os be­nefícios também.

Mas não é só isso! Já estácirculando o ABAIXO ASSINADO soli­citando a instalação de DUAS PAS­SARELAS conforme mencionamosanteriormente neste jornal. A suges­tão é que uma delas seja na Rua Ara­ribá, esquina com Antonio Carlos, e aoutra na área verde ao lado do Mer­cadinho da Lagoinha. Pedimos a to­dos que concordarem, que assineme nos ajudem a divulgar este abaixoassinado. Levaremos às casas, co­

mércios, Igrejas, esco­las locais, HospitalOdilon Berhens e aospedestres que atraves­sam a avenida... enfim,à toda a comunidadeque circula a Avenida.

Não aceitamos mais tantos aciden­tes, muito menos atropelamentoscom morte de moradores e vizinhosde nossa comunidade.

E para finalizar, eu, Juni­nho, representando a Associação doIAPI, fui escolhido como represen­tante da nossa Regional (que vai doBairro Bonfim ao Bairro Sumaré –N01) para levar ao Prefeito no dia10/11/11, as propostas de melhoriasjá discutidas pelas comunidades e li­deranças desta regional no projetode GESTÃO PARTICIPATIVA de nos­sa Prefeitura.

É isso pessoal, nós nãoestamos parados, na verdade, nãoparamos nunca. Inclusive, já come­çamos a arrecadação do pagamentoda mão de obra da pintura, e a acei­tação está sendo muito boa em to­dos os apartamentos já visitados. Apintura vai continuar. E fiquem deolho no ORÇAMENTO PARTICIPATI­VO DIGITAL – OP DIGITAL, maispropostas de melhorias para nossaRegião serão colocadas em votação(REVITALIZAÇÃO DA LAGOINHA),não deixe de participar! Em breve di­vulgaremos mais novidades. Contan­do com o apoio de todos, lembrandosempre que nossas reuniões são àssegundas­feiras sempre as 20:00 nasede em frente aos edifícios 03 e 05.

Conto sempre com oapoio de todos para transformar aLagoinha num lugar cada vez melhorpara se morar.

Um forte abraço a todos,muito obrigado...Até a próxima!

JJUUNNIINNHHOO DDOO IIAAPPIIAAcceessssee nnoossssoo bblloogg::iiaappiibbhh..bbllooggssppoott..ccoomm

ee­­mmaaiill..:: ccaa­­jjuunniioorr@@bbooll..ccoomm..bbrr

ABRINDO OPORTUNIDA­DES PARA TODOS: O

TRABALHO CONTINUA...O político honrado e o cidadão emancipado;o político miúdo e o cidadão alienado

Antônio de Pádua Galvão ­ Economista e Psicanalistawww.galvaoconsultoria.com.br (31) 9956­9161

Você sabia que em várias tri­bos indígenas no Brasil, crianças re­cém­nascidas, com problemas mentaisou físicos, são enterradas vivas, estran­guladas, envenenadas ou simplesmen­te deixadas na mata para morrer?

O infanticídio indígena é umtema que gerou documentários, proje­tos de leis e muita polêmica em tornode saúde pública, cultura, religião e le­gislação. Ainda utilizado por algumas tri­bos indígenas, esse princípio leva àmorte não apenas gêmeos, mas tam­bém filhos de mães solteiras, criançascom problema mental ou físico ou doen­ça não identificada pela tribo.

O infanticídio faz parte dacultura indígena e dividem opiniões.Existem pessoas que apóiam essa prá­tica cultural, porém outras afirmam queo direito à vida, previsto no artigo 5º daConstituição, está acima de qualquerquestão.

Várias campanhas contra oassassinato de crianças foram disponi­bilizadas inclusive pela internet com ointuito de mobilizar autoridades e ór­gãos ligados a cultura indígena paraque essa prática seja abolida. Em umdos vídeos mais acessados pela redesocial do You Tube pode­se perceber aangústia dos próprios índios ao veruma criança sendo enterrada viva. Oque chama atenção desse vídeo é oapelo de uma outra criança que diz: “pa­

re, eu cuido dele”, ignorada pelos de­mais, o apelo dessa criança foi em vão,a criança que fora enterrada viva cho­rou por horas e faleceu.

Mas, felizmente, milagrestambém acontecem. É o caso da meni­na Hakani. Ela nasceu em 1995, filhade uma índia suruwaha. O nome Haka­ni significa sorriso. Nos primeiros doisanos de vida da pequena índia ela nãose desenvolveu como as outras crian­ças e de acordo com a tradição indíge­na, a pequena Hakani deveria sermorta, porém seus pais, incapazes desacrificá­la, preferiram suicidar, deixan­do Hakani e os 4 irmãos órfãos. A res­ponsabilidade de sacrificar Hakanipassou para o irmão mais velho, então,ele levou­a até o local para que a pe­quena Hakani fosse enterrada viva. Emmuitos casos, o choro sufocado da cri­ança continua por horas até cair final­mente em um profundo silêncio, mas,para Hakani, esse profundo silêncionunca chegou. Alguém ouviu o choro,arrancou a pequena do túmulo e colo­cou nas mãos do avô que tinha uma du­ra missão de matá­la. O avô de Hakaniapontou o arco e flecha para a índia,mas, a flechada errou o coração e per­furou o ombro da criança, mais umavez Hakani sobreviveu. O avô ficoutranstornado, tomado por um sentimen­to de remorso e culpa, e suicidou­se.

Hakani, depois de ter sobre­

vivido sofreu humilhações, desprezo,foi agredida e ficou conhecida como acriança almadiçoada da tribo. Com opassar do tempo, ficou desnutrida e do­ente e Hakani foi perdendo o sorriso ra­diante que tinha. Um casal demissionários que por mais de 20 anostrabalhava com o povo suruwahá resga­taram a pequena Hakani e cuidaram de­la como se fosse uma filha.

Jovens com uma missão(JOCUM) tem sido uma presença cons­tante em diversas comunidades indíge­nas amazônicas nas últimas trêsdécadas, durante um tempo a Jocum,juntamente com outras ONGs e organi­zações missionárias, foram convidadasa deixar as áreas indígenas específi­cas, tais como a dos suruwaha, até queas novas regras dos convênios sejamfirmadas.

Infelizmente, existem outrascrianças que não tem a mesma sorteque Hakani, a forte pressão cultural in­

dígena, a FUNAI e alguns órgãos gover­namentais que apóiam o infanticídioalegam que é uma prática cultural quenão pode ser interferida, enquanto isso,crianças inocentes são brutalmente as­sassinadas sem ter o direito à defesa.

Hakani, lutou constantemen­te pela vida, voltou a sorrir e hoje estácom 16 anos deidade e temuma missão decontinuar a lu­tar pela sobre­vivência deoutras criançasinocentes.

Artigo 5º daConstituição:“Todos sãoiguais perante alei, sem distin­

ção de qualquer natureza, garantindo­se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade dodireito à vida, à liberdade, à igualdade,à segurança e à propriedade ”...Fontes: Youtube, Governo e hakani.org

O silêncio dos inocentesTexto adaptado por Luciana Rocha ­ www.lucianarocha.net

HAKANI, Uma menina chamada sorriso.Reprodução

Cenas de uma criança indígena sendo enterrada viva. Reprodução

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Belo Horizonte, outubro de 2011 9

TemoslinguiçacaseiraR$ 1 0 kg

CCoonnffiirraa aaqquuii oonnddee ccoommeerr eebbeebbeerr bbeemm nnooss rreessttaauurraanntteess eebbaarreess ddaa LLaaggooiinnhhaa ee rreeggiiããoo!!

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Belo Horizonte, outubro de 2011 10

______________________Cristiane Borges

Dos 1 00 últimos Projetos deLei (PLs) apresentados pelos ve-readores da Câmara Municipalde Belo Horizonte, entre agostoe outubro deste ano, 1 7 forampara concessão de títulos de uti-l idade pública. O título de uti l ida-de pública municipal habil ita aentidade a fazer convênios como governo municipal. Em algunscasos, a declaração pode ser cri-tério de desempate na disputade recursos. As organizaçõesde assistência social e de educa-ção infanti l ainda podem conse-guir a isenção do IPTU com aconcessão do título. As entida-des que conseguem o título deuti l idade pública acabam estrei-tando os laços com o parlamen-tares e normalmente podemoferecer, em troca da conces-são, o apoio político.

Na lista das 1 7 entidadesque constam nos projetos anali-sados, estão associações comoa do Bem Estar Humano – Clíni-ca da Alma, A Organização To-que de Arte (OTA), aAssociação de Apoio aos Idososdo Bairro Jardim Inconfidência,o Grupo de Amigos da MelhorIdade, a Associação da Comuni-dade Salinense em Belo Hori-zonte – ACOSB, a AssociaçãoVida Vôlei Masters Mackenzie ea Ação Maçônica Internacional– AMI, esta última entidade foiapresentada em proposta doprofessor Elias Murad.

Na continuação da lista dosPLs com maior apresentação,seguem os que propõe a mudan-ça ou a denominação de logra-douros e espaços livres de usopúblico, como praças, que cor-respondem a 1 6%. Para o cartei-

ro E. , as mudanças de nome derua dificultam o serviço de entre-ga de cartas. “Não é bom pramim. A gente se acostuma comum endereço e de repente mu-da. Isso atrasa o meu serviço”,disse.

Hilários

Há também projetos polêmi-cos e até hilários, que pouco setraduzem em interferências efi-cazes para o bom funcionamen-to da cidade. É o caso do PL1 924/2011 , apresentado pelo ve-reador Sérgio Fernando PinhoTavares (PV), que dispõe sobrea obrigatoriedade do motocicl is-ta e de seu carona usar coletecom o número da placa do veí-culo.

O motoboy Omero Moreira,39 anos, não concorda com aproposta. “Se eu buscar umapessoa mal intencionada na Ro-doviária, por exemplo, eu nãovou chegar lá e fazer uma revis-ta na pessoa. Mas se for o azarda pessoa fazer qualquer erro,enquanto usa do meu serviçode motoboy e do meu colete, se-ria a minha placa a anotada?Acho que o projeto não é sim-ples assim.”

Vagner Teodoro, gerente doMoto Express Diamantina, tam-bém discorda do projeto. “Temagora um colete para o motoboyusar, o refletivo, então esse jávai ser um custo pra nós, alémde atrapalhar o dia a dia do mo-toqueiro debaixo de sol ou de-baixo de chuva… Ouvi falar deuma nova lei que obriga colocaro número da placa no capacetedo motoqueiro, aí beleza, é ba-cana, não vai atrapalhar em na-da, agora imagina andar o diainteiro embaixo de um sol des-

ses, e de colete… Aqui em BH,o colete refletivo custa em mé-dia R$1 30,00. Não vejo que es-te projeto seja viável”, disseVagner.

Mudanças de nomes de rua dificultam oserviço do carteiro E. Foto: CristianeBorges.

A quantas discutemProjetos de lei em tramitação na Câmara dos Vereadores da capital são

questionados pela população. Para alguns muitos deles ao invés de solucionar

problemas acabam por criar outros

Omero Moreira: "Acho que o projeto nãoé simples assim". Foto: CristianeBorges.

O gerente Vagner Teodoro discorda doPL 1924/2011. Foto: Cristiane Borges.

_______________Da Redação

O estudante T.P, 18 anos, procuroua redação da Gazeta da Lagoinha e de­nunciou que sofreu abuso de força pordois policiais militares no dia 27 de ou­tubro, na Praça Sete, Centro de BeloHorizonte.

T.P conta que por volta da meia­noi­te, depois de assistir à um espetáculodo Fórum Internacional da Dança(FID), esperava no ponto um ônibus pa­ra voltar para casa, no Nova Suíssa,quando um homem tentou assaltá­lo. Oestudante começou a gritar em uma

tentativa de coagir o assaltante. Foi en­tão que apareceram dois policiais mili­tares, e liberam o ladrão antes de T.“Me ‘rebentaram’ de porrada com cace­tete e ainda me roubaram os únicosdez conto que eu tinha na carteira. Seeu não tivesse cartão de ônibus nãovoltaria para casa”, conta T.

T. disse que não procurou uma de­legacia no dia do ocorrido porque esta­va cansado e já era tarde para ir paracasa. “Já não acreditava na corpora­ção da PM, depois dessa então… émuito ridículo! Quem é pago pra prote­ger rouba!”, desabafa.

Estudante denuncia abusoda Polícia Militar

__________________Cristiane Borges

No último dia 16 encerraram­se ascomemorações da Festa de SantaEdwiges, na igreja da Santa, na rua Di­amantina, 718.

A igreja, notável pela simplicidade ebeleza, recebeu devotos, fiéis e cris­tãos para as missas do padre AdemirRagazzi.

Santa Edwiges é considerada a pa­droeira dos pobres e endividados e pro­

tetora das famílias. Sua morte ocorreuem 15 de outubro de 1243. Foi canoni­zada no dia 26 de março de 1267, peloPapa Clemente IV. Como no dia 15 deoutubro celebra­se Santa Tereza deÁvila, a comemoração de Santa Edwi­ges passou para o dia 16 de outubro.Modelo de esposa, celibatária e viúva,a santa não faltava à missa aos domin­gos, e isto ela pede aos seus devotos:mais amor a Jesus na Eucaristia e au­xílio aos necessitados.

Comunidade da Lagoinhacelebra o Dia de Santa Edwiges

Comunidade da Lagoinha também é marcada pela fé. Foto: Cristiane Borges.

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Belo Horizonte, outubro de 2011 11Barzinho do Luiz Atleticano

Localizada em uma das ruasmais antigas de Belo Horizonte na Re­gião Noroeste, no bairro Lagoinha, àRua Itapecerica, conta com várias mo­dalidades de lazer e encontros de ami­gos para uma prosa. Não há lugarmelhor para aqueles que apreciamuma boa pinguinha, cervejinha acompa­nhada de tira­gostos variados. Não fal­tando o indispensável torresminho,ovos de codorna na conserva e muitasoutros.

Mas a tradição e especialida­de da casa é servir, em dia de clássicoentre Atlético e Cruzeiro, o tira gostopreferidos dos fregueses e amigos queassistem ao jogo.

Ao término do clássico, se ocruzeiro perdeu é servido, com todasas regalias, “Raposa a Pururuca” quetodos aprovam; se a derrota é do galoé servido o tradicional “Galeto no Espe­to” muito apreciado por todos os ami­gos e familiares que freqüentam oilustre barzinho do Luiz Atleticano, nãoesquecendo também do coelho ao vi­nho, prato mais sofisticado por ser umtira gosto de classe alta.

Vocês, turistas do Brasil edo Mundo ,venham conhecer estas pre­ciosidades que existe somente na La­goinha. Você estará revivendo evoltando à boemia, tão representada pe­la Lapa lá no Rio. Aqui ainda temos osbotecos de poetas, compositores, taiscomo Toninho da Pedreira que canta eencanta com seus sambas de amor aFavela. A pedreira vale a pena ver o To­ninho sentado batendo um sambinha

no violão acompanhado de uma caixade fósforos, isto você encontra no Barzi­nho do Luiz Atleticano, as atividades co­meçam entre 17 e 18 horas desegunda a domingo, sujeito a modifica­ções nas atividades do barzinho pelagrande demanda de fregueses de lon­gos anos.

Para vocês chegarem até oLuiz Atleticano tomem como referênciao tradicional Salão de Beleza Vera Cruz­ que mantém a cabeça dos homenselegantes ­ com novo visual de estilosGeométricos nos pisos e paredes. Se­guindo em frente o salão TUNAY quetambém faz as cabeças das mulheres ehomens.

Não poderia deixar mencio­nar o cabeleireiro e barbeiro ilustre Mau­ro que tem o dom artístico de fazer ascabeças dos artistas e das celebrida­des do mundo da Moda Hair.O Luiz Atleticano agrade a todos e es­pera pela sua visita antes e depois daCopa de 2014! Welcome!Lagoinha: berço doMarreta!

Nos primeiros tempos de Be­lo Horizonte, da Nova Capital recémConstruída, no bairro Lagoinha mora­vam predominantemente os comercian­tes e operários, com presença notávelde italianos e de turcos.

As primeiras pedras foramassentadas ­ vindas das pedreiras doIAPI, passando pela rua Itapecerica –para a construção da Matriz pelos ope­rários na Rua Além Paraíba, e do outro

lado do Ribeirão Arrudas estavam nas­cendo outros bairros .

Nada melhor para represen­tar e simbolizar o Sindicato dos Traba­lhadores nas indústrias da Construçãode Belo Horizonte, que está localizadona Rua Além Paraíba, mostrando suaforça representado pelo seu PresidenteOsmir e seus membros que desempe­nham um papel fantástico frente aoSTIC, principalmente para a comunida­de da Lagoinha. O STIC tem um papelfundamental na vida dos associados eum dos principais fatores são a farmá­cia popular e os atendimentos médicosmuito eficientes. Vale apena associar­se! Também faz parte desta parceria osenhor Milton Mendes, que esta à fren­te da COHAB lutando em favor dosmenos favorecidos nas áreas da habi­tação: unidos e de mãos dadas com osindicato para conforto de seus associ­ados e por uma vida melhor. O “Marre­ta” realizou no dia 25 de setembro aAssembleia Geral, onde os operárioscompareceram em massa, superlotan­do o Auditório reforçando a mega uniãoentre a classe operária, ao contrário denossos governantes, empresários e atemesmo empreiteiros diversos.

A Associação Lagoinha Vivaagradece ao Sindicato Marreta pelaslutas e serviços prestados a comunida­de e a todos os operários que deramum pouco de si para construir Belo Ho­rizonte.

Estes são os presentes dosoperários e do Sindicato Marreta paraa Lagoinha e para Belo Horizonte!

Ração PedigreeEquilíbrio NaturalCarne/vegetais/nuggets, carne/frango/cereais, ovelhas/cereais,raças pequenas, júnior, equilíbrio naturalExceto equilíbrio natural:raças pequenas ou júnior1KgR$ 13,90 cada

Ração PedigreeCarne/vegetais/nuggets,júnior, raças pequenasou carne/frango/cereais20KgR$ 122,90cada

Coleira ScaliborCães grandes 25g / 65cmCães pequenos/médios 19g/ 48cmR$ 49,90cada

Ração para Gatos WhiskasCarne nuggets, frango/leite, peixe nuggets ousalmão/atum/sardinha1KgR$ 15,90 cada

Frontline Plus1­10 Kg....R$ 35,90 cada10­20 Kg...R$ 42,90 cada20­40 Kg...R$ 49,90 cadaAcima de 40 Kg...R$ 59,90 cada

Frontline Spray100ml.....R$ 73,90 cada250ml.....R$ 116,90 cada Ração Champ Adulto

Carne/Vegetais 22kgR$ 77,80cada

Ração Cão Herói AdultoCarne 15kgR$ 47,90 cada25kgR$ 69,90 cada

Ração KaninaCarne/cereais ouCarne/vegetais 15kgR$ 59,90cada

Ração Biriba15KgR$ 34,80cada

Ração Dog ChowAdulto light, adultoraças médias a grandesou papita15Kg ­ cadaR$ 89,9020Kg ­ cadaR$ 114,90

Ração Dog ChowFilhotes, raças pequenas,light, papita, raçaspequenas, filhotes raçasmédias a grandes,ou adulto raças médiasa grandes1Kg ­ cadaR$ 10,90

Ração DogChow GourmetCarnes/vegetais/cereais15Kg ­ cadaR$ 49,90

Ração AlpoFilhotesCarnes/leite/cereaisou frango/vegetais1Kg ­ cadaR$ 8,90

Ofertas boas pra cachorro!...e gato.

Com a palavra, Milton Kabutê[email protected]

Lagoinha celebra ani­versário de Padre Candi­nho

Neste mês, dia 14, foi come­morado o aniversário de um dos funda­dores da Igreja Nossa Senhora daConceição e do Colégio Nossa Senho­ra da Conceição, onde nossos filhos es­tudaram e se orgulhavam de seremchamados de alunos do Padre Candi­nho. Bons tempos.

O Sr. Aécio Coutinho junta­mente com sua esposa D. Eliane Couti­nho foram os organizadores dabelíssima homenagem ao nosso ilustrePadre Candinho que demonstrou muitaemoção ao assistir sua infância atravésde um vídeo com toda sua família.

Outras surpresas foram sur­gindo pelas mãos dos seus ex­alunos,tudo isto num clima de muita alegriadentro do Santuário onde o próprio ho­menageado e o Padre Ademir celebra­ram a missa.

O Santuário estava tal comofesta no céu, super cheio! Maravilhosofoi o carinho de várias gerações abra­

çando o homenageado, como se otempo retrocedesse. Tudo era lem­brança de uma Lagoinha unida na fé enas dedicações religiosas – todas rea­lizadas com muito fervor. O PadreCandinho tinha alegria em ver a comu­nidade participando de tudo, até mes­mo da construção do Colégio quandocada morador deu um pouco de si pa­ra levantar tijolo a tijolo. Um sonho dePadre Candinho, uma necessidade daLagoinha.

O tempo passou. Nossosestudantes se formaram. Um verdadei­ro exército de intelectuais, pais de fa­mília, políticos e até mesmo padres.Certo é que precisamos voltar com oentusiasmo daqueles tempos para re­vitalizar a Igreja de Nossa Senhora daConceição: que pode e deve voltar aser sempre cheia e com muitas ativi­dades voluntárias junto ao nosso San­tuário.

Parabéns ao Padre Candi­nho que, por muitas vezes elogiouseus alunos, em especial Sr. Cláudio(Dinho) que não deixava passar nadasem alguma justificativa plausível – ca­racterística que lhe é única até hoje.

Que nossa comunidadepossa refletir sobre as nossas raízes:uma Lagoinha na qual brincávamosnas ruas, dormíamos com as portas ejanelas abertas, sentávamos em nos­sos alpendres em noites enluaradas.Tudo isto depende de nós.

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Conforme prévio agenda­mento foi apresentado no dia 25 deoutubro, para conhecimento das en­tidades de classe, o texto final doprojeto da lei orgânica, que foi envi­ado ao Governador, contendo aspremissas que, se aprovadas naALMG, irão reger a Polícia Civil pe­los próximos anos.

É de valia ressaltar quena visão do SINDPOL/MG, muitodo que foi apresentado e produzidopelas entidades de classe, não foiacolhido pela Administração Superi­or da Polícia, mas que, certamente,na fase de discussão e debate noParlamento, serão objeto de nova evigorosa articulação pela aprova­ção de uma lei que realmente aten­da aos anseios da corporação e dasociedade. É esperar, trabalhar emobilizar para ver isso acontecer.

Conheça o novo texto da

Lei Orgânica da Polícia Civil aces­sando o portal do SINDPOL/MG:www.sindpolmg.org.brNotícias do Prêmio de Produtivi­dade: Governo responde ao SIND­

POL/MG sobre benefícioprometido e até a presente datasem a devida quitação

Em resposta ao ofício en­caminhado pelo SINDPOL/MG àSecretaria de Planejamento e Ges­tão, solicitando esclarecimentosacerca de previsão para pagamen­to do Prêmio Produtividade, o Go­verno informou que estaanalisando a situação da receita doEstado de Minas Gerais de forma abuscar a viabilização do pagamen­to do prêmio de produtividade dosservidores públicos, porém a datapermanece indefinida.

O Governo respondeuainda que, assim que estiver con­cluída, repassará todas as informa­ções aos interessados.

Texto final da Lei Orgânica é apresentadoàs entidades de classe, e encaminhado parao Governador, para envio à ALMGFoto: Assessoria de Comunicação do SINDPOL/MG

____________________Filipe ThalesComunicação e MarketingAssociação Lagoinha [email protected] | 91793551Prezado Morador(a), Comerciante eParceiro(a),

Primeiramente gostaría-mos de agradecer sua presença noprimeiro encontro oficial da Associa-ção dos Moradores da Lagoinha eAdjacências – Lagoinha Viva! noqual tivemos a oportunidade de con-tar com a ilustre presença do Secre-tário Adjunto de Defesa Social o Dr.Genilson Zeferino, do Major Peres –21 ª CIA PMMG, do Sr. Cleiton Dutra– Sec.Estadual de Políticas Anti-Dro-gas, do Presidente do Sindicato da

Construção Civi l Marreta! – Sr.Os-mir, dos Vereadores de Belo Hori-zonte Daniel Nepomuceno eReinaldo Preto Sacolão além de lide-ranças da Vila Senhor dos Passos,Pedreira Prado Lopes, Conjunto IA-PI , Bonfim e adjacências.

Já começamos bem! Emplena segunda-feira, tirar mais dequarenta pessoas do aconchego deseu lar, do jornal nacional, da nove-la, da escola e de outros afazeres,por mais que a causa seja justa, émotivo de muita comemoração.

A partir deste momento,começamos a tomar ciência da im-portância e da responsabil idade queé representar este bairro l iteralmen-te movido por VOCÊ. Por essas eoutras que estamos tendo o cuidadode tratar tudo de forma clara e objeti-va.

O tema discutido nestareunião – Segurança Pública – vaicompor o Programa Segurança Vi-va! Uma plataforma composta porpropostas mais urgentes construídopor VOCÊ.

Esperamos muitas l iga-ções, muitos e-mails, muitos segui-dores no twitter e o principal, muitaspropostas. E para quem ainda nãoviu – Lagoinha Viva! | http: //www.you-tube.com/watch?v=hsnhwyUjMIg

Aos poucos estamos au-mentando nossa comunicação. Embreve teremos a TV Lagoinha Viva! ,o Portal Lagoinha Viva! na internet,o Informativo Lagoinha Viva! alémdo e-mail , Twitter e telefones já exis-tentes.

Abraços a tod@s e Fé! #VamosJun-tosQueDá!

Primeira reunião oficial da Associação Lagoinha Viva! bate novela no horário nobre

Fil ipe Thales, um dos membros da diretoria na Associação Lagoinha Viva! .Foto: Youtube

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_____________________Ailton Magioli ­ EM Cultura

Ao som de Felicidade, omascarado Zé Poeta, interpretado peloator e diretor Rogério Lopes, recebe­nos ao portão da casa simples da RuaIbiá, no Bairro Santo André. Enquantoisso, seus companheiros de “habitaçãoteatral”, também mascarados, entoama antológica canção de Lupicínio Rodri­gues perfilados em portas e janelas.

Personagem do projeto Na­quele bairro encantado, que movimentaa Região da Lagoinha desde janeiro,Zé Poeta se tornou figura popular. Écumprimentado por transeuntes e moto­ristas enquanto circula pelo Complexoda Lagoinha. A região tem cerca de 35mil moradores, abrangendo o BairroBonfim, Conjunto IAPI, Pedreira PradoLopes, Santo André, São Cristóvão e Vi­la Senhor dos Passos.

Os atores se mudaram parao Santo André em março. Com recur­sos aprovados na Lei Municipal de In­centivo à Cultura, a trupe quer resgataro clima boêmio que fez da Lagoinhaum dos pontos mais agitados dos áure­os tempos de BH. Reduto de dançari­nos, seresteiros e amantes da noite, aregião é um dos berços do samba belo­horizontino. Nasceu junto com a capital

e abrigou operariado, migrantes vindosdo interior e italianos. Todos devidamen­te representados no projeto Naquelebairro encantado, que de amanhã até20 de novembro receberá o público pa­ra caminhadas, serenatas e instalaçõescênicas.

O grupo ensaia e faz cami­nhadas pelo bairro, que acabam resul­tando em apresentações particulares,de casa em casa, para os moradores.“Desde o dia em que nos conhecemos,nos tornamos uma família”, comemoraLourdes Oliveira Ventura, de 89 anos.Ex­costureira da Fundação Clóvis Sal­gado, dona Lourdes se diz apaixonadapelos novos vizinhos, cujas serenatasfazem sucesso junto ao público da ter­ceira idade. O projeto possibilita aosmoradores redescobrir a Lagoinha.

Por meio de conversas commoradores, os atores Rogério Lopes,Antenor Scarpelli, Larissa Alberti, Rafa­ela Kênia, Marcelo Alessio e Sofia Ca­britta alimentaram memórias e históriasdas quais se apropriaram para a cons­trução do espetáculo. Rogério contaque a população recebeu muito bem oprojeto, apesar da surpresa e da curiosi­dade sobre os mascarados. Eles já che­garam a ser confundidos comintegrantes de organização criminosaou de seita religiosa.

“Quase não os vejo, mas confesso quefico encabulada com as máscaras”, rea­ge a aposentada Arlete Maria, visivel­mente incomodada com os novosvizinhos. “A convivência é tranquila,eles chegam a alegrar a garotada”,acrescenta o microempresário Ivair daCunha, ao lado da filha Maria Eduarda,de 4 anos.

“O jogo teatral incomoda.Há quem não tenha simpatia”, reconhe­ce o diretor Rogério Lopes. Rainha decongado, Elizabete Gonçalves, a donaBela, de 108 anos, está adorando aconvivência com a trupe. “Eles são mui­to alegres”, elogia a centenária morado­ra, que chegou à região quando tudoera brejo.Arte contra as drogas

Tendo em vista o problemada droga na região (a cracolândia funci­ona na Rua Turvo, divisa da PedreiraPrado Lopes com o Bairro São Cristó­vão), a Associação Comunitária da La­goinha e Adjacências – Lagoinha Viva!ampliou a sua base de atuação para to­do o complexo, fazendo da cultura agrande aliada na luta contra o vício etráfico.

“A chegada dos grupos cultu­rais é uma vitória para nós, que viemosde duas campanhas pró­Lagoinha, pormeio das quais conseguimos a convo­cação de audiência pública da CâmaraMunicipal, que resultou no plano de re­vitalização do complexo”, comemora Fi­lipe Thales. Tendo em vista a Copa do

Mundo de 2014, ele pretende levar pa­ra a região o Circuito Cultural LagoinhaViva!. O Mercado Popular, praticamen­te abandonado, seria o principal pointdos eventos.

Os pioneiros da revitaliza­ção cultural da região foram os integran­tes do grupo musical Nem Secos, queinauguraram um centro artístico no Bon­fim, em 2008. “De um tempo para cá,melhorou muito a interação com a co­munidade”, comemora o baixista e dire­tor musical Carlos Linhares. Eleanuncia para breve a estreia de Dan­çando a vida, o novo espetáculo do gru­po Nem Secos, dirigido pelo coreógrafaBeth Arenque. A sede alugada é manti­da com a receita do estúdio musicalque lá funciona para ensaios e grava­ções, paralelamente ao aluguel do es­paço para festas. Os eventospromovidos pelo Nem Secos têm entra­da franca, com doação de 1 kg de ali­mento ou um livro para a bibliotecacomunitária.

Parceira do Nem Secos, aCia. SeraQuê?, que manteve sede de2003 a 2005 na Avenida Antônio Car­

los, aguarda o início das atividades daAssociação Fabricarte para voltar parao bairro. “É uma região de potencialcultural e de público extremamente ca­rentes de atenção e de acesso”, cons­tata o bailarino e coreógrafo RuiMoreira.

Presidente da AssociaçãoFabricarte e coordenador do projetoque agiliza a transformação da antigafábrica da Madeirense Móveis e da re­sidência da família Branco em A Fábri­ca – Centro Madeirense de Arte eCultura, o músico e ator Leri Faria cri­ou dois programas. O primeiro é o cen­tro de arte, cultura e cidadania comsala multiuso de 150 lugares e aloja­mentos para 14 pessoas. Nos fundos,haverá praça de eventos aberta, comacesso pela Rua Turvo. O outro prevêcentro de formação técnico­profissionalvoltado para as artes cênicas, músicae arte visual. Orçado em R$ 3 milhões,o projeto já captou a metade dos recur­sos por meio do Fundo Estadual deCultura. Leri luta para mobilizar patro­cinadores.

Projetos culturais revitalizam a Lagoinha, célebreregião da boemia e do samba da capital mineiraOs atores do projeto Naquele bairro encantado se mudaram para lá e ensaiam pelas ruas

CONFIRA A PROGRAMAÇÃOEPISÓDIO I – ESTRANHOS VIZINHOSÀs sextas­feiras. Amanhã e dia 28; 4, 11 e 18 de novembro, das 17h às 20h– Ruas Itapecerica, Pedro Lessa e Além Paraíba. Atores mascarados cami­nham pela Lagoinha, realizando ações cotidianas e se reunindo com a po­pulação, tematizando aspectos histórico­sociais da área.EPISÓDIO II – ENSAIO PARA UMA SERENATAAos sábados. Depois de amanhã e dia 29; dias 5, 12 e 19 de novembro, às19h – Praça 15 de Junho (final da Rua Além Paraíba). Serenata reúne mo­radores, artistas e público.EPISÓDIO III – JOGO DA VELHAAos domingos. Dias 23 e 30; dias 6, 13 e 20 de novembro, às 19h – RuaIbiá, 183. Retirar senha 30 minutos antes da apresentação.CIRCUITO CULTURAL LAGOINHA VIVA!

» A FÁBRICA – CENTRO MADEIRENSE DE ARTE E CULTURARua Itapecerica, 789, Lagoinha» CENTRO CULTURAL NEM SECOSRua San Salvador, 9, Bonfim» NAQUELE BAIRRO ENCANTADORua Ibiá, 183, Santo André» TEATRO PROFESSOR NEY SOARESUNI­BH, Rua Diamantina, 463, Lagoinha

Trupe do projeto Naquele bairro encantado se apresenta para moradores no meio da rua. Foto: Jackson Romanell i/EM/D.A. Press

Ator mascarado ensaia em uma das casas da Rua Ibiá, no Bairro Santo André.Foto: Jackson Romanell i/EM/D.A. Press

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Reta final do brasileirão. América,Atlético e Cruzeiro começaram 2011com diferentes sonhos e metas.

O América acordou na primeira ma­nhã do ano na alegria de respirar osares da série A do brasileiro. Tinha pe­la frente 12 meses para firmar o timee, no mínimo, chegar em dezembro epermanecer nesta conquista. Hoje, pra­ticamente rebaixado, o Coelho parecenão ter forças para suportar sua glóriade 2010 e, sua volta à série B (a secontar pelos números) já é dada comocerta.

O Cruzeiro iniciou sua temporadavisando a Libertadores. Contudo, o ti­me não se encontrou. Foi enganadopelo fraco nível do início da competi­ção. Algumas vitórias expressivas mas­caravam a real situação do grupo. Nobrasileiro a Raposa hoje também lutapara não fazer companhia ao Coelhoem 2012.

A situação do Atlético era mais con­fortável. Não tinha uma competição for­te para disputar. Havia tempo para seconsolidar e se preparar para o únicocampeonato importante do clube noano: o brasileiro. Esta era a meta: dis­putar um brasileiro mais digno que ode 2010. Mas o resultado nós já sabe­mos.

O Galo chega ao final do ano dis­putando o que lhe é comum em suas

últimas trajetórias no campeonato na­cional e que envergonha sua apaixo­nada torcida: jogar futebol apenaspara não visitar novamente a série B.Uma missão como essa para um timecentenário é humilhante. Todo ano éassim: de repente, na reta final, os jo­gadores resolvem se unir e jogar! Pa­rece que jogam apenas os meses desetembro, outubro e novembro. Dis­cursos de união, grupo fechado e fo­cado para que? Para disputar apermanência na série A? Seria entãoessa missão que esses jogadores re­cebem no começo do ano ou quandosão contratados?

O mascote do Clube Atlético Mi­neiro foi escolhido pelo caricaturistaFernando Pieruccetti, o “Mangabeira”do Jornal Folha de Minas. “O Atléticosempre foi um time de raça, mais pa­rece um galo de briga, que nunca seentrega e luta até o fim!”, cita Manga­beira. Mas ele não citava a luta paranão ser humilhado, mas a luta paraser campeão, vencer e comemorarcom uma torcida que ama o time!

Assim, as três belas torcidas mi­neiras ganharam de seus times esteano papel, caneta e calculadora. Essefoi o presente. Resta aos dignos torce­dores: ao invés de torcer por um timecom jogadores campeões, torcer con­tra o fantasma da segundona...

As contratações de Leão,que ninguém mais queria, pelo SãoPaulo, e de Dimas Filgueiras, pelo Cea­rá, mostram o desespero dos dois clu­bes. Isso reflete também asupervalorização dos técnicos. Muitosdirigentes, torcedores e jornalistasacham que os treinadores são os princi­pais responsáveis pelas derrotas e vitó­rias.

Dizer que os jogadores doSão Paulo têm feito corpo mole, parajustificar a contratação de Leão, é umaofensa aos atletas. O elenco do SãoPaulo é igual aos outros. Pode ganharou perder, com Leão ou com outro téc­nico.

Mudo de assunto. A princi­pal diferença, hoje, entre as principaisequipes da Europa e do Brasil, é queos europeus, cada vez mais, gostamde ficar com a bola. Os brasileiros gos­tam cada vez menos.

Em vez de passar para o jo­

gador marcado ou jogar a bola na área,para se livrar dela ou para contar coma sorte de ela cair na cabeça de umcompanheiro, os europeus preferem to­car para o lado e esperar o momentocerto para tentar uma jogada decisiva.

Quando critico o excesso dejogadas aéreas no futebol brasileiro,não me refiro às bolas paradas. Essassão importantes. O Brasil é muito bomnisso. Há muitos especialistas em baterfaltas fortes e com curva para a área.Os torcedores vibram quando tem umafalta a favor de seu time. Por outro la­do, surgiram também muitos especialis­tas em cavar faltas, enganar osárbitros, os cai­cai, trambiqueiros do jo­go.

Para se trocar muitos pas­ses, é preciso ter bons jogadores e mui­ta movimentação dos que vão recebera bola. O Barcelona é mestre nisso.Em vez de ter dois volantes, um ao la­do do outro, e um meia de ligação, que

não participa da marcação, o time pos­sui um volante e dois armadores, quemarcam como volantes e armam eavançam como meias. Com isso, hámais jogadores para trocar passes, pa­ra marcar e para atacar.

As coisas vão e voltam. Asjogadas aéreas, o antigo chuveirinhodos ingleses, que desapareceram dasprincipais equipes, agora são moder­nas no Brasil.

As pessoas se acostumamcom as mudanças e não percebemaonde podem chegar. Temo que, emum futuro próximo ou que já chegou,nas conversas sobre futebol por men­sagens via celulares, sem um ver nemescutar o outro, vão dizer: "O Brasil erao país do futebol. Encantava e vencia.O mundo queria ver os melhores joga­dores do planeta. Era um grande espe­táculo".

Ainda bem que o futebolbrasileiro tem Neymar, uma exceção.

As coisas vão e voltamTostão

2011 – O brasileirão queenvergonhou MinasFlávio Domênico Twitter (@flaviodomenico)

Deixou saudade...Time do Ferroviária, campeão daCopa Itatiaia na década de 90além de outras glórias.

Meia­entrada terávalidade na CopaO ex­ministro do Esporte, Orlando Silva, anunciou no

dia 25 na Câmara dos Deputados que serão mantidos o flagran­te jornalístico (lei que estabelece a compra dos direitos detransmissão dos jogos por uma empresa de comunicação), ameia­entrada e o código de defesa do consumidor durante aCopa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo 2014.

As declarações do ex­ministro foram feitas à Comis­são de Lei Geral da Copa sobre o projeto que regulamenta osdireitos e responsabilidades da Federação Internacional de Fu­tebol (FIFA) e do governo durante os dois eventos esportivos.

Sobre o flagrante jornalístico, a empresa de comuni­cação poderá comprar os direitos de transmissão dos jogos,mas será obrigada a vender as imagens para outras emissorasdepois de sua primeira exibição. Foi mantido também o direito àmeia­entrada para estudantes e idosos, apesar da liberação dobenefício desagradar à FIFA, pois grande parte das entradas évendida internacionalmente. Orlando Silva também informouque o Código de Defesa do Consumidor continuará vigente, jáque significa uma conquista para os brasileiros. O ex­ministroanunciou ainda a possibilidade de criação de um juizado especi­al dos torcedores para garantir a rápida resolução de problemasnos estádios.

Foi anunciada também a possibilidade do decreto deferiado estadual ou ainda nacional conforme for constatada ne­cessidade por parte das au­toridades governamentais.Devido às denúncias nos úl­timos dias o ex­ministro foiquestionado sobre os su­postos desvios de verbasda pasta. No entanto, Or­lando Silva preferiu ater­seao tema da comissão e falarsomente sobre os planosrelacionados às copas.

Hoje em Dia – 26/10/2011.

Page 16: Gazeta da Lagoinha - Outubro 2011

Belo Horizonte, outubro de 2011 16

___________________Maria Fernanda

Não faz muito tempo. As pessoas ti­nham uma hortinha no quintal. Criavamgalinhas e porcos. A gente ia ao super­mercado e comprava o feijão e o arroza granel. O mirabel e os biscoitos mai­zena, também eram comprados damesma forma. Alguém se lembra domacarrão Orion, fabricado no bairroBonfim? Ele vinha embalado em um pa­cotão de papel. De manhã cedo, a fa­mosa bisnaga vinha enroladinha emum pedaço de papel pardo. No fim desemana, aquele refrigerante geladinho

e a cervejinha não podiam faltar, maspara comprar era preciso levar os cas­cos, senão o Sr. Manoel do boteco nãovendia. Após o almoço todos os restosde comida eram jogados no quintal pa­ra as galinhas comerem. Os ossoseram dados aos cachorros.Êita tempo bom!

No século XXI, as pessoas não têmmais a hortinha no quintal, ou melhor,elas nem tem quintal. Galinhas e por­cos? Nem pensar nas grandes cida­des. O arroz já vem embalado emsacos de plástico. Biscoitos? São vári­as marcas em diversos tipos de emba­lagens. Os cascos de cerveja erefrigerante são coisas do passado...

hoje vem tudo em garrafas pets, nas la­tinhas ou em garrafas de vidro descar­táveis. O pão vem em um saco depapel, que vem dentro de uma sacolade plástico. Ah! E o cachorro de hojeem dia não come mais osso, come ra­ção que vem em um enorme saco deplástico de 20 Kg.

Você deve es­tar se perguntan­do aonde que euquero chegarcom toda essahistória. Poisbem, eu queromostrar a todosvocês que o lixode antigamentenão é mesmo lixode hoje em dia.

Muita coisamudou. Principal­

mente o nosso lixo. A gente produzuma enorme quantidade de lixo. E gran­de parte desse lixo demora algunsanos ou milhares de anos para se de­gradar. E lixo tem sido um grande pro­blema nas grandes cidades.

Na nossa lagoinha não é diferente.O lixo tem sido um problemão para to­

dos nós. Andar pelas ruas de nossobairro não tem sido nada agradável.Muitos de nós fazemos a nossa parte,mas existem outros problemas sociaisda Lagoinha que impedem que o servi­ço de coleta de lixo seja feito de formaefetiva.

Como é do conhecimento de todosnós o Caminhão do Lixo passa todaTERÇA, QUINTA E SÁBADO. É funda­mental que só coloquemos o lixo narua nesses dias e PELA MANHÃ. Sevocê coloca o lixo durante a noite, orisco de amanhecer com ele todo es­palhado pelo passeio é muito grande.Se possível, separe papelões e garra­fas descartáveis para que os catado­res não tenham que rasgar os sacosde lixo.

VAMOS NOS UNIR E FAZER DALAGOINHA UM LUGAR AGRADÁVELPARA SE MORAR!

A evolução do lixo