Gazeta Rural nº 228

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www.gazetarural.com Director: José Luís Araújo | N.º 228 | 15 de Julho de 2014 | Preço 2,00 Euros “A floresta tem que ser encarada e gerida como uma empresa” diz José Vasco Campos Agroleite ‘mostra’ sector em S. Pedro de Rates

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“O problema da floresta portuguesa é estar na mão de milhares de proprietários”. Quem o diz é José Vasco Campos, presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais, em entrevista à Gazeta Rural, publicada na edição nº 228, de 15 de Julho, onde damos também destaque, à Agroleite 2014, o maior certame do sector leiteiro, que decorre de 17 a 20 de Julho em S. Pedro de Rates. Nesta edição referência ainda para a Ficavouga, em Sever do Vouga; o Festival da Melancia, em Idanha-a-Nova; o Festival “Doce Vouzela”; a Feira de São Bartolomeu, em Trancoso; a Expo Montemuro, em Cinfães; a VINAL, em Vila Nova de Tazem; os vinhos da Adega de Tazem, os vencedores do V Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados do Dão”; a Loja “Granja de Cister”, da Cooperativa Agrícola de Alcobaça; as Festas do Município, de Penacova; e Festa de S. Tomé, em Mira, entre muitos outros temas para ler nesta edição.

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w w w . g a z e t a r u r a l . c o m Director: José Luís Araújo | N.º 228 | 15 de Julho de 2014 | Preço 2,00 Euros

“A floresta tem que ser encarada e gerida como uma empresa” diz José Vasco Campos

Agroleite ‘mostra’ sector em S. Pedro de Rates

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Sum

ário

04 Agroleite 2014 mostra momento actual do sector do leite

07 FICAVOUGA ‘virada’ para a natureza e gastronomia

08 Feira do Petisco, Vinhos e Produtos Regionais de-corre em Mesão Frio

09 Festival da Melancia promete refrescar o verão

10 “Doce Vouzela” conta com mais de dezena e meia de produtores

11 Mostra Gastronómica da Sopa Seca de Alcofra a 19 de Julho 12 Feira de São Bartolomeu para movimentar o con-celho e a região

13 Sernancelhe comemora 10 anos de Festival da Ami-zade e Feira Sementes da Terra

14 Expo Montemuro mostra produtos endógenos de Cinfães

16 VINAL promove o Vinho do Dão e a Alambicada 17 Vinhos da Adega de Tazem já levam nove medalhas em 2014

18 Três vinhos do Dão receberam o prémio Prestígio

19 Vinho do Pico colocado em restaurantes de topo mundial

21 Seminário debate “A nova Politica Agrícola Comum e as áreas de montanha da Europa”

22 Loja “Granja de Cister” aposta na venda directa do produtor ao consumidor

24 “O problema da floresta portuguesa é estar na mão de milhares de proprietários”

27 Medalhas de ouro para azeite de Murça ajudam a abrir portas à exportação

28 Associação Agrícola de S. Miguel vai criar centro de interpretação da agricultura

29 Rede de ciências agrárias vai nascer nas três uni-versidades da região Norte

34 Ex-ministro da Agricultura defende protecção do comércio local

35 Escola Mariana Seixas vai abrir polo em Mangualde

37 Parque Verde de Penacova recebe Festas do Mu-nicípio

38 Mira promove tradicionais festas de S. Tomé

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É o maior certame dedicado ao sector do Leite e tem lugar em S. Pedro de Rates, no concelho da Póvoa do Varzim, de 17 a 20 de Julho. A Agroleite 2014 promete muita animação, num certame especializado e com muitos motivos de interesse.

O seminário “ A Nova PAC” abre o programa no dia de aber-tura, a que segue na sexta-feira o primeiro Concurso de Mane-jadores e Preparadores de Animais. Para o fim-de-semana está reservado um dos pontos altos do programa, com o concurso da raça Holstein Frísia, este ano o maior de sempre, com 143 ani-mais inscritos de 16 criadores.

O director técnico da Leicar - Associação de Produtores de Leite e Carne, entidade que promove o certame, tem “as me-lhores expectativas” para a Agroleite 2014. Joaquim Cruz lembra que este é um evento especializado, em que será possível co-nhecer o momento actual do sector do leite.

De 17 a 20 de Julho em S. Pedro de Rates

Agroleite 2014 mostra momento actual do sector do leite

Gazeta Rural (GR): O que vai ser a Agroleite 2014?Joaquim Cruz (JC): A feira deste ano será a continuação do que

temos feito ao longo das 10 edições anteriores. Vai ser um evento que vai congregar as pessoas ligadas ao sector leiteiro, já que tentamos sempre vocacionar a feira para os produtores de leite.

GR: A feira arranca com um seminário sobre a nova PAC. Tem sido uma preocupação continua, no sentido de dotar os produtores de instrumentos que lhes permitam candidatar-se aos fundos comunitários?

JC: Efectivamente. Logo no dia da inauguração vamos ter um seminário que vai tratar de todos os temas da nova PAC. Contare-mos com a presença do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, que não estará na inauguração, mas será um dos oradores desse seminário, elementos do Gabinete de Planea-mento do Ministério da Agricultura e da CAP para esclarecer todas as ajudas e o que se prevê com o novo quadro comunitário até 2020. Julgo que será interessante a presença de muitos agriculto-res, até para o seu próprio conhecimento e para que não aleguem de desconhecimento de todas as situações que vão ocorrer com implementação da nova PAC.

Nos restantes dias vamos ter animação e algumas novidades. Na sexta-feira vamos ter o primeiro Concurso de Manejadores e Pre-paradores de Animais. Esta foi a forma que a Leicar encontrou para dar resposta às solicitações de muitos produtores. A dificuldade que tinham não era ter bons animais, mas sim prepará-los para o con-curso. Aliás, temos feito uma aposta em cursos de preparadores, o que faz com que agora tenhamos mais participantes no concurso da vaca leiteira e, para alem disso, vamos fazer o primeiro concurso de preparadores, o que vai ser muito interessante, pois tem jovens que estão a iniciar-se nestas artes. Será um dia aliciante.

Outro ponto alto será, no sábado, o concurso da raça Holstein Frísia que já é uma tradição e que este ano será o maior de todas as edições. Temos, até agora, 143 animais inscritos de 16 criado-res. Portanto, será o maior concurso de sempre.

Seminário “A Nova PAC” - Programa

14.30 h – Sessão de Abertura José Oliveira – Presidente da LEICAR Eng.º Aires Pereira – Presidente da Câmara Póvoa

de Varzim João Machado – Presidente da CAP Eng.º José Diogo – Secretário de Estado da Agri-

cultura15.00 h – Pagamentos Directos Regime de pagamento base; Greening; Ajudas li-

gadas e Outras ajudas.15.45 h – PDR – Programa de Desenvolvimento Rural 1 – Arquitectura e medidas mais relevan-

tes. Oradores: Engª Ana Carrilho, Engª Cláudia

Gonçalves e Engª Anabela Piçarra16.30 h – Debate

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PPRROOGGRRAAMMAA

AAGGRROOLLEEIITTEE 22001144

S. PEDRO DE RATES – PÓVOA DE VARZIM

HORÁRIO DOS STANDS E EXPOSITORES – 10 às 23 horas HORÁRIO DA AGROLEITE – 10 às 02 horas (Domingo – 10 às 20 horas)

Dia 17 JULHO Quinta-feira

10.00 h - Abertura ao Público

11.30 h - Inauguração Oficial da AGROLEITE 2014 14.30 h - Seminário “ O FUTURO DA POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM” Auditório LEICAR 21.30 h - FESTIVAL DE FOLCLORE Rancho Folclórico de S. Pedro de Rates Rancho Regional de Paredes - Paredes Grupo Folclórico de Palmeira de Faro - Esposende Rancho Folclórico Poveiro 00.30 h – Encerramento

Dia 18 JULHO Sexta-feira

10.00 h - Abertura ao Público Concurso de Manejadores e Preparadores de Animais

11.00 h – Agroleite Infantil “ As Escolas visitam a Feira” 22.00 h – NOITE MÙSICA BRASILEIRA Rogerinho do Acordeon e sua Banda 24.00 h – Animação Dj (Som, luz, robótica) 02.00 h – Encerramento

Dia 19 JULHO Sábado

10.00 h - Abertura ao Público 11.00 h – Jogos Populares

14.30 h - Concurso da Raça Holstein Frísia AGROLEITE 2014 (1ª parte) Classificação dos animais das Secções 1.ª a 11.ª

22.00 h – Desfile / Concurso “MISS LEICAR 2014” 24.00 h – Animação Dj (Som, luz, robótica) 02.00 h – Encerramento

Dia 20 JULHO Domingo

10.00 h - Abertura ao Público

10.30 h - Concurso da Raça Holstein Frísia AGROLEITE 2014 (2ª parte) Classificação dos animais das Secções 12.ª a 23.ª Eleição da Vaca Grande Campeã 15.00 h – Actuação e animação de rua pela TERTÚLIA VALASARENSE

20.00 h – Encerramento

GR: O presidente José Oliveira dizia que houve mais candidaturas a expositores. Isso vai reflectir-se na Feira?

JC: Não. Temos sensivelmente o mesmo número dos anos an-teriores, até porque temos uma estrutura física que não nos per-mite crescer muito mais. Temos, mais ou menos, o mesmo número de expositores. Diria que na área dos equipamentos, teremos sen-sivelmente o mesmo número de expositores. Há mais na área das raçoes, na alimentação animal, do que em anos anteriores.

Vamos ter uma novidade, que é um sistema de refrigeração na nave onde estão os animais, o que é importante, pois vai traduzir--se em melhor bem-estar nos animais para concurso. Vamos con-seguir arrefecer o ambiente em cerca de 8 graus, o que é importan-te, pois normalmente nesta altura as temperaturas são um bocado elevadas.

Este conforto que queremos dar aos animais é também bené-fico para os visitantes, que dentro da nave se vão sentir um pouco melhor.

GR: Quanto à animação?JC: Vamos ter a animação do costume. A novidade deste ano é

para a malta jovem que nos visita e que se queixava que a feira en-cerrava cedo. Na sexta e no sábado vamos ter DJs a passar música pela noite dentro, que certamente vai agradar à juventude.

Outro ponto aliciante do programa é o concurso Miss Leicar na noite de sábado, que vai na terceira edição, que vai atrair mui-ta gente, pois a maior parte das jovens participantes são filhas de agricultores. Este é um concurso de beleza, com prémios muito ali-ciantes.

GR: Tem, por isso, boas expectativas para a edição des-te ano?

JC: As expectativas são as melhores. E evidente que continua-

mos num ano complicado, em que a crise ainda não nos deixou e isso reflecte-se no número de visitantes e nos gastos que as pessoas fazem.

Ainda assim, contamos ter um número elevado de visitan-tes. Esta é uma feira especializada, dedicada efectivamente aos produtores de leite e, portanto, nunca contamos com as enchentes das grandes feiras que se realizam por esse país fora, porque não é esse o objectivo. Esta não é uma feira de gastronomia ou de artesanato, mas sim um evento especiali-zado na área do sector leiteiro. Teremos, com certeza, todas as pessoas que ligadas e que estão interessadas no sector. E vai correr bem certamente.

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A realização de um certame da dimen-são da Agroleite é, por si só, um motivo de atractividade para a freguesia de S. Pedro de Rates. À Gazeta Rural o presidente da Junta considera que o certame “represen-ta a oportunidade de todos os agricultores e profissionais da agro-pecuária verem voltados para si a atenção” de diversas entidades. Todavia, Paulo João Silva con-sidera que o apoio, este ano mais efectivo, da Câmara da Póvoa do Varzim ao certa-me “é fundamental na afirmação” do mes-mo, mas também convertendo-o “produto turístico de referência”.

Gazeta Rural (GR): O que repre-senta a Agroleite no contexto do sec-tor primário da freguesia?

Paulo João Silva (PJ): Sendo o maior certame agrícola da região, a Agroleite re-presenta a oportunidade, por excelência, de todos os agricultores e profissionais da agro-pecuária verem voltados para si a atenção de um conjunto de entidades, que vão desde investidores, clientes nacionais e internacionais e parceiros de negócio. Este facto, por si só, afirma a importância, ao nível económico, desta iniciativa, resul-tante da constante proactividade da em-presa que a organiza e do reconhecimen-to, por parte das entidades institucionais que a apoiam, nomeadamente a Câmara da Póvoa de Varzim e a Junta de Fregue-sia de S. Pedro de Rates, cuja economia assenta, maioritariamente, na agricultura, usufrui das externalidades positivas desta Feira, na medida em que milhares de pes-

Ponte de Lima promove de 18 a 20 de Julho a VI edição da Fei-ra de Caça, Pesca e Lazer, que terá por palco a Expolima. O sector da caça e pesca, associado às actividades de lazer, contribuem para mostrar a vitalidade das associações e das empresas ligadas à temática, sendo uma referência no desenvolvimento da região e do país. Neste contexto, a Feira visa divulgar todos os ramos, serviços e actividades relacionadas com a temática através dos recursos naturais de excelência que o concelho dispõe para a prática destas modalidades.

Durante os dias da exposição realizar-se-ão demonstrações de Aves de Cetraria, de Cães de Parar, demonstração de Dança com Cães, prova de Pesca no Rio Lima, III Concurso de Mel, I Con-curso de Beldades Caninas de Ponte de Lima; IV Concurso Canino de Beleza e a final do Campeonato Nacional de St. Huberto.

Referência ainda para o colóquio subordinado ao tema “Sani-

Diz o presidente da Junta de S. Pedro de Rates

Apoio da Câmara da Póvoa do Varzim “é fundamental na afirmação da Agroleite”

soas, durante os quatros dias, visitam não só o certame agrícola, mas também toda a riqueza do património histórico, paisagísti-co e cultural que a Vila tem para oferecer.

GR: O apoio da Câmara da Póvoa do Varzim pode ser fundamental para tornar este certame a referência maior do sector do leite em Portugal?

PJS: O apoio da Câmara da Póvoa de Varzim é fundamental na afirmação deste certame, quer em termos de crescimento do sector do leite a nível nacional, a par-tir desta região e desta iniciativa, quer no apoio financeiro e logístico para conver-

ter a Agroleite num produto turístico de referência, cujas consequências sociais, económicas e culturais contribuirão segu-ramente para a Póvoa de Varzim, como um município activo, dinâmico, atento e sensí-vel à realidade do sector agrícola e a todas as actividades que lhe são inerentes.

GR: Como está o sector primário na freguesia, numa altura em que muito se fala no regresso à terra?

PJS: A Junta de Freguesia tem desen-volvido, junto de toda a população, ini-ciativas que promovem a valorização de práticas que contribuem para uma melho-ria quer da qualidade ambiental, quer da optimização de todos os recursos locais, no sentido de proporcionar à população meios para que cultivem as suas terras, colocando à disposição dos que não a têm, hortas comunitárias para que desen-volvam a sua própria agricultura. Por outro lado, atenta e sensível às fragilidades des-te sector, a Junta de Freguesia, com base no sentido de comunidade e associativis-mo, colabora com os pequenos e médios agricultores, recorrendo aos recursos téc-nicos e logísticos de que dispõe.

O número de empresas agrícolas da freguesia estagnou nos últimos anos, re-flexo do contexto socioeconómico eu-ropeu, e não obstante todos os esforços para contrariar a tendência, os produtores de leite e produtos agrícolas, nem sempre vêm devidamente reconhecido o seu tra-balho.

De 18 a 20 de Julho, na Expolima

Ponte de Lima promove VI Feira de Caça, Pesca e Lazer dade das Espécies Cinegéticas”, no domingo, dia 20, às 11 horas, seguido do início dos julgamentos da IV Exposição Especializada do Cão Castro Laboreiro.

Abrangendo toda a área de exposição da Expolima, outras acti-vidades decorrem ao longo do evento, desde o baptismo de mergu-lho, passeios de póneis, jogos de rio, exposição de carros clássicos e um conjunto de desportos aventura, como Rapel, Air Bungeee, Tiro, Teambuilding Race, demonstrações de Skate e de Trial Bike, esta promovida pelo Trial Portugal com os finalistas do Portugal tem Ta-lento.

Destaque ainda para o Torneio de Jogos tradicionais no do-mingo, dia 20 de Julho, durante a tarde, dirigido às diversas as-sociações do concelho, do desporto à juventude, da cultura às juntas de freguesia e grupos de amigos que pretendam desfrutar de um dia de saudável competição e confraternização.

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O Município de Oliveira de Frades promove, de 16 a 20 de Julho, as Festas do Concelho, que este ano terão como cabeça de cartaz Rui Veloso, “o pai do rock português” que, em 2010, comemorou 30 anos de carreira.

Estas festas, à semelhança do ano transacto, cujo mote é a Capital do Frango do Campo, contarão com a V Mostra Gastro-nómica do Frango, que tem o apoio da empresa Campoaves, e a participação das Confrarias dos Gastrónomos da Região de La-fões e do Frango do Campo, assim como um showcooking apre-sentado por conhecidos chefes de cozinha.

Durante esses dias, iremos ter uma diversidade de espectá-culos e atracções culturais que incidem sobre várias áreas, des-

Sever do Vouga vai estar em festa com a XXIV edição da FICAVOUGA, este ano virada para a promoção da natureza, do património e da gastronomia, três itens em que este concelho do Baixo Vouga é rico.

O certame vai decorrer de 26 de Julho a 2 de Agosto e reto-ma a área do sector de exposições, que terá lugar no pavilhão gimnodesportivo, dedicada às empresas, serviços, comércio e artesanato do concelho, assim como eventuais expositores de outras regiões. Para facilitar esta retoma, a autarquia de Sever do Vouga, entidade promotora do certame, optou pela não exis-tência de custos para os expositores dentro do pavilhão e para o artesanato.

Este ano, foram introduzidas algumas alterações no desenho da programação, através de um novo conceito - promover a natureza, património e gastronomia. Para o efeito, foram con-tactados agentes locais, designadamente, as empresas de ani-mação de desporto e de aventura, colectividades e associações locais, no sentido de serem criados programas com um conjunto de actividades destinados, fundamentalmente a visitantes, en-volvendo outros parceiros ou agentes locais, como a restaura-ção e o alojamento.

“Pretendeu-se criar um programa cultural diferenciador, que articule a apresentação dos vários talentos locais, com desta-

de a música ao desporto. De realçar o “Oliveira Racing Day”, um festival de acrobacia aérea e de desportos motorizados, que de-correrá no dia 20 de Julho e os Jogos Tradicionais Interfreguesias.

Em termos musicais, registar-se-á, ainda, a actuação das Bandas Red, Acoustica e FK, bem como de diversos DJs, dos quais sobressai o nome de Carlos Manaça. De destacar, também, o es-pectáculo do humorista Marco Horácio que vai contagiar o públi-co com a personagem Rouxinol Faduncho.

A acrescentar a tudo isto, decorrerá, no Largo da Feira, a exposição da mostra das potencialidades do concelho, nomea-damente o artesanato e a gastronomia e, ainda, o espectáculo Piromusical que encerrará as Festas do Concelho.

Em Oliveira de Frades de 16 a 20 de Julho

Festas do Concelho sob o mote “Capital do Frango do Campo”

que para as bandas de garagem, as marchas populares e a de-monstração do Portefólio - Espectáculo Comunitário, para além dos artistas e grupos de referência nacional, no âmbito da músi-ca”, refere a Câmara de Sever do Vouga, entidade promotora do certame. The Gift, Linda Martini, Miguel Araújo, Cais Sodré Funk Connection, Batida e Augusto Canário & Amigos são os grupos de renome nacional que preenchem o cartaz desta edição da Fica-Vouga.

O certame integra ainda o XIII Circuito Nacional de Montanha – Trilho dos Mouros e ao longo da semana são asseguradas vá-rias actividades de animação infanto-juvenil e outras de saúde e bem-estar para os visitantes da FicaVouga.

A gastronomia local, através do seu X Festival Gastronómico “Comeres de Se Ver” conta com presença de alguns restaurantes e tasquinhas locais, bem como os bares, que, no seu conjunto, irão proporcionar um ambiente de festa e de convívio entre os severenses e seus visitantes.

A gastronomia local, através do X Festival Gastronómico “Co-meres de Se Ver”, conta com presença de alguns restaurantes e tasquinhas locais, bem como os bares, que, no seu conjunto, irão proporcionar um ambiente de festa e de convívio entre os seve-renses e visitantes.

De 26 de Julho e o dia 2 de Agosto

FICAVOUGA ‘virada’ para a natureza e gastronomia

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Mesão Frio promove de 25 a 27 de Julho mais uma edição da Feira do Petisco, Vinhos e Produ-tos Regionais, que decorrerá na Avenida Conse-lheiro Alpoim. O evento, de cariz gastronómico, é organizado pela Câmara de Mesão Frio, com o objectivo de apresentar a gastronomia local, os seus sabores tradicionais, os vinhos produzidos na Região Demarcada do Douro e os típicos petis-cos. Não vão faltar certamente a saborosa marrã, cabrito assado, pataniscas, bolinhos de bacalhau, rojões, entrecosto, moelas, caldo verde, chouriço assado e o restante fumeiro típico de Mesão Frio, assim como os excelentes vinhos produzidos no concelho.

A Feira do Petisco, Vinhos e Produtos Regio-nais, onde se confeccionam os sabores tradicio-nais que em outros tempos eram frequentes em qualquer mesa duriense, conta com muita ani-mação musical, uma exposição, um torneio de sueca e o habitual encontro e passeio de carros clássicos. A mostra gastronómica do concelho de Mesão Frio será realizada numa tenda onde os restaurantes, cafés, produtores de vinho e asso-ciações vão estar representados. Durante a feira, visite Mesão Frio e descubra os melhores sabores da região que o concelho tem para lhe oferecer.

De 25 a 27 de Julho

Feira do Petisco, Vinhos e Produtos Regionais decorre em Mesão Frio

Vila de Rei recebe, de 26 de Julho a 3 de Agosto, a XXV edição da Feira de Enchidos, Queijo e Mel, evento organizado pelo Município de Vila de Rei, que apresenta um programa com muitas e diversificadas atracções, que voltarão certamente a traduzir-se em milhares de visi-tantes. A inauguração do evento está marcada para as 17 horas do dia 26 de Julho e contará com a presença do Secretário de Estado do Emprego e Formação profissio-nal, Octávio de Oliveira.

Na programação musical, destacam-se os concertos no palco 1 de Rita Guerra, Irmãos Verdades, Graciano Ri-cardo, Zé do Pipo, Anaquim, UHF e Cuca Roseta. O palco 2 irá contar com as actuações de grupos musicais de Vila de Rei – Orquestra Clássica e Tradicional da Escola de Música de Vila de Rei, Grupo de Cantares “A Bela Serra-na”, Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei e Villa d’el Rei Tuna – e com grupos de música popular como o Rancho Folclórico do Carlão, Rancho Folclórico da Casa do Concelho de Pampilhosa da Serra e Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros.

A Feira de Enchidos, Queijo e Mel prepara-se assim para voltar a receber cerca de 110 expositores, largos milhares de visitantes e o melhor do artesanato e gas-tronomia regional, com os deliciosos enchidos, queijo e mel da região.

De 26 de Julho a 3 de Agosto

Vila de Rei prepara XXV Feira de Enchidos, Queijo e Mel

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A freguesia de Ladoeiro, concelho de Idanha-a-Nova, rece-be nos dias 19 e 20 de Julho o X Festival da Melancia, dedica-do ao fruto mais fresco da época. Provas de sumo, compotas e outras iguarias de melancia, esculturas do mesmo fruto, feira de produtos regionais, tasquinhas, restaurantes e jogos tradicionais são alguns dos ingredientes do certame, que já se tornou uma referência no panorama nacional.

No sábado, após a inauguração do festival, pelas 15 horas, e domingo depois da 11 horas será possível usufruir das mais va-riadas propostas de animação musical, cultural e infantil, tudo durante este festival que promove a melancia, contribui para a dinamização da economia local e para a promoção dos produ-tos regionais. Como habitualmente, a organização irá eleger a melancia mais pesada do festival e promover o VIII Concurso de Escultura em Melancia.

Na programação musical, o destaque para The Lucky Du-ckies, às 22 horas de sábado, e para o espectáculo Cuba Libre, a partir das 21 horas de domingo, com dança e música cubana, desde a salsa ao tcha tcha tcha. Atuam ainda o Grupo de Bom-bos “Raia dos Sonhos”, Tok’Avakalhar, Culturin Ensemble, Ran-cho Folclórico da ACD Ladoeiro, Grupo de Cantares de Oledo e Rancho Folclórico “As Costureirinhas de Cavernães” e a anima-ção de rua de Marlon Fortes e dos Patati-Patata, entre outros.

O festival é uma organização conjunta da Câmara de Ida-nha-a-Nova e da Junta de Freguesia de Ladoeiro, promovida

Nos dias 19 e 20 de Julho, em Ladoeiro, concelho de Idanha-a-Nova

X Festival da Melancia promete refrescar o verão

pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa e pelo PROVERE Beira Baixa, e co-financiada pelo QREN, no âmbito do Programa Mais Centro e da União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

A nova Política Agrícola Comum

e as áreasde montanha

da Europa

SEMINÁRIO18 de julho de 2014

Escola Superior Agráriado Instituto Politécnicode Bragança

Auditório Dionísio Gonçalves

Programa e inscrições: http://esa.ipb.pt/novapac/

Co-�nanciado pelaDireção-Geral da Agriculturae Desenvolvimento Ruralda Comissão Europeia

European Associationof Mountain Areas

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Promover a doçaria da região é o objectivo do VI Doce Vou-zela – Festival de Doçaria, que terá lugar na Alameda D. Duarte de Almeida, em Vouzela, nos dias 26 e 27 de Julho, que este ano conta com cerca de duas dezenas de produtores.

Pastéis de Vouzela, caladinhos, beijinhos, almendrados, raivas, cavacas, tigeladas, natas, queijadas, tartes e bolos diversos é tudo o que os muito visitantes que são esperados podem encontrar ao longo de dois dias.

Para além dos espectáculos musicais, a edição deste ano conta com o terceiro encontro de coleccionadores de pacotes de açúcar, que no ano transacto juntou vários coleccionadores de todo o país.

A vereadora do pelouro da cultura da Câmara de Vouzela diz que todos os anos a autarquia tenta “introduzir algo de inovador”, nomeadamente “na parte da animação” porque faz parte do car-taz e “atrai os visitantes a este festival”. Mas para Carla Maia ”as grandes novidades são os produtores, que nos trazem sempre novas iguarias, nova gastronomia e novas experiências ao nível

Certame realiza-se a 26 e 27 de Julho

“Doce Vouzela” conta com mais de dezena e meia de produtores

da doçaria. Claro que o rei é o pastel de Vouzela e a doçaria de Vouzela, mas neste certame participam também produtores de outros concelhos, nomeadamente de São Pedro do Sul e Olivei-ra de Frades”, sublinha a responsável.

Para Carla Maia, “os aspectos inovadores deste evento, têm mais a ver a animação e atracção, pois é por aí que podemos mobilizar as pessoas para virem ao festival, para além, natural-mente, da doçaria”. A vereadora da Câmara de Vouzela destaca também a importância de outras actividades paralelas, “para tentar envolver os pais e os filhos”, como “workshops de culiná-ria de confecção de doçaria, animação infantil, concertos, um encontro de carros clássicos, tudo no sentido de trazermos mais pessoas para dar a conhecer a riquíssima doçaria da nossa re-gião”.

O processo de certificação dos pastéis de Vouzela, diz Car-la Maia, “tem dado passos importantes”, nomeadamente com o registo do ‘Pastel de Vouzela”, através da Associação.

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A Junta de Freguesia de Alcofra e o Mu-nicípio de Vouzela vão promover, no dia 19 de Julho, a I Mostra Gastronómica da Sopa Seca. O evento pretende promover e valo-rizar aquele que é um dos principais ex-libris gastronómicos daquela freguesia e do con-celho, a sopa seca de Alcofra.

O programa tem início pelas 12 horas, no Cabeço de Alcofra, com o descerramento de lápide na casa onde viveram os pionei-ros da sopa seca na freguesia. A abertura da iniciativa decorrerá, na torre medieval, 15 minutos mais tarde, altura em que será apresentado um vídeo promocional e efec-tuada uma visita ao interior da torre e mu-seu.

Segue-se às 12,30 horas a degustação da sopa seca e a partir das 15 horas o pro-grama cultural com a actuação do grupo musical “Chá de Sexta”, às 16h30 o Grupo de Cantares da Misericórdia de Oliveira de Frades e às 21h a actuação do grupo Vozes da Terra.

Durante o dia haverá restaurantes em permanência e artesanato.

Em Alcofra, No concelho de Vouzela, a 19 de Julho

Alcofra promove I Mostra Gastronómica da Sopa Seca

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Trancoso tem, secularmente, como característica marcante, uma tradição comercial que assume a sua expressão máxima nas feiras e mercados de Trancoso e Vila Franca das Naves

A Feira de São Bartolomeu, que este ano se realiza de 15 a 24 de Agosto, é a maior e mais importante certame de Trancoso, criado por Carta Régia de D. Afonso III em 8 de Agosto de 1273.

De facto, com raízes na Idade Média, os mercados de Tran-coso são dos mais importantes do país, sobretudo no interior Norte e Nordeste das Beiras e Alto Douro. Semanalmente às sextas-feiras, a cidade (antiga vila medieval) anima-se com gen-te proveniente das mais diversas regiões e de povo que tem por hábito aqui encontrar-se com parentes e amigos em animada tertúlia e convívio.

No mercado semanal de Trancoso vende-se de tudo: ani-mais e aves, automóveis, máquinas e alfaias agrícolas, produtos para a agro-pecuária, tecidos e pronto-a-vestir, calçado, louças, quinquilharia e artigos de decoração, mobílias, artefactos e mo-biliário em verga, queijos, fumados e enchidos, frutas, flores, pro-dutos agrícolas e árvores, carne e peixe, material áudio e vídeo, aparelhos electrónicos e electrodomésticos.

Porém, a Feira de São Bartolomeu ocupa um lugar de desta-que no conjunto de feiras, assumindo-se como um dos principais cartazes económico-sociais e culturais de Trancoso, ocorrendo precisamente num tempo de férias e de reencontro dos portu-gueses residentes no estrangeiro com as suas famílias e amigos mas também de afluência de turistas oriundos da mais diversas proveniências. Foi com origem nesta feira que outras surgiram em Portugal como Bragança (1383) Covilhã (1411), Castelo Branco e Sertã (1390), Amarante, Coimbra e Pinhel (1391), Viseu (1392), Arronches, Barcelos, Chaves, feira, Salzedas e Porto (1403).

É de destacar o desenvolvimento e engrandecimento que a Feira de São Bartolomeu teve com a fixação da Comunidade Ju-daica em Trancoso que contribuiu para que ganhasse maior di-mensão e dinâmica. Aliás. Os Judeus, sobretudo da Beira Interior, continuam a afluir às feiras e mercados de Trancoso.

De 15 a 24 de Agosto, em Trancoso

Feira de São Bartolomeu para movimentar o concelho e a região

O tempo passou e a Feira de São Bartolomeu é hoje um im-portante certame onde é mostrada e promovida a vitalidade de Trancoso e sua região, sobretudo da área de acção da AENEBEI-RA- Associação Empresarial do Nordeste da Beira, compreendi-da entre o Douro e a Serra da Estrela, apesar de alguns exposito-res sejam oriundos de outras proveniências.

A Feira de São Bartolomeu é tempo de encontro e reencon-tro de pessoas e de manifestações artísticas e culturais, desig-nadamente artesanato, criatividade artística, de gastronomia regional, da actividade do sector agro-pecuário, mas também de diversão, convívio, alegria e animação musical. E assim, expo-sições diversas, artesanato, diversões, restaurantes, tasquinhas típicas, doçaria regional e outras, comércio e serviços, automó-veis, maquinaria e alfaias agrícolas vão dar um ambiente diferen-te a Trancoso nestes dias de azáfama e alegria.

Toda esta dinâmica e colorido vai ocupar o Pavilhão Mul-tiusos e zona envolvente, com uma área total de exposição de 32.000m2, que reúne todas as condições necessárias para a realização de um evento desta envergadura.

O certame é uma organização da Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA), Câmara Municipal de Trancoso e Trancoso Eventos – Entidade Empresarial Municipal.

PROGRAMA

Dia 15 - 22h30- Toca a Rufar / Sete SaiasDia 16 - 22h30 – Ruth MarleneDia 17 - 22h30 – Tributo aos AbbaDia 18 - 22h30 – Contra PesoDia 19 - 22h30 – Augusto CanárioDia 20 - 22h30 – Banda RedDia 21 - 22h30 – Stereo AtticDia 22 - 22h30 – Blind ZeroDia 23 - 22h30 – José MalhoaDia 24 - 16h00 – Festival de Folclore

Tel. 232 430 450 | Avenida da Bélgica - ViseuVendas & Peças & O�cina & Assistência Técnica

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A Junta de Freguesia de Abrunhosa-a-Velha, com a colabo-ração da Câmara de Mangualde e o patrocínio da Quimirep e da COAPE, organiza no próximo dia 26 de Julho o I Encontro Gas-tronómico Amador, promovendo assim a região e a gastronomia local.

O encontro ficará marcado pela presença de vários chefs que irão confeccionar pratos deliciosos e maravilhosos, tais como o “Chef” João Tomé, que confeccionará Sopa de barbo, o “Chef” Constantino, Arroz de Feijão com pernil de presunto grelhado, o “Chef” José Carvalho, Feijão-frade com açorda e bacalhau, e o “Chef” Gonçalves apresentará Caldeirada de Cabrito. Poder-se--á ainda degustar pão cozido no forno a lenha, confeccionado por Américo Sousa, relembrando assim épocas de outrora.

A entrada para o encontro será de um preço simbólico de três euros que permitirá aos visitantes provar os quatro “pratos”. A iniciativa, que pretende ser muito animadora, decorrerá das 18 às 21 horas e conta com o apoio do Grupo Desportivo e Recreativo de Vila Mendo de Tavares, da Associação Humanitária e Cultural de Abrunhosa-a-Velha e do Estrela do Mondego Futebol Clube.

O Festival da Amizade e Feira Sementes da Terra de Sernan-celhe completa 10 anos. Na edição que vai decorrer de 26 de Ju-lho a 3 de Agosto, o cartaz apresenta artistas como Toy, Augusto Canário, Ruizinho Penacova, Vítor Rodrigues e André Sardet. A par do festival, o certame reforça a aposta na vertente comercial e na exposição de stands, tasquinhas, automóveis, artesanato, diversões e insufláveis.

Durante mais de uma semana a zona da Feira e Central de Camionagem de Sernancelhe transformar-se-á num mega re-cinto de espectáculos e animação, confirmando o Festival da Amizade como um evento visitado por milhares de pessoas de todo o país, em especial emigrantes que por esta altura do ano se encontram de férias no Concelho e na Região. Em simultâneo, decorrerá a Feira Sementes da Terra, iniciativa reconhecida pela sua importância económica, para a qual estão já inscritas mais

No dia 26 de Julho, no concelho de Mangualde

Abrunhosa-a-Velha recebe I Encontro Gastronómico Amador

De 26 de Julho a 3 de Agosto

Sernancelhe comemora 10 anos de Festival da Amizade e Feira Sementes

de 100 empresas dos mais diversos sectores de actividade, des-tacando-se a presença de grande número de empresários locais.

A organização, da responsabilidade da Associação Semen-tes da Terra, Associação Comercial e Industrial de Sernancelhe (ACIS), Associação dos Funcionários do Município de Sernance-lhe (Âmbula) e Escola Profissional de Sernancelhe (ESPROSER), com o apoio do Município de Sernancelhe e Aquisern, procura manter a fórmula do sucesso que caracteriza o evento, já com uma década.

A longevidade desta iniciativa constata-se também pelo en-volvimento que conseguiu gerar ao longo de dez edições, haven-do este ano o dia da responsabilidade dos Bombeiros Voluntários de Sernancelhe, do Clube Desportivo e da Casa do Benfica de Sernancelhe, revertendo as receitas de bilheteira para cada uma das organizações, tendo em vista a prossecução das suas activi-dades socioculturais e desportivas ao longo do ano.

Aos grupos do Concelho será dada, como sempre, a possibi-lidade de actuarem perante um público tão numeroso, estando reservado o palco para a Banda Musical 81 de Ferreirim na noi-te de 28 de Julho e para o Grupo Inkógnitus, de Sernancelhe, na noite de 29.

Também já com adeptos de todas as idades, a tarde da crian-ça, a 3 de agosto, com insufláveis, animação de rua e pinturas, tem este ano como desafio a construção da maior pulseira de elásticos do país, actividade que será desenvolvida pelas crian-ças.

Entre 26 de Julho e 3 de Agosto há muitas e boas as razões para visitar Sernancelhe e usufruir de um bom cartaz, de uma fei-ra atractiva, alegre e de muita interactividade com a comunidade sernancelhense.

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De 16 a 20 de Julho Cinfães recebe a I Expo Montemuro – Feira Regional, cer-tame que pretende ser uma referência na região. Este evento vem na sequência da experiência adquirida ao longo das dezas-sete edições da Feira de Artesanato, Gas-tronomia e Vinho Verde, que resultaram num factor crítico de sucesso para o mu-nicípio, especialmente nas áreas do vinho verde e gastronomia local.

Pedro Semblano, vereador da au-tarquia de Cinfães, sublinha o trabalho realizado, justificando a nova designa-ção da feira, porque, diz, “achámos que a promoção não se poderia cingir a dois ou três produtos desta terra, que tem muito mais para oferecer”, considerando que “a mudança de nome é estratégica a quatro anos”, numa aposta naqueles produtos, mas também dando maior enfase à agri-cultura e à industria do concelho.

Gazeta Rural (GR): A Expo Mon-temuro surge na sequência de um evento que mudou de nome, mas que tem os mesmos objectivos?

Pedro Semblano (PS): É bom re-lembrar os 17 anos de história da Feira de Artesanato, Gastronomia e Vinho Verde que permitiram ao certame crescer. Foi um trabalho excelente do executivo anterior,

De 16 a 20 de Julho

Expo Montemuro mostra produtos endógenos de Cinfães

mas achámos que a promoção não se po-deria cingir a dois ou três produtos desta terra, que tem muito mais para oferecer e vender. Daí surgiu a ideia da mudança de nome, numa abordagem estratégica a quatro anos.

Nesta I Expo Montemuro, em que os produtos chave deste território, como o artesanato, a gastronomia e o vinho já eram promovidos nas edições anteriores, entendemos que devíamos dar ênfase especial às vertentes da agricultura e da indústria. Apesar de sermos um concelho do interior, temos a nossa indústria, que não é muita, mas que nos permite também mostrar que sabemos fazer bem alguns produtos em determinadas áreas, nomea-damente na agroindústria, através daquilo que hoje sai da terra.

Para além disso, devido às condições fantásticas que os nossos rios oferecem, como o Douro, o Paiva, o Bestança ou o Cabrum, que descem a serra de Monte-muro, achamos que o desporto ligado à aventura é outras das nossas apostas. A vertente natural é um dos nossos pontos fortes e um dos pontos-chave. Nesta área, ainda recentemente tivemos um grande evento, que reuniu 700 inscritos, o que de-monstra a capacidade deste território para atrair gente para este tipo de actividade.

GR: Quanto à animação, há nomes de primeiro plano?

PS: No plano de animação damos enfase à música. Para além de nomes nacionais bem conhecidos, vamos ter no evento ênfase maior aos grupos do con-celho, como rancho folclórico, grupo de concertinas e grupos de bombos, todos com trabalho excelente e que demonstram a capacidade e a força que esta terra tem para ir sobrevivendo, para demonstrar que do pouco se faz muito.

GR: Como está o sector do vinho no concelho?

PS: Em Cinfães está a atravessar um excelente momento. O vinho de uma das quintas está entre os cinco melhores. A Quinta das Almas já é um ‘best-off’ da região de vinhos verdes. Todas as outras quintas têm feito um trabalho muito inte-ressante, produzindo vinhos verdes com características diferenciadas, mais fruta-dos e com uma característica jovem, cada vez mais apreciada pela nossa juventude, e que acompanha bem a nossa gastrono-mia.

Neste momento penso que falta em Cinfães aumentar a capacidade produtiva, para que tenhamos vinhos de excelência, de qualidade, durante todo o ano, e que ganhem escala para que o mercado per-ceba que, apesar de estarmos numa região de transição, estas encostas produzem vi-nhos de excelência.

GR: Tem aparecido novos projec-tos a nível da agricultura?

PS: Sim. Cinfães teve nos últimos anos um ‘bum’ de novos projectos, sobretudo de jovens agricultores. Neste momento, são projectos que já estão implementa-dos no terreno e que estão a amadurecer, desde a cultura de mirtilo, de cogume-los e de vários tipos de frutos. São perto de meia centena de projectos instalados, mas ainda é cedo para dizer qual vai ser o caminho que vão seguir. Temos esperança que destes nasçam bons exemplos para o território.

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Vila Nova de Tazem, no concelho de Gouveia, promove de 18 a 20 de Julho a quinta edição da VINAL – Feira do Vi-nho e da Alambicada, certame que visa promover os néctares produzidos nes-ta região, mas também um prato típico que tem vindo a ser recuperado. E serão muitos os que passarão por Vila Nova de Tazem para saborear a alambicada, pro-var alguns dos melhores vinhos da região do Dão e assistir a diversos espectáculos, que prometem preencher o espaço com um ambiente de grande animação.

Para o presidente da Junta de Vila Nova de Tazém, este evento sofrerá al-terações em 2015, com “um novo figuri-no naquilo que se refere à divulgação do nosso produto de excelência que é o Vi-nho Dão”.

Gazeta Rural (GR): Que novida-des haverá na edição deste ano e que respectiva tem para a mesma?

Marco António Martins (MAM): A Vinal conta já com quatro edições e esta será a quinta. É um evento organizado, juntando sinergias quer da Junta de Fre-guesia, quer do Município de Gouveia. 2015 será para nós um ano charneira para aquilo que são os objectivos da Vi-

De 18 a 20 de Julho, em Vila Nova de Tazem

VINAL promove o Vinho do Dão e a Alambicada

nal. Haverá um novo figurino naquilo que se refere à divulgação do nosso produto de excelência que é o Vinho Dão.

Esta edição contará com diversas no-vidades, começando desde já pela intro-dução da temática dos “Vinhos de Altitu-de”, dando ênfase à produção vitivinícola efetuada em concelhos com caracterís-ticas semelhantes às de Gouveia, com a realização de um workshop.

No sábado haverá a “Rota de Vinhos”, com passeios pelas quintas de produ-ção de vinho do concelho de Gouveia, com destaque para Quinta da Nesperei-ra, Quinta da Bica, Quinta da Espinhosa e Quinta Seacampo. Durante esses pas-seios, será servido um almoço na Quinta da Espinhosa em Vila Nova de Tazem, cujo prato principal será, como não poderia deixar de ser, a Alambicada.

No final da tarde de sábado decorrerá uma tertúlia sobre o “Vinho Dão”. Tanto a Rota de Vinhos, como a tertúlia resul-tam da co-organização do Município e do blog “Dão Wine Lover”.

Na manhã de domingo decorrerá uma visita e prova de vinhos na Casa da Pas-sarela.

Para além destas novidades, a VINAL conta também com a habitual exposição

e prova de vinhos de diversos produtores da região na Av. Dr. Joaquim Borges em Vila Nova de Tazem, contando ainda com a presença de diversas associações e co-lectividades desta freguesia.

GR: O que representa a VINAL para Vila Nova de Tazem?

MAM: Ao longo dos últimos quatro anos, o Município e a Junta de Freguesia têm procurado levar ainda mais longe os produtos de excelência da nossa terra: O Vinho e a Alambicada.

Não só de Vila Nova de Tazem mas também vinhos de produtores de fora da freguesia e até de fora do concelho.

A VINAL funciona como um meio de divulgação, num certame que recebe centenas de visitantes mas é também o evento ideal para que as empresas ligadas ao comércio do vinho se desloquem a Vila Nova de Tazem e fechem negócio com os muitos produtores que aqui expõem e divulgam os seus produtos. Prevê-se que a marca ‘VINAL’ chegue ainda mais lon-ge nesta edição de 2014. O workshop, os passeios vínicos e a tertúlia, são mais um motivo para que Vila Nova de Tazem seja visitada por ainda mais amantes do vinho e da alambicada.

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No ano em que comemora 60 anos

Vinhos da Adega de Tazem já levam nove medalhas em 2014

O ano de 2014 tem sido muito positivo para a Adega Coope-rativa de Vila Nova de Tazem. Os seus vinhos já obtiveram este ano nove medalhas em vários concursos nacionais e internacio-nais. O Tazem Tinto Grande Escolha 2010 obteve duas medalhas de ouro e três de prata, enquanto que o Tazem Touriga Nacional Unoaked 2011 já obteve um medalha de ouro, uma de prata e duas de bronze.Esta é uma boa prenda para uma instituição que este ano comemora 60 anos e que tem vindo a recuperar credibi-lidade, não só junto dos seus associados, mas também dos consu-midores, que reconhecem a qualidade do trabalho produzido pelo enólogo Pedro Pereira e do presidente Herminio Félix.

“Tem sido um esforço grande, porque a adega estava qua-se em fim de vida”, refere o presidente da Cooperativa. Herminio Félix tem apostado no mercado nacional, deixando a exportação para mais tarde, uma vez que, refere o enólogo Pedro Pereira, “ainda não conseguimos ter um projecto a 100% para o mercado externo, o que implica alguns custos e investimento que tem de ser feito”. “Vamos fazendo os nossos contactos e tentando por todos os meios conseguir chegar a mais pessoas la fora”, diz o enólogo, acrescentando que “se quisermos ter uma perspectiva de longo prazo, teremos que investir no mercado externo e está na altura de o fazer”.

Com uma situação económica mais favorável, o projecto de internacionalização deve seguir por diante, mas Herminio Félix quer dar passos sustentados. “A Adega só saiu do buraco em que estava com muito rigor e, ao mesmo tempo, apostando na qualidade dos vinhos”, refere o dirigente. É que o presidente da

Adega não quer sair da linha de rigor nas contas que traçou. “Já pagamos a campanha de 2012, o que nem todos podem dizer”, salienta o presidente, que quer continuar a pagar aos associados as mais-valias do seu trabalho. “Estamos em contacto perma-nente com os associados, acompanhando as vinhas e aconse-lhando-os nas melhores opções, para que com as uvas que nos entregam possamos fazer vinhos de grande qualidade”, refere Herminio Félix, que reputa o trabalho do enólogo Pedro Pereira, como “muito importante”, na recuperação feita e na credibiliza-ção da Adega junto dos consumidores.

Apostas que deram ‘frutos’

Os vinhos Tazem Tinto Grande Escolha 2010 e Tazem Touriga Nacional Unoaked 2011 já obtiveram este ano nove medalhas, o que não surpreende o enólogo. “São dois vinhos em que apostá-mos, pois sentíamos que tinham muito potencial”, sublinha Pedro Pereira. “Foi uma aposta que correu bem”, pois “houve boa acei-tação por parte dos consumidores”, refere o enólogo, admitindo que “não contávamos receber tanta distinção em tão curto es-paço de tempo, mas ficamos muito satisfeitos, pois é bom para nós, para a Adega e para os nossos associados”.

Quanto à campanha deste ano Pedro Pereira acredita que “vai ser uma boa colheita e com grandes vinhos”. Houve algu-ma instabilidade no tempo, mas, diz Pedro Pereira, “se a partir de agora tivermos temperaturas contantes, teremos uma boa vindima, com produções não muito elevadas, mas equilibradas”.

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Os vinhos Casa de Santar branco Reserva 2013; Paço de Santar Nature tinto 2010 e Adega Tazem, Touriga Nacional, 2011 foram os grandes vencedores do V Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafa-dos do Dão”, promovido pela Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVRD), ao conquistarem o Prémio Prestígio. O júri atribuiu, ainda, oito Medalhas de Ouro e 22 de Prata.

Durante o concurso, que decorreu no início deste mês de Julho, o júri avaliou 96 amostras de 32 diferentes Agentes Económicos, agrupadas nas categorias Vinhos Brancos Categoria I - brancos mul-ticasta (20); Vinhos Tintos Categoria II - tintos multicasta (41); Vinhos Tintos Categoria IV – monovarietais (20); Vinhos Brancos Categoria. IV (8); Vinhos Rosé Categoria III – rosados (5) e Vinhos Espumante Categoria V (2).

O júri foi composto por dois elementos da Câmara de Provadores da CVR do Dão, por três representantes das Câmaras de Provadores das CVR’s da Beira Interior, dos Vinhos Verdes e da Bairrada, respecti-vamente, por dois provadores representantes da Confraria dos Enó-filos do Dão e pelo crítico de vinhos João Afonso, que presidiu ao júri.

V Concurso “Os Melhores Vinhos Engarrafados do Dão” atribuiu 31 medalhas

Três vinhos do Dão receberam o prémio Prestígio

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA Quantidade (Hl)SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A. Casa de Santar Reserva Branco 2013 I 75

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA Quantidade (Hl)SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A. Casa de Santar Reserva 2013 I 75DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA Four C 2010 I 17SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A. Casa de Santar 2013 I 50

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA Quantidade (Hl)JÚLIA KEMPER WINES, S.A. JULIA KEMPER 2013 I 66QUINTA DO SOLAR DO ARCEDIAGO - AGROTURISMO, SA Dão Maria João 2012 I 15ADEGA COOPERATIVA DE SILGUEIROS, CRL Morgado de Silgueiros 2013 I 120UDACA - UNIÃO DAS ADEGAS COOPERATIVAS DO DÃO, UCRL D. Divino 2013 I 250DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA Cabriz Colheita Seleccionada 2013 I 100O ABRIGO DA PASSARELA, LDA Casa da Passarela Encruzado 2011 IV 16

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA Quantidade (Hl)EMPREENDIMENTOS TURISTICOS MONTE BELO, S.T.R, SA. Casa da ìnsua Branco 2012 V 15

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA Quantidade (Hl)CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA ALLGO 2013 III 37ADEGA COOPERATIVA DE PENALVA DO CASTELO, CRL ADEGA DE PENALVA 2013 III 37

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA Quantidade (Hl)PAÇO DE SANTAR - VINHOS DO DÃO, S.A. Nature 2010 II 40ADEGA COOPERATIVA DE VILA NOVA DE TÁZEM, CRL TAZEM Touriga-Nacional 2011 IV 53ADEGA COOPERATIVA DE VILA NOVA DE TÁZEM, CRL TAZEM Grande Escolha 2010 II 60SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A. Casa de Santar Reserva 2011 II 100SOCIEDADE AGRICOLADO CASTRO PENA ALBA, S.A. QUINTA DO SERRADO Reserva 2009 II 25

MEDALHA DE PRATA - VINHOS ESPUMANTES

MEDALHA DE PRATA - VINHOS ROSADOS

MEDALHA DE OURO - VINHOS TINTOS

V CONCURSO "OS MELHORES VINHOS ENGARRAFADOS DO DÃO" - 2014

LISTA DE PREMIADOS

PRÉMIO PRESTÍGIO

MEDALHA DE OURO - VINHOS BRANCOS

MEDALHA DE PRATA - VINHOS BRANCOS

V CONCURSO "OS MELHORES VINHOS ENGARRAFADOS DO DÃO" - 2014

LISTA DE PREMIADOS

EMPRESA /AGENTE ECONOMICO MARCA COMERCIAL CATEGORIA Quantidade (Hl)VINASSANTAR - SOC. AGRÍCOLA UNIPESSOAL, LDA Fidalgas de Santar Reserva 2011 II 26QUINTA DE LEMOS, S.A. QUINTA DE LEMOS 2009 II 37CM WINES - SOCIEDADE VINÍCOLA, LDA ALLGO 2012 II 45ADEGA COOPERATIVA DE MANGUALDE, CRL CASTELO DE AZURARA Touriga-Nacional 2010 IV 40DÃO SUL - SOCIEDADE VINÍCOLA, SA Four C 2009 II 18VIRGÍNIA MARQUES BARBOSA FORMOSO ADEGA DA CORGA Reserva 2011 II 60JOÃO PAULO GOUVEIA VINHOS, LDA PEDRA CANCELA Touriga-Nacional 2012 IV 25ALBERTO FERNANDO RAMOS MOURAZ ALEXANDRE FAMILIA MOURAZ ALEXANDRE 2010 II 15LADEIRA DA SANTA , LDA LADEIRA DA SANTA Grande Reserva 2011 II 25SOCIEDADE AGRÍCOLA DE SANTAR, S.A. Conde de Santar 2009 II 15ADEGA COOPERATIVA DE SILGUEIROS, CRL MORGADO DE SILGUEIROS 2011 II 92ALIANÇA VINHOS DE PORTUGAL,S.A. QUINTA DA GARRIDA Reserva 2011 II 1003O ABRIGO DA PASSARELA, LDA Casa da Passarela Touriga-Nacional 2009 IV 20

MEDALHA DE PRATA - VINHOS TINTOS

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O produtor e consultor de vinho António Maçanita conseguiu colocar um vinho de origem da ilha do Pico em vários restauran-tes europeus com três estrelas Michelin. “Em relação à vinha do Pico, desenvolvemos um projecto, no ano transacto, em parceria com um produtor, a Insula Vinus, através da minha interpreta-ção do vinho Arinto dos Açores”, declarou António Maçanita, à margem de um colóquio que decorreu no concelho da Madalena e que assinalou os dez anos da classificação da vinha do Pico como património da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura).

O jovem produtor considera que o vinho ficou com um perfil “muito interessante” e, em alternativa ao mercado regional e aos restantes locais, foi ao topo do topo da restauração europeia e apresentou o produto. “O sucesso foi, basicamente, esgotar o Arinto dos Açores em três dias, a um preço, em média, superior duas vezes ao vinho do Pico”, disse o consultor de produtores, que apontou como exemplo de um dos restaurantes que recebeu o produto o belga “Carlet”.

António Maçanita, que recordou que não existem em Portu-gal restaurantes com três estrelas Michelin, considera que este episódio prova que existe mercado e potencial nos vinhos de castas autóctones dos Açores.

O produtor defendeu que os Açores devem apostar em ni-chos de qualidade para colocarem os seus vinhos, portadores de aromas únicos, em todo o mundo, potenciando assim as vendas, em alternativa ao mercado regional. “Ouvimos hoje aqui dizer que na hotelaria se deve dar ao cliente o que ele quer. Nos vinhos digo exactamente o contrário. Deve-se mostrar algo que o clien-

Feito com a casta Arinto

Vinho do Pico colocado em restaurantes de topo mundial

te não sabe que quer”, declarou.António Maçanita considerou que, em matéria de vinhos, os

Açores são portadores de uma “unicidade e algo tão diferente” que os potencia em muitos nichos de mercado lucrativos. “Hoje em dia estamos num patamar de qualidade que permite isso. Há muitos mercados que querem o que não conhecem e a poten-cialidade em termos comerciais é praticamente infinita”, frisou.

Já o presidente da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores, Paulo Machado, considerou, no âmbito de um painel do colóquio, que o trabalho desenvolvido no arquipélago, nos últimos anos, faz com que os vinhos regionais sejam já uma “marca reconhe-cida”.

Paulo Machado apontou como pontos fracos dos vinhos dos Açores a dimensão da região, a sua estrutura fundiária, custos de produção e dificuldade de promoção. “Os pontos fortes dos vinhos dos Açores são a autenticidade, a singularidade, o pa-trimónio genético que está envolvido nas nossas castas, as ca-racterísticas que têm e que, normalmente, são muito apreciadas pelos especialistas”, declarou.

Depois de dois dias de colóquio, os especialistas que discu-tiram as questões mais prementes que se colocam à vinha do Pico classificada como património da humanidade vão visitar no domingo, para concluir os trabalhos, a paisagem da vinha.

Mesmo no seio da vinha património da humanidade vai nas-cer brevemente uma unidade hoteleira de quatro estrelas, da responsabilidade de um empresário madeirense, que tem como temática justamente o vinho.

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Numa região marcada pelo Douro, pelo turismo e gastronomia, a Escola Profissional de Cinfães procura adequar a sua oferta for-mativa às necessidades da região, marcada. Um Curso de Técnico de Restauração nas variantes de cozinha-pastelaria e restauran-te-bar são as ofertas da escola para o próxi-mo ano lectivo.

A directora da Escola, Regina Pinto, diz que a formação, na área da restauração, está intimamente ligada ao desenvolvimento in-tegrado das áreas rurais, nomeadamente aos sectores do vinho, da pecuária e da pesca.

Gazeta Rural (GR): Que curso a es-cola oferece no próximo ano lectivo?

Regina Pinto (RP): A Escola Profissio-nal de Cinfães possui como oferta formativa o Curso de Técnico de Restauração nas duas va-riantes: cozinha-pastelaria e restaurante-bar.

GR: Quais as áreas mais procura-das?

RP: A oferta formativa vai ao encontro das necessidades locais e regionais pois são

Diz a directora da Escola Profissional de Cinfães

“Oferta formativa vai ao encontro das necessidades locais e regionais”

áreas associadas ao turismo, à valorização da gastronomia, aos sabores locais e regionais e à crescente procura por unidades hoteleiras, em franca expansão neste Douro Verde.

GR: Numa altura em que o sector primário é bastante procurado, que respostas a Escola dá nesta área?

RP: A nossa formação, na área da res-tauração, está intimamente ligada ao de-senvolvimento integrado das áreas rurais, o qual associa a agricultura, a pecuária, a viticultura, a caça, a pesca. Ora estes pro-dutos vão à mesa “pela mão” dos nossos diplomados! A excelente carne associada a um excelente vinho constitui a combinação perfeita em qualquer refeição. Prestando um

serviço de qualidade, contribuiremos para o bem-estar de quem cá vive e para o regresso de quem nos visita.

GR: Neste âmbito, que ligação tem a escola ao meio que a envolve?

RP: A Escola Profissional de Cinfães tem muito gosto em se associar ao meio que a envolve, numa estreita ligação com instituições locais. Tenta levar o seu saber e valorizar os produtos endógenos, pois acre-dita que poderá contribuir para a criação de mais riqueza, para a fixação da população e para a melhoria da qualidade de vida destas gentes. A comunidade reconhece o nosso trabalho, valoriza o desempenho dos nossos diplomados e sabe que pode contar connos-co na afirmação da nossa região.

Temos as portas abertas aos jovens do nosso concelho e/ou da nossa região que possuam o 9º ano de escolaridade e pre-tendam enveredar por um sector que pos-sui ofertas de trabalho, com a garantia de aprendizagens relevantes, que os capacitem para serem bem-sucedidos na vida activa!

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Inserido num projecto europeu li-derado pela Euromontana, que envol-ve organizações de vários países e que culminará com a realização do Fórum Europeu da Montanha em Outubro, em Bilbao, Espanha, o Centro de Investiga-ção de Montanha (CIMO) do Instituto Politécnico de Bragança, com o apoio da Direcção-Geral da Agricultura e De-senvolvimento Rural da Comissão Eu-ropeia, Euromontana, ADRAT, ADVID e AJAP, organiza um Seminário Nacional sobre as oportunidades que a nova Po-lítica Agrícola Comum (PAC) abre para as Zonas de Montanha e para as Zonas Desfavorecidas em geral.

O Seminário Nacional subordinado ao tema “A nova Politica Agrícola Co-mum e as áreas de montanha da Euro-pa” terá lugar no Auditório Prof. Dionísio Gonçalves da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança no dia 18 de Julho, A abertura do evento contará com a presença da Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas.

Dia 18 de Julho, no Instituto Politécnico de Bragança

Seminário debate “A nova Politica Agrícola Comum e as áreas de montanha da Europa”

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Abriu portas a 5 de Julho e é uma loja única dos produtos da terra, originários da região de Alcobaça, numa aposta directa do produtor ao consumidor. Agregando uma oferta regional de pro-dutos de excelência, a “Granja de Cister” é um projecto inovador da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, que reúne e promove num único espaço produtos como a fruta e hortícolas, os vinhos e li-cores, azeite, queijos e enchidos e ainda doces e sabores com origem nos produtos da terra.

O projecto da Cooperativa de Alcobaça assume uma impor-tância excepcional para a cidade, para o concelho e para a re-gião. “Seleccionamos os nossos produtores, tendo em conta a sua certificação, garantindo os requisitos de segurança alimen-tar indispensáveis à mostra dos produtos de excelência da nossa região, sendo valorizado todo o contexto de produção e trans-formação. Todo este processo é sempre supervisionado pelos nossos técnicos garantindo assim, um produto de excelência”, refere a Cooperativa.

“Granja de Cister” é um espaço showroom do produto agrí-cola da região, a que se liga o novo projecto Somos da Terra, a iniciar em simultâneo, e cujo objectivo é dar visibilidade ao pro-duto de Alcobaça através de circuitos turísticos que possibilitem o contacto com os métodos de produção.

Um projecto inovador da Cooperativa Agrícola de Alcobaça

Loja “Granja de Cister” aposta na venda directa do produtor ao consumidor

A Granja de Cister tem como objectivo a promoção e a divul-gação da agricultura da região e dos seus produtos projectando a sua qualidade e excelência. É um espaço único de exposição do produto de Alcobaça, que tem como principal objectivo oferecer visibilidade ao que de melhor se faz na região, nomeadamente, o produto agrícola.

O dinamismo da agenda do novo espaço “Granja de Cister” oferece a quem o visita, a oportunidade de observar a história, o património, a arte, as gentes, a gastronomia, tudo o que Alco-baça e a região tem de melhor para oferecer. “Seleccionámos os melhores produtos da nossa região, com características de cor e sabor únicas, produzidos por produtores regionais, nomea-damente a fruta, os hortícolas, os vinhos e licores, o azeite, os queijos e os enchidos, e outros doces e sabores com origem do produto da terra”, diz a Cooperativa.

Naquele espeço haverá sempre eventos a acontecer. O visi-tante da Granja terá a oportunidade de assistir a provas e degus-tações dos produtos da região, bem como, observar os melhores Chefs a confeccionarem o produto de Alcobaça com receitas deliciosas.

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Um projecto para servir a região e as pessoas

A Granja de Cister nasceu em Alcobaça para servir a região e as pessoas que fazem desta terra um local repleto de valor. “Queremos reunir o que de melhor temos, dar oportunidade aos verdadeiros produtores para mostrar a paixão que os move dia-riamente e premiá-los com a oportunidade de mostrarem com o que produzem”, pode ler-se num comunicado da Cooperativa.

Elevar a marca Alcobaça é o objectivo fundamental deste projecto. “Temos o compromisso de aproximar o mundo urbano ao mundo rural, promover produtos de excelência e promover experiências únicas a que nos visita”, acrescenta o documento.

Este projecto visa também promover a ruralidade e divulga-ção dos produtos e da imagem de Alcobaça na senda das suas melhores tradições agrícolas; contribuir directa e indirectamente para a revitalização dos territórios rurais e para a dignificação social das actividades agrícolas; reforçar o estímulo ao em-preendedorismo a montante, quer reforçando a produção de produtos de qualidade já existentes, quer promovendo a criação de outros produtos

de excelência para integrar nesta montra; promover o acon-selhamento sobre as condições de produção, de higiene, de em-balamento e apresentação de produtos através de uma linha de aconselhamento técnico agrícola; promover a formação técnica quer nas áreas de produção quer da preparação e confecção transformação de produtos agrícolas sobretudo junto de jovens investidores contribuindo para o reforço do emprego; promover

as condições de atractividade e exemplaridade junto do asso-ciados da Cooperativa e dos agricultores em geral no sentido de os incentivar a adoptar os mesmos parâmetros de qualidade e reforçar o espírito de pertença e orgulho dos cidadãos alcoba-cences espelhado na elevada qualidade e diferenciação dos seus produtos agrícolas.

Promoção da agricultura da região e dos seus produtos

A Cooperativa Agrícola de Alcobaça tem-se renovado sem-pre no caminho da protecção ambiental promovendo em simul-tâneo uma agricultura sustentada, contribuindo assim para a melhoria das práticas agrícolas e consequentemente da preser-vação Ambiental.

O seu mais recente projecto tem como objectivo a promoção da agricultura da região e dos seus produtos numa perspecti-va turística. Alcobaça é uma região de excelência de produção agrícola com maior foco na fruticultura. As condições edafo-climáticas desta região entre a serra e o mar e a tenacidade e profissionalismo do sector agrícola da região, alavancado pelos fundos comunitários de apoio ao sector, são boa parte da razão dessa qualidade.

A par da inovação para o sector agrícola, a Cooperativa reassume o seu papel social, nomeadamente com o lançamento de novas formas de elevar os produtos e produtores da região.

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A floresta em Portugal “está no bom caminho”, mas há ainda muito por per-correr. O presidente da Federação Na-cional das Associações de Proprietários Florestais (FNAPF), em entrevista à Gazeta Rural, aponta algumas questões que afec-tam o sector, nomeadamente o facto da maior parte da floresta portuguesa “estar na mão de milhares de proprietários” e a falta de políticas de continuidade para o sector. José Vasco Campos considera, também, que “o apoio público à floresta é das coisas mais justas que pode haver em termos de mundo rural”, pois “tem uma função pública extremamente importan-te”. O presidente da FNAPF considera que “a floresta tem que ser encarada e gerida de forma profissional” e que as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) têm sido um instrumento muito importante, mas que não resolvem todos os problemas com um “passe de magia”. Por fim, Vasco Campos, que acredita que a floresta “é um bom in-vestimento”, aponta falhas no processo de certificação florestal que muitas vezes “só existe no papel”.

Gazeta Rural (GR): Como está a floresta em Portugal?

José Vasco Campos (JVC): É uma pergunta complicada, pois há de tudo. Como sou optimista, acredito que a flores-ta está no bom caminho, pois as questões florestais não se resolvem de um ano para o outro, já que são estruturantes. O que tem que existir são políticas de continui-dade, independentemente dos governos. Os ciclos florestais, que são de 20, 30, 40 ou mais anos, não são, por isso, iguais aos ciclos dos governos. Nós precisamos de políticas delineadas e de continuidade,

José Vasco Campos, presidente da Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais

“O problema da floresta portuguesa é estar nas mãos de milhares de proprietários”

que não podem mudar cada vez que há um novo governo. Acredito, todavia, que a flo-resta está no bom caminho.

O problema da floresta portuguesa é estar na mão de centenas de milhares de proprietários – e não se sabe quantos são. Diz-se que são 400 mil, mas acho que são muitos mais, divididos por centenas de mi-lhares ou milhões de parcelas. E este é o problema da floresta portuguesa, que está perfeitamente identificado. Isto só se re-solve com o associativismo, com incenti-vos à gestão, com o apoio às ZIFs, às áreas agrupadas e outras medidas que façam com que haja união e gestão conjunta de parcelas.

Algumas medidas têm sido tomadas, mas falta tomar outras. A floresta, hoje, tem que ser encarada de forma profissio-nal, seja ela de produção ou de conser-vação. Há muita gente que não consegue perceber que há floresta de conservação, que também é floresta, que tem que ter um tipo de intervenção e de apoios diferentes.

Hoje a floresta tem que ser encarada e gerida como uma empresa. Quem não pode tratar de um terreno tem que o ar-rendar, ceder ou vender. A grande maio-ria dos proprietários florestais tem que se convencer que a floresta tem que ter uma gestão minimamente profissional e que é impossível andar a gerir meia dúzia de par-celas de meio hectare ou menos. Isto não faz sentido. Por isso, as pessoas têm que entregar a gestão a quem a faça de forma profissional.

O que se passa é que as pessoas, como não têm penalizações, não fazem qualquer tipo de gestão e deixam andar. É que, a par disto, temos outro problema estruturante. Temos o valor da terra florestal e agríco-

la inflacionada e isto tem que se resolver com medidas fiscais, entre outras.

GR: Mas isso não é um problema recente?

JVC: É um problema de há muitos anos.

GR: Mas o tão falado regresso à terra não veio agudizar essa ques-tão?

JVC: Não.

GR: Durante muito tempo falou--se na criação e na importância das Zonas de Intervenção Florestal (ZIF). Não acha que entretanto as ZIFs fi-caram em ‘banho-maria’?

JVC: Não concordo. O que se cria-ram foram expectativas muito elevadas, a pensar que as ZIFs vinham resolver tudo e que, com um passe de magia, teríamos os terrenos todos limpos como se fossem os jardins das nossas casas. Esqueceram-se que temos um clima mediterrânico, com chuva, com calor e que a vegetação cres-ce todos os anos. Portanto, as ZIFs não vêm resolver os problemas todos, são sim uma medida muito importante e continuo a acreditar nelas e no seu funcionamento. A maior parte delas estão a funcionar bem, mas algumas pessoas imaginavam que entravam numa ZIF e tinham a sua parcela num jardim.

Não se pense que pelo facto de se es-tar numa ZIF se consegue actuar no terri-tório todo. Posso mostrar-lhe mosaicos de gestão de combustível de há um ano atrás, que continuam a ter uma enorme impor-tância na defesa e combate a incêndios, mas que agora já têm alguma vegetação.

Diria que as ZIFs são importantes, que

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estão a resolver problemas e a maior parte delas estão a funcionar bem, com o apoio do ProDeR, mas ainda há muito a fazer, nomeadamente os proprietários aderen-tes, e os não aderentes, terem a consciên-cia de que têm que entregar a gestão a uma entidade, ZIF ou outra, e sujeitarem--se ao seu plano de gestão florestal.

“Temos um caminho longo a fazer quanto aos processos de certifica-ção”

GR: A floresta é um bom investi-mento?

JVC: Considero que sim. Continuo a acreditar na floresta. Há, contudo, um problema estruturante que já referi. Se eu comprar a terra e quiser fazer investi-mento, vou ter muitas dificuldades em o rentabilizar, porque, como disse, o custo da terra está inflacionada. Se eu tiver ter-renos próprios, a floresta é um bom inves-timento.

Mas também lhe digo que em grande parte das culturas florestais só é compen-satório se houver apoio público. As flores-tas receberem apoio público é das coisas mais justas que pode haver, em termos de mundo rural, em Portugal. As florestas têm uma função pública extremamente impor-tante e por isso alguém tem que ajudar os proprietários florestais nessa função. Não é só usufruir dos espaços florestais, em

termos paisagísticos, na gestão do car-bono, no combate à erosão dos solos, no turismo, etc. Não é só usufruir de tudo isto, de olhar e ver tudo verde. Alguém tem que pagar isto. Por isso, repito, o apoio para a floresta é fundamental. A grande maioria das culturas florestais, no minifúndio, só é rentável com apoios públicos.

GR: Recentemente alguém disse que Portugal deveria apostar mais no eucalipto. Concorda?

JVC: Não sou a favor do aumento da área de plantação de eucalipto, mas sim do aumento da gestão na actual área do eucalipto. É uma espécie muito importan-te para a economia nacional, mas há mui-ta plantação de eucalipto abandonada e mal gerida. Essa deve ser a grande aposta e não o aumento da área de plantação. Isso, penso eu, é consensual na maioria das pessoas ligadas a este sector.

Temos é que fazer uma aposta nas outras espécies. Quando a indústria do eucalipto criou centros de investigação e desenvolveu a espécie, que está com pro-dutividades altíssimas, - muito mais altas que há 20 ou 30 anos -, nas outras espé-cies não houve esse passo. Portanto, te-mos que fazer mais investigação, melhoria genética e selecção nas outras espécies, nomeadamente no pinheiro manso, no pinheiro bravo, - onde temos o problema grave do nemátodo -, no carvalho e no

sobreiro.

GR: A certificação é um passo im-portante, tendo em conta que o mer-cado quer, cada vez mais, madeira certificada?

JVC: Têm-se dado passos importantes nesse sentido, mas, infelizmente, digo-lhe que alguns processos de certificação não estão devidamente controlados e deitam por terra quem faz as coisas bem. A mim não me interessa ter certificações no pa-pel e é isso que me parece existir. Há cer-tificação burocrática, que não se verifica na prática. Portanto, aceito que tenha que haver certificação, que tenha que haver controlo, que os consumidores queiram saber que aquele produto vem de uma flo-resta gerida de uma forma correcta. O que não aceito é que na prática, em muitos casos, isso não aconteça. Acho que te-mos um caminho longo a fazer quanto aos processos de certificação, mas também de controlo do próprio processo.

(GR): Há uma medida que vai ser tomada pelo Governo, no que toca aos produtores florestais, que tem a ver com o IRS, que passará a ser espaçado no tempo, tendo em conta que o investimento só é rentável al-gumas décadas depois?

JVC: É uma excelente medida e só po-demos estar de acordo com ela.

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O azeite da Cooperativa dos Olivicultores de Murça con-quistou duas medalhas de ouro em Israel e Estados Unidos da América (EUA), que ajudam a “abrir portas à exportação” nesta organização que tem a China como principal cliente externo.

“Estas medalhas são extremamente importantes principal-mente para a exportação, porque são dois concursos importan-tes em duas zonas do mundo completamente distintas”, afirmou o presidente da direcção da cooperativa, Rui Dias.

O azeite Porca de Murça recebeu a medalha de ouro Prestige no Concurso TerraOlivo 2014, em Israel, e conseguiu, mais uma vez, conquistar a medalha de ouro no concurso internacional “Los Angeles International Olive Oil Competition 2014”, nos EUA. “Estamos já a receber pedidos de cotação de vários sítios do globo para exportar para destinos onde já estamos implemen-tados e para novos mercados. As notícias foram-se espalhando pelos especialistas”, acrescentou.

Os azeites de Murça estão presentes em 40 mercados, des-de o mercado da saudade na Europa, ao Brasil, Angola, Moçam-bique, Canadá, EUA e China, para onde se iniciou a exportação há mais de dois anos.

O dirigente salientou que a China é considerada “um dos maiores clientes” da Cooperativa que prepara, neste momento, mais um contentor para seguir para aquele país do oriente, que consome na ordem dos “50 a 100 mil litros de azeite” de Murça por ano.

Em 10 anos, a cooperativa ganhou pelo menos seis medalhas de ouro nos EUA, país para onde as vendas têm aumentado pre-cisamente, na opinião de Rui Dias, devido “à boa performance” nos concursos. A exportação representa já cerca de 60% do vo-lume de negócios da cooperativa. Segundo aquele responsável, a produção média anual ronda o meio milhão de litros e o volu-me de negócios os dois milhões de euros por ano.

Rui Dias considerou a conquista do ouro nos dois concursos internacionais como o reconhecimento pela qualidade e traba-lho dos agricultores do concelho e da cooperativa. “Satisfaz--nos imensamente termos conseguido um azeite desta qualida-

O secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar classificou o azeite português como “um factor de crescimento, inovação e riqueza”. “Em poucos anos, o azeite passou a representar um pouco aquilo que o agroalimentar tem representado para o país, um factor de crescimento, inovação e riqueza”, referiu Nuno Vieira de Brito.

O governante, que inaugurou IV edição da Bienal do Azeite 2014, que durante três dias decorreu em Castelo Branco, des-tacou o trabalho das “câmaras municipais e as regiões que têm olhado de uma forma muito positiva para as suas capacidades endógenas. Hoje olham para a optimização dos seus recursos endógenos”, referiu Nuno Vieira de Brito.

Nuno Vieira de Brito mostrou-se agradado por um certame que celebra o azeite, “que é um bom motor daquilo que é o sec-

Secretário de Estado inaugurou Bienal do Azeite

Nuno Vieira de Brito diz que azeite é “um factor de crescimento e riqueza”

tor agroalimentar em Portugal”. “O país não era auto-suficiente neste sector e em poucos anos conseguiu tornar-se hoje numa referência no mercado nacional e internacional, com empresas e expositores que produzem, exportam e têm um papel importante a nível mundial, pela qualidade que apresentam e pelo grau de profissionalismo”, referiu.

Nuno Vieira de Brito felicitou o autarca de Castelo Branco, Luís Correia, pela estratégia com que olha para o agroalimentar, “como factor de desenvolvimento”. “Castelo Branco tem feito isso. Tem um ‘cluster’ que é reconhecido a nível nacional, que pode ser um prestador de serviços não só a nível nacional como internacional”, sublinhou. “Esta estratégia será certamente ga-nhadora, e tem todo o nosso apoio e colaboração”, concluiu o secretário de Estado da Alimentação.

Ajudam a abrir portas à exportação

Azeite Porca de Murça conquistou duas medalhas de ouro em Israel e Estados Unidos

de e que é reconhecido, por incrível que possa parecer, apenas e só fora de Portugal”, sublinhou.

Contabilizando cerca de 900 associados, a cooperativa agrí-cola representa a maioria dos pequenos produtores do concelho de Murça.

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A nova Política Agrícola Comum (PAC) vai “simplificar” os apoios aos pequenos agricultores e retirar a “teia burocrática” que estes enfrentavam, destacou o secretário de Estado das Flo-restas e do Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva. “Houve um grande esforço de simplificação de tudo o que está ligado aos pequenos agricultores, no âmbito do primeiro pilar da PAC, que tem a ver com as ajudas directas e que entra em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2015”, disse.

Segundo o governante, o objectivo é “retirar de cima dos pe-quenos agricultores a teia burocrática grande” que enfrentavam e “simplificar todos os pagamentos e apoios”, entre outras verten-tes. “E dá-se também fôlego às iniciativas LEADER, que têm ca-rácter local, acabando por estar relacionadas com as explorações agrícolas”, acrescentou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural em Évora, depois de participar no seminá-rio “Agricultura Familiar e Sustentabilidade dos Territórios Rurais”, na universidade local.

Alertando tratar-se de um conceito vasto, Francisco Gomes da Silva afirmou que “a agricultura familiar não se esgota na pe-quena agricultura”, pois, abrange, igualmente, “grandes explora-ções”. “Hoje em dia, quase toda a agricultura portuguesa é agri-cultura familiar”, embora o país tenha uma grande diversidade de explorações agrícolas, e a nova PAC pretende simplificar” a vida de “todos os agricultores”, sublinhou.

“Houve uma preocupação grande, não só dentro da PAC, mas também no Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020, para adequar os instrumentos e subir os níveis de apoio”, por for-ma a mostrar que “a agricultura é importante para o país e que não podemos descuidá-la”, disse.

O seminário em Évora inseriu-se nas comemorações do Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF), decretado pela Or-ganização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). Segundo a FAO, a agricultura familiar inclui todas as acti-vidades agrícolas de base familiares (operadas por uma família e predominantemente dependente de mão-de-obra familiar) e está

Uma rede de centros de ciências e tecnologias agrárias da região Norte vai ser criada pelas universidades do Porto, Trás--os-Montes e Alto Douro e Minho, num investimento de quatro milhões de euros que estará concluído até final de 2015.

Em Abril deste ano, estas três universidades do Norte assina-ram um memorando de entendimento, sendo esta rede criada com o objectivo de estimular a inovação no sector agrícola o primeiro resultado efectivo desse acordo. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) antecipa que esta rede de centros de ciências e tecnologias agrárias da região Norte deverá estar concluída em final de 2015, sendo o investimento de quatro milhões de euros, 80% dos quais do FEDER, pelo “ON.2 - O Novo Norte”.

A Universidade do Porto terá que criar em Vairão “um espaço que concentre os vários centros de saberes da universidade e que

Projecto estará concluído até final de 2015

Rede de ciências agrárias vai nascer nas três universidades da região Norte

Destacou o secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural

Nova PAC retira “teia burocrática” de cima dos pequenos agricultores

sirva de apoio ao ensino laboratorial, desenvolvendo investi-gação científica especialmente direccionada para hortícolas e flores”.

A criação de um Centro de Segurança e Inovação Tecnoló-gica no Sector Agroalimentar acontecerá na Universidade do Minho, estando prevista “a aquisição de diversos equipamentos para complementar os meios já disponíveis e incrementar as actividades de investigação”.

Já na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro se-rão requalificados os laboratórios de análises de alimentos para submissão a processos de acreditação de metodologias de ensaio, estando ainda prevista a mudança de laboratórios da universidade para um novo edifício, já existente, que “reú-ne condições de excelência para a criação de laboratórios de referência”.

ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural.O secretário de Estado afirmou que um dos grandes desa-

fios deste ano internacional passa por “ficar a conhecer melhor” o que é a agricultura familiar em Portugal, para melhor direccio-nar os instrumentos de política pública para o sector.

O seminário na cidade alentejana foi da responsabilidade da Associação Portuguesa de Economia Agrária, Sociedade Por-tuguesa de Estudos Rurais, Associação Portuguesa de Desen-volvimento Regional, Direcção Regional da Agricultura e Pescas do Alentejo, Federação Minha Terra e da Animar.

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A Associação Agrícola de S. Miguel vai avançar com a criação de um centro interpretativo da agricultura, para retractar o pas-sado, o presente e perspectivar o futuro de um dos sectores mais importantes da economia regional.

“Em relação ao centro de interpretação da Agricultura, que nós queremos no espaço do antigo restaurante [do recinto da associação em Santana, Ribeira Grande], nas duas salas, criar ali um espaço em que se retracte o que foi a agricultura no passado, o que é no presente e o que poderá ser no futuro”, afirmou o pre-sidente da Associação Agrícola de S. Miguel, Jorge Rita.

O dirigente associativo adiantou que a nova valência, que só deverá abrir ao público em 2016, contará com fotografias ac-tuais e antigas, alguns utensílios de menor dimensão utilizados pelos agricultores no seu trabalho diário e quadros explicativos em português e inglês. “Estamos a preparar um projecto para candidatarmos ao próximo quadro comunitário de apoio para recebermos os devidos apoios que estão adstritos a este tipo de medidas”, disse Jorge Rita, sem adiantar quanto irá custar a con-cretização desta “ambição” da direcção da Associação Agrícola de S. Miguel.

Segundo explicou, já foi constituída uma equipa para tra-balhar neste projecto, que envolve a recolha de mais alguns utensílios agrícolas entre os associados e pequenas obras de adaptação do antigo espaço onde funcionava o restaurante da Associação Agrícola de S. Miguel antes da inauguração do novo pavilhão multiusos, também em Santana.

Jorge Rita estima que a nova valência possa criar mais cinco a seis postos de trabalho e atrair ainda mais turistas do que já atrai ao local onde está instalada a sede da Associação Agrícola de S. Miguel. “Queremos aqui, em Santana, potenciar também o espaço e criar um roteiro turístico, principalmente às quintas--feiras”, disse Jorge Rita, que pretende dar outras condições à

Deverá abrir ao público em 2016

Associação Agrícola vai criar centro de interpretação da agricultura

tradicional feira semanal, apostando em melhores condições de higiene, novas bancadas para expor os produtos hortícolas e al-bergarias para os animais.

Ao centro interpretativo da agricultura e à tradicional feira, Jorge Rita soma o novo espaço do restaurante da associação, com horário alargado, a abertura em breve de uma loja com pro-dutos 100% regionais e todo o espaço verde envolvente como motivos mais do que suficientes para justificar uma visita ao local.

POR CINFÃES

“Cerrado dos Outeirinhos”: O saber receber bemA casa onde se situa o empreendimento ‘Cerrado

dos Outeirinhos’ foi construída na segunda metade do Séc. XIX e recuperada de forma a preservar as suas características originais, utilizando a madeira, o granito e a lousa, acrescentando-lhe o conforto necessário para lhe proporcionar uma estadia inesquecível.

Situada em plena vila de Cinfães, a casa permite aos hóspedes acederem facilmente ao rio Douro e à serra de Montemuro. O empreendimento dispõe de 6 suites com aquecimento central, ar condicionado e internet wirless gratuita. Dispõe ainda de uma esplanada para relaxar e usufruir de refeições ligeiras, além de uma sala de estar e lazer. Quem necessitar de programar um evento, pode também contar com este empreendimento, que dispõe de um espaço para o efeito.

O conselho que deixamos é desafiá-lo para uma estadia e aproveite para apreciar a gastronomia, o artesanato e as belezas naturais de Cinfães.

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Os “frutos” da primeira plantação industrial de papoila no Alen-tejo estão a ser colhidos, num projecto de uma farmacêutica es-cocesa, que está a construir uma fábrica para produzir morfina em Beja, a partir de papoilas semeadas na região. Na zona do Alque-va, uma máquina especializada colhe as papoilas semeadas, em Novembro de 2013, em 800 hectares de cerca de 40 agricultores alentejanos, através do projecto da Macfarlan Smith.

Para “reduzir o risco e aumentar a segurança do abasteci-mento”, a empresa precisava de expandir a sua área de plan-tação de papoilas no Reino Unido e, após analisar vários sítios na Europa, optou pelo Alentejo, que tem “os ingredientes para produzir uma boa colheita”, conta o director de operações para Portugal da Macfarlan Smith, Jonathan Gibbs. “O que o Alente-jo oferece é a luz do sol, o calor, os solos, a forte capacidade dos agricultores e, mais importante, a barragem do Alqueva, que fornece a água”, frisa Jonathan Gibbs, entre papoilas prontas a colher de uma das plantações na zona de Beja.

Após os resultados positivos de experiências feitas pela Ma-cfarlan Smith no Alentejo, a empresa obteve, em Março de 2013, a licença do Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde para plantar papoilas na zona do Alqueva, para depois extrair e produzir morfina para fins medicinais.

A primeira colheita “parece ser bastante aceitável”, congra-tula-se, indicando que a empresa quer dobrar a área de plan-tação no Alentejo para 1.600 hectares em 2015 e para 3.200 hectares em 2016 e espera obter maiores concentrações de morfina por hectare de papoilas semeado na região em relação às obtidas nas plantações no Reino Unido.

De olho na colheita das papoilas plantadas nas suas terras, Filipe Cameirinha, um dos agricultores envolvidos no projecto, explica que aceitou o “desafio” da farmacêutica por considerar “interessantíssima” a cultura de papoila. No Alentejo, devido ao

Um projecto de uma farmacêutica escocesa

Alentejo já colhe papoilas e fábrica para produzir morfina em Beja

potencial produtivo do Alqueva, “temos das melhores condições para produzir papoila e foi isso que nos levou a aceitar este de-safio”, frisa Filipe Cameirinha, referindo que a primeira sementeira “correu muito bem” e é para “repetir”.

A Macfarlan Smith, no âmbito do seu plano de investimentos no Alentejo, está a construir a primeira fase da fábrica para pro-duzir morfina para fins medicinais em Beja, a partir das papoilas semeadas na região através de agricultores locais. A fábrica, em construção nos arredores de Beja, vai servir, numa primeira fase, para armazenar e fazer o processamento inicial das papoilas, in-dica Jonathan Gibbs.

Trata-se da “primeira fase do processo de produção de mor-fina”, através da qual são separadas as palhas e as sementes das cápsulas das papoilas, as quais serão depois moídas e proces-sadas, seguindo depois para a unidade da Macfarlan Smith em Edimburgo, na Escócia, para a fase de extracção e produção de morfina, explica.

Segundo Jonathan Gibbs, a primeira fase da fábrica, num in-vestimento de cerca de quatro milhões de euros, deverá estar pronta no final deste ano e a empresa espera ter a produção da primeira colheita de papoilas no Alentejo totalmente processa-da em Beja e pronta para seguir para Edimburgo em Fevereiro de 2015. A “longo prazo”, os planos da empresa passam por construir a segunda da fase da fábrica, que ainda precisa de ser licencia-da pelo Infarmed e poderá implicar um investimento entre 20 e 40 milhões de euros, para que a fase de extracção e produção de morfina a partir das papoilas semeadas no Alentejo possa ser feita em Beja, refere.

A Macfarlan Smith vai continuar a semear papoilas no Reino Unido para a unidade de produção de morfina em Edimburgo e o objectivo é que as papoilas semeadas no Alentejo possam ser encaminhadas para produzir morfina na fábrica em Beja, explica.

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Celeste Carvalho adquiriu uma casa abrasonada dos fins do séc. XVI no centro de Vouzela há cerca de 10 anos, que era propriedade de Margarida Sousa Franco (também ela de Vouzela) e passados quatro anos fez a sua recuperação.

“A Hospedaria Casa Museu dispõe de 11 quartos, mas não é um espaço que tenha grande luxo, mas é uma casa acolhedora e familiar. Chama-se Casa Museu por causa da exposição de arte sacra que temos no hall de entrada desde o século XVI a XIX”, afirma Celeste Carvalho. Proporcionando, normalmente, alojamento com pequeno-almoço, Celeste Carvalho diz que, nalgumas situações, “também podemos proporcionar jantar para grupos por encomenda”.

Neste momento, Celeste Carvalho prepara o lançamento de um projecto ambicioso, criando a “rota dos pastéis”, que visa a harmonização dos pastéis de Vouzela com o vi-nho de Lafões. “A rota é um projecto turístico, com o qual pretendo promover e divulgar Vouzela, a região, a doçaria conventual e regional e do património da cultura também. Esta rota, que terá lugar a 2 de Agosto, pelas 15 horas na Praça Marquês de Carvalho, vai passar por todas as casas onde se confecionaram os pasteis de Vouzela desde o início do Século IX até hoje, por algumas igrejas e pelas partes mais bonitas da vila”.

A pastelaria Flor do Zela, situada no centro de Vouzela, existe desde 1995. Carlos Nunes, após alguns anos de experiência adquirida em Aveiro no ramo da confeitaria, comprou a pastelaria em 2007.

Para além das “delícias de Vouzela”, um pastel confeccionado com a pasta folhada e amêndoa, que é o ícone da casa, pode ali encontrar também o folar de Vouzela, as regueifas de canela e as regueifas recheadas (maçã, gila, ou chocolate, consoante a preferência).

Em breve, Carlos nunes pretende remodelar o espaço, que é o seu próximo projecto. Além da doçaria, toda ali confeccionada, os clientes poderá ainda usufruir de refeições diárias ou o frango no churrasco.

Segundo Carlos Nunes, “neste momento a doçaria de Vouzela está a ser bem divulgada e a certificação do pastel de Vouzela é um passo muito importante para que o concelho seja mais conhecido”.

Os irmãos Victor e Miguel Correia são uma referência quando se procura um produtor de pastéis de Vouzela. Há cerca de 28 anos, com cerca de 15 anos, já os dois irmãos trabalhavam com o pai, na casa que habitavam, onde foi criado um espaço para confeccionar esta iguaria.

À medida que se iam angariando novos clientes, quer em Vouzela, quer em São Pedro do Sul, Viseu e Aveiro, em 2007 inauguraram as novas instalações na zona industrial de Vouzela. Praticamente todas as pastelarias da região têm à venda os famosos Pastéis de Vouzela, fornecidos pelos irmãos Correia. Apesar de não haver um número certo de produção diária, pois têm de ajustar o fabrico à procura, Victor Correia refere que Agosto é o mês de maior procura, quer pelos turistas, quer pelos emigrantes que ali se deslocam. O ponto alto da produção foi atingido aquando da tomada de posse do Presidente da República, com uma encomenda de 2 mil pastéis.

No ano passado a empresa apostou num novo pastel, os Vouzelinhas, uma iguaria onde a massa é idêntica ao pastel de Vouzela, acrescentado o doce de ovos e o mirtilo. Foi apresentado no Festival de Doçaria do ano passado.

Em relação aos pastéis de Vouzela, além do mercado nacional e regional, há já alguns projectos de exportação, nomeadamente um emigrante na Suíça que se desloca à região para levar e vender nesse país. Há também no mercado brasileiro grande interesse, mas, para já, as taxas de exportação para esse país ainda são incomportáveis.

POR VOUZELA

Hospedaria Casa Museu cria a rota dos pastéis de Vouzela

Vouzelpastéis: ‘Vouzelinhas’ é a novidade exclusiva da casa

Flor do Zela… É uma referência na doçaria típica de Vouzela

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O antigo ministro da Agricultura Arlindo Cunha defendeu a protecção do comércio local contra o grande poder detido pe-las cadeias comerciais de grande distribuição, que “representam 85% da distribuição alimentar” em Portugal. “O Governo devia usar o músculo regulador para impor certas regras. Hoje temos uma desintegração dos circuitos comerciais locais e precisamos de fazer algo para recriar as cadeias comerciais locais, isso é muito importante”, disse o antigo ministro de Cavaco Silva.

“O país vive uma nova realidade incontornável, da grande distribuição que se estende de forma tentacular até às terras de baixíssima densidade, através de médias superfícies em que o que vendem não vem do próprio território”, disse Arlindo Cunha. O controlo de “85% da distribuição alimentar no país” é, para an-tigo governante, “um poder louco”.

Arlindo Cunha defendeu ainda a necessidade urgente de re-juvenescer a estrutura etária da agricultura portuguesa, que é “das mais envelhecidas” da Europa. Apesar de nos últimos três anos se terem instalado no sector mais jovens que na última dé-cada, o ex-ministro da Agricultura, referiu que “é muito perigoso ficar por aqui”. “O que fez a mudança foi a crise económica que o país vive e que fez com que muitos jovens vejam na agricultura uma oportunidade interessante. Mas, se não fizermos mais nada, terminados os cinco anos de presença obrigatória na explora-ção agrícola, corremos o risco de muitos desses jovens se irem

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, admitiu que po-derá haver ainda “um curto período” de novas candidaturas ao regime de transição do PRODER, até que entre em vigor o novo Programa de Desenvolvimento Regional 2020 (PDR 2020). De acordo com a ministra, que falava numa audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Mar, nesse caso, o financiamento virá já do PDR 2020, mas as regras a aplicar serão ainda as do actual programa.

As candidaturas ao regime de transição do PRODER foram suspensas sem aviso prévio no passado dia 30 de Junho, no que Assunção Cristas qualificou como uma “pausa para permitir fa-zer um ponto da situação”.

A governante afirmou também que as quase dez mil can-didaturas que neste momento estão em carteira irão transitar igualmente para o PDR 2020 e “não serão perdidas”. “Acredita-mos que a aprovação final de Bruxelas quanto ao novo progra-ma seja em Setembro, mas certamente que será até ao final do ano”, indicou.

Questionada pela oposição sobre as razões para a suspen-são repentina das candidaturas, criticada pelo sector, a ministra defendeu que em processos semelhantes não costuma haver avisos prévios e defendeu que este regime de transição “foi víti-ma do seu extraordinário sucesso”: “Tivemos uma duplicação de candidaturas nos últimos meses”, que passaram de 6.000 para 12.000 por mês.

As associações do sector criticaram na última semana a sus-

Contra o grande poder das cadeias comerciais de grande distribuição

Arlindo Cunha defende protecção do comércio local

Dez mil candidaturas em carteira transitam para o PDR 2020

Ministra da Agricultura admite reabertura de candidaturas no PRODER

pensão de novas candidaturas ao PRODER, afirmando que esta pode comprometer projectos agrícolas e florestais já em curso e queixando-se de terem sido apanhadas de surpresa.

Com a aplicação do regime de transição agora suspenso, o Governo pretendia poder continuar a financiar as candidaturas aprovadas no PRODER, cujo período de programação decorreu entre 2007 e 2013, com o orçamento do novo PDR 2020, que será aplicado entre 2014 e 2020, para que não houvesse hiatos entre os dois programas.

embora”, alertou.Para evitar que isso aconteça, Arlindo Cunha defendeu a cria-

ção de uma estrutura no âmbito do Ministério da Agricultura, “que enquadre muitos desses jovens, com formação superior e que vêm da cidade, para que não corram tanto risco de insucesso”.

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A Escola Profissional Mariana Seixas vai abrir um polo em Man-gualde nas instalações da Cooperativa Agr-pecuária dos Agricul-tores de Mangualde (COAPE), com cursos nas áreas de produção agrária e de viticultura e enologia.

“É um dos nossos objectivos estratégicos desde há três anos, porque, neste período, temos tido oportunidade de valorizar e potencializar o projecto educativo, mas também acrescentar-lhe valor”, adiantou o director da Escola Profissional Maria Seixas.

Gonçalo Ginestal justificou a decisão com o facto de terem diagnosticado “que havia uma lacuna ao nível da formação agrí-cola no nosso distrito. Fizemos alguns contactos e verificamos que fazia todo o sentido abrir um polo em Mangualde vocaciona-do exclusivamente para o sector agrícola”, pelo que “falámos com os parceiros locais, nomeadamente a Câmara de Mangualde, a COAPE, a Adega Cooperativa e os Bombeiros Municipais, as forças vivas da cidade de Mangualde, que nos apoiaram desde a primeira hora para a criação desse polo”, adiantou o director daquele es-tabelecimento de ensino.

Em 1960, os irmãos Fernando e Luís Oli-veira, juntamente com Maria de Lurdes Oli-veira iniciaram um projecto de serração e caixilharia, a primeira para construção e a segunda para exportação. A partir de 1985, com o desenvolvimento tecnológico, houve uma aposta em nova maquinaria, o que per-mitiu à empresa produzir mobiliário e criar um ‘showroom’ com diversos estilos, apos-tando em exposições, nomeadamente na Feira de São Mateus e no Centro de Exposi-ções da Batalha, mas também em projectos individualizados para particulares, ajustando a produção às necessidades dos clientes.

Neste momento, além do mercado inter-no, e uma vez que a grande aposta é na qua-lidade e inovação, a SMPM já exporta para vários países, nomeadamente para o mer-cado suíço, onde se tornou uma referência.

Com cursos nas áreas de produção agrária e de viticultura e enologia

Escola Mariana Seixas vai abrir polo em Mangualde

Depois do projecto ter sido elaborado e aprovado pelas di-versas entidades envolvidas, ministério da Agricultura incluído, segundo Gonçalo Ginestal falta só “que o Ministério da Educa-ção dê a autorização prévia de funcionamento”, tendo, contudo, dado sinais de que “essa aprovação está para breve”, para que o projecto possa arrancar já no próximo ano lectivo e “dar aos jovens do concelho de Mangualde e dos concelhos limítrofes a possibilidade de frequentarem cursos profissionais de produção agrária e de viticultura e enologia, duas áreas muito fortes para a região do Dão”, pelo que “achamos que poderá e deverá haver público interessado em frequentar estes cursos profissionais de nível 4, que tem equivalência ao 12º ano de escolaridade e tam-bém ficam com a certificação profissional de nível 4 da União Europeia”, afirmou Gonçalo Ginestal.

Alunos e Professora da Escola vencem Prémio Nacional

Os alunos João Mota, João Marques, João Pereira e profes-sora Elisabete Marques, da Escola Profissional Mariana Seixas, foram os vencedores da Fase Nacional da IV Edição do Concurso YPEF - Young People in European Forests, entregues pela Fo-restis. Entre 29 de Setembro e 3 de Outubro estes alunos vão representar Portugal na Fase Europeia do Concurso YPEF que se realiza em Eberswalde, na Alemanha.

Nessa nova etapa, os participantes serão organizados em equipas internacionais constituídas pelos vencedores de Portu-gal, Albânia, Áustria, República Checa, Letónia, Lituânia, Alema-nha, Grécia, Hungria, Polónia, Estónia e Roménia. Desta forma, os alunos terão a oportunidade de se conhecer melhor e apre-sentar entre si a importância da floresta, do sector florestal e da natureza para os seus países e para a Europa, ao trabalharem em conjunto na resolução das três provas da Fase Europeia.

Móveis SMPM: de Castro Daire para a exportaçãoPublireportagem

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O Programa Fun Factory, que decorreu em Maio de 2013 na Verallia Portugal, recebeu o Grande Prémio do Jury das Estrelas da Comunicação 2013 na categoria Colaboradores, numa cerimónia que decorreu em Paris no passado mês de Junho e que reuniu todas as direcções da Saint-Gobain e das Verallia’s.

O Fun Factory foi um Programa de Yoga do Riso da “Escola do Riso” que num período de três semanas e durante 15 minutos, antes de cada turno de tra-balho, ofereceu cinco sessões por dia de risos, danças, simulação de comprimi-dos de alegria e vacinas de gargalhadas, relaxamento, divertimento e exercícios respiratórios, com os principais objectivos de reforçar/desenvolver as relações interpessoais, o espírito de equipa e a produtividade. Estas dinâmicas de grupo antes de começar o dia de trabalho permitiram aos colaboradores ter os inícios de dias a rir, uma oxigenação e uma elevada vitalidade.

O impacto foi medido com um grupo antes e um grupo depois do tes-te e chegou-se à conclusão que as pessoas que participaram a mais de 11 sessões reduziram a taxa de stress até 25%. O que era pretendido com o Fun Factory, e foi alcançado, era de criar um bom clima organizacional, um forte espírito de equipa e melhor produtividade. Este programa, voluntário, atingiu uma taxa de adesão de 97%.

Este Prémio é dedicado a todos os colaboradores que participaram no Yoga do Riso, à “Escola do Riso” e à Direcção da Verallia Portugal que cola-borou e participou nesta Aventura do Riso.

Na Categoria - Colaboradores

Fun Factory da Verallia Portugal venceu prémio “Estrelas da Comunicação 2013”

A Comissão Vitivinícola Regional (CVR) de Lisboa estima para este ano um aumento de 7% nas vendas dos Vinhos de Lisboa, em parte devido a novos vinhos que foram autorizados em portaria recentemente publicada em Diário da República.

Vasco Avillez, presidente da CVR, disse que se prevê um aumen-to de 7% na rentabilidade do sector para este ano, devendo 2% ser resultante do eventual aparecimento de “vinhos” de mesa, “vinhos frisantes”, “vinhos espumantes de qualidade”, “aguardentes baga-ceiras” e “vinagre de vinho”, que vêm juntar-se aos tradicionais.

Os novos produtos, que foram autorizados pelo Governo para a região vitivinícola de Lisboa em portaria publicada a 25

Com um aumento de 7%

Vinhos de Lisboa aumentam vendas com novos produtos autorizados pelo Governo

de Junho, que actualiza a anterior de há oito anos, “vêm acres-centar valor aos vinhos e abrir novas possibilidades de negócio para os agentes económicos”, afirmou o dirigente. No caso dos vinhos frisantes, os produtores que até agora tinham vinhos le-ves, com pequenos índices de gás natural ou gaseificado, po-dem agora fazer vinhos frisantes. Trata-se de uma oportunidade sobretudo para “as cooperativas que já produziam vinhos leves com gás terem condições para, além dos leves, produzirem fri-santes. Como já têm a tecnologia, é um pequeno passo”, expli-cou. Sete dias depois da publicação, “já há um pedido para a criação de um vinho frisante”, adiantou.

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37www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano X - N.º 228Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo, João Silva, Fernando Ferreira, José Martins e Helena MoraisOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 363 Fracção AT - Lj 11 - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuDelegação Edifício Vouga Park, Sala 42 - Sever de VougaCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica Sá Pinto Encadernadores | Telf. 232 422 364 | E-mail: [email protected] | Zona Industrial de Coimbrões, Lote 44 - 3500-618 ViseuTiragem média Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2500 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores

ÚLTIMAS

A animação das noites de verão na cidade de Águeda e a promoção da aproximação da população ao rio são objectivos do AgitÁgueda, evento que este ano tem a sua nona edição e mistura a arte urbana com espectáculos musicais.

Organizado pela Câmara de Águeda, o evento decorre até 27 de Julho, com concertos, animação de rua, mostra gastro-nómica e instalações artísticas, num cartaz que conjuga, grupos e artistas consagrados com expressões locais e se desenvolve junto ao rio, no renovado Largo 1º de Maio e numa tenda gigan-te. Paralelamente, o “roteiro” da cidade apresenta um conjunto de instalações artísticas, de que se destaca “The Umbrella Sky”, que enche as ruas da baixa de Águeda com milhares de cha-péus-de-chuva coloridos, além da pintura garrida de bancos de

De 17 a 20 de Julho

Parque Verde de Penacova recebe Festas do Município

O Palco Verde de Penacova recebe, de 17 e 20 de Julho, as Festas do Município 2014, uma iniciati-va do município de Penacova que contará com as já tradicionais Tasquinhas Gastronómicas e muita ani-mação.

O vila de Penacova prepara-se assim para viver quatro dias de festa, comemorando na quinta-feira o seu feria-do Municipal. Com um programa diversificado e bastante atractivo, que promete atrair muitos visitantes ao Parque Verde, tem na fadista Ana Moura (na foto) e os Alcoolemia os cabeças de cartaz das festas, onde se destacam também Ruizinho de Penacova, a fadista viseense Mara Pedro e o grupo Anaquim, entre outros.

As comemorações começam, na quinta-feira, com as celebrações do Dia do Município, estando a abertura oficial do recinto das festas marcada para as 20 horas, onde decorrerão os concertos, podendo os visitantes passar pelas tasquinhas, que irão dar a conhecer o que há de melhor na gastronomia regional, bem como os produtos endógenos e tradicionais deste concelho.

jardim, escadarias e outros elementos dos espaços públicos.O programa de animação nocturna é preenchido com

“Mundo Cão” (16 de Julho), “Skatalites” da Jamaica (17), Rui Veloso e a Big Band (18) e GNR e Isabel Silvestre (19). Mar-ta Ren sobe ao palco na noite de 23. Na noite seguinte vão ouvir-se sonoridades do norte de África, com Medhi Nassou-li. Completam o programa D8 e Dengaz (25 de Julho), Ritchie Campbell (26) e Nelson Freitas (27).

O evento é acompanhado de uma mostra gastronómica, onde se podem comer pratos típicos como rojões, moelas, lei-tão assado, cabrito e coelho grelhado, ou provar sobremesas como natas do céu, pastéis de Águeda ou tarde de Águeda.

Até dia 27 de Julho

Música e arte urbana agitam Águeda

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Vai ser uma semana de muita animação no centro da Vila de Mira entre 22 e 27 de Julho, com as tradicionais Festa de S. Tomé, evento promovido pela Associação Cultural e Recreativa do Seixo, com o apoio da Câmara de Mira. Este evento caracteriza-se por serem as festas tra-dicionais de romaria à Igreja Matriz, em honra do padroeiro, contando com missas e procissões alusivas.

Este ano houve uma alteração ao recinto das festas este ano, uma vez que não haverá o corte da Avenida 25 de Abril, estrada de ligação à praia de Mira, pelo que “a zona das tasquinhas vai ser mudada para dentro do recinto das festas”, refere a vereadora da Cultura. Dulce He-lena Cainé tem elevadas expectativas para as festas deste ano. “São bastantes altas, pois apostamos num cartaz forte”, refere. Boss AC, Ana Malhoa e a fadista Carminho são cabeça de cartaz de cartaz. “O ob-jectivo é atrair público para além do concelho, numa altura em, que há muitos veraneantes nesta região”, diz Dulce Cainé, lembrando que estas festas já têm muitos anos.

Para além da parte religiosa e de um cartaz de espectáculos bas-tante atractivo, as Festas de S. Tomé oferecem a boa gastronomia local, nas tasquinhas típicas, que são da responsabilidade das associações locais, para além de uma zona de exposição de comércio e artesanato em stands situados no centro da vila, que este ano serão cerca de qua-tro dezenas, o dobro da edição de 2013.

“As expectativas são altas e esperamos que tanto expositores como o público em geral fiquem satisfeitos com as nossas festas, para que no próximo ano haja ainda mais expositores e mais público aderir às nossas festas e se delicie nas tasquinhas com a nossa gastronomia local”, re-fere a vereadora Dulce Caine, que espera muitos milhares de visitantes durante os seis dias que duram as festas de S. Tomé.

De 22 a 27 de Julho, no centro da Vila

Mira promove tradicionais festas de S. Tomé

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