"Gente em Acção" nº38 - Dezembro 2004

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Jornal "Gente em Acção", do Agrupamento de Escolas de Vila Velha de Ródão

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www.anossaescola.com/rodao

Nº 38 - Dezembro 2004 ENTREVISTANuno Lynx

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COLABORADORESProfessores, AlunosPessoal não Docente

e Enc. Educação

EDIÇÃOCentro de Recursos

IMPRESSÃOSemedo - Soc. Tipográfica, Lda.

Castelo Branco

[email protected]

NA INTERNETwww.terravista.pt/portosanto/9085

ENTREVISTA

PROF. DUARTE “NUNO LYNX” CARDOSOProfessor e piloto de Karting

JOSÉ ANDRADE, LILIANA RIBEIRO (9º A)

O jornal “Gente em Acção”entrevistou o professor deHistória da nossa Escola,

que pratica uma modalidadedesportiva pouco conhecida

entre nós:G. A. –Como se chama ?D. C. - O meu Nome é Duarte Nuno

de Barros Cardoso. Para os meusamigos sou Nuno, para os meusalunos geralmente sou o “Stôr” Duarte,e sou conhecido no meio desportivoem que me movimento, o karting,como Lynx ou Nuno Lynx.

Onde reside habitualmente?A resposta a esta questão tem,

desde logo, uma nuance que se prendecom a minha profissão que é a deprofessor. Poderemos dizer que vivo emVila Nova de Gaia pois é aí que tenhoa minha casa e a minha família, masno fundo acabo por passar mais tempodurante o ano nas localidades ondetrabalho e, no caso presente, bem sepode dizer que me reparto entre VilaNova de Gaia e Vila Velha de Ródão.

Há quantos anos é professor?Sou professor de História desde

Setembro de 2000 pelo que, feitas ascontas, já vou para o 5º ano nestaprofissão, à qual me dedico de corpointeiro e que me realiza em todos osaspectos.

Qual a modalidade desportivaque pratica?

Pratico uma modalidade inscrita noâmbito do desporto automóvel emotorizado conhecida como Karting,que é, precisamente, aquelamodalidade em que cerca de 90% dospilotos que chegam à Formula 1 eoutras disciplinas similares seiniciaram.

Era isso que pretendia fazerquando era jovem?

O desporto é algo que despertapaixões e que nos aumenta acapacidade de sonhar. Taissentimentos são parte integrante donosso ser enquanto jovens. Ora, eu nãofui indiferente a isso e, como a maiorparte dos jovens da minha idade, queriaser jogador de futebol e jogar numgrande clube – o Benfica. Acontece queaos 12 anos de idade, depois de umapassagem pelos escalões jovens doSport Comércio e Salgueiros, foi-mediagnosticado um problema cardio-vascular e tive mesmo que ser operadoao coração. O sonho de ser futebolistatinha-se irremediavelmente perdido, efoi durante o período de convalescençaque, remetido a actividades físicasmais condicionadas, comecei adesenvolver o gosto pelos desportosmotorizados, e em particular pelaFormula 1, onde tinha como ídolo obrasileiro tri-campeão do mundo

Nelson Piquet. A partir de entãocomeçou a fazer parte dos meussonhos competir ao nível davelocidade.

Quando se iniciou nessamodalidade? Porquê?

Já iniciei um pouco tarde, poissomente aos 22 anos de idadecomecei a competir a nível oficial,quando participei no Troféu Imporkart– Categoria de 100cc. Antes tinha jáfeito alguma provas livres depois de teradquirido o meu primeiro kart, e nuncapensei em atingir o patamarcompetitivo que viria anos mais tardea conseguir, uma vez que nestamodalidade, como em tantas outras,há quem comece desde tenra idade.Digamos que, somente depois de teratingido alguma independênciaeconómica, consegui criar condiçõespara competir no karting ao mais altonível.

Quais as provas maisimportantes em que já participou?

Pergunta de resposta difícil esta.Mas, tendo que dar uma resposta,sempre poderei dizer que todas asprovas são importantes, pois em todaselas há só um objectivo orientador eesse é a vitória. Posso também dizer--vos que as provas mais importantessão as que se aproximam. Porexemplo esta época estou a competira nível individual em 3 troféus –KartKupa Challenge 2004/2005, TroféuFunkart Classe 390cc e Troféu RotaxMax 125cc (também conhecido comoFuchs Rotax Max Challenge), esteintegrado no calendário doCampeonato Nacional 125cc e noTroféu Norte Portugal de 2005. A nível

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colectivo vamos fazer o CampeonatoNacional de Resistência de Karting ea Taça de Portugal, também em 2005.Ora estas são neste momento asprovas mais importantes para mim. Éclaro que nunca poderei esqueceraquelas em que obtive os meus títulosde campeão: Campeonato Inter-A –Categoria Branca 125cc em 1997 eTroféu Rotax Max 125cc em 1998 e1999.

Qual a equipa por que corre?Neste momento tenho a minha

própria equipa, a LynxKarting Team,que foi fundada em Maio de 2002, e daqual fazem parte neste momento, paraalém de mim, mais 7 pilotos comidades compreendidas entre os 16anos e os 42.

Já teve algum acidente muitograve?

Sim, infelizmente em 1995, na pistade Almeirim, tive um gravíssimoacidente que me deixou sequelas,sobretudo a nível físico. Este é o senãodeste desporto. É, de facto, umdesporto muito aliciante, mas aomesmo tempo de elevado risco, poisa velocidade atingida pelos karts chegaa ser brutal, e um piloto tenta sempreatingir o limite, não havendo temposequer para pensar que a qualquermomento a máquina que tripulamosnos pode falhar, ou que por um erronosso ou de outro piloto possamos irparar a um hospital, ou pior.

Conseguiu ultrapassar e voltara correr?

A prova que consegui ultrapassar éque ainda hoje corro com o mesmoentusiasmo e ambição de outrostempos. De facto, consegui ultra-passar a barreira psicológica que umacidente como aquele que tive é capazde acarretar. Devo muito à minhamulher e alguns amigos o facto de ternormalizado a minha vida, após umacidente que me atirou para um estadode coma durante cerca de 2 meses eque me deformou o corpo. Mas acimade tudo, devo à minha força de vontadee ao espírito de luta, que sempreempresto a tudo aquilo em que meenvolvo, o facto de ter ultrapassado ostraumas que o acidente me causou.De tal forma assim foi que os títulosmais siginificativos que conquisteiocorreram precisamente nos anossubsequentes a esse momento menosafortunado da minha vida.

O que pensa desse desporto,neste momento?

Para mim o Karting é e será sempreum desporto de eleição. Devo dizer, noentanto, que é um desporto que pela

sua própria natureza não é acessível àmaioria das pessoas, pela envolventefinanceira elevada que acarreta. Nãoquero dizer com isto que só pode serpiloto de karting quem tem muitodinheiro. De facto ajuda, e muito, terdinheiro ou bons patrocinadores e semisso raramente se chega lá. Penso quese deveria abrir mais ao jovem comuma possibilidade de mostrar o que valenuma modalidade como esta. Hájovens que certamente tem qualidadesde excelência para pilotar, mas que nãotem possibilidade de as potenciar etrabalhar, desde logo, porque não temmaneira de se mostrar. Não há escolasde pilotos, e as equipas geralmenteabrem as portas a quem tem um nomeconsagrado, ou então a quem temdinheiro para suportar a sua posiçãodentro da equipa. Hoje em dia já sevão promovendo, no âmbito do kartingde lazer, algumas competições quetem dado a conhecer jovens combastantes qualidades que as equipasrecrutam e trabalham, mas para muitoso karting ainda é algo que só se vê dolado de fora do paddock ou então dabancada. Do ponto de vista meramentetécnico, é incrível perceber a evoluçãoque a modalidade tem tido ao nível daconcepção de chassis e motores, quepermitem performances cada vez maisarrojadas, salientando-se nesteparticular as fábricas italianas.

Quais são os seus projectosfuturos?

A nível profissional passam essen-cialmente por continuar a exercer aactividade enquanto professor. A níveldesportivo, quero continuar a correrenquanto o físico me deixar, e gostariamuito de ser campeão nacional deresistência. Aliás, a grande apostaesta época vai precisamente nessesentido, ou seja, alcançar com aLynxKarting Team o título do CNRK.

Como articula a vida deprofessor com a competição?

Não é fácil, sobretudo porquemuitas vezes se passam semanas emque mal se vê ou se está com a família.O facto de estar a leccionar longe decasa, associado às provas e treinosque se fazem durante a época,também não ajuda muito. Acima detudo há um gosto muito grande pelasduas coisas, ou seja, ensinar ecompetir no karting, e isso ajuda asuperar dificuldades, cansaço e assaudades. Devo dizer também quetenho tido até hoje a compreensão ea cumplicidade da família, pois semisso seria quase impossível estar aindaa competir a um nível elevado e comum grau de exigência bastantegrande.

O que pensa do nosso ensino?Bem, esta pergunta só por si dava

para uma outra entrevista. Sempre direino entanto que, o nosso ensino, ape-sar de todas as contrariedades, conse-gue potenciar muitos aspectos positi-vos graças ao espírito missionário dosprofessores. Não quero com istosobrevalorizar o papel do professor,mas não é menos verdade que háprofissionais nesta área que operamautênticos milagres em nome davocação que assumiram, que é a deensinar. Quando encontramos da partedos alunos o reconhecimento desseesforço que fazemos, e eles setornam nossos cúmplices, aí sim, aípoderemos dizer que o nosso ensinonão é bom, mas sim excelente.

Que conselho dá aos jovens quequeiram seguir esta ou outramodalidade desportiva?

O melhor conselho que eu podereidar é aquele que vezes sem conta douaos meus alunos, ou seja, trabalhem,empenhem-se com seriedade, não sóno desporto, mas em todas as outrasvertentes da vossa vida.

Muito obrigado pela suadisponibilidade, muitas felicidadesdesportivas e profissionais.

E do desporto em geral?O desporto sofre hoje em dia de um

mal que subverte tudo aquilo que nasua pureza ele poderá ter de bom, diriamais, de excelente para a condiçãohumana. É que o desporto deixou-sedominar pelo dinheiro e pelascontingências negativas que essadependência transporta consigo. Hoje,um jovem só pensa em ser desportistapela realização material que isso lhepoderá trazer, o que desde logo condi-ciona muitas vezes a sua conduta.Quantas vezes não ouvimos falar decasos de doping no desporto ou decorrupção? Penso ainda assim que odesporto deve ser algo que, fazendoparte integrante da vida quotidiana dosnossos jovens, deve ser encaradoacima de tudo na sua vertente lúdica,como algo que pode constituir umaopção de vida válida, por oposição atudo aquilo que tende a desviar osnossos jovens para caminhos e opçõesde vida indesejáveis.

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No dia 10 de Novembro realizou-seo magusto na nossa escola.Participaram professores, funcionáriose alunos.

Os professores no iníciocomeçaram a acender o assador comcarvão, colocaram lá as castanhas ecomeçaram a assá-las.

Para comer e beber havia sumos,carnes, pão, castanhas, batatas fritase para os professores e funcionárioshavia vinho.

Quando as castanhas já estavamassadas deitaram-nas para o chãopara quem quisesse comer.

Alguns alunos começaram a“mascarrar-se” a eles próprios e aosoutros. Até os professores sofreram!!!

Já mais tarde quando todos já setinham divertido chegaram osautocarros e foram-se embora.

Eu gostei muito do Dia do Magusto!

6º A (ORIENTAÇÃO: PROF. FERNANDO)

MAGUSTO

2º ANO DA EB1 V. V. RÓDÃO

O nosso magusto foi no dia 12 deNovembro. Nós fizemos o magusto norecinto da Senhora da Alagada.

Nós fomos no autocarro da CâmaraMunicipal de Vila Velha de Ródão.

No magusto participaram osmeninos de todas as escolas e jardins-de-infância de todo o Concelho.Primeiro preparámos a caruma, aspinhas e alguma lenha.

Por cima deitámos as castanhas eacendemos a fogueira para assar ascastanhas.

Depois das castanhas assadastodos comeram castanhas. Depoistodos os meninos brincaram,mascarraram-se e a seguir fomosalmoçar.

Depois do almoço ainda fomosbrincar e mais tarde voltámos para aescola.

ANA SÍLVIA (6º A)

No dia dezasseis de Outubro foi oDia Mundial da Alimentação. O nossoAgrupamento decidiu comemorá-lo,embora de uma forma muito simples.

Foi feita a entrega de um panfletoinformativo a todos quantos almoçaramno Refeitório no dia quinze de Outubro.

Falta-nos lembrar que «os nossosdesperdícios podem condenar à fomeoutros seres humanos».

Lê atentamente o panfleto que foidistribuído e divulga-o junto dos teusamigos e familiares.

Alguns conselhos para umaalimentação correcta:

- Tomar sempre o pequeno-almoço(a refeição mais importante do dia);

- Não beber bebidas alcoólicas;- Evitar bebidas com gás;- Beber água com frequência;- Preferir cozinha tradicional;- Comer saladas regularmente;- Comer fruta regularmente;- Comer sopa de preferência de

legumes;- Evitar o consumo de doces;- Não abusar do sal e do açúcar;- Evitar fritos e preferir os grelhados;- Evitar as gorduras e preferir o azeite;- Ter o hábito de comer a meio da

manhã e da tarde;- Beber leite com regularidade;- Fazer uma alimentação variada;- Mastigar bem os alimentos.

Dia Mundial daAlimentação

O nosso magustoO nosso magusto foi no dia 12 de

Novembro.Nós fizemos o magusto no recinto

da Senhora da Alagada.Nós fomos no autocarro da Câmara

Municipal de Vila Velha de Ródão.No magusto participaram meninos

de todas as escolas e jardins-de-infância de todo o Concelho.Primeiropreparámos a caruma, as pinhas ealguma lenha.

Por cima deitámos as castanhas eacendemos a fogueira para assar ascastanhas.

Depois das castanhas assadastodos comeram castanhas.

Depois todos os meninosbrincaram, mascarraram-se e a seguirfomos almoçar.

Depois do almoço ainda fomosbrincar e mais tarde voltamos para aescola.

PAULOSOLIPA

Nós fomos a pé para o magusto equando chegamos ao local acendemosa fogueira.

Logo que a fogueira se acendeufarruscámo-nos uns aos outros, foimuito divertido.

Deitámos as castanhas e depoisalmoçamos e brincamos.

Lanchamos e brincamos umbocadinho mais.

Regressamos à escola todosfelizes.

Temos muitas fotografias doMagusto.

BRUNO E VASCO (2º A., EB1 PORTO TEJO)

Nas fotografias, dois momentos domagusto na Escola EB 2,3

No dia 12 de Novembro foicomemorado o S. Martinho dasEscolas do 1º ciclo e Jardins deInfância do Agrupamento no recinto daSenhora da Alagada em Vila Velha deRódão.

Todos os meninos foramtransportados nos autocarros cedidospela Câmara Municipal de Vila Velhae as castanhas e sumos oferecidospelos Presidentes das Juntas deFreguesia do Concelho.

A parte mais divertida foimascarrar-nos uns aos outros...

Correu tudo muito bem e houvemuita animação e alegria.

O dia acabou de forma divertida ecom muito sol como manda a tradição.

ALUNOS DA EB1 PERAIS

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MARISA PINHEIRO, ANA MENDONÇA, ANA MATEUS, CARLA JESUS, ANDREIA MENDES, CÁTIA CASTELO, INÊS ALVES

CONCURSO“Caça às Pilhas”

A classificação (número de pilhasentregues), na presente data (02 deDezembro) é a seguinte:

1º Grupo “Os Traquinas do Porto do Tejo” 3342º Grupo “Bate na Avó” 1563º Grupo “Pop Girls” 1084º Grupo “As Perigosas 1005º Grupo “Os Três Sócios” 636º Grupo “Arranca Pilhas” 587º Grupo “Os Traidores” 7

Total de pilhas entregues : 826

Esta entrevista foi realizada no fim do workshop orientado pela actriz eencenadora Sandra Faleiro que decorreu no CENTA no dia 19 de Junho das 11às18 horas. O trabalho desenvolveu-se à volta da peça “À beira do lago dos encantos”de Maria Alberta Menéres escolhida pelas alunas e permitiu a criação de umapequena peça que foi apresentada na semana da escola. O contacto com a actrizdecorreu no âmbito da residência artística realizada no CENTA para desenvolvimentodo projecto peça” Nevoeiro” em co-criação com a performer Paula Castro. SandraFaleiro ofereceu o seu trabalho à Oficina de Teatro que aproveita agora para fazerum agradecimento público pela sua disponibilidade e generosidade.

Gente em acção: Tem filhos?S.F. - Sim uma filha, chama-se

Beatriz e tem quatro anos.Como é a relação com a sua

filha?É mágica e linda.O que mais gosta de fazer nos

tempos livres?Passear à beira-marQual foi a sua primeira

actuação?A minha primeira actuação foi

quando tinha 15 anos, porque queriaser actriz desde que me lembro. Fuifazer audições e como precisavamduma menina, entrei.

Como reagiram os seus colegasao ir para actriz?

Acharam piadaGosta de fazer teatro ou

novelas?Gosto mais de fazer teatro.Como foi trabalhar com o elenco

de “Super Pai”?Foi muito bom, porque as meninas

são muito queridas, tal como o Luís

Esparteiro. Estivemos a gravar durante2 anos, as meninas estavam a crescere eu vi-as amadurecer.

No fim de “Baía das mulheres”o que pensa fazer?

Penso em fazer teatro.Qual foi o actor ou actriz com

que mais gostou de trabalhar?Talvez, o João Lagarto.Com que actores gostava de

contracenar?Gostaria muito de contracenar com

Manuela Couto, Joana Bárcia e JoséAirosa.

Como se sente em estar em VilaVelha de Ródão?

Adoro porque me fez voltar a daraulas e faz-me lembrar a infância naterra da minha mãe.

Gostou de estar connosco?Gostei muito e acho que fizeram

um bom trabalho.Pensa em voltar a trabalhar

connosco? Sim, se me convidarem.Qual a mensagem que gostava

de deixar para os jovens?Bem, eu acho que é importante

vocês acreditarem em algo, quedefendam os vossos valores parapoderem ser felizes.

Muito Obrigada!

OFICINA DE TEATRO VISITA DEESTUDO ÀBOLARIA

EB 1 PORTO DO TEJO

No dia 27 de Outubro, fomos àBolaria Rodense para aprender comose confeccionavam os Bolos Fintos,uma receita gastronómica tradicionalda Festa dos Santos, na nossa terra.

O Sr. Arlindo, dono da Bolaria,explicou-nos e mostrou-nos as váriasetapas do fabrico dos bolos.

Os ingredientes foram pesados emisturados, de acordo com a receita.Depois foram amassados até obteruma massa mole e fofa.

Nas nossas casas, estes bolosainda são amassados à mão, o quedemora cerca de uma ou duas horas.

Na Bolaria Rodense foi mais rápido.A massa ficou a levedar «fintar» e nósvoltamos à escola.

Passado algum tempo voltamosnovamente à Bolaria para ver moldaros bolos. Depois foram ao forno acozer, barrados com ovo e açúcar.

Este bolos são uma delícia!Prove que vai gostar!

Os bolos prontos a ir ao forno

Os nossos alunos na Bolaria

Um momento do workshop

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PROF. CARLOS SILVA

Finalmente o projecto da integraçãodas quatro disciplinas no 1º Ciclo(Educação Física, Educação Musical,Inglês e Informática) teve início nesteano lectivo de 2004/2005, no mês deNovembro e não em Setembro, devidoà perturbada colocação dosProfessores.

Este tipo de projecto tem comoobjectivo principal oferecer a todos osalunos do Agrupamento de Escolas deVila Velha de Ródão, englobandoassim, todos os alunos desteConcelho, a oportunidade de realizaro processo ensino-aprendizagem dasdisciplinas nucleares da escolaridadeobrigatória, desde o Ensino Pré-Escolar, o que em relação a este nívelde ensino ainda não foi possível esteano lectivo de 2004/2005, passandopelo Ensino do 1º Ciclo até ao Ensinodos 2º e 3º Ciclos onde neste momentojá existe no seu currículo escolar.Assim, este projecto destina-se aconcretizar algumas linhas de forçaque têm vindo a ser sistematizadaspelas entidades relacionadasdirectamente com a educação,oferecer um projecto contínuo para queos futuros jovens atinjam ascompetências básicas no final do 3ºCiclo.

As entidades responsáveis pelaeducação deste Concelho e, as queestão ligadas directamente a ela, talcomo, a Câmara Municipal de VilaVelha de Ródão e a C.A.E. de CasteloBranco, nomeadamente o Departa-mento do Desporto Escolar, têm aconvicção de que a qualidade daeducação depende muito da união derecursos humanos e físicos, deesforços e vontades, começando pelaarticulação inter-ciclos e inter-escolas.

Assim, com este projecto que foirealizado com rigor, exigente com osseus intervenientes, estando aberto aintrodução de melhoramentos nassuas reuniões, os alunos ficarãopreparados para receber ensinamentoscom continuidade desde do Pré-Escolar até ao 3º Ciclo.

O Órgão de Gestão do Agrupa-mento de Escolas de Vila Velha deRódão gostaria de agradecer desde já,o empenhamento por parte da CâmaraMunicipal de Vila Velha de Ródão, pelasua sensibilidade e colaboração, emrelação ao esforço e às despesas queos docentes têm nas suasdeslocações às várias localidadesdeste concelho.

Ainda em relação aos objectivosgerais do projecto inter-ciclos gostaría-mos de informar toda a comunidadeeducativa que se pretende o seguinte:

- Proporcionar uma formação maiscompleta aos alunos do 1º Ciclo, em

áreas para as quais os seus professo-res não são profissionalizados e nãodispõem de recursos;

- Alargar as vivências dos alunosdas escolas isoladas, contribuindo parauma maior socialização através deconhecimentos;

- Melhorar a futura integração dosalunos no do 2º e 3º Ciclos (este terámelhor resultados quando os alunosse deslocarem à Escola–Sede doAgrupamento tal como inicialmenteestava no projecto, o que não foipossível).

- Despistar em alguns alunospossíveis entraves no processo ensino-aprendizagem.

- Aproximar os docentes de todosos níveis de Ensino, no sentido demelhorar e aperfeiçoar os docentes naárea para qual foram profissiona-lizados.

- Rentabilizar os recursoseducativos existentes em prol dosalunos.

Por fim, podemos concluir que hámelhoramentos a fazer pelas váriasentidades envolvidas, mas, o maiorprazer que nos dá, a nós, docentesenvolvidos neste projecto é a recepti-vidade por parte destes alunos, que sãoapenas os do 1º Ciclo, pois têmos mesmos direitos dos alunosdas escolas privadas, dos alunosdas escolas do ensino oficial dosgrandes centros urbanos, ou seja,dos alunos do “litoral”. Nãoquerendo magoar outrassensibilidades, espero que esteprojecto venha em BOA HORA!

PROJECTO DO 1º CICLO

Ilustração de Helena Nunes (7º B)

Os alunos da nossa escola, no diavinte e oito de Outubro, celebraram oHallowe’en.

Foram realizados um desfile e umconcurso de abóboras, cujos vencedoresforam:

Desfile:1º: Jorge (6º A)2º: Joana Alves (6º A)3º: Vera Nunes (7º B)

Concurso de Abóboras:1º: Inês Pinto, Inês Flores (7º B)2º: Vera e Helena (7º B)3º: Fábio Moreira (7º B)

Este Hallowe’en serviu para recordaro quanto é divertido mascarar-nos etentarmos descrobrir quem é quem!

Um Hallowe’enFantasmagórico!

INÊS GOUVEIA (7º B)

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Pág. 7CENTRO DE RECURSOS

Informamos que entre os períodosde Agosto a Dezembro ficaramclassificados como « bons leitores »os seguintes alunos:

- Carlos Daniel Nunes Neves –quinze livros

- Tiago José Barateiro Lopes – trezelivros

- Ana Catarina Alves Mateus – dezlivros

- David José Ribeiro da OliveiraVentura – cinco livros

- Jorge Fabrício Tavares Bento Vaz –cinco livros

- Helena João Martins Nunes – cincolivros

- Bianca Maria Cardoso Nawratil –cinco livros

TOP 7Os Fiéis Amigos da Leitura

Igualmente no decorrer desteperíodo – de Agosto a Dezembro –os livros mais requisitados pelosnossos leitores foram os seguintes:

- As aventuras do Capitão Cuecas ea Invasão das incrivelmente diabólicassenhoras extraterrestres...

- O Capitão Cuecas e a MaquiavélicaMaquinação do Professor Borracuecas

- As aventuras do Capitão Cuecas- O Capitão Cuecas e o Ataque das

sanitas falantes- As aventuras do Super bebé

fraldinha- Harry Potter e a ordem de Fénix- Sou uma adolescente- O Diário da Princesa IV – a princesa

desespera- Um beijo no pé- Gente gira- A princesa baixinha- Aventuras da Engrácia- Uma jogada com a cabeça- Teodora e o segredo da Esfinge- A Princesa e o Sal- Se perguntarem por mim digam que

eu voei- Teodora e o livro dos feitiços- Pedro Malasartes- Miíudas à beira de um ataque de

nervos- Portugal – histórias e lendas- Fraquinhos e Paixonetas- Tudo o que deves saber- Noddy: o mistério dos amigos

desaparecidos- O Grufalão- Noddy- o mistério do dia de nevoeiro

TOP 25Livros Mais Lidos

A equipa responsável pela Biblioteca Escolar e Centro de Recursosagradece a todos os seus leitores e amigos, retribuindo-lhes com umforte abraço e desejos de um FELIZ NATAL e um PRÓSPERO ANONOVO!

Encontra-se disponível a novapágina do nosso Agrupamento, cujaconcepção e manutenção é daresponsabilidade do Centro deCompetências da Beira Interior doprojecto Nónio (www.centrononio.com)mas permite a participação de toda acomunidade educativa na produção epublicação de conteúdos a partir dequalquer computador com ligação àInternet.

Após aceder à página emwww.anossaescola.com/rodao, oprimeiro passo é efectuar o seu registo.Para tal, deve clicar no botão “Registe--se”, no menu do lado esquerdo dapágina. Na página de registo devepreencher todos os campos obriga-tórios. Deve escolher correctamente a“situação perante a escola”, pois estadefinirá quais as áreas do site em quepoderá inserir informação. Devememorizar ou guardar em local seguroo nome de utilizador e palavra passe,visto que serão necessárias sempreque queira voltar à página.

Como poderá observar, no referido

menu localizado no lado esquerdo dapágina encontram-se as secçõesprincipais da mesma. Os utilizadorespoderão inserir conteúdos em cadauma das secções consoante o perfildefinido aquando do registo. A título deexemplo, apenas professores poderãoinserir informação no “Centro deRecursos”.

Assim que o seu registo estiver con-firmado por um administrador, é sópassar a visitar a página com regula-ridade e colaborar na sua actualização.É um desafio aliciante! Para mais infor-mações sobre esta página é só procu-rar o autor destas linhas...

A NOVA PÁGINA DO NOSSOAGRUPAMENTO

PROF. LUÍS COSTA

A equipa do BE/CRE gostaria de dar os parabéns aos participantes nesteconcurso, em especial aos alunos que têm os seus trabalhos publicados:

Capa (Vencedor) - Fábio Moreira (7º B)Pág. 6 - Helena Nunes (7º B)Pág.10 - Hugo Cardoso (9º A)

Contamos com a tua colaboração para fazer a capa do próximo número.O tema será anunciado oportunamente. Fica atento!

Entretanto, informamos que os trabalhos originais estarão disponíveis napágina do Agrupamento a patir de Janeiro.

Concurso “Desenha a Capa do Jornal”

O BE/CRE organizou, até aopassado dia 14, a XIII Feira do Livro

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Pág. 8TALENTOS

JÉSSICA CAETANO (5º A)

O ESCRIVÃO JORGE FABRÍCIO (6º A)

ALUNOS DO 7º B

Há muitos, muitos milharesde anos era assim...

A Europa e outras partes da Terraestavam cobertas por grandesextensões de espessas camadas degelo, o que tornava o clima muito frio.Por influência do clima, havia poucasárvores e só existiam animais degrande porte e próprios dos climasfrios: rinocerontes-lanudos, renas,mamutes, bisontes e ursos e apenasdominavam as plantas rasteiras.

Estas comunidadesdenominadas como recolectorasdependiam da caça, da pesca e darecolecção, gravavam e pintavamanimais e cenas de caça nas paredesdas grutas e nas rochas ao ar livre. Aeste tipo de arte deram o nome de Arterupestre.

Como estas comunidadesdependiam exclusivamente daNatureza, não podiam viver sempre nomesmo local, sendo por issonómadas. Só após a descoberta dofogo estes homens puderam começara assar os alimentos, aquecerem-seno Inverno, iluminar as cavernas eespantar as feras.

- “Ah, que lindo dia, para continuara navegar”, disse eu levantando-me dacama para começar um novo dia deaventuras.”

Saí e vi o capitão Pedro ÁlvaresCabral dirigindo-se para o quarto ondese amontoavam os marinheiros, ossoldados e os grumetes. Então eleordenou:

- “Vamos lá acordar seuspreguiçosos! Aqui não há boa vida...”

O meu trabalho era decente,enquanto os grumetes limpavam oconvés, os carpinteiros cortavam amadeira e os calafates pintavam a nau;eu preferia a minha tarefa que era serescrivão e registar todas estes«malabarismos».

Já íamos a meio da tarde, quando

um dos grumetes se sentiu mal, maso médico chegou e disse: “Pobrehomem, o seu destino está traçado!Apanhou escorbuto, e só com ummilagre irá sobreviver.”

Ao pôr-do-sol o gajeiro avistou terrae gritou: - “Terra à vista! Terra àvistaaaaaaa!”

Disparámos canhões comfelicidade e embarcamos para terra. Aochegar colocámos um padrão econtentes exclamámos:

- “Mais uma terra descoberta!”Voltámos com sucesso, mas

quase metade da tripulação nãoaguentou. O rei D. Manuel I disse-mepara contar a viagem, mas isso é paraa próxima aventura…

Por Terras de Vera Cruz...

Outono, Outono.És uma estação de mil cores!As árvores estão nuas.As folhas castanhas,Vermelhas e douradas,Caem pela rua...As crianças à saídaDa escola pisam-nasPara ouvir o lindoBarulho que fazemOutono, Outono que linda

estação...

ANDREIA DIAS (3º ANO)

OUTONO

Visita ao Planetário e ao Museude História Natural na E. S. N. A.

No dia 22 de Outubro pela manhã,as turmas A e B do 7ºano acompanha-dos pelos professores de Físico –Química e Matemática, foram até àcidade de Castelo Branco visitar oPlanetário e o Museu de HistóriaNatural da escola Nuno Álvares.

A viagem de autocarro foibastante divertida mas durou poucotempo. No entanto os professoresconseguiram motivar os alunos com avisita guiada que fizeram.

A primeira turma a visitar oplanetário foi a nossa, que semaravilhou com as coisasinteressantes e hilariantes que viu eaprendeu. Como exemplo, temos atranslacção irregular de Plutão e, adúvida deste ser ou não um planeta.

Vimos também as constela-

ções projectadas no tecto doplanetário. Muito “fixe” esta visita.

No museu de História Natural, avisita também foi animada. Os animaisque vimos estavam embalsamados,tinham um aspecto real, de animaisvivos, pois estavam muito bemtratados. A turma delirou mais com asaves e com um grande crocodilo, quefoi importado de África.

Enfim, uma visita de estudo cheiade surpresas… e … que nos mostroumundos diferentes, mas cheios decoisas para descobrir.

É sempre bom despertar o nossointeresse pelas ciências: conhecer asestrelas, as constelações e osplanetas e também alguns descobriralguns animais que sãodesconhecidos para nós.

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PROF. CARLOS PINA

HELENA NUNES (7º B)

TALENTOS

ADIVINHAS

1. Redondo, redondo.Levanto-me pela alvorada e pela

tarde me escondo .

2. Para uns sou muito curto, paraoutros, regular;

Para os tristes , muito longo;Para Deus, a eternidade.

3. Uma casa com dois quartos,nova em cada mês e outras vezescheia: adivinha se és capaz .

4. Saímos quando anoitece, vamo--nos ao cantar do galo e há quem digaque nos vê quando lhe pisam os calos.

5. Sou pequeno, pequenino mascom tal poder e arte, que se não mecolam bem não vou a parte nenhuma .

6. Tenho um irmão gémeo tãogordinho como eu, e outros oitoirmãozinhos que são mais magros queeu.

7. É uma senhora muitoassenhorada, anda sempre abrigada eestá sempre molhada.

8. Sou um velho enrugadinho que,quando me põem na água fica muitomais gordinho.

9. Verde foi meu nascimento e deluto me vesti; os paus meatormentaram e em ouro me converti.

10. Adivinha lá quem sou: quantomais lavo,mais suja estou.

SOLUÇÕES

1. O sol2. O tempo3. A lua4. As estrelas5. O selo de correio6. Os dedos da mão7. A língua8. O grão de bico9. A azeitona10. A água

Carta ao PaiNatal

Sei que estás aí, a pensar no queeu, este ano vou desejar. Ora voucomeçar:

Quero amor, quero paz, um Natalcom esplendor como só a tua magiafaz. Prendas, pode ser, olha, umpeluche que tanto quero ter. Que sejaum urso azul, mas com uma regra:tem de ser «cool»! Também quero umcolar. É que com eles fico especta-cular. Que tal um vestido? Deve ser«fixe e curtido»! Quero um CD. Podeser de música, e a acompanhá-lo umDVD. E agora a coisa que mais queroe pela qual espero e desespero: Queroum bom Natal para a minha família,para a Maria e para a Emília.

Quero também um ou doiscachorrinhos que se dêem bem comgatinhos.

Um beijinho.

P.S.- Quero também um gatinho.

O ESTRANHO DOMÍNIOSOBRE UM CORPO

ADORMECIDO

ObservoConheçoSempre para além do visívelÉ como se me chamassesInérciaDesleixoA maneira como respirasE o lençol não cobre a imaginaçãoComo é suave...Esse teu corpo adormecido.

Zero ponto cinco,versão melhorada

PROF. CARLOS PINA

Todas as portas vistas de cima [parecem-me pequenasA princípio achava-a sem graçaMas resolvi não me intrometer maisPorque me ficou aquela face [admirável.Pode não ter a altura idealMas tem a moldura adequadaEntão porquê hesitar?Mostrar-lhe-ei que a ausência não [será retribuídaO destino deixou-nos sozinhos por [alguma razão!...Enigmática?Alguma vez descobrirei?Lamento não ter colaboradoMas aquela porta era pequena [demaisE não era só ilusãoEra mesmo pequena demais...

Semeio trigo em campos degirassóis

Encontro restos de imaginaçãono horizonte das palavrasTorno-me imune aos ensinamentosApenas por preguiça eaté ser incompreendidoe tudo se pode permitir.

Uma espécie de paragemEntre a lógica de mudançaSuspeitas sobre ideiasPõem ideias sobre suspeita.É rico este vazioE não saber a idade para nascerCorromper atitudesE manifestar interessesEscolher o sentido das palavrasComo se as palavras tivessem [ sentido.Uma vida com excepçõesPara as pedras da calçadaPisadas mas sem reclamarPorque já reclamam os HomensSem serem pisados.E há tantas pedrasE há tantos HomensE há tantos Homens que são [pedrasE há tantas pedras que foram [HomensPassos, passos, passosE contas mal resolvidasPlantem-se vidasChamem-se os pássaros pelos [nomesPara tornar rico este vazio!

PROF. CARLOS PINA

POESIAPROF. CARLOS PINA

Passos e outraspedras da calçada

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INÊS FLORES (7º B)CATARINA RODRIGUES (6º A)

Era Natal, as ruas iluminadas, ascrianças encantadas, para nada distoeram encontradas palavras. Na cidadede Lisboa, nas ruas mais escuras, nobairro mais escondido, existia alguémque não sabia o que era o Natal.

Manuel era esse o seu nome. Ummenino de rua, sem casa e semfamília. Na véspera de Natal, estavaManuel sentado num degrau de umalonga escadaria; este sentia umsentimento de grande tristeza. As ruasestavam frias, o ar gelado e do rostodo Manuel caíam lágrimas, enquantoeste pensava no rumo que a sua vidatinha levado. Tocaram as dozebadaladas no sino da igreja. O tempoparecia ter parado, o céu parecia ter-se aberto e Manuel estremecia, comos olhos cintilantes, a olhar não sesabe bem para onde. Foi quandoapareceu uma pequena nuvem branca,à qual o rapaz perguntou: «Quem éstu?» «Sou o espírito do Natal.» «Ai,é? Então vieste aqui fazer o quê? ONatal nunca me serviu para nada, oque é que vieste fazer aqui?» «Vimensinar-te algo, vim ensinar-te o que éo Natal, vim mudar-te o pensamento.»

Viram-se visões, pessoas emjantares, trocas de prendas,demonstrações de amor e carinho erisos de alegria.

«Não percebo.», disse o Manuel.«O Natal é partilhar a alegria, tentar

transmiti-la em qualquer altura, masNatal numa palavra é só sentimento.»

E tudo voltou ao normal. Depois deum longo suspiro, o Manuelrecomeçou a pensar na vida, mas,desta vez, o seu pensamento incluíaas palavras que o Espírito de Natal lhetinha dito. Pensou, pensou eapercebeu-se que durante toda a suavida tinha pensado apenas e só emtoda a sua tristeza, nunca se tinhapreocupado com a beleza do Natal,da alegria, do Amor, do carinho...

Decidiu ir à igreja. Quando chegou,balbuciou baixinho: «Perdoa-me». E,no mesmo instante em que disseaquilo, saiu a correr porta fora,tentando de alguma forma melhorar asua vida e partilhar com os outros oespírito de Natal que existia dentrodele, iluminando assim sua vida e oseu coração.

ESPÍRITO DE NATALCONTO

Na véspera de NatalTodos em conflitoNão há uma ruaOnde não se oiçam gritos.

Tudo enfeitado dias antesÁrvores de Natal e luzes pelas ruasÀs cores e reluzentesTudo está alegre e ansiosoPor abrir os presentes.

A noite caí suavementeCantam-se canções e fazem-se [teatrosNão há razões para brigarE todos juntos vamos brincar.

O Natal é mesmo assimA noite não tem fimNão há ninguém que pare a alegriaTudo por este dia!

O Natal é uniãoE é uma razãoPor todo o mundoCantemos uma canção.

Dar presentes de coraçãoÉ a melhor maneiraDe um amigo verQue a amizade é verdadeira.

O Natal é quando a família se unePara não passar o natal sóÉ para sentir a harmoniaNão só neste dia.

No Natal sente-se o cheiro da comidaAs lojas estão fechadasFeriado de NatalNunca houve feriado igual!

O Natal deve ser passado com [sorrisosEsquece-se a guerraQue parece serEterna.

O novo ano aproxima-seBoa sorte a todosSaúde e felicidadeE começar a cair na realidade.

Agora com novos brinquedosDevemo-nos portar bemPorque para o anoO Pai Natal regressa também.

O início de um ano novo começouVida nova para todosMais trinta e cinco ou trinta seisE o início de novas leis.

O bolo rei no dia de ReisTem sabor especialTambém serve para enfeitarOs outros bolos de Natal!

É NATAL

ESPECIAL NATAL

Natal para todosEm grande harmoniaPara as crianças de todo o mundoUma luz por cada dia.

Tudo enfeitadoNas nossas casasAs luzes às cores a brilharPara o Natal iluminar.

Estrelas cintilantesEstendendo uma enorme luzSó uma indicará o caminhoAté ao menino Jesus.

Presentes vão darNa noite de NatalPara todas as criançasUm FELIZ NATAL!

CATARINA RODRIGUES; SARA PINHO (6º A)

Natal Para Todos

O Natal é uma festa que secomemora em todo o mundo.

Cada País festeja de mododiferente seguindo uma tradiçãorespeitando na linha evolutiva do tempoas lendas e os costumes elaboradospelos antepassados.

Embora a essência da festa deNatal seja a mesma em todo o mundo,cada país mantém uma tradiçãodiferente, que ao longo dos anos vaipassando de pais para filhos.

No nosso País, no mês deDezembro as manifestações de alegriasucedem-se entoando os cânticos doNascimento do Menino Jesus.

Em algumas regiões assiste-se àMissa do Galo estando a cair emdesuso por falta de pároco na grandemaioria das povoações rurais.

A noite de Natal passa-se emfamília, em casa, à lareira, em volta domadeiro comendo os pratostradicionais as couves com o bacalhau,as filhozes, o bolo-rei, as rabanadas,frutos secos...

ALUNOS DA EB1 PERAIS

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Pág. 11ESPECIAL NATAL

Curiosidades sobre o Natal

Quando o Natal não existia...

O Natal, essa grande festa cristã, veiosubstituir outros acontecimentos quetodos os anos tinham lugar na mesmaépoca do ano por toda a Europa.

Em Roma, entre os dias 17 e 24 deDezembro, reinava grande desordem:os escravos tomavam o lugar dos seusamos, e estes últimos serviam à mesa.

Todas as casas eram limpas edecoradas com pinheiros e azevinho. Orei da festa era escolhido entre ossoldados mais jovens. Festejava-setambém um deus Miltra que erarepresentado a lutar com um touro. A 25de Dezembro eram sacrificados touros,sendo o seu sangue espalhado peloscampos. Acreditava-se que assim a terrase tornava mais fértil e as colheitas maisabundantes. Em Roma, nesse dia, a quecorresponde a noite mais longa do ano,festejava-se o regresso do Sol,personificado por um bebé recém-nascido.

Na Noruega, na Dinamarca e naSuécia, por altura do Natal, ainda secoloca um bode de palha em frente dascasas ou junto da árvore de Natal. Estecostume remonta à época em que oshabitantes destes países adoravam umdeus que comandava os trovões e sedeslocava num carro puxado por bodes.

O presépio de São Franciscode Assis

Durante a quadra do Natal, em todasas igrejas e na maioria das casas ondese festeja o Natal, é armado um presépio.Este costume extremamente antigo terátido origem com S. Francisco de Assis.Conta a lenda que, numa noite de Natal,em Grecchio, aldeia próxima de Assis,em Itália, o santo organizou, com aparticipação de pessoas e animais daterra, uma representação cujo tema erao nascimento de Jesus. Um bebé quefazia o papel de Menino Jesus, estavadeitado numa manjedoura cheia depalha, ladeado por um burro e por umavaca. Todos os habitantes da aldeiaempunhavam archotes e grandes velas,iluminando a noite.

Este costume foi retomado por outrosreligiosos e acabou por se espalhar portodas as igrejas. A pouco e pouco aspessoas foram sendo substituídas porfiguras de cera ou de barro.

A tradição do presépio

São muitos os países onde, por alturado Natal, as pessoas montam umpresépio em casa. É uma maneira derecordar que esta festa celebra a vindado Menino Jesus. Em França montou-seo maior presépio do mundo. Ocupavacerca de 1 Km quadrado de superfície.Em Paris, todos os anos se arma umagrande tenda na qual é montado umpresépio de um país diferente.

As verduras de Natal

Durante o Natal todas as famíliasenfeitam as casas para lhes dar um arde festa: o verde e o vermelho são ascores tradicionais do Natal. O hábito deenfeitar as casas com verduras é muitoantigo. Mesmo antes de se festejar oNatal, em Dezembro as casas eramenfeitadas para se comemorar o fim dasnoites mais longas do ano. O azevinho,com os seus picos, representa a coroade espinhos de Jesus Cristo e as bolasvermelhas são pingos de sangue; ovisco atrai a boa sorte, o rosmaninho aamizade e a hera a afeição.

A origem do pinheiro

As primeiras descrições da árvoretípica do Natal surgem na Alsácia, emFrança. Já nesse tempo se erguia umpinheiro no principal largo da cidade.

Ao longo da noite de Natal osespectáculos iam-se sucedendo emfrente das igrejas: as pessoas dançavamà volta da árvore do paraíso, um pinheirocom muitas maçãs penduradas.

A consoada

A consoada, ou ceia de Natal, é umarefeição que se come por volta da meia--noite. Consoante as tradições pode-secomer antes ou depois da Missa do Galo.Em França, a refeição tradicional incluiostras, salmão, pasta de fígado,enchidos, perú recheado e bolos.

Na Polónia são servidos doze pratos,cuja constituição varia de uma famíliapara outra.

Na América a ceia de Natal éconstituída por: milho verde, perúrecheado, tarte de abóbora,acompanhada por vezes com gelado debaunilha.

Na Hungria a ceia de Natal éconstituída por: sopa de peixe combatatas fritas e uma torta chamada beigli.

Na Espanha a ceia de Natal éconstituída por: sopa de amêndoas,dourada no forno (em algumas casas) etorrão de Alicante.

Na Itália a ceia de Natal varia muitode região para região. Geralmente incluienguias, perú com castanhas e bolos(Panettone ou Zelten).

Na Suécia a ceia de Natal écomposta por: arenques de escabeche,almôndegas, presunto assado comcouve, arroz cozido e bolinhos deespeciarias.

Na Inglaterra a ceia de Natal faz-secom : presunto assado, perú recheadocom couves de Bruxelas ou ervilhas,batatas assadas, Christmas pudding etarte de frutos secos.

Na Alemanha na ceia de Natal come-se: salada de arenques, ganso grelhadocom couve vermelha e verde, maçãs eameixas. Os doces : bolos deespeciarias, bolo de mel, pão deespeciarias e brioches.

Em Portugal come-se: bacalhaucozido com batatas e couves, podendotambém incluir perú ou outras carnesassadas. À sobremesa, rabanadas, filhóse bolo rei.

5ºA / 6ºA (ESTUDO ACOMPANHADO)

Ilustração de Hugo Cardoso (9º A)

Page 12: "Gente em Acção" nº38 - Dezembro 2004

Pág. 12ÚLTIMA | LÍNGUAS

EDITORIAL

Trouve les mots associés à l´époque de Noël .

Découvre le message du Père Noël(attention, les voyelles ont été remplacéespar des symboles)

PROF. CRISTINA BARTOLOMEU

Complète la lettre, à l´aide des mots suivants:douze, Pierre, oublié, papa, sage, musique, m´appelle,

habite, jeu, vidéo, bisous, bicyclette, cadeaux.

09:30 h - Teatro 9º ano “Auto do Pai Natal”09:45 h - 9ºA “ Petit Tambour”

09:50 h - 9ºA “Santa Claus is Coming to Town”09:55 h - 9ºA Poesia “Aconteceu em Belém”10:00 h - 8ºA “Go, Tell It On the Mountains”

10:10 h - 8ºA Poema Natalício10:15 h -7ºB “Joy to the World”

10:20 h - 7ºB Uma canção natalícia10:25 h - 7ºA “Silent Night”10:30 h - 7ºA “Vive le Vent”

10:35 h - 6ºA “Rudolf The Red Nose Reindeer”10:45 h - 1ºCiclo “Toca o Sino”

10:55 h - Pré-Escolar “O Natal é uma Adivinha”11:00 h - Váatão – “A Boneca Encantada”

(Actividade patrocinada pela Associação de Estudosdo Alto Tejo)

11:45 h - Jogo de Futebol – Professores, funcionários e alunos12:30 h - Almoço

FESTA DE NATAL DOAGRUPAMENTO

17 de Dezembro | PROGRAMA

Mais um ano lectivo e este com uminício no mínimo conturbado emanifestamente prejudicial para todos,mercê do processo de colocação deprofessores que todos tivemosconhecimento, pelo menos da parteque nos ia sendo transmitido pelosórgãos de comunicação social. A daro mote de que nem tudo é mau, e noque diz respeito ao nossoagrupamento, o presente ano lectivofica marcado positivamente, peloarranque de um projecto de actividadesExtra-Curriculares (após as actividadeslectivas) no 1º Ciclo do Ensino Básico.Infelizmente e por razões que seprendem com a falta de recursos ecompetências ainda não conseguimoschegar a todo o lado, nomeadamenteà escola do 1º Ciclo de Alfrívida, a cujospais e alunos deixamos a garantia quenos encontramos a estudar e a envidartodos os esforços no sentido detambém aqueles alunos poderem vir abeneficiar, numa base quinzenal de 90minutos de Expressão Físico-Motora,Educação Musical, Introdução àsTecnologias de Informação eComunicação e Língua Estrangeira(Inglês), como as restantes escolas doConcelho. Para que este projectosaísse do papel e se tornasse umarealidade contamos com o apoio doCentro de Área Educativa ao nível derecursos humanos e com o necessárioe indispensável apoio financeiro daCâmara Municipal de Vila Velha deRódão que permite o pagamento dedeslocação dos professores a cadauma das escolas do 1º Ciclo.

Sem nos querermos alongar mais,aproveitamos, como não podia deixarde ser, para desejar a todos umasExcelentes Festas, isto é, Um BomNatal e um Novo Ano que esperamosexceder todas as expectativas...

O C. Executivo