GEOGRAFIA 2 HISTÓRIA4 LETRAS · 2015-06-24 · DAS POLÍTICAS PARA A DIVERSIDADE ÀS AÇÕES...
Transcript of GEOGRAFIA 2 HISTÓRIA4 LETRAS · 2015-06-24 · DAS POLÍTICAS PARA A DIVERSIDADE ÀS AÇÕES...
GEOGRAFIA ......................................................................................................................... 2
A MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL E A CORRENTES DE JATO DE BAIXO NÍVEL .................. 2
O ESPAÇO AGRÁRIO BRASILEIRO .............................................................................................. 2
HISTÓRIA ............................................................................................................................. 4
DAS POLÍTICAS PARA A DIVERSIDADE ÀS AÇÕES COTIDIANAS: POR QUE AS RESISTÊNCIAS? .. 4
LETRAS ................................................................................................................................ 5
A LITERATURA DRAMÁTICA: A ARTE COMO INSTRUMENTO DA FORMAÇÃO HUMANA ......... 5
ANÁLISE LINGUÍSTICA SOB PERSPECTIVAS HETEROGÊNEAS ..................................................... 5
DIÁLOGOS SARAMAGUIANOS ................................................................................................... 6
LABIRINTOS EM TERRAS INSTÁVEIS: HISTÓRIA, LITERATURA E LEITURA EM TEMPOS PÓS-
MODERNOS ............................................................................................................................... 6
MATERIALISMO LACANIANO, TEORIAS CONTEMPORÂNEAS E ENSINO DE LITERATURA ......... 7
NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS ............................................................................................ 7
O FUTEBOL E A LITERATURA – LEITURAS POSSÍVEIS ................................................................. 8
REFLEXÕES ENTRE LINGUÍSTICA E ENSINO ............................................................................... 8
TECELÃS NA SALA-DE-ARMAS: NARRATIVA FEMININA CONTEMPORÂNEA ............................. 9
“VIRTUDE DE ENGANAR COM CLAREADO A FANTASIA DA GENTE”: POESIA E NARRATIVA
BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA ............................................................................................... 10
MATEMÁTICA .................................................................................................................... 11
PESQUISAS E EXPERIÊNCIAS EM ENSINO DE MATEMÁTICA: CONTRIBUIÇÕES PARA A
FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA ...................................................................................... 11
PEDAGOGIA....................................................................................................................... 12
A DIMENSÃO TEÓRICO-PRÁTICA DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO ................................................ 12
A SEXUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL SOB A PERSPECTIVA DA TEORIA HISTÓRICO-
CULTURAL ................................................................................................................................ 12
EDUCAÇÃO, SEXUALIDADE E ADOLESCÊNCIA, SOB A PERSPECTIVA HISTÓRICO-CULTURAL .. 13
GEOGRAFIA
A MASSA EQUATORIAL CONTINENTAL E A CORRENTES DE JATO DE
BAIXO NÍVEL
Victor da Assunção Borsato, doutor em Ciências Ambientais, (TIDE/FECILCAM),
UNESPAR – Campus de Campo Mourão, [email protected]
RESUMO: Esse simpósio tem como objetivo debater sobre questões climatológicas.
Assim, compreendemos que a massa Equatorial continental (mEc) é um sistema de
baixa pressão e de ar úmido. A baixa pressão é a primeira manifestação do intenso
aquecimento das áreas de baixa latitude, a umidade está aliada a dinâmica da própria
massa de ar e também às correntes de ventos de baixo nível, impulsionados pelos ventos
alísio de sudeste e nordeste, como não há barreiras, os ventos carregam umidade,
principalmente do Atlântico norte para o interior da Amazônia, canaliza a umidade
oceânica até os contra-fortes dos Andes, no limite oeste da Amazônia legal. Além do
calor, latente/sensível liberado pelas intensas precipitações, essas correntes convectivas
também proporcionam uma certa homogeneidade de umidade em altitudes. Conta
também com a intensa evapotraspiração da massa líquida da rede de drenagem e da
densa vegetação florestal, por isso é uma massa úmida. A mEc tem seu centro de origem
no interior da Amazônia, e além do território brasileiro. Os ventos umidos ao se
aproximar das elevações andinas, o ar é canalizado pela barreira montanhosa e adquire
aceleração pelo componente meridional do vento em diereção ao Sul do Brasil. Dessa
forma, configura-se as correntes de baixo nível, denominado pela Meteorologia como
Jato de Baixos Níveis (JBN) da América do Sul. Essa corrente pode atuar em qualquer
estação do ano, mais intensamente no verão devido à intensificação dos alísios pelo
norte da Amazônia. O JBN é o principal mecanismo de transporte de umidade para o
Centro Sul do Brasil, portanto, responsáveis pelos principais epsódios de chuva.
Palavras-chave: Climatologia Geográfica. Massas de ar. Umidade do ar.
O ESPAÇO AGRÁRIO BRASILEIRO
Gisele Ramos Onofre, doutora em Geografia humana, (TIDE/LAGEOH), UNESPAR –
Campus de Campo Mourão, [email protected]
RESUMO: Refletir sobre as diferentes definições categóricas que envolveram a
trajetória teórica e metodológica da Geografia agrária é, em particular, buscar o
entendimento dos impactos socioambientais da agricultura capitalista no espaço agrário
brasileiro. Mediante a essa constatação, apresenta-se como objetivo para esse simpósio,
o debate teórico e a troca de experiência entre pesquisadores da questão agrária, de
forma a contribuir, no planejamento organizativo da estruturação fundiária e produtiva
do espaço agrário em escala regional e nacional. Para tanto, será suscitado no debate,
elementos sobre a possibilidade de implementação de políticas agrícolas responsáveis
para manter o desenvolvimento social e práticas de manejos adequadas, que resultem
numa agricultura sustentável. Em suma, evidenciamos a importância de estudos sobre o
espaço agrário brasileiro, de forma a contribuir na organização, dinâmica e mobilidade
populacional, analisando as transformações sociais produzidas pelo capitalismo no
decorrer do desenvolvimento do processo produtivo brasileiro.
Palavras-chave: Agricultura. Capitalismo. Terra. Trabalho. Sustentabilidade.
HISTÓRIA
DAS POLÍTICAS PARA A DIVERSIDADE ÀS AÇÕES COTIDIANAS: POR
QUE AS RESISTÊNCIAS?
Claudia Priori, Doutorado (CNPq), Unespar/Campo Mourão, [email protected]
Delton Aparecido Felipe, Doutorado, (CAPES), Unespar/Campo Mourão,
Fabiane França Freire, Doutorado, Unespar/Campo Mourão,
RESUMO: Esse simpósio temático pretende agregar trabalhos que abordem os estudos
sobre a diversidade, os estudos de gênero, sexualidade, raça e cultura, bem como as
lutas políticas que tratam dos direitos, políticas públicas, experiências e memórias de
mulheres, de homens e de outras identidades sexuais e de gênero que não se enquadram
nas normas sociais vigentes. Tivemos nessas duas primeiras décadas do século XXI
várias conquistas mediante a aprovação de legislação, projetos e programas nacionais e
internacionais, que condenam qualquer tipo de discriminação de gênero, sexual e étnico
racial. Porém, ainda nos deparamos com muitas resistências da própria sociedade civil
e, em especial de agentes governamentais, que insistem em não dialogar sobre essas
questões e não implementar tais legislações. A partir dessa conjuntura problematizamos:
Como as políticas públicas têm contribuído efetivamente para a obtenção de direitos e
combate à discriminação e violência a grupos específicos? Que barreiras socioculturais
ainda estão arraigadas no seio da sociedade que impedem que as políticas públicas
atuais que norteiam as discussões de gênero e sexualidade, de políticas contra a
violência e discriminação de gênero, contra o racismo e a homofobia, sejam de fato
implementadas? Diante dessa problematização, o objetivo desse simpósio é reunir
pesquisadores e pesquisadoras que tratem dessas temáticas e que possam contribuir para
a reflexão acerca do assunto, bem como de outras formas de atuação na sociedade e no
âmbito acadêmico que abordem a resistência social que esses grupos sofrem no
cotidiano, nas relações de trabalho, nas relações de raça e gênero, no espaço escolar e
não-escolar.
Palavras-chave: Diversidade. Políticas Públicas. Estudos de Gênero. Cultura.
LETRAS
A LITERATURA DRAMÁTICA: A ARTE COMO INSTRUMENTO DA
FORMAÇÃO HUMANA
Devalcir Leonardo – Mestre. UNESPAR/Campus Campo Mourão –
RESUMO: O objetivo deste espaço de pesquisa é receber e refletir sobre as diversas
contribuições histórico-filosóficas relacionadas ao estudo da literatura dramática, bem
como o teatro como um todo. Neste simpósio, receberemos trabalhos que contemplem a
literatura dramática estrangeira e nacional. Acolhem-se também estudos das diversas
correntes teóricas, críticas e analíticas relacionadas à dramaturgia. Além do texto da
literatura dramática este simpósio também visa acolher trabalhos que gravitam no
campo das artes, estabelecendo relações diretas ou indiretas como teatro e cinema;
teatro e música, isto é, o teatro e outas mídias. Por fim, destacamos também o texto
teatral com seu potencial valor interdisciplinar favorecendo diálogos com outras
disciplinas como História, Filosofia e Sociologia culminando em novas experiências de
ensino-aprendizagem em sala de aula.
Palavras-chave: Literatura dramática. História. Interdisciplinaridade. Intermidialidade.
Práxis Educativas.
ANÁLISE LINGUÍSTICA SOB PERSPECTIVAS HETEROGÊNEAS
Adriana Delmira Mendes Polato, doutoranda, (UNESPAR – Campus de Campo
Mourão).
Rafael de Souza Bento Fernandes, doutorando, (PG – Universidade Estadual de
Maringá)
RESUMO: O objetivo deste simpósio é discutir o objeto “Análise Linguística” sob
perspectivas heterogêneas. O simpósio prevê a participação de trabalhos: a) que
envolvem a análise linguística (AL) como eixo constitutivo do processo de ensino e
aprendizagem da língua. Aqui estão incluídas as discussões que convergem ao processo
de ensino e aprendizagem, voltando-se às atividades linguística, epilinguística e/ou
metalinguística, na construção de sentidos nos textos/discursos, seja em sua ligação com
o processo de leitura, com o processo de produção textual ou com o próprio ensino de
categorias gramaticais; b) que se valem da prática de uma análise linguística nos
processos analíticos de fatos e fenômenos da linguagem no que tange ao texto e ao
discurso. Aqui se inclui o olhar para aspectos linguísticos sob o escopo teórico de
diferentes balizas, como da(s) análise(s) de discurso, da linguística textual, do
funcionalismo, da semântica argumentativa e outras.
Palavras-chave: Análise Linguística. Perspectivas heterogêneas.
DIÁLOGOS SARAMAGUIANOS
Luís Cláudio Ferreira Silva (Doutorando/UNESP-Ar - [email protected])
Marco Antonio Hruschka Teles (Mestrando/UEM – [email protected])
RESUMO: O conhecido estilo saramaguiano tem sua força dentro, principalmente, de
sua construção frasal. O crítico Lopes (2009) afirma que o que consolida seu estilo é a
utilização de grandes períodos sem pontos e articulação da linguagem popular com um
barroquismo setecentista de elevada qualidade. Não só a linguagem é impar, mas
também suas personagens, que demonstram muita inteligência e poder de discussão.
Não é só por meio da voz do narrador, mas também pelo intermédio de suas
personagens que Saramago expressa sua força vocabular. Existem, marcadamente, duas
fases mais importantes em sua obra: a fase portuguesa e a alegórica. A primeira,
evidentemente, mostra um Saramago mais ligado à história e ao contexto político
português. Na segunda, produz romances alegóricos que podem ser interpretados como
possíveis à toda a humanidade, abandonando temas de contextos portugueses para
dialogar com assuntos mais universais. Seus romances já foram lidos, interpretados e
estudados de vários pontos de vista e é nessa linha que esse trabalho se insere. O
simpósio propõe, então, uma discussão sobre as temáticas e estrutura do romance
saramaguiano, de ambas as fazes, tendo como base quaisquer teorias relacionadas à
teoria literária, psicologia, sociologia, filosofia, história, linguística, semiótica, cinema e
áreas afins.
Palavras-chave: Romance saramaguiano; Estilo saramaguiano; Temática
saramaguiana.
LABIRINTOS EM TERRAS INSTÁVEIS: HISTÓRIA, LITERATURA E
LEITURA EM TEMPOS PÓS-MODERNOS
Sidinei Eduardo Batista, Doutorando, (CAPES), Universidade Estadual de Londrina,
Altair Bonini, Mestre, Faculdade Alvorada de Maringá,
RESUMO: Um dos maiores problemas que a educação brasileira tem enfrentado
atualmente, sem dúvidas, é relacionado à deficiência de leitura, em todos os níveis de
ensino. Tal fato tem sido demonstrado nos mais diversos mecanismos de avaliação
utilizados em esfera nacional. Convencionou-se, equivocadamente, que a disciplina de
Língua Portuguesa é a única responsável por capacitar os alunos a penetrar nos
labirintos de sentidos que os textos podem adquirir. Em tempos de informações à
velocidade de bits e byts, torna-se ainda mais difícil a tarefa docente de guiar os
aprendizes pelos caminhos em uma educação que insiste em trilhar pela “segurança” do
ensino tradicional. Pelo exposto, este simpósio convida professores e professorandos
das áreas de Letras, História e Pedagogia para debater alternativas possíveis para as
questões aqui suscitadas. Para tanto, esperamos que os nossos debatedores considerem a
leitura como um ato social e tomem, além da nossa problematização, o que nos ensina a
Professora da Unicamp Drª Marisa Lajolo: Ler não é decifrar, como num jogo de
adivinhações, o sentido de um texto. É, a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe
significado, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos para cada um,
reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e, dono da própria vontade,
entregar-se a esta leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo outra não prevista.
(LAJOLO, 1982, p. 59).
Palavras-chave: Leitura. Ensino. História. Pedagogia. Literatura.
MATERIALISMO LACANIANO, TEORIAS CONTEMPORÂNEAS E ENSINO
DE LITERATURA
Profª. Drª. Marisa Corrêa Silva, Universidade Estadual de Maringá – UEM.
E-mail: [email protected].
Diego Luiz Miiller Fascina (Doutorando em Letras/Estudos Literários), Universidade
Estadual de Maringá - UEM, E-mail: [email protected].
RESUMO: O presente simpósio tem por objetivo reunir trabalhos que analisem
criticamente ou reconfigurem textos ou períodos literários, tendo como ferramenta
teórica o materialismo lacaniano dos filósofos Slavoj Zizek e Alain Badiou. Esses dois
pensadores, atrelados inicialmente à filosofia política, buscaram, sobretudo em Lacan e
em Hegel, a consistência teórica necessária para renovar o posicionamento da esquerda
em relação à lógica implacável do capitalismo. Posteriormente, ramificado para os
Estudos Culturais, e mais recentemente para o campo literário, o materialismo lacaniano
ou lacanianismo propõe uma nova ótica também para as análises literárias e uma
estratégia inovadora para o ensino de literatura, ao recuperar o subjetivo e o
psicanalítico que transcende das questões do Inconsciente e parte para o campo coletivo
e social. Questões que versem a respeito da estrutura do texto literário ou da própria
perspectiva histórica da literatura, recebem novas luzes com a contribuição desses
teóricos e ainda direcionam nosso olhar para fatos aparentemente simples e/ou cotidiano
de maneira a denunciar a naturalização do discurso ideológico. Este simpósio também
abarca as demais teorias contemporâneas que dialoguem ou não com Zizek e Badiou,
desde que elas contribuam para um entendimento original da ficção literária.
Palavras-chave: Materialismo Lacaniano; Slavoj Zizek; Teorias contemporâneas;
Crítica literária; Ensino de literatura.
NARRATIVAS CONTEMPORÂNEAS
Luís Cláudio Ferreira Silva (Doutorando/UNESP-Ar - [email protected])
Luís Eduardo Veloso García (Doutorando/UNESP-Ar - ([email protected])
RESUMO: Derivado da grande épica clássica, o romance é o gênero burguês por
excelência, fruto da modernidade. Ele é a representação artística do nascimento de um
novo herói, rompendo com a tradição épica aristotélica. A sociedade burguesa na
modernidade é que sustenta, basicamente, a formação e ascensão do romance, sobretudo
na afirmação do indivíduo face ao coletivo. Os enredos épicos tradicionais perdem força
dentro dessa sociedade, pois não conseguem representar o indivíduo. Assim sendo, o
romance é o modelo de gênero que mostra fortemente essa mudança de pensamento, do
coletivo para o individual, que vem desde o Renascimento. Entretanto, com a
velocidade e o turbilhão modernos, já emprestando termos de Bauman (2001), era
impossível que o romance permanecesse um gênero intocado, fixo e acabado.
Evidentemente recebeu influências e se metamorfoseou. Na contemporaneidade, os
paradigmas que serviam de base para estudo do gênero devem ser revistos. Tendo como
base as definições de Carneiro (2005), Resende (2008) e Schollhammer (2009) e
Garramuño (2014), entre outros autores, traçaremos um panorama para ver as
configurações e a pluralidade do romance no mundo contemporâneo. Propomos, então,
neste simpósio, a discussão de trabalhos que tenham como foco principal o romance
contemporâneo – contos, novelas e outras narrativas de maior ou menor extensão
também serão aceitos – mais precisamente os romances publicados no século XXI.
Palavras-chave: Contemporâneo. Pluralidade. Modernidade. Inespecificidade. Século
XXI.
O FUTEBOL E A LITERATURA – LEITURAS POSSÍVEIS
Luis Eduardo Veloso Garcia, doutorando, (CAPES), UNESP-Araraquara,
RESUMO: O simpósio em questão propõe reunir trabalhos que versem sobre a
temática do futebol dentro do espaço literário. Apesar de ser um elemento de grande
alcance simbólico dentro de nossa cultura, o futebol poucas vezes se apresenta como
uma temática válida nas expressões literárias, alcançando grande repercussão somente
nas crônicas (que se tornam um gênero à parte em relação a este esporte). Portanto,
pretendemos discutir aqui os modos possíveis em que o futebol é representado na
literatura, desde seus elementos míticos até a linguagem pertencente ao esporte. Para
isso, será aceito trabalhos que proponham a leitura da temática do futebol em obras
literárias nos mais diversos gêneros dos quais ele pode ser trabalhado, como o espaço já
citado da crônica (com nomes que vão de Nelson Rodrigues a Luiz Fernando
Veríssimo), o espaço da poesia (de craques do tamanho de Carlos Drummond de
Andrade, Vinicius de Moraes e João Cabral de Melo Neto), do conto (praticado por
escritores como Luiz Ruffato, Sérgio Sant'Anna, João Antônio e muitos outros), do
romance (com obras de José Lins do Rego, Moacyr Scliar, etc.), da literatura
infantojuvenil (com obras premiadas de autores como Ricardo Azevedo, José Roberto
Torero e Ziraldo), e até mesmo da canção (Chico Buarque, Aldir Blanc,etc.).
Palavras-chave: Futebol. Literatura. Gêneros. Cultura. Estetização.
REFLEXÕES ENTRE LINGUÍSTICA E ENSINO
Adriana Beloti, Mestre, Unespar/Campo Mourão. [email protected]
Luciana Vedovato, Mestre, Unioeste. [email protected]
RESUMO: Este simpósio propõe-se a congregar pesquisas que, em essência, discutam
sobre o trabalho com a língua de maneira não automatizada. O objetivo é analisar
questões teóricas, metodológicas, procedimentos analíticos e práticas desenvolvidas em
espaços escolares que subvertam a leitura estabilizada e que tomam as interpretações, a
ideologia, a historicidade, as condições de produção do texto e, ainda, práticas de escrita
que a entendam como processo, considerando os gêneros do discurso, o dialogismo e,
portanto, possibilidades de reflexão sobre a língua compreendida como prática
discursiva e não propostas que se ocupem apenas de cumprir as exigências normativas e
estabilizadas. Partimos, então, de uma perspectiva teórico-metodológica que
compreende que os sentidos só são possíveis se pensados como lugar não estável de
representação histórico-simbólica, que concretizam condições de produção e lugares
históricos contraditórios, diferentemente da lógica formal e de vertentes que defendem a
estrutura linguística como autônoma. Assim, são as discussões de Bréal (1992) e
Bakhtin/Volochínov (2004) que caracterizam o escopo teórico que fundamenta a
proposta deste simpósio. Questionamos, por exemplo, a) Como as reflexões acerca do
aspecto discursivo da língua afetam as práticas de leitura e de escrita no espaço escolar?
b) Como podemos, em sala de aula, ocuparmo-nos da língua fluída e não da língua
imaginária, conforme pontuou Orlandi (2008)? c) De que forma essas concepções são
tratadas nos cursos de formação de professores?
Palavras-chave: Linguística. Ensino. Trabalho com a língua.
TECELÃS NA SALA-DE-ARMAS: NARRATIVA FEMININA
CONTEMPORÂNEA
Nayara de Oliveira, Mestre, UNICENTRO. [email protected]
Wilma dos Santos Coqueiro, Doutora, UNESPAR. [email protected]
RESUMO: O caminho trilhado pelas mulheres na literatura foi sempre longo e árduo,
uma vez que vários obstáculos tiveram que ser superados: desde a dificuldade na
formação acadêmica intelectual, os preconceitos familiares, a dificuldade na publicação
das obras, até a falta de “um teto todo seu”, como apontou Virgínia Wolf (1928). No
Brasil, devido ao fato de ser um país periférico, que passou por séculos de colonização,
essas dificuldades tornaram-se ainda mais evidentes, fazendo com que as escritoras
brasileiras começassem a ensaiar uma escrita apenas em meados do século XIX, após a
independência política, quando Maria Firmina dos Reis publica o romance Úrsula, em
1859. Contudo, essa obra, que seria o primeiro romance abolicionista, assim como
outros de escritoras do século XIX, não é mencionada pelos grandes críticos literários e
não aparece nos livros didáticos de literatura, salvo raras exceções como o Dicionário
Crítico de Escritoras Brasileiras: 1711-2001, publicado em 2002, por Nelly Novaes
Coelho, e o seminal Escritoras Brasileiras do século XIX, organizado por Zahide
Lupinacci Muzart, em três volumes, entre os anos de 1999 e 2009. Isso mostra a
exclusão da literatura de autoria feminina do cânone literário brasileiro. Somente no
século XX, com o surgimento de escritoras como Rachel de Queiroz e Clarice
Lispector, que a ficção de autoria feminina começa a ganhar visibilidade e
reconhecimento. Esse simpósio se abre aos estudos acerca do percurso da ficção de
autoria feminina no Brasil, buscando suscitar o debate acerca de questões de gênero,
etnia, identidade, sexualidade, inclusão e exclusão.
Palavras-chave: Ficção de autoria feminina. Percursos. Debates.
“VIRTUDE DE ENGANAR COM CLAREADO A FANTASIA DA GENTE”:
POESIA E NARRATIVA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA
Sandro Adriano da Silva, doutorando, USP/UNESPAR
Vagner Camilo, doutor, USP
RESUMO: A literatura contemporânea no Brasil, como na maioria dos países
ocidentais, constitui-se fenômeno plural, matizada de indeterminação e provisoriedade.
Uma de suas rubricas é a desconfiança das estruturas discursivas pretensamente estáveis
que pareciam caracterizar a linguagem modernista, a consciência da precariedade dos
fundamentos e determinações, disseminando-se então na ideia de errância, de dispersão,
de insuficiência. Postura que encaminha uma estética de estranhamento, na qual a
poesia e a narrativa contemporâneas comparecem como uma atividade singular, um ato
indiferenciado daquele que escreve, no avesso obscuro e silencioso da linguagem. Este
simpósio pretende empreender um espaço de reflexão sobre como essa dispersão de
saberes, e suas relações com o poder de dizer se processam em obras - canônicas e
marginais - da literatura brasileira contemporânea, e como essa condição parece
determinar uma nova maneira de se olhar essa literatura, subvertendo os saberes, as
formas, os gêneros, os conceitos que até um certo momento nos bastavam para
enquadrar o texto literário. A verdade literária – ou, antes, a validade literária - não se
revela, não aponta seus caminhos, oscila sempre entre dizer e não dizer. A linguagem
poética se tece mais nas dúvidas do que nas crenças; os caminhos, portanto, não estão
definidos, as saídas, ou desfechos, ou conclusões não se oferecem ao poeta e/ou ao
narrador, que assumem, ainda, a prerrogativa e a “virtude de enganar com clareado a
fantasia da gente”, como afirma um personagem rosiano, de “Sobre a escova e a
dúvida”, em Tutameia.
Palavras-chave: Literatura Brasileira contemporânea. Poesia. Narrativa.
MATEMÁTICA
PESQUISAS E EXPERIÊNCIAS EM ENSINO DE MATEMÁTICA:
CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA
Fábio Alexandre Borges, Doutor, Universidade Estadual do Paraná,
Bárbara Cândido Braz, Doutoranda, Universidade Federal do Paraná,
RESUMO: Com a presente proposta de simpósio, pretendemos reunir trabalhos com a
preocupação em comum de discutir o ensino e a aprendizagem de Matemática e suas
contribuições para as formações inicial e continuada de professores. Nesse sentido,
serão aceitos todos os trabalhos que, comumente, são considerados como pertencentes à
área de Educação Matemática. Poderão ser propostos artigos derivados de pesquisas ou
mesmo relatos de experiência, oriundos de atividades docentes ou de projetos de
extensão universitária. Nesse sentido, enquadram-se propostas que investiguem e/ou
abordem o ensino de Matemática nos diferentes níveis de escolaridade (Educação
Básica, Ensino Superior e Pós-graduação), e que ocorram nas diferentes modalidades
existentes em nosso país (regular e não-regular). Destacamos também as diferentes
possibilidades de metodologias de ensino de Matemática já consagradas pela literatura
científica.
Palavras-chave: Experiências de ensino de Matemática. Pesquisas em Educação
Matemática. Formação inicial. Formação continuada.
PEDAGOGIA
A DIMENSÃO TEÓRICO-PRÁTICA DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
Cleudet de Assis Scherer, Mestre, UNESPAR - Câmpus de Campo Mourão,
Cibele Introvini, Mestre, UNESPAR - Câmpus de Campo Mourão,
RESUMO: O estágio obrigatório num curso de graduação pode, muitas vezes, ser
entendido como um momento prático em que o estudante apenas executará o que
aprendeu durante todo o seu curso. Entretanto, partimos do entendimento que a
discussão sobre esse tema não deve compreender a polarização teoria X prática, mas
sim, a relação dialética entre teoria e prática (PIMENTA, 1995). Nesse sentido, dentre
os diferentes objetivos que o mesmo possui está o de permitir que se possa compreender
melhor a teoria aprendida ao longo dos anos, ao possibilitar que o estudante reflita sobre
os desafios que a atuação profissional lhe apresenta e desenvolva a práxis. Este
simpósio tem o objetivo de discutir as práticas desenvolvidas no Estágio Obrigatório do
Curso de Pedagogia, bem como o de pensar suas contribuições e limitações.
Palavras-chave: Estágio Obrigatório 1. Dialética 2. Práxis 3.
A SEXUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL SOB A PERSPECTIVA DA
TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL
SILVA, Rosangela Trabuco Malvestio. Unespar – Campus Paranavaí. e-mail:
RESUMO: Nas últimas décadas do século passado, começou a tomar força no Brasil,
os estudos da Teoria Histórico-Cultural, que percebe o desenvolvimento do homem,
como um conjunto entre o biológico, o psicológico e o social. Sendo assim, o objetivo
deste artigo é descrever como se dá o desenvolvimento sexual da criança de 0 a 5 anos,
sob a ótica desta teoria, destacando a importância dos profissionais da educação
entenderem a criança como um ser histórico e social, cuja formação está intimamente
ligada ao contexto social, na qual está inserida. Perceber a criança como um ser
historicamente situado significa entender que a criança do século XXI, é diferente da
criança da Idade Média, pois como destaca Nunes e Silva (2006), as crianças na Idade
Média, eram concebidas como anjos e portanto assexuadas, diferentemente da
atualidade. De acordo com Braga (2002), seguindo os postulados de Vygotsky (1995), a
criança incorpora os valores, os costumes e formas de pensar dos mais velhos, que por
sua vez, representam o contexto sócio cultural em que estão inseridos. Todo
conhecimento produzido historicamente pelos homens, é transmitido por gerações por
meio dos objetos culturais. Assim também se dá com a construção do gênero e da
sexualidade no indivíduo. Diante do exposto, conclui-se que é necessário que
educadores estudem sobre o tema, para que, ao se depararem com situações de dúvidas
e curiosidades de seus alunos, não se escandalizem, mas sim ultrapassem seus medos e
tabus e expliquem e esclareçam corretamente os questionamentos dos mesmos.
Palavras-chave: Educação. Infância; Sexualidade. Teoria Histórico-Cultural.
EDUCAÇÃO, SEXUALIDADE E ADOLESCÊNCIA, SOB A PERSPECTIVA
HISTÓRICO-CULTURAL
SILVA, Rosangela Trabuco Malvestio. Unespar – Campus Paranavaí.
RESUMO: Neste trabalho, a sexualidade é abordada utilizando-se a Teoria Histórico-
Cultural, onde, segundo os pressupostos de Vygotsky (2000) e seus colaboradores, o
homem (e sua sexualidade) deve ser entendido, no contexto mais amplo (histórico e
social), na qual está inserido. Tem como objetivo, destacar o papel da família, da escola
e da sociedade, na formação das crianças e principalmente dos jovens, buscando
elucidar como a educação pode contribuir na formação sobre a sexualidade. Segundo
Lima (2006), os jovens criados na sociedade capitalista pensam em satisfazer suas
necessidades imediatas, consumir e ficar, conseqüentemente esquecem-se dos cuidados
necessários para evitar a contracepção e doenças sexualmente transmissíveis. Neste
contexto crianças e jovens estão diariamente sujeitos à influência da mídia, que tem
contribuído para formar ou de-formar os conceitos de homem na sociedade atual. De
acordo com Reis (2002), o jovem deve ter acesso a uma educação de qualidade, que
represente a aquisição de conhecimentos científicos, que gerem questionamentos sobre
os conhecimentos do senso comum a que todo adolescente está sujeito. Essa educação
pode proporcionar a oportunidade de formação, onde os jovens estarão aptos a
refletirem sobre algumas situações quotidianas que enfrentam no dia a dia em
sociedade. Por fim, depreende-se que falar sobre sexualidade é papel não apenas da
família, mas da escola e de outras instâncias sociais, pois a mídia tem veiculado idéias,
conceitos e valores no que se referem à sexualidade, e os jovens – e crianças –
reproduzem os mesmos, sem a devida instrução e mediação.
Palavras-chave: Sexualidade. Família. Educação. Adolescência. Teoria Histórico-
Cultural