Geografia Geral Terceiro Ano

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UNIDADE 3: MUNDO CONTEMPORÂNEO: ECONOMIA E GEOPOLÍTICA CAP.1- O processo de desenvolvimento do Capitalismo (texto complementar em sala de aula, livro página 164) CAP.2- O subdesenvolvimento (slides e livro página 184) CAP.3: Geopolítica e política econômica do período pós-segunda guerra (slides e livro página 200) CAP.4: O comércio Internacional (slides e livro página 219) GEOGRAFIA GERAL E DO BRASIL: Espaço geográfico e globalização. João Moreira e Eustáquio de Sene [email protected] GEOGRAFIA GERAL

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UNIDADE 3: MUNDO CONTEMPORÂNEO: ECONOMIA E GEOPOLÍTICA

CAP.1- O processo de desenvolvimento do Capitalismo (texto complementar em sala de aula, livro página 164)

CAP.2- O subdesenvolvimento (slides e livro página 184)

CAP.3: Geopolítica e política econômica do período pós-segunda guerra

(slides e livro página 200)

CAP.4: O comércio Internacional(slides e livro página 219)

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GEOGRAFIA GERAL

CAP. 2: O SUBDESENVOLVIMENTO

• Características do subdesenvolvimento•  Países centrais e periféricos• ONU – Organização Nações Unidas• Os países subdesenvolvidos e seus

maiores problemas• DIT - A Divisão Internacional do

Trabalho • BRIC

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Características:

•Países que apresentam baixos índices de desenvolvimento humano•Profundas desigualdades sociais e regionais em cada um desses países, no qual a maioria da população vive em péssimas condições de vida•Muito desses países ainda se inserem na tradicional divisão internacional do trabalho (DIT), continuando a ser essencialmente exportadores de matérias primas e de alimentos a preços baixos.•Muitos dos países subdesenvolvidos, apesar de serem industrializados apresenta um quadro de grande dependência externa econômica, agravada sobretudo pela necessidade de acesso a novas tecnologias e o aumento da dívida externa•A industrialização que ocorreu nesses países, foi dependente de capitais e tecnologias do exterior. É um processo de industrialização  desigual ao dos países desenvolvidos, sendo esse processo comandado por interesse externo.

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“Países Centrais”- é uma expressão usada para designar uma tríade: Estados Unidos, Japão e União Européia, que comandam o sistema capitalista.

“Países Periféricos”- são formados pelo restante do mundo, com maior ou menor integração aos países centrais.

Saiba que:

Os Estados Unidos, é o único país central que exerce influência no mundo inteiro,os outros países centrais tem influência mais regional.

Mesmo na periferia, existem países com influências regionais importantes, como é o caso da China, Brasil e Índia. Esses países recebem ainda outra classificação, a de países “emergentes” por exercerem grande importância econômica regional ainda que sejam classificados como países periféricos.

Importante:

A China, ora é classificada como potência, quando se refere a sua importância geopolítica, ora é classificada como país periférico. A China também é membro permanente do Conselho da ONU. Daí, a sua importância Geopolítica.

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O conselho de Segurança da ONU, é formado por 15 membros, sendo que apenas cinco são permanentes e 10 provisórios, eleitos a cada 2 anos. A composição dos membros permanentes, que formam o núcleo do Conselho de Segurança, reúne as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial e têm poder de veto sobre qualquer resolução tomada pela instituição: EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia (até 1991 URSS) e China.Atualmente o Brasil tenta entrar como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil, juntamente com outros 3 países, fazem parte do G4.O G4 é uma aliança entre Alemanha, Brasil, Índia e Japão com a proposta de apoiar as propostas uns dos outros para ingressar em lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Objetivos principais da ONU:- Defesa dos direitos fundamentais do ser humano;- Garantir a paz mundial, colocando-se contra qualquer tipo de conflito armado;- Busca de mecanismos que promovam o progresso social das nações;- Criação de condições que mantenham a justiça e o direito internacional.

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CAP. 2: O SUBDESENVOLVIMENTO

Os países subdesenvolvidos e seus maiores problemas

• Regimes democráticos pouco consolidados.

Com raras exceções, os países subdesenvolvidos são governados por ditaduras ou regimes democráticos pouco consolidados, sob o comando de elites em geral indiferentes ao bem–estar social do restante da população. Por isso o Estado deixa de cumprir com muitas das suas atribuições básicas para satisfazer aos interesses da classe social ou do grupo étnico que detém o poder.Nos países subdesenvolvidos que atingiram um certo grau de industrialização, foi freqüente uma classe social se apropriar do aparelho do Estado. Neste caso era comum a concessão de subsídios e de generosos incentivos fiscais a diversos grupos econômicos, dos mais variáveis setores, que estivessem ligados ao poder, levando a criação de políticas protecionistas que serviram mais para garantir lucros a setores do empresariado nacional, ou até mesmo multinacional.

• Corrupção- Que por mais que não sejam exclusivamente deles, este problema está fortemente presente na maioria dos países subdesenvolvidos, consumindo recursos que poderiam ser canalizados para a solução dos graves problemas sociais que enfrentam.

• Dívida externa- na maioria desses países, a dívida foi feita por regimes ditatoriais, que, por terem chefes de governos que chegaram ao poder sem serem eleitos, não tinham representatividade nem legitimidade para contrair empréstimos externos. O dinheiro então era desviado para paraísos fiscais ou até mesmos investidos em obras caras e de necessidades duvidosas.

• Guerras civis- países subdesenvolvidos africanos, onde as guerras civis internas que as arruínam social e economicamente. A falta de consciência na divisão territorial impostas pelos países imperialistas, desrespeitando as etnias já existentes, favorecem pequenos grupos majoritário, ocorrendo diversos conflitos principalmente após ao fim da guerra fria. Entretanto, acredita-se que o maior problema das guerras civis são originados da pobreza em que a população de um modo geral vive.

A Divisão Internacional do Trabalho

Após a Segunda Guerra Mundial, a economia mundial voltou a crescer num ritmo mais acelerado do que antes. Dentro dessa nova paisagem de prosperidade surgiram as empresas chamadas de multinacionais ou transnacionais. Elas assumiram grandes proporções, formaram conglomerados que se espalharam pelo mundo, até em países subdesenvolvidos e recém-independentes, como a África do Sul. Essas empresas passaram a atuar no final do século XIX e meados do século XX. 

Mas porque essas empresas atuam fora dos limites de seus países de origem?

Porque querem melhores negócios, maior renda para o capital, maior lucratividade. Isso é que explica o fato de alguns países terem se industrializado nesse período.

Os países subdesenvolvidos permitem boa lucratividade a essas empresas devido a fatores como:

•Mão-de-obra abundante e barata;•Fontes de matéria-prima e energia estão disponíveis a baixo custo;•Mercado interno em crescimento;•Facilidades de exportação e remessa de lucros para as sedes no exterior;•Incentivo fiscais e subsídios governamentais;•Ausência de legislação de proteção ao meio ambiente, ou facilidade em burla-lá. Essas vantagens não são encontradas em todos os países e nem todas juntas no mesmo país. Assim nem todos os países se industrializam. Muitos deles começaram a ser exportadores de produtos industrializados aos poucos deixaram de serem apenas exportadores de matéria-prima. Mas, pelo menos no momento, não é possível classificá-los como países desenvolvidos. Estão incluídos numa nova divisão internacional de trabalho (DIT).

No capitalismo financeiro a DIT funciona da seguinte forma:

   

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A industrialização que ocorreu nesses países, foi dependente de capitais e tecnologias do exterior. É um processo de industrialização desigual aos dos países desenvolvidos, sendo esse processo comandado por interesse externo.

Pode-se dizer que o processo é desigual aos dos países desenvolvidos, porque os tipos de indústria e tecnologia empregada é inferior aos da matriz.

Nos países subdesenvolvidos tendem-se a se instalar indústrias poluidoras, que consomem grandes quantidades de matéria-prima e energia, e que necessitam de muita mão-de-obra. Isso faz com que ocorra uma mudança na organização industrial do mundo. Nos países desenvolvidos ficam indústrias não-poluentes, de alta tecnologia, e nos países subdesenvolvidos industrializados, as industrias que tem um patamar tecnológico inferior.

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BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China, que destacaram-se no cenário mundial pelo rápido crescimento das suas economias em desenvolvimento.

Em 2050, o conjunto das economias dos BRICs pode eclipsar o conjunto das economias dos países mais ricos do mundo atual. Os quatro países, em conjunto, representam atualmente mais de um quarto da área terrestre do planeta e mais de 40% da população mundial.

Diferença entre os países do BRIC: •Rússia, Índia e China são grandes potências militares, ao contrário do Brasil, que nunca se engajou em uma corrida armamentista.

•Dois membros do BRIC (Rússia e China) são membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

•Os outros dois membros do BRIC (Brasil e Índia), integram as Nações G4, cujo o objetivo é ter um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, conseguindo o apoio de alguns países-membros, mas não tendo o apoio dos países regionais, como o México e a Argentina (contrariando o Brasil) e o Paquistão (contrariando a Índia).

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Importância dos países:

China (1º lugar) – indústrias, tecnologias, mão de obra qualificada, potência militar* trunfo: maior economia mundial tendo em base o crescimento acelerado sutentado durante todo o início do século XXI

Índia (3º lugar)- potência militar e mão de obra qualificada e tecnologia

 Brasil (4º lugar)- produtor de alimentos, de petróleo, aço e alumínio e exportador agropecuário e combustíveis renováveis (álcool e biodiesel)* trunfo: reservas naturais de água, fauna e flora

Rússia (5º lugar)- hidrocarbonetos, petróleo, mão de obra qualificada e tecnologia, potência militar Nada se pode garantir sobre o futuro dos BRICs, pois todos os países estão vulneráveis a conflitos internos, governos corruptos e revoluções populares, mas, se nada de anormal acontecer, é possível prever uma economia mundial apolar, na qual a idéia de "norte rico, sul pobre" careceria de sentido.

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CAP. 3: GEOPOLÍTICA E ECONOMIA DO PERÍODO PÓS-SEGUNDA

GUERRA

• Guerra Fria

Período de grandes transformações econômicas geopolíticas. Consolidou-se a hegemonia norte-americana no bloco capitalista. Derrota das Forças do Eixo (Alemanha, Japão e Itália). Houve o enfraquecimento econômico, militar e político do Reino Unido e França. Também aconteceu a expansão do território e área de influência da URSS. Este período iniciou logo após o final da 2ª Guerra Mundial e foi até o final da década de 1980.

A reordenação econômica

Visava reconstruir a estabilidade econômica mundial após a segunda guerra mundial.A economia norte-americana começa a perder sua hegemonia devido aos enormes gastos em guerra (guerra do Vietnã). Perde ainda a competitividade industrial, desequilíbrio na balança comercial e elevados gastos com a corrida armamentista, provocando inflação e desvalorização do dólar.Foram construídos 2 organismos até hoje atuantes no cenário político, econômico e financeiro mundial. São eles:

BIRD – Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial). Controlado pela potência hegemônica. Inicialmente caberia financiar a reconstrução dos países devastados pela guerra e posteriormente o financiamento à longo prazo de projetos visando ao desenvolvimento dos países membros.

FMI - Fundo Monetário Internacional. Caberá zelar pela estabilidade financeira mundial, inclusive garantindo empréstimos à curto prazo a esses países quando estivessem com dificuldade para fechar seu balanço de pagamentos. Zelaria pela estabilidade nas taxas de câmbio e pela paridade e conversibilidade das moedas dos países membros, sempre tendo o dólar como padrão de referência.

Estes bancos deveriam se encarregar da reconstrução do Bloco Capitalista, garantindo crescimento e evitando novas crises. Mas o que garantiu esses fatores foi o acirramento das tensões da Guerra Fria. Os países beneficiados foram: Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália).

Em 1950 criaram o Plano Colombo, ainda mais ambicioso, com intuito de estimular o desenvolvimento de países do sul e sudeste asiático, com planos de ajuda bilaterais recebendo dinheiro diretamente do Tesouro dos EUA. O país que mais se beneficiou desta ajuda foi o Japão, possibilitando a vazão de produtos e capitais norte-americano e a contenção do expansionismo soviético na região.

A reordenação Geopolítica

• Plano Marshall e Doutrina Truman

Doutrina Truman – De cunho geopolítico. Objetivo: conter o socialismo. O Presidente norte americano Harry Truman em 11/03/1947, sugere concessões de créditos para sustentar governos pro-ocidentais (Grécia e Turquia), com o objetivo geopolítico de contenção do socialismo, criando alianças militares, como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), com sede em Bruxelas (Bélgica), para isolar a URSS, construindo blocos militares com o objetivo de impedir expansão da zona de influência da URSS.

Plano Marshall – De cunho econômico. Secretário de Estado norte-americano George C. Marshall, idealizou plano de ajuda econômica para acelerar a recuperação dos países da Europa Ocidental, visando consolidar as economias capitalistas, para frear a influência comunista e recuperar mercados para produtos norte-americanos.

• ONU

Foi criada com o objetivo de preservar a paz e a segurança no mundo, além de promover a cooperação internacional para resolver questões econômicas, sociais, culturais e humanitárias. Sediada em Nova York, a ONU substituiu a Liga das Nações, criada após a Primeira Guerra Mundial. Atualmente conta com vários órgãos, dos quais os mais importantes são a Assembléia Geral e o Conselho de Segurança. Faz uma reunião por ano (pode haver, entretanto, sessões de emergência), mas não decide sobre questões de segurança e cooperação internacional, apenas faz recomendações.

• Conflito Leste X Oeste

A Guerra Fria dividiu o mundo em blocos geopolíticos e ideológicos rivais: o bloco ocidental compreendia os países capitalistas alinhados aos Estados Unidos, e o bloco Oriental, os socialista, alinhados a União Soviética. Conflito marcado pelo antagonismo geopolítico-militar e pela propaganda ideológica, já que cada um tentava disseminar seus valores e visões de mundo.

• Ordem Unipolar

Os países economicamente mais poderosos do mundo atualmente são os Estados Unidos, o Japão, a Alemanha e a China, com destaque para o primeiro que cresceu ininterruptamente durante a década de 1990, reforçando sua hegemonia. Por isso vivemos num mundo unipolar. Esta tese ganhou força após os ataques de 11 de setembro de 2001, episódio que elevou os Estados Unidos à Guerra no Afeganistão em 2002, com o objetivo de capturar Osama Bin Laden e destruir as bases da Organização AL Qaeda naquele país e em seguida, em 2003, à guerra contra o Iraque para depor Sadan Hussein. A máquina militar norte-americana da doutrina Bush. Esta última guerra, na realidade uma invasão nos moldes do antigo imperialismo, ocorreu sem a legitimação da ONU, reforçando o unilateralismo norte-americano, que desobedeceu o conselho de segurança da ONU, agindo por conta própria com desculpas de luta contra o terrorismo.Esta atitude norte americana desgastou a ONU, fazendo com que a entidade perdesse a prerrogativa de decidir sobre as intervenções militares.

• Conflito Norte X Sul

É de natureza essencialmente econômica. O aspecto socioeconômico é uma das formas utilizadas atualmente para a regionalização do planeta, embora seja uma maneira bastante genérica e simplificadora. Por esse aspecto, divide-se o mundo em países desenvolvidos, designados como países do “Norte”, e subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, os do “Sul”. A oposição “Norte” rico ou desenvolvido e “Sul” pobre ou subdesenvolvido é bastante esquemática. Cada vez mais o “Sul” aparece dentro do próprio “Norte”, em conseqüência do aprofundamento das desigualdades sociais e do aumento da imigração.

Tentando superar a assimetria na relação Norte-Sul, governos de países em desenvolvimento têm se empenhado no aprofundamento da cooperação Sul-Sul, com objetivo de aumentar o poder de negociação entre os países do Norte.

Exemplo disso foi um acordo de cooperação feito em 2003 pelo presidente Lula entre  Alemanha, Brasil, Índia e Japão com a proposta de apoiar as propostas uns dos outros para ingressar em lugares permanentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Outro exemplo de cooperação Sul-Sul realizado em Cancun-México em 2003, com iniciativa do presidente Lula, foi a criação do G-20, que busca defender seus interesses nas negociações comerciais com os países ricos em curso na OMC, tentando pressionar a redução dos bilionários subsídios concedidos aos agricultores dos EUA e da União Européia, que distorcem a competição num setor vital para a economia desses países.

• Migrações em massa “Norte e o Sul”

Fenômeno preocupante por causa de suas dimensões sociais, econômicas, culturais e geopolíticas. Milhões de pessoas a cada ano, estão saindo de seus países em conseqüência de desemprego, dos baixos salários, da fome e da miséria, aliados ao crescimento populacional nos países subdesenvolvidos, as perseguições políticas e violações dos direitos humanos, comuns em muitos países, e as várias guerras que ocorrem no mundo.

O problema é estrutural resultante da desigualdade entre “Norte e o Sul”, a solução seria complexa e exigiria a instauração de uma ordem verdadeiramente nova, na qual fossem criadas condições como oportunidades de trabalho, investimentos em educação, saúde e infra-estrutura – para melhoria da qualidade de vida dos países pobres.

CAP. 4: BLOCOS ECONÔMICOS REGIONAIS

A integração econômica de vários países culminou com o surgimento dos blocos econômicos regionais e, em uma economia globalizada, cada vez mais competitiva, a constituição desses blocos visa dar respostas à constante necessidade de lucros e acumulação de capitais. Procurando diminuir as barreiras fronteiriças nacionais ao fluxo de mercadorias, capitais, serviços e mão-de-obra. Os integrantes desses blocos, fortalecem-se diante de países isolados ou de outros blocos de países.

Os países podem se organizar em diferentes tipos de blocos: Os Mercados Comuns, as uniões econômicas e monetárias, as zonas de livre comercio e as uniões aduaneiras.

UE: Europa Unificada ou União Européia - constituída atualmente por Alemanha, França, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Reino Unido, Dinamarca, Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha, Áustria, Suécia e Finlândia. Sucessora do antigo Mercado Comum Europeu, busca aperfeiçoar sua união política e monetária desde a assinatura do Tratado de Maastricht, em 1991, na Holanda. Esse tratado passa a valer a partir de 1993 e atualmente muitos de seus países-membros buscam a implantação de uma moeda única.  

NAFTA: Acordo de Livre Comércio da América do Norte - formalizado em Janeiro de 1994 reúne os Estados Unidos, o Canadá e o México. Foi criado para enfrentar a concorrência da UE na América do Norte e para consolidar as relações comerciais entre seus países-membros.  

APEC: Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico - reúne países localizados ao redor do Pacífico no Leste e Sudeste asiático, na América e Oceania. Ainda em fase de implantação prevê o livre comércio em 2020. É um bloco transcontinental que aglutina países que participam de outras organizações comerciais.  

MERCOSUL: Mercado Comum do Sul - criado em 1991 reúne o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, sendo o Chile e a Bolívia membros associados. O livre comércio passa a ser aplicado em 1995 reduzindo-se paulatinamente as tarifas de importação.  

ALCA: Área de Livre Comércio das Américas - surge como proposta em 1994 e poderá se tornar um dos maiores blocos comerciais do mundo. As negociações em curso prevêem a possibilidade de sua criação e deverá reunir os países americanos com exceção a Cuba.  

Importante:

Zona de livre comércio - reúne os países através de acordos comerciais que visam exclusivamente à redução ou eliminação de tarifas aduaneiras entre os países-membros do bloco. Só é considerada uma Zona de Livre Comércio quando pelo menos 80% dos bens são comercializados sem taxas alfandegárias. (ex. Nafta)União aduaneira - é um estágio mais avançado de integração. Além dos países eliminarem as tarifas aduaneiras entre si, estabelecem as mesmas tarifas de exportação e importação TEC (Tarifa Externa Comum) para o comércio internacional fora do bloco. A união aduaneira exige que pelo menos 85% das trocas comerciais estejam totalmente livres de taxas de exportação e importação entre os países-membros. Apesar de abrir as fronteiras para mercadorias, capitais e serviços, não permite a livre circulação de trabalhadores. (ex.Mercosul)Mercado comum - visa à livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços. O único exemplo é a União Européia, que, além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adotar tarifas comuns para o mercado fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mão-de-obra, capitais e todo tipo de serviços entre os países-membros. União econômica e monetária - é formada pelos países da União Européia, que, em 1º de janeiro de 2002, adotaram o euro como moeda única