Geografia Parte 2

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Matéria do 10.º ano de Geografia sobre A população portuguesa evolução e diferencias regionais e A distribuição da população

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B) A população portuguesa evolução e diferencias regionais

A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO PORTUGUESA NA 2A METADE DO SÉCULO XX

1950 a 1960-Crescimento natural elevado.

1960 a 1970- Diminuição do crescimento natural; Saldo emigratório aumentou.

1970 a 1981- Forte crescimento; Diminuição da emigração; Regresso dos imigrantes e dos residentes das ex-colónias; Crescimento natural elevado.

1981 a 1991- Estagnação; Redução de taxa de natalidade.

1991 a 2006- Crescimento moderado; Taxa de crescimento natural e baixa; Aumento da imigração.

Demografia ciência que estuda a população humana em termos quantitativos e qualitativos, tendo por objecto o estudo e a explicação do modo como evolui e se modifica.

Censos operação de contagem realizada de 10 em 10 anos, da população através da realização de inquéritos.

EVOLUÇÃO DA TAXA DE NATALIDADE

Natalidade numero de nascimento que se verifica numa dada área e num determinado período de tempo.

Taxa de natalidade é o número de nascimento vivos ocorridos num ano por cada mil habitantes, é um instrumento… pois este relaciona os nascimentos como total da população independentemente do sexo e da idade. Feita em %.

A taxa de natalidade encontra-se elevada nas regiões autónomas e no noroeste.

Fecundidade:

Índice sintético de fecundidade numero de crianças que em media, cada mulher tem durante a sua vida fértil.

Taxa de fecundidade é o número total de nados vivos por cada mil mulheres com idade fértil (15 aos 45anos) num determinado período de tempo.

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Índice de renovação das gerações é o número médio de filhos que cada mulher deveria ter durante a sua vida para que as gerações mais idosas pudessem ser substituídas por outras mais jovens.

Causas do decréscimo da taxa de natalidade e fecundidade:

- A modernização das sociedades e a melhoria do nível de vida- leva a uma maior preocupação como o bem-estar e a educação dos filhos; Proibição do trabalho infantil; O estabelecimento de escolaridade obrigatória (as crianças deixam de ser fonte de rendimento e passam a ser fonte de despesa).

- A precariedade do emprego e o aumento da população urbana- os casais evitam ter filhos; Carência e alto de habitação nas cidades; Desenvolvimento do planeamento familiar e a generalização do uso dos meios anticoncepcionais; A crescente entrada da mulher no mercado do trabalho e a liberdade e a realização pessoal.

- A elevada idade do primeiro casamento e do primeiro nascimento.

- A redução da taxa de nupcialidade e as uniões extra maritais (uniões fora do casamento).

- O aumento da taxa de divorcialidade (aumento do numero de famílias monoparentais).

-Aumento da infertilidade.

Evolução da taxa de mortalidade

Taxa de mortalidade é o número de óbidos que ocorrem em média por cada mil habitantes numa dada área e num determinado período de tempo.

Nota: População absoluta (PA) - número de habitantes.

Esperança media de vida: É o número de anos que em média cada indivíduo vive. Longevidade é a maior duração de vida comum.

Mortalidade infantil: É os óbidos nascidas vivas, que faleceram com menos de 1 ano de idade.

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Taxa de mortalidade infantil é o número de Óbidos de crianças com menos de 1 ano por cada mil nascimentos vivos (nados-vivos) ocorridos nesse ano. Feita em %.

Causas do decréscimo da taxa de Mortalidade e causa do aumento da esperança média de vida:

- A evolução ocorrida na medicina a vários níveis, prevenção, tratamento e equipamentos médicos; A melhoria da dieta alimentar (diversidades e qualidades);

- A alteração de hábitos e condições de higiene pessoal e a melhoria das condições sanitárias e de habitalidade;

- A diminuição do analfabetismo (maior tomada de consciência face dos cuidados médicos sanitários e alimentares);

- A melhoria das condições de trabalho (normas de seguranças e de horários de trabalho).

O aumento da taxa de mortalidade a partir da década de 80 deve-se ao envelhecimento da população (aumento da esperança media de vida e da redução da taxa de natalidade); Aumento das doenças de carácter social (cardiovasculares circulares, provocadas pelo alcoolismo e acidentes de aviação.

Taxa de crescimento natural

O crescimento natural ou saldo fisiológico é a diferença entre a natalidade e a mortalidade que se verifica numa dada área e num determinado período de tempo (1ano) CN= Nat – Mort

Taxa de crescimento natural a diferença entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade que se verifica numa dada área e num determinado período de tempo (1ano) TCN= TN-TM

Pode ser positivo Nat> Mort, negativa Nat <Mort

Tanto a TNat e a TMort são condicionadas pela migração.

Migrações

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Os movimentos migratórios são movimentos de pessoas de uma área para outra.

Tipos de migrações:

- Internas- Êxodo rural/urbano; Movimentos pendulares (população que se desloca diariamente do campo para a cidade).

- Externas- Emigrações; Imigrações. (Legais, clandestinas, definitivas temporárias/sazonais, livre, forçada).

Êxodo rural é a deslocação do campo para a cidade.

Saldo migratório é a diferença entre o número de entrada e saídas por migração, para um determinado país ou região, num dado período de tempo (1 ano) SM = I-E

Taxa de crescimento migratório é a relação entre o saldo migratório e a população total.

Causas dos fluxos migratórios em Portugal na década de 60:

-O atraso económico de Portugal que leva a baixos salários; Baixo nível de vida; Insuficiência de recursos (agricultura, industria e outras sectores de actividade).

- Regime ditatorial que impedia a liberdade de expressão e de opinião; Guerra colonial com o serviço militar obrigatório.

- Relatos de sucessos de muitos emigrantes.

Causas dos fluxos migratórios em Portugal na década de 70/80:

-Crise económica nos países da Europa provocadas pelas crises petrolíferas; Mudanças ocorridas em Portugal provocadas pela revolução de Abril de 1974; Entrada de Portugal na CCE.

Emigrações

É a população que sai do seu país para o estrangeiro.

Emigração clandestina nas décadas de 60 e primeira metade da década de 70, as razões:

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- Morosidade de processos para emigração legal; Restrições impostas pelos países receptores; Fuga ao comprimento do serviço militar; Perseguições políticas devido ao regime vigente.

Consequências da emigração para Portugal:

- As vantagens são redução do desemprego; Melhoria dos salários e por isso melhoria da qualidade de vida para os que ficaram; Reconversão agrícola e sua mecanização; Remessa dos emigrantes ajuda a equilibrar a balança de pagamentos, os quais vão ser investidos no comércio, na indústria ou outras actividades na região de partida, afixação da população em áreas interiores.

- As desvantagens são desertificação de algumas regiões (meios rurais); Redução da taxa natalidade; Envelhecimento da população; Aumento dos encargos sociais; Diminuição da população activa; Estagnação da economia; Diminuição da população absoluta;

Imigrações

São os estrangeiros que vêm para o nosso país.

Causas gerais: socioeconómicas; religiosas; politicas; naturais; culturais.

Revolução do 25 de Abril de 1974 (fim do isolamento do país, adesão da CEE que levou a progressos económicos, investimento estrangeiro, intensificação da industrialização) processo de descolonização (vindos do PALOP, regresso dos portugueses residentes nas colónias); As alterações políticas na Europa do leste.

Consequências da Imigração para Portugal:

- As vantagens são Crescimento da população residente; Aumento da taxa de fecundidade; Ajuda a resolver os problemas da segurança social se os imigrantes tiverem legalizados; Evita a desertificação de algumas regiões do interior leva ao desenvolvimento de actividades económicas.

- As desvantagens são aumento do desemprego; Diminuição dos salários; Aparecimento de grupos mafiosos; Aparecimento de problemas de racismo e xenofobia; Portugal está-se a tornar-se o centro do tráfego de imigrantes clandestinos.

Crescimento efectivo (real)

É soma do crescimento natural com o saldo migratório.

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Taxa de crescimento efectivo é a relação entre o saldo efectivo e a população total.

As estruturas e os comportamentos sócio-demograficos

O crescimento real tem tido influência na alteração da estrutura estaria. Estrutura estaria é a repartição da população por grupos de idade

Classe etária é um conjunto de indivíduos cuja idade se inseres em intervalos de 5 em 5 anos.

Grupos etários são formados pelo grupo dos jovens, grupo dos adultos e o grupo dos idosos. Permitiu ver o aumento da percentagem de idosos e uma redução da percentagem de jovens.

Pirâmide etária é um gráfico de barras que representa a repartição da população por idade e por sexo. É vantajoso em termos de processos de planeamento, como equipamentos colectivos (escolas, hospitais…), estratégias para o emprego, segurança social, habitação.

Classe oca é a classe estaria com um menor numero de efectivos do que a classe etária anterior. As causas diminuição da natalidade ou um aumento inesperada da mortalidade (epidemias, guerras…).

Índice de envelhecimento é a relação entre a população idosa e jovem, ou seja, o número de idosos por cada 100 jovens. Constatando assim um envelhecimento da população pela base (base estreita) com a taxa de natalidade a decrescer; pelo topo (topo largo) com a taxa de mortalidade, esperança média de vida alta, sendo as razões do decréscimo da taxa de natalidade.

População dependente é a população que não contribui para a produção da riqueza como os jovens e os idosos.

Índice de dependência total é a relação entre a população dependente e a população activa. Tem vindo a diminuir.

Índice de dependência dos jovens é a relação entre a população jovem e a activa. Tem vindo a decrescer.

Índice de dependência dos idosos é a relação entre a população idosa e a activa. Aumentou ao longo dos últimos anos, tenha ocorrido em todas as regiões do país.

A ESTRUTURA DA POPULAÇÃO ACTIVA

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População activa é toda a população que trabalha e é remunerada, mesmo que temporariamente desempregada. Ou é o conjunto de indivíduos que constituem mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços.

Taxa de actividade é o total de activos por cada mil habitantes.

Estrutura profissional é a distribuição da população activa pelos diferentes sectores de actividade. Sectores de actividade são os grandes grupos onde se engloba a população activa.

Tipos de sectores e as razões da evolução ente 1960 e 2001

Portugal em 1950 é rural, em 1980 tornou-se industrializado, hoje em dia domina o sector terciário. É o maior em todas as regiões, acusa maior parte da população activa.

- Primário agrícola, (pecuária, silvicultura, pesca); Teve um decrescimento com a mecanização, a reconversão da agricultora, abandono da agricultora/campos.

- Secundaria industrial, (todo o tipo de industrias construção civil, obras publicas); Estagnou-se pois indústrias com fraco tecnológicas com deficiências estruturais, vão dominando indústrias pequenas e medias dimensões.

- Terciário serviços, (inferior- menores qualificações, empregadas domesticas, comerciantes, peixeiras; superior- professores, médicos, engenheiros, economistas, ministros, presidentes da republica.) Aumentou devido ao desenvolvimento e diversificação dos serviços (ensino…), aumento da taxa de feminizarão, melhoria do nível de vida exige mais serviços, aumento da taxa de urbanização.

O aumento da taxa de desemprego

Na actualidade deve-se a crise económica em Portugal e no mundo; descolonização das empresas; pouca qualificação da nossa mão-de-obra; a concorrência por parte dos países com mão-de-obra mais barata e qualificada.

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Nível de instrução e qualificação profissional é um grande responsável pelo desemprego. Sendo estes responsável pela fraca produtividade e qualidade da nossa economia.

Taxa analfabetismo é a percentagem de população com 15 anos ou mais anos que não sabe ler nem escrever.

Taxa de alfabetismo é percentagem de população com 15 anos ou mais anos que sabe ler, escrever e compreende um texto simples.

Problemas demográficos

Envelhecimento

Causas diminuição da taxa de mortalidade, diminuição da taxa de natalidade, aumento da emigração.

Consequências falência da segurança social, diminuição da população activa, estagnação da economia, aumento do índice de dependência dos idosos, diminuição da população jovem, aumento da população idosa, diminuição espírito inovador e empreendedor.

Soluções/ medidas por em prática políticas natalistas, abrir as portas à imigração.

Declínio da fecundidade

Causas a modernização das sociedades, a entrada da mulher no mercado de trabalho, o envelhecimento da população, casamentos tardios.

Consequências diminuição da população absoluta, dificuldade na renovação gerações, diminuição da população activa, envelhecimento da população, diminuição do número de jovens.

Soluções/ medidas por em prática políticas natalistas, abrir as portas à imigração.

Baixo nível educacional

Causas expansão tardia do sistema escolar, abandono escolar percurso, inexistência de escolaridade obrigatória antes do 25 de Abril, baixo financiamento escolar (nos diferentes níveis de ensino), a taxa de alfabetização das mulheres é menor do que a dos homens, acesso reduzido da mulher na escola.

Consequências elevada percentagem de iliteracia, fraca produtividade e competitividade, aumento do desemprego.

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Soluções/ medidas Melhoria do sistema educativo; Incutir hábitos de leitura; Aumentar a escolaridade obrigatória; Apostar na investigação, na inovação e no desenvolvimento; Apoiar a formação continua; Incentivar o ensino técnico profissional; Criar mais centros tecnológicos.

Situação perante o emprego

O emprego e a sua estabilidade são aspectos determinantes para a qualidade de vida. O desemprego de longa duração e o desemprego temporário afecta jovens, mulheres e trabalhadores com mais idade. Levam ao trabalho infantil. O desemprego significa perda riqueza para o país, tem ainda consequências no sistema público de segurança social.

C) A distribuição da população

OS CONDICIONANTES DA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO

Densidade populacional, ou seja, o número de habitantes por unidade superfície (Km2).

Grandes assimetrias, há maior densidade populacional na grande Lisboa e no porto; no litoral do que no interior; nas áreas metropolitanas (extensa área formada

pela junção de povoações, de tipo urbano); no norte do que no sul.

Factores da distribuição da população

Áreas atractivas, áreas que por um conjunto de circunstancias são favoráveis à afixação da população.

Áreas repulsivas, áreas que por um conjunto de factores são adversos à afixação da população.

Naturais/Físicos

Clima actua directamente no homem e indirectamente nas actividades económicas, pode ser atractivo se for ameno e repulsivo se for excessivo.

Relevo consoante a sua altitude pode influenciar o clima e a escassez

De oxigénio, a amento da precipitação, também influencia as possíveis

actividades económicas.

Tipo de solo se forem férteis são propícios a afixação da população.

Disponibilidades hídricas é propício pois desenvolve diversas actividades e leva a construção de vias de comunicação.

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A riqueza do subsolo é bom se for rico em minerais, se não essas áreas não serão desenvolvidas.

Humanos

Concentração das actividades económicas como agricultora (depende do clima), industrias, serviços. Que é responsável pela abundância ou não da população

Vias de comunicação que pode levar a implantação de actividades económicas, originando residência de população.

De ordem histórica a formação do território iniciou-se de norte para sul.

Crescimento demográfico mais jovens e maior taxa de natalidade no litoral do que no interior.

Os problemas da distribuição da população são a litoralização, bipolarização e despovoamento que originam problemas.

Litoralização é a concentração da população e das actividades económicas na faixa litoral a norte do rio Sado. Bipolarização é a concentração da população e das actividades económicas nas áreas metropolitanas de Lisboa e do porto.

Consequências são Congestionamento de trânsito que origina problemas ambientais, emocionais e doenças, aumento o consumo de combustível. Dificuldades em encontrar uma habitação de qualidade e de custo, aumenta a sinistralidade. Sobrelotação dos equipamentos sociais devido a ultrapassagem da capacidade de carga humana. Aumento da situação de exclusão social, aumenta a marginalidade. Aumento da poluição a vários níveis devido a densidade populacional e poluição das devido às indústrias. Competitividade no emprego leva ao desemprego.

Soluções/ medidas a melhoria dos transportes colectivos, a diminuição da densidade demográfica, reconverter os espaços de habitação, criação de espaços verdes, redução das fontes de poluição.

Despovoamento é a redução do número de população numa dada área devido a sua saída.

Consequências o envelhecimento da população, desertificação das regiões do interior, abandono da agricultura, destruição do património cultural arquitectónico.

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Soluções/ medidas desenvolver o turismo no espaço rural, parques industriais para a afixação de empresas e de população, instalação de pólos universidades com formações relacionadas com as actividades praticadas nessa região, promoção de pequenas e medias empresas locais e no artesanato, melhorias de acessibilidade, aumento dos serviços sociais,