Geografia - Suplemento de Apoio do Professor - Manual geo base

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Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Manual do Professor

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Sumário

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1. Introdução .................................................................................................................................... 4A renovação da Geografia, 4 Sala de aula para adolescentes: a aventura do conhecimento, 4

Proposta geral da obra, 4

2. Estrutura da obra ......................................................................................................................... 6Pressupostos teórico-metodológicos, 6 As atividades, 7

3. Conversa de professor para professor ...................................................................................... 8A linguagem cartográfica e o ensino da Geografia, 8 Os conceitos estruturadores da obra, 13

Sites interessantes, 15 Bate-papo com os autores, 15

4. Processo de avaliação ................................................................................................................ 16

5. Procedimentos e tratamento didático das atividades .............................................................. 17

Unidade I Bases da Geografia: sociedade, natureza e território

Capítulo 1 A Geografia e a linguagem cartográfica ................................................................ 17

Capítulo 2 O sistema terrestre ................................................................................................ 17

Capítulo 3 Climas e hidrologia terrestres ................................................................................ 18

Capítulo 4 Os principais biomas da Terra ............................................................................... 18

Capítulo 5 As bases físicas do Brasil ..................................................................................... 19

Capítulo 6 Sociedade industrial e meio ambiente .................................................................. 19

Capítulo 7 Fronteiras e mapas políticos ................................................................................. 20

Capítulo 8 Caminhos da economia mundial ........................................................................... 21

Unidade II O mundo geopolítico contemporâneo

Capítulo 9 A geografia da Guerra Fria ................................................................................. 22

Capítulo 10 A superpotência .................................................................................................. 24

Capítulo 11 Potências mundiais ............................................................................................ 24

Capítulo 12 Potências regionais ............................................................................................ 24

Capítulo 13 Conflitos étnico-religiosos na Europa ................................................................. 25

Capítulo 14 Conflitos étnico-religiosos no Oriente Médio e na África .................................... 26

Capítulo 15 A geopolítica do Brasil ........................................................................................ 27

Unidade III Geografia econômica: as redes mundiais

Capítulo 16 A indústria e a produção do espaço geográfico ................................................. 28

Capítulo 17 A produção agropecuária no mundo .................................................................. 29

Capítulo 18 Circulação e redes de transporte ....................................................................... 29

Capítulo 19 Geografia da população ..................................................................................... 30

Capítulo 20 O espaço urbano ................................................................................................ 31

Capítulo 21 Geografia do lazer, do esporte e do turismo ...................................................... 31

Capítulo 22 Blocos econômicos ............................................................................................ 32

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Unidade IV Desafios ambientais

Capítulo 23 Geografia dos recursos naturais ........................................................................... 33

Capítulo 24 Impactos ambientais urbanos ............................................................................... 33

Capítulo 25 Meio ambiente e política internacional .................................................................. 34

Capítulo 26 A questão ambiental no Brasil ............................................................................... 35

Unidade V Geografia e mudança social

Capítulo 27 A geografia dos excluídos ..................................................................................... 35

Capítulo 28 Saúde e políticas públicas ..................................................................................... 36

Capítulo 29 Movimentos sociais e cidadania ............................................................................ 37

Capítulo 30 Geografia do crime ................................................................................................ 37

Capítulo 31 Cultura jovem e conflito ......................................................................................... 38

Capítulo 32 O Brasil e os desafios do século XXI .................................................................... 38

6. Respostas das questões dos vestibulares e do Enem ............................................................ 39

7. Atividades complementares ....................................................................................................... 44

8. Textos complementares .............................................................................................................. 49

9. Bibliografia ................................................................................................................................... 53

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A renovação da Geografia

A Geografia produzida no Brasil viveu nos últimosanos um intenso processo de renovação de seus postu-lados teórico-metodológicos. Foi grande o esforço dacomunidade geográfica para compreender a realidadede forma mais dinâmica, considerando-se a totalidadedas relações entre a sociedade e a natureza. É por issoque a disciplina tem reunido instrumentos de análise ede prática social que colocam no centro do debate ques-tões como impacto ambiental, desemprego, falta demoradia, reforma agrária, direito à saúde e à educação.

Essa renovação do pensamento geográfico brasileirohá muito extrapolou os muros da universidade. Um mar-co dessa mudança foi o Primeiro Encontro Nacional deEnsino de Geografia, promovido pela Associação dosGeógrafos Brasileiros, em 1987, em Brasília. Era a pri-meira reunião nacional específica para debater temas re-ferentes ao ensino da Geografia. Desde então, inúmerostêm sido os fóruns de discussão de propostas alternati-vas às estruturas curriculares tradicionais de Geografia,centradas na reprodução do saber puramente disciplinare conteudista, na memorização e no trabalho competiti-vo e individual.

Podemos situar tais transformações da prática dosgeógrafos no âmbito do movimento político mais am-plo de redemocratização do país, encontrando resso-nância nas tendências pedagógicas compromissadascom um ensino problematizador, crítico e voltado paraa formação do cidadão. Ao colocar a atitude científicae a criatividade como eixo central do Ensino Médio,essas novas perspectivas pedagógicas identificam noestudo da Geografia um campo fértil para a formula-ção e a resolução de problemas, o que pressupõe umapermanente busca de respostas, ainda que provisórias,para as questões nucleadoras da disciplina.

Sala de aula para adolescentes: a aventurado conhecimento

A sala de aula é um espaço privilegiado para o exercí-cio da problematização. Acreditamos que o trabalho de-senvolvido ali pode resgatar a capacidade dos jovens deinquietar-se, primeira condição para o movimento no sen-tido da aprendizagem. Somam-se a isto as oportunidadesque podem ser oferecidas na sala de aula para que os alu-nos possam compreender questões e adequar-se e fazeruso das condições oferecidas para a busca de respostas.Esses são os sustentáculos que conduzem os estudantes avivenciar, de forma cada vez mais plena, a aventura doconhecimento, permitindo-lhes não apenas estar no mun-do, mas participar de sua construção e transformação.

Mas a sala de aula de jovens adolescentes apresen-ta suas peculiaridades. Os adolescentes apresentam-se

1. Introdução

abertos a novas experiências afetivas e emocionais egostam de ser desafiados. Considerando essa condi-ção de ser adolescente, tais descobertas e o contatocom o real complexo — com todos os seus aspectos deordem, ruptura, contradições, conflitos, complemen-taridades e inter-relações — alimentam nos jovens osseus próprios sonhos e desejos de transformação domundo exterior e interior. É o encontro de suas com-petências com a construção de seu próprio código deética e moral, de sua autonomia intelectual e consciên-cia crítica.

A presente obra didática foi planejada para oferecersuporte adequado ao professor que ensina Geografia paraos jovens alunos que vivem a fase da adolescência. Combase na proposta do livro, o aluno é desafiado a operar osistema lógico, colocando seu raciocínio em movimentoe procurando encontrar um novo equilíbrio entre o po-der explicativo de suas ferramentas da razão e as possi-bilidades de participação na vida social e afetiva.

Proposta geral da obra

Essa obra é um convite para que os alunos assumamuma atitude de questionamento, dúvida e curiosidade, como objetivo de encontrar respostas para questões nucleado-ras que envolvem a vida social. Trata-se de uma propostaque busca atender a três necessidades dos jovens:

• do ponto de vista do conhecimento, permitindo queeles demonstrem o domínio de compreensão da realida-de que dá consistência ao seu posicionamento crítico;

• do ponto de vista da habilidade do pensamento,permitindo que se exercitem na auto-avaliação da con-sistência lógica de seu posicionamento, ou seja, que tes-tem, a partir da complexidade das relações sociaispresentes no mundo, a logicidade de suas idéias; e

• do ponto de vista afetivo e social, instrumentali-zando-os conceitualmente para que possam identificarem sua problemática pessoal e existencial — ou seja, emsua singularidade — algumas idéias e dificuldades co-muns entre seus colegas de turma assim como entre jo-vens de outras partes do mundo.

Tendo em vista essas necessidades dos jovens, esselivro apresenta-se como um material de apoio didáticointerativo e participativo. A proposta do livro identifica,no âmbito da cultura geral e do conteúdo específico daGeografia, as grandes questões sobre as quais essa dis-ciplina se propõe a refletir, em busca de esclarecimentose respostas. O aluno é convidado a exercitar sua capaci-dade de questionamento e argumentação sobre esses co-nhecimentos, identificando neles o entrelaçamento dosaber científico com as relações de poder e da informa-ção, conforme a divisão em unidades temáticas descri-tas nos quadros a seguir.

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• Nação• Estação-nação• Ciclo da reprodução

ampliada do capital• Globalização da produção• Sistema financeiro

internacional• Keynesianismo• Neoliberalismo• Tempo geológico• Tempo histórico• Ciclos naturais• Sistema terrestre• Bioma• Escala geográfica

Conteúdos atitudinais***

1. A Geografia e a linguagemcartográfica

2. O sistema terrestre3. Climas e hidrologia terrestres4. Os principais biomas da Terra5. As bases físicas do Brasil6. Sociedade industrial e meio

ambiente7. Fronteiras e mapas políticos8. Caminhos da economia

mundial

Espaçogeográfico

• Disposição para manusear,interpretar e produzirinformações

• Interesse pela questãoambiental

• Valorização do diálogo e dareflexão em sala de aula

Capítulos Conceitoestruturador* Conteúdos conceituais**

Unidade I – Bases da Geografia: sociedade, natureza e território

Conteúdos atitudinais

Território

Capítulos Conceitoestruturador Conteúdos conceituais

* Idéia mais geral que organiza teoricamente a unidade.** Idéias nucleadoras que permitem a compreensão dinâmica (relacional e gradativa) dos fatos geográficos.*** Conteúdos que envolvem conhecimentos e crenças (valores éticos), sentimentos e preferências (atitudes) e ações e declarações de intenção (normasou regras de convívio social).

9. A geografia da Guerra Fria10. A superpotência11. Potências mundiais12. Potências regionais13. Conflitos étnico-religiosos na

Europa14. Conflitos étnico-religiosos no

Oriente Médio e na África15. A geopolítica do Brasil

• Ordem mundial• Ideologia• Imperialismo• Guerra Fria• Potência• Superpotência• Hegemonia• Multipolaridade

• Posicionamento pela pazmundial

• Respeito às diferenças entreos povos e as opiniões alheias

• Apreciação de manifestaçõesartísticas

• Disposição para manusear,interpretar e produzirinformações

Unidade III – Geografia econômica: as redes mundiais

Conteúdos atitudinais

Rede

Capítulos Conceitoestruturador Conteúdos conceituais

16. A indústria e a produção doespaço geográfico

17. A produção agropecuária nomundo

18. Circulação e redes detransporte

19. Geografia da população20. O espaço urbano21. Geografia do lazer, do esporte

e do turismo22. Blocos econômicos

• Cadeias produtivas• Modelo de organização industrial• Estratégias de controle geográfico• Bloco econômico• Dinâmica demográfica• Fluxos migratórios• Rede urbana• Agentes da produção do espaço

urbano• Tempo livre e lazer

• Postura crítica diante dasociedade de consumo

• Valorização do diálogo e dareflexão em sala de aula

• Apreciação de manifestaçõesartísticas

• Disposição para manusear,interpretar e produzirinformações

Unidade II – O mundo geopolítico contemporâneo

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Unidade IV – Desafios ambientais

• Impacto ambiental• Socioesfera• Política ambiental• Ambientalismo• Desenvolvimento sustentável

Conteúdos atitudinais

Ambiente

Capítulos Conceitoestruturador Conteúdos conceituais

23. Geografia dos recursos naturais24. Impactos urbanos25. Meio ambiente e política

internacional26. A questão ambiental no Brasil

• Interesse pela questãoambiental

• Apreciação e sensibilizaçãopelas manifestações artísticas

• Participação ativa em debates• Disposição para manusear,

interpretar e produzirinformações

Unidade V – Geografia e mudança social

Conteúdos atitudinais

Lugar

Capítulos Conceitoestruturador Conteúdos conceituais

• Estado do bem-estar social• Exclusão social• Políticas públicas• Desenvolvimento humano• Saúde pública• Política urbana• Movimento social• Reforma agrária• Tribos urbanas

27. A geografia dos excluídos28. Saúde e políticas públicas29. Movimentos sociais e

cidadania30. Geografia do crime31. Cultura jovem e conflito32. O Brasil e os desafios do

século XXI

• Posicionar-se politicamente• Respeito às diferenças e

opiniões alheias• Apreciação de manifestações

artísticas• Disposição para manusear,

interpretar e produzirinformações

2. Estrutura da obra

Pressupostos teórico-metodológicos

Essa obra tem como pressuposto que o Ensino Médiodeve estar a serviço da inteligência e da recuperação dossignificados humanos presentes nos conteúdos escolares,refazendo as teias de relações das nossas tradições e raí-zes culturais e da memória coletiva. Sob essa perspectiva,referências importantes para o planejamento da obra fo-ram encontradas na Declaração Mundial sobre Educaçãopara Todos (1990), nas Matrizes Curriculares de Referên-cia para o Saeb (1999), nos Parâmetros Curriculares Na-cionais (1999), no documento básico da Matriz deCompetências e Habilidades do Enem (1999) e numa ex-tensa bibliografia que subsidia a reforma do ensino bási-co no Brasil (Coll, 1998; Perrenoud, 1999; Zabala, 1998;Zabala, 1999; Hernández, 1998).

O desafio maior foi estruturar a obra tendo em vista ascompetências, operações mentais que o sujeito utiliza paraestabelecer relações entre os objetos, situações, fenôme-nos e pessoas. Essas modalidades estruturais da inteligên-cia transformam-se em habilidades no plano do “saberfazer”— seja no processo de leitura seja na realização das

atividades propostas no livro — e podem ser categoriza-das em três níveis distintos de relações que se estabele-cem entre o sujeito e o objeto do conhecimento:

1o) Nível básico de operações mentais, que torna pre-sente o objeto do conhecimento para o sujeito por meiodas ações de identificar, indicar, localizar, descrever, dis-criminar, apontar, constatar, nomear, ler, observar, perce-ber, posicionar, reconhecer, representar.

2o) Nível operacional de relações com e entre os ob-jetos, que reúne os procedimentos necessários para asso-ciar, classif icar, comparar, conservar, compreender,compor, decompor, diferenciar, estabelecer, estimar, in-cluir, interpretar, justificar, medir, modificar, ordenar, or-ganizar, quantificar, relacionar, representar e transformar.

3o) Nível global, que envolve as operações mais comple-xas de aplicação de conhecimento e de resolução de proble-mas inéditos, o que exige as atividades de analisar, antecipar,avaliar, aplicar, abstrair, construir, criticar, concluir, supor,deduzir, explicar, generalizar, inferir, julgar e prognosticar.

Tendo em vista esses pressupostos, as competências ehabilidades exigidas e desenvolvidas nesse livro podemser representadas pela figura que se segue.

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A estrutura do livro foi planejada com o objetivo depreparar o aluno para a autonomia diante das inúmerassituações impostas pela vida social. Esse preparo envolvea problematização e o aprofundamento dos conteúdos fun-damentais de Geografia, assim como a criação de oportu-nidades para que o jovem desenvolva sua capacidade deavaliar questões a partir de seus próprios valores, manipu-lando dados e informações de forma metódica, dinâmicae numa visão prospectiva. Para tal, a obra apresenta umconjunto de atividades diversificadas, que estão caracte-rizadas a seguir.

As atividades

1. Leitura cartográfica

Nas aberturas de unidade, o aluno deverá se posicio-nar diante dos conteúdos que serão trabalhados. Para isto,ele será convidado a realizar uma leitura cartográfica, queexplora as habilidades de extrair, analisar e interpretar in-formações a partir de diferentes figuras cartográficas.

2. Lição de cartografia

Ao longo dos capítulos, o desenvolvimento da lingua-gem cartográfica tem prosseguimento com a Lição decartografia, que propõe a interpretação ou a construçãode figuras que estimulam a imaginação do aluno e com-plementam os sentidos do texto escrito.

3. Conexões

Em Conexões, os conteúdos estudados nos capítulossão analisados de forma integrada e interdisciplinar, pro-curando-se respostas às indagações tanto no campo dareflexão do saber geográfico quanto na sua fronteira com

HABILIDADES

A. Extrair, analisar e interpretar informações a partir de mapas dediferentes projeções e escalas, perfis topográficos, blocos-diagramas, gráficos e representações esquemáticas.

B. Estabelecer relações de ordem, de contradição e decomplementaridade dos processos ambientais, econômicos,sociais, políticos e culturais das mais diversas realidadeshistórico-geográficas.

C. Explicar as transformações provocadas pela revolução técnico-científica e pelo desenvolvimento da sociedade urbano-industrial, relacionando-as com os impactos ambientais, coma globalização da economia e com a atuação do capitalfinanceiro e das grandes corporações internacionais.

D. Analisar o arranjo geopolítico mundial em diferentes contextoshistóricos, associando e diferenciando sistemas político-econômicos e o papel dos Estados nacionais e dosorganismos internacionais.

E. Reconhecer e contextualizar grupos étnicos, culturais e sociais,respeitando as diferenças e destacando o Brasil, os paísesafricanos e europeus, os Estados Unidos, a Rússia, a China,o Japão e os países do Sudeste Asiático.

F. Inferir e julgar opiniões/pontos de vista de interesse geográficoexpressos em diferentes tipos de linguagem, identificando ecaracterizando interlocutores, épocas e lugares.

G. Utilizar diferentes escalas de espaço e de tempo para explicare criticar a relação sociedade/natureza, os padrões de saúdee o desenvolvimento das populações humanas, manifestando-se por escrito, apresentando propostas e agindo.

Posicionar-se diante de dadose informações geográficascom consistência lógica,aplicando conceitos eutilizando diferenteslinguagens, em especial acartográfica.

Problematizar o mundocontemporâneo,considerando acomplexidade dasrelações sociais.

Tomar decisões diante desituações concretas,recorrendo aosconhecimentos geográficose demonstrando capacidadede percepção e deestabelecimento de relaçõescom a vida cotidiana, numaperspectiva interdisciplinar.

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outros campos do conhecimento. O aluno pode, ainda,aprimorar-se nas linguagens que representam as temáti-cas geográficas, ampliando sua capacidade de percep-ção e relacionando-as com a vida cotidiana.

4. Agora é com você!

Estimula-se, sempre que possível, a tomada de deci-são e a aplicação do conhecimento em situações da vidareal. Para possibilitar tal encaminhamento, Agora é comvocê! contém orientações para levantar hipóteses e testá-las, realizar levantamento de dados em órgãos públicos earquivos de jornais, elaborar e aplicar entrevistas, regis-trar imagens (desenhar, fotografar, filmar), observar e des-crever paisagens, entre outras atividades.

5. Ponto de vista

Ao final de cada capítulo, são apresentados textos comdiferentes posicionamentos a respeito do assunto estuda-do. O aluno é solicitado a confrontar os conteúdos apren-didos com as idéias dos diversos autores.

6. Questões dos vestibulares e do Enem

Ao final de cada capítulo, uma bateria de exercíciosfoi selecionada para testar os conhecimentos dos alunos.A maioria das questões foi retirada dos principais vesti-bulares do país, sendo dada atenção especial às provas doExame Nacional do Ensino Médio (Enem).

7. De olho na mídia

Para o fechamento de cada unidade, o aluno poderáaplicar os conhecimentos adquiridos para inferir e julgaropiniões e pontos de vista de interesse geográfico expres-sos em artigos de jornal, identificando e caracterizandodiferentes interlocutores.

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A linguagem cartográfica e o ensino daGeografia

O uso da linguagem cartográfica é uma poderosa fer-ramenta da Geografia e um objetivo permanente destaobra. No início de cada capítulo o aluno é desafiado arefletir a respeito de diferentes aspectos que envolvem arepresentação de dados espaciais pela Cartografia, relaci-onando-os com os temas que estão sendo estudados. As-sim, esperamos que o jovem desenvolva a capacidade deanálise e de síntese, ampliando sua habilidade de leitura ede interpretação cartográfica.

Até o final do ensino fundamental, espera-se que oaluno tenha completado o seu processo de alfabetizaçãocartográfica. Neste processo de aprendizado, as aulas deGeografia devem ter contribuído para o deslocamento cres-cente das relações topológicas e de vizinhança (distante/perto, em cima/embaixo, esquerda/direita, interior/exteri-or, conectividade), com base no mapa corporal e nas ha-bilidades sensório-motoras, para a compreensão derelações mais complexas que exigem o domínio do espa-ço representado em projeção euclidiana.

No Ensino Médio, o desafio não é apenas utilizar osmapas e gráficos para a representação da informação ge-ográfica, mas ampliar o repertório das ferramentas e pro-cedimentos do tratamento cartográfico da informação parauma compreensão mais aprofundada do conhecimentogeográfico. Assim, o uso da Cartografia deve ser intensi-ficado, colocando o jovem, progressivamente, diante datomada de decisão a respeito da linguagem cartográficamais adequada para análise e avaliação dos padrões e pro-cessos geográficos. A presente obra didática oferece aoaluno a oportunidade de construir e empregar diferentesfiguras cartográficas (croquis, blocos-diagramas, gráfi-cos, cartogramas etc.).

Gostaríamos de aprofundar a nossa conversa entre pro-fessores focando a discussão no uso da Cartografia no pro-cesso de ensino-aprendizagem do Ensino Médio. Para isto,selecionamos alguns aspectos da representação cartográfi-ca que julgamos fundamentais nesta fase do ensino.

Cartografia topográfica ou temática?Toda carta topográfica tem como objetivo representar com

a maior precisão e detalhamento possível os elementos visí-veis da paisagem e passíveis de localização geométrica. Se-gundo Cêurio de Oliveira (1993), a carta topográfica foielaborada mediante um levantamento original, o que “incluios acidentes naturais e artificiais, permitindo a determinaçãoda planimetria e da altimetria”. Tendo em vista estas caracte-rísticas da carta topográfica, ela tem sido largamente utiliza-da no processo de alfabetização cartográfica.

Nas cartas topográficas, para tornar mais visível asformas de relevo, as cores são utilizadas para representardiferentes faixas de altitude (verde e amarelo para as pla-nícies baixas e as colinas, sépia cada vez mais escuro nasmontanhas, branco acima de 4 mil metros). Cartas topo-

gráficas que visualizam a topografia terrestre por meiodeste sistema de representação cromática são denomina-dos de mapas hipsométricos, amplamente utilizados noEnsino Fundamental.

A Cartografia Temática tem um outro tipo de preocu-pação. Especializada na representação de um único fenô-meno (formações vegetais, rodovias, localização industrial,por exemplo) ou de relações e dados geográficos não vi-síveis e de localização apenas qualitativa, a CartografiaTemática é uma linguagem de correlação e de síntese, ele-mentos fundamentais da investigação geográfica.

No Ensino Fundamental, a cartografia temática é poucoexplorada. O mapa temático mais utilizado é o mapa políti-co, no qual estão representadas as fronteiras entre diferentespaíses, regiões ou municipalidades. Neste caso, as cores va-riam de tonalidade para que sua repetição seja muito peque-na e o contraste entre áreas vizinhas permita a identificaçãode cada elemento. Mas o repertório da Cartografia Temáticaé muito mais rico. É preciso ampliar o conceito de mapa,ainda muito associado ao conceito de carta topográfica.

Mapa ou croqui?Um mapa originado da Cartografia Topográfica é,

necessariamente, elaborado sobre uma quadrícula geomé-trica que permite a realização de medidas de direção edistância entre objetos geográficos. A localização da po-sição e das dimensões das formas do terreno deve respei-tar o máximo de precisão possível. Naturalmente, aprecisão do posicionamento nos mapas depende da escalacartográfica. Veja na tabela abaixo a margem de erro deposição em algumas escalas.

3. Conversa de professor para professor

Margem de erro em algumas escalas

1/5.000 1 metro

1/10.000 2 metros

1/25.000 5 metros

1/50.000 10 metros

1/100.000 20 metros

1/250.000 50 metros

1/500.000 100 metros

1/1.000.000 200 metros

Fonte: LIBAULT, André. Geocartografia, 1975.

A precisão de um mapa também depende do sistemade projeção adotado. Esta é uma das principais preocupa-ções dos cartógrafos. Como projetar numa superfície pla-na a representação gráfica da superfície curva da Terra?Qualquer alternativa adotada irá provocar alguma defor-mação. Por causa disto, a Cartografia Topográfica vemdesenvolvendo há muito tempo várias propostas de proje-ção cartográfica. Há projeções que procuram conservaras dimensões das áreas, apesar de distorcerem as formasdo terreno. Outras projeções procuram manter a precisãodo cálculo das distâncias, mas distorcem as áreas. No caso

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.do nosso livro, procuramos adotar diversos tipos de pro-jeções cartográficas, além da de Mercator (a projeção maisdifundida no ensino de Geografia).

A Cartografia Temática não tem como preocupaçãocentral a precisão na localização dos objetos geográficos.Como o objetivo da Cartografia Temática é possibilitar avisualização de processos e relações espaciais de interesseda Geografia, outras qualidades dos mapas são exploradas,como a exatidão e fidelidade das informações, com base nadocumentação existente sobre o assunto. Uma outra quali-dade do mapa temático é a sua facilidade de comunicaçãopor meio dos recursos da linguagem cartográfica. Por cau-sa disto, há uma diversidade muito grande de figuras carto-gráficas utilizadas pela Cartografia Temática.

A figura da Lição de cartografia da página 16 é umexemplo de um mapa esquemático. Neste caso, a preocu-pação é destacar apenas os aspectos mais importantes doassunto estudado. Figuras cartográficas com estas carac-terísticas são denominadas de croqui.

Na periferia ou no centro?A escolha da projeção cartográfica não depende ape-

nas de critérios técnicos, mas também é uma decisãoque revela o ponto de vista a partir do qual o autor domapa observa o mundo. Portanto, é ingênuo pensar queo mapa é neutro, sem nenhum interesse.

Na página 20 do livro-texto (figura 1 da questão 3),temos um exemplo de mapa com esta projeção. O Bra-sil está representado na área periférica do mapa. Trata-se do planisfério produzido pelo matemático ecartógrafo Gerhard Kremer Mercator, em 1569. Obser-ve que Mercator desenhou uma quadrícula na qual osparalelos horizontais e o meridianos verticais são li-nhas retas de igual distância entre si. Este sistema tor-nou o uso deste mapa extremamente prático para anavegação, sendo amplamente utilizado pelos europeusem sua expansão marítima e comercial desde o séculoXVI. Traçando uma linha reta entre o ponto de partidae de chegada na folha com a projeção de Mercator, onavegante lê o rumo desta linha com o auxílio de umabússola e mantêm o seu navio neste rumo.

Como este mapa foi amplamente utilizado e difun-dido, sua forma de representar a superfície terrestre fi-cou muito conhecida. Muita gente chega até a pensarque o planisfério de Mercator é a representação corretada Terra. Porém, qualquer projeção resultará em algu-ma distorção da representação do planeta numa super-fície plana. No caso de Mercator, como ele desenhoutodos os paralelos do mesmo tamanho e manteve asmesma distância entre os meridianos, isto provocouenormes distorções, quanto mais se afasta da linha doEquador. Observe no mapa como a Groenlândia apa-renta ser muito maior do que o Brasil, ainda que sejana realidade um pouco menor.

Na figura da página 19 do livro-texto, o Brasil é o cen-tro da projeção cartográfica. Apesar da distorção que istoprovoca na forma dos continentes, este mapa permite umamaior precisão nos cálculos de distância de qualquer pon-to da superfície terrestre em relação ao nosso país.

Tabela ou gráfico?Muita gente pensa que a Cartografia somente está relaci-

onada com a leitura e a produção de mapas. Contudo, o usoe a elaboração de gráficos também são poderosos instrumen-tos de análise e avaliação do conteúdo da informação.

Os dados utilizados na pesquisa geográfica podemser de dois tipos: qualitativos e quantitativos. Os dadosqualitativos referem-se às características dos objetos geo-gráficos, tais como localização e distribuição no espaço,vizinhança e conectividade. Os dados quantitativos sãoresultado de medidas ou contagens efetuadas acerca dosfenômenos geográficos. Neste caso, por exemplo, os da-dos referem-se à distância entre os objetos geográficos,bem como à concentração ou dispersão, às médias, às fre-qüências e às flutuações.

A principal questão que precisa ser respondida é sevale a pena ou não utilizar uma representação gráfica ou,simplesmente, realizar a leitura dos dados disponibiliza-dos em tabelas.

Observe a tabela abaixo. Trata-se da evolução dodesemprego em países selecionados, entre 1991 e 2000.

Evolução do desemprego em países selecionados (% da força de trabalho)

País 1991 1995 2000

Argentina 5,8 18,8 15

Brasil 3,5 6,1 9,4

China 2,3 2,9 3,1

Coréia do Sul 2,3 2,0 4,3

México 2,2 4,7 1,6

Fonte: Organização Internacional do Trabalho.

Ao organizarmos estes mesmos dados em gráficos, tor-na-se possível a visualização de relações entre diferentes com-ponentes da informação. No caso do gráfico de barras(abaixo), observa-se a comparação da proporção do desem-prego nos países selecionados, ano a ano. No caso do gráficode linhas (na página seguinte), a preocupação foi de repre-sentar a variação, ao longo do tempo. No eixo horizontal,observa-se a variação do tempo e no eixo vertical a variaçãoda participação daquele país em termos percentuais.

1991 1995 2000

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2

4

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16

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20%

Argentina Brasil China Coréiado Sul

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Evolução do desempenho em países selecionados

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Que tipo de gráfico?A leitura e a elaboração de gráficos pode ser útil por

diversos motivos. Ao permitir uma visão de conjunto, con-centra a análise nos aspectos mais significativos da infor-mação. Além disto, os gráficos facilitam a interpretaçãode dados quantitativos e qualitativos, numa perspectivatemporal e espacial.

Há vários tipos de gráficos. Os mais comuns repre-sentam dados por meio de comprimentos, de áreas ou devolumes proporcionais.

Os gráficos de barras e de linhas são bastante utiliza-dos no estudo da Geografia. Tratam-se de sistemas de re-presentação em coordenadas (eixos X e Y), no qual épossível estabelecer relações entre informações de umdeterminado fenômeno.

Mas estes não são os únicos tipos de gráfico produzi-dos pelos geógrafos. Há muitas outras possibilidades,como a representação em gráficos circulares. Conhecidospor gráfico de setores, esta representação circular é idealpara comparar parcelas com o total.

A construção de um gráfico de setores é simples. Con-siderando o total como equivalente a 360 graus, utiliza-seuma regra de três para a obtenção da medida em graus decada parcela.

Total = 360°Parcela = X°Desta forma, para se obter o valor em graus da parcela

X°, será preciso a seguinte operação:X° = Parcela x 360° TotalA divisão do círculo nas partes que compõe o todo é

realizada com o uso do transferidor. Subdivide-se o círcu-lo da parte maior para a menor, no sentido horário.

Caso os dados já estejam em porcentagem, é muitomais fácil. Considera-se para isto que cada 1% equivale a3,6 graus. Você pode observar na página 76 do livro-textoexemplos de gráficos de setor.

Projetar a superfície do globo a partir de qual pon-to de vista?

As projeções cartográficas são utilizadas para dese-nhar no plano a quadrícula de paralelos e meridianos, na

qual são localizados os objetos geográficos que se querrepresentar no mapa. Cabe ao cartógrafo escolher que ca-racterísticas espaciais ele quer valorizar: conservação dasdistâncias entre lugares, proporcionalidade das superfíci-es, forma dos continentes ou alguma outra alternativa que,ainda que não garanta nenhuma destas características, re-presente um pouco melhor a realidade.

Podemos agrupar os sistemas de projeção em 3 gran-des grupos: as projeções azimutais ou zenitais, as proje-ções cônicas e as projeções cilíndricas. Veja a ilustração.

Fonte: OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário cartográfico. Rio de Janeiro: IBGE,1993. p. 447-449.

ArgentinaBrasilChinaCoréia do SulMéxico

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20%

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Brasil – Evolução do desempenho(% da força de trabalho)

Os sistemas de projeção cartográfica

Projeção cônica

Projeção cilíndrica

Projeção azimutal

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.Nas projeções azimutais, cada ponto desenhado no

mapa tem uma direção verdadeira (azimute) a partir docentro. É por isto que este tipo de projeção também é co-nhecido por projeção zenital. Além de as linhas irradiadasdo ponto central do mapa corresponderem às mesmas di-reções destas linhas no ponto a partir do qual está sendoobservado o globo terrestre, as distâncias do centro paracada ponto do mapa também são verdadeiras.

É possível aplicar gráficos sobre mapas?Uma figura cartográfica cada vez mais utilizada é o

cartograma, resultante da junção entre gráficos e um mapa.Além de desempenhar as mesmas funções das outras es-pécies de representação gráfica, o cartograma informa aposição geográfica das quantidades comparadas.

Para a construção do cartograma, desenha-se um mapade contornos de tamanho apropriado, com o menor nú-mero possível de detalhes. Devem ser indicadas tão so-mente as fronteiras do país ou da região considerada, oslimites das áreas políticas mais importantes e os mais ex-pressivos acidentes geográficos, como grandes rios e la-gos, se for o caso.

Mapas para ver ou para ler?O mapa é um documento que representa, a partir de

um ponto de vista, características espaciais dos fenôme-nos. Mas o mapa não é simplesmente apreendido de modointacto do papel para a mente do leitor. Pelo contrário,quando o leitor observa um mapa, exerce um papel ativode decodificação, interpretação e avaliação. É por causa

disto que, ao olharmos para um mapa não mobilizamosapenas a nossa capacidade de visualização da realidade apartir de sua representação gráfica. O mapa também exi-ge capacidade de leitura dos códigos específicos da lin-guagem cartográfica.

Em função das características dos fenômenos espaci-ais e da escala cartográfica adotada, os objetos geográfi-cos são representados no mapa de três maneiras distintas:

• Implantação pontual – na qual a superfície ocupadana folha de papel é insignificante, mas é possível localizarcom precisão. Este é o caso da representação das capitaisdos países, por exemplo, nos planisférios políticos;

• Implantação linear – na qual o traçado de estradas,rios, dentre outros objetos lineares, é possível realizar comexatidão, apesar de a largura ser desprezível em relaçãoao comprimento;

• Implantação zonal – na qual é possível delimitar umaárea suficiente para manter a proporcionalidade com a áreaexistente no terreno.

Além de escolher qual é o modo de implantação maisadequado dos objetos geográficos, cabe ao autor do mapautilizar os elementos da linguagem visual, tais como a formae o tamanho dos objetos. O uso de cores e de símbolos tam-bém possui um forte poder de comunicação. Observe, noquadro abaixo, os componentes da linguagem cartográfica.Para a adequada leitura do mapa, é necessário observaratentamente a legenda, na qual se encontram indicados ossímbolos e as informações necessárias para a análise dasinformações representadas.

Fonte: MARTINELLI,Marcello. Gráficos emapas; construa-osvocê mesmo. São Paulo:Moderna, 1998. p. 9.

123451234512345

Tamanho

Valor

Granulação

Cor

Orientação

Forma

Pequeno, médio, grande com proporção

Claro, médio, escuro

Textura fina, média, grosseira

Vermelho, amarelo, verde

Horizontal, vertical, oblíqua

Retângulo, círculo, polígono estrelado

(Y)

*

(X)

As duas dimensões do plano

As seis modulações visuais sensíveis

Duas dimensões do plano (X, Y) posição doborrão no plano.(Ele está à direitae no alto.)

verm

elho

amar

elo

verd

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Um mapa-síntese ou uma coleção de mapas?A representação cartográfica atende a vários propósi-

tos da Geografia, dentre eles, a visualização da ordem es-pacial e temporal dos fenômenos estudados.

A necessidade de visualização é inseparável do po-der de comunicação dos mapas. Para isto, é preciso res-peitar as regras da linguagem visual, que considera aslimitações do olho humano diante dos objetos ao seuredor. As cores sensíveis ao olho humano, por exem-plo, são aquelas encontradas no arco-íris: violeta, azul,verde, amarelo, laranja e vermelho. Sem dúvida algu-ma, as cores têm grande poder de comunicação visuale estão fortemente relacionadas com as emoções e ossentimentos humanos.

Por causa disto, a combinação de cores nos mapas éintencional. Dependendo do tema, pode-se utilizar as co-res para comunicar a idéia de contraste ou de combinaçãoentre os fenômenos. É preciso também considerar a capa-cidade de percepção visual do olho humano, que conse-gue discernir de 5 a 7 cores, ao mesmo tempo.

A grande maioria dos mapas temáticos procura apre-sentar de forma esquemática as questões que envolvemdeterminado assunto, superpondo num mapa-síntese to-das as informações necessárias. Quando o conjunto de re-lações espaciais e temporais extrapolam os limites dapercepção visual, a melhor solução é produzir uma cole-ção de mapas. Neste caso, obtém-se uma resposta visualinstantânea para cada informação que se quer analisar. Vejao exemplo de uma coleção de mapas na página 53 do li-vro-texto.

Há relação entre os dados?Uma questão importante para o estudo da Geografia

é saber se há ou não alguma correspondência entre dife-rentes fenômenos ou situações. Quando observa-se, porexemplo, que a variação em um conjunto de dados é acom-panhada pela variação em um outro conjunto, pode-se afir-mar que existe correlação entre eles. Ou seja, a correlaçãorevela a interdependência entre o aumento (ou diminui-ção) da variável X e o correspondente aumento (ou dimi-nuição) na variável Y.

Muitas vezes a comparação entre dados é uma tarefadifícil e exige cálculos complexos. Entretanto, por meioda representação gráfica, tais comparações podem ser ra-pidamente realizadas de maneira visual.

A análise de correlações pode ser efetuada por gráfi-cos de dispersão. Neste tipo de gráfico, uma variável X(renda per capita, por exemplo) é representada no eixohorizontal e uma segunda variável (% da população abai-xo da linha de pobreza — com renda menor de 100 dóla-res, por exemplo) é representada no eixo horizontal. Ospontos distribuídos pela área do gráfico representam acombinação de valores destas duas variáveis.

Nos gráficos de dispersão, quando há uma correspon-dência entre os valores de X e Y, os pontos distribuídossobre a área tendem a se concentrar, aproximando-se deuma reta, o que traduz uma correlação perfeita. A formade um círculo, ao contrário, sugere o afastamento cadavez maior da correlação entre as variáveis.

Mapa ou gráfico?A representação cartográfica permite a análise e a cor-

relação geográfica entre dados. Os mapas e gráficos pos-suem enorme poder de comunicação da maneira como asinformações estão organizadas no tempo e no espaço. Masqual a diferença entre eles?

Ao elaborar um gráfico, estamos estabelecendo cor-respondências entre dados para responder perguntas, taiscomo: o quê? quanto? quando? em que ordem?

A partir do momento que introduzimos o componentelocacional, mediante a definição de uma quadrícula decoordenadas geográficas numa superfície plana, não es-tamos mais produzindo apenas um gráfico, mas um mapa,acrescentando a este conjunto de questões uma outra muitoimportante: “onde?”.

Relação positiva perfeita

Nenhuma relação

Diagramas de Dispersão

Fonte: DI DIO, Renato Alberto Teodoro. Estatística. São Paulo:EPU, 1979. p. 117.

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.A escolha de qual representação cartográfica é mais

adequada depende do poder de síntese do assunto que sequer tratar. É possível, inclusive, aplicar gráficos sobre osmapas. Neste caso, eles são denominados de cartogramas.Veja um exemplo na página 335 do livro-texto.

Os conceitos estruturadores da obra

Os conteúdos conceituais do livro-texto são as idéiasnucleadoras que permitem a compreensão dinâmica (re-lacional e gradativa) dos fatos geográficos. A idéia maisgeral que estrutura a obra é a de espaço geográfico. Se-gundo Suertegaray (2002), “o espaço geográfico pode serlido através de diferentes conceitos de paisagem, e/ou ter-ritório, e/ou lugar, e/ou ambiente, sem desconhecermosque cada uma destas discussões contém as demais. Istoporque cada uma delas enfatiza uma dimensão da com-plexidade organizacional do espaço geográfico: o econô-mico/cultural (na paisagem), o político (no território), aexistência objetiva e subjetiva (no lugar), a transfiguraçãoda natureza (no ambiente)”.

Na presente obra, cada unidade possui um conceitoestruturador. Na Unidade I, “Bases da Geografia: socie-dade, natureza e território”, o conceito estruturador é o deespaço geográfico. Na Unidade II, “O mundo geopolíti-co contemporâneo”, o conceito é o de território. Na Uni-dade seguinte, “Geografia econômica: as redes mundiais”,é o de rede. Na Unidade IV, “Desafios ambientais”, o con-ceito estruturador é o de ambiente. E, finalmente, naUnidade V, é o de lugar.

Não é nossa pretensão esgotar este debate. Da for-ma como nossa obra foi estruturada, obtemos como resul-tado apenas uma das leituras possíveis da Geografia. Nestaparte da nossa “conversa entre professores”, apresenta-mos a seguir o posicionamento de alguns autores selecio-nados a respeito destes conceitos estruturadores.

O conceito de espaço

A natureza do espaço - Técnica e tempo; razão eemoção. Milton Santos. São Paulo: Hucitec, 1996.

“Nossa proposta atual de definição da geografia con-sidera que a essa disciplina cabe estudar o conjunto indis-sociável de sistemas de objetos e sistemas de ação queformam o espaço. Não se trata de sistemas de objetos,nem de sistemas de ações tomados separadamente. Nemtampouco se trata de reviver a proposta de Berry & Mar-ble (1968) fundada na teoria de sistemas então em moda esegunda a qual ‘todo espaço consiste em um conjunto deobjetos, os caracteres desses objetos, os caracteres dessesobjetos e suas inter-relações’ (citados por J. Beaujeu-Gar-nier, 1971, p. 93).”

O espaço é formado por um conjunto indissociável,solidário e também contraditório, de sistemas de objetose sistemas de ações, não considerados isoladamente, mascomo o quadro único no qual a história se dá. No começoera a natureza selvagem, formada por objetos naturais, queao longo da história vão sendo substituídos por objetosfabricados, objetos técnicos, mecanizados e, depois, ci-bernéticos, fazendo com que a natureza artificial tenda a

funcionar como uma máquina. Através da presença des-ses objetos técnicos: hidroelétricas, fábricas, fazendas mo-dernas, portos, estradas de rodagem, estradas de ferro,cidades, o espaço é marcado por esses acréscimos, quelhe dão um conteúdo extremamente técnico.

O espaço é hoje um sistema de objetos cada vez maisartificiais, povoado por sistemas de ações igualmente im-buídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a finsestranhos ao lugar e a seus habitantes.

Os objetos não têm realidade filosófica, isto é, nãonos permitem o conhecimento, se os vemos separados dossistemas de ações. Os sistemas de ações também não sedão sem os sistemas de objetos.

Sistemas de objetos e sistemas de ações interagem. Deum lado, os sistemas de objetos condicionam a forma comose dão as ações e, de outro lado, o sistema de ações leva àcriação de objetos novos ou se realiza sobre objetos pree-xistentes. É assim que o espaço encontra a sua dinâmica ese transforma.” (p. 51 a 52)

O conceito de rede

Trajetórias geográficas. Roberto Lobato Corrêa. Riode Janeiro: Bertrand Brasil, 1997.

“Por rede geográfica entendemos ‘um conjunto de lo-calizações geográficas interconectadas’ entre si ‘por umcerto número de ligações’. Este conjunto pode ser consti-tuído tanto por uma sede de cooperativa de produtores ru-rais e as fazendas a ela associadas, como pelas ligaçõesmateriais e imateriais que conectam a sede de uma grandeempresa, seu centro de pesquisa e desenvolvimento, suasfábricas, depósitos e filiais de venda. Pode ser ainda cons-tituído pelas agências de um banco e os fluxos de infor-mações que circulam entre elas, pela sede da IgrejaCatólica, as dioceses e paróquias, ou ainda pela ferroviá-ria de uma dada região. Há, em realidade, inúmeras e va-riadas redes que recobrem, de modo visível ou não, asuperfície terrestre.

As redes, em realidade redes geográficas, já foramorganizadas com base em localizações e caminhos tem-porários das hordas primitivas. Estiveram presentes noscircuitos de troca de presentes das comunidades primiti-vas, assim como na organização espacial centralizadapela cidade cerimonial e suas aldeias tributárias e na or-ganização comercial dos centros do mundo mediterrâ-neo. Roma organizou uma rede de cidades (Lugudunum,Argentoratum, Massilia etc.) e a Baixa Idade Média viuflorescer uma rede de cidades, especialmente no norteda Itália e na Flandres.

Na organização e expansão do capitalismo as redesgeográficas assumem diversas formas de manifestação,tornando-se ainda progressivamente mais importantes.A divisão territorial do trabalho em escala crescente-mente mundializada só é possível a partir de numero-sas redes técnicas engendradas no bojo da expansãocapitalista. Redes que se manifestam sobretudo em umacada vez mais complexa rede urbana cujos centros são,do ponto de vista funcional, simultaneamente especi-alizados e hierarquizados, focos, portanto, de diversosfluxos.” (p. 107-108)

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O conceito de lugar

O lugar no/do mundo. Ana Fani Alessandri Carlos.São Paulo: Hucitec, 1996.

“O lugar é a base da reprodução da vida e pode seranalisado pela tríade habitante-identidade-lugar. A ci-dade, por exemplo, produz-se e revela-se no plano davida e do indivíduo. Este plano é aquele do local. Asrelações que os indivíduos mantêm com os espaços ha-bitados se exprimem todos os dias nos modos do uso,nas condições mais banais, no secundário, no acidental.É o espaço passível de ser sentido, pensado, apropriadoe vivido através do corpo.

Como o homem percebe o mundo? É através de seucorpo, de seus sentidos que ele constrói e se apropria doespaço e do mundo. O lugar é a porção do espaço apro-priável para a vida — apropriada através do corpo —dos sentidos — dos passos de seus moradores, é o bair-ro, é a praça, é a rua, e nesse sentido poderíamos afirmarque não seria jamais a metrópole ou mesmo a cidadelato sensu a menos que seja a pequena vila ou cidade —vivida/conhecida/reconhecida em todos os cantos. Mo-torista de ônibus, bilheteiros são conhecidos-reconheci-dos como parte da comunidade, cumprimentados comotal, não simplesmente prestadores de serviço. As casascomerciais são mais do que pontos de troca de mercado-rias, são também pontos de encontro. É evidente que épossível encontrar isso na metrópole, no nível do bairro,que é o plano do vivido, mas definitivamente não é oque caracteriza a metrópole.

A tríade cidadão-identidade-lugar aponta a necessi-dade de considerar o corpo, pois é através dele que ohomem habita e se apropria do espaço (através dos mo-dos de usos). A nossa experiência tem uma corporeidadepois agimos através do corpo. Ele nos dá acesso ao mun-do, para Perec é o nó vital, imediato, visto pela socieda-de como fonte e suporte de toda cultura, modos deapropriação da realidade, produto modificado pela ex-periência do meio, da relação com o mundo, relaçãomúltipla de sensação e de ação, mas também de desejoe, por conseqüência, de identificação com a projeçãosobre o outro. Abre-se aqui a perspectiva da análise dovivido através do uso, pelo corpo.” (p. 20-21)

O conceito de território

O mito da desterritorialização. Rogério Haesbaert.Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

“Mesmo se privilegiarmos a definição mais estrita deSack, do território como controle de processos sociais pelocontrole da acessibilidade através do espaço, é imprescin-dível verificar o quanto este ‘controle’ muda de configu-ração e de sentido ao longo do tempo. Enquanto nassociedades modernas ‘clássicas’, ou sociedades discipli-nares, como afirmou Foucault, dominavam os territórios-zona que implicavam a dominação de áreas (a expansãoimperialista pelo mundo até ‘fechar’ o mapa-múndi emtermos de um grande mosaico estatal é o exemplo de mai-or amplitude), o que vemos hoje é a importância de exer-cer controle sobre fluxos, redes, conexões (a ‘sociedadede controle’ tal como denominada por Deleuze (...).

Territorializar-se, desta forma, significa criar me-diações espaciais que nos proporcione efetivo ‘poder’sobre nossa reprodução enquanto grupos sociais (paraalguns também enquanto indivíduos), poder este que ésempre multiescalar e multidimensional, material eimaterial, de ‘dominação’ e ‘apropriação’ ao mesmotempo. O que seria fundamental ‘controlar’ em termosespaciais para construir nossos territórios no mundocontemporâneo? Além de sua enorme variação históri-ca, precisamos considerar sua variação geográfica: ob-viamente territorializar-se para um grupo indígena daAmazônia não é o mesmo que territorializar-se para osgrandes executivos de uma empresa transnacional. Cadaum desdobra relações com ou por meio do espaço deformas as mais diversas. Para uns, o território é cons-truído muito mais no sentido de uma área-abrigo e fon-te de recursos, a nível dominantemente local; paraoutros, ele interessa enquanto articulador de conexõesou redes de caráter global.” (p. 96-97)

O conceito de ambiente

Elementos de epistemologia da geografiacontemporânea. Dirce Maria Antunes Suertegaray.Curitiba: UFPR, 2002.

“O século XX assistiu à lenta transformação da cono-tação dos termos ambiente e ambientalismo, visto que,até meados do mesmo, as discussões relativas a essa te-mática ainda tinham uma concepção majoritariamente na-turalista e científica. A evolução da alteração do conceitode meio ambiente pode ser assim observada nas seguintespalavras de Bailly e Ferras (1997, p. 115-166).

‘Em 1917, o meio ambiente, é para uma planta “oresultante de todos os fatores externos que agem sobreela”. Em 1944, para um organismo “a soma total efeti-va de fatores aos quais um organismo responde”. Em1964, Harant e Jarry propõem “o conjunto de fatoresbióticos (vivos) ou abióticos (físico-químicos) do hábi-tat”. Em 1971, segundo Ternisien: “Conjunto, num mo-mento dado, dos agentes físicos, químicos e biológicos edos fatores sociais suscetíveis de ter um efeito direto ouindireto, imediato ou a termo, sobre os seres vivos e asatividades humanas.” E aí está a palavra na moda, víti-ma da inflação jornalística...’

Na evolução do conceito de meio ambiente (envo-ronment, environnenment) observa-se o envolvimentocrescente das atividades humanas sobretudo nas quatroúltimas décadas, mas ele continua fortemente ligado auma concepção naturalista, sendo que o homem social-mente organizado parece se constituir mais num fatorque num elemento do ambiente. De maneira geral, e ob-servando-se tanto o senso comum como o debate intra eextra-academia, a impressão geral que se tem é de que aabordagem do meio ambiente está diretamente relacio-nada à natureza, como se existisse um a priori determi-nante traduzido numa hierarquização dos elementoscomponentes do real, onde aqueles atinentes ao quadronatural estão hierarquicamente em posição mais impor-tante e sem os quais não haveria a possibilidade da com-preensão ambiental da realidade.

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.Entretanto, é notório o fato de que o emprego do termo

meio ambiente parece ter se tornado incômodo a um seg-mento dos ambientalistas mais contemporâneos, pois que,como o evidenciou Porto Gonçalves (1989), o fato de a pa-lavra meio também significar metade, parte, porção etc. de-notaria a idéia do tratamento parcial dos problemasambientais. Mesmo se esta leitura crítica apresente consi-derável coerência etimológica, não deixa de ser lastimávelo fato de os geógrafos pouco terem lutado para explicar aespecificidade e importância do termo meio no que concer-ne à sua significação científica; afinal, o emprego do mes-mo em contexto ambiental constitui-se atualmente numaderivação, ou mesmo numa apropriação geral do conceitode meio geográfico. Há que se atentar também para o fatode que muitos geógrafos consideram o termo ambiente, oumeio ambiente, um ‘quase sinônimo’ do termo geografia,vendo no emprego de expressões tais como ‘geografia am-biental’ um reducionismo.” (p. 123-125)

Sites interessantesRelacionamos a seguir alguns sites que podem ser úteis

no ensino de Geografia.

Portal da Cartografia

http://www.uel.br/projeto/cartografia

Neste site, o professor poderá encontrar material parao aprofundamento da discussão da cartografia escolar,assim como suporte técnico para a produção cartográfica.

IBGE Teen

http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.html

Este site foi criado pelo IBGE para atender às pesqui-sas do público estudantil. Nele, é facilitado o acesso àsinformações estatísticas do Brasil. Vale a pena conferir.

ONU no Brasil

http://www.onu-brasil.org.br/onu_brasil

Trata-se de um portal que permite o acesso aos escritó-rios no Brasil dos organismos internacionais vinculados àONU. Além de facilitar a localização dos sites oficiais des-tes organismos, é possível localizar muitos documentos,mapas e informações traduzidos para o português.

Projeto de Ensino e Aprendizagem Global

http://cyberschoolbus.un.org

Este é o site do projeto de ensino e aprendizagemvinculado à ONU. Nas versões em inglês, espanhol e fran-cês, é possível acessar inúmeras experiências de profes-sores e alunos de diversos países, que compartilham osprincípios da paz e da justiça social.

Ciências do Programa de Meio Ambiente dasNações Unidas

http://www.unep.org/science

Neste site, o professor poderá encontrar inúmerosmapas e gráficos gerados a partir dos dados de organis-mos internacionais vinculados à ONU.

Bate-papo com os autores

Nessa entrevista à editora, os autores expõem umpouco do que pensam a respeito do trabalho desenvol-vido na elaboração dessa obra. As opiniões expressa-das por cada um reflete o pensamento dos demais emrelação aos diversos temas abordados. Leia os princi-pais trechos da conversa.

Editora: Para vocês, qual seria o papel do livro didá-tico para o ensino da Geografia?

Autores: Pensamos que o livro didático de Geografianão deva ser encarado como uma enciclopédia, que reúnetodos os conhecimentos possíveis. Primeiro, que esta ta-refa tem cada vez menos sentido diante da complexidadee da velocidade das transformações que o mundo está vi-vendo. Mas o principal é que acreditamos que o livro ésimplesmente um material de apoio para a interação entreo conhecimento do aluno e o conhecimento científico. Poressa razão, tomamos como medida que o repertório e alinguagem do aluno são elementos fundamentais dessanova pedagogia.

É por causa disto que a obra de vocês foi estruturadacom base em competências e habilidades? Em que istodiferencia este livro didático?

Sabemos que um dos maiores desafios da educação nasúltimas décadas tem sido romper com um saber conteudis-ta e fragmentado, que não responde mais às demandas doséculo XXI. Cabe a nós, professores, desenvolvermos emnossos alunos uma aprendizagem significativa e adequadaà nova realidade, construindo em conjunto as ferramentasque possibilitarão aos jovens fazer uma leitura adequada deseu mundo para, dessa forma, participarem, não como ato-res secundários da trama global, mas como edificadores desua própria história e participantes ativos na construção deuma sociedade mais humana e igualitária. Para tanto, essejovem do século XXI necessita dominar um conjunto deferramentas que lhe permitirá ler e interpretar criticamentea realidade. O estudo por competências possibilitará umaaprendizagem significativa, pois, por meio da contextuali-zação, o aluno é levado a desenvolver habilidades que lhedarão condições para aplicar conceitos nucleadores das di-versas disciplinas escolares.

Mas quais seriam estas competências?Interpretar enunciados, ler e interpretar mapas, gráfi-

cos e tabelas, posicionar-se diante de um acontecimento,distinguir os argumentos de um ou de outro autor, posicio-nar-se diante das contradições etc. Com essas ferramentas,associadas aos saberes específicos, temos certeza de quenossos jovens estarão aptos a participar de forma solidáriae sensível na construção de uma sociedade mais justa.

É lógico que este enfoque exige a incorporação denovos temas que estão sendo estudados pela ciência geo-gráfica. Vocês poderiam dar algum exemplo?

Entre os temas novos que apresentamos neste livro gos-taríamos de comentar o que trata do tempo livre e do lazer.

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A sociedade atual permite que algumas pessoas pos-sam exercer seu tempo livre, escolhendo o que fazer.Porém, transforma grande parte das ofertas em merca-dorias, abrindo mais uma frente de acumulação capita-lista. É preciso insistir que a realização do tempo livreé um exercício de cidadania e que deve estar desvincu-lado do poder de comprar o acesso a uma área natural,a um filme ou coisa parecida.

Mas como é possível trabalhar estas novas temáti-cas em um volume único?

Em um volume único podemos apresentar temascontemporâneos que afligem a sociedade Ocidental e,depois, trabalhá-los na escala nacional. O Brasil nãoestá à margem dos processos globais do mundo das fi-nanças, da produção econômica, nem das decisões po-líticas. Compreender como esses assuntos nos afetam éfundamental para o posicionamento e escolha do seupróprio destino. Por isso, a seleção de temas é funda-mental, em um volume único, no sentido de oferecerao estudante elementos que o faça refletir sobre a rela-ção entre forças internacionais e características nacio-nais, de modo a permitir que faça escolhas de modoconsciente.

Quem de vocês tem trabalhado com esse livro emsala de aula? Você? Como é ser autora e trabalhar como próprio livro? Como os alunos recebem a propostada obra em sala de aula?

É muito gratificante. Percebo um grande envolvi-mento dos alunos em relação às atividades em que secolocam como participantes ativos do processo de

aprendizagem. Além disso, muitos alunos expressamque o livro permite uma compreensão mais adequada,pois tem um texto apropriado à compreensão dos jovens,permitindo-lhes assimilar mais facilmente os elemen-tos constituintes dos processos de construção, tanto na-turais quanto socioeconômicos, no planeta. Algunscapítulos em especial são muito motivadores para seremobjeto de trabalhos em grupo, pois suscitam grande par-ticipação, como Cultura jovem e conflito, Geografia docrime e Geografia do lazer.

Apesar de tantas inovações, também é preciso nãoperder de vista os conteúdos tradicionalmente trabalha-dos no Ensino Médio. Vocês tiveram esta preocupação?

Produzir um livro não é uma tarefa isolada. Temostido muito contato com os professores do Ensino Mé-dio, assim como acompanhamos as tendências dos ves-tibulares e a experiência do Enem. Preocupados comisto, procuramos não perder de vista a discussão devários temas que são reconhecidos socialmente comode responsabilidade da Geografia. Dentre eles, eu gos-taria de destacar o fortalecimento do uso das ferramen-tas cartográficas no livro. Uma grande diferença entreo Ensino Fundamental e Ensino Médio está aí. Umavez completada a alfabetização cartográfica, o alunoprecisa dar um salto muito grande no uso da Cartogra-fia como recurso da leitura geográfica. Para isto, eleterá que se exercitar pelos caminhos da CartografiaTemática. Acho que nossa obra oferece uma diversida-de muito grande de situações para o aluno aprofundaro seu domínio da linguagem cartográfica.

4. Processo de avaliação

A avaliação é um processo contínuo e sistemáticoque visa verificar em que medida os objetivos pedagó-gicos estão sendo atingidos. É uma prerrogativa do pro-fessor, que planejou sua proposta de ensino deGeografia e conhece os limites e possibilidades de seusalunos. Estes, por sua vez, podem participar ativamen-te da avaliação, se forem chamados a refletir a respeitode seus avanços no processo de aprendizagem e da qua-lidade do trabalho coletivo.

A presente obra, por se tratar de um material deapoio ao professor, apresenta uma série de atividadesque podem auxiliar no processo de avaliação. As uni-dades de abertura facilitam a avaliação diagnóstica,porque propiciam a identificação do repertório e dasdificuldades dos alunos diante de um tema novo. Asatividades distribuídas ao longo dos capítulos possibi-litam a avaliação formativa, na qual o aluno, com aajuda do professor, revê seus resultados e supera suas

dificuldades, seus bloqueios e suas lacunas de conhe-cimento. Essas atividades também fornecem dados queconfirmam ou não a avaliação diagnóstica, que deveser levada em conta ao longo de todo o processo. Porfim, as atividades reunidas no Ponto de vista e De olhona mídia fornecem subsídios para a avaliação somati-va, que deve ser feita no final do processo de aprendi-zagem por meio da análise do que foi aprendido, e dolevantamento dos pontos falhos da avaliação diagnós-tica e da avaliação formativa.

Para auxiliar o processo de avaliação, as atividadespropostas no livro foram classificadas pelo nível de com-plexidade (básico = I, operacional = II, global = III), pelacompetência (1, 2 ou 3) e pelas habilidades (A, B, C, D, E,F, G). Desta forma, o professor poderá observar o desem-penho de cada aluno, verificando possíveis dificuldadesou diferenças de ritmo da turma.

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UNIDADE I Bases da Geografia: sociedade,natureza e território

Leitura cartográfica — página 9Competência e habilidade I.1.A

ObjetivoExtrair informações de mapas, correlacionando-as com

processos naturais e seus impactos ambientais.ProcedimentoNas atividades de abertura de unidade, o principal ob-

jetivo é verificar o repertório dos alunos em relação aoassuntos que serão tratados nos capítulos. O material car-tográfico da atividade reúne informações a respeito doimpacto provocado pelo tsunami em dezembro de 2004,na região do Índico. O professor também poderá observaras habilidades dos alunos com relação ao uso de mapas.

Capítulo 1 — A Geografia e a linguagem cartográfica

Conexões — página 12Competência e habilidade I.1.F

ObjetivoAplicar os conhecimentos geográficos numa perspec-

tiva interdisciplinar, valorizando a apreciação artística.ProcedimentosSugerimos que a leitura do texto seja feita em voz alta

na sala de aula. Os alunos podem analisar o poema emgrupos, mas a elaboração da conclusão deve ser um traba-lho individual.

Espera-se que a turma identifique nas estrofes selecio-nadas de Os lusíadas a exaltação de Camões ao empreendi-mento português de expansão marítima, sem precedentesna história.

Lição de cartografia — página 16Competência e habilidade II.1.A

ObjetivoAmpliar o domínio da leitura e interpretação carto-

gráfica, analisando um mapa esquemático.Procedimentos1. Trata-se de um exemplo de mapa esquemático. O

traçado do Japão é simplificado, sem muita preocupaçãocom a exatidão e a precisão.

2. O mapa apresenta exemplos de todas estas formasde representação. Há fenômenos qualitativos, como ostúneis e pontes (informações lineares), assim como fenô-menos quantitativos, como é o caso do tamanho das cida-des (informações pontuais).

Agora é com você! — página 18

Competência e habilidade II.1.A

ObjetivoEsta atividade tem como objetivo desenvolver os pro-

cedimentos referentes à utilização dos elementos da car-tografia.

ProcedimentosEspera-se que os alunos exercitem a interpretação de

diversas escalas, diferenciando e relacionando as escalascartográficas da geográfica, além de elaborarem textossíntese.

Ponto de vista — página 19Competência e habilidade III.2.A

ObjetivoComparar pontos de vista sobre o mesmo tema, con-

frontando teses e argumentos.ProcedimentosEspera-se que o aluno perceba que no primeiro caso

— Projeção de Peters — há um privilegiamento da repre-sentação dos países do hemisfério sul, enquanto no se-gundo caso — Projeção Azimutal centrada no Brasil —observa-se o mundo na perspectiva do nosso país.

Capítulo 2 — O sistema terrestre

Lição de cartografia — página 27Competência e habilidade I.1.A

ObjetivoConstruir um modelo que represente os fenômenos

ocorridos na escala do tempo geológico.ProcedimentoEspera-se que os alunos consigam estabelecer uma

relação de proporcionalidade entre quatro metros de pa-pel (400 cm) e o tempo da história da Terra (4 bilhões e600 milhões). Como para cada centímetro de papel deveser representado 460 milhões de anos, os alunos irãoperceber a dificuldade de representar os acontecimen-tos mais recentes. Ao comentar em sala de aula a ativi-dade, é importante que a turma perceba que a dificuldadenão é individual, mas do grupo, e que familiarizar-secom a escala geológica faz parte do processo de apren-dizagem.

Conexões — página 34Competência e habilidade III.3.G

ObjetivosLevantar hipóteses a partir da observação dos elemen-

tos contidos numa fotografia. Elaborar relatório com asconclusões da análise.

ProcedimentosO aluno deve observar certos aspectos importantes do

terreno, que permitem constatar algumas evidências:1o. O terreno é sedimentar.2o. A presença das marcas sinaliza que havia umidade

no terreno.3o. O animal que deixou as pegadas era um bípede.Além dessas constatações, os alunos podem levantar

algumas suposições, por exemplo, sobre a existência dealimento ou água na região.

5. Procedimentos e tratamento didático das atividades

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Ponto de vista — página 35Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoComparar pontos de vista sobre o mesmo tema, con-

frontando teses e argumentos.ProcedimentosEspera-se que os alunos percebam as diferenças entre

as duas teses sobre a evolução do planeta: atualismo e cata-clismo. O debate a respeito desses dois pontos de vista podeser organizado no formato de um tribunal. A classe, emconjunto, define os alunos que farão a defesa de cada posi-ção e aqueles que atuarão como júri e juiz. O resultado dodebate deve ser registrado no caderno, individualmente.

Capítulo 3 — Climas e hidrologia terrestres

Agora é com você! — página 38Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoTomar decisões diante de situações concretas, inferin-

do e julgando opiniões.ProcedimentosEspera-se que o aluno formule suas próprias hipóte-

ses e possa analisá-las, mediante os dados de previsõesmetereológicas coletadas dos jornais diários.

Agora é com você! — página 40Competência e habilidade II.1.A

ObjetivoAnalisar e interpretar informações, comparando repre-

sentações esquemáticas com fotografias.Procedimentos2. a) cúmulo-nimbos; b) cirros; c) estrato-cúmulos.

Agora é com você! — página 43Competência e habilidade II.1.B

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações apresen-

tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e decomplementaridade entre processos naturais.

Procedimentos1.Amplitude térmica anual é a diferença entre as mé-

dias de temperatura entre os meses mais quentes e friosde uma determinada área. Dependendo da amplitude tér-mica, determinadas culturas serão mais adequadas paraas práticas agrícolas.

2.Para os alunos que moram próximos do mar, espera-seobservações referentes à influência da brisa marítima. Comrelação àqueles que moram no interior do país, espera-seobservações referentes à elevada amplitude térmica anual.

Agora é com você! — página 44Competência e habilidade II.1.B

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações apresen-

tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e decomplementaridade entre processos naturais.

ProcedimentosTanto o clima equatorial quanto o clima tropical

apresentam elevada insolação. Porém, no primeiro casoas médias de temperaturas são mais elevadas do que nosegundo caso. Por sua vez, o clima tropical apresentaamplitudes térmicas anuais mais elevadas do que o cli-ma equatorial.

Ponto de vista — página 48

Competência e habilidade II.2.F

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto.ProcedimentosSugerimos que o professor exercite a leitura de tex-

tos argumentativos com a turma. Os alunos podem serconvidados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Ao tér-mino da leitura, o professor poderá escrever no quadroas conclusões obtidas na atividade.

Capítulo 4 — Os principais biomas da Terra

Agora é com você! — página 54

Competência e habilidade I.1.B

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações apresen-

tadas no capítulo, estabelecendo relações de ordem e decomplementaridade entre processos naturais.

Procedimentos1.A Biogeografia estuda a distribuição dos seres vi-

vos na Terra, relacionando as características do meio físi-co ao surgimento de cada espécie.

2.O hábitat é o ambiente onde vive a espécie, enquan-to o nicho ecológico é o lugar com as condições necessá-rias de alimentação e reprodução de cada ser vivo.

3.O ecossistema é um sistema de interações entre osseres vivos e o ambiente. Nos estudos da Biogeografia, osecossistemas são reunidos em grandes agrupamentos de-nominados biomas.

Ponto de vista — página 57

Competência e habilidade III.3.B

ObjetivoPosicionar-se criticamente diante das idéias do autor.Procedimentos1.Os alunos devem ser estimulados a expressar o seu

próprio ponto de vista, considerando o que foi estudadono capítulo. O fundamental é que se estabeleça um ambi-ente de troca de idéias e que a justificativa de cada posi-cionamento seja compreendida pelos colegas.

2.Dentre as atividades econômicas que colocam emrisco os domínios tropicais, espera-se que os alunos serefiram à expansão da agricultura mecanizada nas re-giões de campos e savanas.

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.Capítulo 5 — As bases físicas do Brasil

Lição de cartografia — página 63Competência e habilidade III.1.A

ObjetivoAmpliar o domínio da leitura e interpretação carto-

gráfica, por meio da análise de climogramas.ProcedimentosSegundo Martinelli (1998, p. 40), um climograma é um

gráfico termopluviométrico que “considera a escala dasprecipitações à esquerda e a das temperaturas à direita [...]Esse tipo de gráfico permite a comparação entre vários ti-pos de regimes climáticos em vista de uma classificação”.

Os climogramas destacados na atividade representamos seguintes padrões climáticos:

• São Gabriel da Cachoeira: clima equatorial, comaltos índices pluviométricos e temperaturas elevadas du-rante todo o ano;

• Ilhéus: clima tropical úmido, com altos índices plu-viométricos e temperaturas elevadas;

• Goiânia: clima tropical típico ou semi-úmido, comestações secas (outono e inverno) e chuvosas (primaverae verão) bem definidas e temperaturas elevadas;

• Juazeiro: clima tropical semi-árido, com índices plu-viométricos baixos durante todo o ano e temperaturas ele-vadas;

• Bagé: clima subtropical, com umidade regular du-rante o ano e queda acentuada da temperatura no inverno.

Agora é com você! — página 66Competência e habilidade II.1.A

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações apresen-

tados no capítulo, estabelecendo relações de ordem e decomplementaridade entre processos naturais.

Procedimentos1. A foto a é da formação de cerrado, típica das áreas

de clima tropical (com verão úmido e inverno seco). Afoto b refere-se à Mata Atlântica, localizada nas encostasda Serra do Mar, no litoral brasileiro, caracterizado peloclima litorâneo úmido (exposto à Massa Tropical Atlânti-ca). A foto c é da Mata de Araucária, característica dasáreas de Clima Tropical de Altitude ou do Clima Subtro-pical Úmido do Brasil meridional. Na fotografia d, obser-va-se uma formação de caatinga, que ocorre nas áreas deClima Tropical Semi-árido do Polígono das Secas do Nor-deste Brasileiro.

Ponto de vista — página 67Competência e habilidade I.1.B

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto.ProcedimentosAs atividades propostas na seção Ponto de vista visam

aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da unidadena análise do pensamento de diversos autores. Elas foramprogramadas segundo um grau de dificuldade crescente.

Nesta primeira unidade, a habilidade exigida é de nível bási-co, uma vez que o objetivo da atividade é apenas identificaras idéias apresentadas no texto por Mário Guimarães Ferri.

Capítulo 6 — Sociedade industrial e meio ambiente

Conexões — página 74Competência e habilidade III.3.C

ObjetivosAplicar conhecimentos geográficos para reelaborar o

texto de forma crítica e estabelecendo relações entre re-cursos expressivos e efeitos de sentido.

ProcedimentosEm primeiro lugar, é preciso deixar claro que as idéias

do cacique dos teme-augama anishnabai devem ser tratadascom muito respeito. A paródia é uma forma de reelaboraçãodo texto, que será utilizada para a formulação de uma críticaà sociedade de consumo. Sugerimos que o texto original sejalido em sala de aula, e que os alunos procurem, em conjunto,identificar os seus aspectos essenciais. O resultado final dotrabalho também pode ser apresentado para a classe.

Agora é com você! — página 75Competência e habilidade II.3.B

ObjetivosDesenvolver a capacidade de observação e de coleta de

dados de campo. Elaborar um relatório, de acordo com as ins-truções da atividade. Documentar iconograficamente a visita,por meio de ilustrações e fotos do local estudado (opcional).

ProcedimentosA atividade pode ser executada num estudo do meio.

Seria interessante organizar a turma em três grupos, fi-cando cada equipe responsável por um dos itens do rela-tório. A observação de campo permite ao aluno buscarelementos concretos para compreender a dinâmica dosagentes externos modeladores do relevo. É importantesalientar os seguintes aspectos:

• o trabalho das águas correntes (construção e erosão);

• a ação da mata ciliar no controle da erosão provoca-da pelas cheias;

• a alteração do ambiente pela ação humana.

Lição de cartografia — página 75

Competência e habilidade II.1.B

ObjetivoAmpliar o domínio da leitura e interpretação carto-

gráfica, por meio da análise de uma série histórica de es-boços de paisagem.

ProcedimentosEspera-se que o aluno perceba as diferenças entre dois

momentos históricos distintos, identificando marcas napaisagem. Na primeira gravura, o horizonte da cidade apa-rece delineado por inúmeras torres de igrejas e há espaçodisponível nas margens do rio. Já a cidade industrial ébem mais compacta, com elevada densidade habitacional.As chaminés das fábricas passam a dividir a linha do ho-rizonte com as igrejas.

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Lição de cartografia — página 77Competência e habilidade II.1.B

ObjetivoAmpliar o domínio da leitura e interpretação carto-

gráfica, por meio da análise de um mapa temático.ProcedimentosPor meio da observação do mapa o aluno será capaz

de obter as respostas.a) São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul.b) Neste item o aluno deverá relacionar a localização de

sua cidade e a área em que se encontra alguma hidrelétrica.c)Neste item também há a necessidade de se estabele-

cer uma relação entre o local próximo e as hidrelétricas.

Agora é com você! — página 80Competência e habilidade I.1.B

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações apresen-

tados no capítulo, estabelecendo relações de ordem, decontradição e de complementaridade dos processos eco-nômicos, sociais e políticos.

Procedimentos2.De acordo com o texto, a presença humana na Terra

pode ser dividida em cinco fases: a fase primitiva, na qualcomunidades primitivas viviam da caça e da coleta; a faseagrícola; a fase comercial, caracterizada pela expansãomarítima e comercial; a fase urbano-industrial, que teveinício há 2 séculos; e o período técnico-científico, decor-rente do desenvolvimento urbano-industrial.

3.A fase agrícola é marcada pela domesticação de plan-tas e animais.

4.No período técnico-científico a informação e os la-ços entre ciência e produção são cada vez mais estreitos.

5.Nesta resposta, espera-se que o aluno utilize os dadose informações a respeito do fluxo de energia na Terra paraanalisar a carga imposta ao ambiente pela sociedade indus-trial. A idéia central é a de que será preciso encontrar umcaminho alternativo de desenvolvimento porque o atualpadrão de consumo não tem sustentabilidade energética.

6.Mais da metade da superfície das terras emersasdo planeta foi intensamente modificada pelas ativida-des humanas. Mesmo as áreas mais longínquas e ina-cessíveis já foram de alguma forma apropriadas pelasatividades humanas.

Conexões — página 80Competência e habilidade III.2.B

ObjetivosAnalisar o efeito de sentido do uso da linguagem figu-

rada, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers-pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística.

ProcedimentosSugerimos que a leitura do texto seja feita em voz alta,

na sala de aula. Os alunos podem analisar o poema emconjunto, mas a elaboração da conclusão deve ser um tra-balho individual.

A canção trata de maneira figurada do ciclo de ener-gia da natureza. O elemento de “amarração” do proces-

so é a fotossíntese, base da cadeia alimentar. Segundo opoeta, a luz do Sol também é o elo entre a atmosfera e alitosfera, por onde o rio passa, erodindo e sedimentan-do. Ao homem resta “ferir com a mão essa delicadeza”,provocando o impacto ambiental.

Ponto de vista — página 80Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoComparar pontos de vista sobre o mesmo temaProcedimentosO aluno deverá ser capaz de localizar no texto as idéias

principais, respondendo às perguntas solicitadas.1.Na primeira questão, espera-se que o aluno identifi-

que como “força endógena” a pressão exercida pelo man-to na criação de formas estruturais e como “força exógena”,a energia solar por meio da atmosfera.

2.Nesta questão, o aluno deverá reconhecer que o re-levo resultante da ação das “forças endógenas” sofre des-gaste e esculturação de agentes das “forças exógenas”.

3.Nesta pergunta espera-se que o aluno demonstrecompreensão a respeito ao ritmo das transformações ter-restres na escala geológica de tempo que, muitas vezes,não é perceptível.

Capítulo 7 — Fronteiras e mapas políticos

Conexões — página 86Competência e habilidade III.2.D

ObjetivoSubsidiar a construção do conceito de ideologia.ProcedimentosEsta atividade é uma situação desafiadora para a mo-

bilização dessa habilidade. Como estímulo, sugerimos areleitura do boxe “O ideário nacional da Repúbica Fran-cesa” e a apreciação da obra de Delacroix, A liberdadeguiando o povo (p. 84). O aluno deve se sentir à vontadepara elaborar suas próprias conclusões. Há evidências su-ficientes da forte influência do ideário francês na formu-lação da simbologia nacional da República brasileira.

Caso julgue necessário dar continuidade a esse tipo deprocedimento, sugerimos como atividade complementar aleitura crítica de manchetes de jornal. Os alunos podem pes-quisar exemplos de manchetes com claro viés ideológico.

Agora é com você! — página 89Competência e habilidade III.3.D

ObjetivoIncentivar o aluno a posicionar-se e a justificar suas posi-

ções diante de um questionamento que implica valores.ProcedimentosEssa atividade permite conhecer um pouco melhor como

cada aluno se coloca diante de um questionamento de natu-reza subjetiva. O respeito à diversidade de opiniões é con-dição fundamental para que se alcance o objetivo daatividade. O item 1 pode ser realizado oralmente. O item2 permite que se trabalhe a diferença entre uma atitude

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.ufanista e uma atitude consciente de respeito ao país, semdeixar de lado a crítica às desigualdades sociais existen-tes em nossa sociedade.

Ponto de vista — página 90Competência e habilidade I.1.D

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto.ProcedimentosAs atividades propostas na seção Ponto de vista visam

aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da unidadena análise do pensamento de diversos autores. Elas foramprogramadas segundo um grau de dificuldade crescente.Nesta primeira unidade, a habilidade exigida é de nívelbásico, uma vez que o objetivo da atividade é apenas iden-tificar as idéias apresentadas no texto por Hobsbawm.

1.O autor analisa o período do entreguerras. ParaHobsbawm, o Tratado de Versalhes não estabeleceu asbases de uma paz mundial estável, uma vez que os Es-tados Unidos, a Alemanha e a Rússia não participaramefetivamente dos acordos.

2.No período entreguerras, as potências européias per-deram, paulatinamente, espaço político para as duas no-vas potências: Estados Unidos e União Soviética. Assim,podemos dizer que o mundo que emergia desse processonão era mais “eurocentrado” e “eurodeterminado”.

Capítulo 8 — Caminhos da economia mundial

Agora é com você! — página 98Competência e habilidade II.2.C

ObjetivoDesenvolver a capacidade de síntese e de extrair idéias

centrais de um texto, a partir da análise das relações ex-pressas em um mapa conceitual.

Procedimentos1. Espera-se que o aluno perceba que o Estado-nação

cumpre um papel importante para o funcionamento daeconomia mundial. O elo entre o Estado-nação e a econo-mia mundial é a burguesia (bancária, comercial e indus-trial), cada vez mais globalizada, ainda que mantenha asede das empresas em determinados países. Um outroenfoque esperado para esta questão diz respeito à relaçãosocial entre diferentes classes (dimensão política) para arealização do lucro (dimensão econômica).

2. Os Estados Unidos tinham uma poupança de capi-tal acumulada durante o período da II Guerra Mundial. Opaís utilizará estes recursos para apoiar a reconstrução daEuropa Ocidental e do Japão, aumentando sua influênciano mundo.

3. A Conferência de Bretton Woods, realizada em 1944,estabeleceu que o dólar americano seria utilizado comoparâmetro para as transações internacionais, tornando osEstados Unidos os fiadores do sistema financeiro inter-nacional. Quando ele foi rompido, em 1973, quando osEstados Unidos deixaram o dólar flutuar livremente nomercado, como qualquer outra moeda, a intenção era pro-teger a economia norte-americana de ter de arcar sozinhacom a crise financeira internacional.

4. Os keynesianos acreditavam que o Estado tinha um pa-pel regulador na economia, enquanto os neoliberais acreditamque o verdadeiro motor da economia capitalista é o mercado.

5.A Organização Mundial do Comércio (OMC) temcomo objetivo principal a eliminação das barreiras nãotarifárias ao comércio, promovendo o crescimento das re-lações comerciais internacionais. A OMC é um organis-mo internacional, com mais de 130 Estados-membros, comsede em Genebra, onde funciona o seu secretariado.

Conexões — página 98Competência e habilidade III.2.D

ObjetivoApreciar a manifestação artística, inferindo e julgan-

do opiniões/pontos de vista de interesse geográfico.ProcedimentosComo já vimos, a obra de arte não é só representação, é

também resultado da busca incessante de uma linguagemque dê conta de representar a realidade para as pessoas quenela estão inseridas. É por isso que consideramos muitoimportante o desenvolvimento da capacidade de percepçãodo mundo a partir da expressão artística, entendendo-a comoresultado da vida social num determinado lugar e tempo.

No caso dessa atividade, a interpretação da obra deDalí representa uma oportunidade para interferir ou trans-formar a perspectiva do olhar do jovem. Por isso, é muitoimportante que o aluno se sinta à vontade para expressar asua opinião. É na apreciação do Belo que se desenvolve ogosto artístico, e a Geografia pode dar uma contribuiçãopara esse desenvolvimento.

Caso a turma encontre dificuldade para estabeleceruma interação com a obra, fazemos a seguir algumas con-siderações que podem ajudar o(a) professor(a) a construiresse caminho com os seus alunos.

O pintor espanhol Salvador Dalí (1904-1989) segue umatrajetória artística que crê na força transformadora da imagi-nação. Fundou, com vários outros artistas, o movimento dosurrealismo, cujo “Manifesto” foi divulgado em 1924. Em1928, o poeta francês André Breton (1896-1966) publicou olivro O surrealismo e a pintura, lançando as base da teoriaestética surrealista. Segundo Argan, a estética surrealista con-siderava que “a arte, pois, não é representação, e sim comu-nicação vital, biopsíquica, do indivíduo por meio de símbolos.Tal como na teoria e na terapia psicanalíticas, na arte é deextrema importância a experiência onírica, na qual coisasque se afiguram distintas e não-relacionadas para a consci-ência revelam-se interligadas por relações tanto mais sólidasquanto mais ilógicas e intrincáveis”. (Argan, 1992, p. 360)

A respeito da pintura (óleo sobre tela) Criança geopo-lítica assistindo ao nascimento do novo Homem, de 1943,Harris (1997, p. 61) faz a seguinte análise: “o título destequadro soa como uma paródia de todas as previsões oti-mistas feitas durante a Segunda Guerra Mundial sobre o‘novo mundo’ que emergiria depois da derrota do fascis-mo. A geopolítica era uma ciência que estava na moda nadécada de 1930, focalizando os fatores geográficos queinfluenciavam os destinos dos estados, especialmente, sualocalização nas grandes massas continentais da Terra.A presença de uma criança assistindo ao ‘nascimento’ deum homem adulto serve para abalar o conceito e reforçaro ceticismo do observador, compartilhado por Dalí. Como

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uma galinha, o Novo Homem está saindo do globo, quetem uma pele mole diferente de uma casca. Mesmo oscontinentes são moles aparentemente, a ponto de se der-reterem; misteriosamente. A África ocidental deixou cairuma lágrima. O toldo pontiagudo e a mulher apontando,ao mesmo tempo musculosa e emaciada, ajudam a dar aoquadro uma atmosfera bastante ameaçadora”.

Ponto de vista — página 99Competência e habilidade III.2.F

ObjetivosDesenvolver o hábito metódico de leitura ativa. Esta-

belecer relações entre uma tese e os argumentos ofereci-dos para sustentá-la.

ProcedimentosSegundo Barbosa (1990), a leitura é uma espécie de

“escrita mental”. Na verdade, quando lemos um texto, nóso recriamos em nossas mentes, concordando, discordan-do, acrescentando, questionando as idéias do autor. Porsua vez, ao escrevermos, estamos construindo a nossa “lei-tura de mundo”. As atividades do Ponto de vista visamsempre a perspectiva do leitor ativo.

No caso das atividades propostas, o item 1 exige doaluno o hábito de estudo metódico. É muito importanteressaltar a necessidade de ampliação do vocabulário e douso do dicionário para o aprimoramento da leitura. O(A)professor(a) poderá indagar a turma sobre quem efetiva-mente elaborou o glossário e quais os termos selecionados.

Quanto ao item 2, os alunos continuam a se exercitar nomanuseio do texto, por meio da identificação das teses citadase dos argumentos utilizados pelos autores para sustentá-las.

De olho na mídia — página 103Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoAplicar os conhecimentos adquiridos para análise crí-

tica do texto jornalístico.ProcedimentoNa seção De olho na mídia o aluno irá encontrar textos

extraídos de jornais e revistas, relacionados com os temasdesenvolvidos em cada capítulo deste livro. O texto de fe-chamento da unidade 1 destaca uma notícia — uso e con-flitos dos recursos hídricos no Brasil. Espera-se que o alunoperceba que o aparecimento dos conflitos pelo uso da águasão decorrentes da deterioração de sua qualidade, assimcomo da desigualdade de acesso aos recursos existentes.

UNIDADE II O mundo geopolítico contem-porâneo

Leitura Cartográfica — página 105Competência e habilidade I.2.D

ObjetivoExtrair informações do mapa, correlacionando-as com

aspectos da hegemonia americana.ProcedimentoSugerimos que o professor comece a discussão da ati-

vidade chamando a atenção da turma para o fato de que aescolha da projeção cartográfica não depende apenas de

critérios técnicos, mas também é uma decisão que revelao ponto de vista a partir do qual o autor do mapa observao mundo. Portanto, é ingênuo pensar que o mapa é neutro,sem nenhum interesse. No caso do mapa da abertura daunidade, a projeção está centrada nos Estados Unidos,permitindo a visão dos países a partir de Washington. Emseguida, a partir da atividade, é possível observar quaissão os alunos que conseguem trabalhar com os elementosda legenda, identificando-os no mapa.

Capítulo 9 — A geografia da Guerra Fria

Lição de cartografia — página 107Competência e habilidade I.1.A

ObjetivoUtilizar diferentes formas de representação para ana-

lisar a formação territorial ao longo do tempo.ProcedimentosA transposição dos dados organizados em um mapa

para uma linha do tempo envolverá uma série de habili-dades: extrair informações do mapa, definir uma escalapara o intervalo de tempo (50 anos) e construir a repre-sentação gráfica. Sugerimos que a turma adote umamesma escala: 2 mm para cada ano. Uma vez concluídoo trabalho, os alunos poderão discurtir os resultados,comparando as duas formas de representação da expan-são territorial dos Estados Unidos.

Conexões — página 110Competência e habilidade III.2.D

ObjetivoUtilizar um cartaz de propaganda como fonte de co-

nhecimento geográfico, identificando e relacionando re-cursos expressivos como marcas do tempo histórico.

ProcedimentosO mais importante nessa atividade é garantir que os alu-

nos tenham oportunidade de chegar às suas próprias conclu-sões. Caso isso não ocorra, a discussão dos resultados obtidosserá um bom momento para avaliação diagnóstica acerca dograu de compreensão do assunto por parte da turma.

Espera-se que o aluno, com base nas idéias que estão sen-do desenvolvidas no capítulo, consiga perceber o conteúdoideológico da mensagem visual. O controle dos meios de co-municação de massa foi um instrumento essencial para a di-fusão dos ideais da Revolução Russa. É inegável que o anúnciopublicitário em cores tem um poder de atração muito grande.No caso do cartaz, o fato de ele prender a atenção e conseguiruma rápida assimilação da mensagem está ligado à simplici-dade da imagem e ao foco da idéia principal: o poder da liber-tação dos trabalhadores está em suas próprias mãos.

Agora é com você! — página 112Competência e habilidade II.2.D

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações apresen-

tados no capítulo, estabelecendo relações de ordem, decontradição e de complementaridade dos processos eco-nômicos, sociais e políticos.

ProcedimentosNa Conferência de Yalta, os soviéticos tiveram uma gran-

de vitória: dado o poderio militar dos soviéticos, os Estados

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.Unidos tiveram de aceitar o domínio da União Soviéticasobre o Leste Europeu. Porém, na Conferência de Potsdam,os soviéticos tiveram de aceitar a divisão da Alemanha e dacidade de Berlim entre os aliados, uma vez que os america-nos já haviam testado a primeira bomba atômica.

Lição de cartografia — página 116Competência e habilidade I.1.A

ObjetivoFazer uso dos conhecimentos cartográficos para orde-

nar os acontecimentos ao longo do tempo em uma repre-sentação gráfica.

ProcedimentosComo vimos no capítulo, a Guerra Fria pode ser delimi-

tada entre a construção do Muro de Berlim, em 1961, e a suadestruição, em 1989. O primeiro passo para representar esseperíodo em uma linha do tempo é definir uma escala propor-cional a essa seqüência de 28 anos. Para facilitar o trabalho,podemos considerar a escala de 1 centímetro para cada ano,totalizando uma linha do tempo de 28 centímetros.

Espera-se que os alunos registrem, na seqüência deacontecimentos, o bloqueio aéreo de Berlim, a constru-ção do Muro, a criação da Otan e do Pacto de Varsóvia, acrise do bloco soviético e a destruição do Muro de Ber-lim. Caso julgue necessário, o(a) professor(a) pode suge-rir que os alunos ampliem o período a ser representado nalinha do tempo, acrescentando os antecedentes da GuerraFria, como as conferências de Yalta e Potsdam, a DoutrinaTruman e o Plano Marshall.

Os alunos podem ilustrar o trabalho, tornando sua lei-tura mais fácil com a utilização da linguagem visual. Se-gundo Erwin Raisz (1969, p. 329), a “linha de tempo” podeser considerada uma espécie de mapa histórico, uma vezque esse tipo de representação gráfica permite a visualiza-ção rápida das informações a respeito de um determinadoprocesso histórico.

Agora é com você! — página 117Competência e habilidade I.1.D

ObjetivoDiferenciar fontes e formas de documentação, levan-

do o aluno a organizar o material coletado, de modo afacilitar sua consulta e utilização.

ProcedimentosConvém que o professor repasse, com os alunos, o en-

caminhamento da atividade, para esclarecer dúvidas refe-rentes à elaboração de um dossiê, destacando tanto osprocedimentos de pesquisa quanto os que envolvem a or-ganização do material encontrado. Um dossiê deve apre-sentar capa, sumário, seções temáticas e conclusão. Omaterial colhido pelos alunos pode complementar o as-sunto objeto de estudo. A organização do material e o seuuso na elaboração da conclusão são importantes procedi-mentos a serem observados pelo professor.

Ponto de vista — página 117Competência e habilidade III.2.D

ObjetivoEstabelecer relação, no interior de um texto, entre um

problema apresentado e a solução oferecida.

ProcedimentosA construção de quadros sinóticos será bastante estimu-

lada ao longo dos capítulos. Consideramos uma habilidadeimportante para a formação do hábito de estudo metódico. Aseguir, sugestões de quadros sinóticos para a atividade.

FICHA TÉCNICA– Sobrenome do autor, nome: RIBEIRO, Wagner Costa– Referências bibliográficas: RIBEIRO, Wagner Costa.

Relações internacionais: cenários para o século XXI. SãoPaulo, Scipione, 2000.

DIVERSOS COMEÇOS DA GUERRA FRIA

Marco Ano provávelArgumentohistórico de início

Construçãodo Muro deBerlim

1917

1945

1947

1948 e 1949

1949

1961

O socialismo chegavaao poder e afrontava valoresda sociedade capitalista.

RevoluçãoRussa

Bombaatômica

Foi uma demonstração deforça dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos sepropunham a proteger todosos povos livres contratentativas de controle deregimes considerados (poreles) totalitários.

Política deContenção,de Truman

Momento em que as duassuperpotências deixaramclaro seus antagonismos.

Bloqueio deBerlim

Uma das conseqüências dobloqueio de Berlim.

Foi o maior símbolo daGuerra Fria.

Divisão daAlemanha

FICHA TÉCNICA– Sobrenome do autor, nome: RIBEIRO, Wagner Costa– Referências bibliográficas: RIBEIRO, Wagner Costa.

Relações internacionais: cenários para o século XXI. SãoPaulo, Scipione, 2000.

DIVERSOS TÉRMINOS DA GUERRA FRIA

Marco Ano provávelArgumento

histórico do fim

Queda doMuro deBerlim

1989

A vitória dos Estados Unidosficou configurada nodesmanche do blocosocialista.

Extinçãoda UniãoSoviética

1991

Com o fim da principaloponente dos EstadosUnidos, a vitória norte-americana ficou consolidada.

Assinaturados acordosSalt 1 eSalt 2

1972 e 1979,respectiva-

mente

Tratados de Limitação deArmas Estratégicas quepermitiram o diálogo dassuperpotências em torno deobjetivos comuns.

A GuerraFria nãoacabou

Apesar da supremacia dosEstados Unidos, a Rússiaainda ocupa lugar dedestaque no mundo.

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Capítulo 10 — A superpotência

Agora é com você! — página 123Competência e habilidade I.1.D

ObjetivoDesenvolver no aluno a capacidade de síntese e de des-

tacar aspectos nucleares do pensamento do autor do texto.ProcedimentosO professor deve explicar ao aluno como se elabora

um quadro sinótico. É importante lembrar que o quadrosinótico ressalta a idéia central do autor — Sobre o que oautor fala em seu texto? Que posição assume diante doquestionamento suscitado? A idéia central é a que dá osignificado de todo o raciocínio do autor.

Lição de cartografia — página 125Competência e habilidade I.1.D

ObjetivoUtilizar os dados levantados no mapa para a elabora-

ção de uma tabela.ProcedimentosOs alunos deverão elaborar uma tabela com duas co-

lunas: 1. Nome do país, 2. Número de intervenções. Aturma poderá comparar os dados organizados no mapa ena tabela, procurando discutir qual foi a utilidade da ativi-dade para o estudo do tema.

Ponto de vista – página 128Competência e habilidade III.3.D

ObjetivoEstabelecer relação, no interior de um texto, entre um

problema apresentado e a solução oferecida.ProcedimentosSeria interessante que os alunos comparassem suas res-

postas às três questões. A discussão das idéias do textopermite retomar alguns dos principais pontos trabalhadosno capítulo.

1. Em nenhum outro momento histórico um país assumiuo papel de destaque que os Estados Unidos possuem hoje, nasmais diversas áreas (tecnologia, cultura e geopolítica).

2. O poderio dos Estados Unidos é diferente daquele exer-cido, em outros momentos históricos, pelo Reino Unido oupor Roma, potências que souberam transformar seu domínioem consenso e princípios de governo aceitos por todos. Odomínio dos Estados Unidos ainda não está consolidado.

3. Podemos destacar o seguinte trecho do texto, queevidencia alternativas para a hegemonia dos Estados Uni-dos: “incentivo a grupamentos de nações interessadas emparte em recuperar maior liberdade para a tomada de de-cisões regionais ou nacionais”.

Capítulo 11 — Potências mundiais

Lição de cartografia — página 134Competência e habilidade II.1.A

ObjetivoInterpretar a informação cartográfica, relacionando-a

com o conteúdo do texto do capítulo.

ProcedimentosConsideramos que a leitura de variadas figuras carto-

gráficas é uma habilidade muito importante para o apren-dizado da Geografia. Segundo Joly (1970, p. 73), acartografia temática “é um maravilhoso instrumento deanálise científica ou técnica do espaço geográfico”. Elaexpressa graficamente relações espaciais que não são per-cebidas ou apreendidas de outra forma: objetos aparente-mente isolados são colocados em relação sobre a superfíciedo mapa, resultando num significado, ou seja, num arran-jo espacial. A leitura de mapas envolve, necessariamente,comparação, diferenciação e classificação dos objetos,além de análise das relações entre eles.

O mapa da atividade complementa as idéias do capítulo.O texto comenta a questão da imigração, principalmente daArgélia, Marrocos e Tunísia, antigas colônias francesas. Faztambém referência aos negócios de empresas francesas emvárias partes do mundo, o que nos permite inferir que o paísocupa um posicionamento central no espaço das relações eco-nômicas internacionais. Observa-se no mapa que, assim comoa Alemanha e o Reino Unido, o território francês é um dosprincipais focos de atração da população imigrante, proveni-ente da África, da Península Ibérica e do Leste Europeu.

Ponto de vista — página 139Competência e habilidade II.2.D

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto.ProcedimentosSugerimos que o professor exercite a leitura de textos

argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convi-dados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se umadiscussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da lei-tura, o professor poderá escrever no quadro as conclusõesobtidas na atividade.

Capítulo 12 — Potências regionais

Lição de cartografia — página 145Competência e habilidade II.1.B

ObjetivoFazer uso da leitura cartográfica para ordenar os acon-

tecimentos no tempo e no espaço.ProcedimentosSugerimos que o professor discuta esta atividade em

sala de aula, estimulando os alunos a comparar os mapas.Algumas perguntas poderiam suscitar o debate na turma:Quais potências coloniais estiveram presentes no sul daÁfrica desde 1914? Qual foi a importância de cada umadelas na formação das atuais fronteiras políticas da re-gião? As conclusões obtidas pela turma poderão ser siste-matizadas pelo professor no quadro.

Agora é com você! — página 149Competência e habilidade II.1.D

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações geográ-

ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-zando a linguagem do texto dissertativo.

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.ProcedimentosComo o espectro de comparações entre a África do Sul,

o Brasil, a Índia e o Irã é amplo, sugerimos que os alunosdiscutam os dados da tabela antes da elaboração da reda-ção. Os trabalhos finais poderão ser trocados entre os cole-gas e alguns textos lidos em voz alta em sala de aula.

Ponto de vista — página 150Competência e habilidade II.2.E

ObjetivoEstabelecer relações entre o desenvolvimento econô-

mico da Índia e características da política industrial do país.ProcedimentosCom a leitura do texto, o aluno deverá ser capaz de

identificar as principais idéias do autor, respondendo:1. O poder público, desde a independência da Índia,

em 1947, evitou a dependência do exterior (política desubstituição de importações), controlou os investimentosdo setor privado e investiu na indústria de base.

2. As indústrias pesadas e de bens de produção foramconsideradas estratégicas para o desenvolvimento do país.

Capítulo 13 — Conflitos étnico-religiosos na Europa

Agora é com você! — página 155Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoDespertar o interesse pelo trabalho de campo, relacio-

nando os dados levantados na pesquisa com o assunto tra-tado no capítulo e com a vida cotidiana.

ProcedimentosComo destacamos anteriormente, a pesquisa é estimu-

lada nesta obra como um processo privilegiado de apren-dizado. A definição das questões a serem incluídas napesquisa pode ser objeto de um trabalho coletivo coorde-nado pelo professor. Cabe também a este estabelecer osprocedimentos para a redação final da pesquisa. Os le-vantamentos realizados pelos alunos podem enriquecer asdiscussões do texto do capítulo.

Talvez os alunos encontrem dificuldade em localizar asorganizações não-governamentais. Para facilitar a pesqui-sa, fornecemos a seguir os endereços de algumas ONGsligadas à ajuda humanitária. Os alunos podem entrar emcontato por carta ou correio eletrônico, solicitando as in-formações necessárias para o trabalho. Esses dados foramretirados do site www.rits.org.br, que possui uma lista bemmais extensa de ONGs que financiam projetos sociais.

• Brot Für Die WeltNome em português: Pão para o MundoEndereço: Stafflenbergstrasse, 76. C. P. 70184.Caixa Postal 10 11 41 700 10 — Stuttgart — DeutschlandEndereço eletrônico: www.brot-fur-die-welt.de

• Canadian Catholic Organization for Development andPeaceNome em português: Desenvolvimento e PazEndereço: 5633, Rue Sherbrooke est. Código PostalHIN 1A3Montreal — Quebec — CanadáEndereço eletrônico:www.ned.org/wais/grants-top/folder.0042/rec.oo58.html

• IntermonEndereço: Roger de Llúria, 15. Código Postal 08010Barcelona – Espanha.Endereço eletrônico: www.energ.polimi.it/development/org/di430htm

• Movimento Laici América LatinaEndereço: Rua Vicolo S. Domenico, 11 — Centro.Cód. Postal: 37122Verona — ItáliaEndereço eletrônico: www.univr-it/mlal

• SolidaridadEndereço: Goedestraat, 2. Código Postal: 3572-RTUtrecht — HolandaEndereço eletrônico: www.frans.solidaridad.antenna.nl

• Terra des HommesEndereço: 31 Frank Thomas. Código Postal ch 1208Genève — Suíça

• Cáritas BrasileiraEndereço: SGAN – Módulo B – Q601. CEP 70830-010Brasília — DF — Brasil

• Fundação SamuelEndereço: Vitorino de Moraes, 369 — Chácara SantoAntônioCEP 04714-030São Paulo — SP — Brasil

Conexões — página 156Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoApreciar a manifestação artística, inferindo e julgan-

do opiniões/pontos de vista de interesse geográfico.ProcedimentosTendo em vista a natureza do tema que nos propuse-

mos a estudar, aproximamo-nos da fronteira entre a ciên-cia e a arte. A obra de arte é mais do que representação, étambém o resultado da busca incessante de uma lingua-gem que dê conta de representar a realidade para as pes-soas que nela estão inseridas. Ela amplia, assim, acapacidade de percepção do mundo, possibilitando que aspessoas se identifiquem ou não com esta representação,que se recoloquem ou não no tempo em que vivem, en-tendendo melhor ou não como o seu cotidiano é determi-nado. O geógrafo, em geral, não acredita que exista algumarelação entre a ciência e a arte. Mesmo depois de muitorever os seus paradigmas epistemológicos, ainda trata oseu objeto de estudo — o Homem — com a mesma friezaque trata as rochas. Janson nos diz que “uma pintura su-gere muito mais do que afirma. E, como no poema, o va-lor da arte encontra-se igualmente naquilo que ela diz, ecomo diz. Mas qual é o significado da arte? O que elatenta dizer? Os artistas, em geral, não nos dão uma expli-cação clara, uma vez que a obra é a própria afirmação. Sefossem capazes de dizê-la em forma de palavras, entãoseriam escritores.” (Janson, 1996, p. 7)

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Concordamos com este autor, por isso não há umgabarito para a resposta dessa atividade. O fundamen-tal é que os alunos tenham a oportunidade de vivenciara apreciação artística, estabelecendo conexões livre-mente com os conteúdos trabalhados no capítulo. Re-produzimos a seguir uma interpretação de Guernica,que pode auxiliar o(a) professor(a) no encaminhamen-to da atividade.

“Em 1937, a situação política estava num ponto deruptura. Depois de tolerarem o ameaçador rearmamentoalemão e o golpe italiano na Etiópia, as democracias bur-guesas assistiam inertes à agressão fascista na Espanha[...]. Naquela turva atmosfera de medo e indecisão, inau-gura-se em Paris uma grande exposição internacional,dedicada, como sempre, ao trabalho, ao progresso e àpaz. A Espanha republicana participa com uma finalida-de política: apelar à solidariedade do mundo livre, de-monstrar que seu projeto correspondia ao desenvolvimentoda democracia num país socialmente atrasado [...]. Mas,em abril, espalha-se a notícia de que os bombardeirosalemães, a serviço de Franco, haviam atacado a antigacidade de Guernica, sem outro objetivo senão o de fa-zer uma carnificina e semear o terror entre a populaçãocivil. Imediatamente, Picasso decide que sua pinturaserá a resposta à vileza e atrocidade desse massacre.Assim, nasce, em poucas semanas, Guernica [...]. Pi-casso tem uma visão clara da situação: o massacre deGuernica não é um episódio da Guerra Civil Espanho-la, e sim o anúncio de uma tragédia apocalíptica [...].Em Guernica não há cor, apenas negro, branco, cinza[...]. No quadro o que existe é a morte [...] há simetria,perspectiva, gradação de valores, ritmo crescente detons.” (Argan, 1992, p. 475).

Lição de cartografia — página 160Competência e habilidade III.1.E

ObjetivoArticular informações de forma sintética por meio de

recursos da linguagem cartográfica.ProcedimentosUm mapa esquemático é uma representação carto-

gráfica simplificada, no qual os fenômenos são muitogeneralizados, privilegiando-se muito mais as relaçõese funções contidas no espaço estudado do que a formados objetos (Cêurio de Oliveira, 1993). Nesse sentido,o mapa esquemático é o equivalente, na linguagem car-tográfica, do resumo ou sinopse de um texto.

Sugerimos como primeiro passo da construção domapa esquemático a escolha de uma forma geométricabem simplificada do território iugoslavo, após a Segun-da Guerra Mundial, dividido em seis repúblicas. Veja omapa da página 16 (livro-texto) como exemplo. Em se-guida, deve-se definir a legenda, com cores para os di-ferentes grupos étnicos e símbolos para as três religiõespredominantes no país. A regra fundamental é que oresultado seja conciso; não se preocupe muito com aexatidão e a precisão. Veja, a seguir, um exemplo demapa esquemático.

Ponto de vista — página 160Competência e habilidade III.2.F

ObjetivoEstabelecer relação entre uma tese e os argumentos

oferecidos para sustentá-la.ProcedimentosAinda que não tenha sido solicitada a elaboração de

um quadro sinótico, espera-se que os alunos o tenham in-corporado em seus métodos de estudo. O(A) professor(a)pode observar se algum aluno fez uso desse recurso es-pontaneamente.

1. Com relação à primeira pergunta, espera-se que oaluno perceba que o autor está procurando argumentarcontra a idéia do senso comum de que qualquer tipo deviolência deva ser condenada — seja por qualquer causapolítica.

2. Para o autor, a morte de civis numa guerra podeser inevitável, caso haja um objetivo maior. No caso doatentado terrorista, em geral, pessoas inocentes são mor-tas para que o fato exerça pressão contra inimigos maispoderosos.

Capítulo 14 — Conflitos étnico-religiosos noOriente Médio e na África

Lição de cartografia — página 168Competência e habilidade I.2.E

ObjetivoFazer uso dos conhecimentos cartográficos para orde-

nar os acontecimentos ao longo do tempo em uma repre-sentação gráfica.

ProcedimentosComo já vimos, a linha do tempo pode ser conside-

rada uma espécie de mapa histórico, uma vez que esse

A Iugoslávia após a Segunda Guerra Mundial

ESLOVÊNIA(verde)

Grupo étnico dominante

verde Eslovenos

vermelho Croatas

violeta Sérvios

laranja Muçulmanos

amarelo Macedônios

Religião predominante

Cristianismo ortodoxoIslamismoCatolicismo

CROÁCIA(vermelho)

VOIVODINA(violeta)

BÓSNIA-HERZEGOVINA

(laranja)SÉRVIA(violeta)

MONTENEGRO (violeta) KOSOVO

(laranja)

MACEDÔNIA(amarelo)

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.tipo de representação gráfica permite a visualização rápi-da das informações a respeito de um determinado proces-so histórico (Raisz 1969, p. 329). Nesse caso, sugere-seque o trabalho seja ilustrado com uma série de mapas,do período de 1946 aos nossos dias. Espera-se que osalunos identifiquem como marcos importantes dos acon-tecimentos: a partilha da Palestina e a criação do Estadode Israel, em 1947; a Guerra da Partilha, entre 1948 e1949; a Guerra do Canal de Suez, em 1956; a Guerrados Seis Dias, em 1967; a Guerra do Yom Kippur, em1973; a assinatura do acordo de Camp David, em 1979;a Intifada, em 1987; o Tratado de Oslo I, em 1994; e oTratado de Oslo II, em 1995.

Conexões — página 171Competência e habilidade III.3.D

ObjetivoAnalisar recursos expressivos da linguagem figurada,

relacionando-os com conteúdos da Geografia.ProcedimentosSugerimos que os poemas sejam lidos em voz alta na

sala de aula. É preciso verificar a compreensão dos alu-nos a respeito dos diversos sentidos e pontos de vistados autores. Espera-se que a turma perceba a repetiçãocomo recurso expressivo dos dois textos. No primeiropoema, a expressão “o combate está nas ruas” é repetidavárias vezes, dando ritmo ao texto e tecendo relaçõesentre diversos aspectos da luta do povo angolano. Nosegundo, é a palavra “alma” que estabelece a coesão tex-tual e o efeito de sentido crítico à exploração da Áfricapelos europeus. Pode-se solicitar aos alunos que apre-sentem suas conclusões sobre o estudo da África, tendoem vista os elementos contidos nos dois poemas. Seriainteressante que o(a) professor(a) sistematizasse essasconclusões no quadro.

Agora é com você! — página 171Competência e habilidade III.2.D

Objetivos1.Perceber que o Oriente Médio é uma das regiões mais

instáveis do globo, e que seu estudo envolve temas diver-sos, sendo portanto destaque constante nos jornais domundo todo.

2.Despertar o interesse pelo trabalho de campo, rela-cionando os dados levantados nas entrevistas com o as-sunto tratado no capítulo e com a vida cotidiana.

ProcedimentosAs notícias selecionadas pelos alunos são excelente

material para aprofundar e contextualizar a temática do ca-pítulo. A pesquisa e a elaboração do relatório individualpodem servir de instrumento para uma avaliação regulado-ra do processo de ensino-aprendizagem. Consideramosavaliação reguladora aquela que permite ao(a) professor(a)observar, por intermédio de inúmeros instrumentos, em quesituação de aprendizagem encontra-se cada aluno num dadomomento. É importante lembrar que cada aluno tem seu

ritmo e sua carga de conhecimentos prévios, e, por isso,eles se encontram em situações distintas de aprendizagem.Devido à complexidade do tema deste capítulo, o recursode avaliar o “como estou caminhando em relação ao con-junto da turma” é fundamental nesse momento.

Ponto de vista — página 172Competência e habilidade II.2.D

ObjetivoComparar as idéias do autor com os conteúdos estu-

dados no capítulo.ProcedimentosOs alunos precisam identificar os principais fatores

da “crise africana” analisados pelo autor. Espera-se que aturma consiga enumerar as idéias seguintes.

• No poder há 40 anos, as elites africanas fracassaramno âmbito moral e estão associadas aos arrivistas e espe-culadores.

• Os intelectuais e executivos africanos, competentese honestos, não participam da vida política.

• Os países ocidentais têm responsabilidade na “criseafricana”: no processo de descolonização, eles apoiaramditadores afinados com o alinhamento político exigido pelocenário da Guerra Fria.

• O “ajuste estrutural” imposto pelos organismos in-ternacionais, na década de 1980, agravou ainda mais asituação, gerando um círculo vicioso que envolve o des-perdício de recursos e a expansão de uma máquina admi-nistrativa ineficiente.

Capítulo 15 — A geopolítica do Brasil

Agora é com você! — página 176Competência e habilidade III.3.D

ObjetivosConduzir o aluno a uma leitura atenta do texto, para

que dele extraia idéias secundárias e específicas. Identifi-car no atlas a região descrita no texto. Explorar a criativi-dade, ao redigir uma versão pessoal dos acontecimentosdescritos pelo autor e abordados no capítulo.

ProcedimentosA leitura atenta do texto proposto e o manuseio ade-

quado do atlas são condições importantes para o bom re-sultado dessa atividade. Quanto à proposta de elaboraçãode uma versão pessoal dos fatos ocorridos, cabe ressaltarque, apesar de criativa, a redação deve considerar os ele-mentos disponíveis para a elaboração do relato pessoal.Essa observação se faz necessária para que o(a)professor(a), ao fazer a avaliação, tenha claros os objeti-vos definidos para a atividade.

Lição de cartografia — página 179Competência e habilidade I.1.A

ObjetivoEstabelecer as relações de ordem geopolítica da Amé-

rica do Sul, utilizando como ferramentas a cartografia e apesquisa.

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ProcedimentosEspera-se que o aluno já tenha compreendido que a

cartografia é uma poderosa ferramenta de análise geográ-fica, devendo ser utilizada de forma permanente e dinâ-mica. Seria importante estabelecer com a turma algunsparâmetros técnicos para a elaboração do mapa: fonte maisadequada para se copiar a base cartográfica, título, corese símbolos da legenda. A pesquisa sugerida pode comple-mentar os conteúdos trabalhados no capítulo.

Lição de cartografia — página 182Competência e habilidade II.2.D

ObjetivoEstabelecer as relações do Brasil na ordem geopolíti-

ca mundial, utilizando-se das ferramentas da cartografia.ProcedimentosOs comentários da atividade anterior (Lição de carto-

grafia 1) também são válidos aqui. À medida que vão setransformando em produtores de mapas, os alunos se tor-nam mais críticos no processo de leitura cartográfica.

Ponto de vista — página 182Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoComparar pontos de vista sobre o mesmo tema.ProcedimentosSugerimos que, inicialmente, os alunos procurem iden-

tificar as semelhanças e diferenças entre os pontos de vis-ta dos dois representantes do governo. Em seguida, a turmapoderia ser convidada a se posicionar sobre o tema emdebate, considerando o que foi estudado no capítulo.

De olho na mídia — página 185Competência e habilidade III.1.D

ObjetivoAplicar os conhecimentos para análise crítica do texto

jornalístico.ProcedimentosEspera-se que o aluno perceba o papel da manchete

no texto jornalístico. Para isto, sugerimos que o professorestabeleça um ambiente de diálogo, ouvindo a opinião dediferentes alunos com relação à primeira impressão quetiveram ao ler a manchete e a mudança ou não de expecta-tiva após a leitura do texto.

UNIDADE III Geografia econômica: as redesmundiais

Leitura cartográfica — página 187Competência e habilidade I.1.A

ObjetivoIntroduzir a temática da unidade, relacionando formas

de representação dinâmicas com o conteúdo das redesmundiais.

ProcedimentosA atividade dá continuidade à discussão da lingua-

gem cartográfica, que é um objetivo permanente da obra.

Como o conteúdo da unidade privilegia os circuitos eco-nômicos, os fluxos populacionais e as redes de consu-mo, informação e entretenimento, o mapa da aberturaressalta as formas de representação dinâmicas por meiode linhas de fluxo e setas. As cores são utilizadas paradiferenciar os tipos de fluxos e as espessuras das linhasindicam sua intensidade. Caso seja necessário reforçar acompreensão sobre essa forma de representação, o pro-fessor pode orientar os alunos a procurarem, em atlasescolares, diferentes tipos de mapas dinâmicos, associ-ando-os com os temas tratados.

Capítulo 16 — A indústria e a produção doespaço geográfico

Agora é com você! — página 192

Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoInterpretar a evolução da paisagem expressa na figu-

ra, situando historicamente cada período representado.ProcedimentosSugerimos que o professor desenvolva uma aula di-

alogada, interrogando os alunos a respeito das caracte-rísticas de cada momento representado na figura quantoà organização do espaço, fontes de energia e divisão dotrabalho. A turma poderá ser incentivada a relacionaras observações feitas com os conteúdos estudados a res-peito da indústria artesanal, manufatureira e maquino-fatureira.

Conexões — página 192

Competência e habilidade III.3.B

ObjetivoApreciar a manifestação artística, relacionando a obra

com aspectos da sociedade de consumo.ProcedimentosO foto-realismo é um ramo recente da pop art, que

considera a sociedade de consumo sua matéria-prima e ébaseada na mídia norte-americana que invadiu o mundointeiro a partir da Segunda Guerra Mundial.

De acordo com Janson (1996, p. 397), “ao prepararSapatos novos para H, Eddy tirou uma série de foto-grafias da vitrine de uma loja de sapatos na Union Squa-re, em Manhattan [. . .] . O que o intrigava era,obviamente, a forma como o vidro filtra (e transforma)a realidade cotidiana. Somente uma estreita faixa nocanto esquerdo fornece uma estreita faixa desimpedi-da; tudo mais — sapatos, transeuntes, o movimento darua, os edifícios — é visto através de duas ou mais ca-madas de vidro, todas em ângulos oblíquos à superfíciedo quadro. O efeito combinado desses painéis de vidro— deslocamento, distorção e reflexo — é a transfor-mação de uma cena familiar numa experiência visualnova e surpreendentemente rica”.

Note-se alguns elementos apontados por Jason a res-peito da importância da obra de Eddy:

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.a) encontra-se no centro de influência dos Estados

Unidos;

b) tem como matéria-prima a vitrine de uma loja emManhattan;

c) é um jogo de espelhos entre a imagem na vitrine e arealidade da rua.

Tais elementos podem ser considerados a própria ex-pressão da sociedade de consumo, na qual a moda, o tipode embalagem e o marketing se entrelaçam aos novos pro-cessos de trabalho em escala de produção vertiginosa. Cabeao(a) professor(a) verificar quais desses aspectos serãoconsiderados nas respostas dos alunos, realizando umaavaliação diagnóstica do aprendizado da turma.

Lição de cartografia — página 196Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoInterpretar informações expressas no mapa. Compre-

ender a dinâmica da atividade econômica na Alemanhaunificada. Justificar a distribuição espacial da atividadeindustrial na Alemanha.

ProcedimentosUm dos aspectos importantes da atividade é destacar

a distribuição espacial das indústrias nas áreas correspon-dentes às duas Alemanhas. Do lado oriental concentram-se as indústrias pesadas e de tecnologia convencional,enquanto no lado ocidental concentram-se as empresasde tecnologia de ponta. Após a unificação, os maioresinvestimentos foram direcionados para o lado oriental,com o objetivo de recuperar a economia da antiga Ale-manha socialista. Isso gerou protestos dos alemães oci-dentais, criando um muro “psicológico” entre as duaspartes da Alemanha.

Ponto de vista — página 197Competência e habilidade III.3.C

ObjetivoComparar pontos de vista sobre o mesmo tema.ProcedimentosSugerimos que os alunos discutam as semelhanças e as

diferenças entre os pontos de vista. Em seguida, a turmapoderia ser convidada a se posicionar diante do tema, con-siderando o que foi estudado no capítulo. O texto de MiltonSantos é mais crítico do que o de Domenico De Masi emrelação ao caráter perverso do processo de globalização.Um traço comum nos dois autores é a crença em um futuromelhor, mais justo e capaz de potencializar a criatividadehumana colocada a serviço da própria população mundial.

Capítulo 17 — A produção agropecuária no mundo

Conexões — página 201Competência e habilidade III.3.E

ObjetivosAnalisar o efeito de sentido do uso da linguagem poé-

tica, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers-pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística.

ProcedimentosSugerimos a leitura em voz alta do poema de Cora

Coralina. A resposta também poderá ser elaborada em vozalta. Trata-se de um bom exemplo do sistema de agricul-tura familiar, praticado por comunidades rurais de Goiás.

Agora é com você! — página 204Competência e habilidade II.2.G

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações geográ-

ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-zando a representação esquemática.

Procedimentosa) A agricultura de jardinagem combina técnicas de

irrigação, adubação orgânica, terraceamento e utilizaçãointensiva de mão-de-obra. Na agricultura itinerante, a pro-dução necessita de grandes extensões de terras disponí-veis e com solos menos desgastados para a implantaçãode novas lavouras. Em função disto, a produtividade agrí-cola é muito baixa.

b) O tipo A representa a agroindústria, que necessitade grandes investimentos de maquinários e insumos agrí-colas, além de exigir enormes volumes de recursos ener-géticos. O tipo B refere-se à agricultura de jardinagem,que se caracteriza pelo uso intensivo de mão-de-obra. Otipo C representa a agricultura itinerante que, para existir,necessita de terras disponíveis para o pousio e/ou implan-tação de novas lavouras.

Ponto de vista — página 204Competência e habilidade III.2.F

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto.ProcedimentosSugerimos que o professor exercite a leitura de textos

argumentativos com a turma. Os alunos podem ser convi-dados a realizar a leitura em voz alta, promovendo-se umadiscussão das idéias de cada parágrafo. Ao término da lei-tura, o professor poderá escrever no quadro as conclusõesobtidas na atividade.

Capítulo 18 — Circulação e redes de transporte

Agora é com você! — página 211Competência e habilidade II.2.C

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações geográ-

ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-zando a linguagem do texto dissertativo.

Procedimentos1. O comércio eletrônico é efetuado por meio da rede

mundial de computadores. Ele tem se expandido enorme-mente uma vez que tornou acessível a informação dosfornecedores em qualquer lugar do mundo, baixando cus-tos das operações comerciais e aproximando parceiros dediferentes países.

2. Os custos de transporte eram um obstáculo para umvolume maior de trocas comerciais entre os países. Com a

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queda destes custos, tornou-se vantajosa a compra de de-terminadas mercadorias que antes necessitavam ser pro-duzidas no nível local.

3. O uso de contêineres metálicos revolucionou o sis-tema de manuseio de cargas, agilizando a transferênciadas mercadorias entre os diferentes sistemas modais (fer-rovia, rodovia, hidrovia, aerovia).

4. O transporte intermodal consiste em um sistema decombinação entre diferentes meios de transporte (modais),visando a agilidade no manuseio e na entrega de cargas.

Lição de cartografia — página 214

Competência e habilidade II.1.A

ObjetivosAmpliar o domínio da leitura e interpretação carto-

gráfica, por meio da análise de mapas de fluxos. Fazeruso da leitura cartográfica para ordenar os acontecimen-tos no tempo e no espaço.

ProcedimentosSugerimos que o professor discuta esta atividade em

sala de aula, estimulando os alunos a comparar os ma-pas. Algumas perguntas poderiam suscitar o debate naturma: Quais são os países, as regiões e/ou continentesmais importantes nos fluxos aéreos e marítimos? Quaiscidades possuem uma localização estratégica para o de-senvolvimento do transporte intermodal? As conclusõesobtidas pela turma poderão ser sistematizadas pelo pro-fessor no quadro.

Ponto de vista — página 215

Competência e habilidade II.2.C

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto.ProcedimentosSugerimos que o professor exercite a leitura de tex-

tos argumentativos com a turma. Os alunos podem serconvidados a realizar a leitura em voz alta, promoven-do-se uma discussão das idéias de cada parágrafo. Aotérmino da redação, a turma poderá trocar as respostasdas questões e discutir quais foram as conclusões obti-das na atividade.

Capítulo 19 — Geografia da população

Lição de cartografia — página 220

Competência e habilidade II.1.G

ObjetivoCapacitar o aluno para o uso de gráficos em análises e

sínteses dos perfis etários.ProcedimentosOs gráficos são formas de representação de interes-

se crescente da Geografia, pois facilitam a correlaçãode dados sobre um plano cartesiano. Composta de doishistogramas — um para cada sexo — a pirâmide etáriaé uma representação gráfica que permite a rápida visu-

alização da distribuição da população por faixas etári-as. A comparação de diferentes pirâmides só é possívelquando os dados estão organizados em valores percen-tuais, padronizando todas as figuras numa base de igualsuperfície (100%). No caso das pirâmides seleciona-das para análise, a referência para cálculo das porcen-tagens foi a população total de cada grupo por sexo;por isso, recomendamos que a comparação seja reali-zada entre as populações de homens e de mulheres, se-paradamente.

Conexões — página 228

Competência e habilidade II.2.F

ObjetivoUtilizar a obra de arte como fonte de conhecimento his-

tórico-geográfico, identificando e relacionando recursosestilísticos do artista para expressar os acontecimentos.

ProcedimentosOs alunos já tiveram, até o momento, várias oportunida-

des de aprofundar seus conhecimentos geográficos por meioda apreciação artística. Espera-se que possíveis resistênciasou dificuldades com esse tipo de atividade tenham sido su-peradas e a turma demonstre disponibilidade para interagircom a produção do artista. O(A) professor(a) poderá avaliaro desenvolvimento dessa capacidade pelos alunos.

Retirantes (1944) faz parte de uma série integradapor mais três telas pintadas entre 1944 e 1945: Criançamorta, Emigrantes e Enterro na rede. Segundo Fabris,“exposta em Paris em 1946, a série merece uma reflexãoatenta de Germain Bazin, que não desconhece o impactode Guernica na visão trágica de Portinari, mas redimen-siona o fato, ao reconduzi-lo ao ‘processo de gestaçãoduma personalidade artística’, próxima, a seu ver, de umMichelangelo. O que interessa a Bazin é destacar o ‘mi-lagre de Portinari’, isto é, um tipo de expressão, no qualtudo ‘[...] é verdade, tanto na forma como no fundo’. Ofato novo de sua arte é a interação do humano num estilomoderno. Se o ‘assunto’ nos comove, é por ser transmi-tido à nossa sensibilidade por uma caligrafia trágica: con-trastes veementes de tons, dilaceramentos da linha,seccionamento das formas que, sem respeito pela figu-ra, recompõem uma humanidade alquebrada pela dor”.(Fabris, Edusp, 1996, p. 112-114)

Agora é com você! — página 228

Competência e habilidade II.2.F

ObjetivoLer e extrair informações de um texto. Relacionar o

texto com os conceitos referentes às teorias populacionaisestudadas no capítulo.

ProcedimentosNesta atividade vamos relacionar o texto da jornalista

com as teorias populacionais discutidas no capítulo. Aoanalisar os dois textos, o aluno deve concluir que a fomeresulta da distribuição irregular das riquezas e não da fal-ta de alimentos.

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.Ponto de vista — página 229Competência e habilidade III.2.G

ObjetivoIdentificar as idéias centrais do texto, posicionando-

se diante dos argumentos do autor.ProcedimentosEspera-se que os alunos identifiquem dois eixos cen-

trais no discurso do entrevistado:1o) o cenário demográfico europeu aponta para o es-

gotamento da oferta de vagas de emprego para trabalha-dores tecnicamente não-qualificados no continente,associado à escassez de mão-de-obra mais especializada;

2o) o crescimento da União Européia pode forçar a “ex-portação de cérebros” dos países pobres, o que pode repre-sentar um impacto econômico muito grande nesses países.

Capítulo 20 — O espaço urbano

Agora é com você! — página 235Competência e habilidade II.2.E

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações geográ-

ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-zando a linguagem do texto dissertativo.

Procedimentos1. O excedente da produção agropastoril liberou uma

parcela da população para outras atividades, aumentando-sea divisão social do trabalho e o desenvolvimento técnico.

2. Os operários das cidades industriais viviam em con-dições insalubres, o que acarretou o agravamento da saú-de pública.

Conexões — página 240Competência e habilidade III.3.B

ObjetivoEstabelecer relações temáticas e estilísticas de seme-

lhança e de oposição entre duas pinturas de diferentesautores, ressaltando aspectos da vida urbana.

ProcedimentosSeria interessante desencadear uma discussão em sala

de aula a respeito das preferências estilísticas dos alunos.Com qual das obras eles se identificam mais e quais seri-am suas razões?

A obra de Claude Monet expressa o objetivo do ar-tista (quase uma obsessão) de apreender as sensaçõesvisuais mais sutis e fugazes. A Catedral de Rouen, nasproximidades de Paris, foi um tema de estudo do pintor.Monet estudou os efeitos luminosos na fachada da igre-ja ao longo de uma série de telas, como a que foi repro-duzida no livro do aluno.

A cidade, do francês Fernand Léger, por sua vez, “é umapaisagem industrial perfeitamente controlada [...] estávelsem ser estática [...] cheia de otimismo e agradável excita-ção, evoca uma utopia mecanizada”. (Janson, 1996, p. 371)

Sob a influência de Picasso, Léger foi integrante domovimento futurista e via no novo estilo cubista a inspira-ção para a busca da precisão geométrica e o equilíbriosutil dos tempos modernos, movidos pelas máquinas.

Agora é com você! — página 242Competência e habilidade II.2.C

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações geográ-

ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-zando a linguagem do texto dissertativo.

Procedimentos1. As megacidades são aquelas acima de 10 milhões

de habitantes e encontram-se cada vez mais nos paísespobres. As cidades globais comandam a economia inter-nacional, sediando as empresas que lançam as inovaçõestecnológicas e comandam os serviços especializados daprodução globalizada.

2. Segundo Milton Santos, o circuito superior da eco-nomia urbana é formado pelas atividades da indústria, docomércio de exportação e dos bancos. No circuito inferi-or, concentram-se as atividades de nível local, com usointensivo de mão-de-obra e baixos investimentos, assimcomo a chamada economia informal.

5. e 6. Além do poder público — que realiza obras deinfra-estrutura, cria conjuntos habitacionais e oferece ser-viços básicos — existem vários outros agentes: os propri-etários de terra, os incorporadores imobiliários, a indústriada construção civil, o capital financeiro e os sem-teto.Sugerimos que o professor sistematize no quadro os pa-péis que os alunos conseguem identificar para cada umdeles, considerando os dados coletados nos classificadosde jornal de grande circulação.

Ponto de vista — página 242Competência e habilidade III.3.B

ObjetivoAssociar as informações contidas no texto com ima-

gens de ilustrações ou fotos.ProcedimentosO capítulo O espaço urbano procurou enfatizar quase

todos os aspectos a respeito da cidade enumerados pelaautora, em especial a sua dimensão do trabalho, da pro-dução, do consumo, da arte e das lutas sociais. Espera-se que os alunos consigam expressar essas idéias por meioda colagem de figuras. O resultado do trabalho pode serdiscutido com os colegas em sala de aula.

Capítulo 21 — Geografia do lazer, do esportee do turismo

Agora é com você! — página 252Competência e habilidade II.3.B

Objetivos das questões 1 e 2Coletar dados de campo para interpretação. Comparar

dados, interpretá-los e elaborar um relatório conclusivo.ProcedimentosEsse tipo de atividade tem um forte componente proce-

dimental. A organização dos dados e o trabalho de compa-ração são instrumentos interessantes de observação. Alémdisso, é possível estender a observação a outros membrosda família e, assim, analisar as disponibilidades para o la-zer do conjunto familiar. Provavelmente os pais de muitos

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alunos dispõem de bem menos tempo para o lazer do queos seus filhos. Por outro lado, se o(a) professor(a) estivertrabalhando com classes do período noturno, os resultadospodem revelar um exíguo tempo de lazer dos alunos, per-mitindo que se conheça melhor a realidade de cada um.

Objetivos da questão 3Promover a reflexão sobre o mundo real e o irreal vi-

vidos por intermédio dos programas de TV. Estimular aconsciência crítica diante dos programas exibidos pela TV.

ProcedimentosEssa atividade possibilita que o(a) professor(a) conheça

a opinião dos alunos sobre a programação dos diversos ca-nais de televisão e discuta com eles esse tema. Trata-se deum trabalho que estimula a reflexão, podendo levar a umanova maneira de pensar e de ver o mundo criado pela TV.

Para que a atividade atinja seu objetivo, é fundamen-tal que as opiniões dos alunos sejam ouvidas e respeita-das. Utilizar os questionamentos que suscitam reflexõessobre a qualidade da programação e seus objetivos, os in-teresses por trás das notícias e a forma como os diversosmeios enxergam a notícia são estratégias interessantes eque podem apresentar resultados positivos do ponto devista tanto conceitual quanto procedimental e atitudinal.

Objetivos da questão 4Coletar dados de campo para interpretação. Comparar

dados, interpretá-los e elaborar um relatório. Ressaltar aimportância da atividade esportiva para a saúde e a for-mação integral do indivíduo.

ProcedimentosEssa atividade pode ser desenvolvida em conjunto com

a área de Educação Física e Biologia, promovendo a in-terdisciplinaridade. A partir dos levantamentos realizadospelos alunos, o(a) professor(a) pode introduzir uma dis-cussão em grupo sobre o que significa “ganhar ou per-der” no jogo e na vida pessoal de cada um. É importantelembrar que, para os gregos, o exercício físico comple-mentava as atividades intelectuais.

Ponto de vista — página 254Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-

do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.ProcedimentosOs alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-

senvolver a habilidade de extrair informações de um tex-to, identif icando o posicionamento do autor e suasargumentações. A realização da atividade é uma oportu-nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldadesnesse tipo de exercício.

Capítulo 22 — Blocos econômicos

Agora é com você! — página 258Competência e habilidade III.2.G

ObjetivoLer e identificar no mapa os períodos e processos que

promoveram o aniquilamento do espaço por meio do tempo.

ProcedimentosEssa atividade foi extraída do vestibular da Unicamp.

Seria interessante que o(a) professor(a), além de comen-tar a questão com os alunos, enfatizasse as característicasde alguns vestibulares discursivos. A questão possibilitaque se identifique a evolução do sistema de transportesno decorrer do tempo. Os diversos sistemas incorporadosna figura permitem ao aluno perceber o aumento da velo-cidade no mesmo tempo (km/h). O segundo item da ques-tão provoca o aluno a relacionar “o aniquilamento doespaço pelo tempo” ao processo de globalização. Nesseponto, o(a) professor(a) deve conduzir a discussão para aincorporação das novas tecnologias (telecomunicações evirtuais), presentes no mundo globalizado.

Agora é com você! — página 260Competência e habilidade II.1.B

ObjetivoUtilizar diferentes formas de representação para ana-

lisar a formação territorial ao longo do tempo.ProcedimentosA elaboração da linha do tempo envolverá a transposi-

ção dos dados organizados nos mapas das páginas 258 e259, assim como as informações fornecidas no capítulo. Ofundamental é estabelecer uma escala para o intervalo detempo (50 anos) e construir a representação gráfica. Suge-rimos que a turma adote uma mesma escala: 2 mm paracada ano. Uma vez concluído o trabalho, os alunos poderãodiscutir os resultados.

Agora é com você! — página 263Competência e habilidade II.3.G

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações, aplican-

do os conceitos geográficos.ProcedimentosOs alunos devem estar familiarizados em identificar o

posicionamento dos autores dos artigos coletados. Espe-ra-se que a turma possa debater a questão, comparando osdiferentes pontos de vista.

Agora é com você! — página 265Competência e habilidade II.2.D

ObjetivoProblematizar o mundo contemporâneo, consideran-

do a diversidade de contextos entre os diferentes blocoseconômicos.

ProcedimentosSe possível, sugerimos que a atividade seja feita em

grupo. Os alunos poderão realizar uma síntese do que foiestudado no capítulo, elaborando um quadro com as prin-cipais características de cada bloco.

Ponto de vista — página 266Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoIdentificar uma tese, relacionando-a aos argumentos

oferecidos para sustentá-la.

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.ProcedimentosEspera-se que os alunos percebam que para o autor as

críticas em relação à Alca não são consistentes. Para ele,uma “Alca possível” não seria nenhum grande projeto deintegração hemisférica, e muito menos a realização per-feita e acabada de uma área de livre comércio, mas uma“colcha de retalhos”, segundo os interesses dos parceirose setores envolvidos.

De olho na mídia — página 270Competência e habilidade I.2.D

ObjetivoAplicar os conhecimentos para análise crítica do texto

jornalístico.ProcedimentosNeste fechamento de unidade, o aluno poderá explo-

rar outros aspectos do texto jornalístico, comparando olead com a idéia central da entrevista. Avaliando se o pri-meiro parágrafo de fato expressa as idéias principais daentrevista, o aluno poderá ir desenvolvendo consciênciacrítica em relação a este tipo de texto.

UNIDADE IV Desafios ambientais

Leitura cartográfica — página 273Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoIntroduzir a temática da unidade, relacionando-a com

a representação cartográfica de dados nos modos zonal elinear.

ProcedimentoA partir da análise do mapa, o professor pode explo-

rar, em sala de aula, o repertório dos alunos a respeito doassunto que será tratado na unidade. Uma idéia interes-sante seria retomar as respostas das perguntas ao términodos capítulos, avaliando as mudanças ocorridas na com-preensão dos alunos.

Capítulo 23 — Geografia dos recursos naturais

Agora é com você! — página 275Competência e habilidade I.1.B

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações geográ-

ficas com consistência lógica, aplicando conceitos e utili-zando a linguagem do texto dissertativo.

Procedimentos1. Recursos renováveis são aqueles que podem ser re-

postos pelos processos naturais.2. Recursos não-renováveis são aqueles que apresen-

tam estoques fixos e não se ampliam.3. O uso da Biotecnologia e da Engenharia Genética

pode repor estoques de recursos naturais para a produçãodas coisas de que precisamos. Porém, tal tecnologia é po-lêmica pelos riscos que pode provocar ao ambiente e àsaúde humana.

Agora é com você! — página 278Competência e habilidade I.1.A

ObjetivoIdentificar dados e informações relevantes para os es-

tudos geográficos, apresentando os resultados em textosdissertativos.

Procedimentos1.O Brasil possui grandes reservas de minério de fer-

ro, manganês e bauxita, importantes recursos para o de-senvolvimento da indústria siderúrgica.

2.A China e a Rússia também possuem grandes reser-vas de minério de ferro.

Agora é com você! — página 280Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoUtilizar diferentes linguagens para expor os conheci-

mentos geográficos.ProcedimentosOs trabalhos dos alunos poderão ser expostos em sala

de aula. Se for possível, alguns alunos poderão explicar ocartaz para a turma, identificando-se os traços comunsentre eles.

Ponto de vista — página 280Competência e habilidade II.3.G

ObjetivoIdentificar o ponto de vista do autor, considerando as

diferenças de lidar com o recursos ambientais.ProcedimentosSugerimos que os alunos discutam as diferenças de

lidar com os recursos ambientais. Em seguida, a turmapoderia ser convidada a se posicionar diante do tema, con-siderando o que foi estudado no capítulo.

Capítulo 24 — Impactos ambientais urbanos

Agora é com você! — página 287Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoIdentificar dados e informações relevantes para os es-

tudos geográficos, apresentando os resultados em textosdissertativos.

Procedimentosa) O efeito estufa é a retenção da radiação infravermelha

nas baixas camadas da atmosfera. É grande o número de es-pecialistas que reconhecem que as emissões de gases-estufaaceleram as mudanças climáticas globais, que poderão acar-retar a elevação da temperatura do planeta e o derretimentodas calotas glaciais. Estas mudanças provocariam a elevaçãodo nível do mar, o que atingiria as atuais áreas costeiras, nasquais se concentram a maior parte da população mundial.

b) A chuva ácida é decorrência da concentração, na at-mosfera, de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, li-berados na combustão de petróleo e carvão mineral. Aoreagirem com a água das chuvas e formarem ácidos sulfú-ricos e nítricos, têm sido os responsáveis pela destruição demonumentos e fachadas das edificações.

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c e d) A ilha de calor é a área da cidade que apresentatemperaturas mais elevadas do que o seu entorno. Nestasáreas ocorre com maior freqüência as inversões térmicas,que prejudicam a saúde humana.

Agora é com você! — página 288Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoIdentificar dados e informações relevantes para os es-

tudos geográficos, apresentando os resultados em textosdissertativos.

ProcedimentosPoluição, em geral, é toda e qualquer forma de degra-

dação física ou química de um ambiente. Inúmeros são osexemplos que os alunos podem indicar. Sugerimos que oprofessor faça uma lista no quadro, solicitando que os alu-nos expliquem as conseqüências de cada um deles para avida na cidade.

Agora é com você! — página 289Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoIdentificar e classificar dados e informações relevan-

tes para os estudos geográficos.Procedimentosa) lixo orgânico — aterro sanitário;b) resíduos sólidos — reciclagem;c) lixo orgânico — aterro sanitário;d) resíduos sólidos — incineração;e) resíduos sólidos — reciclagem.

Ponto de vista — página 290Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-

do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.ProcedimentosOs alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-

senvolver a habilidade de extrair informações de um tex-to, identif icando o posicionamento do autor e suasargumentações. A realização da atividade é uma oportu-nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldadesnesse tipo de exercício.

Capítulo 25 — Meio ambiente e política internacional

Agora é com você! — página 295Competência e habilidade II.1.A

ObjetivoAmpliar a habilidade de leitura e interpretação carto-

gráfica, por meio da análise de um bloco-diagrama queilustra o assunto estudado no capítulo.

ProcedimentosAo explicar o processo erosivo, os alunos devem lem-

brar que a menor perda de solo pela erosão ocorre nasáreas de mata. Já as áreas de plantio temporário apresen-tam a mais expressiva perda de sedimentos. As áreas depastagem e de cultivos permanentes registram perdas bemmenores do que as de cultivo temporário.

Agora é com você! — página 297Competência e habilidade I.1.B

ObjetivoIdentificar dados e informações relevantes para os es-

tudos geográficos, apresentando os resultados em textosdissertativos.

Procedimentosa) O principal debate na Conferência de Estocolmo

foi a questão do desenvolvimento e crescimento econô-mico, envolvendo a questão ambiental.

b) Um dos principais resultados da Conferência de Es-tocolmo foi a aprovação da Declaração das Nações Unidassobre o Meio Ambiente: proclamações e princípios.

Agora é com você! — página 300Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoIdentificar dados e informações relevantes para os es-

tudos geográficos, apresentando os resultados em textosdissertativos.

Procedimentosa) Desenvolvimento sustentável é um conceito que pro-

cura integrar a preocupação com o meio ambiente às polí-ticas de desenvolvimento.

b)Sugerimos que o professor estimule os alunos a ex-plicarem as convenções ambientais escolhidas. Durante aexposição, as principais características das convençõespodem ser indicadas no quadro.

Agora é com você! — página 300Competência e habilidade III.3.F

ObjetivosAnalisar o efeito de sentido do uso da linguagem figu-

rada, aplicando os conhecimentos geográficos numa pers-pectiva interdisciplinar. Valorizar a apreciação artística.

ProcedimentosO fundamental nesta atividade é garantir a livre expres-

são dos alunos, que devem se posicionar diante das idéias daautora com base nos conhecimentos trabalhados no capítulo.Espera-se que os alunos percebam os vários pontos de vistaem relação à questão ambiental, diferenciando a leitura dospreservacionistas — que lutam contra a extinção das espé-cies —, a dos desenvolvimentistas e ecocapitalistas — quemesmo concordando com as idéias da autora, acreditariamque o atual modelo político-econômico está apto a proporalternativas para evitar a destruição da natureza e da diversi-dade cultural — e os ecologistas radicais — que não aceita-riam a atitude passiva diante dos fatos citados pela autora.

Ponto de vista — página 301Competência e habilidade III.3.G

ObjetivoIdentificar as idéias centrais do texto, posicionando-

se diante dos argumentos do autor.ProcedimentosEspera-se que os alunos apliquem os conhecimentos ad-

quiridos no capítulo para interpretar o discurso nitidamente

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.desenvolvimentista da liderança russa. Apesar de o autorreconhecer a necessidade de se considerar a questão am-biental dentro de um novo conceito de segurança global ede ser crítico à sociedade de consumo, ele propõe que sefaçam esforços para encontrar alternativas, porém man-tendo o contexto político e econômico, no qual seu paísocupava posição de hegemonia.

Capítulo 26 — A questão ambiental no Brasil

Agora é com você! — página 306Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoTomar decisões diante de situações concretas, recor-

rendo aos conhecimentos geográficos.ProcedimentosSugerimos que a turma se prepare para esta atividade,

discutindo cuidadosamente as questões. O professor pode-rá indagar o que os alunos esperam encontrar na observa-ção do intervalo da escola. As propostas de educaçãoambiental poderão ser comparadas e a turma escolher aque-las que maior impacto teria nos problemas detectados.

Agora é com você! — página 308Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoTomar decisões diante de situações concretas, recor-

rendo aos conhecimentos geográficos.ProcedimentosO(a) professor(a) poderá incentivar os alunos a expor

seus argumentos, estabelecendo um ambiente de diálogo erespeito aos posicionamentos contrários. Antes de os alu-nos escreverem no caderno as conclusões, as principais idéi-as debatidas poderão ser sistematizadas no quadro.

Agora é com você! — página 312Competência e habilidade III.3.G

ObjetivoDemonstrar capacidade de percepção e de estabelecimen-

to de relações com a vida cotidiana, numa perspectiva inter-disciplinar, tomando decisões diante de situações concretas.

ProcedimentosSugerimos que a turma faça uma busca no site

www.grupos.com.br a respeito de grupos de discussãosobre a questão ambiental. Com base no que foi estudadono capítulo, o professor poderá solicitar uma análise com-parativa entre as propostas de cada grupo de discussão. Apartir daí, a turma poderá ser incentivada a participar dalista, considerando o debate desenvolvido em sala de aula.

Ponto de vista — página 312Competência e habilidade III.3.G

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-

do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.ProcedimentosOs alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-

senvolver a habilidade de extrair informações de um texto,

identificando o posicionamento do autor e suas argumen-tações. A realização da atividade é uma oportunidade paraverificar quem ainda apresenta dificuldades nesse tipode exercício.

De olho na mídia — página 315Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoAplicar os conhecimentos geográficos na leitura críti-

ca do texto jornalístico.ProcedimentosSugerimos que o professor estabeça um ambiente de

diálogo, incentivando vários alunos a manifestarem suacompreensão do texto. O fundamental é identificar o posi-cionamento do autor da matéria, o que nem sempre é umatarefa fácil para os alunos. O trabalho coletivo pode ser umfacilitador da tarefa, supervisionada pelo professor.

UNIDADE V Geografia e mudança social

Leitura Cartográfica — página 317Competência e habilidade II.1.A

ObjetivoComparar mapas e refletir a respeito de sua importân-

cia para o conhecimento geográfico.ProcedimentoA comparação dos mapas é o ponto de partida para a

discussão da temática da unidade, considerando a desigual-dade de condições das mulheres de diversos países. A partirdas informações colhidas, o professor poderá sugerir a dis-cussão a respeito dos direitos humanos, explorando o reper-tório dos alunos no que se refere aos movimentos sociais.

Capítulo 27 — A geografia dos excluídos

Agora é com você! — página 321Competência e habilidade II.1.B

ObjetivosComparar e relacionar dados e informações. Relacio-

nar informações para a elaboração de relatório.ProcedimentosA tabela a ser utilizada para a execução desta tarefa

destaca os países que apresentam os 10 IDHs mais eleva-dos, os 10 IDHs mais baixos e os 10 países com IDHsmédios; neste caso, trata-se de países que apresentam IDHsmais elevados do que o do Brasil.

Os 10 IDHs mais elevados permitem ao aluno identi-ficar países que se encontram na Europa, na América doNorte e na Ásia (todos no hemisfério norte, excetuando-se a Austrália). Já os 10 piores IDHs são todos países quese encontram no continente africano. Quanto aos que re-presentam IDHs médios, a coluna reuniu países que de-vem ser comparados ao IDH brasileiro.

Essa discussão permite ao aluno perceber a situaçãosocial do Brasil em relação a países subdesenvolvidos (Su-riname), do antigo bloco socialista (Bósnia) e outros paí-ses latino-americanos, como Venezuela e Colômbia (nestecaso, ressaltando-se os problemas relativos ao narcotráfi-co e às instabilidades políticas).

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Conexões — página 324Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoAnalisar o registro fotográfico em seu contexto históri-

co-geográfico, identificando marcas da desigualdade social.ProcedimentosNesta atividade, o professor pode destacar que a desi-

gualdade social sempre existiu em nossa sociedade. O ob-jetivo central do capítulo é levar à compreensão dasespecificidades da desigualdade no contexto de crise doEstado de bem-estar social. A discussão sobre a fotografiapermite que os alunos estabeleçam relações entre diferen-tes contextos histórico-geográficos. O registro fotográficode Militão é a própria expressão do sistema escravagista: éexplícita a hierarquia na disposição do senhor branco dian-te de seus escravos; observam-se, também, os pés descal-ços e a postura de submissão dos homens negros.

No livro O olhar europeu — o negro na iconografia bra-sileira do século XIX, Boris Kossoy (1994, p. 174-175) afir-ma: “... as fontes iconográficas, nas suas diferentesmodalidades, nos informam não apenas acerca dos assuntosretratados, mas, principalmente, acerca dos seus própriosautores das representações, suas visões de mundo, suas men-talidades [...]. São múltiplas, também, as leituras que as ima-gens fotográficas proporcionam e é nisso que reside o desafioquando de sua interpretação [...]. As imagens da câmera, tra-dicionalmente aceitas como a expressão da verdade — postoque documentam a realidade material ‘tal como ela é’’ — ,resultam, na verdade, de um complexo processo de criação,elaborado por seu autor: o fotógrafo. Deve-se ter em mente,pois, que a imagem fotográfica resulta de uma construçãotécnica, cultural e estética-ideológica.

O que, de fato, nos interessa resgatar é o outro lado daimagem, ou seja, aquilo que não se encontra explícito ico-nograficamente. Partindo de tais pressupostos teóricos,pode-se então perceber em que medida as fotografias seconstituem em importantes testemunhos históricos, soci-ológicos e psicológicos, posto que retratam, implicitamen-te, atitudes e intenções [...] A foto de Militão Augusto deAzevedo é contundente na medida em que ultrapassa ofato singular, antropologicamente identificável, trazendoà luz um significado implícito, revelador de uma realida-de social no seu contexto social mais amplo.”

Ponto de vista — página 325Competência e habilidade II.2.F

ObjetivoIdentificar em um texto as referências ou remissões a

outros textos (intertextualidade), aplicando conhecimen-tos geográficos.

ProcedimentosA autora destaca na obra de Milton Santos a relação

entre lugar e cidadania, analisando suas implicações noprocesso de exclusão social. Sugerimos que as frases elabo-radas pelos alunos sejam listadas no quadro, procurando-seagrupá-las por semelhança de sentido. O professor deveráestar atento para que se evitem cópias literais do texto, pro-curando incentivar a formulação pessoal dos alunos.

Capítulo 28 — Saúde e políticas públicas

Analisar cartazes de propaganda em seu contexto his-tórico-geográfico, identificando marcas da política públi-ca da época.

ProcedimentosSegundo Bertolli Filho (1996, p. 35), “a partir da insta-

lação do Estado Novo, a administração sanitária buscoureforçar as campanhas de educação popular, criando servi-ços especiais para a educação em saúde. Unindo modernastécnicas pedagógicas e de comunicação com os princípiosda medicina sanitária, os funcionários desse setor elabora-ram cartazes e folhetos que chamavam a atenção pelas ilus-trações coloridas. Elas poderiam ser entendidas mesmo pelaspessoas que não sabiam ler”. Nos dois cartazes a sífilis éassociada à morte e à “promiscuidade”. Assim como a aidshoje, a sífilis era naquela época uma doença estigmatizadasocialmente. Espera-se que os alunos se sintam à vontadepara trocar idéias e expor dúvidas.

Agora é com você! — página 334Competência e habilidade II.3.B

ObjetivoIdentificar dados e informações relevantes para os es-

tudos geográficos, apresentando os resultados em textosdissertativos.

Procedimentos1. Dentre as razões apontadas no capítulo, destaca-se

a importância dos serviços de saúde e da política de saúdepara o desenvolvimento das cidades.

2. Foi na Inglaterra daquela época que se desenvolve-ram as primeiras normas e legislação sanitária, que visa-vam o controle das epidemias que assolavam a populaçãodas cidades. A experiência inglesa serviu de referênciapara a legislação de outros países.

3. A Revolta da Vacina foi provocada pela resistênciapopular ao poder de polícia e de fiscalização que o podercentral da República do Brasil assumiu para o controledas epidemias na capital do país.

4. Como o intercâmbio entre os países é cada vez mai-or, muitas questões que envolvem a saúde da populaçãodependem de uma articulação global. A OrganizaçãoMundial da Saúde (OMS) é o principal organismo inter-nacional responsável por estas questões.

5. O SUS é o Sistema Único de Saúde. Trata-se daforma que estão organizados os serviços de saúde públicano Brasil, que foram integrados em um único sistema apartir da Constituição de 1988.

Ponto de vista — página 334Competência e habilidade III.3.G

ObjetivosAplicar os conhecimentos adquiridos no capítulo para

interpretar o texto e posicionar-se em relação às idéiasnele contidas.

ProcedimentosSugerimos que as idéias levantadas pelos alunos se-

jam sistematizadas no quadro, construindo-se uma sínte-se geral da turma. Ao término da atividade, porém, é

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.imprescindível que cada aluno tenha registrado no cadernoas suas conclusões. A saúde pública é um retrato de cadaépoca. O autor faz referência ao recrudescimento de antigaspestilências, como o cólera, associando-o à crise do planeja-mento estatal excessivamente centralizado e normatizado.

Capítulo 29 — Movimentos sociais e cidadania

Agora é com você! — página 338Competência e habilidade III.3.F

ObjetivosExtrair dados e informações de um texto, posicionan-

do-se diante dos argumentos do autor.ProcedimentosOs alunos devem relacionar os temas que serão trata-

dos no capítulo com as idéias do filósofo Jacques Bidet.O texto citado pode ser utilizado para uma atividade inter-disciplinar com História. Discutir o período das grandesrevoluções, suas lutas e analisar as contradições do mun-do atual, que, apesar do desenvolvimento tecnológico, nãoconsegue erradicar a exploração da mão-de-obra e resol-ver o problema das desigualdades sociais.

Agora é com você! — página 344Competência e habilidade III.3.C

ObjetivosExtrair de um texto as causas relacionadas ao desem-

prego e intervir solidariamente propondo estratégias paracombater o problema.

ProcedimentosEsta atividade permite ao professor contextualizar a

questão do desemprego utilizando notícias veiculadas naimprensa local ou estadual. É importante relacionar o de-semprego às novas formas de gerenciamento de produção eredução das oportunidades na indústria. A discussão de pro-postas para combater o desemprego merece atenção espe-cial, e o professor tem papel fundamental na orientação sobrea viabilidade das propostas elaboradas pelos alunos.

Conexões — página 346Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoReconhecer, no texto, índices que permitam identifi-

car características da situação dos negros no Brasil, comoa valorização da expressão artística da capoeira.

ProcedimentosOs alunos apresentam em sala de aula as suas respostas,

procurando chegar a um consenso a respeito da expressão dotexto que sintetiza a situação dos negros no Brasil. Váriasrespostas são válidas e possíveis. A palavra luta é repetidavárias vezes e sintetiza bem a questão. Na esperança de ven-cer e Olha o negro são outras expressões que também po-dem ser escolhidas pelos alunos, dependendo da justificativa.

Agora é com você — página 347Competência e habilidade II.3.F

ObjetivoElaborar redação, considerando o léxico entre a gra-

vura e os termos indicados.

ProcedimentoSeria importante que ocorresse a discussão na turma.

Para isto, cada aluno poderia apresentar qual foi a sua in-terpretação da charge. Estudando com antecedência, o ren-dimento do aluno é muito maior.

Ponto de vista — página 347Competência e habilidade III.3.F

ObjetivoAplicação dos conhecimentos a respeito da discrimi-

nação social para discutir as idéias do texto e apresentaralternativas para as questões identificadas.

ProcedimentosEspera-se que os alunos percebam que a discrimina-

ção social é muito mais profunda do que a diferença derenda entre os diferentes grupos sociais. A reforma agrá-ria tem sido uma política de resgate da justiça social noBrasil, com imenso impacto na qualidade de vida e combaixo custo por família assentada.

Capítulo 30 — Geografia do crime

Agora é com você! — página 352Competência e habilidade I.2.B

ObjetivoIdentificar dados e informações relevantes para os es-

tudos geográficos, apresentando os resultados em textosdissertativos.

ProcedimentosSugerimos que o professor discuta em sala de aula o

trabalho dos alunos, que podem comparar as respostas comos colegas, acrescentando e/ou complementando as infor-mações mais significativas.

Lição de cartografia — página 354Competência e habilidade II.2.B

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações rele-

vantes para os estudos geográficos, articulando escalasgeográficas.

ProcedimentosEspera-se que os alunos já tenham desenvolvido com-

petências e habilidades necessárias para a articulação dediferentes escalas geográficas (nível local: comunidadesindígenas; nível regional: países andinos; nível global:combate ao narcotráfico). Sugerimos que o professor en-fatize as relações de ordem, complementaridade e contra-dição que envolvem a questão.

Ponto de vista — página 354Competência e habilidade III.3.C

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-

do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.ProcedimentosOs alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-

senvolver a habilidade de extrair informações de um tex-to, identif icando o posicionamento do autor e suas

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argumentações. A realização da atividade é uma oportu-nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldadesnesse tipo de exercício.

Capítulo 31 — Cultura jovem e conflito

Conexões — página 360Competência e habilidade II.3.F

ObjetivoAnalisar recursos expressivos da linguagem figurada,

relacionando-os com conteúdos da Geografia.ProcedimentosSugerimos que o texto seja lido em voz alta na sala de

aula. É preciso verificar a compreensão dos alunos a res-peito dos diversos sentidos e pontos de vista do autor.

Objetivo 2Valorizar a manifestação artística do movimento hip hop

como uma forma de expressão dos jovens das periferias ur-banas, aplicando os conhecimentos adquiridos no capítulo.

ProcedimentosComo vimos, o rap é uma música de protesto e de

crítica ao sistema político e econômico vigente. Espera-se que os alunos identifiquem no texto algumas marcasdesse protesto: a insatisfação do jovem com o seu padrãode consumo e a contradição do capitalismo selvagem —“O seu status depende da tragédia de alguém”. Caso hajainteresse da turma, o professor pode estimular a compara-ção dessa letra de música com as de outros raps.

Agora é com você! — página 360Competência e habilidade III.3.C

ObjetivoPosicionar-se diante das idéias do texto, considerando

os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.ProcedimentosSugerimos que os alunos comparem as suas respostas

numa discussão em grupo, procurando identificar as con-clusões comuns e as divergentes. Para finalizar a ativida-de, o professor pode registrar no quadro as principais idéiaslevantadas pela turma, sintetizando os conteúdos traba-lhados no capítulo.

Ponto de vista — página 361Competência e habilidade III.2.C

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-

do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.

ProcedimentosCom a leitura do texto, espera-se que o aluno consiga

relacionar os conteúdos trabalhados no capítulo com osnovos elementos apresentados pela autora.

1.Espera-se que o aluno reconheça a especificidadeda temática juvenil num país como o Brasil, marcado porprofundas desigualdades sociais.

2. O aluno terá oportunidade de expressar sua opinião.Sugerimos que o professor possibilite a troca de idéiasentre os alunos, valorizando o exercício argumentativo.

Capítulo 32 — O Brasil e os desafios do século XXI

Conexões — página 363Competência e habilidade III.3.C

ObjetivoPosicionar-se diante de dados e informações, toman-

do decisões diante de situações concretas.ProcedimentosEspera-se que os alunos tenham desenvolvido a capaci-

dade de ouvir e debater as idéias dos outros, demonstrandouma atitude de respeito aos posicionamentos divergentes.O professor poderá enfatizar o peso ou não do padrão devida americano no “sonho de consumo” da turma.

Ponto de vista — página 367Competência e habilidade III.3.B

ObjetivoReconhecer o ponto de vista do autor do texto, aplican-

do os conhecimentos adquiridos no estudo do capítulo.ProcedimentosOs alunos já tiveram inúmeras oportunidades para de-

senvolver a habilidade de extrair informações de um tex-to, identif icando o posicionamento do autor e suasargumentações. A realização da atividade é uma oportu-nidade para verificar quem ainda apresenta dificuldadenesse tipo de exercício.

De olho na mídia — página 371Competência e habilidade III.3.B

ObjetivoAplicar os conhecimentos geográficos na análise crí-

tica do texto jornalístico.ProcedimentosSugerimos que o professor estabeleça um ambiente de

debate, registrando no quadro as diferentes leituras reali-zadas pelos alunos. Nesta atividade, a turma poderá veri-ficar qual foi a importância do estudo da Geografia para odesenvolvimento da leitura crítica do jornal.

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Unidade I — Bases da Geografia: socieda-de, natureza e território

Capítulo 1 – A Geografia e a linguagem cartográfica

1. d 2. c 3. e

4. a) Na projeção de Mercator, as menores distorções ocorrempróximas ao Equador, e as maiores distorções, nas áreas próxi-mas do pólo. b) Ao desenvolvimento das navegações, quandoas descobertas de novas áreas, o surgimento de colônias e acrescente circulação de mercadorias demandavam mapas me-lhores e mais exatos, que exigiram novas técnicas de orienta-ção, mais precisos, por isso os mapas e cartas teriam de sermais corretos e detalhados. c) Trata-se da rota C. A projeçãode Mercator é cilíndrica, e o globo projetado no cilindro esta-belece o princípio da ortodromia, ou seja, o arco de círculomáximo da superfície geográfica sobre o qual um navio segueuma sucessão de rumos ou rotas.

5. e 6. e 7. e 8. b 9. e

10. O aluno deverá levar em consideração o mapa apresentado.Deverá elaborar um texto em que ressalte a expansão das fron-teiras agrícolas para as regiões Centro-Oeste e Norte e as altera-ções no espaço em virtude dessa expansão. O surgimento deestradas, cidades e áreas de exploração madeireira ocorreu emvirtude da apropriação do espaço geográfico pela sociedade.

11. Os satélites são utilizados para diversas formas de emissãode informações em tempo real da Terra, o que permite acompa-nhar a dinâmica climática, meteorológica, ambiental e movimen-tos da crosta com grande precisão. Além disso, a utilização dasimagens geradas pelos satélites permite maior precisão na ela-boração de mapas temáticos.

12. a) Trata-se de um processo social no qual o acesso aos espa-ços de maior ou menor valor é determinado pelo poder aquisiti-vo das pessoas. No contexto da produção capitalista do espaço,as áreas impróprias à ocupação humana ou distantes daquelasque têm melhor infra-estrutura básica e facilidade de acessoaos centros comerciais são reservadas às classes mais pobres.Nesse fenômeno, aliás, cabe salientar o que se chama de “espe-culação imobiliária”, isto é, o controle do acesso à terra porindivíduos e empresas que fazem dela uma fonte de lucros.

b) As desigualdades sociais resultantes do processo histórico deconcentração de renda. As populações com maior renda adqui-rem terrenos em áreas mais elevadas e com acesso aos bens eserviços ofertados pela cidade. Cabe às populações carentes oterreno com pior localização, à margem dos serviços ofertadospela cidade.

13. a

Capítulo 2 – O sistema terrestre

1. F, V, V, F, F 2. e 3. d 4. b 5. e6. Soma = 35 (01 + 02 + 32)7. a 8. c 9. d 10. d 11. e 12. a 13. d14. a) São terrenos inconsolidados, com menor espessura dasrochas de superfície, mais sujeitos à ação dos agentes endóge-nos expressos em fissuras resultantes da pressão interna revela-da na forma de vulcões. b) O território brasileiro está na placasul-americana. c) O território brasileiro encontra-se sobre umaplaca composta por rochas consolidadas, de maior espessura,que absorvem os impactos tectônicos interiores.

Capítulo 3 – Clima e hidrologia terrestres

1. b 2. b 3. d 4. a 5. b 6. c7. a 8. c 9. b 10. V, V, V, F, F11. a) A crescente disponibilidade de equipamentos de sensore-amento remoto, satélites meteorológicos, estações de mediçãoterrestres, aéreas e marítimas, favorece a criação de uma redemundial de cobertura que consegue avaliar as mudanças climá-ticas em tempo real e de forma muito mais acurada.b) As previsões meterológicas acuradas são importantes no pla-nejamento de atividades como agricultura e na prevenção e ela-boração de planos de contingência contra enchentes, aspectosque favorecem o crescimento econômico, menor impacto mate-rial e principalmente a preservação da vida em casos de aciden-tes naturais.12. b 13. c 14. d 15. c 16. c

Capítulo 4 – Os principais biomas da Terra

1. e2. a) I. Taiga ou coníferas; II. Tundra; III. Florestas tropicaisúmidas; IV. Savanas; V. Estepes ou pradarias.b) I. Pinheiros aciculifoliados; II. Musgos e liquens; III. Espéci-es latifoliadas; IV. Vegetação herbáceo-arbustiva; V. Formaçõesde gramíneas.3. b 4. b 5. 2 e 5 6. Soma = 10 (02 + 08) 7. e8. O continente americano apresenta o seguinte quadro natural:Extremo norte: — clima: polar — vegetação: tundra.Norte: — clima: temperado frio — vegetação: floresta boreal outaiga.Centro-Norte: — climas: temperado continental nas regiões in-teriores e oceânico nas áreas próximas ao mar — vegetação:pradarias e floresta temperada.A sul do Trópico de Câncer e norte do Trópico de Capricórnio:— clima: tropical e equatorial — vegetação: floresta tropical eequatorial. a) Floresta equatorial e tropical — extrativismo ve-getal e extração de madeira.b) Extração de madeira da Taiga para produção de papel e celulose.9. c 10. c 11. V, V, V, V, F

Capítulo 5 – As bases físicas do Brasil

1. d 2. b 3. a 4. b 5. a6. a) Atuação da massa Polar atlântica (mPa).b) Massa Equatorial continental (mEa) e também a massa Tro-pical atlântica (mTa). c) No verão a massa Equatorial continen-tal não encontra obstáculos e se expande por boa parte doterritório brasileiro. No inverno o avanço da massa Polar atlânti-ca inibe a presença da massa Equatorial continental que ficarestrita ao noroeste amazônico.7. e 8. c 9. d 10. c 11. c 12. d13. Os deslizamentos freqüentes nestas regiões se devem à ocu-pação irregular das áreas de encosta. Inicialmente a coberturavegetal foi retirada, o que facilita o desmoronamento; além dis-so, essas áreas foram sucessivamente ocupadas por construçõesque não seguem as normas técnicas de engenharia, já que sãoáreas ocupadas por populações carentes, que constroem muitasvezes em regime de mutirão, sem conhecimento de normas téc-nicas adequadas para essas áreas.14. a15. a) Porque estas regiões se encontram em hemiférios diferen-tes e, portanto, enquanto é inverno no hemisfério sul (Luisiânia— GO) é verão no hemisfério norte (Roma – Itália).

6. Respostas das questões dos vestibulares e do Enem

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b) Luisiânia: — tropical: verões quentes e úmidos, invernos se-cos. Roma: — clima mediterrâneo: verões quentes e secos, in-vernos amenos e úmidos.

Capítulo 6 – Sociedade industrial e meio ambiente

1. e 2. e 3. V, F, V, V, F 4. e 5. d 6. c

Capítulo 7 – Fronteiras e mapas políticos

1. b 2. c 3. e 4. b5. A classificação leste e oeste remonta à ordem bipolar — OsEstados Unidos estabeleceram sua área de influência capitalista naporção ocidental, enquanto a URSS socialista estabeleceu sua áreade influência na porção leste. Com o fim da velha ordem bipolar, anova ordem mundial estabelece um domínio referente ao controledos mercados mundiais e à distribuição irregular das riquezas. Nes-se sentido a divisão norte/sul busca separar as áreas de maior oumenor concentração de riquezas. Sul; pobre; norte, rico.6. a) A apropriação se dá quando esta sociedade estabelece asbases comuns de sua cultura como elemento de integração. Po-dem também se estabelecer como Estado-nação ao definiremum território — as bases físicas do Estado — um arcabouçolegal — constituição — e um governo.b) A soberania deve ser compreendida como a propriedade ouqualidade que caracteriza o poder político supremo do Estadocomo afirmação de sua personalidade independente, de sua au-toridade plena e governo próprio, dentro do território nacional eem suas relações com outros Estados. Desta forma é o Estado orepresentante supremo da soberania de um país.7. a) Propriedade ou qualidade que caracteriza o poder políticosupremo do Estado como afirmação de sua personalidade inde-pendente, de sua autoridade plena e governo próprios, dentro doterritório nacional e em suas relações com outros Estados.b) As invasões realizadas pela Otan na Iugoslávia, a invasão nor-te-americana no Afeganistão e no Iraque.c) O desmantelamento da ordem política e jurídica de uma na-ção. O exemplo mais contundente é a desintegração do Estadoiraquiano pós-invasão pelos Estados Unidos.8. d

Capítulo 8 – Caminhos da economia mundial

1. c 2. c 3. e 4. b 5. b 6. d 7. d 8. e9. e 10. V, F, F, V 11. d12. a) Entre 1965/89 e 1980/89 os países desenvolvidos e os doSudeste asiático apresentaram melhor distribuição de renda, en-quanto nos países pobres da América Latina e África os dadosacentuam a concentração de renda.b) O motivador foi a política de expansão da renda que ocorreunos países conhecidos como Tigres Asiáticos — Taiwan, Cinga-pura, Coréia do Norte e a região de Hong Kong (hoje incorpora-da à China).13. a) A tendência foi a formação de grandes corporações trans-nacionais que passaram a instalar suas filiais em países subde-senvolvidos, aliando os interesses em produzir mais e mais baratoà ampliação dos mercados e ao aproveitamento dos incentivosfiscais ofertados pelos governos desses países.b) As empresas instalam-se em países pobres para aproveitar amão-de-obra farta e barata e ampliar seu mercado consumidor.14. e15. a) As facilidades na transmissão e obtenção de informaçãopor telecomunicações e informática favorece e acelera a capaci-dade de circulação de dinheiro na forma de investimentos, bemcomo é capaz de expandir as suas redes cada vez maiores e maisinternacionalizadas.

b) Esses países adotam, em geral, políticas relacionadas à eleva-ção de suas taxas de juros, para com isso atrair capitais de curtoprazo. Os problemas principais dessa prática são a pressão infla-cionária interna seguida de recessão econômica, achatamentosalarial entre outros.

Unidade II — O mundo geopolítico contem-porâneo

Capítulo 9 – A geografia da Guerra Fria

1. e 2. b3. A Otan foi criada em 1949 para representar o braço geopo-lítico da Doutrina Truman, estabelecendo uma aliança militardos países do Atlântico Norte contra possíveis intervenções daURSS. Em resposta à formação da Otan, a URSS criou o Pac-to de Varsóvia, aparentemente com a mesma finalidade, ou seja,garantir a integridade geopolítica de sua área de influência.Com o decorrer dos anos, o Pacto de Varsóvia configurou-secomo a base de sustentação pela força da influência da URSSno Leste Europeu.4. d 5. V, V, F, F, V 6. d7. a) A ordem da Guerra Fria estabeleceu a separação do mun-do em dois blocos opostos. De um lado os países capitalistas eocidentais regidos pelos EUA, enquanto o conjunto de paísessocialistas orbitavam ao redor da URSS. A velha ordem apre-sentava-se sustentada por forças antagônicas militarizadas earmamentistas.b) A chamada Nova Ordem Mundial caracteriza-se pela prevalên-cia do sistema capitalista e pela disputa dos mercados mundiais.8. a

Capítulo 10 – A superpotência

1. d 2. e 3. b 4. c5. Os países eram assim classificados porque essa divisão ex-pressava o mundo na época da Guerra Fria. De um lado os paí-ses ocidentais representavam a área de influência capitalista enorte-americana. Os chamados países do leste representavam aEuropa oriental, área de influência da URSS. A classificaçãoatual em norte e sul busca caracterizar a diferença socioeconô-mica entre os países. Vale salientar que não é uma classificaçãoviável, já que na porção norte existem países pobres, assim comona porção sul existem países que apresentam alto grau de desen-volvimento.6. a7. A presença militar norte-americana na Europa está vincula-da à participação do país na Organização do Tratado do Atlânti-co Norte (Otan). Já na área 2, Oriente Médio, os motivos são ainstabilidade geopolítica da região e assegurar o controle sobreas reservas de petróleo da península.8. b 9. d 10. b

Capítulo 11 – Potências mundiais

1. c 2. a 3. c4. A China localiza-se no coração da Ásia e seu crescimentoeconômico influencia sua hegemonia regional. Além disso, opaís é detentor de excelente arsenal armamentista, o que lhe con-cede grande poder de liderança na porção asiática.5. b 6. e 7. a 8. d9. Os alunos devem ressaltar a expressiva participação da Chinacomo futura liderança regional e possivelmente mundial. Osdados populacionais, econômicos e militares expressam a im-portância do país no contexto mundial.10. c 11. a

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. Capítulo 12 – Potências regionais

1. d 2. e 3. e 4. e5. País 1: Paquistão; país 2: Índia; país 3: Bangladesh. Esta re-gião apresenta conflitos étnicos hinduístas e islâmicos na regiãoda Caxemira e conflitos entre hinduístas e sikhs no Punjab.6. e 7. b 8. c

Capítulo 13 – Conflitos étnico-religiosos na Europa

1. b 2. c3. A monarquia parlamentarista concedeu maior autonomia paraa região, permitindo livre expressão lingüística e cultural.4. e 5. a 6. b7. a) A Irlanda do Norte ou Ulster.b) Belfast é a capital da Irlanda do Norte ou Ulster, área em queocorriam os mais fortes confrontos entre católicos (irlandesesdo IRA) e protestantes (forças militares britânicas).8. A região da Iugoslávia configura-se como um grande intrin-cado étnico-religioso-cultural. Foram mesclados nesse territó-rio católicos, cristãos ortodoxos, muçulmanos; utilizam-se doisalfabetos distintos, além de conjugarem na mesma região croa-tas, eslovenos, bósnios, montenegrinos, sérvios e macedônios.9. a 10. c 11. b

Capítulo 14 – Conflitos étnico-religiosos no OrienteMédio e na África

1. a 2. d 3. b 4. a 5. a 6. c7. a) A dominação colonial européia impôs ao continente africa-no um processo de artificialização de fronteiras que provocou aunificação num mesmo território de tribos historicamente rivais.Com a descolonização e a conseqüente manutenção das frontei-ras coloniais, os países africanos não conseguem formar Esta-dos nacionais sólidos.b) A África abriga dois sistemas agrícolas: a agricultura rudi-mentar, aplicada pelas famílias e comunidades locais para auto-abastecimento, e o sistema de plantation, imposto peloscolonizadores. Países como Nigéria, Togo, Benin são produto-res de café, cacau e cana para o mercado internacional.8. b9. a) O mosaico cultural, a posição estratégica como passagementre a Europa e a Ásia, a ocorrência de extensas jazidas petro-líferas.b) Ele faz referência à questão israelo-palestina. Com o surgi-mento de Israel em 1948, os palestinos que ali viviam viram-sedeslocados e sem expressão territorial, daí a menção de ocupa-ção dos territórios por Israel.10. b 11. a

Capítulo 15 – A geopolítica do Brasil

1. Porque o Brasil foi o único país a enviar tropas aliadas com-postas por negros, brancos, mulatos, pardos e amarelos.2. Antes da Segunda Guerra Mundial o Brasil não tinha definidoum aliado preferencial, acatando influências dos Estados Uni-dos, da França e até da Alemanha. Após a Segunda Guerra opaís alinhou-se temporariamente aos EUA. Durante o governoJK e nos governos seguintes houve uma preocupação em trilharcaminhos de autonomia diplomática. Um dos exemplos foi a po-sição brasileira contrária ao bloqueio econômico a Cuba em 1960.3. O presidente Fidel Castro refere-se ao poder de veto concedi-do aos membros permanentes do Conselho de Segurança daONU. A eles é dado o direito de vetar uma proposta e mesmocom apenas um veto a resolução não é encaminhada. Outra crí-tica do presidente cubano diz respeito à continuidade do blo-queio comercial a Cuba, desencadeado em 1960 pelo governonorte-americano.

4. d5. De acordo com o mapa apresentado, a cidade de Brasíliaencontra-se cercada pelas maiores unidades militares represen-tando todas as armas. Nesse sentido fica clara a intenção degarantir à cidade um esquema de proteção tanto contra ataquesexternos e muito mais para assegurar a paz e a ordem na capi-tal da República.6. a) O Sivam — Sistema de Vigilância da Amazônia — consis-te na utilização de satélites para detectar invasões do espaço aé-reo brasileiro e monitorar o movimento de aeronaves nas regiõesNorte e Centro-Oeste.b) Criticou-se o fato de que a compra dos equipamentos nãoocorreu de modo transparente, favorecendo capitais norte-ame-ricanos. Além do que não se tem certeza de que os radares fun-cionarão de forma adequada quando os aviões voarem a baixaaltitude. Caso isso ocorra, os radares podem confundir as aero-naves com a movimentação natural da copa das árvores.7. c8. O mapa representa o Projeto Calha Norte. Esse projeto foidesencadeado em 1987 com vista a garantir a soberania das fron-teiras norte do Brasil. Essa região é constantemente invadidapor guerrilheiros colombianos, narcotraficantes, contrabandis-tas e garimpeiros.9. a10. a) objetivos: evitar a ação de contrabandistas; combater aação do narcotráfico; preservar a soberania nacional na explora-ção dos recursos naturais da região; evitar a atuação de gruposguerrilheiros dos países vizinhos, em particular da Colômbia.b) fatores: rede urbana incompleta; redes de transporte precá-rias; baixa densidade demográfica; redes de comunicação in-suficientes; floresta pluvial que dificulta a locomoção.

Unidade III — Geografia econômica: as redesmundiais

Capítulo 16 – A indústria e a produção do espaçogeográfico

1. c 2. a 3. e 4. a 5. c 6. d 7. b8. Soma = 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16)9. e 10. c11. Os dados da tabela indicam a diminuição do parque industri-al da região nordeste dos EUA, enquanto ocorre um significati-vo aumento do parque industrial localizado na porção oeste esul. O parque industrial do nordeste corresponde ao da indústriatradicional, já os parques do oeste e sul correspondem aos dostecnopólos. Enquanto a indústria tradicional sofre acelerado pro-cesso de automação, as empresas dos tecnopólos utilizam nu-merosa mão-de-obra de alta especialização.12. A estratégia desencadeada por Bill Gates garantirá à empre-sa Corbis o monopólio das obras digitalizadas no futuro.

Capítulo 17 – A produção agropecuária no mundo

1. b 2. b 3. a 4. a 5. e6. Soma = 06 (02 + 04)7. c 8. V, F, V, V9. a10. a) Agricultura tradicional à esquerda e agricultura auto-sus-tentada à direita do gráfico.b) À direita o processo utiliza controle biológico de pragas, acar-retando gradativo aumento da produção; à esquerda são utiliza-dos defensivos químicos que provocam esgotamento do solo,ocorrendo ao longo do tempo diminuição da produção e choqueambiental.

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11. a) Duas dentre as justificativas: preservação dos empre-gos rurais; política de segurança alimentar, para evitar a totaldependência da importação de alimentos; força política e ca-pacidade de mobilização e pressão por parte dos agricultoresdos países desenvolvidos; interesse em favorecer toda a ca-deia de produção e circulação de produtos associada à agri-cultura (agronegócio); alto custo da produção agropecuárianos países centrais, especialmente na Europa e no Japão, oque torna essa atividade pouco competitiva frente aos paísesperiféricos.b) Essa política restringe as possibilidades de venda de produtosda agropecuária brasileira no exterior, tanto em termos de ex-portações para os países desenvolvidos quanto para os paísespara onde eles exportam seus produtos subsidiados.12. c13. a) A análise do gráfico mostra que, no período considerado,houve aumento proporcional da área de plantations nos três países.b) Ainda hoje, as plantations ocupam extensas áreas na Amé-rica Latina, na África e na Ásia. As variedades cultivadas des-tinam-se à geração de produtos destinados à exportação. Asplantations ocupam áreas antes destinadas à agricultura desubsistência, reduzindo a produção de alimentos para as po-pulações locais.

Capítulo 18 – Circulação e redes de transporte

1. e 2. c 3. V, F, V, F 4. b 5. b 6. b 7. e 8. b9. a) Paisagem muito variada, apresentando grande diversidadeem relação às suas funções e serviços oferecidos.b) Permitem escoamento rápido da produção, facilitando e agi-lizando as atividades econômicas.10. a) Dois entre os seguintes argumentos: o território relati-vamente reduzido favorece o transporte rodoviário, mais ba-rato para distâncias não muito grandes (até cerca de 300 ou400 km); o clima muito rigoroso provoca o congelamento dealguns rios e portos litorâneos, estabelecendo limites para otransporte aquaviário; o alto nível de urbanização do país fa-vorece o transporte rodoviário em função de sua flexibilida-de, ao contrário do ferroviário, que é pouco flexível e caropara pequenas distâncias.b) Dois entre os seguintes argumentos: o alto custo de manu-tenção das rodovias, o que é um desperdício em um país sub-desenvolvido; a necessidade de grandes gastos de divisas comimportação de petróleo, resultante da opção rodoviária; o ex-tenso litoral e a ausência de problemas de ordem climática fa-vorecem um uso muito maior da navegação de cabotagem doque o verificado; a concentração da maioria da população e daeconomia do país em uma faixa próxima ao litoral justifica umuso maior da navegação de cabotagem do que o verificado; emdecorrência das dimensões do território nacional, dever-se-iaprivilegiar os meios de transporte mais baratos para grandesdistâncias, como o ferroviário e o aquaviário; a importância daprodução e exportação de mercadorias de baixo valor por to-nelada (minérios, produtos agrícolas etc.), deslocadas por gran-des distâncias até os portos litorâneos, exigiria uma maiorparticipação da rede ferroviária.11. c

Capítulo 19 – Geografia da população

1. d 2. a 3. c 4. c 5. d 6. c7. a) No período entre o pós-Segunda Guerra e os anos 1970, osimigrantes estrangeiros na Europa Ocidental desempenharam osseguintes papéis: mão-de-obra para a reconstrução da Europa;ocupação de postos de trabalho que exigiam pouca ou nenhumaqualificação; desempenho de funções no mercado de trabalhoque não interessavam à população nativa.

b) Entre os argumentos de ordem econômica destacam-se: oaumento da concorrência por postos de trabalho entre imigran-tes e nativos; pressão “para baixo” dos níveis salariais em ge-ral; atribuição da crise do sistema previdenciário público àpresença crescente de trabalhadores imigrantes informais e/ouilegais no mercado de trabalho. Entre os argumentos de ordemétnico-cultural destacam-se: a visão de que os imigrantes, per-manecendo com os valores de seus países de origem, ameaçamos valores culturais nativos; medo de futuro predomínio numé-rico de outras etnias; receio de perda de hegemonia da línguanacional; conflitos de natureza religiosa.8. d 9. a10. a) Entre 1900 e 1970 pode-se observar na população brasi-leira altas taxas de natalidade (população rural) e redução dastaxas de mortalidade (saneamento, vacinação), provocando au-mento nas taxas de crescimento populacional ou crescimentovegetativo.b) A partir da década de 1970 ocorreu um rápido processo deurbanização que afeta, sobremaneira, os indicadores populacio-nais brasileiros. A urbanização provoca o controle espontâneode natalidade com quedas nas taxas de natalidade e mortalidade,com conseqüente declínio das taxas de crescimento populacio-nal. Isso se deve, entre outros fatores, aos casamentos tardios,maior nível de informações, planejamento familiar, acesso a aten-dimento médico e remédios, altos custos na criação dos filhos.11. a) Guerra Fria (Muro de Berlim); Norte rico, sul pobre, glo-balização (Muro de Tijuana).b) Barreira que tenta impedir a entrada indesejada de popula-ções pobres e mal qualificadas em países mais ricos dotadosde sistemas econômicos mais desenvolvidos e sofisticados (xe-nofobia).

Capítulo 20 – O espaço urbano

1. b 2. e 3. e 4. Soma = 6 (02 + 04)5. Soma = 9 (01 + 08)6. Soma = 11 (01 + 02 + 08)7. d 8. b9. As características que conferem a determinadas cidades opapel de metrópole mundial são: concentração de grande po-der de decisão econômica, política e cultural; presença das se-des de grupos empresariais com alcance global; funcionamentode bolsas de valores que operam com empresas nacionais e deoutros países e cujo movimento tem conseqüências sobre omercado produtivo e financeiro mundial; recepção de imigran-tes de diversas partes do mundo, conferindo-lhe uma face cos-mopolita; sede de grandes companhias do setor de comunicaçãoe agências de notícias. Além disso, as metrópoles mundiais têmmais forte conexão entre si do que com os espaços nacionaisnos quais se situam.

Capítulo 21 – Geografia do lazer, do esporte e doturismo

1. O aluno poderá indicar, entre outros fatores: a difusão mundi-al de um esporte regulamentado a partir de regras de origeminglesa; o papel das telecomunicações que, através da transmis-são simultânea do evento, interligaram os cinco continentes; apresença de grandes marcas transnacionais como patrocinado-ras das equipes; a organização do evento pela FIFA, um organis-mo internacional; o próprio processo de fragmentação queacompanha a globalização, representado na diversidade culturaldas equipes.2. b 3. a4. a) Há muitas razões que explicam o crescimento da “indústria”do turismo. Entre elas, destacam-se as seguintes: transportes cada

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.vez mais eficientes e relativamente mais baratos, que encurtamdistâncias e viabilizam o deslocamento de grandes massas deturistas; maior competitividade entre as empresas do setor (ho-téis, agências de viagem etc.), que oferecem “pacotes” vantajo-sos aos consumidores; importância crescente do tempo dedicadoao lazer, sobretudo nos países de renda mais elevada.b) Entre as conseqüências positivas que o crescimento do turis-mo vem trazendo para os países receptores estão: o aumento donível de emprego, sobretudo no setor de comércio e serviços; amelhoria na balança de pagamentos, beneficiada pela injeção dedivisas provenientes do exterior; a melhoria da infra-estrutura; oaumento do intercâmbio cultural. Entre as conseqüências nega-tivas estão a degradação ambiental de lugares sujeitos a intensoconsumo turístico; a especulação imobiliária, que encarece ter-renos e prédios nas áreas turísticas; a proliferação de atividadesilegais (prostituição, tráfico de drogas); a grande alteração davida cotidiana dos moradores, que pode inclusive resultar emameaça a culturas locais.5. a) Os alunos poderão apresentar, entre outros fatores: popula-rização dos meios de transportes, cada vez mais eficientes e ba-ratos. A agilização desse sistema, que encurta distâncias e viabilizao deslocamento de maior número de turistas; competitividade acir-rada entre empresas hoteleiras e agências de viagem, que ofere-cem “pacotes” vantajosos e variados aos consumidores.b) A importância econômica, para o país de recepção, do fluxoturístico indicado é: a melhoria da infra-estrutura; a melhoria nabalança de pagamentos devido à entrada de divisas no país; e oaumento do nível de emprego, destacadamente nos setores decomércio e serviços.6. Hoje, no mundo, uma das atividades econômicas mais pro-missoras é a do turismo, responsável pela movimentação debilhões de dólares anualmente. Está dividida em vários ramos,entre os quais dois vêm se destacando: o turismo de negócios eo ecoturismo. No Brasil, dadas as suas características econô-micas e naturais, esses dois ramos têm se desenvolvido muito.O turismo de negócios, restrito a determinados pontos do país— como, por exemplo, as regiões metropolitanas de São Pauloe Curitiba —, expandiu-se como conseqüência do desenvolvi-mento econômico ocorrido no país principalmente na décadade 1990. As políticas econômicas adotadas pelos últimos go-vernos promoveram a entrada de capitais estrangeiros em lar-ga escala, visando principalmente à instalação de novas fábricase do processo de privatização. Essa situação fez o Brasil entrarna rota dos negócios internacionais, o que aumentou o fluxode “homens de negócios” no país. Já o ecoturismo se desenvol-veu simultaneamente ao avanço das discussões sobre as questõesambientais e à ampliação da consciência sobre a importânciada natureza para o bem-estar social. As características peculia-res do quadro natural brasileiro, como a área da floresta ama-zônica, do pantanal mato-grossense, da Mata Atlântica, entreoutros, chamaram a atenção não só dos ecologistas, mas tam-bém dos turistas nacionais e internacionais, interessados emconhecer novas áreas.7. e 8. F, F, V, F 9. b10. A intensidade dos fluxos dos Estados Unidos para todos oscontinentes reflete sua posição de potência econômica, políti-ca e cultural em nível mundial. O fluxo relativamente mais in-tenso para a América do Sul indica sua condição de área deinfluência imediata dos Estados Unidos. No caso da França,apesar de a abrangência dos fluxos ser também mundial, hámaior intensidade daqueles dirigidos para a África, o que seexplica pelo processo histórico de dominação colonial sobreextensas áreas do continente.11. a

Capítulo 22 – Blocos econômicos

1. d 2. V, F, F, V3. Soma = 25 (01 + 08 + 16) 4. V, F, V, V5. e 6. e 7. b 8. d 9. c 10. F, F, V, F, V11. a) O Brasil exporta para os Estados Unidos produtos agríco-las e minerais e importa alta tecnologia. Com vista à moderniza-ção do parque industrial brasileiro, a pauta de importações demaquinários tem sido expressiva. Em contrapartida, as exporta-ções de bens primários sofrem restrições em razão de tarifasprotecionistas estabelecidas pelo governo dos Estados Unidos.b) Em relação ao Mercosul, a posição brasileira é vantajosa, jáque o país é o que abriga o maior parque industrial do bloco. Emrelação à Alca e ao comércio de produtos industrializados, o paíssofrerá forte concorrência de produtos canadenses e norte-ame-ricanos. Caso não sejam alteradas as legislações protecionistasimpostas pelo governo norte-americano, as relações comerciaisdesiguais irão se acentuar.12. e

UNIDADE IV — Desafios ambientais

Capítulo 23 – Geografia dos recursos naturais

1. Soma = 44 (04 + 08 + 32) 2. a 3. c4. Soma = 13 (01 + 04 + 08) 5. c 6. c7. a) Má distribuição de renda, predomínio de jovens, populaçãoativa pouco ou mal qualificada.b) Estados Unidos e Oriente Médio, respectivamente.8. c 9. b10. a) Possibilidades de respostas: Resposta 1: O petróleo é deorigem orgânica, encontrado em bacias sedimentares. Sua ori-gem remonta à Era Mesozóica, devido ao acúmulo de microor-ganismos animais e vegetais, em ambiente marinho, os quaissofreram um rápido soterramento, ficando assim em ambientesque impossibilitavam a sua decomposição. Resposta 2: Origem:O petróleo é de origem orgânica e também marinha, principal-mente planctônica, isto é, resulta da deposição de organismosanimais e vegetais microscópicos que habitam nas superfíciesdos mares (plâncton), sendo encontrado em bacias sedimenta-res. Sua origem remonta à Era Mesozóica. Formação: A deposi-ção desses organismos ocorria de acordo com as condições deoxigenação na superfície e com a falta de oxigenação no fundodas bacias, resultando num processo de putrefação incompleta.O sapropel, uma lama semiputrefata, foi transformando-se empetróleo durante um processo continuado de deposição de sedi-mentos, não só orgânicos, num ambiente que oferecia condiçõesespecíficas de pressão e temperatura.b) Impactos: poluição das águas marinhas. No transporte do pe-tróleo em grandes navios são comuns os acidentes que provocamvazamentos. Esses vazamentos causam danos aos ecossistemasmarinhos atingidos. A queima do petróleo libera o gás carbô-nico, que constitui um dos gases mais poluentes da atmosfera,contribuindo, dessa forma, para a ocorrência do efeito estufaartificial.11. d

Capítulo 24 – Impactos ambientais urbanos

1. a 2. e 3. b4. Geração de calor a partir da queima de combustíveis fósseis.5. a6. a) Excesso de emissão de gases a partir da queima de com-bustíveis fósseis; expansão de áreas desmatadas; queimadas.b) Aquecimento de superfície sob as camadas de nuvem, gera-ção de CO e CO2‚ que absorvem radiação.

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Capítulo 25 – Meio ambiente e política internacional

1. d 2. Soma 45 (01 + 04 + 08 + 32)3. Soma = 12 (04 + 08) 4. c5. a) Papel/papelão, vidro, plástico — material orgânico.b) Causam poluição das águas de rios, contaminação dos solos emananciais.6. e 7. b 8. c 9. c10. Os padrões de consumo dos países ricos estão baseados nouso intensivo de fontes não-renováveis de energia, na baixaeficiência dos processos de aproveitamento dos recursos natu-rais e na redução indiscriminada da diversidade biológica. Taispadrões, se adotados pela maioria da população do planeta,podem agravar os problemas ambientais devido ao aumento deemissões dos gases estufa, e à poluição e contaminação do ar,da água e do solo pelos resíduos resultantes do uso ineficazdos recursos naturais.

Capítulo 26 – A questão ambiental no Brasil

1. c2. São extensas áreas deprimidas em relação ao relevo em torno,excessivamente pavimentadas e com poucos recursos investidosem obras de saneamento.3. a) Excesso de material gasoso sulfuroso no ar.b) Corrosão de metal e concreto, alterações na fauna e flora.4. e 5. a 6. V, F, V, F 7. d8. Soma = 47 (01 + 02 + 04 + 08 + 32) 9. b

UNIDADE V — Geografia e mudança social

Capítulo 27 – A geografia dos excluídos

1. e 2. e 3. Soma = 18 (02 + 16)4. d 5. b 6. d 7. c

Capítulo 28 – Saúde e políticas públicas

1. c 2. c 3. c4. a) Predomínio de jovens, altas taxas de natalidade e mortalidade.b) Diminuição nos efetivos populacionais.5. a) Maior: Sudeste; menor: Norte.b) Maior concentração populacional.6. a7. Doenças disseminadas por mosquitos, típicas de regiões in-tertropicais e associadas às más condições sanitárias.

Capítulo 29 – Movimentos sociais e cidadania

1. e 2. b 3. b 4. e 5. V, F, F 6. a

Capítulo 30 – Geografia do crime

1. e 2. c 3. b 4. e5. a) O termo “vietnamização” é utilizado, em Geopolítica, paradesignar um processo de perda de controle sobre um país e sua

divisão por forças políticas de ideologias opostas (Guerra Fria).Originou-se após a Guerra do Vietnã, que foi motivada por umaquestão interna (a luta pela reunificação do país) e, por influênciaexterna, internacionalizou-se, com a entrada maciça do aparatomilitar norte-americano. No caso da Colômbia, a chance de que sedesencadeie um processo semelhante é cada vez maior. A produ-ção e o tráfico de drogas, além da expansão de atividades guerri-lheiras de cunho socialista, são problemas internos que podemjustificar uma internacionalização do conflito, na medida em queos Estados Unidos têm interesse em resolvê-los.A esses argumentos históricos que justificariam o uso do termo“vietnamização” para a situação da Colômbia, somam-se argumen-tos geográficos: em ambos os países os climas são caracterizadospor altas temperaturas e pluviosidades; há florestas latifoliadas,hidrografia muito rica, espaços geográficos pouco articulados eintegrados, produzindo sub-regiões com dinâmicas próprias – oque facilita a ação das guerrilhas e dos narcotraficantes.b) Para não correr o risco de o conflito colombiano disseminar-se pelo território do Brasil, o governo brasileiro procurou deslo-car um maior contigente militar para a fronteira colombiana, afim de consolidar a ocupação da fronteira noroeste do país; aexpansão e a consolidação do Projeto Calha Norte, mais recen-temente, o controle da fronteira setentrional com o Projeto Si-vam (Sistema de Vigilância da Amazônia, sofisticado sistemade controle, que se utiliza de equipamentos de alta tecnologia) e,no ano 2000, a criação do Plano Cobra.

Capítulo 31 – Cultura jovem e conflito

1. c 2. V, V, V, F3. a) Os versos expressam a situação de exclusão social vivencia-da pela maioria da população das cidades grandes dos países po-bres. A sociedade atual sofre a pressão para o consumo em oposiçãoà concentração de renda propalada pelo sistema capitalista.b) A falta de perspectiva resultante de uma situação geral deexclusão; a dificuldade de acesso a melhores condições por meiodo trabalho e da educação; a violência que assola grande parteda população jovem excluída do mercado consumidor etc. Paraos professores: Este capítulo trata de uma temática nova, porisso não se encontram questões de vestibular disponíveis. É im-portante que o aluno compreenda que a música expressa as in-quietudes de seu tempo.

Capítulo 32 – O Brasil e os desafios do século XXI

1. a 2. I e III 3. c 4. b 5. e 6. c 7. e8. e 9. d 10. c11. a) Grande concentração de renda, com baixo poder de con-sumo da maioria da população; falta de empregos; baixa qualifi-cação, gerando salários baixos e pequena capacidade de consumo.b) Políticas públicas e privadas de investimentos na qualificaçãoda mão-de-obra e na produção agrícola destinada ao consumointerno, melhoria das condições de vida, geração de empregos,distribuição de renda.12. c 13. b

7. Atividades complementares

Atividade de avaliação diagnóstica

Para contribuir com a avaliação do que foi estudado, su-gerimos a utilização das ilustrações a seguir como um fo-mentador de debates em sala de aula. Para isto, será precisoprovidenciar cópias das figuras para facilitar o trabalho dos

alunos, que, organizados em grupo, procurarão interpre-tar as imagens tendo em vista os conceitos e temas estu-dados. A partir da apresentação dos resultados dos grupos,o professor poderá sistematizar no quadro as principaisconclusões da turma, identificando possíveis lacunas edúvidas que ainda existirem.

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.8. Textos complementares

Os textos dessa seção ampliam e aprofundam algunstemas abordados no livro. Eles podem ser utilizadospara sua própria reflexão, como referência na prepara-ção de aulas ou como subsídio para os alunos na prepa-ração de seminários e outras atividades. Recomendamosque sejam utilizados complementarmente aos textosapresentados no livro.

1. Problemas étnicos na Europa

A Europa possui mais de 140 etnias, sendo que o nú-mero de Estados nacionais corresponde a cerca de 44.Sendo assim existem povos espalhados em diversos paí-ses, o que eventualmente determina conflitos armados oupolíticos.

Na Espanha, além da questão basca, estudada separa-damente, as regiões da Catalunha e Andaluzia represen-tam outros grupos étnico-nacionais de forte identidade ecoesão. Considere-se ainda que o Tratado de Moncloa con-cedeu maior autonomia para essas regiões.

A Ilha da Córsega, situada no Mar Mediterrâneo epertencente à França, também apresenta movimento se-paratista bastante atuante, apesar de pouco divulgado.

Na Bélgica, a região da Valônia — localizada no sulda Bélgica — é disputada pelos belgo-valões de fala fran-cesa e pelos belgo-flamencos de fala holandesa. A consti-tuição de 1971 estabeleceu três línguas oficiais na Bélgica:o flamenco, o francês e o alemão. Os diferentes gruposétnicos gozam de plena autonomia cultural.

A porção oriental da Europa, o antigo bloco socialista,é a que apresenta maiores conflitos étnicos recentes. Em1994, com o fim da ingerência soviética na região, a anti-ga Tchecoslováquia dividiu-se em dois países: a Repúbli-ca Tcheca e a Eslováquia. A separação ficou conhecidacomo Revolução de Veludo, pois processou-se pacifica-mente por meio de um plebiscito, que determinou o fimda Federação.

Um grande caldeirão étnico localiza-se na região doCáucaso, reconhecida como a mais explosiva da atualida-de na Europa. O Cáucaso é um conjunto montanhoso deformação terciária, localizado ao sul da Rússia, entre osmares Cáspio e Negro. Nas áreas mais elevadas e em suaporção norte estão incrustadas partes do território da Rús-sia, além das antigas repúblicas soviéticas da Armênia,Geórgia e Azerbaijão. O Cáucaso abriga uma grande con-jugação de etnias, culturas e religiões responsáveis porfortes movimentos separatistas após a dissolução do Esta-do soviético. O caso mais violento ocorre na repúblicaautônoma da Tchetchênia, onde rebeldes islâmicos lutamhistoricamente por sua independência. No final de 2000combates entre rebeldes e forças militares russas dilace-raram a capital Grosny. Foram lançadas cerca de 460 to-neladas de bombas num único final de semana em Grosny.O interesse russo pela região está vinculado à grande quan-tidade de petróleo e à presença de oleodutos que vêm do

Azerbaijão e passam pela Tchetchênia. Em março de 2003ocorreu um plebiscito realizado pelo governo russo emque a opção pela manutenção da Tchetchênia na federa-ção foi vitoriosa.

No Cáucaso não russo existem movimentos guerrilhei-ros na Geórgia, onde o povo ossétio e os abkhazios dese-jam independência entre a Armênia e o Azerbaijão, devidoao enclave de Nagorno-Karabbakh, área pertencente aoAzerbaijão, porém com maioria de população armênia.

2. Israel e o Estado palestino

Em 2003, o Likud, partido ultra-radical israelense,aprovou a construção de um muro cercando os territóriospalestinos. A construção do muro ressuscita a idéia dosbantustões criados pelo regime do apartheid na África doSul. A intenção é clara: isolar as regiões palestinas, acen-tuando a segregação espacial, além de principalmente dei-xar preparado o projeto de controle militar israelense nasáreas que formarão o possível e desejado Estado indepen-dente da Palestina.

3. Colonização e racismo

O estereótipo do escravo negro e inferior é fruto doprocesso colonial e do expansionismo capitalista a partirdo século XVI. O sistema colonial imposto no século XIXestabeleceu fortes ideais de supremacia tanto econômicaquanto cultural. Se a conquista da América, a partir doséculo XVI, tinha como pressuposto levar a fé cristã paraos povos infiéis do Novo Mundo, a colonização na Áfricae na Ásia não foi diferente. O europeu viu-se incumbidode levar a “civilização” às novas terras

Muitas teorias pseudocientíficas foram criadas paralegitimar a expansão colonialista. Uma das mais conheci-das foi o darwinismo social de H. Spencer, sociólogo in-glês que aplicou a teoria evolucionista de Darwin paraexplicar a diferença entre as sociedades. Segundo Spen-cer, assim como na natureza, há um processo de seleçãonatural na sociedade que permite a sobrevivência dos maiscapazes. Essa e outras teorias alimentaram a expansãocolonial, dando-lhe não apenas um caráter determinista,mas também altruísta. A esse respeito, leia o que afirmaMarc Ferro:

Civilização e racismo“‘Acredito nesta raça’, dizia Joseph Chamberlain em

1895. Ele entoava um hino imperialista à glória dos ingle-ses e celebrava um povo cujos esforços superavam os derivais franceses, espanhóis e outros. Aos outros povos, ‘su-balternos’, o inglês levava a superioridade de seu savoir-faire, de sua ciência também: o ‘fardo do homem branco’era civilizar o mundo e os ingleses mostravam o caminho.

Essa convicção e essa missão significavam que, nofundo, os outros eram julgados como representantes de

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uma cultura inferior, e cabia aos ingleses, ‘vanguarda’ daraça branca, educá-los, formá-los — embora sempre semantendo à distância. Se os franceses também achavamque os nativos eram umas crianças, e sem dúvida os con-sideravam inferiores, suas convicções republicanas leva-vam-nos, porém, a fazer afirmações de outro teor, pelomenos em público, ainda que estas não estivessem neces-sariamente em consonância com seus atos.

Todavia, o que aproximava franceses, ingleses e ou-tros colonizadores, e dava-lhes consciência de pertence-rem à Europa, era aquela convicção de que encarnavam aciência e a técnica, e de que este saber permitia às socie-dades por elas subjugadas progredir. Civilizar-se. (...) As-sim, um conceito cultural, a civilização, e um sistema devalores tinham função econômica e política precisa. Nãosó aqueles países deviam assegurar aos europeus os direi-tos que definem a civilização — e que, na verdade, garan-tiam-lhes a preeminência —, mas a proteção desses direitostornava-se a razão de ser, moral, entenda-se, dos conquis-tadores.” (Marc Ferro, História das colonizações; Dasconquistas às independências. São Paulo: Companhia dasLetras, 1996. p. 39-40).

Em 1884, 15 nações européias, além dos Estados Uni-dados, promoveram a Conferência de Berlim, convocadapelo Primeiro-ministro da Alemanha Bismarck. Nesta con-ferência discutiram-se fundamentalmente formas de utili-zação dos rios Níger e Congo e a apropriação do continenteafricano. Estabeleceu-se posteriormente a utilização dosparalelos e meridianos e do traçado dos rios como diviso-res artificiais da partilha colonial. Com isso os europeusestabeleceram divisões internas em suas colônias, tantopara garantir controle militar quanto para estabelecer do-mínio em áreas de mineração do território conquistado.

Com isso muitos grupos étnicos foram separados, en-quanto outros sofreram com o processo de artificializa-ção de fronteiras, pois as nações européias colonialistas,ao definir as divisas desses territórios, também separarampovos amigos e deixaram num mesmo território povosinimigos, com o claro objetivo de dificultar alianças quepudessem colocar em risco o processo neocolonial no con-tinente. Além disso, os países europeus impuseram naÁfrica sua língua e sua história. Negligenciaram a tradi-ção da história oral africana e impuseram uma educaçãoocidentalizada, além de práticas religiosas e administrati-vas. O malês Amadou Hampâté Bâ, em seu precioso livroAmkoulell, o menino fula, relata: “O fato de nunca ter tidouma escrita jamais privou a África de ter um passado, umahistória e uma cultura. Como diria muito mais tarde meumestre Tierno Bokar: ‘A escrita é uma coisa, e o saber éoutra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber emsi. O saber é uma luz que existe no homem. É a herança detudo aquilo que nossos ancestrais puderam conhecer e quese encontra latente em tudo o que nos transmitiram, assimcomo o baobá já existe em potencial em sua semente’”.

A forma como foi executada a partilha da África ex-plica bem a realidade africana do final do século XX. Pri-meiro, como continente espoliado em suas riquezas, e

segundo, como ocorre em diversos casos, grupos rivaislutam pelo poder num mesmo país, dificultando o estabe-lecimento de Estados nacionais coesos.

4. A África islâmica

A África do Norte — a extensa faixa de terras do conti-nente africano voltada para o Mar Mediterrâneo — sofreuforte influência dos povos árabes. Primeiramente, parte dastribos nômades naturais dessa região é etnicamente de ori-gem semita e camito-semita. Depois, porque entre os sécu-los VII e VIII toda a porção norte foi invadida e anexada aoImpério Turco-Otomano, resultando na expansão da reli-gião islâmica e na difusão da língua árabe.

No século XIX, a expansão neocolonial também pôsfim a diversos Estados islâmicos na África. Um exemploé a região do Magreb, expressão árabe para designar “aterra do sol poente”. Localizada a noroeste da África, oMagreb abriga três países: Argélia, Tunísia e Marrocos,anteriormente parte do Império Turco-Otomano e que aofinal do século XIX passaram a fazer parte do impériocolonial francês.

Em muitas regiões da África, ocorreu um grande para-doxo: enquanto os muçulmanos haviam perdido o poderem detrimento do avanço colonial europeu, o islamismoconquistava cada vez mais adeptos. Tribos inteiras se con-verteram. A expansão da religião muçulmana pode ser com-preendida como uma reação das comunidades africanas àimposição religiosa do colonizador, associada ao caráteruniversalista e altamente contestador do islamismo, espe-cialmente em relação ao Ocidente imperialista.

Como resultado da descolonização, parte das naçõesafricanas foi dominada por elites locais que desencadea-ram regimes autoritários e corruptos, agravando as condi-ções subumanas a que foram submetidas essas populaçõesao longo de sua história. Este contexto de crise política, naqual o Ocidente demonstrou cada vez maior interesse emintegrar o continente como área de investimento do capita-lismo internacional, associada à fome, às secas prolonga-das e ao uso inadequado do solo, fez crescer a ampliaçãodo regime islâmico em muitos destes países. Em algunsdeles ocorreu o pleno domínio das comunidades muçulma-nas, como é o caso do Marrocos, Mauritânia, Senegal, So-mália etc., configurando uma integração religiosa bastantepoderosa. Porém há outros países em que os muçulmanossão minoria, não conseguindo influir politicamente. As regi-ões em que os conflitos religiosos se instalaram são aquelasem que a sociedade se encontra dividida entre muçulmanose outras lideranças políticas locais. Nestes casos os conflitostêm sido intensos, como os que ocorreram recentemente naNigéria, Sudão e Argélia.

5. União Africana: um sonho possível?

O continente africano sofre, ainda hoje, conseqüên-cias manifestas do processo colonial.

No início do século XX formavam-se as bases de ummovimento pan-africano que tomou força a partir das lu-tas nacionalistas e de independência.

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.Um dos líderes do pan-africanismo foi Kwame

N’Krumah, líder da independência e presidente de Gana(colônia inglesa, antiga Costa do Ouro) entre 1957 e1966. N´Krumah defendia a idéia de que o fortalecimentoeconômico das nações africanas seria o único caminhopara sua plena independência. Em um de seus discursosem 1965 N´Krumah soube perceber que as nações euro-péias, mesmo concedendo a independência, não abriri-am mão de indiretamente manter sua influênciaeconômica, dilapidando as riquezas do continente ao di-zer: “a essência do neocolonialismo é que um Estadoque é teoricamente independente e dotado de todos osatributos da soberania tem, na realidade, sua política di-rigida do exterior”.

Em 1964, foi criada no Cairo a Organização da Uni-dade Africana (OUA), com o objetivo de desenvolver acooperação mútua e garantir a segurança entre seus paí-ses-membros. Apesar de tais objetivos, a OUA reforçou afragmentação continental ao estabelecer a continuidadedas fronteiras impostas pela colonização. Ou seja, a Áfri-ca descolonizada manteve as mesmas fronteiras artifici-ais impostas pelos colonizadores. Além disso, grande partedas elites locais que se assegurara no poder após a inde-pendência representava maiorias étnicas referentes à anti-ga configuração territorial. Esta resolução pode serconsiderada a responsável pela instabilidade das frontei-ras e pelas sucessivas guerras étnicas que caracterizam asnações africanas, principalmente na região subsaariana.

Em setembro de 2002, os líderes africanos reuniram-se em Durban, África do Sul, e colocaram fim à OUA,criando a União Africana (UA). Esta nova organizaçãoamplia o leque de objetivos para a integração do conti-nente. A carta de abertura da UA propõe a criação de umConselho de paz e segurança, com o objetivo de garantir apaz no continente. Este conselho, representado por cincoEstados africanos, terá poderes para intervir em guerraslocais evitando atos de extermínio em massa, como temocorrido em diversos conflitos locais. Além disso, a UAterá como objetivo promover o desenvolvimento econô-mico e social, combatendo a fome e erradicando a pobre-za em todo o continente africano. Vale saber se as medidaspropostas serão colocadas realmente em prática e de queforma os países colonizadores contribuirão para inserir aÁfrica no contexto internacional, não como o continentedos excluídos, mas como participante de decisões multi-laterais geopolíticas e econômicas.

6. As ramificações do crime organizadono Brasil

De acordo com pesquisas divulgadas pela Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS), o Brasil ocupa o triste pos-to de segundo país do mundo em número de homicídios,ficando atrás apenas da Colômbia, país que se encontraem estado de guerra desde os anos 1970. Os dados sãoassustadores: são assassinadas 27 pessoas em cada grupode 100 mil por ano no Brasil. O mais preocupante é que asmaiores vítimas são homens com idade entre 15 e 24 anos,em pleno vigor e possibilidades de futuro!

Quais motivos nos alçam a um pódio tão indesejado?Sem dúvida, questões como a desigualdade social, a pés-sima distribuição de renda e os baixos investimentos emeducação e saúde devem ser apontados. Além disso, é ne-cessário rever a política de segurança pública do país, cu-jas dificuldades estruturais para controlar a ação do crimeorganizado tem sido responsável pelo aumento dos índi-ces de violência no país. Vejamos por quê.

Desde o regime militar — de 1964 a 1984 — a políciafoi dividida em duas organizações. De um lado, a políciacivil, responsável pelo acompanhamento dos atos de vio-lência contra os cidadãos e os patrimônios público e pri-vado (homicídios, suicídios, roubos e furtos, por exemplo),tomando as providências para o encaminhamento dos pro-cessos criminais pela justiça. A polícia militar, por suavez, é a responsável pela repressão ao crime e atos de vi-olência, agindo quando o poder público julgue ser neces-sário preservar a segurança. Tanto a polícia civil quanto apolícia militar têm como comando a Secretaria de Segu-rança Pública de cada unidade da federação. Cabe ao go-verno federal a segurança das fronteiras internacionais e apresença das forças armadas em situações que os gover-nantes avaliem como de risco à segurança nacional.

Esta organização da segurança pública do país, heran-ça do regime militar, tem sido amplamente debatida e ques-tionada, à medida que a democracia brasileira vem sefortalecendo. Várias iniciativas estão sendo tomadas paraaproximar mais a polícia da comunidade e criar novos la-ços com a sociedade civil. Há também iniciativas para in-tegrar e até mesmo unificar as duas organizações policiais,para que a segurança pública tenha uma ação mais efeti-va. Para isto, estão sendo realizados treinamentos conjun-tos entre policiais civis e militares, e sendo aumentadosos investimentos em equipamentos mais adequados e emsalários dignos para os policiais. Além disto, há esforçospara a modernização do nosso Código Penal e para a revi-são do sistema prisional, que, em vez de integrar e possi-bilitar chances de recuperação, transforma-se numaverdadeira escola do crime.

Contudo, todas estas ações não têm sido suficientespara a diminuição da ação do crime organizado. Pelo con-trário, tem ocorrido uma escalada no consumo de drogasentre os jovens, tornando-os presas fáceis para as organi-zações criminosas.

Por causa desta situação, a segurança pública brasilei-ra está se transformando numa questão de Estado. Não épor acaso que o tema tem sido amplamente debatido nadisputa eleitoral para a Presidência da República, porexemplo. Como o crime organizado encontra-se articula-do numa rede mundial, o governo federal terá que se or-ganizar para o planejamento e a integração das ações emtodo o território nacional.

Segundo o jornalista Carlos Amorim, autor do livro CV-PCC — A irmandade do crime, não há na atualidade umarelação entre a população carente das favelas e o crime or-ganizado: “As lideranças do crime organizado, intimamen-te relacionadas com populações carentes, foramencarceradas, mortas ou substituídas por uma nova geraçãode traficantes. (...) Depois de mais de 20 anos de tráfico

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organizado, está no poder uma gente cuja média de idade éinferior a 30 anos. Além do mais, o negócio da droga noBrasil ultrapassou fronteiras do crime comum e chegou aosistema financeiro e aos figurões da política”. Segundo da-dos da ONU, estima-se que em 2002 o tráfico internacionalde drogas gerou uma renda de aproximadamente 800 bi-lhões de dólares. Este dado preocupa não apenas pelo volu-me, mas porque tal soma só poderia ser movimentada comamplo apoio do sistema financeiro internacional.

O narcotráfico tem sido considerado a maior fontede renda do crime organizado no Brasil. Os dados daDivisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Fede-ral dão conta da apreensão de 146 toneladas de maco-nha e 8,4 toneladas de cocaína em 2002. Esses númerosassustadores explicam de alguma forma a presença doBrasil no esquema internacional da droga. Além de cor-redor de exportação e consumo, é do Brasil que partemos insumos básicos para a produção de cocaína, comoo éter e a acetona.

De centro distribuidor de droga para a Europa, o Bra-sil passou a ser também consumidor expressivo, pois se-gundo dados da Polícia Federal, o pagamento pelosserviços de transporte e envio da droga para o exterior apartir do Brasil passou a ser pago em espécie. Assim ostraficantes, que anteriormente serviam de trampolim paraa distribuição da droga principalmente para a Europa, ini-ciaram um ciclo crescente de distribuição interna.

Além disso, o Brasil tem sido utilizado como a princi-pal área de lavagem de dinheiro do narcotráfico no ConeSul. De acordo com os dados obtidos pelo jornalista Car-los Amorim em seu livro, “o Banco Central recebeu 451comunicações dos bancos a respeito de indícios de lava-gem de dinheiro. Ainda segundo o BC, 200 remessas diá-rias de dinheiro para o exterior são monitoradas. Ou seja:a bagatela de 63.400 transferências por ano, aproximada-mente, descontando sábados e domingos”.

As facções brasileiras que lideram as atividades ilíci-tas nasceram em tempos diferentes, porém apresentam asmesmas características. Primeiramente surgiu o Coman-do Vermelho, que no final da década de 1970 se estrutu-

rou a partir do Presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro.Nesse presídio, detentos comuns aprenderam táticas deguerrilha e de organização com os presos políticos dachamada Falange Vermelha, grupo de esquerda atuantedurante o regime militar. Os procedimentos de guerrilha eorganização levaram o Comando Vermelho a estabelecerum código próprio de honra e ética dentro dos presídios,orquestrando a partir desses espaços a ação criminosa foradele. Nos anos 1980, o CV passou a organizar a distribui-ção de cocaína nos morros cariocas. A partir de então pas-sou a organizar-se de forma hierárquica, buscando comisso o controle dos principais postos de vendas e distri-buição de armas e drogas no Estado do Rio de Janeiro.

Seguindo os passos da organização carioca, em meadosdos anos 1990, surgiu em São Paulo o Primeiro Comandoda Capital (PCC), também intitulado “o partido do crime”.O PCC tem fortes envolvimentos com o CV no Rio de Ja-neiro, e, segundo dados da Polícia Federal, controla cercade 30 mil presos no estado de São Paulo.

Nos anos de 2002 e 2003, estas organizações crimi-nosas conseguiram estabelecer uma conexão perfeita, de-sencadeando uma rebelião coletiva em inúmerospresídios de São Paulo e do Rio de Janeiro. É um cená-rio de uma guerra declarada. Somente com investimen-tos sociais e melhorias das condições gerais de vidapoderíamos frear o crescimento da atividade criminosano país. De acordo com o Projeto Segurança Pública parao Brasil, do Instituto Cidadania do Governo Federal, “nocaso brasileiro, uma vaga no sistema penitenciário cus-ta, em média, R$ 800 por mês (alguns exemplos regio-nais: R$ 1,2 mil em Brasília; R$ 550 no Rio de Janeiro).Construir o espaço prisional necessário para abrigar umpreso custa, em média, R$ 12 mil, em se tratando deuma unidade de segurança média, e R$ 19 mil para umaunidade de segurança máxima. Esses valores tornam-se chocantes quando comparados com o custo de um alu-no, por mês, em uma escola pública estadual da regiãoSudeste: R$ 75,00; e de uma casa popular construída emregime de mutirão em algumas regiões do país: entreR$ 4 mil e R$ 7 mil”.

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