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    GEOGRAFIA DO PIAU

    PIAU - HIDROGRAFIA

    Bacia Hidrogrfica do Rio Parnaba

    O Estado do Piau abrange que totalmente a bacia do Parnaba, cuja rea deocupao superficial 380.000 km2, ficando uma pequena faixa para oMaranho e Cear. Possui o Piau 72,7% da bacia do grande rio, compreen-dendo todos os rios (afluentes) da margem direita, que correm do sul, su-

    deste e leste para o norte piauiense, limitando-se com faixa mais larga aosul pela chapada das Mangabeiras e estreitando para o norte, indo desem-bocar no Oceano Atlntico.Apresenta a bacia do Parnaba 1.485 km, que separa o Piau do Maranhoat desaguar no Oceano Atlntico, ao longo desta drenagem o rio Parnaba(o principal) com seus afluentes da margem direita correspondem a 99,33%da rea do Estado.O rio Parnaba nasce na chapada das mangabeiras como o nome de riachoOlho Dagua Quente, a 709m de altitude, com a fuso dos riachos: Corriola,Boi Pintado, Surubim, etc.. Na realidade o Rio Parnaba passa receber essenome quando desgua no seu leito rio Parnaibinha e principalmente o rioUruui Vermelho. Ao longo do seu curso antes de desemborcar no OceanoAtlntico em forma de um belssimo Delta, drena vinte e seis municpiospiauienses, dos quais 16 tm as sedes municipais em suas margens.municpios piauienses banhados pelo Rio Parnaba:

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    - Barreiras do Piau Pela Riacho Olho Dagua Quente- Gilbus- Santa Filomena- Ribeiro Gonalves- Uruui- Antnio Almeida- Porto Alegre do Piau

    - Guadalupe

    - Jerumenha- Floriano- Amarante- Palmeirais- Teresina

    - Unio- Miguel Alves- Porto

    - Campo Largo do Piau- Matias Olimpio- Madeira- Joca Marques- Luzilndia- Joaquim Pires- Murici dos Portelas- Buriti dos Lopes e Ilha Grande (na regio do Delta)

    AltoParnaba

    MdioParnaba

    BaixoParnaba

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    A bacia de velho monge (rio Parnaba) apresenta regimes hidrolgicos desi-gual ao longo do seu curso: nos curso superior, regio que recebe afluentesperenes, as vazes mximas e mnimas, pouco se afastam da mdia anual,ao contrrio dos mdio e inferior (baixo rio), apresentando-se estas vazesdistantes muito da mdia anual, decorrente das variaes climticas de semi-ridas, que acentuam o regime irregular (semi-perene ou temporrio). dosgrandes afluentes da margem direita, onde se encontram as maioresocilaes entre as mximas e mnimas.

    O alto curso, que abrange 23,3% da bacia, detm 80% da vazo total damesma, sendo os maiores contribuidores, os rios Balsas, pelo lado doMaranho e o Gurguia (no Piau)Includos as nascentes, mede esta seo 784 km. Caracterizada pela abun-dncia de brejos, ribeires, corredeiras, cachoeiras e rios, que neladesemborcam.Destacamos nessa regio a cachoeira da Apertada Hora (ponto extremoOeste-PI) e Banco de Areia (com a barragem de Boa Esperana) onde seencontra a Usina Hidroeletrica de Castelo Branco - Guadalupe.Alguns municpios que se situam s margem do rio, neste trecho, so:

    1. Barreiras do Piau, das nascentes at um ponto a juzante da barra dosucuruiu na extenso de 76 km)2. Gilbus (at a foz do Uruui Vermelho 31 km);3. Santa Filomena (.... at a foz c/ Riozinho - 183 km; municpio com maiorextenso banhado pelo Rio Parnaba);4. Ribeiro Gonalves (do riozinho at um ponto entre o So Miguel e o volta- 177km);5. Uruui (... at a Barra das Cataporas 122km);6. Antonio Almeida (at a barra do Pindoba - 71 km)7. Porto Alegre do Piau (da Barra do Pindoba a um ponto desconhecido);8. Guadalupe (... at a Barragem da Boa Esperana);9. Jerumenha (da Barragem Foz do Gurguia c/ 181 km)

    Obs: * Ficam s margens do rio as cidades piauienses de Santa Filomena,Ribeiro Gonalves e Uruui, Antnio Almeida, Porto Alegre do Piau eGuadalupe se localizam s margens do lago artificial da Barragem de BoaEsperana - U.H. de Castelo Branco). As outras Barreiras do Piau, Gilbuse Jerumenha so interioranas.* O Alto Parnaba corre, geologicamente, primeiro sobre a formao sambaba,at pouco acima da foz do Uruui Vermelho; da vai sobre a Pedra de Fogoat a falha de Curimat, junto Foz do Riozinho, onde passa a correr sobrea formao Piau; volta Pedra de Fogo, pouco acima da cidade de Uruui,indo at a barragem da Boa Esperana; da sai novamente sobre a Piau ata foz do gurguia.Afluentes da margem Esquerda (MA): Pedra Funda, Balsas e Curimat

    No mdio curso (48,5% da bacia) o percentual da vazo total cai para 9,6%(o menor de toda a bacia), sendo o rio Piau, o de menor contribuio unit-ria.A foz do Gurguia, que marca o incio do que convencionamos chamar deMdio Parnaba; fica na fronteira dos municpios de Jerumenha e Floriano.Ao receber o Gurguia, o Parnaba tem largura mdia aumentada para 200m, ampliando-se at 350m, na foz do Poti. H lugares, entretanto, onde estalargura ultrapassada, como em Teresina, onde alcana 374m ai na Capi-tal, cortado por duas pontes (e um terceira em construo Da Amizade):uma cerca de concreto armado, com 650 m de vo, que serve rodovia BR- 316 e outra, de ferro para uso da ferrovia So Luiz - Teresina, com altitudede 66m e que tem o nome de Joo Luiz Ferreira. A de concreto armadorecebeu o nome de Antonio Alves Noronha.Essa regio distingue do curso superior por duas razes:. No recebe mais nenhum afluente maranhense de importncia e as cacho-

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    eiras so menos frequentes. a parte mais seca do rio e em compensao,a mais povoada e apresenta uma extenso de aproximadamente 290 Km

    Afluentes da margem direita (Piau):. Itaueira. Canind. Mulato. Poti

    So os seguintes municpios que ficam s suas margens:

    1.Floriano (da Barra do Gurguia foz do Picos, com 54 km de extenso)2.Amarante (da foz do Picos a um ponto pouco abaixo da foz do Riacho,com 74Km)3. Palmeirais (do Coroat Foz do Poti com 67 km)

    As quatro sedes municipais, incluida a capital do Estado, se localizam smagens do rio.O mdio Parnaba tem seu leito sobre a formao Piau do incio at a foz doItaueira; a volta a formao Pedra de Fogo, que cobre at pouco acima deAmarante, nesta cidade corre sobre basalto (falha de So Francisco) e pas-

    sa formao Piau at 30 km a vazante de amarante (falha do Descano):passa, novamente, a correr sobre a Pedra de Fogo at a foz do Poti.O baixo curso abrange 28,2% da bacia do Parnaba, registra 10,14% davazo total da mesma, aparecendo o rio Long com a maior contribuiounitria. Nesse trecho predominam coroas, praias fluviais e seu leito bas-tante largo, desaparecem as cachoeiras e mais ou menos a extenso chega411km.Aps os riachos Buriti(Ma) e Pirangi(Pi) inicia a formao do delta distas dooceano atlntico aproximadamente 17 km.Os municpios piauienses que se encontram as margens do rio baixo cursoparnaibano, em direo a Foz so:- Teresina

    - Unio- Miguel Alves (menor leito com o parnaba)- Porto- Matias Olmpio- Madeiro- Luzilndia- Joaquim Pires- Murici dos Portelas- Buriti dos Lopes- Parnaba- Ilha Grande (no Delta)

    Municpios com suas sedes distintas do leito do rio Parnaba: Matias Olmpio,Joaquim Pires e Buriti dos Lopes, Murici dos Portelas, Largo do Piau.Neste (baixo) encontramos os rios Poti e Pirangi provenientes do Cear comsuas guas e se desemborca no barO curso inferior do Parnaba corre sobre a formao geolgica Piau atacima de Miguel Alves e pra frente passa a correr sobre o terreno quaternriode aluvies at sua foz (Delta)O rio Parnaba o segundo maior do nordeste perdendo para o So Francis-co, e o principal do nordeste ocidental, Meio Norte (Ma/Pi), pode ser consi-derado de plancie em maior parte do seu leitoO regime dos rios piauienses sofre influncia do clima, isto , das chuvas(pluvial) como tambm do homem (antrpica) este atravs do desmatamentodas cabiceiras e margens proporcionando graves problemas, comoassoreamento, inundaes, reduo do nvel de suas guas, etc... Apluviosidade oferece ao rio Parnaba e seus afluentes cheias de vero-outo-

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    no (janeiro a maio) e vazantes de inverno-primavera (julho a setembro).Nos perodos de cheias, o Velho Monge(parnaba) vence suas margens, fer-tilizando solo de vrzea para as mais diversas culturas, esse fenmeno seestende pelos afluentes como Gurguia, Canind e outras.Atualmente a maior importncia econmica do rio Parnaba encontra-se, nabarragem de Boa Esperana com sua Usina Hidroeltrica Castelo Brancogerando 216.000 quilowatts, que localiza maior parte, nos municpios deGuadalupe - Pi e Nova Iorque (Ma), alm Uruui, Antnio Almeida-Pi e Bene-dito Leite-Ma, Cachoeira foi construda precisamente na regio denominadaBanco de Areia. A rea coberta com lenol dgua de 384 km2, com umvolume aproximado de 5.000.000.000 m3

    A navegao do Rio Parnaba j desempenhou papel muito mais importanteque a atual, principalmente com o sistema de colonizao e povoamento,para o Piau, Maranho, Bahia e Pernambuco, podemos ainda ver algumasbarcas navegando a montante da barragem, uma vez que esse processodeu-se as margens dos nossos principais rios.De Boa Esperana, em detrimento ao mal sistema rodovirio da regio suldo Estado. A navegao mais usada para a Travessia de pessoas, princi-palmente entre as cidades: Santa Filomena(Pi) e Alto Alegre(Ma), Floriano(Pi)e Baro de Graja(Ma), Amarante(Pi) e So Francisco do Maranho e

    Teresina(Pi) e Timon(Ma).A atividade da pesca do rio Parnaba mal explorada, sendo geralmentedesorganizada e de subsistncia.Os rios piauienses que no formam a bacia parnaibana: So Miguel,Camurupim, Ubatuba ( ou So Joo da Barra), que so os litorneos emgeral e exorricos, ou melhor, desemborcam diretamente no Oceano Atln-tico.

    O Delta e o Litoral do Piau

    A pequena faixa litornea do Estado do Piau com cerca de 66Km, situa-seentre o Rio Ubatuba na divisa com o Estado do Cear e o Rio Parnaba, na

    divisa com o Estado do Maranho. Merece destaque especial o Delta doParnaba, com rea total de 2.700 m2. O rio Parnaba nasce na serra dasMangabeiras e atinge 1.486 Km de extenso at a Barra de Tutia, ondebifurca-se em vrios braos a noroeste da ilha de Tucuns da Mariquita, dan-do origem a uma das mais perfeitas formaes deltaicas da costa brasileira.O delta um magnfico ecossistema aqutico (hoje ecoturismo) com labirin-tos de rios e igaraps, florestas de restingas e mangues, cerca de 73 ilhas,praias desertas e dunas com 40m de altura, abriga e protege espcies denossa fauna e flora ameaados de extino.A atividade da regio esto ligada e influenciadas por cinco municpios:Parnaba-Pi, Luiz Correia-Pi e Ilha Grande-Pi alm de Tutia-Ma e Araiozes-Ma. As principais atividades econmicas desenvolvidas na regio so a pes-ca, carcinocultura (criao de camaro), a agricultura extensiva, a extraode sal marinho. A pesca contribui com mais de 30% da arrecadao dosmunicpios e sustenta uma mo-de-obra informal de mais de 4.000 famlias;

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    destaca-se a coleta de caranguejo - ua que nos ltimos anos contribuiucom 40% do total do pescado produzido na regio. O turismo vem sendoincentivado pelos governos do Piau e Maranho, podendo vir a ocupar oprimeiro lugar em arrecadao no futuro para regio.

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    A maior cidade Parnaba, que funciona como centro receptor e difusor dodesenvolvimento da regio. Possui uma infraestura urbana com hospitais,escolas, campus da UFPI e UESPI, comrcio, indstrias e uma boa redehoteleira. As outras cidades dependem a infraestrutura j implantada emParnaba.O Delta funciona como esturio, rea de reproduo de diversas espciescomo o caranguejo-ua (ucilas cordatus), o Guiamus (cardiosoma guanhami),o siri (callinectes sapidus), o camaro rosado (penaeus brasilienses), Ca-maro Branco (Penaenssehimit); alm de espcies de peixes, rpteis e avesque se utilizam do Delta na fase reprodutora e como refgio.O rio Long entra como o principal contribuinte a formao do Delta, logo emseguida aparece o canal de So jos, cortando a ilha Grande de SantaIsabel e encurtando a distncia entre as cidades vizinhas. Os principaisbraos do delta aps a bifurgao do rio Parnaba em Santa Rosa e Igarau,so:

    Braos Maranhenses:* Santa Rosa* Santa Rita* Gado Bravo

    * Guar* Guirido* Maria Eugrcia (ou Boca da Velha)* Montible* Malhada* Carrapato* Caju

    Braos Piauienses:

    * Igarau* Trindade

    * Morros* So Jos

    Obs: A barra (ou brao) das Canrias separa os Estados do Maranho e Piau,completando assim o Delta. Com suas Ilhas adjacentes. bom lembrar quealguns riachos se desemborcam nesta regio, onde se destacam manga,cajazeiras, Barro Duro, Bom Gosto e Comum do lado no Santa Rosa (MA) ePortinho e outras menores no brao do Igarau.

    Cinco cidades ficam no delta: duas maranhenses (Araiozes e Tutia) e trspiauienses (Parnaba, Ilha Grande e Lus Correia)

    ILHAS MARANHENSES DO DELTA

    ILHAS PIAUIENSES (ENTRE AS BARRAS DAS CANRIAS E DO IGARAU):

    * Na Barra das Canrias: Trindade, Batatas, Goiabeiras, Morros, Camaro eSanto Estevo.

    * Na Barra do Igarau: Palha, Cgado, Ferreira, Chafariz, Bom Jesus, Costa,So Roque e Meio.

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    OS AFLUENTES DO PARNABA

    O Parnaba funciona como coletor central da bacia sedimentar e tectnicado Meio-Norte, localizado sobre o Planalto do Maranho - Piau. O prprio Itapicuru(rio maranhense) parece ter sido afluente do Parnaba, como procura indicar ocotovelo que ele forma junto cidade de Caxias.

    Alguns destes afluentes so importantes, quer historicamente, geogrficaou economicamente. Citaremos aqui os importantes:

    1. Uruu Vermelho, nasce na chapada das Mangabeiras prximo ao municpiode Santa Filomena. As sedes dos municpios de Gilbus e Santa Filomen aesto em seu Vale. responsvel pela cor barrenta do Velho Monge.

    2. Taguar, nasce nas quebradas da Serra do Riachuelo (Sa das Guaribas), emSanta Filomena.

    3. Riozinho, nasce a norte da Serra do Riachuelo.

    4. Volta, nasce na Serra Grande, na ladeira do Barro, no municpio de RibeiroGonalves.

    5. Uruu Preto, nasce na fronteira de Santa Filomena com Gilbus entre asserras do Riachuelo, Caracol das Guaribas, seu curso, de foz s nascentes,serve de limites ao Polgono das Secas. Banha os municpios de SantaFilomena, Gilbus, Bom Jesus, Ribeiro Gonalves, Uruu e outros.

    6. Cataporas, nasce na Serra Vermelha e se lana no Parnaba, perene e tem

    regular volume dgua, tem o nome de So Francisco, de seus nascentes ato encontro com o Tamboril. Tem como seus principais afluentes Tamboril e oSangue onde muito densa a populao rural em seus vales.

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    7. Prata, nasce no municpio de Uruu, nas ramificaes da Serra Vermelha,com o nome de Irapur. Na sua foz forma-se uma cachoeira dando origem ainmeras lagoas das quais se destacam: a da Caiara e a Velha e a do Piripiri.O rio passa pelos municpios de Uruu, Bertolnia, Antnio Almeida, Landri

    Sales, Marcos Parente, Guadalupe e Jerumenha, onde desemboca, acima dopovoado Veados, prximo da foz do Gurguia.

    8. Gurguia, nasce com o nome de Brejo, numa das vertentes norte da chapadadas mangabeiras, que tem o nome de Galho. um rio muito extenso que banha 21 municpios piauienses dos quais quatrotem sede em suas margens e orge em seu vale, sendo em sua margem,Redeno, Bom Jesus, Cristino Castro e Jerumenha; em seu vale Corrente,Gilbus, Parnagu, Cristalndia, Curimat, Avelino Lopes, Monte Alegre, ElizeuMartins, Palmeira, Manoel Emdio, Bertolnia, Floriano, Itaueira, Canto doBuriti, Caracol, Rio Grande e Santa Luz. o maior afluente do Parnaba pelamargem direita, tem um curso repleto de curvas o que no impede a direogeral que sempre de sul a norte. A maior parte de suas terras se situa naformao Poti. Vrios poos artesianos jorram junto ou prximo s suas mar-gens.

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    ALGUNS AFLUENTES DO GURGUIA:

    MARGEM DIREITA:* Parim* Cajasinhas* Santana* Corrente, etc.

    MARGEM ESQUERDA:* Contrato* Mates* Anaj* Flores, etc.

    * Paraim, afluente do Gurguia, nasce no municpio de Corrente e possuiseu curso de grande ateno com guas negras, em contraste com as doGurguia, que so barrentas e assim continuam depois da juno dos dois.Esse rio corta a maior lagoa do Piau: Parnagu, formando transposio dasguas.

    9. Itaueira, nasce na lagoa de Pavau no municpio de Rio Grande com direoSul-Norte.

    10.Canid, nasce na serra dos Dois Irmos, no municpio de Paulistana. Desta-cam-se dois riachinhos que podem ser considerados os formadores do rio, oIng e o Chapu. Sua Bacia a maior das dos afluentes do Parnaba; forman-do um leque cujo o vrtice fica na cidade de Amarante e cujo o arco comeaem Caracol e termina em Pio IX. Seu vale muito habitado, at desembocarjunto cidade de Amarante, que lhe fica juzante, no Parnaba.Foi no vale do Canid que se instalaram as primeiras povoaes do estado eonde o Piau teve sua primeira capital Oeiras.

    ALGUNS AFLUENTES DO CANID:

    MARGEM DIREITA:* Itaim (rio)* Jacar* Talhado* Parnaba, etc.

    MARGEM ESQUERDA:* Piau (rio)* Salinas* Mocha

    * Areia, etc.Destes destacam-se o Piau e o Itaim.

    * Piau, nasce na serra das Confuses no municpio de Caracol. Seu curso tomaa direo leste e, lanado entre as serras que fazem fronteira com a Bahia e a deBom Jesus do Gurguia, banha as cidades de So Raimundo Nonato, So Joodo Piau, So Jos do Peixe, So Francisco e Nazar. O Piau o mais impor-tante para a regio.

    AFLUENTES DO PIAU:

    MARGEM DIREITA:

    * Fidalgo* Lages* Canrio

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    * Canarinho, etc.

    MARGEM ESQUERDA:* Trempes* Cachoeira* GameleiraNova Olinda, etc.

    * Itaim, nasce no municpio de Paulistana junto fronteira da Bahia, emum prolongamento da serra dos dois Irmos.

    AFLUENTES DO ITAIM:

    MARGEM DIREITA * Salgadinho* Pagu* Lavoldino, etc

    MARGEM ESQUERDA * Itainzinho* Serra* Jardim

    11. Mulato, nasce a duas lguas acima da cidade de Regenerao com o nomede Cocos. O Mulato corre por trs municpios, Angical, Regenerao e Amarante,que fica a montante de sua foz. As terras que corta so frteis e cheias degrandes rentabilidade, principalmente em Regenerao.

    12. Poti, nasce na serra de Joaninha, no Cear formado por dois riachos, fundo eCip, ele penetra no Piau pelo municpio de Castelo.Ao penetrar no Piau, depois de atravessar a zona litigiosa, em 11 km, forma umverdadeiro canion de 300m de altura, que vai do povoado Oiticica at a foz docais. Recebe inmeros afluentes:

    No Cear: Margem Esquerda

    - Maratona- Santo Andr- So Francisco, etc.Margem Direita- Aroeira- Independncia- Pinheiro, etc.

    No Piau Margem Esquerda- Sambito- Berlengas- Prata

    Margem Direita- Curralinho- Capivara- Canudos

    Ficam na bacia do poti, cinco municpios cearenses: Crates, Novo orien-te, Independncia, Tamboril e Nova Russas. Tambm muitos municpiospiauienses:Buriti dos Montes, Pedro II, Alto Long, Valena, So Joo da Serra,Barro Duro. Monsenhor Gil, Regenerao, Varzea Grande, Prata, Aroazes,Beneditinos, Demerval Lobo, Agua Branca, Hugo Napoleo, Teresina e outros.O poti corta na sua parte mdia, na poca das secas, sendo por isto, inavegvel.Junto a Teresina no corta, mas neste mesmo perodo, d passagem para pe-destres.

    O poti, pelo seu boqueiro, serviu de ingresso as hostes de DomingosJorge Velho, em 1671. Era chamado de lamares (Poti em tupi), Potingi ou Itaim-apu; as suas margens se encontraram Jorge Velho e Afonso Mafrense e da

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    partiu o primeiro para os Palmares. Despeja suas guas no Parnaba, junto cidade de Teresina, a 9 km do centro, no bairro Poti Velho.

    * Sambito, nasce na Serra das Almas a 550 m de altura, no municpio dePimenteiras. No perene, embora suas margens sejam frteis. Do vale dosambito sairam as tribus que Jorge Velho levou para lutar nos Palmares.

    * Berlengas, nasce no municpio de Novo Oriente, na serra da Lagoa Fun-da.13. Raiz, nasce no municpio de Jos de Freitas na serra do Alegre e corre parao municpio de Unio.14. Piranhas, nasce e desemborca no municpio de Miguel Alves, o rio no perene e suas nascentes ficam na regio conhecida por Mates.15. Long, nasce na lagoa do Mato ou de Long, no municpio de Alto Long.No rio perene, na poca chuvosa neste rio, a 28 km abaixo de Esperantina ea Jusante, fica a cachoeira do Urubu, entre os municpios de Esperantina eBatalha. Desemborca no Parnaba no municpio de Buriti dos Lopes, so seusafluentes:

    Margem Direita- Jenipapo- Piracuruca- Gavio

    - Caldeiro, etc.

    Margem Esquerda:- Surubim- Velame- Taquari- Marato, etc.

    * Jenipapo, nasce em Alto Long, s suas margens, em 1823, realizou-se abatalha do mesmo nome, a 9 km de Campo Maior, onde hoje existe um marcocomemorativo.* Surubim, nasce em Alto Long, cuja sede banhado pelo seu afluente, o cip;

    banha Campo Maior, onde audado e desemborca junto ao Jenipapo.* Marato, nasce no local de Quintas entre Altos e Jos de Freitas. Sua baciaabrange os municpios de Altos, Campo Maior, Jos de Freitas, Unio, MiguelAlves e Barras.* Piracuruca, nasce no municpio de Domingos Mouro na Ibiapaba, desagua noLong sendo muito encaichoeirado em suas nascentes

    ALGUNS DE SEUS PRINCIPAIS AFLUENTES:

    Margem Esquerda- Pau- Cajueiro

    - Riacho, etc.Margem Direita- Jacarei.- Santa Rosa- Pau Ferrado, etc

    16.Pirangi, nasce no local Pirapora, no estado do Cear, penetra no Piau, pelomunicpio de Cocal. Desagua no municpio de Buriti dos Lopes.17. Portinho, nasce no local Esprito Santo, final da serra Grande no municpiode Parnaba. O portinho desemborca junto a cidade de Lus Correia.18. Igaraxu, um brao do Parnaba e banha a cidade do mesmo nome. *Os riosS. Miguel, Camurupim e S. Joo, desembocam diretamente no OceanoAtlntico..

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    LAGOAS

    Aslagoas do Piau ou so de eroso ou de acumulao pluvial. Existindomais de 130 lagoas, a maioria seca com a ausncia de chuvas;.entretanto, cita-se aqui as que mais se destacam pelo seu tamanho, fazendo-se uma descriogeral de cada uma.

    1. Parnagu - a maior lagoa do Piau, situa-se no municpio do mesmo nome,cuja sede fica s suas margens; seu principal formador o Paraim. Recebe osriachos: Frio, Mimoso e Vereda, em sua face Oeste; e o Fresco, no vrtice Sul;alm destes, o riacho fundo, que desemboca no Paraim, pouco a juzante dalagoa, apresentando um fenmeno interessante de reverso de guas: despejadurante todo o tempo na lagoa., exceo durante as chuvas, quando as guas dalagoa sobem e se torna afluente do Paraim. uma barragem de acumulaofluvial.

    2. Ibiraba - situada no municpio de Parmagu, a 36 km da lagoa deste nome, formada pelo riacho Samambaia, que a atravessa. As pescarias so fceis naestao seca, porque, com a distribuio das guas, a lagoa fica pouco profundae as redes e tarrafas podem ser lanadas sem grandes dificuldades. Tem maisde 5 km de extensao, forma alongada e fica altitude de 375 m.

    3. Riacho - formada pelo Fidalgo (tecnicamente afluente do Piau, mas que,de fato, s nos grandes invernos que a despeja suas guas). Forma com asoutras, tambm cortadas pelo rio, uma srie que nos invernos copiosos, constituem

    uma s lagoa de mais de 30 km de extenso. Quando as chuvas so fracas ouna estiagem, subdivide-se em vrias, destacando-se as do Canto da Velha, PooComprido, Fazenda velha e Vasco.

    4. Pavu - situada no municpio de Rio Grande, nela nasce o rio Itaueira. grande e notvel, mas nos anos de seca prolongada fica completamente seca.Tem mais de 1 km de comprimento, sendo um pouco estreita (200 a 300 m).Situa-se a 260 m de altitude. Acima da lagoa, para o sul, existem trs pequenaslagos de inverno, que para ela desaguam a 200 m da carrovel que liga ElizeuMartins a Rio Grande, banhando a mais prxima das fazendas, a Boqueiro.

    5. Nazar - situa-se no municpio do mesmo nome e formada pelo rio Piau. uma grande lagoa, cercada de carnaubais e muito piscosa, que origina-se dofato de a jusante dela desembocar no Piau o riacho Mucait, cujas cheias

    torrenciais e impetuosas carreiam imensa quantidade de areia e detritos, de modoque obstruindo o leito, fazem uma espcie de barragem natural.6. Abboras - situada no municpio de Picos, tem uma histria original. A

    Serra das Almas, em sua parte norte apresenta dois contrafortes para oeste: odo Jacu, setentrional e o do Olho Dgua, meridional; entre eles se situa umbaixo, cujas encostas so densamente povoadas, com terras bastante frteis,por onde corriam as guas, sem reteno. Este baixo conhecido como Sacodo Engano. Nas secas prolongadas, secava. Os moradores locais tomaramuma providncia: barraram as guas com uma parede que, progressivamente,iam levantando, ano a ano, dando origem a um reservatrio que tomou o nome deAbboras. O Abboras tem uma queda de 260 m de altitude e com pequenadeclividade; suas guas descem Lagoa Comprida, da indo ter ao coleta daregio, o rio Guaribas.

    7. Estivas - pequena lagoa a 32 km de altitude, formada por dois riachinhos: oPadre (com 12 km de curso, que banha a cidade de N. S. dos Remdios) e oJurema (com outros 12 km, entrando na lagoa pelo leste); tem um comprimentoestimado em 8 km, mas a sua largura no alcana 800 m. Seu sangradourodesce ao rio Parnaba a menos de 1 km de distncia.

    8. Cajueiro - grande lagoa entre Joaquim Pires e Luzilndia. Lago de vrzeado Parnaba, tem a cidade de Joaquim Pires na extremidade inferior. Possui umapequena ilha: a das Graas. Vrios so os seus formadores, destacando-se oSo Nicolau e o Cajueiro. Sangra para o Parnaba pelo igarap Forquilha,espcie de canal onde as guas vo at Lagoa.

    9. Grande do Buriti - tambm chamada Lagoa de So Domingos, situa-se nomunicpio de Buriti dos Lopes, a uma distncia de km da sede, que fica em seu

    lado norte. cortada pelo Long, que nela penetra vindo do sul. Desgua noParnaba pelo desaguadouro do Long. bastante piscosa e tem suas margenscultivadas com vasta rea destinada ao plantio de arroz e pequena parte com a

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    cultura do algodo.10. Sobradinho - lagoa litornea de Luiz Correia. Em forma de U , lana

    seus dois braos para o sul, formando uma bacia hidrogrfica pequena que comeana fronteira com o municpio de Parnaba. Tem mais de 20 km de extenso e sualargura varivel (entre 200 a 400 m). Nas secas prolongadas, o sal seca ecoalha em grande extenso, transformando-a em imensa salina que chega aapresentar 30 cm de expessura.

    Apesar das dunas, cercada de vegetao, principalmente coqueiros, dando aimpresso de um osis, para quem vem chegando.

    11. Santana - situa-se no litoral do municpio de Lus Correia, formada pordois braos que se ligam prximo ao mar, como um U mais aberto, com a curvapara o norte. Um dos braos segue paralelo ao Camurupim (o brao dos Tocos) eo outro acompanha o Ubatuba (o de Santana). So densamente povoadas assuas margens. Sua vegetao tem predominncia de carnaubais. Fornece, setratadas as suas guas adequadamente, sal, cuja colheita, em face s mars,podem ser feitas entre novembro e dezembro.

    alm dessas lagoas, podemos destacar as seguintes:1. Boqueirozinho - cortada pelo Cach, afluente do Piau.2. Campo Maior - formada pelo Long, ao norte da cidade do mesmo nome,

    na juno das guas do Surubim e do Jenipapo.

    3. Choro - cortada pelo Esfolado, afluente do Gurguia, no municpio deBertolnia, lago muito piscoso.

    4. Esperantina - formada pelo Long, junto cidade do mesmo nome, piscosa e excelente para banho; cortada pela rodovia Luzilndia - Batalha, porponte de concreto armada de 165 m de vo.

    5. Feitosa - pequena lagoa do municpio de Oeiras, formada pelo Salinas,afluente do Canind; o habitat de belas e alvas pernaltas; fica a 190 m dealtitude.

    6. Felix - situa-se nas nascentes do Uruui Preto, em Santa Filomena, altitude nas nascentes de 560 m, talvez a mais alta do Estado.

    7. Tei - na Serra da Tapera, a 210 m de altitude, entre os vales do Correntee do Itaueiras, no municpio de Floriano. Banha Tei e So Raimundo.

    8. Mato - pequena lagoa nas nascentes do Long, no municpio de Alto Long,a 36 km da cidade.9. So Bento - lagoa formada pelo rio So Miguel, em um lonto estiro,

    tambm conhecida por Joo Bento.10. Sete Lagoas - nas nascentes do Riozinho, a 500 m de altitude, na fronteira

    de Ribeiro Gonalves e Santa Filomena.11. Velha - uma das inmeras do Vale do Prata, no municpio de Landri

    Sales; h no centro dessa bela lagoa um morro desnudo, em torno do qual setecem muitas lendas.

    3.3.1. INVENTRIO DOS AUDES PBLICOS

    Possui o Piau um nmero reduzido de audes, sendo que quase todos foram

    construdos pelo DNOCS, existindo alguns que ainda no acumularam gua.

    Destacando-se os principais temos:

    1. Aude Caldeiro - localizado em Piripiri, com capacidade de 54.600.000m3. Suas guas so utilizadas para irrigao de culturas implantadas no permetroirrigado caldeiro, bem como o abastecimento da sede do municpio e do ncleoresidencial do prprio permetro. Alm destes usos, ainda explorado para apesca, como tambm irrigao nas reas a jusante e das vazantes a montante,atravs do Programa de Produo de Alimentos.

    2. Aude Barreiras - localizado em Fronteiras, com capacidade de 52.800.000m3. Serve para abastecimento da cidade de Fronteiras, explorao de pesca e

    uso de guas a montante por pequenas vazanteiros.

    Reservas Provveis (m3 / ano / Km2)

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    3. Aude Ingaseiras - localizado em Paulistana, com capacidade de25.720.000 m3. O aude vem sendo explorado com o uso da pesca, abastecimentodgua da cidade de Paulistana, bem como irrigao s reas a montante atravsdo Programa de Produo de Alimentos.

    4. Aude Cajazeiras - localizado em Pio IX, com capacidade de 24.700.000m3, suas exploraes principais so: pesca, uso de reas a montante por pequenosvazanteiros e abastecimento dgua da sede do municpio

    5. Aude Boa Esperana - localizado em Guadalupe, com capacidade de5.000.000.000 m3, o maior aude do Piau, onde se encontra a Barragem domesmo nome, ocupando uma rea de 384 Km2. Aqui est localizada a UsinaHidreltrica de Boa Esperana. Com a inaugurao em 1.970, as sedes dedistribuio das Centrais Eltricas do Piau S/A - CEPISA estenderam-serapidamente a todos os municpios, estimulando a implantao de novas indstrias.Possuindo o potencial hidreltrico de 216.000 Kw. Esto situados no aude cincocolnias de pescadores, organizados pela administrao da Barragem.

    3.4. GUAS SUBTERRNEAS

    O Piau um Estado rico em guas subterrneas, em funo de sua formaogeolgica em terrenos sedimentares. Em 1966, CUNHA REBOLAS informou

    que uma das reservas armazenadas de guas subterrneas no Nordeste (cercade 12 trilhes de metros cbicos), 76% pertenciam bacia geolgica do Parnaba.Apresentando-se as condies de alimentao dos aquferos deste domnio, pode-se obter razes expontneas da ordem de 100 m3/h sobre cerca de 70% da suarea de ocorrncia. Diz, ainda, que at 600 m de profundidade, em mdia, asguas subterrneas da bacia so excelentes. Por esta razo, Raimundo Lopeschamava as peneplancies de Chapadas Filtros e Sampaio de ChapadasEsponjosas. destas chapadas que, por infiltrao, vem a gua subterrneaque em lenois freticos que espalha por todo o Estado, permitindo os poos.Em 1.973, Albuquerque * apresentava uma tabela das reservas provveis dasprincipais formaes:

    a) Dois no local da violeta, um com 735 mil litros/hora e outro com 540. Oprimeiro da formao Serra Grande e ambos no municpio de Cristino Castro:b) a do morro do Cavalo, a 3 km de Simplcio Mendes, com 200 litros/hora de

    jorro dgua.c) os dois de Cristino Castro, dentro da cidade, um com 144 mil litros/hora

    que abastece a cidade e outro explorado por particulares.d) dois poos em Picos, um no Distrito Monsenhor Gil (62,4 mil litros/hora) e

    outro particular na rodovia que vai para Bocaina.

    Uma pesquisa feita em 96 municpio piauienses, deu a profundidade mdiadestes poos em torno de 102,6 m para o dinmico, com vazo horria em tornode 6.450 litros. O nvel esttico se apresenta mais profundo em Flores (64), SoGonalo (60) e Marcos Parente (55,5 m), este nvel se apresenta raso em PaesLandim (0 m);mantm-se em uma mdia de 15 m na bacia Alta do Long, vindoat Teresina.

    O lenol fretico alm de alimentar a bacia do Parnaba na estiagem a irrigaoe desmatamento representa as maiores atividades consumidoras, serve tambmpara abastecimento de vilas e cidades.

    * FUNDAO CEPRO. Estudos Diversos, Teresina, 1.983. Pg. 58/59

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    Populao: Piau

    Os grupos tnicos dominantes na populao piauiense so oriundos damiscegenao dos europeus e indgenas, resultando os mamelucos.

    A Pecuria, tradicional atividade econmica tm contribuido para a forma-o de latifndios, evitando a concentrao demogrfica, na distribuio da po-pulao piauiense.

    A estrutura etria da populao do Piau, como dos outros estados brasi-leiros, jovem, acarretando elevado potencial de mo-de-obra desqualificada,para o trabalho. Contudo, o mercado de trabalho reduzido provoca enorme encar-go econmico. O padro de vida da populao decresce a cada no sobretudo emvirtudes das grandes estiagens e pssimas administraes (no setor social).

    Fonte: IBGE - 2000

    A populao total do Piau, de acordo com a contagem oficial do IBGE /2000, de 2.843.278 habitantes e corresponde a aproximadamente 7% da popu-lao residente do nordeste e a, 1,9% da populao do Brasil (IBGE-2000).

    Os municpios mais populosos so:Fonte: IBGE-CENSO DEMOGRFICO 2000.

    DESIDADE DEMOGRFICA: Embora em extenso territorial, seja o terceiromaior estado do nordeste, perdendo em rea apenas para os estados da Bahia edo Maranho, o Piau ainda pouco populoso. A densidade demogrfica doestado fica em torno de 11,51 habitantes por quilmetro quadrado, sendo a me-nor do nordeste, onde existe uma variao entre 20 e 90 hab/km2.

    As maiores densidades demogrficas esto nas microregies norte e cen-

    tro-norte nos municpios de Teresina (427,25 hab/km2

    ) e Parnaba (307,10 hab/km2). No Sudoeste piauiense existem municpios com caractersticas de vaziodemogrfico/menos de 2 hab/km2), como:

    TOTAL30 a 39ANOS

    40 a 49ANOS

    50 a 59ANOS

    60 a 69ANOS

    PIAU 2.843.278 362.171 271.682 188.415 236.954TERESINA 715.360 106.264 76.603 43.104 44.436

    POPULA OTERESINA 715.360PARNABA 132.282PICOS 68.974PIRIPIRI 60.154

    FLORIANO 54.591CAMPO MAIOR 43.126BARRAS 40.891UNI O 39.801PEDRO II 36.201ALTOS 39.122

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    Fonte: IBGE-2000

    MIGRAO INTERNA - 8,2% (1998)

    (dh - 0,55% (1997)PROPORO DA POPULAO URBANA E RURAL.

    Ocorre no Piau, como no restante do pas, um significativo crescimento doscentros urbanos e uma reduo da populao na zona rural. O deslocamento demigrantes alcana nmeros apreciveis, principalmente para as redes munici-pais mais desenvolvidas, que oferecem maiores atrativos, sobretudo em empre-go.

    So as maiores cidades, como Teresina, Parnaba, Piripiri, Picos e Florianoque concentram a maior parte da populao na zona urbana.

    ESTRUTURA POR SEXO - 2000

    POPULAO ECONOMICAMENTE ATIVA - 2000

    O Estado apresenta o menor ndice de desenvolvimento humano ((IDH:

    0,53 (1996) entre todos os estados brasileiros.A taxa de motalidade infantil de 51,33 mortes de crianas menores de 1

    ano para cada mil nascidos vivos. (IBGE - 1998).

    POPULAO

    MUNICPIOS DENSIDADE DEMOGR` FICA EM 2000BAIXA GRANDE DO RIBEIRO 0,98 Hab/km

    2

    RIBEIRO GON ALVES 1,48 Hab/km2

    SANTA FILOMENA 1,12 Hab/km2

    URU U 1,99 Hab/km2

    HOMENS MULHERESPIAU

    1.398.290 1.444.988TERESINA 417.192 461.314

    TOTAL0 a 4

    ANOS5 a 9

    ANOS10 a 19ANOS

    20 a 29ANOS

    PIAU 2.843.278 301.954 302.741 695.387 483.974TERESINA 715.360 69.121 67.207 167.622 141.003

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    Agricultura e Pecuria do Piau

    Agricultura

    A agricultura no Piau desenvolveu-se paralelamente a pecuria como atividadede subsistncia. Mas tarde adquiriu carter comercial. Em nosso Estado, aagricultura apresenta caractersticas prprias, como abundantes recursos hidrcosno solo e subsolo representados por 2.650 Km de rios perenes, por grandeslagoas que concentram a grande fora produtiva do Estado, uma plancie que vaido litoral at o sul do estado, margeando o Parnaba, formado por recentes, areiae argila.

    Na agricultura, destacam-se as culturas temporrias de arroz, feijo, algodo,milho, mandioca, cana-de-acar e soja e as culturas permanentes de caju,banana, manga, coco da baia, laranja e limo.

    Principais Produtos:

    * Milho, a produo de milho destinada a comercializao ainda verdeaumentando o consumo deste produto sob forma assada e cozida, propriedadesmaior rentabilidade a essa cultura. O volume mdio da produo de milho estsituado em torno de 450.000t /Ano e se equipara ao volume da produo individualregistrado no Cear, Maranho e Bahia, que so os maiores produtores donordeste.

    * Feijo, embora em menor escala segue a tendncia do milho, em que oproduto vendido em vagens ou em gros ainda vende. A maior produtividade emfeijo de Teresina, que obtm uma mdia de 521 quilos por hectare.

    * Mandioca, seu cultivo realizado para o aproveitamento de subprodutos,como a farinha e a goma. O municpio de Altos destaca-se no grupo dos maioresprodutores de mandioca.

    * Arroz, os maiores nveis de produtividade so registrados pelos municpiosde Uruui, Bom Jesus, Parnaba, Buriti dos Lopes, Porto, Miguel Alves, Luzilndiae Joaquim Pires, em Teresina o cultivo exclusivamente em baixo, sendo aproduo muito pequena.

    * Algodo, a produo algodoeira, concentra-se mais na regio sudeste doPiau, compreendendo as microregies de Picos, Pio IX e alto mdio Canind.At o ano de 1996. Constituia-se numa das maiores culturas de importnciascio-econmica para o estado, chegando a contribuir 13% da renda bruta dosub-setor da lavoura e participando com cerca de 30% do ICMS arrecadado pelosetor agropecurio(as sementes so sirid e moc).

    A agricultura piauiense tem respondido de modo satisfatrio aos investimentosem que cresceu a uma tara mdio anual de 5,2% no perodo de 1985/1999. Essedesempenho vem sendo superior mdia do nordeste. O carro chefe para esse

    desenvolvimento a soja.* Soja, em termos de nordeste, produzida no Maranho, Piau, Bahia. No

    Piau situam-se no sul e sudeste do Estado, possuem uma rea de 8,5 milhesde hectares de terras situadas entre as bacias hidrogrficas dos riosGuerguia, Uruu Preto e Parnaba, representa cerca de 29% da rea total docerrado setentrional brasileiro, que se localiza em: Minas Gerais, Tocantins, Bahia,Piau e Maranho. S no Piau, cerca de 5 milhes de hectares de cerradospodero ser explorados especialmente a soja. A soja parece matria-prima paraas indstrias de leos e raes, constitui importante item da alimentao humana,suprindo principalmente, as carncias proticas observadas nas regies.

    * No Piau, a produo dos municpios que apresentam maior potencialidade:encontra-se em Uruu, Ribeiro Gonalves, Baixa Grande do Ribeiro, Santa

    Filomena, Gilbus, Corrente e Canto do Buriti, como mostra o grfico

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    PLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO URUU-GURGUIA

    * Copreende uma rea de 66.116,7 km2, abrangendo 23 municpio. De acordocom os encontros realizados no polo, foi delineada a seguinte viso de futurospara o ano 2003: a regio ser a maior produtora de gros e carne do estado doPiau, alm de produtos originados da agricultura irrigada, com alta competitividadee forte insero no mercado internacional.

    PRODUTIVIDADE DA SOJA EM ALGUNS ESTADOS NORDESTE E EMTOCANTINS, NO PERODO 1991-2000.

    *O grfico mostra o destoque do crescimento da produtividade no Piau, nodistante a experincia temporal menos em relao aos demais Estados ondeaquela leguminosa e cultivada.

    Para que se tenha uma idia concreta da vantagem comparativa da sojaproduzida no cerrado piauiense, vale citar um estudo da Cia. Vale do Rio Doce,segundo o custo de transporte da tonelada de soja So Lus(MA) aRoterdam(Holanda) de UR$ 34,00, enquanto a exportao pelo porto deParanagu(PR) a Roterdam de US$ 63,00, ou seja, custando US$ 29,00 maiscaro. A competitividade da soja piauiense indiscutvel, porm, depende do cus-to do sistema de transporte entre a rea de produo e o porto de So Lus. Nocerto prazo, em termos de transporte, seria fundamental a concluso da estradaUruu/Ribeiro Gonalves e, a imediata operao da ponte sobre o Rio Parnaba,em Ribeiro Gonalves, bem como, a implantao do rodovia transcerrados. Es-sas providncias facilitariam o escoamento da produo em direo a Bolsas(MA)e, da para Estreito, Imperatriz e So Lus(Porto de Itaqu). Ao lado dessas rodo-vias / pontes, a concluso do que os tcnicos chamam Y - Jerumenha/Bertolinia/Uruu, fundamental que assegurar o fluxo de escoamento da produo docerrado, alm da pavimentao da rodovia PI 254, no trecho Gilbus / Santa

    Filomena, com 254 km.

    A Famlia paulista, dona da fazenda Canel, que fica no municpio de Uruu,

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    a 500 km de Teresina, encontrou na regio boa luminosidade chuvas estveis.Em que l as horas de sol chegam a 9 mil por ano, enquanto nas regies Centro-Oeste e so a mdia anual de 2 mil, onde uma das maiores produtoras desoja do estado nordestino, com mais de 8 mil hectares plantados. Ou seja esttrabalhando para uma produtividade semelhante melhor do Brasil e acima damdia norte americana. Vale destacar, ainda, que no Piau a produtividade chegaa 2.548 kg/ha, equipando-se ao rendimento da soja norte americana - 2.590 kg/ha, enquanto o rendimento na Bahia oscila em torno de 1.617 kg/ha e em Gois1.799 kg/ha.

    PRINCIPAIS CULTURAS PERMANENTES 1995-1999 UM ESTADO DIFEREN-TE

    BABAU (Orbignya Martiana)

    O babau (7) uma das principais riquezas do Piau e sua explorao,antes limitada produo do leo, extrado da amndoa, e dos resduos resultan-tes - torta e farelo - apresenta inmeras possibilidades de aproveitamento indus-trial.

    Palmeira nativa do Meio-Norte e Centro-Oeste, o babau ocupa cerca de

    20.000 km2 no Piau e 93.000 km2 no Maranho, ocorrendo ainda nos Estados deGois e Mato Grosso, conferindo a Teresina uma importante vantagem de ser umcentro das regies produtoras.

    A amndoa, que representa apenas 6% do peso do cco, tem uma produ-o mdia da ordem de 20.000 toneladas.

    A produo do leo e do carvo destina-se basicamente aos mercados doCentro-Sul do Pas e para o exterior.

    Pesquisas realizadas nos ltimos anos pelo Instituto de PesquisasTecnolgicas de So Paulo (IPT) e Centro de Tecnologia de Minas Gerais (CETEC),

    entre outros rgos pblicos e empresas, confirmam o enorme potencial de apro-veitamento do babau. O Governo do Estado, com o apoio do IPT, instalou emTeresina uma unidade de demonstrao, produzindo inicialmente carvo, alca-tro e gs.

    * Banana - No Piau, conforme IBGE, existem mais de 4.508 hectares, sendogrande parte destes localizados em Teresina, que apresenta elevado potencialpara o cultivo dessa fruta, com solo adequado e clima favorvel a produo deboa qualidade.* Caju - O Piau atualmente o maior produtor brasileiro de caju. Segundo aEmbrapa, embora o Cear tenha atingido 348 mil/ha de terrenos plantados e oPiau 215,1 mil/ha, os pomares cearenses deram 109 quilos de caju por hectare,enquanto os do lado piauiense renderam 192 quilos. Apesar do estado apresen-tar um enorme potencial produtivo na cajucultura, o aproveitamento industrial deseus produtos reduzido. Nos ltimos 8 anos surgiu no Piau precisamente emTeresina, pequenas agroindstrias com produtos diversificados de boa qualidade.

    COMBUSTVEL

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    O maior produtor individual de castanha de caju brasileiro, Jaime Toms de Aquino,responsvel por 14% da produo do Piau, a fazenda de Aquino lder disparadano estado.* Manga - O Piau apresenta uma rea cultivada de 3.557 hectares com man-gueiras. Com produo de 182 milhes de frutos e produtividade de 51,196 frutospor hectares. A capital contava com 370 hectares cultivados, uma produo de17 milhes de frutos e uma produtividade de 50.000 frutos por hectares. EmTeresina est situado o maior cultivo contnuo de manga do nordeste. A TropicalFrutos Cana Ltda., maior produtora de mangas do Piau, que exporta 40% desua produo para os mercados Europeu e Canadense, onde acaba de ingressarno selecionado grupo de brasileiros com credencial para exportar o produto paraos norte-americanos, mostrando a grande fora da fruticultura no Piau.

    Alm destes frutos, j citadas, o coco-da-baa e melancia tem apresenta-do resultados muito bons, e suas reas de plantiovem se expandido ano a ano.

    Agricultura Irrigada

    Diferentemente de outros estados da regio, um trinmio se destaca noPiau quando o assunto irrigao: terra, gua e sol, todos em abundnciacomexcessos. No Piau est o equilbrio do clima para a produo irrigada, onde as

    terras no tem os padres de sais que inutilizam a produo ou a unidade relativato alta que favorece a rpida poliferao de doenas fndicas das plantas econseqente elevao dos custos de produo.

    ALGUMAS CARACTERSTICAS DAS REAS IRRIGADAS NO PIAU, POR BA-CIA HIDROGRFICA. 1999.

    Um dos melhores exemplos de reas irrigadas, o Vales do Gurguia,famoso pelos seus extraordinrios manarciais de guas subterrneas e pelasboas terras para a produo sustentada. No Alto Gurguia, particularmente nosmunicpios de Parnagu, Corrente, Curimat e Avelino Lopes, solo e gua for-mam um conjunto indissocivel, com formidveis vantagens para a agricultura

    moderna e propriedades fsicas e qumicas ideais para a produo de frutas,hortalias, gros, raizes e forrageiras. Enfim, a irrigao no Piau e fcil e barata:terras fartas, gua abundante e sol o ano inteiro.

    SOLOS

    So bastante diversificados os mais de vinte e cinco milhes de hectaresde solos do Piau, e para quase todas as situaes existem alternativas econ-micas de utilizao.

    Uma de suas caractersticas bsicas a profundidade, pelo que as razesdas plantas podem se desenvolver sem dificuldades. Outras no menos impor-tantes so o relevo plano ou dominantemente plano e a boa drenagem.

    Entre a diversificao apontada acima possvel selecionar alguns dossolos mais importantes: Latossolos - so , provavelmente, os solos mais utilizados no Piau.

    Aparecem em todo o estado, desde o sul at o norte, representando cerca de 10a 11 milhes de hectares. Sua fertilidade natural baixa, podendo apresentarelevado grau de acidez. So de texttura mdia ou argilosa, facilmente trabalhveiscom mquinas e equipamentos mecanizados, e com cuidados conservacionistas,embora necessrios, de pequena magnitude.

    Posdzlicos - surgem com mais freqncia no Mdio e Baixo Parnaba.Esto geralmente associados a relevo movimentado, mas sempre em condiesde utilizao. Apresentam textura mdia e argilosa e nveis de fertilidade atmaiores que os Latossolos, especialmente no semi-rido, onde so derivados derochas do cristalino. Representam cerca de 3 milhes de hectares.

    Litlicos - so solos rasos e pedregosos que ocupam, geralmente as

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    reas de relevo mais acidentado, no se prestando, portanto, para o aproveita-mento agrcola. Ocupam cerca de 6 milhes de hectares.

    Areias Quartzosas - representam outra classe de grande interesse.Apresentam boa profundidade, fertilidade natural baixa, relevo plano e quase ne-nhum obstculo mecanizao. Presentes em diversas regies, com aptidovoltada para atividades de agricultura perene adaptada e para a pecuria. Seuuso limitado pela sua baixa reteno de gua (permeveis), exigindo pequenosintervalos entre as chuvas ou sesses de irrigao. rea estimada: entre 4 e 4,5milhes de hectares.

    Brunos no-clcicos - originados de rochas do cristalino, apresentamtextura mdia a argilosa, sendo muito frteis. Podem apresentar problemas deutilizao como o relevo acidentado e a pedregosidade. Ocupam cerca de 600mil hectares no sudeste do estado.

    Vertissolos - originrios do diabsio ou do basalto. So os solosessencialmente argilosos e se desenvolvem em pontos isolados do estado. Ex-cepcionalmente ricos em minerais para as plantas e capazes de proporcionar,sob irrigao, produtividades particularmente elevadas (de arroz, por exemplo).Sua fertilidade pode ser comparada da Terra Roxa, da Bacia do Paran. Seumanejo difcil: so muito pegajosos quando molhados e muito duros quandosecos. Sua rea estimada em 700 mil hectares.

    Aluviais - intensamente utilizados na produo de arroz no norte doestado, com excelente desempenho em termos de produtividade. So os solosmais estudados do Piau em virtude de seu potencial econmico. Ocupa umarea estimada de 250 mil hectares.

    Pecuria do Piau

    Foi a primeira atividade econmica desenvolvida no estado, que desenvol-veu-se, principalmente nas regies dos campos e das chapadas, mais naturalpara a criao. o setor mais forte da economia primria e se destaca cada vezmais pela introduo de novas raas de melhor qualidade. /as reas, com maio-res concentraes de gado situam-se no municpio de Campo Maior, Picos e

    So Raimundo Nonato, que abrigam mais da metade de todo rebanho do Piau.Os principais rebanhos so: bovino (mestio, crioulo, nelore, holands, gir egugerat) o suno, o caprino, alm dos equinos, assaninas e muares. Entre osderivados da produo animal, o leite e os ovos de galinha e o mel de abelha temsido os mais importantes.

    EFETIVO DOS REBANHOS

    O Piau apresenta o segundo maior rebanho de caprinos do Brasil (IBGE-1994). Teresina apresenta um tmido rebanho de caprinos e ovinos, com especi-alizao em caprinocultura leiteira, onde o leite de cabra j pode ser pasteuriza-do, empacotado e rotulado proveniente de micro-unidades de processamentoinstaladas na zona rural da capital.

    As microregies do Alto mdio Canind, Campo Maior e Picos concen-tram os maiores rebanhos de caprinos e ovinos, o que torna o Piau um dos

    maiaores produtores da regio nordeste.A Elevao do padro racial da pecuria de Corte nas regies Centro-

    Oeste e do Mdio-Parnaba est sendo divulgada atravs da realizao de feiras

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    e de exposies de matrizes.Esto se formando dessas novas bacias leiteiras (Pecuria e intensiva)

    uma, no municpio de Teresina, outra no baixo Parnaba piauiense (Luis Correia eBuriti dos Lopes) nos Campos de Campo Maior a pecuria conta com campos ereas inundveis, os quais propiciam boas condies de desenvolvimento. No suldo estado a pecuria a tradicional base da economia.* A Ovinocultura explorada de forma extensiva na capital, tendo como finalidadeprincipal a produo de carne e pele.* A Suinocultura, no Piau ainda predomina a criao de animais mestios comalta produo de banha. O efetivo suno de Teresina mantm-se instvel desde1987, representando 2,5% do rebanho total do estado (IBGE-1999).

    O consumo da carne suna na capital expressivo, pois alm da carnesob forma in natura existe um amplo mercado para embatidos.* A Avicultura, apresenta-se como imortante segmento da pecuria piauiense. Aproduo avcola um dos ramos da atividade econmica que apresenta maiordinamismo, com excelentes condies para a avicultura, as aves so mais sau-dveis no Piau, resultando-se em menores custos de produo e melhores con-dies de competitividade.

    Teresina caracteriza-se como plo irradiador da avicultura no Piau, contri-buindo de maneira significativa com a produo estadual, dentre os fatores que

    contriburam para o crescimento desta atividade destacam-se a produo emgrande escala o elevado preo da carne bovina e o sistema de cooperativa repre-sentado pela COAVE.

    Com a pecuria, ainda destacam-se: apicultura, carcinicultura, pescamartima e pesca de guas interiores.* Apicultura - O Piau o maior produtor de mel de abelha do nordeste e um dosgrandes do pas, com 2,9 milhes de quilos, em 1999.

    Trata-se de abundante pasto apcola, um verdadeiro eudorado de flor dassucessivas, onde se podem obter at trs safras por ano, atingindo uma produti-vidade de 100 kg / colmia / ano, quase o dobro da obtida pelo Canad 155 kg/colmia / ano), pois oficialmente reconhecido como de maior produtividade mun-dial. A produo piauiense est concentrata nas microrregies de Picos e Valena

    do Piau e comercializada totalmente in natura para os estados do Sudeste.Um dos mais importantes instrumentos governamentais de ajuda produoapcola o Protocolo da Apicultura, firmado entre o Banco do Nordeste e governodo estado. Esse protocolo pe disposio ao empresariado recursos para odesenvolvimento da produo e transformao do mel de abelha, podendo noapenas ampliar a cadeia de comercializao mas tambm promover a substanci-al melhoria de qualidade e agregao de valor ao produto final. Pode transformaro estado efetivamente no maior produtor de mel de abelha do pas.* Carcinicultura - O cultivo do camaro marinho tanto no sistema extensivoquanto no semi intensivo, representa hoje, uma das mais interessantes alternati-vas de negcio do setor, pois o mercado internacional francamente receptivoface demanda insatisfeita. A rea potencial para explorao no Estado estava

    estimada em 5.000 ha.Estudos mostram que pelo menos mais 15.000 hectares sero aproveita-dos para o cultivo, desta vez nas margens deltaicas e trechos mais a metadedelas, no rio Parnaba. Para que se tenha uma idia da importncia dessa ativida-de econmica, basta atentar para as exportaes totais, do Piau, que em 1999foram de US$ 50 milhes, em nmeros redondos. Em 2.000, o montante previstode exprtaes dever ser de US$ 5 milhes, e para 2001, esto previstos US$15 milhes.

    A criao de camaro no litoral piauiense apresenta diversas vantagenslocacionais, entre os quais se destacam:

    reas de explorao concentradas, exigindo baixos nveis de investimen-tos em infra-estrutura.

    Excelente reas para o cultivo fora dos denominados salgados;Disponibilidade da energia eltrica e estradas asfaltadas.Baixo preo da terra e proximidade dos centros urbanos de Parnaba, Lus

    Correia e Cajueiro da Praia.

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    Salinidade ideal das guas marinhas para a carcinicultura.Existncia de indstrias de raes e fornecimento de ps-larvas na regio.Apoio e assistncia tcnica atravs da Secretaria da Agricultura do Esta-

    do e do Instituto de Assistncia Tcnica e Extenso Rural (EMATER).Pesca Martima - possvel notar que, apesar da estreita faixa litornea

    de (66 km), o Piau detentor de um inesgatvel potencial pesqueiro, onde suacosta litornea propcia a pesca devido existncia de substncias estualinasformados pelo delta de Parnaba e mais quatro rios que desembocam no litoral,lanando grande quantidade de matria orgnica ao mar e quando condiesfavorveis ao desenvolvimento de peixes custceos e moluscos. O desembarqueda pescaria feito em nove localidades espalhadas pelos municpios de IlhaGrande, Luis Correia e Cajueiro da Praia. A maior estrutura da indstria da pescaconcentra-se em Lus Correia, tendoe mais de vinte anos de atividade. Estatsti-cas recentes indicam a existncia de vinte e seis ou mais espcies de peixes devalor comercial, destacando-se: Cavala, Serra, Pescado, Pargo, Garoupa,Camulim, Cao, Bagre e Camurupim. Dentre os crustceos, o caranguejo-urepresenta o maior volume de toda a produo, seguido de trs espcies decamares (Sete Barbas, Rosa e Branco) e, finalmente de duas espcies de la-gostas, a vermelha e a verde.* Pesca de guas Interiores - uma pesca extrativa que constitui uma ativida-

    de econmica piauiense, envolvendo pescadores que tambm quase sempre soagricultores, com dedicao em tempo parcial ou integral. Essa atividade esten-de-se por todos os rios perenes ou semiperenes do Estado, com destaque parao rio Parnaba e seus afluentes como o Long, Poty, Gurguia e outros.

    O lago de Boa Esperana tm um potencial de pesca estimado somentenesse lago, de 2.100 toneladas/ano representando 52,7 kg de pescado / ha /ano. Algumas espcies ali encontradas: curimat, curvina, surubim, matrinchan,piratinga, mandub e branquinha.

    A Pesicultura no Piau est apenas comeando, e o mercado absoluta-mente franco e aberto. O Estado conta com 3 unidades de produo de alevinos,as quais podem produzir at 6 milhes alevinos por ano.

    Foi sancionada a Lei 4.859 de 27 de Agosto de 1996, que dispe sobre a

    concesso de incentivos fiscais de dispensa do pagamento do ICMS para empre-endimentos industriais e agroindustriais estabelecidos no Estado.Essa lei atraiu empresas do sul do sul do pas a se instalarem no estado,

    quando cerca de 3.400 empresas diretos e mais 11 mil empregos indiretos.Foram investidos mais de R$ 31 milhes, segundo o levantamento feito

    pela comisso de incentivos fiscais da Secretaria de Indstria e Comrcio doPiau. O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) investiu R$ 157 milhes no Piau, noano de 1996, deixando o estado em 4 lugar no nordeste. Com esses investimen-tos foram implantados dois Shopping centros, agroindstrias na regio dos cerra-dos e hotis no litoral e em reas de proteo ambiental.

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    RECURSOS MINERAIS

    Apesar dos levantamentos bsicos e especficos realizados pelo Departa-mento Nacional da Produo Mineral - DNPM, Cia. de Desenvolvimento do Esta-do do Piau - COMDEPI e outros rgos e empresas ligados minerao, aindano se atingiu um estgio de desenvolvimento mineral importante, o que poderocorrer dentro de curto perodo, com a evoluo dos trabalhos de prospeco em

    execuo no Estado.Os principais recursos minerais e a sua respectiva rea de ocorrncia noEstado esto a seguir relacionados.

    1. No metlicos

    MINERAIS LOCAL DE OCORR NCIA PRODU O(Atual e/ou potencial em reserva)

    ` gua Mineral Teresina (02)Picos (01)

    Em 1987 foram produzidos eengarrafados 9.585 milh es de litros

    de gua mineral no Estado

    Amianto S. Jo o do Piau (01)S o Raimundo Nonato (01)Pio IX (04Fronteiras (06)

    Paulistana (01)Cristal ndia (02)

    As reservas so da ordem de 884mil toneladas de minrio, das quais588 mil toneladas com teor de fibrade 4,07%

    Ard sia Piracuruca 567.000 toneladas inferidas e102.271 toneladas medidas.

    Argila de QueimaVermelha

    Teresina, Campo Maior,Picos, Piracuruca, Jaic s,Parna ba, Valen a, Floriano

    e Josde Freitas

    O parque ceramista piauiense de20 cer micas distribu das por 9munic pios. A produ o de cer mica

    vermelha da ordem de 35.000t/ano, com cerca de 135 milh es depe as produzidas anualmente.

    Teresina responde por 85% daprodu o

    Argila de QueimaBranca

    Oeiras (01)Jaic s (03)

    S. Josdo Piau (02)

    A produ o ocorre em Oeiras e S oJos do Piau e 100% exportada

    na forma bruta

    Atapulgita Nova Guadalupe (20) As reservas so calculadas em

    20.000.000 t e as jazidas estudadasainda n o entraram em fase deprodu o.

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    Brita Parna ba (02)Picos (01)Demerval Lob o (01)Teresina (01)

    A produ o ocorre em Picos,Parna ba e Teresina

    Calcrio

    Pio IX (12)S o Juli o (01)Fronteiras (17)Sim es (01)S. Jo o do PiauS o Raimundo Nonato(11)Caracol (02)Curimat(03)Santa Filomena (10)Josde Freitas (03)Francisco Aires (01)Barro Duro (01Demerval Lob o (01)

    As jazidas em explora o se situamem Josde Freitas, Santa Filomenae Ant nio Almeida, estandoprevistas para breve as explora esem Fronteiras e Pio IX.

    CaulimLuzil ndia (01)Palmeirais (05)

    A reserva de Palmeirais de285.000 toneladas e est sendoexplorada por uma empresa deprodu o de lou as. A implanta o,no Estado, de outras empresassimilares certamente viabilizar apesquisa de outras ocorrncias.

    Diamante Gilbus e Monte AlegreN o hempresas estabelecidas nolocal. A explora o feita por

    garimpagem e sem controle oficial.

    FosfatoS o Miguel do Tapuio (01)Caracol (01)An sio de Abreu (01)Pimenteiras (01)

    Reservas medidas de 16.000 t comteor mdio de 15,4% de p205.

    Granito Ornamental

    Paulistana (12)S. Jo o do Piau (07)S o Raimundo Nonato (06)Padre Marcos (03)Parna ba (04)Lu s Correia (03)

    N o Mensurada.

    Gipsita Sim es

    Vrias empresas detm alvars depesquisas e as perspectivas paraatendimento do mercado interno s oexcelentes, uma vez que ademanda suprida, em 100%, com

    gesso importado de Pernambuco.

    Marm rePio IXFronteirasPaulistana

    Encontra-se em explora o umaajazida em Pio IX, com reservamedida, indicada e inferida,respectivamente, de 39,4; 36,4 e32,7 milh es de m

    3

    Opala Pedro II (19)Piripiri (01)Alto Long(01)Beneditinos (01)Castelo do Piau (01)Oeiras (01)Picos (01)Vrzea Grande (01)

    O munic pio de Pedro II o maisexpressivo centro de produ o deopala e coloca o Brasil como o nicoprodutor dessa gema na AmricaLatina. A produ o, feita porgarimpo, destina-se exporta opara a Europa, Estados Unidos,Austrlia e Jap o.

    Sal-Gema Lu s Correia O sal-gema de Lu s Correia poderser explorado para produ o de sal

    comum (NACl), atravs de salinas.Talco Paulista

    S o Raimundo NonatoSo Juli oSim es

    Uma jazida em S o RaimundoNonato apresenta reservas medidase indicadas, respectivamente, de58,6 mil e 38,7 mil toneladas.

    VermiculitaFronteiras (01)Sim es (01)S o Raimundo Nonato (01)An sio de Abreu (01)Paulistana (02)

    A explora o feita pelo grupoEUCATEX, em Paulistana. A jazidapossui reservas medidas, indicadase inferidas, respectivamente, de 1,5milho, 1,3 milho e 59 miltoneladas. O Piau o primeiro doBrasil em produ o de vermicultita,produzindo, em 1987, 117,4 miltoneladas contra 5,4 mil toneladasdos demais estados produtores.

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    2. METLICOS

    Minerais Pesados Lu s Correia

    Encontra-se em fase de estudospreliminares o Projeto Lu s Correia,com vida til de 10 anos, cujoobjetivo a produ o de limenita(70.000 t/ano); zirc nio (26.00t/ano); rutilo (16.000 t/ano) emonazita (3.000 t/ano).

    N quel S o Joo do Piau

    Reserva da ordem de 20.000

    toneladas, com teor mdio de 1,5%.Uma das trs maiores jazidas doBrasil

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    Indstria no Piau

    As primeiras indstrias no Piau surgiram na segunda metade do sculoXVIII atravs de atividadesde fabricao e comercializao do charque no Esta-do, localizados na Vila de So Joo da Parnaba, que se tornaria o principalcentro industrial e comercial do Piau at a metade do sculo atual.

    A partir desse perodo teve falncia total no setor primrio exportador comqueda de preos de cera de carnaba e da amndoa de baba, registra-se adecadncia de Parnaba, que vivia desse modelo, e a asceno de Teresina den-tro do Estado, facilitada pela abertura de novas estradas e meios de comunica-o, ligando-a com as demais regies do pas. Em 1970 foi criada a companhiade desenvolvimento industrial do Piau (CODIPI), rgo responsvel pela implan-tao e distribuio de distritos industriais no Piau.

    O Parque industrial instalado no Piau est constitudo de um conjunto demicro, pequenas e mdias empresas predominantemente individuais, caracteri-zados pelo uso intensivo de mo-de-obra e baixos nveis de capitalizao.

    Predominam indstrias de transformao e extrativa, com destaque paraprodutos alimentares (leo, macarro, biscoito, laticnios), bebidas, vesturio,txteis calados, plsticos, qumicos, mveis, cermicos, alm de outros.

    Praticamente tudo o que se consome no Piau, com exceo dos itens

    mencionados e importado dos centros nacionais mais alcanados e, ultimamen-te, do exterior. Com a abertura dos mercados externos. Os produtos aqui indus-trializados so consumidos internamente ou exportados para alguns estadosvizinhos, em escala ainda pequena.

    Na agroindstria predominam os manufaturados de produtos agrcolas lo-cais, destacando-se: algodo, cana-de-acar, mandioca, milho, arroz, casta-nha de caj, frutos, couros, soja e amndoas de baba. Esse segmento indus-trial apresenta grande potencial de crescimento, especialmente com a utilizaodo arroz, castanha e polpa de caj, frutos e soja. Frutas nativas exticos, taiscomo o bacuri e o buriti, representam um potencial na rea de alimentos aindainsuficientemente explorado.

    A infra-estrutura industrial est constituda por 5 distritos industriais nas

    cidades de Teresina (I e II), Parnaba, Picos e Floriano. Alm disso, encontra-seem implantao em Teresina o Plo Industrial Sul, iniciativa da prefeitura munici-pal, situado no Bairro Santa Maria da CODIPI, no norte da capital.* DISTRITO DE TERESINA - Situado s margens da rodovia PI 113 a 6 km docentro da cidade, sua rea de 245 hectares.* DISTRITO DE PICOS - Com rea de 104 hectares, contando com um conjuntohabitacional. Localiza-se no parque a indstria Coelho, um dos maiores parquestxteis do Piau.* DISTRITO DE PARNABA - Possui uma rea de 260 hectares, incluindo umconjunto habitacional. A indstria alimentcia a principal, em seguida a madei-reira.* DISTRITO DE FLORIANO - Com rea de 60 hectares.

    O Parque industrial de Teresina, de 90 a 91, apresentava-se composto por698 empregos, sendo os setores com maior nmero de estabelecimentos:

    - Indstria da Construo Civil (25,93%)- Indstria de Produtos Alimetcios (17,91%)- Indstria Metalrgica (10,17%)

    Com a criao de programas bsicos de infra-estrutura - energia (constru-o da usina de Boa Esperana), transportes, comunicao, formao de mo-de-obra, implantao de distritos industriais e poltica de incentivos fiscais pelogoverno federal e estadual, houve um impulso no processo de industrializao noPiau.

    Foi sancionada a lei 4.859 de 27 de Agosto de 1996, que dispe sobre aconcesso de incentivos fiscais de dispensa do pagamento do ICMS para empre-

    endimentos industriais e agro industriais estabelecidos no Estado. Essa lei jatraiu empregos do sul do pas a se instalarem no Estado, gerando cerca de3.400 empregos diretos e mais de 11 mil empregos indiretos; em que foram

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    investido mais de R$ 31 milhes, segundo levantamento feito pela comisso deincentivos fiscais da Secretaria de Indstria e Comrcio do Piau.

    O (BNB) Banco do Nordeste do Brasil investiu R$ 157 milhes no Piau, noano de 1996. deixando o estado em 4 lugar no nordeste. Com esses investimen-tos, foram implantados dois shopping Centers, agroindstrias na regio dos cer-rados e hoteis rio litoral e em reas de proteo ambiental.

    Algumas Indstrias Piauienses

    * Indstria Cermica: As cermicas piauienses concentram-se na regio deTeresina, principalmente para a confeco de produtos da argila de queima ver-melha verificando-se ocorrncia desse material nos municpios de Campo Maior,Picos. Piracuruca, Jaics, Parnaba, valena do Piau, Floriano e Jos de Freitas.A explorao da argila de queima branca ocorre nos municpios de Oeiras e SoJos do Piau de onde a produo exportada na forma bruta. O Parque CerranistaPiauiense, situado entre os dez maiores do pas engloba 28 empresas formais,atingindo produo mensal de 15 milhes de peas de boa qualidade, alm dedezenas empresas informais produzindo as mais variadas peas como tijolos,telhas, manilhas, lajes, filtros, jarros e peas de artesanato. Alm do mercadoestadual, a produo piauiense exportada para os estados do Maranho, Bahia,Pernambuco, Par e em menor escala para o Cear e Amap. CIL - Cermica Industrial Ltda.

    - Atividade: Fabricao de telhas, tijolos, lajotas, pisos e outros materiaiscermicos.- Empregos Diretos: 250- Empregos Indiretos: 150- Produo Anual: 25 milhes de peas- Destino da Produo: 10% para o mercado do Estado e 90% para outros Esta-dos.

    Guadalajara S.A Indstria de Roupas- Atividade: Confeco de Roupas da marca nix Jeans- Empregos Diretos: 2.510- Empregos Indiretos: 9.135

    - Produo Anual: 4.000.000 peas- Destino da Produo: 90% para mercado nacional e 10% para exportao

    14 Bis Indstria de Confeces Ltda.- Atividade: Confeco de Roupas- Empregos Diretos: 250- Empregos Indiretos: 1.000- Produo Anual: 500.000 peas- Destino da Produo: 15% para o mercado local e 85% para o mercado nacio-nal.

    Curtume Europa Ltda.- Atividade: Beneficiamento de couros e peles- Empregos Diretos: 200

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    - Empregos Indiretos: 500- Produo Anual: Couros - 260.000; Peles - 1.150.000- Destino da Produo: 40% para o mercado nacional e 60% para exportao.

    Guar Ltda.- Atividade: Confeco de casacos de pele- Empregos Diretos: 32- Produo Anual: 3.600 casacos- Destino da Produo: 100% para exportao

    Oliver e Cia. Ltda.- Atividade: Fabricao de calados masculinos e femininos- Empregos Diretos: 130- Empregos Indiretos: 60- Produo Anual: 250.000 pares- Destino da Produo: 10% para mercado nacional e 90% para exportao.

    Plast-Dop - Plticos do Nordeste Ltda.- Atividade: Fabricao de sacos, sacolas, bobinas e outras utilidades de plsti-co

    - Empregos Diretos: 140- Produo Anual: 2.280 toneladas- Destino da Produo: Piau e outros estadosdo nordeste.

    COMVAP - Acar e lcool Ltda.- Atividade: Fabricao de lcool hidratado- Empregos Diretos: 2.200- Empregos Indiretos: 1.500- Produo Anual: 30 milhes de litros de lcool hidratado- Destino da Produo: 95% para o mercado do Piau e 5% para o Maranho

    Durreino S.A Derivados de leos Vegetais.

    - Atividade: Produo de leos vegetais e seus derivados (leo, farelo e sabo)- Empregos Diretos: 155- Empregos Indiretos: 1.500- Produo Anual: 38.000 toneladas- Destino da Produo: No Piau: leo - 50%, farelo, sabo - 70% nos estadosvizinhos: o resto da produo.

    Europa Indstria de Castanhas Ltda.- Atividade: Beneficiamento da castanha do caj- Empregos Diretos: 260- Empregos Indiretos: 1.500- Produo Anual: 37.800 Caixas (862 toneladas)

    - Destino da Produo: Parte para o mercado nacional e parte para exportao.Indstria do Turismo

    O mundo todo se volta hoje para a prtica do turismo inteligente, de pesquisas,informaes informados pela televiso, computador (Internet), etc. o turismoecolgico que cresce a cada dia, realizando por um nmero cada vez maior empessoas interessados em conviver com a natureza em sua forma plena e apren-der com os estudos e descobertas. O turismo no Estado, alm das belezas naturais reconhecidos de suas praias,oferece o que no se encontra em nenhum outro porto do pas: mistrios, emo-es, aventura nas Sete Cidades Encontrados, nas gutas da Serra da Capivara, com stios arqueo-lgicas de incalculvel valor histrico, e apresenta, ainda, cidades que ficavamfamosos, entre elas Oeiras por ter sido a primeira capital e ainda hoje guardar osseus antigos casares, testemunhos da histria piauiense.

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    Comrcio e Servios do Piau

    Os centros comerciais mais importantes so Teresina, Picos, Parnaba, Florianoe so Raimundo Nonato, em virtude de concentrarem o maior nmero de estabe-lecimentos comerciais atacadistas e varejistas. Como tambm as maiores par-celas de arrecadao de imposto de circulao de mercadorias e servios - ICMS

    do Estado. O Piau exporta pele, algodo, leo e cera de Carnaba, oiticica,mamona, mel e cera de abelha, arroz, feijo e farinha de mandioca e ( ) soja. Nocomrcio de importao destacam-se os produtos manufaturados, tais como:mquinas de tecidos, aparelhos eletrodomsticos, produtos petrolferos, ferra-mentas e outros materiais para construo. A atividade varejista detm maior nmero de unidades comerciais, especial-mente nas reas perifricas e nos bairros de maior crescimento. O comrcioatacadista tinha sua localizao principalmente no centro da cidade. Nos ltimosanos, vm surgindo novos espaos, como as avenida Maranho e Baro de Gurguiae a Piarra, alm do Grande Dirceu. Em virtude da falta de espao fsico nocentro. Os ramos de atividade que mais se destacavam eram os de agenciamentoe representao e o de consertos de mquinas e veculos. Teresina possui a melhor infra-estrutura e o maior plo de gerao de produ-tos, servios, empregos, renda e impostos do Estado. Esse acelerado cresci-mento urbano da capital e as caractersticas do estado fizeram com que o comr-cio fosse o setor de atividade que mais se desenvolvesse nos ltimos anos.Tomando-se o nmero de firmas registradas por setores da atividade econmica,observa-se que o setor tercirio responde por 89,7% das firmas registradas naSecretaria da Fazenda, contra 8,5% do setorsecundrio e 1,8% do primrio.

    - NMERO DE FIRMAS REGISTRADAS POR SETORES DE ATIVIDADE ECO-NMICA 1997

    Outro indicativo do crescimento do comrcio em Teresina a evoluoanual das consultas ao Servio de Proteo ao Crdito - SPC. No ano de 1996houve um crescimento de 134,41% em relao ao total de consultas feitas em1992. Este aumento ocorreu do crescimento do comrcio e da mudana da eco-nomia com o advento do plano real, que aumentou o poder de compra da popula-o de baixa renda.

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    TERESINA

    SERVIO DE PROTEO AO CRDITO - SPC

    Na zona leste, o comrcio atingiu nveis mais avanados de solicitao naforma de pequenos complexos comerciais com caractersticas de Shopping, cujaaceitao foi de tal ordem que animou grupos de empresariais analizarem passobem mais audacioso lanndo empreendimentos de grande parte, dos quais sedestacam a construo de dois shoppings centeres:

    Teresina Shopping, obra financiada pelo Grupo Claudino, com reaconstruda de 37.000 m2; 174 lojas; capacidade do pblico de 10.000 pessoas /dia; estacionamento para 1.500 veculos e servios na rea de comrcio, alimen-tao, servios bancrios; sade e lazer;

    Riverside Wolk Shopping, obra financiada pelo Grupo Guimares, comrea construda de 40.000 m2, 230 lojas; capacidade de atendimento para 20.000pessoas e diversos servios na rea de comrcio, postais, eventos, etc.

    Teresina, possui uma completa rede de prestao de servios de sade,construda por diversos hospitais, clnicas, policlnicas, unidades mistas, centrose postos de sade, pertencente ao Estado, ao municpio e a iniciativa privada, oque torna a capital um importante centro de atendimento mdico. uma tendn-

    cia crescente da cidade, no s pelo fato de sediar uma das mais conceituadasfaculdades de medicina do pas, mas tambm pela excelente qualidadede servi-os prestados de servios prestados pelos profissionais de sade, inclusive comhabilitao para fazer as mais unidades intervenes cirrgicas, incluindo trans-plante de rgos. Ainda na rea de prestao de servios Teresina se destaca no setor educaci-onal, mantendo uma boa estrutura de ensino privado em todos os nveis. A redehoteleira de Teresina constituda por 15 unidades totalizando 577 apartamentose 1.129 leitos. Existe um significativo nmero de pequenas penses que hospe-dam pessoas oriundas do interior do Piau e de Estados vizinhos em busca deservios de sade em Teresina.

    NMEROS DE HOTIS, APARTAMENTOS E LEITOS POR MUNICPIOPIAU

    Sistema Virio e de Transporte do Piau

    O Piau se integra ao sistema virio nacional por meio de rodovias, ferrovias eaerovias.

    SISTEMA RODOVIRIO - A malha rodoviria do nosso Estado compe-sede rodovias federais (velhos e em pssimo estado de conservao), estaduais emunicipais. Informaes referentes ao ano de 1998, colhidas no banco de dadosdo DER/PI, o Piau tm uma malha viria composta por 3.121 km de estradasfederais, 10.600 km de estradas estaduais e 46.459 km de estradas municipais.

    RODOVIAS FEDERAIS - As principais so representadas pelas BR 343.316e 230, do acesso a importantes cidades piauienses, destacando-se como en-troncamentos rodovirios os municpios de Teresina (BR 316 e 343), Floriano (BR343 e 230), Piripiri (BR 222, 316 e 404) e Picos (BR 020, 230 e 407)

    RODOVIAS ESTADUAIS - Principais rodorivas estaduais: PI 112: Rodovia do Vale do Parnaba, liga Teresina a Unio. PI 113: Rodovia do Babau liga Teresina a Jos de Freitas. PI 115: De So Miguel do tapuio fronteira com o Cear. PI 140: De Floriano a Canto do Buriti. PI 145: Liga Oeiras a Simplcio Mendes e a Conceio do Canind. PI 135: Liga Elizeu Martins Cristalndia. PI 213: De Esperantina a Cocal; e outros.

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    SISTEMA FERROVIRIO - feito atravs da Rede Ferroviria S/A e do Pr-Metr de Teresina, que interliga o centro da capital com alguns bairros. O Piau cortado por 538 km de ferrovias, assim distribudas: Teresina - Fortaleza: 738 km;Teresina - So Lus: 453 km; Teresina - Parnaba: 338 km.

    SISTEMA AEROVIRIO - O Piau interliga-se ao sistema aerovirio brasi-leiro atravs de vrias empresas de aviao, que interligam a nossa capital asprincipais cidades do pas. O Estado conta com vrias empresas de txi-areo.A estrutura aeroporturia do Piau conta com os aeroportos de Teresina e deParnaba, bem como com campos de pouso em vrias cidades, como em Picos,Floriano, Guadalupe, Gilbus, Corrente, Bom Jesus, So Raimundo Nonato eUruu. O aeroporto de Teresina administrado pela empresa INFRAERO.

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    MEIO AMBIENTE: PIAU

    . O Piau est situado entre o meio norte mido e o Nordeste semi-rido.Apresenta variaes altimtricas diferenciadas, como as altas chapadas do sul-sudoeste, com altimetria em torno dos 600 metros e que vai descendo propor-o que se aproxima do norte at chegar no mnimo no litoral. Ao longo dessetrajeto, tm-se chapadas tabulares, com vertentes ngremes, valor interplanlticose superfcies de eroso.

    Os solos do estado do Piau, so bastante diversificados devido a funo dasua formao. Os solos que merecem destaque em extenso so os solos comhorizonte B latosslicos; so profundos com transio gradual ou difusos emhorizontes e perfis do tipo A/B/C. Caracterizam-se pela predominncia de argilalaolinita muito porosa e muito vivel quando mida. Revelam baixos teores desilte e argila natural e muito vivel quando mida.Revelam baixos teores de siltee argila natural com elevados valores de graus de floculao.

    Na regio sudeste e parte do extremo sul onde esto localizados as prin-cipais reas de cerrados piauienses, constituido de elementos de pequeno porte,de tronco tortuoso, revestimento espesso e folhas geralmente duras e speras.No trecho central ocorre uma vegetao de transio, em que se misturam ele-mentos dos cerrados e outros sujeitos s imposies climticas de menores

    volumes de chuva, associadas a vegetao da caatinga, tpica do semi-rido. Nosudeste e leste com enclaves no norte, predominam os elementos da vegetaoda caatinga na qual se destacam as leguminosas e as cactceas, todos providosde espinhos. Na margem do rio parnaba, a partir do municpio de Regenerao ese estendendo at as proximidades de Buriti dos Lopes desenvolve-se a vegeta-o decidual mista, onde predomina o babau.

    O Piau apresenta diferenas climticas entre algumas regies: clima quen-te e mido ao norte, sul e sudoeste, e clima semi-rido no leste, centro-sul esudeste, segundo o esquema climtico descrito por Keppen. No semi-ridoevapora mais do que chove, provocando um agravamento crescente do dficithdrico, espalhando tambm de maneira crescente e seus efeitos nocivos sobreas demais partes do estado

    Existem dois regimes chuvosos no estado: a partir de novembro chove nosul do estado em decorrncia de frentes frias provenientes das latitudes altas dohemisfrio sul que se prolonga at maro; no centro e norte, as chuvas tm incioem dezembro, janeiro e esto associadas ao deslocamento da Zona de Conver-gncia Intertropical (ZCIT) sobre o atlntico equatorial. Essa estao chuvosatem o seu clmax no trimestre fevereiro - maro - abril.

    As temperaturas so elevadas apresentando mdia anual de 280C. A umida-de relativa mdia de 60%.

    DEGRADAO AMBIENTAL

    No extremo sul do Piau, no municpio de Gilbus a degradao do solo vemaumentando gradativamente atraindo uma rea contnua de 250 mil hectares. Em1920, com a descoberta do diamante, comeou intensamente a explorao e oesgotamento da capacidade de recuperao do solo. reas exploradas foramaltamente erodidas e se expandiram, tanto por processos naturais quanto pelaseca de 1978 1983. Como pela explorao mineral residual, que ainda hojepersiste, inclusive no povoado Bouqueiro do garimpo, a 9km da cidade, onde amaior parte da populao sobrevive da explorao do diamante. Estes so al-guns fatores que contribuem para a evoluo dos processos de desertificaoneste municpio.

    Causas Fundamentais Pelo Processo de Desertificao

    Vocao Pr-Desrtica (equilbrio ecolgico instvel) Criao Extensiva Derrubada Generalizada da Cobertura Vegetal

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    Queimadas Manejo incorreto do solo

    Danos causados Bacia do Rio Parnaba com a desertificao

    . Desertificao quantidade de o Delta dogera acmulo de nutrientes para Parnaba.areia na bacia do alimentar a vidario Parnaba a aqutica . No perodopartir de afluentes chuvoso, a gua

    . A partir da lava o leito. Areia em excesso diminuio do leito transportando tudoprovoca a ocorrem os que ali existeformao de transbordamentos seguindo o cursocoroas, e conseqentes do rio em direodificultando a inundaes ao Delta e aonevegabilidade e Oceano Atlnticoafetando a . Toda a areiaproduo acumulada no leito . Dunas da Lagoapesqueira do rio em razo do Portinho e Lus

    dos sedimentos Correia seriam

    . Acmulo de areia resultantes da decorrncia dono leito do rio desertificao processo emdiminui a transportada para Gilbus

    Conclui-se que a desertificao em Gilbus est caracterizada pela perdafsica e qumica do solo com eroso e incapacidade de uma sustentao mnimade qualquer cobertura vegetal que gera m qualidade de vida a comunidade. Soquase 1.200 hectares de reas em processos de desertificao, atingindo emmdia 40% do territrio piauiense.

    Salientamos duas regies afe-tadas pelo processo da

    desertificao associadas aos cli-mas das regies diferentes. A pri-meira delas se caracteriza comosub-mida seca e com ecossistemado cerrado, com o avano da frontei-ra agrcola de soja, a minerao an-tiga.

    Nessa rea onde se encontra amicro-regio chapadas do ExtremoSul Piauiense (55), mais especial-mente no ncleo de desertificaode Gilbes (770 km de Teresina)onde a minerao do diamante foi a

    principal atividade econmica, atra-indo grande contigente populacionale gerando uma exploraodesordenada dos recursos. Com aque da minerao, as reasexplorveis foram ocupadas comgrandes projetos agrcolas e comutilizao da prtica de queimadas(roas) e de mecanizao pesada.

    A segunda caracteriza-se pelo seu clima semi-rido. Aqui, o uso do solo sed pela agricultura do sequeiro (arroz), de subsistncia, pecuria extensiva debovinos e caprinos e minerao localizado de calcrio e amianto, tudo dentro de

    um sistema de propriedade altamente concentrado e com movimentosemigratrios fortes. Alm do desmatamento, encontram-se processo generali-zados de eroso dos solos e assoreamento dos principais cursos dgua.

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    A degradao dos solos piauienses se faz presente em toda a sua exten-so, a comear pelo sul, onde as queimadas, so constantes principalmente nasnascentes do Rio Parnaba.

    A fauna piauiense, tem sido dizimada atravs das temperaturas em virtudedas grandes caadas, desmatamento e das queimadas, sendo as caadas asprincipais causadoras do processo de extino da nossa fauna. Existem duasclasses de caadores: Os caadores profissionais, com interesses voltados para

    a comercializao, as quais promovem a caa predatria, e as que predam afimde sobreviver.

    Animais ameaados de extino no Piau:

    * Tatu-canastra (vulnervel)* Tatu-bola (em perigo)* Tamandu-bandeira (vulnervel)* Lobo-guar (vulnervel)* Cachorro-do-mato-vinagre (vulnervel)* Ona-parda ou suuarana* Jaguatirica* Gato-do-mato

    * Gato-maracaj* Ona-pintada, jaguar* Peixe-boi marinho* Capivara* Preguia* Gamb* Anta* Quati* Arara* Veado-campeiro* Ararinha-azul* Tartaruga-verde

    * Tartaruga-gigante* Tartaruga-de-pente* Surucucu

    Fonte: IBAMA

    Quanto a fauna aqutica do Piau (peixes cada vez mais escassos em n-meros e espcies). J se encontram facilmente, o branquinho, car, mandi,matrinch, mandub, pacu, parambebe, fidalgo, corvina, bagre, serra, piau, sen-do este ltimo o peixe que deu origem ao nome do estado - Piau.

    Postos de Reservas Florestais

    So 7 reas de preservaes florestais das quais duas se encontram emTeresina e o restante, nos municpios do estado. As reas so de carter pblicoe se encontram sob a responsabilidade da IBDF.

    1 Posto de fomento floresta de Teresina. Tem uma rea de 253 hectares localiza-se no bairro Jquei Clube, a uma

    distncia do centro da capital de 6km. ai que se encontra a delegacia estadualdo IBDF.

    2 Posto de fomento florestal do Buenos Aires. Possui uma rea de 40 ha. localizado no bairro Buenos Aires distante do

    Centro 9km.

    3 Posto de fomento florestal do Palmares. Possui rea de 170 ha situado a margem da BR-222 no municpio de

    Altos a 24 km da ca