George washington

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As Revoluções Liberais: Revolução Americana George Washington

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As Revoluções Liberais:Revolução Americana de

1776

George Washington

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Da Carreira Militar ao Casamento

Nasci a 22 de Fevereiro de 1732, na Virgínia, vindo de uma família tradicional, embora abastada. Ajudei-a numa quinta. Mas sempre soube que o meu sonho era ser diferente. Talvez militar, porque não? Combater o mal, defender a minha pátria, revolucionar algo (não sabendo como!)… Era tudo o que eu desejara naqueles tempos remotos.

Cresci, saudável e feliz, a pensar no futuro. Jovem e vigoroso, estive desde cedo preparado para pertencer a um exército.

Contra franceses, assumi o cargo de tenente-coronel, tentando, de modo árduo, bani-los de Ohio. Este foi o início da Guerra Franco-Indígena que, após muitas derrotas (e não esquecendo as grandes vitórias), determinou o Tratado de Paris.

Fig.1 – Mapa do

domínio do noroeste americano

Deixei o exército em 1758, depois de vários anos de luta e guerra. É provável que tenha decidido mudar de vida; esta era demasiado monótona. Todavia, ficara hesitante. Parecia um “rapaz mimado” que queria experimentar tudo, que nunca gostava de nada, que não sabia dar valor ao que tinha de bom naqueles momentos de júbilo e gratidão. Mas tinha de arriscar e, sobretudo, prometer-me a mim próprio que era a última vez que iria cometer aquele possível erro.

Foi então que conheci uma mulher bela. Chamava-se Martha Custis. Tinha uma história fatídica. O seu marido havia morrido, deixara-a com quatro filhos e, claro, com a gestão da herança das crianças. Poderia dizer-se que era uma viúva rica. Porém, o dinheiro não compra a felicidade. E foi uma felicidade genuína que nos levou a casar, a 6 de janeiro de 1759.

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Fomos viver para uma quinta na Virgínia, onde trabalhávamos numa plantação de tabaco.

O Início de uma Liberdade

Em anos anteriores, por volta do século XVII, os Ingleses fundaram treze colónias na costa atlântica da América do Norte. Embora existissem diferenças significativas, havia aspetos em comum: a língua, o espírito de iniciativa e a tradição de liberdade de pensamento.

Nos últimos cinquenta anos do século XVIII, o domínio de Inglaterra face às colónias americanas começou a originar revoltas. O lançamento de um imposto sobre o açúcar, o papel selado e o chá provocou uma má reação aos colonos, inclusive eu, que apoiávamos deliberadamente a resistência às prescindíveis decisões inglesas. Fig.2 – As treze colónias na época da Independência

Em 1775, os delegados dessas treze colónias concentraram-se em Filadélfia, com o intuito de discutir as medidas a adotar contra os ingleses. Eu fui um dos sete representantes da Virgínia.

Passado um ano, houve um novo congresso. Então resolvemos, sempre corajosos, proclamar a independência da nossa pátria. Esta decisão marcou o início da Guerra da Independência dos Estados Unidos. Os colonos tinham uma finalidade comum: derrotar os ingleses e conseguir obter a liberdade pretendida; contudo, os grupos estavam desorganizados.

15 de julho de 1755 foi um dia que se salientou na minha vida, apesar de não ter noção do que se poderia seguir. Fui nomeado por John Adams, importante político, para liderar todos os exércitos, assumindo o meu posto em Cambridge.

Consegui impor alguma ordem nos 16 mil voluntários. Admito que, inicialmente, foi um trabalho difícil. Mas, trabalhando juntos, começámos logo por expulsar os “inimigos” de Boston.

Durante os cinco anos seguintes, continuei a dirigir perfeitamente o meu exército. Aproveitei-me da ignorância dos ingleses (ou será que nós, americanos, éramos perspicazes demais?!) e incentivei para que se desencadeassem conflitos e guerrilhas ocasionais.

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A Independência justifica a Presidência

Fiz uma aliança com os franceses. E, claro, esperava que eles fossem fiéis. Assim, além de nós e da França, também a Espanha e a Prússia entraram em ação. Foi, sobretudo, esta união que determinou a merecida derrota dos britânicos, na batalha de Yorktown, em 19 de outubro de 1781. Esta data significou um pequeno passo para mim, mas um grande passo para os Estados Unidos da América.

Dois anos decorreram, muito rápidos, e eu ficava cada vez mais velho. Foi então que uma simples colónia, controlada pelos ingleses, ascendeu a uma grande nação, reconhecida, oficialmente, pelo Reino da Grã-Bretanha.

Pela primeira vez na História, um território dependente de um reino tornava-se livre através de um movimento de revolta, de uma revolução notável… A partir de aí, conseguiu-se o direito à felicidade, ao bem-estar, à vida. Os pensamentos iluministas tiveram um grande peso nestas inovações e no que iria ser o novo governo americano, como a separação dos poderes e a igualdade de todos perante a lei.

Quase no fim do ano de 1783, demiti-me e afastei-me para Mount Vernon. No entanto, levei comigo recordações jamais inesquecíveis. Devido a isso, senti-me orgulhoso. Não só por defender a minha pátria (nada mais do que uma obrigação), mas também por zelar pelos valores cristãos, os únicos que, por vezes, nos mantém firmes e de cabeça erguida.

Os anos seguintes foram anos de fraternidade, de honra. Fui eleito por concordância para presidência da União. E é mesmo isso que esse país representa. Ao apoiar a Constituição de 1787, obtive a aprovação de todos os estados para que esta fosse estabelecida. Nunca pensara em ter este cargo, de facto, muito nobre.

Fui reeleito presidente em 1792, agora no segundo mandato, embora tivesse recusado o terceiro. Já estava cansado e precisava de fazer uma longa pausa para refletir. Estava a acontecer tudo ao mesmo tempo e eu já me encontrava bastante confuso. Todavia, a minha desculpa fora “para não dar mau exemplo”. Foi difícil despedir-me do povo americano, mas aquela era a altura certa.

Em 1799, tomei a direção de um caminho desconhecido, que me conduziu à encruzilhada do fim do mundo.

Três anos depois, a minha mulher veio ter comigo. Descobriu o paraíso onde eu me situava e lá ficámos juntos. A primeira coisa que me disse quando chegou foi: “És o Pai dos Estados Unidos”. Eu assenti. De alguma forma, sabia que aquilo que ela dissera era verdade.

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Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/George_Washington http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu

%C3%A7%C3%A3o_Americana https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_da_Independ

%C3%AAncia_dos_Estados_Unidos http://www.dicio.com.br/ AMARAL, Cláudia; PINTO, Ana Lídia; NEVES, Pedro

Almiro. Descobrir a História 8. Porto: Porto Editora, 2012, p. 150-151

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