Geração fluxers

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FLUXERS: POR QUÊ MODERNIZAR PROCESSOS DE GESTÃO DE PESSOAS NO VAREJO

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FLUXERS: POR QUÊ MODERNIZAR PROCESSOS DE

GESTÃO DE PESSOAS NO VAREJO

Já faz algum tempo que venho falando sobre mudanças nas Corporações e a necessidade

de conviver com os Millenials, que agora começam a ingressar e dominar o mercado de

trabalho. Nos deparamos atualmente com as 3 Gerações coexistindo nas empresas

(gerações X, Y e Z), e o grande desafio é gerar resultados positivos e fazer com que esses

colaboradores saibam interagir e entender o ritmo de cada um.

Participando na semana passada de um Fórum sobre Marketing Digital, me deparei com

uma nova denominação: Geração Flux. O termo diz respeito a uma geração de

profissionais que, independentemente da idade, mostram comportamentos acelerados,

são capazes de lidar com um fluxo de informação intenso e, por que não dizer, infinito.

Pois é, o termo Flux não abrange apenas

uma geração. Uma “fluxer”, como é

chamada a pessoa com essas

características, pode pertencer a qualquer

geração, seja ela Baby Boomers, X ou Y. O

termo ajuda a quebrar alguns mitos sobre

os profissionais de cada idade e mostra que

diferentes gerações podem ter interesses

semelhantes.

Um exemplo disso é a pesquisa “Mitos,

exageros, e verdades incômodas: a

verdadeira história sobre a geração Y no

trabalho” realizada pela IBM ano passado,

que aponta comportamentos idênticos nas

três gerações.

O editor-chefe da revista americana Fast Company, Robert

Safian, foi um dos que percebeu esse fator e com isso

criou o termo Geração Flux. Os Fluxers são destemidos,

multi tarefas, multi competentes, são independentes e

influenciadores, porém necessitam de uma organização e

de meios para entregar suas demandas.

Por mais que à primeira vista pareça estranho, pertencer à

Geração Flux é estar em sintonia com o caos e ter a

habilidade de enxergar o lado positivo em cenários

completamente diversos. São pessoas que se adaptam às

mudanças em alta velocidade e conseguem pensar em

inovações e soluções de forma mais rápida e eficaz.

Para o editor, os fluxers também têm dificuldades de se

adaptar a modelos arcaicos e burocráticos de educação e

trabalho. São esses modelos de trabalho que dificultam o

desenvolvimento e o aproveitamento de um flux, e por isso

muitas empresas já estão começando a adaptar seus

modelos de gestão, a fim de preservar esse colaborador

que será uma peça chave na equipe, principalmente na

área de varejo.

Nesse momento entra o “controle remoto de

nossas vidas”: o smartphone, para nos

auxiliar e gerar um foco maior em nossos

objetivos. Com esse turbilhão de

informações que recebemos, precisamos

gerenciar nossa vida de alguma forma.

Fluxers tem a tendência de serem mais

independentes e gostam de se

autogerenciar, esta é uma característica que

no varejo nem sempre é possível

desenvolver, porque o vendedor fica preso à

um treinamento presencial tedioso e não

consegue controlar seu desempenho, a não

ser quando seu gestor o informa e assim ele

não se sente motivado a alcançar mais.

É preciso pensar cada vez mais em soluções que tornem o

ambiente de trabalho mais atrativo para os Fluxers, porque eles

serão os funcionários mais produtivos, dedicados e criativos. O

varejo está aprendendo que o caminho é a inovação, porque só

assim os lojistas retêm talentos e criam vínculo com o cliente. É

preciso agora disseminar essa ideia para que o varejo volte a

crescer, e esteja bem preparado para quando a tempestade da

crise passar.

Para quem ficou curioso, no vídeo abaixo o criador do

termo "Geração Flux", Robert Safian, fala um pouco mais

sobre o conceito e como ele foi pensado e desenvolvido.

https://youtu.be/kOWrOUsUoC4

*Carlos Coan é especialista em gestão de

pessoas: da contratação, motivação e

desenvolvimento até a retenção de talentos. Além

de ser também criador de programas

de desenvolvimento para equipes de alta

performance, também é facilitador na integração

de diferentes gerações no ambiente empresarial e

no atendimento ao consumidor final.