Geração Y
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O resultado disso e unia geração que não pode errar. A experiência de
vida de aprender com os erros, assumir responsabilidade pelo desempenho
e desenvolver as habilidades essenciais para enfrentar desafios foi excluída
desse movimento de autoinflação. Esse movimento é tão penetrante que
até as histórias infantis criadas durante a infância da Geração Y também
focavam o "eu". Por exemplo, um dos versinhos que invadiram as salas de
aula nessa época era 'Tm Glad Fm Me" ("Fico feliz de ser o que eu sou"),
uma história sobre como somos especiais e únicos em tudo o que fazemos.
Claro, já era um grande avanço em comparação aos versinhos infantis de
antigamente, com temas como peste bubônica ("Ring Around the Rosy"),*
decapitação ("Jack and Jill")* e armamento de guerra ("Humpty Dump-
ty"),* mas durante a infância da Geração Y, é tudo "EU", como "EU" sou
maravilhoso, como "EU" sou talentoso e como todo mundo deve prestar
atenção em "MIM"! Claro, poderíamos argumentar que essa mensagem
pelo menos é mais positiva do que uma música sobre execução e pilhagem
("Mary Mary Quite Contrary").* No entanto, poderíamos sustentar também
que esse tipo de ensinamento está executando e pilhando a humildade e o
autoconhecimento, dois aspectos fundamentais para o desenvolvimento de
uma autoestima saudável.
As raízes do movimento de autoinflação: educação dos pais
<— Os Boomers foram criados em uma época em que as mães ficavam em
casa cuidando dos filhos e os pais saíam para trabalhar. Avanços sociais e
mudanças económicas fizeram os dois terem de trazer dinheiro para casa,
o que gerou uma grande mudança na infância da Geração X, os filhos dos
Boomers, que viraram "crianças de babá". Devido ao impacto e às conse-
quências imprevistas associadas a isso (por exemplo, solidão, problemas
escolares, acidentes em casa e enfraquecimento da relação entre pais e fi-
lhos), os X e Boomers que criaram os Y adotaram uma postura de
educação centrada no filho. O meio respondeu a isso, explicando o
aparecimento repentino de baby gyms (centro de atividades para bebés) e
atividades da mãe com o filho. Também surgiram pela primeira vez os
adesivos de carro i om frases que exibiam o orgulho dos pais em relação
ao desempenho es-l olar de seus filhos ("Meu filho é um aluno destacado
em tal ou tal escola") < provocações ("Meu filho vence qualquer um na
escola").
A Geração Y cresceu ouvindo seus pais dizerem: "Meu filho está certo de
qualquer maneira... mesmo que esteja errado." Por isso, com o tempo, em
vez de aprender com os erros, as crianças dessa geração foram condicio-
nadas a ficar atrás de seus pais pensando: "Eu sou a vítima aqui e meus
pais vão resolver a situação." Esse tipo de educação exclui a importante
lição de assumir a responsabilidade por nossos atos. Quando somos criados
como vítimas, deixamos de aprender com a experiência, perdemos a
capacidade de ver outros pontos de vista e não entendemos outras
posturas. Quando somos responsabilizados por nosso comportamento,
passamos a entender o sistema de causa e efeito e de respeito social, e
nossa autoestima aumenta. Quando assumimos responsabilidade por
nossos atos, aprendemos, nos desenvolvemos e crescemos com a
experiência. No ambiente de trabalho, esse é um atributo fundamental para
o desenvolvimento de técnicas positivas de liderança e^autoestima
saudável.) -9 /e*** Csv-iO-VÍs»
Podemos entender melhor a mentalidade de vítima e a falta de res-
ponsabilização pelos próprios atos nesta entrevista com uma professora de
escola pública que se sentiu oprimida pelo movimento de autoinflação. Ela
procurava dialogar com os pais, enquanto ensinava para a Geração Y que o
amor-próprio e a autoestima surgem quando assumimos responsabilidade
por nosso desempenho:
Trabalho com crianças epais há 25 anos e noto grande diferença nessa nova geração no que se refere à autoestima e à influência dos pais no desenvolvimento da responsabilidade de seusfilhos. Sempre existiram pais fora de serie, pais comuns e pais omissos. Isso nunca mudou nas diversas turmas que eu tive. O que mudou é que antigamente os pais estavam do lado das professoras, ou seja, pais e professoras trabalhavam em conjunto, como uma equipe. Hoje em dia, tenho muitas reuniões com pais dos alunos, porque eles acham que a culpa de seu filho não aprender direito é do ensino. Fica uma pergunta: Quando foi que deixamos de colocar a responsabilidade nos alunos e passamos a colocá-la em tudo menos neles?
Senhora Beverly, professora do sexto ano, escola pública da Pensilvânia