Gerir Em Tempo De Crise

37
isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 1/ 36 GERIR EM TEMPO DE CRISE

Transcript of Gerir Em Tempo De Crise

Page 1: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 1/ 36

GERIR EM TEMPO DE CRISE

Page 2: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 2/ 36

O Desempenho dos gestores é influenciado por forças internas e externas à organização. Forças que se encontram em permanente mutação

Os gestores avisados não podem limitar a sua perspectiva aos elementos e actividades existentes na organização. Têm de ter em atenção as forças externas (directas e indirectas)

Para maximizar os seus efeitos positivos e minimizar os seus efeitos negativos os gestores devem procurar acompanhar essas forças ambientais, entre as quais avultam as económicas

É que tudo vai bem e todos os gestores são bons quando a economia tem um crescimento moderado e contínuo. Quando a economia entra em queda…

OS GESTORES E O AMBIENTE ORGANIZACIONAL

Page 3: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 3/ 36

Mais do que acompanhar continuamente as alterações dos principais indicadores económicos os gestores devem tentar antever as condições económicas futuras para tomarem as melhores decisões.

Mas, principalmente em alturas como a actual, muitos economistas (mesmo os mais notáveis) diferem profundamente quanto às suas previsões económicas que, por isso, são vistas com cepticismo.

Os economistas não se entendem e existem previsões para todos os gostos. Previsões que, aliás, se têm vindo a alterar com alguma regularidade.

MAS BASTARÁ AO GESTOR CONHECER OS INDICADORES ECONÓMICOS?

Page 4: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 4/ 36

De facto é muito difícil, no actual contexto, fazer previsões credíveis sobre o que vai acontecer no futuro à economia mundial. E o conhecimento desse facto é primordial para que se possam tomar medidas de gestão correctas

A crise tem raízes materiais mas também incorpora elementos do foro psicológico individual e colectivo e o desenvolvimento desses elementos é ainda mais difícil de prever

Os economistas que, no actual contexto, tentam prever o futuro, incorporam nos seus modelos alguns elementos normalmente utilizados na vidência. E, como qualquer Mestre Alves facilmente confirmará,

Adivinhar é difícil… principalmente quando é para o futuro...

ADIVINHAR É DIFÍCIL…

Page 5: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 5/ 36

A verdade é que ninguém sabe ao certo quanto tempo é que esta crise vai durar, até onde vai chegar e,

principalmente, como vamos sair dela.

Os que saírem…

Page 6: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 6/ 36

Uma tentativa (frágil decerto) para tentar prever (adivinhar) aquilo que poderá acontecer no futuro passa, no nosso entender, por tentar compreender a génese e o desenvolvimento da actual crise

Como foi possível chegar a esta crise de dimensões épicas e violentas ou melhor dizendo, como é possível chegar a situação, pois nada nos garante que a irracionalidade passada não se continue a manifestar, hoje, amanhã ou nos próximos meses e anos.

QUE FAZER ?

Page 7: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 7/ 36

As crises trazem sempre consigo um rol de oportunidades que normalmente têm a mesma dimensão da crise. E como esta é enorme consideramos que é o momento ideal para deixarmos de lado os nossos preconceitos, colocarmos todos os nossos neurónios de prevenção e olharmos desapaixonadamente a realidade.

É que pode não haver outra tão grande na nossa geração.

Page 8: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 8/ 36

Os primeiros passos foram dados nos Estados Unidos no esconso sector de empréstimos sub-prime

O incumprimento das hipotecas e a desvalorização dos activos associados fez soar o alarme das instituições mais expostas

A crise alastrou ao sector financeiro e contaminou os balanços dos bancos

Aí instalada a crise facilmente galgou o pequeno talude que separa os mercados financeiros da economia real

Um estudo recente da Roland Berger revela que mais de 20% das empresas europeias enfrenta, actualmente, situações CRÍTICAS na sua liquidez ou rentabilidade

A ACTUAL CRISE FEZ-SE DE PEQUENOS PASSOS

Page 9: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 9/ 36

Paul KrugmanProf. na Univ. PrincetonPrémio Nobel Economia 2008

Os americanos vivem vendendo casas uns aos outros, com Os americanos vivem vendendo casas uns aos outros, com dinheiro emprestado pela China dinheiro emprestado pela China

29/08/200529/08/2005

OS AVISOS

Page 10: Gerir Em Tempo De Crise

- Juros baixos - Valorização imobiliária - Pressão sobre os consumidores (vendedores agressivos) - Crédito fácil (atingir objectivos) - Divisão do crédito em Alt-A e sub-prime - Os CDOs permitem securitizar o crédito sub-prime - O sub-prime é vendido em tranches a fundos de investimento,

companhias de seguros, etc. - A alavancagem financeira destas instituições ultrapassa em muitos

casos 50/1 - Graças à globalização dos mercados financeiros estes activos

(tóxicos) são transaccionados vezes sem conta e espalham-se pelo sector financeiro

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 10/ 36

A CRISE DO SUB-PRIME

Page 11: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 11/ 36

O ‘sub-prime’ parecia uma ideia tão genial de obter lucros que foi fácil e rapidamente exportado para o

mundo inteiro.

Page 12: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 12/ 36

A economia crescia, o lucro proliferava, os executivos cumpriam objectivos e eram pagos principescamente

Obviamente à custa de quem tinha pedido dinheiro para adquirir casa (pagando spreads de risco). Ora, muitos destes devedores não tinham sequer condições para pagar taxas normais, quanto mais taxas incrementadas.

Então, quando tudo estava a correr tão bem começam a surgir os incumprimentos.

- As casas deixam de se vender e muitas são entregues aos bancos por incumprimento- O sector imobiliário desvaloriza- O valor dos activos tóxicos atinge valores cada vez menores- A confiança no sector financeiro esvai-se…

E TUDO CORRIA TÃO BEM…

Page 13: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 13/ 36

Quando existe incerteza sobre o valor de um activo que dá suporte a um título, gera-se o efeito de mancha de óleo e toda a carteira do detentor dos títulos tóxicos passa, também, a estar sob desconfiança

Com mais risco no sistema a Euribor aumenta, a liquidez é afectada e a facilidade com que se fazem transacções diminui

A pirâmide rui e todo o sistema financeiro baqueia. Daí ao sector real é um ápice

E QUANDO NÃO HÁ CONFIANÇA…

Page 14: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 14/ 36

Rebentada a bolha, os efeitos infecciosos aí estão a declarar-se nas vítimas externas.

Mas haverá vítimas inocentes?

O poder da “rede”

Page 15: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 15/ 36

Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado

O Capital, 1867

Karl Heinrich Marx1818-1883

Intelectual e revolucionário alemãoSepultado no cemitério de Highdate (Londres) na condição de apátrida

Page 16: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 16/ 36

Mas será o sub-prime o único culpado da crise?

Como diria o Jo Soares, “cadê os outros”?

Page 17: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 17/ 36

Joseph Stiglitz, há muito que, conjuntamente com outros economistas, vinha a anunciar a chegada da crise e a alertar para as suas desastrosas consequências. Na sua opinião as principais causas da crise são, para além da ganância das instituições financeiras e dos novos instrumentos financeiros que potenciaram o sub-prime:

- A Guerra do Iraque

- O duplo falhanço do Fed:

- Crença na auto-regulação dos mercados- Permitiu a troca da bolha tech pela bolha imobiliária

AS CAUSAS DA CRISE SEGUNDO STIGLITZ

Page 18: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 18/ 36

A crise é consequência da crença cega na capacidade de auto-regulação dos mercados e, em grande medida, na falta de controle sobre as actividades de agentes financeiros. Por muitos anos especuladores tiveram lucros excessivos, investindo o dinheiro que não tinham em negócios mirabolantes. Todos estamos pagando por essa aventura. Esse sistema ruiu como um castelo de cartas e com ele veio abaixo a fé dogmática no princípio da não intervenção do Estado na economia. Muitos dos que antes abominavam um maior papel do Estado na economia passaram a pedir desesperadamente sua ajuda

Lula da Silva, na abertura da reunião do G20

A CRENÇA NA AUTO-REGULAÇÃO DO MERCADO E A CRISE

Page 19: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 19/ 36

Ao contrário de Sliglitz, não considero que esta crise tenha ditado o fim do neoliberalismo e das teorias fundamentalistas do livre mercado.

No entanto , até o FMI, organismo que, nos últimos 30 anos, anda a pregar, e no caso dos países mais frágeis, a impor, a disciplina fiscal, a liberalização do comércio externo, a liberalização das taxas de juro, a privatização e a desregulamentação em vastas áreas da actividade económica ,vem paulatinamente a alterar o seu discurso .

A ideia que indivíduos e empresas, na busca de seu auto-interesse, não são necessariamente, ou em geral, conduzidos por uma mão invisível rumo à eficiência económica, após vários anos de clausura, regressou à luz do dia

O FIM DO NEOLIBERALISMO?

Page 20: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 20/ 36

A ortodoxia económica dos EUA afastou a intervenção estatal e glorificou o laissez-faire. É agora refrescante e edificante que os Estados Unidos, o Reino Unido e outras economias desenvolvidas acolham as propostas keynesianas de envolvimento do Estado nos negócios

FMILaissez-Faire States are Keynesian Now: How Refreshing!

Page 21: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 21/ 36

É das Escolas de Economia e Gestão que têm saído boa parte dos quadros dos Mercados Financeiros e dos Gestores de Topo que tomaram as decisões que conduziram à actual crise

Essas Escolas foram construindo uma grande homogeneidade em torno do “modelo americano”

O paradigma neoclássico não pode ocupar todo o espaço. A Economia não é uma disciplina monolítica

Os economistas não podem ser puros tecnocratas formatados para um único objectivo: maximizar o lucro. A qualquer preço

É necessário voltar a dar o devido realce a outras abordagens teóricas nomeadamente as Keynesianas

O PAPEL DAS UNIVERSIDADES NA CRISE

Page 22: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 22/ 17

De facto os gastos com a guerra da Administração Bush e a ascensão vertiginosa da dívida pública americana e a possibilidade dos EUA imprimirem aquela que ainda é a grande divisa de reserva mundial ao custo do papel e tinta (que no futuro vão pagar com uma grave inflação), conjuntamente com a crença na auto-regulação dos mercados e a tardia subida das taxas directoras do FED, no rescaldo do rebentamento da bolha tech, foram determinantes na génese e no avolumar da crise.

Mas essas causas foram, a nosso ver, potenciadas por: Uma população deslumbrada e viciada no consumo Um país (a China) interessada em fornecer a droga necessária para os

americanos satisfazerem os seus vícios A globalização que, rapidamente, difundiu pelo mundo este vicioso “way

of life” americano

MAS PARA ALÉM DA GUERRA E DO FALHANÇO DO FED…

Page 23: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 23/ 36

This is not the first crisis in our financial system, not the first time that those who believe in free and unregulated markets have come running to the government for bail-outs. There is a pattern here, one that suggests deep systemic problems - and a variety of solutions

Joseph StiglitzProf. da Univ. de Columbia Prémio Nobel Economia 2001

CRISE OCASIONAL OU CRISE SISTÉMICA?

Page 24: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 24/ 36

Apesar dos brutais montantes de capitais que têm sido injectados na economia a taxa de inflação está a descer

Embora desçam as taxas directoras dos BC a Bolsa não recupera

Os juros baixam, o desemprego cresce mas o aforro aumenta

Banqueiros e Empresários privados vêem com bons olhos (e até solicitam) a nacionalização das suas empresas

O Estado que até aqui era, por muitos, considerado o problema passou a ser encarado como a solução

ASPECTOS PECULIARES DA ACTUAL CRISE

Page 25: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 25/ 36

Existem sinais de depressão e não existem perspectivas de retoma a curto prazo

Grassa um profundo pessimismo e uma grande descrença que esta crise seja passageira e a confiança dos empresários atinge mínimos históricos

O desemprego atinge máximos históricos

Aumentam os “spreads” e as dificuldades de financiamento Na generalidade dos sectores nota-se uma diminuição acentuada do

volume de negócios

NOTÍCIAS DA CRISE

Page 26: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 26/ 36

Entretanto, a crise financeira tem vindo a ser utilizada para fazer esquecer a crise de valores que grassa na nossa sociedade e, em particular, o seu grande cimento agregador que é a solidariedade

Existe uma obsessão depressiva pelo dinheiro que pretende fazer esquecer os problemas sociais, bem expressos nos aumentos de pobreza e criminalidade

Muitas empresas estão mais interessadas em criar condições para exponenciarem os seus proveitos à saída da crise do que em ajudar a sociedade a ultrapassar o drama que tem pela frente enquanto a crise não for vencida

ENQUANTO ISSO…

Page 27: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 27/ 36

Deslocalização oportunística de empresas

Reduções injustificadas de postos de trabalho

Encerramentos e falências fraudulentas

Diminuição de salários e aumento da precariedade

(Isto para não falar do manancial de “habilidades” cometidas cujas funestas consequências são, agora, justificadas com a crise)

Á BOLEIA DA CRISE EXISTE MUITO OPORTUNISMO E FALTA DE ÉTICA

Page 28: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 28/ 36

Nos últimos 40 anos o nosso País alterou-se profundamente A entrada na EU, a adesão ao Euro e as consequentes entradas de

dinheiro fácil potenciaram essa alteração Deu-se a introdução de um novo “modus vivendi” assente no recurso

(desmesurado) ao crédito e no abandono do aforro Existe actualmente uma crise de confiança e as pessoas não

consomem A crise entre nós só (ainda?) não é tão grande como noutros países

(v.g. Espanha) porque já vínhamos a apertar o cinto há algum tempo e tínhamos melhorado a nossa situação de endividamento e défice

Somos um país de emigrantes e o regresso de muitos deles vai ainda colocar uma maior pressão sobre a oferta de emprego

A SITUAÇÃO PORTUGUESA

Page 29: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 29/ 36

A crise é global e o Mundo precisa de uma operação de socorro a nível global

Urge tomar medidas para que o crédito flua e se fomente o consumo É necessário injectar dinheiro na economia e nas empresas do sector

financeiro (que correspondam a participações no Capital Social que permitam ao Estado participar na sua gestão de forma a colocar a Finança ao serviço da Produção)

Expandir os gastos públicos em infra-estruturas reprodutivas que falta fazer (educação, saúde, vias de comunicação, portos, etc.)

Propiciar estímulos financeiros e fiscais à economia privada Preparar o sistema social para ocorrer à vaga de desemprego Se absolutamente necessário, colocar os bancos estatais (e em último

recurso os bancos centrais) a fazer empréstimos directos ao sector não financeiro

QUE FAZER? 1º- ESTANCAR A CRISE

Page 30: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 30/ 36

Criar condições para o Estado poder regular eficazmente a actividade financeira e bancária e prover a aplicação de sanções dissuasoras

Controlar os fluxos financeiros internacionais e eventualmente colocar alguma areia nas engrenagens das transacções (Taxa Tobin?)

Controlar e combater as “off-shores”

Liquidar a possibilidade de existência de “criatividade contabilística e financeira” que, no passado, possibilitou a construção da “pirâmide”

E DEPOIS DA RETOMA?1º - REFORMAR PROFUNDAMENTE O SECTOR FINANCEIRO

Page 31: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 31/ 36

Estamos perante o fim de uma era geopolítica. Mas, com certeza, não do fim do capitalismo

Desde o fim de Bretton Woods que se têm feito um crescente número de aberrações e excessos nas esferas financeiras e monetárias. Esta “economia de casino” derivou em grande parte da inabilidade dos EUA na compreensão do seu papel de pilar da economia mundial. Pode ser que agora os EUA mudem um pouco.

Certamente não regressaremos à indexação da moeda ao ouro. Mas a criação de uma moeda de reserva global, baseada num “basket” das principais moedas mundiais é, a nosso ver, desejável

O REGRESSO A BRETTON-WOODS?

Page 32: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 32/ 36

Perante este quadro ambiental como gerir uma empresa?

Page 33: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 33/ 36

Acumular toda a liquidez possível e vigiar as despesas de muito perto, banindo todos os gastos não essenciais

Reforçar o relacionamento com os clientes e procurar manter as vendas minimizando, ao máximo, os riscos de crédito

Analisar com profundidade os novos projectos de investimento. Face a uma quebra da procura, quem tem salários para pagar deve colocar em “stand-by” projectos expansionistas

Esta cautela não deve, porém, ser impeditiva do lançamento de projectos inovadores com potencial de negócio, especialmente os que apresentem potencialidades de resultados a curto prazo

Page 34: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 34/ 36

O Líder tem de agir eticamente e respirar confiança. Se a equipa sentir que não está a agir correctamente ou está assustado pode entrar em pânico

Reforçar o espírito de equipa. Todos têm de saber o que está a acontecer

Incentivar o espírito de liderança em todos os níveis da organização. Neste contexto de risco elevado todos devem ter a iniciativa (e a responsabilidade) de tomar as decisões mais acertadas

Page 35: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 35/ 36

Evitar despedimentos. Um trabalhador desempregado além de criar custos económicos, origina custos de natureza social, psicológica e cultural e gera sentimentos de insegurança nos outros trabalhadores da organização, especialmente nos mais idosos e menos qualificados provocando uma diminuição da produtividade - para além de criar uma má imagem externa da empresa que vai ter repercussões negativas (e não só no volume de negócios)

Page 36: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 36/ 36

E se porventura estas “dicas” servirem para o ajudar a sobreviver a esta crise, aceite um último conselho:

Comece a preparar-se para a próxima Não se deixe apanhar desprevenido

Olhe que ela já aí vem!

Page 37: Gerir Em Tempo De Crise

isca.ua Raul Martins - Gerir em tempo de crise 37/ 17