Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

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FACULDADE INTERATIVA ANHANGUERA PÓS GRADUAÇÃO ENGENHARIA DA QUALIDADE INTEGRADA GESTÃO DA QUALIDADE E SISTEMAS NORMALIZADOS ADRIANO FURINI ANTONIO MARCIO DA SILVA JUNIOR JEFFERSON JULIANO FERREIRA DIAS MARCELO RIBEIRO RAPHAEL PRISCILA DE SOUZA MORAIS PROFª. MSC. TATIANA BORGES BRANCO SÃO JOSÉ DOS CAMPOS JULHO - 2009

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FACULDADE INTERATIVA ANHANGUERA

PÓS GRADUAÇÃO

ENGENHARIA DA QUALIDADE INTEGRADA

GESTÃO DA QUALIDADE E SISTEMAS NORMALIZADOS

ADRIANO FURINI

ANTONIO MARCIO DA SILVA JUNIOR

JEFFERSON JULIANO FERREIRA DIAS

MARCELO RIBEIRO RAPHAEL

PRISCILA DE SOUZA MORAIS

PROFª. MSC. TATIANA BORGES BRANCO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

JULHO - 2009

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1

PROCESSO DE FABRICAÇÃO 4

SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE 13

BIBLIOGRAFIA 28

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INTRODUÇÃO O açúcar se destina, principalmente, para adoçar bebidas e alimentos, sendo obtido através do

beneficiamento de méis cristalizáveis da cana e da beterraba e, em importância menor, de outros

vegetais.

O açúcar extraído da cana é conhecido desde tempos bem remotos. Entretanto, ele só foi introduzido

na Europa por volta do século X, por intermédio dos árabes. Inicialmente, o cultivo da cana e a

produção de açúcar restringiu-se à bacia do Mediterrâneo e, somente mais tarde, foi introduzido na

América.

A origem provável da cana-de-açúcar data de 6 mil anos AC em regiões próximas à Índia. Durante a

Antigüidade, porém, o açúcar não passava de uma especiaria exótica, sendo utilizada apenas como

tempero ou remédio. O preparo de alimentos adocicados era feito com mel de abelhas.

O termo sânscrito sarkara deu origem a todas as versões da palavra açúcar nas línguas indo-

européias: sukkar em árabe, saccharum em latim, zucchero em italiano, seker em turco, zucker em

alemão, sugar em inglês.

A safra da cana-de-açúcar é sazonal, iniciando-se em maio e terminando em novembro. Neste

período ocorre o amadurecimento da cana, devido a fatores climáticos, falta de umidade,

luminosidade e frio. Com base na maturação, a cana passa ser cortada de forma planejada, de modo

que se tenha áreas com cana plantada que vão estar próprias para corte em momentos diferentes.

Pode-se dizer que uma usina de açúcar e álcool é auto-sustentável, ou seja, seus próprios

subprodutos são utilizados para manutenção das condições de beneficiamento da cana. O bagaço,

por exemplo, é transportado para as caldeiras, onde é queimado para gerar vapor, que é o

responsável pelo acionamento das máquinas pesadas e pela geração de energia elétrica, ou seja, é

combustível para todo processo produtivo.

Atualmente o Brasil é o maior produto mundial de açúcar com uma produção que supera a marca de

25 milhões de toneladas. Desde montante, mais da metade, cerca de 54%, o que corresponde a,

aproximadamente, 14 milhões de toneladas, destinou-se ao comércio exterior. O principal mercado

consumidor do açúcar brasileiro exportado é a Europa. O restante da produção é absorvido pelo

mercado interno.

A princípio, o açúcar era empregado, quase que exclusivamente, na Medicina. Mais tarde

comprovaram-se suas qualidades de alimento fundamental, inteiramente digestível pelo organismo

humano, proporcionado calor e energia, constituindo ingrediente básico na formação de gordura.

O açúcar contribui para nutrir as plantas que o armazena em determinados tecidos, para consumi-lo

durante seu crescimento para formação de fibras, sementes, etc.

Entretanto, a diversidade de posicionamentos sobre a extensão dos efeitos no organismo humano em

relação ao consumo de açúcar é grande. Cientistas americanos o consideram como um dos produtos

responsáveis pelo aumento do colesterol e de doenças cardiovasculares. Médicos brasileiros, porém,

não concordam totalmente com essa teoria e afirmam que o consumo de gordura é mais prejudicial

que o de açúcar.

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Segundo os especialistas, o açúcar estimula a produção de insulina, um hormônio liberado pelo

pâncreas e que faz as células usarem a glicose como fonte de energia para as suas atividades. A

grande quantidade de insulina impede o emagrecimento, independente do rigor da dieta e da

freqüência dos exercícios físicos.

De acordo com nutricionistas americanos, os efeitos do açúcar são ainda mais profundos, chegando

a afetar até mesmo a performance sexual, pois aumenta o desejo sexual da mulher e diminui a

potência do homem, porque eleva a produção de estrogênio (grupo de hormônios sexuais femininos),

e a atividade mental, em função da deficiência de ácido glutâmico no organismo.

O único ponto em que todos parecem concordar refere-se ao fato de que, para aquelas pessoas que

precisam emagrecer e manter o nível aceitável de colesterol é necessário, além de eliminar o açúcar

da dieta, tomar outros cuidados, principalmente, em relação aos hábitos alimentares.

CONDIÇÕES DA CANA

A cana para fabricação do açúcar deve apresentar a maturação ideal, que é atingida num período de

14 a 18 meses após o seu plantio, dependendo da variedade, sendo que nesse ponto atinge um brix

mínimo em torno de 18% de sólidos totais.

A composição média da cana é composta de 65% a 75% de água e, a sacarose que corresponde de

70% a 91% de seus sólidos solúveis.

COMPOSIÇÃO MÉDIA DA CANA -DE-AÇÚCAR

COMPOSIÇÃO

TEOR

Água 65 – 75 Açúcares 11 – 18

Fibras 8 – 14 Sólidos Solúveis 12 – 23

PRINCIPAIS CONSTITUINTES DA CANA -DE-AÇÚCAR

CONSTITUINTES

SÓLIDOS SOLÚVEIS

Açúcares 75 – 93 Sacarose 70 – 91 Glicose 2 – 4 Frutose 2 – 4

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PROCESSO DE FABRICAÇÃO O processo de fabricação de açúcar e álcool visa, sinteticamente, à extração do caldo contido na

cana, seu preparo e “concentração”, culminando nos vários tipos de açúcares conhecidos, como:

demerara, mascavo, cristal, refinado, líquido, VHP, etc. O mesmo caldo, preparado de forma

específica, resulta, através da fermentação microbiológica, com posterior destilação, no álcool etílico,

fornecido nas opções: anidro ou hidratado.

Dentro desse processo de fabricação, podemos classificar uma usina de açúcar como uma indústria

de extração, uma vez que o açúcar já é produzido pela natureza, através da cana, sendo ele somente

concentrado no processo, nas suas várias modalidades. Já a indústria do álcool, pelo processo que

passa, podemos classificá-la como uma indústria de transformação, cabendo esse papel à

fermentação biológica alcoólica. O fluxograma da Figura 1 mostra, sucintamente, as fases de

fabricação do açúcar e do álcool.

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1. RECEPÇÃO E ESTOCAGEM DA CANA: O transporte da cana até a usina, no Brasil, é

predominantemente do tipo rodoviário, com o emprego de caminhões que carregam cana

inteira (colheita manual) ou picada em toletes de 20 cm a 25 cm (colheita mecânica). Os

caminhões são pesados antes e após o descarregamento, obtendo-se o peso real da cana

pela diferença entre as duas medidas. Algumas cargas são aleatoriamente selecionadas e

amostradas, para posterior determinação, em laboratório, do teor de sacarose na matéria-

prima. O objetivo da pesagem é possibilitar o controle agrícola, o pagamento do transporte, o

controle de moagem, o cálculo do rendimento industrial e, juntamente com o teor de sacarose

na cana, efetuar o pagamento da mesma. A cana estocada em pátio é normalmente

descarregada nas mesas alimentadoras por tratores com rastelos, enquanto a cana estocada

no barracão é descarregada nas mesas, através de pontes rolantes, equipadas com garras

hidráulicas. Prevendo-se eventuais falhas no sistema de transporte e a interrupção do mesmo

durante o período da noite, procura-se manter certa quantidade de cana em estoque em

barracões cobertos ou em pátios abertos. A cana estocada deve ser renovada em curtos

espaços de tempo, visando à redução de perdas de açúcar por decomposição bacteriológica.

A cana picada, que não deve ser estocada, é descarregada diretamente nas esteiras. O

descarregamento direto pode ser feito com o uso de pontes rolantes equipadas com garras

hidráulicas, guindastes do tipo hillo e, no caso de cana picada, através de um tombador

hidráulico para basculamento lateral dos caminhões.

2. EXTRAÇÃO DO CALDO: O primeiro equipamento - a mesa alimentadora - recebe as cargas de

cana do estoque, ou diretamente dos caminhões, transferindo-as a uma ou mais esteiras

metálicas que conduzem a cana até as moendas, passando pelo sistema de preparo.

Apresenta uma parte rodante, formada por eixos, correntes e taliscas, que, conforme a sua

inclinação, pode ser classificada como:

• Convencional: inclinação de 5º a 17º

• De grande inclinação: 45º

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As mesas convencionais, embora possuam grande capacidade de alimentação, tornam a

mesma irregular, pois a camada de cana é muito alta, dificultando a alimentação e diminuindo

a eficiência da lavagem da cana.

As mesas de 45º, por sua vez, trabalham numa velocidade maior, com uma camada bem

baixa, o que propicia uma alimentação muito mais regular e de fácil controle e aumenta

sensivelmente a eficiência da lavagem da cana.

A lavagem - efetuada sobre as mesas alimentadoras - visa à retirada de matérias estranhas

como terra, areia, etc., com a finalidade de obtenção de um caldo de melhor qualidade e

aumento da vida útil dos equipamentos pela redução do desgaste. Esta lavagem nunca é

feita na cana picada, pois isto provocaria um arraste muito grande de sacarose pela água.

A mesa alimentadora controla a quantidade de cana sobre uma esteira metálica que a

transfere ao setor de preparo. O objetivo básico do preparo da cana é aumentar a sua

densidade e, conseqüentemente, a capacidade de moagem, bem como realizar o máximo

rompimento das células para liberação do caldo nelas contido, obtendo-se, portanto, uma

maior extração.

O sistema de preparo é constituído por um ou dois jogos de facas - dos quais o primeiro é

apenas nivelador - que prepara a cana a ser enviada ao desfibrador.

O jogo de facas é um equipamento rotativo de facas fixas, que opera a uma velocidade

periférica de 60m/s, e tem por finalidade aumentar a densidade da cana, cortando-a em

pedaços menores, preparando-a para o trabalho do desfibrador. O desfibrador, por sua vez, é

formado por um tambor alimentador que compacta a cana à sua entrada, precedendo um

rotor constituído por um conjunto de martelos oscilantes que gira em sentido contrário à

esteira, forçando a passagem da cana por uma pequena abertura (1 cm) ao longo de uma

placa desfibradora.

A velocidade periférica dos desfibradores, de 60 a 90m/s, chega a fornecer índices de

preparo de 80% a 92%. Este índice seria uma relação entre o açúcar das células que foram

rompidas pelo desfibrador e o açúcar da cana.

A cana é constituída basicamente de caldo e fibra. O açúcar, que é o produto que realmente

nos interessa, está dissolvido no caldo; portanto, nosso objetivo principal é extrair a maior

parte possível deste caldo.

Em escala industrial existem dois processos de extração: a moagem e a difusão.

A moagem é um processo estritamente volumétrico e consiste em deslocar o caldo contido na

cana. Este deslocamento é conseguido fazendo a cana passar entre dois rolos, submetidos à

determinada pressão e rotação, sendo o volume gerado menor que o volume da cana. O

excesso volumétrico, desprezando-se o volume de caldo reabsorvido pelo bagaço, deve ser

deslocado, correspondendo, portanto, a um volume de caldo extraído.

Um objetivo secundário da moagem, porém importantíssimo, é a produção de um bagaço

final em condições de propiciar uma queima rápida nas caldeiras.

Na primeira unidade de moagem ocorre a maior parte da extração global, simplesmente pelo

deslocamento do caldo. A cana tem aproximadamente sete partes de caldo para cada parte

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de fibra; já no primeiro bagaço essa proporção cai para duas a duas vezes e meia e fica fácil

de perceber que, se não utilizarmos algum artifício, logo as moendas posteriores não terão

condições de deslocar caldo algum, mesmo que se aumente a pressão na camada de

bagaço. O artifício utilizado é a embebição, que será explicada a seguir.

Cada conjunto de rolos de moenda, montados numa estrutura denominada "castelo", constitui

um terno de moenda. O número de ternos utilizados no processo de moagem varia de quatro

a sete e cada um deles é formado por três rolos principais denominados: rolo de entrada, rolo

superior e rolo de saída. Normalmente as moendas contam com um quarto rolo, denominado

rolo de pressão, que melhora a eficiência de alimentação. A carga que atua na camada de

bagaço é transmitida por um sistema hidráulico que atua no rolo superior.

3. GERAÇÃO DE ENERGIA: Após a extração do caldo, obtém-se o material denominado bagaço,

constituído de fibra, água e sólidos dissolvidos. A quantidade de bagaço obtida varia de 240

kg a 280 kg de bagaço por tonelada de cana, e o açúcar nele contido representa uma das

perdas no processo.

O bagaço alimentará as caldeiras, onde é queimado, e a energia liberada transforma água em

vapor. O vapor gerado nestes equipamentos, com pressão média de 18-21 kgf/cm² (caldeiras

modernas já operam com pressões entre 40 e 100 kgf/cm²), é utilizado no acionamento das

turbinas a vapor onde ocorrerá a transformação da energia térmica em energia mecânica.

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Estas turbinas são responsáveis pelo acionamento dos picadores, desfibradores, moendas e

etc., bem como pelo acionamento dos geradores para produção da energia elétrica

necessária nos vários setores da indústria.

O vapor liberado por estas turbinas é de baixa pressão (1,3 – 1,7 kgf/cm²) denominado vapor

de escape, que é reaproveitado como energia básica necessária no processo de fabricação

de açúcar e de álcool.

4. TRATAMENTO PRIMÁRIO DO CALDO: O caldo de cana obtido no processo de extração,

apresenta uma quantidade e qualidade variável de impurezas, que podem ser solúveis ou

insolúveis. O tratamento primário objetiva a máxima eliminação das impurezas insolúveis

(areia, argila, bagaço, etc.), cujos teores variam de 0,1% a 1,0%. A eliminação deste material

beneficia o processo e aumenta a eficiência e a vida útil dos equipamentos instalados,

contribuindo também para obtenção de produtos de melhor qualidade.

Atualmente, o peneiramento do caldo é realizado por diferentes tipos de peneiras (DSM,

rotativa, vibratória), que utilizam telas de vários modelos e aberturas (0,2 a 0,7 mm), com uma

eficiência da ordem de 60% a 80%. Também retorna a moenda o material retido.

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5. HIDROCICLONES: O principio de funcionamento deste equipamento baseia-se na diferença de

densidades sólido/líquido. Ao ser aplicada, a força centrífuga separa a areia e a argila do

caldo. Em alguns casos, consegue-se obter uma eficiência de separação acima de 90% para

partículas de até 40µ.

6. PESAGEM DO CALDO: Após o tratamento primário, a massa de caldo a ser enviada ao

processo é quantificada através de medidores de vazão ou balanças de caldo, permitindo um

melhor controle químico do processo.

7. TRATAMENTO QUÍMICO DO CALDO: Apesar do tratamento preliminar citado, o caldo de cana

contém, ainda, impurezas menores, que podem ser solúveis, coloidais ou insolúveis. Assim, o

tratamento químico visa principalmente à coagulação, à floculação e à precipitação destas

impurezas, que são eliminadas por sedimentação. É necessário, ainda, fazer a correção do

pH para evitar a inversão e decomposição da sacarose.

8. SULFITRAÇÃO DO CALDO: Consiste na absorção do SO2 (anidrido sulfuroso), pelo caldo,

baixando o seu pH original a 4,0 – 4,5. A sulfitração é realizada usualmente em uma coluna

de absorção que possui, em seu interior, pratos perfurados. O caldo é bombeado na parte

superior da torre e desce por gravidade através dos pratos em contracorrente com SO2

gasoso, aspirado por um exaustor ou ejetor instalado no topo da coluna. Devido à grande

solubilidade do SO2 na água, pode-se obter uma absorção de até 99,5% com este

equipamento.

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A sulfitração tem como objetivos principais:

• Inibir reações que causam formação de cor;

• A coagulação de colóides solúveis;

• A formação de precipitado CaSO3 (sulfito de cálcio); e

• Diminuir a viscosidade do caldo para facilitar as operações de evaporação.

Juntamente adiciona-se leite de cal (Ca [OH]2) ao caldo, elevando seu pH a valores da ordem

de 6,8 a 7,2. A calagem é realizada em tanques, em processo contínuo ou descontínuo,

objetivando o controle do pH final.

O leite de cal também é produzido na própria usina através da "queima" da cal virgem (CaO)

em tanques apropriados (piscinas de cal) ou hidratadores de cal segundo a reação:

CaO + H2O -> Ca (OH)2 + calor

O Ca(OH)2 produzido apresenta uma concentração de 3º - 6º "Beaume" antes de ser

adicionado ao caldo.

Esta neutralização tem por objetivo a eliminação de corantes do caldo, a neutralização de

ácidos orgânicos e a formação de sulfito e fosfato de cálcio, produtos que, ao sedimentar,

arrastam consigo impurezas presentes no líquido. O consumo da cal (CaO) varia de 500 a

1.000g/TC, segundo o rigor do tratamento exigido.

9. AQUECIMENTO: O aquecimento do caldo é realizado em equipamentos denominados

trocadores de calor, constituídos por um feixe tubular, no qual passa o caldo, localizado no

interior de um cilindro por onde circula água de vapor saturado. O caldo é aquecido a

aproximadamente 105ºC, com a finalidade de acelerar a facilitar a coagulação e floculação de

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colóides e não-açúcares protéicos, emulsificar graxas e ceras, ou seja, acelerar o processo

químico, aumentando a eficiência da decantação, além de possibilitar a degasagem do caldo.

10. SEDIMENTAÇÃO: É a etapa de purificação do caldo, pela remoção das impurezas floculadas

nos tratamentos anteriores. Este processo é realizado de forma continua em um equipamento

denominado clarificador ou decantador, que possuiu vários compartimentos (bandejas), com

finalidade de aumentar a superfície de decantação. O tempo de residência do caldo no

decantador, dependendo do tipo de equipamento empregado, varia de 15 minutos e 4 horas,

e a quantidade de lodo retirada representa de 15% a 20% do peso do caldo que entra no

decantador. Antes de ser enviado aos filtros rotativos, o lodo retirado do decantador recebe a

adição de, aproximadamente, 3 kg a 5 kg de bagacilho/TC, que irão agir como auxiliar de

filtração. Esta filtração objetiva recuperar o açúcar contido no lodo, fazendo com que este

retorne ao processo na forma de caldo filtrado. O material retido no filtro recebe o nome de

torta e é enviado à lavoura para ser utilizado como adubo. É importantíssimo controlar a

perda de açúcar na torta, pois seu valor não pode superar 1,0%.

11. EVAPORAÇÃO : O caldo purificado é enviado ao grupo de evaporação de múltiplos efeitos, que

tem como objetivo evaporar a água contida no caldo.

Em geral, o caldo purificado e clarificado, entra nos evaporadores com um brix de 14 a 18º e

deixa o último efeito do evaporador em torno de 65 a 70º, já com o aspecto de um xarope

grosso.

12. CENTRIFUGAÇÃO DO XAROPE: Após a evaporação, a massa de xarope de açúcar é cozida e

cristalizada. A centrifugação é realizada em centrifuga de cesto perfurados que sob a ação da

força centrífuga, faz com que o mel atravesse as perfurações da tela, ficando retidos, em seu

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interior, somente os cristais de sacarose. Como ainda contém muita umidade, os cristais de

açúcar é enviado a um secador para a eliminação do restante da umidade.

13. SECAGEM DO AÇÚCAR FINAL: Após a centrifugação, o açúcar ainda úmido é enviado a um

secador modelo spray dryer que faz a secagem do açúcar por atomização, através da

passagem de ar aquecido em um tempo extremamente rápido, para evitar a queima do

açúcar.

Após a extração do açúcar, o mesmo sofre vários processos de refinação conforme a

necessidade de atendimento ao mercado (peneiramento, trituração, etc.). O processo

seguinte é o de refinação de açúcar a uma determinada granalumetria do mesmo.

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SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

O objetivo é apresentar sugestões tendo como enfoque promover um Sistema de Gestão da

Qualidade estruturado, apoiado por controles formalizados, considerando a cultura.

A implementação de tais requisitos direcionará a empresa, mediante a adoção de alguns controles e

procedimentos que levarão a melhorias, rumo a um SGQ nos moldes da Norma NBR ISO 9001:2000.

SEÇÃO 4 – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Para que a empresa implementasse um SGQ, havia a necessidade de identificar os processos

necessários para o SGQ, bem como sua seqüência de interação. Era preciso determinar onde

começavam e onde terminavam os processos, em forma de cadeia. A partir daí, analisar e identificar

as necessidades de modificações, controles, monitoramentos, necessidades de recursos, bem como

as informações pertinentes para assegurar que cada processo fosse executado de maneira eficaz.

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Administrar por meio de um SGQ requer o planejamento das ações para que se possa chegar ao

resultado planejado em busca da melhoria contínua.

Como sugestão, o Ciclo PDCA se mostra uma ferramenta eficaz, que de ser incorporado no dia-a-dia

das atividades de negócio, por fornecer a estrutura básica para que todas as ações sejam planejadas

e realizadas de maneira lógica, visando assegurar os resultados e, conseqüentemente, a melhoria

contínua.

Uma vantagem adicional é o fato de que a empresa também poderá adotar os critérios de controle

por meio de indicadores.

DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA

Conforme mencionado anteriormente, administrar por meio de um SGQ requer o planejamento das

ações. Na verdade, isso vai além, o ideal é a elaboração da documentação dos planos efetuados, os

quais devem ser escritos, registrados e divulgados, de maneira que todos tenham conhecimento e

que, voluntariamente, posso contribuir para a sua realização, manutenção e atualização.

A definição, pela empresa, de quais os tipos de documentos do SGQ que devem ser incluídos é uma

decisão estratégica e depende do tamanho e tipo de atividades desempenhadas, bem como o grau

de complexidade dos processos e de suas interações, da competência do pessoal, entre outros

aspectos, respeitando-se os documentos mínimos exigidos pela Norma. O sistema documental deve

ser simples, objetivo e coerente de acordo com a cultura da organização, para evitar acúmulo de

documentos desnecessários, ou seja, evitar burocracia.

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A implementação dos documentos significa que a empresa dispõe de uma documentação organizada

e controlada, para que as atividades do dia-a-dia sejam executadas e gerenciadas para a qualidade.

CONTROLE DE DOCUMENTOS

Este é um importante requisito, pois é um dos pilares para quem deseja implementar um SGQ. É por

meio desses documentos que a empresa assegura que seus produtos ou serviços atendam, de fato,

aos requisitos do cliente.

O controle de documentos tem por objetivo assegurar que o documento em uso é o documento certo,

atualizado e aprovado. Isso significa que está disponível para quem dele precisar.

O sistema só será efetivo se a documentação que dele faz parte estiver nos locais onde será

utilizada, bem como se houver um adequado controle de distribuição de cópias, sempre atualizada,

desses documentos. Caso contrário, gerará problemas.

Para o controle dos documentos requeridos pelo sistema de gestão, devem-se incluir sistemáticas

para aprovar, analisar criticamente e assegurar que as alterações sejam identificadas. As revisões

também devem estar disponíveis nos locais de uso, devem ser e permanecer legíveis e identificáveis,

e a distribuição deve ser controlada, evitando-se o uso não intencional de documentos obsoletos.

CONTROLE DE REGISTROS

A função do controle de registros é evidenciar o resultado das atividades desenvolvidas, com o

objetivo de registrar os fatos no momento em que ocorrem, ou seja, trata-se de informação da efetiva

execução das atividades executadas na empresa, portanto, não podem ser revisadas.

Os registros devem ser usados para documentar a rastreabilidade ou para fornecer evidência de

verificações, ações preventivas e ações corretivas de uma atividade realizada ou praticada, ou seja,

referente ao passado.

É preciso manter registro para mostrar que os requisitos do cliente foram atendidos, bem como para

mostrar que todos os controles e monitoramentos requeridos foram aplicados.

É através da análise e informações dos registros que se consegue gerenciar a empresa

adequadamente, oferecendo as oportunidades de melhorias necessárias.

A implementação do controle de registros pode se dar por meio de formulários devidamente

preenchidos, atas de reuniões, relatórios, etc. Assim, é possível definir os controles necessários para

identificar, armazenar, proteger e recuperar os dados, saber seu tempo necessário de retenção e a

sua forma de descarte.

Por uma questão de evidência histórica e cultural fraca e não-estruturada, costuma-se perder dados

importantes com o passar do tempo. Daí a sugestão de melhoria em tais controles e manutenção dos

registros.

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SEÇÃO 5 – RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

COMPROMETIMENTO DA DIREÇÃO

A direção da empresa deve estar consciente da necessidade de melhorar seus processos, porém, há

a necessidade de demonstrar para toda a empresa, por meio de uma adequada comunicação com os

colaboradores, a importância, por exemplo, dos requisitos dos clientes e o que poderá ocorrer caso

não sejam atendidos.

A direção deve definir seu compromisso com a gestão da empresa, considerando ser a responsável

pela manutenção e melhoria nos processos envolvidos. É importante demonstrar aos colaboradores

esse compromisso, para que possam envolver-se nas atividades e criar um ambiente favorável.

FOCO NO CLIENTE

A empresa toma decisões gerenciais e executa as atividades com o objetivo de satisfazer os clientes,

conforme descrito em sua Política de Gestão da Qualidade. Para tanto, realiza pesquisas de

satisfação do cliente, gerencia os Indicadores de Desempenho, que são elaborados com base na

Política de Gestão da Qualidade, analisa a eficiência dos seus processos de realização do produto e

de suporte, além de tratar as informações provenientes dos clientes como fontes de ações corretivas

e preventivas.

REQUISITOS DOS CLIENTES

Os requisitos precisam e devem ser compreendidos e satisfeitos, com o objetivo de conquistar a

confiança do cliente no produto adquirido. Para isso, a direção deve disseminar e assegurar-se de

que toda a empresa compreende adequadamente o conceito de foco no cliente, para que cada

colaborador compreenda os requisitos e necessidades dos clientes (internos e externos) e se

empenham no sentido de sempre atendê-los.

Antes de concluir um processo comercial, os requisitos dos clientes devem ser verificados e

analisados criticamente e todas as variáveis envolvidas analisadas, para o alcance da satisfação dos

clientes.

POLÍTICA DA QUALIDADE

A empresa deve instituir uma política da qualidade, com objetivos claros e que traduzam o

compromisso da direção, para que a mesmo tenha credibilidade dentro e fora da organização. Os

colaboradores devem tomar conhecimento de que as atividades da empresa precisam representar o

aumento da satisfação dos clientes. Esse conjunto de medidas é que conduz à melhoria continua de

um sistema de gestão da qualidade.

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A política da qualidade deve ser formalizada, de modo que contemple o comprometimento da

organização com o atendimento aos requisitos, tais como, clientes, produto, empresa estatutários,

legais e melhoria contínua. Tudo isso deve constituir o programa de ações da qualidade, já que

estrutura a arte de governar uma empresa.

Salientamos que a divulgação e o conhecimento da política da qualidade devem ser amplos, para que

cada um dos colaboradores contribua para seu cumprimento, que pode ser, por exemplo, atuando

como veiculo de comunicação, utilizando-se de quadros de aviso e também do descanso de tela dos

computadores. Tudo é valido a fim de que a comunidade interna incorpore a política da qualidade no

seu dia-a-dia.

OBJETIVOS DA QUALIDADE

É essencial que a direção defina os objetivos da qualidade para oferecer orientação e atendimento

quanto ao monitoramento da melhoria continua e da satisfação do cliente.

Os objetivos da qualidade devem ser avaliados em períodos determinados, por meio de indicadores

para medir a eficiência e eficácia dos processos da empresa e indicar a tendência de se alcançar ou

não o que foi planejado. E mais, eles devem ser compatíveis com a política da qualidade adotada

pela empresa.

PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE GESTÃO

Para atender de forma mais completa a esse item, se faz necessário a realização e implementação

de um planejamento da qualidade para que as mudanças possam ocorrer, como, por exemplo,

entradas de novos processos transcorram sob tal controle. Acompanhar as atividades para assegurar

que os requisitos do SGQ estão sendo atendidos, bem como para definir como deverá ser planejada

e conduzida as eventuais alterações decorrentes das mudanças em geral.

RESPONSABILIDADES E AUTORIDADES

As responsabilidades e autoridades devem estar descritas nos procedimentos para que haja

envolvimento e comprometimento maior com a implementação e manutenção do SGQ, para que o

mesmo se torne eficiente e eficaz, e se padronize a continuação das operações e consiga evolução

ao longo do tempo.

É necessário assegura que a atribuição das responsabilidades e autoridades seja feita de maneira

clara, esclarecendo-se quem faz o que, quando e como, para evitar confusões e/ou duplicidade de

ações, e refletir a realidade dos negócios dentro da empresa.

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LOGOTIPO

DESCRIÇÃO DE CARGOS

1.1 – Cargo/Atividade: 1. Identificação

1.2 – Subordinação:

2. Atribuições: 3. Qualificações Necessárias: 4. Experiência Necessária:

COMUNICAÇÃO INTERNA

Para que uma determinada empresa consiga envolver e motivar seus colaboradores para a

implementação de um SGQ, a mesma deve implementar um processo de comunicação eficiente para

que se possam tratar os assuntos relativos ao SGQ, incluindo, por exemplo, a avaliação do nível de

satisfação dos clientes. Porém, tais informações devem ser claras e adequadas ao entendimento do

publico.

ANALISE CRÍTICA DO SISTEMA DE GESTÃO

Ao se iniciar a implantação de um SGQ, esse requisito se torna uma das principais atividades para o

resultado do processo. O desempenho do sistema é analisado pelos dados coletados, que podem

ser, satisfação dos clientes, desempenho dos processos e produtos, auditorias internas, ou qualquer

outro indicador que se julgar importante para identificar as oportunidades de melhorias e fazer as

devidas correções no sistema de gestão, levando-se em consideração os objetivos estabelecidos.

O objetivo da análise crítica é verificar se o que foi planejado está sendo executado, bem como

verificar se o sistema necessita de revisão ou complementação.

Recomenda-se que a análise crítica seja realizada por todos os envolvidos no SGQ. Esta análise

deve ser feita periodicamente e deverá ser definida em um documento registrado.

LOGOTIPO

REUNIÃO DE ANÁLISE CRÍTICA

Item Avaliação Análise Crítica Satisfação dos Clientes Resultado de Auditorias Desempenho dos Processos

Page 21: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

19

SEÇÃO 6 – GESTÃO DE RECURSOS

RECURSOS HUMANOS

Importante requisito da norma, uma vez que serão as pessoas que irão garantir o sucesso da

empresa e o alcance dos objetivos estabelecidos. O pessoal diretamente envolvido com a qualidade

do produto deve ser capaz de fazer aquilo que se espera que ele faça, isto é, atingir aos objetivos da

qualidade estabelecidos pela empresa.

Neste sentido, torne-se fundamental a manutenção de um programa de treinamentos que possa

desenvolver as habilidades e potencialidades dos colaboradores, visando alcançar resultados que

satisfaçam e superam as expectativas dos clientes.

É fundamental que a empresa identifique as funções que tem impacto na qualidade de seus produtos

e que as descreva, identificando as habilidades necessárias e que também possa valorizar os

colaboradores.

LOGOTIPO

LEVANTAMENTO DA NECESSIDADE DE TREINAMENTO LNT

Data:

Departamento: Responsável:

Treinamento Funcionário Período Local

INFRA-ESTRUTURA

Para que se possa garantir a disponibilidade de espaço físico, equipamentos e ferramentas

necessários para a realização do produto se faz necessário que a empresa gerencie a infra-estrutura,

através de um plano de manutenção e que o mesmo funcione eficazmente.

Diante disso, a empresa deve gerenciar e planejar, em intervalos pré-determinados, a manutenção da

infra-estrutura da empresa (prédios, equipamentos, ferramentas e dispositivos), já que este suporte

tem impacto direto na realização dos processos.

LOGOTIPO

GERENCIAMENTO E MELHORIAS INFRA-ESTRUTURA

Semanas Ações/Planejamento 1 2 3 4 5

Área: Executantes: Responsável: Assinatura:

Page 22: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

20

AMBIENTE DE TRABALHO

A empresa deve ter consciência que um ambiente de trabalho sadio e uma gestão agradável aos

colaboradores por potencializar a motivação dos colaboradores, aumentando assim, o desempenho

das pessoas.

Deve-se gerencia também as condições de trabalho para que se possam mitigar os riscos que as

atividades e evitar acidentes ou afastamentos por fatores ergonométricos.

SEÇÃO 7 – REALIZAÇÃO DO PRODUTO

PLANEJAMENTO DA REALIZAÇÃO DO PRODUTO

O planejamento de produção deve incluir os seguintes passos:

- Definição do que realmente o cliente deseja;

- Aquisição de matérias-primas e insumos necessários para realização do produto;

- Planejamento e realização do que foi planejado;

- Entrega do Produto; e

- Controle de Medição e Monitoramento.

É importante para a realização do produto, elaborar o planejamento de como as atividades

necessárias serão executadas. E tal planejamento deve ser documentado, informando-se todas as

etapas do processo, para que possam ser realizadas com sucesso.

Para que o planejamento seja realizado eficazmente é necessário a elaboração de procedimentos e

instruções de trabalho que descrevam com clareza a realização do produto.

REQUISITOS RELACIONADOS AO PRODUTO

A empresa deve realizar uma analise rigorosa quanto aos requisitos dos clientes antes de iniciar as

ações de produção. Os responsáveis pela analise dos requisitos devem estar atento e verificar se a

empresa tem condições de cumprir a qualidade e quantidade acordado, bem como, se tem condições

de atender ao prazo de entrega previamente acordado.

Assim sendo, a determinação de requisitos relacionados ao produto requer que a empresa conheça,

logo de início, o que o cliente deseja, quais suas necessidades e expectativas, bem como avalie a

possibilidade de satisfazer seus parâmetros.

ANÁLISE CRÍTICA

A empresa deve analisar criticamente os requisitos relacionados ao produto. Esta análise deve ser

realizada antes da empresa assumir o compromisso de fornecer um produto ou serviço.

Esta análise deve assegurar que:

- Os requisitos do produto estejam definidos;

Page 23: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

21

- Os requisitos de contrato estejam resolvidos; e

- A empresa tem capacidade de atender os requisitos definidos.

COMUNICAÇÃO COM O CLIENTE

A empresa precisa desenvolver um sistema de comunicação capaz de registrar a comunicação com o

cliente, de solucionar as suas necessidades de informação, de garantir o esclarecimento de dúvidas,

o atendimento as reclamações e sugestões.

É importante destacar que esse canal sempre deve atuar proativamente, buscando a proximidade do

cliente com a empresa, para que essa possa atendê-lo melhor.

PROJETO E DESENVOLVIMENTO

Este requisito foi considerado para exclusão.

AQUISIÇÃO

PROCESSO DE AQUISIÇÃO

No processo de aquisição não se pode considerar somente o preço. O ideal é considerar uma gama

de itens, como a experiência do fornecedor, a qualidade, o desempenho na entrega, a resposta a

problemas durante o fornecimento e também preços.

A empresa deve considerar o CUSTO X BENEFICIO no momento da aquisição, o material que esta sendo

adquirido tem que agregar valor a produto final da organização.

A empresa deve manter um banco de dados com todos os fornecedores qualificados e homologados

para assegura que não sejam feitas aquisições de fornecedores não cadastrados.

INFORMAÇÕES DE AQUISIÇÃO

Informações de aquisição devem descrever as características necessárias para o produto, tais

informações devem incluir:

- Requisitos para aprovação, procedimentos, processos e equipamento;

- Requisitos para qualificação de pessoal; e

- Requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade.

Page 24: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

22

LOGOTIPO

AUTORIZAÇÃO DE FORNECIMENTO – AF

Data:

Solicitante: Setor: ITEM QUANT. UNID. DESCRIÇÃO / CARACTERÍSTICAS GERAIS PRAZO OBS.

Orçamentos

FORNECEDOR CONTATO (NOME/TELEFONE)

PREÇO UNIT. TOTAL ENTREGA COND.

PAG. OBS.

VERIFICAÇÃO DO PRODUTO ADQUIRIDO A empresa realizará inspeções de recebimento para os produtos adquiridos, para assegurar que o

produto adquirido esteja em conformidade com as especificações feita no momento da aquisição.

Caso seja necessário realizar a inspeção nas instalações do fornecedor, o mesmo deverá ser

informado no momento da aquisição, e o agendamento da inspeção deverá ser agendado com 15

(quinze) dias de antecedência para que se possa disponibilizar os recursos necessários.

Supervisor Processo de Pré qualificação,

Técnico de utilizando formulário padrão CPF001.Compras Apresentação dos documentos e

certidões negativas de débitos.

A especificação foi elaborada pelo setorEngenharia Técnicos e de engenharia de produto.Processos Planejadores Enviar ao fornecedor a revisão final

da especificação técnica.Orçamento atende as exigências da

Compradores Prazos de entrega atende as necessi-Técnicos dades da organização?

Planilha de custo foi apresentada?Avaliar junto com fornecedor e inspeção

Técnico de de fabricação conforme instruçãoprocesso ICP002. Auditoria e diligênciamento

no período de fabricação.Seguir procedimento de recebimentode materiais, conforme documentoRBM001.

Analista Utilizar formulário padrão paraTécnico de avaliação de recebimento CPF003

Recebimento Informar ao fornecedor com 10 (dez)de Materiais dias de antecedência o dia da inspeção

se for realizada no site do mesmo.Verificar instrumentos e equipamentosnecessários a inspeção.Avaliar os resultados da inspeção dolote e classificar o fornecimento.Documentar todas as avaliações derecebimento de materiais para a qualificação dos fornecedores.Sempre que necessário, utilizar demétodos e processos conformeespecificado em procedimento CPC001para adequação e melhoria contínuado processo de qualificação de fornecedores.

Supervisor Não-conformidades devem ser avaliadasTécnico de pelo setor de projetos e planejamentoCompras deixando o fornecedor ciente de que

seu processo necessita de melhorias.Compradores O aceite da não-conformidade pelo setor

Técnicos de projetos não retira do fornecedor aspenalidades e perdas de pontuação.Estabelecer sistemática de avaliaçãode próximos fornecimentos, parapromover melhoria no processo de pré-qualificação de fornecedores.Fornecedores com nota superior a 95%e que esteja atingindo esta média a maisde seis meses, é considerado comofornecedor qualificado e tem preferêncianas negociações e nos critérios de desempate.

DescriçãoÁrea / Setor ResponsávelFluxograma da

Qualificação de Fornecedores MTX

Compras

Recebimento

Compras

Compras

Compras

FornecedoresQualificados pelo DSQ

Definir a especificação de fornecimento

Negociar pedido de um produto piloto (amostra)

Fabricação

Recebimento e

Inspeção

Fornecedor Certificado

Inclue no Banco de Dados dos Fornecedores

Não-conforme Conforme

INÍCIO

Status dos itens de acordo?

Sim

Libera para Operação

Processo de reavaliação de fornecimento

Não

Descredenciamento

Auditoria deprocesso

Auditoria deprocesso

Auditoria deprocesso

Avaliação de não

conformidade

graveSim

recuperávelSim

Page 25: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

23

PRODUÇÃO E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

A realização do produto deverá ser realizada sob condições controladas, isto é, que devem estar

disponíveis, antes da realização da atividade, todas as informações e requisitos necessários para o

determinado produto.

As informações devem incluir:

- Descrição das características do produto;

- Instruções de trabalho, quando aplicável;

- Disponibilidade de equipamentos de medição;

- Monitoramento da Medição; e

- Atividade de liberação, entrega e pós entrega.

VALIDAÇÃO DOS PROCESSOS

Os processos são monitorados durante e após sua realização, não sendo caracterizados como

processos cujas saídas não podem ser verificadas.

IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE

A identificação do produto é realizada ao longo do fluxo produtivo, utilizando meios compatíveis com

cada etapa da produção.

A identificação da situação do produto é mantida para atendimento aos requisitos de monitoramento e

medição.

A rastreabilidade é assegurada através da identificação única dos produtos e registros dos dados

relativos às características críticas de processo e produto, em todas as fases de produção.

Através de consulta aos registros da qualidade é possível analisar e identificar:

- pessoal envolvido;

- equipamento;

- seqüência de processamento;

- resultados das características de produto e processo; e

- especificação do cliente e das ordens de serviço ou documento equivalente do cliente.

PROPRIEDADE DO CLIENTE

Este requisito foi considerado para exclusão.

PRESERVAÇÃO DO PRODUTO

São estabelecidos procedimentos documentados para assegurar que, durante o processamento

interno e entrega final do produto e/ou serviço e partes constituintes dos mesmos no destino

Page 26: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

24

pretendido, a identificação, embalagem, armazenamento, preservação e manuseio são mantidos de

acordo com os requisitos especificados.

Nesses procedimentos são indicadas as condições para manter a integridade dos produtos,

prevenindo contra danos, degradação, contaminação e vencimento da validade.

De forma a otimizar os custos de armazenagem, são realizados inventários de estoque.

CONTROLE DE EQUIPAMENTOS DE MONITORAMENTO E MEDIÇÃO

São estabelecidos e mantidos procedimentos documentados para controlar, calibrar e manter os

equipamentos de inspeção, medição e ensaios, inclusive software de ensaio, utilizados para

demonstrar a conformidade do produto com os requisitos especificados.

Esses equipamentos são utilizados de maneira a assegurar que a incerteza das medições seja

conhecida e consistente com a capacidade de medição requerida. Os dados técnicos dos

equipamentos de inspeção, medição e ensaios estão disponíveis quando requeridos pelos clientes.

Estão determinadas as medições a serem feitas e a exatidão requerida, bem como a seleção dos

equipamentos apropriados de inspeção, medição e ensaios com exatidão e precisão necessárias.

Todos esses equipamentos são calibrados e ajustados em períodos prescritos de acordo com

padrões nacionais ou internacionais. Quando não existirem tais padrões, a base utilizada para

calibração é documentada.

O processo empregado para calibração desses equipamentos é realizado em laboratórios internos ou

externos, neste caso, qualificados pela Acesita conforme tratamento dado a prestadores de serviço,

segundo os critérios estabelecidos.

São avaliados e documentados os resultados dos ensaios e inspeções anteriores, quando esses

equipamentos forem encontrados fora de calibração. O manuseio, preservação e guarda desses

equipamentos devem assegurar que sua confiabilidade é mantida.

SEÇÃO 8 – MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

Durante o planejamento e implementação dos processos são determinados métodos de

monitoramento, medição, análise e melhoria, incluindo técnicas baseadas em conceitos estatísticos.

MONITORAMENTO E MEDIÇÃO

Implementar a medição e o monitoramento da satisfação dos clientes significa conhecer e obter as

informações necessárias para demonstrar o atendimento à política da qualidade e também para

identificar as oportunidades de melhoria.

A pesquisa é realizada em períodos pré-determinados, podendo utilizar-se de diversos métodos,

como:

- Questionário de Pesquisa;

- Web Site; e

Page 27: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

25

- Entre outros.

A medição da satisfação dos clientes é uma tarefa importante e imprescindível para que a empresa

possa conhecer as percepções dos clientes e as atitudes em relação ao produto. Com base nesta

pesquisa a empresa poderá tomar a decisão acertada, evitando a ocorrência de defeitos e

assegurando uma imagem favorável da empresa em relação ao mercado.

Auditorias Internas de Sistema, Processo e Produto são conduzidas para verificar adequação do

SGQ, se está efetivamente implementado e mantido conforme normas de referência.

A empresa mantém procedimento documentado que define o planejamento, a programação, a

execução, escopo da auditoria, freqüência e metodologia, assim como responsabilidades, requisitos

para condução das auditorias, registro e relato de resultados. O Plano de Auditorias leva em

consideração a situação e a importância dos processos e áreas a serem auditadas, bem como os

resultados de auditorias anteriores.

Os resultados das auditorias internas são consolidados pela Gerência do SGQ, na forma de

informações gerenciais para o comitê de Análise Crítica pela Direção.

Durante o estágio de produção e entrega são implementados fluxogramas de processos e planos de

controle contendo técnicas de medição, planos de amostragem, critérios de aceitação e planos de

reação quando os critérios de aceitação não são atendidos.

Os processos considerados não capazes são tratados conforme procedimento documentado de

Implementação e Controle de Técnicas Estatísticas.

A liberação do produto e a entrega do serviço são realizadas somente após conclusão satisfatória de

todas as providências planejadas, salvo quando aprovada de outra maneira por autoridade pertinente

e, quando aplicável, pelo cliente.

Os produtos recebidos que impactam na qualidade dos produtos e dos processos são inspecionados

antes de sua utilização, exceto para os casos de liberação para produção urgente, que tem o uso

controlado para permitir recolhimento imediato caso seja detectada uma não-conformidade com os

requisitos especificados.

Todos os produtos recebidos são registrados e identificados e, caso venham a apresentar não-

conformidade são recolhidos e separados para análise e correção.

São executadas todas as inspeções e ensaios finais de acordo com os procedimentos, para

completar as evidências da conformidade dos serviços acabados com os requisitos especificados e

entregues ao cliente quando todas as etapas especificadas nos procedimentos tiverem sido

completadas e os dados e documentação associados estiverem disponíveis e autorizados.

É identificada a autoridade de inspeção responsável pela liberação do produto e quando o mesmo

não estiver de acordo com critérios de aceitação definidos, são aplicados os procedimentos para

controle de produto não - conforme.

CONTROLE DE PRODUTO NÃO – CONFORME

É estabelecido e mantido procedimento documentado que assegura que o produto não - conforme ou

suspeito com os requisitos especificados tenha prevenida sua utilização ou entrega não-intencional.

Page 28: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

26

O intuito desse controle é prover documentação, identificação, avaliação, segregação (se aplicável) e

disposição do produto não - conforme e comunicação às funções envolvidas.

O produto não - conforme é analisado criticamente por funções designadas, de acordo com o

procedimento e disposto conforme as seguintes alternativas:

- Retrabalhado a fim de atender aos requisitos especificados;

- Aceito com ou sem recuperação, mediante concessão;

- Reclassificado para outras aplicações; e

- Rejeitado (devolvido ou sucatado).

O produto retrabalhado é reinspecionado conforme procedimento específico.

O responsável de cada área tem o encargo de emitir a documentação da não-conformidade

detectada e a análise e disposição da não-conformidade cabem às funções previstas nos

procedimentos documentados.

Quando for obrigação contratual, o uso ou reparo proposto do produto não - conforme deve ser

relatado ao cliente ou a seu representante, para fins de concessão, e a sua descrição, se aceito, deve

ser registrada.

ANÁLISE DE DADOS

A empresa determina a coleta e analisa os dados apropriados para demonstrar a adequação,

eficiência e eficácia do SGQ e para avaliar onde a melhoria da eficiência e da eficácia do sistema

pode ser realizada.

Os dados analisados são oriundos de diferentes fontes, buscando uma visão global e integrada dos

dados e das informações de todos os processos da Empresa, incluindo fornecedores, para avaliar o

desempenho em relação aos planos, objetivos e metas, fornecendo subsídio para decisões

relacionadas à satisfação de clientes, conformidade com os requisitos do produto e características e

tendências dos processos e produtos, incluindo oportunidades para ações preventivas.

A aplicação de técnicas estatísticas abrange a identificação das características críticas para

qualidade, do estabelecimento, da implementação, do controle e verificação da capacidade do

processo e das características do produto, conforme procedimento documentado.

MELHORIA

Melhoria continua significa aperfeiçoar as praticas organizacionais passo – a – passo. A empresa

registra cada oportunidade de melhoria, avalia e, em caso de aplicação, aproveita as idéias, pois trará

benefícios positivos a empresa.

Esses indicadores são resultados dos objetivos da qualidade estabelecidos para colocar em pratica

os princípios da política da qualidade, que devem ser acompanhados em períodos pré-determinados,

como a cada dois meses.

Page 29: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

27

Para atender este requisito, a empresa elaborou e implementou um processo, que por meio de

indicadores e/ou pesquisas de qualidade a empresa gerencia as atividades de melhoria, que podem

resultar em alterações no processo, produto ou até no sistema de gestão da qualidade.

AÇÃO CORRETIVA

A empresa mantém um procedimento documentado para registro e análise das ocorrências,

contemplando a investigação de causas e o respectivo tratamento para as não-conformidades

constatadas no SGQ.

O procedimento prevê o envolvimento das áreas responsáveis para adoção e execução de medidas

e, em função da freqüência de ocorrência, da magnitude do impacto, iniciar e concluir processos de

ação corretiva. É parte integrante do procedimento relativo à metodologia para solução de problemas

a abordagem à prova de erro, a análise do impacto das ações tomadas e, quando aplicável, o estudo

de produtos rejeitados.

O desempenho e resultado das ações corretivas, diferenciadas por sua magnitude, são

encaminhados para análise crítica junto ao comitê.

AÇÃO PREVENTIVA

As ações preventivas são identificadas para eliminar as causas potenciais de não-conformidades, a

fim de prevenir sua ocorrência. As ações preventivas são apropriadas ao efeito dos problemas

potenciais, relativos à gestão da qualidade.

Um procedimento documentado define os requisitos para:

- definição de não-conformidades potenciais e de suas causas;

- avaliação da necessidade de ações para evitar a ocorrência de não-conformidade;

- definição e implementação de ações necessárias;

- registros de resultados de ações executadas;

- análise crítica de ações executadas.

O desempenho e resultado das ações preventivas, diferenciadas por sua magnitude, são

encaminhados para análise crítica junto ao comitê.

Page 30: Gestão da Qualidade e Sistemas Normalizados

BIBLIOGRAFIA

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2. http://br.geocities.com/abgalimtec/acucarpo.html

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Sistemas de gestão da qualidade – requisitos. Rio de Janeiro, 2000, 21 p.

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dezembro/2002.

5. DEMING, W.E. Qualidade: A Revolução da Administração. Rio de Janeiro: Marques-Saraiva,

1990, 367 p.

6. DORNELLES, M. ISO 9000: Certificando a empresa. Salvador: Casa da Qualidade, 1997, 136

p.

7. FIESP – SP Qualidade. Por que implantar um Sistema de Qualidade? Disponível: <

http://www.fiesp.org.br .Acesso em 1o

dez.2004.