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UniSALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Camila Silva de Carvalho Magalhães Marcos Augusto Pavoni Oscar Crivelari Antunes Thiago Julião da Silva GESTÃO DE ALMOXARIFADO: Um estudo de caso na JBS divisão Carnes Lins-SP LINS SP 2016

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UniSALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Camila Silva de Carvalho Magalhães

Marcos Augusto Pavoni

Oscar Crivelari Antunes

Thiago Julião da Silva

GESTÃO DE ALMOXARIFADO: Um estudo de caso

na JBS divisão Carnes

Lins-SP

LINS – SP

2016

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CAMILA SILVA DE CARVALHO MAGALHÃES

MARCOS AUGUSTO PAVONI

OSCAR CRIVELARI ANTUNES

THIAGO JULIÃO DA SILVA

GESTÃO DE ALMOXARIFADO: Um estudo de caso na JBS divisão Carnes

Lins-SP

Trabalho de Conclusão de Curso de apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Profº Me. Francisco Cesar Vendrame e orientação técnica Profª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner.

LINS – SP

2016

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Carvalho, Camila Silva; Pavoni, Marcos Augusto; Antunes, Oscar Crivelari; Silva, Thiago Julião

Gestão de Almoxarifado – um estudo de caso na JBS divisão carnes / Camila Silva de Carvalho; Marcos Augusto Pavoni; Oscar Crivelari Antunes ; Thiago Julião da Silva. – – Lins, 2016.

72p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2016.

Orientadores: Francisco Cesar Vendrame; Érica Cristiane dos Santos Campaner.

1.Gestão de Almoxarifado. 2. Estoque. 3. Redução de Custos. 4.Curva (ABC). I Título.

CDU 658

C322g

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CAMILA SILVA DE CARVALHO MAGALHÃES

MARCOS AUGUSTO PAVONI

OSCAR CRIVELARI ANTUNES

THIAGO JULIÃO DA SILVA

GESTÃO DE ALMOXARIFADO: Um estudo de caso na JBS divisão Carnes

Lins-SP

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do título de Bacharel em Administração.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora

Prof Orientador: Me. Francisco Cesar Vendrame

Titulação: Mestre em Administração pela Universidade Metodista de Piracicaba-

SP

Assinatura: _________________________

1° Prof (a): ______________________________________________________

Titulação________________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________

2° Prof (a): ______________________________________________________

Titulação________________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: ____________________________

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Agradeço primeiramente a DEUS pela oportunidade de cursar uma faculdade

que tanto desejei, por DEUS ter me dado saúde e condições para chegar até

aqui.

A meus pais, principalmente a minha mãe Hosana e meu esposo David que

estiveram ao meu lado todo o tempo, no qual me incentivaram em todos os

momentos.

A todos os professores que alguma forma ficaram gravados em meu coração

com dedicação e incentivo para comigo.

Aos componentes do grupo Thiago, Marcos e Oscar que juntos superamos

nossas dificuldades.

A nossa companheira Adaiane que com todo carinho e paciência nos auxiliou

na montagem do TCC.

Principalmente minha grande felicidade foi saber que fiquei gestante nesse

último ano de curso, no qual me fortaleceu ainda mais.

Camila Silva de Carvalho Magalhães

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Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado força e sabedoria

nessa caminhada para realização desse curso.

Aos meus pais Paulo e Vanilda e toda minha família, pela

educação e apoio em todos os momentos agradeço por tudo que

fizeram. Amo vocês!

Agradeço minha noiva Adaiane , que me ajudou, incentivou,

apoiou em todos os momentos da realização deste curso esteve do

meu lado, dia após dia ! Sabia que sempre poderia contar com ela,

nas horas de alegrias e nas horas de tristezas, me ajudou a

conquistar este diploma me apoiando e incentivando a todo tempo.

TE AMO!

Aos meus colegas que fiz ao longo do curso, sentirei saudade dessa

fase da minha vida.

Aos Professores e ao Uni salesiano pelo conhecimento e amizade

adquirido ao longo da realização desse curso e no

desenvolvimento dessa monografia meu muito Obrigado.

Marcos Augusto Pavoni

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Primeiramente devo agradecer a Deus, por me permitir continuar a sonhar.

A minha mãe Mariluce Crivelari Antunes, que sempre me apoiou, que me deu

forças para continuar mesmo quando pensava em desistir, mostrando todo o

potencial que eu tenho e nem conhecia.

A minha família, que sempre acreditaram que eu era capaz.

Aos meus amigos e minha namorada, que ouviram cada desabafo e frustração

de um dia difícil.

Aos professores do Unisalesiano por todo o conhecimento adquirido nessa

jornada.

Aos meus parceiros de grupo, que sempre se comprometeram com a pesquisa

e desenvolvimento da monografia mesmo quando estavam cansados,

desanimados e/ou doentes.

"Quando fizeres algo nobre e belo e ninguém notar, não fique triste. Pois o sol

toda manhã faz um lindo espetáculo e no entanto, a maioria da plateia ainda

dorme..." (John Lennon)

"Eu tentei 99 vezes e falhei. Mas na centésima tentativa eu consegui. Nunca

desista de seus objetivos, mesmo que eles pareçam impossíveis. A próxima

tentativa pode ser a vitoriosa.” (Albert Einstein)

Oscar Crivelari Antunes

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Dedico este trabalho primeiramente а Deus, que iluminou o meu caminho

durante esta caminhada, а minha mãе Antonia Julião que sempre me

incentivou e ajudou nessa conquista e аоs meus colegas de grupo qυе mе

ajudaram nа conclusão dа monografia.

"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a

um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no

mínimo fará coisas admiráveis."

José de Alencar

Thiago Julião da Silva

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus por nos ajudar dando-nos entendimento,

sabedoria e paciência para que pudéssemos realizar esse trabalho.

As nossas famílias, pelo apoio, força e incentivo, que nos permitiu que

chegássemos até aqui.

Ao nosso orientador Me. Francisco Cesar Vendrame e orientadora Érica

Cristiane dos Santos Campaner, pelo conhecimento a nós transmitido, pela

paciência, dedicação.

A todos os professores do curso que com perseverança e

comprometimento nos passaram todo conhecimento e experiências que

adquirimos hoje.

Em especial a nossa coordenadora Ma. Máris de Cássia Vendrame, que

se tornou mais que uma professora, uma amiga ao longo do curso, o nosso

muito obrigada pela paciência, dedicação e amizade.

A empresa JBS por nos ceder o espaço, com muita atenção e disposição

para o desenvolvimento da nossa pesquisa e conclusão de nosso trabalho.

Camila Silva de Carvalho Magalhães

Marcos Augusto Pavoni

Oscar Crivelari Antunes

Thiago Julião da Silva

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RESUMO

A empresa JBS nasceu na década de 50, atua há mais de 60 anos no setor de alimentos, é a maior companhia em processamento de proteína animal do mundo. A empresa JBS é consistente em uma cultura organizacional onde busca constantemente a redução de custos e melhoria em sua gestão de compras para obter vantagem competitiva no mercado. A empresa sempre busca a melhoria contínua nos seus processos e produtos produzindo com qualidade e agregando valor a sua marca e satisfazendo seus clientes. A gestão de almoxarifado é eficiente e trabalha de maneira ordenada com demais setores contribuindo para redução do estoque, evitando desperdícios, otimizando seus produtos e serviços. Organizada com os materiais estocados e cautelosa com as solicitações de compra, a JBS utiliza-se da Curva (ABC) que é uma ferramenta que possibilita o controle dos itens mais caros do estoque onde auxilia na obtenção de melhores resultados e na otimização dos recursos, com isso evita desperdícios e aquisições indevidas. Este trabalho teve por finalidade identificar se as ferramentas e métodos utilizados na empresa JBS – Divisão carnes, localizada na cidade de Lins, são eficazes no controle de estoque e na redução dos itens obsoletos. Através da pesquisa realizada na empresa JBS - Divisão carnes, em Lins, foram coletados dados por meio de pesquisa de campo e revisão bibliográfica. A partir destes dados coletados foram feitas várias análises confirmando que a JBS – Divisão carnes utiliza de forma correta os métodos de maneira eficaz contribuindo assim para modelo de gestão para as demais unidades do grupo. Palavras-chave: Gestão de almoxarifado. Estoque. Redução de custos. Curva (ABC)

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ABSTRACT

JBS company was born in the 50's, has been operating for over 60 years in the food sector, is the largest company in processing of animal protein in the world. JBS company is consistent in an organizational culture which constantly seeks to reduce costs and improvement in their purchasing management for competitive advantage in the market. The company always seeks continuous improvement in its processes and products producing quality and adding value to your brand and satisfying its customers. The warehouse management is efficient and works in an orderly manner with other sectors contributing to reduction of inventory, avoiding waste, optimizing its products and services. Organized with the stored and cautious materials with purchase requests, JBS is used the curve (ABC) is a tool that enables control of the most expensive items of inventory which helps in getting better results and optimization of resources, it avoids waste and improper purchases. This study aimed to identify the tools and methods used in the company JBS - meat division, located in the city of Lins, are effective in inventory control and reducing obsolete items. Through research conducted at the JBS company - Meats division in Lins data were collected through field research and literature review. From these collected data were made several analyzes confirming that JBS - Meat division uses correctly the methods of effectively contributing to the management model for the other units of the group. Key Words: Warehouse Management. Inventory. Cost Reduction. Curve (ABC).

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Descarga de materiais 55 Figura 2- A conferência 55 Figura 3 - Doca de recebimento 56 Figura 4 - Armazém de embalagens 57 Figura 5 - Distribuição 58 Figura 6 - Prateleiras 58 Figura 7 - Demonstração da curva ABC 59 Figura 8 - Evolução de estoque 60

LISTA DE SIGLAS

SIF: Sistema de Inspeção Federal

ABC: Custeio Baseado em atividades

JIT: Just-in-time

EPIs: Equipamentos de Proteção Individual

PAS: Produtos Acabados

FIFO: First in, First out

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14

CAPITULO I - A EMPRESA ............................................................................. 16

1 JBS ...................................................................................................... 16

1.1 Segurança alimentar ............................................................................ 20

1.2 Rastreabilidade .................................................................................... 21

1.3 Bem estar animal ................................................................................. 22

1.4 Produtos ............................................................................................... 22

1.4.1 O Pouch ............................................................................................... 22

1.4.2 Supergelados ....................................................................................... 23

1.4.3 Carne cozida e congelada .................................................................... 23

1.4.4 IQF ....................................................................................................... 23

1.4.5 Cortes porcionados .............................................................................. 23

1.4.6 Cortes anatômicos ............................................................................... 24

1.4.7 Carne com osso ................................................................................... 24

1.5 JBS novos negócios e outros produtos ................................................ 24

1.6 JBS Couros .......................................................................................... 24

1.7 Biodiesel ............................................................................................... 25

1.8 Colágeno .............................................................................................. 26

1.9 Embalagens metálicas ......................................................................... 26

1.10 Gestão de resíduos .............................................................................. 26

1.11 Higiene e limpeza ................................................................................. 27

1.12 Transportadora ..................................................................................... 28

1.13 JBS FOODS ......................................................................................... 28

1.14 Responsabilidade social ....................................................................... 29

1.15 Sustentabilidade ................................................................................... 30

1.16 Transparência e comunicação ............................................................. 31

1.17 Pecuária sustentável ............................................................................ 31

1.18 Concorrentes ........................................................................................ 32

1.18.1 Marfrig .................................................................................................. 32

1.18.2 Minerva ................................................................................................ 32

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1.18.3 Minupar ................................................................................................ 32

1.18.4 Excelsior Alimentos S.A. ...................................................................... 33

CAPÍTULO II - GESTÃO DE ALMOXARIFADO .............................................. 36

1 ALMOXARIFADO ................................................................................ 34

1.1 Funções do almoxarifado ..................................................................... 35

2 ESTRUTURA FUNCIONAL DO ALMOXARIFADO ............................. 35

2.1 Controle ................................................................................................ 35

2.2 Recebimento ........................................................................................ 36

2.2.1 Entrada de materiais ............................................................................ 36

2.2.2 Conferência quantitativa ....................................................................... 37

2.2.3 Conferência qualitativa ......................................................................... 37

2.2.4 Regularização ...................................................................................... 37

2.3 Armazenagem ...................................................................................... 37

2.3.1 Cuidados na armazenagem ................................................................. 38

2.3.2 Critérios de armazenagem ................................................................... 38

2.3.3 Métodos de armazenagem ................................................................... 38

2.4 Distribuição .......................................................................................... 39

2.5 Perfil do almoxarife............................................................................... 39

3 GESTÃO DOS ESTOQUES ................................................................. 39

3.1 Classificação dos estoques ................................................................. 40

3.2 Função dos estoques ........................................................................... 41

3.3 Custo dos estoques.............................................................................. 42

3.3.1 Custo de capital de giro ........................................................................ 42

3.3.2 Custo de armazenagem ....................................................................... 42

3.3.3 Custo de obsolescência ....................................................................... 44

3.4 Tipos de estoque .................................................................................. 44

3.4.1 Estoque de reserva ou de segurança................................................... 45

3.4.2 Estoque mínimo ................................................................................... 46

3.4.3 Estoque Maximo .................................................................................. 47

3.4.4 Estoque virtual ..................................................................................... 47

3.4.5 Estoque obsoleto(morto) ...................................................................... 48

3.5 Sistema ABC de estoque ..................................................................... 48

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3.5.1 Finalidade da curva ABC ...................................................................... 49

3.6 Giro de estoque .................................................................................... 49

CAPÍTULO III - A PESQUISA .......................................................................... 50

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................... 50

2 O FUNCIONAMENTO DO ALMOXARIFADO NA JBS DIVISÃO

CARNES – LINS ............................................................................................... 52

2.1 Recebimento de materiais .................................................................... 53

2.2 Conferência quantitativa ....................................................................... 54

2.3 Conferência qualitativa ......................................................................... 55

2.4 Descarga .............................................................................................. 55

2.5 Armazenamento ................................................................................... 56

2.6 Distribuição .......................................................................................... 57

2.7 Controle de estoque ............................................................................. 58

3 PARECER FINAL DO CASO ............................................................... 60

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 63

CONCLUSÃO ................................................................................................... 64

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 65

APÊNDICES ..................................................................................................... 69

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INTRODUÇÃO

Com o avanço do setor de materiais, o surgimento de novas tecnologias

e as constantes buscas para manter a competitividade, as organizações vem

fazendo uso de novos métodos e processos, foi observado que esses

processos são de grande ajuda na redução de custos.

O almoxarifado é um dos setores beneficiados por esses novos

métodos, pois ele é responsável por controlar, receber, armazenar e distribuir

os matérias que estão na organização.

Como existe uma grande busca por esses métodos, foi realizada a

pesquisa, uma explicação conceitual trazendo vários autores referentes ao

gerenciamento de almoxarifado.

Foram pesquisados, o conceito, os tipos existentes de almoxarifado, seu

layout, recebimento, entrada, conferência quantitativa, conferência qualitativa,

armazenagem, regularização, gestão de estoques, classificação dos estoques,

suas funções, os custos, os tipos de estoque e sobre o sistema ABC.

O objetivo principal da pesquisa é verificar se os métodos de gestão de

almoxarifado é importante para a liquidez da empresa, trazendo mais

competitividade para a mesma.

Existindo o objetivo, é necessário conhecer os métodos utilizados pela

organização para só assim definir se é possível alcançar a liquidez e a maior

competitividade.

Para isso foi realizada uma pesquisa de campo na JBS - Divisão Carnes,

onde foi observado os métodos de gerenciamento utilizados e se os mesmos

contribuíam para a diminuição dos estoques obsoletos.

A questão que surgiu e utilizada na pesquisa:

As práticas de gestão de almoxarifado adotadas pela JBS - Divisão

carnes contribui para a redução de antigiro de mercadorias bem como de

desperdícios, obsolências e capital empatado?

Os estoques representam valores expressivos, necessitando, portanto,

de controles eficientes que possam fornecer informações gerenciais para a

tomada de decisões, uma boa gestão na compra e estratégias sobre os itens

obsoletos.

O trabalho foi estruturado da seguinte forma:

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Capítulo 1 - descreve a história da JBS, seus parceiros, serviços,

produtos, competidores, mercados.

Capítulo 2 - teorias relacionadas a Gestão de almoxarifado, estoques e

sobre a utilização da curva ABC.

Capítulo 3 - a pesquisa feita na JBS - Divisão Carnes, demonstrando os

resultados.

Por fim, segue a proposta de intervenção e a conclusão.

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CAPÍTULO I

A EMPRESA

1 JBS

A empresa que se tornou a maior companhia do mundo em proteína

animal nasceu na década de 50, pelas mãos de José Batista Sobrinho, na

cidade goiana de Anápolis. Seu Zé Mineiro, como era conhecido, deixou a terra

natal para fundar a Casa de Carne Mineira, um açougue que se expandiu e

passou a abastecer refeitórios de grandes empreiteiras na vizinha Brasília. O

negócio pegou carona no boom de crescimento da era JK e na construção da

nova capital federal.

A segunda geração foi responsável por liderar o segundo ciclo da Friboi,

que colocou-a como um dos maiores frigoríficos do país. Quando o primogênito

dos seis filhos, José Batista Júnior, assumiu, a primeira providência foi trazer a

empresa para São Paulo, na década de 80. Outra de suas estratégias

acertadas foi não reduzir o negócio à simples venda de carnes, que tem

margens pequenas. Ele aproveitou o subproduto do abate para criar a empresa

de higiene e limpeza Flora, dona das marcas Minuano e Albany.

Júnior também iniciou um processo rápido de aquisições de unidades no

país, que deu-lhe o porte de empresa nacional. Em seguida, veio o grande

salto da companhia, com as exportações. Jeremiah O'Callaghan, diretor de

relações com investidores da companhia, disse recentemente ao Estado que

uma das grandes visões da empresa, na época, foi vender no exterior os cortes

que tinham baixa aceitação no mercado doméstico. Assim, agregava valor à

produção e tornava-se mais competitiva em seu mercado de origem. As

primeiras exportações de carne in natura vieram em 1997.

Mas foi a atuação dos dois filhos mais novos do fundador que colocou a

Friboi na rota da internacionalização e, consequentemente, na liderança do

mercado mundial de carne bovina.

Após receberem o bastão do irmão Júnior, Joesley e Wesley estiveram

por trás da abertura de capital e da aquisição da Swift Argentina, passo inicial

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da estratégia de aquisições no exterior, favorecida por um longo período de

real valorizado.

Desde 2005, a Friboi, rebatizada de JBS (iniciais do fundador José

Batista Sobrinho), comprou frigoríficos nos Estados Unidos, Austrália e Itália. A

compra das unidades da Swift Foods Company na Austrália e EUA, seu país

de origem, a colocaram como a maior empresa de carne brasileira em

capacidade de abate. Com a fusão com o Bertin e a compra da Pilgrim's Pride,

a capacidade de abate chegou a mais de 90 mil cabeças por dia. A receita

combinada do novo grupo é de US$ 28,7 bilhões.

Com os dois irmãos mais novos à frente dos negócios, o primogênito

Júnior ainda faz o papel de 'ouvidor' dentro da companhia. Um ex-executivo da

companhia diz que o trio da família Batista é dinâmico, simples e unido. ''São

muito agressivos quando enveredam por um projeto'', disse a fonte.

Para o diretor O'Callaghan, outro aspecto da estratégia que colocou a

companhia na liderança mundial é a preocupação com os detalhes. ''Do boi

que abatemos, aproveitamos hoje 100%. Pode ser que ainda exista algo a ser

comercializado, talvez o berro'', brincou. Ele contou, por exemplo, que é

possível ganhar US$ 1 por boi com a venda da tripa do animal, usada na

produção de embutidos. Até o pelo do rabo e da orelha é vendido para fábricas

de pinceis.

Guiada pelo aumento de eficiência e pelo ganho de produtividade, a

operação da Friboi durante muito tempo confundiu-se com a trajetória da

pecuária de corte nacional. Segundo Marcus Vinicius Pratini de Moraes, que

ocupou a pasta da Agricultura no governo Fernando Henrique Cardoso e

presidiu a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec),

o avanço da carne brasileira ocorreu com investimento em tecnologia,

aprimoramento das raças, avanços genéticos, cujo objetivo foi estimular a

precocidade, a rusticidade e a produtividade do gado. ''Abatíamos o boi com

quatro anos e meio, depois reduzimos para três anos. Hoje, o prazo é menos

de dois anos, ou 22 meses.''

Além dos ganhos de eficiência que abriram a possibilidade de ter carne

de sobra, produção equilibrada o ano inteiro e a chance de vender o produto no

mercado internacional, a ocorrência da doença da vaca louca na Europa

ampliou o papel estratégico do Brasil no abastecimento mundial a partir desta

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década, observou O'Callaghan. ''Em 2001 começamos a exportar carne para a

Rússia, que tradicionalmente era abastecida pela Europa.''

Mas, a partir do momento que a companhia começou a se

internacionalizar, comprando frigoríficos fora do Brasil, houve um descolamento

entre a empresa e o setor. ''Hoje barreira sanitária não é um problema para nós

como é para a pecuária de uma forma geral. No estágio atual de globalização

da empresa, a barreira é uma oportunidade''.

Esse mecanismo é colocado em prática pela empresa a todo instante,

driblando principalmente as barreiras não tarifárias e vendendo carne para os

mercados onde a entrada da carne brasileira é vetada. Quando o Brasil ficou

impedido de vender carne para a União Europeia por causa do foco de febre

aftosa, a empresa não vacilou. Com o euro forte, começou a exportar carne da

Austrália para a Europa. A Coreia, por sua vez, temendo falta de produto, fez

um acordo para comprar carne dos Estados Unidos. Resultado: a empresa

levou vantagem em dois mercados, na Austrália e nos EUA, e teve

desvantagem no Brasil.

O grupo JBS Friboi, que desde 2007 - após a compra da americana

Swift - se posiciona como a maior companhia de carne bovina do mundo,

conseguiu crescer ainda mais e tornou-se, em meados de setembro, a maior

empresa global de processamento de carnes, após concluir a aquisição da

Pilgrim's Pride, segunda maior produtora de frango dos Estados Unidos, e a

fusão com o Bertin S.A.

Com os novos negócios, o JBS, além de atingir o topo do ranking

mundial, também diversificou sua atuação no segmento alimentício. Com a

compra da Pilgrim's Pride, o grupo estreia no segmento de carne de frango já

no segundo lugar no ranking americano, com uma marca líder de vendas. E,

por meio da incorporação das operações do Bertin, tornou-se líder global no

segmento de couros. A nova companhia nasce com receita líquida de US$ 28,7

bilhões. De acordo com nota publicada pelos acionistas do JBS e do Bertin, foi

firmado um acordo de associação entre as duas companhias, que prevê a

criação de uma holding, formada com a totalidade das ações do JBS e com

73,1% das ações do Bertin. A nova holding passou a ser a acionista

controladora tanto do Bertin como do JBS. Os valores de capital próprio

estejam na proporção de aproximadamente 40% do Bertin e 60% do JBS.

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No caso do Bertin, a incorporação envolveu apenas as operações

ligadas à área de alimentos. A negociação com a Pilgrim's durou cerca de um

ano e foi iniciada antes de a empresa americana entrar em concordata. O

negócio avalia a Pilgrim's em US$ 2,8 bilhões. Para adquirir 64% da empresa,

a JBS entrará com US$ 768 milhões e assumiu as dívidas US$ de 1,6 bilhão.

"A Pilgrim's Pride passa a ser uma das marcas da subsidiária americana e a

Bertin, junto com todas as suas marcas, vira também uma marca da subsidiária

brasileira da JBS'', disse Joesley Batista, presidente do grupo.

Parte do financiamento das operações - US$ 1,5 bilhão - foi bancado

com recursos próprios da companhia, mas a empresa reforçou o caixa com a

emissão privada de ações no mercado americano, a fim de captar cerca de

US$ 2,5 bilhões.

Segundo a empresa Scot Consultoria, levando em consideração as

principais indústrias do país - entre plantas ativas e inativas -, o JBS é

responsável por 21,8% dos abates.

Já o Grupo Bertin responde por 17,3%. "A fusão criou uma companhia

capaz de responder por 39% do abate nacional", diz a analista Lygia Pimentel.

Hoje, de cada dez bois abatidos no Brasil, 3,9 são abatidos pela empresa JBS-

Bertin.

Para o pecuarista, a megaoperação causou apreensão, afinal, com a

redução da concorrência, o preço da arroba perdeu sustentação. Pequenos

grupos frigoríficos também foram prejudicados pela concentração do setor. “Por

outro lado, a fusão consolidou o mercado, o que significa maior segurança de

recebimento para o fazendeiro e maior segurança de entrega e padronização

para o comprador doméstico e internacional", avalia a analista da Scot. As

preocupações são muitas, sob diversos aspectos e em vários elos da cadeia,

afinal, com a incorporação, a JBS teve capacidade instalada para abater 90,39

mil cabeças de gado por dia em todo o mundo, o que representa 8% do abate

global de gado.

Atualmente, a JBS é a maior empresa de carne bovina do mundo, com

capacidade de abate de 73,9 mil cabeças por dia e a maior exportadora

mundial de carne industrializada. As operações da companhia são realizadas

em 65 plantas industriais localizadas no Brasil, na Argentina, nos Estados

Unidos, na Austrália e na Itália.

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A empresa é também a terceira maior produtora de carne suína dos

Estados Unidos, com capacidade de abate de 48,5 mil cabeças por dia e

possui operações de confinamento nos Estados Unidos, Austrália, Brasil e

Itália.

Em 2008, a JBS obteve receita líquida de R$ 30,3 bilhões.

A Bertin possui mais de 30 anos de mercado, sendo uma das maiores

produtoras exportadoras de produtos de origem animal da América Latina,

como carne bovina in natura e processada, lácteos, couros e produtos para

animais de estimação. Os produtos e serviços da Bertin são comercializados

no mercado interno e em mais de 110 países, em cinco continentes. A Bertin

conta com 38 unidades produtivas no Brasil e no exterior com capacidade de

abate de 16,5 mil cabeças por dia e emprega mais de 28 mil colaboradores. No

exercício social de 2008, a Bertin obteve receitas de cerca de R$ 7,5 bilhões.

Na onda dos novos investimentos, a Marfrig Alimentos, que já tinha

comprado a Seara, anunciou também o arrendamento de 12 plantas dos

frigoríficos Margen e Mercosul e a compra de 51% do Grupo Zenda, que

processa couros no Uruguai, por US$ 49,5 milhões.

A empresa também anunciou parceira com o grupo atacadista Martins

por cinco anos, para melhorar a eficiência na distribuição e na logística.

A JBS é líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de

aves, além de ter uma forte participação na produção de carne suína. Com

mais de 200 mil colaboradores ao redor do mundo, a companhia possui 340

unidades de produção e atua nas áreas de alimentos, couro, biodiesel,

colágeno, embalagens metálicas e produtos de limpeza. Presente em 100%

dos mercados consumidores, a JBS é a maior exportadora do mundo de

proteína animal, vendendo para mais de 150 países.

1.1 Segurança alimentar

A JBS é uma empresa de alimentos e por saber de sua responsabilidade

na vida das pessoas adota as mais rigorosas práticas de segurança alimentar

disponíveis no mundo para garantir que os produtos saiam de suas fábricas no

ponto certo para serem consumidos.

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Por esse motivo, a JBS tem um departamento de Pesquisa e Garantia

da Qualidade que monitora os seguintes programas implementados pela

companhia:

a)Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle;

b)Procedimentos Padrão de Higiene Operacional;

c)Procedimentos Sanitários Operacionais;

d)Material Especificado de Risco;

e)Corpos Estranhos;

f)Pontos de Controle;

g)Utensílios de Trabalho;

h)Subprodutos;

i) Controle Estatístico de Processo;

j) Boas Práticas de Fabricação;

k) Programas de Análises Laboratoriais;

l) Programa de Controle de Alergênicos;

m) Qualificação e Manutenção de Fornecedores;

n) Análises Sensoriais;

o)Programa de Controle de Contaminantes Químicos;

p)Auditorias internas;

q) Entre outros.

A JBS se preocupa com tudo isso para garantir a segurança que você

precisa ter na hora de consumir nossos produtos.

1.2 Rastreabilidade

Rastrear a carne é saber de onde ela veio antes mesmo dela chegar

ao frigorífico. É por isso que na JBS todas as informações da vida dos animais

tais como: a idade, as vacinas recebidas, as medicações aplicadas, desde a

fazenda até a hora a carne sair do frigorífico são criteriosamente analisadas.

Esses dados garantem que todas as exigências sanitárias estão sendo

cumpridas e que, juntamente com a fiscalização dos veterinários do Sistema de

Inspeção Federal (SIF), o produto está pronto para o consumo e com a

informação precisa da onde ele foi originado.

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1.3 Bem estar animal

Em todas as suas fábricas, a JBS adota políticas rigorosas no que diz

respeito ao bem estar animal. Essa política está baseada no respeito das cinco

liberdades fundamentais dos animais:

a) livre de fome e sede;

b) livre de desconfortos;

c) livre de dores, lesões e doenças;

d) livre para expressas seu comportamento natural;

e) livre de medo e estresse;

Para garantir essas liberdades, são adotados rígidos padrões de

transporte e manejo correto dos animais.

A JBS possui uma frota de veículos apropriados para o transporte

desses animais e realiza constantemente o treinamento e a capacitação dos

colaboradores que atuam no dia a dia do manejo.

Dessa forma, as marcas da JBS garantem aos consumidores uma carne

saudável e produzida a partir de animais que foram tratados com respeito e

sem sofrimento.

1.4 Produtos

Utilizando as mais modernas tecnologias disponíveis na indústria de

alimentos, a JBS possui uma ampla variedade de produtos para atender as

mais rigorosas exigências dos nutricionistas.

Por causa dessa qualificação, a JBS tem se destacado no comércio de

produtos voltados para alimentação escolar, cozinhas industriais, açougues,

supermercados, restaurantes, hotéis, distribuidores, além de atender os

maiores mercados consumidores do mundo com linhas de exportação.

1.4.1 O Pouch

Prático e econômico, o pouch mantém o sabor, textura e os benefícios

nutricionais dos alimentos. Prático para conservar e estocar, essa tecnologia

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não necessita de refrigeração, não leva conservantes e garante a segurança

alimentar dos consumidores. Além disso, o pouch é um prato pronto para o

consumo, bastando apenas aquecer.

1.4.2 Supergelados

São preparados com carne bovina e ingredientes de alta qualidade, os

supergelados da JBS possuem padronização no formado e peso individual.

Essas características garantem praticidade no manuseio e armazenagem,

evitando desperdícios e reduzindo custos no momento do preparo para

almôndegas, kibes e hambúrgueres.

1.4.3 Carne cozida e congelada

Com aproveitamento de 100% do produto, oferece aos clientes rapidez

no planejamento e na reposição, redução dos custos de preparo e a garantia

de não haver perdas com descongelamento, refile, corte, moagem ou

cozimento. Mantendo todas as propriedades nutricionais, o produto facilita o

porcionamento das refeições e garante um elevado nível de segurança

alimentar.

1.4.4 IQF

A JBS também oferece a seus clientes o IQF (Individually Quick Frozen).

A tecnologia cozinha e congela cubos, iscas e bifes de carne bovina de forma

individual, facilitando o porcionamento e o preparo. Com cortes uniformes e

menor risco de contaminação microbiológica é possível aproveitar 100% do

produto.

1.4.5 Cortes porcionados

Praticidade e conveniência para seus clientes. A JBS agrega valor a

seus produtos oferecendo aos clientes peças in natura de qualidade, com os

mais variados cortes e facilidade no manuseio e armazenagem.

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1.4.6 Cortes anatômicos

Peças inteiras que podem ser resfriadas ou congeladas de acordo com o

canal de venda. São os cortes tradicionais, conhecidos do consumidor, nas

suas diversas marcas.

1.4.7 Carne com osso

Com uma tradição de mais de 60 anos no fornecimento de carne ao

mercado, a JBS possui uma ampla rede de distribuição capaz de abastecer

com rapidez, agilidade e qualidade açougues de supermercados e lojas de rua

com produtos com procedência e garantia de qualidade.

1.5 JBS novos negócios e outros produtos

A JBS Novos Negócios reúne as operações da JBS que estão

relacionadas de forma direta e indireta com o core business da companhia.

Essa unidade de negócio transforma os subprodutos e resíduos do

processamento da carne bovina, suína e de frango em produtos de alto valor

agregado, gerando valor à companhia e contribuindo para uma atividade mais

sustentável de todo o grupo.

A missão da unidade de negócio é operar e desenvolver negócios

vinculados à JBS, com produtos e serviços que gerem vantagem competitiva à

companhia, seja por oportunidade, necessidade ou estratégia.

1.6 JBS Couros

A JBS Couros produz couros wet blue, semi e acabado para três

segmentos distintos, o automotivo, o moveleiro, de calçados e artefatos.

Cada um destes segmentos possui necessidades próprias. Para garantir que

elas sejam atendidas de forma eficiente e satisfatória, equipes dedicadas a

essas áreas estão presentes desde o trabalho de pesquisa e desenvolvimento,

até a prestação de serviços e atendimento ao cliente final.

A seleção da matéria prima também tem um papel importante no

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atendimento dessas necessidades. Uma ampla disponibilidade de matéria

prima, permite que as características mais apropriadas para cada segmento

sejam separadas e processadas considerando os atributos necessários e

particulares de cada mercado.

Mas a atenção com os materiais usados começa bem antes, com um

trabalho que vai desde o cuidado com o transporte, manejo de animais e abate,

até o processo de preservação e envio das peles para o curtume. Inspetores

treinados estão presentes nos frigoríficos para garantir que essas etapas sejam

cumpridas com o uso de técnicas e equipamentos adequados para evitar

danos ao couro e promover a melhoria no produto final.

Nas linhas de processamento de couros, procedimentos claros e

padronizados, aliados a investimentos constantes em tecnologia e capacitação,

fazem da JBS Couros uma das empresas mais modernas do mundo,

transformando materiais orgânicos em produtos nobres e de qualidade,

amplamente usados nas indústrias automotivas, moveleiras, e de calçados e

artefatos em todo o mundo.

1.7 Biodiesel

A JBS Biodiesel é pioneira na produção de biodiesel à base de gordura

animal no Brasil, possuindo duas usinas de produção. A partir do sebo gerado

no processamento da carne bovina, a companhia possui a maior estrutura

verticalizada de produção de biodiesel do mundo, com uma das mais modernas

plantas do país, certificada pela ISO 9001 e a única do Brasil credenciada pelo

Certificado Internacional de Carbono e Sustentabilidade (ISCC).

Desde o início do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel

(PNPB), a JBS já produziu e entregou mais de 500 milhões de litros de

biodiesel. A qualidade do biocombustível produzido pela JBS é atestada por

laboratório próprio, o primeiro a ser acreditado pela Coordenação Geral de

Acreditação do Inmetro (Cgcre) na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005

para os serviços de ensaios laboratoriais de biodiesel. O pacote operacional,

tecnológico e logístico oferecido pela JBS garante a seus clientes e parceiros

serviços e produtos de qualidade, com alta eficiência e performance no

competitivo mercado de combustíveis do Brasil.

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1.8 Colágeno

Com uma fábrica instalada no Estado de São Paulo (Brasil), a JBS é

pioneira na produção de colágeno bovino, sendo atualmente a maior fabricante

mundial desse tipo de produto.

O colágeno da JBS é utilizado para conferir textura em produtos cárneos

e pode também ser utilizado como emulsificante e estabilizante em

formulações, reduzindo a perda de água e gordura, durante as etapas de

preparação e vida de prateleira. A JBS comercializa colágeno bovino para a

indústria alimentícia do Brasil e exporta para mais de 30 países, em todos os

continentes do mundo.

1.9 Embalagens metálicas

Duas unidades de produção, em Lins (SP) e Barretos (SP), ambas no

Brasil, fornecem embalagens para acondicionar produtos alimentícios.

Possuem capacidade de produção de 70 milhões de latas por mês, das quais

40% são utilizadas pela própria JBS. São latas 100% recicláveis e fabricadas

por meio de um sistema que elimina a emissão de solventes na atmosfera,

proporcionando um ambiente de trabalho seguro aos funcionários.

1.10 Gestão de resíduos

Para atender os novos anseios da sociedade e equacionar a gestão de

seus resíduos, a JBS criou a JBS Ambiental. Instalada no Brasil, a unidade de

negócio tem por objetivo oferecer soluções de gerenciamento de resíduos

sólidos, tratando e destinando adequadamente os produtos recicláveis, não

recicláveis e perigosos, garantindo a certificação dos descartes. Dessa forma, a

JBS contribui e reforça seu compromisso com o meio ambiente e a

sustentabilidade de seus negócios e também de seus clientes. A JBS

Ambiental processa matérias pós-indústrias e pós-consumo por meio de

modernos e inovadores equipamentos os quais mantém as características

técnicas dos insumos próximas dos originais. A Unidade de negócios realiza a

gestão de resíduos sólidos e secos tanto de suas unidades como de terceiros,

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sendo referência em qualidade e excelência dos serviços e produtos reciclados

que oferece ao mercado.

A rastreabilidade dos resíduos é outro diferencial da JBS Ambiental. A

unidade de negócios tem o controle de 100% do caminho dos resíduos, desde

a entrada do material até seu destino final, o que garante ao gerador do

resíduo e ao cliente final a segurança e a sustentabilidade do processo.

Visando expandir a atuação, instalou centros de reciclagem em todas as

unidades da JBS no Brasil. Novas unidades da JBS Ambiental serão

implantadas nas unidades da JBS. Esse projeto de expansão tem como

objetivo contribuir ainda mais para a preservação do planeta e para o bem

estar das comunidades onde a JBS está presente.

Acredita-se que o desenvolvimento e crescimento empresarial devem

estar associados à sustentabilidade das nossas ações, por conta disso, foca-se

não só na melhoria na cadeia produtiva com foco na redução de possíveis

impactos ambientais, mas também, em soluções inovadoras para

reaproveitamento dos insumos gerados. A base do trabalho da JBS Ambiental

é a gestão e o reaproveitamento dos resíduos industriais e pós-consumo,

oferecendo a eles uma solução sustentável. Trabalha-se com os seguintes

materiais:

a) Plástico: realiza a coleta, seleção, lavagem, trituração, aglutinação,

extrusão, corte e embalagem.

b) Papel: realiza a coleta, seleção, compactação e revenda

c) Metal: realiza a coleta, classificação, armazenamento e revenda

d) Perigosos e não recicláveis: realiza a coleta, classificação,

armazenamento e destinação ambientalmente adequada.

A iniciativa da JBS Ambiental foi reconhecida em 2013 pelo Instituto

Ethos. O case da unidade de negócio foi apresentado na Conferência

Internacional do Instituto Ethos, sendo uma das finalistas.

1.11 Higiene e limpeza

A JBS Higiene e Limpeza é uma empresa do Grupo JBS especializada

na produção de sabonetes em barra, sabão, glicerina e massa base para

sabonetes, concentrando seus negócios no segmento B2B. Com uma das

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maiores e mais modernas instalações do Brasil, a JBS H&L é responsável pela

produção de sabonetes em barra para algumas das maiores empresas de

higiene do Brasil e do mundo. Além da produção para terceiros, a JBS H&L

atua ainda na fabricação de matérias-primas para a indústria saboeira do Brasil

e do exterior, comercializando seus produtos para mais de 50 empresas de

todo o país, além de exportar para clientes na Nigéria, Cabo Verde e Angola.

Certificada pela norma ISO 9001, a fábrica da JBS também é certificada

pela Anvisa para Boas Práticas de Fabricação.

1.12 Transportadora

A JBS possui uma frota própria de veículos no Brasil, Estados Unidos e

Austrália, prestando serviços de transporte de animais e produtos para atender

a própria demanda do grupo e atendendo empresas parceiras.

Os veículos são rastreados por satélite para garantir o cumprimento de

metas e compromissos assumidos com fornecedores e clientes finais e estão

enquadrados em um sistema de gerenciamento de frotas que permite a tomada

de decisões estratégicas, táticas e operacionais, bem como melhor controle de

emissões de gases causadores do efeito estufa.

A JBS Transportadora tem um rigoroso controle de jornada dos

motoristas, se enquadrando à nova legislação do segmento. Dessa forma, a

companhia prima pela segurança e bem-estar a seus colaboradores.

1.13 JBS Foods

A JBS Foods é a mais nova unidade de negócios da JBS. Ela foi criada

para englobar a recém-adquirida Seara e também as operações da JBS Aves.

Dessa forma, Seara, Fiesta, Doriana, Rezende, LeBon, Frangosul, entre outras,

passam a ser marcas da JBS Foods.Com sua criação, a unidade de negócios

inicia uma nova relação com seus clientes e consumidores, apresentando a

todos produtos de alto valor agregado e marcas reconhecidas.

A equipe JBS Foods soma forças para que os produtos possam estar à

disposição dos clientes com qualidade e habilidade em pontos de vendas

espalhados pelo Brasil. São 17 centros de e um departamento de logística

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responsável pela gestão do abastecimento, gestão de pedidos, customer

service, expedição, armazenagem, distribuição e projetos.

1.14 Responsabilidade social

Desenvolver a inclusão social também é um dos focos da JBS.

O projeto Oficina de Trabalho Experimental começou há nove anos na

JBS com objetivo de capacitar e inserir pessoas com deficiência no quadro de

colaboradores. Com duração de 6 a 8 meses e executado de forma gratuita, o

curso já foi implementado nas Unidades de Barretos, Andradina e Lins, em São

Paulo. “Desde o inicio do projeto, já recebeu depoimentos muito emocionantes

dos pais de alguns participantes relatando o prazer de ver seus filhos

recebendo seu primeiro salário, no primeiro emprego e gratidão que eles tem

com a JBS”, revela José Peres Delgado, Gerente do Serviço Especializado em

Segurança e Medicina do Trabalho Corporativo.

Os participantes têm aulas de qualificação profissional e são preparados

para trabalhar em áreas como lavanderia, cozinha, restaurante, produtos e

embalagem. “Para a JBS, o projeto é motivo de orgulho e grande satisfação.

Eles têm obtido ótimos resultados nas avaliações ocupacionais e pedagógicas”,

conta Karla Batista, gerente de Recursos Humanos da Divisão Carnes, da

Matriz- SP.

Os treinamentos são realizados dentro de uma casa com sala de aula,

área de lanche, um quintal onde acontecem as confraternizações e um

ambiente que simula o dia a dia da fábrica, com esteira, caixarias e latarias. Lá,

eles utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), assim, conseguem

ter uma noção de como serão as suas rotinas de trabalho. A parte da educação

sociocomportamental fica sob a responsabilidade de uma pedagoga.

A oficina oferece: capacitação das pessoas com deficiência para o

exercício das funções existentes nos postos de trabalho da JBS, bem como

educação continuada para o trabalho ; diagnósticos das habilidades cognitivas,

motoras, e psicossociais dos participantes , aperfeiçoando-os e contribuindo

para o desenvolvimento de outras habilidades necessárias à sua inclusão e à

sua permanência no mercado de trabalho; subsídios para os recrutadores

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selecionarem os perfis adequadas, incluindo e praticando a integração efetiva

do participantes.

Há também a Escola Germinare representa, hoje, uma das principais

iniciativas do Instituto JBS. A Germinare começou a funcionar em 2010, com o

objetivo primordial de oferecer a jovens que têm potencial, iniciativa e

motivação uma oportunidade educativa de alto nível, em uma estrutura de

ensino comparável a das melhores escolas privadas de São Paulo.

Funcionando em período integral, das 7h15min às 17h, a Escola terá por

diferenciais, além do preparo acadêmico de excelência, um ensino que busca

colocar o aluno diante de desafios reais da vida profissional, em projetos de

empreendedorismo, tecnologia, línguas (inglês e espanhol), entre outros,

desenvolvendo o sentido de iniciativa e de liderança.O projeto da Germinare

propõe uma escola que favoreça a inserção dos jovens no mundo do trabalho a

partir do desenvolvimento de atitudes, valores, habilidades e competências

fundamentais, como a capacidade de liderar processos, trabalhar

colaborativamente, atuar de forma inovadora e criativa em cenários de

transição e instabilidade, persistir diante de dificuldades, entre outros.

Com a Germinare, a Educação passou a representar, assim, o coração

das políticas de responsabilidade social da JBS.

1.15 Sustentabilidade

A JBS tem o compromisso de garantir a origem de sua matéria prima e

por isso não adquire gado de fornecedores envolvidos com desmatamento,

invasão de terras indígenas, unidades de conservação ambiental e uso de

trabalho escravo e/ou infantil.

Para garantir este compromisso, a empresa desenvolve desde 2010 um

sistema de monitoramento socioambiental que utiliza imagens de satélite,

dados georreferenciados das fazendas e informações de órgãos públicos

oficiais para análise dos seus mais de 60 mil fornecedores no Brasil.

A área de Meio Ambiente possui uma equipe para o monitoramento

constante dos indicadores ambientais nas unidades produtivas que segue

diretrizes para o cumprimento legal e a otimização do uso dos recursos

naturais.

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Para potencializar sua aplicação no dia a dia, a JBS iniciou em 2011 a

implementação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas operações de

carne bovina no Brasil, com base no padrão NBR ISO 14001:2004.

1.16 Transparência e comunicação

Como parte da política da empresa na questão de emissões de carbono,

há quatro anos a JBS elabora o seu Inventário de Emissões de Gases de Efeito

Estufa, desenvolvido para medir e mitigar emissões relacionados às suas

atividades diretas e indiretas. Esta avaliação é realizada a partir de

metodologias internacionais como o GHG Protocol/WRI que permite mensurar

as emissões e implementar a gestão de emissões a partir da identificação das

fontes emissoras e das principais oportunidades para mitigação. Esta

publicação reflete a adesão voluntária da JBS no Programa Brasileiro GHG

Protocol, garantindo que a JBS atenda aos princípios do GHG Protocol, com

base na relevância, integralidade, consistência, transparência e exatidão.

Com relação à transparência no relato das emissões, a JBS integra a

carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da BM&FBovespa desde 2010.

Este é um índice de mercado composto por companhias participantes do

índice IBrX-50, onde são publicados os volumes anuais de emissões de gases

de efeito estufa das operações globais da companhia.

A companhia também faz parte do Carbon Disclosure Project (CDP)

desde 2009, por meio do qual divulga a gestão e as estratégias da empresa

relacionadas à mitigação de emissões de Gases de Efeito Estufa. Em 2012,

através do Relatório CDP Brasil, a JBS foi reconhecida com mérito nas

categorias desempenho e transparência pela adoção das melhores práticas em

sustentabilidade.

A JBS Biodiesel, localizada no município de Lins/SP, recebeu o

Certificado Internacional de Carbono e Sustentabilidade (ISCC), passando a

ser a primeira, e única, empresa brasileira produtora de biodiesel a obter a

certificação que garante a sustentabilidade e rastreabilidade.

1.17 Pecuária sustentável

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A parceria entre a JBS e a ONG Brasileira Instituto Centro de Vida (ICV)

promove a pecuária sustentável dentro do bioma Amazônia, desenvolvendo

modelos de produção que melhora a gestão, aumenta a produtividade,

incrementa qualidade no produto entregue ao mercado, reduz as emissões de

gases de efeito estufa no sistema de produção e respeita a legislação

ambiental. A primeira fase do projeto teve início em agosto de 2012, na região

de Alta Floresta (MT), com o envolvimento de 10 fazendas modelos e continua

ativo.

1.18 Concorrentes

1.18.1 Marfrig

Marfrig é uma empresa global de alimentos à base de carnes bovina,

suína, de aves e peixes fundada em 2000. Sua plataforma operacional

diversificada e flexível é composta por 46 unidades produtivas, comerciais e de

distribuição instaladas em doze países em quatro continentes.

Considerada uma das companhias brasileiras de alimentos mais

internacionalizadas e diversificadas, seus produtos estão presentes hoje em

100 países.

1.18.2 Minerva

A companhia Minerva é a segunda maior exportadora de carne e a maior

exportadora de gado vivo do Brasil.

Tem coerência em sua estratégia de negócios, valoriza os subprodutos

do abate e verticaliza a marca através de uma cadeia de produção que viabiliza

uma operação eficiente e sustentável. Assim, também fazem parte da

companhia Minerva, as empresas Minerva Casings, Minerva Biodiesel, Minerva

Leather, Minerva Beef Shop, Minerva Live Cattle Exports, e Logística Minerva.

1.18.3 Minupar

A Companhia tem por objetivo: Participação no capital de outras sociedades,

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indústria e comércio, importação e exportação de produtos alimentícios em

geral, inclusive carnes, ovos, rações para animais, cereais e outros de origem

animal e vegetal, bem como seus derivados e conexos, criação, abate,

comercialização, importação e exportação de aves, comercialização de

sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, implementos para agricultura e

avicultura, medicamentos para uso veterinário, pintos de um dia, móveis,

esquadrias de madeira e matérias primas concernentes a seus ramos de

atividade, florestamento e reflorestamento, representação e prestação de

serviços atinentes a seus ramos de atividade, inclusive de carpintaria e

construção civil.

1.18.4 Excelsior Alimentos S.A.

A Excelsior Alimentos S/A é uma empresa gaúcha que desenvolve

produtos, industrializando carne suína e frango para a mesa dos brasileiros.

São presuntos, fatiados em geral, patês, salsichas, lingüiças e congelados –

pizzas, lasanhas, empanados e pão de queijo – com a garantia de qualidade

ostentada pela marca 'Excelsior' com 122 anos de trajetória.

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CAPITULO II

GESTÃO DE ALMOXARIFADO

1 ALMOXARIFADO

O almoxarifado, é um dos setores mais importantes da empresa, pois

nele são guardados os materiais utilizados na organização. É o responsável

por receber todos os materiais, fazer a armazenagem e suas distribuições.

Um local de importância para a empresa, pois qualquer falha pode

acabar por comprometer todo o processo do recebimento da mercadoria até o

consumidor final.

Infelizmente, o almoxarifado não teve seu papel reconhecido por um

longo período de tempo, na década de 70, eram tratados com pouca

importância, eram galpões e armazéns com pouco zelo e mal construídos,

nestes locais, que eram distantes dos grandes centros de consumidores

ficavam, armazenados os materiais de forma precária e sem nenhuma

preocupação.(ROSA, 2003)

As empresas da época só se preocupavam em produzir e vender, uma

vez que não tinham concorrência estrangeira, os produtos eram rapidamente

vendidos, assim, a necessidade de cortar custos só veio a ser tratada de

maneira correta nos anos 80.

Nos anos 90, o setor de materiais começou a ter seu valor reconhecido,

quando os gerentes começaram a notar que todo o sistema de armazenamento

da matéria prima até o produto acabado tem seu peso no custo da mercadoria

ou serviço ofertado. Usando este novo modo de enxergar e aliado à

informática, foram formulados novas maneiras de trabalhar no setor,

implementando procedimentos para a diminuição de custos.(ROSA, 2003)

Segundo Dias (2010), "o almoxarifado está diretamente ligado a

movimentação ou transporte interno de cargas, e não se pode separá-lo."

Todos os sistemas e métodos quando trabalhados adequadamente

podem reduzir os custos de armazenagem, operação, melhorar a qualidade

dos produtos e acelerar o ritmo de trabalho. Pode ainda reduzir o desgaste dos

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equipamentos, obter uma diminuição nos acidentes de trabalho e ainda um

menor número de problemas com a administração. Não existe uma fórmula

pré-fabricada, por isso, para se obter a eficiência, deve-se escolher de forma

adequada um sistema que seja adaptado para as condições específicas de

cada organização, analisando todos os fatores. (DIAS, 2010)

O almoxarifado deve estar localizado o mais próximo possível dos

usuários, pois assim os materiais serão encaminhados mais rápido entre o

almoxarifado e o cliente, diminuindo os custos e tempo de deslocamento.

Existem vários tipos de construções de almoxarifados, cada uma determinada

aos tipos de materiais diferentes devendo ser planejadas e edificadas de

acordo com as necessidades da organização. (ROSA, 2003)

1.1 Funções do almoxarifado

As funções do almoxarifado são: a) receber e conferir os materiais

adquiridos pela empresa, para guarda e proteção; b) fornecer os materiais para

outras áreas da empresa e aos usuários, quando requerido; c) atualizar e

manter os registros necessários. (TEIXEIRA, 2010)

2 ESTRUTURA FUNCIONAL DO ALMOXARIFADO

Para entender o almoxarifado deve-se entender sua estrutura, esta por

sua vez é dividida em quatro partes.

A estrutura funcional do almoxarifado:

a) controle;

b) recebimento;

c) armazenagem;

d) distribuição.

2.1 Controle

Sabendo que o almoxarifado guarda itens de baixo até alto valor para a

empresa, eles devem ser controlados, devem sofrer constantes inventários,

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tudo para garantir a segurança dos bens que estão sobre a guarda do

almoxarifado.

Para que tudo funcione corretamente, deve existir um sistema de

controle eficiente, para que consiga fornecer de forma correta as quantidades

que se encontram a disposição, no momento certo, as compras recebidas e

aceitas e também as devoluções aos fornecedores. (VENDRAME, 2016)

Rosa (2003), afirma que o controle é a verificação administrativa,

fiscalização[...] O almoxarifado é como um banco para a empresa; dentro dele

permanecem mercadorias de valor.

2.2 Recebimento

No recebimento de materiais deve-se compreender que devem ser feitas

inspeções e conferências qualitativas e quantitativas de materiais e

equipamentos, as devidas emissões de documentos necessários e a geração

de processos para que ocorram os recebimentos, não se esquecendo de

acionar as áreas relacionadas. (ROSA, 2003)

Para se manter um bom entendimento sobre o recebimento de materiais,

deve-se compreender os cinco elementos principais: espaço físico, recursos de

informática, equipamentos de carga e descarga, pessoas e procedimentos

normalizados.

Deve-se manter um espaço físico adequado para às necessidades de

recebimento. Recursos de informática à disposição como um leitor de código

de barras para a confêrencia dos itens. Equipamentos ideais para que sejam

feitas de forma correta a carga e descarga de materiais. Pessoas aptas e

treinadas para a função para que as operações ocorram de forma correta. E

uma ênfase nos procedimentos de normalização que devem ser determinado o

que deve ser feito em caso de exceção. (MARTINS; ALT, 2006)

2.2.1 Entrada de materiais

Vendrame (2016) diz que, a entrada de materiais, tem como objetivo

efetuar a recepção dos veículos transportadores, proceder à triagem da

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documentação suporte do recebimento, encaminhá-los para descarga e efetuar

o cadastramento dos dados pertinentes para o sistema.

2.2.2 Conferência quantitativa

Deve-se tomar muito cuidado na hora de realizar a confêrencia

quantitativa, pois ela é a atividade que verifica se a quantidade fornecida de

materiais corresponde a quantidade informada na Nota Fiscal. Ela deve ser

feita por um modelo de confêrencia, são eles: manual, por meio de cálculos,

por meio de balanças contadoras pesadoras, pesagem, medição.

(VENDRAME, 2016)

2.2.3 Conferência qualitativa

A chamada inspeção técnica, ou conferência qualitativa é a mais

importante etapa quando se fala em recebimento de materiais, pois é

observado se o material está de forma adequada, seguindo as características e

restrições do que foi acordado. (VENDRAME, 2016)

2.2.4 Regularização

É todo o processo de controle do recebimento dos materiais, onde se

tem a confirmação das conferências quantitativas e qualitativas por meio de

laudos de inspeção técnica. Após esse processo, é avaliado se o produto é

aceito ou recusado dando assim por encerrado o processo. (VENDRAME,

2016)

2.3 Armazenagem

Segundo Chiavenato (2005), o armazenamento de materiais funciona

com um bolsão capaz de suprir às necessidades da produção. Por outro lado, o

armazenamento de produtos acabados também funciona como um bolsão que

supre às necessidades de vendas da empresa. Ambos armazenamento de

materiais e armazenamento de produtos acabados, servem para amortecer as

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incertezas quanto às entradas de insumos e às incertezas quanto as saídas de

produtos acabados.

2.3.1 Cuidados na armazenagem

Para Vendrame (2016), é preciso tomar alguns cuidados quanto a

armazenagem dos materiais que compõem o almoxarifado:

a) determinar um local adequado para os tipos de materiais a serem

guardados;

b) a correta definição do layout;

c) cuidados com a preservação dos materiais;

d) o local de armazenagem deve sempre estar limpo e organizado;

e) deve-se ter uma preocupação com a segurança dos materiais;

2.3.2 Critérios de armazenagem

Vendrame (2016), expõe alguns critérios de armazenagem que devem

ser observados: fragilidade; combustibilidade; volatização; oxidação;

explosividade; intoxicação; radiação; corrosão; inflamabilidade; volume; peso; e

forma.

2.3.3 Métodos de armazenagem

Após analisar os critérios de armazenagem dos materiais, deve-se

escolher o método de armazenagem que irá configurar o almoxarifado da

organização, ainda deve-se levar em consideração a disponibilidade de espaço

para essa escolha.

Segundo Vendrame (2016) os métodos de armazenagem podem ser:

a) armazenagem por agrupamento: a utilização desse método ajuda

em sua arrumação e busca, porem ele tem uma maior utilização do

espaço.

b) armazenagem por tamanho: este método tem como objetivo

acomodar melhor os objetos para que exista um melhor

aproveitamento do espaço.

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c) armazenagem por frequência: faz com que os materiais que são

mais utilizados fiquem mais próximos das saídas, facilitando assim

sua movimentação.

d) armazenagem especial: essa configuração depende de vários

fatores, onde utilizam os critérios de periculosidade, perecibilidade,

etc. que são itens que precisam de um tratamento especial quando

armazenados.

2.4 Distribuição

Considerada uma das fases mais críticas, a distribuição tem como

objetivo de levar o produto do fornecedor inicial até o consumidor final, de uma

simples peça até o produto final são constantes movimentações. A distribuição

representa um custo significativo e tem grande impacto na competitividade.

(MARTINS; ALT, 2006)

A distribuição é o meio utilizado pela empresa para efetuar suas

entregas, tudo isso está intimamente ligado a movimentação e ao transporte.

(VENDRAME, 2016)

2.5 Perfil do almoxarife

Na hora de escolher quem irá cuidar da gestão do almoxarifado de uma

organização, o gestor deve escolher uma pessoa qualificada e de confiança,

pois ela será responsável por cuidar e armazenar os estoques de uma maneira

inteligente e sem desperdícios.

Para Vendrame (2016), o perfil de almoxarife deve conter: honestidade;

qualificações; comprometimento; lealdade; disciplina; e deve ser alguém de

confiança.

3 GESTÃO DOS ESTOQUES

Com o objetivo de ajudar o administrador, a gestão de estoque vem com

objetivo de ajudar a verificar se os estoques estão sendo utilizados de maneira

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eficiente, se tem um controle correto, se estão bem localizados e bem

manuseados. (MARTINS; ALT, 2006)

Conforme Vendrame (2016), a gestão de estoque é, basicamente o ato

de gerir recursos ociosos possuidores de valor econômico e destinado ao

suprimento das necessidades futuras de material numa organização.

Vendrame (2016), define que a gestão de estoque constitui uma série de

ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo

bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles utilizam,

bem manuseados e bem controlados.

A gestão de estoque visa, em manter os recursos ociosos expressos

pelo inventário em constante equilíbrio em relação ao nível econômico ótimo

dos investimentos. Pode ser compreendido ainda, como certa quantidade de

itens mantidos em disponibilidade constante e renovados, permanentemente,

para produzir lucros e serviços.

3.1 Classificação dos estoques

Estoque é a composição de materiais em processamento, materiais

semi-acabados, materiais acabados que não são utilizados em determinado

momento na empresa ou em determinado processo produtivo, que precisa

existir em função de futuras necessidades. Ele constitui todo o sortimento de

materiais que a empresa possui e utiliza no processo de produção de seus

produtos ou serviços, ou podem ser entendidos ainda como certa quantidade

de itens mantidos em disponibilidade constante e renovados,

permanentemente, para produzir lucros e serviços.

Chiavenato (2005) classifica os estoques da seguinte forma:

a) estoques de matérias primas (MPs): constituem os insumos e

materiais básicos que ingressam no processo produtivo da

empresa. São os itens iniciais para a produção dos

produtos/serviços da empresa;

b) estoques de materiais em processamento ou em vias: também

denominados materiais em vias são constituídos de matérias que

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estão sendo processado ao longo de diversas seções que compõem

o processo produtivo da empresa;

c) estoques de materiais semi-acabados: referem-se aos materiais

parcialmente acabados, cujo processamento esta em algum estágio

intermediário de acabamento e que se encontram também ao longo

das diversas seções que compõem o processo produtivo. Diferem

dos materiais em processamento pelo seu estágio mais avançado,

pois se encontram quase acabados, faltando apenas mais algumas

etapas do processo produtivo para transformarem-se em materiais

acabados ou em (Pas);

d) estoques de materiais acabados ou componentes: referem-se a

peças isoladas ou componentes já acabados e prontos para serem

anexados ao produto. São, na realidade, partes prontas ou

montadas que, quando juntadas, constituirão o PA;

e) estoque de produtos acabados (Pas): referem aos produtos já

prontos e acabados, para vendas, cujo processamento foi

completado inteiramente e definitivo. Constitui o estágio final do

processo produtivo e já passaram por todas as fases, como MP,

materiais em processamentos, materiais semi-acabados, materiais

acabados e Pas.

3.2 Função dos estoques

Segundo Dias (2010), a função dos estoques é maximizar o efeito

lubrificante do feedback de vendas e o ajuste do planejamento e programação

da produção. Deve minimizar o capital investido em estoques, pois ele é de

alto custo e aumenta de acordo com o custo financeiro. Sem o estoque é

impossível uma empresa trabalhar, pois ele é o amortecedor entre os vários

estágios até a venda final do produto.

Estoque são os materiais acabados, materiais semi-acabados, os

materiais em processamento e os PAs. O estoque é constituído de todos os

materiais utilizados para a produção de produtos e serviços de uma

organização. (CHIAVENATO, 2005)

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3.3 Custo dos estoques

Conforme Chiavenato (2005), todo material estocado gera custos, aos

quais denomina-se custos de estoques ou custos de estocagem. Os custos de

estoques dependem de duas variáveis: a quantidade em estoque e o tempo de

permanência em estoque. Quanto maior a quantidade e quanto maior o tempo

de permanência, tanto maiores serão os custos de estoque.

Segundo Bertaglia (2003), o custo de estoque desdobra-se em vários

componentes e, dependendo do enfoque utilizado, pode ter objetivos que

causem conflitos dentro da organização.

O estoque é considerado em muitas vezes como um capital imobilizado

da empresa na forma de materiais, ou seja, representando um investimento

parado.

Por ora, os estoques também assumem o papel inverso quando estão

dentro de mercados especulativos, seja pelo aumento do preço ou até mesmo

pela falta de fornecimento, o que acarretaria em uma valorização ao produto

estocado. (BERTAGLIA, 2003)

3.3.1 Custo de capital de giro

Segundo Bertaglia (2003), custo de capital de giro refere-se ao tempo de

pagamento do estoque ao fornecedor e o tempo de venda, neste caso, o

recebimento do capital.

Frente a isso, os custos associados a ele são os custos de oportunidade

por não reinvestir o dinheiro em outro lugar ou os juros que são pagos aos

bancos pela tomada de empréstimo, por exemplo.

3.3.2 Custo de armazenagem

É o custo do espaço físico necessário para armazenar o material, que

pode ser alugado ou próprio. Seus componentes estão associados ao valor

operacional do armazém ou aluguel, recursos utilizados na movimentação e

armazenagem, pessoas necessárias, energia elétrica, ar-condicionado,

telefone e água. (BERTAGLIA, 2003)

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Para Chiavenato (2005), o custo de armazenagem (CA) é calculado pela

seguinte equação:

CA = Q/2 x T x P x I

Onde:

Q = Quantidade de material em estoque no periodo considerado.

T = Tempo de armazenamento.

P = Preço unitário do material.

I = Taxa de armazenamento expressa em porcentagem do preço

unitário.

Ta = Taxa de armazenamento físico:

Ta = 100x(A x Ca /C x P )

Onde:

A = Área ocupada pelo estoque.

Ca = Custo anual do metro quadrado de armazenamento.

C = Consumo anual do material.

P = Preço unitário do material.

Tb = Taxa de retomo do capital empatado em estoque:

Tb= ( lucro / Q x P)

Onde:

Q x P Valor dos produtos estocados.

Tc = Taxa de seguro do material estocado:

Tc = 100x (custo anual do seguro / Q x P)

Td = Taxa de transporte, manuseio e distribuição do material:

Td = 100x (depreciação anual do equipamento / Q x P)

Te = Taxa de obsolescência do material:

Te = 100x (perdas anuais por obsolecência / Q x P)

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Tf = Outras taxas, como mão-de-obra, água, luz etc:

Tf = 100x (despesas anuais / Q x P)

Em resumo, a Taxa de Armazenagem (TA) é a soma dessas taxas

explicadas:

TA =Ta + Tb + Tc + Td + Te + Tf

3.3.3 Custo de obsolescência

Devido a alta quantidade de itens em estoque, existirão alguns itens que

ficarão por um longo prazo ou até mesmo esquecidos, ocasionando assim a

deterioração ou a obsolência.

Segundo Bertaglia (2003), custo de obsolescência é o risco de que

produtos, quando estocados por muito tempo, em razão do volume de compras

desnecessário, percam seu valor tornando-se obsoletos, como por exemplo,

pela deterioração com o tempo e a mudança do consumidor em relação ao

produto ou até mesmo devido às constantes mudanças tecnológicas.

3.4 Tipos de estoque

Segundo Rosa (2003), os estoques devem funcionar como

reguladores do fluxo de negócios e, para evitar o desequilíbrio entre a taxa de

fornecimento e de demanda, existem diferentes tipos, a saber.

Segundo Moura (2004), o primeiro passo é conhecer os diferentes tipos

de estoque existente ativo e passivo.

De acordo com Malagoni (2005), o estoque ativo é todo estoque

resultante de um planejamento prévio e destinado a uma utilização em:

a) produção: constituído por matérias primas e componentes que

integram o produto final;

b) produtos em processo: constituídos por matérias em diferentes

estágios da produção;

c) manutenção, reparo e operação: formado por peças e componentes

empregados no processo produtivo, sem integrar o produto final;

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d) produtos acabados: compreendem os materiais e/ou produtos em

condições de serem vendidos;

e) materiais administrativos: formado por matérias de aplicação em

geral na empresa, sem vinculação com o processo produtivo.

O estoque inativo é decorrente de alterações de programas, mudanças

nas políticas de estoque ou eventuais falhas de planejamento, que engloba as

seguintes categorias:

a) estoque disponível: constituído pelos materiais sem perspectiva de

utilização, sem destinação, total ou parcialmente;

b) estoque alienável: constituído de material disponível, inservível,

obsoleto, e sucatas destinadas à venda.

3.4.1 Estoque de reserva ou de segurança

De acordo com Martins (2006), estoque de segurança é uma quantidade

mínima de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as

possíveis variações do sistema, que pode ser: eventuais atrasos no tempo de

fornecimento, rejeição do lote de compra ou aumento na demanda do produto.

Sua finalidade é não afetar o processo produtivo e, principalmente, não

acarretar transtornos aos clientes por falta de material e, consequentemente,

atrasar a entrega do produto ao mercado.

O estoque de segurança pode ser matematicamente calculado pela

seguinte fórmula, conforme Vendrame (2016):

ES = (c.ape) + ac (pe + ape)

Es = Estoque de reserva ou de segurança

c = consumo diário

ape = atraso no prazo de entrega

ac = aumento do consumo diário

pe = prazo de entrega

O estoque de segurança é o estoque de produto para suprir determinado

período, além do prazo de entrega para o consumo ou vendas, prevenindo

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possíveis atrasos na entrega por parte do fornecedor. O estoque de segurança

é um amortecedor que se deve prever para amenizar os efeitos de variação

tanto no consumo médio mensal como no tempo de reposição, ou de ambos.

Deve ser estabelecido com certo cuidado, pois é responsável pela

imobilização de capital de estoque. O problema concentra-se em determinar

que uma reserva de estoque equilibre, de um lado, os custos de oportunidades

das faltas de estoque e, de outro, os custos de estocagem de maiores

quantidades no almoxarifado. O propósito do estoque de segurança é

compensar as incertezas inerentes ao fornecimento da demanda.

3.4.2 Estoque mínimo

Conforme Dias (1993), o estoque mínimo é a quantidade mínima que

deve existir em estoque que se destina a cobrir eventuais atrasos no

suprimento, objetivando a garantia do funcionamento ininterrupto e eficiente do

processo produtivo sem o risco de faltas.

Entre as causas que ocasionam estas faltas, podem-se citar: oscilações

no consumo; oscilações nas épocas de aquisição, ou seja, atraso no tempo de

reposição; variação na quantidade; quando o controle de quantidade rejeita um

lote e há diferenças de inventario. A importância do estoque mínimo é a chave

para o adequado estabelecimento do ponto de pedido.

Segundo Dias (1993), pode-se determinar o estoque mínimo através de:

a) fixação de determinada projeção mínima (projeção estimada do

consumo);

b) cálculos e modelos matemáticos.

O estoque mínimo pode ser representado pela seguinte fórmula,

conforme Martins (2006):

Emin = Es + Pe x C

Emin = estoque mínimo

Es = estoque de reserva ou de segurança

Pe = prazo de entrega

C = consumo diário

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Com esta fórmula é possível calcular o estoque mínimo e de segurança,

para que assim não se tenha erros no estoque.

3.4.3 Estoque maximo

Conforme Pozo (2008), é o resultado da soma do estoque de segurança

mais o lote de compra. O nível máximo de estoque é normalmente determinado

de forma que seu volume ultrapasse a somatória da quantidade do estoque em

virtude das variações normais de estoque em fase da dinâmica de mercado,

deixando margem que assegure a cada novo lote, que o nível máximo de

estoque não cresça e onere os custos de manutenção de estoque.

O estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo e do lote de

compra. O lote de compra poderá ser econômico ou não. Em condições

normais de equilíbrio entre a compra e o consumo, o estoque oscilará entre os

valores máximos e mínimos. O estoque máximo é uma função no lote de

compra e do estoque mínimo, e evidentemente, variará todas as vezes que

uma ou duas partes acima variarem. O estoque máximo sofrerá também

limitações de ordem física, como espaço para armazenamento.

O estoque máximo pode ser representado pela seguinte fórmula:

Emáx = ES + LEC

Emáx = estoque máximo

ES = estoque de reserva ou de segurança

LEC = lote econômico de compra

No caso, com esta fórmula é possível se ter uma margem máxima de

estoque, para que assim se tenha um melhor planejamento do estoque.

3.4.4 Estoque virtual

São os itens que já foram pedidos (adicionado o ponto de pedido)

ao setor de compras e este já o efetivou, mas ainda não chegou ao

ponto de armazenagem ou ainda estão em processo de liberação pelo

controle de qualidade. (PINTO, 2002)

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3.4.5 Estoque obsoleto (morto)

Os estoques obsoletos são objetos que não tem mais serventia para a

organização, seja por danos, ou qualquer outro meio e estão parados no

estoque.

São partes do estoque que deterioram ou tem sua validade vencida, ou

ainda, foram danificadas ou reprovadas na linha de produção. (PINTO, 2002)

3.5 Sistema ABC de estoque

Uma importante ferramenta para os administradores, o sistema de

custeio baseado em atividades (ABC –Activity Based Costing) identifica os

itens que são de maior prioridade, são formados por 3 grupos (A- itens que

precisam de maior atenção, B- itens que precisam de uma atenção

intermediária, C- itens que não devem ser esquecidos, porém, precisam de

menor atenção dos administradores).

Dias (2010, p.69) acredita que “a curva ABC tem sido usada para a

administração de estoques, para a definição de políticas de vendas, para o

estabelecimento de prioridades, para a programação da produção e uma série

de outros problemas usuais nas empresas.”

“O custeio baseado em atividades é uma metodologia de custeio que

procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio

arbitrário dos custos indiretos”. (MARTINS, 2002, p. 87)

Segundo Martins (2002), para atribuir custos às atividades e aos

produtos utilizam-se de direcionadores. Há que se distinguir dois tipos de

direcionador: direcionador de custos de recursos e os direcionadores de

custos de atividades.

O primeiro identifica a maneira como as atividades consomem recursos

e serve para custear as atividades. Martins (2002) afirma que o segundo

identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para

custear produtos.

Martins (2002), conceitua atividade como um processo que combina,

deforma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu

ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos.

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Assim, para o estudo do método ABC, deve-se ponderar sobre as

atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma mercadoria

ou um serviço.

3.5.1 Finalidade da curva ABC

Para Pozo (2008), "a utilização da Curva ABC é extremamente

vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizações em estoque sem prejudicar

a segurança, pois ela controla mais rigorosamente os itens de classe A e, mais

superficialmente, os de classe C.

A Curva ABC tem grande importância no contexto de administração de

materiais, pois com ela se pode ter um grande impacto na empresa. Tudo

porque se aplicada corretamente se tem uma otimização no processo de

tomada de decisão e ações mais rápidas.

3.6 Giro de estoque

O giro de estoque pode ser medido quantas vezes por unidade de tempo

o estoque se renovou ou girou. Esse indicador pode ser calculado a partir do

quociente custo de mercadorias vendidas e o valor do estoque médio da

empresa. (LOPRETE et al., 2009)

Segundo Martins e Alt (2003), o giro dos estoques é a quantidade de

vezes em determinado período que o estoque que a empresa mantém é

vendido.

De acordo com Gitman (2004), o giro resultante passa a ter significado

quando comparado ao de outras empresas que atuam no mesmo setor. Assim,

o giro de estoque pode ser facilmente convertido em índice de idade média dos

estoques.

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CAPÍTULO III

A PESQUISA

1 INTRODUÇÃO

Segundo Dias (1995), "o almoxarifado é o responsável pela guarda física

dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em processo. É o local

onde ficam armazenados os produtos".

O estoque é necessário para que o processo de produção-vendas da

empresa opere com um número mínimo de preocupação e desníveis. Sem

estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como

amortecedor entre vários estágios da produção até a venda final do produto

(DIAS, 1995)

Indubitavelmente, uma das mais importantes funções da administração

de materiais está relacionada com o controle de níveis de estoque. (POZO,

2008)

Todas as organizações de transformação devem preocupar-se com o

controle de estoque, visto que desempenham e afetam de maneira bem

definida o resultado da empresa.

O almoxarifado é o intermediário, por uma parte, entre os

abastecedores de matéria prima e as oficinas que vão consumí-la e, por outra

parte, entre as oficinas e os clientes que vão receber o produto terminado.

Quanto às tarefas de armazenagem devem obedecer a um método de rotinas,

a fim de que todo o trabalho se desenvolva dentro de um critério sadio e

eficiente. (SÁ, 1985)

A administração de materiais tem como finalidade assegurar o contínuo

abastecimento de artigos próprios, necessários e capazes de atender os

serviços executados por uma empresa. O abastecimento de materiais, porém,

deverá se processar em conformidade com 3 requisitos básicos: a) qualidade

produtiva; b) data de entrega; e c) menor custo de aquisição.

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A administração de materiais, e mesmo genericamente almoxarifado, é o

vocabulário que significa: armazém, depósito, arrecadação, local onde são

recebidos, examinados, guardados, conservados e distribuídos produtos,

matérias primas, máquinas, acessórios e quaisquer materiais indispensáveis a

um determinado fim. (ARAUJO, 1971)

Almoxarifado é uma parte da Administração de Material em uma

organização, que pode incluir planejamento e controle da produção, compras,

administração de compras, inspeção e diligenciamento técnico, distribuição,

transporte, patrimônio, equipamentos e materiais inservíveis (Sucatas),

podendo suportar estoques diversos. (ROSA, 2003)

Com o objetivo de verificar a importância da gestão do almoxarifado para

a liquidez da empresa foi realizada uma pesquisa de campo descritiva com

abordagem qualitativa na JBS – Divisão Carnes Lins, uma empresa localizada

na cidade de Lins – SP Via de Acesso Lins/ Getulina S/N, Parque Industrial

Lins /SP- CEP: 16401-101.

JBS S/A - Carnes Lins, cuja a natureza é Matadouro Frigorífico e Fábrica

de Conservas, a mesma conta com aproximadamente 3.000 funcionários e

possui 214.011,33m² de área construída, seu almoxarifado central abastece

toda a indústria com cerca de 3.020 itens em estoque.

Os objetivos específicos que nortearam a pesquisa foram:

- Descrever a evolução histórica da empresa.

- Fundamentar as teorias referentes a: almoxarifado, gestão de estoque,

fenômeno de ruptura, lote Econômico de compra, curva ABC, estoque mínimo,

estoque máximo, estoque de reserva ou de segurança, giro, antigiro.

- Descrever o funcionamento do almoxarifado na empresa no tocante a:

recebimento, armazenagem, distribuição e controle.

- Verificar se as normas de determinação dos estoques respeitam a

teoria da curva ABC;

- Verificar também se as normas de gestão de almoxarifado contribuem

para o gerenciamento dos estoques.,

Para a realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos:

- Método de Estudo de Caso: foi realizado um estudo de caso na JBS

Divisão Carnes Lins, analisando a importância da gestão do almoxarifado para

a liquidez da empresa.

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- Métodos de Observação Sistemática: foram observados, analisados e

acompanhados os procedimentos aplicados ao processo de gestão de

almoxarifado para um eficaz gerenciamento do estoque.

- Método Histórico: foi observada a evolução histórica da empresa JBS

Divisão Carnes Lins - SP.

Técnicas:

- Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A)

- Roteiro de Observação Sistemática (APÊNDICE B)

- Roteiro Histórico da JBS Lins (APÊNDICE C)

- Roteiro de entrevista para o Supervisor de Almoxarifado (APÊNDICE

D)

- Roteiro de entrevista para o Almoxarife ( APÊNDICE E)

- Outros registros: dados ilustrativos.

Segue relato e discussão da pesquisa.

2 O FUNCIONAMENTO DO ALMOXARIFADO NA JBS DIVISÃO

CARNES – LINS

Para Vendrame (2016), o almoxarifado deve ser um local adequado com

função de reservar espaços de armazenamento de itens onde os mesmos

estarão bem condicionados e armazenados com segurança e a disposição da

empresa, tudo isso deve estar dentro das normas da empresa.

A atividade almoxarifado visa garantir a fiel guarda dos materiais

confiados pela empresa, objetivando sua preservação e integridade até o

consumo final. (VIANA, 2006)

O almoxarifado da JBS se dispõe de um armazém coberto dividido e

mapeado por setores, embalagens primárias, embalagens secundárias ( são os

materiais diretos), produtos químicos, manutenção, EPI, material de escritório,

entre outros (são materiais indiretos). Sua localização foi planejada para

viabilizar rapidamente a movimentação a fim de melhorar a distribuição de

materiais em todas as repartições.

Rosa (2003), diz que a excelência do almoxarifado depende de um

estudo criterioso do ambiente e de bom senso, pois assim será possível atingir

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todas as suas metas e setores sem prejudicar os processos, materiais, otimizar

o tempo e o rendimento das pessoas envolvidas.

O almoxarifado da JBS passa pelas seguintes etapas: Recebimento de

materiais, Conferência Quantitativa, Conferência Qualitativa, Descarga,

Armazenamento, Distribuição e Controle.

2.1 Recebimento de materiais

Os departamentos envolvidos no processo de recebimento de materiais

são: Portaria de Veículos, Faturamento e Almoxarifado, com profissionais

devidamente treinados para o processo.

A atividade recebimento visa garantir o rápido desembaraço dos

materiais adquiridos pela empresa, zelando para que as entradas reflitam a

quantidade estabelecida, na época certa e ao preço contratado (VIANA, 2006).

O recebimento de materiais na JBS começa com a chegada do material

na portaria, onde é identificada a empresa e encaminhada dentro do horário de

descarga para o setor de faturamento.

Figura 1 - Descarga de materiais

Fonte: JBS - Lins, 2016.

Já no setor de faturamento, o entregador repassa a nota fiscal para o

faturista e recebe uma planilha (planilha cega - documento elaborado pela

empresa onde o objetivo é confrontar a quantidade recebida com a quantidade

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pedida, informa a razão social, número de nota fiscal e código do produto,

porém, não informa a quantidade recebida).

É encaminhado para o almoxarifado para que seja feita a conferência

que é entregue ao faturamento e permanece lá até que seja finalizado o

processo.

Após a conferência no almoxarifado, a planilha cega é preenchida pelo

almoxarife com a quantidade recebida e volta para o faturamento, onde o

faturista confronta as informações da planilha cega com a quantidade da nota

fiscal. Não havendo divergência de quantidade, o faturista entrega o canhoto

da NF para o terceiro e fatura a Nota Fiscal. Se houver divergência avisa

imediatamente o almoxarifado para refazer a contagem, se depois da segunda

contagem ou segunda pesagem confirmar a divergência então o departamento

de compras é contatado imediatamente para que seja resolvido essa

divergência, seja qual for o motivo.

2.2 Conferência quantitativa

No processo de conferência na JBS - Divisão Carnes é analisado a

quantidade recebida fisicamente e não a quantidade que o fornecedor faturou.

Para Rimoli (1999), a conferência quantitativa é de grande importância

no recebimento de materiais, seu objetivo é garantir a adequação dos materiais

para os fins que se é destinado. Tudo é feito tendo como base a nota fiscal

onde deve ser conferido e comparado as especificações do produto.

Essa conferência é feita por contagem física (onde o almoxarife confere

as mercadorias uma a uma). Esse tipo de contagem é utilizada quando existem

poucos itens a serem conferidos: Há a contagem por medições, onde o

almoxarife faz as conferências com a ajuda de algum instrumento de medição,

muito utilizado na medição de cabos, correntes, entre outros; a contagem com

uso de balanças, onde o almoxarife utiliza esse método quando não existe

meio de se conferir usando o método de contagem física; a conferência por

meio de pesagem em balança, tais como: produtos químicos,filme strech, entre

outros.

É importante ressaltar que para realizar a conferência o almoxarife deve

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verificar qual a unidade de medida do item para que na sua verificação obtenha

um produto de qualidade e quantidade correta.

2.3 Conferência qualitativa

Os fornecedores são selecionados e escolhidos para ser parceiros da

JBS a partir da qualidade comprovada nos produtos. No caso da conferência

dos produtos diretos (insumos e embalagens), no momento da conferência há

um inspetor da garantia da qualidade, que analisa os aspectos físicos e visuais

do produto, se está com boa aparência, se a data de validade está correta, se

estão dentro das especificações da ficha técnica do produto. É retirada uma

amostra (%) e só mediante o resultado dessa avaliação os materiais são

liberados ou reprovados para uso na produção.

Figura 2- A conferência

Fonte: JBS - Lins, 2016.

2.4 Descarga

Existe local apropriado para que as descargas sejam feitas na JBS.

Chamado de 'doca', este é o lugar onde os veículos são descarregados, pode

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ser feita a descarga manual, onde o almoxarife retira o material manualmente

ou com o auxílio de uma máquina empilhadeira quando o produto é muito

pesado ou existe grande volume.

De acordo com Chiavenato (2005), o local de descarga de materiais

deve ser projetado de modo a facilitar e agilizar as operações de manuseio e

descarga. Todos os materiais são manuseados e descarregados com extrema

segurança, para que se possa garantir a qualidade dos matérias e a

integridade dos conferentes.

Figura 3 - Doca de recebimento

Fonte: JBS - Lins, 2016.

2.5 Armazenamento

Para que seja feito o armazenamento na JBS, o material é devidamente

identificado com o código de cadastro onde é informado a localização do

mesmo e as informações relevantes para sua identificação, a fim de ter

agilidade no processo de guarda e distribuição.

Segundo Dias (2010), o sistema de armazenamento contempla o

recebimento dos materiais, seu modo de empilhamento ou guarda em

prateleiras ou outro tipo de suporte especial; e também, a expedição de

qualquer tipo de carga, em qualquer momento na distribuição ou no processo

de produção de alguma mercadoria.

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Os materiais são armazenados em lugares específicos, respeitando o

grau de periculosidade e qualidade e que atende a indústria em melhor e

menor tempo, sempre respeitando o FIFO.

Todos são mapeados e com código de localização no sistema e no

físico, para facilitar a reposição e a saída desse materiais.

Depois de receber e armazenar, os produtos ficam alojados nos seus

lugares com identificação. O departamento emite uma requisição contendo

informações do número, nome do colaborador , código do material e descrição.

Quando há solicitação de materiais, o almoxarifado faz a baixa através

do sistema ERP e entrega o material descrito na requisição. No momento que

o almoxarife efetua essa baixa, o estoque vai diminuindo e o sistema também.

O gestor do almoxarifado confere diariamente o sistema para repor os

materiais e fazer as solicitações de compra conforme a necessidade.

Figura 4 - Armazém de embalagens

Fonte: JBS - Lins, 2016.

2.6 Distribuição

Na JBS, a distribuição é de responsabilidade da logística internamente e

externamente.

Para Chiavenato (2005), é denominado distribuição, todo o processo de

movimentação e manipulação de materiais de sua fonte primária (almoxarifado)

até o pronto de consumo final.

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O transporte é feito por veículos da própria empresa ou de terceiros, o

grande objetivo é assegurar a qualidade em todos os produtos e garantir a

eficácia da entrega, respeitando a data correta da entrega. Os motoristas são

treinados e controlam a jornada para que mantenha a segurança deles e das

cargas.

Figura 5 - Distribuição

Fonte: JBS - Lins, 2016.

2.7 Controle de estoque

Na JBS é adotado alguns métodos de controle de estoque , o principal é

o investimento mínimo, se as compras estão sendo efetuadas corretamente e

controladas. É verificado os níveis de estoque e o consumo de cada item para

comprar apenas o necessário para usar na produção, e evitar que fique

material em excesso ou se tenha rupturas no estoque.

Figura 6 - Prateleiras

Fonte: JBS - Lins, 2016.

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Deve-se controlar e planejar para manter os estoques em niveis

adequados para que consiga dimensionar ou reduzí-los sem correr riscos de

aumentar os custos financeiros ou afetar o processo produtivo. (CHIAVENATO,

2005)

A curva ABC é um método que pode ser aplicado em qualquer situação

onde se pode estabelecer prioridades e que depois de ordenados pela

importância, podem ser divididos em grupos. (VIANA, 2006)

Figura 7 - Demonstração da curva ABC

Fonte: JBS - Lins, 2016.

A figura 7, mostra como é feita a análise da curva ABC no sistema ERP

utilizado na JBS, onde o item é demonstrado por valor, sua porcentagem

dentro da curva e sua classificação.

A JBS utiliza o método da curva ABC, sendo A 70%, B 20% e C 10%,

onde os itens classificados como 'A' são os de maior valor agregado (peças

importadas, embalagens primárias e secundárias). É necessário que haja um

cuidado especial em relação as demais classes, pois são os itens que tem

impacto direto na gestão de estoque.

Como há várias metas que a diretoria impõe sobre o estoque, os

materiais de maiores valores impactam diretamente sobre essa meta, e por

isso, há uma gestão minuciosa sobre esses materiais.

Mensalmente é feito o inventário rotativo, e anualmente, o inventário

geral para garantir a acuracidade do estoque.

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Enfim, o almoxarifado da JBS tem como missão atender 100% às

necessidades da indústria de maneira ágil, focando na redução de custo,

mantendo um equilíbrio nos níveis de consumo e ressuprimentos.

Figura 8 - Evolução de estoque

Fonte: JBS - Lins, 2016.

A figura acima, representa a queda do estoque geral, onde

hipoteticamente, em 2011, quando se inicia a nova administração de

almoxarifado o seu estoque seria de R$ 40.000.000,00 e que no ano de 2016

sua redução chegou a bater a marca de R$ 13.760.000,00, totalizando uma

redução de R$ 26.240.000,00. Os dados originais foram retirados a pedido da

empresa.

Essa mudança é atribuída a nova gestão de almoxarifado, que teve

como prioridade a eliminação dos materiais inservíveis, baixando seu valor

imobilizado, tendo assim, uma melhor utilização de seus recursos.

3 PARECER FINAL DO CASO

Na JBS há vários métodos de gestão de estoque, onde cada um deles

tem um papel importante para administrar e controlar os estoques. O sistema

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ERP é preparado para demonstrar todos os relatórios para que essa gestão

seja feita.

Há um almoxarifado central onde ficam os mais diversos materiais para

atender a indústria e existe também outros almoxarifados paralelos que ficam

dentro da indústria, localizada em cada departamento, mas é o central que

gerencia e controla todos.

A gestão é criteriosa desde o momento do ato da compra onde é

levantado e verificado qual a real quantidade a comprar e as datas de

entregas, mas sem deixar a ruptura acontecer, pois o estoque é medido no

último dia do mês e há metas impostas pela diretoria como de cobertura de

estoque (R$ - Quantidade do estoque / R$ consumo * período que se deseja

calcular) e Estoque Sem Consumo (são os itens que foram comprados com

autorização do comercial ou da área técnica e que não tiveram saída e ficaram

parados por mais de 180 dias)

Outro tipo de controle é o inventário rotativo mensal e um inventário

anual, onde é verificado o estoque físico x contábil.

Desde 2011 até a data atual, reduziu-se o estoque hipoteticamente em

R$ 26.240.000,00, mas é uma redução consciente onde foi analisados item a

item que não tinham giro de estoque e suas eventuais causas. Foi feito um

trabalho do almoxarifado, área técnica da manutenção e o comercial (que fecha

os contratos para exportação) para eliminar os materiais que não iam ser mais

utilizados para que fossem destinados às outras unidades do grupo JBS, ou em

último caso, para descarte, pois a empresa paga uma taxa de CDI de 1% de

todo valor do material do estoque, então só de custos financeiros a empresa

desembolsa mais de 2% ao mês.

O controle de redução de estoque é feito até hoje para que o estoque

seja na proporção ideal para atender a fábrica e que não acumule itens sem

consumo. E os caso de materiais que não tem saída, os responsáveis pela

compra são cobrados para uma posição do consumo.

A JBS investe e acredita muito nos seus valores que são: atitude de

dono, determinação, disciplina, disponibilidade, simplicidade, franqueza e

humildade.

Diante da pesquisa, observa-se que a empresa controla os estoque de

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maneira satisfatória e, para o sucesso na gestão, é preciso ter uma equipe bem

treinada, comprometida e motivada.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Durante o período em que foi pesquisada, a empresa JBS conseguiu

demonstrar um ótimo desempenho no papel de gestão de almoxarifado, tudo

devido a uma gerência e supervisão experientes e a funcionários

compromissados com a gestão dos bens da organização, sendo assim foi

observado que não existe uma norma regulamentadora que esteja sendo

aplicada no momento.

Diante disso, propõe-se a implantação gradativa da NR - Norma

Regulamentadora para padronizar os métodos, processos e procedimentos

praticados no almoxarifado, também conhecidos como POP - Procedimento

Operacional Padrão.

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CONCLUSÃO

É evidente que as organizações devem se preocupar com a gestão de

almoxarifado e estoque, visto que essa parcela do ativo da empresa, quando

gerida de forma incorreta pode acabar trazendo grandes prejuízos para a

organização.

As organizações devem se atentar aos custos das mercadorias paradas,

o controle pode trazer maior competitividade.

Sendo assim, é fundamental conhecer os conceitos relacionados a

gestão de almoxarifado, estoques e a curva ABC.

Com a pesquisa feita na JBS - Divisão Carnes de Lins, foi observado

que é possível conseguir essa vantagem competitiva, pois a mesma trabalha

de maneira integrada com os outros setores, garantindo uma gestão eficiente.

Portanto, conclui-se que, com a realização deste trabalho, que a

pergunta problema foi respondida de maneira satisfatória, onde as práticas de

gestão de almoxarifado adotadas pela JBS - Divisão carnes contribuíram

significativamente para a redução de antigiro de mercadorias bem como de

desperdícios, obsolecências e capital empatado.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Será realizado um levantamento de dados da evolução histórica da JBS

Divisão Carnes Lins para verificar a importância da gestão de almoxarifado

para um eficaz gerenciamento do estoque.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

As informações serão coletadas através de entrevista para o Supervisor

de Almoxarifado e almoxarife em visita ao local da empresa.

1.2 Discussão

Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática,

através de referencial teórico estudado.

1.3 Parecer Final

Parecer final sobre o caso e sugestões sobre melhorias.

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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTO A SEREM OBSERVADOS

Gestão de Almoxarifado

Gestão de Estoque

Recebimento de mercadoria

Conferência Quantitativa

Conferência Qualitativa

Regularização

Liquidez da empresa

.

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APÊNDICE C – Roteiro Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

Data da Fundação:

II ASPECTOS HISTÓRICO DA EMPRESA JBS Divisão Carnes Lins

Surgimento

Missão, Visão, Valores, Crenças

Evolução

Produtos

Serviços

Concorrentes

Clientes

Fornecedores

Projeto de Expansão

Organograma

Responsabilidade Social e Ambiental

Propagandas e Promoções

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APÊNDICE D – Roteiro de entrevista para o Supervisor de Almoxarifado

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Outras Experiências:

Residência / Local:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

Quais medidas adota para evitar itens obsoletos no estoque?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Quem pode ter acesso ao almoxarifado?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Hoje, qual é a porcentagem de estoque sem movimentação na JBS?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Qual é o giro atual de estoque da JBS?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Há boa comunicação com os liderados, na resolução dos problemas de

almoxarifado? 5.1) Se sim, de que forma?

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_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

O que houve de melhoria na sua gestão de supervisor de almoxarifado para a

empresa?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Qual seu maior objetivo como supervisor de almoxarifado?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Qual a importância dos inventários dentro da organização?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Com que áreas dentro de uma empresa, um Supervisor de

Almoxarifado se relaciona?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Quais são as responsabilidades de um supervisor de almoxarifado?

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_______________________________________________________________

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APÊNDICE E – Roteiro de Entrevista para o Almoxarife

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Outras Experiências:

Residência / Local:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

Qual a importância do almoxarifado dentro da organização?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Qual a maior dificuldade encontrada no controle de estoques?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Recebeu ou recebe treinamentos constantes para exercer o cargo de

almoxarife?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Na sua visão, qual a importância do almoxarife?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Quais os aspectos que considera essenciais no cargo?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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Na sua opinião, qual o maior desafio dessa função?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Quais são os procedimentos para garantir a acuracidade do estoque?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

De que forma é feito o recebimento de materiais?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Como é feita as retiradas dos materiais armazenados no almoxarifado?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

Qual é o processo de devoluções de materiais mais comum utilizado pela

empresa?

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