Gestão de Tecnologia da Informação nas Empresas e no Governo Federal
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Gestão de Tecnologia da Informação nas Empresas e no
Governo Federal
LUCAS RODRIGUES DOS SANTOS
Faculdades IESGO
BSI – Bacharelado em Sistemas de Informação
6º Semestre
Gestão em Tecnologia da Informação
Resumo: O objetivo deste artigo é a contribuição da Tecnologia da Informação (TI)
como suporte à gestão de Tecnologia da informação nas empresas. O planejamento na
gestão da TI desempenha papel essencial no dia a dia de todas as atividades
empresariais, porém nem sempre este planejamento é correto ou sequer é feito. A
governança de TI é fundamentada em visão holística que reflete no gerenciamento da
tecnologia os preceitos de governo da esfera estratégica. A aplicação de estruturas de
gestão nos processos de TI é refletida na corporação como aumento de produtividade.
Também citar a gestão da tecnologia da informação no governo como um tópico
relevante e como uma questão central da administração e política públicas.
Palavras Chaves: Gestão, tecnologia da informação, Organização.
Introdução
A Tecnologia da Informação conquistou, sem dúvida, um importante espaço na
visão estratégica empresarial. Ter disponíveis ferramentas de TI capazes de
efetivamente trazer benefícios para a empresa, tornou-se uma obrigação para aqueles
que desejam sobreviver ao ambiente competitivo. Estas ferramentas traduzem-se em
Sistemas de Informações (SI’s) que podem abranger toda a empresa ou parte dela.
Disponibilizar eficazmente tais ferramentas requer uma árdua tarefa de planejamento do
gestor de TI, que deve ter a correta percepção das informações requeridas nas diversas
subdivisões da organização, além de procurar satisfazer tais necessidades enxergando
suas implicações no longo prazo. Ter a informação certa no momento exato pode livrar
a organização da falência ou colocá-la em posição de destaque junto aos clientes e
consumidores. Fica nítida a importância do uso da TI e dos SI’s na perseguição dos
objetivos da empresa, utilizando eficientemente os recursos disponíveis.
O ambiente empresarial, em nível mundial e nacional, tem passado por
profundas mudanças nos últimos anos, as quais têm sido consideradas diretamente
relacionadas com a TI. Essa relação engloba desde o surgimento de novas tecnologias,
ou novas aplicações, para atender às necessidades do novo ambiente, até o aparecimento
de oportunidades criadas pelas novas tecnologias ou novas formas de sua aplicação.
Nesse novo ambiente, empresas de vários setores têm considerado imprescindível
realizar significativos investimentos em TI, passando a ter seus produtos, serviços e
processos fundamentalmente apoiados nessa tecnologia." (ALBERTINI, 2001).
Embora não existam estatísticas sobre os gastos do governo federal do Brasil em
tecnologia da informação, é possível que o Brasil seja o país que, atualmente, mais
investe em tecnologia da informação entre os países em desenvolvimento. Mesmo
assim, pouco se sabe sobre o quanto o país está investindo em tecnologia da informação
anualmente e quais os órgãos governamentais que mais investem em TI.
O artigo abordará a gestão da tecnologia da Informação, o conceito e o papel da
TI, o planejamento de Sistemas de Informação nas empresas e no Governo federal, e
depois serão apresentadas as conclusões deste trabalho de acordo com o conteúdo do
mesmo.
Tecnologia da Informação e Sistemas de Informação
O termo tecnologia significa um "conjunto de conhecimentos, especialmente
princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade" [Ferreira
(2004)], enquanto que para o mesmo autor a informação, no âmbito da informática,
designa uma "coleção de fatos ou de outros dados fornecidos à máquina, a fim de se
objetivar um processamento", e numa contextualização mais generalista, é o "Ato ou
efeito de informar (-se); informe", ou são "Dados acerca de alguém ou de algo".
Com os esclarecimentos acima podemos chegar a um entendimento da expressão
Tecnologia da Informação como um complexo de recursos e conhecimentos científicos,
técnicos e computacionais para gerar, transformar e utilizar os dados e as informações.
No contexto organizacional, a TI é mais específica, conquistando valor
estratégico, é tida como um composto de processos, materiais e ferramentas do
conhecimento técnico e científico utilizados pelas empresas para fazer maximizar
resultados, aumentar a produção, potencializar a criação e o desenvolvimento, e
capacitar à gestão administrativa e tecnológica, utilizando de maneira abrangente
pacotes de dados, de diversas tipologias, oriundos de diversas fontes, obtidos por
diversos métodos, que após um processo sistematizado de tratamento, organização,
manipulação e alterações quantitativas ou qualitativas resultam em informações que
auxiliam nos processos decisórios e nos planejamentos.
As vantagens do uso de SI`s são muitas:
- Forma rápida e precisa de processar transações e de realizar a comunicação (seja entre
máquinas ou entre humanos);
- Capacidade de reduzir a sobrecarga de informações ao mesmo tempo de conseguir
expandir as fronteiras incorporando dados externos;
- Fornece suporte para a tomada de decisões.
Toda essa abrangência e potencial impacto nas organizações coloca o gestor de
TI numa posição capaz de influenciar fortemente todas as outras áreas da organização
através de suas decisões de investimento decorrentes do planejamento da TI na empresa.
As decisões tomadas por ele surtirão efeitos, bons ou ruins, em todas as áreas e poderão
significar vantagem competitiva ou a falência da organização.
Gestão da Tecnologia da Informação
O ambiente empresarial está mudando continuamente, tornando-se mais
complexo e menos previsível, e cada vez mais dependentes de informação e de toda a
infra-estrutura tecnológica que permite o gerenciamento de enormes quantidades de
dados. A tecnologia está gerando grandes transformações, que estão ocorrendo a nossa
volta de forma ágil e sutil. É uma variação com conseqüências fundamentais para o
mundo empresarial, causando preocupação diária aos empresários e executivos das
corporações, com o estágio do desenvolvimento tecnológico das empresas e/ou de seus
processos internos. A convergência desta infra-estrutura tecnológica com as
telecomunicações que aniquilou as distâncias, está determinando um novo perfil de
produtos e de serviços.
O principal benefício que a tecnologia da informação traz para as organizações é
a sua capacidade de melhorar a qualidade e a disponibilidade de informações e
conhecimentos importantes para a empresa, seus clientes e fornecedores. Os sistemas de
informação mais modernos oferecem às empresas oportunidades sem precedentes para a
melhoria dos processos internos e dos serviços prestados ao consumidor final [Adriana
Beal].
O novo desafio dos gestores de TI, está no alcance de metas e objetivos
organizacionais específicos, ao invés de satisfazer requisitos de usuário muitas vezes
não relacionados aos objetivos organizacionais, passando a ser um profissional que fale
em clientes, concorrência global e retorno sobre investimento, perdendo a fixação do
diálogo em apenas plataformas, computação cliente/servidor e orientação a objetos e
outras mais, combinando ainda habilidades de liderança e comunicação com
conhecimentos técnicos e do negócio, capaz de exercer um papel decisivo em todas as
questões de gestão da informação e de aprimoramento dos processos organizacionais.
Gestão da Informação
A evolução da importância da informação nas organizações ocorreu da seguinte
forma: na década de 50, considerava-se a informação um requisito burocrático
necessário, que contribuía para reduzir o custo do processamento de muitos papéis; nos
anos 60 e 70, via-se a informação como um suporte aos propósitos gerais da empresa,
que auxiliava no gerenciamento de diversas atividades; a partir das décadas de 70 e 80,
passou-se a compreender a informação como um fator de controle e gerenciamento de
toda a organização, que ajudava e acelerava os processos de tomada de decisão, e, da
década de 90 até os dias atuais, passou-se a reconhecer a informação como um recurso
estratégico, uma fonte de vantagem competitiva para garantir a sobrevivência da
empresa.
Há poucas décadas, existia um ambiente menos instável, onde tudo se
processava de maneira mais lenta, mas que, a partir do início dos anos 90, novos fatores,
como a abertura aos produtos estrangeiros, concorrentes mais agressivos, fornecedores
mais fortes e clientes mais exigentes, tornaram o mercado mais dinâmico e competitivo.
Para assegurar a permanência e os lucros, as organizações resolveram adotar
uma estratégia inovadora, apoiada com firmeza na informação, então compreendida
como um capital estratégico, que possibilitava às empresas conhecerem seu próprio
ambiente, mercados, consumidores e competidores
Gestão estratégica da informação, portanto, significa o uso da informação com
fins estratégicos para obter vantagem competitiva. Ao se analisar o cenário em que as
empresas estão inseridas, é possível constatar o quanto a turbulência deste as pressiona,
fazendo-as interagirem com um ambiente em constante mutação, que oferece tanto
oportunidades quanto ameaças. De fato, é de vital importância que os gestores usem a
informação como instrumento que lhes permita conhecer melhor a empresa e o
ambiente competitivo em que atua, de modo que, identificando as ameaças e
oportunidades nele presentes, possam desenvolver ações capazes de dar uma solução
eficaz à turbulência ambiental.
Obstáculos ao uso da TI na gestão das pequenas empresas
É evidente a importância de se usar a TI nas pequenas empresas como um
instrumento capaz de criar e sustentar a competitividade. No entanto, devido à limitação
financeira, nem todos os recursos da TI são acessíveis a este segmento (BERALDI,
2002).
Por se entender que o principal entrave à expansão da informatização nas micro
e pequenas empresas é a dificuldade financeira (SEBRAE, 1998), convém avaliar se a
infra-estrutura da tecnologia a ser implantada é cara e complexa em relação às
particularidades destas organizações.
Em virtude de o fator financeiro ser de grande relevância no contexto das
pequenas organizações, porque seus recursos são limitados (WELSH e WHITE, 1981;
FULLER, 1996; SEBRAE, 1998; THONG, 2001; BERALDI, 2002; SEBRAE, 2003),
sobretudo quanto ao ambiente computacional (PALVIA e PALVIA, 1999), a escolha da
tecnologia deve estar de acordo com o tipo do negócio em questão. Ademais, é
importante não considerar a tecnologia como um gasto desnecessário e sim como um
investimento, pois, quando os recursos de informática são bem aplicados, podem ajudar
a empresa a reduzir custos, tornando-a mais eficiente e produtiva (GUIA DE
TECNOLOGIA, 2003).
Há alguns mitos, citados pelo Guia de Tecnologia (2003), que precisam ser
superados pelos pequenos e microempresários, tais como:
- a tecnologia é cara e requer grandes investimentos;
- a tecnologia é difícil, exigindo um pouco de conhecimento;
- há necessidade de um técnico para tomar conta dos equipamentos;
- o uso de ferramentas tecnológicas não é seguro;
- o negócio não exige tecnologia.
De acordo com o resultado obtido em uma pesquisa realizada em pequenas
empresas hoteleiras, a maior dificuldade encontrada na utilização da tecnologia da
informação é a resistência por parte dos funcionários. Tal resistência deve-se à falta de
treinamento e explicações - anteriores à sua implantação - sobre os benefícios que esta
traria às atividades rotineiras, levando os funcionários a pensar que poderiam perder
seus postos de trabalho para a tecnologia da informação, à cultura tradicional da
empresa em como realizar suas tarefas e à mudança devido a provável e temerosa
percepção da alteração do modo operacional (PRATES, SARAIVA e CAMINITI,
2003).
De acordo com Beraldi (2002), para que a implantação da tecnologia da
informação ocorra de modo eficiente, nas pequenas empresas, alguns obstáculos
precisam ser superados, a saber:
- não padronização de processos e operações;
- desconhecimento do proprietário acerca dos benefícios que a TI pode proporcionar
em termos de maior controle;
- dificuldade em associar os produtos de TI disponíveis no mercado com seu ambiente
flexível e informal, uma vez que estes são projetados para as empresas de grande porte e
exigem alto grau de padronização e formalização de processos e tarefas;
- falta de produtos que atendam a suas necessidades de maneira simples e com preço
acessível, em razão de terem sido criados sem levar em conta suas características e,
finalmente,
- carência de recursos para investir em tecnologias, pois, como a maioria das
pequenas organizações sequer conhece as fontes de recursos disponíveis para este tipo
de investimento, sua obtenção torna-se quase inacessível.
Vantagens da utilização da TI na gestão das pequenas empresas
Atualmente, alguns mitos já foram superados e argumentos favoráveis aos
investimentos em tecnologia são analisados. Algumas das principais vantagens para as
pequenas empresas empregarem seus recursos em tecnologia da informação podem ser:
- automatizar tarefas específicas, que passam a ser realizadas em menos tempo,
resultando na diminuição do custo, da monotonia de executar tarefas repetitivas, na
melhora do processo produtivo, por focar as tarefas mais importantes, obtendo maior
produtividade (ZIMMERER e SCARBOROUGH, 1994; GUIA DE TECNOLOGIA,
2003) e aumento da competitividade (PRATES, SARAIVA e CAMINITI, 2003);
- auxiliar o gerente a testar algumas decisões antes de colocá-las em prática, propiciar a
melhoria das informações para tomada de decisões, tornando-as mais acuradas,
disponibilizar a informação em tempo oportuno e aprimorar o controle interno das
operações e capacita o reconhecimento antecipado de problemas (ZIMMERER e
SCARBOROUGH, 1994);
- possuir atendimento satisfatório ao cliente: decorrência de uma tecnologia bem
aplicada, que, por satisfazer o cliente, pode torná-lo fiel, mesmo sem o uso de sistemas
complexos de fidelização empregados em grandes empresas. Pode-se utilizar, de modo
eficiente, uma tecnologia simples e acessível às micro e pequenas organizações como
uma linha telefônica e um identificador de chamadas, que possibilita identificar o
cliente e oferecer-lhe um atendimento personalizado (GUIA DE TECNOLOGIA, 2003;
ZIMMERER e SCARBOROUGH, 1994);
- integrar o uso da tecnologia que pode proporcionar vendas maiores para clientes
potenciais, talvez por levarem o processo de compra para portais que fazem transações
eletrônicas entre empresas ou por meio de compras eletrônicas (GUIA DE
TECNOLOGIA, 2003);
- utilizar a internet como uma ferramenta capaz de expandir mercados, essencial para a
comunicação com parceiros de negócios e clientes, um recurso disponível às
organizações de todos os portes, inclusive às micro e pequenas empresas (GUIA DE
TECNOLOGIA, 2003; BERALDI, 2002).
Destacam-se entre os fatores de êxito na utilização da tecnologia da informação
em pequenas organizações, a percepção da necessidade de seu emprego pelos usuários e
o apoio da cúpula administrativa. Mesmo resistindo inicialmente, após a implantação da
tecnologia da informação, os usuários e os dirigentes percebem sua importância nos
processos, à medida que esta aumenta a capacidade de trabalho, levando a empresa a
aumentar sua competitividade. Apesar de, na maioria das organizações, considerar-se a
tecnologia da informação como um custo e não uma vantagem competitiva, constatou-
se numa pesquisa realizada, que os níveis hierárquicos superiores apoiaram o processo
de implantação a partir do momento que constataram que não haveria outra maneira de
permanecer no negócio, caso não melhorassem os controles gerenciais e aumentassem a
produtividade (PRATES, SARAIVA E CAMINITI, 2003).
Um argumento que as micro e pequenas empresas usam para evitar a tecnologia
da informação é de que é algo complexo e que representa um alto custo para o negócio.
Entretanto, com a crescente evolução tecnológica houve um grande avanço em termos
técnicos e também de interface com os usuários, o que tornou seu uso cada vez mais
simples. Além disso, as ferramentas de informática estão mais acessíveis a cada dia que
passa, não sendo mais exclusivas apenas das organizações de grande porte (Guia de
Tecnologia, 2003).
Destaca-se que, embora as empresas estejam visualizando como a tecnologia da
informação pode ser útil, ainda não conseguiram avaliar, em termos de custo/benefício,
o investimento realizado. Os benefícios estão relacionados com a melhoria de
compreensão das funções produtivas, principalmente o aumento da satisfação do
usuário, em melhoria de controles dada pelo aumento de velocidade de resposta
(PRATES, SARAIVA e CAMINITI, 2003).
Política nacional de gestão da tecnologia da informação
Tem sido constatado que, mesmo nos países desenvolvidos, alguns deles não
têm uma política nacional para a gestão de seus grandes projetos de tecnologia da
informação. No Brasil é, também, desconhecida uma política nacional orientada nesse
sentido, o que nos leva a presumir que as falhas de projetos de TI devem ser
corriqueiras.
Deficiências associadas com a gestão de projetos de tecnologia da informação na
administração pública federal têm sido documentadas, principalmente nos países
desenvolvidos. Contudo, pouca informação tem se tornado disponível sobre a presença
ou ausência de práticas que levam a esses resultados inadequados.
Nos países desenvolvidos tem havido um certo controle da tecnologia da
informação por algumas agências governamentais. Nos EUA, por exemplo, órgãos
como o General Accounting Office (GAO), que corresponde no Brasil ao Tribunal de
Contas da União (TCU), e o Office of Technology Assessment (OTA), uma espécie de
escritório federal de avaliação de tecnologia, são periodicamente requisitados pelo
Congresso americano para desenvolver estudos detalhados sobre os esforços em
tecnologia.
além das falhas de projetos de tecnologia da informação no setor público e de
relatórios questionando os seus benefícios, se há algum, dirigentes de instituições
públicas têm percebido a falta de uma evidência clara sobre os impactos positivos da TI,
já que em muitos casos os sistemas de tecnologia da informação não apresentam os
benefícios. Ademais, é comum se deparar com a divulgação de todas as possíveis e
impossíveis vantagens da tecnologia da informação, porém é raro se deparar com uma
avaliação crítica de projetos de tecnologia da informação, principalmente na esfera do
governo. Por essa razão, muitas vezes tem-se que utilizar informações de avaliações
independentes, que sugerem que as falhas são em número significante.
A definição de uma política destinada a identificar boas práticas para a gestão da
tecnologia da informação tem proporcionado mudanças significativas na forma como
agências federais planejam, gerenciam e adquirem tecnologia da informação como parte
de suas responsabilidades gerenciais de recursos de informação.
Diante da complexidade do tema, aqui apenas o primeiro elemento, ou seja,
gestão de investimentos em TI, será considerado. No tocante ao processo de
investimento e à identificação de boas práticas que possam ser usadas por agências
governamentais visando alcançar a prestação de serviços, com sucesso, e um retorno de
investimento positivo, algumas fases são consideradas, como demonstrado na figura 1.
Figura 1
Processo de investimento
Na fase de seleção, a agência governamental deve determinar prioridades e
decidir que projetos devem ser financiados, com base em prioridades de desempenho e
qualidade. Os custos, benefícios e riscos de todos os projetos de tecnologia da
informação são avaliados e ordenados. Na fase de controle, todos os projetos são
comparados em estágios similares de desenvolvimento. A fase de avaliação, por sua
vez, compara o desempenho atual contra estimativas, com o propósito de identificar
áreas em que decisões futuras podem ser melhoradas.
O gerenciamento de sistemas de informação como investimento é uma prática
que pode levar a definir como o governo mede os serviços prestados e o retorno em
investimento. Lembrar que deve haver um equilíbrio entre tecnologia e técnicas
gerenciais, embora tanto a tecnologia quanto as técnicas gerenciais sejam importantes.
Boa parte da literatura sobre gestão de tecnologia
da informação tende a focalizar mais as técnicas destinadas a gerenciar o uso da
tecnologia em detrimento da tecnologia em si. Essa visão tem levado a considerar que
as falhas em sistemas de tecnologia da informação têm a ver mais com uma gestão
pobre do que com uma tecnologia inadequada.
Conclusões
A Tecnologia da Informação está permeando a cadeia de valor, em cada um de
seus pontos, transformando a maneira como as atividades são executadas e a natureza
das interligações entre elas. Aos administradores cabe o alerta do Charles Wang, "que a
TI mudou tudo que você aprendeu sobre gestão, e está achatando milhões de
administradores que deixaram de conformar-se ao inevitável. Infelizmente forças assim,
não abrem exceções, nem mesmo para você, talvez principalmente para você".
A dificuldade das organizações entrevistadas com o problema de priorização de
Sistemas de Informação; problema este que, bem tratado, pode trazer reais benefícios na
gestão dos recursos de TI nas organizações e consequentemente na gestão da empresa
como um todo.
Quanto maiores e mais eficazes forem as ações empresariais que envolvam a
Tecnologia da Informação e os Sistemas de Informação, mais próxima a empresa estará
de ter êxito em suas atividades e alcançar seus objetivos.
Apesar do aumento do número de pequenas organizações que utilizam a TI no
gerenciamento de seus negócios, percebe-se que poucas conseguem efetivar o potencial
que esta ferramenta proporciona em relação à vantagem competitiva, pois o seu uso está
voltado às tarefas operacionais e rotineiras e não a atividades do processo estratégico.
Desta forma, faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que abordem a
utilização da TI como uma ferramenta estratégica nas empresas de pequeno porte, que
pode auxiliar o dirigente das pequenas empresas a elaborar, implementar e controlar
estratégias, a monitorar o ambiente e tomar decisões, proporcionando assim uma
possível vantagem competitiva a este segmento de empresas.
Em relação ao governo, o que se observa é que está investindo bastante em
tecnologias destinadas a controlar a vida dos cidadãos, como sistemas de arrecadação de
tributos e vários outros, obtendo deles as informações de que necessita. Porém, é
necessário que o governo se preocupe, também, com tecnologias em que os cidadãos,
por seu uso, obtenham do governo as informações e os serviços de que necessitam.
Referências Bibliográficas
Livro: Governança de TI – Tecnologia da Informação
Autor: Peter Weill, Jeanne W. Ross
Livro: Governança Avançada de TI na Prática
Autor: Ricardo Mansur
Livro: Gestão e Liderança Para Profissionais de Ti
Autor: Pedro Tavares Silva, Catarina Botelho Torres
Titulo: Tecnologia da Informação no Governo Federal
Autor: José Rodrigues Filho e Natanael Pereira Gomes
http://ocotidianodaburocracia.com.br
Titulo: A tecnologia da Informação como suporte à gestão estratégica da informação na
pequena empresa.
Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação
Vol. 1, No. 1, 2004, pp. 27-43
http://www.revistasusp.sibi.usp.br
Titulo: Gestão da Tecnologia da Informação
Revista Gestão Empresarial
http://www.guiarh.com.br/p62.htm
"A informação tecnológica pode ser a
maior ferramenta dos tempos modernos, mas é o julgamento de
negócios dos humanos que a faz
poderosa" Charles B. Wang.