Gestão Financeira - 2013 Prof. M.Sc. Paulo Jair Viotto.
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Gestão Financeira - 2013Gestão Financeira - 2013
Prof. M.Sc. Paulo Jair Viotto
OBJETIVO
Capacitar o aluno a conhecer os conceitos, teorias e práticas da
gestão financeira nas organizações e sua importância como ferramenta
de gestão.Despertar no aluno, a visão da correlação de tomada de decisão e o seu impacto financeiro
nas organizações.Desenvolver habilidades no aluno de gestor
financeiro.
METODOLOGIA Aulas expositivas; utilização de recursos
multimídia; análise e resolução de exercícios em sala de aula; exercícios
individuais. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1-CONSIDERAÇÕES SOBRE GESTÃO FINANCEIRA
2-ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO3-ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS4-ADMINISTRAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES5-ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER6-PREVISÃO DE FALÊNCIAS DE EMPRESAS
7-ANÁLISE DE MARGEM X GIRO8-ALAVANCAGEM
PLANO DE ENSINO
Curso: Marketing
EMENTA DA DISCIPLINA
CONSIDERAÇÕES SOBRE GESTÃO FINANCEIRA.ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO.ANÁLISE DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.ADMINISTRAÇÃO DAS DISPONIBILIDADES.ADMINISTRAÇÃO DE CONTAS A RECEBER.PREVISÃO DE FALÊNCIAS DE EMPRESAS.ANÁLISE DE
MARGEM X GIRO.ALAVANCAGEM.
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO
Provas bimestrais(peso 80%) e trabalhos em sala de aula(peso 20%).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bibliografia BásicaGITMAN,LAWRENCE JEFFREY. Administração
Financeira: Uma abordagem gerencial. São Paulo: Pearson Education do Brasil. 2003.
GROPPELLI,A.A. Administração Financeira. São Paulo: Saraiva. 2002.
Bibliografia ComplementarZDANOWICZ, JOSÉ EDUARDO. Fluxo de Caixa.Porto
Alegre:Editora Sagra Luzzatto,2002.FREZATTI,FÁBIO. Gestão do Fluxo de Caixa.São
Paulo: Atlas,1997.
Considerações sobre Gestão Financeira• “Administração financeira é a arte e a
ciência de administrar recursos financeiros para maximizar a riqueza
dos acionistas” (LEMES JUNIOR; ROGO; CHEROBIN, 2002, p. 5)
• Está preocupada com dois aspectos importantes dos recursos financeiros:
a rentabilidade e a liquidez.
• Isso significa que o Administrador Financeiro procura fazer com que os recursos financeiros sejam lucrativos
e líquidos ao mesmo tempo.
•Os dois objetivos da Administração Financeira,
portanto, são: •o melhor retorno possível
do investimento (rentabilidade ou lucratividade) e
•a rápida conversão em dinheiro (liquidez).
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E A CONTABILIDADE
•Embora haja relação íntima entre essas funções, a
função contábil é melhor visualizada como um
insumo necessário à função financeira, isto é, como
uma sub-função da Administração Financeira
ÊNFASE NO FLUXO DE CAIXA
•O contador, usando certos princípios padronizados e
geralmente aceitos, prepara as demonstrações financeiras com base na premissa de que
as receitas devem ser reconhecidas por ocasião das
vendas e as despesas, quando incorridas.
• As receitas oriundas das vendas de mercadorias a crédito, pela
qual não se tenha recebido ainda o pagamento efetivo de caixa, aparecem nas demonstrações financeiras da empresa como Contas a Receber, um ativo
temporário. As despesas são tratadas de modo semelhante,
isto é, certos passivos são criados para representar bens ou serviços que foram recebidos, mas ainda
devem ser pagos.
•O administrador financeiro está mais preocupado em
manter a solvência da empresa, proporcionando os Fluxos de Caixa necessários para honrar suas obrigações
e adquirir e financiar os ativos circulantes e fixos, necessários para atingir a
meta da empresa.
• A Cia. Xica, realizou vendas na ordem de R$ 500.000,00, referentes a mercadorias
adquiridas por R$ 400.000,00.
• Embora a Cia tenha pago integralmente pela mercadoria adquirida, realizou as vendas a
prazo, logo, ainda tem que receber de seus clientes.
As perspectivas de ambos são:•perspectiva contábil
perspectiva financeira• receita de vendas 500.000,00
entrada de caixa 0,00• (-) despesas 400.000,00 (-)
saída de caixa 400.000,00• lucro líquido 100.000,00 fluxo
líquido de caixa (100.000,00)
• Ao administrador financeiro compete olhar além das demonstrações
financeiras de sua companhia para perceber problemas que estão
surgindo ou já existem. • A falta de fluxo de caixa originou-se
de contas a receber não cobrada. • Contadores usam método de
regime de competência• Administradores usam métodos de
regime de caixa
TOMADA DE DECISÃO
•O executivo financeiro avalia as demonstrações do
contador, desenvolve dados adicionais e toma decisões
com base em análises subseqüentes (toma suas decisões baseado em suas
avaliações que deverão contemplar os riscos e retornos inerentes).
O PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA NA EMPRESA
• Análise e planejamento financeiro - esta função envolve a
transformação de dados financeiros em uma forma que possa ser usada para orientar a posição financeira da empresa, avaliar a necessidade
de aumento da capacidade produtiva e determinar que tipo de financiamento adicional deve ser
feito.
As Funções do Administrador Financeiro
O PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA NA EMPRESA
• Administração da estrutura de ativo da empresa - tomar decisões de investimentos.
• O administrador financeiro determina a composição e os tipos de ativos encontrados no
Balanço da empresa. • A composição refere-se ao valor em dinheiro dos
ativos circulantes e fixos. • Depois que a composição estiver fixada, o administrador financeiro precisa determinar certos níveis “ótimos” de cada tipo de ativo
circulante e tentar mantê-los. • Deve também, detectar quais são os melhores
ativos fixos a serem adquiridos e saber quando os ativos fixos existentes se tornarão obsoletos e
precisarão ser modificados ou substituídos.
O PAPEL DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA NA EMPRESA
• Administração da estrutura financeira da empresa - tomar decisões de financiamentos.
• Esta função é relacionada com o lado direito do Balanço da empresa.
• Duas decisões importantes precisam ser feitas a respeito da estrutura financeira da
empresa.• Em primeiro lugar, a composição mais adequada de financiamento a curto e longo
prazo precisa ser determinada. • É uma decisão importante, pois afeta tanto a
rentabilidade da empresa como sua liquidez global.
Cabem duas tarefas básicas à função
financeira: •obtenção de recursos nas
condições mais favoráveis possíveis; e
•alocação eficiente desses recursos na empresa.
As fontes de recursos à disposição de uma empresa podem ser classificadas:
• Recursos próprios (capital integralizado, reservas, e lucros retidos) e recursos de terceiros
(compromissos assumidos e dívidas contraídas);
• Recursos permanentes (recursos próprios e dívidas de longo prazo) e recursos temporários (compromissos
e dívidas de curto prazo);• Recursos onerosos (provocam
despesas financeiras) e recursos não onerosos.
• A segunda tarefa básica da função financeira diz respeito à alocação eficiente de recursos.
• Isto envolve a constante busca da otimização no uso dos
fundos para que seja alcançada a rentabilidade desejada e
preservada a capacidade da empresa pagar seus
compromissos nos vencimentos .
Áreas de Decisões: •decisões de investimento;•decisões de
financiamento; e•decisões relativas à destinação do lucro.
Referem-se tanto à administração do ativo quanto à
implementação de novos projetos.do ativo:
•Estoque elevado de matérias primas;
•Estoque elevado de produtos em elaboração;
•Estoque elevado de estoque de produtos acabados;
•Prazos dilatados de faturamento;
Os objetivos do Administrador Financeiro
• O administrador financeiro deve realizar os objetivos dos proprietários da empresa.
• No caso de sociedades anônimas, os proprietários da empresa normalmente
não são os administradores. • Devem maximizar a satisfação dos
proprietários-acionistas seja ela representada pela maximização da
riqueza (ou o preço da ação) ou pela maximização do lucro (tornar máximo o
lucro por ação).
Para a maximização da riqueza, isto é, para o aumento de valor
de mercado da empresa, concorrem:
•Perspectiva de longo prazo - a empresa deve ser perpetuada e,
para tanto, tem de realizar investimentos em tecnologia,
novos produtos etc. que poderão sacrificar a rentabilidade atual em troca de maiores benefícios
no futuro;
• Valor do dinheiro no tempo - os projetos de investimentos envolvem fluxos de desembolsos e entradas de
caixa. • Existem diversas técnicas para
avaliar tais projetos e algumas delas transformam os fluxos futuros de
caixa em valores atuais, através de aplicação de determinada taxa de
• Considerando o valor do dinheiro no tempo, a seleção de projetos a serem implementados visará
aumentar ou, pelo menos, manter o valor de mercado da empresa;
•Retorno do capital próprio - os acionistas esperam ser
remunerados através de dividendos e, principalmente
pela valorização de suas ações. •A administração financeira deve
atender essa expectativa;•Risco - o retorno deve ser
compatível com o risco assumido.
•Maior risco implica a expectativa de maior retorno;
• Dividendos - deve ser adotada uma política de distribuição
regular de dividendos, independentemente das flutuações dos lucros,
minimizando os efeitos negativos que possam afetar as
cotações das ações. •A empresa não pode desapontar
os acionistas que apreciam receber dividendos periódicos.
•Os dois objetivos da administração
financeira, são assim resumidos:
•a liquidez e;• a rentabilidade.
A Liquidez• A liquidez é a capacidade que uma empresa tem de pagar suas dívidas
nas datas dos vencimentos.• Deve-se aplicar boa parte dos fundos
disponíveis e manter inativa outra parte como proteção ou defesa contra
riscos de não se conseguir pagar algum débito.
• E esses fundos inativos não produzem retorno aos investidores.
• Assim, a maximização da rentabilidade e da liquidez, ao mesmo
tempo, não é possível
•A liquidez de uma empresa é o grau de
capacidade que ela tem, em determinado
momento, de atender os seus compromissos de curto prazo através da
realização de seus Ativos Circulantes
•A insolvência de uma empresa pode surgir devido a excesso de imobilizações
ou de estoques, à concessão aos clientes de prazos muito longos para pagamentos, ou ainda, à utilização de fontes
de financiamentos inadequadas
•Os estoques de matérias-primas precisam ser
transformados em estoques de produtos acabados e isso
envolve certo período de tempo.
•Os estoques de produtos acabados necessitam ser
vendidos, implicando mais esforço e tempo.
• Uma empresa apresenta boa liquidez quando seus ativos e passivos são administrados convenientemente.
• Não é necessário manter numerário parado em caixa para liquidar
compromissos a vencer em futuro próximo.
• Isto seria desaconselhável do ponto de vista da rentabilidade, uma vez que tais
recursos não são gratuitos. • O importante é manter os fluxos de
entradas e saídas de caixa sob controle e conhecer antecipadamente as épocas em
que irá faltar numerário.
Rentabilidade
• A rentabilidade é alcançada à medida que o negócio da empresa
proporcione a maximização dos retornos dos investimentos feitos pelos proprietários ou acionistas.
• Conforme Braga, (1992, p.30), "a rentabilidade é o grau de êxito
econômico obtido por uma empresa em relação ao capital
nela investido"
•Conforme Chiavenato (1990, p. 10), “Um dos principais desafios da Administração Financeira é
manter a rentabilidade e liquidez em nível satisfatório.”
•Braga, em seu livro Fundamentos e Técnicas de
Administração Financeira, (1992, p. 31), também afirma que “o
equilíbrio entre a liquidez adequada e a rentabilidade
satisfatória constitui constante desafio enfrentado pela
Administração Financeira.”
Medições
Índice de Liquidez Geral = (Ativo Circulante + Realizável de Longo Prazo)/ (Passivo
Circulante + Exigível a Longo Prazo)
• Indica quanto a empresa possui de AC+RLP -para cada R$ l,00 da dívida total.
• Índice de Liquidez Corrente = (Ativo Circulante)/
(Passivo Circulante)
MediçõesÍndice de Liquidez Seca = (Ativo Circulante -
Estoques)/ (Passivo Circulante)
Indica quanto a empresa possui de Ativo Líquido (AC-Estq) para cada $1,00 de PC. Exerce a mesma função do índice
de liquidez corrente, excluídos porém, os estoques.
Índice de Liquidez Imediata = Disponível/ (Passivo
Circulante)
Indica quanto a empresa possui em Caixa, disponível naquele momento, para cada $1 de PC. Mede a capacidade
da empresa saldar seus compromissos de curto prazo, imediatamente, isto é, com os valores disponíveis.
Capital de Giro:
Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante - Passivo Circulante
Indica o saldo líquido a girar na empresa.
RentabilidadeGiro do Ativo = Vendas Líquidas/
Ativo
Denota o número de vezes que o ativo é utilizado no período.
Margem Líquida = Lucro Líquido/ Vendas Líquidas
Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $1,00 vendido.
Rentabilidade do Ativo = Lucro Líquido/ Ativo
Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $1,00 de investimento total médio.
Rentabilidade
Rentabilidade do Patrimônio Líquido = Lucro Líquido/ Patrimônio
Líquido
Indica quanto a empresa obtém de lucro para cada $1,00 de capital próprio
investido. Também conhecido como retorno do capital dos acionistas.
Demonstrações Financeiras•Principais Demonstrações
Financeiras•Balanço Patrimonial
•O Patrimônio da empresa é constituído de bens, direitos e
obrigações. •A estrutura do Balanço
Patrimonial é composta de dois grandes grupos: do lado
esquerdo o Ativo (constituído pelos bens e direitos
pertencentes à empresa.
•Ou seja, as aplicações de recursos em bens e direitos) e, do lado direito, o Passivo (constituído das obrigações com credores e terceiros, ou
seja, as várias fontes de recursos que permitem as
aplicações no Ativo). •Por definição, a soma dos dois lados do Balanço deve
ser equivalente.
ATIVO
ATIVO CIRCULANTE
Disponível em caixa e bancosCréditos com os clientesEstoquesDespesas do exercício seguinteTítulos e valores mobiliários
ATIVO REALIZAVEL A LONGO PRAZO
Empréstimos compulsórios da EletrobrásEmpréstimos a sócios e diretoresEmpréstimos a firmas interligadasParticipação não permanente em outras empresas
ATIVO PERMANENTE
InvestimentosParticipações em outras empresasImóveis p/futura utilização
ImobilizadoTerrenos, Máquinas, FerramentasVeículos, Instalações, Móveis e Máquinas de escritórioFlorestamentoDepreciação
DiferidoPesquisa e desenvolvimento de produtosGastos de Implantação de Sistemas e MétodosGastos de reorganização(compreende as aplicações de recursos em despesas que contribuirãopara a formação de resultado de mais de um exercício social.)
PASSIVO
PASSIVO CIRCULANTE
Dívidas com FornecedoresDívidas com Instituições FinanceirasContribuições a pagarImpostos a pagarTítulos e contas a pagar
PASSIVO EXIGIVEL A LONGO PRAZO
Créditos de sócios e diretoresCréditos de firmas interligadasEmpréstimos em moeda nacional ou estrangeira(cujo vencimento será após o exercício seguinte)
RESULTADOS DE EXERCICIOS FUTUROS
Rendas antecipadas
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
CapitalReservasLucros (prejuízos acumulados)
• Existe uma nova estrutura para as demonstrações contábeis, ainda não
praticada. O Balanço Patrimonial pode ser resumido na seguinte equação:
• A = P + PL, onde:• A = Ativo Total - soma dos bens e direitos
da empresa• P = Passivo - soma das obrigações e
dívidas com terceiros.• PL= Patrimônio Líquido - soma do capital,
das reservas, dos lucros.
•Longo Prazo - Que deverá se realizar após o final do próximo exercício.
Curto Prazo, ou Circulante, obviamente é
o que deverá ser realizado dentro do próximo exercício.
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
• A Demonstração do Resultado do Exercício - DRE - é um demonstrativo financeiro que
serve para exprimir com clareza o resultado que a empresa obteve no
exercício social. • No Ativo Circulante encontramos
registrados o numerário disponível, os estoques de matérias-primas, embalagens e produtos não consumidos ou vendidos no próprio ano e os valores a receber até
um ano da data do Balanço.
•No Realizável a Longo Prazo encontramos os valores que a empresa tem a receber acima
de um ano da data do Balanço.
Receita Bruta
- deduções da receita bruta
= Receita Líquida
- Custo da Mercadoria Vendida (CMV)
= Lucro Bruto
- as despesas operacionais
de vendas
gerais e administrativas
honorários da administração
despesas financeiras
outras despesas operacionais
+ Outras receitas operacionais
receitas financeiras
= Lucro Operacional
- Despesas Não Operacionais (ou extra operacionais)
+ Receitas Não Operacionais (ou extra operacionais)
+ ou - Resultado da Correção Monetária
= Lucro Líquido Antes do Imposto de Renda
- Previsão para o imposto de renda
- Participações estatutárias
= Lucro Líquido Depois do Imposto de Renda
Lucro líquido por ação
CMV = Estoque Inicial + Compras - Estoque Final
•O fisco aceitaria o método PEPS (o Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai)-FIFO, mas nesta alternativa, o CMV seria
menor, elevando o lucro tributável, o que seria
desvantajoso para a empresa.•O CMV tem sua fórmula:
• A Lei 6404/76, classificou as despesas e receitas financeiras
como elementos de natureza operacional.
• O ponto de vista da Administração Financeira difere neste critério,
pois, entende que o Lucro Operacional deve corresponder ao resultado das operações principais da empresa, independentemente
das despesas geradas pelos empréstimos e financiamentos e
das receitas oriundas das aplicações de recursos
temporariamente disponíveis.
LLA = Lucro líquido depois do Imposto de Renda/
Número de ações ordinárias emitidas
• O lucro líquido por ação da empresa é um dado importante para a
direção e para os acionistas atuais e potenciais, pois representa o ganho de cada ação ordinária
emitida. • Não tem nada a ver com os lucros
efetivamente distribuídos aos acionistas. Seu cálculo é feito pela
equação:
Confirmação de conceitos• O objetivo principal dos administradores
financeiros é maximizar a riqueza da empresa ou o preço da ação da empresa. • O objetivo secundário é maximizar o
lucro por ação (L/a)• Esforçando-se para obter lucros ótimos,
um a empresa pode negligenciar o risco, ou seja, decisões de investimentos
baseadas em lucros elevados podem causar o desaparecimento do lucro ou fazê-lo flutuar excessivamente; isso pode levar à insolvência ou a uma
grande parcela de incertezas.
•Investidores e credores buscam em uma empresa os retornos mais elevados
possíveis e menor risco possível.
•Os credores não querem que a empresa mudanças
desnecessárias, que poderiam levá-la à
insolvência.
•As empresas devem tentar minimizar os riscos
ambientais, tais como, poluição do ar e da água.
•Comprando equipamentos não poluentes, uma empresa
aloca recursos para equipamentos não produtivos
e não lucrativos, reduzirá a margem de lucro mas
melhorará sua imagem.
• Os administradores financeiros devem ser éticos e procurar interagir
com a comunidade. • Devem se adaptar aos padrões ambientais, legais, de saúde e de
segurança. • Nessa interação deve evitar a se
aventurar em investimentos que transgridam os princípios
democráticos e a ajudar as minorias a obterem empregos.
• Em outras palavras, o equilíbrio deve ser obtido entre a tentativa de
maximizar a riqueza e o atendimento da melhoria das condições sociais.
Capítulo II – Administração Capítulo II – Administração do Capital de Girodo Capital de Giro
•“Ativos circulantes, comumente chamados de capital de giro ou
capital circulante, representam a porção de investimento que
circula de uma forma para outra, na condução normal dos
negócios.” (GITMAN,2001, p. 459)
•Considerando que Capital de Giro é igual a Ativo
Circulante, administração de capital de giro nada mais é do que administração do
ativo circulante. •Os ativos circulantes mais
importantes são: caixa, títulos negociáveis,
duplicatas a receber e estoques.
• Considerando também que, Capital de Giro Líquido é igual ao Ativo Circulante menos o
Passivo Circulante [CGL = AC - PC], significa também que,
deve-se administrar o Passivo Circulante, sendo os mais
importantes: bancos, fornecedores, contas a pagar e
despesas provisionadas a pagar, como impostos, salários,
etc.
•Como as atividades de produção, venda e cobrança não são
sincronizadas, o capital de giro divide-se em:
•fixo (ou permanente): volume mínimo de ativo circulante necessário para manter a
empresa em condições normais de funcionamento.
•variável (ou sazonal): necessidades adicionais ou
temporais de recursos
•Verificadas em determinados períodos e
motivadas, principalmente, para compras antecipadas
de estoques, maior necessidade de
recebimentos de clientes, recursos de caixa em
trânsito, maiores vendas em certos períodos do ano.
• A importância e o volume do capital de giro para uma empresa são
determinados pelo volume de vendas, o qual é lastrado pelo estoque, valores a receber e caixa; pela sazonalidade dos negócios que
determina variações nas necessidades de recursos ao longo do tempo; pelos fatores cíclicos da economia, recessão
e comportamento do mercado; pela tecnologia aplicada aos custos e
tempos de produção; e pelas políticas de negócios centradas nas alterações
de vendas, crédito, produção etc.
•Capital de Giro Líquido = Ativo Circulante - Passivo
Circulante. •CCL = AC - PC
• Algebricamente, temos: • CCL = AC - PC, ou CCL = (PL+ELP) -
(AP+RLP) • sendo, PL e ELP, recursos não
correntes, e • AP e RLP, aplicações não correntes.
• AC = ativo circulante PC = passivo circulante
• PL = patrimônio líquido ELP = exigível em longo prazo
• AP = ativo permanente RLP = realizável em longo prazo
Estrutura patrimonial – Capital de Giro Líquido
ATIVOAC = 600
PASSIVOPC = 400
RLP = 100
ELP = 250
AP = 300
PL = 350
• AC-PC + 600 - 400 = 200• Na ilustração, do total de R$ 600
aplicados no AC, R$ 400 são financiados por créditos a curto
prazo (Passivo Circulante), e os R$ 200 restantes, que representam o
Capital de Giro Líquido da empresa, são oriundos de
recursos de longo prazo (ELP e PL).
•Em linguagem mais simples, dos R$ 600 (ELP+PL)
captados em longo prazo, R$ 400 estão sendo
aplicados em ativos de longo prazo (AP+RLP), e os R$ 200 excedentes estão
financiando o capital de giro da empresa, apresentando
uma folga financeira.
•CAPITAL CIRCULANTE PRÓPRIO•Adota-se também, na prática, o
conceito do Capital Circulante Próprio - CCP.
•Sua fórmula matemática: •CCP = PL - (AP+RLP)
•O CCP revela, basicamente, os recursos próprios da empresa
que estão financiando suas atividades correntes - o ativo
circulante.
•CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO X LIQUIDEZ
•Quanto maior for o CCL, menor será o risco de insolvência. • O ILC (índice de liquidez
corrente) será positivo, isto é, maior que 1 (boa liquidez).
•Por outro lado, o CCL baixo não indica sempre dificuldade
financeira.
• Redes de supermercados realizam compras a prazo de seus
fornecedores e giram rapidamente seus estoques, através de vendas
a vista, obtendo. deste modo grande volume de numerário
correspondente às exigibilidades ainda não vencidas.
• Aplicando esses recursos no mercado financeiro a empresa
consegue realizar grandes lucros, possibilitando inclusive ofertar determinadas mercadorias a preços inferiores àqueles que
serão pagos aos fornecedores.
CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO X
RENTABILIDADE
• INFORMACÕES ADICIONAIS• ATIVOS CORRENTES = capital da
empresa que circula até transformar-se em dinheiro.
• ATIVO OPERÀCIONAL = AC + Ativo Fixo (Imobiliz - depreciação)
• ATIVO CIRCULANTE OPERACIONAL = Estoques e Clientes -
• FOLGA FINANCEIRA = ou folga financeira a curto prazo, são os
recursos
•Próprios (PL) mais os recursos a longo prazo (ELP) aplicados em AC (ou CCL=AC-PC) ou ainda, os recursos não correntes aplicados
em AC.• IMOBILIZAÇÃO EXCESSIVA =
encontrado em transportadoras, siderúrgicas, ferrovias,
empresas de energia elétrica
• ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO • ATRAVÉS DOS PRAZOS MÉDIOS
• Através dos dados das demonstrações financeiras, podem ser calculados, por
exemplo, quantos dias, em média, a empresa terá que esperar para
receber suas duplicatas. • Este é o chamado Índice de Prazo Médio de Recebimento de Vendas.
•Outros, também conhecidos, são os Índices
de Prazo Médio de Renovação de Estoques e
o Índice de Prazo Médio de Pagamento de Compras. •Esses três índices não
devem ser analisados individualmente, mas sempre em conjunto.
•Basicamente, existem 3 índices de prazos médios, que
podem ser encontrados nas demonstrações financeiras.•P M R V - Prazo Médio de
Recebimento de Venda •P M P C - Prazo Médio de
Pagamento de Compras•P M R E - Prazo Médio de
Renovacão de Estoque
•PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO DE VENDAS =
PMRV•PMRV = (Dupls a Receber /
Vendas) x 360 •Retrata o número de dias, em
média, em que os recebimentos dos valores das vendas a prazo são recebidos
no caixa da empresa.
• Vendas a prazo de R$ 3.600.000,00 ao ano
• Saldo da conta de Duplicatas a Receber - R$ 300.000,00, ...
• PMRV = DR/V x 360 + 300.000/3.600.000 x 360 => 30 dias• PRAZO MEDIO DE PAGAMENTO DE
COMPRAS• PMPC = (Fornecedores / Compras) x
360 • ou
• PMPC = (Fornecedores / CMV) x 360
•Retrata o número de dias, em média, em que os
pagamentos dos valores das compras a prazo são
efetuados pelo caixa da empresa.
•Compras a prazo no ano - R$ 1.800.000,00
•Saldo da conta Fornecedores - R$ 300.000,00
• PMPC = Fornecedores/Compr x 360 + 300.000/1.800.000 x 360
=> 60 dias • ou
• PMPC = Fornecedores/CMV x 360 • (Para efeito de análise financeira,
quando não dispuser do valor das compras, utilizar-se do cmv.)
• Prazo médio de renovacão de estoque
• PMRE = estoque/CMV x 360
• INTER-RELAÇÃO DOS ÍNDICES DE PRAZO MÉDIO
• "a análise dos prazos médios só é útil quando os três prazos são
analisados conjuntamente". (Matarazzo, 1998, p.324)
•O PMRE representa, na empresa comercial, o tempo médio de estocagem de mercadorias; •O PMRV expressa o tempo decorrido entre a venda e o
recebimento.
•CICLO OPERACIONAL = PMRE + PMRV
• CICLO OPERACIONAL = PMRE + PMRV
• O Ciclo Operacional mostra o prazo do investimento.
• O ciclo operacional representa o intervalo de tempo em que não ocorrem ingressos de recursos
financeiros na empresa, demandando capital para financiá-
lo.• Trata-se, portanto, de um período
(médio) em que são investidos recursos
•Nas operações sem que ocorram entradas de caixa
correspondentes. •Parte desse capital de giro é financiado pelos fornecedores que concederam prazo para
pagamento.•Se o PMPC for superior ao PMRE, então os fornecedores
financiarão também uma parte das vendas da empresa.
•Existe o momento em que a empresa paga o fornecedor
e o momento em que recebe de seus cliente.
•O tempo decorrido entre ambos é o Ciclo Financeiro (também chamado Ciclo de
Caixa). •2. os fornecedores
financiam apenas parte do estoque:
•Nas empresas industriais o PMRE engloba as matérias-
primas e outros materiais de produção, como também os produtos em elaboração e
acabados.(produção + estocagem).
•CICLO DE CAIXA = PMRE + PMRV - PMPC
•GIRO DE ESTOQUE = 360/PMRE ou CMV/ESTOQUE
•GIRO DE DUPLICATAS A RECEBER = 360/PMRV ou
VENDAS/DUPL.REC. •GIRO DE FORNECEDORES =
360/PMPC ou COMPRAS/FORNECEDORES
•CICLO ECONÔMICO•Ciclo Econômico = PMRE
•ÍNDICE DE POSICIONAMENTO RELATIVO
•ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO - ÍNDICES
•"um índice é como uma vela acesa num quarto
escuro"(MATARAZO, 1998, p.153)
•ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
•1 Participa cão de capital de terceiros
•Significa quanto a empresa tomou de capital de terceiro para cada unidade monetária
do capital próprio. É um índice que quanto menor,
melhor.• Um índice maior que 1 (>
100%) evidencia desequilíbrio entre as duas grandes fontes de financiamentos do Ativo.
•2 - Endividamento Geral• IEG = (PC+ELP) / Ativo
•mostra a dependência dos recursos de terceiros nos financiamentos do Ativo. •Quanto menor, melhor.
•Tem muito a ver com o IPKT, pois mostra a participação dos capitais de terceiros em nosso
Ativos.•3 Imobilizacão do Patrimônio
Líquido
• IIPL = At. Perm / P L• Indica quantas unidades
monetárias a empresa aplicou no AP de PL. Quanto menor, melhor.
• Quanto mais a empresa investir em AP, (do PL) menos recursos
próprios sobrarão para o AC, logo, maior dependência dos capitais de
terceiros para financiamento de AC.
• O ideal, em termos financeiros, é a empresa dispor de PL suficiente
para
• Cobrir o AP, e ainda sobrar uma parcela chamada de CCP = capital circulante próprio, suficiente para
financiar o AC ( por suficiente, entenda-se "deve dispor de
liberdade de comprar e vender sem precisar sair o tempo todo atrás de
bancos"). • Por exemplo,
• AP = 1.200 PL = 1.500 • IlPL=1.200 / 1.500 = 0,8 ou 80%
•Esse resultado mostra que a empresa investiu no AP a importância equivalente a 80% do PL, logo, os 20% restantes encontram-se aplicados em AC, então,
CCP =20% do PL. •CCP=PL-AP +RLP (ver
Matarazzo, p. 169)
•4 - Imobilização de Recursos Não Correntes
• IIRnC = A P / (ELP+ PL)• Indica que percentual de recursos não correntes foi
aplicado em Ativo Permanente. •Quanto menor, melhor. Um alto
grau de imobilização compromete a liquidez da
empresa.•A exemplo do IIPL, este indica o
CCL - capital circulante líquido
•AP = 1.200 ELP = 500 PL = 1.500
•1.200 /(500+1.500) = 0,6 ou 60%, o que mostra ter investido
em AP 60% dos valores denominados recursos
permanentes, logo, 40% dos recursos permanentes, ou
recursos não correntes estão no AC (CCL = 40% dos RñC)•CCL = PL + ELP - AP
•CCP = PL - AP •CCL = CCP + ELP
• ÍNDICES DE LIQUIDEZ•Em princípio, quanto
maior este valor, melhor será a posição da liquidez a curto prazo da empresa,
ou seja, maior se apresenta sua folga
financeira.• Liguidez Geral
•além das fórmulas conhecidas { ILG =( AC+RLP) / ( PC+ELP)
•acrescente-se: ILG = 1 + (CCP 1 C3°s) C3ºs = PC + ELP •6 Liguidez Corrente
•além das fórmulas conhecidas ( ILC= AC / PC ), temos: • ILC = 1 + (CCL / PC)
•exemplo:•AC = 58.000 PC = 36.480
•AP = 26.598 ELP = 10.920 PL = 37.198, temos:
• ILC = 1 + (kcl/pc)--_ 1+(21.520/36.480) =1.59
• Margem de lucratividade das vendas.
• Margem Bruta = lucro bruto / vendas líquidas
• Margem operacional = lucro oper / vendas líquidas Calcular s/
Dourada• Margem líquida = lucro líquido /
vendas líquidas • Mark up global (*) = lucro bruto /
C M V
Capítulo III – Análise das Capítulo III – Análise das demonstrações Financeirasdemonstrações Financeiras
•ANÁLISE VERTICAL•A Análise Vertical dos
demonstrativos financeiros corresponde ao estudo das alterações das composições dos principais conjuntos de contas, ao longo do tempo.
CONTAS VALORES ANÁLISE VERTICAL
ATIVO
Caixa e Bancos 550
Duplicatas a Receber 100
Estoques 200
Ativo Circulante 850
Empréstimos a Diretores 50
Ativo Realizável a LP 50
Veículos 1000
Imóveis 3000
Ativo Permanente 4000
Ativo Total 4900 100%
CONTAS VALORES ANÁLISE VERTICAL
ATIVO
Caixa e Bancos 550
Duplicatas a Receber 100
Estoques 200
Ativo Circulante 850
Empréstimos a Diretores 50
Ativo Realizável a LP 50
Veículos 1000
Imóveis 3000
Ativo Permanente 4000
Ativo Total 4900 100%
Para calcular: (regra de três simples)o Ativo Total está para 100%,a conta analisada está para X%
ANÁLISE HORIZONTAL
FÓRMULA:(ano base está p/ 100, assim como o
ano analisado está p/ X) menos 100ou
(ano anterior está p/ 100, assim como o ano analisado está p/ X )
menos 100
Conta
Anos Valores A h a A h b
Vendas 2000 20.000
2001 24.000
2002 18.000
2003 36.000
2004 25.200
A h a = análise horizontal sobre o ano anterior
A h b = análise horizontal sobre o ano base(ano base = o primeiro da série dos anos analisados)
RESTRIÇÕES
conta com data base com valor nulo(zero como divisor é elemento impossível...tende ao
infinito ...não se calcula)conta na data base com valores negativos e
subsequentes positivos(retira-se o sinal negativo do final da operação)
Reserva em X1 = -50 e em X2 +200x= {(200x100)/-50}-100= -500 (matematicamente 500%
de 50=250)conta na data base com valores positivos e um ou mais
valores subseqüentes negativos(resultado normal da operação) Reserva em x1= +200 e
em x2= -100{(-100x100)/200}-100 = -100
ANÁLISE HORIZONTAL REAL
CONTA - FORNECEDORES:Ano valor nominal inflação
IGP/DI19x1 200,00 - 10019x2 500,00 30% 13019x3 1.000,00 40% 18219x4 1.500,00 20%
218,419x5 2.000,00 50%
327,6Para melhor "ver" esses valores, basta avaliar que com R$100,00 em 19x1,
comprávamos a mesma quantidade de bens que R$ 327,60 compra em 19x5. Ou a cada
R$ 1,00 de 19x1 equivale a R$ 3,27 em 19x5.
19x1 200 está p/100:.x está p/ 327,60 ===> 655,20, e 19x3 1.000está p/182:.x está p/327,60 ===> 1.800,00
em ambos os exemplos transformamos o poder de compra para 19x5
para conversão: valor nominal 19Xn está para IGP,
assim como X está para o ano de conversão, 19x5
Ano vr. nominal IGP Multiplicado rvr. Ajustado AHR19x1 200,00 100 327,6/100 655,10 10019x2 500,00 130 2,52 1.260,00 +9219x3 1.000,00 182 1,8 1.800,00 + 174,719x4 1.500,00 218,4 1,5 2.250,00 + 243,419x5 2.000,00 327,6 1 2.000,00 +
205,3
x2=327/130x3=327,6/182x4=327,6/218,4x5=327,6/327,6
ou utilizando AH dos IGPsm231
Ano AH IGP AHR19x1 100 10019x2 250 130 192 ou +9219x3 500 182 274,7 ou +174,719x4 750 218,4 343,4 ou + 243,419x5 1.000 327,6 305,3 ou +205,3
ou utilizando a dolarização• Divide-se o valor da conta pelo valor do dólar no final do exercício
correspondente, obtendo a quantidade de dólares, em
seguida, multiplica essa quantidade pelo valor do dinheiro
americano no dia da transformação, conseguindo assim a conversão para os valores atuais.
Contas 19x1 AV 19x2 AVAha
19x3 AVAHb
AHa
Caixa e Bancos 320
350 380
Dupl a Receber 1000
1500 3000
Estoques 3000
3200 3400
Ativo Total1000
01100
01200
0
Fornecedores 1000
12001800
Empréstimos 1200
13002000
Salários a Pagar
100
100 180
Empréstimo 400 d
200
200 500
Vendas Líquidas
30000
33000
32000
Lucro bruto2100
02500
02000
0
Despesas Operacionais
1000 1300 2600
Despesas Financeiras
800 850 1200
Capítulo IV – Administração Capítulo IV – Administração das Disponibilidadesdas Disponibilidades
•As disponibilidades compreendem o
numerário mantido em caixa, os saldos bancários de livre movimentação e as aplicações financeiras de liquidação imediata.
ADMINISTRAÇÃO EFICIENTE DE CAIXA
As estratégias básicas que devem ser empregadas pela
empresa na administração de caixa são:
• Retardar, tanto quanto possível, o pagamento de duplicatas a
pagar, sem prejudicar o conceito de crédito da empresa,
aproveitando, porém, quaisquer descontos financeiros favoráveis
• Girar os estoques com a maior rapidez possível, evitando falta de estoques que podem resultar interrupção na linha de produção
ou perdas de vendas;• Receber o mais cedo possível duplicatas a receber, sem perder vendas futuras, devido a técnicas
rígidas demais de cobrança. os descontos financeiros, se
economicamente justificáveis, podem ser utilizados para
realizar este objetivo.
Quanto à primeira estratégia, considerar que:
• A empresa não deve realizar pagamentos antes dos vencimentos, a
menos que desfrute de descontos financeiros compensadores;
• A empresa não deve atrasar seus pagamentos a fornecedores que detém
uma posição oligopolista (pequeno número de vendedores detém a
totalidade de oferta do mercado e oferece determinada mercadoria ou
serviço a um grande número de compradores) no mercado, pois pode
haver corte do crédito e suspensão das entregas previamente programadas;
•Administrar atrasos é um comportamento pouco ético, porém
constitui prática difundida que
permite esticar as disponibilidades.
CICLOS DE CAIXA E GIROS DE CAIXA
• O ciclo de caixa de uma empresa é definido como o
período de tempo que vai do ponto em que a empresa faz um desembolso para adquirir matérias-primas, até o ponto em que é recebido o dinheiro
da venda do produto acabado. (ver ciclo financeiro - Capital de
Giro).
Os fornecedores financiam totalmente os estoques e uma parte das vendas
<----------------------------------------ciclo operacional------------------------------------------> compra venda pagamento recebimento
| | | || | | PMRV ||____PMRE____|
|---------ciclo financeiro---------> || ___PMPC____| |######################| ou ciclo de caixa 0 25 45 85
(tempo em dias)Os fornecedores financiam apenas parte do estoque
<----------------------------------------ciclo operacional------------------------------------------> compra pagamento venda recebimento
| | | ||____________PMRE________ | | PMRV ||___________________________|__________________________________________|
|---------ciclo financeiro---------> || PMPC |###############################|
ciclo de caixa 0 30 45 75 (tempo em
dias)
Ciclo de caixa = PMRE + PMRV - PMPC
• Por analogia, ciclo de caixa é o número resultante da divisão de 360 dias do ano
pelo ciclo de caixa.
Giro de caixa = 360 / Ciclo de caixa
• Nas Figuras anteriores, temos:• PMRE25 + PMRV60 - PMPC45 = 40 360 / 40 =
9 vezes ao ano• PMRE45 + PMRV30 - PMPC30 = 45 360 / 45 =
8 vezes ao ano.
MOTIVOS PARA MANUTENÇÃO DE DISPONIBILIDADES
• As projeções de fluxos de entradas e de saídas de numerário
constituem um instrumento imprescindível na administração
das disponibilidades. • É fundamental conhecer
antecipadamente qual será o montante de recursos que irá sobrar ou faltar amanhã, nos
próximos dias e assim por diante.
Nenhum dos dois itens tem um rendimento direto; além disso perdem valor numa economia
inflacionária.Deste modo, são deliberadamente mantidas disponibilidades para:
• Motivo transação = atender os pagamentos programados para o curso normal das
atividades. • Aqui, o papel de uma previsão do fluxo de
caixa é primordial. • Ele contém, para um período curto
subdividido conforme as conveniências da empresa, os valores de entradas e saídas
de caixa decorrentes dos planos operacionais.
• É nada mais do que um quadro de recebimentos e desembolsos por natureza.
• motivo precaução = formar uma reserva de segurança para enfrentar eventos
imprevistos. • Os saldos mantidos em
disponibilidades, conforme visto, destinam-se a fazer face às operações
normais e outra parcela para a possibilidade de haver diferença entre os fluxos previstos e os fluxos reais.
• A empresa deve evitar insuficiência de caixa, que pode provocar déficit
superior ao esperado. • Por isso, esta segunda parcela do saldo,
cuja finalidade é proporcionar uma margem de segurança contra essas variações incertas e desfavoráveis.
• motivo especulação = outra razão para manter voluntariamente
disponibilidades estaria associada à intenção de aproveitamento de oportunidades lucrativas que
poderiam referir-se à compra de bens, à aplicações no mercado financeiro e
de capitais etc. • No mercado financeiro são feitas as
transações entre aqueles que oferecem e aqueles que demandam
fundos, isto é, entre os fornecedores e os tomadores de fundos.
• É constituído por dois tipos de mercado: o mercado de capitais e o
mercado monetário.
– Dinheiro refere-se a empréstimos e dívidas a
curto prazo. (bancos, caixas econômicas, seguradoras,
fundos de pensão)– O mercado de capital
funciona através das bolsas de valores, onde são feitas
as transações com as ações, letras de câmbio, títulos
públicos etc.
ORÇAMENTO E PROJEÇÕES DE CAIXA
• Fluxo de caixa é o movimento de entradas e saídas de recursos
financeiros do caixa.• As projeções de caixa a curtíssimo prazo são necessárias porque muitos
fatores contribuem para que os valores reais não coincidam com
aqueles orçados para todo o ano, tais como: divergências nas taxas mensais de inflação, atraso ou
antecipações nos cronogramas dos investimentos.
EMPRESA período de _____/_____/______segunda-feira
terça-feira
quarta-feira
quinta-feira
sexta-feira
sábado
1 Saldo do dia anterior2 Vendas à vista
3. Recebimento de contas4. dd
5. Empréstimos obtidos6. Outros
7 8. Subtotal (soma de 1 a
7)9.Compras à vista10. Pagamento
duplicatas e empréstimos11. Pagamento de
Serviços12. INSS/ COFINS/IPVA/SEGUROS
13. Salários14. Encargos sociais15. CPFL / SABESP/
TELESP16. Contador17. Aluguel
18. Retirada Pró-Labore19
20. subtotal (soma de 9 a 19Saldo de caixa do dia. ( 8
- 20)Data:
Visto:
MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO DE CAIXA•Ou, simplesmente caixa
operacional, corresponde à média mensal dos recursos mínimos necessários para atender os desembolsos
operacionais.•A determinação do caixa mínimo
operacional é necessária para calcular o custo de oportunidade
dos recursos utilizados nas atividades operacionais
•O custo de oportunidade baseia-se no fato de que se a empresa estivesse livre para
usar o saldo disponível no caixa operacional, poderia aplicá-lo em investimentos
igualmente arriscados, a um determinado percentual (x%),
ou amortizar dívidas custando x% ao ano.
Giro de caixa = desembolsos operacionais anuais / caixa operacional
Caixa operacional = desembolsos operacionais anuais / giro de caixa
Giro de caixa = 360 / ciclo de caixa
• A lógica desse cálculo está na existência das seguintes equações:
Essas fórmulas revelam que:• quanto menor for o ciclo financeiro, maior será o
giro de caixa;• quanto maior for o giro de caixa, menor será o
caixa operacionalExemplos:
O ciclo financeiro da Cia. Comercial F. correspondeu a 135 dias e os seus desembolsos
operacionais totalizaram R$ 21.451,00.• giro de caixa = 360 / 135 = 2,667 vezes ao ano• caixa operacional = 21 451,00 / 2,667 = R$ 8 043,00
• Giro de caixa = 360 / 135 = 2,667 vezes ao ano
• Caixa operacional = 21 451,00 / 2,667 = R$ 8 043,00
A empresa da Figura 2 apresenta PMRE de 25 dias, PMRV de 60 dias e PMPC de 45 dias. Considerando ser seu desembolso operacional de R$
207.000,00, qual seu giro de caixa e qual seu caixa mínimo operacional?
• Giro de caixa = 360 / 40 = 9 vezes ao ano
• Caixa operacional = 207 000,00 / 9 = 23.000,00
• Existem outros modelos de administração de caixa além do modelo de caixa mínimo
operacional, como por exemplo: • Modelo de Baumol, Modelo de Miller e
Orr e Modelo de dia da semana.• Modelo de Baumol = Empresa que tem
um fluxo regular de recebimentos de caixa, pode através de investimento a
curto prazo no mercado financeiro transformá-lo e diversos fluxos de caixa. • Aplica o modelo do lote econômico à
administração de caixa. • E como pode haver variações, adota-se, como em estoque, o saldo de segurança.
• Baumol consideram o fluxo de caixa de uma empresa como já conhecido.
São modelos determinísticos de administração de caixa, assumindo a total previsibilidade de seus valores.
• Já o modelo de Miller e Orr trabalha com um comportamento de caixa
não determinístico, com caracterização imprevista,
inexistindo relação preestabelecida do comportamento dos recursos ao
longo do tempo. • É um modelo de administração de caixa utilizado nas situações em que
os fluxos de caixa são aleatórios.
• Modelo de dia de semana = Usado quando o
comportamento de caixa é afetado por uma variável
sazonal. •Assim, algumas empresas tem
pagamentos concentrados no início do mês; em outras, como
indústrias de lazer, tem movimento concentrado nos
finais de semana.
RELAÇÕES COM OS BANCOS
Alguns serviços que o conglomerado financeiro oferece:• movimentação de numerários através de cheques e ordens de
pagamento;• débitos gerais em conta corrente;
• cobrança de duplicatas;• seguros;
• subscrição de ações• aplicações financeiras (curto, médio e
longo prazo)• cadernetas de poupança
• aplicações em ouro e ações de outras empresas
• empréstimos/financiamentos para capital de giro: desconto de duplicatas e promissórias;
financiamentos de impostos, importações, exportações;
financiamentos a micro, pequenas e médias empresas.
• operações com BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social
Reciprocidade Bancária
•A exigência de manutenção de recursos paralisados na conta é proibido; entretanto,
existem muitas formas de os bancos pressionarem
os clientes nesse sentido.
FLOAT• O float refere-se à diferença existente entre o saldo da conta de uma empresa no banco e o
valor registrado pela empresa em seus controles bancários.
• O float é sempre favorável ao banco e deve ser usado pela
empresa na discussão da reciprocidade bancária, quando
for necessária a captação de recursos de curto prazo, ou
quando precisar de uma taxa de aplicação melhor.
ANÁLISE DA PLANILHA DO FLUXO DE CAIXA
•Os valores acumulados negativos sugerem a
necessidade de obtenção de recursos externos ou
postergação do pagamento de alguns compromissos, o
que justifica o desmembramento dos
desembolsos de caixa, de acordo com suas finalidades.
• Uma vez detectados valores negativos de caixa, deve-se identificar os fatores que o geraram e procurar negociar com
fornecedores, antecipadamente, de modo a mostrar interesse em liquidar o
débito, sem ocasionar maiores transtornos.
• Alguns procedimentos devem ser evitados: postergação de salários de
empregados, comissão de funcionários, atraso no pagamento de contas com incidência elevada de encargos ou
conseqüências, como o de desligamento do fornecimento de energia elétrica, água ou outro.
• Deve ser atentado para a ocorrência constante de saldo negativo de caixa, provocando
busca de empréstimos bancários, factoring, descontos de duplicatas.
• Isso pode estar sendo resultado de uma política comercial inadequada,
envolvendo preços e prazos praticados na compra e venda de
produtos, como também de superdimensionamento de
estoques.
• Comparando cada coluna com a situação base,
constatamos que o aumento no PMPC e reduções no PMRV
e no PMRE provocaram:•decréscimo no ciclo financeiro
e aumento no giro de caixa;• redução do caixa operacional e no correspondente custo de
oportunidade.
Devemos estar atentos à certas limitações, como:
•não foram considerados os saldos de segurança para atender as incertezas e
descompassos naturais nos fluxos de numerário;
•a redução no prazo médio de recebimento de vendas sugere
redução de vendas;•postergação nos pagamentos a fornecedores sugere aumento de
custos.
Atividadessituação
base
atraso no pagament
o fornecedo
r
aceleração das
cobranças
aumento no giro
de estoques
combinação das três estratégia
s
dias dias dias dias dias
Prazos médios de:
Estoq PMRE 120 120 120 90 90
Rec. PMRV 75 75 60 75 60
Pagt. PMPC 60 70 60 60 70
ciclo financeiro 135 125 120 105 80
giro de cx (gc)
360/cf 2,667 2,880 3,000 3,429 4,5 vezes
------------------ ------------- ------------- ------------- -------------
-------------
desembolsos operac $ (do)
21.451 21.451 21.451 21.451 21.451
cx operac (co) do/gc 8 043 7 448 7 150 6 255 4 767
custo de oport. (22,4% x co)
1 802 1 668 1 602 1 401 1 068
variação sobre a situação base: redução do CO (CO novo -CO base)
- 595 893 1 788 3 276
benefício anual (22,4% x redução do CO)
- 133 200 401 734
EMPRESA período de _____/_____/______
Atividades operacionais segunda-feira
terça-feira
quarta-feira
quinta-feira
sexta-feira
sábado
1. Saldo do dia anterior
2. Vendas à vista
3. Recebimento de contas
4. dd
5. Empréstimos obtidos
6. Outros
7
8. Subtotal (soma de 1 a 7)
9. Compras à vista
10. Pag. de dupli. e empréstimos
11. Pagamento de Serviços
12. INSS/ COFINS/IPVA/ SEGUROS
13. Salários
14. Encargos sociais
15. CPFL / SABESP/ TELESP
16. Contador
17. Aluguel
18. Retirada de Pró-Labore
19
20. Subtotal (soma de 9 a 19)Saldo de caixa do dia. ( 8 - 20)Data:
Visto:
Fluxo de Caixa Ao elaborar a previsão de seu fluxo de caixa, você encontra
asseguintes previsões:
Previsão de Fluxo de caixa
Segunda-feiraa)saldo anterior R$ 2.000, b)vendas à vista R$ 5.000, c)pagamento de duplicatas de R$ 6.000,d)retirada de pró-labore R$ 800,e)recebimento de duplicatas R$ 1.100,f)pagamento de salários R$ 2.000,
Terça feiraa)recebimento de duplicatas R$ 300, b)vendas à vista R$ 2.000,c)pagamento de empréstimo em banco R$ 2.000,
Quarta feiraa)vendas à vista R$ 3.000,b)recebimento duplicatas – R$ 1.000c)pagamento encargos sociais – R$ 200,d)pagamento de serviços R$ 1.500,e)pagamento de água, luz R$ 1.000,f)pagamento de aluguel – R$ 1.000
Quinta-feiraa) vendas à vista R$ 1.600b)compras à vista R$ 1.800
Sexta-feiraa)vendas a vista R$ 1.800b)compras a vista R$ 1.000,
Sábadoa)vendas à vista R$ 1.200b)compras à vista R$ 800c)recebimento de duplicatas R$ 1.800d)pagamento de serviços 300,
Capítulo V – Administração de Contas Capítulo V – Administração de Contas a Recebera Receber
• Dentro da Administração do Capital de Giro, o título de Duplicatas a Receber ou Clientes, tem
sua participação muito atuante.• Essa operação – vender a prazo – tem suas
vantagens e desvantagens, conforme:– as empresas concedem crédito para ampliar
seu nível de operações, obter ganhos, absorver melhor os custos fixos, e, assim,
maximizar a rentabilidade.– a concessão de prazo para pagamentos
favorece o escoamento da produção industrial, aumenta o giro de estoque do
comércio, e permite às empresas prestadoras de serviços ampliarem suas
atividades.
Conceder crédito aos clientes representa assumir custos e riscos
que não existem nas vendas a vista, tais como:despesas com análise do potencial de crédito dos clientes;
• despesas com as cobranças das duplicatas;
• riscos de perdas com clientes incobráveis;
• custos dos recursos aplicados em Duplicatas a Receber;
• perda do poder aquisitivo do valor dos créditos em decorrência do processo
inflacionário.
Giro de Duplicatas a Receber = Vendas a prazo / Duplicatas a Receber
• O prazo médio de cobrança pode ser calculado utilizando o giro das duplicatas a receber:
PMC (ou PMRV) número de dias no período* / giro de duplicatas a receber
(aponta o número de dias)
PMC ( Pmrv) = (Dupls. a receber / vendas a prazo) x n.º de dias no período*)
*(360) aponta a média diária das vendas a prazo
PMC (ou PMRV) = (duplicatas a receber x 360) / vendas a prazo
• Se quisermos estabelecer comparação entre nossas contas a receber e as nossas contas a
pagar, devemos considerar:
Giro de fornecedores = Compras a prazo /CMV ou fornecedores
Prazo Médio de Pagamento de compras. = Fornecedores x 360 / CMV
POLÍTICA DE CRÉDITO E COBRANÇA
• Crédito sugere noção de credibilidade, que em transação comercial significa
capacidade de pagamento de um tomador de recursos a serem pagos.
• A política de crédito de uma empresa fornece os parâmetros que determinam se deve ser ou não concedido crédito a um cliente e, em caso afirmativo, qual o
valor do limite de crédito a ser atribuído.
A análise de crédito envolve o levantamento de informações sobre o cliente que
poderiam ser classificados através do que se convencionou denominar pelos 5C's do
Crédito: (para pessoas jurídicas)• caráter = o cliente procurará cumprir sua
obrigação ? (Character). Refere-se à intenção do devedor em pagar suas
dívidas, independentemente de haver ou não condições de fazê-lo.
• As informações cadastrais obtidas junto aos bancos, fornecedores e agências
especializadas (SPC's) permitem conhecer os hábitos de pagamentos..., "é pontual"
"costuma pagar com x dias de atraso"...."só paga títulos apontados em
cartório".... "tem títulos protestados"...Diz respeito à idoneidade do cliente;
• capacidade = o desempenho operacional e financeiro do cliente permitirá a geração de recursos para efetuar o pagamento ?
(capacity).• Relacionada também com a competência dos administradores e com o potencial de
produção e vendas da empresa. • A determinação da capacidade de
pagamento é realizada através de dados indiretos que permitem inferir a
capacidade de pagamento.• Participam desta análise a avaliação da
experiência dos proprietários (compradores), sua capacidade de
produção – quantitativa e qualitativa – equipes de vendas, análises de índices,
entre outros;
• condições = quais serão os efeitos de acontecimentos externos, por
ex. nível de atividade da economia, sobre a capacidade do cliente de
pagar as suas dívidas. (conditions). • Relativas aos fatores externos e
macroeconômicos, envolvendo sazonalidade dos produtos, efeitos da moda sobre a continuidade do
negócio, essencialidade do produto, influência de outro ramo de
atividade, sensibilidade do próprio ramo a problemas de liquidez;
• capital = o cliente possui bens e outros recursos disponíveis para
cobrir o valor exigido pela transação ? (capital). Refere-se a situação
financeira da empresa;• colateral = o cliente pode oferecer garantias, reais ou não ? (collateral)
• conglomerado = situação das demais empresas do grupo e
também dos controladores que poderá justificar a concessão de crédito a uma empresa em má
situação ou arrastar à insolvência uma boa empresa.
Desse modo, a concessão de crédito demandará:
• análise dos demonstrativos financeiros do cliente, inclusive das demais empresas do grupo, atentando para a fidedignidade dos
dados apresentados (assegurada por parecer de auditores independentes);
• consultas às fontes de referência cadastral (ver Caráter)
• visitar as instalações da empresa e entrevista com seus principais executivos
para aferir os níveis de organização, capacidade gerencial etc.
• A concessão de crédito a pessoas físicas tem
particularidades diferentes daquelas identificadas para clientes pessoas jurídicas,
considerando que:• o risco é diluído devido à
pulverização das vendas;• as informações sobre dados
pessoais provêm de fontes limitadas;
• os custos de análises mais profundas são elevados;
• muitas lojas nacionais, estabelecem padrões de concessão de crédito
com critérios nacionais, enfrentando dificuldades regionais.• boas fontes referenciais: SPC –
Serviço de Proteção ao Crédito, Associações Comerciais. – Limitadas
porém, por serem, normalmente municipais, morosas, tempo de
caducidade das dívidas (saem dos registros), protestos indevidos,
homônimos, entre outros.
• Não se pode aplicar muito tempo no levantamento e análise dessas
informações, sob pena de o cliente desistir da compra ou de custo de
investigações tornar-se muito elevado em face do valor do crédito.• Uma política de crédito rigorosa
envolverá menores despesas com os departamentos de créditos e
cobrança, menor índice de atrasos e de perdas com duplicatas
incobráveis, mas também menor volume de vendas.
• Uma política de crédito liberal provocaria efeitos contrários.
• Volume de vendas: • A mudança dos padrões de
crédito deve acarretar mudança no volume de vendas.
•Se os padrões de crédito forem afrouxados, deve-se esperar um
crescimento nas vendas; por outro lado, deve haver redução
nas vendas, se ocorrer o arrocho dos padrões de crédito.
• Investimentos em duplicatas a receber. Há um custo referente à
manutenção de duplicatas em carteira. • Quanto mais duplicatas a receber houver em média, maior será o custo
de mantê-las e vice-versa.• Perdas com devedores incobráveis.
• Outra variável afetada por mudanças nos padrões de crédito.
• A probabilidade, ou risco, de uma conta tornar-se incobrável aumenta quando os padrões de crédito são afrouxados e diminui quando os padrões de crédito ficam mais
restritivos.
• Para formação de preço de venda financiado para recebimento a prazo, a
preocupação será com a taxa média de juros agregada ao
preço praticado a vista. • Esta taxa média de juro deve refletir não só o custo do capital
emprestado, mas também os custos decorrentes de riscos e
de processamento das operações de crédito.
FATORES CONDICIONANTES DO INVESTIMENTO EM CONTAS A RECEBER
Numa empresa qualquer, o volume de recursos empatados em saldo
médio de contas a receber, o investimento com o qual se preocupa o administrador
financeiro, neste caso, é afetado pelas seguintes variáveis, ou
fatores condicionantes:• volume das vendas a prazo;
• a proporção entre o custo direto do produto ou serviço e o valor da
venda faturado;• sazonalidade das vendas;
•as regras dos ramos de atividades, quanto aos
limites de crédito;•as políticas de prazos de
créditos da empresa;•as políticas de cobrança da
empresa;•as políticas de desconto da
empresa.
•Logo, "a política de concessão de crédito envolve um equilíbrio
entre o lucro nas vendas a prazo e o custo de
manutenção de valores a receber adicionados aos
prejuízos decorrentes das dívidas incobráveis"
CUSTO DE OPORTUNIDADE• Custo de Oportunidade. - Nas
operações de crédito existe um custo pertinente a esses financiamentos.
• E neste módulo, poderemos perceber que o custo de oportunidade é o valor correspondente ao custo de
financiar as vendas a prazo. • Incide diretamente sobre o saldo médio aplicado em contas a receber, isto é, o valor médio que nos custou
a operação.
•O custo de oportunidade baseia-se no fato de que se
a empresa tivesse esse dinheiro que receberia se a
venda fosse realizada a vista, poderia aplicar o valor do custo da mercadoria num
investimento igualmente arriscado, com um retorno de x%, ou ainda, amortizar
uma dívida custando aqueles x% ao ano.
INADIMPLÊNCIA
• Para se saber qual a participação desses clientes em atraso, em relação às nossas
vendas, dispõe-se da fórmula:
Índice de Inadimplência = Devedores em atraso / Vendas a prazo
totais
FACTORING• É a venda das contas a receber de
uma empresa a uma instituição financeira conhecida como factor.
• Trata-se de uma das categorias de empréstimos com base em Ativos.
• Factoring é uma opção que torna o caixa disponível aos negócios antes de os pagamentos das contas a receber serem feitos
pelos clientes.
•Portanto, nessa negociação, outra empresa, conhecida como financiador, compra as contas a
receber por seu valor total. •O financiador – factor - cobra
uma taxa de serviço, geralmente de 1% do valor das contas a
receber e uma taxa de juros que pode variar de 2% a 3% acima da taxa de juros preferencial, que é
a taxa de juros que os bancos comerciais cobram de seus
clientes mais dignos de crédito.
Vantagens e desvantagens do Factoring
• vantagem – oportunidade que a empresa tem de converter duplicatas em caixa
sem ter que se preocupar com o reembolso.
• vantagem – assegura um padrão conhecido de fluxos de caixa.
• A empresa que negocia suas duplicatas sabe que receberá os fluxos de caixa provenientes das duplicatas (menos a
comissão e descontos), numa data certa.
• Isso simplifica o planejamento de fluxos de caixa.
• vantagem – se houver continuidade, de modo que todas as duplicatas
sejam vendidas ao factor, poderá ser extinto o departamento de crédito. • O factor toma para si a função da
análise de crédito.• vantagem – pode ser eliminado o
departamento de cobrança da empresa.
• Já que factor assume os riscos de crédito, ele é quem se responsabiliza
pelos custos de cobrança.
•desvantagem – os custos decorrentes do factoring são superiores aos custos
de empréstimos sem garantia.
•desvantagem – os custos de administração e juros são descontados adiantados.
ALTERAÇÕES NA POLÍTICA DE CRÉDITO
•Uma política de crédito liberal certamente amplia o potencial
de vendas da empresa, mas também acarreta maior
investimento em duplicatas a receber, maior prazo médio
de cobrança devido aos atrasos e maior porcentagem de perdas por inadimplência.
Capítulo VI – Previsão de Falências de Capítulo VI – Previsão de Falências de EmpresasEmpresas
• ANÁLISE DISCRIMINANTE• Tem um mecanismo próprio, que
através dos índices financeiros, indica simultaneamente:
– quais índices utilizar;– que pesos devem ter esses índices;
– qual o poder de discriminação de função, ou seja, qual a
probabilidade de acertos nas previsões de insolvência do
modelo.
Sérgio de Ludícibus, aconselha com muita propriedade, que para uma análise conjunta de
quocientes, deve-se:• antes mesmo de iniciar a análise de balanços,
conheça intimamente a empresa que pretende analisar: o produto que transaciona, a função produção da empresa, se existem operações
típicas de financiamentos, e outros.• As empresas de fertilizantes, por exemplo,
realizam vendas a agricultores, já financiadas por bancos oficiais.
• Ou, visto o problema de outra forma, os agricultores compram mediante financiamento de
bancos oficiais. • Neste caso, na verdade, o cliente verdadeiro da
empresa, em termos de valores a receber, é o Governo, e se, de um lado, isto normalmente
aumenta os prazos de recebimento de contas a receber, por outro diminui os riscos de
recebimentos.
• Aquele que, sem conhecer este detalhe, se aventurar a interpretar de uma forma muito
restrita os quocientes ligados a contas a receber, ou levar em conta a provisão para
devedores duvidosos (que praticamente não tem razão de existir nesse caso) estará se
expondo a erros e a críticas. • É necessário, portanto, conhecer bem as características operacionais da empresa, as
formas peculiares de financiamentos (se existirem), a característica dos estoques, os tipos de
máquinas e equipamentos utilizados, etc. • O mesmo vale para o analista externo.
• Deverá inteirar-se pelo menos do essencial sobre as peculiaridades, senão da empresa em particular, pelo
menos do setor em que atua. • É saudável que se conheça o melhor que puder, da
empresa a ser analisada.
• colecione todos os quocientes utilizados e faça uma análise:- Individual: anote sua avaliação de cada quociente
individualmente. - Compare com o quociente análogo do setor.
- Por grupos: faça uma análise isolada da liquidez; do endividamento; da rentabilidade; de outros quocientes de
interesse.• compare com os quocientes e as e as conformações dos
grupos acima do setor.• coloque todos os principais índices em uma folha de
trabalho. • Compare atentamente a situação de liquidez, de
endividamento, os quocientes de atividades, de rentabilidade.
• Procure formar uma opinião de conjunto sobre os quocientes.
• anote, após detalhamentos, suas observações e conclusões. • Discuta com os profissionais envolvidos.
• Faça uma revisão final e elabore as recomendações.
FÓRMULAS MAIS CONHECIDAS DE PREVISÃO DE FALÊNCIAS
•Altman, (Eduard I.) combina certo número de quocientes de
liquidez, alavancagem, atividade e rentabilidade a fim de estimar a probabilidade de uma empresa
ir à falência. •O modelo tem sido capaz de
prever a falência para um período de um a dois anos no
futuro.
Fator de insolvência = x1 + x2 + x3 - x4 - x5
• Se a soma resultar num valor compreendido entre 0 e 7 (entre zero e sete), a empresa
estará na faixa de solvência. Se recair entre 0 e -3 (entre zero e menos três), estará na
zona de penumbra e se cair na faixa de -3 e -7(entre três negativo e sete negativo) estará
na zona de insolvência.
• x1= RPL x 0,05 = LL/PL
• x2= ILG x 1,65 = AC+RLP / PC+ELP
• x3= ILS x 3,55 = AC-Est /PC
• x4= ILC x 1,06 = AC/PC
• x5= IPCT x 0,33 = PC+ELP / PL
Limitações
• Observando as técnicas dos autores listados em seus vários
modelos de previsão de insolvência, conclui-se que,
apesar de apresentarem índices completamente diversos, alguns com pouco significados, todos os modelos apresentam capacidade
de classificar corretamente as empresas solventes e insolventes.
Portanto, os modelos não substituem a análise através dos índices tradicionais e
devem ser usados apenas complementarmente às conclusões destes
últimos.
Calcular a faixa de insolvência, segundo Kanitz
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo 19x1 19x2 19x3
Disponível 10 10 10
Duplicatas a Receber 500 660 1.000
Estoque 1.590 1690 2210
Total Circulante 2.100 2.360 3.220
Títulos Recebido (400 dias)
40 40 80
Total RLP 40 40 80
Imóveis 500 500 800
Veículos 100 100 500
Total Permanente 600 600 1.300
Total do Ativo 2.740 3.000 4.000
Calcular a faixa de insolvência, segundo Kanitz
Passivo
Fornecedores 1.200 1.300 2.000
Contas a Pagar 700 800 1.400
Salários Pagar 600 660 960
Total Passivo Circulante
2.500 2.760 4.360
Patrimônio Líquido 240 240 240
Total do Passivo 240 -240 240
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Receita 3.000 3.500 3.800
CMV 1.200 1.750 2.280
Lucro Bruto 1.800 1.750 1.520
Despesas com Vendas 200 400 420
Despesas Administrativas 300 300 450
Outras Despesas Operacionais
200 300 300
Lucro Líquido Operacional 1.100 750 350
Despesas Não Operacionais 320 320 300
Recebimentos Não Operacionais
20 50 50
LLAIR 800 480 100
Previsão do Imposto de Renda
280 170 35
LLDIR 520 310 65
Capítulo VII – Análise de Capítulo VII – Análise de Margem X GiroMargem X Giro
•“Sendo o lucro o principal objetivo da empresa, nada mais lógico do que estudar
detalhadamente como a empresa o obteve”.
(MATARAZZO, 1998, p. 426)
INVESTIMENTO - FORMA LEIGA • Toda pessoa que deposita dinheiro na
caderneta de poupança, espera que o capital ali aplicado lhe proporcione algum
retorno. • Se a aplicação é feita em certificados de
depósitos bancários, espera que após algum tempo, ocorra um retorno.
• Assim também, o empresário, ao investir em uma empresa, espera que ela lhe dê,
após algum tempo, um retorno satisfatório. • Os acionistas, ao investirem em uma empresa, esperam que a empresa seja
lucrativa e lhes possibilite um retorno sobre o dinheiro ali aplicado.
• Sempre que há um investimento, espera-se um retorno
INVESTIMENTO - FORMA TÉCNICA:
• É uma utilização de recursos (próprios ou de terceiros) com vistas
à aquisição de um ativo, ativo este que será necessário à geração de
resultados no futuro. • Esta característica é que diferencia
um investimento de uma despesa, uma vez que esta também representa
uma utilização de recursos, não vinculados a um retorno futuro.
• A taxa de retorno sobre o ativo é um dos indicadores mais
importantes da eficiência dos negócios de uma empresa: mostra quanto a empresa obteve de lucro
para cada unidade monetária investida.
• A taxa de retorno significa quanto a empresa consegue obter de lucro
por cada unidade monetária investida.
• É decomposta em taxa de giro do ativo e margem lucrativa.
ROI = Margem X Giro
• “Trata-se de uma ferramenta de análise da mais absoluta
praticidade, aplicável a quase todas as situações e ramos de atividade”.
(MATARAZZO, 1998, p. 425)• ROI - Return On Investiment, ou
Retorno do Investimento, ou Retorno do Capital Empregado.
Algebricamente, é possível desmembrar esta relação em seus
componentes básicos:• Giro do Ativo = Vendas / ativo total
• Margem Operacional = (Lucro / Vendas) x 100, logo,
• ROI = (vendas/ativo) x [(lucro / vendas) x 100], portanto• ROI = GIRO X MARGEM
Giro 1 2 4 5 8
Margem 20% 10% 5% 4% 2,5%
Retorno do Ativo
20% 20% 20% 20% 20%
• Determinada taxa de retorno, como 20%, pode ser conseguida de infinitas combinações de Margem X Giro:
• Duas empresas apresentam as seguintes condições:
• Empresa A Empresa B• vendas líquidas 1.500.000
1.875.000• ativo total 600.000 937.500• lucro líquido 150.000 234.375
• Para a empresa A, a Taxa de Retorno é de: • Margem líquida = 150m / 1.500m = 0,10
ou 10%• Giro do Ativo = 1.500m / 600m = 2,5
vezes, portanto retorno de 25%• A empresa levará 4 anos para recuperar
os investimentos nos Ativos.• Observar que a empresa B, apesar de ter
margem e giro diferentes, tem o mesmo retorno que a empresa A.
• O desmembramento da taxa de retorno é extremamente útil, pois
ele pode localizar com maior precisão as causas que
determinaram o desempenho da empresa avaliado pelo ROI (TRIT)
• Efetivamente, a decomposição da lucratividade da empresa em seus
elementos básicos (Giro e Margem) é um recurso que permite aos
analistas e à Administração, uma profundidade maior na observação
do desempenho operacional da empresa.
DESDOBRAMENTO DA TAXA DE RETORNO
• Após o desdobramento da Taxa de Retorno sobre o Ativo, nos
componentes de Giro e Margem, são conhecidas as causas imediatas de
sua queda ou aumento.• A regra básica do esquema é que a
evolução de Vendas é o ponto de referência dos demais itens: nenhum
investimento ou despesa pode crescer mais que vendas sob a pena de redução da taxa de retorno sobre
o Ativo.
DESDOBRAMENTO DA TAXA DE RETORNO
• Este sistema pode ser aplicado em duas versões:• Retorno sobre o Ativo Operacional e sobre o
Investimento Total.• A) RA Operacional = Margem Operacional x Giro
do Ativo Operacional• LLOP/Ativo Operacional = (lucro Op / vendas) x (Vendas
/ Ativo Operacional) fórmula DUPONT• B) ROIT = Margem Líquida x Giro do
Investimento Total• LL/Ativo total = (LL/ vendas) x (Vendas/ Ativo total)
• Na primeira fórmula (Dupont), são considerados
exclusivamente os elementos que integram o lucro puro das
operações e os ativos de natureza operacional.
• A segunda versão da fórmula é mais abrangente e atinge todos
os componentes (inclusive os “não operacionais”).
• Através dela, pode-se até chegar à taxa de retorno sobre
o capital próprio.
• Por exemplo, as grandes redes de supermercados operam com
reduzidas margens de lucros e suas taxas de retornos provêm
basicamente do alto giro dos ativos, impulsionado pela elevada rotação
dos estoques. • Com uma joalheria, ocorre ao
contrário: seus preciosos estoques giram lentamente, prejudicando a
rotação do ativo, porém seu mark-up costuma ser bastante elevado.
(Mark-Up = LB/CMV)
Em seu esquema observemos a Figura abaixo
Caixas e Bancos exercícios
100% Análise horizontal
nome da contaano base
Valores extraídos do Balanço O resultado indica o
crescimento (ou queda) em relação ano base
• Refletindo sobre o significado do ROI (TRIT), podemos observar as estratégias que a Administração Financeira deverá
estar interessada em aplicar:• a administração deve tentar controlar seus custos e despesas operacionais de
forma que os minimize. • Com isso, teremos o lucro operacional
menor e, considerando o volume de Vendas constante teremos uma margem maior. • Naturalmente, o aumento no volume de Vendas,
com aumentos menos que proporcionais nos custos e despesas, resultará sempre em uma
maior margem.
• a administração deve estabelecer um nível mínimo de aplicações.
• Ou seja, deve evitar a ocorrência de estoques supérfluos, instalações
exageradas, ociosidades de equipamentos, duplicatas incobráveis e, principalmente saldos inativos de Caixa.
• Tais controles atuam no sentido de reduzir o Ativo Total (sem afetar negativamente o
volume das vendas). • Reduzindo o Ativo Total estaremos
aumentando o Giro, implicando no aumento do ROI (TRIT).
Formas de aumentar o retorno:• A receita operacional líquida constitui o
elemento comum à margem operacional e ao giro do ativo
operacional. • Essa receita é afetada pelos preços de
venda e pelas quantidades vendidas. Assim, um aumento na receita
operacional líquida pode ser obtido mediante:
• majoração nos preços de venda, conservando-se o mesmo volume físico de vendas ou obtendo-se acréscimos de receitas superiores aos efeitos da redução nas quantidades vendidas;
•aumento do volume físico das vendas, mantendo-se os
preços ou reduzindo-os, mas obtendo significativa elevação
nas quantidades vendidas;•otimização na composição ou mix de vendas, elevando-se a
participação daquelas mercadorias cujos preços e lucros brutos sejam mais
elevados.
COMO AUMENTAR A MARGEM OPERACIONAL
A margem operacional aumentará quando o lucro operacional crescer mais do que a receita operacional
líquida. Isto será obtido através de:
• aumento nas receitas de vendas maior que a elevação nas despesas
operacionais; ou• redução nas despesas operacionais
(cortar as gorduras), ou• aumento nas receitas e redução das
despesas simultaneamente.
COMO AUMENTAR O GIRO DO ATIVO OPERACIONAL
• O giro do ativo operacional aumentará:
• com a expansão das receitas de vendas em maior proporção do
que o crescimento do ativo operacional, ou
• com uma redução do ativo operacional de forma mais
acentuada do que a contração das receitas de vendas.
• Aplicar o esquema de Margem e Giro para:BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo 19x1 19x2 19x3
Disponível 100 200 400
Duplicatas a Receber 600 660 1.300
Estoque 700 800 1.200
Total Circulante 1.400 1.660 2.900
Títulos Recebidos (400 dias)
40 40 100
Total RLP 40 40 100
Imóveis 1.000 1.000 1.200
Veículos 300 300 400
Total Permanente 1.300 1.300 1.600
Total do Ativo 2.740 3.000 4.600
• Aplicar o esquema de Margem e Giro para:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
Receita 2.000 2.500 2.800
CMV 700 870 950
Lucro Bruto 1.300 1.630 1.850
Despesas com Vendas 200 300 400
Despesas Administrativas 100 140 240
Outras Despesas Operacionais
200 320 430
Lucro Líquido Operacional 800 870 780
Despesas Não Operacionais 10 12 20
Recebimentos Não Operacionais
20 22 25
LLAIR 810 880 785
Previsão do Imposto de Renda
310 340 305
LLDIR 500 540 480
OBS: Aplicar sobre a GTT 2003
Capítulo VIII – AlavancagemCapítulo VIII – AlavancagemDo módulo de Ponto de Equilíbrio,
visto em Administração da Produção, revisemos os exercícios da
Sou Kapaz e Faço Fácil:• Cia. Sou Kapaz tem custos fixos mensais de R$ 100.000,00, custo
variável unitário de R$ 10,00 e preço unitário de venda de R$ 20,00. • Determinar a quantidade de
equilíbrio a ser produzida e vendida.
• a empresa Faço Fácil apresenta: • Custos fixos totais de R$ 150.000,00,
preço unitário de venda de R$ 20,00 e custos variáveis unitários de R$
8,00. • Calcular a quantidade de equilíbrio a
ser produzida e vendida.• sabendo que a Sou Kapaz tem
capacidade de produção mensal de 20.000 unidades e que a empresa
Faço Fácil tem capacidade idêntica, determinar qual empresa está melhor em
termos de riscos de mercado e em termos de percentuais de início de lucratividade.
Relembrando, responder a questão C, verificando seus lucros operacionais.
E se ambas conseguirem aumentar suas vendas em 30%?
A Cia. Piano Mole apresenta:• Custos fixos operacionais de R$
2.500,00, preço de R$ 10,00 e custo variável unitário de R$ 5,00, para uma quantidade vendida de 1.000
unidades.• Observar que seu ponto de equilíbrio é de:
• E seu lucro operacional é de:
• Imaginemos que a PianoMole resolva modificar sua composição de custos, eliminando os custos
variáveis unitários correspondentes às comissões de vendas, passando o CV de R$ 5,00 para R$ 4,50, e conseqüentemente
aumentando o salário dos vendedores, passando os custos
fixos operacionais (Fo) de R$ 2.500,00 para R$ 3.000,00
Observar que o seu novo ponto de equilíbrio é de:
• E o seu lucro operacional é de:
• Foi boa política a troca dos custos?
Imagine que, por estratégia de vendas, a PianoMole consiga elevar suas
vendas em 20%. De quanto seria a elevação do percentual do seu lucro na situação original e na situação nova?
Compensou a estratégia?
CONCEITO• O conceito de "alavancagem"
(leverage) origina-se no princípio da alavanca da Física, pela qual
determinada massa pode ser levantada de forma indireta (através de uma
alavanca apoiada em um ponto fixo) com menor esforço do que aquele que
seria exigido em um levantamento direto ao se erguer esta massa.
• Este conceito pode ser transportado para o âmbito da Administração Financeira, imaginando-se duas
estratégias básicas para o "levantamento" do retorno dos acionistas:
•elevando-se a receita e baixando-se os custos (ação direta) e, expandindo-se a produção e o faturamento,
aproveitando-se da economia de escala resultante (economia de escala - todas as operações se realizam em pequena escala, e
qualquer incremento de produção é proporcional ao
aumento de insumos de todos os fatores.Teoria questionada);
• e adequando-se o custo das fontes de financiamento externo da
empresa à sua potencialidade de rendimento (ação indireta)
RISCO ECONÔMICO• Toda empresa, por dedicar-se
primordialmente a atividades típicas de um setor da economia - primário, secundário ou terciário - e, dentro
desse setor, concentrar-se num ramo mais específico - no caso do comércio, atacadista ou varejista, e se varejista,
de alimentos, roupas, ferramentas, materiais de construção etc. -
enfrenta os padrões de oscilação característico de sua esfera de atividades como uma unidade
econômica.
• O risco econômico de uma empresa é considerado um dado do problema
"estrutura financeira", entendida aqui como sendo a composição das fontes de recursos da empresa, representada contabilmente
por todo o lado direito do Balanço Patrimonial (exigível e não exigível)
• Quando o grau do risco econômico é alto, não se recomenda ou não é aceitável, um alto
grau de endividamento - proporção elevada de capital de terceiros - pois, dada a incerteza quanto
aos resultados das operações pode ocorrer a situação em que estas não cheguem a gerar fundos suficientes para cobrir os elevados compromissos,
fixos e inevitáveis, de pagamento de juros, amortização do principal entre outros, introduzidos
pelo admitido recurso à obtenção de elevadas proporções de capitais de terceiros.
RISCO FINANCEIRO• O risco financeiro, ou a variabilidade dos
retornos para o acionista ordinário, é determinado, além do risco econômico
subjacente, pelo uso relativo de capital de terceiros, ou seja, pelo uso de recursos que exigem uma remuneração fixa e prioritária
em face da remuneração do capital dos acionistas.
• Portanto, se de um lado o risco econômico corresponde à estrutura de ativos da
empresa, que decorre das atividades por ela desenvolvidas, o risco financeiro está
associado à estrutura de fontes de recursos (dos passivos, exigíveis ou não),
principalmente em termos de endividamento relativo.
EFEITOS DE ALAVANCAGEM• Flutuações nas receitas de vendas, associadas à existência de custos fixos, provocam mudanças significativas nos
resultados das empresas. • Uma queda de 10% no faturamento
poderá causar um decréscimo muito maior no lucro.
• Inversamente, a elevação das vendas em proporção superior ao crescimento
dos custos fixos beneficiará significativamente os resultados.
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
• A alavancagem operacional decorre da existência de
custos e despesas operacionais fixos no fluxo de lucro da
empresa, que permanecem inalterados dentro de certos intervalos de flutuação de
produção e vendas.
AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ALAVANCAGEM OPERACIONAL• O grau de alavancagem operacional
mede os efeitos provocados sobre o Lucro Operacional pelas variações
ocorridas nas vendas.
GAO = __variação do percentual no LLOp LAJIR
variação do percentual nas vendas
Indica o quanto foi a variação do lucro em relação a quanto foi a variação das
vendas.
ANTES DEPOISVARIAÇÃ
O
Quantidade = 200 peças Quantidade = 220 peças +10%
Preço = 250,00 Preço = 250,00 -Custo variável unitário =
230,00Custo variável unitário = 230,00 -
Fixos operacionais = 3.000,00
Fixos operacionais = 3.000,00 -
Receita = 50.000,00 Receita = 55.000,00 +10%
Lucro = 1.000,00 Lucro = 1.400,00 +40%
• Aplicando a fórmula, variação percentual do lucro ( 40%) dividido
pela variação das vendas (10%), teremos um grau de alavancagem
operacional igual a 4.• Lembrando que o LLOp = q(p-v)-Ft
• GAO = [q(p-v)]/[q(p-v)-Ft], logo:
ALAVANCAGEM FINANCEIRA• O volume de empréstimos e
financiamentos e as taxas de juros e encargos contratados determinam o
valor das despesas financeiras apropriadas em cada período de
acordo com o regime de competência.
• Desse modo, as despesas financeiras constituem-se custos fixos porque
dependem da composição das fontes de financiamentos e não do nível de
produção e vendas.
• Podemos perceber que a análise da rentabilidade deve basear-se em três
índices:• Retorno sobre o ativo = LLOp / Ativo
Oper., que mede quanto a empresa gera de lucro para cada unidade
financeira investida.• Custo da dívida = Despesas
Financeiras / Passivo gerador de encargos. mede quanto a empresa
paga de juros por cada unidade monetária tomada junto a instituições financeiras.
• Retorno sobre o Patrimônio Líquido = LL/PL, mede quanto os acionistas
ganham para cada unidade financeira investida.
• Vejamos a Cia. Torresmenrugado. com 3 alternativas de endividamento:
• sem endividamento, ou seja, 100% de capital próprio
• uso de 30% de capital de terceiros, ao custo de 20% a.a.
• uso de 50% de recursos de terceiros, ao custo de 20% a.a.
• Seu ativo total é de R$ 1.000.000,00
•Suas vendas apontam R$ 3.000.000,00, para um CMV de
40%• Suas outras despesas operacionais somam R$
1.500.00,00 (50% das vendas)•Á priori, por qual V. optaria?
A B C
Receitas (vendas)
(-) Custo mercadoria vendida (40%)
(=) margem bruta (lucro bruto)
(-) outras despesas operacionais
(=) resultado operacional (LLOP)
(-) custo do endividamento
(=) lucro líquido antes do Imposto de Renda
•Embora nas alternativas B e C o lucro líquido
absoluto seja inferior ao alcançado em A, o uso de capitais de terceiros mais barato (de custo inferior
ao retorno de 30%, sobre o ativo total(LLOp/Ativo), favorece aos acionistas,
conforme Quadro a seguir
A B C
I - Resultado operacional
II- Ativo total
III-ROI (I/II)
IV - Capital de Terceiros
V - Capital próprio (II-IV)
VI- Lucro líquido
VII- rentabilidade do PL (VI/V)
Receitas (vendas) A B C
(-) Custo mercadoria vendida (40%)
(=) margem bruta (lucro bruto)
(-) outras despesas operacionais
(=) resultado operacional (LLOp)
(-) custo do endividamento
(=) lucro líquido antes do Imposto de Renda
RPL = LL/PL
Nessa nova situação, a alternativa mais favorável para a empresa é a primeira, em face do efeito adverso do risco
econômico (queda das vendas à metade)Considere então, a partir da situação inicial da
Torresmenrugado, uma elevação nas vendas, a partir dos dados originais, em 20%. Como ficaria o quadro?
Receitas (vendas) A B C
(-) Custo mercadoria vendida (40%)
(=) margem bruta (lucro bruto)
(-) outras despesas operacionais
(=) resultado operacional (LLOp)
(-) custo do endividamento
(=) lucro líquido antes do Imposto de Renda*
RPL = LL/PL
GAF = LLOp / (LLOp-DF)
GAF = LLOp / (LLOperacionais - Despesas Financeira)
• Alternativa B = a fórmula da alavancagem financeira, tal como o GAO indica um elemento multiplicador:
ALAVANCAGEM COMBINADA
• Alavancagem Operacional e Alavancagem Financeira
• Como se observa, o efeito sobre o lucro para o acionista
foi três vezes superior à variação do volume de
operação (aumento de 20% das vendas).
•Como já calculado, o resultado operacional deveria aumentar
40% (20% x gao2)