Gêneros mais cobrados em vestibulares e no...

APRESENTAÇÃO

Este módulo faz parte da coleção intitulada MATERIAL MODULAR, destinada às três

séries do Ensino Médio e produzida para atender às necessidades das diferentes rea-

lidades brasileiras. Por meio dessa coleção, o professor pode escolher a sequência que

melhor se encaixa à organização curricular de sua escola.

A metodologia de trabalho dos Modulares auxilia os alunos na construção de argumen-

tações; possibilita o diálogo com outras áreas de conhecimento; desenvolve as capaci-

dades de raciocínio, de resolução de problemas e de comunicação, bem como o espírito

crítico e a criatividade. Trabalha, também, com diferentes gêneros textuais (poemas,

histórias em quadrinhos, obras de arte, gráficos, tabelas, reportagens, etc.), a fim de

dinamizar o processo educativo, assim como aborda temas contemporâneos com o ob-

jetivo de subsidiar e ampliar a compreensão dos assuntos mais debatidos na atualidade.

As atividades propostas priorizam a análise, a avaliação e o posicionamento perante

situações sistematizadas, assim como aplicam conhecimentos relativos aos conteúdos

privilegiados nas unidades de trabalho. Além disso, é apresentada uma diversidade de

questões relacionadas ao ENEM e aos vestibulares das principais universidades de cada

região brasileira.

Desejamos a você, aluno, com a utilização deste material, a aquisição de autonomia

intelectual e a você, professor, sucesso nas escolhas pedagógicas para possibilitar o

aprofundamento do conhecimento de forma prazerosa e eficaz.

Gerente Editorial

Gêneros mais cobrados em

vestibulares e no ENEM

© Editora Positivo Ltda., 2013Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.

DIRETOR-SUPERINTENDENTE: DIRETOR-GERAL:

DIRETOR EDITORIAL: GERENTE EDITORIAL:

GERENTE DE ARTE E ICONOGRAFIA: AUTORIA:

ORGANIZAÇÃO: EDIÇÃO DE CONTEÚDO:

EDIÇÃO:ANALISTA DE ARTE:

PESQUISA ICONOGRÁFICA:EDIÇÃO DE ARTE:

ILUSTRAÇÃO:PROJETO GRÁFICO:

EDITORAÇÃO:CRÉDITO DAS IMAGENS DE ABERTURA E CAPA:

PRODUÇÃO:

IMPRESSÃO E ACABAMENTO:

CONTATO:

Ruben FormighieriEmerson Walter dos SantosJoseph Razouk JuniorMaria Elenice Costa DantasCláudio Espósito GodoyRobson Luiz Rodrigues de LimaRobson Luiz Rodrigues de LimaFernanda Rosário de MelloJeferson Freitas / Paulo Cezar Migliozzi PaivaTatiane Esmanhotto KaminskiSabrina FerreiraAngela Giseli de SouzaQuadrinhofilia Produções ArtísticasO2 ComunicaçãoRosemara Aparecida Buzeti / Arowak© Thinkstock/Getty Images; © Shutterstock/Valua Vitaly; © Shutterstock/Franck Boston; © Shutterstock/Slavoljub Pantelic; © Shutterstock/ajt; © Shutterstock/ilker canikligil; P. Imagens/Pith; © iStockphoto.com/Dean Mitchell PhotographyEditora Positivo Ltda.Rua Major Heitor Guimarães, 17480440-120 Curitiba – PRTel.: (0xx41) 3312-3500 Fax: (0xx41) 3312-3599Gráfica Posigraf S.A.Rua Senador Accioly Filho, 50081300-000 Curitiba – PRFax: (0xx41) 3212-5452E-mail: [email protected]@positivo.com.br

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@POR963Conceito e exemplos

sobre as funções da

linguagem

@POR963

Todos os direitos reservados à Editora Positivo Ltda.

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

L732 Lima, Robson Luiz Rodrigues de.Ensino médio : modular : língua portuguesa : gêneros mais cobrados em vestibulares

e no ENEM / Robson Luiz Rodrigues de Lima ; ilustrações Quadrinhofilia Produções Artísticas. – Curitiba : Positivo, 2013.

: il.

ISBN 978-85-385-7508-5 (livro do aluno)ISBN 978-85-385-7509-2 (livro do professor)

1. Língua Portuguesa. 2. Ensino médio – Currículos. I. Quadrilhofilia Produções Artísticas. II. Título.

CDU 373.33

SUMÁRIO

Unidade 1: Estudo dos artigos: argumentativo e dissertativo-argumentativo

Unidade 3: Critérios de correção de redação

Unidade 2: Carta argumentativa

Artigo de opinião 5

Artigo dissertativo-argumentativo 12

Estrutura da carta argumentativa 23

Coerência 30

Coesão 33

Modalidade escrita 37

Proposta de intervenção 37

"Dizem que sou louco por pensar assim

Se eu sou muito louco por eu ser feliz

Mas louco é quem me diz

E não é feliz, não é feliz."

BAPTISTA, Arnaldo; LEE, Rita. Balada do louco. Intérprete: Mutantes. In: Mutantes

e seus cometas no país do Baurets. São Paulo: Polydor, 1972. 1 CD (64 min),

digital, estéreo.

Estudo dos artigos: argumentativo e dissertativo- -argumentativo

1

Gêneros mais cobrados em vestibulares e no ENEM4

Leia este texto de Stephen Kanitz a respeito do que seja a felicidade:

Uma definição de felicidadeTodas as profissões têm sua visão do que é felicidade. Já li um economista

defini-la como ganhar 20 000 dólares por ano, nem mais nem menos. Para os monges budistas, felicidade é a busca do desapego. Autores de livros de auto-ajuda definem felicidade como “estar bem consigo mesmo”, “fazer o que se gosta” ou “ter coragem de sonhar alto”. O conceito de felicidade que uso em meu dia a dia é difícil de explicar num artigo curto. Eu o aprendi nos livros de Edward de Bono, Mihaly Csikszentmihalyi e de outros nessa linha. A ideia é mais ou menos esta: todos nós temos desejos, ambições e desafios que podem ser definidos como o mundo que você quer abraçar. Ser rico, ser famoso, acabar com a miséria do mundo, casar-se com um príncipe encantado, jogar futebol, e

e que você está dentro dele. Você sempre poderá ser mais ou menos ambicioso

dentro do seu mundo possível e, portanto, bem menor, que representa a sua base.

conhecimentos, seu QI emocional e sua experiência. Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões – o balão que você pretende dominar

frustrado, ansioso, mal-humorado e estressado. Se a distância for mínima, você ficará tranquilo, calmo, mas logo entediado e sem espaço para crescer. Ser feliz é achar a distância certa entre o que se tem e o que se quer ter.

Artigo de opinião

Ensino Médio | Modular 5

LÍNGUA PORTUGUESA

O primeiro passo é definir corretamente o tamanho de seu sonho, o tamanho de sua ambição. Essa história de que tudo é possível se você somente almejar alto é pura balela. Todos nós temos limitações e devemos sonhar de acordo com elas. Querer ser presidente da República é um sonho que você pode almejar quando virar governador ou senador, mas não no início de carreira. O segundo passo é saber exatamente seu nível de competências, sem arrogância nem enganos, tão comuns entre os intelectuais. O terceiro é encontrar o ponto de equilíbrio entre esses dois mundos. Saber administrar a distância entre seus desejos e suas competências é o grande segredo da vida. Escolha uma distância nem exagerada demais nem tacanha demais. Se sua ambição não for acompanhada da devida com-petência, você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas que querem mudar o mundo com o que aprenderam no primeiro ano de faculdade. Curiosamente, à medida que a distância entre seus sonhos e suas competências diminui pelo seu próprio sucesso, surge frustração, e não felicidade.

Quantos gerentes depois de promovidos sofrem da famosa “fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por administradores de recursos humanos? Quantos executivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque “chegaram lá”? Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego garantido logo ficam

que a felicidade é tão efêmera. Ela é um processo, e não um lugar onde finalmente se faz nada. Fazer nada no paraíso não traz felicidade, apesar de ser o sonho de tantos brasileiros. Felicidade é uma desconfortável tensão entre suas ambições e competências. Se você estiver estressado, tente primeiro esvaziar seu balão de ambições para algo mais realista. Delegue, abra mão de algumas atribuições,

diga não. Ou então encha mais seu balão de competências estudando, observando e aprendendo com os outros, todos os dias. Os velhos acham que é um fracasso abrir mão do espaço conquistado. Por isso, recusam ceder poder ou atribuições e acabam infelizes. Reduzir suas ambições à medida que você envelhece não é nenhu-ma derrota pessoal. Felicidade não é um estado alcançável, um nirvana, mas uma

Seja ambicioso dentro dos limites, estude e observe sempre, amplie seus sonhos quando puder, reduza suas ambições quando as circunstâncias exigirem. Mantenha sempre uma meta a alcançar em todas as etapas da vida e você será muito feliz.

Veja, São Paulo, ed. 1910, ano 38, n. 25, p. 24, 22 jun. 2005.

1. Qual é o objetivo do texto?

2. Usando seu poder de observação, qual é a estratégia utilizada pelo autor para estruturar o primeiro parágrafo?

3. Qual é a definição de felicidade defendida pelo autor do texto?

4. Cite pelo menos dois argumentos que o autor utiliza para defender o ponto de vista dele.

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6 Gêneros mais cobrados em vestibulares e no ENEM

5. Onde o texto foi publicado?

6. De acordo com o autor do texto, qual seria o primeiro passo para ser feliz? Você concorda com isso?

7. De acordo com o autor, o que seria a “fossa do bem-sucedido”? Qual seria a possível estratégia do autor ao utilizar essa expressão?

8. Você já experimentou a “fossa do bem-sucedido”? Justifique sua resposta.

O texto que você acabou de ler é um artigo de opinião. Trata-se de um texto argumentativo por meio do qual se defende uma ideia, um ponto de vista ou uma opinião, utilizando estratégias para que o leitor acredite na tese defendida pelo texto.

O texto argumentativo apresenta uma tese, argumentos e estratégias argumentativas com o intuito de persuadir o leitor.

a) Tese: é a ideia a ser defendida. Geralmente a tese já aparece no primeiro parágrafo.b) Argumento: palavra originária do latim “argumentum”. O tema “argu” significa “fazer brilhar”,

“iluminar”. Assim, argumento é aquilo que faz a tese “brilhar”. O argumento ilumina e valida a tese defendida no texto. Geralmente, os argumentos são apresentados a partir do segundo parágrafo.Para se localizar o argumento, é preciso identificar a tese e fazer a pergunta “por quê?”.

Tipos de argumento:

1) Argumento por causa e consequência: para sustentar uma tese, pode-se buscar a relação entre a causa (os motivos) e a(s) consequência(s) (os efeitos).

Ex.: “Se sua ambição não for acompanhada da devida competência, você se frustrará. Esse é o erro de todos os jovens idealistas que querem mudar o mundo com o que aprenderam no primeiro ano de faculdade.”

2) Argumento de autoridade: a tese pode ser sustentada pela citação de uma fonte confiável, algum especialista no assunto que tenha reconhecimento indiscutível.

Ex.: “O conceito de felicidade que uso em meu dia a dia é difícil de explicar num artigo curto. Eu o aprendi nos livros de Edward de Bono, Mihaly Csikszentmihalyi e de outros nessa linha.”

Estrutura do

gênero textual

artigo de

opinião

@POR377

LÍNGUA PORTUGUESA

7Ensino Médio | Modular

3) Argumento de exemplificação ou ilustração: a tese pode ser mais bem sustentada com a apresen-tação de um fato real ou fictício, como exemplo para ilustrar o que se defende.

Ex.: “Até aí, tudo bem. Imagine seus desejos como um balão inflável e que você está dentro dele. Você sempre poderá ser mais ou menos ambicioso inflando ou desinflando esse balão enorme que será seu mundo possível. É o mundo que você ainda não sabe dominar. Agora, imagine um outro balão inflável dentro do seu mundo possível e, portanto, bem menor, que representa a sua base. É o mundo que você já domina, que maneja de olhos fechados, graças aos seus conhecimentos, seu QI emocional e sua experiência. Felicidade nessa analogia seria a distância entre esses dois balões – o balão que você pretende dominar e o que você domina.”

4) Argumento de provas concretas ou princípio: uso de dados concretos, assim como dados estatísticos ou fatos de domínio público para fundamentar a tese.

Ex.: “Quantos gerentes depois de promovidos sofrem da famosa “fossa do bem-sucedido”, tão conhecida por administradores de recursos humanos? Quantos executivos bem-sucedidos são infelizes justamente porque “chegaram lá”? Pessoas pouco ambiciosas que procuram um emprego garantido logo ficam entediadas, estacionadas, frustradas e não terão a prometida felicidade. Essa definição explica por que a felicidade é tão efêmera.”

5) Estratégia argumentativa: São os recursos utilizados para envolver o leitor e levá-lo a crer na tese apresentada. A organização dos argumentos por ordem de importância também configura uma estratégia argumentativa.

Há diversos tipos de estratégia. As estratégias mais comuns e indispensáveis são:

1) ClarezaA clareza é uma estratégia indispensável em um texto argumentativo. Um texto claro e logicamente

ordenado faz com que a mente do leitor repouse confortavelmente na leitura e, assim, se entregue ao texto, abrindo o caminho para a persuasão. É bom deixar claro que clareza não é argumento e, sim, estratégia para organizar os argumentos.

2) Norma-padrãoA norma-padrão em um texto argumentativo é uma forma muito perspicaz de estratégia. Empregando

a norma-padrão, o autor se reveste de autoridade.“Escorregar” na norma-padrão pode pôr abaixo toda uma seleção de bons argumentos. O leitor

pode imaginar que um autor que não sabe escrever de acordo com a norma linguística padrão não deve saber sobre o que está falando.

3) TítuloUm bom título pode ser o segredo para uma vitoriosa estratégia argumentativa. Ter criatividade ao

selecionar um título é um fator decisivo para prender a atenção do leitor. Imagine um artigo sobre a falta de água no planeta iniciado com um título assim: “A falta de água no planeta”. Não parece meio óbvio? Agora, imagine o mesmo artigo com o seguinte título: “Planeta sede”. Chamaria muito mais atenção, não concorda?

4) ConclusãoNa conclusão, é indispensável retomar a tese apresentada no primeiro parágrafo para reforçá-la.Já ouviu falar que a primeira impressão é a que fica? Então, no artigo de opinião, a última impressão

também fica, por isso é indispensável que o leitor termine a leitura de seu texto e lhe confira credibili-dade. Esta pode ser definida no último parágrafo se você encerrar o texto reforçando seu ponto de vista.


1. Por falar em título, leia o texto a seguir e pense em um possível título que possa dar sentido a ele.

Título [............................................................]Um jornal é melhor do que uma revista. Um

cume ou encosta é melhor do que uma rua. No início

experimentar várias vezes. Pregar várias partidas; mas é fácil de aprender. Mesmo as crianças podem achá-lo divertido.

Uma vez com sucesso, as complicações são mi-nimizadas. Os pássaros raramente se aproximam. Muitas pessoas, às vezes, fazem-no ao mesmo tem-

-va, pois destrói tudo. Se não houver complicações, pode ser muito agradável. Uma pedra pode servir de âncora. Se alguma coisa se partir, perdemo-la e não teremos uma segunda chance.

2. Assim como o artigo de opinião, as notícias também precisam de um título chamativo. Leia os fragmen-tos a seguir e crie um título bastante criativo para chamar o leitor para a leitura do texto. Esse é um excelente exercício de criação de títulos.

a)

Desde 1974, Kailash Singh, 65 anos, não sabe o que é tomar banho. Diferentemente do Cascão, o indiano não tem o menor problema com água. Na verdade, ele se mantém sujo como parte de um sacrifício.

Há 37 anos, quando se casou, um religioso indiano disse para Singh que, se ele quisesse ter um filho, teria de abrir mão de banhos e de cortar o cabelo. [...]

INDIANO não toma banho há 37 anos como sacrifício

nao-toma-banho-ha-37-anos-para-poder-ter-filho- homem.jhtm>. Acesso em: 23 jun. 2011.

b)

Os jovens Jomi e Senen Oligor se isolaram no porão de uma casa em Valência, na Espanha, por três anos e meio.

O retiro foi uma maneira um tanto depressiva de enfrentarem dificuldades financeiras. A frus-tração de Senen também era afetiva.

Eles passavam os dias transformando sucata em brinquedos. Com o tempo, a terapia dos irmãos começou a atrair os vizinhos.

O movimento impulsionou a dupla a criar pe-quenas cenas para os objetos – e arrumar caixotes para os curiosos se sentarem. [...]

MELLÃO, Gabriela. Teatro de objetos é tema de mos-tra que começa hoje em SP

-objetos-e-tema-de-mostra-que-comeca-hoje-em-sp.shtml>. Acesso em: 23 jun. 2011.

c)

A chegada da criadora da saga do bruxinho Harry Potter, J. K. Rowling, ao mundo literário digital tem implicações ainda desconhecidas para a indústria editorial, segundo o jornal britânico Financial Times.

Rowling era uma grande defensora dos livros impressos até o surpreendente anúncio nesta se-mana do projeto “Pottermore”, um site no qual compartilhará material inédito com seus fãs.

A firmeza de seu compromisso anterior e sua tremenda popularidade fazem de sua decisão um marco equivalente à chegada dos Beatles ao iTunes da Apple, em novembro do ano passado, segundo o periódico britânico.

Ao vender diretamente seu material aos leito-res, Rowling deixa de lado a livraria eletrônica da Amazon e outros no varejo do setor digital rivais, como o iTunes. [...]

CHEGADA de J. K. Rowling ao mundo digital mo-

chegada-de-jkrowling-ao-mundo-digital-movimenta- industria-editorial.jhtm>. Acesso em: 24 jun. 2011.

LÍNGUA PORTUGUESA


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A felicidade é uma obrigação de mercadoDesculpem a autorreferência, que é vitupério – mas estou terminando meu filme A Suprema Felicidade,

que me tomou três anos, entre roteiro, preparação e filmagem. Agora, sairá a primeira cópia. Amigos me perguntam: “Que é essa tal de a suprema felicidade? Onde está a felicidade?” Eu penso: que

felicidade? A de ontem ou a de hoje? Antigamente, a felicidade era uma missão a ser cumprida, a conquista de algo maior que nos coroasse de

louros; a felicidade demandava “sacrifício”. Olhando os retratos antigos, vemos que a felicidade masculina estava ligada à ideia de “dignidade”, vitória de um projeto de poder. Vemos os barbudos do século 19 de nariz empinado, perfis de medalha, tirânicos sobre a mulher e os filhos, ocupados em realizar a “felicidade” da família. Mas, quando eu era criança, via em meus parentes, em minha casa, que a tal felicidade era cortada por uma certa tristeza, quase desejada. Já tinha começado o desgaste das famílias nucleares pelo ritmo da modernidade.

Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais “co-

ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja. Esta “felicidade” infantil da mídia se dá num mundo cheio de tragédias

sem solução, como uma “disneylândia” cercada de homens-bomba.A felicidade hoje é “não” ver. Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer

pelas desgraças, não olhar os meninos malabaristas no sinal, não ter coração. O mundo está tão sujo e terrível que a proposta que se esconde sob a ideia de felicidade é ser um clone de si mesmo, um androide sem sentimentos.

O mercado demanda uma felicidade dinâmica e incessante, cada vez mais confundida com consu-mo, como uma “fast-food” da alma. O mundo veloz da internet, do celular, do mercado financeiro nos obriga a uma gincana contra a morte ou velhice, melhor dizendo, contra a obsolescência do produto ou a corrosão dos materiais.

A felicidade é ter bom funcionamento. Há décadas, o precursor McLuhan falou que os meios de comuni-cação são extensões de nossos braços, olhos e ouvidos. Hoje, nós é que somos extensões das coisas. Fulano

A ideia de felicidade é ser desejado. Felicidade é ser consumido, é entrar num circuito comercial de sorrisos e festas e virar um objeto de consumo. Não consigo me enquadrar nos rituais de prazer que vejo nas revistas. [...]

Bem – dirão vocês –, resta-nos o amor... Mas, onde anda, hoje em dia, esta pulsão chamada “amor”?O amor não tem mais porto, não tem onde ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar. O amor

ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perder-se dentro de “olhos de ressaca”, nem o formicida com guaraná. Mas, mesmo assim, continuamos ansiando por uma felicidade impalpável.

Uma das marcas do século 21 é o fim da crença na plenitude, seja no sexo, seja no amor e na política. Se isso é um bem ou um mal, não sei. Mas é inevitável. Temos de parar de sofrer romanticamente porque

definhou o antigo amor... No entanto, continuamos – amantes ou filósofos – a sonhar como uma volta ao passado que julgávamos que seria harmônico. Temos a nostalgia lírica por alguma coisa que pode voltar atrás. Não volta. Nada volta atrás.

Sem a promessa de eternidade, tudo vira uma aventura. Em vez da felicidade, temos o gozo rápido do sexo ou o longo sofrimento gozoso do amor; só restaram as fortes emoções, a deliciosa dor, as lágrimas, motéis, perdas, retornos, desertos, luzes brilhantes ou mortiças, a chuva, o sol, o nada. O amor hoje é o cultivo da “intensidade” contra a “eternidade”. O amor, para ser eterno hoje em dia, paga o preço de ficar irrealizado. A droga não pode parar de fazer efeito e, para isso, a “prise” não pode passar. Aí, a dor vem como prazer, a saudade como excitação, a parte como o todo, o instante como eterno. E, atenção, não falo de “masoquismo”; falo do espírito do tempo.

happy end”, pois na verdade tudo acaba mal na vida. Estamos diante do fim da insuportável felicidade obrigatória. Em tudo.

Não adianta lamentar a impossibilidade do amor. Cada vez mais o parcial, o fortuito é gozoso. Só o parcial nos excita. Temos de parar de sofrer por uma plenitude que nunca alcançamos.

Hoje, há que assumir a incompletude como única possibilidade humana. E achar isso bom. E gozar com isso. Não há mais “todo”; só partes. O verdadeiro amor total está ficando impossível, como as narrativas romanescas.

Não se chega a lugar nenhum porque não há aonde chegar. A felicidade não é sair do mundo, como privilegiados seres, como estrelas de cinema, mas é entrar em contato com a trágica substância de tudo, com o não sentido, das galáxias até o orgasmo. Usamos uma máscara sorridente, um disfarce para nos proteger desse abismo. Mas esse abismo é também nossa salvação. A aceitação do incompleto é um chamado à vida. Temos de ser felizes sem esperança. E este artigo não é pessimista... JABOR, Arnaldo. A felicidade é uma obrigação de mercadonot_imp589550,0.php>. Acesso em: 1º. jun. 2011.


Agora que você já sabe como se estrutura um artigo de opinião, analise a estrutura do texto de Arnaldo Jabor e responda às perguntas que seguem.

1. Qual é a tese do artigo?

2. De que forma o título do artigo se configura uma escolha que revela uma estratégia para a consecução da persuasão no texto?

3. Que estratégia Jabor usa para prender a atenção do leitor, já no início do texto?

4. De acordo com o autor, qual a diferença entre a felicidade de ontem e a felicidade de hoje?

5. Cite três argumentos que Arnaldo Jabor utiliza para fundamentar sua tese.

6. Explique a estratégia utilizada por Jabor ao encerrar seu texto com a seguinte frase: “E este artigo não é pessimista...”.

Proposta 1

Escreva um artigo, expondo sua opinião a respeito da tese defendida por Arnaldo Jabor no texto “A felicidade é uma obrigação de mercado”.

Se você concorda com Jabor, deve defender a mesma tese e apresentar outros argumentos em que o autor não havia pensado para reforçá-la. Caso você não concorde com ela, apresente argumentos que a contrariem ou os argumentos utilizados pelo articulista.

Lembre-se de que:– a escolha do título é uma estratégia indispensável para chamar a atenção do leitor;– a introdução tem que despertar o interesse do leitor;– seu texto tem que ser claro;– a norma-padrão de língua portuguesa é uma boa estratégia;– no primeiro parágrafo, você deve deixar clara a sua tese;– a conclusão deve retomar a tese apresentada no primeiro parágrafo no intuito de reforçá-la.

Proposta 2

Este é um excelente exercício para você desenvolver habilidade para criar primeiros parágrafos interessantes e que já posicionem sua tese.

Leia os títulos a seguir e crie, em seu caderno, um primeiro parágrafo argumentativo para cada título:

a) Em casa de ferreiro ninguém atira pedra no telhado do vizinho.

b) De onde menos se espera dali mesmo é que não vem nada.

c) Felicidade urgente: apertem os cintos.


LÍNGUA PORTUGUESA

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O que é a lenda do Santo Graal?

última ceia. Essa, porém, é uma versão medieval de um mito que surgiu muito antes da Era Cristã. Na Antiguidade, os celtas – povo saído do centro-sul da Europa e que se espalhou pelo continente – possuíam um mito sobre uma vasilha mágica. Os alimentos colocados nela, quando consumidos,

na Idade Média, tal história tenha inspirado a lenda “cristianizada” sobre o Santo Graal. Na literatura, os registros pioneiros dessa fusão entre a mitologia celta e a ideologia cristã são do século 12. “As lendas orais migraram para textos de cunho

do livro A Demanda do Santo Graal, que esmiúça esse tema.

primeiro a usar a lenda do cálice sagrado nas histórias medievais que falavam sobre as aventuras do rei Arthur na Inglaterra. A partir daí, outros autores, como

mitos do cálice e do rei Arthur descrevendo, por exemplo, como o Santo Graal teria chegado à Europa. Foi Boron quem acrescentou um outro nome importante nessa história: o personagem bíblico José de Arimateia. Nos romances de Boron, Arimateia é encarregado de guardar e proteger o Santo Graal. Apesar das várias referências cristãs, essas histórias não são levadas a sério pela Igreja Católica. “O cálice da Santa Ceia tem o valor simbólico da celebração da euca-ristia. Já seu poder mágico é só uma lenda”, diz o teólogo Rafael Rodrigues Silva, da Pontifícia

jamais foi encontrada de fato.A jornada do cálice

Romances medievais contam que, de Jerusalém, ele teria sido levado para a Inglaterra.1. Em Jerusalém, durante a última ceia com os 12 apóstolos, Jesus Cristo converte o pão e o vinho

em seu corpo e seu sangue – esse sacramento, denominado eucaristia, é um dos pontos máximos dos rituais cristãos. O cálice usado por Cristo nessa ocasião é o chamado Santo Graal.

Ciência à parte, todo mundo gosta de contar histórias sobre mitos ou lendas e, como quem conta um conto aumenta um ponto, a história sempre fica um pouco diferente. Por falar em mitos:

a) Para você, o que é um mito?b) Pelo que você conhece sobre mitos, é possível considerar que Ayrton Senna é um mito? c) O que é mitologia?d) A mitologia grega é muito rica em histórias. Você conhece algum mito grego?e) Sabemos que ter conhecimento de mitologia é muito importante para se ler literatura, mas e na vida

social? O conhecimento sobre mitologia pode nos ajudar a ler e compreender melhor o mundo à nossa volta?

Artigo dissertativo-argumentativo


Arimateia, pede autorização para recolher o corpo e sepultá-lo. Antes, porém, um soldado romano fere o corpo de Cristo para ter certeza de sua morte. Com o mesmo cálice usado por Jesus na última ceia, José de Arimateia recolhe o sangue sagrado que escorre pelo ferimento.

3. Após sepultar o corpo de Cristo, José de Arimateia é visto como seu discípulo e acaba preso, sendo recolhido a uma cela sem janelas. Todos os dias uma pomba se materializa no local e o alimenta com uma hóstia. Mesmo após ser libertado, Arimateia decide fugir de Jerusalém e ruma para a atual Inglaterra na companhia de outros seguidores do cristianismo. Ele cruza a Europa levando o Graal.

4. José de Arimateia funda a primeira congregação cristã da Grã-Bretanha, onde se localiza a

mítico que guardaria depois o corpo do rei Arthur. Arimateia prepara uma linhagem de guardiães do Santo Graal, pois o cálice dá superpoderes a quem o possui. Seu primeiro sucessor nessa missão é seu próprio genro, Bron.

5. Com o tempo, o Santo Graal e seus guardiães se perdem no anonimato. Quem tenta reencontrar o objeto é justamente o rei Arthur, que tem uma visão indicando que só o cálice sagrado poderia

no País de Gales. Leais companheiros de Arthur, os cavaleiros da Távola Redonda saem em busca do cálice, sem jamais encontrá-lo.

A cultura celta foi o ponto de partida não só do mito sobre o cálice sagrado, como também do personagem que tornou o Santo Graal popular no mundo inteiro. A criação do lendário rei Arthur pode ter sido inspirada num homem de verdade, um líder celta, que teria vivido na Inglaterra por

Formas imagináriasO objeto já foi descrito das mais diferentes maneiras.

Simples e redondoA primeira vez que ele aparece num romance medieval é em Le Conte du Graal O conto do

Graaluma tigela redonda e simples.Luxuoso e talhado

de esmeraldas.Divino e intocável

Em The Queste del Saint Graal A Busca do Santo Graalfrancês Robert de Boron, o cálice é descrito como um objeto divino sem forma. Somente alguém puro e casto poderia tocá-lo.

SILVA, Cíntia Cristina da. O que é a lenda do Santo Graal?S

1. Qual é o tema do texto?

2. Qual é o objetivo do texto?


LÍNGUA PORTUGUESA

Agora você vai conhecer um dos gêneros mais exigidos pelos vestibulares de todo o país: o artigo dissertativo-argumentativo.

Dissertar significa discorrer, expor minuciosamente um tema de forma ordenada e sem impressões pessoais, mas baseada em fatos e dados científicos. A dissertação é argumentativa quando se de-fende um ponto de vista e se tenta persuadir o leitor de diversas formas a acreditar no ponto de vista defendido. Para essa persuasão, podem ser usados diversos recursos, como dados numéricos, opinião de especialistas, fatos e diversas estratégias textuais.

O texto que você leu há pouco é um exemplo de artigo dissertativo-argumentativo. Repare que o texto:

É redigido em norma-padrão de língua portuguesaEx.: “É uma lenda que atribui poderes divinos a um cálice sagrado, que teria sido usado por Jesus

na última ceia. Essa, porém, é uma versão medieval de um mito que surgiu muito antes da Era Cristã.”Portanto: cuide da norma ao redigir um artigo.

O texto deve ser impessoalEx.: “É provável que, na Idade Média, tal história tenha inspirado a lenda 'cristianizada' sobre o

Santo Graal. Na literatura, os registros pioneiros dessa fusão entre a mitologia celta e a ideologia cristã são do século 12.”

Portanto: não use expressões do tipo: eu acho, na minha opinião, acredito que, penso que, etc.Procure utilizar expressões impessoais, tais como: nota-se que, é possível perceber, é provável,

etc. Lembre-se de que a voz que fala na dissertação não tem identidade pessoal. Essa voz apenas expõe o assunto, por isso o texto deve ser redigido para um ”leitor universal”.

Utilizar dados e argumentos de autoridadeEx.: “As lendas orais migraram para textos de cunho historiográfico, desses textos para versos e

dos versos para um ciclo em prosa”, diz o filólogo Heitor Megale, da Universidade de São Paulo (USP), organizador do livro A Demanda do Santo Graal, que esmiúça esse tema.”

3. De acordo com o texto, a lenda do Santo Graal é uma fusão entre mitologia celta e a ideologia cristã. Você concorda com essa afirmativa? Justifique sua resposta.

4. O rei Arthur foi quem primeiro guardou o Santo Graal. Você concorda com essa afirmativa? Justifique sua resposta.

5. Que argumentos de autoridade a autora utiliza para fundamentar seu texto?

6. Você acha possível que o Santo Graal exista de fato e esteja guardado em algum lugar? Justifique sua resposta.


Portanto, procure fundamentar bem sua tese e, se houver uma coletânea de textos, utilize os dados, números e citações oferecidos para apoiar sua linha de raciocínio.

Estrutura do artigo dissertativo-argumentativo:O artigo dissertativo-argumentativo apresenta uma estrutura muito parecida com a do artigo de

opinião que você já estudou na unidade anterior. Ele é assim composto:

Primeiro parágrafo: introduçãoJá no primeiro parágrafo, você deve expor o tema que será discutido e sua linha de análise em

relação ao tema. Veja como a autora do artigo sobre o Santo Graal estrutura o primeiro parágrafo:“É uma lenda que atribui poderes divinos a um cálice sagrado, que teria sido usado por Jesus

na última ceia. Essa, porém, é uma versão medieval de um mito que surgiu muito antes da Era Cristã. Na Antiguidade, os celtas – povo saído do centro-sul da Europa e que se espalhou pelo continente – tinham um mito sobre uma vasilha mágica. Os alimentos colocados nela, quando consumidos, adquiriam o sabor daquilo de que a pessoa mais gostava e ainda lhe davam força e vigor. É provável que, na Idade Média, tal história tenha inspirado a lenda 'cristianizada' sobre o Santo Graal”.

Parágrafos intermediários: desenvolvimentoGeralmente, em uma redação de vestibular, usam-se dois parágrafos de desenvolvimento. É no

desenvolvimento que você vai apresentar dados, estatísticas, citações e vai estruturar logicamente o raciocínio persuasivo. Note como Cíntia Cristina da Silva apresenta os dados no desenvolvimento:

”‘O cálice da Santa Ceia tem o valor simbólico da celebração da eucaristia. Já seu poder mágico é só uma lenda’, diz o teólogo Rafael Rodrigues Silva, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP). Poderosa ou não, o fato é que essa relíquia cristã jamais foi encontrada de fato”.

Último parágrafo: conclusãoNa conclusão, você deve deixar claro o ponto de vista defendido ao longo do texto e, de preferência,

retomar a tese inicial apresentada no primeiro parágrafo. Note como Cristina fecha o artigo:“Em The Queste del Saint Graal (A Busca do Santo Graal), texto do século XIII creditado ao francês Robert

de Boron, o cálice é descrito como um objeto divino sem forma. Somente alguém puro e casto poderia tocá-lo”.Como ela trabalha a lenda da sacralidade do cálice, o texto se encerra retirando do artefato a

condição de objeto, pois afirma que ele é sem forma e, na última frase, diviniza o Graal, ao mesmo tempo que o coloca no plano lendário, como Excalibur, a lendária espada do rei Arthur.

Como organizar o artigo dissertativo-argumentativoHá várias maneiras de se organizar um artigo. Veja a seguir as maneiras mais comuns.

Organização por questionamento.Nessa estratégia, o autor faz uma pergunta no primeiro parágrafo e, durante o texto, traz argumentos

que respondem a essa pergunta. Na conclusão, retoma-se a pergunta inicial e conclui-se que a melhor resposta para ela foi aquela trabalhada ao longo do desenvolvimento.

A seguir, você tem uma introdução que utiliza a estratégia da organização por questionamento. Em seu caderno, desenvolva e conclua o texto com base no que você já conhece sobre o artigo dissertativo-argumentativo.

Tema: A existência de vida extraterrestre.Parágrafo inicial:Muito se tem discutido sobre a existência de vida inteligente em outros planetas, afinal, com

tantas galáxias no Universo, por que haveria de ter vida inteligente somente aqui?

LÍNGUA PORTUGUESA


Organização por causa e consequência.Nessa estratégia de organização, o autor apresenta uma causa e uma consequência em relação

ao tema proposto e, durante o desenvolvimento, busca uma solução plausível para a questão. Assim como na forma de organização anterior, na conclusão, mostra que a melhor solução para a questão é a que foi apresentada no desenvolvimento.

A seguir, você tem uma introdução que utiliza a estratégia da organização por causa e consequência. Em seu caderno, desenvolva e conclua o texto com base no que você já conhece sobre o artigo dissertativo-argumentativo.

Tema: Redes sociais: invasão de privacidade?Causa: Muitas pessoas utilizam as redes sociais como um diário, expondo sua vida pessoal

para todos os amigos.Consequência: muitos usuários de redes sociais se tornam reféns da própria exposição.Parágrafo inicial:A expansão das redes sociais deve ser analisada com cautela. Ao mesmo tempo que as

pessoas interagem o tempo todo e trocam informações numa velocidade espantosa, elas acabam, muitas vezes, fazendo da sua vida um produto de domínio público.

Organização por antítese.Outra forma de organização é utilizar, já no primeiro parágrafo, o principal contra-argumento conhecido

para refutar a tese que você defende e, no desenvolvimento, procurar desqualificá-lo, reafirmando assim a validade da tese defendida.

A introdução a seguir utiliza a estratégia da organização por antítese. Em seu caderno, desenvolva e conclua o texto com base no que você já conhece sobre o artigo dissertativo--argumentativo.

Tema: Traição virtual é traição?Tese: Traição virtual é igual a qualquer forma de traição.Antítese: Não existe traição virtual. Conversa a distância nunca foi traição.Parágrafo inicial:A expansão das redes virtuais de relacionamento modificou a forma de se estabelecerem

relações e relativizou alguns conceitos. Os adeptos de longas conversas na madrugada afirmam que se relacionar virtualmente com uma pessoa, estando comprometido com outra, não é traição, pois conversa a distância nunca foi traição. É preciso analisar com bastante cuidado essa situação.


Proposta 1

Nesta unidade, você pensou, pesquisou e discu-tiu a respeito de mitos e ciências. Escreva um artigo dissertativo-argumentativo sobre o tema: “A ciência é a solução para todos os problemas humanos?”.

Seu texto deve ter de 20 a 30 linhas e seguir a estrutura do gênero textual solicitado, trabalhado nesta unidade. Utilize a estratégia de organização que melhor convier.

Proposta 2

(FUVEST – SP) Observe esta imagem e leia com atenção os textos:

Texto 1

Um grandioso e raro espetáculo da natureza está em

Corypha umbraculifera, ou palma talipot, no Aterro do Flamengo. Trazidas do Sri Lanka pelo paisagista

vida, cerca de cinquenta anos depois de plantadas. Em seguida, iniciam um longo processo de morte, período em que produzem cerca de uma tonelada de sementes.

Adaptado.

Texto 2

Quando Roberto Burle Marx plantou a palma talipot, um visitante teria comentado: “Como elas levam

para ver”. O paisagista, então com mais de 50 anos, teria dito: “Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros também possam contemplar”.

Paisagem Escrita. n. 131, 10 nov. 2009. Adaptado.

Texto 3

Onde não há pensamento a longo prazo, dificilmente pode haver um senso de destino compartilhado, um sentimento de irmandade, um impulso de cerrar filei-ras, ficar ombro a ombro ou marchar no mesmo passo.

raízes. Os relacionamentos destacam-se sobretudo pela fragilidade e pela superficialidade.

Z. Bauman. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. Adaptado.

Texto 4

A cultura do sacrifício está morta. Deixamos de nos reconhecer na obrigação de viver em nome de qualquer coisa que não nós mesmos.

G. Lipovetsky, cit. por Z. Bauman. A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

Como mostram os textos 1 e 2, a imagem de ab-negação fornecida pela palma talipot, que, de certo modo, “sacrifica” a própria vida para criar novas vidas, é reforçada pelo altruísmo* de Roberto Burle Marx, que a plantou, não para seu próprio proveito, mas para o dos outros. Em contraposição, o mundo atual teria escolhido o caminho oposto.

Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma disser-tação argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:

O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?

*Altruísmo = s.m. Tendência ou inclinação de natu-reza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro.

Dicionário Houaiss da língua portuguesa, 2009.

Instruções:– Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da norma-padrão da língua portuguesa.– A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.– Dê um título à sua redação.

P


LÍNGUA PORTUGUESA

Carta argumentativa2

Analise estas questões referentes ao Ensino Médio.

a) Como está sua rotina de estudos?

b) Você se acha uma pessoa organizada? Comente.

c) Em sua opinião, basta estudar apenas nas horas em que se está na escola? Justifique.

d) De que forma sua família o está apoiando?

e) Você já escolheu o curso superior que deseja fazer? Se sim, qual e por quê?


Compromisso é atitude comum entre vestibulandos tops

Compromisso. Eis a atitude comum entre os vestibulandos que alcançaram o topo da lista

Moraes, 18 anos, primeiro colocado no curso de medicina na UFSCar, e Francine Grotto Arida,

“As pessoas precisam saber que sacrifícios são necessários. Na vida, nada vem de graça.”, explica Eric, que passou em todos os vestibulares que prestou sem fazer cursinho.

Além da UFSCar, ele foi aprovado em medicina na USP, Unicamp, Unifesp e Famema. Futuro primeiro médico da família, Eric diz que além do horário regular do colégio, fazia aulas extras à tarde. Sua rotina diária de estudos começou no segundo ano do ensino médio

Apesar do comprometimento, as táticas entre vestibulandos muitas vezes são divergentes. A curitibana Bruna Halila Morrone, 17 anos, primeira colocada geral no vestibular da Federal

referindo-se ao mantra que os professores lhe diziam, ainda no 3º. colegial. Já Raquel Forma Klafke,18, primeira colocada em Artes Visuais da Unesp, confessa que, apesar de acordar às 4h30 para estudar, deixava algumas tarefas acumularem. “Era humanamente impossível rever todas as aulas dadas no dia”, diz.

design

e vai cursar design na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, na qual foi aprovada em quarto lugar.

Para relaxar, moderação. “Eu sabia que não podia voltar tarde porque sábado de manhã

namorada, mas não deixava de se divertir. Os jovens também precisaram da compreensão dos colegas e da família durante o período

de dedicação aos vestibulares. “Meus amigos reclamavam muito, principalmente os que não faziam cursinho”, conta a paulista Francine. Para o namorado de Raquel, parece ter sido mais fácil entender a fase em que vivia a jovem. “Ele também fazia cursinho”, explica.

que o apoio da família foi fundamental. “Meu pai até brincava, mandava eu parar de estudar. Mas era eu que me cobrava muito”, conta Francine. “O segredo é basicamente ter foco, saber

ALMEIDA, Amanda Dias; CORREA, Beatriz. Compromisso é atitude comum entre vestibulandos tops do .

pais-421261.shtml>. Acesso em: 11 dez. 2011.


LÍNGUA PORTUGUESA

1. De acordo com o texto, qual a importância do compromisso para se atingir uma meta educacional?

2. Com base na leitura do texto, trace a estratégia de estudos de Eric Magalhães.

3. Apresente as diferenças entre as estratégias de estudos de Bruna Halila e Raquel Forma.

4. Analisando o texto, é correto afirmar que só passa no vestibular quem faz cursinho? Justifique sua resposta.

5. Quais das estratégias de estudos apresentadas pelos alunos fazem mais o seu perfil? Trace uma estratégia para você, baseando-se nas estratégias dos aprovados mostradas na reportagem.

6. Redija uma carta pessoal destinada a um dos vestibulandos citados no texto. Nela, você deve dar a sua opinião a respeito da estratégia de estudos do vestibulando escolhido, criticando algumas das estratégias, elogiando outras e, ainda, sugerindo outras técnicas de estudo que, na sua opinião, são mais adequadas. Sua carta deve:

– Ter cabeçalho, contendo município e data.

– Ter saudação.

– Ater-se à proposta.

– Apresentar uma despedida.

– Ser assinada, pois não se trata de uma carta em uma situação de vestibular.

– Ter de 15 a 20 linhas.

– Utilizar uma variedade de língua que seja adequada aos propósitos comunicacionais e ao inter-locutor a quem a produção se dirige.


Na atividade anterior, você teve a oportunidade de redigir uma carta pessoal. Neste momento, é hora de estudar um dos gêneros mais cobrados em vestibulares de todo o país e fundamental para a sua preparação: a carta argumentativa.

SBEM RESPONDE MATÉRIA DA VEJA SOBRE REMÉDIO “MILAGROSO”

PARA EMAGRECIMENTOMedicamento é indicado para o tratamento do diabetes e não para combater a obesidade.

À Revista Veja,A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia vê com preocupação a reportagem

“Parece milagre!”, que estimula o uso, não autorizado pelas agências reguladoras, do medicamento -

nhecida para este produto é o tratamento do diabetes. Estudos estão sendo realizados em relação ao seu emprego no tratamento da obesidade acompanhada de complicações, mas ainda não foram publicados os resultados do acompanhamento de um

terapêutica seja aceita. Enquanto isso não acontecer, não concordamos com a prescrição da liraglutida para perda de peso em pessoas não portadoras de diabetes.

A obesidade é uma doença crônica que pode ter graves consequências. Seu tratamento é difícil e são poucos os recursos terapêuticos disponíveis. Matérias como “Parece milagre!” induzem a população a acredi-tar em uma solução mágica para este grave problema, o que não é verdade. Liraglutida é um medicamento novo e ainda serão necessários vários anos de farma-covigilância para correta avaliação de seus efeitos a longo prazo. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e

-prensa nos assuntos referentes aos distúrbios endócrinos e metabólicos, de modo a evitar que informações sem

Atenciosamente,Dr. Airton GolbertPresidente da SBEMDr. Ricardo MeirellesPresidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM

ENDOCRINOLOGIAPE.COM.BR. SBEM responde matéria da Veja sobre remédio “milagroso” para emagrecimento.

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LÍNGUA PORTUGUESA


A carta argumentativa é toda carta destinada a manifestar uma opinião ou defender um ponto de vista sobre determinado assunto. O texto em questão é um exemplo de carta argumentativa, que, dirigida à revista Veja, expõe a preocupação com uma reportagem anteriormente veiculada pela revista.

São aspectos comuns às cartas argumentativas:

1. Diferenças com a carta pessoal: embora apresentem algumas características semelhantes, a carta argumentativa não deve ser confundida com a carta pessoal. Esta não tem como objetivo o convencimento do leitor nem a defesa de posicionamentos relativos a uma questão polêmica. En-quanto a carta pessoal é dirigida ao interlocutor de modo privado, a carta argumentativa é publicada, e isso gera uma consequência importante na linguagem empregada nas cartas. Se o interlocutor é conhecido, próximo, a carta pessoal endereçada a ele apresenta um grau de formalidade menos acentuado que na carta argumentativa, já que, nesse caso, a relação entre os interlocutores é marcada por um distanciamento. Nas cartas argumentativas, então, a linguagem empregada deve se adequar à situação de comunicação e respeitar as características mais formais que cercam esse evento comunicativo.

2. Interlocutor definido: qualquer tipo de carta se caracteriza pela troca conversacional entre inter-locutores, que objetivam estabelecer contato entre si. A carta argumentativa também apresenta um interlocutor definido, com a diferença de que, nesse gênero, a finalidade principal do contato entre os interlocutores é agir sobre o outro, defendendo um ponto de vista particular.No texto abordado, a carta é endereçada à redação da própria revista Veja e não a um interlocutor específico. Essa prática é bastante comum em jornais e revistas e evidencia a importância do assunto em questão.

3. Defesa de ponto de vista e convencimento para que o interlocutor mude de opinião: são os principais elementos de uma carta argumentativa. A função desse gênero é a de apresentar argu-mentos e justificativas que defendam e sustentem o posicionamento de seu autor, para que, assim, seu interlocutor possa mudar de opinião acerca de alguma discussão. No texto em foco, o ponto de vista dos autores da carta é o de que o uso do medicamento liraglutida ainda deva ser restrito ao tratamento de diabetes e não difundido como emagrecedor. Na defesa de seu ponto de vista e na busca do convencimento de seus interlocutores, os autores da carta afirmam:“Estudos estão sendo realizados em relação ao seu emprego no tratamento da obesidade acom-panhada de complicações, mas ainda não foram publicados os resultados do acompanhamento de um número suficiente de pacientes para que esta indicação terapêutica seja aceita. Enquanto isso não acontecer, não concordamos com a prescrição da liraglutida para perda de peso em pessoas não portadoras de diabetes.”

4. Discussão de questão geralmente polêmica: os assuntos das cartas argumentativas são questões geralmente polêmicas que interessem à coletividade. Na carta endereçada à Veja, o assunto discutido é a questão da obesidade e dos tratamentos que se colocam à população. Esse é um tema que gera posicionamentos controversos: de um lado, há pessoas dispostas a quaisquer atitudes na tentativa do emagrecimento, mesmo que levem riscos à saúde; por outro lado, há pessoas preocupadas com os limites que devem ser respeitados quando se pretende tratar a obesidade. No texto, os autores apresentam seu ponto de vista sobre o tema, salientando que se trata de uma questão polêmica:“A obesidade é uma doença crônica que pode ter graves consequências. Seu tratamento é difícil e são poucos os recursos terapêuticos disponíveis. Matérias como ‘Parece milagre!’ induzem a população a acreditar em uma solução mágica para este grave problema, o que não é verdade.”

5. Conflitos de pontos de vista: em cartas argumentativas, é comum que o ponto de vista do autor seja contrário ao de seu interlocutor, o que vai gerar a defesa de um posicionamento e a tentativa de convencimento do outro. No texto lido, esse conflito de pontos de vista pode ser detectado quando os autores afirmam: “A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia se prontifica a assessorar os órgãos de imprensa nos assuntos referentes aos distúrbios endócrinos e metabólicos, de modo a evitar que informações sem embasamento científico sejam veiculadas à população”.


EsA carta argumentativa é um gênero que, estrutural-mente, apresenta semelhanças com a carta pessoal. São elementos que fazem parte das cartas argumentativas:

a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, na margem do parágrafo, o cabeçalho informa o local onde se encontra o autor e a data em que escreve o texto.

b) Vocativo inicial (identificação do interlocutor): na linha logo abaixo do cabeçalho, na margem do parágrafo, ocorre a identificação do interlocutor a quem a carta é dirigida. A escolha desse vocativo depende do nível de formalidade que se estabelece entre os interlocutores. No caso de cartas argumentativas endereçadas a jornais e revistas, o cabeçalho não é empregado e o texto começa com a identificação do interlocutor. No texto anteriormente lido, a identificação do interlocutor é esta: “À Revista Veja”.

c) Apresentação do autor: logo no início do primeiro pará-grafo, é comum que os autores das cartas argumentativas se apresentem ao interlocutor, já que ele é provavelmen-te uma pessoa desconhecida. Na carta lida, tem-se a apresentação dos autores, que representam a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia: “A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia vê com preo-cupação a reportagem ‘Parece milagre!’ [...]”.

d) Apresentação de argumentos: após as identificações iniciais de autor e interlocutor, a carta passa a apresentar os argumentos que sustentem o posicionamento de seu autor sobre o assunto em discussão.

e) Despedida: quando se termina o corpo da carta argu-mentativa, é comum uma despedida, assim como ocorre nas cartas pessoais. No texto lido, a despedida foi feita empregando-se o termo“Atenciosamente”.

f) Assinatura: após a despedida, o autor da carta a assina. Na carta argumentativa lida anteriormente, aparecem as assinaturas de seus dois autores e a identificação do cargo que ocupam na Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia:

“Dr. Airton GolbertPresidente da SBEM

Dr. Ricardo MeirellesPresidente da Comissão de Comunicação Social da SBEM”

Há textos que são um tipo específico de carta argumen-tativa: a carta do leitor. Esse tipo de carta é publicado em jornais, revistas e sites, com a finalidade de deixar explícita a opinião de seu autor em relação a algum texto anterior-mente publicado nesses veículos de comunicação. Sendo assim, diferentemente da carta argumentativa, a carta do leitor não se dirige a um interlocutor específico, mas, sim, ao veículo como um todo.

Os textos a seguir são exemplos de cartas de leitores, publicadas em sites de jornais que tra-zem a opinião de leitores a respeito de textos anteriormente publicados nesses veículos de comunicação.

6. Informações, fatos e argumentos: para convencer seu interlocutor, o autor da carta utiliza, con-juntamente, informações sobre o assunto, fatos referentes a ele e argumentos que sustentem seu posicionamento. Na carta destinada à Veja, esses três elementos aparecem articulados:

Informação: – A reportagem publicada na revista Veja estimula o uso do medicamento liraglutida com a finali-dade exclusiva de emagrecimento, o que não é uma prática autorizada pelas agências reguladoras.

Fatos: – O medicamento ainda está em estudo. – Seu uso é recomendado no tratamento de diabetes. – Obesidade é uma doença.

Argumentos:– “Liraglutida é um medicamento novo e ainda serão necessários vários anos de farmacovigilância para correta avaliação de seus efeitos a longo prazo.”– “Estudos estão sendo realizados em relação ao seu emprego no tratamento da obesidade acom-panhada de complicações, mas ainda não foram publicados os resultados do acompanhamento de um número suficiente de pacientes para que esta indicação terapêutica seja aceita.”

Estrutura do

gênero textual

carta do leitor

@POR671

Estrutura da carta argumentativa


LÍNGUA PORTUGUESA

a) Explique o que as expressões “estamos na pré-história no futebol” e “Foi um massacre” revelam sobre a posição do leitor Lucimar César quanto ao tema sobre o qual ele escreveu.

b) Em sua carta, o leitor Lucimar César recupera um dado histórico. Qual é esse dado e qual a sua importância para a argumentação do leitor?

c) Explique por que o leitor finaliza o seu texto com a frase: “O discípulo superou o mestre”.

Texto I

O texto a seguir foi escrito pelo autor Lucimar César.

Guardiola: técni-co do Barcelona

na ocasião do jogo.

No dia 18 de de-zembro de 2011,

o Barcelona derrota o Santos

por 4 X 0.

BARCELONA E SANTOSOpinião do leitorBarcelona e Santos mostraram-nos uma coisa: estamos na pré-história no futebol. Foi um massacre. E, no segundo tempo, se o Barça não tira o pé do acelerador e o

recolherem-se e meditarem.Os cabeças de áreas brucutus e os centroavantes paradões na meia-lua foram sepultados. Em 1954 perdemos feio uma Copa do Mundo. Calçamos as sandálias da humildade e retornamos airosos em 58 e 62. Está aí uma lição. Todos nós temos que aprender, inclusive a mídia esportiva, diretores, técnicos e atletas. E o grande Guardiola não se vangloriou de nossa fraqueza. Disse que ouviu dos seus avós que no futebol brasileiro o toque de bola é o diferencial. O discípulo superou o mestre.

Lucimar CésarUberlândia (MG)

Correio de Uberlândia


Texto II

Leia o texto a seguir, reproduzido tal como foi escrito, por seu autor, José Laerte Dutra.

DELETAR É PRECISO?Opinião do leitorA ciência da informação passou a dominar as nossas rotinas de trabalho, atrelando-se aos nossos hábitos e costumes ao ponto de nos causar desgastes e prejuízos. Tomados recentemente de preocupações quando um dos computadores do escritório apresen-

arquivo. Foi uma situação preocupante porque nem tudo que conseguimos salvar foi

documentos com datas fatais para pagamento e amostragem foram perdidos. Estas máquinas virtuais recebendo todos os dias arquivos, cadastros, armazenam dados que se assemelham ao nosso corpo, que também recebe diariamente alimentos, bebidas,

que nós também não deveríamos, não deletar, mas eliminar muitos excessos que acumulamos no decorrer da vida?

Jose Laerte DutraUberlândia (MG)

DUTRA, José Laerte. Deletar é preciso? Correio de Uberlândia

a) Que fato do cotidiano parece ter desencadeado toda a reflexão do leitor José Laerte Dutra?

b) Qual é o público-alvo do texto?

c) Explique a comparação feita pelo leitor entre o banco de dados de um computador e o ser humano.

LÍNGUA PORTUGUESA


Proposta 1(UEM – PR)

Os textos desta Prova de Redação abordam o tema sobre a nova lei antipalmada, que já foi trabalhado nos três textos da Prova de Língua Portuguesa. Tendo todos esses textos como apoio, redija os gêneros textuais solicitados.

Projeto de leiAltera a Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990,

que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Ado-lescente [...]

Art. 1.º A Lei nº. 8.069, de 13 de julho de 1990, passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:

Art. 17-A. A criança e o adolescente têm o direi-to de serem educados e cuidados pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou vigiar, sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de corre-ção, disciplina, educação, ou qualquer outro pretexto.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, con-sidera-se:

I – castigo corporal: ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente.

II – tratamento cruel ou degradante: conduta que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a crian-ça ou o adolescente.

em: 21 set. 2010.

Tapinha dóiRosely Sayão

Muitas mães pensam que um tapinha dado no

como dói! E não apenas no corpo. Claro, este padece -

goada com aquele adulto de quem espera proteção, amor e cuidado, e não agressão.

haver entre eles pode ser afetado, prejudicado. Por que ainda se bate em criança? Há quem acredite que o ironicamente chamado “tapa pedagógico” tenha efeito educativo. Não tem, e isso pode ser constatado no próprio convívio com crianças que levam castigos físicos quando cometem alguma transgressão. Crian-ças de todas as classes sociais, desde bem pequenas, apanham porque não conseguem ainda se controlar e fazem o que os adultos esperam que já saibam que não poderiam ou deveriam fazer. Mas voltam a cometer a mesma falta. E apanham novamente.

[...]Sempre é bom lembrar que educar uma criança é

socializá-la, ou seja, introduzi-la no mundo do con-vívio civilizado. Bater em uma criança para ensinar a ela que é preciso saber esperar, mostrar respeito ao outro, relacionar-se com boas maneiras e aceitar alguns impedimentos na vida não faz o menor sen-

Isso posto, não há como defender o uso de cas--

sível, quando necessário, aplicar sanções na criança ou ao jovem que não são humilhantes ou violentas, tanto sob o aspecto físico quanto moral.Texto adaptado da Folha de S.Paulo. São Paulo, 27 jul. 2010. Equilíbrio.

Ao propor a proibição da palmada, o Estado infantiliza os pais

Eliane BrumSerá que palmada é crime e eu não estou perce-

bendo algo importante? Antes de seguir quero deixar muito claro que, obviamente, espancamento é crime. Seja dos pais ou de quem for. Palmada não. E nada me convence de que precisamos de mais uma lei, já que a legislação existente pune o espancamento e de-mais agressões físicas. Nada tampouco me convence de que o Estado deve interferir neste nível na vida

[...]Um dos argumentos em defesa da nova lei é a de

que as pessoas não saberiam a diferença entre uma palmada e um espancamento. Acredito que a maioria das pessoas sabe muito bem a diferença entre dar um tapa na bunda de uma criança e espancar uma criança.

[...]Espancamento, ouso dizer que a maioria de nós

não experimentou. Mas palmadas quase todos co-nhecem na pele. Eu nunca fui espancada pelos meus pais, mas recebi várias palmadas. E todas elas, na minha percepção, foram atos de amor e de educa-

palmadas nela. E também foram atos de amor e de educação.

[...]Não estou fazendo aqui nesta coluna uma apolo-

gia da palmada. Há pais que educam sem bater – e conheço alguns. Há outros que educam dando pal-madas quando outras tentativas se esgotam. Os que não batem não são melhores pais porque não batem – e vice-versa.

[...]Não tenho dúvida de que os autores e apoiado-

res da lei são bem intencionados. Mas acho que se


equivocaram e erraram o alvo. Uma lei como esta desautoriza os pais – e o faz numa época em que eles mesmos, por diversas razões, já desautorizam a si mesmos. Ao exercer sua autoridade de forma abusiva, o Estado esvazia de autoridade e infantiliza seus cidadãos. Isto é grave.

html>. Acesso em: 21 set. 2010.

GÊNERO TEXTUAL 1 – CARTA DO LEITORComo leitor da revista [...], escreva uma carta ao edi-tor, Sr. Silva, com até 15 linhas, expondo sua opinião a respeito da“nova lei antipalmada”, sustentando sua posição. Assine a carta apenas com o nome Leitor.

Proposta 2(UFOP – MG)

O Pré-Sal e o desenvolvimento sustentável

por Carlos PachecoA descoberta de petróleo na camada denominada

Pré-Sal tem chamado a atenção do mundo inteiro. Isso não é por acaso. Economicamente e estrategi-camente esse fato pode ser encarado como uma das grandes descobertas de recursos naturais economica-mente exploráveis dos últimos tempos. Além disso, trata-se da descoberta de uma imensa riqueza em terras de um país corriqueiramente denominado de “em desenvolvimento”. O fato de existir petróleo a ser explorado em grande quantidade no fundo do Atlântico torna o Brasil como aspirante a membro

maiores produtores de tal produto. [...] Por ser um recurso natural não renovável, o mundo já preocu-

tal matriz [...]. Os iniciais 5 a 8 bilhões de barris e possivelmente até 80 bilhões de barris caíram como

muito próximo das reservas mundiais. O preço do barril de petróleo, que estava nas alturas, hoje já não preocupa tanto. Sem sombra de dúvidas, economica-mente o Brasil dá um salto importante em uma época

as caras” e as reservas de outros importantes expor-tadores do produto já não são tão grandes.

às mudanças climáticas globais são advindos, em

grande parte, do uso de combustíveis fósseis. A uti-lização de matrizes energéticas mais limpas vem sendo apontada como a única saída disponível para obter-se um desenvolvimento econômico e ambiental concomitantes. Em outras palavras, o tão falado de-senvolvimento sustentável. O Brasil sempre foi visto com bons olhos no cenário mundial pela utilização de biocombustíveis e também pela possibilidade de geração de energia hidroelétrica, solar e eólica. Mas e agora? Com a descoberta dessa imensa jazida de pe-tróleo, será que os olhos dos governantes brasileiros continuarão voltados para o desenvolvimento dessas fontes energéticas “mais limpas”? Sinceramente, tenho minhas dúvidas. Governos diferentes passarão ao longo da exploração do pré-sal e, nesse sentido,

Resumindo, a descoberta do petróleo do pré-sal pode retardar a busca por novas matrizes energéticas, o que, por sua vez, provavelmente retardará o alcance dessas novas tecnologias limpas.

um dos protagonistas do cenário mundial. [...] Porém, ambientalmente me preocupa o modo como essa

um ponto de equilíbrio entre a riqueza proveniente de tal recurso e a responsabilidade ambiental brasi-leira. E essa última, por sua vez, não pode estar só relacionada ao país em si. Ela deve estar intimamente

de contas, as mudanças são globais e não locais.

2009.

Nesse texto, apresentado no fórum de discussões sobre mudanças climáticas promovido pelo site “scienceblogs”, o autor apresenta a descoberta de petróleo na camada “pré-sal” como algo que, apesar de importante para o desenvolvimento econômico brasileiro, pode contribuir para o adiamento da busca das chamadas matrizes energéticas “limpas”. As-sim que foi postado, houve várias intervenções de internautas tecendo comentários sobre o texto de Carlos Pacheco. Coloque-se também como um desses internautas e redija uma carta argumentativa, dirigida ao autor do referido texto, em que você faça uma análise da questão com base nos argumentos por ele apresentados e em seus conhecimentos sobre o assunto.Atenção: você deve assinar a carta com a expressão: “Um internauta”.


LÍNGUA PORTUGUESA

Critérios de correção de redação

3

Segundo o Dicionário Aurélio, otimismo é a “atitude em face dos problemas humanos ou sociais que consiste em considerá-los passíveis de uma solução global positiva, do que pode resultar uma atitude geral ativa e confiante ou, ao contrário, o descompromisso, por desnecessário, com qualquer tipo de participação” (p. 1456-1457).

O otimista, diante de um problema ou de uma situação difícil, pode assumir duas posturas: ou passa a efetivamente agir, a tomar a iniciativa, com confiança e determinação, ou simplesmente “entrega sua sorte ao destino”, descomprometendo-se completamente com qualquer postura participativa.

Leia esta tirinha e responda às questões:

SCHULZ, Charles M. Snoopy 5. Posso fazer uma pergunta, professora? Porto Alegre: L&PM, 2009. p. 109.

a) Que leitura se pode fazer acerca desse texto?

b) A expressão “Que seja” revela que atitude de Patty diante da situação por ela vivida? Seu oti-mismo em relação à possibilidade de cumprimento da atividade fez com que ela tomasse qual pos-tura: a de agir com iniciativa e determinação ou a de descompromisso?

c) E você? De uma maneira geral, como lida com as situações problemáticas que surgem em seu dia a dia? Como se considera: otimista, pessimista ou isso é relativo?

d) Especificamente em relação a seus resultados como estudante, você age sempre com otimismo ou nem sempre é possível adotar essa postura? Por quê? Seu otimismo é ativo ou descompromissado?


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Atualmente, para aqueles que pretendem obter um bom resultado nos exames vestibulares e se empenham de fato para que isso ocorra, não relegando sua sorte ao acaso, ter um desempenho positivo no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é fundamental. O motivo é que hoje há diversas instituições públicas de Ensino Superior que utilizam parcial ou unicamente a nota do ENEM como critério de ad-missão nas universidades.

Uma das formas de avaliação no ENEM é a produção textual. Saber o que será avaliado em seu texto é importante para que você possa conduzir a produção de forma satisfatória, obtendo excelentes resultados em sua prova.

Não entregue seu desempenho estudantil ao destino, tome iniciativas que serão fundamentais na busca por bons resultados! Para isso, leia atentamente este texto, que traz itens importantes para sua boa preparação:

ENEM [...]: preste atenção nos critérios de correção da redação

pareceres. O corretor considera cinco critérios, atribuindo 25%, 50%, 75% ou 100% para cada. Veja

Modalidade escritaAvaliam-se a correção gramatical e o padrão escrito do idioma. Para alcançar a pontuação máxima,

que a oral. Evite coloquialismos e gírias.

Tema e tipo de textoA banca quer saber se você entendeu o que foi pedido e consegue desenvolver o tema com

conteúdo. Construa uma dissertação argumentativa com linguagem impessoal e objetiva, em uma estrutura organizada. Quanto ao tema, qualquer erro de interpretação pode ser fatal. Leia e releia a

conteúdo, incluindo os conhecimentos obtidos no ensino médio.

Coerência

um ponto de vista e uma linha de raciocínio, sem deixar partes “soltas”.

CoesãoAvalia a capacidade em ligar as frases e parágrafos, evitando repeti-

ções excessivas. O uso de pronomes e conjunções é muito útil na variação de nexos semânticos entre as partes do texto.

Proposta de intervenção

mais soluções. As propostas devem ter três qualidades: respeito aos direitos humanos, possibilidade de execução e coerência com as causas dos problemas. Evite soluções “mágicas” ou muito genéricas.

.

O GLOBO. ENEM 2010


LÍNGUA PORTUGUESA

1. Pela leitura, é possível inferir que a correção da redação do ENEM é imparcial. Transcreva o trecho que fundamenta essa inferência.

2. De acordo com o texto, que estratégia pode ser utilizada para não se fugir do tema?

3. O que seria um erro de modalidade escrita?

4. Quais as dicas que o texto dá para se construir uma boa proposta de intervenção?

Escrever textos não significa agrupar amontoados de palavras e frases, formando parágrafos de forma solta e desordenada. Toda a escrita de texto deve ser uma escrita de texto socialmente relevante, com finalidades definidas. Escrever pressupõe sempre interação. A escrita é uma forma de troca, pois haverá um interlocutor que receberá o texto.

Sendo assim, não é o suficiente na produção de um texto escrito o domínio de regras ortográficas ou de padrões sintáticos. Além desses pontos, é fundamental também o domínio no desenvolvimento de ideias, na manutenção de seu sentido, na contextualização das informações. Os concursos vesti-bulares e o ENEM prestam atenção a esses aspectos e selecionam alguns critérios de correção para as produções textuais. São eles:

Coerência

A coerência dos textos diz respeito à manutenção de sua unidade de sentido. Um texto coerente é aquele que faz sentido, é um texto bem formado. Para verificar a coerência de um texto, é pre-ciso observar a forma como as palavras são usadas, a ordem em que elas aparecem, sua seleção, sua organização.

Por outro lado, faz parte também da coerência dos textos a observação das intenções de quem escreve, o que pretende dizer, para quem e de que forma. A coerência depende, portanto, da situação comunicativa e dos elementos que a compõem. Dentre os fatores de coerência, destacam-se:

Conhecimento de mundo

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Para se sair bem nesse item, é preciso ler livros, jornais, revistas, sites, ouvir músicas de todos os tempos e autores, conversar com pessoas sobre temas sociais, filosóficos e atuais. Quanto mais conhecimentos gerais você tiver, maiores serão as chances de ter sucesso durante a redação. Ter o que dizer é fundamental!

O conhecimento de mundo, também denominado conhecimento en-ciclopédico, refere-se aos conhecimentos adquiridos pelas pessoas em suas experiências de vida e a seus embasamentos culturais, que vão se acumulando no dia a dia. Para produzir um texto coerente, é neces-sário fazer uso do conhecimento de mundo que se tem armazenado na memória. Esse fator é importante, ainda, para a leitura, porque, muitas vezes, a interpretabilidade dos textos depende diretamente do acesso a informações prévias do leitor.


As tirinhas, por exemplo, são textos em que o acionamento ao conhecimento de mundo é funda-mental:

1. Uma das características do gênero tira é a criação de efeitos de sentido de humor. Nessa tira, você foi capaz de realizar uma leitura tão adequada a ponto de compreender seu humor? Que leitura você fez desse texto?

2. Qual o significado do nome “Zamboni”? Em que medida o conhecimento acerca desse termo é relevante para a leitura global da tirinha? Se necessário, pesquise.

InferênciaÉ um processo por meio do qual o leitor preenche lacunas comunicativas, utilizando seu conheci-

mento de mundo. Fazendo inferências, é possível compreender elementos linguísticos não explícitos no texto, mas fundamentais para sua interpretação.

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A inferência é fortemente influenciada pela cultura de um povo. Leia quadrinhos, conte piadas. Esses gêneros contribuem para aumentar sua capacidade de inferência. Quanto mais leituras você puder extrair do tema da redação e dos textos de apoio, mais ideias terá na hora de redigir seu texto.

1. Leia esta tira e explique como o processo de inferência contribui para a interpretação do texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. As piadas também são textos que contam com a capacidade de inferência dos leitores. Veja o se-guinte exemplo e apresente uma leitura possível, explicando como ocorreu o processo de inferência nesse texto.

O paciente acorda após a cirurgia e se depara com um homem em pé ao lado da cama.

– E então, doutor, na cirurgia correu tudo bem?– Eu não sou o doutor, sou São Pedro.

Tema e horizonte de expectativaO horizonte de expectativa é uma característica fundamental de todas as situações interpre-

tativas e é traçado com base no conhecimento de mundo do leitor e nas inferências que ele é capaz de produzir. Quando se lê o título de uma obra, já se constrói um horizonte de expectativa a respeito do que virá a seguir.

Ao se deparar com o tema da redação, leia-o várias vezes para ativar seus conhecimentos a respeito. É importante que você perceba que o corretor de sua redação tem uma expectativa ao ler o tema e seu texto deve corresponder a essa expectativa.

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SuporteO suporte de um gênero é o mecanismo por meio do qual

o texto é veiculado. É o lugar físico ou virtual que “carrega” o texto, que permite sua divulgação. A percepção sobre o suporte também é indispensável para que se faça uma análise linguística coerente. Perceber que o sentido e/ou a finalidade de um texto podem ser alterados quando se alte-ra seu suporte é compreender o objetivo de cada texto, seu público-alvo, seu gênero, suas tipologias e seus recursos lin-guísticos.

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Ao ler a coletânea dos textos que servirão de apoio para a escrita de seu texto, atente para o suporte de sua circulação, ou seja, onde os textos foram publicados. Isso pode dar indícios sobre a amplitude de alcance do tema acerca do qual você deverá discorrer.

ContextoO contexto é um fator determinante para a produção de sentidos e se constitui em tudo aquilo que cerca o texto, o que está ao seu redor, tanto no momento

de produção quanto no momento de leitura. Os contextos determinam a escrita; assim, jamais se escreve da mesma maneira se os contextos forem

diferentes. O contexto leva em conta os participantes da interação, quem são os interlocutores, quais os propósitos conversacionais, em que situações específicas se dá a comunicação, etc.

Muitos concursos vestibulares contextualizam sua redação das se-guintes formas: a) Imagine que você é leitor da revista X e está se manifestando em relação à temática Y, apresentada na reportagem do dia tal; b) Escreva uma carta ao editor da revista Y, manifestando sua opinião a respeito do editorial, etc. Por isso é importante perceber em qual contexto se dará a sua produção textual.

Coesão

Para que o texto seja agradável e harmônico, as palavras, expressões, frases, os períodos e pa-

rágrafos precisam estar ligados de forma organizada, precisam estar encadeados de maneira coesa:

“[...] ninguém fala assim: trazendo aos pedaços desarticulados, soltos, as coisas que se quer dizer.

um segmento dá continuidade ao outro. O que é dito em um ponto se liga ao que foi dito noutro ponto, anteriormente e subsequentemente.”

Lutar com as palavras

Se algum componente textual estiver solto, pode haver incoerência ou ambiguidades que, embora sejam bem-vindas em alguns casos (textos literários ou expressões de duplo sentido proposital, por exemplo), podem ser totalmente indesejáveis em outros. A esse tipo de propriedade, por meio da qual se constrói e se sinaliza toda forma de ligação que fornece ao texto unidade de sentido, dá-se o nome de coesão textual. A coesão marca o “movimento textual” e pode estabelecer três tipos de relações textuais:

Coesão por reiteraçãoNa coesão por reiteração, os elementos do texto vão sendo retomados, em um movimento de

volta a partes anteriormente explicitadas. Sendo assim, cada palavra vai se juntado a outra e isso estabelece a continuidade do texto. Além das retomadas, a reiteração também pode estabelecer antecipações daquilo que ainda será mencionado no texto.

São dois os procedimentos que fazem parte da coesão por reiteração: a repetição, em que se volta a dizer aquilo que já foi dito anteriormente, e a substituição, em que se troca uma palavra ou expressão por outra que seja, em um dado contexto, equivalente.


LÍNGUA PORTUGUESA

Leia este texto e analise como são realizados os procedimentos de repetição e substituição:

Aprenda 5 “truques” para fazer a sua dieta funcionar melhor

Veja por que as dietas comuns não funcionam e como fazer para perder peso

Todo início de ano, milhares de pessoas começam uma dieta com a promessa de entrar em forma para o próximo verão. De acordo com o site Female First, no entanto, 90% dessas pessoas não atingirão seu objetivo. Mais: com 12 meses de desistência, essas pessoas irão

Segundo Andrew West, proprietário do Obsidian Retreat, um retiro especializado em aju-dar pessoas com excesso de peso a emagrecer, o problema não são as dietas, mas sim como lidamos com ela.

pela necessidade de prazer ou pela necessidade de fugir da dor. No caso, a dieta se encaixa

algumas pessoas começam a elogiar a perda de peso, e isso alivia a pressão para emagrecer.

intensidade dos treinos ou a acrescentar alimentos na dieta. West chama esse processo de “Síndrome da Panela de Pressão”.

o início — exatamente a única forma de ter sucesso novamente.

1. Mova-se na direção do que é prazeroso

no seu objetivo.

2. Crie o pensamento correto

3. Pense em nutrição, não em caloriascalorias. Por isso, se você consumir mais saladas, vegetais e sucos, seu estômago vai

substituição por alimentos nutritivos (frutas, legumes, etc.), desintoxicam o corpo e ainda ajudam a prevenir doenças.

4. Faça um plano — Escreva um cardápio para sete dias incluindo os alimentos nutritivos.

5. Comendo com atenção

TERRA. Aprenda 5 “truques” para fazer a sua dieta funcionar melhor


1. No primeiro parágrafo, ocorre a repetição do termo “pessoas”. Que efeito esse recurso causa ao texto? Existem outras formas de dizer essas mesmas informações sem a repetição do termo?

2. O referente Andrew West, proprietário do retiro Obsidian Retreat, é retomado outras vezes na continuidade do texto. Que formas foram utilizadas para estabelecer esse tipo de coesão?

3. A paráfrase é um procedimento textual que permite dizer de novo o que já foi dito anteriormente, com outras palavras. O conteúdo é o mesmo, mas a forma de dizer é outra. Nesse texto, ocorre um caso de coesão por paráfrase. Reescreva-o.

4. No item 4 – “Faça um plano” –, ocorre um caso de coesão por substituição pronominal: o pronome do caso oblíquo “os”, completando o verbo “evitar”, retoma, de maneira anafórica, que termo ante-riormente expresso?

5. No item 5 – “Comendo com atenção” –, ocorre coesão pela repetição do termo “comemos”. O procedimento de repetição nesse momento do texto se assemelha à repetição do termo “pessoas” no primeiro parágrafo? Justifique.

Coesão por associação A coesão por associação semântica é a responsável pelas relações de significado que se estabelecem

entre as palavras no texto. Como já foi visto, os textos precisam ser coerentes, ou seja, necessitam apresentar uma unidade de sentido. Sendo assim, as palavras que compõem esse texto também precisam estar aproximadas umas das outras, para que nada do que seja dito fique solto, sem ligação.

É por isso que na coesão por associação se faz uma seleção lexical, ou seja, uma seleção das palavras que vão compor o texto para que sua coerência fique estabelecida. Essas escolhas nunca acontecem ao acaso; elas dependem da temática a ser desenvolvida e das intenções que se tem com aquilo que se está dizendo.


LÍNGUA PORTUGUESA

Observe, como exemplo, a letra da canção “Toda forma de poder”, do grupo Engenheiros do Hawaii:

Toda forma de poderEu presto atenção no que eles dizem, mas eles não dizem nada.

Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada.

E eu começo a achar normal que algumboçal atire bombas na embaixada.

Se tudo passa, talvez você passe por aquiE me faça esquecer tudo que eu viSe tudo passa, talvez você passe por aquiE me faça esquecer...

Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada.

Toda forma de conduta se transforma numa luta armada.

A história se repete, mas a força deixa a históriamal contada...

Se tudo passa, talvez você passe por aquiE me faça esquecer tudo que eu viSe tudo passa, talvez você passe por aquiE me faça esquecer...

E o fascismo é fascinante deixa a gente ignorante e fascinada.

Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada.

Se tudo passa, talvez você passe por aqui

E me faça esquecer tudo que eu vi [...]

GESSINGER, Humberto. Toda forma de poder. Intérprete: Engenheiros do Hawaii. In: digital, estéreo.

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Observe como a seleção lexical nesse texto respeita a temática de guerras e conflitos. Ao criticar as formas de poder não legitimadas pelo povo, o autor da letra da canção recorre a uma seleção lexical específica para a manutenção de sua temática. Assim, as palavras usadas acabam pertencendo a um mesmo campo semântico, promovendo a unidade textual.

Volte ao texto e localize esses termos que indicam uma seleção de palavras que se ligam por alguma espécie de associação semântica no que se refira à temática de guerras e conflitos.

Coesão por conexãoNa coesão por conexão, as diferentes partes do texto ficam interligadas, por meio do emprego de co-

nectores, como as conjunções, as preposições, os advérbios e suas respectivas locuções. Mais do que ligar as palavras e as orações, na coesão por conexão, os conectores ligam também os períodos e os parágrafos.

Leia um trecho da entrevista concedida pelo linguista Marcos Bagno à revista Discutindo Língua Portuguesa, e verifique de que modo o uso dos conectores promoveu a coesão por conexão e, conse-quentemente, o encadeamento e a progressão das ideias:

“ – O tema da variação linguística ainda é considerado um tabu entre os próprios professores de português. A sociedade e os meios de comunicação também parecem não saber lidar com a questão. Como mudar isso?


Marcos Bagno – Por um lado

modo de conceber a variação linguística. Com isso, embora -

Por outro lado, falta, da parte dos linguistas, um engajamento maior, uma participação mais efetiva nas discussões sociais em torno das questões de linguagem. São pouquíssimos os que se aventuram em emitir opiniões publicamente sobre essas questões. Além disso, a grande mídia, comprometida até a medula com os interesses das camadas dominantes, assumiu o papel de ‘defensora da língua’ e repudia qualquer discurso em que a ideologia linguística retrógrada da ‘língua certa’ e da ‘língua única’ seja contradita. Como se vê, é um complexo problema social que só pode ser resolvido por meio de ações políticas bem resolvidas [...]”.

BAGNO, Marcos. Erro sobre “erro”. , ed. 31, São Paulo, 2009.

Modalidade escrita

A modalidade escrita da língua exigida nas redações e nos vestibulares deve respeitar a variedade--padrão. É importante preservar as correções gramaticais, como os casos de ortografia, regência e concordância. Embora existam na língua muitas variedades possíveis, é preciso estar ciente das formalidades que os contextos exigem, e as redações propostas nos vestibulares e no ENEM são situações que exigem do candidato o respeito à variedade escrita de prestígio.

Proposta de intervenção

Esse critério é especialmente cobrado nas provas do ENEM. Ele busca verificar se o candidato consegue relacionar o problema colocado em questão pela temática a ser desenvolvida a possíveis soluções. Para propor uma intervenção, todos os demais fatores são utilizados, tais como: conhecimento de mundo acerca da temática, inferência para relacionar conhecimentos, coesão, etc.

A seguir há algumas atividades que vão exigir habilidades de coesão, coerência, conhecimento de mundo, modalidade escrita, tema e proposta de intervenção para que você possa praticar esses critérios.

1. Leia esta tirinha:

a) Utilizando sua capacidade de inferência, como são os outros meninos vikings?

b) No último quadrinho, a expressão “Mas gosto de você assim mesmo!” contraria a expectativa criada no segundo quadrinho. Qual é essa expectativa?

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LÍNGUA PORTUGUESA

2. Leia esta charge:

PANCHO. Charges. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/charges/index.phtml?foffset=31&offset=&ch=Pancho>. Acesso em: 10 mar. 2012.

a) Há um contraste entre a expressão “Oba!”, no balão, e o texto não verbal. Que contraste é esse? Explique.

b) O que sugere a expressão corporal do personagem que não tem fala?

c) Onde o personagem soube do lançamento do produto? Explique em que reside a ironia nesse fato.

3. A seguir, há diversos textos com equívocos de coesão que geram, por sua vez, problemas de coerência e fuga da proposta de escrita. Explique em que consiste o erro e reescreva-os, eliminando-os.

a) Para todos os que tenham filhos e não sa-bem, temos, no restaurante, uma área espe-cial para crianças.– Reescrita:

b) Na sexta-feira, às sete horas, os meninos do Oratório farão uma representação da obra Hamlet, de Shakespeare, no salão comunitário. Toda a comunidade está convidada a assistir a esta tragédia.– Reescrita:

c) Prezadas senhoras, não se esqueçam da próxi-ma venda para beneficência. É uma boa ocasião para se livrarem das coisas inúteis que há em suas casas. Tragam seus maridos!– Reescrita:

d) O coro dos maiores de sessenta anos vai ser suspenso durante o verão, com o agradeci-mento de toda a paróquia.– Reescrita:

e) O mês de novembro finalizará com uma ce-lebração cantada por todos os defuntos da paróquia.– Reescrita:

f) As reuniões de grupo de recuperação da auto-confiança são às sextas-feiras, às oito da noite. Por favor, entrem pela porta do fundo.– Reescrita:


4. Leia a seguir uma redação simulada, elaborada para o ENEM, e analise alguns erros cometidos.

A nota dessa redação foi 3,5. Analise o texto e aponte os erros cometidos na inobservância dos se-guintes critérios:

a) coesão;

b) coerência;

c) modalidade escrita;

d) proposta de intervenção.

5. A seguir há uma proposta de redação da Unicamp e três redações de alunos que prestaram esse con-curso. Leia as redações, avalie o texto por meio dos critérios do quadro de avaliação. Feita a avaliação, você deve redigir um parecer a respeito da redação e, em seguida, classificá-la em: anulada, abaixo da média e acima da média.

Proposta da Unicamp

Coloque-se na posição de um articulista que, ao fazer uma pesquisa sobre as recentes catástro-fes ocorridas em função das chuvas que afetaram o Brasil a partir do final de 2009, encontra a crônica de Drummond, publicada em 1966, e decide dialogar com ela em um artigo jornalístico opinativo para uma série especial sobre cidades, publicada em revista de grande circulação. Nes-se artigo você, necessariamente, deverá:

a) relacionar três (3) problemas enfrentados recentemente pelas cidades brasileiras em função das chuvas com aqueles trabalhados na crônica;

b) mostrar em que medida concorda com a visão do cronista sobre a questão.

Critérios de

avaliação da

redação do

ENEM

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LÍNGUA PORTUGUESA

Os dias escuros Carlos Drummond de Andrade

primeiros trabalhadores. A cidade, ensopada de chuva, parece que desistiu de viver. Só a chuva mantém constante seu movi-

aí está, molhando, ensopando os morros, as casas, as pistas, as pessoas, a alma de todos nós. Barracos que se desmancham como armações de baralho e, por baixo de seus restos, mortos, mortos, mortos. Sobreviventes mariscando na lama, à pesquisa de mortos e de pobres objetos amassados. Depósito de gente no chão das escolas, e toda essa gente precisando de colchão, roupa de corpo, comida, medicamento. O calhau solto que fez parar a adutora. Ruas que deixam de ser ruas, porque não dão mais passagem. Carros submersos, aviões e ônibus interestaduais paralisados, corrida a mercearias e supermercados como em dia de revolução. O desabamento que acaba de acontecer e os desabamentos programados para daqui a poucos instantes.

Este, o Rio que tenho diante dos olhos, e, se não saio à rua, nem por isso a imagem é menos ostensiva, pois a televisão traz para dentro de casa a variada pungência de seus horrores.

Sim, é admirável o esforço de todo mundo para enfrentar a calamidade e socorrer as vítimas, esforço que chega a ser pertur-bador pelo excesso de devotamento desprovido de técnica. Mas se não fosse essa mobilização espontânea do povo, determina-

e tão miserável em sua infraestrutura de submoradia, de subalimentação e de condições primitivas de trabalho? Mobilização

Chuva e remorso juntam-se nestas horas de pesadelo, a chuva matando e destruindo por um lado, e, por outro, denunciando velhos erros sociais e omissões urbanísticas; e remorso, por que escondê-lo? Pois deve existir um sentimento geral de culpa diante de cidade tão desprotegida de armadura assistencial, tão vazia de meios de defesa da existência humana, que temos o dever de implantar e entretanto não implantamos, enquanto a chuva cai e o bueiro entope e o rio enche e o barraco desaba e a morte se instala, abatendo-se de preferência sobre a mão de obra que dorme nos morros sob a ameaça contínua da natureza; a mão de obra de hoje, esses trabalhadores entregues a si mesmos, e suas crianças que nem tiveram tempo de crescer para cumprimento de um destino anônimo.

No dia escuro, de más notícias esvoaçando, com a esperança de milhões de seres posta num raio de sol que teima em não romper, não há alegria para a crônica, nem lhe resta outro sentido senão o triste registro da fragilidade imensa da rica, poderosa e martirizada cidade do Rio de Janeiro.ANDRADE, Carlos Drummond de. Os dias escuros. Correio da Manhã, 14 jan. 1966.

Redação 1

Do caos à segurança

Angra dos Reis, cidade do Rio de Janeiro, cida-de de São Paulo, Alagoas, estes foram alguns dos protagonistas de grandes catástrofes ambientais ocasionadas pela chuva e intensificadas pela ação antrópica a partir do final de 2009.

O intenso desenvolvimento e o crescimento ur-bano trazem consigo muitas ações contra o meio--ambiente: a impermeabilização do solo e o acú-mulo de lixo em lugares inadequados. Com isso, a água da chuva entope os bueiros, aumenta o nível da água do rio, acarretando enchentes, inun-dações e intensa proliferação de doenças como o surto de leptospirose e diarreia.

Alem disso, com a expansão das cidades, as favelas se dirigem para a periferia se instalando

muitas vezes nas encostas dos morros, que é su-per instável e tem grandes chances de desabar a qualquer momento.

Quando essas catástrofes ambientais aconte-cem, o caos se instala. Milhares de pessoas per-dem sua moradia, entes queridos e vão se alojar em escolas, ginásios totalmente desamparados e sem o mínimo necessário de infraestrutura e sanea-mento básico adequado. O trânsito, o congestio-mento, ruas alagadas; o desespero se alastra por toda a cidade e meios de comunicação.

É nesse momento que assisti-se a um governo ausente de suas obrigações para com a sociedade, a uma infraestrutura primitiva, a um despreparo total das organizações oficiais. Mas é no meio do caos que emerge um sentimento humanitário, como o da Associação Médicos Sem Fronteira que atua de forma brilhante no Estado de Alagoas.


Assim, cabe ao cidadão se conscientizar de suas ações em relação ao meio ambiente, ao governo in-vestir com urgência em projetos viáveis para melhorar as favelas, o destino do lixo e minimizar os efeitos das enchentes, para que dessa forma possa emergir entre a população alem de um sentimento humanitário um sentimento de segurança e proteção.

Critérios de correção

Competências avaliadas Nota

1 Demonstrar domínio da norma culta da língua escrita.

2

Compreender a proposta da redação e aplicar conceito das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.

3Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

4Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

5

Elaborar a proposta de solução para o problema abordado, mostrando respeito aos valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

Desempenho do aluno em cada competência:Nota 2,0 – SatisfatórioNota 1,5 – Bom Nota 1,0 – RegularNota 0,5 – Fraco Nota 0,0 – Insatisfatório

Análise

Fazendo-se uma análise geral do desempe-nho do candidato, pode-se afirmar:

Após a análise, é correto afirmar que a redação avaliada está:

a) anulada. b) abaixo da média.c) acima da média.

Redação 2

Podemos observar que hoje, um dos grandes pro-blemas que as cidades enfrentam é a questão dos desastres provocados pelas chuvas. Em 1966, Carlos Drummond de Andrade publicou uma crônica que já relatava este fato.

Carlos Drummond de Andrade, nos diga sobre o problema de moradia, que se agravava muito com a chuva.

Carlos: Barracos que se desmanchavam como ar-mações de baralho e, por baixo de seus restos mortos, mortos, mortos.

O que você diria sobre os problemas sociais?Carlos: Chuva e remorso se juntam nessa hora, a

chuva matando e destruindo por um lado e denun-ciando velhos erros sociais e omissões hurbanísticas.

Realmente é um problema muito sério, não tendo como não concordar plenamente com seu ponto de vista.

Carlos: Pois deve existir um sentimento geral de cul-pa diante de cidades tão desprotegidas de armadura assistencial, tão vazia de meios de defesa da existência humana.




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LÍNGUA PORTUGUESA


Análise



a) anulada.

b) abaixo da média.

c) acima da média.

Redação 3

O Rio de Janeiro dos poetas, das letras de bossa nova, do ideal de luxo tropical está bem distante da realidade descoberta pela temporada de chuvas do fim de 2009. Serve assim como metonímia da situação do Brasil como um todo. Mas o Rio de Janeiro de um cronista, mesmo que ainda poeta, fornece a melhor descrição da verdadeira situação da habitação brasilei-ra e os serviços públicos relativos à sua manutenção.

Na sua terrivelmente atual crônica de 1966, Carlos Drummond de Andrade mostra o cenário que todos observamos pelo Brasil. A terrível destruição desolado-ra de “Os Dias Escuros” se projeta pela contemporanei-dade de muitas cidades brasileiras. A precariedade que justifica o termo “ocupação” ao invés de “habitação” na referência aos “barracos que desmancham como armações de baralho” é perturbadora, e a causa práti-ca da devastação enfrentada pela população aparen-temente invisível ao olhar do governo, que pouco faz para dignificar suas condições. Assim o povo sofre a calamidade tripla: um governo ineficiente; condições de vida infortúnias, e a força da natureza.

O “raio de sol que teima em não romper”, o auxílio da população melhor posicionada e a mo-bilização de recursos improvisados, pode fornecer um ponto de luz no tema da crônica e na realida-de, mas é de fato uma assistência que não deveria ser necessária. O governo que tarda em agir (pois a situação exige projetos de habitação em larga escala) já proporcionou comentários suficientes. Que sua falta de ação seja revertida antes que seja necessária outra publicação que se refira à mesma catástrofe, daqui a mais quarenta anos.




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Análise



a) anulada.

b) abaixo da média.

c) acima da média.

A seguir, você tem três propostas do ENEM para praticar a escrita dentro dos critérios de correção trabalhados. Lembre-se de seguir as orientações dadas nesta unidade.

Proposta 1(ENEM) Ninguém = Ninguém

Engenheiros do Hawaii

Há tantos quadros na paredehá tantas formas de se ver o mesmo quadro

há tanta gente pelas ruashá tantas ruas e nenhuma é igual a outra

me espanta que tanta gente sinta

há tantos quadros na paredehá tantas formas de se ver o mesmo quadro

há palavras que nunca são ditashá muitas vozes repetindo a mesma frase

GESSINGER, Humberto. Ninguém = ninguém. Intérprete: Engenheiros do Hawaii. In: ENGENHEIROS DO HAWAII. 10.000 destinos. São Paulo: Universal, 2000. 1 CD: digital, estéreo.

Dicas para

produção

textual I

@POR819

Dicas para

produção

textual II

@POR700

LÍNGUA PORTUGUESA


Uns iguais aos outrosTitãs

Os homens são todos iguais[...]

Brancos, pretos e orientais

[...]Kaiowas contra xavantes

Árabes, turcos e iraquianosSão iguais os seres humanos

São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outrosAmericanos contra latinos

Já nascem mortos os nordestinosOs retirantes e os jagunços

O sertão é do tamanho do mundoDessa vida nada se leva

Nesse mundo se ajoelha e se rezaNão importa que língua se falaAquilo que une é o que separaNão julgue pra não ser julgado

[...]Tanto faz a cor que se herda

[...]Todos os homens são iguais

São uns iguais aos outros, são uns iguais aos outros

BRITO, Sérgio; GAVIN, Charles. Uns iguais aos outros. Intér-prete: Titãs. In: TITÃS. Domingo. São Paulo: WEA, 1986. 1 CD

A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que com-põem a humanidade. Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza. Nesse sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser conhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras.

UNESCO. Declaração Universal sobre a diversidade cultural.

Todos reconhecem a riqueza da diversidade no planeta. Mil aromas, cores, sabores, texturas, sons encantam as pessoas no mundo todo; nem todas, entretanto, conseguem conviver com as diferenças individuais e culturais. Nesse sentido, ser diferente já não parece tão encantador. Considerando [...] os textos anteriores como motivadores, redija um texto dissertativo-argumentativo a respeito do seguinte tema: O desafio de se conviver com a diferença.

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Observações:Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.


Proposta 2(ENEM)

Uma vez que nos tornamos leitores da palavra, invariavelmente estaremos lendo o mundo sob a

constantemente nossa leitura e inevitáveis serão as correlações, de modo intertextual, simbiótico,

Lemos porque a necessidade de desvendar caracteres, letreiros, números faz com que passemos a olhar, a questionar, a buscar decifrar o desconhecido. Antes mesmo de ler a palavra, já lemos o universo que nos permeia: um cartaz, uma imagem, um som, um olhar, um gesto.

São muitas as razões para a leitura. Cada leitor tem a sua maneira de perceber e de atribuir signi-

ALMEIDA, Inajá Martins de. O ato de ler

Minha mãe muito cedo me introduziu aos livros. Embora nos faltassem móveis e roupas, livros não poderiam faltar. E estava absolutamente certa.

Entrei na universidade e tornei-me escritor. Posso garantir: todo escritor é, antes de tudo, um leitor.

TAM Magazine

Existem inúmeros universos coexistindo com o nosso, neste exato instante, e todos bem perto de nós. Eles são bidimensionais e, em geral, neles imperam o branco e o negro.

Estes universos bidimensionais que nos rodeiam guardam surpresas incríveis e inimagináveis!

segredos mais ocultos de vidas humanas e da natureza; atravessamos eras num piscar de olhos; co-nhecemos civilizações desaparecidas e outras que nunca foram vistas por olhos humanos.

Estou falando dos universos a que chamamos de livros. Por uns poucos reais podemos nos trans-portar a esses universos e sair deles muito mais ricos do que quando entramos.

Considerando que os textos anteriores têm caráter apenas motivador, redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema:

O poder de transformação da leitura

Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.

Observações:Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.O texto deve ter, no mínimo, 15 (quinze) linhas escritas.

LÍNGUA PORTUGUESA


Proposta 3(ENEM)

O texto acima, que focaliza a relevância da Região Amazônica para o meio ambiente e para a economia brasileira, menciona a “máquina de chuva da Amazônia”. Suponha que, para manter essa “máquina de chuva” funcionando, tenham sido sugeridas as ações a seguir:

1. suspender completa e imediatamente o desmatamento na Amazônia, que permaneceria proibido até que fossem identificadas áreas onde se poderia explorar, de maneira sustentável, madeira de florestas nativas;

2. efetuar pagamentos a proprietários de terras para que deixem de desmatar a floresta, utilizando--se recursos financeiros internacionais;

3. aumentar a fiscalização e aplicar pesadas multas àqueles que promoverem desmatamentos não autorizados.

Escolha uma dessas ações e, a seguir, redija um texto dissertativo, ressaltando as possibilidades e as limitações da ação escolhida.

Ao desenvolver seu texto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista, sem ferir os direitos humanos.

Observações:Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.


Proposta 1Leia os textos a seguir.

Texto 1

Humoristas discutem o limite do humor após

da Band, dividiu comediantes e atores. [...]

afastado por causa de uma piada é demais – disse a apresentadora Sabrina Sato, do “Pânico”.A atriz Maria Clara Gueiros, que foi revelada no “Zorra Total”, não achou graça na brincadeira.

Já para Guta Stresser, a Bebel de “A Grande Família”, tirar o comediante do ar vai contra a política do “CQC”.

O ator Paulo Silvino, integrante do “Zorra Total”, não levou na esportiva e se revoltou com a

– O que ele fez não foi piada, foi uma grosseria. Esse cara tinha que ser banido, não deveria aparecer na TV nunca mais. E afastá-lo não é censura, é pelo baixo nível do que ele disse – declara.

Mesmo colegas de “CQC” não receberam bem a brincadeira. Marco Luque emitiu um comu-

decisão e dizer que ele volta ao ar [...] em “A Liga”. Como repórter.. Disponível

cqc-2692790.html>. Acesso em: 28 ago. 2012.

Texto 2

“Fiquei sem chão”, diz Ceará sobre proibição de imitar Silvio SantosNão faltam imitadores do famoso “Raráái” por aí. Mas nenhum tem de manter tanta distância

durante anos, ao lado do repórter Vesgo, a dupla dinâmica do “Pânico” ao infernizar famosos nas portas dos eventos.

Agora, peruca, microfone de lapela e a dentadura que compõem o personagem vão para o fundo da gaveta. Após quase 20 anos fazendo sua versão do apresentador, sendo dez na TV, o humorista foi proibido por uma liminar de imitar ou constranger Silvio Santos.

O “Pânico” deve ainda manter distância de no mínimo cem metros do apresentador, sob risco

O dono do SBT ingressou com uma ação contra o programa no dia 28 de maio, de surpresa. Ele

e com o fato de os humoristas terem dublado uma fala sua inserindo um palavrão.

ele entendesse assim”, diz Ceará à Folha. Santos chegou a autorizar no ar, em 2007, que o grupo usasse o personagem. “Já fomos ao SBT. Achei que tínhamos uma boa relação.”

Ceará, que até então não tinha falado sobre o assunto, desabafa: “Fiquei sem chão quando soube

LÍNGUA PORTUGUESA


“Mas nos surpreendeu.” O humorista conta que, duas semanas antes de ser proibido de se aproximar de Santos, foi até

o salão de Jassa entregar pessoalmente ao apresentador um convite para seu casamento. “Sempre fui grato por ele me deixar usar sua imagem”, conta Ceará. “Fiquei sabendo da liminar

O humorista disse que ainda não sabe se a Band vai recorrer da decisão na Justiça. “Tenho outros personagens, mas a criação deles vem da minha alma. Não está no automático”, diz. “O público já está sentindo falta do Silvio, e eu também.” JIMENEZ, Keila. “Fiquei sem chão”, diz Ceará sobre proibição de imitar Silvio Santos

em: 1º. set. 2012.

Você acha que humor tem limite? Escreva uma carta argumentativa, endereçada a um humorista de sua predileção, manifestando a sua opinião sobre o tema “Ética e humor: questão de bom senso”.

Seu texto deve: utilizar fatos apresentados pelos dois textos;

seguir a estrutura de carta argumentativa;

na conclusão, apresentar uma proposta de solução para os problemas levantados.

Proposta 2

(UFT – TO)Redija um texto dissertativo-argumentativo, em prosa. Observe rigorosamente as orientações e

informações a seguir:a) o texto deve ser desenvolvido segundo o tema;b) o tema vem acompanhado de uma coletânea, que tem o objetivo de orientar sua linha argumen-

tativa;c) sua redação será anulada se você: fugir ao tema proposto; desconsiderar a coletânea; não

atender ao tipo de texto exigido.

Tema: A contribuição do riso tragicômico para a formação do cidadãoTextos 1 e 2: Charges

charge43.html>. Acesso em: 29 set. 2010.Acesso em: 29 set. 2010.


Texto 3: Artigo científico

[...]A charge traz em seu corpo sígnico [em geral] caricaturas dos governantes, paródias dos

-vocar o riso no “leitor”. Mas que tipo de riso é esse? De acordo com Souza, o riso que a charge provoca [...] é um “riso crítico e corrosivo que funciona como elemento refrator, contraideológico

[...]Dessa forma, a charge é um sistema de linguagem altamente corrosivo, que pode ferir e mi-

nar o poder. Trata-se também de uma linguagem que pode desmascarar, trazer à luz a ideologia

é fornecida aos indivíduos de uma dada formação social, nas suas maneiras de sentir, querer, julgar e de se conformar às suas condições reais de existência, a charge surge para tentar perfurar, descobrir os véus, revelar as artimanhas e minar a força dos dominantes.

poder dominante vão caindo, o leitor da charge tem a oportunidade de enxergar além do que os

de acentuar a crítica. [...]Além disso, as charges são caracterizadas por uma linguagem sintética: muitas vezes apresenta-

-se só através de imagens, sem qualquer texto; outras vezes, palavra e imagem convivem no mesmo espaço. Da linguagem sintética retiramos um aspecto essencial na construção do humor e

[...]SOUZA, Luciana Coutinho; JABUR, Marina. O potencial humorístico da charge online: uma leitura da linguagem tendo em vista a mudança do suporte. Verso e Reverso/Revista da Comunicação

Texto 4: Notícia

Escrito 9 de abril de 2010 at 17:51 por Equipe QIR

Brasil da piada pronta

deforma, informa, destrói, constrói, imortaliza, enterra, acaricia, açoita”. Mas quando e como a identidade do humor brasileiro começou a ser formada?

Mais do que fazer rir e melhorar um dia de estresse e trabalho, o humor tem feito o cida-dão brasileiro chegar a algum lugar. Uma tirinha satírica sobre um governador corrupto, um programa de TV engraçado que polemiza a violência de uma cidade ou uma seção do jornal que faz piada do mais novo aumento salarial dos deputados podem não mudar a realidade do

-blemas do país e, muitas vezes, ajudam a melhorá-los pelo alcance social que têm. Não é à toa que Chico Anysio diz, no prefácio do livro A alegre história do humor brasileiro, de Jota

[...]

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Texto 5: Tirinha

Proposta de redaçãoEm geral, as charges e tirinhas, comumente utilizadas nos meios de comunicação de massa, pro-

vocam no leitor o riso tragicômico e, consequentemente, uma indignação. Você acredita que esse riso tragicômico pode vir a contribuir para a formação de um cidadão mais consciente do seu papel diante dos problemas brasileiros? Argumente.

Entende-se, neste contexto, por tragicômico o riso ambíguo que, se por um lado é provocado pelo humor, por outro revela fragilidades que incomodam o leitor.

Proposta 3Leia o texto a seguir.(UEL – PR)

O jogo é duríssimo. Embalado por uma série de conquistas nos últimos anos, o time da casa quer mostrar aos torcedores sua força emergente. O adversário é um gigante acostumado a ven-cer embates por goleada e que não reluta em usar artifícios – mesmo se forem polêmicos – para alcançar seus objetivos. Mais do que apenas uma competição esportiva, a Copa do Mundo pode se transformar em um confronto encarniçado entre o país-sede, como o Brasil em 2014, e a Fifa, organizadora do evento.


A Fifa fez ao governo brasileiro uma série de exigências que, se forem rigorosamente cum-pridas, criam uma espécie de Estado paralelo: mudanças em leis federais, estaduais e municipais,

toda publicidade relacionada ao evento, cancelamento das regras de concessão de meia-entrada para estudantes, liberação da venda de bebida alcoólica nos estádios, entre outras.

Para os defensores da Fifa, nada mais justo do que ceder aos apelos de quem trouxe o maior evento esportivo do planeta para o território brasileiro. Para os críticos, as imposições colocam em risco a soberania nacional. Quem vai vencer essa guerra?Adaptado de: SEGALLA, Amauri; RODRIGUES, Alan; MOURA, Pedro Marcondes de. O Brasil encara a Fifa. IstoÉ, ano 35, n. 2187, p. 38-39, 12 out. 2011.

Redija um texto de, no mínimo, 10 linhas e, no máximo, 16 linhas, no qual você se posicione favo-ravelmente a um dos lados do confronto citado na reportagem. Seu texto deverá:

ser escrito com letra legível, cursiva ou de fôrma, diferenciadas as maiúsculas das minúsculas;

utilizar linguagem formal;

ter dois parágrafos;

estar escrito na primeira pessoa do singular ou do plural;

conter argumentos que sustentem sua posição;

incorporar argumentos contrários que você deverá contestar.

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