goias_-_prof._luiz_-_14_10
-
Upload
diegoaugusto -
Category
Documents
-
view
532 -
download
22
Transcript of goias_-_prof._luiz_-_14_10
COLÉGIO WR
CURSO WR
VESTIBULARES 2012
VESTIBULARES
UFG/UEG/PUC/UFT
HISTÓRIA DE GOIÁS
PROF iLWYZX
QUESTÕES DE VESTIBULARES COM RESPOSTAS
COMENTADAS 01. (UFG-1983) A ocupação do território goiano com a mineração do ouro colocou o
índio, sob todos os aspectos, à margem da sociedade que se instalou em Goiás,
porque:
a) não havia legislação que defendesse os índios;
b) o regimento de D. Marcos de Noronha submeteu os índios a um
rigoroso regime militar;
c) não havia pessoa especializada para cuidar das aldeias indígenas;
d) não eram os índios, e sim as minas de ouro, nas terras dos índios, que
interessavam ao governo;
e) a política de aldeamento dos índios opunha-se às guerras de
extermínio.
02. (UFG-1985) A decadência da mineração do ouro afetou a sociedade goiana do
século XVIII provocando:
a) sensível urbanização;
b) aumento da população;
c) acelerado êxodo rural;
d) rápido enriquecimento;
e) crescimento da população rural.
03. (UFG-1986) Com a decadência da mineração, a pecuária tornou-se o setor mais
dinâmico da economia goiana. Isto se deve à (ao):
a) decadência de mão-de-obra escrava;
b) abundância de campos de pastagens;
c) facilidade de exportação;
d) carência de capitais para investimento;
e) colapso administrativo.
04. (AEE-1989) A época do ouro em Goiás foi intensa e breve. Mas, na segunda
metade do século XVIII, verificou-se a rápida decadência da mineração,
provocando:
a) a substituição do ouro pela agropecuária já muito desenvolvida na região;
b) o declínio da vida urbana e a regressão a uma economia de subsistência;
c) a ascensão social do fazendeiro, profissão muito conceituada mesmo na
época do ouro;
d) a ocupação do território por missões jesuíticas;
e) o total despovoamento da região, que só voltou a ser ocupada no século XX
05. (AEE-1990) O descobrimento de Goiás é tradicionalmente atribuído a um célebre
bandeirante, que descobriu ouro nas cabeceiras do Rio
Vermelho, na região da atual cidade de Goiás. Trata-se de:
a) Fernão Dias Paes;
b) Manuel Preto;
c) Antônio Dias;
d) Francisco Pires Ribeiro;
e) Bartolomeu Bueno da Silva.
06. (AEE-1991) Nas alternativas abaixo, identifique a que considerar correta sobre a
História de Goiás no final do século XVIII:
a) período áureo, grande circulação de riqueza, intenso povoamento, apogeu da
mineração;
b) crescimento do comércio com outras regiões da colônia, desenvolvimento
urbano;
c) declínio da mineração e empobrecimento da capitania que se volta para as
atividades agropecuárias;
d) aumento da arrecadação fiscal e da imigração para esta região;
e) desenvolvimento da indústria como alternativa para o declínio da
agropecuária.
07. (UFG-1983) Enumere e comente dois dos principais motivos que explicam o
não-enriquecimento do Brasil, inclusive Goiás, com o ouro das minas, no
período colonial.
08. (UFG-1983) A política goiana, durante o século XIX, era dirigida por Presidentes
impostos pelo poder central porque:
a) a constituição do Império era liberal;
b) a carta política do Império instituiu a monarquia Constitucional;
c) a primeira constituição brasileira foi outorgada;
d) a administração do Império era altamente centralizada;
e) a província de Goiás era pobre, portanto, sem força política.
09. (UFG-1984) Em 1821, o Norte de Goiás, julgando-se injustiçado, proclamou sua
separação do Sul do Estado porque:
a) o regresso de D. João VI a Portugal provocou medidas fiscais que
prejudicaram os comerciantes daquela região;
b) a revolução do Porto (1820) prejudicou o progresso do norte de Goiás;
c) os grandes proprietários daquela região afirmavam que, apesar de pagarem
os impostos, os benefícios do governo lá não chegavam;
d) em Cavalcante, o povo vivia em completa miséria;
e) a violência entre posseiros e fazendeiros, naquela região, gerou esta atitude
separatista.
10. (UFG-1985) Com relação aos efeitos da abolição da escravatura em Goiás,
podemos afirmar que:
a) a abolição não afetou a vida econômica da Província, uma vez que o número
de libertos era insignificante para o total da população;
b) a abolição afetou profundamente a vida econômica da Província, uma vez que
não se esperava a libertação da mão-de-obra básica;
c) a abolição não afetou a vida política da província, mas causou sérios
problemas para a economia, uma vez que o escravo era maioria da
população;
d) a abolição afetou seriamente a vida econômica da Província porque a
escravidão era o sustentáculo da exploração aurífera em Goiás;
e) a abolição não afetou a vida econômica da Província porque já havia em
Goiás um grande número de imigrantes para substituir a mão-de-obra
escrava.
11. (AEE-1989) O processo de Independência em Goiás foi gradual, gerando,
inclusive, disputas pelo poder, entre grupos locais. Em decorrência disto, ocorreu:
a) o movimento separatista do norte de Goiás, provocado pela falta de assistência
governamental;
b) a imigração estrangeira, responsável pelo desenvolvimento da pecuária;
c) sérios atritos com o governo central, culminando na vitória do separatismo
sulista;
d) a redução da população indígena, que perdeu o apoio do clero;
e) a recuperação total da economia mineradora.
12. (UFG-1984) No século XIX a vida social em Goiás ruralizou-se. Cite dois motivos
desta ruralização.
13. (UFG-1985) Dentro do processo de expansão capitalista em Goiás, no começo do
século XX, um dos fatores de maior dinamização deste processo foi:
a) a industrialização;
b) a estrada de ferro;
c) a construção de Brasília;
d) a Belém-Brasília;
e) a navegação fluvial.
14. (AEE-1990) A política das "Salvações", adotada pelo Presidente Hermes da
Fonseca, trouxe como conseqüência para o governo de Goiás:
a) o fim do coronelismo e do voto de cabresto;
b) o rápido povoamento e desenvolvimento de uma sociedade urbana;
c) a ascensão de Ramos Caiado, representante do mandonismo local;
d) a substituição de uma economia de subsistência pela produção voltada para a
exportação;
e) a implantação da pequena propriedade e o desaparecimento do grande
proprietário.
15. (AEE-1990) O "Caiadismo", domínio político dos Jardim-Caiado na política de
Goiás, teve início com:
a) Getúlio Vargas e a Revolução de 30;
b) a nomeação do interventor Pedro Ludovico Teixeira;
c) a Política das Salvações do Mal. Hermes da Fonseca em 1912;
d) a ascensão da oligarquia Bulhões ao poder local;
e) a transferência da capital para Goiânia, fato que fortaleceu este grupo
oligárquico.
16. (UFG-2003) Na segunda metade do século XIX, surgiram no Brasil as ferrovias no
processo de modernização dos meios de transportes com o apoio de capitais
estrangeiros, em sua maioria ingleses. Assim, construíram-se troncos ferroviários
na região Sudeste para atender aos interesses dos produtores de café no
escoamento da produção para os portos do Rio de Janeiro e Santos. Já no início
do século XX, implantou-se a Companhia de Estrada de Ferro de Goiás com
investimentos de capitais franceses. Sobre a construção das ferrovias, julgue os
itens abaixo:
( ) Para a instalação da rede ferroviária na região Sudeste foi necessário reunir
um capital considerável, pois a concessão de privilégios (garantia de juros
baixos entre outros) por parte do governo não era suficiente. Assim, os
capitais ingleses, na forma de empréstimos e de investimentos, foram
aplicados na construção de vários troncos.
( ) A construção da estrada de ferro em Goiás visava à inserção da economia
do estado nos mercados capitalistas das regiões Norte e Nordeste, muito
interessados na compra do milho e das carnes bovina e suína.
( ) A Estrada de Ferro de Goiás e a implantação das charqueadas nas cidades
ao longo dos trilhos possibilitaram um crescimento substancial da pecuária,
pois a carne, em parte industrializada e em parte como gado gordo para o
abate, era exportada para os mercados paulistas com custos mais baixos.
( ) A implantação pioneira do transporte ferroviário em Goiás explica-se pela
dinamicidade das relações comerciais inter-regionais e internacionais e pelo
fato de a ferrovia ter-se tornado a principal via de comunicação com a região
Sul.
17. (UFG-1983) A Revolução de 1930, em Goiás, teve como ponto de apoio:
a) as classes médias, já com uma atuação expressiva;
b) parte de classe dominante descontente;
c) militares goianos discordantes do regime vigente;
d) o operariado já com certa representação;
e) os industriais goianos interessados em reformas básicas.
18. (UFG-1984) A mudança da Capital para Goiânia não se processou em termos
normais, mas em tempo de alteração política, porquê:
a) a oposição à mudança da Capital era inexpressiva;
b) as transformações ocorridas com a Revolução de 30 a impediram;
c) a cidade de Anápolis era o centro do poder da oligarquia estadual:
d) o ideal mudancista enfraqueceu com a Revolução de 30;
e) a Revolução de 30 criou condições para a mudança.
19. (UFG-1984) Com o estabelecimento do Estado Novo, em 1937, os Estados da
Federação perderam sua autonomia político-administrativa, passando a ser
governados por interventores. O Interventor em Goiás foi:
a) José Leopoldo de Bulhões;
b) Antônio de Ramos Caiado;
c) Venerando de Freitas Borges;
d) Pedro Ludovico Teixeira;
e) César da Cunha Bastos.
20. (AEE-1990) Dentre as conseqüências que a Revolução de 1930 trouxe para Goiás
apontamos:
a) profundas mudanças na composição social;
b) a prisão do Dr. Pedro Ludovico que fazia forte oposição a Getúlio Vargas;
c) a manutenção do mesmo estilo de governo sem nenhuma renovação política;
d) a ênfase ao desenvolvimento do Estado e o apoio do governo federal à
construção de Goiânia;
e) a oposição do governo Vargas à mudança da capital por implicar em gastos
públicos.
21. (AEE-1993) A construção da nova capital de Goiás recebeu todo o apoio do
governo revolucionário implantado em 1930. Sobre este tema podemos dizer:
I. a antiga capital de Goiás era mal localizada para servir de centro
administrativo, além de possuir clima insalubre;
II. apesar das condições desfavoráveis à saúde e às atividades comerciais, parte
da população opunha-se à mudança por motivos sentimentais e por temer a
desvalorização de seus bens imóveis;
III. a transferência da capital contou com o apoio unânime da população e do
governo local, já que os gastos seriam reduzidos e o Estado era rico.
ASSINALE:
a) se I, 11 e III forem corretas;
b) se apenas I e II forem corretas;
c) se apenas I for correta;
d) se todas forem incorretas'
e) se I e III corretas.
22. (UCG-1997) "O Estado surgiu, na História, quando algumas sociedades atingiram
determinado grau de desenvolvimento econômico, gerando a divisão do trabalho,
o aparecimento das desigualdades de classe e o conflito entre explorados e
exploradores."
(COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo. São Paulo: Saraiva,1994: p.25)
Com relação ao enunciado podemos afirmar:
01. A seqüência Monarquia, República, Império traduz a evolução política do
Estado Romano,
02. Substituindo o regionalismo medieval dos feudos e das cidades e o
universalismo da Igreja Católica, surgiu o Estado Nacional que apresentou
como principais características: um exército permanente, um território definido,
idioma comum e soberania nacional.
03. No Estado Absolutista podemos destacar: a generalização da democracia
política que busca a participação das sociedades na vida política e a
existência de um Código Civil como fonte de justiça.
04. O primeiro Estado Socialista surgiu com a queda do Czarismo em 1905
e provoca a 2a Guerra Mundial.
05 No Brasil,durante o período conhecido como Estado Novo, as diretrizes
governamentais dirigiram-se para o liberalismo econômico, com vistas ao
desenvolvimento de nossas exportações.
06. Em Goiás, na segunda metade do século XIX, o Estado Novo substituiu o
"Bulhonismo" pelo "Ludoviquismo" .
23. (UFG-1985) A construção de Goiânia está inserida dentro de um período de
alterações na política nacional. Com base no contexto histórico da época, indique:
a) que acontecimento nacional possibilitou ser retomada a idéia da mudança da
Capital?
b) dois motivos importantes que levaram à transferência da capital de Goiás para
Goiânia.
24. (UFG-1991) Aponte duas semelhanças, justificadas historicamente, entre as
práticas governamentais de Getúlio Vargas e Pedra Ludovico, no período em que
governam simultânea e respectivamente o Brasil e Goiás.
25. (UFG-1995) "Não é de estranhar que alguém tenha sido levado a identificar a
tristeza com a alma goiana, quando ainda em 1929 um historiador como Paulo
Prado defendia, em livra famoso, Retrato do Brasil, que a tristeza constitui, desde
as origens, o fundo anêmico do povo brasileiro. Quatro décadas de
industrialização e urbanização, mudando o ritmo de vida, têm feito envelhecer tão
rapidamente a tese de Paulo Prado que mais parece referir-se a outro ou a uma
época tão remota que se perde na história.
O mesmo se poderia afirmar de grande parte de Goiás, comparando os relatos
do século XIX, ou começos deste século com a realidade dos últimos anos. Mas
entre nós ainda há vestígios vivos, muitos, desgraçadamente do tipo de existência
e atitude ante a vida, que poderia ser caracterizado como triste, transmitido de
geração em geração desde a decadência da mineração até a renovação radical
inaugurada na década dos 30."
(Palacin, Luis. O Século do Ouro em Goiás.Goiânia, UCG,1984, 4a edição,
p.l40.)
ANALISE O TEXTO E ESCREVA:
a) as principais transformações no processo histórico de Goiás, que permitem
negar o "marasmo" econômico, enquanto característica definidora da região;
b) a "renovação radical inaugurada na década dos 3D" em Goiás.
26. (UFG-1997) "Goiânia já não cabe em si, nasceu para ser plural. GYN é apenas
sua forma embriagada de preguiça interiorana. Goiânia veio para inserir
definitivamente Goiás no cenário nacional, no projeto nacionalista da Era Vargas,
a região na Nação. Goiânia veio também para Pedro ter planos de vôos políticos,
engenharia medicinal, quando o interventor sentiu seu saber médico insuficiente
para sanear o Estado no começo dos anos 30. Goiânia veio para empurrar Goiás
no rumo da modernidade, por isso é também filha dos anos 20, do
desenvolvimento goiano da Primeira República, de trem de ferro e trem bão
demais da conta.
É preciso não cortar o tempo da história com a faca afiada do desco-
nhecimento..."
Nasr Fayad Chaul. O Popular. Goiânia, Goiás. 24/1O/96,p. 6.
Analisando o processo histórico referido pelo texto, explique a relação entre o
projeto nacionalista de Vargas e a construção de Goiânia.
27. (UEG-2000) "A Revolução de 30, embora sem raízes próprias em Goiás, teve uma
significação profunda para o Estado. é o marco de uma nova etapa histórica. Esta
transformação não se operou imediatamente no campo social, mas no campo
político. "
PALACIN, Luís. História de Goiás – 5ª edição. Ed. da UCG, 1989, p.102.
Responda:
Quais foram os efeitos políticos da Revolução de 30 em Goiás?
28. (UEG-2001) A década de 30 em Goiás foi marcada pela idéia de "renovação,
mudança e transformação.
a) Explique as mudanças ocorridas no cenário político nacional que influenciaram
as transformações empreendidas em Goiás no período do governo de Pedro
Ludovico Teixeira.
b) Desenvolva argumentos que comprovem que a construção de Goiânia, marco
principal desse momento, representou a concretização dos ideais de
modernidade.
29. (UFG-1983) Entre os empreendimentos importantes que nasceram no governo de
Mauro Borges, um deles foi a tentativa de reforma agrária, através de uma
experiência piloto. Estamos nos referindo à (ao):
a) Combinado Agro-Urbano de Arraias;
b) Colônia Agrícola de Ceres;
c) Colônia Agrícola de Uvá;
d) Colônia de Santa Cruz:
e) Colônia de Italianos de Nova Veneza.
30. (AEE-1991) As cidades planejadas de Goiânia e Brasília tiveram sua construção
ligada aos seguintes governos respectivamente:
a) Castelo Branco e Costa e Silva;
b) Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek;
c) Eurico Gaspar Dutra e Getúlio Vargas;
d) Washington Luiz e Jânio Quadros;
e) Prudente de Morais e João Goulart.
31. (UEG-2001) (...)
É a conta menor
que tiraste em Vida
É a parte que te cabe neste latifúndio
É a terra que querias ver dividida.
MELLO, João Cabral de. Morte e Vida Severina
"Funeral de um lavrador" é parte da peça teatral Morte e Vida Severina,
relacionada com os problemas enfrentados pelos camponeses. Por causa da má
distribuição de terras. Em Goiás, ocorreram vários movimentos que demonstram a
difícil situação em que se encontrava o campesinato.
Sobre esse tema, leia atentamente as proposições abaixo e depois marque a
opção CORRETA.
I. O movimento messiânico liderado por Santa Dica, ocorrido no início do século
XX, defendia o coletivismo no uso da terra, no trabalho e na distribuição, o que
causou o receio e a oposição dos coronéis.
II. O movimento social camponês conhecido como a Revolta de Formoso e
Trombas, iniciado em 1959, caracterizou o confronto entre posseiros e
grileiros, contando com a participação do partido comunista.
III. A tensão no campo em Goiás levou a Igreja Católica a apresentar um projeto
de Reforma Agrária sob a liderança de D. Fernando Gomes dos Santos,
arcebispo de Goiânia.
IV. Sendo Goiás um Estado agrário, o modelo econômico do período da ditadura
caracterizou-se por um novo padrão de acumulação de renda, baseado na
modernização conservadora da grande propriedade.
V. Os problemas relacionados com a ocupação de terras em Goiás são uma
herança dos primórdios da colonização da província que favoreceu a
concentração da propriedade e a formação de oligarquias.
a) I,II e III
b) I, IV e V
c) I,II,III,IV e V
d) II, III e IV
e) I, II e IV
32. (UFG-2004) Fixar salário para trabalhador do campo significa uma mudança
radical em seu modo de viver, muito pior ainda será se o governo entender de
estabelecer horas de servir para os trabalhadores rurais.
O lavrador, o vaqueiro jamais poderão trabalhar sob o regime da hora certa.
JORNAL BRASIL CENTRAL Goiânia, 1° jan.1957, p. 2.
O depoimento acima de um fazendeiro goiano expressa a resistência dos setores
rurais
a) à política disciplinadora das relações de trabalho do interventor Pedro
Ludovico Teixeira, que regulamentou o salário mínimo.
b) à implementação das relações de trabalho baseadas no assalariamento
indireto, parcial ou em espécie.
c) à perspectiva de modernização das relações de trabalho no campo e ao fim da
agregação e de outras formas de trabalho coercitivo em Goiás.
d) ao processo de expansão da fronteira agrícola que, nas relações de trabalho,
trouxe a sindicalização do trabalhador rural.
e) ao movimento migratório para as frentes pioneiras goianas que reforçou as
relações de trabalho não-capitalistas.
33. (UFG-1983) Indique duas características que marcam a vida política de Goiás pós-
64.
34. (UEG-2001) A diversidade cultural de um povo é explicada por sua historicidade,
pelas relações de trabalho e por sua religiosidade. Escreva sobre as seguintes
expressões culturais de Goiás:
a) Festas religiosas:
b) Estilos musicais;
c) Tradições folclóricas.
35. (UFG-1995) As famílias que dominaram o cenário político de Goiás, ao longo de
sua história, deixaram como herança, além de suas realizações, os seus próprios
nomes, que resistiram ao labirinto do tempo e das mudanças políticas.
Transformaram-se em referências para a compreensão da política local,
demonstrando a força da tradição em Goiás. As lideranças políticas, portanto,
carregam, além de propostas políticas e partidárias, a marca do passado. Líderes
políticos exercem, desta maneira, um controle político quase absoluto sobre o
Estado e ganham, simultaneamente, projeção nacional. Sobre estas lideranças
"quase-intemporais" que estão presentes na vida política de Goiás é correto
afirmar que:
01. Antônio Ramos Caiado, o "Totó Caiado", controlou, através de seus
partidários, a vida administrativa e política de Goiás, ao longo da primeira
República. Era tido como representante dos interesses das oligarquias locais,
transformando o sobrenome Caiado em uma marca tradicional da política
goiana;
02. a partir dos anos 30, Pedro Ludovico Teixeira transformou-se na "encarnação"
da política goiana. Interventor, governador e senador, controlou politicamente
o Estado até os anos 40. Além da construção de Goiânia, que o notabilizou,
deixou sua herança política nas mãos de seu filho Mauro Borges, que
governou o Estado nos anos 60;
04. destacam-se, também, dentre as importantes famílias de Goiás na atualidade,
os Bulhões. Políticos de carreira desde os fins da Era Vargas, ocuparam
importantes cargos no poder executivo goiano e foram escolhidos
governadores biônicos em Goiás durante o regime militar;
08. Íris Rezende, ex-prefeito de Goiânia, foi cassado pelos militares
retomando sua carreira política nos anos 80 com o processo de abertura
política. Ocupou a posição de governador de Estado por duas vezes, foi
Ministro da Agricultura do governo Sarney e exerce uma incontestável
liderança no Estado. No entanto, não advém de nenhuma família tradicional da
política goiana;
16. o Partido dos Trabalhadores (PT) não está isento das influências familiares
em Goiás, na medida em que sua criação está vinculada aos conflitos entre
lideranças tradicionais, que acabaram abrigando-se no partido;
32. Ronaldo Caiado ganhou projeção política através da UDR e vem se firmando
como importante líder no Estado. Ganhou notoriedade na defesa dos
interesses ruralistas e conserva a tradição familiar, que teve origem em
Antônio Ramos Caiado.
36. (UFG-1997) Country, caipira, countrypira, sertaneja... Goiânia recebeu, ao longo
de sua história, tentativas de rótulos que não conseguiram resumi-la numa ou
noutra tendência. Suas múltiplas manifestações sócio-culturais praticamente
impedem que sua heterogeneidade possa ser inserida em redomas de vontades
de qualquer passageiro político. Tal fato encontra respaldo no processo histórico
de Goiás desde os primórdios da formação sócio-política, econômica e cultural do
povo goiano.
Podem ser apontados, entre outros, os seguintes fatores, capazes de justificar
historicamente a diversidade cultural presente em Goiás:
01. a "mesclagem" cultural que se processou na época da mineração em Goiás,
unindo índios, brancos e negros, de onde se projetou o homem "pardo", tipo
característico do goiano, que trazia em sua formação indícios culturais das
etnias que o formaram;
02. as atividades econômicas agropecuárias que moldaram um tipo de vida ligada
ao campo - ao gado e à lavoura - fazendo com que várias formas de relações
de trabalho - rendeiro, meeiro, assalariado, etc. - manifestassem suas formas
culturais heterogêneas que iam desde a religiosidade, com base no
catolicismo, até aos ritos pagãos, advindos de culturas indígena e africana;
04. as diversas influências culturais européias, de base católica, que foram
trazidas por religiosos e adaptadas ao contexto goiano, em forma de festas,
passaram a congregar raças, classes e credos em torno de um objeto comum,
através do exercício da cidadania, fora das fronteiras do Estado;
08. o fato de Goiânia ser plural, capital moderna e planejada, construída dentro do
interior (Campinas), mesclando elementos urbanos e rurais, vários imigrantes
e migrantes, povos e raças distintos, fez com que se tomasse uma capital
heterogênea, onde um único rótulo não a expressa histórica e culturalmente;
16. a forte influência das manifestações culturais ligadas ao mundo rural que, ao
migrarem para o espaço urbano, sofrem transformações e adequações, como,
por exemplo, na música, o gosto pela moda-de-viola e sua relação no mundo
urbano com a música sertaneja.
37. (UFG-1984) A economia goiana atual, caracteriza-se pelo predomínio do setor:
a) rural
b) urbano
c) de indústria
d) da agricultura
e) de transportes
38. (UFG-2001) Em setembro de 1987, ocorreu o que ficou conhecido como "acidente
radioativo de Goiânia". Wagner Mota, desempregado, dirigiu-se aos escombros do
Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), apoderando-se de uma quantidade
considerável de chumbo (98Kg) que protegia, sem que ele soubesse, uma cápsula
de césio de um aparelho de raio X. Vendido para o ferro-velho de Devair Ferreira,
o material passou a ser tratado como objeto de diversão (o azul da Prússia,
brilhante no escuro). Quatro pessoas morreram na época e quatro outras, mais
tarde. Cerca de 700 pessoas foram contaminadas.
Sobre esse episódio recente da história de Goiânia, pode-se afirmar que:
( ) Goiânia passou a ser chamada de a "Chernobyl do Brasil" e ficou conhecida
no mundo todo: o povo e os produtos goianos passaram a ser estigmatizados.
( ) O Comitê de Defesa de Goiânia reuniu pessoas interessadas em apurar
responsabilidades, exigindo um programa de ações para o amparo das vítimas
e da cidade. A fundação Leide das Neves foi criada para dar assistência às
vítimas.
( ) a CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear), a União e os médicos do
IGR saíram ilesos do episódio: a prontidão na localização e solução do
problema provou o preparo do sistema brasileiro de gestão de metais
radioativos.
( ) na época, Goiânia sediou uma competição internacional que desviou a
atenção da população e atrasou o diagnóstico e o tratamento do problema.
(UFG-1995) Leia atentamente o poema abaixo e responda às questões 39 E 40
D.F
A.
"Eu de Brasília guardo este lote
de lembrança e alguns vôos cegos:
uma curva especial da asa norte
e, a asa sul, os mil e um projetos
B.
arquivados. Mas guardo o silêncio
dessas campinas e desses gerais.
Toda a espessura do céu imenso,
não de Brasília, do meu Goiás.
C.
Guardo o sigilo dos sonhos grandes
desses cerrados, desses paus-terras.
Guardo a forma de tudo bem antes
de haver mistérios nos ministérios
D.
Eu sei a cor das terras e dos rios
e dos caminhos sei os sinais
Sei dos problemas de pobres, de ricos
dos de Brasília, dos de Goiás".
(Gilberto Mendonça Teles. Os Melhores Poemas. p.97)
39. (UFG-83) No início da terceira estrofe do poema, o autor destaca aspectos da
vegetação do Centro-Oeste. Apresente as características essenciais deste tipo de
vegetação.
40. (UFG-83) No poema está presente a concepção urbana de Brasília, contraposta à
imagem do céu de Goiás. Brasília e Goiânia são cidades que em muito se
assemelham e em muito se diferenciam. Identifique duas semelhanças e duas
diferenças, no que diz respeito à formação histórica e à concepção urbanística,
das referidas cidades.
Gabarito e Roteiro de Respostas
01-d
02-e
03-c
04-b
05-e
06-c
07-Primeiro, o aluno deverá remeter a questão para o quadro do Antigo Sistema
Colonial, quando o mercantilismo metalista orientava a política fiscalista lusa, drenando
a riqueza para a Metrópole.
Segundo, o aluno poderá indicar que a Inglaterra, através de tratados desiguais,
controlava a economia lusa, desregulando a Balança Comercial em desfavor de
Portugal.O ouro foi utilizado em atividades improdutivas, tanto na colônia quanto na
metrópole, e utilizado para amortizar dívidas de Portugal.
08-d
09-c
10-a
11-a
12-Primeiro, o ouro declinou rapidamente e as elites brancas saíram da Capitania Real
de Goiás, levando seus escravos africanos. A Estrada Real era raramente percorrida e os
tropeiros abandonaram a rota de Goiás porque não era lucrativa.
Segundo, o examinando deverá mostrar que, junto com a economia do ouro, a
pecuária e a agricultura foram praticadas. Quando o ouro declinou, as duas
sobreviveram à margem das “cidades mortas”.
13-b
14-c
15-c
16-C, E, C, E,
17-b
18-e
19-d
20-d
21-b
22-C, C, E, E, E, E,
23-Está aí uma questão clássica de Goiás, o que significa dizer você não pode errar em
hipótese alguma. O acontecimento nacional que propiciou retomar o “ideal mudancista”
foi a Revolução de 30, conduzida pelas oligarquias dissidentes lideradas por Getúlio
Vargas.
Segundo os promotores do “ideal mudancista”, fundado ainda no século XVIII, lugar
era muito quente, distante da Estrada Real e de abastecimento complicado. No século
XX, falava-se de progresso, entendido como um processo linear.
24- Outra classicona de Goiás e dos vestibulares. Repetindo, errar é perder ponto para o
concorrente, vizinho e distante. Ora, o aluno deverá mostrar que Getúlio e Pedro
Ludovico governaram entre 1930 e 1945 e entre 1951-54. Ambos representam ruptura
com as oligarquias tradicionais, ambos representam modernização burocrático-
administrativa e centralismo pessoal, isto é, culto à personalidade.
25-Questão excelente porque representa uma releitura metodológica, constituindo o
revisionismo historiográfico que florescerá com o Mestrado em História da UFG. A
letra “a” é difícil para o aluno, mas a letra “b” é fácil e comum.
Na letra “a”, o aluno poderá mostrar que a Capitania Real não foi rica, o ouro aqui
explorado não foi aqui aplicado. Assim, a crise na exploração aurífera não pôde ter
empobrecido Goiás.Ao longo da segunda metade do XIX e nas primeiras décadas do
XX, ondas demográficas ocuparam desigualmente a Província de Goiás, estimulando a
pecuária. O revisionismo histórico mostra que a característica definidora da região
goiana é a percepção de um tempo diferente (nem “marasmo” nem correria do
capitalismo selvagem) dentro de uma realidade econômica igualmente diferente do
capitalismo urbano-industrial-financeiro.
Na letra “b”, fala-se de uma suposta “renovação radical” durante a década de 30. A
Revolução de 30, como sabemos, não teve bases políticas em Goiás, aqui encontrando
uma “classe dominante descontente”. Mas a década de 30 trouxe alterações
significativas no papel do Estado, entendido como agente coletivo de transformações.O
“ideal mudancista” foi retomado localmente e apoiado em nível de governo Federal, que
associou Goiânia com a Marcha para o Oeste.
26-Assunto classicão, como dizíamos nas questões anteriores. Aqui, a Banca
Examinadora citou um texto arquitetonicamente moderno, desenhado por Nasr Chaul.
Retomamos, como você pode ver, a relação nacional-regional. O Estado construído a
partir de 30 redefiniu as regiões, atribuiu papel de Segurança Nacional às regiões recém
redesenhadas (Centro-Oeste) e apoiou o projeto regional de erigir uma capital no
cerrado para estimular o que se entendia como progresso e desenvolvimento em Goiás.
O projeto Nacional de ocupar a Amazônia passava por ocupar, inicialmente, o Centro-
Oeste. Goiás deveria abrigar parte da mão-de-obra do Sul Maravilha, garantir a
reespacialização demográfica e cumprir um papel na ordem de segurança nacional.
27-Politicamente, significou centralização político-administrativa, removeu a velha
prática da família Caiado e marcou a ascensão do ludoviquismo. Pedro Ludovico
tornou-se Interventor Federal, não havia Legislativo e o governo regional prestava
contas apenas para o ditador no RJ.
28-São exatamente as palavras clássicas para denominar posturas em Goiás a partir de
outubro de 1930: “renovação, mudança e transformação”.
a)-Aqui, o vestibulando deverá citar a Revolução promovida pela Aliança Liberal, o
aparelhamento do Estado para enfrentar os novos desafios econômicos e de natureza
Segurança Nacional. A Marcha para o Oeste cria em Goiás a primeira Colônia Agrícola
Nacional –CANG em Ceres e apóia os ideais renovadores de Pedro Ludovico Teixeira,
o novo bandeirante.
b)- O vestibulando tem aqui uma tarefa difícil, o conceito de modernidade, aplicável na
construção da resposta. Não basta repetir o ideal mudancista ou as figurinhas
carimbadas de Getúlio e Pedro.
Goiânia nasce da utopia dentro da tradição, o espaço cerratense natural para abrigar
um espaço social pensado-planejado-executado. Significa deslocamento político para
concretizar a arquitetura leve e despojada européia, art déco em ruas largas, retilíneas,
minimalisticamente arborizadas. A modernidade, naqueles anos, era construir um
Coreto na Pç Cívica, bem diferente do recém construído Coreto de Vila Boa. Todas as
ruas têm um ponto mesmo ponto de partida e um mesmo ponto de chegada: a Praça
Cívica, o Palácio da Esmeraldas. É o que simboliza o ser moderno, o centralismo.
29-a
30-b
31-c
32-c
33-Raríssimo tema explorado em provas de História de Goiás.A vida política em Goiás,
inicialmente, sofreu intervenção direta a partir da queda do governador
democraticamente eleito, Mauro Borges Teixeira. Otávio Lage foi eleito pelo voto
popular, no contexto do AI-2, que enterrou o pluripartidarismo. Os outros governadores
foram eleitos pelo voto indireto a partir da agremiação política situacionista, a Aliança
Renovadora Nacional-ARENA. A oligarquia Caiado tem seu renascimento, expresso
nos arranjos políticos de Leonino Caiado, Irapuan Costa Jr e Ary Ribeiro Valadão.
34-Tema raro, inovador e, conseqüentemente, difícil. As aulas de História de Goiás são
muito corridas e os livros e apostilas (tradicionais) são repetitivas, explorando os
lugares comuns a partir de referências metodológicas ultrapassadas e enfadonhas.
Recentemente, a UEG e a AGEPEL lançaram a Coleção História de Goiás.Compete à
universidade procurar inovar as questões para que as grades curriculares são alteradas
para contemplar novos objetos e novas concepções de História. A Universidade
propiciaria, inclusive, que os professores buscassem qualificação, reciclagem.
a)- O aluno deverá, como sempre, ser simples e claro, como a banca exige. Escreve
sobre as festas do Divino Espírito Santo em Pirenópolis, Luziânia, Corumbá, Cristalina
(que ocorrem também no Maranhão ou em Minas). Sobre a Semana Santa, as festas
juninas (que invadiram as cidades grandes) e sobre a Romaria de Trindade, para
visitação do santuário do Divino Pai Eterno.
b)-O aluno, facilmente, poderá citar a catira (ou cateretê), que veio de MG e é executada
como folclore nas festas do Divino em muitas cidades. Ou falar sobre o estilo
Romântico, capaz de fundir o sertanejo com a postura urbana. Se o aluno tiver maior
informação, escreva sobre as Modinhas, que marcaram época na antiga Vila Boa.
c)-As Cavalhadas, um evento da Festa do Divino, tornaram-se símbolo do folclore de
Goiás.Mas o folclore é entendido de maneira muita ampla e inclui os dois itens tratados
nas letras anteriores. Veja o material publicado pela Universidade Católica de Goiás:
Danças, Lendas e Magia
A palavra folclore derivado das expressões inglesas folk (povo) e lore (saber) e, portanto, significa "saber do povo". Segundo o estudioso Bariani Ortêncio, a palavra foi criada por William John Thoms e publicada, pela primeira vez, em 22 de agosto de 1846, data que passou a ser celebrado o Dia do Folclore. Quando falamos de folclore no Brasil, estamos englobando três categorias: o folclore
geral, nacional e conhecido por todos - como as lendas do saci-pererê, negrinho do pastoreio e iara, as festas e procissões consagradas a santos e à Nossa Senhora e comidas e bebidas como feijoada e cachaça; o folclore regional, que apresenta elementos específicos ligados a expressões e tradições enraizados somente em determinada área, como as Cavalhadas de Pirenópolis, em Goiás, que são realizadas em diversas outros locais, mas todos do Centro-Oeste; e o folclore local ou específico, que é aquele criado no cotidiano e que normalmente expressa traços de personalidade do ator do evento ou festa, como a Folia do Divino, em que a cozinheira pode incrementar o frango a ser servido com um tempero a mais ou incluir algo que não estava previsto - por exemplo, um doce feito de rapadura ralada e amendoim torrado e socado, o pé-de-moleque.
Folclore Goiano Danças -Cavalhadas: realizada no chamado Ciclo do Divino Espírito Santo e de origem medieval, foi introduzida pelos portugueses. Duas equipes de cavaleiros, vestidos a rigor, uma azul e outra vermelha, simulam uma guerra entre mouros e cristãos. O palco normalmente é o gramado de um estádio de futebol. -Congada: introduzida por negros, é marcante em todo o interior brasileiro e está ligada às festas do Divino e de Nossa Senhora do Rosário. Dois grupos de homens, vestidos normalmente de vermelho ou azul simulam uma batalha, cantando e dançando, enquanto instrumentistas tocam viola e percussão. -Lundu: dança erótica para a qual faz-se uma roda, na qual todos os dançarinos vão entrar e sair, um a um, enquanto a música rola com violeiros e muitas palmas. -Catira: essa dança é feita em duas fileiras, uma de frente para a outra, em que todos saltam, batem palmas e batem o pé no chão estabelecendo um ritmo. Também é dançada em uma única fileira e de frente para o público.
Lendas -Romãozinho Romãozinho era um negrinho muito levado que, depois de muito aprontar, tornou-se uma espécie de diabinho. Tudo começou no dia em que ele foi levar comida para o pai, que trabalhava longe na roça, e no caminho resolveu comer os pedaços de frango e deixar os ossos no prato. Ao encontrar o pai, Romãozinho disse que sua mãe havia mandado só aquilo e que o frango tinha sido comido por um homem que ia se encontrar com ela todos os dias, assim que ele saía. Enfurecido, o pai de Romãozinho foi depressa para casa e, lá chegando, encontrou a mulher só, a costurar roupas, mas mesmo assim, ele lhe deu uma tremenda surra. Romãozinho assistiu a tudo aquilo morrendo de rir, mas quando sua mãe viu, ela jogou-lhe uma praga, afirmando que nunca mais ele conseguiria ficar quieto. Desde então, Romãozinho percorre os sertões fazendo arte e maldades, jogando pedras nas pessoas e casas, roubando coisas e assustando animais e crianças. -Pé-de-garrafa O Pé-de-Garrafa é um selvagem cabeludo, mas tem somente um pé, o esquerdo, e
deixa no solo uma peganda redonda. Adora aparecer para as pessoas nas matas e desaparece a seguir deixando quem o viu arrepiado. -Negro d'água Habita as margens dos rios dos cerrados, é todo negro e tem a cabeça pelada e mãos e pés de pato. Aparece entre pedras, à tardinha ou em noites de luar, a canoeiros e pescadores e tenta virar a canoa. E não adianta nem atirar porque bala não entra nele. -Rodeiro Habitante do Vale do Araguaia, trata-se uma arraia gigantesca, que, desperta, ataca pessoas, embarcações, além de animais, nas praias do rio.
-Magias e superstições -Cura de dor de dente: escreva no chão três vezes a frase "Ar a mate". A seguir, rezam-se três Pai Nosso e três Ave Maria a Santa Apolônia. -Para abreviar um parto: o marido deve correr três vezes em volta da casa, segurando um machado bem pesado. -Chifre de boi: coloca-se um chifre de boi ou o esqueleto da cabeça de um boi pendurado na entrada da fazenda ou casa para proteger de mau-olhado, trazer prosperidade, afastar pragas da lavoura e proteger de tempestades ou secas prolongadas. -Olho-do-sol: para fazer parar de chover, fazem-se três círculos no chão, desenhados com o calcanhar e o dedão descalço.
Fonte: FLASH. PUC-GO
35-C, C, E, C, E, V
36-C, C, C, C, C,
37-A
38-C, C, E, C,
39-O cerrado é ocupado por pequenas árvores de troncos torcidos e recurvados e de
folhas grossas, esparsas em meio a uma vegetação rala e rasteira, misturando-se, às
vezes, com campos limpos ou matas de árvores não muito altas.Entre as espécies
vegetais que caracterizam o Cerrado estão o barbatimão, o pau-santo, a gabiroba, o
pequizeiro, o araçá, a sucupira, o pau-terra, a catuaba e o indaiá. A paisagem é
agressiva, e por isso, durante muito tempo, foi considerada uma área perdida para a
economia do país.
40-Semelhanças: ambas são cidades que existiam em sonhos e utopias de décadas.
Ambas existem antes do concreto (realidade),urbanizando o cerrado, humanizando o
sertão.Goiânia existia no projeto político desde 1749 e Brasília, como projeto de José
Bonifácio, da Constituinte de 1889-91, do mal. Eurico Dutra e de JK. Ambas foram
planejadas e saíram do papel em situações políticas muito favoráveis, glorificando a
figura individual do “construtor” (ou Pedro Ludovico ou JK) Ambas existiam sem nome
e foram nomeadas como parceiras e líderes: uma do Brasil, daí Brasília, e outra de
Goiás, daí Goiânia.
Dessemelhanças: Goiânia criou dentro de si o Bairro Operário, criou um plano
urbanístico rígido e foi planejada para 50 mil pessoas. Brasília satelitizou os
trabalhadores, a área de produção e criou barreiras à favelização, sendo planejada para
milhões de humanos. Goiânia foi planejada para abrigar casas e Brasília foi planejada
para abrigar conjuntos habitacionais elevados. Os brasilienses se vêem como modernos,
agentes da modernidade. Os goianienses, ao contrário, são vistos como passageiros da
modernidade e do provincianismo.