ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 1

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

2

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 3

Retocar.Crer.Somar.

Aton Business Style | Setor Oeste | 62.3091.1200

Dividir também é uma forma de somar.

Foi com essa visão que a CRISPIM+VEIGA

abraçou a causa do CRER, Centro de Reabilitação

e Readaptação Dr. Henrique Santillo, e do Projeto

Retocar, desenvolvido pelo Instituto Selecta,

que ensina violão clássico a crianças e adolescentes

carentes. Mais que duas contas, são duas excelentes

oportunidades para comprovar na prática algo em que

sempre acreditamos: fazer a diferença na vida

de quem precisa dá resultado. E esse resultado pode

ser mensurado através dos números. De sorrisos.

www.crispimmaisveiga.com.br

Esses três verbos têm maisem comum do que você imagina.

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 5

IúrI rIncon GodInho | EdItor

expedienteDireção De jornalismoiúri rincon Godinhoiuri@contatocomunicacao.com.br

eDiçãoTatiana Cardoso

reDaçãoana maria morais e Dário alvares

ComerCial

juliana Ferrantemariana Dalcin

Direção De arTelethicia serrano

arTe FinalHumberto martins e ramon morais

Circulação bimestral

reDaçãorua 27-a, 150, setor aeroporto - CeP 74075-310 - Goiânia - GoFone: 62 3224-3737Fax: 62 3229-0871

Publicação com a qualidade:

visite nosso sitewww.contatocomunicacao.com.br

c q

ue

st

ão

de p

rin

cíp

ios b

aGora GoiÁs Tem Um eVenTo De ComUniCaçãoo intermídias, já neste primeiro ano, se mostrou

um evento ao mesmo tempo de poder e poderoso

O sonho que vivemos com o Intermídias, de criar um fórum de discussão do mercado da comunicação, nasceu em uma noite de 2004, na solenidade de entrega do 2º prêmio Mais Influentes da Comunicação. Naquela festa, quando ninguém acreditava, o então executivo do Sindpropaganda, hoje SinaproGoiás, Sílvio Kustler, deu o seu primeiro aval para que o Intermídias pudesse ser realizado, sete anos depois.

De lá até 2011 foi o habitual: incontáveis horas de planejamento, incêndios por apagar, pessoas por convencer. Mas como dizia um velho lema da esquerda dos anos 70: ousar lutar, ousar vencer.

O que conseguimos não foi pouco. Um evento internacional, com uma parte científica escrita pelas mãos da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal e pelo mercado; uma feira ousada, bonita, de vanguarda, em um ambiente 100% tecnológico, capaz de abolir o bloquinho e a caneta, tão comuns nas pastas dos eventos pelo Brasil afora. Um evento que não se rendeu a algumas grandes empresas que ficaram de fora porque gostariam de aparecer mais do que o mercado e tudo fizeram nos bastidores para se servirem do evento, sem entender que eles é que devem servir ao mercado que os sustenta. Nos corredores do Intermídias não havia agência que não se indignasse com um desses casos.

O Intermídias, já neste primeiro ano, se mostrou um evento ao mesmo tempo de poder e poderoso. Poder expresso pelas empresas que investiram tempo e dinheiro para mostrar que a comunicação goiana tem tudo para oferecer a qualquer tipo e tamanho de cliente. Poderoso pela sua repercussão na mídia e no meio. Poderoso pelo uso de novas tecnologias, das mídias sociais, dos temas contemporâneos. Poderoso por saber usar e incentivar essas novas mídias sem desprezar as tradicionais. Tão poderoso que em sua abertura já estava confirmado o segundo Intermídias, de 28 a 29 de junho de 2012, quando certamente o desafio será não fazer, mas superar.

O Intermídias não seria possível sem o apoio da Universidade Federal de Goiás. Em boa medida, este evento é uma retribuição para a sociedade de um ex-aluno agradecido e honrado por ser parte desta instituição. Sem a UFG, o Intermídias teria custado pelo menos o dobro e seria impraticável nestas proporções. Nas entidades de comunicação nos deparamos com outra seara de amigos, que deram o peso institucional ao Intermídias. Meu muito obrigado a Zander Campos da Silva Júnior, da Abap; Raul Seabra, do Sinapro; Maria Célia do Grupo de Mídia; Antônio Almeida, do Sigego e Abigraf; Wilmar Rézio, da Central de Outdoor; e Fabiano de Castro, do Sindidoor.

Até o ano que vem, maior, melhor, mais poderoso.

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

6

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 7

Foi lindo. A expressão serve para resumir o resultado do intermídias, realizado de 24 a 26 de agosto,

no Centro de eventos da Universidade Federal de Goiás. tanto sucesso fez com que a segunda

edição do congresso se confirmasse para 2012, dias 28 e 29 de junho. A feira está praticamente

comercializada, e deve repetir a grande maioria dos expositores de 2011. nas próximas páginas um

resumo do que foi o maior evento da comunicação que Goiás já viu.

O Intermídias promoveu no último dia do evento uma palestra com Rodrigo Abreu, vice-presidente de Marketing e Estratégias Internacionais da AlphaGraphics, uma das maiores multinacionais de impressão digital do mundo e que trabalha com diversas empresas dos mais diferentes segmentos, como o Google. Mesmo com esse currículo, ele provou ser uma pessoa simples e desceu do palco para responder às perguntas no meio da plateia.

Rodrigo apresentou as possibilidades comunicacionais dentro de uma empresa e a importância e o alcance de cada de cada uma dessas possibilidades. Citou o exemplo do Youtube, que tem oferecido inovações nas possibilidades de interação de uma determinada empresa com seu cliente.

Palestrante rodrigo abreu, vice-presidente mundial da alphagraphics

O Intermídias, recebeu o advogado Paulo Gomes, considerado o “papa” do direito autoral no Brasil. O profissional teve como foco central de sua palestra os direitos e deveres das agências publicitárias e de seus clientes. Fez questão de ressaltar que nada em propaganda pode ser feito sem a autorização de seus titulares, e procurou relembrar a responsabilidade da agência por aquilo que coloca na mídia.

Vários questionamentos foram levantados e dentre eles ganhou

advogado Paulo gomes (sP), da Fenapro, durante sua palestra

O jornalista Antônio Guerreiro, diretor do portal R7, da Rede Record, ministrou uma palestra sobre o novo conceito de transmídia. De forma descontraída, explicou o termo “interência,” que seria a capacidade de interagir e mais especificamente a forma como uma mídia possibilita a interatividade com o público.

Afirmando sempre que a sociedade antônio guerreiro fez uma palestra sobre transmídia

sucesso do intermídias vai se repetir em 2012

advogado alerta para responsabilidade jurídica da agência AnnAmArIA rodrIGuEs

destaque a dúvida: em que momento a criação publicitária é submetida à proteção autoral? Paulo Gomes explica que se a obra publicitária apresenta originalidade e criatividade, ela se encontra sob a proteção da lei autoral.

Borges abordou ainda os problemas ligados à logomarca, responsabilidades da agência e também os direitos diante dos filmes publicitários e fotografias. Mas perto de tantos temas, ressaltou que a agência é a responsável por aquilo que veicula. “Ela

Vice-presidente de multinacional enxerga nova mídia além das redes sociais FIlIpE AndrAdE

De acordo com Rodrigo, tudo ligado a três dimensões é considerado como ciência. Ele aproveitou para anunciar que trará no ano que vem para Goiânia a, primeira impressão 3D física, em parceria com uma empresa norte-americana especializada nessa tecnologia. Partindo para a conclusão de sua apresentação, destacou que, com relação à interação comunicacional, outras mídias sociais oferecem vários meios. Para ele, essas mídias vão além do Facebook ou do Orkut, o que, segundo afirmou, não diminui a importância desses dois.

Ao terminar, vice-presidente deu uma série de dicas para a interação entre empresa e cliente. Para ele, entender e antecipar as mudanças, conversar e ouvir de perto o cliente, ser consistente e flexível

e sair da massa para a customização são imprescindíveis nesse processo. E concluiu: “estejam de alguma forma ligados a projetos ambientais ou de ajuda social”.

responde por aquilo que coloca na mídia”, disse. Completou argumentando que a boa agência tem a obrigação, por meio de pesquisas de mídia, de oferecer o menor preço e a melhor qualidade ao cliente.

Guerreiro exalta internet e o poder do público sobre a programaçãoAnAmArIA rodrIGuEs

atual é a geração da internet e que as notícias chegam primeiro para os internautas, Guerreiro afirmou que deve-se “estar preparado a todo o tempo para a net generation”.

Questionado sobre se a mídia influencia a audiência ou o contrário, Guerreiro afirmou que hoje em dia a audiência faz a programação e o público tem um grande poder.

AnnAmArIA rodrIGuEs

João Carrascoza ministrou na manhã de quinta feira, 25 de agosto, uma das palestras mais disputadas do Intermídias. Defensor de novos formatos criativos, ele iniciou mostrando de forma rápida toda a evolução da publicidade ao longo da história. Utilizou-se dessa retrospectiva para em seguida afirmar e provar que o planejamento é verdadeiramente útil. “Hoje há uma ligação entre planejamento e criação muito mais forte que no passado”, disse.

Segundo ele, ao se apropriar de determinado arquivo, a publicidade faz alterações. “Cria um mundo imaginário,

Palestrante João CarrasCoza, de são Paulo

Carrascoza defende uso da literatura na publicidade

promove uma linha de raciocínio, conta histórias e emociona”, defendeu. O publicitário de hoje além de ser capaz de usufruir da intertextualidade, deve saber utilizar a bricolagem, ou seja, associar ideias.

Interrogado sobre essa associação de ideias e o papel da literatura diante da criação publicitária, o redator publicitário afirmou que a literatura vem como elemento de propulsão, de força motriz que ajuda a enriquecer essas possibilidades de associações criativas. “Um elemento a mais, matéria- prima que potencializa, sem literatura a criatividade passa a ser menor, mais seca”, conclui

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

8

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 9

FIlIpE AndrAdE

O Intermídias promoveu o Fórum de Institutos de Pesquisa, que teve como mediadora a professora da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Goiás, Lindsay Borges, e como debatedores, Mário Filho, do Instituto Grupom e Luiz Felipe Gabriel, do Instituto Verus.

O fórum foi aberto pela mediadora Lindsay Borges, que apresentou os objetivos e métodos para o debate. Em seguida, a palavra foi passada à Luiz Felipe para exposição inicial de inicial de 15 minutos. Segundo ele, nos últimos anos houve em Goiás, especificamente, uma popularização das pesquisas e que é o lado positivo da área. Ainda de acordo com Felipe, o papel do cliente é imprescindível para o sucesso de uma pesquisa. Esse papel se resume à consciência e certeza quanto aos objetivos de determinada

À direita, mário Filho, do grupom

Falta de profissionais é entrave às pesquisas em Goiás

pesquisa. Segundo afirmou, as maiores dificuldades na área são os custos, a falta de informação, a falta de uma equipe que saiba analisar os dados da pesquisa e a necessidade de síntese e problematização por parte dos clientes desses institutos.

Mário Filho iniciou sua apresentação trazendo um panorama histórico do seu trabalho na área de pesquisas de mercado e destacou como papel dos institutos de pesquisa o “ensino e a educação” do

mercado. Segundo Mário, os maiores problemas e desafios inerentes ao setor estão relacionados à falta de profissionais de comunicação que saibam analisar os dados apresentados em determinada pesquisa. Lembrou ainda que não existe um curso de graduação em estatística em Goiás e destacou a necessidade da implantação do mesmo. “A pesquisa não revela o volume de venda, e sim a lembrança de marca”, ressaltou.

cAmIllA rochA

Sérgio Rizo viajou para a Argentina e Chile fotografando como a publicidade utiliza espaços para divulgar produtos, eventos, e expor anúncios em geral. Hoje o Brasil é o país da América Latina que mais recebe investimento publicitário e apresenta muitas diferenças na maneira como os anúncios são apresentados à população, com relação aos outros países.

Sérgio percebeu nas outras cidades da Argentina e do Chile, que é grande a exploração de locais que normalmente não são usados pela publicidade, como orlas, caixas para materiais de reciclagem, orelhões, etc. Outro local bastante usado são os prédios em construção, que costumam

sérgio rizo, palestrante que falou sobre mídia exterior na américa do sul

mídia exterior na américa latina é mais bem aproveitada e sutil do que no país

abrigar tapumes gigantescos que ficam lá até que a obra seja concluída. Algumas vezes eles permanecem nos prédios atrapalhando o andamento da construção, o que gera polêmica e ameaça o futuro deste tipo de divulgação publicitária.

A principal diferença na publicidade dos outros países da América Latina é a padronização das divulgações. Normalmente algumas empresas são responsáveis por organizar os anúncios nas cidades, o que não acontece em São Paulo, por exemplo. De acordo com Sérgio, talvez por isso a capital seja tão bagunçada e com aspecto de suja.

Apenas a cidade de São Paulo recebe 50% do valor total investido

pelo governo federal em publicidade. Apesar de agora existir a não utilização de anúncios externos (pelas ruas, prédios, patrimônios históricos, etc.) na cidade, a força da publicidade é ainda grande na capital e já faz parte do cenário visual local.

Apesar dos outros países não receberem tanto investimento na área, Sérgio comenta que os anúncios estão sempre presentes, e talvez componham mais ainda o cenário das cidades, embora não apareçam tanto quanto os brasileiros, por serem mais sutis.

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

10

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 11

JovAnA torrEs

Um fórum que atraiu a atenção do público — teve inclusive de ser transferido para uma sala maior — foi o de atendimento de grandes marcas a partir de Goiânia, com a presença de Zander Campos da Silva Júnior (Vivo, Carrefour, Sigenta), diretor operacional da Cannes Publicidade, e Marcela Cunha (Coca-Cola), sócia diretora da Mix Marketing e Eventos.

Os principais pontos para conseguir grandes marcas como cliente são, na opinião de ambos, estrutura e credibilidade da empresa, profissionais qualificados e atentos ao que surge de novo no mundo todo e uma equipe que consiga se comunicar. Mesclando isso com a velocidade de crescimento do mercado, das empresas e do poder de compra da população, é possível conseguir grandes clientes morando no Rio, São Paulo, Goiânia ou qualquer outro lugar.

Zander Júnior explicou que não é o grande que engole o pequeno, e sim o mais rápido que passa rasteira no que é mais lento. Portanto, a velocidade com que a informação corre exige que as marcas busquem os clientes em todas as mídias possíveis, conta Marcela. Se a fórmula secreta do sucesso existe, ela foi revelada no fórum: trabalho, rapidez e organização.

marCela Cunha (mix marketing), mariana dalCin (Contato Comunicação) Juliana veiga (mix) e Juliana Ferrante (Contato)

rapidez e conhecimento permitem que goianos atendam grandes contas nacionais

O fórum de Assessores de Imprensa contou com a presença de profissionais experientes da área em Goiânia. Dentre eles, Rimene Amaral, da Bolsa de Transação de Ativos Ambientais do Brasil (BTAAB), que iniciou o fórum discorrendo sobre os principais desafios enfrentados pela profissão.

Ele apontou como grave problema a concor rênc ia des lea l . , onde pessoas não especializadas muitas vezes se aventuram na profissão e acabam gerando descrédito para os especializados. “Já vi bastante gente que se diz assessor fazendo permuta, trocando o serviço de assessoria por um jantar, ou um par de tênis, o que não paga conta”, enfatiza.

Renata Vieira, da agência Kasane, mostrou os desafios que enfrenta tanto com os clientes quanto com os veículos de comunicação. Dentre os tópicos apresentados, defendeu a necessidade de mostrar ao cliente a importância do serviço de assessoria. “Faço uma apresentação detalhada para o cliente e mostro que o trabalho, quando bem feito, vale a pena”, especifica.

Entre os desafios enfrentados com os veículos, está a falta de espaço para a divulgação de notas, sugestões de pautas ou releases. Com isso, a disputa por um espaço é cada vez maior, o que

sirlene milhomen (oficina de Comunicação), renata vieira (Know how), iúri godinho e rimene amaral no Fórum de assessores de imprensa

assessores de imprensa relatam concorrência desleal e falta de espaços nos veículos

exige, por consequência, mais qualidade do serviço do assessor. “Nosso trabalho precisa ser personalizado. Cada veículo tem o seu perfil, e por isso o texto que será divulgado tem que ser destinado exclusivamente para aquele veículo, e não generalizar um release”, destaca.

Sirlene Milhomen, da Oficina de Comunicação, falou sobre a questão de ganho de capital dentro da profissão de assessor de imprensa. Segundo ela, esse é o grande gargalo da profissão, já que o trabalho às vezes não é reconhecido pelos clientes e também não tem uma

garantia de resultado, por melhor que seja o assessor.

A última apresentação foi feita pela Cristina Mattos e Francisco Barros, da Comunicação Interativa. Ela ressaltou a importância da assessoria se organizar como empresa, e garantir organização e credibilidade para a profissão. Além disso, discorreu sobre o “produto” com o qual a assessoria de imprensa trabalha. De acordo com Cristina, o serviço não é garantido já que eles dependem dos veículos. “Trabalho com um produto que não é a pronta-entrega”, salientou.

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

12

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 1

3

thaynara hannah da mota rocha

Por muitos anos a publicidade t r a d i c i on a l f e z s u c e s s o , ma s ocorreram mudanças que tomaram espaço diante do consumidor e da mídia. Os meios de comunicação adotaram métodos para alinharem-se às mudanças de comportamento dos consumidores e estão ganhando cada vez mas espaço. Para tratar sobre esse assunto o Intermídias trouxe Bruno Bueno (Agência Bamboo), Fabiano Castro (presidente do Sindidoor), Francisco Bueno (Brasília – Bueno Comunicação), Goiamérico Felício (Facomb-UFG) e Daniel Christino (Facomb – UFG), que participaram do Fórum de Novas Mídias e No Mídias, o primeiro a se esgotar e confirmadíssimo para 2012.

O s v e l h o s m o d e l o s d e

bruno bueno (bamboo brasil), daniel Christino (museu da imagem e do som), goiamériCo FelíCio (Facomb/uFg), mediadora da uFg. de pé, Fabiano de Castro, presidente do sindidoor, no Fórum de novas mídias

Camilla rocha

Os publicitários Marco Antônio, da Uniart, Sussy Cortez, da Pagú Propaganda, Wilson Rodrigues , da DMW Propaganda, e Zander Campos, da Cannes, participaram do Fórum das Agências de Propaganda. A ideia era reunir profissionais com experiências diversas no mercado de trabalho, que tivessem propriedade para expor a realidade da profissão.

Os principais pontos discutidos foram as dificuldades que todas enfrentam para encontrar profissionais d e p u b l i c i d a d e c o m p e t e n t e s em Goiânia. Antigamente estes profissionais eram exportados para o mercado de outros Estados e até outros países. Já hoje em dia, é necessário importar trabalhadores para ocupar os cargos oferecidos.

As constantes brigas entre as agências mostram que o maior inimigo de um publicitário é outro publ ic i tár io . E ainda a fa l ta de

zander Júnior (Cannes), Wilson rodrigues (dmW), a mediadora da uFg, marCo antônio Chuay (uniart) e sussy Côrtes (Pagu) no Fórum das agências de Propaganda

Fórum de no mídias vê declínio das mídias de massa

comunicação estão se extinguindo e as mídias tradicionais restringem-se a utilizar um modelo de comunicação linear, no qual o público fica limitado a consumir a informação que os veículos passam. Diferente destes processos, as novas mídias firmam-se cada vez mais em diálogos que se dão em duas mãos — af inal todos são consumidores e criadores de conteúdo. Nas novas mídias há participação e interação entre emissor e receptor, demonstrando uma tendência das novas mídias de se tornarem mídias de relacionamento.

Com o dec l ín io das míd ias de massa as relações virtuais se tornaram mais fortes, assim como as conexões simbólicas para construção da imagem, do indivíduo ou empresa.

As mídias voltadas para empresas, de forma cada vez mais crescente, tentam conciliar a publicidade com o promocional para chamar atenção do públ ico . Segundo Francisco Bueno, de Brasília, a mídia móvel permite excelente segmentação do público-alvo e a versatilidade de ir ao encontro do cliente onde quer que ele esteja. E por esse motivo é necessário entender que existe um mundo real por trás das mídias sociais, um público que deve ser escutado e estudado.

agências de propaganda reclamam de falta de profissionais

conhecimento da população com relação à profissão desvaloriza o trabalho e diminui a remuneração. As agências buscam, agora, profissionais que não estejam procurando por

emprego e sim por uma carreira. Pessoas dispostas e engajadas com as empresas são mais interessantes para o mercado e tem mais valor que um currículo bem montado.

O que o Intermídias trouxe de inovação

Ambiente 100% digital e gratuitoTuitaço todos os dias, com um grupo de 30 pessoas especialmente treinadas para isso, o que gerou top trend do twitter em Goiás no dia 25 de agostoTodas as atividades foram abertas a perguntas e interação da plateiaTransmissão diária e ao vivo pela internet, pelo site tanaweb.tvPela primeira vez as agências de propaganda participaram em massa como expositorasO foco dos convidados sobre clientes e gerentes de marketing

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

14

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 1

5

renan nogueira

Campanha desconectada, erro de impressões, falta de pesquisa e desconhecimento do público alvo foram alguns problemas que os gerentes de marketing de grandes empresas apresentaram no Intermídias durante encontro. Karin Hagi, do Grupo Alves Faria (Coca-Cola, Aqua Lia, Faculdades Alfa), disse que hoje vive-se um momento de ajustes e mudanças e que todos precisam se adequar. Foco e técnica podem ser as soluções. O encontro extrapolou o tempo estimado de duas horas e terminou às 18h50, depois de quase três horas.

Os gerentes de marketing deram algumas dicas de como eles procuram trabalhos de publicidade. Mandar emails definitivamente não é o caminho. Todos os participantes foram unânimes em afirmar que buscam experiência, propostas diferenciadas, profissionais capacitados e até os

Gerentes de marketing detalham como contratam agências

renan nogueira

Humber to Mendes , d i r e to r executivo do Sinapro não veio ao Intermídias por problemas de saúde, mas mandou sua palestra, lida pelo presidente da Abap-Goiás, Zander Júnior. Ele apresentou a carreira de Mendes, que começou napublicidade ainda na década de 50.

Discorrendo sobre “A importância da marca na vida das pessoas”, Humberto defendeu que para criar uma marca o autor deve agir como se tivesse criando

zander, presidente abap-go

Palestra mostra importância das marcas e tem até filmes premiados de Gramado

um filho, pois esse se mantém mesmo depois que seu criador morre. Segundo ele, um bom trabalho só acontece quando a transpiração é maior que a inspiração. Uma boa marca pode até substituir uma ação, como a Xerox, usada largamente como sinônimo de cópias, mas que na verdade é uma empresa especializada em cópias.

Zander Júnior mostrou ainda algumas marcas nacionalmente conhecidas e outras de Goiás, e comentou como elas ainda permanecem na mente das pessoas. “Se formos falar de marcas antológicas, vamos

ficar aqui até amanhã”, brincou.Para encerrar, Júnior preparou

uma surpresa, apresentando os vídeos premiados de 2009 no Festival Mundial de Publicidade de Gramado.

gustavo moura, gumo brasil (sP)

Filipe andrade

“A forma sempre segue a função”. Com esta frase Gustavo Moura encerrou sua exposição no Intermídias. A palestra tinha como tema “O Papel do Design na Construção de Valor da Marca”. Para Gustavo esse papel se resume à resolução de problemas, já que para ele o design vem tratar “tudo o que é um problema” ou uma necessidade.

Para Gustavo o problema não tem que estar, necessariamente, relacionado à estética. Ainda segundo o designer, a “beleza não quer dizer nada se não tem uma função”. Em seguida, ao definir e

“Beleza sem função é nada”, defende Gustavo mouratratar sobre a importância do design, ele traçou uma definição de marca: “é o valor percebido” ou “o vão que existe entre um negócio e o público”.

Tratando sobre a função do design, destacou a importância da personalidade da marca e sobre a construção da mesma. De acordo com o especialista, a construção de uma identidade que dá personalidade a determinado negócio deve partir de todos os integrantes de uma empresa, independentemente da função. Ao construir uma identidade da marca, a organização deve priorizar três aspectos: a fotografia, a tipografia e as diretrizes verbais.

rodrigo dos santos (Cifarma), stanley Colombo (mabel), marina roriz (uFg), ludmila moura (são Jorge), Karin hagi (grupo alves Faria)

prêmios conseguidos. Ludmila Moura, da São Jorge Shopping da Construção,

afirmou que pesquisa é essencial para que se atinja o público como desejado. Porém, disse que isso não é feito. Uma solução proposta por ela é a mudança de cultura para estimular a demanda. Outro fator ao qual as empresas têm que se atentar é o prazo. Edney Vascurado, coordenador de marketing da Unimed, disse que esse problema ocorre em todas as agências. Também participaram Stanley Colombo, da Mabel, e Rodrigo dos Santos, da Cifarma.

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

16

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 1

7

marketing promocional cresce, mas ainda enfrenta desconhecimento

renan nogueira

“As informações não têm mais controle de gestão”, foi assim que Rosana Herman, jornalista, blogueira do R7 (portal da rede Record) e fascinada por Twitter, começou a palestra no Intermídias. Ela chegou à sala vip do evento antes das duas da tarde e às três em ponto já estava no palco principal. Junto a ela estava o professor da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da Universidade Federal de Goiás, Magno Medeiros.

O tema dela foi rede social, com destaque para o microblog Twitter. A jornalista do R7 disse que ele é “genial”, e guiou toda a palestra baseada nessa

Jornalista e blogueira rosana herman (sP), uma das palestras mais aplaudidas do intermídias

bárbara Falcão

Juliana Veiga, executiva da Mix Marketing e Eventos, e Roberto Gimenez, coordenador dos cursos de comunicação da Faculdade Alfa e representante da Ícone Marketing, pa r t i c ipa ram do Fórum sobre Marketing Promocional promovido pelo Intermídias. Os convidados debateram como divulgar uma marca ou um produto por meio do relacionamento com o consumidor.

O marketing promocional enfrenta inúmeras dificuldades por ser uma área nova no mercado. Dentre elas a falta de profissionais especializados, a desvalorização do serviço prestado, e as implicações fiscais inadequadas. Mas apesar das barreiras, a expansão é crescente porque cada vez mais os empresários se preocupam em compreender o consumidor para atender melhor suas necessidades e particularidades.

mario de souza (logos), angela Coelho da Cunha e danilo marques (editora abril) e roberto Jimenes (Faculdades alfa)

o twitter explicado por uma das maiores tuiteiras do Brasil

rede. Ela comentou a democracia que ele promove. “O presidente Obama tem Twitter e nós aqui também podemos ter, e sem grandes diferenças; isso é uma das coisas mais interessantes”, destacou.

O segredo do microblog, segundo Rosana, é que ele torna possível a vontade das pessoas: os usuários podem ser vistos por todos, podem ter suas próprias emissoras e podem ver a ‘vida’ dos outros. Essa abertura faz com que cuidados devam ser tomados, lembrou Rosana. A blogueira deu alguns exemplos de pessoas que não se deram bem devido a manifestações no Twitter. “Uma editora da CNN foi

demitida por lamentar, na rede, a morte de um manifestante do Hezbollah”, comenta.

Hoje, depois de cinco anos de sua criação, o Twitter vale entre 8 e 10 bilhões de dólares. Ele pode ser comparado a grandes empresas com histórico consolidado, como a Apple. Rosana citou, ainda, uma fala de Jack Dorsei, o criador dessa rede social: “Uma pessoa pode mudar o mundo com 140 caracteres”.

Roberto Gimenez pontuou que não é a comunicação que está dentro do marketing, e sim ele que está dentro da comunicação, pois antes de divulgar seu produto, a empresa tem que

divulgar sua existência. Ele ressaltou que para se manter viva, uma empresa tem que ser flexível e se adequar às novas tecnologias, não se restringindo à uma só forma de divulgação.

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

18

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 1

9

luiza guimarães

A importância das novas mídias de comunicação dentro dos órgãos públicos e a inconstância do poder público no Brasil dominaram as discussões no Fórum dos Assessores de Imprensa no Poder Público, que teve a presença professora e também assessora de imprensa da Universidade Federal de Goiás (UFG), Silvana Coleta; Alexandre Alfaix, assessor do Tribunal de Contas do Estado de Goiás; e do assessor da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Goiás, Carlos Eduardo Reche.

Silvana Coleta salientou o quanto foi importante o uso da rede social twitter na UFG. “Posso falar da minha vida antes e após o twitter. Ficou muito mais fácil me comunicar”. Segundo ela, a ferramenta é bastante útil quando é necessário divulgar algum comunicado simples da universidade, ou responder dúvidas de estudantes.

Alexandre Alfaix comentou, primeiramente, sobre os desafios dos assessores do poder público. Ele falou sobre a mediação que deve ser feita entre governo e população para que chegue ao público informações de qualidade, ao mesmo tempo em que seja feita a prestação de serviço ao respectivo órgão. Sobre este mesmo assunto, Carlos Eduardo Reche discorreu em relação ao problema de divulgação de informações distorcidas utilizando fontes oficiais de órgãos públicos. “Muitas vezes quem escreve as matérias mistura

alexandre alFaix (tribunal de Contas do estado) e Carlos reChe (secretaria de Ciência e tecnologia) e a professora silvana Coleta no Fórum de assessores de imprensa do Poder Público

assessores elogiam novas mídias e criticam descontinuidade no poder público

a declaração oficial com a própria opinião, então essa informação fica distorcida”, declarou.

Outro tópico importante está relacionado à troca frequente do gestor do órgão público e a falta de profissionais da área de comunicação, que vem dificultando a vida dos assessores. A troca do gestor e também do assessor da instituição, faz com que a relação de comunicação com o público varie de tempo em tempo. A cada gestão, formas de interação são modificadas, fazendo com que o órgão assuma perfis diferentes, benéficos ou não.

Em uma tarde descontraída os palestrantes do Encontro dos Mais Influentes do Twitter ensaiaram divertidas e acaloradas discussões sobre suas experiências. Os convidados discutiram sobre a circulação facilitada de notícias e da utilização da rede social para fins políticos, como por exemplo o caso do Egito, que usou a mídia para tentar derrubar o presidente que há quase 30 anos estava no poder. Segundo Carlos William (Revista Bula), existem 200 nomes que representam as cabeças do twitter no Brasil, um deles é o de Rosana Hermann, que também palestrou no Intermídias.

O interessante das novas mídias é a ligação que elas têm com

as salas lotadas foram uma constante no intermídias

Twitter já é um meio de comunicação consolidado e intermídias é top trend

as antigas (como o rádio), acompanhando o surgimento delas e se adaptando. As novas mídias são construtoras de novas fontes, nas quais se obtém informações exclusivas. Assim, o twitter se tornou uma ferramenta de marketing pessoal e empresarial, de acordo com Pablo Kossa (Rádio Interativa) e Altair Tavares (730 AM), que também participaram do encontro.

Provando a força deste novo veículo e a importância adquirida pelo Intermídias já nesta primeira edição, o evento foi top trend (mais acessado e comentado) em Goiás, desbancando nomes como o prefeito de Goiânia Paulo Garcia, o governador Marconi Perillo e o jornal O Popular.

thaynara hannah

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

20

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 2

1

talitha nery

O encontro dos Mais Influentes da Comunicação de Goiás abriu a manhã do segundo dia do Intermídias. A atividade contou com a presença de alguns nomes bem premiados, como Dorinha Crispin (quatro vezes mais influente), Iúri Rincon Godinho (sete vezes mais influente), Marco Antônio Siqueira (seis vezes mais influente) e Rosenwal Ferreira (quatro vezes mais influente).

Rosenwal Ferreira, assim como os outros membros da mesa, falou de todo o caminho percorrido até chegar ao lugar que está atualmente. Durante o encontro e le a inda discorreu sobre as di f iculdades enfrentadas pelo jornalista como empregado, que tem certas limitações ao falar de determinados assuntos, diferentemente do jornalista dono de veículo de comunicação, que possui

iúri godinho (Contato Comunicação), mediadora da uFg, rosenWal Ferreira (rr assessoria) e marCo antônio siqueira (amP) no Fórum dos mais influentes da Comunicação

bárbara Falcão

Flexibilidade e heterogeneidade são fundamentais para que se possa atuar com eficiência na área de Relações Públicas. Prova disso foi o Fórum promovido pelo Intermídias, que reuniu nove profissionais ativos nos se tores mai s d iversos . No encontro, os presentes dividiram suas experiências e esclareceram dúvidas a respeito de suas especialidades. Saulo Borges, gerente de marketing do Castro’s Hotel, Lili Moreira, da Rádio Interativa, e Janaina Ferreira, do Ministério Público estavam entre os protagonistas da discussão.

Lud im i l a Co s t a , De l e g ad a Conrerp 6° Reg ião (Conse lho Regional de Profissionais de Relações Públicas) falou mais sobre a situação e atuação do conselho, desconhecida por muitos e sobre a importância do registro legal. Os participantes destacaram inclusive, que um dos

lili moreira fala durante o Fórum de relações Públicas

mais influentes ressaltam necessidade de se escrever bem

mais liberdade para apresentar seu trabalho.

E m t o d o e n c o n t r o , o s comunicadores deram dicas aos estudantes sobre o mercado de trabalho. Dorinha Crispim inclusive comentou que o mercado é uma

segunda escola. No encerramento, t o d o s o s m e m b r o s d a m e s a concluíram que o mais importante para o comunicador é saber ler e escrever, afinal quem domina bem essas duas coisas consegue mostrar sua capacidade de raciocínio.

Desunião entre relações públicas prejudica o mercado

principais problemas da profissão é a desunião entre os profissionais, responsável por enfraquecer e tornar vulnerável a imagem dos mesmos.

Alessandra Bizerra, da Associação do Combate ao Câncer em Goiás, enfatizou que o mercado de Relações Públicas tem muitas oportunidades desde, que não se tenha apego a

trabalhar com o título. E a vantagem do curso sobre os outros da área é que se aprende a fazer o trabalho de gestão, permitindo uma visão estratégica e global da comunicação. Para obter sucesso, o profissional de Relações Públicas, deve saber, antes de tudo, relacionar-se com pessoas, pois essa é a base da profissão.

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

22

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 2

3

promissoras da publicidade goiana.Consolidados, os gerentes de marketing estão mandando no

mercado — aí incluídos clientes e agências.Há um desconhecimento da população em geral e do próprio

cliente quanto as novas possibilidades da comunicação em tempos de internet.

Como foi dito no Fórum de Agências de Propaganda, o maior inimigo de um publicitário é outro publicitário. Ah, mas isso todo mundo já sabia.

ação promocional da record goiás

As mídias de massa estão ou vão entrar em cheque. Não irão desaparecer, mas terão de se adaptar às novas mídias, principalmente a internet.

Veículos menos ágeis, como os jornais, devem sofrer mais no curto prazo. Coincidência ou não, nenhum diário ou semanário conseguiu ou quis estar no Intermídias. Foi o único setor não representado.

Até agora é impossível controlar a internet e pode ser que isso continue por um bom tempo. Ou melhor, muito provavelmente ninguém conseguirá controlar a internet.

Algumas área da comunicação estão em muita, muita dificuldade. Um exemplo: assessoria de imprensa.

Mesmo com a ampliação de ofertas no ensino universitário, Goiás vive um verdadeiro apagão de mão-de-obra na comunicação. Faltam profissionais em praticamente todas as áreas. E não há luz no fim do texto.

Com as redes sociais, quem quiser pode ser o seu próprio veículo.

O marketing promocional é uma das áreas mais vibrantes e

André pAssos | JornAl o hoJE dE 25/08/11

Ao longo dos últimos 70 anos os meios de comunicação de massa se consolidaram e fecharam um círculo para a formação da cultura de massa, mas vêm perdendo força com o advento das redes sociais da internet. Sob essa ótica, o investigador de ciências da comunicação da Universidade de Buenos Aires e de estudos culturais no Instituto Gino Germani, Mario Carlón, apresentou palestra na abertura do Intermídias.

A ideia central da conferência apresentada pelo investigador não é a do fim das mídias de massa – televisão, rádio, jornal impresso e revista –, mas o fim de uma etapa, de um período, onde esses meios surgiram, se consolidaram e se tornaram hegemônicos, criando a convergência dos meios de comunicação.

“Agora outros meios entram na disputa e dão novo significado aos meios de comunicação. Há uma conversão dos meios tradicionais com novas ferramentas de comunicação”, explica Carlón, que atendeu a O Hoje, no Address Hotel. Dessa forma, os meios de massa passaram a trabalhar com uma nova dinâmica intensificada pela imediatização das notícias e pelo poder dado à sociedade, através das redes sociais, que deixa de ser apenas passiva e passa a interagir com as informações e até mesmo de criá-las.

Carlón ressalta que é extremo dizer que o público deixará de assistir à programação de TV, de ler jornais e revistas ou de ir ao cinema, focando apenas nas redes. Ao contrário, esse público passa discutir a notícia, criar suas opiniões com seus próprios conteúdos, fazendo com que os próprios meios de massa tenham que retomar a notícia. “Essa interatividade já tem causado prejuízos e levado emissoras de TV, rádio e cinema a repensar os conceitos de audiência”, pontua.

A legitimidade dos conteúdos difundidos pelas redes

argentino mario Carlon, que fez a conferência de abertura

“meios de comunicação de massa estão fragilizados”

sociais é um dos riscos dessa interatividade. Torna-se ainda mais necessária a checagem da veracidade das informações. “O conhecimento e a informação se chocam. Assim, temos mais poder de opinar e informações mais ricas porque não serão apenas a informações dos meios de massa”, completa ele.

O investigador, que em 2009 publicou o livro El Fin de los Médios Massivos: el Comienzo de um Debate, (Lá Crujía Edições, 267 pág.), finaliza dizendo que as atuais mudanças promovidas por ferramentas de relacionamento como Facebook, Twitter, Skype e YouTube farão com que esse século fique na história e seja decisivo para as mídias de massa.

as conclusões do intermídias

a praça da tanaweb, que transmitiu o evento ao vivo pela internet

ágata, da ginga rara alessandra Calaça, rr assessoria

ação promocional durante o evento

antônio guerino, Flávio Filho (ambos da bees), iúri godinho e luis Fernando (bees)

barbara teles, mídia da artPlus

da esquerda para a direita, publicitários silvio Kustler e Paulo Faria (Casa brasil), com o diretor do Centro de eventos da uFg, venerando ribeiro de CamPos e o diretor da Facomb, magno medeiros

diretores do curso de Propaganda e da pós-graduação da PuC-goiás

detalhe do estande da rr assessoria

dorinha CrisPim, Crimpim + veiga

edney vasCurado, gerente de maketing da unimed

diretores elemídia

estande sebrae-goiás

Fachada principal. o evento ainda teve banners de sinalização que começavam três quilômetros antes do Centro de eventos

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

24

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 2

5

Ênio nery, da makro, e José geraldo Freire, da Casa brasil

equipe da agência Citric

equipe da Poligráfica recebendo a visita dos representantes da Ksr

equipe da voz Propaganda, de Jataí

estande da Cir gráficaestande da Citric conjugado com a tCi/inpar

estande PuC-goiás

equipe d+ Fm

estande uFgirom roCha lima (iltda) e o presidente

do sinapro, raul seabra (type)

índex mídias alternativas

Jornalista márCia Fabiana, gabriela lima (aredação.com.br) e andressa Khariny (rede goiana de rádio e televisão)

Jornalistas lyra rubia e José guilherme sChWam, do programa Pelos bares da vida

ícone marketing Promocional

Jovem Pan

Kelbio mendes da silva (Cannes) e marCos marinho (tv goiânia)

luCiano neto, diretor executivo da record goiás, com rosana herman

Paulo beringhsmiguel angel (méxico) na palestra sobre preservação digital

o estande interativo da Cannes

riCardo montes e esposa, gráfica amazonas, com adriana godinho, Contato Comunicação

gustavo moura, da gumo brasil (sP)

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

26

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 2

7

Pessoal da makro, responsável pelo vt institucional do intermídias

Poliana Ferreira, mídia da Casa brasil

Publicitário mário lúCio (tanaweb), jornalista mazé alves (com a camisa da tanaweb) e leo Pereira (verbo)

reunião de treinamento com parte dos 60 monitores do evento

sandra maria roCha (amP), Carlos gonçalves santos (Faculdade Cambury) e toninho (Cannes)

tv goiânia/band

Washington braum (esquerda), diretor

comercial da record

mesa durante solenidade de abertura

o pub da amP

Parte dos seis mil crachás emitidos

record goiás

matya Cunha e georgia maia, record goiás

visio digital

c c

om

un

ica

çã

o i

nt

eg

ra

da

b

A Mix Marketing alcançou seus objetivos ao participar do Intermídias- Congresso e Feira Internacional de Comunicação, Informação e Marketing do Centro-Oeste. A missão da empresa era participar de um grande evento que pudesse trazer novidades, reciclagem, atualizações, discutir assuntos importantes do marketing promocional assim como da comunicação integrada. O encontro, que aconteceu entre os dias 24 a 26 de agosto, no Centro de Eventos da Universidade Federal de Goiás, foi uma promoção da Faculdade de Comunicação (Facomb/UFG) e Contato Comunicação e incluiu palestras nacionais e internacionais, fórum e seminários.

Juliana Veiga, diretora executiva da Mix Marketing, diz que o Intermídias foi uma oportunidade para encontro de comunicadores e marketeiros profissionais de todos os segmentos, estudantes e professores que juntos possuem a necessidade de discutir e solucionar as questões do mercado goiano. “A Mix levou para o congresso sua experiência por meio de cases e ações que têm dado certo e têm sido reconhecidos em todo Brasil, por meio de prêmios conquistados”, frisa.

A especialista em marketing promocional destaca que a Mix Marketing participou efetivamente de todos os processos, como expositora, como ministrante de palestras e fóruns, como debatedora e crítica de problemas da área, exibidora de grandes cases de resultados e fomentadora e incentivadora de novos profissionais. “Tudo foi possível porque conseguimos expor os serviços e excelência, interagir com outros profissionais, conhecer projetos de outras empresas e apresentar nossas experiências”, destaca.

origemAlém de Juliana Veiga, encontra-se à frente da

administração Marcela Cunha que também exerce o cargo de diretora executiva. A Mix Marketing está no mercado goiano desde 2005. No ano da sua fundação eram pouquíssimas as agências de marketing promocional em Goiânia que faziam serviços além da operação. A diretora executiva frisa que desde o início a empresa é pioneira na parte de planejamento e concepção de mecânicas diferenciadas e eventos profissionalizados e irreverentes. “Hoje, temos uma equipe completa com mais de 25 funcionários, uma unidade em Goiânia e outra em Brasília, além dos melhores fornecedores e uma grande estrutura”, ressalta.

A empresa expôs de forma didática uma série de convenções, ações de marcas regionais, nacionais e internacionais, com destaque para a concepção e elaboração do planejamento de campanhas promocionais. “O que de certa forma é uma novidade para o mercado local, não deixando a desejar para grandes agências do Eixo Rio-São Paulo, nas devidas proporções”, complementa Marcela Cunha.

A empresária explica que a Mix Marketing deixou claro as diferenças básicas entre uma agência de “promo”

Comunicar para gerenciar marketing de promoçãopioneira em planejamento e concepção de mecânicas diferenciadas e eventos profissionalizados e irreverentes já faz planos para o próximo intermídias

marCela Cunha, iúri rinCon godinho e Juliana veiga durante o encerramento do intermídias

e uma agência de publicidade e como funciona o trabalho empresa em parceria com agências. “Realizamos uma campanha totalmente integrada e mostramos aos estudantes a importância e o conceito de marketing promocional de forma a despertar o interesse deles também para esta área”, enfatiza.

Durante o evento, a Mix Marketing expôs no stand atividades de interação com o público, como games em TV de tela touch screen, painel de LED, exibição com vídeos das principais ações e ainda teve distribuição de brindes. Para a Marcela Cunha, a impressão do Intermídias foi positiva em diversos aspectos, seja pela participação de profissionais, seja por aspirantes curiosos e empolgados. A diretora destaca que ficou claro que há profissionais preocupados em fazer algo para solucionar as fraquezas do mercado, criar um terreno propício para grandes feitos e até mesmo, tornar Goiânia um ponto de referência, de debate e até de inspirações.

interatividadeA empresa já faz planos em participar novamente

do Intermídias em 2012. “Traremos mais novidades para o mercado, pois nosso diferencial está no knohw how e experiência, além da seriedade do trabalho feito com criatividade, mas sempre com responsabilidade”, reforça Juliana.

A filosofia de trabalho na agência é estar o mais próximo do cliente e da sua agência de publicidade para entender a real necessidade e o objetivo da ação ou campanha como um todo. Para isso, são propostas atividades que somem ao resultado esperado. “Porém, algumas vezes não conseguimos essa aproximação, o que de certa forma nos distancia do objetivo geral do projeto. Mas, mesmo assim, sempre há um objetivo pontual e específico da nossa atividade ou evento que é traçado no início da estratégia”, esclarece Juliana Veiga.

Mesmo dando a maior atenção possível e respostas positivas ao cliente, a Mix Marketing preocupa-se em alertá-lo quanto à uma expectativa exagerada e impossível de ser atingida para não gerar frustrações. “Com a experiência que temos, conseguimos traçar um caminho que será percorrido e o que será provavelmente alcançado. Se por algum motivo não se obtém o resultado esperado, o alerta ocorre antes do projeto ser finalizado, de forma que seja possível adotar manobras de solução. O nosso foco sempre é a solução”, define Juliana Veiga.

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

28

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 2

9

Depois de 15 anos em uma sociedade bem sucedida na Identidade Propaganda, Romero da Fonseca Gonçalves e David Salem Isaac decidiram, pacífica e espontaneamente, segundo as palavras do primeiro, se separar. David continua à frente da agência e Romero assumiu o Departamento de Vendas da Brasil Brokers Tropical Imóveis. “Eu e meu ex-sócio somos amigos e irmãos há mais de 30 anos. Mas o que aconteceu é que nos últimos anos me aproximei bastante do mercado imobiliário e acabei me apaixonando pela venda, ou seja, pela estratégia efetiva e planejamento da comercialização”, conta Romero. “Quando surgiu o convite para uma Diretoria na Brasil Brokers Tropical Imóveis, isso mexeu muito comigo. Acabei aceitando e estou muito feliz com este novo desafio. Vendi minha participação na empresa para o David, que segue a frente da agência, com equipe reestruturada. Serei sempre Identidade de coração”, assegura.

Ele afirma que, quando estava no mercado publicitário, muitas vezes sonhava em trabalhar focado em apenas um produto. “É lógico que num primeiro momento parece ser bem mais tranquilo o trabalho direcionado. Mas para quem trabalha nesta situação deve se policiar para não cair em armadilhas como a mesmice nas estratégias, na acomodação”, contrapõe, complementando que, de qualquer forma o mercado imobiliário é extremamente dinâmico e consome uma criatividade estratégica inacreditável. “Todo dia é uma história nova e desafiadora”, frisa.

c m

ud

an

ça

b

sócios da identidade se separam

especialização em mercado imobiliário já faz parte dos planos de romero da FonseCa gonçalves

E com a intensidade característica dos seres muito criativos, Romero afirma que sua intenção é mesmo mergulhar neste novo mundo: “Já penso fazer um MBA em Mercado Imobiliário, pela UNI-ADEMI e participar cada vez mais de encontros e seminários do setor, inclusive alguns fora do Brasil. Hoje o mercado imobiliário mudou muito, está cada dia mais exigente, sendo que boa parte de seus profissionais tem curso superior e vários com pós-graduação. Isto é bom para o mercado como um todo”.

Aliás, sua trajetória estudantil e profissional, comprova sua versatilidade e capacidade de adaptação: formado em Jornalismo pela Universidade

Federal de Goiás (UFG), pós-graduado em Administração e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, Romero fez um curso avançado de Fotografia pelo Senac, e atuou nas rádios Terra FM e Universal AM e ainda nos jornais O Popular e Diário da Manhã. Além disso, adora música e, um de seus hobbies é compor música popular brasileira.

“No dia a dia já estou colocando em prática a minha experiência adquirida neste quase 15 anos de mercado publicitário e espero contribuir com a Brasil Brokers Tropical Imóveis a atingir seus objetivos, entre eles a de ser a campeã de vendas do Brasil, já que em 2010 fomos vice-campeões”, finaliza.

Romero Gonçalves assume

o desafio de dirigir o

departamento de Vendas

da Brasil Brokers tropical

imóveis, enquanto david

isaac continua à frente da

identidade propaganda

ou

tu

br

o d

e 2

011 |

30

ma

rk

etin

g e

m g

oiá

s | 3

1

zander CamPos da silva Júnior

Já entraram em vigor as novas regras para campanhas publicitárias, que associam a imagem de empresas a ações de sustentabilidade. As alterações estão no artigo 16 do código do Conar, que trata dessas questões, como responsabilidade socioambiental. O objetivo da mudança é atualizar a norma com as tendências dos principais mercados dos EUA, Canadá e Europa, adequando-a ao modo que o tema aparece em campanhas institucionais. O intuito é impedir que agências e anunciantes veiculem campanhas com dados incorretos e supervalorização de feitos. O novo anexo possui oito tópicos que explicam os cuidados que as campanhas neste segmento devem ter, desde o planejamento até a execução.

Novas regras a favor da sustentabilidade

c t

he e

nd

b

V ConGResso BRAsileiRo dA indústRiA dA ComUniCAção

Será realizado o V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, antigo Congresso Brasileiro de Publicidade. O evento está marcado para os dias 28, 29 e 30 de maio de 2012, no WTC, em São Paulo. O congresso é organizado pela Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade) e aberto aos profissionais de todas as áreas e disciplinas, tais como agências de publicidade, anunciantes, relações públicas, empresas de produção e meios de comunicação em geral.

CopA do mUndo de 2014 e os ConsUmidoRes BRAsileiRosO clima para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil ainda é considerado “morno”, segundo pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, com entrevistados da pesquisa Estação Brasil. Os dados da pesquisa apontam que 38% dos entrevistados ainda consideram o clima para a realização do evento como “morno”. Já 34% disseram que o clima está “gelado, frio ou muito frio”, e 26% de acordo com o estudo apontaram como “quente, muito quente ou fervendo”. O levantamento é realizado em 11 rodadas e tem o objetivo de indicar os momentos ideais para ações de marketing e avaliar o desempenho de promoções e ações de comunicação, além do impacto das marcas. Em relação aos setores brasileiros, para os entrevistados o item mais preocupante foi a saúde, lembrada por 73%, como uma área despreparada. O levantamento ouviu 2.002 consumidores de 141 municípios brasileiros, entre homens e mulheres de 16 anos ou mais.

Marco regulatório da TV por assinaturaFoi sancionada pela presidente Dilma Rousseff a lei que regula o sistema de TV paga no país. Os pontos mais importantes da nova regra dizem respeito à abertura do mercado às empresas de telefonia e ao capital estrangeiro, no processo de distribuição. Agora, o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) deverá ser gratuito, em respeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC). O projeto tramitou por quatro anos no Congresso Nacional. O governo aposta na convergência tecnológica, por exemplo, com a inserção do serviço de TV por assinatura nos pacotes vendidos pelas telefônicas.

CompRAs ColetiVAsTornou-se hábito no Brasil consumir por meio de sites de compras coletivas. O país é o latino-americano que mais acessa esse tipo de site, segundo a comScore. O serviço chegou aqui em 2010 e, em apenas um ano, já se consolida. Um dos pioneiros a entrar no mercado nacional, o Peixe Urbano, veio com cinco funcionários. Hoje conta com mais de 700 colaboradores na equipe, já expandiu o serviço pela América Latina e possui cerca de 12 milhões de usuários inscritos. Já no mercado global, cuja liderança é do Groupon, esse estilo de site surgiu em 2008, nos Estados Unidos. Os descontos, que chegam à casa dos 90%, e a facilidade na hora de comprar beneficiam consumidores e as empresas, que aproveitam o espaço para tornarem suas marcas mais conhecidas e fidelizar clientes. O site, por sua vez, fica com porcentagem sobre o montante das vendas.

Publicidade pelo celularApesar do número de linhas telefônicas ter superado o de habitantes em 30 milhões, falta investimento no setor de móbile marketing, que é calculado junto com o faturamento da internet, que já é irrisório. O uso do celular como meio pode enriquecer o conjunto de estratégias de marketing, mas é necessário dar autonomia ao veículonas propostas de planejamento. Além de mensagem padronizadas, como o SMS ou banners, é possível aliar criatividade à tecnologia e aproveitar melhor as plataformas do móbile, com uso de QR Codes, jogos e aplicativos diversos.

GeRAções mAis exiGentesOs profissionais da publicidade estão aprendendo, cada vez mais, a lidar com os jovens consumidores. Eles não aceitam qualquer tipo de mensagem, pois tem facilidade para checar as informações. A geração, além de cética, é formada por “nativos digitais”, indivíduos que já nascem e se desenvolvem conectados aos mais variados tipos de plataformas tecnológicas. Resta ao mercado o desafio de conquistá-los com a melhor estratégia de diálogo, com peças adaptadas a novos meios e que acompanham a evolução dos outros setores.

Publicidade infantil: impasseO Congresso Nacional quer proibir a veiculação de anúncios direcionados ao público infantil. O mercado publicitário aguarda parecer da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Em maio, representantes da área foram à Câmara dos Deputados manifestarem-se a favor da autorregulamentação, já que o Código Brasileiro de Autorregulamentação possui seção inteira sobre o tema e o Conar tem corrigido ou suspendido propagandas consideradas nocivas às crianças.