Governo do Acre celebra a consolidação do maior programa habitacional já realizado no Estado

4
Página 20 Rio Branco – Acre, DOMINGO , 18, e SEGUNDA-FEIRA , 19 de dezembro de 2011 Governo do Acre celebra a consolidação do maior programa habitacional já realizado no Estado AÇÃO reduz déficit habitacional e promove dignidade das famílias

description

Governo do Acre celebra a consolidação do maior programa habitacional já realizado no Estado - Especial Jornal página 20

Transcript of Governo do Acre celebra a consolidação do maior programa habitacional já realizado no Estado

Página 20

Rio Branco – Acre, DOMINGO, 18, e SEGUNDA-FEIRA, 19 de dezembro de 2011

Governo do Acrecelebra a consolidação do maior programa habitacional já realizado no Estado

Ação reduz déficit habitacional e promove dignidade das famílias

Rio Branco – Acre, DOMINGO, 18, e SEGUNDA-FEIRA, 19 de dezembro de 20112 3Página 20 www.pagina20.com.br

ESPECIAL

�NAyANNe SANtANA

Cinco mulheres, mães de família e histórias que têm um ponto em comum: Arlene Silva Fer-reira, Francisca das Chagas, Francisca Irasmar da Silva Sou-za, Marileide da Silva e Denise

Dias. Elas não se conhecem, mas fazem parte dos milhares de famílias que, neste ano, foram beneficiados pelo maior programa habitacional já realizado no Acre e mudaram suas vidas.

A dona de casa Arlene Ferreira, 27, é casa-da e mãe de quatro meninas com idade entre oito anos e um ano e meio. Apesar de jovem, ela conta como era a vida antes de conquistar a casa própria por meio do programa habita-cional Minha Morada.

“Morei numa casa que ficava na invasão da Embratel, no São Francisco. No verão enfrentávamos muita poeira na rua, e no inverno era a lama. Quando começava o in-verno eu tinha muito medo da minha casa desmoronar porque onde morava já tinham

acontecido desbarrancamentos”, recorda.Ela conta que na época das chuvas não ti-

nha sequer condições de sair de casa com as filhas porque a rua que dava acesso a sua mo-radia ficava intrafegável. Hoje a antiga casa, sem boa infraestrutura e em área de risco que Arlene Ferreira morava com seu esposo e filhas, faz parte de recordações do passado. Desde junho deste ano a dona de casa e a fa-mília têm novo endereço: Residencial Itatiaia, casa 5, quadra 3, bairro Ilson Ribeiro. “Eu não acreditava que um dia teria uma casa. Mas, graças a Deus hoje moro numa casa confor-tável, segura e bem maior e melhor da que eu tinha numa invasão”, alegra-se.

A casa de Arlene Ferreira tem sala, cozi-nha, dois quartos, banheiro e área de servi-ço. É uma moradia classificada pela Secre-taria de Estado de Obras Públicas (Seop) e Secretaria de Estado de Habitação (Sehab) como “habitação social”, destinada a aten-der famílias que vivem em áreas de risco ambiental ou risco social e que recebem o benefício da Bolsa Moradia Transitória.

Inclusão em programas que mudam vidasA cabeleireira Fran-

cisca das Chagas é outra personagem dessa história de mulheres que batalha-ram dia após dia para ter um bom lugar para morar com a família. O rosto não deixa esconder as marcas da vida de trabalhadora que Francisca das Chagas tem, mas nem por isso ela se deixa desanimar.

Como diz a poesia do Hino Acreano “Sem recuar, sem cair, sem te-mer”, essa cabeleireira que antes morava numa casa no bairro Santana Inês, emprestada pela mãe, com dois filhos e o companheiro não se dei-

xou abalar pelos obstáculos e agarrou as oportunidades que surgiam.

“Antes eu vendia bana-na frita para complementar a renda da família, mas aí, um dia, soube que estavam oferecendo curso de cabelei-reira na Casa Rosa Mulher e fui lá me inscrever. Participei e comecei a trabalhar nessa profissão. Um tempo depois o Instituto Dom Moacyr co-meçou a oferecer outros cur-sos de beleza e eu fui parti-cipar e me profissionalizar”, comenta a cabeleireira.

Hoje Francisca das Cha-gas, que se vê incluída em dois grandes projetos sociais do Acre - habitação e profis-

sionalização -, trabalha em sua casa própria, localizada no Residencial Jequitibá, no Portal da Amazônia. Seu trabalho tem conquistado fama nas redondezas e até clientes de outros bairros a procuram. A cabeleireira diz que foi com muita alegria que recebeu a notícia de que fora sorteada para receber a casa própria.

“Agora, que mudei há cerca de dois meses, planejo aumentar a casa. Tenho um casal de filhos adolescente e eles precisam ter o espaço dele. Como a casa é minha, graças a Deus, eu vou poder fazer isso”, diz Francisca das Chagas. FrANciScA Chagas está incluída em dois projetos sociais: habitação e profissionalização

Deladier da Silva e a mu-lher Francisca Irismar da Silva guardam com muito carinho, num local de destaque na es-tante da sala, a chave simbóli-ca da casa onde moram e que receberam no fim do ano pas-sado das mãos do ex-gover-nador Binho Marques. A casa localiza-se no Residencial Jenipapo, no bairro Placas.

“Foi um momento mui-to importante para a nos-sa família. Só Deus sabe o quanto nós já sofremos morando em locais alugados. A situação era tão complicada que chegamos a morar num lugar que não ti-nha nem banheiro. Quando precisávamos de um banhei-ro, usávamos o de um bar que ficava ao lado desse lugar que

chamamos por um tempo de casa”, relembra o chefe da fa-mília Silva.

Porém, a situação da famí-lia, que outrora se assemelhava à de tantos brasileiros que vi-

vem em mora-dias sem sanea-mento básico e infraestrutura, tomou novo rumo. Este ano eles passaram a morar numa residência com infraestr utu-ra adequada e será o primeiro Natal da famí-lia em sua casa própria.

“Vamos fa-zer um ceia far-

ta para agradecer a Deus pela casa e pedir que o governador Tião Viana tenha muita saúde para trabalhar por tantas pes-soas que ainda precisam de uma moradia. Este ano vai dar gosto celebrar o Natal”, antecipa Irismar da Silva.

Uma lembrança para a história

tião Viana entrega chave à moradora contemplada pelo programa de habitação. Ambos não escondem a alegria

“Vamos fazer uma ceia farta para

agradecer a Deus pela casa e pedir que o governador Tião

Viana tenha muita saúde para trabalhar

por tantas pessoas que ainda precisam de uma moradia”

goverNo deve entregar, em dois anos, mais de 10 mil unidades habitacionais

Compromisso com quem precisaMarileide da Silva, dona

de casa, nem poderia imagi-nar que um dia deixaria um casebre de madeira prestes a desabar para viver numa casa de alvenaria com sala, quar-to, cozinha, banheiro e área de serviço. Mas a equipe da Secretaria de Habitação sur-preendeu Marileide da Silva quando, num telefonema há um mês, informaram-na de que fora sorteada para rece-ber uma casa que faz parte do programa de habitação do Governo do Estado. A equipe da Sehab explica que a moradia fora doada a outro beneficiário, que descumpriu o contrato que o impede de vender ou trocar a casa.

“A pessoa que ganhou a casa no início deste ano trocou a casa por um carro.

Nós recebemos a denuncia anônima e viemos ao resi-dencial apurar. Ao chegar aqui constamos que de fato esse beneficiário tinha pas-sado a casa para outra pes-soa. Imediatamente a equi-pe da Sehab explicou ao comprador que havia troca-do o carro pela casa que ele não poderia permanecer no imóvel porque descumpria o contrato firmado com seu primeiro proprietário, que agiu de má-fé”, detalha uma funcionária da Sehab.

De acordo com a Sehab, qualquer casa que for doada pelo governo do Estado fica impedida de ser vendida ou trocada. Caso isso ocorra, o morador que cometeu essa ir-regularidade será punido com a devolução do bem e ainda

entra para uma lista de pessoas que passam a não mais receber casas doadas pelo Estado.

Uma denúncia anônima foi o bastante para mudar a vida de Marileide da Silva. A dona de casa que todos os dias em suas orações pedia um lugar melhor para viver com o ma-rido e os filhos foi a benefici-ária que recebeu a casa que foi reintegrada pela Sehab.

“Morava numa casa que quando ventava mais for-te um pouquinho balançava mais que tudo. Via a hora de ela desabar. Às vezes eu precisava correr para a casa de um vizinho com medo de que ela viesse abaixo”, recor-da a dona de casa.

A casa que Marileide da Silva recebeu já havia passa-do até por uma reforma para ampliação pelo antigo dono e ao chegar ela encontrou uma moradia com infraestrutura maior. “Aqui eu posso cuidar melhor do meu marido, que sofre com hanseníase. Na casa velha que a gente vivia ele sofria muito. Passava frio e calor e não tinha tratamen-to médico que ajudasse a me-lhorar sem condições boas em casa. Graças a Deus, aqui é um lugar digno para cuidar dele e dos meus filhos. Nun-ca fui tão feliz na minha vida, ao lado do ‘meu velho’ e dos meus filhos. Sou eternamente grata ao governo por me dar essa casa”, diz, às lágrimas, a guerreira Marileide da Silva.MArileide comemora moradia digna para cuidar do marido e dos filhos

O bem-estar de viver bemNuma casa no Resi-

dencial Mutambo com horta ao fundo, um ca-chorro e organizada com um zelo de dar gosto a qualquer visitante, mora Denise Dias e a família. A dona de casa, casada, é mãe de três crianças.

Com um largo sorriso no rosto, Denise recebe suas visitas e conta que antes de ter a casa própria gastava parte do salário da família com aluguel. “Era uma dinheiro que não ti-nha retorno algum - só ia. Gastávamos cerca de R$ 250 com aluguel e outros R$ 95 com energia elétri-ca, além da água”, recorda.

Mas, nos últimos dias, Denise Dias deixou de gastar com aluguel e pas-sou a investir o dinheiro da família em benfeito-rias na casa própria. Casa que ela, o marido e os fi-lhos moram no Residen-cial Mutambo, localizada

no bairro São Francisco.“Eu já coloquei pisos

novos na minha casa, construí uma horta para cultivar umas verduras, colocamos cerca, porque temos um cachorro de estimação, e aos poucos vamos deixando nossa casa cada vez mais a nos-sa cara. Temos uma boa casa e graças a Deus saí-mos do aluguel. Essa ale-gria é imensa”, festeja a dona de casa.

Este mês as festas de fim de ano para Deni-se Dias e a família terão um gosto diferente. Ela promete celebrar o nas-cimento de Cristo e a chegada de um novo ano da casa nova com fé re-novada e esperanças de que dias melhores sem-pre chegam para aqueles que batalham e que estão vendo o governo do Acre investir no bem maior do Acre: o povo.

deNiSe Dias: “Temos uma boa casa e, graças a Deus, saímos do aluguel”

O maior programa habitacional do Acre se consolida e muda vidasEngana-se quem pensa

que os investimentos em ha-bitação terminam com o fim deste ano. Até 2012 a Sehab e a Secretaria de Obras Pú-blicas (Seop) asseguram que o governo do Estado, em apenas dois anos, chegará à marca da entrega de 10.116 unidades habitacionais. Os beneficiários estão em diver-sos municípios.

“Isso significa que o Acre, na gestão de Tião Viana, está vendo ser consolidado o maior programa de habita-ção da história deste Estado. As entregas se iniciaram na

gestão de Binho Marques e estão sendo consolidadas no governo de Tião. Nenhum outro governo fez tanto por quem precisa”, observa Wol-venar Camargo, secretário de Obras Públicas do Estado.

Tião Viana encerrará seu primeiro ano de governo re-gistrando a entrega de mais de 4.200 moradias. Confira a lista de entregas de acordo com cada mês:

l Abril - 224 unidades habi-tacionais foram entregues.l Maio - 379 unidades habi-

tacionais foram entregues.l Junho - 48 unidades habi-tacionais foram entregues.l Julho - 148 unidades habi-tacionais foram entregues.l Agosto - 194 unidades ha-bitacionais foram entregues.l Setembro - 150 unidades habitacionais foram entregues.l Outubro - 613 unidades habitacionais foram entre-gues.l Novembro - 1.064 uni-dades habitacionais foram entregues.l Dezembro (previsão) - 1.416 unidades habitacionais entregues.

Rio Branco – Acre, DOMINGO, 18, e SEGUNDA-FEIRA, 19 de dezembro de 20112 3Página 20 www.pagina20.com.br

ESPECIAL

�NAyANNe SANtANA

Cinco mulheres, mães de família e histórias que têm um ponto em comum: Arlene Silva Fer-reira, Francisca das Chagas, Francisca Irasmar da Silva Sou-za, Marileide da Silva e Denise

Dias. Elas não se conhecem, mas fazem parte dos milhares de famílias que, neste ano, foram beneficiados pelo maior programa habitacional já realizado no Acre e mudaram suas vidas.

A dona de casa Arlene Ferreira, 27, é casa-da e mãe de quatro meninas com idade entre oito anos e um ano e meio. Apesar de jovem, ela conta como era a vida antes de conquistar a casa própria por meio do programa habita-cional Minha Morada.

“Morei numa casa que ficava na invasão da Embratel, no São Francisco. No verão enfrentávamos muita poeira na rua, e no inverno era a lama. Quando começava o in-verno eu tinha muito medo da minha casa desmoronar porque onde morava já tinham

acontecido desbarrancamentos”, recorda.Ela conta que na época das chuvas não ti-

nha sequer condições de sair de casa com as filhas porque a rua que dava acesso a sua mo-radia ficava intrafegável. Hoje a antiga casa, sem boa infraestrutura e em área de risco que Arlene Ferreira morava com seu esposo e filhas, faz parte de recordações do passado. Desde junho deste ano a dona de casa e a fa-mília têm novo endereço: Residencial Itatiaia, casa 5, quadra 3, bairro Ilson Ribeiro. “Eu não acreditava que um dia teria uma casa. Mas, graças a Deus hoje moro numa casa confor-tável, segura e bem maior e melhor da que eu tinha numa invasão”, alegra-se.

A casa de Arlene Ferreira tem sala, cozi-nha, dois quartos, banheiro e área de servi-ço. É uma moradia classificada pela Secre-taria de Estado de Obras Públicas (Seop) e Secretaria de Estado de Habitação (Sehab) como “habitação social”, destinada a aten-der famílias que vivem em áreas de risco ambiental ou risco social e que recebem o benefício da Bolsa Moradia Transitória.

Inclusão em programas que mudam vidasA cabeleireira Fran-

cisca das Chagas é outra personagem dessa história de mulheres que batalha-ram dia após dia para ter um bom lugar para morar com a família. O rosto não deixa esconder as marcas da vida de trabalhadora que Francisca das Chagas tem, mas nem por isso ela se deixa desanimar.

Como diz a poesia do Hino Acreano “Sem recuar, sem cair, sem te-mer”, essa cabeleireira que antes morava numa casa no bairro Santana Inês, emprestada pela mãe, com dois filhos e o companheiro não se dei-

xou abalar pelos obstáculos e agarrou as oportunidades que surgiam.

“Antes eu vendia bana-na frita para complementar a renda da família, mas aí, um dia, soube que estavam oferecendo curso de cabelei-reira na Casa Rosa Mulher e fui lá me inscrever. Participei e comecei a trabalhar nessa profissão. Um tempo depois o Instituto Dom Moacyr co-meçou a oferecer outros cur-sos de beleza e eu fui parti-cipar e me profissionalizar”, comenta a cabeleireira.

Hoje Francisca das Cha-gas, que se vê incluída em dois grandes projetos sociais do Acre - habitação e profis-

sionalização -, trabalha em sua casa própria, localizada no Residencial Jequitibá, no Portal da Amazônia. Seu trabalho tem conquistado fama nas redondezas e até clientes de outros bairros a procuram. A cabeleireira diz que foi com muita alegria que recebeu a notícia de que fora sorteada para receber a casa própria.

“Agora, que mudei há cerca de dois meses, planejo aumentar a casa. Tenho um casal de filhos adolescente e eles precisam ter o espaço dele. Como a casa é minha, graças a Deus, eu vou poder fazer isso”, diz Francisca das Chagas. FrANciScA Chagas está incluída em dois projetos sociais: habitação e profissionalização

Deladier da Silva e a mu-lher Francisca Irismar da Silva guardam com muito carinho, num local de destaque na es-tante da sala, a chave simbóli-ca da casa onde moram e que receberam no fim do ano pas-sado das mãos do ex-gover-nador Binho Marques. A casa localiza-se no Residencial Jenipapo, no bairro Placas.

“Foi um momento mui-to importante para a nos-sa família. Só Deus sabe o quanto nós já sofremos morando em locais alugados. A situação era tão complicada que chegamos a morar num lugar que não ti-nha nem banheiro. Quando precisávamos de um banhei-ro, usávamos o de um bar que ficava ao lado desse lugar que

chamamos por um tempo de casa”, relembra o chefe da fa-mília Silva.

Porém, a situação da famí-lia, que outrora se assemelhava à de tantos brasileiros que vi-

vem em mora-dias sem sanea-mento básico e infraestrutura, tomou novo rumo. Este ano eles passaram a morar numa residência com infraestr utu-ra adequada e será o primeiro Natal da famí-lia em sua casa própria.

“Vamos fa-zer um ceia far-

ta para agradecer a Deus pela casa e pedir que o governador Tião Viana tenha muita saúde para trabalhar por tantas pes-soas que ainda precisam de uma moradia. Este ano vai dar gosto celebrar o Natal”, antecipa Irismar da Silva.

Uma lembrança para a história

tião Viana entrega chave à moradora contemplada pelo programa de habitação. Ambos não escondem a alegria

“Vamos fazer uma ceia farta para

agradecer a Deus pela casa e pedir que o governador Tião

Viana tenha muita saúde para trabalhar

por tantas pessoas que ainda precisam de uma moradia”

goverNo deve entregar, em dois anos, mais de 10 mil unidades habitacionais

Compromisso com quem precisaMarileide da Silva, dona

de casa, nem poderia imagi-nar que um dia deixaria um casebre de madeira prestes a desabar para viver numa casa de alvenaria com sala, quar-to, cozinha, banheiro e área de serviço. Mas a equipe da Secretaria de Habitação sur-preendeu Marileide da Silva quando, num telefonema há um mês, informaram-na de que fora sorteada para rece-ber uma casa que faz parte do programa de habitação do Governo do Estado. A equipe da Sehab explica que a moradia fora doada a outro beneficiário, que descumpriu o contrato que o impede de vender ou trocar a casa.

“A pessoa que ganhou a casa no início deste ano trocou a casa por um carro.

Nós recebemos a denuncia anônima e viemos ao resi-dencial apurar. Ao chegar aqui constamos que de fato esse beneficiário tinha pas-sado a casa para outra pes-soa. Imediatamente a equi-pe da Sehab explicou ao comprador que havia troca-do o carro pela casa que ele não poderia permanecer no imóvel porque descumpria o contrato firmado com seu primeiro proprietário, que agiu de má-fé”, detalha uma funcionária da Sehab.

De acordo com a Sehab, qualquer casa que for doada pelo governo do Estado fica impedida de ser vendida ou trocada. Caso isso ocorra, o morador que cometeu essa ir-regularidade será punido com a devolução do bem e ainda

entra para uma lista de pessoas que passam a não mais receber casas doadas pelo Estado.

Uma denúncia anônima foi o bastante para mudar a vida de Marileide da Silva. A dona de casa que todos os dias em suas orações pedia um lugar melhor para viver com o ma-rido e os filhos foi a benefici-ária que recebeu a casa que foi reintegrada pela Sehab.

“Morava numa casa que quando ventava mais for-te um pouquinho balançava mais que tudo. Via a hora de ela desabar. Às vezes eu precisava correr para a casa de um vizinho com medo de que ela viesse abaixo”, recor-da a dona de casa.

A casa que Marileide da Silva recebeu já havia passa-do até por uma reforma para ampliação pelo antigo dono e ao chegar ela encontrou uma moradia com infraestrutura maior. “Aqui eu posso cuidar melhor do meu marido, que sofre com hanseníase. Na casa velha que a gente vivia ele sofria muito. Passava frio e calor e não tinha tratamen-to médico que ajudasse a me-lhorar sem condições boas em casa. Graças a Deus, aqui é um lugar digno para cuidar dele e dos meus filhos. Nun-ca fui tão feliz na minha vida, ao lado do ‘meu velho’ e dos meus filhos. Sou eternamente grata ao governo por me dar essa casa”, diz, às lágrimas, a guerreira Marileide da Silva.MArileide comemora moradia digna para cuidar do marido e dos filhos

O bem-estar de viver bemNuma casa no Resi-

dencial Mutambo com horta ao fundo, um ca-chorro e organizada com um zelo de dar gosto a qualquer visitante, mora Denise Dias e a família. A dona de casa, casada, é mãe de três crianças.

Com um largo sorriso no rosto, Denise recebe suas visitas e conta que antes de ter a casa própria gastava parte do salário da família com aluguel. “Era uma dinheiro que não ti-nha retorno algum - só ia. Gastávamos cerca de R$ 250 com aluguel e outros R$ 95 com energia elétri-ca, além da água”, recorda.

Mas, nos últimos dias, Denise Dias deixou de gastar com aluguel e pas-sou a investir o dinheiro da família em benfeito-rias na casa própria. Casa que ela, o marido e os fi-lhos moram no Residen-cial Mutambo, localizada

no bairro São Francisco.“Eu já coloquei pisos

novos na minha casa, construí uma horta para cultivar umas verduras, colocamos cerca, porque temos um cachorro de estimação, e aos poucos vamos deixando nossa casa cada vez mais a nos-sa cara. Temos uma boa casa e graças a Deus saí-mos do aluguel. Essa ale-gria é imensa”, festeja a dona de casa.

Este mês as festas de fim de ano para Deni-se Dias e a família terão um gosto diferente. Ela promete celebrar o nas-cimento de Cristo e a chegada de um novo ano da casa nova com fé re-novada e esperanças de que dias melhores sem-pre chegam para aqueles que batalham e que estão vendo o governo do Acre investir no bem maior do Acre: o povo.

deNiSe Dias: “Temos uma boa casa e, graças a Deus, saímos do aluguel”

O maior programa habitacional do Acre se consolida e muda vidasEngana-se quem pensa

que os investimentos em ha-bitação terminam com o fim deste ano. Até 2012 a Sehab e a Secretaria de Obras Pú-blicas (Seop) asseguram que o governo do Estado, em apenas dois anos, chegará à marca da entrega de 10.116 unidades habitacionais. Os beneficiários estão em diver-sos municípios.

“Isso significa que o Acre, na gestão de Tião Viana, está vendo ser consolidado o maior programa de habita-ção da história deste Estado. As entregas se iniciaram na

gestão de Binho Marques e estão sendo consolidadas no governo de Tião. Nenhum outro governo fez tanto por quem precisa”, observa Wol-venar Camargo, secretário de Obras Públicas do Estado.

Tião Viana encerrará seu primeiro ano de governo re-gistrando a entrega de mais de 4.200 moradias. Confira a lista de entregas de acordo com cada mês:

l Abril - 224 unidades habi-tacionais foram entregues.l Maio - 379 unidades habi-

tacionais foram entregues.l Junho - 48 unidades habi-tacionais foram entregues.l Julho - 148 unidades habi-tacionais foram entregues.l Agosto - 194 unidades ha-bitacionais foram entregues.l Setembro - 150 unidades habitacionais foram entregues.l Outubro - 613 unidades habitacionais foram entre-gues.l Novembro - 1.064 uni-dades habitacionais foram entregues.l Dezembro (previsão) - 1.416 unidades habitacionais entregues.

Rio Branco – Acre, DOMINGO, 18, e SEGUNDA-FEIRA, 19 de dezembro de 20114 Página 20 www.pagina20.com.br

ESPECIAL

Ao apresentar o projeto da obra, Wolvenar Camargo ex-plica que na avenida principal - eixo principal - da Cidade do Povo haverá uma área institu-cional, incluindo um terminal de transportes. Será uma gran-de praça da cidade, de acordo com o projeto apresentado pelo secretário de Obras.

“E em cada bairro ou se-tor será criado um centro de bairro. Ali eu terei um mer-cado, posto policial, creches e outras instituições. Existe um planejamento em tudo - na área de lazer, esporte, cultura, educação e saúde”, contou.

Na planta da obra há ma-pas que informam onde de-verá ficar cada instituição. Camargo explica que o aces-so deve ser sempre facilitado

a cada raio de 500 metros, de modo que o morador possa se deslocar caminhando ou de bicicleta, tendo em vista que os moradores serão famí-lias com renda de zero a três salários mínimos e, portanto, devem ser evitados gastos com transporte.

“Nunca houve uma cidade no Acre que tivesse planeja-mento. Que fosse desenhada e planejada. Essa será a primei-ra, e quando se faz assim, tem tudo para dar certo, facilita a distribuição das coisas, as pes-soas terão facilidade de se loco-mover, elas vão precisar utilizar o mínimo possível de carros e motos porque poderão ir a pé para os lugares”, frisa.

A Seop assegura que a in-fraestrutura que terá a Cidade

do Povo será excelente. “Todo mundo iria querer morar nessa cidade”, avalia. Wolvenar Ca-margo diz que essas 10.500 fa-mílias que serão deslocadas para a Cidade do Povo já vivem na capital e estão distribuídas em vários bairros. “Essas pessoas estão espelhadas em vários bair-ros, em áreas de risco. Com esse projeto, elas se mudarão para um local seguro e com infraes-trutura adequada.”

A cidade também terá es-tação de tratamento de esgo-to, drenagem, vias pavimen-tadas e toda a infraestrutura que há numa cidade. As me-nores vias púbicas da cidade, por exemplo, terão em média sete metros - tamanho igual ao da maior parte das grandes vias de Rio Branco.

Brasília da Floresta – Cidade do Povo inova a projeção de habitação

Nos próximos anos o Acre terá orgulho de levar na sua história um dos projetos mais arrojados e bem trabalhados na área urbanística e habitacionalO Acre, Estado marcado por histórias de um

povo lutador e guerreiro, capaz de iniciar uma revo-lução para tornar-se parte do Brasil e que se orgulha da terra de sol soberano, terá uma cidade projetada chamada Cidade do Povo - Uma Brasília da Flores-ta. Trata-se de um projeto que inclui a construção de 10.500 unidades habitacionais, creches, escolas, delegacias, postos de saúde e outros.

A conquista de verba para possibilitar a construção de milhares de moradias para famílias de baixa renda exigiu da equipe das secretarias Planejamento e Obras do Estado um trabalho detalhado e feito em parceria.

A Secretaria de Planejamento (Seplan) foi a res-ponsável pela defesa da carta-projeto apresentada ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômi-co e Social (BNDES) e parte do empréstimo de R$ 712 milhões concedidos ao Estado será destinad à construção de moradias.

O secretário de Obras Públicas, Wolvenar Ca-margo, explica que o projeto da cidade é diferente do executado no “Minha Morada”, “Minha Casa, Minha Vida” e “Pró-Moradia”. Esse programa, agregando os outros dois, foi planejado para ocu-par vazios urbanos.

“Tínhamos muito vazios urbanos que foram pre-enchidos com essas 10.116 moradias. O Minha Casa, Minha Vida II é diferente. A presidente Dilma anun-ciou a construção de dois milhões de moradias, e se no governo Lula foi construído um milhão de casas

e nós recebemos quatro mil moradias, com os dois milhões de habitações da presidente Dilma nós terí-amos oito mil casas”, expõe Camargo.

Porém, o governador Tião Viana acreditou ser possível chegar às 10 mil moradias. Tião buscou re-cursos para a construção de outras duas mil casas, e outras 500 moradias foram conseguidas depois que o ministro da Integração Social veio ao Acre na época da alagação e comprometeu-se a auxiliar na retirada de famílias que viviam em área de risco.

“Por isso nós decidimos tratar esse projeto de uma forma diferenciada e construí-lo todo numa área só, até porque o mercado imobiliário estava muito inflacionado para que o governo comprasse vários terrenos. Há mais de quatro meses nós traba-lhamos nesse projeto”, revela o secretário de Obras.

Portanto, a obra terá verbas do empréstimo con-cedido pelo BNDES, repasses do Minha Casa, Mi-nha Vida e as 500 moradias doadas pelo Ministério da Integração Social. As 10.500 devem reduzir o dé-ficit habitacional do Acre igual ou superior a 30%.

Camargo conta que a área onde será erguida a Ci-dade do Povo - a Brasília da Floresta está localizada na BR-364, sentido Rondônia, próximo à Corrente.

“O local é estratégico. Nesse início de obras facilita a chegada dos caminhões que transportam os insumos por ser na rota da BR-364. Nessa área que conseguimos o terreno é bem firme. No local ainda temos a possibilidade de construção de uma

saída com ligação para a estrada que vai para Se-nador Guiomard, a AC-40, nas proximidades da Curva do Tucumã”, conta o secretário.

A cidade terá habitações para famílias com renda de zero a três salários mínimos. Ela fica também pró-xima ao polo industrial, e Wolvenar Camargo conta que isso pode ser favorável às famílias que vão morar no local na hora da procura por emprego.

O local também é próximo à Zona de Proces-samento de Exportação (ZPE), Rodoviária Inter-nacional, UPA Segundo Distrito e outros. “O go-verno também está avaliando a possibilidade de montar naquela região um polo logístico. Um lugar destinado à construção de armazéns para que os caminhões de grande porte descarreguem suas car-gas nesses armazéns e não circulem na capital. Isso se torna outro polo gerador de emprego”, detalha.

Camargo ressalta que quem irá construir a cida-de são empresas privadas - o governo do Estado será apenas coordenador do projeto por meio da Secretaria de Obras Públicas (SEOP).

“Nós juntamos as empresas aptas. São treze in-teressadas. Buscamos os projetistas e coordenamos para que aconteça o projeto nos moldes que acredi-tamos ser adequado, até porque foi o governo que comprou a área. Somos idealizadores, disponibiliza-mos a área e depois as empresas entram e executam os projetos. Cada um pode ser responsável por sua área, mas o projeto macro será o mesmo”, detalha.

A cidade projetada que será construída na BR-364 não é apenas um projeto ousado e inovador. Trata-se também da construção de uma cidade que será de ta-manho populacional e área habitada equivalente ao mu-nicípio de Cruzeiro do Sul, sendo maior que a maioria dos municípios do Acre.

“Nós estamos falan-do de 10.500 unidades habitacionais. Isso é uma cidade, pois representa algo em torno de 50 mil a 60 mil habitantes. A se-gunda maior cidade do Acre, hoje em sua área urbana, tem em torno de 55 mil pessoas. Essa ci-

dade que será construída é quase do tamanho de Cruzeiro do Sul. Isso é para termos uma ideia da dimensão desse projeto”, pontuou Camargo.

As preocupações com essa nova cidade dentro da capital não diz respeito apenas a sua construção. “É um bairro, não é uma cidade. A questão do trans-porte tem que ser pensada, precisamos saber quantas salas de creches são ne-cessárias, quantas salas de aula de ensino médio e fundamental, quantas de-legacias, postos de saúde, hospital e mercados, entre outros”, explica.

Surge uma nova cidade Facilidade de acesso