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Educação Infantil: Educar e Cuidar, Brincar e Interagir. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2018 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE SUPORTE EDUCACIONAL COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE SOBRADINHO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL 01 DE SOBRADINHO

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Educação Infantil: Educar e Cuidar, Brincar e Interagir.

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2018

GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE SUPORTE EDUCACIONAL

COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO DE SOBRADINHO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL 01 DE SOBRADINHO

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PROJETO TEMÁTICO DO ANO 2018

BRINCANDO E APRENDENDO COM O CIRCO

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SUMÁRIO

1 – APRESENTAÇÃO............................................................................. 4

2 - HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO.......................................................... 6

3 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO............................................................ 8

3.1 - EQUIPES QUE ATUAM NO CEI 01................................................ 10

3.2 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA............................................... 15

4 - DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ESCOLAR 2017 – 2018................ 16

5 - MISSÃO E FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA....................................... 20

5.1 – UMA INSTITUIÇÃO PARA EDUCAR E CUIDAR, BRINCAR E INTERAGIR?............................................................................................

21

6 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.. 27

6.1 - PRINCÍPIO ORIENTADOR Nº 1 - GESTÃO ADMINISTRATIVA VALORIZANDO O TRABALHO PEDAGÓGICO......................................

27

6.1.1 - PLANO DE AÇÃO GESTÃO 2017/2018/2019............................. 27

6.1.2 - GESTÃO ADMINISTRATIVA........................................................ 30

6.1.3 - GESTÃO FINANCEIRA................................................................ 31

6.2 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº 2 – ESCOLA INCLUSIVA 32

6.3 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº 3 - PLANEJAMENTO COLETIVO...............................................................................................

35

6.4 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº4 - COORDENAÇÃO COLETIVA...............................................................................................

37

6.5 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº 5 - PROJETO TEMÁTICO ANUAL.....................................................................................................

38

7 - OBJETIVO GERAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL................................. 39

7.1- OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................. 39

8 - PRINCÍPIOS NORTEADORES.......................................................... 41

8.1 - PRINCÍPIOS ÉTICOS...................................................................... 41

8.2 - PRINCÍPIOS POLÍTICOS................................................................ 42

8.3 - PRINCÍPIOS ESTÉTICOS............................................................... 43

9 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 45

9. 9.1 - VADE-MECUM EDUCAÇÃO INFANTIL – PROFESSORA ROLÉ.. 47

10 - A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA................................................. 55

11 - PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: SELECIONANDO O FIO PARA TECER...............................................................................

56

11.1 – PLANEJAMENTO COLETIVO NA TESSITURA.......................... 57

11.2 - O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO TECELÃO: ENTREMEANDO A FORMAÇÃO............................................................

59

12 – AVALIAÇÃO..................................................................................... 65

12.1 - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PPP........................... 65

13 – ORGANIZAÇÃO CURRICULAR...................................................... 70

14 – APÊNDICES.................................................................................... 73

14.1 - APÊNDICE A - ORGANOGRAMA DA ESCOLA........................... 73

14.2 - APÊNDICE B - PLANO DE AÇÃO DA COORDENAÇÃO ............ 75

14.3 - APÊNDICE C – PROJETOS......................................................... 78

15 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................. 88

4

1 - APRESENTAÇÃO

A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação básica, reconhecida

pela Constituição de 1988. É reconhecida como alicerce de fundamental

importância no processo educativo na formação e desenvolvimento do cidadão.

Sabemos que a Educação Infantil é uma etapa muito importante no

processo educativo, tendo uma trajetória no Brasil de mais de cem anos. Seu

crescimento alcançou maior significação apenas nas últimas décadas, não

sendo obrigatória, mas um direito a que o estado tem obrigação de atender.

Diante desta magnitude e conscientes do grande compromisso com

esses futuros cidadãos procuramos cumprir nossa missão, proporcionando

condições adequadas para o desenvolver da criança nos aspectos: físico,

emocional e social da criança, promovendo a ampliação de suas experiências e

conhecimentos estimulando o interesse pelo processo de transformação da

natureza pelos animais e pela conservação e valorização do meio ambiente.

Incentivamos a convivência em sociedade dando-lhe conhecimento do mundo,

construindo sua identidade e autonomia.

O CEI 01 atende unicamente a modalidade de Educação Infantil, 1º e 2º

período. A proposta pedagógica encontra-se em sintonia com a LDB de 1996

que afirma: A Educação Infantil tem como objetivo o desenvolvimento integral

da criança em todos os seus aspectos complementando a ação da família e da

comunidade, juntamente com o Referencial Curricular Nacional para a

5

Educação Infantil (RECNEI) e o Currículo em Movimento da Educação

Básica/Educação Infantil/SEE-DF, contando com a participação de todos os

segmentos da comunidade escolar, sendo elaborado num trabalho conjunto e

integrado onde já no início do ano, na semana pedagógica, todos os

professores, coordenação e direção, traçaram as metas, ações e projetos a

serem desenvolvidos neste ano de 2018. É nessa proposta pedagógica que

vemos a oportunidade de documentar o espelho do trabalho apresentado em

nossa escola.

6

2 - HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Centro de Educação Infantil 01 de Sobradinho, antigo Jardim de

Infância 01 de Sobradinho foi conhecido primeiramente como Jardim de

Infância João Arbex, através de convênio entre a antiga FEDF e a Loja

Maçônica Fraternidade e Justiça II. A escola iniciou suas atividades em 31 de

maio de 1971, sob a direção da professora Maria Celina Guimarães Batista.

A escola foi criada com a denominação Jardim de Infância na cidade

Satélite de Sobradinho. A alteração da denominação para Jardim de Infância

01 somente ocorreu em 21/10/1976.

Não foram encontradas informações precisas sobre a transferência da

escola para o atual prédio, hoje localizado na Quadra 02 de Sobradinho, onde

funcionava na época, a já extinta Escola Classe 06.

Após anos de funcionamento e necessitando de reforma, a escola

transfere-se provisoriamente para a escola Luiz Márcio, enquanto a reforma se

concretizava. Foi reformada e ampliada e entregue à comunidade em abril de

1997, com a presença do Secretário de Educação Antônio Ibañes Ruiz.

7

A população de Sobradinho e condomínios cresceram muito nos últimos

anos e a procura por vagas nesta escola aumentou muito a cada ano,

chegando a uma lista de espera de mais de 200 alunos.

Devido a essa grande procura e para atender um número maior de

alunos, foi criado no início de 2008, o Anexo do Jardim 01. Esta extensão

funcionou inicialmente nas dependências do CEM 01, em um espaço

improvisado, que foi adaptado para a Educação Infantil.

No início de 2009 o então Anexo mudou-se para a antiga sede da DRE

de Sobradinho, continuando sob a direção dessa escola.

Finalmente, em 28 de julho de 2009, conforme a Portaria 285, publicada

no DODF 145 de 29/04/09, foi criado o Centro Educação Infantil 04 de

Sobradinho, desmembrando o Anexo e criando uma nova unidade de ensino.

A nossa escola é tradicionalmente conhecida na cidade de Sobradinho

como Jardim 01, mas em 20 de abril de 2009, através da Portaria N° 149 de

22/04/09 foi alterada sua nomenclatura para Centro de Educação Infantil 01 de

Sobradinho, sendo esta usada a partir desta data.

3 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DF

COORDENAÇÃOREGIONAL DE ENSINO DE SOBRADINHO

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL 01 DE SOBRADINHO

Quadra 02 Rua 01- Área Especial s/nº

Telefone: 3901-4115 (telefax) e 3901-3783

e-mail: [email protected]

Data de Fundação da Unidade de Ensino: 21/10/1976

Ato de Credenciamento: Portaria 03 de 12/01/2004-SEE/DF

Turno de Funcionamento: Diurno

Etapas de ensino ofertadas: Educação Infantil – 1º e 2º Períodos

Faixa etária: crianças de 03 a 05 anos.

DIRETORA: Prof.ª Rejane Aparecida de Sousa Marcial

VICE- DIRETORA: Renata Aparecida de Oliveira Santos

SUPERVISORA: Karana Martins Machado Albernaz

COORDENADORA PEDAGÓGICA:

SECRETÁRIO ESCOLAR: Silvana Oliveira Brito

SALA DE RECURSOS: Prof.ª Marta Alves de C. Vieira Alves

ORIENTADORA EDUCACIONAL: Amélia Teixeira F. Mendes

PEDAGOGA: Fernanda Amaral

PSICÓLOGA: Sissa de Assis

PROFESSORAS READAPTADAS/LTS/LICENÇA GESTANTE:

Maria Imaculada Alves Lima

Valéria Cristina Braga

APOIO A DIREÇÃO (serviço de mecanografia, apoio à direção): Marlene

Ribeiro de Andrade

MONITORA: Isis Braga Santana (atualmente de licença médica)

MONITORES - PROJETO EDUCADOR SOCIAL VOLUNTÁRIO:

Leandro Lourenço de Assis Ferreira da Silva

Iracé Barbosa Lima da Mata

Luiza Anezia Camelo Araújo

Raiane Bueno Vilas Corti

Thainá P. Lopes Nogueira

Thais Sthefani Monsulth da Silva

9

Claudiane Lima Nazareth

Elizabeth Cristina de Souza Penha

Caroline Paula Souza

Marli Nunes da Silva

Solange de Paula Abadia

PORTARIA:

Maria Ribeiro de França Rios

Marlene Soares da Rocha

Maristela Sheila Moreira

Marlene Tavares da Costa

COZINHA:

Lucas Barbosa Graciano – G&E

VIGILÂNCIA:

Rubens José de Oliveira

Argemiro Januário de Souto

Joelson Henrique Cares

CONSERVAÇÃO E LIMPEZA (firma Juiz de Fora):

Eudenice de Fátima Costa

Marcos Antonio Melo dos Santos

Maria da Conceição Costa

Maria do Socorro Ferreira de Oliveira

Meire Rose Paraguassu

Marcia de Abreu Lima

Tereza Gonçalves da Costa

Neste ano de 2018 o CEI 01 de Sobradinho, atende 14 turmas de

Educação Infantil totalizando 251 alunos, matriculados nos turnos Matutino e

Vespertino.

10

As turmas formadas para este ano letivo ficaram assim distribuídas:

TURNO MATUTINO

1º Período “A” – 15 alunos Professora Érika Dunguel P. Santos

1º Período “B” – 24 alunos Professora Lourdes Maria de Aguiar Costa

1º Período “C” – 24 alunos Professora Núbia Nayara de Oliveira Feitosa

2º Período “A” – 15 alunos Professora Berenice Caetano da Silva

2º Período “B” – 18 alunos Professora Josiane Francisca Pires

2º Período “C” – 22 alunos Professora Christiane Torres Ribeiro Costa

CE “A” – 02 alunos Professora Aline Dias Panissa

TURNO VESPERTINO

1º Período “D” – 15 alunos Professora Francisca de Fátima Nunes Rocha

1º Período “E” – 24 alunos Professora Michele Miranda da Costa Couto

1º Período “F” – 20 alunos Professora Deize Barros de Matos

2º Período “D” – 22 alunos Professora Cleide Helena Borges dos Santos

2º Período “E” – 24 alunos Professora Juliana Gonçalves Dias da Costa

2º Período “F” – 24 alunos Professora Raiza Steffanie Peixoto Xavier

CE B” – 02 alunos Professora Caetisilene da Silva Lobo

3.1 - EQUIPES QUE ATUAM NO CEI 01

SOE – SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

De acordo com o Regimento Escolar das Unidades Educacionais da

Rede Pública de Ensino do Distrito Federal, (Brasil, Distrito Federal, 2009)

SEÇÃO II, Da Orientação Educacional Art. 26. A Orientação Educacional

integra‐se ao trabalho pedagógico da instituição educacional e da comunidade

escolar na identificação, na prevenção e na superação dos conflitos,

colaborando para o desenvolvimento do aluno, tendo como pressupostos o

respeito à pluralidade, à liberdade de expressão, à orientação, à opinião, à

democracia da participação e à valorização do aluno como ser integral.

Parágrafo único. A Orientação Educacional está sob a responsabilidade de

profissional habilitado para a função na forma da lei. Art. 27. São atribuições do

Orientador Educacional: I ‐ planejar, implantar e implementar o Serviço de

Orientação Educacional, incorporando‐o ao processo educativo global, na

perspectiva de Educação Inclusiva e da Educação para a Diversidade, com

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ações integradas às demais instâncias pedagógicas da instituição educacional;

II ‐ participar do processo de conhecimento da comunidade escolar,

identificando suas possibilidades concretas, seus interesses e necessidades;

III ‐ participar do processo de elaboração, execução e acompanhamento da

Proposta Pedagógica, promovendo ações que contribuam para a implantação e

implementação das Orientações Curriculares em vigor na Rede Pública de

Ensino do Distrito Federal; IV ‐ promover atividades pedagógicas orientadas

para que os alunos da instituição educacional sejam orientados em sua

formação acadêmica, profissional e pessoal, estimulando o desenvolvimento de

suas habilidades, competências e responsabilidades; V ‐ auxiliar na

sensibilização da comunidade escolar para educação inclusiva, favorecendo a

sua implementação no contexto educativo; VI ‐ proporcionar reflexões com a

comunidade escolar sobre a prática pedagógica, por meio de discussões

quanto ao sistema de avaliação, questões de evasão, repetência, normas

disciplinares e outros; VII ‐ participar da identificação e encaminhamento de

alunos que apresentem queixas escolares, incluindo dificuldades de

aprendizagem, comportamentais ou outras que influenciem o seu sucesso

escolar; VIII ‐participar ativamente do processo de integração

escola‐família‐comunidade, realizando Regimento Escolar das Instituições

Educacionais da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal 16 ações que

favoreçam o envolvimento dos pais e familiares no processo educativo; IX ‐

apoiar e subsidiar os segmentos escolares como: Conselho Escolar, Grêmio

Estudantil e Associações de Pais e Mestres; X ‐ participar com as demais

instâncias pedagógicas da instituição educacional da identificação das causas

que impedem o avanço do processo de ensino e de aprendizagem, e da

promoção de alternativas que favoreçam a construção da cultura de sucesso

escolar; XI ‐ realizar ações integradas com a comunidade escolar no

desenvolvimento de projetos como: saúde, educação sexual, prevenção ao uso

indevido de drogas, meio ambiente, ética, cidadania, cultura de paz e outros

priorizados pela instituição educacional, visando a formação integral do aluno;

XII ‐ realizar projetos que visem influir na melhoria do processo de ensino e

aprendizagem.

12

No Plano de Trabalho anual, com respaldo na Orientação Pedagógica,

2010 o trabalho da Orientadora Educacional destaca as seguintes ações:

- Promover a integração entre direção, professores, serviços da escola, alunos

e toda a comunidade escolar;

- Perceber o ambiente escolar, identificando possíveis entraves que venham a

interferir na rotina pedagógica da criança. O trabalho do SOE deve manter

consonância com as diretrizes emanadas no Projeto Político Pedagógico da

escola, bem como com o Planejamento desenvolvido na sala de aula. Os

professores têm um papel importante, no sentido de compartilhar os desafios

encontrados no cotidiano escolar.

- Fortalecer a parceria com a rede de proteção social local para obtermos uma

maior efetividade nas ações que requerem a atuação de órgãos como

Conselho Tutelar, Rede de saúde, Conselho Regional de Assistência Social e

outros que são fundamentais para oferecer serviços essenciais aos nossos

alunos, suas famílias e as Unidades Educacionais de Sobradinho.

- Encaminhar demandas trazidas pelos professores, direção, famílias ou outros

segmentos da comunidade, preocupando-se sempre em investigá-las com os

alunos, famílias e comunidade escolar. Os desdobramentos podem dar origem

a atendimento dos alunos em grupo ou individualmente, entrevista com as

famílias, encaminhamentos envolvendo a rede de proteção social e outros de

acordo com a especificidade apresentada. Toda abordagem com os alunos tem

como pressuposto básico, a ludicidade e a integração do conteúdo pedagógico

desenvolvido no cotidiano da escola, com respaldo nesta proposta pedagógica.

Um dos grandes desafios do SOE juntamente com a direção é o de

fortalecer a parceria com a rede de proteção social local para obtermos uma

maior efetividade nas ações que requerem a atuação de órgãos como

Conselho Tutelar, Rede de saúde, Conselho Regional de Assistência Social e

outros que são fundamentais para oferecer serviços essenciais aos nossos

alunos, suas famílias e as Unidades Educacionais de Sobradinho.

Acreditamos que teremos grandes avanços com a união desta rede de

proteção social e que as famílias atuando junto com a escola contribuirão para

que as nossas crianças se desenvolvam com segurança e autonomia.

Esperamos que com a semente plantada na Educação Infantil, elas cresçam

13

cidadãos conscientes, éticos e capazes de transformar nossa sociedade para

melhor.

EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM

O CEI 01 tem se consolidado como escola inclusiva, com grandes

desafios e perspectivas de atuação. Trata-se de um processo de construção

crescente que envolve toda a comunidade escolar. Aspectos como estratégias

pedagógicas, recursos didáticos específicos, bem como orientação familiar,

tem demandado estudos e planejamentos do grupo de educadores. Nossa

meta é fazer da educação infantil um espaço onde todos possam ter acesso a

trocas de aprendizagens, beneficiando-se mutuamente com as diferenças. A

escola deve atuar no sentido de adaptar-se as especificidades de cada aluno.

As relações entre os integrantes do contexto escolar influenciam

diretamente no processo de ensino-aprendizagem. Dessa maneira, a reflexão

sobre os vínculos estabelecidos entre os sujeitos e o potencial de crescimento

que há nestas relações geram possibilidades de otimização dos processos de

aprendizagem.

Acreditando que, como parte que somos nesta construção, podemos

assumir um papel de colaboradores, promovendo espaços de escuta, de apoio

e de reflexão sobre tais processos e concepções, construindo coletivamente

novas possibilidades de atuação dos profissionais de educação. Tal proposta

foi elaborada pela SEAA/SOE considerando a necessidade de constante

discussão sobre a temática da Inclusão, onde as possibilidades e necessidade

de oxigenação, favorecem estratégias interventivas inerentes à inclusão e ao

Currículo da Educação Infantil.

SALA DE RECURSOS

Desde 2007 temos sala de recursos, que promove condições de acesso,

participação e aprendizagem no ensino regular aos alunos com deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,

matriculados na rede pública de ensino regular, oferecendo atendimento

individualizado aos nossos alunos com necessidades educacionais especiais,

14

além de estimular outras crianças que apresentam dificuldades no

desenvolvimento (em processo de diagnóstico), crianças que foram

observadas pela equipe da escola (SOE,SEAA e SR). Conforme nota técnica

nº 04/2014/MEC/SECADI/DPEE sobre a não obrigatoriedade de laudo médico

para ingresso de aluno com deficiência no AEE, “o Atendimento Educacional

Especializado – AEE, visa promover acessibilidade, atendendo as

necessidades educacionais específicas dos estudantes público alvo da

Educação Especial, a fim de que possa se efetivar o direito desses estudantes

à educação” E ainda, que “a ausência de laudo médico ou relatório de

avaliação diagnóstica não se configura fator impeditivo de matrícula”. No artigo

10 “estabelece que a resposta diagnóstica oriunda das avaliações procedidas

pelo professor e pela equipe pedagógica da instituição educacional norteará as

ações pedagógicas e encaminhamentos a serem implementados, que poderá

contar com a colaboração de outros profissionais das áreas de saúde, do

trabalho, do serviço social, dentre outras, porém não estabelece a

obrigatoriedade”. A SR, SOE e EEAA, trabalha de forma integrada, ou seja, em

conjunto e com vistas a favorecer o melhor desenvolvimento de nossas

crianças nos aspectos social, afetivo e cognitivo. As atribuições do professor

são:

- Atuar como docente, nas atividades de complementação ou suplementação

curricular específica que constituem o atendimento educacional especializado;

- Articular com os professores das classes comuns, favorecendo o acesso

dos alunos com necessidades educacionais especiais e garantindo a

transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;

- Promover a interação dos alunos com necessidades educacionais

especiais em todas as atividades da escola, visando a inclusão. E também

disponibilizar recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no

processo de ensino e aprendizagem;

- Orientar as famílias desses alunos para o seu envolvimento e a sua

participação no processo educacional.

APOIO A COORDENAÇÃO:

Apoiar a coordenação e os professores na confecção de materiais

utilizados em sala de aula e nos planejamentos pedagógicos. Organizar a sala

15

dos professores e distribuir os materiais pedagógicos nos escaninhos de cada

professora.

3.2 - ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

O Centro de Educação Infantil 01 de Sobradinho dispõe em sua estrutura

física de um prédio contendo:

06 salas de aula – sendo duas adaptadas, com intuito de que cada sala de

aula seja um ambiente acolhedor e familiar para a criança. Cada sala tem

uma casa de bonecas com móveis, utensílios, jogos pedagógicos, alfabeto

móvel e brinquedos variados;

01 Sala de coordenação com mecanografia;

03 Banheiros infantis (masculino, feminino e deficiente);

01 Cantina;

04 Depósitos (de material escolar, de material de limpeza, de merenda

escolar e de materiais de reparo);

01 Pátio coberto;

01 Pátio coberto-pintado “Reino dos Brinquedos” com jogos pedagógicos:

amarelinha, caracol, destinado para recreação e atividades variadas;

01 Sala para secretaria e supervisão administrativa;

01 Sala para direção e vice direção;

01 Parque infantil- reformado com recursos da APM;

01 Casinha de bonecas – construída dentro do parque infantil;

01 Piscina pequena – com a capacidade de aproximadamente com 3.520

litros;

01 Piscina grande - com a capacidade de aproximadamente com 11.000

litros;

01 Parquinho na área da piscina

01 Sala de recursos.

01 Sala SOE/EEAA

01 Sala ATPP – Laboratório de Informática Educativa

16

4 - DIAGNÓSTICO DA REALIDADE ESCOLAR 2017 - 2018

COMO É NOSSA COMUNIDADE? DIAGNÓSTICO SÓCIO ECONÔMICO E

CULTURAL

Para uma compreensão melhor do contexto sócio econômico e cultural

peculiar da nossa clientela, e para a construção do diagnóstico inicial das

turmas elaborado pelas professoras, a escola anualmente levanta informações

sobre a realidade das famílias e das crianças, enviando para cada casa, um

QUESTIONÁRIO SÓCIO, ECONÔMICO E CULTURAL, que posteriormente é

tabulado nos dando um retrato do perfil das famílias da nossa comunidade,

especificamente de nossos alunos.

Os dados coletados nestes questionários são fonte de informação

específica sobre a criança e para levantamento de informações referentes ao

planejamento pedagógico.

Apresentaremos a seguir os resultados com base nas informações

coletadas no ano letivo de 2017 com projeção para 2018, uma vez que os

alunos matriculados em 2017 no 1º período ainda permanecem em 2018.

INFORMAÇÕES SOBRE AS FAMÍLIAS DOS ALUNOS DO CEI 01 DE

SOBRADINHO - TABULAÇÃO DE DADOS 2017/2018

BASE ESTATÍSTICA: Tabulação dos dados coletados nos Questionários Sócio

econômico e Cultural de 2017-2018, respondidos pelas famílias.

TOTAL GERAL DE ALUNOS: 251

TOTAL DE ALUNOS QUE ENTREGARAM O QUESTIONÁRIO

RESPONDIDO: 210 (86%)

17

18

19

20

5. MISSÃO E FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

MISSÃO

Propiciar um ambiente de valorização do outro onde a criança é

respeitada e aprende a respeitar, principalmente no que se refere as diferenças

de etnia, gênero, religião, necessidades especiais e outras. Desta maneira, a

escola utiliza atividades lúdicas e planejadas no sentido de oferecer uma

educação de qualidade à nossa Comunidade Escolar.

FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA

Consciente que a Educação Infantil é o primeiro espaço social da

criança, transpondo o limiar da família, primamos pela busca de novos

horizontes, na tentativa de não se alienar, e o CEI 01, é sempre questionado

sobre os objetivos da Educação Infantil. Há uma grande expectativa das

famílias sobre a alfabetização da criança aliada a algumas comparações do

tipo: Meu sobrinho tem a mesma idade do meu filho e já leva dever de casa e

está começando a ler. Afinal, para que a Educação Infantil?

UM ESPAÇO PARA APRENDER A LER E ESCREVER?

A Educação Infantil, segundo o artigo 29 da Lei de Diretrizes e Base da

Educação – LDB, tem como finalidade “o desenvolvimento integral da criança

de 0 a 05 anos em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,

completando ação da família e da comunidade” (Currículo em Movimento da

Educação Infantil p. 17).

Os desafios do mundo globalizado pressionam a forma de se educar.

Muitas crianças chegam na educação infantil com muitos conhecimentos e

requerem da escola mais e mais informações.

O ambiente da escola é sempre muito rico em estímulos visuais,

contendo textos, palavras, enfim estímulos e incentivos para o alcance do

letramento.

No caso específico do CEI 01 são atendidas crianças de 04 e 05 anos e

turmas de 1º e 2º período, nos turnos vespertino e matutino.

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UM ESPAÇO PARA DEIXAR OS FILHOS ENQUANTO OS PAIS

TRABALHAM?

De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF/88): tanto é direito

subjetivo das crianças com idade de 0 a 05 anos (artigo .208, IV), como é

direito dos trabalhadores urbanos e rurais em relação a seus filhos e

dependentes. (Art. 7º, XXV). Ou seja, a Educação Infantil ilustra

exemplarmente a indivisibilidade, a dependência recíproca que caracterizam os

direitos humanos a educação e ao trabalho. No Currículo em movimento da

Educação Básica houve grande progresso ao se aliar a ele função do

atendimento das crianças de 0 a 5 anos à educação, pois em décadas

anteriores ficava sob a responsabilidade da assistência social, e sobressaía a

função da guarda e do direito dos responsáveis ao trabalho.

5.1 - UMA INSTITUIÇÃO PARA EDUCAR E CUIDAR, BRINCAR E

INTERAGIR?

EDUCAR E CUIDAR

Para uma melhor compreensão desses termos recorremos ao Currículo

em Movimento da Educação Infantil que menciona: Desse modo, unir os dois

termos – educar e cuidar – mostrou-se uma necessidade histórica, visto que a

Educação Infantil foi por muito tempo responsabilidade da assistência social.

Somente a partir da Constituição Federal de 1988, (re) afirmou-se o caráter

educativo das instituições de Educação Infantil.

Por um lado, a associação foi fundamental para enfatizar que o ato de

cuidar vai além da atenção aos aspectos físicos, e educar é muito mais do que

garantir à criança acesso a certos conhecimentos.

Por outro, ao insistirmos a junção das duas palavras, podemos dar a

entender que as ações e intenções são divisíveis e que podem ser assumidas

por diferentes profissionais. Outro debate que advém da expressão discute o

fato de que todas as relações humanas pressupõem a necessidade do

cuidado. Assim, os processos educacionais implicam no cuidar.

Diante do cenário, a reflexão que se segue aponta um caminho

interessante e que se abre a nossa frente para o aprofundamento da questão:

Alguns autores sugerem que, talvez, o uso da expressão*‘cuidados

22

educacionais’ ponha em melhor foco o entendimento da indissociabilidade

dessas dimensões. Entretanto, como o uso da expressão “educar e cuidar” é a

mais presente no cotidiano das instituições, na produção acadêmica e nos

documentos oficiais, optamos por continuar a utilizá-la, tendo em mente a

necessidade de propor o debate de forma sistemática e participativa para toda

a rede.

Efetivamente, o que significa a concepção de cuidar, desvinculada do

educar? É certo que engloba o atendimento às necessidades em relação ao

sono, fome, sede, higiene, dor, controle esfincteriano, acolhida e adaptações,

garantia de segurança. E abrange o estímulo à curiosidade e expressividade

infantis, à mediação de aprendizagens, à recepção das demandas das famílias.

O cuidado é uma postura ética de quem educa.

BRINCAR E INTERAGIR

A Educação Infantil, participante no processo de formação humana dos

pequenos, pressupõe a presença de adultos que, por meio de suas relações

cotidianas com os bebês e as crianças pequenas, intervêm para promover as

aprendizagens e desenvolver hábitos e atitudes.

As aprendizagens exigem interação entre as pessoas. Na primeira

infância, as interações são muito importantes, tendo em vista que, por meio

delas, a criança irá interagir tanto com outras crianças, quanto com os adultos,

o que contribuirá efetivamente para seu desenvolvimento. Afinal, como

podemos definir as interações?

Interações são ações sociais, mutuamente orientadas, entre duas ou

mais pessoas, que podem motivar modificações no comportamento dos

envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece

entre eles. Ressalte-se que as interações se estabelecem entre as pessoas

desde o nascimento, a exemplo do que ocorre quando a mãe busca obter a

atenção do bebê por meio de sorrisos, de voz e de apresentação de objetos,

entre outros. Envolvem comunicação gestual, corporal e verbal e podem ser

harmoniosas ou antagônicas, imitativas ou de oposição às ações do parceiro.

Em suma, as interações, no espaço escolar, constituem-se como

possibilidades de ouvir o outro, conversar e trocar experiências, aprender junto.

A maneira como as interações acontecem no âmbito da instituição influencia na

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qualidade do processo de aprendizagens e desenvolvimento. À vista disto, o

coletivo, a troca de experiência, a relação com objetos, pessoas e os

elementos sociais e culturais contribuem decisivamente para a construção de

vínculos com o outro e com o conhecimento.

Nas interações se estabelece uma educação cuidadosa, a afetividade

tem papel importante por ser vital ao ser humano. Presente nos

relacionamentos humanos, na instituição educacional ganha peso por ter um

caráter constante, evidente e transformador. Infere-se que a afetividade é um

estado psicológico que permite ao ser humano manifestar sentimentos e

emoções, acompanhados da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou

insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.

Brincar é condição de aprendizagem e, por desdobramento, de

socialização. E, para as crianças, brincar é coisa muito séria, é uma das

atividades principais. Enfatize-se que essa atividade não é a que ocupa mais

tempo da criança, mas aquela que contribui de modo mais decisivo no

processo de desenvolvimento infantil.

Segundo Vygotsky (2008), a brincadeira cria a chamada zona de

desenvolvimento proximal, impulsionando a criança para além do estágio de

desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do

esperado para sua idade e mais além de seu comportamento habitual. Para o

autor, o brincar também libera a criança das limitações do mundo real,

permitindo que ela crie situações imaginárias. Ao mesmo tempo é uma ação

simbólica essencialmente social, que depende das expectativas e convenções

presentes na cultura. Quando duas crianças brincam de ser um bebê e uma

mãe, por exemplo, fazem uso da imaginação, mas, ao mesmo tempo, não

podem se comportar de qualquer forma; devem, sim, obedecer às regras do

comportamento esperado para um bebê e uma mãe, dentro de sua cultura.

Caso não o façam, correm o risco de não serem compreendidas pelo

companheiro de brincadeira.

Contudo, ninguém nasce sabendo brincar. Aprende-se pelas interações

com outras crianças e com adultos, pelo contato com objetos e materiais, pela

observação de outrem, pela reprodução e recriação de brincadeiras, pelas

oportunidades ofertadas para isto.

É ponto pacífico, portanto, que a brincadeira é a atividade principal que

24

permite e promove o desenvolvimento motor, cognitivo, moral e emocional da

criança. Isto não significa crianças no parque todos os dias sem supervisão e

orientação de adultos ou crianças em cantos manipulando brinquedos,

solitariamente. A criança, em todos os espaços e tempos da instituição

educacional, é o centro do planejamento curricular.

Priorizamos a aprendizagem aliada ao prazer de descobrir onde o lúdico

e o cognitivo se unem para efetivar a construção do conhecimento. Utilizando o

brincar como instrumento importante para o desenvolvimento físico e

emocional de nossas crianças, proporcionando também a humanização nas

relações sociais, num ambiente rico e prazeroso.

Propiciamos um ambiente de valorização do outro onde a criança é

respeitada e aprende a respeitar o outro principalmente nas diferenças. Dessa

forma, também trabalhamos a inclusão de crianças especiais.

Cabe à escola formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos,

conscientes de seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade

em que vivem preparados para participar da vida econômica, social e política

do país e aptos a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.

A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimentos,

habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo. Estas

aprendizagens devem constituir-se em instrumentos para que o aluno

compreenda melhor a realidade que o cerca, favorecendo sua participação em

relações sociais cada vez mais amplas, possibilitando a leitura e interpretação

das mensagens e informações que hoje são amplamente veiculadas,

preparando-o para a inserção no mundo do trabalho e para a intervenção

crítica e consciente na vida pública.

A escola, portanto, tem o compromisso social de ir além da simples

transmissão do conhecimento sistematizado, preocupando-se em dotar o aluno

da capacidade de buscar informações segundo as exigências de seu campo

profissional ou de acordo com as necessidades de desenvolvimento individual

e social.

Precisamos preparar nossos alunos para uma aprendizagem

permanente, que tenha continuidade mesmo após o término de sua vida

escolar. Isto significa que em sala de aula devemos estar preocupados em

desenvolver determinadas habilidades intelectuais sem as quais o aluno nunca

25

será capaz de uma aprendizagem autônoma. É necessário a cada momento

fazer o aluno pensar, refletir, analisar, sintetizar, criticar, criar, classificar, tirar

conclusões, estabelecer relações, argumentar, avaliar, justificar, etc.

Para isto é preciso que os professores trabalhem com metodologias

participativas, desafiadoras, problematizando os conteúdos e estimulando o

aluno a pensar, a formular hipóteses, a descobrir, a falar, a questionar, a

colocar suas opiniões, suas divergências e dúvidas, a trocar informações com o

grupo de colegas, defendendo e argumentando seus pontos de vistas. Um

aspecto importante a ser considerado no que se refere à formação da

cidadania diz respeito à formação de determinados valores, atitudes e

compromissos indispensáveis à vivência numa sociedade democrática, tais

como solidariedade, cooperação, responsabilidade, respeito às diferenças

culturais, étnicas e de sexo, repúdio a qualquer forma de discriminação e

preconceito. É função social da escola propiciar a formação destes valores.

Entretanto, valores não podem ser ensinados, mas devem ser vivenciados. É

preciso que a escola e o próprio professor deem testemunho daqueles valores

que direcionam sua ação, fazendo da escola um ambiente de vivência de

valores democráticos.

A função social se amplia a fim de converter-se em centro privilegiado de

educação, cidadania e cultura. A escola, enquanto instituição ética e

socializadora consiste num dos principais meios para a formação crítica e

cidadã. E para o exercício dessa incumbência a escola precisa assegurar a

realização de atividades que possuem relação com todos os aspectos que

envolvem a tarefa maior da escola: a qualidade em educação. Tendo como

objetivo o processo de ensino aprendizagem e a realização de atividades que

não possuem uma relação direta com o processo educativo, mas concorrem

para torná-lo efetivo, propiciando as condições básicas para que ele se realize,

assim podemos citar algumas:

Possuir autonomia, definindo e construindo seu próprio caminho pedagógico;

Oferecer instrumentos de compreensão da realidade local, onde a escola

considere a realidade na qual está inserida, promovendo a identidade

cultural do aluno;

Propor planejamento adequado com ações articuladas aos objetivos, assim

como programas de avaliação de desempenho;

26

Possuir um currículo contextualizado, que seja organizado e que assegure

as aprendizagens fundamentais estabelecidas para o país, mas que se

identifique com o contexto local;

Promover a inclusão e a participação dos educandos em relações sociais

diversificadas e cada vez mais amplas;

Estimular o exercício da cidadania;

Criar a ação educativa partilhada com a comunidade local, ultrapassando os

muros da escola;

Incentivar o professor a assumir sua condição de pesquisador, dentre tantas

outras.

Portanto cabe à escola o papel de educar e ensinar. Utilizar-se dos

conhecimentos filosóficos, para realizar uma pratica capaz de transformar os

conhecimentos científicos em conhecimentos capazes de gerar transformações

nas ações das pessoas. A educação, portanto, deverá ser capaz de oportunizar

conhecimentos para gerar ações que transformem a humanidade.

27

6 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

6.1 - PRINCÍPIO ORIENTADOR Nº 1 - GESTÃO ADMINISTRATIVA

VALORIZANDO O TRABALHO PEDAGÓGICO

6.1.1 - PLANO DE AÇÃO GESTÃO 2017/2018/2019

OBJETIVOS:

- Envolver a criança no processo educativo, por meio de brincadeiras e jogos,

transformando a escola num ambiente lúdico, dinâmico, criativo e prazeroso,

onde a fantasia e a realidade se misturam e onde ela se sinta respeitada e feliz;

- Planejar, juntamente com o grupo, o eixo do trabalho pedagógico que será

desenvolvido durante o ano letivo;

- Fortalecer as relações com a comunidade na qual a escola está inserida,

compartilhando responsabilidades com a mesma, de forma que esta se envolva

mais no processo educacional, passando a posicionar-se como colaboradora;

- Promover oficinas com os pais, reuniões com o Conselho Escolar, reuniões

pedagógicas, com dinâmicas e estudos;

- Desenvolver projetos de conscientização do uso correto da água,

alimentação saudável e reciclagem de lixo;

- Promover a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais,

de forma a envolver toda a comunidade escolar nesse processo de integração;

- Construir a proposta pedagógica dos anos letivos de 2017, 2018 e 2019, com

a participação de toda a comunidade escolar;

- Incentivar a formação continuada dos professores e auxiliares de educação,

- Buscar o fortalecimento do Conselho Escolar e de Segurança por meio da

participação efetiva dos segmentos que o compõem, garantindo uma gestão

democrática;

- Contribuir para o resgate do lúdico nas atividades pedagógicas

desenvolvidas, proporcionando à criança o aprender a aprender, o aprender a

fazer e o aprender a ser.

- Sensibilizar os profissionais quanto ao seu potencial, buscando novos

projetos, contribuindo assim para a melhoria da qualidade do ensino;

28

- Desenvolver e apoiar projetos e subprojetos sugeridos pelos docentes;

- Promover meios de incentivo para a participação dos pais e comunidade nas

atividades da escola.

- Respeitar as diferenças étnicas, culturais e religiosas.

METAS

- Utilizar o brincar como instrumento importante para o desenvolvimento físico e

emocional de nossas crianças, proporcionando melhor convivência no

ambiente escolar;

- Permitir que a criança relate suas experiências vividas diariamente na escola,

de forma criativa e espontânea;

- Oferecer oportunidades variadas para que as crianças construam sua

identidade e autonomia;

- Incentivar o trabalho participativo de toda a equipe;

- Incentivar a participação e conscientização da família na vida escolar de seu

filho.

- Envolver pais e filhos nos deveres voltados para práticas reflexivas que

envolvam valores, atitudes e mudanças de comportamento, estimulando a

prática construtiva nas relações pessoais e sociais;

- Incentivar a participação dos pais nas oficinas a serem oferecidas durante o

ano letivo;

- Incentivar a formação continuada para toda a comunidade escolar;

- Fortalecer o Conselho Escolar para maior autonomia da unidade;

- Desenvolver projetos que envolvam a preservação do meio ambiente, de

forma a garantir a qualidade de vida para atuais e futuras gerações;

- Conscientizar nossos alunos da importância de uma alimentação saudável,

das suas vantagens, buscando melhorar seus hábitos alimentares;

- Integrar os alunos ANEE’s nas atividades escolares, valorizando seus

potenciais;

- Promover estudos relacionados ao Projeto Político Pedagógico e do

Regimento Escolar envolvendo toda a comunidade escolar;

- Realizar diariamente atividades que proporcionem a aquisição da

aprendizagem significativa aliada ao prazer em descobrir, enfocando o lúdico

na efetivação e construção do conhecimento;

29

- Apoiar as ações que favoreçam a melhoria dos trabalhos pedagógicos a

serem realizados nesta instituição;

- Sensibilizar a comunidade escolar quanto a importância do respeito aos

valores étnicos, culturais e religiosos;

ESTRATÉGIAS

- Oferecer aos professores as condições e materiais necessários para realizar

as atividades e desenvolver os projetos propostos;

- Assegurar o atendimento dos alunos com necessidades educacionais

especiais pelo Atendimento Educacional Especializado, SOE e Equipe

Especializada de Apoio à Aprendizagem – EEAA

-Apoiar o trabalho do SOE e EEAA junto às famílias e aos alunos desta

instituição;

- Reivindicar monitores para atender os alunos ANEE’s;

- Realizar palestras e oficinas de interesse da comunidade escolar;

- Sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da inclusão;

- Realizar reuniões com exposição dos projetos realizados pelos professores

envolvendo a comunidade;

- Divulgar os eventos escolares a fim de sensibilizar a comunidade escolar

quanto a importância da participação nos mesmos;

- Realizar constantemente atividades que oportunizem a participação de todos

os alunos;

- Planejar atividades que priorizem jogos, brincadeiras, histórias, músicas,

teatro, psicomotricidade e artes plásticas.

- Promover passeios a teatro, cinema, zoológico e outros locais de interesse da

faixa etária da Educação Infantil;

- Articular com a rede de proteção social local, favorecendo os atendimentos

especializados necessários ao desenvolvimento das crianças;

- Promover grupos de estudos, debates, momentos de lazer, confraternização

com professores, alunos e funcionários.

- Apresentar à comunidade escolar as decisões tomadas pelo Conselho

Escolar;

- Reunir o Conselho Escolar e Equipe Escolar para avaliar e planejar novas

ações a serem desenvolvidas na instituição.

30

6.1.2 - GESTÃO ADMINISTRATIVA:

OBJETIVOS:

- Elaborar um Plano de Segurança Orgânica;

- Zelar pelos bens patrimoniais da escola;

- Proporcionar uma merenda escolar de qualidade, enriquecida e saborosa aos

nossos alunos;

- Assegurar uma Gestão Democrática na escola, garantindo a participação

efetiva de toda a comunidade escolar;

- Buscar o fortalecimento do Conselho de Segurança;

- Buscar melhorias para tornar o espaço físico mais agradável;

- Manter as instalações físicas e áreas de lazer em bom estado de

conservação;

- Revitalizar a área de lazer da escola (parque e piscina);

- Manter o atendimento, com qualidade, para os nossos alunos, do Laboratório

de Informática;

- Manter, dentro do ambiente escolar, relações interpessoais sadias e

prazerosas;

- Manter e melhorar a limpeza das instalações escolares;

METAS:

- Planejar ações que visem à melhoria da segurança dos ativos da escola;

- Conscientizar os funcionários da escola a cuidar do patrimônio;

- Oferecer um lanche enriquecido e saboroso aos alunos;

- Manter uma relação dialética e democrática, onde todos os envolvidos no

processo educacional tenham o direito de expressar suas vontades e opiniões.

- Fortalecer o Conselho de Segurança;

- Planejar ações para melhorar a qualidade física da escola;

- Melhorar as instalações físicas do parque, piscina e pátio interno;

- Manter a qualidade do atendimento do Laboratório de Informática;

- Assegurar a comunidade escolar um ambiente limpo e agradável;

ESTRATÉGIAS:

- Implementar a utilização de circuito interno de câmeras e TVs;

31

- Construir guaritas nos portões de entrada e saída para assegurar melhores

condições de segurança aos nossos alunos;

- Aperfeiçoar os mecanismos de segurança;

- Orientar os profissionais da merenda na preparação do lanche;

- Oferecer sempre complementos para a merenda escolar;

- Buscar atender as necessidades de materiais de informática para o

Laboratório;

- Zelar pela manutenção do prédio e da área de lazer desta unidade escolar;

- Proceder periodicamente a conferência do patrimônio para que nada se

extravie;

- Promover mensalmente reuniões com o Conselho Escolar e de Segurança

buscando ações conjuntas para resolução de problemas apresentados;

- Valorizar e respeitar toda a comunidade escolar;

- Melhorar a convivência democrática no ambiente escolar.

6.1.3 - GESTÃO FINANCEIRA:

OBJETIVOS:

- Gerir de forma transparente os recursos públicos do PDAF e PDDE

- Promover a gestão financeira da escola de forma transparente e participativa,

de acordo com os princípios da autonomia;

- Administrar os recursos provenientes da contribuição voluntaria de Pais e

Mestres, por meio da A.P.M. (Associação de Pais e Mestres), sempre em prol

da melhoria e manutenção do espaço físico da escola, dos materiais de

manutenção e da complementação da merenda;

- Sensibilizar a comunidade escolar quanto à necessidade da importância da

contribuição voluntária, por meio da A.P.M., mantendo o compromisso com o

pagamento mensal.

METAS:

- Aquisição de materiais pedagógicos, manutenção de equipamentos,

brinquedos para o parque e sala de aula;

- Manter a prestação de serviço de limpeza e manutenção da piscina e área de

lazer;

- Aquisição de bens permanentes para compor o acervo da escola;

32

- Buscar recursos para efetivação que se fizerem necessários durante o nosso

mandato;

- Planejar o repasse do PDDE e PDAF, junto com o corpo docente e Conselho

Escolar, bem como o cumprimento do prazo certo das prestações de contas;

- Coordenar e supervisionar os serviços de empresas terceirizadas,

prestadoras de serviços à escola;

ESTRATÉGIAS:

- Economizar nos gastos com recursos públicos;

- Realizar eventos e promoções, visando adquirir recursos financeiros para a

escola;

- Incentivar a contribuição voluntaria da A.P.M.;

- Prestar contas do PDAF e PDDE junto com o corpo docente e Conselho

Escolar;

- Garantir o acesso as prestações de contas da APM, a toda a comunidade

escolar, que serão analisadas e avaliadas constantemente pelo Conselho

Fiscal da APM.

- Garantir a aplicação de recursos em materiais úteis para melhoria do espaço

físico e trabalho pedagógico.

6.2 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº 2 – ESCOLA INCLUSIVA

O CEI 01 tem feito várias reflexões sobre o processo de inclusão,

principalmente no estudo do Currículo de Educação Infantil e se preocupa

quanto às perdas que as escolas inclusivas sofrem com a diminuição do

número de alunos devido à necessidade de reduções de turmas para melhor

atender os alunos especiais. As escolas inclusivas são penalizadas, pois

quanto mais alunos especiais recebem, menos recursos financeiros e humanos

lhe são enviados, contradizendo a lógica do atendimento de qualidade.

Ressalta-se que ainda temos muitos desafios para alcançar um

processo inclusivo mais próximo do que preconizam os marcos internacionais

da Inclusão como a Declaração de Salamanca. O CEI 01 tem feito várias

reflexões sobre o processo de inclusão, principalmente no estudo do Currículo

de Educação Infantil e se preocupa quanto às perdas que as escolas inclusivas

sofrem com a diminuição do número de alunos devido à necessidade de

33

reduções de turmas para melhor atender aos alunos especiais. As escolas

inclusivas são penalizadas, pois quanto mais alunos especiais recebem, menos

recursos financeiros e humanos lhe são enviados, contradizendo a lógica do

que preconizam os documentos oficiais sobre atendimento de qualidade.

A Declaração de Salamanca (Salamanca - 1994) é uma resolução

das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em educação

especial. Adotada em Assembleia Geral, apresenta os Procedimentos-Padrões

das Nações Unidas para a Equalização de Oportunidades para Pessoas com

Deficiência. É considerada mundialmente um dos mais importantes

documentos que visam a inclusão social, juntamente com a Convenção sobre

os Direitos da Criança e da Declaração Mundial sobre Educação para Todos.

Faz parte da tendência mundial que vem consolidando a educação inclusiva.

A sua origem é atribuída aos movimentos em favor dos direitos

humanos e contra instituições segregacionistas, movimentos iniciados a partir

das décadas de 1960 e 1970.

Como exposto por Fávero; Ferreira; Ireland; Barreiros (2009):

A Declaração de Salamanca, além de considerar as crianças com

deficiência e as superdotadas, já ampliava a concepção de

necessidades especiais para englobar também as crianças que vivem

nas ruas e que trabalham, as crianças de populações distantes ou

nômades, as crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e

as crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidos ou

marginalizados (FÁVERO; FERREIRA; IRELAND; BARREIROS,

2009).

Além dos marcos internacionais, a inclusão tem previsão legal na

Constituição Federal – 1988, na Lei de Diretrizes e Base da Educação e em

diversas regulamentações propostas pelo Ministério da Educação.

A escola atende nos períodos matutino e vespertino turmas de Classes

Pré Inclusiva – CPI (uma em cada turno), autorizada a atender duas crianças

especiais em cada turma, diagnosticadas com autismo. As atividades são

devidamente adaptadas de acordo com o planejamento pedagógico e as

possibilidades das crianças.

34

Ressalta-se que o CEI 01 abriu a primeira CPI em 2012 permanecendo

até este ano letivo com bons resultados pedagógicos. Há vários anos nossa

escola vem trabalhando a inclusão de crianças especiais.

Em 2018 funcionam na escola 14 turmas, 6 de 1º período e 6 de 2º

período e 2 Classes especiais. Procuramos sempre integrar os alunos

especiais na rotina escolar e socializá-los com os colegas, professores e todos

que atuam na escola, fazendo com que se sintam respeitados, valorizados e

amados.

As professoras também proporcionam às crianças momentos de

vivência em classe comum com o objetivo de possibilitar ampliação da

socialização e participação de atividades pedagógicas de forma coletiva.

Um dos grandes objetivos do trabalho com esses alunos é reforçar a

autonomia e criar oportunidades para que exercitem atividades de vida diária,

valorizando a convivência com outras crianças na escola e fora dela também.

Para auxiliar as professoras que atendem essas crianças especiais,

contamos com uma monitora de Educação Especial, esta foi aprovada no

último concurso para o cargo, e realiza um trabalho conjunto em sala de aula.

Além desta, contamos com 10 monitores, do Projeto Educador Social

Voluntário.

A experiência como escola inclusiva ensina a investigar, pesquisar,

estudar, buscar alternativas pedagógicas para atendimento às especificidades

dos alunos. Tem despertado para um novo olhar avaliativo voltado para as

sutilezas no desenvolvimento das crianças, respeitando o tempo e espaços de

aprendizagem de cada uma. A escola vai se tornando mais sensível em

relação à inclusão, a socialização, aprendizagem, interação, desenvolvimento e

o respeito às diferenças. A escola inclusiva tende a ser mais humanizada,

criativa, comprometida à medida em que há corresponsabilização com o

processo de aprendizagem e colaboração. Dentre conflitos de ideias e

concepções pedagógicas o grupo da escola vai buscando rumos e se

fortalecendo, superando conflitos. Acredita-se que as crianças deficientes se

beneficiam juntamente com as demais da oportunidade de aprenderem juntas,

porém não cabe concluir que o processo de inclusão é simples e acontece sem

obstáculos, mas é identificável que os educadores não possuem instrumentos,

capacitação, espaço físico, recursos didáticos, materiais, humanos adequados

35

para o imenso desafio de educar crianças pequenas, sejam elas deficientes ou

não. Porém, realmente o que acontece é que faz parte da natureza do

educador uma inquietude que o impulsiona a desafiar sua prática. Mesmo

munidos de competência acadêmica e boas condições no âmbito educacional,

nossa prática deve ser cotidianamente repensada, reformulada. A intensidade

das diversidades que a escola acolhe, nos faz repensar que modelo de escola

serve a tão distintos seres humanos. Então, os educadores estão na escola,

não estão prontos, pois se preparam a cada instante para mediar no espaço

escolar as mais diferentes situações de aprendizagem.

6.3 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº 3 - PLANEJAMENTO COLETIVO:

O CEI 01 realiza o planejamento pedagógico coletivo, com a

participação dos professores, coordenadora,

orientadora educacional, pedagoga institucional,

professora da Sala de Recursos, professora da Sala de

Informática e com a participação da direção.

Em cada ano letivo, cria-se um projeto norteador, com um tema

específico para ser trabalhado. Parte-se da preocupação em oferecer uma

educação que seja prazerosa e de qualidade. Durante a semana pedagógica,

os professores dão ideias e trazem sugestões para serem apreciadas. Todo o

grupo de professores e equipe gestora participa da escolha. São temas da

36

vivência das crianças, que são contextualizados baseados no Currículo da

Educação Infantil da SEDF. O ano já se inicia com uma perspectiva de busca

de ideias e um planejamento cuidadoso para aliar o tema escolhido aos eixos

do trabalho na Educação Infantil, que são: Educar e cuidar; Brincar e interagir.

Alguns temas que já foram trabalhados em anos anteriores: Bosque

Encantado, Sítio do Pica pau Amarelo, Contos de Fadas, Fantástica Fábrica de

Brinquedos; Aprendendo com o Menino Maluquinho, Parque de Diversões e

Viagens Fantásticas foram temas trabalhados anteriormente. O tema escolhido

para o ano de 2018 foi “Brincando e Aprendendo com o Circo”. A partir desse

projeto, inteiramente construído com a participação dos educadores, os

componentes curriculares constantes no Currículo, são apresentados às

crianças de forma lúdica e criativa.

O espaço da Coordenação Pedagógica é utilizado para elaboração dos

planejamentos semanais, configurando-se também como espaço de formação

e avaliação das práticas pedagógicas da escola.

O planejamento se dá nos três dias destinados ao mesmo,

coletivamente, de maneira que as professoras de um turno possam

complementar as ideias das professoras do outro turno. A coordenadora fica

responsável de fazer essa ponte, compartilha informações pertinentes e

complementa quando necessário o planejamento.

O trabalho pedagógico da escola é realizado coletivamente, tornando-se

um diferencial positivo para o desenvolvimento dos projetos. As nossas

coordenações contam diariamente com a presença de todo o grupo de

professoras e coordenadoras no horário contrário de regência. Os momentos

de coordenação são ricamente aproveitados para o planejamento e preparação

do trabalho a ser realizado com nossas crianças. Para consistência e êxito do

trabalho pedagógico, reconhecemos que se deve privilegiar a ludicidade e a

fantasia presentes diariamente nas atividades planejadas, considerando cada

estágio do desenvolvimento infantil. Buscamos assim alcançar aprendizagens

significativas tão necessárias na formação futura de nossas crianças.

Os professores desta escola procuram sempre a formação continuada,

participam de palestras, oficinas, cursos e seminários de educação. Estão

preocupados em enriquecer a prática pedagógica e favorecer a reflexão sobre

37

temas atuais, isso acaba refletindo positivamente na relação aluno e professor

e consequentemente, na melhoria da prática educativa em sala de aula.

6.4 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº4 - COORDENAÇÃO COLETIVA:

No ano de 2017 a coordenação coletiva da escola encontra-se

regulamentada PORTARIA Nº12, DE 13 de janeiro de 2017. Dispõe sobre os

critérios referentes à atuação dos servidores integrantes da Carreira Magistério

para o Pedagogo - Orientador Educacional e para os professores que atuam no

Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem com carga horária de

quarenta horas semanais, no regime de vinte mais vinte horas semanais, a

coordenação pedagógica dar-se- á: I - às quartas-feiras destinadas à

coordenação coletiva na unidade escolar; II - às segundas-feiras, no turno

matutino, e às sextas-feiras, no turno vespertino, destinadas à coordenação

pedagógica individual, podendo ser realizada fora do ambiente da unidade e s

c o l a r. § 1º Para o Pedagogo - Orientador Educacional e para os professores

que atuam no Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem, vinte horas

semanais, a coordenação pedagógica dar-se-á de acordo com seu turno de

trabalho: I - semanalmente da coordenação pedagógica coletiva da unidade

escolar; II - em outro dia da semana, participará da coordenação pedagógica

individual, cujas atividades poderão ser desenvolvidas fora do ambiente da

unidade escolar. § 2º Excepcionalmente, a critério da Coordenação Regional

de Ensino, a coordenação pedagógica coletiva poderá ser realizada na

Unidade Regional de Educação Básica. Art. 32. Será de responsabilidade da

Unidade Regional de Educação Básica, bem como da Coordenação Regional

de Ensino, o planejamento e a execução da coordenação

pedagógica da Coordenação Regional de Ensino, sob a

supervisão da Subsecretaria de Educação Básica, por

meio de suas Coordenações e Diretorias.

As coordenações contam com a presença da direção, uma vez por

semana também participam a professora da sala de recurso, informática,

orientadora e pedagoga, bem como todo o grupo de professoras, no horário

contrário de regência. Os momentos são aproveitados para o planejamento

pedagógico, onde o coordenador lidera o trabalho, instigando a participação de

38

todos na construção do planejamento diário, como também para confecção de

materiais, reflexões e troca de experiências. Para consistência e êxito do

trabalho, a escola reconhece que deve privilegiar a ludicidade e a fantasia

presentes diariamente nas atividades planejadas. Busca-se alcançar

aprendizagens significativas tão necessárias na formação futura das crianças.

6.5 - PRINCÍPIOS ORIENTADORES Nº 5 - PROJETO TEMÁTICO ANUAL

“ BRINCANDO E APRENDENDO COM O CIRCO”

Período de duração: 1 ano

Público alvo: 1º e 2º períodos da Educação Infantil

OBJETIVOS GERAIS

-Desenvolver um trabalho interdisciplinar de maneira lúdica e prazerosa

partindo do tema gerador “o CIRCO”, que estará presente ao longo do ano,

permeando todos os eixos do currículo da Educação Infantil.

- Proporcionar situações de aprendizagem que permitam aguçar a criatividade

e a imaginação das crianças.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Aumentar o repertório de brincadeiras infantis;

2. Participar de situações de socialização;

3. Participar de jogos que sejam trabalhadas regras em grupo;

4. Registrar, de diferentes formas, o brincar;

5. Desenvolver a comunicação e expressão através de jogos e brincadeiras,

ampliando as possibilidades expressivas do próprio corpo;

6. Aprender a brincar respeitando regras e limites;

7. Vivenciar o faz de conta;

8. Promover a interação escola x comunidade;

9. Conscientizar as famílias sobre a importância do brincar, imaginar, fantasiar,

criar;

10. Experimentar e incorporar valores vivenciados nas brincadeiras;

11. Adquirir novos conhecimentos.

39

7 - OBJETIVO GERAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Assegurar à criança atividades curriculares estimuladoras

proporcionando condições adequadas para promover o bem-estar e o

desenvolvimento da criança, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual,

moral e social, mediante a ampliação de suas experiências e o estímulo ao

interesse pelo conhecimento do ser humano, da natureza e da sociedade, num

ambiente humanizado e prazeroso.

7.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Além do objetivo geral e dos previstos na LDB, nº 9394/96, temos ainda

os seguintes objetivos específicos:

Desenvolver as competências e habilidades contempladas no currículo

da Educação Infantil utilizando o lúdico como condutor principal do nosso

trabalho.

Oferecer uma prática educativa voltada para os valores éticos e morais,

respeitando a diversidade cultural e desenvolvendo o senso crítico.

Oferecer oportunidades variadas para que a criança da Educação Infantil

construa sua identidade, sua autonomia, amplie progressivamente os seus

conhecimentos de mundo e esteja integrado e socializado na família, na escola

e na sociedade.

Garantir às crianças oportunidades de lidar, de forma sistematizada e

estruturada, com as informações do meio, criando condições de construir

conhecimentos e elaborar ideias transformadoras sobre o mundo.

Envolver a criança no processo educativo, por meio de brincadeiras e

jogos, transformando a escola num ambiente lúdico, dinâmico, criativo e

prazeroso, onde fantasia e realidade se misturam; e onde ela se sinta

respeitada e feliz.

Gerir os recursos financeiros do programa de gestão compartilhada

dentro dos princípios da ética e legalidade.

Buscar o fortalecimento do Conselho Escolar visando garantir uma

gestão verdadeiramente compartilhada.

40

Assegurar a gestão democrática na Escola garantindo a participação

efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar.

Oportunizar a vivência com diferentes crianças para vencer

preconceitos, respeitando as diferenças e incentivando a cooperação e a

fraternidade.

Observar e explorar o ambiente com atitude de curiosidade, percebendo-

se cada vez mais como integrante, dependente e agente transformador do

meio ambiente, valorizando atitudes que contribuem para sua conservação.

Resgatar os valores de moral e civismo no ambiente escolar, levando as

crianças desde cedo ao respeito à Pátria e aos seus símbolos.

41

8 - PRINCÍPIOS NORTEADORES

8.1 - PRINCÍPIOS ÉTICOS

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, dispostas na

Resolução 01/99 de 07/04/1999 mencionam que os Princípios Éticos estão

relacionados com a autonomia, responsabilidade, solidariedade e o bem

comum.

A instituição de educação infantil é habitada por um grupo de adultos e por

um grupo de crianças. É, portanto, um espaço coletivo de convivência, onde

acontecem interações entre as crianças e adultos. Essas interações devem ser

formadoras, no sentido de que devem ser baseadas nos valores sociais que

fundamentam a proposta pedagógica. A cidadania, a cooperação, o respeito às

diferenças e o cuidado com o outro são aprendidos na vida cotidiana. Por isso

o papel dos educadores e das famílias é muito importante. Não podemos

esperar que as crianças desenvolvam atitudes éticas se os adultos não as

demonstram em sua forma de atuar na escola, com as crianças, os colegas e

as famílias.

O CEI 01 considera essencial trabalhar com as crianças sob a ótica da

ética, não de forma estanque no momento do projeto de valores específicos

que a escola desenvolve, mas têm-se como estratégia pedagógica prioritária

que todos os momentos do cotidiano escolar devam ser propícios para abordar

e refletir com as crianças sobre atitudes. E assim procuramos atuar, confiantes

que nessa faixa etária muito se pode fazer para fortalecer as interações

humanas positivas e enriquecedoras.

De acordo com o Currículo em Movimento da Educação Básica do DF os

princípios éticos referem-se à valorização da autonomia, da responsabilidade,

da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às

diferentes culturas, identidades e singularidades.

O trabalho educativo organiza-se e estrutura-se de modo a assegurar as

crianças à manifestação de seus interesses, desejos e curiosidades, a

valorização de suas produções, o apoio à conquista da autonomia na escolha

de brincadeiras e de atividades, de modo a viabilizar:

42

- A ampliação das possibilidades de aprendizado e de compreensão de

mundo e de si próprio;

- Construção de atitudes de respeito e solidariedade, fortalecendo a

autoestima e os vínculos afetivos;

- Combate ao preconceito, discriminações negativas e bullying;

- Conquista da independência, inclusive nos cuidados pessoais diários;

- Aprendizado sobre o valor de cada pessoa e dos diferentes grupos

culturais;

- Aquisição de valores, como os da inviolabilidade da vida humana, a

liberdade e a integridade individuais, a igualdade de direitos de todas as

pessoas, a igualdade entre homens e mulheres, assim como a solidariedade a

grupos vulneráveis política e economicamente.;

- Respeito à diversidade religiosa e cultural e combate a toda forma de

racismo, machismo, sexismo e homofobia;

- Respeito a todas as formas de vida, o cuidado de seres vivos e a

preservação dos recursos naturais;

- Cuidado com os bens materiais e patrimônio histórico-cultural.

8.2 - PRINCÍPIOS POLÍTICOS:

O Currículo em Movimento da Educação Básica do DF, diz que esses

princípios se referem à garantia dos direitos de cidadania, o exercício da

criticidade e do respeito à democracia. A criança, produtora e consumidora de

cultura, é participante da vida social, modifica e é modificada pelas interações

que estabelece com o outro, com a cultura e com o ambiente, por meio das

múltiplas linguagens. Dessa forma, a instituição deve proporcionar-lhe:

- Formação participativa e crítica;

- Contextos que lhe permitam expressar sentimentos, ideias,

questionamentos;

- Situações em que aprenda a opinar e considerar os sentimentos e a

opinião dos outros sobre um acontecimento, uma reação afetiva, uma ideia, um

conflito;

- Experiências bem-sucedidas de aprendizagens e oportunidades para o

alcance de aquisições afetivas e cognitivas;

43

- Ampliação das possibilidades de cuidar e ser cuidada, de se expressar,

comunicar e criar, de organizar pensamentos e ideias, de conviver, brincar e

trabalhar em grupo, de ter iniciativa e buscar soluções para os problemas e

conflitos que se apresentam às mais diferentes idades.

8.3 - PRINCÍPIOS ESTÉTICOS:

Abordando ainda as Diretrizes Curriculares Nacionais, temos os Princípios

Estéticos voltados para a sensibilidade, criatividade, ludicidade, diversidades

artísticas e culturais, habilidades essas altamente valorizadas na educação

infantil. Sabe-se que as crianças se expressam por meio de diferentes

linguagens plásticas, simbólicas, musicais e corporais. Muitas oportunidades

são oferecidas às crianças para vivenciar os aspectos estéticos na infância:

brincadeiras com sons, ritmos, e melodias com a voz, construção com as

próprias crianças de instrumentos musicais e descoberta de outros objetos

sonoros. As professoras possibilitam que as crianças ouçam, cantem diferentes

tipos de músicas. Incentivam que produzam pinturas, desenhos, esculturas,

com material diversos e adequados a faixa etária. Várias brincadeiras são

exploradas, juntamente com gestos, canções, recitações, poemas, parlendas.

O universo de exploração estética é muito rico. O incentivo a exploração do

meio ambiente e do espaço que cerca a criança é outra forma de tratar o tema.

Outros projetos da escola, também são oportunidades de vivenciar esses

princípios.

Acreditamos que as crianças tendo experiências agradáveis, variadas e

estimulantes desenvolverão habilidades relevantes para sua compreensão do

mundo.

De acordo com o Currículo em Movimento da Educação Básica do DF,

esses princípios referem-se ainda à valorização da sensibilidade, da

criatividade, da ludicidade e da pluralidade de manifestações artísticas e

culturais.

O envolvimento da criança com as manifestações artísticas, oportunizam o

desenvolvimento da imaginação, de habilidades criativas, da curiosidade e da

capacidade de expressão nas múltiplas linguagens (gestual, corporal, plástica,

verbal, musical, escrita e midiática, entre outras), a partir de estímulos

44

sensoriais e pela leitura e releitura, criação e recriação, apropriando-se de

muitos saberes. Para isso, é necessário que haja:

- Valorização do ato criador das crianças, garantindo-lhes a participação em

experiências diversificadas;

- Organização de um cotidiano de situações agradáveis, estimulantes, que

desafiem o que sabem sem ameaçar sua autoestima nem promover

competitividade;

- Possibilidade de apropriar-se de diferentes linguagens e saberes que

circulam em nossa sociedade, selecionados pelo seu valor formativo em

relação aos objetivos definidos pelo projeto político-pedagógico em

desenvolvimento;

- Oportunidade de apreciação de suas próprias produções e a exposição a

adultos e outras crianças.

O referido currículo ainda ressalta que esses princípios também devem

guiar as relações dos adultos (profissionais e famílias) para que lhes sejam

dados suportes na consolidação da educação infantil.

45

9 - ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

A organização do trabalho pedagógico na escola é estruturada de

acordo com a carga horária das professoras que atuam em 40h semanais, na

jornada ampliada, das quais 25h em regência de classe e 15h em coordenação

pedagógica. O período destinado à coordenação é utilizado para o

planejamento coletivo onde se dá a troca de experiências, pesquisa, estudos,

avaliação, debates, confecção de materiais, formação (na própria escola,

GREB, EAPE...), sob a orientação da Coordenadora Pedagógica que articula a

teoria á prática e a coordenação individual que pode acontecer em outro

espaço diferente do da escola.

O planejamento se dá diariamente, nos três dias destinados ao mesmo,

coletivamente, de maneira que, as professoras de um turno possam

complementar as ideias das professoras do outro turno. Os resultados são

positivos possibilitando a avaliação e o redimensionamento do trabalho em

relação às aprendizagens.

Nas quartas, contamos com a participação da equipe do SOE (Serviço

de Orientação Educacional) e da professora da sala de recurso. Nas 25h

destinadas à regência, os alunos (as) são atendidos (as) em turnos de 5 horas

diárias, no matutino ou no vespertino, de segunda a sexta-feira, em salas de

aula previamente preparadas e organizadas de acordo com as necessidades e

interesses das crianças.

As práticas pedagógicas desenvolvidas têm como eixo integrador do

currículo o “Educar e cuidar, brincar e interagir e os eixos transversais:

educação para a diversidade; educação para a sustentabilidade;

educação para e em direitos humanos e educação para a cidadania” que

são abordadas através das seguintes linguagens: Cuidado consigo e com o

outro; interações com a natureza e sociedade; linguagem oral e escrita;

linguagem artística, linguagem matemática; linguagem corporal e

linguagem digital.

Sendo assim, organizamos o trabalho, levando sempre em consideração

o tempo, os ambientes, os materiais, os objetivos, conteúdos, interesses e

características das crianças, promovendo diversas situações didáticas para que

ocorram aprendizagens significativas, a saber:

46

RELAÇÃO TEMPO E ESPAÇOS

> SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES: PLANEJAMENTO DIÁRIO

> ATIVIDADES PERMANENTES:

Entrada no pátio

Rotina

Rodas de conversa (Calendário, quantos somos fichário, etc.).

Reunião de pais

Circuitos psicomotores, multissensoriais, jogos, etc.

Dia do vídeo

Piscina

Parque

Reino dos Brinquedos

Rua de Lazer

Semana da criança

Semana literária

Semana de adaptação

Festa das regiões

Festa de encerramento (Culminância do ano letivo)

Sanfona do Grafismo

Psicogênese na escrita

Alfabeto divertido

Dia do brinquedo

Atividades Ocasionais:

Passeios/Excursões

Ainda sobre a organização dos espaços e tempos na Educação Infantil, a

Professora Rolé, 1º e segundo período, trouxe uma importante contribuição

a respeito do dimensionamento do tempo e espaço na escola. O documento

abaixo é utilizado pela Escola para organização do trabalho pedagógico.

O trabalho pedagógico no CEI 01 tem como pressupostos básicos a

proposta contida no documento que transcrevemos a seguir, escrito por uma

47

professora de nome Rosileide Salim (Rolé), apresentando o passo a passo da

rotina da escola.

9.1 - VADE-MECUM EDUCAÇÃO INFANTIL – PROFESSORA ROLÉ CEI 01

Sempre que chega alguma profissional sem experiência na Educação

Infantil, fico pensando o quanto a SEEDF pouco ou nada se importa com as

crianças e com as professoras, já que é como se caíssem na boca de um leão.

Pois bem, decidi passar o sábado e o domingo elaborando uma espécie de

Vade-mecum para Educação Infantil, à luz da minha experiência. A intenção

desse material de apoio é facilitar o trabalho dos que aqui estão chegando,

afim de que conheçam um pouco da Rotina na Educação Infantil. Não pretendo

com isso, impor nenhuma conduta, até porque, tudo aqui é muito dinâmico e

brevemente cada um encontrará seu jeito de estruturar sua rotina. É claro que

também, não consegui demonstrar tudo o que acontece no nosso dia a dia,

mas espero ter contribuído para o sucesso do seu trabalho.

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL 01 DE SOBRADINHO

Instruções para professores iniciantes a luz da minha experiência na

Educação Infantil.

ATIVIDADES DE ROTINA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

1. ENTRADA EM SALA:

Orientar as crianças que:

Se sentem ás mesas com suas mochilas e que peguem as agendas;

A professora chamará grupo por grupo para colocarem a agenda no local

combinado.

Chamará aluno por aluno para a rodinha de acordo com a agenda verificada.

É uma forma de a prof.ª saber quem entregou ou esqueceu a agenda em

casa, além de organizar as crianças sentadas para a rodinha e um bom

momento para separar as agendas que tem recados, dinheiros, etc.

Todo dia perguntar se tem bilhetes, recados, etc. dos pais.

Deixar as agendas preparadas para possíveis bilhetes;

48

No momento apropriado, encaminhar a criança com a agenda para realizar

pagamentos à Direção.

Colar recadinhos desejando bom fim de semana se assim desejar

2. RODA DE CONVERSA:

Organize sua sala de forma que as crianças consigam formar uma roda.

(Combine com sua colega de sala como será a disposição dos móveis para

isso)

Propor ás crianças que:

Deem as mãos para formar uma roda.

Faça alongamentos, ginásticas, cante, dance, brinque ou ainda lhes

apresente alguma música que as tranquilize.

Se sentem com as pernas cruzadas ou de forma confortável, contanto que

não atrapalhem o coleguinha nem a intervenção da professora.

* OBS: sempre que a exploração for no quadro, as crianças deverão se

posicionar de frente para o mesmo.

Se em meio sua exposição às crianças demonstrarem cansaço, peça que se

levantem e brinque um pouco de esticar o corpo, saltitar, imitar animais, etc.

Em seguida PEÇA QUE SE SENTEM e retome a ponto de onde parou.

3. QUANTOS SOMOS DE VARIADAS FORMAS:

Posicionar as crianças de forma que todas possam ver e participar da

exploração.

4. FICHÁRIO (CHAMADINHA):

Obrigatório o uso do fichário com números e fichas dos nomes, explorando-o

de forma diversificada.

5. AJUDANTES DO DIA:

Combinar com as crianças, quais as atribuições dos ajudantes do dia.

Escolher os ajudantes por meio de sorteio, ordem do fichário, ordem

alfabética, duplas, etc. (combinar com as crianças).

49

6. MATERIAIS DE USO COLETIVO:

Organizar por grupos

Separar os materiais em potes.

Ex: latas de giz de cera, latas de lápis de escrever, de canetinha, canetão,

borracha, tesouras, etc.

OBS: Não é recomendável misturar todos esses materiais no mesmo

recipiente.

7. FILA:

Ás vezes me pergunto: em que lugares as pessoas precisam se deslocar em

fila para irem de um ponto para outro? Isso é resquício do regime militar e o

deslocamento em fila é utilizado nas prisões onde os corpos têm que ser

disciplinados e controlados. Criança é movimento, corpos controlados e

disciplinados não combinam com os atores da Educação Infantil, nesse

sentido, sugiro que ensinemos, ou melhor, que criemos juntamente com as

crianças, outras estratégias de deslocamento e que a fila sirva e seja

utilizada como uma técnica de organização para pegar o lanche, esperar sua

vez, etc.

Ex: Andar calmamente, em duplas, de mãos dadas ou não, lado a lado,

sozinhas, em grupos, a frente da professora para que a mesma possa não

as perder de vista.

Caso insistam no deslocamento em fila

Organizá-la em meninos, meninas, meninos e meninas, ordem de tamanho,

do maior para o menor e vice-versa, ordem alfabética, em duplas de mãos

dadas, etc. O importante é que toda criança tenha oportunidade de ser a

primeira da fila um dia, se assim o desejar e que tenha o direito de se

enquadrar na forma que lhe convier.

Evitar que andem com as mãos nos ombros (o tempo da marcha das

pessoas não é igual) ou com as mãos para trás, feito prisioneiros,

combinando que devem andar calmamente, um atrás do outro.

8. HORA DO LANCHE

Orientar as crianças com relação a:

50

Não é preciso correr para entrar na fila do lanche;

Deverão solicitar a merendeira que as sirvam com porções pequenas para

ver se aprecia o sabor do alimento, evitando desperdícios, inclusive se

desejarem repetir;

Deverão limpar as mãos com álcool gel, pois nem sempre será possível

lavá-las com antecedência;

Cada criança deverá se juntar ao seu grupo, para limpar os restos de

lanches que por ventura caia no chão, na mesa, etc. com exceção dos

líquidos que serão limpos pelos Auxiliares da Limpeza. (Pedir que uma

criança chame um funcionário);

Copos, garrafinhas, potes, dentre outros, deverão ser bem fechados, antes

de serem guardados nas mochilas ou lancheiras;

*OBS: Demonstrar como se faz

Combinar que só passaremos para a próxima atividade SOMENTE quando a

sala estiver toda limpa e os recipientes do lanche guardados nos devidos

lugares (mochilas, lancheiras, etc.).

Ensinar as crianças a juntarem restos de lanche como sopa, galinhada, etc.

dentro de um recipiente só, empilhando os demais e separando as colheres.

9. BRINCAR LIVREMENTE EM SALA

Após o término da atividade de mesa (conforme a criança vá terminando,

estará liberada para brincar. Não tendo que esperar todo mundo terminar

para fazê-lo);

De acordo com o horário do parque, ou ainda conforme a necessidade da

turma.

Após a brincadeira, todos devem organizar a sala, guardando

adequadamente, cada coisa em seu lugar. (Bonecas, carrinhos, bichinhos,

jogos, panelinhas, etc.). Acompanhar as crianças nessa tarefa, ensinando-as

como deve ser feita.

Se manipularem a massinha, recolher os restinhos com a própria. Guardá-la

em saquinho plástico no potinho.

Sala de aula não é espaço para correr

51

Combinar que só passaremos para a próxima atividade quando os

brinquedos estiverem nos lugares certos.

10. PARQUE

Combinar onde deixarão os calçados na sala, de preferência embaixo do

quadro verde, lado a lado.

Antes de sair do parque, tirar o excesso de areia do corpo e das roupas,

ainda dentro do mesmo.

Lavar as mãos e beber água no bebedouro do parque antes de retornar á

sala.

11. BANHEIRO

Organizar as crianças sentadas e liberar de 3 em 3.

Orientá-las com relação ao:

Uso adequado do vaso sanitário e da descarga

Fechamento da porta

Uso do papel higiênico, do sabonete, do papel toalha (2 folhas), lixeira, etc.,

e sobre a necessidade de lavarem as mãos após o uso do mesmo, tendo

sempre o cuidado de constatar se estão cumprindo com os comandos.

Combinar um local onde as crianças que já usaram o banheiro devem ficar,

sem perdê-las de vista, até que todas tenham terminado.

12. BEBEDOURO

Combinar que, apesar da água ser filtrada, não devem colocar a boca na

torneira.

Ao lavar as mãos devem:

Molhar as mãos com pouca água, fechar a torneira, apertar uma vez o

porta-sabão, esfregar as mãos, abrir novamente a torneira e enxaguar

rapidamente.

Obs.: Demonstrar como se faz, em frente ao bebedouro.

Ao escovar os dentes:

Colocar o creme dental na escova molhá-la rapidamente, mantendo a

torneira fechada enquanto escova.

52

Lavar a escova e utilizar um copo para enxaguar a boca, dessa forma

economizarão litros e litros d’água.

Obs.: Demonstrar como se faz

13. HISTÓRIAS (LIDAS, CONTADAS, DRAMATIZADAS...).

Verificar se há crianças com tênis desamarrados, blusas de frio num clima

quente, brinquedos, papeizinhos ou quaisquer objetos que possam

dispersá-los. (Solicitar que guardem)

Combinar como se portar na hora da história, iniciando a mesma somente

quando todos estiverem preparados.

Crianças ‘’inquietas’’ devem ser mantidas próximas da professora.

Oportunizar a todas que participem das atividades propostas, evitando que

sejam sempre as mesmas.

Estimular as mais “tímidas”, criando vários mecanismos para que as

mesmas se expressem.

Utilizar outros espaços da escola que não seja a sala de aula para as

atividades propostas.

14. EXPLORAÇÃO DAS ATIVIDADES DE MESA

As crianças se posicionam sentadas no chão, de frente próximas da

professora.

Explicar o que deseja que seja feito na atividade do dia no caderno, em

folhas, etc.

Mostrar como se pinta (leve ou não) respeitando os limites do desenho;

Utilizar cores variadas dizendo que podem usar a cor que quiserem

Inicialmente, combinar que primeiro vão desenhar para depois pintar.

Inicialmente, evitar colocar materiais variados na mesa

Usar o avental sempre que utilizar tinta. É IMPRESCINDÍVEL, que a prof.ª

ORIENTE as crianças em como usar o pincel, a tinta e etc.

Obs.: É interessante, manter um pano úmido para que limpem o pincel, ou

ainda que seja distribuído papel toalha suficiente para isso.

53

15. ATIVIDADES DE MESA

Após a exploração, pode ser entregue pelos ajudantes do dia.

A criança deve escrever seu nome antes de começar o dever. O nome

pode ser escrito atrás, na frente, ou no local específico, de acordo com o

objetivo do dever. (Combinar antes onde será escrito).

Deixar que a criança escreva seu nome do próprio punho. (Se é só rabisco,

quando ela for mostrar o dever, escreva seu nome de leve, a lápis para que

você possa identificá-lo)

Sempre dizer que todo mundo sabe desenhar “do seu jeito” e que devem

fazer do jeito que sabem que você gostará do jeito que fizerem.

Obs.: Nessa idade não existe “cola”, portanto, não se preocupe se no início

a criança queira “copiar” do outro, apenas a estimule a usar sua

imaginação e a produzir por si só.

Algumas atividades escritas irão ora para o caderno de desenho, ora para

a pasta, sanfona do grafismo, etc. Combine qual o destino da mesma

naquele dia e ensine-as a guardarem nos lugares certos que você já tenha

mostrado. (Pasta polionda, caixas de cadernos ou outros)

16. CALENDÁRIO

Deve ser trabalhado todos os dias, marcando o dia, o clima, feriados,

eventos como aniversariantes do mês e outros que possam surgir, fazendo

estimativas etc.

17. MOVIMENTAR O CORPO DE FORMA DIRIGIDA E/OU ESPONTÂNEA

Criança é puro movimento, precisa liberar energia.

Em sala, no Reino dos brinquedos, pátio, estacionamento, parque, piscina,

etc.

18. MÚSICAS

Além das que apresentaremos, deixar que tragam e/ou cantem as que

ouvem em casa, dessa forma, poderemos ampliar seu conhecimento

musical, independente do gênero.

19. USO DA TESOURA

Antes de manusearem a tesoura proporcionar atividades em que possam

rasgar papel de vários tamanhos, amassar, dobrar, etc.

Ensinar como usar a tesoura:

54

Fazer o movimento de abrir e fechar várias vezes

Cortar pedaços pequenos e grandes de papéis aleatoriamente (em

momentos diferentes)

Cortar em tiras finas, grossas.

Cortar fazendo curvas, virando o papel, etc.

Cortar em linhas retas

Abraços fraternos,

Rolé Salim

Coordenadoras: Juliana e Rolé (Rosileide)

Documento construído em Fevereiro/2014

55

10 - A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

O ato de planejar está presente em todas as ações humanas e faz parte

da história do homem. Planejar significa tomar decisões e estas a todo o

momento estão presentes na nossa vida cotidiana. Tudo que fazemos exige

planejamento, desde o que se vai fazer para almoço até a escolha da carreira

profissional. As instituições educativas não fogem à regra. Planejando

organizamos o pensamento, refletimos, buscamos alternativas e vislumbramos

com os resultados.

A definição do dicionário Aurélio para planejamento: “O planejamento é o

trabalho de preparação para a tomada de decisão, segundo roteiros e métodos

determinados”. Planejar é transformar a realidade numa direção escolhida,

organizar a própria ação.

O planejamento envolve nosso cotidiano, porém nem toda atividade do

dia a dia requer um planejamento criterioso, intencional. No campo educacional

um planejamento intencional é imprescindível e se torna um importante

instrumento que deve ser realizado de forma consciente, reflexiva e coletiva.

Toda e qualquer ação feita no improviso pode ocasionar erros e pouca

qualidade. A educação exige critérios para o alcance de objetivos propostos,

portanto, deve ser pensada, direcionada e planejada.

Todo planejamento nasce de um desejo, de uma vontade, de uma

possibilidade ou necessidade. A ação pedagógica também perpassa o desejo

de criar e inovar. Segundo Madalena Freire, (1997, p.58), o planejamento:

[...] é um processo ininterrupto, processual, organizado da conquista

prazerosa dos nossos desejos onde o esforço, a perseverança, a

disciplina são armas de luta cotidiana para a mudança pedagógica.

A conquista prazerosa citada por Madalena Freire, concretiza-se no

fazer intencional, e o planejamento na Educação Infantil precisa estar pautado

em intenções claras e comprometidas a fim de proporcionar condições para

que os alunos construam seus conhecimentos e cultivem o prazer de aprender.

56

11 - PLANEJAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: SELECIONANDO O FIO

PARA TECER

Como já foi dito anteriormente, a partir da Lei nº 9394, promulgada em

dezembro de 1996, foi estabelecido de forma incisiva o vínculo entre o

atendimento às crianças de 0 a 5 anos e a educação. Para garantir que esse

atendimento promova de fato o desenvolvimento integral da criança, é

essencial que o professor e o coordenador que atuam nessa fase estejam

envolvidos no processo de ensino aprendizagem considerando o planejamento

como fio condutor importante para a formação continuada e para a melhoria da

prática pedagógica.

Para Gandin (2007), a experiência não vem de se ter vivido muito, mas

de se ter refletido intensamente sobre o que se fez e sobre as coisas que

aconteceram. Uma parte importante do trabalho do professor é a tomada de

decisões sobre o que se vai propor às crianças, ou seja, o planejamento. “Para

mediar as aprendizagens, promotoras do desenvolvimento infantil, é preciso

tencionar uma ação educativa devidamente planejada, efetiva e avaliada. ”

(Currículo em movimento da Educação Infantil SEDF).

Sabemos que para oferecer uma prática pedagógica de qualidade na

Educação Infantil é necessário que estejam sempre presentes na ação do

professor a reflexão e o planejamento possibilitando organizar as ações,

pensamentos, traçar caminhos para alcançar os objetivos propostos da etapa.

Diferente do que muitos pensam, o planejar para a Educação Infantil não é

uma tarefa muito fácil, pois o mesmo deve ser voltado para a ludicidade,

atividades prazerosas e contextualizadas alicerçadas pelo currículo da etapa

favorecendo o desenvolvimento integral da criança.

Planejar é essa atitude de traçar, projetar, programar, elaborar um

roteiro para empreender uma viagem de conhecimento, de interação,

de experiências múltiplas e significativas para/com o grupo de

crianças. Planejamento pedagógico é atitude crítica do educador

diante de seu trabalho docente. Por isso, não é uma fôrma! Ao

contrário, é flexível e, como tal, permite ao educador pensar,

revisando, buscando novos significados para a sua prática docente

(OSTETTO, 2000, p.177).

57

Os saberes dos profissionais que atuam nessa etapa devem estar

direcionados para um trabalho pedagógico que considere e valorize as

diferentes linguagens utilizadas pela criança na sua expressão e comunicação

com o meio em que está inserida.

O planejamento pedagógico na Educação Infantil precisa ser

discutido e articulado aos sujeitos que estão inseridos nestes

ambientes coletivos de educação, assim é imprescindível trazer para

a sala de aula, através dos planejamentos, as manifestações que as

crianças expressam no seu dia-a-dia, a partir de seus balbucios,

choros, falas, gestos, desejos, hipóteses e conhecimentos prévios,

estes são de suma relevância para um trabalho que respeite as

culturas infantis. (AHMAD, 2011)

Um instrumento muito importante, que deve estar nas mesas de

coordenação, é o Currículo da Educação Infantil, pois amparado por esse

documento norteador, os professores podem repensar a prática e buscar

soluções para o planejamento e poder mais e mais ressignificar suas práticas.

11.1 - Planejamento coletivo: na tessitura, várias texturas

Na Educação Infantil as ações devem ser bem pensadas para contribuir

no processo de desenvolvimento infantil. É importante destacar que o

planejamento coletivo ordena, dinamiza e facilita a ação educativa.

O planejamento coletivo é aquele que é feito por um grupo de pessoas

com um objetivo em comum, fins e propósitos, onde todos participam da

elaboração e formação de propostas, tomada de decisões e execução das

mesmas. Quando a escola trabalha coletivamente, todos se tornam

responsáveis por atingir os objetivos traçados no planejamento. “A proposta de

formação centrada na escola, quando há um investimento no coletivo escolar,

valoriza os saberes e experiências dos educadores e propõe a reflexão sobre a

prática estabelecendo um diálogo entre ela e o conhecimento pedagógico

existente”. (DOMINGUES,2014, p.116)

Nóvoa (1995) expõe em seus escritos que a competência coletiva é

muito maior que a individual, a coletiva não é apenas a soma das individuais.

Na escola, encontram-se pessoas muito competentes que não se articulam

58

enquanto coletivo, usando suas competências individualmente. Quando se

pensa em trabalho coletivo, as competências devem se fundir em prol de um

objetivo, devem ser partilhadas e isso só acontece quando é instalado um

movimento coletivo e é na coordenação pedagógica que esse movimento

ganha força.

Na Secretaria de Educação do DF, a coordenação pedagógica é um

espaço institucionalizado decorrente da ampliação da jornada de aula para o

aluno, com a implementação do projeto da Escola Candanga, quando os

professores passaram a assumir uma única turma em um turno, compondo 25

horas de regência, ficando o outro período de 15 horas semanais destinadas

para reuniões pedagógicas e administrativas, reforço para aluno, conselho de

classe, planejamento, encontro de professores dentre outras atividades,

podendo se tornar um ótimo espaço de reflexão e formação.

O espaço e o tempo de coordenação pedagógica são muito

importantes para a constituição do coletivo e, consequentemente,

para a organização do trabalho pedagógico da escola e dos

professores, pois possibilitam uma construção coletiva de um projeto

político pedagógico, em contraposição a um trabalho fragmentado,

individualizado, descontextualizado e que reproduza a exclusão social

de professores, por meio da desvalorização profissional, e a dos

alunos pelos índices de retenção, nos anos iniciais, e pela evasão

escolar. (FERNANDES, 2012, p.96)

O planejamento coletivo ainda é um dos melhores procedimentos dentro

de uma unidade de ensino, pois possibilita ao grupo refletir os problemas e

propor alternativas para a melhoria na educação, no entanto, o que o sustenta

é a forma como os professores e demais envolvidos concebem a educação e

suas posturas frente ao trabalho pedagógico. Questões de concepções de

educação, gestão e até mesmo questões individuais geram adesão ou

resistências.

Trabalhar coletivamente é, então, algo a ser conquistado a médio e a

longo prazos, que exige disponibilidade de cada uma das pessoas

envolvidas no processo. Exige mais: querer crescer, mudar,

59

transformar, querer participar do processo de criação de uma nova

escola, de uma nova sociedade. (FUSARI, 1993)

A construção de um coletivo na escola não acontece facilmente. Sua

constituição pode ser difícil, mas não é impossível. A efetivação do espaço de

coordenação resulta em um longo processo e perpassa diversas dificuldades.

Não se dá por decreto, é constituído no processo.

Nóvoa (1995) alerta que a busca isolada pela formação e atualização é

difícil, portanto, cada vez mais é primordial que o trabalho coletivo seja

valorizado e incorporado nas escolas.

Infelizmente a prática do planejar coletivamente não é uma realidade em

muitas escolas e nem uma prática comum nas salas de coordenação. Os

fatores que tornam o planejamento coletivo cansativo são muitos. Isso resulta

em um trabalho burocrático, utópico ou até inexistente.

Sabe-se que a sociedade valoriza e reforça o individualismo,

consequentemente, o trabalho coletivo é desarticulado e fragmentado. Nas

escolas faltam professores. A mobilidade de professores também é um grande

impasse. A falta de liderança e iniciativa dos envolvidos, o posicionamento

individual e muitos outros entraves que não foram mencionados, dificultam

muito o trabalho dentro da escola. O coordenador, como pertencente do grupo,

tem papel primordial no movimento de construção do coletivo. Ele pode

encontrar bastante dificuldade em entrelaçar o tempo e espaço da

coordenação com a formação e o planejamento coletivo. Nesse entremeio,

pode surgir um emaranhado de fios, muitos com nós bem atados, dificultando o

aproveitamento do tempo disponível nas coordenações que tem objetivos

claros, bastando serem cumpridos com responsabilidade.

11.2 - O coordenador pedagógico como tecelão: entremeando a formação

A Educação Infantil passou a conquistar mais espaço de atuação para

vários profissionais da Educação dentre esses o Coordenador Pedagógico, o

qual exerce função importante na articulação junto com os professores e

demais profissionais que atuam nessa etapa para o desenvolvimento com

qualidade nos projetos e planejamentos pedagógicos.

Para AHMAD (2011), é de suma relevância uma atuação ativa e

60

permanente da Coordenação Pedagógica buscando problematizar e discutir a

partir das situações vivenciadas no cotidiano, elementos que podem vir a

qualificar o exercício na Educação Infantil.

Nessa perspectiva, o papel do coordenador tendo contato direto com os

docentes, é essencial. Sua atuação como instigador, desafiador e promotor de

um movimento coletivo faz muita diferença no cotidiano escolar.

Lima e Santos (2007) citam as principais atribuições do coordenador

segundo Piletti:

a) Acompanhar o professor em suas atividades de planejamento,

docência e avaliação;

b) Fornecer subsídios que permitam aos professores atualizarem-

se e aperfeiçoarem-se constantemente em relação ao exercício

profissional;

c) Promover reuniões, discussões e debates com a população

escolar e a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o

processo educativo;

d) Estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo

suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na

solução dos problemas que aparecem. (PILETTI 1998, p. 125

apud LIMA E SANTOS 2007, p.79)

Nesse pressuposto, a atuação do coordenador é inteiramente

pedagógica, e isso facilitará nas ações pertinentes à formação e ao

planejamento.

O entendimento do verdadeiro papel do coordenador dentro das escolas

e o desvio de funções faz com que o trabalho se perca e o movimento coletivo

não aconteça. É fato que para conseguir esse espaço e garantir a efetiva

participação do coordenador leva tempo, e exige um trabalho incansável e bem

articulado com toda a equipe docente.

O constante emaranhado de funções apresentadas para o coordenador

nas escolas, faz com que os fios fiquem “esgarranchados” tornando o trabalho

desgastante e muitas vezes pouco útil.

Retornando à citação que originou o tema dessa pesquisa:

61

A formação de educadores terá de ser pensada priorizando-se a

formação do hábito de busca e de reflexão. E isto é uma arte,

assemelhada a 9maneira de tecer de um tecelão, requerendo não só

habilidade, mas a visão estética e coerente do que se faz. (LIMA E

SANTOS, 2007, p.85)

O coordenador pedagógico como bem citado acima se assemelha a um

tecelão, que com arte entrelaça e entremeia os fios, movimentando a agulha

por caminhos diversos, observa e acompanha a produção dos tecidos, procura

sanar as falhas na confecção, corta e risca novos moldes, mede e ajusta.

Podemos então pensar que o planejamento é um dos fios; as agulhas, a

formação continuada; o tear representa o ambiente escolar; e o produto final, a

prática educativa. Quando a produção vai bem, tudo se encaixa; mas quando

no momento de tecer algo sai da linha, o que fazer? Tecer de qualquer jeito?

Deixar os pontos afrouxados? Parar a produção no meio do caminho? Apesar

de saber que infelizmente muitas escolas ainda não conseguiram encontrar e

manter esse olhar um tanto poético do coordenador, acreditamos que na

escola é possível tecer com qualidade, mesclar linhas, criar e redesenhar

novas tramas. E mesmo quando o tear não vai bem, faz-se necessário lançar

sempre novas linhas e se aventurar por novas maneiras de tecer. Sendo assim,

como um tecelão, o coordenador contribui de maneira significativa em busca de

um acabamento firme e perfeito, sem perder seu jeito particular de tecer,

tornando o trabalho pedagógico que nem sempre é fácil de alinhavar, nem

sempre é consistente.

Na busca de uma consistência do trabalho pedagógico, a escola

pesquisada elabora um trabalho conjunto, onde já no início do ano, são

traçadas metas, ações e projetos a serem desenvolvidos.

O planejamento é coletivo e funciona de uma forma dinâmica e criativa.

São nas coordenações e com a participação do coordenador entremeando o

trabalho, que nascem novas ideias, são criados novos projetos, sempre

contemplando as especificidades da etapa, e assim vai se constituindo um

tecido forte, uma educação de qualidade.

O trabalho pedagógico da escola é realizado coletivamente, tornando-se

um diferencial positivo para o desenvolvimento do projeto norteador escolhido

para o ano e para uma formação continuada. Não é separado planejamento por

62

períodos, o planejamento feito é realizado por todas as turmas, 1º e 2º

períodos, somente diferenciando atividades específicas para cada idade.

As coordenações contam com a presença da direção, uma vez por

semana, também participam a professora da sala de recurso, informática,

orientadora e pedagoga, bem como todo o grupo de professoras, no horário

contrário de regência. Os momentos são aproveitados para o planejamento

pedagógico, onde o coordenador lidera o trabalho, instigando a participação de

todos na construção do planejamento diário, como também para confecção de

materiais, reflexões e troca de experiências. Para consistência e êxito do

trabalho, a escola reconhece que deve privilegiar a ludicidade e a fantasia

presentes diariamente nas atividades planejadas. Busca-se alcançar

aprendizagens significativas tão necessárias na formação futura das crianças.

Tecer fios seguros, que não se desfaçam nas relações, tecer a

mudança. A vida é um eterno alinhavar de ideias, arrematadas com

sabedoria e coragem. Alinhavar ideias, modelar conceitos, customizar

essência, vestir um sonho. (Jacqueline Ferreira)

Uma das lições ensinadas pelo ato de tecer é o conhecimento da arte de

dar nós. Com nós bem atados, o arremate da costura fica firme e perfeito.

No intento de tecer as considerações finais deste trabalho, sabemos que

na tessitura das questões educacionais, ponto final e arremate podem ser

considerados difíceis de acontecer. Por ser a educação um processo contínuo

e transformador, por vezes exigirá o desmanchar de muitos nós para começar

uma nova trama, um novo padrão.

Dar seguimento a tecelagem proposta no início deste trabalho, tecer fio

a fio, criar e recriar num constante movimento do tear, nos impulsiona a

acreditar que, tudo o que foi pontuado no diálogo com estudiosos sobre o tema

proposto e após as análises dos instrumentos coletados, corrobora para a

afirmação de que é possível acontecer uma formação continuada valorosa no

interior da escola.

Este trabalho discutiu sobre a importância do planejamento na Educação

Infantil, como fio condutor de formação continuada, e foi possível reconhecer

suas possibilidades, pois, planejando, o professor juntamente com o

coordenador propicia momentos de reflexão e formação.

63

A Formação Continuada dos profissionais da escola deve estar presente

sempre, sendo lembrada e realizada como possibilidade de crescimento e

melhoria para o fazer pedagógico. Constatou-se que o espaço da coordenação

coletiva proporciona uma formação constante, seja através dos anseios e

dificuldades que surgem no cotidiano, ou seja pela experiência ou vivência que

o momento proporciona. Cabendo ao coordenador ter um feeling para

aproveitar-se de todas essas situações articulando e buscando meios de

formação.

Fica evidente, a importância do cultivo da prática de planejar nas

escolas, como forma de buscar uma prática pedagógica comprometida e

intencional, para atender aos objetivos de uma educação de qualidade.

O tecelão, antes de iniciar seu trabalho, deve ouvir o cliente para

entender suas aspirações e desejos, para então começar a tecer. Mesmo que

use de toda sua criatividade, deverá atender aos anseios propostos no que diz

respeito ao produto final.

Nesse sentido, ficou claro também, que é preciso horas a fio para o

esclarecimento das finalidades e objetivos da Educação Infantil, tendo o

planejamento coletivo como propulsor de um trabalho coerente, dinâmico e

criativo.

O espaço e tempo da coordenação pedagógica se torna primordial para

que o movimento coletivo se instale, promovendo um refletir junto com o outro,

favorecendo as trocas de experiências, ricos momentos de reflexão da teoria e

prática firmando o fortalecimento e desenvolvimento dos pares.

Para que a escola seja aberta a esse espaço é necessário que haja

entendimento dos reais papéis dos envolvidos no processo educacional, para

que cada um em seu ofício, realize suas atribuições da melhor maneira

possível, tendo uma postura democrática e crítica.

Percebemos que na escola pesquisada, o coordenador assume seu

papel primordial de formador, mesmo salientando muitos entraves para sua

efetivação. O coordenador tendo como prioridade o sentido pedagógico permite

um direcionamento das ações fortalecendo a equipe e seu posicionamento

responsável e crítico diante do planejamento e trabalho coletivo.

Os professores da escola pesquisada se veem como partícipes,

declaram serem ouvidos no processo educativo. Apesar do coordenador ter

64

papel importante na formação continuada que acontece no interior da escola,

ele é um professor também, e a responsabilidade pelo movimento do tear não

pode ficar restrito só em suas mãos, podendo cada um, cada uma, tecer seu

próprio fio com criticidade, criatividade e autonomia.

Quanto à formação continuada e a postura dos professores e

coordenadores, Porto (2000), resume que: “O desafio é formar, informando e

resgatando, num processo de acompanhamento permanente, um educador

que teça seu fio, para apropriação de sua história, pensamento, teoria e

prática. ” (WEFFORT 1994, p. 6 apud PORTO, p.11, 2000)

Conclui-se que, muito ainda há que ser constituído para concretizar a

escola como um espaço de tessituras para todos. Há muito que se alinhavar,

até chegar aos arremates, mas percebemos que quando o coordenador tece

possibilidades transformando a escola em um espaço de encontro, de

formação continuada, de diálogo, de enfrentamento dos conflitos, a educação

se estabelece e, a parceria com os professores e professoras é o que

conduzirá para o nó no arremate final.

65

12 - AVALIAÇÃO

12.1 - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

Dentro de uma unidade escolar a avaliação é um instrumento importante

para a organização do trabalho pedagógico. Não deve focar-se somente no

aluno, mas em todos os segmentos da instituição. Entendemos que a

coerência entre o projeto político pedagógico, o currículo praticado e a

observância dos espaços promotores da qualidade tornarão possíveis uma

avaliação que seja qualitativa, reveladora do processo e do alcance da função

social da escola.

Nesse sentido, a função formativa é a que melhor se adapta ao processo

democrático de ensinar e aprender. Na educação infantil, a avaliação acontece

principalmente pela observação sistemática, relatórios e portfólios, sem objetivo

de promoção. As reflexões oriundas dessa sistemática comporão o Relatório

Descritivo Individual do Aluno – RDIA, que será entregue semestralmente,

porém sua elaboração é diária.

Quanto aos alunos, avalia-se o seu desenvolvimento em todos os

aspectos: físico, psíquico e cognitivo. Realiza-se a observação diária no

desempenho das atividades propostas respeitando-se o ritmo de cada criança.

A avaliação formativa, será sempre a da observação do desempenho e do

crescimento da criança em relação a ela mesma e nunca de sua comparação

com os pares. Nesta etapa, faz-se presente a avaliação informal realizada

pelos docentes e até mesmo pelas crianças.

A avaliação na Educação Infantil deve ter um olhar muito atento e

crítico, que poderá auxiliar o professor na hora de fazer as intervenções

necessárias. Ao avaliar uma criança, apenas com suas atividades escritas ou

na sua capacidade ou não de fazer tarefas, não está sendo realizada uma

avaliação formativa.

A avaliação formativa, como cita a SEEDF, é a que melhor se adapta

ao processo democrático de ensinar e aprender, pois, na Educação Infantil, a

avaliação acontece principalmente pela observação, relatórios e portfólios, sem

objetivo de promoção. Ademais, a avaliação formativa será sempre a da

66

observação do desempenho e do crescimento da criança em relação a ela

mesma e nunca de sua comparação com os pares (SEEDF, 2014).

O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil, volume 2,

sinaliza que a avaliação formativa considera que não se trata de avaliar a

criança, mas sim, as situações de aprendizagem que foram oferecidas.

Significa dizer que a expectativa em relação à aprendizagem da criança deve

estar sempre vinculada às oportunidades e experiências que foram oferecidas

a ela (RCNEI, 1998, v. 2).

Quando se fala em avaliação na Educação Infantil, é abordado um

conceito muito amplo, uma vez que não é um objetivo de promoção ou

comparação, conforme estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para

Educação Infantil, em seu Artigo 10, “As instituições de Educação Infantil

devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e

para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção,

promoção ou classificação” (DCNEI, 2009).

E completando o entendimento, a Lei de Diretrizes e Bases em seu

Artigo 31, inciso I, cita: “Avaliação mediante acompanhamento e registro do

desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção” (LDB, 1996).

O que fica evidente que avaliar é também dialogar com seu aluno, ouvi-

lo sempre que necessário e direcioná-lo. Jussara Hoffman em seu livro

Avaliação e Educação Infantil: Um Olhar Sensível e Reflexivo Sobre a Criança,

demonstra que avaliar não é somente diagnosticar capacidades, trata-se de

acompanhar a variedade de ideias e manifestações das crianças como base

para planejar ações educativas significativas. Através de um olhar atento do

professor, um olhar estudioso que reflete sobre o que se vê, sobretudo um

olhar sensível e confiante nas possibilidades que as crianças apresentam

(HOFFMANN, 2012, p. 30).

Deve-se observar vários fatores do desenvolvimento infantil, avaliando

de uma maneira que não vá excluir e nem discriminar ninguém, procurando

observar e refletir não apenas o desenvolvimento pedagógico e cognitivo dessa

criança, mas sim, englobando todos os aspectos, inclusive os afetivos.

Avaliar não deve ser um simples ato técnico, usado para mensurar ou

comparar. A avaliação na Educação Infantil deve assegurar, sobretudo, um

clima sem tensões e limitações (HOFFMANN, 2012, p. 62).

67

Trabalhar diante da realidade que se presencia, sendo ela satisfatória

ou não, faz com que alunos e professores sintam-se mais seguros e acolhidos.

E nada melhor para superar essas dificuldades do que a avaliação que o

professor faz diariamente com as crianças (roda de conversa, calendário,

quantos somos hoje, atividades, pátio, parque, etc.). Como nas palavras de

Hoffmann:

Avaliar é construir estratégias de acompanhamento da história que

cada criança vai construindo ao longo de sua vivência na instituição e

fora dela. A autora cita ainda que é impossível, ao avaliar uma

criança, analisar seus avanços em uma ou outra área, isoladamente

(HOFFMANN, 2012, p. 38).

A avaliação da aprendizagem, do desenvolvimento cognitivo da

criança, é um processo que envolve o aluno em todas suas tarefas diárias,

beneficiando-o em todos os momentos de seu cotidiano.

Seguindo esse conceito, o Referencial Curricular Nacional para a

educação infantil, volume 2, reforça que:

A observação das formas de expressão das crianças, de suas

capacidades de concentração e envolvimento nas atividades, de

satisfação com sua própria produção e com suas pequenas

conquistas é um instrumento de acompanhamento do trabalho que

poderá ajudar na avaliação e no replanejamento da ação educativa

(RCNEI, 1998, v. 2).

Portanto, professores não devem ter receio em avaliar seus alunos

constantemente, uma vez que a avaliação informa sobre a realidade e pode ser

de grande utilidade para tomadas de decisões, que irão auxiliar o

desenvolvimento pedagógico do público em questão.

A avaliação parte sempre da interpretação do que se vê. Envolvem as

percepções, os sentimentos, as experiências anteriores e os conhecimentos de

quem avalia (HOFFMANN, 2012, p. 86).

O bom processo de avaliação deve refletir na prática pedagógica do

professor, buscando melhorias para que o ensino aprendizagem aconteça da

melhor forma possível.

Ao final de cada semestre letivo é realizado o Relatório Descritivo do

educando, segundo orientações da Secretaria de Educação do DF. A

68

avaliação do aluno é feita em conjunto com direção, professor e profissionais

especializados. A elaboração do Registro de Avaliação é de responsabilidade

do docente que responde pela turma. A colaboração de outros profissionais

serve para qualificar o que se procura registrar. Esta avaliação é sempre feita

com o objetivo de avaliar a prática pedagógica e melhorar nosso desempenho.

Ao avaliar, visamos captar as expressões, a construção do pensamento

e do conhecimento, o desenvolvimento da criança bem como suas

necessidades e interesses, tudo como norteadores do planejamento e das

práticas pedagógicas.

A avaliação precisa ser conduzida com ética, o que significa levar em

conta o processo de aprendizagem dos estudantes em consonância com os

seguintes aspectos: respeito às produções dos alunos, avaliação desvinculada

de comparação, avaliação informal encorajadora, uso dessa avaliação para os

propósitos de conhecimento do estudante.

Ressaltamos que a própria avaliação deve ser sempre repensada, tendo

como fim uma avaliação formativa, refletindo o compromisso de todos com a

construção de uma escola democrática, pública e de qualidade.

O tema avaliação dentro de uma unidade escolar, extrapola o universo

do professor e do aluno. Aborda os professores, servidores, pais, famílias e

comunidade escolar.

A finalidade básica da avaliação é servir para tomar decisões, observar a

evolução e o progresso dos trabalhos, para planejar se necessário, intervir e

modificar determinadas situações, relações ou atividades.

A avaliação do trabalho da escola ou sua autoavaliação é interna,

processual e permanente. Deve ocorrer com envolvimento de todos os

segmentos: famílias, estudantes, gestores, professores e demais profissionais

de educação. Registramos as contribuições para que não se percam elementos

significativos para a reorganização do trabalho da escola.

Buscando sempre o equilíbrio e o crescimento constante em nosso

trabalho, realizamos bimestralmente uma reunião, onde é feita uma avaliação

geral de toda a equipe e do trabalho realizado, com a participação da

comunidade escolar.

A avaliação destina-se a analisar a implementação do projeto político

pedagógico, visando identificar suas potencialidades e fragilidades e orientar

69

sua revisão constante, garantindo a qualidade do trabalho, tendo o PPP como

integrador dos processos da escola.

A qualidade das relações interpessoais na escola é fundamental para se

ter um ambiente harmônico e tranquilo, facilitando assim a realização do nosso

trabalho. Sendo assim, nos empenhamos ao máximo para que o convívio

dentro da escola seja fraterno, de modo que os conceitos de justiça, respeito e

solidariedade sejam vivenciados e compreendidos. Buscando sempre o diálogo

como forma de dirimir conflitos e de tomar decisões coletivas.

Diálogo e reflexão são a base de nossa equipe, procurando sempre

fazer auto avaliações do nosso trabalho que se realiza de forma global e

afinada com o pedagógico e o administrativo da escola.

A escola utiliza-se do instrumento questionário Sócio Econômico e

Cultural para buscar da comunidade sua percepção sobre a escola, bem como

acatar sugestões para melhoria do funcionamento e ouvir quais os temas são

de interesse das famílias para construção de Oficinas temáticas para os pais.

Sempre que surge a ideia de avaliação, lembra-se de provas ou testes

que medem a capacidade de raciocínio de um aluno. Avaliar a aprendizagem

vai muito além de classificar e mensurar. Na Educação Infantil, não se deve

esquecer que a avaliação é uma prática diária por parte do professor. É preciso

ter nos propósitos a ideia de que avaliar um aluno durante todo o processo é a

melhor maneira de avaliar o trabalho dos professores como profissionais e

objetivando o aprendizado da criança.

70

13 - ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

Essa escola, como instituição de Educação Infantil, cumpre um papel

social e incorpora as funções de educar e cuidar. Desenvolvendo as

capacidades, favorecendo os mais variados conhecimentos, bem como,

promovendo os cuidados essenciais para a formação física e emocional das

crianças atendidas.

Educar na concepção de propiciar às crianças uma aprendizagem

orientada, integrada e de forma lúdica. Desenvolvendo as capacidades de

relação interpessoal, de ser e de estar com os outros em atitude de respeito e

confiança. Assim, a escola estará não só formando as capacidades de

apropriação de conhecimentos sistematizados, mais contribuindo para a

formação de crianças felizes e saudáveis.

Cabe a escola buscar desenvolver nas crianças as potencialidades

corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas. Lembrando sempre que o

aluno é um ser humano, em continuo crescimento e desenvolvimento, portador

de singularidades e necessidades especiais, respeitando sempre a faixa etária.

Busca favorecer a integração entre as crianças e o professor, meio pelo

qual a troca de experiências e o saber se concretizam, seja com conversa,

brincadeiras ou aprendizagens orientadas.

A intervenção desta escola no processo da organização curricular

privilegia a aprendizagem significativa. Isto significa dizer que a criança sendo

mediada constrói o seu próprio conhecimento, que se associam e se integram

com as experiências trazidas do lar, integradas às estruturas cognitivas.

Respeitamos ao selecionar habilidades os conhecimentos prévios que cada

criança traz consigo para a vida escolar. São oferecidos desafios à criança

para incentivar a busca de soluções, ou seja, a resolução de problemas.

Uma ação educativa comprometida com a cidadania, com a inclusão

social leva-se em consideração as adversidades das crianças portadoras de

necessidades especiais. Por isso, a escola adota providências para possibilitar

a adaptação social, dessas crianças conjuntamente com o incentivo a de

valores éticos, e a dignidade do ser humano, o respeito pelo outro e a

igualdade de oportunidades. O convívio com as crianças portadoras de

necessidades especiais tem sido benéfico para todos, visto que todos os

71

educadores e educandos procuram desenvolver um trabalho voltado para o

atendimento dos mesmos favorecendo o desenvolvimento e a aprendizagem.

A organização curricular para a Educação Infantil estrutura-se numa

relação com objetivos gerais e específicos, com habilidades e orientações

didáticos pedagógicas, direcionando a construção do processo educativo. Os

eixos de trabalho são divididos de forma interdisciplinar, por meio do Projeto

Pedagógico: “Vivo Valores, Transformo o mundo. ” Selecionamos as

habilidades conforme o Currículo de Educação Infantil:

IDENTIDADE E AUTONOMIA:

Desejos e sentimentos

Expressão oral e escrita

Conhecimento progressivo do corpo

Participação em brincadeiras e jogos

Valorização do diálogo, conversas dirigidas

Respeito e utilização de regras de convívio

Valorização da limpeza e aparência pessoal e outros

Conhecimento de manifestações culturais, valorizando a diversidade

CONHECIMENTO DE MUNDO:

Movimento

Expressividade/dança

Equilíbrio e coordenação motora

ARTES VISUAIS:

Manipulação de diferentes objetos e materiais

Atividades de pintura, dobradura, recorte, colagem, desenho, modelagem

Movimentos gestuais

MÚSICAS:

Linguagem oral e escrita

Expressar sensações, sentimentos e pensamentos

Falar e escutar

Contar histórias ou experiências vivenciadas

CONHECIMENTO LÓGICO-MATEMÁTICO:

Números e quantidades

Espaços e formas

72

Grandeza e medidas

Resoluções de situação problemas

LINGUAGEM ORAL E ESCRITA:

Falar e escutar

Contato com diferentes portadores textuais

Participação de atividades de escrita não convencional

Reconhecimento do próprio nome

NATUREZA E SOCIEDADE:

Interesse e curiosidade pelo mundo social e natural

Fazer relações com o meio ambiente valorizando sua importância

Conhecimento de espécies da fauna e flora

Observações, registros e pesquisas

A proposta curricular dessa escola trabalha os conteúdos conceituais, os

procedimentais, dando enfoque aos conteúdos atitudinais (valores, normas e

atitudes), trabalhados de forma consciente e interligados com os demais

conteúdos. Respeitando a faixa etária dos alunos, a organização dos

conteúdos em blocos e a integração entre eles, ou seja, a interdisciplinaridade.

Os conteúdos são trabalhados de forma intencional, integrada e planejada pelo

professor, de modo a não fragmentar o conhecimento.

73

14 - APÊNDICES

14.1 - APÊNDICE A - ORGANOGRAMA DA ESCOLA

O quadro de funcionários é composto por:

01 Diretora

01 Vice-diretora

01 Secretário

14 Professores regentes

01 Coordenadora pedagógica

01 Supervisora pedagógica

01 Professora da sala de recursos

01 Orientadora educacional

01 Psicóloga (EEAA)

01 Pedagoga (EEAA)

01 Monitora

10 Monitores do programa Educador Social

01 Professora apoio para coordenação pedagógica e direção

(readaptada)

01 Professora com restrição e trabalha no apoio para coordenação

pedagógica e direção

01 Merendeiro

04 Vigias

02 Porteiras

04 Servidoras readaptadas – Três que ajudam no trabalho da portaria e

uma que realiza um trabalho de apoio na direção.

07 Servidores terceirizados da Empresa Juiz de Fora – Limpeza e

conservação da escola.

CONSELHO ESCOLAR 2017/2019:

Segmento de pais:

Gláucia Batista Ribeiro

Segmento Carreira Magistério:

Karana Martins Machado Albernaz Suplente: Maria Imaculada Alves Lima

Segmento Carreira de Assistência à Educação:

Maria Alice Silva Ramos Suplente: Isis Braga Santana

74

A ESCOLA ESTÁ ORGANIZADA DENTRO DAS SEGUINTES DIMENSÕES:

APM (Associação de Pais e Mestres do CEI 01)

Presidente: Rejane Aparecida de Sousa Marcial (diretora)

Vice-presidente: Isis Braga Santana

1º Tesoureira: Juliana Gonçalves Dias da Costa

2º Tesoureira: Adriana Pereira de Lima

1º Secretário: Marta Alves de Carvalho Vieira

2º Secretário: Giselle Vanessa Benício Barbosa Quilião

CONSELHO FISCAL:

Representantes dos pais:

- Daniel Xavier - Vanuzia de Almeida dos Santos

- Cristiani Ferreira Magalhaes Vieira

Representante dos professores:

- Cleide Helena Borges dos Santos - Inara Ortega de Sousa

Representante Carreira Assistência à Educação:

- Maristela Sheila Moreira

•LDB

•Currículo

Ed.Infantil

•Regimento

Interno

(SEEDF).

- Gestores

- Professores

- Supervisores

- Coordenador

- Orientadora

- Monitora

- Auxiliares em

Educação.

- Conselho Escolar

PDAF

APM

PDDE Promoções

75

14.2 - APÊNDICE B - PLANO DE AÇÃO DA COORDENÇÃO PEGAGÓGICA

PLANO DE AÇÃO - COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

METAS AÇÕES PERÍODO RESPONSÁVEIS

Contribuir com a direção da escola para concretização da Gestão Democrática

Construir o calendário anual da escola; Participar da construção do PPP; Organizar sobre o preenchimento do diário de classe e relatórios; Organizar o Plano de Ação da Escola; Organizar a Rotina de Trabalho; Promover a discussão para escolha do Tema a ser trabalhado ao longo do ano.

Fevereiro /Março Diretora / Vice-diretora SOE (Serviço de Orientação Pedagógica) Coordenadoras

Articular e planejar a formação continuada da equipe docente e demais funcionários da escola

Planejar e organizar as Reuniões Pedagógicas com a comunidade escolar; Construir conjuntamente com o grupo o calendário de Formação Continuada na escola; Selecionar materiais para estudos e Formação continuada; Destinar horas para discussões sobre as temáticas propostas - Estimular a participação do

Fevereiro a dezembro - Maio, Julho, Agosto, Setembro, Novembro

Coordenadoras Professoras Diretora / vice-diretora SOE (Serviço de Orientação Pedagógica) - GREB/SEDF

76

grupo na Formação Continuada Institucional;

Orientar a equipe docente na elaboração, execução e avaliação do planeja - mento de acordo com os interesses e necessidades dos alunos.

Organizar momentos para intervenções e acompanhamento das aulas; Analisar, selecionar e elaborar metodo- logias a serem utilizadas em sala de aula; Realizar intervenções junto às professoras sempre que necessário; Acompanhar os avanços de aprendizagem dos alunos

Fevereiro a Dezembro

Coordenadoras

Incentivar a utilização de diversificadas metodologias

Ajudar no diagnóstico do perfil das turmas; Pesquisar materiais para estudos coletivos sobre atividades diversificadas; Propor estudos e pesquisa sobre novas estratégias de ensino

Fevereiro a Dezembro

Coordenadoras Professoras

Identificar as necessidades e dificuldades relacionadas ao processo educativo na escola

Elaboração, análise e discussão de instrumentos de avaliação junto ás professoras; Replanejar atividades quando necessário; Orientar professores com relação á prática

Fevereiro a Dezembro

Coordenadora e professoras

77

utilizada; Realizar avaliação das ações planejadas e executadas ao longo do ano; Discutir e levantar necessidades e prioridades;

Encaminhar ao SOE alunos que necessitam de atendimento especial

Estabelecer parceria com os grupos responsáveis pelo atendimento dos alunos com necessidades especiais; Acompanhar as práticas pedagógicas relacionadas ás crianças com necessidades especiais;

Fevereiro a Dezembro

Diretora/vice-diretora Coordenadoras SOE (Serviço de Orientação Pedagógica)

78

14.3 - APÊNDICE C – PROJETOS

CONSELHO ESCOLAR

Objetivos:

Estabelecer e acompanhar o projeto político-pedagógico da escola;

Analisar e aprovar o Plano Anual da Escola, com base no projeto político-

pedagógico da mesma;

Acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes,

prioridades e metas estabelecidas no seu Plano Anual, redirecionando as

ações quando necessário;

Definir critérios para a cessão do prédio escolar para outras atividades

que não as de ensino, observando os dispositivos legais emanados da

mantenedora, garantindo o fluxo de comunicação permanente, de modo

que as informações sejam divulgadas a todos em tempo hábil;

Analisar projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos

segmentos que compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar a

importância dos mesmos no processo ensino-aprendizagem;

Arbitrar sobre o impasse de natureza administrativa e/ou pedagógica,

esgotadas as possibilidades de solução pela equipe escolar;

Propor alternativas de solução dos problemas de natureza administrativa

e/ou pedagógica, tanto daqueles detectados pelo próprio órgão, como dos

que forem a ele encaminhados por escrito pelos diferentes participantes

da comunidade escolar;

Apreciar e emitir parecer sobre desligamento de um membro do

Conselho, encaminhando notificação para a Secretaria da Educação;

Fazer cumprir as normas disciplinares relativas a direitos e deveres de

todos os elementos da comunidade escolar, dentro dos parâmetros do

Regimento Escolar e da legislação em vigor;

Articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para

a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem;

Elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se

fizer necessário;

Discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no

Regimento Escolar encaminhadas pela equipe pedagógico-administrativa

79

ou membros do Conselho;

Promover, sempre que possível, círculos de estudos envolvendo os

Conselheiros a partir de necessidades detectadas, visando a proporcionar

um melhor desenvolvimento do seu trabalho;

Tomar ciência, visando acompanhamento, de medidas adotadas pelo

Diretor nos casos de doenças contagiosas, irregularidades graves e

soluções emergenciais ocorridas na escola;

Discutir, analisar, rejeitar ou aprovar a criação de instituições auxiliares e

seus estatutos quando não for da competência de órgãos específicos;

Definir as diretrizes para a atuação das instituições auxiliares;

Acompanhar a atuação das instituições auxiliares visando ao

desenvolvimento de um trabalho integrado e coerente com o projeto

político-pedagógico da escola, propondo, se necessário, alterações nos

seus Estatutos, ouvindo o segmento a que diz respeito;

Elaborar calendário escolar, observando a legislação vigente e diretrizes

emanadas da Secretaria de Educação;

Discutir sobre a proposta curricular da escola, visando ao

aperfeiçoamento e enriquecimento desta, respeitadas as diretrizes

emanadas da Secretaria de Educação;

Estabelecer critério de distribuição de material escolar e de outras

espécies destinado a alunos, quando fornecido pela Mantenedora ou

obtido junto a outras fontes;

Definir providências cabíveis, nos casos que lhe forem encaminhados,

relativas à sanções aplicáveis a alunos, pais, funcionários, professores e

diretor, de acordo com o previsto no Regimento Escolar, respeitada a

legislação vigente;

Receber e analisar recursos de qualquer natureza, interposto por

quaisquer membros dos segmentos, através de seu representante no

Conselho, quando esgotadas as possibilidades de solução a nível de

administração escolar

80

SANFONA DO GRAFISMO

Este projeto compõe as atividades da escola e é um dos importantes

instrumentos de avaliação e registro da evolução gráfica das crianças.

Objetivo: Registrar a trajetória do grafismo, mediante desenhos livres que

proporcionem visualizar a sequência de registros escritos da criança

durante o ano letivo.

Periodicidade: Ano letivo vigente

ALFABETO DIVERTIDO

Na educação Infantil a aprendizagem fica mais significativa quando há

um trabalho lúdico onde as crianças possam interagir, sentindo-se parte do

projeto. Entendemos que para trabalhar com o alfabeto é necessário que os

alunos conheçam as letras e possam identifica-las em diferentes contextos.

Objetivo: Reconhecer e escrever as letras do alfabeto por meio de

atividades lúdicas.

Objetivo específico:

Reconhecer o alfabeto;

Trabalhar o som e traçado das letras;

Desenvolvimento de atividades artísticas;

Trabalhar com músicas do alfabeto;

Contação de histórias, teatro com fantoches.

Culminância da produção em uma pasta de atividades.

Periodicidade: Ano letivo vigente com turmas de 2º período.

CAIXA MATEMÁTICA

Objetivo: Promover aos alunos o conhecimento ao letramento matemático.

Objetivo Específico:

Trabalhar com material concreto utilizando a contagem;

Reconhecimento de diferentes formas geométricas;

Identificar o calendário de diferentes formatos e posições;

Formação de hipóteses e estratégias de resolução;

Periodicidade: Ano letivo vigente.

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HÁBITOS DE HIGIENE: COMO USAR O BANHEIRO

Numa escola inclusiva de educação infantil, de acordo com o

Currículo vigente, faz-se necessário trabalhar o cuidado consigo e com o

outro. Para tanto, a Equipe da Escola, em conjunto com a Sala de Recursos

elaborou a proposta de ensinar hábitos de higiene com o tema. Utilizou-se a

metodologia Programa ABA - abreviação de Applied Behavioral Analysis. O

programa foi planejado para facilitar a compreensão de temas por alunos

com Transtorno do Espectro Autista ou não.

Objetivo: Ensinar de forma lúdica e ilustrada como usar o banheiro e

reforçar hábitos de higiene do cotidiano da criança.

Objetivos Específicos:

Trabalhar hábitos de higiene utilizando desenhos e imagens audiovisuais;

Representar mediante dramatização os hábitos de higiene e uso do

banheiro;

Envolver todas as crianças da escola, deficientes ou não para

aprenderem sobre o tema conjuntamente;

Sensibilizar todos os educadores sobre hábitos de higiene e cuidados;

Ensinar como cuidar do corpo e a importância de valorizar a autonomia da

criança nesses cuidados;

Incentivar que as crianças aprendam a realizar os cuidados com o próprio

corpo;

Periodicidade: O projeto será desenvolvido de forma coletiva, com todas

as crianças de cada turno, no pátio no primeiro bimestre letivo e reforçado e

retroalimentado durante todo o ano letivo.

PROJETO PLENARINHA

O tema da VI Plenarinha da Educação Infantil para o ano de 2018:

“Universo do Brincar”, é fruto da avaliação realizada pela DIINF acerca da

V Plenarinha da Educação Infantil realizada em 2017, em que as Unidades

Escolares Públicas, as Instituições Educacionais Parceiras e as Unidades

de Educação Básicas (UNIEB) das 14 Coordenações Regionais de Ensino

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puderam eleger o tema de sua preferência. A temática: Brincar/ brincadeiras

foi a mais votada com 45,2%.

Objetivo: Oportunizar às crianças, por meio da escuta sensível e atenta,

uma participação ativa nas reflexões acerca do tema proposto - “Universo

do Brincar” e em torno de seus direitos e necessidades, vivenciando a

interlocução com o Currículo em suas diferentes expressões e linguagens.

Periodicidade: De fevereiro a setembro para desenvolverem o trabalho

junto às crianças e, posteriormente, encaminhará o Guia para subsidiar as

ações pedagógicas.

Orientações Básicas

A culminância dos trabalhos deve ocorrer em plenárias regionais

durante a Semana Distrital da Educação Infan3l, compreendida entre os

dias 20 a 25 de agosto, dando visibilidade aos trabalhos produzidos pelas

crianças. Em relação a etapa Distrital, as informações serão encaminhadas

posteriormente. O Projeto citado foi retirado das orientações básicas

enviado pela DIINF para o desenvolvimento de ações pedagógicas

referentes a temática.

MALETA MÁGICA DA LEITURA

Uma Maleta Mágica para que o aluno possa interagir junto com a

sua família um momento de leitura.

Objetivo: Promover situações que favoreçam o desenvolvimento do

letramento junto aos alunos exercitando sua leitura e levantamento de

hipóteses.

Objetivo Específico:

Ampliar o conhecimento em relação à linguagem e levantamento de

hipóteses;

Ampliação do vocabulário e da oralidade;

Desenvolver a capacidade de atenção, concentração e comunicação;

Periodicidade: Ano letivo vigente. Cada semana, um aluno levará a Maleta

Mágica da Leitura para casa. Esta atividade acontecerá toda sexta-feira e

entregue na terça-feira com orientações da leitura e solicitação da ajuda da

família. A criança poderá vir fantasiada de acordo com a história ou poderá

vir com uma roupa diferente no seu dia de contar a história. A família que

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quiser poderá preparar e enviar uma lembrancinha relacionada com a

história para os coleguinhas.

ALIMENTAÇÃO AUTO SERVIMENTO

Adequação do tempo, espaço e materiais Educação Infantil se constitui

como uma etapa onde a criança pode desenvolver-se plenamente ao

brincar e ser feliz. Ao retirar da alimentação o caráter único de nutrição

fisiológica e evidenciar o protagonismo social que a alimentação tem em

nossa sociedade, o momento da refeição amplia as possibilidades

educativas na Educação Infantil ao voltar o olhar às diversas oportunidades

que esse momento propicia. Na intenção de olharmos a atividade e o

momento com a naturalidade de como ele acontece, é importante conciliar

as diversas linguagens impressas no fazer pedagógico da rotina,

organizando-se no espaço, com o tempo e os materiais disponibilizados

como ferramentas de trabalho.

O espaço – sala de aula (ainda não temos refeitório).

O tempo – horários específicos e voltados para a alimentação: preparo,

distribuição da refeição, higienização e reorganização do espaço.

Os materiais – os utensílios utilizados: tamanho, material, funcionalidade.

Os riscos de contaminação dos alimentos (aquisição, acondicionamento,

cocção, serviço), o uso dos utensílios apropriados (garfo e colher de inox,

canecas, cumbucas e pratos de vidro) e o manuseio adequado dos

utensílios (destreza, autonomia, interação, hábitos de higiene, alimentação

saudável, etc.).

Objetivo Geral

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem como diretriz

a inclusão da Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no processo de

ensino e aprendizagem, o que representa uma estratégia para a adoção de

práticas saudáveis. Nesse sentido, a presente proposta tem o potencial de

estimular a autonomia alimentar dos estudantes e promover em toda a

equipe maior conscientização e envolvimento sobre os aspectos sociais,

pedagógicos e nutricionais que o momento da refeição propicia, unindo as

áreas afins na efetivação desse projeto.

Realização, de modo independente, de atividades de alimentação e

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higienização, experimentação e degustação de novos alimentos, com

ênfase em sabores, cheiros, cores, manipulação de talheres, copos e

guardanapos, demonstrando progressiva independência nestes aspectos.

Objetivos Específicos

Percepção da importância da higiene após atividades que envolvam tinta,

areia, terra, entre outros, bem como antes e após as refeições,

desenvolvendo atitudes de saúde e bem-estar, individual e coletivo.

Estabelecimento do controle progressivo de suas necessidades

fisiológicas (esfincterianas, alimentares, sono, etc.).

Construção de uma imagem corporal e pessoal por meio das interações

com adultos, crianças, natureza e cultura, contribuindo para a formação

da identidade corporal e para sua valorização.

Diferenciação de alimentos doces e salgados, amargos e azedos,

líquidos, pastosos e sólidos, percebendo-os nas refeições diárias.

Desenvolvimento do interesse em comer sozinho, num processo de

construção da independência.

Vivência de rotinas: organização dos tempos, dos espaços, dos

ambientes, dos materiais e referência dos adultos, de modo a construir

gradualmente sua independência e autonomia.

Valorização da limpeza pessoal e ambiental e, sobretudo, da aparência

pessoal.

Reconhecer que bons hábitos alimentares, de higiene e prática de lazer

contribuem para ausência de doenças e promovem o bem-estar físico e

mental.

Identificação dos órgãos dos sentidos e conhecer suas funções

explorando o espaço, os objetos, as texturas, os sabores, os cheiros, para

reconhecer o mundo a sua volta e imprimir nele suas marcas.

Reconhecimento das diferentes sensações proporcionadas pelos órgãos

dos sentidos a fim de favorecer o desenvolvimento da memória visual,

auditiva, tátil, gustativa e olfativa em suas ações.

Reconhecimento das mudanças ocorridas nas suas características desde

o nascimento, a fim de perceber as transformações.

Expressão de suas necessidades, desejos e sentimentos.

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Realização de pequenas tarefas do cotidiano que envolvam ações de

cooperação, solidariedade e ajuda na relação com os outros e com a

natureza.

Conhecimento das diversas manifestações culturais, do seu grupo de

origem e de outros grupos, demonstrando atitudes de interesse, de

respeito e de participação, valorizando a diversidade.

Construção gradativa de atitudes de manutenção, preservação e cuidados

com seus pertences e os da escola.

Reconhecimento da importância da troca e da partilha dos brinquedos e

outros materiais disponibilizados no grupo. (DISTRITO FEDERAL,

CURRÍCULO DA EDUCAÇÃO BÁSICA - EDUCAÇÃO INFANTIL, 2014)

Orientações Básicas

Nessa perspectiva, seguem orientações práticas para o momento da

refeição no que diz respeito ao Ponto 1 – Adequação do tempo, espaço e

materiais:

Dispor, preferencialmente, de refeitório como espaço para o momento da

alimentação;

Garantir a higienização diária do ambiente antes e depois do momento da

refeição;

Zelar pela conservação das mesas, assentos e utensílios, substituindo

aqueles que estejam danificados;

Criar sistema de rodízio, caso não haja espaço para todos se

alimentarem ao mesmo tempo, garantindo espaço para que as crianças e

os professores possam se sentar;

Organizar a movimentação de todos no momento/espaço da refeição;

Manter, visível e acessível às crianças, espaço para o descarte dos

resíduos de alimentos e organização dos pratos e talheres a serem

lavados, sem misturar o lixo comum com os resíduos da ingestão;

Prever horários de início e término da distribuição das refeições

programadas, de acordo com a rotina prevista no PPP da unidade

escolar;

Propiciar um ambiente tranquilo para a alimentação e socialização.

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DEVER DE CASA EM FAMÍLIA

Objetivo: Oportunizar a criança e família vivenciarem e compartilharem

juntos as aprendizagens desenvolvidas na escola.

Objetivo Específico:

Ampliar conceitos apresentados;

Compartilhar com a família o que aprendeu na escola

Periodicidade: Ano letivo vigente

PAIS NA ESCOLA – REUNIÃO DE PAIS E OFICINAS TEMÁTICAS

Objetivo: Oportunizar as famílias trocas de experiências e ampliação de

informações e orientações.

Objetivo Específico:

Integrar escola e família;

Estimular a família a acompanhar o desenvolvimento da aprendizagem da

criança;

Dotar a família de conhecimentos teórico-práticos capazes de subsidiar o

acompanhamento da criança;

Levar a família a compreender melhor o desenvolvimento da criança;

Desenvolver afetividade;

Conscientizar os pais de seu papel de educadores;

Periodicidade: Ano Letivo vigente

CONSTRUINDO A IDENTIDADE

Objetivo: O presente projeto Construindo a Identidade é destinado aos

alunos do 1º período da Educação Infantil, com o objetivo da criança se

reconhecer como um indivíduo único dentro de sua trajetória de vida.

Objetivo Específico:

Reconhecer a sua imagem frente ao espelho;

Experimentar os movimentos corporais, distinguindo seu próprio corpo por

meio de danças, dramatizações, ginásticas historiadas e outros.

Conhecer a história e o significado de seu nome;

Ouvir a história de sua vida e apreciar suas fotos nos seus primeiros

anos;

Conhecer a escrita do seu nome e trabalhar a grafia;

Reconhecer a escrita de seu nome e a escrita dos nomes de todos os

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colegas;

Identificar as partes do corpo e os órgãos dos sentidos;

Ampliar as relações sociais (convivência com pares etários)

desenvolvendo o autoconceito positivo;

Desenvolver a imaginação e a criatividade;

Periodicidade: Ano letivo

RESPEITO À DIVERSIDADE

Objetivo: Dar visibilidade para as crianças e a comunidade escolar sobre o

potencial de alunos com necessidades educacionais especiais e o tema

diversidade em todos âmbitos.

Objetivo Específico:

Dar autonomia às crianças com necessidades especiais de escolher

como quer participar da atividade coletiva no que se refere ao

personagem, vestuário e apresentação (momento inclusivo);

Informar às famílias sobre as diversas deficiências e que todas as

crianças podem conviver num ambiente escolar de forma colaborativa;

Sensibilizar e conscientizar a comunidade escolar sobre os benefícios da

inclusão;

Abordar as diferenças tanto no que se refere as especificidades

educacionais, bem como, em relação à etnia, religião, populações

minoritárias e características físicas e outras que faz cada indivíduo seja

único.

Dar oportunidade para as crianças participarem de apresentações

artísticas e outras atividades afins que evidenciem as inúmeras

possibilidades de desenvolvimento de tais crianças.

Periodicidade: Durante todo ano letivo com ênfase no segundo semestre.

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15 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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