Gravidez após técnica de reprodução assistida

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Na atualidade a reprodução assistida tornou-se comum, no entanto, as complicações dessa prática é pouco divulgada.

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Estilo de vida

1960 – 72% dos casamentos ocorriam com mulheres entre 20 – 24 anos

1984 – 41% dos casamentos ocorriam com mulheres entre 20 -24 anos

Maior número de divórcios

Maior expectativa de vida

Melhor nível socioeconômico

As mulheres conhecem melhor seus riscos

Gravidez não foi uma opção em seus anos mais precoces

Gilbert WM, Nesbitt TS, Danielson B. Childbearing beyond age 40: pregnancy outcome in 24032 cases.

Obstet Gynecol 1999;93: 9–14

Robinson GE, Garner DM, Gare DJ, Crawford B. Psychological adaptation to pregnancy in childless

women more than 35 years of age. Am J Obstet Gynecol 1987;156:328–33

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Sobotka, in Alviggi et al, Reprod Biol Endocrinol 2009;7:101

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Ferrell et al. Monitoring reproductive aging in a 5-year prospective study: aggregate andindividual changes in luteinizing hormone and follicle-stimulating hormone with age.Menopause 2007, 14:29-37

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Considerando que a idade da mulher exerce uma influência fundamental na taxa de fertilidade espontânea; é esperado que haja também uma influência nos resultados de todas as formas de tratamento de infertilidade;

A estimulação ovariana e a inseminação intra-uterina (IIU) como tratamento alternativo para casais cuja parceira tem 40 anos ou mais e tubas pérvias apresenta resultado bastante insatisfatórios;

Esta informação é importante para o aconselhamento deste grupo de pacientes, às quais pode-se oferecer técnicas de reprodução assistida (TRA).

Porém, de acordo com a análise do registro australiano de 1990, mulheres entre 35 e 39 anos foram responsáveis por 25,4% e 22,6% das gestações clínicas por FIV e GIFT(transferência intra-tubária de gametas), respectivamente.

Foram perdidas 34,2% das gestações obtidas por FIV e 33,2% das gestações pós-GIFT seja por aborto espontâneo ou outras causas.

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Segundo o registro australiano de 1992, a taxa de abortamento espontâneo em mulheres acima de 40 anos é o dobro da taxa de abortamento em mulheres abaixo de 35 anos.

Segundo o registro nacional americano, a taxa de aborto espontâneo é 3 vezes maior em mulheres com mais de 40 anos em comparação às mulheres com menos de 25 anos submetidas à FIV e às mulheres com menos de 30 anos submetidas à GIFT.

Tudo confirma o fato que a chance de nascer uma criança através dos Tratamentos de Reprodução Assistidos é reduzida em mulheres mais velhas.

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SART, 2008

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Pré-eclâmpsia RR 2.8 (2.5 -3.1)

Cesárea RR 4.1 (3.9-4.3)

Mortalidade Perinatal RR 2.4 (2.2 -2.7)Schoen & Rosen. Maternal and perinatal risks for women over 44 – A review.

Maturitas 64 (2009) 109-113

Mortalidade Materna ≥ 40 anos 35,5/100.000

≤ 30 anos ≤ 10/100.000Lewis G. Why Mothers Die 2000–2002.

London: RCOG Press, 2004

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Gemelar

Duas vezes o risco de perda fetal

Cinco vezes o risco de paralisia cerebral

Triplos

Sete vezes o risco de perda fetal

Dezoito vezes o risco de paralisia cerebral

Smith & Fretts, Lancet 2007;370:1715

Pharoah. Clin Perinatol 2006;33:301

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Gêmeos Idênticos Após concepção espontânea 0,49%

Após TRA 1,5 -4,5%

GReddy et al, Obstet Gynecol 2007;109:967

Gravidez heterotópica RR 20 vezes

Clayton et al, Fertil Steril 2007;87:203

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RISCO MATERNO

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RISCO MATERNO

PRÉ-ECLAMPSIA RR 1,6 (1,2 – 2,0)

DIABETES GESTACIONAL RR 2,0 (1,4 -3,0)

PLACENTA PRÉVIA RR 2,9 (1,5 – 5,4)

DESCOLAMENTO PLACENTA RR 2,4 (1,1 -5,2)

CESÁREA RR 2,1 (1,7 -2,6)

Agency for Healthcare Research and Quality Evidence, report number 167. Effectivenees os Assisted Reproductive Technology, May 2008Infertility, assisted reproductive technology, and adverse pregnancy outcomes. NICHHD workshop, April 2007

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RISCOS FETAIS

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RISCOS FETAIS

PARTO PRÉ-TERMO ≤ 37 SEMANAS RR 2,0 (1,8 -2,4)

PARTO PRÉ-TERMO ≤ 32 SEMANAS RR 2,0 (1,4 – 3,0)

PEQUENO IDADE GESTACIONAL RR 1,6 (1,3 – 2,0)

PERDA FETAL RR 2,6 (1,2 – 3,4)

MORTALIDADE NEONATAL RR 2,0 (1,2 -3,4)

PARALISIA CEREBRAL RR 2,8 (1,3 – 5,8)

Agency for Healthcare Research and Quality Evidence, report number 167. Effectivenees os Assisted Reproductive Technology, May 2008Infertility, assisted reproductive technology, and adverse pregnancy outcomes. NICHHD workshop, April 2007

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Malformação fetal - Trissomias

≤ 1 por 1000 20 anos

1 por 20 acima de 45 anos

Neilson JP. Fetal medicine in clinical practice. In: Edmonds K, ed. Dewhurst’s Textbook

of Obstetrics and Gynecology for Postgraduates. Oxford: Blackwell Science, 1999: 153

Risco Mutação Autossômica Dominante

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IDADE RISCO/1000

< 20 anos 0,2

30 – 34 anos 1,1

35 – 39 anos 1,3

10 – 44 anos 3,5

> 45 anos 3,7

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RISCO DE ABORTO ESPONTÂNEO EM RELAÇÃO A IDADE MATERNA NA

CONCEPÇÃO ATRAVÉS DA DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO

Andersen et al,BMJ 2000;320:1708

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RISCO DE PERDA FETAL: ABORTO ESPONTÂNEO, GRAVIDEZ ECTÓPICA E NATIMORTO EM

RELAÇÃO A IDADE MATERANA NA CONCEPÇÃO

A DIFERENÇA DA CURVA APÓS O AJUSTE DOS ABORTOS

Andersen et al,BMJ 2000;320:1708

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Lobo. NEJM, 2005

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RAZÕES MÉDICAS Mulheres com câncer recebendo quimio ou radioterapia

Outras doenças sistêmicas benignas tratadas quimioterapicamente

Ooforectomia condições benignas

Idade??

RAZÕES NÃO-MÉDICAS Idade

Outros interesses??Dondorp & De Wert, HR aug 2009

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E?????

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Obrigada!

Chirlei

2010