Guia de Estudos - Unidade 10

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Unidade de Estudo 10

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Unidade de Estudo 10

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ORIENTAÇÕES DA UNIDADE DE ESTUDO 10 ARTIgO CIENTífICO

OBJETIVOS

Possibilitar ao acadêmico o contato inicial com a publicação normatizada de um Artigo Científico, uma vez que tal modelo é utilizada na consecução do curso de graduação ou mesmo de licenciatura.

MATERIAIS DISPONíVEIS

1. Guia de estudos (Unidade 10).

2. Textos para leitura, disponíveis no AVA.

ATIVIDADES PREVISTAS

1. Resolução dos exercícios de fixação propostos na unidade.

2. Uma Atividade Avaliativa, no valor de cinco décimos (0,5) disponível no AVA.

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

1. Para total compreensão da Unidade, é obrigatória a leitura do livro indicado no decorrer da Unidade de Estudos.

2. Em seguida, desenvolva os exercícios de fixação da Unidade para aprimorar seu aprendizado. Utilize a sala virtual para comentar e discutir com os colegas de curso ou com o Tutor da disciplina sobre as atividades, contribuir com assuntos e casos pertinentes ao assunto da Unidade e esclarecer dúvidas.

3. Para conclusão dessa Unidade de Estudos, faz-se necessário que você acesse o AVA e realize uma atividade avaliativa.

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UNIDADE DE ESTUDO 10 RESUMO CRíTICO

Exposição teórica e estudo prático para a elaboração de um Resumo Crítico, também denominado como Resenha.

As definições características de um texto acadêmico em forma de Resenha, também denominada com Resumo Crítico pelos autores que se debruçam diante dessa tipologia textual, constituem a temática desta Unidade de Estudos que apresentará as particularidades desse texto.

RESUMO

É um texto que se limita a sintetizar o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo ou mesmo de um show, sem qualquer crítica ou juízo de valor acerca do que se retrata. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor acerca do texto-base, porém de forma sucinta.

RESENhA

É um texto que extrapola o contexto da síntese, pois além de resumir o texto em análise, há uma avaliação sobre o mesmo. Dessa forma existe uma opinião, uma crítica concernente ao referido texto ou o similar em epígrafe, apontando os aspectos positivos e negativos. Isso se configura comum texto de informação e de opinião, também denominado como resenha-crítica.

A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos comprovados na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente. Logo, esse estudioso ou profissional da área tem mais credibilidade para oportunizar sua opinião, inclusive relacionando-a a outras.

1. QUAl é A PROPOSIÇãO DE UMA RESENhA

O objetivo da resenha é divulgar os elementos de consumo cultural - livros, filmes, peças de teatro, músicas, exposições ou similares no contexto das manifestações artísticas. Por conta disso a resenha pode se configurar em um texto de caráter efêmero, pois perece rapidamente ou pode ser sobreposto a outros textos de natureza opinativa que se comparam.

2. EM QUAl VEíCUlO SE APRESENTA A RESENhA?

A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas, mas no contexto acadêmico esse texto pode se apresentar nas atividades de uma disciplina de graduação ou mesmo de pós-graduação.

Em outra situações tecnológicas modernas, criam-se blogs ou páginas específicas para resenhar conforme se comprova em “visitas” na web.

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3. ExTENSãO DA RESENhA

A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Entenda-se que, em geral, não se trata de um texto longo, um resumo em suas particularidades, sobretudo quando o objeto em análise se configura em uma obra literária como normalmente ocorre em determinadas tarefas acadêmicas. A leitura de resenhas publicadas em periódicos ou sites específicos auxilia em tal pesquisa.

4. A CONfIgURAÇãO DE UMA RESENhA

Nesta Unidade de Estudos sugerimos uma sistemática de organização acadêmica que se paute da seguinte forma:

▪ título;

▪ referência bibliográfica completa da obra;

▪ dados bibliográficos do autor da obra resenhada;

▪ resumo-crítico ou resenha efetiva do conteúdo em análise;

▪ avaliação crítica com indicação favorável ou desfavorável – a recomendação-.

A) O título da resenha

A apresentação de uma Resenha a exemplo de outros textos, apresenta título, e pode mostrar um subtítulo, conforme esses exemplos:

1. Recentemente, J.K. Rowling, a criadora de Harry Potter, lançou Os Contos de Beedle o Bardo (Rio de Janeiro: Rocco), mesmo após ter declarado que “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, o sétimo livro da série, encerraria a saga do bruxo. De fato, nesse livro não sabemos nada mais de Harry, já que nem mesmo ele é citado na obra. Entretanto, Beedle nos leva de volta ao mundo dos bruxos, ao universo de Harry Potter; além disso, seus contos, como se sabe, foram citados e lidos por seus colegas de escola. A propósito, segundo Rowling, o que a levou a publicar essa coletânea de histórias (já foram publicados “Animais fantásticos e onde habitam” e “Quadribol através dos séculos”) foi uma “novíssima tradução dos contos feita por Hermione Granger”, a amiga sabida de Harry Potter.Retirado do endereço - http://www.lendo.org/resenha-contos-beedle-bardo/

2. O que é ser jovem

Hilário Franco Júnior

Há poucas semanas, gerou polêmica a decisão do Supremo Tribunal Federal que inocentava um acusado de manter relações sexuais com uma menor de 12 anos. A argumentação do magistrado, apoiada por parte da opinião pública, foi que “hoje em dia não há menina de 12 anos, mas mulher de 12 anos”.

Outra parcela da sociedade, por sua vez, considerou tal veredito como a aceitação de “novidades imorais de nossa época”. Alguns dias depois, as opiniões foram novamente divididas diante da estatística publicada pela Organização Mundial do Trabalho, segundo a qual 73 milhões de menores

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entre 10 e 14 anos de idade trabalham em todo o mundo. Para alguns isso é uma violência, para outros um fato normal em certos quadros socioeconômico-culturais.

Essas e outras discussões muito atuais sobre a população jovem só podem pretender orientar comportamentos e transformar a legislação se contextualizadas, relativizadas. Enfim, se historicizadas. E para isso a “História dos Jovens” - organizada por dois importantes historiadores, o modernista italiano Giovanno Levi.

B) A referência bibliográfica do objeto resenhado

É fundamental ao resenhista observar os seguintes itens:

▪ Nome do autor

▪ Título da obra

▪ Nome da editora

▪ Data da publicação

▪ Lugar da publicação

▪ Número de páginas

▪ Preço

O adendo que se coloca nessa distribuição fica por conta da ausência do lugar da publicação, do número de páginas ou mesmo do valor da obra/texto resenhado. Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num “box” ou caixa.

Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago (Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), trata-se de um romance metafórico (...) (Veja, 25 de outubro, 1995).

C) O resumo do objeto resenhado

A síntese que consta numa resenha precisa apresentar os pontos essenciais do texto e seu contexto geral. Pode-se resumir dessa forma agrupando em um ou vários parágrafos os fatos ou ideias do objeto resenhado, dependendo da limitação de linhas proposta para tal atividade

Eis o exemplo do resumo feito de “Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino” (Celso Luft), na resenha intitulada “Um gramático contra a gramática”, escrita por Gilberto Scarton.

“Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla - uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, a inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada - tão comum nas “aulas de português”.

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas de língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural

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e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante”.

Eis uma resenha para a reflexão do acadêmico.

01. Os 100 maiores cientistas

SIMMONS, John. Os 100 maiores cientistas da história. Rio de Janeiro: Difel, 2002.

Quais são os cientistas mais importantes de todos os tempos? É a essa pergunta que John Simmons pretende responder no volume Os 100 Maiores Cientistas da História, lançado recentemente pela editora Difel.

É uma tarefa ingrata, pois, por melhor que seja a seleção, sempre faltarão nomes importantes. Entretanto, o resultado é muito positivo, pois nos dá um volume com a biografia de 100 pessoas que contribuíram para o crescimento dessa forma de pensar e ver o mundo chamada ciência.

Simmons sabe do que fala. Há mais de quinze anos ele escreve para a revista Current Biography, para a qual produz textos sobre os ganhadores do prêmio Nobel em ciência. Foi escritor e produtor da série Mind, um program de TV Educativo.

O livro, apesar do tamanho (mais de 500 páginas), é uma leitura rápida e agradável, pois é possível ler os capítulos com as biografias separadamente, sem seguir qualquer ordem. O livro é, assim, perfeito, para quem gosta de ciência e quer conhecer um pouco melhor a vida dos grandes cientistas.

E o leitor médio vai acabar se surpreendendo com fatos curiosos sobre as vidas dos cientistas. Ele saberá, por exemplo, que Newton, ao morrer, deixou mais de um milhão de palavras sobre misticismo e alquimia e que, em 1952, Einstein recusou a oferta de se tornar presidente de Israel.

O leitor médio também conhecerá figuras pouco exploradas pela mídia, mas que tiveram grande importância para o avanço da ciência. Entre eles, Lucrécio, um filósofo epicurista, anterior a Cristo, que lançou as bases da teoria atômica. Saberá, por exemplo, que Lucrécio tinha seis princípios básicos, entre os quais:

1 - O mundo é composto de átomos, que estão em constante movimento;

2 - Os objetos, que podem ser vistos e tocados, são feitos de diferentes tipos de átomos;

3 - A mente nasce e deverá morrer; não existe vida após a morte; a imaginação do inferno é uma projeção do sofrimento passado na Terra; 4 - A superstição é derivada da ignorância.

Para os que têm uma noção um pouco mais aprofundada da ciência, o divertido é descobrir as omissões. E são muitas, a maioria inexplicáveis.

Por exemplo: Freud está na lista (é o sexto), mas Jung não.

É possível defender o autor se acreditarmos que a ênfase é sobre cientistas das áreas de exatas e naturais, mas mesmo assim ainda é possível encontrar omissões incompreensíveis. Um exemplo gritante é John von Newman. Ele é creditado como autor cibernético, criador da teoria dos jogos e inventor do computador. Ora, na cibernética temos um autor mais importante que ele, Norbert Wiener. Quanto aos computadores, é inexplicável a ausência de Alan Turing na lista. Sobre a teoria dos jogos, John Nash, ganhador do prêmio Nobel de economia (e inspiração para o filme Uma Mente Brilhante) também é uma ausência inexplicável.

No campo da linguística, Noam Chomski aparece, mas a lista omite Ferdinand de Saussure e, principalmente, Charles Pierce. Ambos foram criadores da semiótica e tiveram uma influência muito mais duradoura.

Nenhum dos cientistas da chamada Teoria do Caos entra na lista, o que é mais do que uma injustiça. A Teoria do Caos é um novo paradigma, que está mudando

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completamente a maneira como vemos o mundo e tem tido influência em campos tão distintos quanto a medicina e a economia. Minha aposta para a lista, para representar os teóricos do caos, seria o matemático polonês Benoit Mandelbrot, o criador da geometria fractal.

Além do interesse óbvio de conhecer um pouco mais sobre as mentes que fizeram nossa civilização, há um outro, descobrir padrões na história de todos eles. O próprio autor nos dá algumas pistas na introdução, ao dizer que, “Com alguma exceções - Michael Faraday, a mais conhecida - nenhum deles nasceu num ambiente de pobreza. Na verdade, vieram de origens abastadas ou lares de bom nível, em que a busca de valores intelectuais era altamente apreciada. A maioria, em Os 100 Maiores Cientistas da História, era prezada e encorajada por seus pais e, ainda criança, teve inúmeros passatempos, como colecionar insetos, observar pássaros, aprender álgebra ou cálculo e construir”.

Ou seja, a grande lição do livro é que, mesmo a melhor mente não se desenvolve se não tiver estímulo tanto material quando intelectual. Não é de admirar, portanto, que os maiores gênios surjam em países ricos. E

que o Brasil não tenha um único representante na lista. Quantas e quantas crianças poderiam ser grandes gênios da ciência, mas se perdem em meio a pobreza, más condições de vida, fome e falta de qualquer estímulo intelectual. Se esse quadro, tão comum no Brasil, não

for mudado em breve, talvez em pouco tempo não entremos nem mesmo na lista dos 1000 maiores cientistas.

02. O MONgE E O ExECUTIVO

HUNTER, James C. O Monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança. Edição especial. Rio de Janeiro: Sextante, 2007.

A obra narra a história de Jonh Daily, que por problemas na família e no trabalho vai para um seminário em um mosteiro onde recebe aulas de liderança ministradas pelo lendário ex-executivo Leonardo Hoffman, na qual Jonh admira muito.

Com narrativa em primeira pessoa, o livro é dividido em sete capítulos além do prefácio e o prólogo, contendo no total 157 páginas, de uma boa leitura e aprendizagem.

Jonh é formado em administração de empresas, casado e pai de dois filhos, além de gerente geral de uma empresa, Jonh é treinador de um time de beisebol infantil. Por causa de problemas na família, no trabalho e até mesmo no time de beisebol decidi participar de um seminário durante sete dias em um mosteiro indicado pelo pastor da igreja.

No mosteiro Jonh descobre que as aulas sobre liderança serão ministradas pelo Leonardo Hoffman, um ex-executivo bem sucedido na qual é muito fã, descobri ainda que no mosteiro Leo Hoffman é chamado de Simeão, nome que o vem perseguindo desde a infância.

Nas aulas sobre liderança, Jonh aprende como ser um líder melhor, a diferença entre poder e autoridade, o que são velhos e novos paradigmas, a definição de amor como sendo um comportamento, o ambiente de trabalho também influencia seus funcionários e a melhor recompensa que se pode ter é a alegria.

No livro “O Monge e o Executivo” o autor James Hunter nos mostra todos os requisitos para sermos bons líderes, defini com clareza que ser líder é influenciar pessoas, é alguém que identifica e satisfaz as necessidades legítimas de seus clientes através do serviço sem querer algo em troca. Assim como os clientes, seus colaboradores também necessitam de atenção, e isso pode ser feito através de um bom ambiente de trabalho. O líder de hoje é diferente do de antigamente, colocando em primeiro lugar o cliente, um bom líder hoje deve acompanhar as

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mudanças e não ficar preso em velhos paradigmas.

Para quem deseja saber mais sobre conceitos de liderança de uma forma diferente deve ler este livro, é excelente para estudantes de administração, executivos de empresas em geral, que queiram mudar o seu clima organizacional. Para aqueles que não são adeptos à leitura o livro possui uma versão em áudio.

James C. Hunter é consultor chefe do J.D. Associados, uma empresa de consultoria de relações de trabalho e treinamento. Nasceu em Detroit – Michigan, com 54 anos, é instrutor e palestrante; além do “O monge e o executivo” Hunter escreveu também o livro “Como se tornar um líder servidor”.

Ariani de Almeida Landin

Acadêmica da Faculdade Integrada de Cacoal – UNESC, 1º período de Administração de Empresas, residente na cidade de Espigão do Oeste – RO.

Concluídas as nossas atividades, encaminhamos as seguintes sugestões em filmografia. Esses títulos podem aprimorar a sua disposição pela escrita.

O Pianista

Título original: (Le Pianiste)Lançamento: 2002 (França)Direção: Roman Polanski Atores: Adrien Brody, Thomas Kretschmann, Frank Finlay, Maureen Lipman.Duração: 148 minGênero: Drama

1492 - A Conquista do Paraíso

Título original: (Conquest of Paradise)Lançamento: 1992 (França, Espanha, EUA, Inglaterra)Direção: Ridley Scott Atores: Gérard Depardieu, Armand Assante, Sigourney Weaver, Loren Dean.Duração: 155 minGênero: Drama

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Após a conclusão desta Unidade de Estudos o estudante precisa apresentar clareza na sua compreensão quanto ao texto em forma de Resenha ou Resumo-crítico e sua importância e aplicação no mundo universitário. O ato de resenhar é referencial no ensino Superior.

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