Guia de Referência Em Gestão de Processos

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GUIA DE REFERÊNCIA EM GESTÃO DE PROCESSOS

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Guia de Referencia em Gestão de Processos.

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  • GUIA DE REFERNCIA EM GESTO DE PROCESSOS

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    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    CONTROLE DE REVISO

    Data Verso Descrio Autor

    11/03/2013 1.0 Elaborao do documento Andrea Lelis Prado

    13/05/2013 1.1 Atualizao do documento Andrea Lelis Prado

    12/09/2013 1.2 Complementao do documento Andrea Lelis Prado

    30/09/2013 1.3 Complementao do documento Andrea Lelis Prado

    04/04/2014 2.0 Reestruturao do Documento Haylla Balzani

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    SUMRIO

    APRESENTAO DO DOCUMENTO ...................................................................................................2

    PBLICO ALVO ...........................................................................................................................2

    INTRODUO ............................................................................................................................................3

    1 O ESCRITRIO DE PROCESSOS .................................................................................................5

    1.1 PRINCIPAIS OBJETIVOS: .........................................................................................................5

    1.2 COMPETNCIAS ....................................................................................................................6

    2 ALINHAMENTO CONCEITUAL .....................................................................................................7

    2.1 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL .............................................................................................7

    2.2 PROCESSOS .........................................................................................................................8

    2.3 CATEGORIA DE PROCESSOS .................................................................................................9

    2.4 HIERARQUIA DE PROCESSOS .............................................................................................. 10

    2.5 CADEIA DE VALOR ............................................................................................................. 11

    2.6 GESTO POR PROCESSOS ................................................................................................. 12

    2.7 GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGCIO (BPM) ...................................................... 12

    2.8 BPMN - BUSINESS PROCESS MODELING NOTATION .......................................................... 13

    2.9 MODELAGEM DE PROCESSOS ............................................................................................. 13

    2.10 ANLISE E DIAGNSTICO DE PROCESSOS ....................................................................... 14

    2.11 DESENHO DE PROCESSOS OU REDESENHO .................................................................... 14

    3 METODOLOGIA DE GESTO DE PROCESSOS NO MINISTRIO DA FAZENDA ........ 15

    3.1 ETAPAS DA METODOLOGIA - MGPROC ............................................................................... 15

    3.2 MTODO .......................................................................................................................... 16

    3.2.1 1 Passo Sensibilizao dos executores dos processos ............................ 17

    3.2.2 2 Passo Construo da Cadeia de Valor ..................................................... 17

    3.2.3 3 Passo Mapeamento dos processos AS IS ............................................. 19

    3.2.4 4 Passo Anlise e diagnstico do processo ................................................ 21

    3.2.5 5 Passo Otimizao do processo .................................................................. 23

    3.2.6 6 Passo - Implementao do processo .......................................................... 24

    3.2.7 7 Passo Monitoramento e refinamento do processo ................................ 25

    4 FERRAMENTA DE SUPORTE GESTO DE PROCESSOS ARIS ................................ 27

    4.1 CARACTERSTICAS GERAIS ................................................................................................ 27

    4.2 ESTRUTURAS DE ARMAZENAMENTO DE INFORMAES NO ARIS ......................................... 28

    5 NOTAO BPMN .......................................................................................................................... 30

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    5.1 TIPOS DE DIAGRAMAS DE PROCESSO DE NEGCIO (BPD) ................................................... 31

    5.2 ELEMENTOS DE UM BPD ................................................................................................... 33

    5.2.1 Objetos de Fluxos (Flow Objects) ..................................................................... 36

    5.2.2 Objetos de Conexo (Connecting Objects) ..................................................... 46

    5.2.3 Raia de piscina (Swimlanes): ............................................................................. 46

    5.2.4 Artefatos (Artifacts) ............................................................................................. 47

    5.3 BOAS PRTICAS NO DESENHO DE PROCESSOS .................................................................... 47

    5.3.1 Na Ferramenta: .................................................................................................... 47

    5.3.2 Na notao BPMN: ............................................................................................... 47

    6 REFERNCIAS ............................................................................................................................... 51

    7 GLOSSRIO.................................................................................................................................... 53

    8 NDICE REMISSIVO ..................................................................................................................... 55

    9 DOCUMENTOS DE APOIO ......................................................................................................... 56

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    NDICE DE TABELAS

    TABELA 1 - ELEMENTOS DA NOTAO BPMN ..................................................................................... 35

    TABELA 2 - NOTAO BSICA DO TIPO DE EVENTOS ....................................................................... 36

    TABELA 3 - NOTAO BPMN - EVENTOS .............................................................................................. 38

    TABELA 4 NOTAO BPMN - TAREFAS.............................................................................................. 40

    TABELA 5 - NOTAO BPMN SUBPROCESSO .................................................................................. 40

    TABELA 6 - NOTAO BPMN - GATEWAYS........................................................................................... 45

    TABELA 7 - NOTAO BPMN - SWIMLANES ......................................................................................... 46

    NDICE DE FIGURAS

    FIGURA 1 - ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS........................................................................................8

    FIGURA 2 - HIERARQUIA DOS PROCESSOS......................................................................................... 11

    FIGURA 3 - CADEIA DE VALOR - EXEMPLO .......................................................................................... 12

    FIGURA 4 - MGPROC ................................................................................................................................ 16

    FIGURA 5 - 1 PASSO DA MGPROC ........................................................................................................ 17

    FIGURA 6 - ELEMENTOS ESSENCIAIS DO PROCESSO ....................................................................... 18

    FIGURA 7 - 2 PASSO DA MGPROC ........................................................................................................ 19

    FIGURA 8 - 3 PASSO DA MGPROC ........................................................................................................ 21

    FIGURA 9 - 4 PASSO DA MGPROC ........................................................................................................ 23

    FIGURA 10 - 5 PASSO DA MGPROC ...................................................................................................... 24

    FIGURA 11 - 6 PASSO DA MGPROC ...................................................................................................... 25

    FIGURA 12 - 7 PASSO DA MGPROC ...................................................................................................... 26

    FIGURA 13 - EXEMPLO DE MODELO SIMPLES BPMN ......................................................................... 30

    FIGURA 14 - EXEMPLO DE DIAGRAMA DE PROCESSO DE NEGCIOS PRIVADO .......................... 32

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    APRESENTAO DO DOCUMENTO

    O documento tem por intuito a orientao e disseminao do

    conhecimento sobre a Gesto de Processos no Ministrio da Fazenda,

    apresentando os principais conceitos norteadores da matria, descrevendo as

    etapas da metodologia utilizada pelo Escritrio de Inovao (com foco em

    processos) da Subsecretaria de Gesto Estratgica, da Secretaria Executiva

    do Ministrio da Fazenda (SGE/SE/MF) e aprimorando os conhecimentos

    necessrios modelagem de processos com a utilizao da notao padro

    de desenho BPMN Business Process Modeling Notation.

    As orientaes constantes neste documento tm o objetivo de dar

    suporte, orientar e padronizar os projetos da iniciativa de Gesto de

    Processos orientados e/ou executados no contexto dos servios prestados

    pelo referido Escritrio.

    PBLICO ALVO

    Gestores, analistas, consultores envolvidos no processo de tomada de

    deciso estratgica e na Gesto de Processos, analistas de negcio e

    profissionais que almejam aprimorar seus conhecimentos e aperfeioar o

    desempenho do seu negcio envolvendo a gesto de processos.

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    INTRODUO

    O Programa de Modernizao Integrada do Ministrio da Fazenda

    PMIMF, elaborado e coordenado pela Subsecretaria de Gesto Estratgica,

    consiste em um conjunto de aes voltadas construo de solues

    coletivas e desafios gerenciais comuns a diversos rgos da estrutura do

    Ministrio, modernizao da gesto e busca por maior eficincia e eficcia

    das aes do Ministrio da Fazenda no exerccio de suas funes regimentais,

    sempre em prol da sociedade. Prev, em uma de suas frentes de atuao, a

    estruturao e implantao de Escritrios de Processos e Projetos no mbito

    do Ministrio da Fazenda.

    A frente de Gesto por Processos foi concebida como premissa bsica

    para a implementao da qualidade em servios prestados e produtos

    oferecidos pelo Ministrio da Fazenda, uma ao sistmica associada

    melhoria contnua da organizao. Uma organizao orientada processos ,

    antes de tudo, uma organizao consciente de seus objetivos, e que atua

    alinhada ao seu planejamento estratgico.

    Assim a Gesto de Processos no Ministrio da Fazenda tem como

    objetivo agregar valor aos processos de trabalho possibilitando o

    entendimento, a anlise e o aprimoramento das rotinas internas de trabalho,

    com vistas a garantir a eficincia, a eficcia, a efetividade e a legalidade dos

    servios prestados, como tambm, disseminar a cultura de gesto de

    processos no contexto do Ministrio da Fazenda.

    Dessa forma, os resultados esperados so:

    i. Melhorar a rotina de trabalho dos servidores, de forma a evitar

    retrabalho e as aes desnecessrias;

    ii. Aumentar a satisfao dos clientes, como foco na execuo das

    atividades, nos clientes e na qualidade do produto final do

    processo, em vez de visar apenas os resultados de cada tarefa ou

    de cada departamento;

    iii. Reduzir os custos e aumentar a produtividade;

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    iv. Aprimorar o controle e a visibilidade gerencial de modo a garantir a

    disponibilizao das informaes necessrias para a coordenao

    dos processos e para a tomada de decises gerenciais;

    v. Garantir a conformidade com regulaes e aperfeioar instrumentos

    de monitoramento e avaliao de desempenho dos servios

    prestados;

    vi. Criar memria institucional, de forma a aprimorar a gesto do

    conhecimento; e

    vii. Aumentar a flexibilidade para mudana e inovao na organizao.

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    1 O Escritrio de Processos

    O Escritrio de Projetos/Processos da SGE, uma das frentes de atuao

    do PMIMF, responsvel por propor revises e evolues nas metodologias de

    projetos e processos constantes no Modelo de Governana, responsvel

    tambm por disseminar o uso destas metodologias, consolidar e reportar

    informaes do portflio dos projetos estratgicos e dos processos

    corporativos do MF. Quando necessrio, mediante prvio acordo, exercer

    funo de Escritrio de Apoio aos rgos.

    Como Escritrio de Apoio contribui para a evoluo das metodologias

    de projetos e processos constantes no modelo de governana e dissemina o

    uso das mesmas no mbito de seus rgos, respeitando sua cultura e

    estrutura organizacional.

    Especificamente o Escritrio de Processos a rea que prospecta e

    internaliza metodologias, padres, melhores prticas e ferramentas a serem

    aplicadas na gesto de processos de trabalho com vistas melhoria contnua

    dos processos, com foco na satisfao dos seus clientes.

    Tem como misso o apoio na estruturao, desenvolvimento e

    acompanhamento de projetos de Gesto de Processos de forma padronizada,

    e integrada com a estratgia do Ministrio da Fazenda.

    O Escritrio de Processos atua como facilitador para que as aes e as

    ferramentas de apoio gesto de processos sejam executadas de forma

    otimizada, mantendo o alinhamento organizacional atravs das melhorias, do

    monitoramento, publicao e controle dos processos.

    1.1 Principais objetivos:

    i. Selecionar, aplicar e multiplicar as tcnicas e melhores prticas em

    Gerenciamento de Processos;

    ii. Estabelecer os padres de modelagem;

    iii. Analisar os diagramas gerados e assim valid-lo ou adequ-los, de

    acordo com as atribuies dos rgos, suportado pela metodologia

    em uso;

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    iv. Apontar as estratgias organizacionais, a partir de seus

    desdobramentos em aes voltadas a processos;

    v. Planejar, acompanhar o desempenho e conduzir projetos de

    melhoria de processos, com equipes internas ou com consultorias

    externas;

    vi. Orientar a seleo dos pontos de controle e dos indicadores de

    desempenho.

    vii. Dar publicidade, respeitando as premissas de sigilo e

    confidencialidade dos processos.

    1.2 Competncias

    i. Apoiar as reas no gerenciamento de seus processos alinhados com

    as diretrizes estratgicas da organizao em seu ambiente

    operacional, englobando a tecnologia e as necessidades prioritrias

    do Ministrio da Fazenda;

    ii. Colaborar para o desenvolvimento de uma cultura que vise

    melhoria contnua e sustentvel de processos;

    iii. Controlar as polticas de segurana e administrao da ferramenta

    de gesto de processos com relao aos acessos funcionais;

    iv. Contribuir com as reas do Ministrio da Fazenda para promover

    melhorias com eficincia e efetividade nos processos;

    v. Multiplicar o conhecimentos e habilidades na disciplina de Gesto

    de Processos no mbito do Ministrio da Fazenda.

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    2 ALINHAMENTO CONCEITUAL

    Com o propsito de contribuir para uma cultura uniforme de

    Gerenciamento de Processos no Ministrio da Fazenda, foram adotados

    alguns conceitos para a criao de um entendimento comum de todos os

    envolvidos nas iniciativas de Gesto de Processos.

    2.1 Estrutura Organizacional

    O modo como as organizaes se estruturam entendido como

    estrutura organizacional, assim

    Estrutura organizacional o instrumento

    administrativo resultante da identificao, anlise, ordenao e

    agrupamento das atividades e dos recursos das empresas,

    incluindo o estabelecimento dos nveis de alada e dos

    processos decisrios, visando ao alcance dos objetivos

    estabelecidos pelos planejamentos das empresas. (OLIVEIRA,

    2006, p. 78)

    Podem refletir formas diversas de orientao, sendo necessrio o

    entendimento dos tipos:

    Funcional - estruturada por funo da organizao, ou separada por

    departamentos.

    Por Processos - o cliente o centro de tudo e o objetivo oferecer a

    ele um produto de maior benefcio, de maneira mais rpida e a um custo mais

    baixo.

    Nesta estruturao os funcionrios entendem o processo como um

    todo, valorizado o trabalho em equipe, a cooperao, a responsabilidade

    individual e a vontade de fazer um trabalho melhor.

    Numa organizao funcional, o intercmbio entre funes

    frequentemente confuso, enquanto que na estrutura por processo, o

    intercmbio j inerente.

    Um modelo bem difundido e utilizado atualmente a combinao da

    estrutura funcional e por processos, com a verticalizao e organizao da

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    estrutura funcional mesclada com a estruturao e orientao por processos,

    em que tendenciosamente passaria a ser estruturada orientada por

    processos.

    Figura 1 - Estruturas Organizacionais1

    2.2 Processos

    No BPM CBOK2, processo definido como um conjunto definido de

    atividades ou comportamentos executados por humanos ou mquinas para

    alcanar uma ou mais metas.

    Processo pode ser descrito, tambm, como qualquer atividade que

    recebe uma entrada (input), agrega-lhe valor e gera uma sada (output) para

    um cliente interno ou externo, fazendo uso dos recursos da organizao para

    gerar resultados concretos (RUMMLER, 1994). Gonalves (2000), trouxe o

    conceito de que um processo integra pessoas, ferramentas e mtodos para

    1 Fonte: PAIM et al, 2009

    2 BPM CBOK - BPM CBOK a sigla de Business Process Management Commom Body

    of Knowledge - Corpo Comum de Conhecimentos em Gerenciamento de Processos de

    Negcio. O BPM CBOK um documento mantido pela associao internacional ABPMP

    Association of Business Process Management Professionals e se mantm como um repositrio

    de melhores prticas em Gesto por Processos.

    Vertical

    Funcional

    Funcional

    Com processos

    em segundo plano

    Processual

    Com funcional

    em segundo plano

    Processos

    Horizontais

    Gesto Funcional

    Tradicional

    Estrutura orientada

    Por processo

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    executar uma sequncia de passos com o objetivo definido de transformar

    determinadas entradas em determinadas sadas.

    A partir dos conceitos acima, pode-se entender que um processo

    organizacional tem as seguintes caractersticas:

    Objetivos e limites de incio e fim bem definidos;

    Circunstncias bem definidas em que uma atividade ocorre;

    Resultados de valor para os clientes;

    Recursos previstos para a execuo da atividade;

    Responsvel definido e problemas identificados e monitorados

    (gerenciamento);

    Relaes efetivas com usurios e fornecedores, com requisitos

    bem definidos;

    Medio por indicadores de desempenho;

    Mecanismo de feedback para melhoria;

    Acompanhamento ao longo da execuo.

    2.3 Categoria de Processos

    Os processos organizacionais no mbito do Ministrio da Fazenda so

    classificados em duas categorias:

    Processos Finalsticos: referem-se aos processos essenciais que a

    organizao realiza. Esto relacionados ao atendimento da misso da

    organizao. So fim-a-fim e interfuncionais com entrega de valor direta aos

    clientes.

    Processos de Suporte: so projetados para suportar os processos

    finalsticos, frequentemente gerenciando recursos ou infraestrutura

    necessrias.

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    2.4 Hierarquia de processos

    Para a representao dos processos de negcio, comumente

    respeitada uma hierarquia de processos, que segue basicamente a estrutura

    do mais complexo para o menos complexo, assim temos:

    A figura demonstra a ideia da viso de complexidade dos processos

    onde temos:

    Macroprocesso: grandes conjuntos de processos pelas quais a

    organizao cumpre a sua misso, gerando valor. Correspondem s

    representaes dos processos da organizao que devem estar alinhadas aos

    objetivos de suas unidades organizacionais. Cada macroprocesso engloba um

    ou mais processos, por meio dos quais so viabilizados os resultados

    pretendidos pela organizao.

    Processo: conjunto de atividades de alta complexidade que, a partir de

    um insumo, adiciona valor, fornecendo um produto ou servio a um cliente

    especfico, tendo incio e fim bem determinados. Engloba subprocessos,

    atividades e tarefas distintas e interligadas.

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    Subprocesso: conjunto de atividades de mdia e alta complexidade

    que realizam um objetivo especfico em apoio a um processo. Engloba

    atividades e tarefas distintas e interligadas.

    Atividades ou tarefas: So as divises dentro de um processo ou

    subprocesso que correspondem ao o que feito, geralmente desempenhadas

    por uma unidade organizacional, produzindo um resultado especfico;

    Procedimentos ou Operaes: detalhamento das atividades ou tarefas,

    representam como feito o trabalho.

    Figura 2 - Hierarquia dos Processos

    2.5 Cadeia de valor

    Descreve os elementos de negcio da organizao divididos em

    cenrios e processos. So utilizados para uma representao da viso

    estratgica dos processos.

    A Cadeia de Valor o conjunto de atividades criadoras de valor desde

    as fontes de matrias-primas bsicas, passando por fornecedores de

    componentes e at o produto final entregue nas mos do consumidor.

    Demonstra um fluxo simples e contnuo da esquerda para direita dos

    processos, que compreende o conjunto de macroprocessos finalsticos e de

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    suporte corporativo, executados de forma inter-relacionada que criam valor

    para o usurio final.

    Figura 3 - Cadeia de Valor - Exemplo

    2.6 Gesto por Processos

    A Gesto por processos pode ser definida como um enfoque

    administrativo que busca a otimizao e melhoria dos seus processos de

    trabalho, foi desenvolvida no intuito de auxiliar a organizao a obter o

    melhor desempenho possvel a partir da mnima utilizao de recursos e com

    o mximo de acerto.

    2.7 Gerenciamento de Processos de Negcio (BPM)

    O Gerenciamento de Processos de Negcios conceituado no BPM

    CBOK como uma abordagem disciplinada para identificar, desenhar,

    executar, documentar, medir, monitorar, controlar e melhorar processos de

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    negcio automatizados ou no para alcanar os resultados pretendidos

    consistentes e alinhados com as metas estratgicas da organizao.

    H vrios conceitos fundamentais, bsicos, que definem BPM, incluindo

    noes como:

    BPM uma disciplina de gerenciamento e um conjunto de

    tecnologias habilitadoras;

    BPM aborda um trabalho ponta-a-ponta e diferencia entre

    conjuntos de subprocessos, tarefas, atividades e funes

    BPM um conjunto contnuo, em curso, de processos com o foco

    no gerenciamento de processos de negcio ponta-a-ponta nas

    organizaes

    BPM inclui modelagem, anlise, desenho e medio de processos

    de negcio de uma organizao;

    BPM requer um compromisso significativo da organizao que

    frequentemente introduz novos papis, responsabilidades e

    estruturas s organizaes tradicionais orientadas a funes;

    BPM habilitada por tecnologia atravs de ferramentas para

    modelagem, simulao, automao, integrao, controle e

    monitoramento de processos de negcio e de sistemas de informao

    que suportam esses processos.

    2.8 BPMN - Business Process Modeling Notation

    BPMN uma linguagem grfica usada para representar processos de

    negcio. Estes processos de negcios so representados por meio de um

    conjunto de smbolos padro que so organizados em um diagrama de

    processos de negcio.

    2.9 Modelagem de processos

    A Modelagem de Processos consiste em captar as atividades relativas

    a determinado processo de trabalho, organiz-las em ordem funcional, gerar

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    diagramas de atividades, descrio das tarefas, responsveis, durao,

    frequncia e outros, objetivando fornecer uma viso completa e transparente

    do processo. Conforme o BPM CBOK modelagem de processos um

    conjunto de atividades envolvidas na criao de representaes de um

    processo existente ou proposto. Prov uma perspectiva ponta-a-ponta3 dos

    processos de uma organizao.

    2.10 Anlise e Diagnstico de processos

    Compreende o entendimento e interpretao dos processos,

    assimilando informaes provenientes da modelagem e oriundas de planos

    estratgicos, modelos de processo, medies de desempenho, mudanas no

    ambiente externo e outros fatores, a fim de entender completamente os

    processos de negcio no escopo da organizao como um todo.

    2.11 Desenho de processos ou Redesenho

    O desenho de processos define o processo com as melhorias

    identificadas com a anlise e o diagnstico, corresponde ao que a

    organizao quer que o processo seja e responde questes como: o qu,

    quando, onde, quem e como o trabalho realizado. Um importante

    componente de desenho tambm assegurar que mtricas e controles

    gerenciais apropriados estejam implementados para medio de desempenho

    e conformidade.

    3 Processos de negcio que iniciam e terminam com a interface do cliente.

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    3 METODOLOGIA DE GESTO DE PROCESSOS NO

    MINISTRIO DA FAZENDA

    Conceitualmente uma metodologia constitui-se de uma abordagem

    organizada para atingir um objetivo, atravs de passos pr-estabelecidos.

    um roteiro para o desenvolvimento estruturado de projetos, sistemas ou

    software, visando a qualidade e produtividade destes4. A metodologia serve

    como guia definindo por onde comear, que passos seguir, possibilitando

    consistncia na prtica. Pelo fato do gerenciamento de processos de negcios

    ser uma disciplina que possibilite adaptaes s realidades das organizaes,

    o Ministrio da Fazenda adotou as etapas que mais lhe asseguram o resultado

    rpido, objetivo e coeso esperado.

    A Metodologia de Gesto de Processos do MF foi criada no contexto

    dos trabalhos da Rede de Inovao, grupo formado por representantes e

    tcnicos dos rgos e conselhos do Ministrio (Gabinete do Ministro, PGFN,

    RFB, SEAE, SAIN, SPE, STN, SE, ESAF, CARF, COAF e CONFAZ), que participam

    do PMIMF Programa de Modernizao Integrada do MF.

    O trabalho de Suporte em mapeamento de processos do Escritrio

    de Inovao da SGE/SE, com foco em processos, ser realizado considerando

    as diretrizes e a Metodologia de Gesto de Processos (MGProc), constantes do

    Modelo de Governana e Operacionalizao da Inovao de Gesto no

    Ministrio da Fazenda, aprovado pelo Comit Estratgico de Gesto do MF

    (CEG) por meio da Resoluo CEG n 02/2012.

    3.1 Etapas da metodologia - MGProc

    Duas grandes etapas subdivide a MGProc: Suporte a construo da

    Cadeia de Valor da Unidade e Suporte ao detalhamento e anlises dos

    processos, cada etapa com suas etapas.

    4 REZENDE, 2001

  • 16

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Figura 4 - MGProc

    O incio do trabalho de Suporte em mapeamento de processos no

    contexto do MF tende a ser desenvolvido de maneira simples e prtica,

    objetivando conscientizar os servidores envolvidos acerca da relevncia da

    sua participao no levantamento das informaes que subsidiaro a

    conduo do trabalho.

    importante ressaltar que, tendo em vista o baixo grau de maturidade

    de gesto de processos na organizao, o trabalho de suporte em

    mapeamento de processos ganhar, gradualmente, um maior nvel de

    detalhamento.

    3.2 Mtodo

    Considerando as atividades necessrias aos resultados esperados com

    as iniciativas de gesto de processos o Escritrio de Processos detalhou a

  • 17

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    MGProc em 7 passos. Estes passos auxiliaro a estruturar e padronizar a

    conduo do trabalho, assim como orientar e dar suporte aos envolvidos, a

    saber:

    3.2.1 1 Passo Sensibilizao dos executores dos processos

    realizada uma apresentao de sensibilizao (no mximo 30

    minutos) com os executores e as pessoas que iro participar dos trabalhos de

    mapeamento e redesenho dos processos. So apresentados os fatores crticos

    de sucesso do trabalho, a importncia e os benefcios obtidos com os

    trabalhos de mapeamento e redesenho dos processos.

    Tem como objetivo fomentar a cultura da gesto de processos no

    Ministrio da Fazenda.

    Depois de realizada a sensibilizao com os executores dos processos

    o prximo passo ser a construo da cadeia de macroprocesso da unidade

    organizacional a ser trabalhada.

    Figura 5 - 1 Passo da MGProc

    3.2.2 2 Passo Construo da Cadeia de Valor

    A partir da coleta de informaes que subsidiam o entendimento dos

    processos e iteraes, construda a da Cadeia de Valor Agregado da rea a

    ser mapeada.

  • 18

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    A construo da Cadeia de Valor parte do entendimento da

    documentao da rea, mapeamentos anteriores, ou subsdios que permitam

    o entendimento dos processos executados. Com o entendimento so

    realizadas reunies de discusso e definio da Cadeia de Valor com os

    envolvidos e Gestor da rea de negcio.

    A construo representa as interaes que o processo realiza, ou seja,

    nessa etapa so coletadas as informaes sobre os processos de trabalho e

    identificados os elementos essenciais desses processos denominados

    essenciais, (fornecedor, entrada, sada e cliente/usurio). Esses elementos

    so encadeados sequencialmente:

    Figura 6 - Elementos essenciais do processo

    Para melhor compreenso conceituamos esses elementos:

    Fornecedor: a pessoa/rea/instrumento de trabalho, que

    envia/fornece/disponibiliza o insumo necessrio para a realizao de

    determinada etapa.

    Entrada/Insumo: a informao/documento/material necessrio para

    que se desenvolva a etapa, sem o qual no possvel realiz-la.

    Produto/Servio: a informao/documento/material produzido pelo

    executor da etapa. o resultado do trabalho.

    Cliente/Usurio: a pessoa/rea/instrumento de trabalho a quem se

    destina o resultado do trabalho. Aquele (aquilo) que receber o que foi gerado

    pelo executor da etapa.

    Para a construo da cadeia de macroprocesso utilizado como apoio

    o Instrumento I - Construo da Cadeia de Macroprocessos da Metodologia de

    Gesto de Processos do MF contido no anexo I deste documento.

  • 19

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Depois de construda a cadeia de macroprocesso com os executores

    dos processos o prximo passo ser o levantamentos das atividades e

    informaes iniciais dos processos.

    Figura 7 - 2 Passo da MGProc

    3.2.3 3 Passo Mapeamento dos processos AS IS

    realizado o levantamento de informaes em relao ao processo,

    tais como o objetivo, a descrio, o produto final e a identificao das

    atividades realizadas. O responsvel pelo processo contribui com esse

    levantamento, participando de reunio onde so realizadas entrevistas com

    os executores dos processos para o levantamento das atividades.

    Nestas entrevistas so realizadas perguntas do tipo:

    Qual o objetivo do processo?

    Quais so os eventos iniciais ou disparadores (entradas) Fatos

    que provocam o incio de um processo?

    Quais so as sadas Produtos/servios gerados pelas atividades

    (e pelo) do processo (de acordo com as expectativas do cliente)?

  • 20

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Quais so as interfaces Interaes e interdependncias de

    entradas, sadas, recursos e atividades entre processos e entre o

    processo e os agentes externos?

    Como a comunicao interna/externa na execuo do processo?

    Com o levantamento dessas informaes a equipe de especialistas fica

    responsvel por elaborar a primeira verso do diagrama do processo (AS

    IS), considerando as atividades relatadas.

    Para a Reunio de mapeamento dos processos e levantamento das

    informaes iniciais utilizado como apoio o Instrumento II - Detalhamento

    do processo da Metodologia de Gesto de Processos do MF contido no anexo

    II deste documento.

    So coletadas tambm informaes sobre a descrio dos processos,

    quando necessrio:

    Executantes;

    Prazo de concluso;

    Os sistemas e materiais utilizados;

    Resultados finais esperados;

    Recomendaes, dicas ou outras informaes adicionais, quando

    julgar necessrio; e

    Formulrios, relatrios ou outros modelos de documento que

    estejam associados s atividades.

    As informaes das atividades so includas no prprio diagrama do

    processo no atributo descrio das atividades no ARIS 7.2 (software escolhido

    para o trabalho de modelagem dos processos).

    A participao dos funcionrios que trabalham diretamente na

    execuo das atividades fundamental para contribuir e subsidiar o

    levantamento das referidas informaes.

    Esse passo ser realizado em reunio com a utilizao Aris 7.2

    permitindo que os diferentes usurios possam interagir e editar o diagrama

    do processo, possibilitando uma viso sistmica do processo como um todo.

  • 21

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Figura 8 - 3 Passo da MGProc

    3.2.4 4 Passo Anlise e diagnstico do processo

    realizado o levantamento de informaes mais aprofundadas do

    processo que permitiro o entendimento e a possibilidade de diagnosticar o

    processo modelado.

    Algumas informaes coletadas so:

    O problema de cada processo;

    Os males ou impactos que o problema causa;

    Solues propostas para o problema;

    Pontos de alerta;

    Fatores crticos de sucesso.

    O levantamento se d por meio de reunio estruturada e podem ser

    utilizadas as tcnicas de brainstorming5, matriz SWOT6, diagrama de

    5 Brainstorming tcnica de levantamento de informaes. A tcnica de brainstorming prope que um

    grupo de pessoas se rena e utilize seus pensamentos e ideias para que possam chegar a um denominador comum.

    6 A Anlise SWOT uma ferramenta utilizada para anlise de cenrio. Consiste no levantamento das

    (Foras, Fraquezas, Oportunidades e Ameaas).

  • 22

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Ishikawa7, matriz GUT8 e o artefato Planilha de Pontos de Alerta,

    apresentado no Anexo IV, que para ser preenchida conta com a contribuio

    do responsvel pelo processo, e quando necessrio, dos demais envolvidos no

    processo. As informaes desse formulrio so levantadas ou consolidadas na

    reunio.

    Depois de preenchida a Planilha de Pontos de Alerta, a equipe de

    especialistas dever elaborar o Relatrio de Anlise e Diagnstico, que para

    ser preenchido utiliza informaes dos seguintes documentos:

    Documentao de Processos, Planilha de Pontos de Alerta e registros das

    informaes das reunies.

    7 Diagrama de Ishikawa, uma ferramenta grfica utilizada pela Administrao para o gerenciamento e o

    Controle da Qualidade em diversos processos, e tambm conhecido como "Diagrama de Causa e Efeito". Este

    diagrama torna possvel a rpida identificao de todas as causas relacionadas a um determinado problema (efeito)

    e sua imediata correlao com um assunto global (famlia). Para facilitar o agrupamento das causas em famlia,

    pode-se utilizar a tcnica conhecida como 6M: Mo-de-obra; Mquinas e equipamentos; Mtodo; Materiais;

    gerenciamento (Management) e Meio ambiente, onde se relacionam causas afins a espao fsico, layout,

    temperatura, iluminao, rudo, gases, resduos, etc.

    8 Esta matriz utilizada para priorizao. Leva em conta a gravidade, a urgncia e a tendncia, de cada problema.

    Gravidade: impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou organizaes e efeitos que

    surgiro a longo prazo, caso o problema no seja resolvido.

    Urgncia: relao com o tempo disponvel ou necessrio para resolver o problema.

    Tendncia: potencial de crescimento do problema, avaliao da tendncia de crescimento, reduo ou

    desaparecimento do problema.

    A pontuao de 1 a 5, para cada dimenso da matriz, permite classificar em ordem decrescente de pontos

    os problemas a serem atacados na melhoria do processo.

    Este tipo de anlise deve ser feito pelo grupo de melhoria com donos do processo, de forma a estabelecer

    a melhor priorizao dos problemas.

  • 23

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Figura 9 - 4 Passo da MGProc

    3.2.5 5 Passo Otimizao do processo

    Aps a validao das sugestes, a equipe de especialistas efetua todas

    as modificaes necessrias na documentao do processo, gerando os

    seguintes documentos: diagramas e manuais do processo TO BE, que

    tambm devero ser validados pelos responsveis do processo e pelo Gestor

    para que sejam implementados.

    Tambm nesta etapa so coletados e definidos indicadores de

    desempenho para os processos.

  • 24

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    Figura 10 - 5 Passo da MGProc

    3.2.6 6 Passo - Implementao do processo

    Concludos os passos anteriores, definido, pelo responsvel pelo

    processo, o momento em que as atividades passaro a ser executadas de

    acordo com as novas normas e padres estabelecidos.

    Vale ressaltar que os dirigentes das reas envolvidas tm papel muito

    importante neste passo, com vistas a detectar e corrigir problemas no novo

    processo. Alm disso, devero ser identificadas eventuais resistncias

    apresentadas pela equipe, decorrentes de conflitos com a cultura da

    organizao.

    A equipe de especialistas dever elaborar o documento Plano de

    Implantao, que apresenta as atividades para implantao das melhorias

    propostas.

  • 25

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Figura 11 - 6 Passo da MGProc

    3.2.7 7 Passo Monitoramento e refinamento do processo

    O monitoramento do novo processo (TO BE implantado) deve ser um

    trabalho contnuo, com vistas a identificar possveis problemas apresentados,

    tais como situaes no detectadas no decorrer da implantao, falhas de

    entendimento do novo processo pela equipe de trabalho ou necessidade de

    modificaes decorrentes de alteraes na legislao, etc.

    O refinamento trata aspectos de ajustes e melhorias ps-

    implementao de processos com base nos indicadores e informaes-chaves

    de desempenho. O responsvel pelo processo novamente tem papel

    fundamental nesse passo.

  • 26

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    Figura 12 - 7 Passo da MGProc

  • 27

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    4 Ferramenta de suporte gesto de processos ARIS

    A ferramenta de modelagem de processos utilizada pelo Escritrio de

    Processos do Ministrio da Fazenda a ARIS. Essa ferramenta possui interface

    bem intuitiva e flexvel para a criao de diagramas, possibilidade de gerar

    relatrios de maneira bem prtica.

    Em um momento anterior, aos trabalhos de mapeamento e redesenho

    dos processos, a CODIP fornecer aos envolvidos na modelagem de processos

    treinamento e orientaes iniciais para a utilizao da ferramenta de

    modelagem e para aplicao da Metodologia de Gesto de Processos do MF

    (MGProc) utilizadas pelo Escritrio de Processos.

    4.1 Caractersticas Gerais

    ARIS a sigla para of Integrated Information Systems e foi

    desenvolvida pelo Prof. Scheer, na Alemanha, entre 1992 at 1994, sendo um

    framework de modelagem que enfatizou os aspectos de engenharia de

    software e organizacionais da empresa. No ARIS, so definidos nveis de

    modelagem e tambm definidas quatro vises:

    Viso Funcional: a qual permite construir modelos que definem de

    maneira hierrquica todas as funes da organizao, comeando da mais

    macro e decompondo-as at o nvel de detalhe que permite especificar

    funes de programao dentro de aplicativos de software;

    Viso dos Dados: utilizada para definir os modelos de dados partindo

    das definies das informaes mais complexas (relatrios ou conjunto de

    informaes), passando pelo modelo de dados e seus relacionamentos, pela

    definio de esquemas e da prpria base de dados;

    Viso Organizacional: permite especificar e detalhar a estrutura

    organizacional da empresa, desde a definio das divises e das unidades de

    negcios, da estrutura de cargos e seus ocupantes at a estrutura fsica com

    os equipamentos, dando nfase estrutura de informtica na medida em que

    h mtodos especficos para a modelagem da rede de computadores da

    organizao;

  • 28

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Viso de Controle: a viso que permite relacionar as trs vises

    anteriores. Nesta viso, h mtodos de modelagem especficos para definir a

    relao entre funes e dados; funes e organizao; organizao e dados e,

    principalmente, capazes de integrar as trs funes utilizando-se

    principalmente do conceito de evento.

    O ARIS no meramente uma ferramenta de desenho, ele na

    verdade uma soluo de modelagem que se baseia na criao e reutilizao

    de objetos que possuem simbologia, semntica e caractersticas prprias.

    Esta caracterstica torna possvel o cruzamento de diversas informaes, por

    exemplo: possvel saber quais atividades so executadas por uma unidade

    organizacional especfica, quais atividades esto sob a responsabilidade de

    um determinado tipo de pessoa (papel); quais atividades so suportadas por

    determinados sistemas; quais atividades utilizam/ geram determinados

    documentos; dentre outras.

    4.2 Estruturas de armazenamento de informaes no ARIS

    Para armazenamento das informaes, existem estruturas de bases de

    dados no Ministrio da Fazenda que compe a ferramenta ARIS e esto

    dispostas, basicamente, da seguinte maneira:

    Base Local

    Base de dados instalada na mquina do usurio, sem acesso ao

    servidor do banco de dados (offline).

    Possui acesso ao usurio da mquina. Dever ser utilizada para fins de

    estudo individual, testes locais e/ ou quando no for possvel o acesso ao

    servidor.

    Base Ministrio da Fazenda

    o repositrio integrado ao servidor de banco de dados onde os

    analistas de processos devero executar os trabalhos de desenho, nele

    podero criar e excluir elementos (objetos e modelos) no ARIS.

  • 29

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Publicao

    Os modelos que j esto na validados podero ser publicados, desde

    que haja autorizao prvia do Gestor da rea.

    A publicao ser realizada pelo administrador do ARIS, atravs do

    mdulo Publisher, e o acesso se d pela intranet.

  • 30

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    5 Notao BPMN

    BPMN a sigla correspondente a Business Process Model and Notation,

    ou seja, Notao de Modelagem de Processos de Negcio, compreendendo a

    notao adotada para representar graficamente os processos de negcio de

    qualquer empresa. uma forma padronizada de modelar os processos e

    promover o entendimento geral sobre o mesmo.

    Atravs de elementos simples e de fcil comunicao, o BPMN surgiu,

    para padronizar os desenhos de processos e para facilitar toda a conversa

    entre Negcios Tecnologia da Informao. Fez se necessria a criao de uma

    padronizao para que TI e negcios fossem aproximadas e trabalhassem de

    uma forma mais produtiva e transparente.

    Exemplo de modelo BPMN:

    Figura 13 - Exemplo de Modelo Simples BPMN

    Com a especificao lanada do BPMN 2.0 pela OMG Object

    Management Group, hoje praticamente possvel se representar de uma

    forma clara e transparente 99,9% dos processos existentes. Dificilmente

    iremos nos deparar com alguma situao que no possa ser representada

    atravs das notaes do BPMN.

  • 31

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    O BPMN agrega valor empresa fazendo ponte entre negcios e TI,

    buscando apresentar a modelagem dos processos para entendimento geral

    da organizao.

    O BPMN por ser a linguagem mais recomendada e utilizada nos dias

    atuais e por facilitar a interao com a rea de Tecnologia da Informao,

    caso o processo venha a ser automatizado futuramente foi a notao adota

    pelo Escritrio de Processos do Ministrio da Fazenda.

    Capaz de retratar os processos como so executados, o BPMN, ento

    a notao grfica que descreve a lgica dos passos de um processo de

    negcio. Essa notao tem sido especialmente desenhada para coordenar a

    sequncia dos processos e as mensagens que fluem entre os participantes

    das diferentes atividades.

    Alguns motivadores se fizeram importantes na escolha de tal notao,

    tais quais:

    BPMN um padro internacional de modelador de processos

    aceito pela comunidade.

    BPMN independente de qualquer metodologia de modelador de

    processos.

    BPMN cria uma ponte padronizada para diminuir a lacuna entre os

    processos de negcio e sua implementao.

    BPMN permite modelar o processo de uma maneira unificada e

    padronizada.

    5.1 Tipos de diagramas de processo de negcio (BPD)

    O BPMN capaz de retratar os diferentes propsitos da modelagem de

    processos e permite a criao de um processo de negcios de ponta a ponta.

    Existem trs tipos bsicos de diagrama de processo de negcio (BPD):

    Private (internal) business process ou diagramas de processo de

    negcios privados. So utilizados quando no interesse a interao desse

    processo com outros com os quais ele possa interagir.

  • 32

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Figura 14 - Exemplo de diagrama de processo de negcios privado

    Abstract (Public) Process processos abstratos. Representam uma

    interao entre um processo de negcio privativo e outro processo ou

    participante.

    Colaboration (Global) Process processo colaborativo. Descreve a

    interao entre dois ou mais entidades do negcio. Representa o padro de

    trocas de mensagens entre as atividades envolvidas.

  • 33

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Pode ser entendido como sendo dois ou mais processos abstratos

    comunicando entre si. E no processo abstrato, as atividades que so as

    participantes na colaborao podem ser consideradas como sendo os pontos

    de contato entre os participantes.

    5.2 Elementos de um BPD

    A lista de elementos grficos do BPMN apresentada em dois grupos.

    Elementos essenciais (core elements) que suportam uma notao simples.

    Estes so os elementos que definem o layout bsico do BPMN. Segundo,

    existe uma lista completa de elementos, os quais ajudaro a suportar

    requerimentos de uma poderosa notao para gerenciar situaes de

    modelagem mais avanadas.

    O Escritrio de Processos do Ministrio da Fazenda adotou os

    elementos essenciais em BPMN como padro para a modelagem de

    processos. O BPMN, visando objetividade das representaes congrega um

    pequeno conjunto de categorias para que o usurio possa facilmente

  • 34

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    identificar os tipos bsicos dos elementos e entender o diagrama. As quatro

    categorias dos elementos so:

    Objetos de Fluxo (Flow Objects)

    Objetos de Conexo (Connecting Objects)

    Raia de piscina (Swimlanes)

    Artefatos (Artifacts)

    A lista dos elementos essenciais de modelagem na notao BPMN

    utilizada pelo Ministrio da Fazenda so:

    Elemento Descrio Notao

    Ob

    jeto

    s d

    e F

    luxo

    s (

    Flo

    w O

    bje

    cts

    )

    Eventos (Events)

    Um evento alguma coisa que acontece

    durante o curso de um processo de

    negcio. Esses eventos afetam o fluxo do

    processo e usualmente tem uma causa

    (Gatilho) ou um impacto (resultado).

    Eventos so representados por crculos

    vazados para permitir sinalizao que

    identificaro os Gatilhos ou resultados.

    Existem trs tipos eventos: incio,

    Intermedirio e Final.

    Atividades (Activities)

    designao para o trabalho executado.

    Os tipos de atividades que fazem parte de

    um processo de negcio so:

    Subprocessos e Tarefas. Tarefas e

    Subprocessos so representados por um

    retngulo arredondado. Os processos

    podem ser representados ou por um

    retngulo arredondado ou includo dentro

    de um conjunto (POOL).

    Decises (Gateways)

    As decises so usadas para controlar as

    ramificaes e os encontros dos Fluxos de

    sequncia. Determinam as ramificaes,

    consolidaes e unio dos caminhos. A

    sinalizao grfica ir indicar o tipo de

    comportamento da deciso.

  • 35

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Ob

    jeto

    s d

    e C

    on

    exo (

    Con

    necti

    ng

    O

    bje

    cts

    ).

    Fluxo de sequncia (Sequence Flow)

    usado para mostrar a ordem em que as

    atividades sero processadas.

    Fluxo de mensagem (Message Fluxo)

    usado para mostrar o fluxo de uma

    mensagem entre dois participantes que

    esto preparados para mandar ou receb-

    las.

    Associao (Association)

    usada para relacionar informaes com

    os objetos de fluxo. Textos e grficos que

    no fazem parte do fluxo podem ser

    associados com os objetos de fluxo.

    Raia

    de p

    iscin

    a

    (Sw

    imla

    nes)

    Pool (piscina)

    Um Pool (piscina), no ARIS chamado de

    conjunto, representa o processo que est

    sendo modelado.

    Lane (raia)

    Uma Lane (raia), no ARIS chamada de

    pista, uma subpartio dentro de um

    Pool (piscina/conjunto). A lane (raia/pista)

    usada para representar os participantes

    do processo.

    Art

    efa

    tos (

    Art

    ifacts

    )

    Objeto de Dados (Data Object)

    Objetos de Dados (Data Object) so

    considerados artefatos porque eles no

    tm nenhum efeito direto sobre o fluxo de

    sequncia ou fluxo de mensagem do

    processo, mais podem fornecer

    informaes sobre o que a atividade

    necessita para ser executada ou/e o que

    elas produzem.

    Grupo (Group)

    um agrupamento de atividades que no

    afeta a sequncia do fluxo. O

    agrupamento pode ser usado para o

    propsito de documentao ou anlise.

    Anotao (Annotation)

    Uma Anotao (Annotation) de texto um

    mecanismo para o registro de informaes

    adicionais para facilitar a leitura do

    diagrama.

    Tabela 1 - Elementos da Notao BPMN

    Conju

    nto

    Pis

    ta

    Grupo

    Anotao de texto

  • 36

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    5.2.1 Objetos de Fluxos (Flow Objects)

    Os objetos de fluxos so os principais elementos grficos para definir o

    comportamento do processo de negcio. Existem trs tipos de objetos de

    fluxos:

    Eventos (Events)

    Atividades (Activities)

    Decises (Gateways)

    5.2.1.1 Eventos (Events)

    Um evento pode ser o incio de um processo, pode acontecer durante o

    fluxo do processo e finalizar o processo. O BPMN fornece uma notao

    diferente para cada um desses tipos de eventos.

    Evento de Incio

    (Start Events)

    Evento Intermedirio

    (Intermedate Events)

    Evento de Fim

    (End Events)

    Inicia um

    processo

    Acontece

    durante o

    curso de um

    processo

    Finaliza o

    fluxo do

    processo

    Tabela 2 - Notao bsica do tipo de eventos

    Diagramas de processos mais completos exigem a utilizao de

    eventos mais complexos tais como mensagens, cronmetros ou

    temporizadores, regras de negcios e condies de erro. O BPMN permite a

    especificao mais completa do tipo evento.

    Para cada tipo de situao encontrada no processo, um evento pode

    representar e criar mecanismos de entendimento dessa situao. Assim

    temos a representao mais completa e melhor compreendida na modelagem

    do processo.

  • 37

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Evento de

    Incio

    Evento

    Intermedirio

    Evento de

    Fim Descrio

    Mensagem de

    incio

    Mensagem

    Mensagem de

    fim

    Representa o recebimento de uma

    mensagem no processo. Pode ser no

    incio, quando o processo inicia com o

    recebimento de uma mensagem; A

    qualquer momento no processo, quando

    recebida ou emitida uma mensagem;

    Ou ao final do processo, quando o

    processo termina com o envio de uma

    mensagem outro processo.

    Cronometro

    de incio

    Cronometro

    O cronometro

    no pode ser

    um evento de

    fim

    Demonstra que h um tempo especfico

    ou ciclo (por exemplo, a cada segunda-

    feira s 8:00AM) pode ser ajustado para

    realizar o incio de um processo, ou a

    continuao do processo, no caso de

    evento intermedirio.

    Condio de

    incio

    Condio

    A condio

    no pode ser

    um evento de

    fim

    Ocorre quando necessrio o

    cumprimento de uma regra no processo.

    Exemplo: o processo inicia com o

    cadastro do usurio; ou quando o

    estoque chegar ao seu ponto mnimo um

    processo de compras deve acontecer.

    Link no pode

    ser um evento

    de Incio

    Link

    O Link no

    pode ser um

    evento de fim

    usado para conectar atividade de um

    mesmo processo com a finalidade de

    deixar o diagrama mais limpo.

    Mltiplo Incio

    Mltiplo

    Mltiplo Fim

    Para um evento de mltiplo incio,

    existem mltiplas maneiras de iniciar o

    processo; J como mltiplo intermedirio

    existe vrias maneiras de continuar o

    processo e somente uma delas

    necessria.

    Para Mltiplo Fim, existem mltiplas

    consequncias na finalizao do

    processo, todos os quais iro ocorrer.

  • 38

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Evento de

    Incio

    Evento

    Intermedirio

    Evento de

    Fim Descrio

    Sinal de Incio

    Sinal

    Sinal no fim

    usado para gerar comunicao dentro

    ou por meio de nveis de processos,

    Pools e entre diagramas de processos.

    No se aplica No se aplica

    Terminar

    Indica que todas as atividades dentro do

    processo devero ser imediatamente

    finalizadas. O processo finalizado sem

    compensao ou tratamento de evento.

    Tabela 3 - Notao BPMN - Eventos

  • 39

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    5.2.1.2 Processo, Subprocessos e Tarefas

    Para a notao BPMN existem trs tipos de processos processo,

    subprocesso e tarefa. Todas elas so representadas graficamente pelo

    mesmo smbolo retangular de bordas arredondadas e o uso de diferentes

    nomes simplesmente reflete a hierarquia do relacionamento entre eles.

    Os detalhes de um processo como outro diagrama de processo

    considerado como decomposio do processo, portanto para BPMN

    considerado um subprocesso, so diagramas filhos. J o menor nvel do

    processo, o qual no pode ser mais decomposto, considerado como sendo

    uma tarefa ou comunmente denominada como atividade.

    Uma atividade representa o trabalho realizado dentro de um processo.

    Uma atividade normalmente levar algum tempo para ser realizada,

    envolver pessoas e recursos e normalmente ir produzir algum tipo de sada.

    Atividades Tarefa Descrio

    Usado durante o estgio inicial do desenvolvimento do

    processo.

    uma tarefa no automtica realizada por um humano

    fora do controle de um sistema.

    Indica o recebimento de uma mensagem, geralmente de

    um participante externo (relacionado com o processo).

    Uma vez recebida completada a tarefa. Sua

    representao e seu uso so similares ao evento de

    chegada de mensagem.

    Dispara uma mensagem a um participante externo. Uma

    vez enviada a mensagem a tarefa completada. Sua

    representao e seu uso so similares ao evento de envio

    de mensagem.

  • 40

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Tarefa que corresponde a algum servio executado em

    um sistema sem a interveno humana.

    Tarefa realizada por um humano com auxlio de um

    sistema.

    Tabela 4 Notao BPMN - Tarefas

    Subprocesso

    Estado Contrado

    Estado Expandido

    Tabela 5 - Notao BPMN Subprocesso

    5.2.1.3 Gateways

    Gateways so elementos que controlam como os fluxos do processo

    quando divergem (Split) ou convergem (merge) representando pontos de

    controle para os caminhos dentro do processo.

    Decises, unies, bifurcao e as combinaes no processo so

    modeladas com o gateway, que representa uma questo tem definido um

    conjunto de respostas alternativas, o qual afeta uma das portas (pontas) do

    Gateway.

  • 41

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Importante mensurar que a boa prtica de modelagem de processos

    indica que no se devem colocar perguntas nos gateways, mas nas atividades

    que os precede, pois indica que um ponto de deciso no processo tomado

    antes da escolha das suas alternativas.

    Gateways - Definies

    Gateway Baseado em Dados uso em divergncia (Split)

    As condies para as alternativas devem ser avaliadas na ordem especificada. A

    primeira das alternativas que for avaliada como VERDADEIRA ir determinar o fluxo que ser

    seguido.

    O comportamento do Gateway exclusivo, qualquer outra condio que realmente

    possa ser VERDADEIRA ir ser ignorada. Somente um caminho pode ser escolhido. Um dos

    caminhos deve ser o padro (DEFAULT) e o ultimo caminho a ser considerado. Isto significa

    que se nenhum dos outros caminhos for escolhido, ento o caminho padro ir ser o

    escolhido.

  • 42

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Gateways - Definies

    Gateway Baseado em Dados uso em convergncia (merge)

    O Gateway baseado em dados tambm pode ser utilizado para convergir um ponto

    do processo, em que significa que devem ser concludas todas as tarefas anteriores para que

    o processo seja continuado.

    Quando no necessariamente todas as atividades precisam ser terminadas para que

    o processo seja executado, as conexes partem para a prxima atividade sem a necessidade

    do gateway de convergncia.

    Gateway Paralelo uso em divergncia (split)

    tambm chamado de AND. No h processo de deciso, todos os caminhos so

    seguidos paralelamente.

  • 43

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Gateways - Definies

    Gateway Paralelo uso em convergncia

    Utilizado os caminhos paralelos necessitam ser sincronizados antes de o processo

    continuar, se no forem necessrios os trminos das tarefas, ou se terminam em espao de

    tempo distintos sem a necessidade de aguardo de todas as tarefas, no necessrio o uso do

    gateway de merge.

  • 44

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    Gateways - Definies

    Gateway Inclusivo uso em divergncia

    Possui vrias opes de sada, cria vrios caminhos (ramificaes) alternativos

    baseados sobre as condies destes fluxos de sequncia. A diferena do gateway baseado

    em dados que o Gateway inclusivo pode ativar uma ou mais ramificaes, ou seja, uma ou

    mais das sadas do fluxo de sequncia pode ser seguida, enquanto que no Gateway baseado

    em dados apenas uma das alternativas pode ser seguida.

    Gateway Inclusivo uso em convergncia

    O uso do Gateway inclusivo como merge deve ser condicionado ao fato de que

    todas as possveis sadas devem ser sincronizadas para a continuidade do processo.

  • 45

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

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    Gateways - Definies

    Gateway complexo uso em divergncia

    A expresso determina a sada que o processo ir escolher para continuar. A

    expresso se refere ao dado do processo e ao status para fluxo de sequncia de sada.

    Uma expresso talvez avalie o dado do processo e ento selecione um conjunto de

    sada do fluxo de sequncia, baseados sobre os resultados da avaliao. Porm, a expresso

    dever ser projetada para que ao menos uma das sadas do fluxo de sequncia seja

    escolhida.

    No indicado o uso em convergncia, j que determinada uma condio para

    que uma das alternativas seja executada e a expresso dessa condio j deve ser

    sinalizada no prprio diagrama na oportunidade da modelagem do processo.

    Tabela 6 - Notao BPMN - Gateways

    A expresso foi colocada em um

    elemento de notao, para uma

    melhor clareza

  • 46

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    5.2.2 Objetos de Conexo (Connecting Objects)

    A conexo dos objetos de fluxos com outra informao realizada por

    meio de trs objetos:

    Fluxo de sequncia (sequence Flow)

    Fluxo de mensagem (Message Fluxo)

    Associao

    5.2.3 Raia de piscina (Swimlanes):

    Existem duas maneiras de agrupar os elementos de modelagem bsica

    por meio dos Swimlanes:

    Pool (piscina/conjunto)

    Lane (raia/pista)

    medida que a modelagem do processo avana necessrio a

    identificao do processo e suas interaes, por vezes os processo possuem

    vrios atores ou instncias e estas so representadas em BPMN por Pools e

    e/ou Lanes. Com o uso dos swimlanes especificado quem faz o qu. A

    ferramenta ARIS denomina Pools de conjuntos e as lanes de pistas.

    Swimlanes

    Pool (piscina) (Conjunto)

    um desenho com uma regio retangular desenhada

    horizontalmente atravs do diagrama.

    Um conjunto representa o processo modelado, embora seja

    admitido que represente a organizao.

    Como existem vrios processos dentro de uma organizao

    no indicada sua representao em um conjunto, mas os

    processos que a integram.

    Lane (raia) (Pista) Uma pista uma subpartio dentro do conjunto e estende-

    se por todo comprimento do mesmo.

    A pista representa os departamentos que executam o

    processo dentro da organizao

    Tabela 7 - Notao BPMN - Swimlanes

  • 47

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    5.2.4 Artefatos (Artifacts)

    Os artefatos so usados para fornecer informaes adicionais sobre o

    processo. Existem trs artefatos padronizados, que inclui:

    Objeto de Dados (Data Object)

    Grupos (Group)

    Anotao (Annotation)

    5.3 Boas prticas no desenho de processos

    5.3.1 Na Ferramenta:

    Utilizar filtro: Ministrio da Fazenda_v1;

    Agrupar os modelos dentro da estrutura de pastas;

    Configurar a impresso dos modelos para no mnimo 60%;

    Preencher corretamente os atributos dos modelos;

    Utilizar o cabealho padro.

    5.3.2 Na notao BPMN:

    5.3.2.1 Transio de Linhas

    As conexes nas atividades seguem a sequncia da direita para a

    esquerda e entram lateralmente nos objetos;

    So somente na horizontal.

  • 48

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

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  • 49

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    5.3.2.2 Troca de mensagens

    As trocas de mensagens so linhas tracejadas entre os

    participantes;

    So representadas na vertical;

    No acontecem dentro do mesmo participante.

  • 50

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

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    5.3.2.3 Uso dos Gateways

    A deciso tomada antes do desvio do fluxo;

    No se usa perguntas no gateway;

    As transies partem dos limites inferior e superior

    prioritariamente.

  • 51

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    6 REFERNCIAS

    ABPMP BPM CBOK, V3.0. Guide to the Business Process Management

    Common Body of Knowledge. 2013.

    ANEEL. Manual de Gesto de Processos da ANEEL. 3 Ed. Braslia, 2010.

    CAPOTE, Gart. BPM para todos. Rio de Janeiro: Bookes, 2012.

    CAPOTE, Gart. Guia de formao para analistas de processos. Rio de

    Janeiro: Bookes, 2011.

    CAPOTE, Gart. Medio de valor de processos para BPM. Rio de Janeiro:

    Bookes, 2013.

    DAVENPORT, Thomas H. Reengenharia de processos. Rio de Janeiro:

    Campus, 1994.

    DRUCKER, Peter F. A organizao do futuro: como preparar hoje as

    empresas de amanh.

    EGPP Escritrio de Gesto de Projetos e Processos Guia de Referncia

    em Modelagem de Processos - Ministrio da Sade. Braslia, maio, 2009.

    EGPP Escritrio de Gesto de Projetos e Processos Padro de Trabalho

    de Modelagem de Processos - Ministrio da Sade. Braslia, maro, 2009.

    Escritrio de Processos. Padro de Trabalho de Modelagem de

    Processos. Ministrio do Planejamento. Braslia, dezembro, 2010.

    GONALVES, J.E.L. As empresas so grandes colees de processos.

    RAE Revista de Administrao de Empresas, So Paulo, jan./ mar. 2000.

    Adaptado.

    HAMMER, Michael; CHAMPY, James. Reengenharia: revolucionando a

    empresa em funo dos clientes, da concorrncia e das grandes

    mudanas da gerncia. Rio de Janeiro: Campus, 1994.

  • 52

    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    Ministrio do Planejamento. Guia d Simplificao. Secretaria de Gesto.

    2 Ed. Revisada. Braslia, 2007.

    Modelagem de Processos de negcios com BPMN, Gluco S. Reis. Editora

    PortalBMP, www.portalbpm.com.br.

    OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouas. Administrao de processos:

    conceitos, metodologias e prticas. So Paulo: Atlas, 2006.

    OMG. Business Process Model and Notation (BPMN) 2.0. Request For

    Proposal OMG Document: BMI/2007-06-05

    OMG. Business Process Modeling Notation, V1.1 OMG Available

    Specification OMG Document Number: formal/2008-01-17 Standard document

    URL: http://www.omg.org/spec/BPMN/1.1/PDF

    PAIM, R. CARDOSO, V. CAULLIRAUX, H. Et al. Gesto de processos: pensar,

    agir e aprender. Porto Alegre. Bookman, 2009.

    RUMMLER, Geary A; BRACHE, Alan P. Melhores desempenhos das

    empresas. So Paulo: Makron, 1994.

    SCHEER. ARIS Business Process Modeling. Saarbrucken: Springer, 2011.

  • 53

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    Abril de 2014

    7 GLOSSRIO

    AS-IS: Situao Atual representao dos processos tal qual so executados

    hoje. Fotografia esttica da situao atual. Representao da realidade.

    BPMN (Business Process Modeling Notation): notao para modelagem

    visual de processos com objetivo de prover uma interface simples, mas

    poderosa que possa ser utilizada tanto por profissionais de processos e

    sistemas, como por usurios.

    Cadeia de Valor: Conjunto de macroprocessos executados de forma inter-

    relacionada que criam valor para o usurio final.

    Diagrama de Causa e Efeito: (Diagrama Espinha de Peixe ou Diagrama de

    Ishikawa), tcnica que pode ser utilizada para buscar a causa-raiz de um

    problema.

    Diagrama: Representaes grficas elaboradas para visualizar uma

    determinada realidade, de forma simplificada, possibilitando melhor

    entendimento.

    Escritrio de processos: Estrutura necessria para que as aes em

    gerenciamento de processos da organizao sejam executadas de forma

    alinhada, aperfeioadas e com foco do cliente.

    Fluxograma: Notao simples que utiliza alguns smbolos grficos tais como

    retngulo, losango, flechas para indicar um passo de processamento.

    Gargalos: restrio no processo que cria um acmulo de trabalho a ser feito,

    enquanto outras atividades que dependem desse resultado permanecem

    ociosas.

    Handoffs: Qualquer ponto em um processo onde trabalho ou informao

    passa de um sistema, pessoa ou grupo para outro (transferncia de controle).

    Mapeamento de processos: Descrio grfica atravs de fluxos do

    funcionamento de um processo. O mapeamento auxilia na visualizao do

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    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    processo, relacionamento de suas variveis e relacionamento com outros

    participantes (pessoas, processos, sistemas), eventos, resultados etc., em

    vrios nveis de detalhes.

    Modelagem de processos de negcio: um mecanismo utilizado para

    retratar a situao atual e descrever a viso futura dos processos de

    negcios. Tem como objetivo otimizar os processos executados dentro de

    uma organizao. Pode ser dividida em dois grandes momentos de anlise

    e mapeamento do ambiente de negcio: Situao atual (AS-IS) e Situao

    proposta (TO-BE).

    Organizao orientada a processos: Organizaes criadas com viso

    voltada para a realidade do cliente e estruturada por processos.

    PDCA: tem por objetivo a aplicao do ciclo de melhoria continua de um

    processo. Divide-se em quatro fases: Planejar, Executar, Verificar e Agir.

    Plano de implementao: Trata os esforos de transio de um novo

    processo de negcio (TO-BE) para operar em produo na organizao.

    Processo: um conjunto de atividades estruturadas com INCIO e FIM que

    gera VALOR para um CLIENTE.

    Redesenho: Aperfeioamento do processo entendido como melhorias a

    serem realizadas por meio de racionalizao, reviso ou reestruturao de

    fluxos de trabalho.

    TO-BE: Situao Futura - proposio de melhoria. Representao da situao

    proposta levando em considerao as melhorias do processo. Redesenho do

    processo. Projeo de como o processo deveria funcionar.

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    8 NDICE REMISSIVO

    1

    1 Passo Sensibilizao dos executores 2, 17

    2

    2 Passo Construo da Cadeia de Valor 2, 17

    3

    3 Passo Mapeamento dos processos AS IS 2, 19

    4

    4 Passo Anlise e diagnstico do processo 2, 21

    5

    5 Passo Otimizao do processo 2, 23

    6

    6 Passo - Implementao do processo 2, 24

    7

    7 Passo Monitoramento e refinamento do processo 2, 25

    A

    Anlise e Diagnstico de processos 2, 14

    Atividades 11

    B

    Boas prticas 47

    BPMN - Business Process Modeling Notation 2, 13

    C

    Cadeia de valor 2, 11

    Cadeia de Valor Agregado 17

    D

    Desenho de processos ou Redesenho 2, 14

    E

    Elementos essenciais de modelagem 34

    Escritrio de Processos 2, 5, 16, 27, 31, 33, 51

    Estrutura Organizacional 2, 7

    Etapas da metodologia 2, 15

    Eventos 36

    F

    Ferramenta de suporte gesto de processos ARIS 2, 27

    G

    Gateways 40

    Gesto por processos 3

    Gesto por Processos 8

    H

    Hierarquia de processos 2, 10

    I

    Indicadores de desempenho 9

    M

    Macroprocesso 10

    METODOLOGIA DE GESTO DE PROCESSOS 2, 15

    Modelagem de processos 2, 13, 54

    N

    Notao BPMN 2, 1, 30, 35, 38, 40, 45, 46

    O

    Organizacionais 10

    P

    Processo 9, 11

    Processo, subprocessos e tarefas 39

    Processos 2, 3, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 12, 13, 14, 15, 18, 20, 22, 27, 30, 51, 52, 57

    S

    Subprocesso 1, 11, 40

    Swimlanes 46

    T

    Tarefas 11

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    Guia de Referncia em Gesto de Processos Verso 2.0

    Abril de 2014

    9 DOCUMENTOS DE APOIO

    Artefato I - Construo da Cadeia de Macroprocessos;

    Artefato II Detalhamento do processo;

    Artefato III - Documentao de Processos;

    Artefato IV - Planilha de Pontos de Alerta;

    Artefato V - Relatrio de Anlise e Diagnstico;

    Artefato VI Termo de Aceite do Produto;

    Artefato VII - Relatrio de Redesenho e Plano de Implantao.