Guia definitivo do bonsaista

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1 GUIA DEFINITIVO Do bonsaista

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GUIA DEFINITIVO

Do bonsaista

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.ÍNDICE

HISTÓRIA......................8 Como nasceu o bonsai.

ESTILOS E

PROPORÇÕES...............4 Os mais famosos estilos.

TECNICAS...................10 Alporquia,segmentação,dicas ,etc.

GUIA DE CUIDADOS

POR ESPÉCIE: PRIMAVERA...................47

AZALEIA.....................65

FLAMBOYANT.........69

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ACER BURGERIUM....81

ACER PALMATUM.....82

CARMONA............84

FICUS RETUSA.......85

LIGUSTRUM CHINENSIS.....87

OLIVEIRA.................88

SERISSA..........90

ULMUS.........93

PINGO DE OURO.....95

JABUTICABEIRA.....97

PITANGA.......99

ACEROLA.......103

ROMÃ...........108

IPÊ ROSA..............109

TUIA JACARÉ.......110

PATA DE VACA......111

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BUXINHO.........115

CALIANDRA.......119

CAMÉLIA.........121

HIBISCO DA SÍRIA......124

JASMIN.................126

AMORA................128

Origem Na china os homens mais ricos e cultos saiam das

cidades,buscando maior contato com a natureza para

alcançar a paz de espirito. Em meio as matas encontravam

arvores em miniatura castigadas pelas condições em que

viviam,de inicio eles somente transplantavam essas

arvores para vasos para leva-las pra casa;

Com o tempo foram surgindo técnicas para aprimorar

essas miniaturas a principio pela poda; técnicas

aprimoradas pelos monges taoístas que usavam os seus

pun sai (nome chinês ) para meditação.

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Saindo da china

Com isso,desmistifica-se a idéia de que o bonsai foi

originado no japão.os chineses foram os responsáveis

Levada pelos monges chineses,a arte chegou a terras

japonesas na era kamakura,que compreende o período

entre 1192 d.c e 1333 d.c. lá a pratica foi

modificada,desvinculando-a da religião e tornando-a

realmente uma arte.

Chegou a europa em meados do século 18 primeiramente

na Inglaterra.

Chegando ao brasil No brasil,as primeiras histórias relacionadas ao bonsai

datam de 1908,com a chegada dos primeiros imigrantes

japoneses.

ESTILOS

CHOKKAN

Tronco vertical.

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HOKKIDASHI

Vassoura.

CHORÃO

SHAKAN

Tronco inclinado.

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MOYO-GI

Tronco sinuoso.

NEAGARI

Raiz exposta.

RAIZ SOBRE PEDRA

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TAKO-ZUKUR

Polvo.

FUKINAGASHI

Varrido ao vento.

BUJIN

Estilo livre.

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HAN-KENGAI

Semi-cascata.

KENGAI

Cascata.

SÔKAN

Tronco duplo.

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YOSE-UYE

Floresta.

PEIJIN LANDSCAPE

TAMANHOS - OMONO BONSAI (arvore grande )

Até 130 cm de altura ,sem o tamanho do vaso.

-CHUMONO BONSAI (arvore mediana )

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De 90 a 45 cm de altura.

-KATADE-MOCHI BONSAI (arvore intermediaria)

De 20 a 40 cm de altura.

-KOMONO BONSAI (arvore pequena )

De 12 a 18 cm de altura.

-MAME BONSAI (arvore bem pequena )

Deve caber na palma da mão.

TECNICAS

Dicas - Adubação - dicas de como fazer

Agora vamos fer algumas maneiras de proceder com o

adubo.

Uma receita básica de adubo é 70% de torta de

mamona + 30% de farinha de osso.

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Preparamos uma massa usando água. Podemos usar algum

adubo liquido na água. Isso adicionará micro-nutrientes ao

nosso adubo.

Com um ferro de solda (usada por eletrecistas), furamos os

potes de iogurte

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.

Colocamos a mistura até próximo da borda do pote de

iogurte.

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Colocamos os potes com a boca para baixo sobre o

substrato do bonsai. Lembrando sempre de colocar longe

da base do tronco.

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O indicado é 2 à 4 potes para os vasos maiores, ou para

plantas em potes plásticos, caixas ou vasos de treinamento.

Para vasos pequenos, ou bonsai já formado, costuma-se

usar copos de cafézinho na mesma quantidade (2 à4 por

vaso).

Esse tipo de adubação permite uma liberação contínua e

controlada do produto. Sempre que regamos o bonsai, a

água que entra nos copinhos passa pelo adubo e leva os

nutrientes para as raízes.

Em média, esses copinhos precisam ser substituidos a cada

20 ou 30 dias. Depois desse tempo, sobra apenas bagaço,

com pouco valor nutricional.

Lembrando que é importante fazer também a adubação

foliar a cada 15 ou 20 dias.

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Técnica engrossamento tronco

Segue 2 técnicas de engrossamento de tronco. Matéria

enviada pelo grande amigo e mestre Sergio R. Santos da

SEMAR BONSAI - Guarujá/SP.

Engrossamento nº 1 a)Fazemos algumas alfinetadas na base do tronco, com

isso a planta pensa que estar sendo podada, ai nascem

alguns galhos em lugares variados.

b)Nesta foto vocês vão identificar uma montagem de

como seria após o nascimento dos brotos . Direcionamos

esses galhos depois que ele fique do tamanho desejado,

para colocamos para dentro da terra, sempre retirando as

folhagens e raspando na ponta e colocando dentro da terra,

com uma estaca para segurar o galho até ele enraizar.

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c)Depois de 4 meses a planta vai estar com essa aparência,

o galho fazendo parte das raízes e dando aparência de mas

velha. Quanto mais brotos forem colocado essa aparência

fica melhor

.

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Engrossamento nº 2

a)Fazemos 3 cortes de triângulo na base da planta, uns 2

cm a 2,5cm (metade para baixo da terra e metade para

cima da terra), dependendo da grossura da base da planta.

Esses 3 cortes tem que ser bem distribuídos na

circunferência do tronco, retirando a casca e uma pequena

parte do tronco.

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b)Depois de 3 meses aparência do corte e as raízes vão

abrindo a base, como podem ver na imagem, como fica.

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c)Aproximadamente depois de 2 anos aparência do tronco

vai ficar conforme essas duas fotos abaixo

Obs: Podemos também amarrar um arame abaixo da terra

e deixar por 3 meses e depois retiramos, que o tronco fica

mais grosso, mas as orientações acima seriam melhores

para o engrossamento.Para deixamos a base parecendo

com a técnica de Nebari podemos fazer vários cortes, um

pouco comprido para que se abram varias raízes

uniformes.

Dicas - Poda de raízes

Trocar a terra de um bonsai é geralmente um momento de

preocupação e dúvidas...

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Quanto devo cortar? qual a época? que substrato usar?

Quanto a época, aconselha-se fazê-lo nos meses mais

frios. Evitando o período de crescimento acelerado da

planta.

Veja as fotos do processo:

Esta pitanga está a 1,5 anos sem trocar a terra. Por isso, é

hora de fazê-lo!

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Se o bonsai está amarrado ao vaso, corte os arames. Após

isso, solte o torrão do vaso com o uso de um Hashi

(palito), ou uma espétula.

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Retire a planta do vaso, evitando quebrar as raízes.

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Após um ano as raízes tomaram conta do vaso, tornando-

se um emaranhado.

Desmanche o torrão com um hashi, desembaraçando

cuidadosamente as raízes. (deixe 1/3 do torrão intacto

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Com uma tezoura afiada, corte as raízes que foram soltas

com o palito. Geralmente se deixa 2/3 do total de raízes.

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Com uma alicate de corte, elimine as raízes que

engrossaram demais, corrigindo assim o sitema radicular.

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Pronto para replantar!

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Deixe o vaso preparado, com a tela de drenagem e os

arames de fixação. Quanto menos tempo levar o processo,

melhor!

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Cubra o fundo do vaso com substrato.

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O bonsai deve ser amarrado firmemente ao vaso, para não

danificar com o movimento as raízes novas que vão

crescer.

Observe que a planta está fixa ao vaso!

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Cubra as raízes com substrato, e com um hashi de

madeira, empurre a terra para completar todos os espaços

entre as raízes.

A terra ou substrato será tratada em outro tópico.

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Cubra a superfície do vaso com pedrisco ou cascalho, para

evitar a formação de uma casca impermeabilizante.

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Molhe abundantemente seu bonsai. Se preferir, faça uma

imerção em uma bacia de água, para sairem todas as

bolhas de ar.

O cuidado "ós-peratório" é fundamental para a boa

recuperação da planta. Na primeira semana procure

molhar a folhagem do bonsai pelo menos 3x ao dia, e

mantenha-o na sombra.

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Dicas - Poda radical e formação de novo ápice (acer)

Esta muda de acer estava no chão para engrossar. Após alguns anos, foi coletada e podada na altura desejada.

No detalhe vemos o corte do tronco e um galho fino que será o novo ápice.

Muitas vezes não temos este galho fino, mas ele brota ápós a poda.

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Deixamos aquele galho da épice crecer livremente durante um ano, e nesse tempo já iniciamos o trabalho com os galhos de

baixo, formando a copa.

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O galho continua crescendo até que a grossura seja compatível com o tronco. Formamos assim a conicidade.

Esse galho chama-se de galho de sacrifício. Ele será eliminado posteriormente, para dar lugar a um novo broto.

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Quando o galho atingir a grossura desejada, cortamos ele e deixamos novo broto para dar continuidade ao tronco.

O mesmo processo será feito nesse broto novo porém sem engrossar tanto quanto a pimeira parte.

Nessa fase já procuramos deixar os brotos em lados opostos, dando movimento (curvas) alternadas ao tronco.

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O corte é feito sempre acima de um par de gemas ou brotos.

Um dos brotos será o ápice, e o outro (do lado oposto ao corte) será o galho.

Novamente o ápice cresce livre até engrossar.

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Depois de 2 anos, temos um bom movimento e conicidade equilibrada.

O tempo de trabalho vai variar conforme a quantidade de vezes que o processo será feito, e com o ritmo de crescimento da

planta.

É importante cuidar muito com adubação nessa fase, pois isso acelera o processo.

Ps.: Muitas vezes temos pressa e cortamos o galho de sacrifício muito cedo. Isso acaba atrazando mais o trabalho do que

imaginamos.

Esse mesmo processo pode ser realizado para engrossar um galho primário num bonsai.

dicas de alporquia

(amarra-se com arame apertado o galho da arvore)

Todos sabem que a alporquia é um excelente método para

se conseguir um bonsai.

Para um principiante, todavia, colocar o substrato em um

ramo na perpendicular

costuma ser bem difícil. A dica é a seguinte: pegue uma

bucha vegetal (dessas que

a gente usa para lavar vasilhas ou tomar banho), tire o

miolo com uma tesoura formando

cum copo. Corte numas das laterais e envolva a alporque

com ela e depois amarre embaixo.

feito isto, fica muito fácil encher o copinho com substrato.

Após enchê-lo, amarre na parte

de cima e aí é só envolver o alporque com o filme

transparente.

fOTO 1: ALPORQUIA DE PIRACANTA

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COMO ENGROSSAR RAIZES

AEREAS DE FICUS

Obs, não coloquei nada dentro do canudinho, a própria

umidade do substrato que transpira por ele, mantem as

raízes com a umidade correta e ela vai de encontro ao solo

somente guiada pelo canudo.

Quando ela começar a aparecer já coloque o canudo e

coloque ele ligeiramente enterrado na posição escolhida, 1

ou 2 centímetros só para que não entre vento.

Cuidado nesta hora, pois a raiz é muito sensível.

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Após um ou dois anos, a própria raiz engrossa e rasga o

canudo, já ressecado pelo sol e chuva.

ESTUFA PARA ESTACAS

É uma estufa economica, feita de caixas

descartaveis de frutas, e plástico

transparente, também no geral

encontrato em gualquer lugar.

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Passar o plástico, todo em volta da caixa, fixando com

percebeijo de metal.

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Tampa fixa só de um lado;

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a estufa serva para manter a temperatura e a umidade,

facilitando assim a criação de raizes,,,

nesta foto, podemos ver a umidade interna;

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Nesta olhamos de cima;

Nesta, vemos algumas estacas de Azaleia com um mês;

Deixar a estufa protegida do sol forte.

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PRIMAVERA

Ficha técnica da planta e variedades

Nomes populares: "Primavera", "Três Marias" e "Flor-de-

papel".

Família: Nyctaginaceae

Gênero: Bougainville

Espécies: São muitas as espécies do gênero Bougainvillea:

spectabilis, bracteata, brasiliensis, glabra,

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peruviana, sanderiana, speciosa, entre outras. Sendo que,

as mais comumente cultivadas são as

spectabilis e glabra , a partir das quais surgiram inúmeros

híbridos. A diferença entre elas na

maioria das vezes, remonta ao diâmetro dos troncos,

quantidades e formas dos espinhos,

existência ou não de pilosidade nas folhas e maior

resistência ao frio e a geada por parte

da espécie glabra.

Variedades: o colorido existente na planta são as brácteas,

folhas modificadas que envolvem e protegem

as flores amarelas. O conjunto resulta numa aparência

exótica, encontrada nas cores branca, rosa,

vermelho intenso ou laranja.

Por ser uma espécie muito hibridizada, já se obteve

brácteas com dezenas de formas e cores, inclusive

bicolores - e também a forma variegata. Quando adulto

esse arbusto escandente e espinhento pode atingir

de 5 a 15 metros de comprimento.

Veja a flor de cor clara no centro e em volta as brácteas de

cor pink

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Vejam as brácteas roxas:

Brácteas vermelhas (Bouganvillea glabra)

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Pink :

Rosa:

Laranja:

Brancas :

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Origem - América do Sul. O nome da planta foi dado em

homenagem ao navegador

francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em

nosso país, por volta de 1790 e a levou

para várias partes do mundo.

PRIMAVERA (BOUNGAVILEA) Bonsai de Primavera

-Nome Científico ou nome latino: Bougainvillea glabra

- Nome comum ou vulgar: Primavera, Bougainville,

Boganvilla, Trindade, Bugenvil, Dania, Papel Flor, Santa

Rita.

- Família:

- Nyctaginaceae (Nictagináceas).

- Origem: Brasil.

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- A buganvília é uma planta trepadeira que se forma em

um tronco com a idade.

- Ela é sempre verde, mas pode agir como uma espécie de

folha caduca, se cultivadas em climas mais frios do que o

Mediterrâneo.

- Existem variedades com folhas verdes variadas e creme.

- O ornamento desta planta são suas floresque podem ser

rosa, roxo, vermelho, amarelo, etc, dependendo da

variedade, que rodeia a flor verdadeira, que é minúsculo e

sem valor decorativo.

- Luz: Pleno sol para florescer.

- Interior apenas quando a luz é muito intensa, com uma

janela com muito sol ou com efeito de estufa, embora seja

mais provável a florescer com dificuldade ou não

florescer, ela precisa de muita luz para florescer e, como já

dissemos, muito intenso.

- Temperaturas: Ela vem da América do Sul subtropical.

Proteger da geada.

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- Umidade: Não pulverizar as folhas ou manter umidade

excessiva porque provoca um aumento exagerado do

tamanho das folhas e reduz o florescimento e até a perda

de flores. Na verdade, você tem que evitar molhar as flores

ao regar, porque se ficarem molhadas, elas vão cair.

- Substrato: Uma boa mistura de substrato para a

Primavera seria 35% de areia grossa ou equivalente%

(solo vulcânico, etc) e 65 de substrato orgânico.

- Coloque no fundo do vaso uma camada de pedras e

depois outra de cascalho para facilitar a drenagem.

- Irrigação: Com o calor do verão mergulhe o vaso em

água até que apareça bolhas de ar na superfície da água.

- Não se deve regar com tanta freqüência quanto as outras

plantas.

- No inverno, deixe o substrato secar superficialmente para

uma nova rega. Uma boa tecnica é colocar o dedo por

cima do substrato e verificar se o dedo está molhado. Se

sim suspenda a rega.

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- Imediatamente antes da floração para parar a rega por

uma semana para promover o desenvolvimento dos botões

florais.

- Adubação: Desde o final da primavera ao fim do verão

aduba-se a cada 15 dias com adubo líquido para bonsai,

mesmo durante o período de floração.

- No período de descanso de inverno, a Primavera não

deve se adubada devido ao estado de dormência de suas

raízes.

- Retomar a adubação na primavera, para que começem a

vir as primeiras flores.

- Não adube uma planta recém-transplantada, aguarde para

que ela cresca e se recupere.

- Nós podemos ajudar a reduzir o tamanho das folhas, com

uma boa exposição ao ar livre em pleno sol, com rico

suprimento de fósforo de fertilizantes (P) e potássio (K) do

que o nitrogênio (N) para desencorajar o desenvolvimento

de folhas.

- Poda: – As flores aparecem nas pontas dos ramos, por

isso, é aconselhável deixar os brotos crescerem ao longo

da estação de crescimento para obter os seus ramos

maduros o suficiente para produzir flores em suas pontas.

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- Infelizmente, temos que escolher entre ficar com as

flores e modelar a forma dos seus galhos.

- Como as folhas são alternadas, devemos considerar o

sentido em que vamos podar, então eu sempre podo acima

de uma gema que tem uma folha para o exterior do galho

ou para a direção desejada.

- A poda drástica tem seu melhor efeito no final do

inverno, pouco antes da primavera.

- Embora a poda de galhos possa ser feita em qualquer

época do ano, o melhor é após o florescimento, entre a

primavera e o verão tardio, encurtando para até 2 ou 3

pares de folhas.

- Aramação: – O posicionamento dos galhos através da

aramação é complicado porque os seus galhos se

lignificam rapidamente se tornando rígidos e frágeis, por

isso a modelagem das buganvílias é o melhor feito por um

planejamento da poda nos anos subseqüentes ou o

tracionamento.

- O melhor momento para a aramação é na primavera.

- Os galhos semi-lenhosos são os melhores para serem

aramados, já os lenhosos são quase impossíveis de se

dobrar.

- Se decidirmos aramar galhos jovens, devemos

acompanhar atentamente para que os arames não marquem

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a casca do galho devido a rapidez com que engordam e

crescem.

- Os arames não devem ser deixados na árvore mais do

que alguns meses (entre 3 e 5).

- A aramação é usada apenas quando outras técnicas de

modelagem não produzirem os efeitos desejados.

- Transplante:

- A cada 2 ou 3 anos, no início da primavera. Nos

espécimes cultivados em climas tropicais ou subtropicais,

podemos aumentar a frequência para transplante para até

um ano.

- Nós também podemos transplantar no início do outono,

ou antes do aparecimento de novos brotos.

- Entre a poda de galhos e transplante (ou vice-versa) deve

ter um intervalo de tempo mínimo para não acumular

operações muito agressivas ao mesmo tempo, como três

semanas.

- Durante o transplante deve-se limpar qualquer parte de

raízes podres e podar galhos indesejados para reduzir a

copa.

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- Se a poda da raiz é muito grande, é necessário remover

as folhas na mesma proporção que as raízes removidas.

- Tenha cuidado para não podar drasticamente as raízes

durante o transplante, podar apenas raízes grossas

deixando as mais finas.

- É desejável, para proteger a árvore após o transplante

pelo menos um mês, colocando-a em um local bem

iluminado, evitando a luz solar direta.

- Pragas:

- Pulgões verdes, cochonilhas, mosca branca, a aranha

vermelha, etc.

- Doenças:

- O oídio (fungo uma manchas brancas).

- Clorose, causada pela falta de ferro e outros

micronutrientes, como manganês e zinco.

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- A Bougainvillea é sensível à deficiência de ferro (clorose

de ferro), por isso é aconselhável a utilização de tempos

em tempos, o ferro quelado com água de irrigação, evite

usar o excesso de água com cal, uma vez que impedem a

boa absorção de ferro. Uma boa dica também é enterrar

um pedaçinho de bombril num canto do vaso que ao se

decompor forneça o ferro necessário à planta.

- Multiplicação:

- Estacas lenhosas no inverno. Em climas frios exige calor

constante (20 º C) em uma estufa. As raízes aparecem com

cerca de 3 meses.

- As estacas moles ou semi-lenhosas, cerca de 10 cm, no

início da primavera / verão. Se tudo correr bem, enraizarão

em torno de 4 a 6 semanas, embora algumas com

aquecimento inferior a 15 ° C serão mais demoradas.

- O uso de hormônios de enraizamento aumentam a

porcentagem de estacas enraizadas.

- Alporquia com musgo no final do inverno / início da

primavera.

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Formação rápida de um galho no mesmo local do antigo

(para acelerear engrossamento, melhorar forma e posição

do galho)

As vezes temos galhos bem posicionados, porém eles não

estão muito adequados quer seja pela posição, curvatura

ou até espessura (demora a engrossar).

Como fazer isso? Simples.

Nas Bouganville, na base dos galhos é comum a formação

de gemas (fig1) e consequente brotação de vários galhos

no mesmo ponto.(fig2)

Fig.1 (a gema encontr-se no centro da foto)

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Fig2. (novos ramos brotando junto à base do galho antigo)

Quando não estamos satisfeitos com o galho, apesar de

bem posicionado, podemos fazer a substituição do antigo

por uma destas novas brotações.

esta nova brotação nas Bouganville têm a particularidade

de crescerem (espessura e comprimento) muito rápido,

especialmente na época da primavera. Assim a

substituição do antigo galho se dá rapidamente.

Na seguinte figura observamos a substituição:

1. galho antigo

2. surgimento da(s) gema(s)

3. brotação da gema

4. crescimento da gema (rápido) - deixamos

crescer/engrossar/alongar de acordo com a necessidade do

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ramo - em geral uma espessura de uns 0,8 cm pode ser

conseguido com um comprimento de uns 50cm do galho.

5. poda do galho antigo

6. seria a próxima etapa de formação da ramificação (fica

para outro tópico)

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Desvantagem da técnica: os galhos ao crescerem e se

alongarem rapidamente, deixam os entrenós mais longos,

o que é uma desvantagem para a formação do galho, pois

dos entrenós que saem as ramificações.

1. Pega de estacade qualquer tamanho, plantando só na

areia

2. Não gosta de muita água

3. Pode regar sobre as brácteas, já que não são tão frágeis

e sensíveis como as flores

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4. Todo ramo novo, (primário) tende a alongar-se muito

5. Tem variedades perenifólias, caducifólias e

semicaducifólias

6. Em vasos pequenos, onde as raízes não tem muito

espaço, ela estaciona o crescimento

7. De dífícil cicatrização

- Madeira fragil, com apodrecimento fácil. Cuidado com

excesso de umidade;

- Evitar gins e sharis;

- Brocas adoram sua madeira;

- Florescem quando preenchem o vaso, as vezes

dependendo de um "periodo de seca", para estimular a

floração;

- Nebari frágil;

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AZALEIA

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Dentre as floríferas, a Azaléia é, sem sombra de dúvidas, a que mais agrada ao

público feminino. Mais até

que rosas, acreditem! Abaixo, uma Azaléia trabalhada pelo bonsaísta Rock Jr.

Nome Popular: Azaléia

Nome Científico: Rhododendron

Origem: Ásia

Ambiente: Durante a época de crescimento, as azaléias precisam de proteção

(sombra) durante as horas

mais quentes do dia (das 10:00 às 16:00). Suportam bem o vento, apenas sendo

necessário regá-las com

mais freqüência. Uma elevada umidade do ar é bastante conveniente. Pode ser

um belo bonsai de interior,

desde que não fique em locais muito escuros e fechados.

Características: É um arbusto denso, podendo chegar até 1,50m de altura, com

folhagem perene e semiperene,

verde-escura. As flores são relativamente grandes e possuem diversas colorações.

Cresce de forma

lenta e regular. Devido a inumerável quantidade de variedades e espécies

híbridas, torna-se difícil a correta

denominação das distintas espécies. Para bonsai, devemos evitar variedades com

flores muito grandes, as

quais são mais sensíveis que as variedades com flores simples e pequenas que

ficam mais proporcionais, mas

isso não é uma regra, apenas um conselho.

Adubação: Adubo orgânico pouco concentrado na primavera e no outono. Não

adube durante a floração.

As azaléias gostam muito de adubos ricos em fósforo. Ex.: NPK 4-12-4. Um

adubo riquíssimo em fósforo é

a farinha de osso.

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Rega: As raízes secam rápido, e isso é fatal para a planta. Regue com freqüência

durante todo o ano,

menos durante geadas e nunca deixe o solo encharcado.

Poda: Os brotos devem ser podados durante toda época de crescimento até o

final do verão, quando

começam a aparecer os botões florais. As azaléias têm uma impressionante

capacidade de regeneração.

Procure sempre fazer uma poda nos galhos muito densos, melhorando assim a

aeração da planta, e também

permitindo que o sol atinja as partes internas da mesma. A azaléia é uma das

poucas plantas que tem o

crescimento mais vigoroso nos galhos inferiores, devendo então podados mais

freqüentemente.

Solo: As azaléias são plantas de solo ácido, exigentes em ferro. O solo deve

conter bastante matéria

orgânica (pó de xaxim, casca de pinheiro ralada, matéria orgânica curtida etc.)

É bom lembrar que

toda a matéria orgânica deve ser curtida por no mínimo 6 meses, pois os gases

tóxicos que se formam nos 6

primeiros meses são prejudiciais à planta. Após curtida deve ser secada ao sol

por alguns dias. Para compor

o substrato, pode-se utilizar a seguinte combinação: 30% de terra boa + 40%

de matéria orgânica +

30% de areia grossa ou pedrisco (para facilitar a drenagem).

Limpeza: Elimine o excesso de botões florais e depois da floração, remova as

flores murchas, bem como

todos os brotos do tronco. Mantenha sempre o solo limpo.

Transplante: A cada dois anos e, no caso de exemplares mais jovens, todos os

anos (sempre depois da

floração). Corte 1/3 das raízes. Depois do transplante, espere no mínimo 3

semanas para podar.

Page 70: Guia definitivo do bonsaista

70

Aramação: Da primavera até o outono, sem restrições.

Dicas:

Os galhos da azaléa se rompem com facilidade, então, para endurecê-los antes da

aramação, é

aconselhável não regá-la um dia antes.

Evite molhar as flores para que permaneçam belas.

As azaléas não costumam ser cultivadas em vasos rasos.

Uma vez a cada 6 meses é bom enterrar um pedaço bem pequeno de palha de

aço, em algum canto

do vaso. Ao se decompor irá liberar o ferro, elemento primordial para a azaléia.

FLAMBOYANT

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71

Nome comum: Flamboyant ou Flaboiant

Nome científico: Delonix regia

Família: Fabaceae Caesalpinioideae, Caesalpineae

Origem: Madagascar

Etimologia: Delonix, do grego delos, evidente, notável e

onus, uma, referindo-se as pétalas notavelmente

unguiculados. Regia, do latim regium-a-um, real, pela sua

grandiosidade quando está em flor.

Floração: setembro/dezembro.

Árvore de flores exuberantes com tonalidade avermelhada,

de copa frondosa e espalhada que proporciona boa

sombra. Suas raízes tabulares (formato de tábua) crescem

junto à base do tronco, conferindo um aspecto notável à

espécie. É muito utilizada em amplas áreas, como praças e

jardins.

Descrição: Árvore caducifólia de 6-15 m de altura, com a

copa em forma de sombreiro e o tronco mostrando-se

sinuoso ou reto e pouco áspero. Folhas bipinadas de 20-40

cm de comprimento, com 10-15 pares de pinas, cada uma

tem de 12-20 pares de folíolos oblongos, de ápice e base

arredondada, de cor verde claro a verde escuro. Flores

vermelhas / alaranjadas, aparecem quando a árvore carece

de folhas e estas se dispõem lateralmente nos ramos. Cada

flor mede 10-12 cm de diâmetro e tem um cálice com 5

sépalas hirsutas, a corola com 5 pétalas desiguais e um

androceu com 10 estames largos, delgados, de cor

vermelha. Os frutos são muito coreáceo, de 40-50 cm de

comprimento, plano e retorcidos de cor castanho quando

Page 72: Guia definitivo do bonsaista

72

maduro. Estes permanecem presos a árvore durante todo o

ano.

INTRODUÇÃO –

Sempre ouvia dizer que um flamboyant não era uma das

espécies mais indicadas para se trabalhar como bonsai e

era por isso que não víamos exemplares como bonsai.

Diziam que era pelo motivo dela ter folhas e flores

grandes, galhos que secavam do nada e um lenho muito

duro, difícil de modelar com o arame. Me via por conta

disso intrigado, pois para mim seria uma das espécies com

as quais gostaria de ter como bonsai desde o início.

Também não existiam imagens nem tão pouco técnicas

relacionadas, que iriam me orientar para fazer de um

flamboyant bonsai. Então como fazer ?

Bem, o como fazer seria tentando, aplicando o pouco que

sei no bonsai e muita observação e paciência, que na

verdade uma das virtudes ou qualidades que temos que

adquirir para desenvolver a arte do bonsai.

A abordagem relacionada as técnicas de tração e incisões

iram mostrar como de fato não podemos nos deixar abater

e sim seguirmos em frente, pois com muita perseverança,

muita observação e principalmente colocando a mão na

massa é que conseguimos aprender algo de novo.

TÉCNICA DA TRAÇÃO DO GALHO –

A técnica da tração empregada no Flamboiant foi quase

uma conseqüência, devido as características da espécie.

Diversos exemplares que vemos plantados em praças e

Page 73: Guia definitivo do bonsaista

73

avenidas pelo Brasil, apresentam em sua forma original

galhos pendidos, dando a copa da árvore uma forma de

sombreiro. Outras característica dada para a espécie seria

um lenho de baixa durabilidade aos intempéries naturais e

a morte espontânea de alguns galhos. Estes secam

naturalmente e caem cedendo o lugar a um novo que irá

em busca de um lugar ao sol. Isso acontece tanto em

espécies plantadas no chão quanto nos bonsai, pois é da

natureza da espécie.

Foi a partir dessas observações dos exemplares em

tamanho natural, que a técnica da tração foi concebida,

pois ao se tentar reproduzir o aspecto de um exemplar de

tamanho natural foi feito inicialmente uma aramação

completa nos galhos e esta por sua vez deixava marcas

profundas na hora de modelar, devido ao tipo de lenho

duro e também obstruía o aparecimento das novas gemas

quando posicionamos os galhos para baixo. Para tanto, foi

deixando a margem do galho apontado para baixo, como

se fosse uma bengala, é que apareceram os brotos no

dorso/lateral neste galho. A tração por sua vez mostrou-se

que a margem do galho secava, enquanto mais para o

interior do galho surgiam novos brotos. O fato disso

acontecer é devido ao hormônio de crescimento da planta,

se localizando em áreas onde há influência da luz solar. O

modo que a auxina atua nesta espécie. A auxina nada mais

é do que o hormônio vegetal encontrado em diversas

espécies de plantas e ela, assim como outros hormônios,

são responsáveis pelo crescimento. Então este se concentra

na parte mais superior da planta, pois ele é que a faz

crescer sempre em busca de um melhor lugar ao sol. As

margens da planta mais exposta ao sol ficam repletas

desse hormônio e assim os novos brotos vão surgindo e a

Page 74: Guia definitivo do bonsaista

74

planta conseqüentemente vai crescendo.

Ao excluirmos o arame de boa parte do galho fazendo

somente uma tração deste, é que conseguimos um melhor

modo para modelarmos a parte aérea de um flamboyant e

com as trações sucessivas, vamos começando a

multiplicação ou dicotomia dos galhos. Pode-se enrolar o

arame na extremidade deste galho para dar mais pega,

prendendo a outra extremidade na borda do vaso. Isso irá

ajudar o surgimento de novos brotos, futuros galhos, mais

para o interior e no dorso desse galho. Depois que estes

estiverem consolidados são podadas as extremidades dos

galhos até onde esteja seco, ou mesmo pode-se podar

próximo a esses novos galhos.

Esta técnica com certeza é a mais correta para esta espécie

e fazendo-a sucessivamente a compactação irá aparecer e

os cortes fecharão com mais facilidade.

Page 75: Guia definitivo do bonsaista

75

Durante o processo de modelagem, quanto mais

estimulamos uma nova brotação para que surjam mais

galhos, ficamos sem a floração. Porém este é a melhor

maneira para conseguirmos um exemplar em escala

compatível para bonsai sem cicatrizes e também fazendo

uma comparação com uma poda drástica, a técnica da

tração se mostra menos agressiva a planta e não deixa

cicatrizes. Esta só é empregada depois que os galhos estão

consolidados. Provavelmente alguns desses galhos novos

irão sucumbir, pois é assim a natureza dessa espécie. Essa

modelagem é realizada no inverno, pois os galhos estarão

mais maleáveis e a folhagem mais fraca. Uma outra opção,

seria quando eles estivessem com a coloração mais

amarronzada, mas nunca enrole o arame nesses galhos por

completo, pois o mesmo irá criar feridas e em alguns casos

cicatrizes muito feias difíceis de serem corrigidas e

também irá prejudicar o surgimento das gemas.

Uma outra técnica empregada no bonsai, seria o de se

retirar a gema apical, para se estimular novas brotações,

mas como vimos anteriormente, futuramente teremos que

posiciona-los para baixo para reproduzirmos o aspecto que

a espécie oferece, que é de sombreiro. Então perderíamos

a margem do galho e esse não seria o melhor método para

modelagem como bonsai. É melhor fazer de fato a tração,

pois estimula o crescimento de novos brotos no

dorso/lateral do galho tracionado.

Outro fato interessante, é quando a desfolha. Ao se retirar

a folha por completo, retirando a haste(pecíolo) também,

dificulta ainda mais o surgimento de novos brotos, não

sendo a melhor maneira para se conseguir um maior

número de galhos (dicotomia) e compactação da

folhagem. Na maioria das vezes observa-se que os galhos

Page 76: Guia definitivo do bonsaista

76

pinçados secam também. A melhor maneira então é podar

as folhas no outono deixando a haste e controlando as

regas para que consigamos a compactação das folhas.

Visual de um outro exemplar após desfolha

Page 77: Guia definitivo do bonsaista

77

visão por cima

Para finalizar, todo bonsaista sabe que a dicotomia se dá

quando podamos os galhos ou o tronco, mas para esta

espécie esta simples técnica não funciona, ou seja, como

vimos nas explicações acima a tração seria a melhor

alternativa.

TÉCNICA DAS INCISÕES –

Page 78: Guia definitivo do bonsaista

78

As incisões na base, são realizadas para se conseguir

imitar com fidelidade as raízes tabulares ou projeções

basais que ocorrem nos exemplares em tamanho natural de

um flamboyant. Essas são feitas durante a fase ativa da

planta, respeitando o sentido das raízes laterais. São

escolhidas apenas umas 5 raízes laterais para fazer o

nebari. Porém antes de faze-la, tem que se retirar a raiz

“pivotante” e outras que estão indo para baixo. As incisões

ou riscos tem que estar alinhados com as raízes e são

feitos longitudinalmente. Esses riscos não irão estimular o

surgimento de novas raízes e sim a cicatrização no local.

Para tanto, deixe a área riscada acima do solo, já as raízes,

podem ficar enterradas até que consigamos obter as

projeções desejadas. Quanto ao comprimento destas

incisões ou riscos, é de acordo com o gosto de cada um.

Detalhe das projeções basais conseguidas com a técnica

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Incisões recém feitas

Page 80: Guia definitivo do bonsaista

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Começando o processo da cicatrização

Incisão cicatrizada e início da formação da projeção basal

Não é necessário fazer uso de qualquer tipo de

cicatrizante, apenas tome esse procedimento salvo a planta

estar em bom estado de saúde. Espere inchar e cicatrizar

para depois repetir novamente a operação. Temos que

esperar fechar (cicatrizar) o corte para fazermos

novamente. Até que isso aconteça, podemos observar que

os cortes vão apresentar uma coloração diferenciada do

tronco. Quando estiver tudo igual faça novamente as

incisões nos mesmos locais respeitando a fase ativa da

planta. Melhor deixar ele praticamente fechar a cicatriz,

para poder ter tecido vivo para cortar. Utilize um bisturi

ou mesmo um estilete para fazer as incisões. Depois que

houver a cicatrização, obviamente não aparecerá o corte

que se fez e só depois disso é que fazemos de novo.

Notamos que formará uma projeção na parte basal do

Page 81: Guia definitivo do bonsaista

81

tronco, então teremos que repetir essas incisões até que

fiquem bem proeminentes, bem parecidos com as raízes

tabulares de uma planta em tamanho natural. As incisões

são realizadas uma vez por ano, respeitando o ciclo anual.

Escolha os exemplares que estão com pelo menos uns 2

cm de diâmetro ou os que já estão com casca no tronco.

Pode-se fazer este tipo de trabalho quando a planta sair do

estágio de dormência ou em plena atividade e faça se ela

estiver com saúde. Porém não faça ainda nas raízes.

Mantenha elas recobertas com o solo e chegue bem perto,

mas não faça ainda as incisões. Quando sua planta estiver

mais desenvolta quanto as projeções, ai sim que iremos

fazer nas raízes, pois a planta está gerando tecidos novos

para "cobrir" a ferida anterior e ao contato com o solo

estas ficariam vulneráveis a contaminação. Essa

cicatrização faz o caule ficar mais grosso nesse ponto e ao

mesmo tempo as raízes que estão enterradas vão

engrossando.

Para imitar o nebari de um Flamboiant, é necessário fazer

incisões sucessivas nas áreas pré-determinadas, conforme

escrevi anteriormente, que é respeitando o sentido das

raízes laterais. Não se preocupe de fazer uma incisão

profunda, desde que o exemplar não seja muito pequeno.

Quando for fazer a próxima troca de solo e vendo que já

existem calosidades na base, que são as projeções basais

que falo, pode reduzir bem o volume das raízes. Com isso

conseguimos uma maior redução, ou compactação, das

folhas. Faça no final do inverno início da primavera e

quando chegar no outono, retire todas as folhas deixando

apenas as hastes que as sustentam os pecíolos.

Com isso e controlando as regas, mais compactação

iremos conseguir com relação a folhagem. As incisões tem

que ser realizadas quando a planta estiver em plena

Page 82: Guia definitivo do bonsaista

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atividade, que compreende os meses mais quentes do ano.

No inverno não é conveniente tomar esse procedimento,

pois a planta está com o seu metabolismo baixo.

Acer buergerianum (tridente)

NOME COMUM - Acer Tridente

NOME CIENTÍFICO - Acer buergerianum

FAMILIA - Aceracea

ORIGEM - China e Corea.

CARACTERIZAÇÃO - Espécie de folha caduca e de

crescimento rápido, muito atractiva devido à sua

extrema resistência, força da brotação mas com

entrenós muito curtos e também à pequena folha de

três pontas, que no Outono adquire uma cor amarela,

salpicada de vermelho.

LOCALIZAÇÃO - Colocar em pleno sol durante

todo o ano, excepto nos períodos mais quentes em

que deve ficar em semi sombra para evitar queimar as

folhas.

REGA - Regar abundantemente enquanto tem folhas,

mas deixar secar a camada superior do substrato entre

regas. No Inverno regar moderadamente.

NUTRIÇÃO - Deve ser adubada e vitaminada desde

a Primavera até ao início do Outono.

TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2

anos, antes que comecem a surgir os novos brotos,

com uma Mistura de solo Universal.

MODELAÇÃO - A poda de manutenção durante o

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83

período de crescimento, suporta bem defoliação, pode

ser aramada na primavera (antes das folhas

aparecerem) ou após defoliação (Julho).

PROPAGAÇÃO - Por estaca durante a primavera e

verão, espécie de fácil propagação ideal para

iniciados treinarem.

Acer palmatum

NOME COMUM - Acer palmatum

NOME CIENTÍFICO - Acer palmatum

FAMILIA - Aceraceae

ORIGEM - Japão e Coreia

CARACTERIZAÇÃO - Trata-se de uma espécie de

folha caduca, muito apreciada pela coloração das suas

folhas, quer na Primavera (inicio da brotação), quer

no Outono (queda da folha). Das muitas variedades

existentes, o A. Palmatum deshojo é uma das mais

apreciadas pela coloração vermelha da brotação, no

Verão passa a verde e voltando a avermelhar antes da

queda das folhas. Existem ainda várias outras

cultivares ideais para Bonsai como os Kashima e

Kiohime apreciados pela reduzida dimensão das

folhas e entrenós curtos que lhe dão elevada

densidade, o seijen pelas folhas de tom rosado e o

Arakawa pela casca corticosa.

LOCALIZAÇÃO - Localizar no exterior durante o

ano inteiro, nos períodos mais quentes, deve ficar

debaixo de uma malha de sombra ou em semi-

sombra, para evitar queimar as folhas.

REGA - Regar abundantemente durante o período de

desenvolvimento, deixando sempre secar a camada

superior entre regas. No Inverno regar

moderadamente, com o objectivo de manter o solo

Page 84: Guia definitivo do bonsaista

84

húmido.

NUTRIÇÃO - Deve ser adubado e vitaminado desde

a brotação na Primavera até á queda da folha no

Outono. Para além desta adubação, pode-lhe ser

aplicado um fertilizante com fósforo e potássio que

estimula a emissão de raízes na Primavera e facilita a

lenhificação dos ramos novos no Outono.

TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de 2 em 2

anos, assim que os gomos folheares comecem a

“movimentar-se”, pode ser cultivado em Akadama

puro ou em “Mistura Universal para Bonsai” (ver :

Ficha Técnica – Solos).

MODELAÇÃO - A poda de formação (ramos

grossos) pode ser feita aquando da defoliação ou no

Inverno após queda das folhas. A desponta (metsumi)

executada com a ponta dos dedos durante toda a

Primavera, consiste na eliminação do novo brote,

deixando somente o primeiro par de folhas. Nesta

espécie a defoliação, para além de um interesse

estético, com a substituição das folhas velhas por

novas de cor vermelha, melhorar a coloração outonal,

reduzir a dimensão das folhas e dos entre-nós,

também pode ter vantagens horticulturais se

executada parcialmente (defoliando só as partes

fortes) equilibramos a energia da planta. O

Aramamento no fim do Inverno antes da abertura das

folhas, ou na altura da defoliação (no verão – Julho),

devendo sempre ter-se cuidado com o engrossamento

dos ramos (principalmente no outono) e com a

fragilidade da “pele” para não a vincar.

PROPAGAÇÃO - De difícil propagação por estaca

(somente com “camas” aquecidas e com baixo índice

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de sobrevivência) o Acer Palmatum pode ser

propagado por alporque ou semente.

CARMONA

NOME COMUM - Carmona

NOME CIENTÍFICO - Ehretia buxifolia

FAMILIA - Boraginacea

ORIGEM - Sudoeste da China

CARACTERIZAÇÃO - Arvore de Folha persistente,

muito apreciada pelo verde brilhante das suas folhas, dá

uma flor Branca e um fruto vermelho, existem duas

variedades a de folha grande (macrophila) e a de Folha

pequena (microphila), esta ultima frutifica mais.

LOCALIZAÇÃO - Interior, devendo apanhar 3 a 4 horas

de sol directo por dia e muita luz. Quando a temperatura

mínima começa a ser superior aos 18º C pode-se colocar

no exterior, tendo atenção à rega nas horas de maior calor.

REGA - Regar abundantemente, durante o período de

crescimento, no Inverno regar moderadamente deixando

secar a camada superficial entre regas.

Page 86: Guia definitivo do bonsaista

86

NUTRIÇÃO - Embora tenha um crescimento lento a

carmona gosta de ser bem alimentada, devendo ser

adubada desde o fim do inverno até ao fim do outono, as

vitaminas devem ser dadas o ano inteiro, e agradam-lhe

reforços com quelatos de ferro.

TRANSPLANTE - Deve ser transplantada de dois em dois

anos entre Abril e Maio, o solo dever ser Mistura

Universal para Bonsai, como por vezes se torna dificil

podá-la muito na altura do transplante, o equilíbrio hídrico

deve ser feito com uma defoliação parcial de folhas velhas

com poda da brotação nova, com em qualquer espécie de

Bonsai, beneficia da aplicação de vitaminas em dose forte

no pós transplante.

MODELAÇÃO - Pode ser podada de manutenção todo o

ano. Normalmente não se arama pois a sua madeira

quando velha quebra-se facilmente, utilizam-se antes

puxadas e Tensores.

PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca

de brotes novos durante a primavera e verão.

Ficus retusa

Page 87: Guia definitivo do bonsaista

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NOME COMUM - Ficus

NOME CIENTÍFICO - Ficus retusa (existem várias

espécies, esta é a mais comum, os conselhos são os

mesmos)

FAMILIA - Moracea

ORIGEM - India e China

CARACTERIZAÇÃO - As ficus constituem uma família

com centenas de espécies (é parente da nossa figueira -

Page 88: Guia definitivo do bonsaista

88

Ficus carica), é de folha perene ovalada, sendo apreciada

pela sua resistência e emissão de raízes aéreas e resposta

às técnicas de Bonsai (nomeadamente aramamento).

LOCALIZAÇÃO - Pode ser localizado no exterior durante

a primavera e Verão, mas deverá ser protegido no resto do

Ano.

REGA - Regar moderadamente o ano inteiro.

NUTRIÇÃO - Deverá ser adubada desde a primavera ao

fim do outono e vitaminada o ano inteiro, agradam-lhe os

reforços com quelatos de ferro.

TRANSPLANTE - Deve ser transplantada cada 2 anos no

fim da primavera (maio/junho) com uma mistura de solo

Universal (ver “Ficha Técnica – Solos), normalmente se a

planta está saudável junta-se o transplante com a

defoliação e o aramamento.

MODELAÇÃO - Suporta Bem todas as técnicas de

aramamento, e podas drásticas, normalmente aramamos

após defoliar, o que se pode passar desde Maio a Agosto,

depois torna-se tarde para defoliar.

PROPAGAÇÃO - Por Estaca ou enraizamento aéreo.

Ligustrum Chinensis

NOME COMUM - Ligustrum Chinês

NOME CIENTÍFICO - Ligustrum ovalifolium chinensis

FAMILIA - Oleaceae

ORIGEM - China, Japão e Europa

CARACTERIZAÇÃO - Arbusto de folha perene, ovalada

e média, com flores brancas no Verão (raro ocorrer em

Bonsai devido às podas de manutenção, em que não

permitimos a floração que é apical). Algumas espécies são

de folha caduca (mas não esta), existe uma variedade em

que o bordo da folha é branca (variegata).

Page 89: Guia definitivo do bonsaista

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LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla

localização, mas pode viver perfeitamente todo o ano no

exterior, quando no interior, gostam de estar em

exposições soalheiras, sem climatização.

REGA - Devido à constituição da folha tem um elevado

consumo de água no verão, no inverno a rega deve ser

moderada.

NUTRIÇÃO - O ligustrum cresce rapidamente pelo que

tem de ser vigorosamente nutrido, devendo receber adubo

e vitaminas desde Fevereiro a Novembro, dado o seu

rápido crescimento foliar beneficia da aplicação de um

reforço de micronutrientes ao longo de toda a época de

crescimento, desta forma evitaremos carências.

TRANSPLANTE -Visto ter um rápido crescimento

radicular (maioritáriamente constituido por raizes finas) é

aconselhável transplantá-lo de dois em dois anos, para

uma Mistura Universal para Bonsai entre Fevereiro e

Março.

MODELAÇÃO - Deve ser podado de manutenção ao

longo de toda a época de crescimento, pode ser aramado

durante a primavera e outono, tendo cuidado com a fina

pele.

PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca

de brotes novos durante a primavera.

OLIVEIRA

NOME COMUM - Oliveira

NOME CIENTÍFICO - Olea europea

FAMILIA - Oleaceas

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ORIGEM – Mediterrâneo, da Pérsia a Portugal, bem como

as Ilhas Canárias e os Açores.

CARACTERIZAÇÃO - Árvore de médio porte, folha

persistente ovaladas verdes escuras por cima e acizentadas

por baixo, de elevada longevidade existem vários

exemplares milenares na natureza.

Dá flores minúsculas, que se transformam em frutos

verdes que se alteram até ao negro, na maturação. A casca

esverdeada torna-se nodosa nas árvores velhas.

LOCALIZAÇÃO - No exterior a pleno sol o ano inteiro,

proteger de geadas nas zonas muito frias.

REGA - Deixar secar bem entre regas o ano inteiro, mas

atenção pois a oliveira consome bastante água.

NUTRIÇÃO - Adubar e Vitaminar de Fevereiro a

Outubro.

TRANSPLANTE - Cada 2 anos em Fevereiro, para

Mistura Universal para Bonsai.

Page 91: Guia definitivo do bonsaista

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MODELAÇÃO - A poda de manutenção realiza-se ao

longo de todo o ano. Pode ser aramado na primavera e

outono, normalmente ano sim ano não faz-se uma poda de

formação mais forte a qual estimula a densidade da copa,

no ano seguinte deixa-se alongar um pouco mais para

tentar ter flores e frutos.

PROPAGAÇÃO - Por estaca, podendo ser mesmo

utilizadas estacas muito grossas. SERISSA

NOME COMUM - Serissa

NOME CIENTÍFICO - Serissa foetida

FAMILIA - Rubiaceas (família do cafeeiro)

ORIGEM - China Meridional e Japão

CARACTERIZAÇÃO - Arbusto perene de folha verde

ovalada de reduzida dimensão, existem diferentes

variedades, a mais comercializada como Bonsai é a

Page 92: Guia definitivo do bonsaista

92

Serissa Japónica thunbergii e é produzida na China,

existem ainda a Serissa Japónica e a Serissa de Shangai

(menos comuns no nosso mercado), todas possuem uma

versão variegata (de folhas brancas e verdes), a qual se

deve a um vírus inócuo que terá afectado a planta mãe na

origem.

A maioria dá uma flor de cor branca mas existem

variedades de cor rosa, podendo ocorrer o ano inteiro o

auge de floração dá-se no fim do verão, deve o seu nome

cientifico Serissa Foetida (mal cheirosa em latim) ao

cheiro que exala após podada.

LOCALIZAÇÃO - As variedades oriundas da China são

consideradas Bonsai de interior, ainda que lhes agrade o

exterior durante a primavera e o Verão, devemos protegê-

las logo que as temperaturas médias baixem dos 16 º C.

Gostam de estar em exposições soalheiras, junto de uma

janela (sem cortinas nem persianas), quando colocadas no

exterior à que protegê-las ligeiramente, de modo a que só

apanhem directamente o sol do inicio e final do dia.

REGA - Visto ser sensível a fungos provocados por

excesso de água, convém deixar secar ligeiramente a

camada superficial do solo entre regas (principalmente no

Inverno em que quase estagna o seu crescimento),

regando-a depois abundantemente com um regador de

ralos finos.

NUTRIÇÃO - A Serissa deve ser adubada de Fevereiro a

Page 93: Guia definitivo do bonsaista

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Novembro, beneficiando com a aplicação de vitaminas o

ano inteiro, gosta ainda de reforços nutricionais com

adubos de Fósforo e Potássio que apresentam uma acção

preventiva contra o aparecimento de fungos do colo

(phitoftora).

TRANSPLANTE - Ainda que o seu crescimento radicular

seja lento, é aconselhável transplantá-la de dois em dois

anos para garantir a ideal drenagem do solo, este deve ser

constituído por uma Mistura Universal para Bonsai, a

época ideal é quando as temperaturas se mantêm em torno

dos 20ºC (Abril/Maio).

MODELAÇÃO - Juntamente com a localização, a rega e a

nutrição, a poda é um dos principais segredos para manter

a Serissa forte e densa, responde muito bem a podas fortes

rebrotando mesmo em madeira antiga, é importante não a

deixar alargar-se muito pois perderá a densidade das

folhas, devemos regularmente arrancar-lhe os gomos

ladrões que brotam junto às raízes.

Normalmente não se arama usando-se puxadas e tensores

para direcionar, pode ser aramada na primavera mas a

madeira é muito quebradiça.

PROPAGAÇÃO - O método mais utilizado é por estaca

de brotes novos durante a primavera.

ULMEIRO CHINÊS

Page 94: Guia definitivo do bonsaista

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NOME COMUM - Ulmeiro Chinês (também Zelcova

Chinesa)

NOME CIENTÍFICO - Ulmus parvifolia

FAMILIA - Ulmacea

ORIGEM - China e Japão

CARACTERIZAÇÃO - É uma árvore pequena de folha

semi-caduca. É muito apreciada pelo pequeno tamanho

das suas folhas, pela fina ramificação e pelo escamar da

casca .

LOCALIZAÇÃO - É uma das várias espécies de dupla

localização, pode viver perfeitamente todo o ano no

exterior ou no interior, se no interior gostam de estar em

Page 95: Guia definitivo do bonsaista

95

exposições soalheiras, sem climatização.

REGA - Deixar sempre secar a camada superficial do solo

entre regas.

NUTRIÇÃO – Adubar e Vitaminar desde a primavera ao

outono.

TRANSPLANTE - De dois em dois anos, para uma

Mistura Universal para Bonsai, entre Fevereiro e Março.

MODELAÇÃO – Podar de manutenção todo o ano e de

formação no final do inverno, pode ser aramado durante a

primavera e verão, suporta bem a defoliação.

PROPAGAÇÃO – O método mais utilizado é por estaca

de brotes novos durante a primavera.

PINGO DE OURO

Page 96: Guia definitivo do bonsaista

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Nome Científico: Duranta repens aurea

Nome Popular: Pingo-de-ouro, duranta, violeteira-

dourada, violeteira

Família: Verbenaceae

Divisão: Angiospermae

Origem: Brasil

Ciclo de Vida: Perene

Este arbusto de folhas douradas surgiu através de uma

mutação da violeteira.

Sua popularização foi um verdadeiro fenômeno no

paisagismo brasileiro. O pingo-de-ouro, ao contrário de

outros arbustos tradicionais, tem um crescimento muito

rápido, o que aliado à sua coloração exuberante foram os

grandes responsáveis pela sua larga utilização. É uma

planta excelente para topiaria, principalmente para os

iniciantes. Além disso presta-se como bordadura, cerca

viva, renque e até mesmo para a formação de bonsai.

Page 97: Guia definitivo do bonsaista

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Não é indicada para jardins de baixa manutenção, pois

exige podas mais frequentes que outros arbustos. Quando

não podado produz pequenas flores arroxeadas, róseas ou

brancas e frutos esféricos, pequenos e amarelos, além

disso suas folhas perdem um pouco a tonalidade dourada.

Devem ser cultivadas à pleno sol, em solo fértil e

enriquecido com matéria orgânica, com regas regulares.

Não é tolerante à seca. Tolera o frio e as geadas.

Multiplica-se por estaquia e mais raramente por sementes,

já que estas podem originar pingos-de-ouro e violeteiras.

Requer podas de formação e manutenção freqüentes,

utilize sempre luvas para manipular esta planta, pois os

ramos podem ser espinhentos.

JABUTICABEIRA

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Nome Técnico:

Myrcia cauliflora Berg.

Sin.: Myrciaria cauliflora (Mart.) O. Berg. ou Plinia

trunciflora (O. Berg) Kausel

Nomes Populares :

Jabuticabeira, pé de jabuticaba, jaboticabeira

Família :

Família Myrtaceae

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Origem:

Nativa do Brasil, da Mata Atlântica.

Descrição:

Árvore de 3 até 15,0 m de altura, tronco claro, muito

ramificada, folhas pequenas ovais opostas e lanceoladas.

Flores pequenas e brancas que surgem diretamente no

tronco e nos ramos e que atraem insetos.

Os frutos que se seguem são globosos, de tamanho

variável entre 1,5 e 2,9 cm de diâmetro na cor roxa, mas

também verde ou rosado.

De polpa branca, adocicada com até 4 sementes.

Modo de Cultivo :

A jabuticabeira é uma árvore de clima tropical ou

subtropical úmido.

Não suporta seca prolongada nem geadas.

Regiões onde as chuvas são poucas ou irregulares será

preciso regar a planta ou fazer irrigação controlada no

pomar.

Podem ser cultivadas desde o Rio Grande do Sul (média

de 20 ºC) até o Pará (30 ºC).

Não aprecia regiões de ventos fortes, então nos plantios

comerciais são usados quebra- ventos.

O solo de cultivo melhor é o sílico-argiloso de pH 6,5 a

7,0, fértil, bem drenado e boa umidade.

Plantio e Adubação :

Para plantar, fazer uma cova maior que o torrão e colocar

água no fundo, bem como areia para garantir a drenagem.

Colocar 2 – 5 litros de adubo animal curtido misturado a

um pouco de húmus de minhoca, que tem o pH ideal para

esta planta.

Page 100: Guia definitivo do bonsaista

100

Plantar e não esquecer de que a muda deve ficar ao nível

do solo, não cobrindo seu tronco mais do que estava no

recipeinte em que veio.

Os tratos culturais consistem em retirar ramos secos e

aqueles que tendem a entrar para o meio da copa,

fechando-a, diminuindo assim a luz no seu interior com a

consequência de menor florescimento posterior.

Adubar todos os anos no inverno para os estados do sul e

no período das chuvas para os demais.

Adicionar adubo animal curtido e adubo NPK na projeção

de sua copa, num sulco feito ao redor da planta.

Não esquecer de regar bem.

PITANGA

Nome Técnico:

Eugenia uniflora L.

Nomes Populares :

Pitangueira, pitanga, pitanga-do-mato

Família :

Angiospermae – Familia Myrtaceae

Origem:

Nativa brasileira, ocorre desde Minas Gerais até o Rio

Grande do Sul

Descrição:

Page 101: Guia definitivo do bonsaista

101

Árvore de porte até 12,0 metros de altura, copa com forma

piramidal, folhas pequenas ovais acuminadas, coriáceas e

brilhantes, perfumadas.

O tronco é tortuoso e muito ramificado.

As flores são brancas, com numerosos estames, atraindo

abelhas.

Os frutos que surgem são do tipo drupa carnosa de polpa

doce e casca vermelha quando madura, apreciados por

todos, de humanos a pássaros e animais selvagens.

É uma planta recomendada para plantio em locais de

reflorestamento e áreas degradadas.

Floresce na primavera e os frutos ocorrem até o final do

verão, conforme a região.

Modo de Cultivo :

É uma planta muito cultivada em pomares domésticos e

pode ser cultivada no litoral.

Apenas deverá ser protegida dos ventos fortes, que

derrubam as flores, diminuindo a frutificação.

Necessita de sol e não é exigente em fertilidade, mas

aprecia algum teor de umidade.

Quando for plantar, abra a cova o dobro do tamanho do

torrão, coloque no fundo adubo animal de curral bem

curtido, cerca de 1 a 2 kg/cova ou cama de aves, metade

deste valor. Coloque composto orgânico e misture bem,

regando bem antes de colocar o torrão.

Ao redor deste preencha com composto orgânico e regue

bem nos próximos 10 dias.

A melhor época de plantio é no inverno ou para os estados

mais ao norte quando estiver na estação das chuvas.

Page 102: Guia definitivo do bonsaista

102

Anualmente deverá adubar no inverno, com a mesma

mistura recomendada para plantio, regando bem depois.

Manutenção no cultivo:

A manutenção para esta planta limita-se ao controle de

crescimento de ramos fora da forma da planta.

Severa atenção para o aparecimento de formigas no

tronco, examinar então as folhas, atrás de cochonilhas que

atacam a planta seriamente.

Usar óleo de nim em aplicações sucessivas com intervalo

de 3 dias.

Não aplicar ao sol nem antes de chuva.

O óleo de nim é comercializado em agropecuárias, deverá

ser diluído na quantidada recomendada pelo fabricante,

colocada em aspersor e aplicada diretamente sobre os

insetos.

A formiga deverá ser controlada por iscas atrativas, senão

o esforço de nada adiantará.

Reprodução ou propagação da Pitangueira

A propagação poderá ser feita por sementes, colocando-se

cada uma em recipiente individual, saco ou tubete, com

substrato de terra misturada a composto orgânico ou

substrato organo-mineral, mantido úmido e em cultivo

protegido.

A emergência ocorre cerca de 50 dias após, dependendo

da região.

A planta não se desenvolve muito rápido e deverá

permanecer em viveiro por algum tempo, em cultivo ao

sol.

Page 103: Guia definitivo do bonsaista

103

Consumo e paisagismo:

Os frutos são consumidos in natura ou na forma de sucos.

As folhas e os frutos têm propriedades medicinais

comprovadas para combater diarréias e males estomacais.

No paisagismo produtivo, um dos itens para jardins

sustentáveis, a pitangueira tem lugar de destaque.

A produção de estacas de ramos enraizadas e plantadas em

vasos tem atraído paisagistas e consumidores que desejam

uma frutífera produtiva para locais pequenos, terraços e

sacadas. O mercado tem demanda mas a produção é

pequena.

ACEROLA

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Nome Técnico:

Malpighia glabra

Sin.: Malpighia biflora Poir., Malpighia jallax Salisb, entre

outros.

Nomes Populares :

Aceroleira, cereja-das-antilhas

Família :

Família Malpighiaceae

Page 105: Guia definitivo do bonsaista

105

Origem:

Originário da América Central.

Descrição:

Árvore pequena ou arbusto de até 3,0 m de altura,forma

arredondada, muito ramificada de folhas verdes ovais e

flores rosadas de 1 a 2 cm de diâmetro, completas reunidas

em grupos de 3 a 5 flores.

Estas flores surgem em geral depois de um período de

crescimento da planta.

São autofecundáveis mas também ocorre a polinização

cruzada, isto é, com pólen de outra flor sendo as abelhas

responsáveis pela polinização.

O fruto que segue é uma baga vermelha de até 2,5 cm com

2 a 3 sementes duras, de polpa acidulada.

É um dos frutos com maior teor de Vitamina C.

Modo de Cultivo :

A aceroleira necessita de local ensolarado e clima tropical

mas em regiões de clima mais ameno também pode ser

cultivada.

O regime de chuvas precisa ser entre 1200 a 1600 mm

anuais, bem distribuídas.

Caso a irrigação com a água da chuva não seja suficiente,

a aspersão com mangueiras ou gotejamento poderá suprir

sua falta nos períodos de seca.

Plantio e Adubação :

Adquira muda de tamanho padrão, em torno de 1,0 m de

altura e plante com tutor, amarrando com cordão de

algodão para não danificar a casca.

A pós notar que a muda está se desenvolvendo,cortar os

pequenos ramos até 70 cm a partir do solo para fazer uma

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106

boa copa.

Na cova de plantio não esquecer a areia no fundo, o adubo

animal, farinha de ossos e o adubo químico granulado

como foi ensinado no texto de plantio de frutíferas.

Pragas :

As pragas mais comuns da cultura são pulgões,

cochonilhas e nematóides.

Para os dois primeiros, usar óleo de nim ou aqueles chás

de plantas tóxicas, como os de folhas de alamanda.

Para nematóides é um pouco mais difícil, as mudas devem

ser certificadas de produção em solos não infestados por

esta praga.

Plantar tajetes (Tajete patula) ajuda no controle.

Necessidades básicas do cultivo das frutas tropicais

O clima é quente, com temperatura média anual acima de

22 ºC até 30 ºC.

O regime de chuvas deve ser regular durante o ano.

As plantas frutíferas de clima tropical necessitam de

temperaturas altas o ano todo, sem grandes oscilações

diárias ou mensais para que possam produzir.

A água deverá estar disponível, se as chuvas não forem

suficientes, recorrer à irrigação artificial.

A nível de pomar doméstico poderá ser por gotejamento,

aspersão ou você, de mangueira e balde na mão.

As regiões onde estas frutas são comercialmente

cultivadas no Brasil são os Estados ao Norte, Nordeste,

Centro-Oeste e norte do Sudeste.

Algumas frutíferas de clima tropical que podem ser

cultivadas em pomar doméstico: Abacateiro, Aceroleira,

Bananeira, Jaboticabeira, Laranjeira, Mamoeiro e

Maracujazeiro, das quais estaremos disponibilizando

Page 107: Guia definitivo do bonsaista

107

fichas com descrição e cultivo para sua informação.

O solo ideal para o pomar doméstico

Quando nos decidimos a implantar um pomar comercial,

procuraremos a região e o terreno adequados.

O melhor lugar para o estabelecimento de um pomar é em

um lugar alto, ensolarado, de solo fértil e profundo, com

bons teores de matéria orgânica, pH em torno de 5,5 e com

declive para a drenagem das águas da chuva.

Quando resolvemos fazer um pomar doméstico, isto pode

significar na periferia ou dentro da cidade e teremos de

nos arrumar com o espaço disponível.

Se a quantidade de plantas para colocar for grande, vale a

pena fazer uma análise do solo em laboratório, para saber

os nutrientes disponíveis, pH e problemas a serem

sanados, como correção de acidez e fertilidade.

Solos com teores de argila em torno de 12 a 25%, areia e

silte são os ideais para o desenvolvimento das raízes das

frutíferas.

Solos muito siltosos ou muito argilosos tendem a ser mais

compactados, retendo água demais, o que pode prejudicar

a aeração e o desenvolvimento radicular.

Isto propicia o aparecimento de doenças fúngicas e a

planta irá produzir frutos de pouca qualidade.

Em plantios comerciais os produtores fazem camalhões

quando o solo é argiloso demais, que consiste na elevação

da terra para o plantio delas em cima do camalhão,

facilitando a drenagem.

No pomar doméstico citadino isto não será possível.

Teremos de realizar outro processo de plantio para que

tenhamos sucesso, como por exemplo, drenos feitos

Page 108: Guia definitivo do bonsaista

108

previamente para o escoamento do excesso de água.

Determinando o espaço

Começando pelo cultivo no solo, deveremos fazer uma

determinação do local onde cultivaremos.

Se o espaço nada tem, ou só um gramado,será simples.

Espaçamento de 3 - 4,0 metros entre troncos para árvores

do tipo laranjeiras e limoeiros será suficiente.

Já para mangueiras e jabuticabeiras a sua escolha ficará

restrita a uma muda só.

Enquanto crescem até que pode ter alguma outra fruteira

menor, mas ao atingir seu tamanho adulto será difícil

conseguir, devido à competição por luz, água e solo.

A melhor época para plantar é no inverno para os estados

mais ao sul do Brasil que é nos meses entre junho e

agosto.

Para regiões de clima mais quente, na época das chuvas,

pois a sobrevivência das mudas irá depender da água.

ROMÃ

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Nome Técnico:

Punica granatum L.

Nomes Populares :

Romãzeira, romã

Família :

Família Punicaceae,

Origem:

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Originário da região da Europa e Ásia.

Descrição:

Arbusto que pode crescer até 4,0 se plantado no solo, mas

em vaso desenvolve bem menos.

Folhagem verde-brilhante, flores de cálice campanulado e

pétalas laranja, seguidas de fruto globoso muito apreciado

com sementes cobertas por arilo de sabor delicado.

Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, inclusive de

invernos frios.

Modo de Cultivo :

Local ensolarado, solo fértil e bem drenado.

Substrato de cultivo de solo de jardim com composto

orgânico mais adubação de reposição com adubo

granulado NPK formula 10 – 10 – 10 a cada 6 meses.

Pode ser podada nos ramos inferiores para parecer uma

pequena árvore.

Paisagismo:

Muito usada em hortas e pomares. No planejamento

moderno passou para o jardim da frente, em cultivos

produtivos.

É muito ornamental e excelente para jardins de sacada.

Seu tamanho pode ser controlado por podas na época em

que está somente vegetativa.

Plantio em vasos de cerâmica de tamanho grande.

ipê rosa

Nome Técnico:

Page 111: Guia definitivo do bonsaista

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Tabebuia impetiginosa Stand.

Sin.: Tecoma impetiginosa Mart., Tabebuia plameri

R.,entre outras.

Nomes Populares :

Ipê rosa, ipê-bola, ipê-preto

Família :

Angiospermae – Família Bignoniaceae

Origem:

Nativa brasileira

Descrição:

Árvore decídua, de porte até 12,0 m, tronco largo até 90

cm de diâmetro e folhas compostas de 5 folíolos coriáceos

e pubescentes.

As flores são campanuladas e reunidas em racemo tipo

bola.

Floresce a partir de maio em algumas regiões e as flores

surgem com a árvore despida de folhas.

Modo de cultivo:

Necessita de sol e adapta-se a qualquer tipo de solo.

Adquirir muda bem formada em viveiro, que venha com

tutor para melhor desenvolvimento.

Plantar a muda em cova com o dobro do tamanho do

torrão, adicionando fertilizante orgânico ou composto

vegetal adicionando cerca de 200 gramas de adubo

granulado NPK, formulação 10-10-10.

As regas no plantio e depois em até 10 dias posteriores

Page 112: Guia definitivo do bonsaista

112

poderão garantir sua sobrevivência.

Paisagismo:

Adapta-se a cultivo em todas as regiões do país, inclusive

litorâneas e ocorre desde os Estados do Piauí até São

Paulo.

Para paisagismo urbano é indicada para áreas de parques e

canteiros centrais de avenidas.

Jardins residenciais e condominiais que têm piscina

deverão evitar seu cultivo, pois as folhas que caem

poderão trazer problemas de manutenção.

A pata de vaca

Nome Técnico:

Bauhinia variegata L.

Nomes Populares :

Pata-de-vaca, casco de vaca, unha de vaca

Família :

Família Caesalpinoideae

Origem:

Originária da China e Índia, muito cultivada no Brasil,

principalmente no sudeste.

Descrição:

Árvore de característica semidecídua, isto é, não perde

totalmente as folhas no inverno.

Muito ramificada, pode atingir até 10,0 m de altura.

Suas folhas são simples, levemente coriáces, parecendo

bipartidas, dando a semelhança de uma pisada de bovino,

daí seu nome popular.

Suas flores são vistosas, cor-de-rosa estriadas, com uma

Page 113: Guia definitivo do bonsaista

113

das pétalas com uma mancha em rosa avermelhado,

reunidas em inflorescências na ponta dos ramos.

Floresce na metade do inverno até a metade da primavera.

Modo de cultivo:

Adaptada ao clima brasileiro, desde que receba sol, não

tem problemas quanto à fertilidade do solo, mas este

precisa ser bem drenado.

Tolera climas mais frios com geadas, mas desenvolve-se

melhor em temperaturas mais amenas.

Propagação por sementes.

Paisagismo:

Árvore muito ornamental, excelente para pequenos jardins

e recantos, também pode servir na arborização de ruas e

parques.

Tem sido bastante utilizada na região do sudeste do país.

cipreste

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Nome Técnico:

Juniperus chinensis L.

Sin.: Juniperus sheppardii (Veitch) Van Melle

Nomes Populares :

cipreste kaizuka. junípero kaisuka

Família :

Família Cupressaceae

Origem:

Originária da china e do Japão.

Descrição:

Page 115: Guia definitivo do bonsaista

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Conífera de até 6,0 metros de altura.

De forma colunar, tronco marrom acinzentado com

fissuras longitudinais soltando finas cascas em forma de

escamas, de folhagem verde escura, ramos dispostos de

forma vertical e folhas em escamas.

É uma planta dióica, (raramente monóica) , que quer dizer

que apresenta flores femininas e masculinas em plantas

diferentes.

As flores masculinas são pequenos cones amarelos

elípticos que contém o pólen, sendo que as femininas

formam frutos arredondados.

Pode apresentar mais de um tronco e alguns tem a forma

retorcida, mais um efeito interessante para o paisagismo.

Modo de cultivo :

Excelente para lugares ensolarados de clima mais frio,

mas pode tolerar climas amenos e litorâneos, não sendo

indicada para zonas tropicais do país.

Não é exigente na fertilidade do solo, mas prefere solo

mais ácido, bem drenado, então para o plantio

recomendamos a adição de composto orgânico de folhas e

adubo animal na cova, que deverá ser realizado no inverno

para ter sucesso.

Paisagismo:

Muito cultivado em jardins temáticos estilo oriental e

italianos, sua forma colunar dá o toque estrutural ao

projeto.

Pode ser cultivado em maciços com outras coníferas de

menor porte e com coloridos diferentes ou mesmo

colocado com arbusto verdes e floríferos, sobre gramados,

formando conjuntos ou renques em entradas de

propriedades.

Page 116: Guia definitivo do bonsaista

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Buxinho

Nome Técnico:

Buxus sempervirens L.

Sin.: Buxus arborescens Mill., Buxus myrifolia Lam.,

Buxus suffruticosa Mill..

Nomes Populares :

Buxinho

Família :

Família Buxaceae

Origem:

Originário do Mediterrâneo e Ásia

Descrição:

Árvore ou arbusto lenhoso, de folhas perenes, podendo

atingir 5,0 metros de altura, mas que é mantido podado

para cercas-vivas, quebra-ventos e plantas solitárias

topiadas.

As folhas são pequenas, ovais, arredondadas, verde-

escuras na página de cima e verde-claras na ínferior.

Ele floresce, mas com as podas frequentes e por serem

insignificantes, poderão passar desapercebidas.

Page 117: Guia definitivo do bonsaista

117

Modo de Cultivo:

É uma planta que aprecia locais ensolarados, mas que

tolera a sombra durante uma parte do dia.

Aprecia solos argilosos, com bom teor de matéria

orgânica.

Para plantas cultivadas no chão, abrir uma cova o dobro

do torrão.

Colocar no fundo uma camada de areia de construção para

garantir a frenagem.

Acrescentar uma mistura feita de adubo animal de curral

bem curtido, cerca de 1 litro com composto orgânico de

folhas, mais 100 gramas de farinha de ossos, misturando

bem.

Colocar o torrão, completar as laterais com a mistura e por

último adicionar a terra que retirou-se do buraco.

Regar. Pelos próximos 10 dias regar todos os dias em que

não houver chuvas para garantir que a muda sobreviva.

Em geral já se adquire a muda topiada quase sempre na

forma arredondada.

Para manter o visual compacto, a poda dos ramos de

ponteiro deverá ser frequente, propiciando mais brotações

laterais para tornar o arbusto bem ramificado ficando com

a copa bem fechada.

As podas dos ramos para o interior da copa devem ser

feitas com cuidado. Ao cortar, deixar as gemas da parte

externa na ponta, assim os novos raminhos crescerão para

fora.

´Se a planta for mantida topiada, a poda deverá ser

frequente para que não perca a forma.

Adubação:

A cada 3 meses realizar adubação com adubo granulado

NPK formulação 10-10-10, misturado ao solo do canteiro,

Page 118: Guia definitivo do bonsaista

118

regando a seguir para que o adubo se dissolva e atinja as

raízes.

Pragas comuns:

A planta costuma ser atacada por tripes, ficar atento às

folhas, se aparecerem enrugadas junto às nervuras e

enrolarem procurar os insetos, que são escuros e

minúsculos.

Para tratamento aplicar um defensivo verde feito de chá de

alamanda ( Allamanda) ou óleo de nim diluído em água

conforme as instruções da embalagem.

As folhas do buxinho são tóxicas, ao manusear e podar a

plantar é conveniente usar luvas.

Paisagismo:

Uma das plantas mais utilizadas em paisagismo, desde os

tempos antigos.

Nos jardins estilo francês e italiano, o buxinho sempre está

presente, na forma de cercas-vivas em sebes aparadas

formando desenhos geométricos perfeitos, em topiarias

lembrando formas animais e humanas e na tradicional

forma de bola, muito usada no paisagismo brasileiro.

É uma planta que resiste bem ao clima frio mas também

pode ser cultivada em climas mais quentes com sucesso.

Devemos cuidar, no entanto, ao projetar um jardim, em

não usar em excesso plantas topiadas.

Chama bastante a atenção uma planta topiada, mas focar a

atenção do jardim em somente suas formas é um erro

frequente.

Ela faz parte do jardim num conjunto harmônico,

elaborado e estudado para ser único e com foco de

interesse em uma planta estrutural, colorida ou mesmo

verde e que será a estrela do espaço.

Page 119: Guia definitivo do bonsaista

119

Produção comercial do Buxus:

É uma planta de fácil propagação. Usar ramos novos de

ponteiro, retirandose parcialmente as folhas da base,

deixando de 3 a 5 nós.

Colocar em substrato do tipo casca de arroz carbnizada,

areia misturada com composto orgânico ou vermiculita,

mantendo-se úmidade para facilitar o enraizamento.

Pode-se cobrir com plástico transparente e deixar à sombra

em cultivo protegido.

Quando notar emissão de folhas a estaca estará enraizada.

Colocar em recipiente para cultivo, podendo ser saco

plástico, vasinho ou balde mole.

O substrato de cultivo deverá ser uma mistura de

composto orgânico de folhas ou turfa, adubo animal de

curral bem curtido e areia, em partes iguais.

Após o plantio regar e por uma semana regar todos os dias

para garantir que a muda sobreviva.

Manter em cultivo protegido com sombremento de 50%

por pelo menos 6 meses.

caliandra

Page 120: Guia definitivo do bonsaista

120

Nome botanico:

Calliandra brevipes Benth.

Nomes Populares :

Caliandra, quebra-foice, esponjinha

Família :

Angiospermae – Família Mimosoideae

Origem:

Nativa brasileira

Descrição:

Planta arbustiva muito ramificada, de ramos finos e que

pode chegar a 1,0 m de altura se não controlado por

podas.

As folhas são compostas, paripinadas com folíolos bem

pequenos, dando às folhas o aspecto de uma pena de ave.

As flores são bem pequenas, com estames longos de cor

rosa, vermelho ou branco, reunidas em inflorescência.

Page 121: Guia definitivo do bonsaista

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A aparência da inflorescência é de um pompom.

Floresce da primavera ao fim do verão e pode ser

cultivada em todo o país.

Em regiões de calor mais ameno tem uma floração

abundante.

Modo de Cultivo:

É de fácil cultivo e necessita de sol, solo permeável e rico

em matéria orgânica.

Plantio:

Abrir uma cavidade maior que o torrão a ser plantado.

Fazer uma combinação de adubo animal curtido, cerca de

1 a 2 kg/muda com composto orgânico ou húmus de

minhoca e 100 gramas de farinha de ossos.

Colocar uma parte no fundo do buraco, acomodar o torrão

e completar com a mistura.

Regar bem.

Regar bastante nos próximos dias em que não chover e

depois espaçar as regas.

Propagação:

Para fazer a propagação da caliandra poderemos usar a

técnica da estaquia, com a retirada de ponteiros de ramos,

quando da poda de inverno.

Colocar em areia úmida ou casca de arroz carbonizada,

cobrindo com plástico até o enraizamento.

Notará que enraizou quando iniciar a emissão de folhas

novas.

Também poderemos usar o método das sementeiras,

recolhendo as sementes e colocando em terra comum de

canteiro misturada com areia, mantendo este substrato

úmido e coberto até a emergência.

Page 122: Guia definitivo do bonsaista

122

O transplante será feito quando a plantinha tiver umas 6

folhinhas.

Usar a mesma mistura recomendada para plantio,

colocando em vasos ou sacos de cultivo.

Paisagismo e uso decorativo:

É uma planta nativa, nos campos existem exemplares

espontâneos.

Seu uso como cerca - viva para propriedades rurais

encantou paisagistas que a trouxeram para a cidade para

ornamentar praças e parques públicos.

Na arborização de canteiros centrais em avenidas e nas

calçadas também é muito empregue.

Para jardins de condomínio, poderá ser colocada na

separação de ambientes e para áreas empresariais é bem-

vinda também, pois a única manutenção é alguma poda

anual no inverno para dimensionar seu tamanho.

A Camélia

Nome Técnico:

Camellia japonica L.

Sin.:Thea japonica (L.) Baill.

Nomes Populares :

Camelia

Família :

Angiospermae – Família Theaceae

Origem:

Originária da Ásia

Descrição:

Page 123: Guia definitivo do bonsaista

123

Planta arbustiva ou árvore de lento crescimento pode

atingir até 6,0 metros de altura, de folhagem perene, com

folhas ovais brilhantes e coriáceas de bordas denteadas.

As flores podem se apresentar inseridas nas axilas das

folhas, de formato simples ou com muitas pétalas, nas

cores branca, rosa, vermelha e variegadas de branco e

rosa.

O florescimento se inicia no outono e inverno ocorrendo

durante muitos meses.

Podem ser cultivadas em quase todo o país, menos em

lugares muito ao norte, de clima mais tropical.

Cultivo:

Local de plantio ensolarado, mas em regiões de sol muito

quente e forte pode ser cultivada à meia sombra.

O solo deve ser fértil, profundo e bem drenado com pH

entre neutro a levemente ácido.

Preparar a cova de plantio duas vezes o tamanho do

torrão.

Garantir a drenagem com areia de construção, misturando

no fundo com a terra.

Colocar adubo animal curtido de gado ou aves, cerca de 1

litro por muda de tamanho padrão ( altura de 1,20 a 1,80

m), misturando com composto orgânico.

Colocar a muda, soltando a terra das laterais do torrão para

melhor desenvolvimento das raízes.

Adicionar o composto orgânico até preencher o espaço,

apertar a terra junto da muda e regar.

Se a planta é proveniente de viveiro por vezes já vem com

tutor, senão poderá colocar um antes do plantio, fazendo

um amarrado em oito para não estrangular a planta.

Regar bem durante uma semana ou mais para que a muda

possa sobreviver.

Page 124: Guia definitivo do bonsaista

124

A melhor época de plantio é no final do outono ou na

estação das chuvas.

As adubações posteriores poderão ser feitas com a adição

de composto orgânico, adubo animal curtido e adubo

granulado NPK de formulação 4-14-8, antes da floração

do inverno e depois que diminuir a quantidade de flores e

a planta iniciar seu crescimento vegetativo.

Se estiver plantada no chão, fazer um pequeno valo ao

redor da projeção da copa da planta e colocar esta mistura,

regando a seguir.

Propagação e Mudas:

Para fazer mudas de camélia é preciso esperar a

primavera, quando a planta está crescendo.

Retirar pequenos ramos da ponta ou do meio e colocar

para enraizar em substrato tipo areia ou casca de arroz

carbonizada, mantidas úmidas e à sombra.

Os ramos da ponta produzem flores em 3 a 4 anos

enquanto os do meio levam mais tempo.

Usar hormônio de enraizamento para garantir a emissão

mais rápida de raízes, o que poderá ocorrer entre 6 a 12

semanas com temperaturas entre 12 e 20 ºC.

Ambiente e uso decorativo:

É uma planta que durante muito tempo ornamentou os

jardins.

Passou por um tempo esquecida mas agora está sendo

muito solicitada nos viveiristas.

Sua produção intensa e prolongada de flores é uma

garantia de cor em meio à folhagem verde dos jardins.

Page 125: Guia definitivo do bonsaista

125

O Hibisco da Síria

Nome Técnico:

Hibiscus syriacus

Nomes Populares :

Hibisco da Síria, rosa de Sharon

Família :

Família Malvaceae

Origem:

Originário da Ásia

Descrição:

Arbusto de crescimento rápido, forma colunar, muito

ramificado, com folhas escuras serrilhadas de forma

irregular e flores vistosas, de pétalas simples ou dobradas

ao longo dos ramos.

Encontram-se flores em branco, rosa, violeta e roxo,

produzindo sucessivas camadas de flores o ano todo.

Porte:

Seu tamanho pode pode atingir 3,0 m de altura.

Ambiente e uso decorativo:

Pode ser usado como cerca-viva, cortina de proteção

visual ou como planta mais alta em maciços de plantas

menores e outras formas.

Muito ornamental e de fácil manutenção.

Cultivo:

Em locais ensolarados, com solo de fertilidade média.

É necessária a adição anual de composto orgânico e regas

regulares.

Tolera regiões de clima frio mas sua floração mais

abundante é em lugares com clima de característica

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tropical.

Pode ser podado, caso seja usado como cerca-viva, quando

então a produção de flores diminui bastante.

Na ocasião pode ser feita estaquia dos ramos, retirando-se

parcialmente as folhas, as flores e os botões.

Colocar as estacas em areia de construção previamente

lavada e úmida até o completo enraizamento.

A distância entre plantas deve ser de 0,50 m para cerca-

viva, seja de ornamentação ou cortina vegetal.

Gardenia jasminoides J. Ellis

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Nomes Populares :

gardênia, jasmim do cabo

Família :

Família Rubiaceae

Origem:

Originário da China.

Descrição:

Arbusto de médio porte, até 2,0m de altura, forma

arredondada, folhas coriáceas e brilhantes na página de

cima.

Flores grandes, brancas e perfumadas, principalmente no

fim da tarde.

Florescimento na primavera.

Page 128: Guia definitivo do bonsaista

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Pode ser cultivado em qualquer tipo de clima, mas floresce

mais abundantemente em climas temperados.

Modo de cultivo:

Necessita sol e solo fértil, composição mais ácida e bem

drenado.

A adição de composto orgânico com cascas de árvores

decompostas no plantio e adubação com adubo granulado

fórmula NPK 10-10-10 no meio do outono garantirá uma

floração esplêndida na primavera.

Seu crescimento pode ser controlado por podas, feitos no

final do verão, para não prejudicar a floração.

Pode ser cultivado em vasos, desde que sejam grandes.

Paisagismo:

Usado para composição de conjuntos verdes ou com

folhagens variegadas como o Cróton(Codieum), garantem

um efeito ornamental muito bonito.

Pessoas alérgicas podem ter problemas, então não se

recomenda o plantio junto a dormitórios.

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AMOREIRA

Ficha técnica:

Nomes Comuns: Amoreira Branca e Amoreira Negra

Nome cientifico: Morus Alba e Morus nigra

Origem: Ásia

Família: Moraceae

Factos Históricos: A amoreira branca cultiva-se desde a

antiguidade (à 4000 anos), para alimentar os bichos-da-

seda com as suas folhas. Foi introduzida na Europa pelos

Gregos e Romanos, presumivelmente trazida da Pérsia.

Descrição: Árvore de crescimento lento que pode alcançar

os 6-14 m de altura. A copa da árvore é muito densa e tem

folha caduca.

Page 130: Guia definitivo do bonsaista

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Polinização/fecundação: As flores, masculinas e femininas

encontra-se na mesma árvore (autofertil), não sendo

necessário mais de uma árvore para ter frutos. A floração

ocorre no Fim do Inverno-Primavera.

Ciclo Biológico: Espécie que pode durar entre 75-200

anos e frutifica no 8-10º ano, tendo o seu máximo

produtivo entre o 20-25 anos de vida.

Variedades mais cultivadas: “Bellaire”, “Chaparral”,

“Hempton”, “Stribling” e “Urban” (Amoreira branca);

“Black Persian”, “Kaester”, “Riviera”, “Russian”,

“Shangi-La” e “Wellington”, “Chelsea” (negra ou

vermelho escuro) e “Collier” (roxa).

Parte Comestível: O fruto, que tem o comprimento de 3-4

cm.

Condições Ambientais

Tipo de Clima: Temperado quente, subtropical e tropical.

Solo: Prefere solos profundos, ricos, quentes, soltos, de

natureza calcárea-argilosa e permeáveis. O pH deve situar-

se entre os 5,5-7,0.

Temperaturas: Ótimas: 20-25ºC Min: -10 ºC Max: 30ºC

Morte da planta: -29ºC

Exposição Solar: Sol pleno ou parcial.

Ventos: Muito sensível a ventos fortes

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Altitude: 0-2000 m

Quantidade de água: Tolerante à seca

Fertilização

Exigências nutritivas: 1:1:1 (azoto: fósforo: potássio)

Adubação: Com estrume de cavalo, peru ou porco e

composto.

Adubo Verde: Centeio, mostarda branca e fava.

Preparação do solo: Lavrar o solo superficialmente

(máximo de15cm de profundidade) com uma ferramenta

do tipo “actisol” ou uma fresa.

Minhas experiências com a amoreira na arte do bonsai:

Rega: O ideal é manter ela sempre bem regada com um

substrato bem drenante. Fiz o teste com uma muda e

mantive ela em condições de enxarcamento, respondeu

bem, soltou uma verdadeira cabeleira de raízes.

Substrato: Sobrevive com qualquer substrato. Para bonsai,

recomendo

Citação:

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40+20+20+20:

40 % de areia grossa (de construção mesmo)

20% de cacos de tijolo na medida de 5mm

20% de pedriscos (aqueles peneirados da areia grossa)

20% de esterco bovino curtido. Lembre-se que deve ser

bem curtido para que nao queime as raízes.

Desfolha: Aceita bem a desfolha total e parcial.

Recomendo nao cortar a folha com o pecíolo junto (o talo

da folha). Corte a folha bem rente ao fim do pecíolo. Para

cada pecíolo que ficar, entre ele e o galho, irá brotar um

novo galho.

Podas: Não trabalhei muito com podas. Porém ela aceita

numa boa. Poda radical e parcial.