Guia do Estudante 2014

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FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE ALTO NÍVEL Centro de Tecnologia SENAI Automação e Simulação

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Formação proFissional de

alto nívelCentro de tecnologia senai automação e simulação

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www.ibp.org.br | [email protected] | Tel: +55(21) 2112-9029

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Sumário Suplemento eSpecial – Sexta edição, 09/2014Foto: antonio Batalha, Firjan

o Brasil

incubadoras de empresas atuam em todo o país

senai-rJ oferece formação profissional de alto nível

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no contexto energético mundial

12 deBate Combustíveis fósseis na matriz energética brasileira

16 Comitê Jovem do iBp atua para renovar o setor

Matriz energética

CTS Automação e Simulação

Empreendedorismo à flor da pele

03 Entrevista com Jaime Naveiro – O sucesso se constrói em bases sólidas

11 Novos empregos: dois milhões de pessoas em sete anos

15 Asap Recruiters: Horizonte promissor

30 Principais incubadoras no Brasil

31 Evento: PUC-Rio promove pela primeira vez a Mostra PUC Online

32 Perfil profissional: Herbert Senzano Lopes – A química do sucesso

35 Oportunidades

36 Shell abre inscrição para Programa de Estágio

38 Chemtech aposta em capacitação no exterior

39 SAS entre as melhores empresas para se trabalhar

39 Petrobras Distribuidora: Inscrições abertas

40 Wärtsilä bom para se trabalhar

41 Prominp inova e lança banco de currículos online

43 Economia do Petróleo e Gás: MBA na UFRJ

45 ENG e Dassault Systèmes: Parceria para o mercado acadêmico

46 Universal Robots: Robótica é diferencial na formação de novos profissionais

48 Cursos (graduação e pós-graduação)

50 Artigo especial: Venha trabalhar conosco, por Alberto Machado Neto

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o futuro de sua carreira passa por aqui

Editorial

Rua Buenos Aires, 2/406, Centro CEP 20070 022 – Rio de Janeiro – RJ – BrasilTel/fax: 55 21 [email protected]

DIRETOR EXECUTIVOBenício Biz - [email protected]

DIRETORA DE COMUNICAçãOLia Medeiros (21 98241-1133)[email protected]

EDITORABeatriz Cardoso (21 99617-2360)[email protected]

EDITOR DE ARTE, CULTURA E GASTRONOMIAOrlando Santos (21 99491-5468)

REPÓRTERFelipe Salgado (21 98247-8897) [email protected] Albuquerque mehane@@tnsustentavel.com.brVitor Abramo [email protected]

RELAçÕES INTERNACIONAISDagmar Brasilio (21 99361-2876) [email protected]

DESIGN GRÁFICOBenício Biz (21 99194-5172)[email protected]

PRODUçãO GRÁFICA E WEBMASTERFabiano Reis (21 2224-1349)[email protected]ércio Lourenço (21 2224-1349)[email protected]ãOSonia Cardoso (21 3502-5659)[email protected]

DEPARTAMENTO COMERCIALJosé Arteiro (21 99163-4344)[email protected]

Rodrigo Matias (21 2224-1349)[email protected]

Luiz Felipe Pinaud (21 99841-9638) [email protected]: (21) [email protected]

CTP e IMPRESSÃO: Walprint Gráfica

DISTRIBUIçãO Benício Biz Editores Associados Os artigos assinados são de total responsabilida-de dos autores, não representando, necessa-riamente, a opinião dos editores. O Guia do Estudante TN Petróleo é dirigida a estudantes de nível técnico e superior.

ChEGAMOS A MAiS UMA edição do Guia do Estudante. E desta vez com a missão de conter informações para um público muito especial, os estudantes do Programa Profissional do Futuro, criado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), em 2002, para atender a demanda de integração desses jovens no mercado de trabalho.

A iniciativa de publicar o Guia, em parceria com o Senai, faz parte de várias iniciativas do IBP, todas apontadas aqui, para aumentar a participação do público jovem no setor, que de forma entusiasmada e comprometida vem ajudando a desenhar um futuro promissor para a nossa indústria.

E foi apostando nesse futuro que o entrevistado de capa Jaime Naveiro in-vestiu fortemente em sua formação profissional. Ele nos fala sobre os desafios, as oportunidades, a dedicação e o comprometimento necessários para trilhar uma carreira de sucesso no Brasil.

E oportunidade para galgar uma carreira de sucesso não vai faltar aos jovens leitores! Segundo projeção da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo) o setor de petróleo e gás deve contratar mais de dois milhões de pessoas nos próximos sete anos para atender à demanda de bens e serviços. A maior parte das vagas estará concentrada em empresas fornecedoras e subfornecedoras.

Aumento de oportunidades implica necessidade de capacitação e o Senai- RJ, que reúne teoria e prática em laboratórios de última geração como o CTS Automação e Simulação em Benfica, está pronto para receber essa demanda.

Sendo assim, informação e notícias boas não faltam nessa edição, que ainda traz relação de cursos, vagas de estágio, programas de trainee e até o exemplo de um campeão: Herbert Senzano Lopes, 28 anos, acaba de receber o prêmio internacional do UniSim® Design Challenge, no desafio promovido pela Honneywell Users Group, o maior evento da empresa nas Américas para clientes na área de automação e de processos, realizado na cidade de San Antonio, no Texas (EUA). Ele foi o primeiro brasileiro a ganhar esse prêmio.

Agora, é só colocar mãos à obra, estudando, se aprimorando, pesqui-sando sempre e nunca perdendo de vista que o esforço e a dedicação cami-nham juntos com as características do profissional que você quer ser. Fatores como ética, respeito às diversidades e companheirismo verdadeiro, irão fazer com certeza a diferença na hora de uma contratação. Nunca esqueça disso! E, assim, quem sabe, você será o nosso próximo Perfil de campeão!

Boa leitura, boa sorte e até a próxima edição.

Lia Medeiros, diretora de Comunicação

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basessólidas

Entrevista exclusiva

o sucesso se constrói em

Pode até parecer óbvio, mas é bom enfatizar

que, na opinião do engenheiro de petróleo Jaime

naveiro, 32 anos, a formação sólida, contínua e

aprimorada é crucial para o sucesso profissional

em qualquer mercado. Sobretudo em setores

de uso intensivo de tecnologia e que demandam

inovação constante, como é o caso da indústria

de petróleo e gás. Por Felipe Salgado

O que explica, em parte, a tra-jetória deste engenheiro industrial que em 2008, aos 26 anos, junto com dois colegas, ganhou o cobi-çado prêmio Best Young Author, no World Petroleum Congress (WPC), ao usar a teoria dos jogos para cal-cular os poderes de barganha de cada ator no mercado mundial de óleo e gás, dentro de uma nova geopolítica do setor.

Vice-presidente do Comitê Jo-vem do WPC, Naveiro é gerente do módulo Sul do campo Sapinhoá, um dos principais produtores desta nova fronteira e que utiliza a tecno-logia BSR (boia de sustentação de risers) em um sistema pioneiro que

viabiliza o uso, de dutos rígidos de aço em grandes profundidades em partes do projeto. Nessa entrevista ao Guia do estudante, Jaime fala sobre os desafios, as oportunida-des, a dedicação e o comprometi-mento dele com o setor de óleo e gás e garante que vale a pena fazer parte dessa indústria.

Guia do Estudante – como você descobriu essa ‘vocação’ para o setor de óleo e gás?

Jaime Naveiro – Ingressei na Petrobras pelo interesse no setor de óleo e gás que havia sido des-pertado pela minha experiência profissional anterior. Na época

estava na dúvida se ingressava em um mestrado logo após a gra-duação. Em paralelo, investiguei um pouco sobre a empresa com a rede de contatos que possuía na época, e julguei que seria um bom lugar para trabalhar e que valeria a pena fazer a troca.

Foi a vocação que o levou para esse mercado?

A verdade é que, quando entrei, não possuía um interesse profissio-nal específico. E sinceramente, acho que nem é preciso. Acho que nesse período é importante concentrar os esforços na obtenção de uma boa formação acadêmica, que lhe per-

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mita abrir portas para os próximos passos, assim que o aluno obtiver informações sobre as alternativas profissionais disponíveis para ele. Meu primeiro estágio foi na própria faculdade, como iniciação científi-ca com um grupo de professores, chamado GPI (2001). Depois, tra-balhei um período em uma fábrica de brinquedos, com organização da produção, gestão de estoques, planejamento de tarefas (2002). Em seguida, estagiei na Accenture, con-sultoria multidisciplinar (2003-2005). Fui alocado no setor de óleo e gás, participando de projetos diversos, nas áreas de logística, financeira e comercial dos clientes.

Na petrobras, onde você tra-balhou inicialmente?

Iniciei minha carreira na Petro-bras trabalhando na área Interna-cional da companhia. Nosso escopo era identificar novas oportunidades de negócio de E&P (Exploração e Produção) para a empresa no ex-terior e negociar com os potenciais parceiros. Dessa forma, era parte do nosso trabalho ir a países com interesse estratégico da Petrobras, em especial aos da costa oeste afri-cana, pela similaridade geológica com o Brasil. Lembro das primeiras viagens ao Congo e Guiné Equato-rial, lugares onde prospectávamos oportunidades de negócio para a companhia. Era desafiante, não só pela tarefa a ser desempenhada, mas principalmente pelo ambien-te de negócio e a necessidade de preparo. Uma oportunidade única de desenvolvimento profissional, relacionamentos e exposição ao corpo gerencial da empresa.

qual projeto você considera emblemático em seu aprendi-zado na petroleira?

O primeiro projeto de que participei mais ativamente foi a concepção do módulo de Lula Nor-deste, parte integrante do campo de petróleo de Lula. Tratava-se da segunda unidade de produção que seria instalada no campo, e o projeto possuía diversos desafios, por ser inovador em várias disci-plinas técnicas, como engenharia de reservatórios, poços, submari-na e processamento. Além disso, tínhamos incertezas – devido ao conhecimento da época ainda inci-piente sobre o pré-sal – e o desafio era maior ainda pelo prazo que tí-nhamos para realizar as atividades. Foi um aprendizado ímpar, sendo determinante na minha formação enquanto engenheiro. Hoje em dia este projeto já está em fase avan-çada de implementação, com a unidade já em produção.

quais foram as lições tiradas das dificuldades e oportunidades em sua carreira profissional?

Acredito muito na figura do mentor e da importância de bons direcionamentos que profissionais mais experientes podem fazer para jovens iniciantes. Sem dúvida foi decisivo para mim. Hoje em dia, tento exercer um pouco este pa-pel dentro da minha área atual, na medida do possível. Na época da Accenture, havia uma formalização desse papel dentro da companhia e me lembro até hoje de algumas lições que me foram úteis, como os benefícios de desenvolver e culti-var a sua própria rede de contatos

profissionais, sobre os benefícios de mudanças de tarefas/áreas para complementar o desenvolvimento de um jovem profissional.

e na petrobras: também houve pessoas estratégicas para sua formação?

Na Petrobras, tive um mentor informal, porém muito atuante, nos dois primeiros anos de empresa. Algumas dicas, como, por exem-plo, buscar, propositadamente, situações mais difíceis e exigen-tes, pois são nelas que há maior oportunidade de destacar-se, e também a valorização da forma-ção continuada (pós-graduação, mestrado), como forma de comple-mentar conhecimentos utilizados nas tarefas diárias, porém que não temos tempo no dia a dia profissio-nal para estudar em profundidade a teoria por trás... foram questões que incorporei na minha aborda-gem para a carreira.

a especialização em engenharia de petróleo e Gás foi um pro-cesso contínuo de formação?

Diria que foi um processo natu-ral, como engenheiro na Petrobras, atuando no segmento de Explo-ração e Produção. São poucos os profissionais com graduação em engenharia de petróleo, pelo curso ser relativamente novo no Brasil. Portanto, acredito ser interessante, para aqueles que trabalham no se-tor, buscarem uma especialização técnica que complemente a gradu-ação generalista que realizamos e correlacione alguns conceitos gerais com o que é aplicado na indústria do petróleo.

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essa vivência acadêmica foi muito diferente da graduação?

Fiz mestrado em Engenharia de Petróleo e Gás na PUC-Rio, concluído em 2012. A experiência de retornar à faculdade, dez anos após meu ingresso na graduação na UFRJ, foi muito benéfico. Minha dissertação abordou a análise dos impactos da presença de CO2 no desenvolvimento da produção em campos offshore, um tema relativamente novo, mas com aplicabilidade direta com o que a Petrobras está realizando no pré-sal, onde a presença de di-óxido de carbono no gás produ-zido é frequente. Pela presença do contaminante, uma série de alterações e especificidades deve ser considerada em um projeto de petróleo, como seleção de materiais, especificação de equi-pamentos, inclusão de módulos específicos para separação deste CO2 do restante do gás produzi-do, permitindo sua reinjeção no reservatório para garantir a não emissão deste gás na atmosfera.

De que forma a experiência fora do país alargou seus ho-rizontes?

Morei em 1993-1994 com meu irmão e meus pais na Carolina do Norte, EUA, quando os mesmos foram trabalhar lá na época. Ti-nha 11-12 anos e além de ótima experiência e recordações – aliás, essa experiência me deixou com um inglês ótimo. Depois, morei um ano em Paris durante a faculdade – outra experiência fantástica. Gosto muito desta experiência trazida por uma viagem a uma cultura diferen-

te. Ao ingressar na Petrobras tive a oportunidade de viajar para alguns países africanos, como parte do meu trabalho, inclusive morando três meses por lá, e foi muito en-riquecedor.

em sua visão, qual a perspec-tiva da indústria de petróleo e gás para o futuro?

As perspectivas são excelen-tes para os jovens, tanto os que já estão no setor, quanto os que têm interesse em entrar! Com a descoberta e desenvolvimento das jazidas do pré-sal, a Petrobras conjuntamente com seus parcei-ros nos blocos, estão investindo somas multibilionárias em projetos de produção de óleo e gás, e com

alto conteúdo local. Este montante acaba se desdobrando pela cadeia de valor, desde fornecedores dire-tos, como estaleiros, fabricantes de equipamentos submarinos, presta-dores de serviços especializados até seus subfornecedores, envol-vendo fabricantes de válvulas, com-pressores, bombas, motores, vasos, dutos, instrumentação e forjados.

e a petrobras?Sobre a importância da empre-

sa para o país, ela é enorme, talvez até difícil de explicitar aqui. Estão previstos investimentos multibi-lionários nos próximos anos para desenvolver as descobertas feitas recentemente. Estes investimentos possuem alto teor de conteúdo lo-cal, possuindo um efeito multiplica-dor ao longo da cadeia de valor da produção. A participação do setor no PIB já subiu de 5% em 2005 para mais de 10% atualmente, com tendência de aumentar, devido aos investimentos nos próximos anos.

quais são os projetos que você desenvolve como gerente de projetos na produção do pré-sal?

Atuo como gerente do proje-to piloto de Sapinhoá – segundo campo a entrar em operação no polo pré-sal da Bacia de Santos, há cerca de dois anos, em janeiro de 2013. Um projeto deste porte é fruto do trabalho de milhares de pessoas em inúmeras atividades, incluindo equipes no escritório e frentes operacionais. Meu traba-lho possui dois focos principais: primeiro, controlar o avanço físico e financeiro do projeto, atuando pró-ativamente nos itens críticos

FIz MESTRADO EM ENGE-NHARIA DE PETRÓLEO E GÁS NA PUC-RIO, CONCLUíDO EM 2012. A EXPERIêNCIA DE RE-TORNAR à FACULDADE, DEz ANOS APÓS MEU INGRESSO NA GRADUAçãO NA UFRJ, FOI MUITO BENéFICO. MINHA DISSERTAçãO ABORDOU A ANÁLISE DOS IMPACTOS DA PRESENçA DE CO2 NO DE-SENVOLVIMENTO DA PRODU-çãO EM CAMPOS OFFSHORE, UM TEMA RELATIVAMENTE NOVO, MAS COM APLICABILI-DADE DIRETA COM O qUE A PETROBRAS ESTÁ REALIzANDO NO PRé-SAL.

Entrevista exclusiva

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de modo a cumprirmos nossas metas e compromissos estabe-lecidos com a alta administração da companhia; depois, monitorar as interfaces entre as disciplinas técnicas de engenharia (reserva-tórios, poços, submarino, naval, processo) e garantir o alinhamento entre as mesmas. Há um provérbio que parafraseamos e fazemos uso com frequência: o diabo mora nos detalhes e nas interfaces!

Sobre a premiação Best Young author, qual foi o projeto ven-cedor?

Recebi este prêmio em 2008, junto com dois outros colegas, no World Petroleum Congress. Ganha-mos na categoria de Melhor Artigo de um Jovem Autor até 35 anos. A geopolítica da época assinalava uma crise de fornecimento de gás na América do Sul, com naciona-lização de empresas na Bolívia e cortes de suprimento pela Ar-gentina. Elaboramos uma análise utilizando conceito de teoria dos jogos para calcular os poderes de barganha de cada ator no mercado, identificando quais ações e estra-tégias poderiam ser feitas capazes de alterar o jogo de poder entre os países.

e como foi receber o prêmio?Não tínhamos pretensão de

ganhar nenhum prêmio, então quando recebi a ligação do comitê organizador do congresso com a notícia, fiquei em estado de cho-que. Lembro até hoje daquele mo-mento, de felicidade absoluta. A questão ganhou uma proporção ainda maior, já que a premiação foi

entregue pelo rei da Espanha, Juan Carlos. Em termos de honra, além de satisfação pessoal enorme, me marcou muito também a emoção da minha família, em especial a minha tia-avó, filha de imigrantes espanhóis (Naveiro é espanhol, vem de meu bisavô). Temos família lá até hoje. Então, uma família que emigrou do seu país em direção ao Brasil, para montar a vida do zero, e ter um descendente voltando para receber um prêmio das mãos do Rei, foi algo que mexeu muito com todos nós. Quanto à importância para a carreira, ele me tornou re-lativamente conhecido dentro da Petrobras, aumentando minha rede de contatos na companhia, e serviu como uma estampa de qualidade profissional, pois sabiam que eu era capaz de realizar um trabalho de boa qualidade.

que conselhos você daria para um jovem engenheiro que de-seja ingressar no mercado de trabalho e na mesma especia-lização acadêmica?

A indústria do petróleo é in-ternacional em vários aspectos. Além da presença do recurso natural em diversos países no mundo, as empresas atuantes no setor têm presença global. Assim, diria que um jovem engenheiro deve fazer uso desta caracterís-tica, aproveitando oportunidades que o levem a interagir com pro-fissionais de outras culturas, es-tejam eles trabalhando no Brasil ou mesmo do jovem engenheiro que esteja realizando tarefas no exterior. Esta formação interna-cional abre não apenas horizon-

tes culturais, como aprimora a postura profissional, promove a integração entre os povos, e leva a melhor aprimoramento técnico do engenheiro, pois se aproveita os melhores ensinamentos destas experiências para desenvolver trabalhos no Brasil. Outras dicas que gostaria de frisar podem parecer comuns, mas dou mui-to valor a elas: é sempre impor-tante fazer um trabalho de boa qualidade, isso é pré-requisito para tudo! Projetos de engenharia são multidisciplinares (mesmo dentro da engenharia). Portanto, a curiosidade pelo trabalho do próximo significa um engenheiro mais atento às interfaces, que é geralmente onde ocorrem os problemas em um projeto.

que outros atributos são indis-pensáveis para se ter sucesso na carreira escolhida?

Também acredito na capaci-dade que os jovens têm de fazer muitas coisas ao mesmo tempo e numa velocidade bem rápida, o que é ótimo. Acaba que essa ca-racterística às vezes se traduz em querer carreiras rápidas também. Contudo, muitas vezes não é pos-sível pular etapas em carreiras na engenharia, pois são necessários certos prazos para adquirir a ex-periência suficiente para atingir o próximo nível. O que é comum em todas as carreiras de sucesso, acredito eu, independentemente do setor, é um nível de dedicação alto e comprometimento com as metas estabelecidas. Adquirir uma base sólida é precondição para uma carreira de sucesso.

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em traBalhO iNtitulaDO “O Brasil no contexto energé-tico mundial”, realizado para o Núcleo de Análise Interdiscipli-nar de Políticas e Estratégias da USP, o professor altino Ventura Filho, secretário de Planejamento e Desenvolvi-mento Energético do Ministério de Minas e Energia, inicia seu relato lembrando que diver-sas organizações e entidades nacionais e internacionais que desenvolvem estudos referen-tes à evolução da matriz de energia mundial, contemplan-do o horizonte de médio prazo, até o ano 2030.

De acordo com o estudo, não ocorrerão modificações significativas quanto às par-ticipações das fontes ener-géticas no suprimento das demandas mundiais. A oferta de energia estará, majoritaria-mente neste horizonte, base-ada nos combustíveis fósseis e de forma complementar com reduzida participação de fontes renováveis.

Para a constituição da ma-triz de energia mundial nesse período a participação dos com-bustíveis fósseis será de 83%, em 2030, diante do valor de 85%, em 2010, resultando numa elevação, em valores absolutos, do consumo destes energéticos, no período; e a expectativa é de que a participação das fontes renováveis cresça de 9% para 11%, nestes anos.

O consumo energético mun-dial, nos próximos 20/30 anos, terá um crescimento, com ta-

xas anuais médias, no patamar de cerca de 2%. Nos próximos 20/30 anos, por outro lado, não existem fontes energé-ticas distintas dos combustí-

veis fósseis, com dispo-nibilidades suficientes, tecnologias desenvolvidas, competitivi-dades favorá-

veis e viabilidade ambiental comprovada, para substituir quantitativamente, de forma significativa e estes energé-ticos, no suprimento das de-mandas mundiais por energia.

Assim, o mundo nos próxi-mos 20/30 anos, provavelmen-te, continuará baseando seu suprimento energético nas fon-tes não renováveis de energia, em particular, nos combustí-veis fósseis. A participação das fontes energéticas renováveis, neste contexto, será com per-centuais reduzidos na faixa de apenas 10% a 15%. Entre 1980 e 2008 o Brasil apresentou uma matriz de energia distinta da correspondente mundial, com grande presença de fon-tes renováveis, em particular, a agroenergia (derivados da cana-de-açúcar, lenha e carvão vegetal) e a hidroeletricidade.

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O programa da agroenergia foi iniciado em meados da dé-cada de 1970, com o Pro-Álco-ol. Este programa foi concebi-do como uma alternativa para reduzir a dependência do país

do petróleo importado, que representava na época cer-ca de 80% das necessidades nacionais. O projeto de produ-ção e utilização do etanol e da biomassa, na forma de bagaço

da cana-de-açúcar, tem um programa energético com via-bilidade técnica, econômica e ambiental comprovada.

A experiência brasileira com o etanol é a única, em ter-mos mundiais, de grande porte relacionada com a viabilização de uma fonte energética pri-mária renovável, de combustí-veis líquidos não derivados de petróleo, com baixa emissão de gases de efeito estufa. Além do emprego do etanol, no setor de transporte, substituindo a gasolina em veículos leves, o bagaço da cana-de-açúcar é di-recionado para a produção de energia. Esta se dá na forma de calor e eletricidade, num processo eficiente de cogera-ção, na indústria do açúcar e do álcool, com excedentes su-pridos ao sistema elétrico, em condições competitivas com os custos marginais de expansão do sistema gerador nacional.

Nos últimos 30 anos, a matriz de energia nacional, ao contrário do mundo, passou por modificações importantes quan-to à utilização das distintas fon-tes energéticas. Assim, além de manter a participação elevada das fontes renováveis, provocou uma redução significativa da lenha e do carvão vegetal (de 27% para 11%), com aumen-to de eficiência e benefícios ambientais. A participação dos derivados da cana-de-açúcar, por outro lado, dobrou no perío-do, evoluindo de 8% para 16%. A hidroeletricidade também foi priorizada, alcançando a partici-

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Matriz de Energia BrasileiraParticipação das diferentes fontes (%) – Ano 2030

Oferta 2030 | Total: 557 milões tep* | Renováveis: 259 milhões tep (46,5%)Fonte: PNE 2030 e MEN 2030

*Tonelada equivalente de petróleo (tep) é uma unidade de energia definida como o calor libertado na combustão de uma tonelada de petróleo cru, aproximadamente 42 gigajoules. Como o valor calórico do petróleo cru depende de sua exata composição química, que admite bastante variação, o valor exato da tep deve ser definido por convenção.

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pação elevada de 14%, evento único no mundo.

A participação atual dos combustíveis fósseis, na matriz de energia nacional, é de 53% (37% do petróleo e derivados, 10% do gás natural e 6% do carvão mineral), que o compa-rado com o valor mundial de 82% revela a grande vantagem do Brasil, que se posiciona com uma menor dependência des-tes energéticos não renováveis.

O consumo dos mesmos, em valores absolutos, evoluiu de 62,4 milhões de tep (tone-lada equivalente de petróleo: uma unidade de energia defi-nida como o calor libertado na combustão de uma tonelada de petróleo cru) para 133,6 milhões de tep, no período 1980/2008, taxa anual média de crescimento de 2,8%, idêntica à da oferta de energia. A principal fonte energé-tica no Brasil, em termos quan-titativos, é o petróleo e seus deri-vados, como ocorre, em geral, na maioria dos países do mundo; a segunda é a de derivados da cana-de-açúcar e a terceira, a da hidroeletricidade, e estas duas últimas renováveis, algo que não ocorre em nenhum outro país de certo porte do mundo.

Com relação aos recursos energéticos, o Brasil encontra-se numa situação muito favo-rável, pois dispõe de todas as fontes energéticas primárias, com grandes disponibilidades quando comparadas com as demandas energéticas, no longo prazo. O grande desafio do setor energético é viabilizar

a sua expansão física, devido aos elevados investimentos públicos e privados necessá-rios à implantação dos em-preendimentos, que são de alta capitalização e com longo prazo de maturação.

De acordo com o estudo,

para que esta expansão se efetive, de forma sustentada, com a oferta acompanhando o crescimento do consumo energético, é fundamental, entre outras prioridades, se dispor de um modelo institu-cional do setor energético.

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Fonte: Agência Internacional de Energia e Balanço Energético Nacional

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dois milhões de pessoas em sete anosO SetOr De petróleO e gás deve contratar mais de dois milhões de pessoas nos próximos sete anos para atender à demanda de bens e serviços, segundo projeção da Onip (Organização Nacional da Indústria do Petróleo). A maior parte das vagas estará concen-trada em empresas fornecedo-ras e subfornecedoras.

Também serão criadas outras vagas. Desde 2011 a in-dústria admitiu cerca de 37 mil pessoas e desenvolveu progra-mas de formação de recursos humanos para o setor, em parceria com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Na-tural e Biocombustíveis). Além dos programas mantidos pela iniciativa privada já citado, estão o programa Ciência Sem Fronteiras e o Programa Petro-bras de Formação de Recursos Humanos (PFRH).

O Ciência Sem Fronteiras oferece recursos para a partici-pação de alunos de graduação e doutorado que tenham inte-resse em estudar no exterior temas relacionados à tecno-logia e à inovação. Nele são selecionadas algumas linhas específicas para investir: entre elas estão energias renováveis e ciências do mar.

Já o PFRH investe em bol-

sas de estudo no Brasil para estudantes de níveis técnico e superior (graduação, mestrado e doutorado), coordenadores e pesquisadores visitantes do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, assim como em melhorias nas condições de ensino e infraestrutura nas instituições parceiras.

A isso se somam os inves-timentos em iniciativas como o Programa de Mobilização da Indústria de Petróleo e Gás Natural (Prominp), criado pelo Governo Federal em 2003 em articulação com empresas da área. Somos a principal finan-ciadora dos cursos de qualifi-cação gratuitos do programa. Dentro do Prominp, há diversas iniciativas de qualificação de pessoal técnico para trabalhar na indústria do petróleo. Para o biênio 2014-2015 estão pre-vistas mais de 17 mil qualifica-ções nos cursos.

Outro programa vital na formação de mão de obra bra-sileira é o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). Aproxima-damente 4,6 milhões de pes-soas foram beneficiadas pela iniciativa, em mais de 3.200 cidades e munícipios de todo o Brasil. A meta de investimento do governo é de R$ 14 bilhões

até o final de 2014, para che-gar a marca de oito milhões de alunos matriculados em cursos técnicos profissionalizantes, em mais de 400 áreas de co-nhecimento.

Alunos dos cursos profis-sionalizantes coordenados pelo Prominp têm no Portal de Qualificação uma vitrine para seus currículos. Empresas da cadeia de petróleo cadastradas no portal, que sejam nossas fornecedoras e subfornecedo-ras, podem utilizar o site para selecionar profissionais egres-sos do Prominp com formação compatível com a necessidade específica de contratação. Até o momento, mais de 94 mil foram qualificados em 17 es-tados, em 185 categorias que exigem nível básico, médio ou técnico de escolaridade.

Setor de petróleo e gás no Brasil

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participaNteS De receN-te eNcONtrO organizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) no auditório do Ipea, no Rio de Janeiro, discutiram as formas de exploração de novas fontes de energia renováveis e não renováveis no Brasil. O adven-to do pré-sal, o setor energéti-co no Brasil vem passando por grandes transformações na última década.

O seminário reuniu per-sonalidades que atuam no sistema energético do país para apresentação do estu-do “O potencial dos recursos fósseis na matriz energética brasileira”, desenvolvido pela Coppe/UFRJ a pedido da SAE/PR. Na ocasião, a secretária-executiva da SAE, Suzana Dieckmann, ressaltou que “o assunto é absolutamente estratégico. Nosso objeti-vo é subsidiar o aperfei-çoamento e a criação de políticas públicas para o setor de energia, além de promover o debate sobre esse tema tão relevante.”

O estudo produzido pela parceria entre SAE e Coppe é o primeiro de três trabalhos cujo objetivo principal é observar a Matriz Energética Brasileira até 2050 e analisar como ela pode ser impactada por variáveis como, por exemplo, a taxação

de carbono. Segundo roberto Schaeffer, um dos autores do

documento, “a evolução do sistema ener-gético brasi-leiro até 2030 parece indicar um cenário de abundância de

recursos convencionais e de manutenção do sistema atual, com modificações incremen-tais. A partir de 2035, esse sistema deve se modificar substancialmente.”

De acordo com o diretor da Agência Nacional do Petróleo,

Gás Natural e Biocombus-tíveis (ANP), helder quei-roz, “atual-mente, a gran-de dificuldade é entender o

processo de transição energé-tica. O desafio é perceber se o gás não convencional terá um papel durável, se as novas tec-nologias do transporte automo-tivo serão relevantes e se as novas tecnologias no setor de geração elétrica poderão ser viabilizadas economicamente num prazo de 15 a 20 anos. Essa transição não é, portanto, somente das fontes de energia, mas certamente dos objetivos do nosso sistema energético.”

O estudo aponta três cená-rios possíveis para as últimas reservas recuperáveis do pós-sal: o conservador P95, que, debitando o que já foi produ-

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zido até o momento, aponta a possibilidade de pelo menos 95% das reservas brasileiras produzirem, no mínimo, 29 bilhões de barris de petróleo; o intermediário P50, com 50% de chance de as reservas gerarem 47 bilhões de barris; e o oti-mista P5, com 5% de probabili-dade de a reserva atual ser de 106 bilhões barris de petróleo.

“Na estimativa mais con-servadora, a P95, chegaremos ao pico de produção em torno de 2015; na mais razoável, o topo será em 2023. Já na P5, o pico ocorrerá próximo ao ano de 2040. Isso significa claramente que passaremos pelo ápice de produção de óleo antes de 2050”. No caso do pré-sal, foram feitas estimati-vas de 30, 50 e 100 bilhões de barris de petróleo. Os resulta-dos sinalizam um grande salto no valor de produção, sendo o pico mais conservador alcan-çado em torno de 2029, o mais razoável em 2035 e o mais otimista em 2040.

“O que chama a atenção é que, mesmo na estimativa mais negativa, o Brasil chegará a 2030 beirando a produção

de cinco milhões de barris de petróleo por dia, número impressionantemente grande, já que apenas três países no mundo (Estados Unidos, Rússia e Arábia Saudita) produzem mais do que isso”, destacou Schaeffer.

A produção e a monetiza-ção de gás natural conven-cional e não convencional, a disponibilidade de recursos hídricos, a produção do shale gas e da energia solar tam-bém foram temas abordados pelo pesquisador. “Boa parte da viabilização da energia solar no país se dará pelo uso

dos telhados para a geração distribuída nas residências. Há um potencial enorme nesse sentido. Acredito que con-seguiremos simular a Matriz Energética Brasileira até 2050, quando todas as peças forem colocadas no tabuleiro”, con-cluiu Schaeffer.

Também participaram do evento o superintendente da EPE, Ricardo Gorini; a gerente de Estratégia da Petrobras, Renata Nascimento; Gilberto Hollauer, chefe do Núcleo de Estudos Estratégicos de Ener-gia do Ministério das Minas e Energia (MME); André Lucena e Alexandre Szklo, pesquisadores da Coppe/UFRJ.

Sergio Margulis, subse-cretário de Desenvolvimento Sustentável da SAE/PR, encer-rou o seminário destacando “a importância da conscientização de que as mudanças climáticas serão argumentos mais sólidos e eficazes para uma mudan-ça no consumo dos recursos fósseis”.

O estudo é o primeiro dos três trabalhos do projeto Matriz Energética Futura, da SAE. O segundo artigo visa cons-truir os cenários para as fontes renováveis, e o trabalho final, intitulado “Construção de Ce-nários para a matriz energética brasileira em função do preço do carbono” utilizará os resul-tados obtidos pelos anteriores para simular os efeitos que uma eventual taxa de carbono poderia provocar na matriz energética.

NA ESTIMATIVA MAIS NEGATIVA, O BRASIL CHEGA-

RÁ A 2030 BEIRANDO A PRODUçãO DE CINCO MI-

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Com a meta de dobrar a produção de petróleo até 2020, o segmento tende a demandar ainda mais profissionais qualificados.

Horizonte promissorAsap Recruiters

a DeSaceleraçãO DaS empreSaS do setor de petró-leo e gás nos últimos meses deve ser superada em 2015. A perspec-tiva se dá pelo volume da produção de petróleo previsto para o próximo perío-do, uma meta de dobrar os barris até 2020 e triplicar até 2035, segundo a presidente da Petrobras, Graça Foster. Além disso, muitas plataformas de perfuração e navios de produção que estão sendo construídos começarão a entrar em operação para atender a demanda.

Com a estatal brasileira apresentando problemas em seu fluxo de caixa, a fraca participação das operadoras internacionais, as chamadas International Oil Company, nas últimas rodadas de licitação de poços promovidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) houve o desempenho negativo do segmento. “O afastamento das grandes

empresas de capital estrangei-ro acaba ocorrendo por conta das mudanças no modelo licitatório”, analisa Karim Warrak, director & partner da Asap Recruiters, consultoria especializada em recrutamento e seleção de executivos.

No entanto, com a pers-pectiva de reversão para os próximos anos, o mercado já começa a apresentar incre-mento na demanda por pro-fissionais qualificados. Alguns subsetores chegam a passar ilesos à falta de investimento devido aos contratos de médio e longo prazo firmados em anos anteriores. A construção naval e os fornecedores de equipamentos submarinos de grande porte são exemplos dessas indústrias. “Com essa retomada, a força de traba-lho tem investido em cursos técnicos para o setor. Pós-gra-duações em Engenharia Naval e de Petróleo, por exemplo, têm sido muito requisitadas”, comenta Warrak.

Nos últimos anos, muitos executivos de outros merca-dos, como mineração, constru-ção civil, siderurgia, automoti-

vo e aeronáutico têm migrado para o setor de petróleo e gás. “As expectativas das empre-sas estão voltadas para perfis profissionais que apresentem competências consideradas fundamentais, como saber li-dar com pressão, ser analítico, organizado e ter flexibilidade”, ressalta o executivo.

Hoje, as principais deman-das continuam se concentrando no Estado do Rio de Janeiro, com destaque especial para a região de Macaé. No entanto, muitos estaleiros em operação e outros em construção já aque-cem outros mercados regionais, como o Sul e o Nordeste.

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Comitê Jovem do iBp atua para

Comitê Jovem do iBP

O iNStitutO BraSileirO de Petróleo, Gás e Biocombus-tíveis (IBP), fundado em 21 de novembro de 1957, conta hoje com mais de 240 empresas associadas, e tem como foco a promoção do desenvolvimento do setor nacional de petróleo, gás e biocombustíveis.

O Instituto vem acompa-nhando as muitas expectati-vas geradas pelas descober-tas nas camadas do pré-sal, dentre elas o surgimento de novas oportunidades de trabalho em um segmento em franca expansão. O setor de petróleo e gás avista um

futuro promissor e os avan-ços tecnológicos e de co-nhecimento que a indústria brasileira tem promovido tornam-se imprescindíveis – estratégicos, até – ao desen-volvimento do país.

Mas, e os profissionais? Eles estão preparados para atender às exigências e espe-cificidades tecnológicas, cada vez maiores, das empresas? Investir em capital humano – formando, capacitando e qua-lificando mão-de-obra – é uma das atribuições do IBP, que trabalha para o crescimento sustentável da indústria.

Para João Carlos de Luca, presidente da instituição, o momento é mais que propício à troca de experiências e de conhecimento. “Precisamos investir não apenas na capaci-tação profissional, mas tam-bém na sustentabilidade dos processos”, assinala.

“O papel do IBP é canalizar essa energia, esse conjunto de expectativas de diferentes agentes do mercado, para gerar uma força construtiva”, com-plementa Milton Costa Filho, secretário-geral da entidade.

A força construtiva a que Milton se refere, está centrada

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no principal agente do cres-cimento: o profissional bem preparado. Atento a isso, o IBP oferece cursos de capacitação, investe na formação de mão de obra de excelência com o Programa IBP Bolsas de Mes-trado, e promove a inserção de jovens profissionais no mer-

cado, orientando as carreiras, aproximando-os do ambiente das empresas e apoiando a troca de informações, através de duas iniciativas: o Comitê Jovem do IBP e o programa Profissional do Futuro.

A renovação do capital humano, com altos padrões

de qualificação profissional, é um dos maiores desafios da indústria de óleo e gás no Brasil e no mundo. Dentro deste panorama de desafios, o Comitê Jovem do IBP vem desenvolvendo ações para atrair novos talentos para o mercado.

Esse trabalho vem sendo desenvolvido desde 2007 pelo Comitê, cuja composição ad-mite de estudantes a profissio-nais de até 35 anos de idade, perpassa todos os setores da cadeia de petróleo e gás.

Durante a OTC Brasil, rea-lizada ano passado, as ações

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PRECISAMOS INVESTIR NãO APENAS

NA CAPACITAçãO PROFISSIONAL,

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DE DOS PROCESSOS.

João Carlos de Luca, presidente do IBP

Jovens profissionais e integrantes do Comitê Jovem reunidos no IBP.

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leo do Comitê Jovem mobilizaram

mais de 1.400 universitários e estudantes de cursos técnicos, oriundos de 30 instituições brasileiras.

interação é o melhor caminhoEm sua última reunião, os

integrantes do grupo destaca-ram a necessidade de traba-lhar a troca de informações e de experiências dentro e fora do ambiente organizacio-nal, citando essa experiência

como fundamental para o crescimento/desenvolvimento profissional dos participantes. “Dessa forma são plantadas sementes que podem alavan-car suas carreiras inclusive no mercado internacional”, opinou Diogo Pereira Dias – Coppe/UFRJ, integrante do Comitê Jovem. Diogo também chamou a atenção para o fato de que uma das característi-cas do Comitê é a diversidade de formação, o que contribui

para a abertura de visão so-bre o setor.

Em 2011, o Comitê Jovem do IBP deu suporte aos tra-balhos do Comitê Nacional Brasileiro do WPC através da seleção de dois estudantes brasileiros que receberam bolsas para participar do 20th WPC – World Petroleum Congress, que aconteceu no Catar, naquele ano. Segundo os integrantes do grupo do IBP, tal aproximação ajuda a abrir as portas para o mercado profissional.

Paralelamente, naquela ocasião o Comitê também apoiou as atividades do WPC, gravando depoimentos que serviram de base para a elaboração de um vídeo com o objetivo de divulgar a visão

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O PAPEL DO IBP é CANALIzAR ESSA ENERGIA, ESSE CONJUNTO DE EX-PECTATIVAS DE DIFERENTES AGEN-TES DO MERCADO, PARA GERAR UMA FORçA CONSTRUTIVA.Milton Costa Filho, secretário-geral do IBP

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dos jovens profissionais de diferentes nacionalidades quanto à indústria do petróleo. Na seção Youth da publicação oficial do citado congresso, foi divulgada reportagem so-bre as atuações dos comitês jovens nacionais ao redor do mundo, com destaque para o brasileiro, considerado um dos mais ativos.

Os participantes fizeram

ainda questão de frisar a necessidade premente de mostrar novas vertentes profissionais, saindo da cos-tumeira inclusão das enge-nharias como prioridade. Por fim, voltaram a apontar a necessidade de divulgar com mais vigor os programas de incentivo (bolsas) do PRH/Programa de Recursos Huma-nos da ANP do Ciências sem

Fronteiras e o Programa IBP de Bolsas de Mestrado, para tornar mais claras e aces-síveis as melhores opções oferecidas pelo mercado para os jovens profissionais.

profissionais do Futuro na rio oil & gas

Um dos maiores eventos do setor de petróleo e gás deverá reunir 55 mil visitantes de 30

O prOGrama iBp De Bolsas de Mestrado, que assiste pro-jetos de mestrado que visem o avanço do setor, soma 45 auxílios desde sua criação em 2007. Incentivar o aprimora-mento contínuo dos quadros profissionais é uma das tarefas que o IBP entende ser crucial para a sustentabilidade da indústria.

Daí a criação do Programa IBP de Bolsas de Mestrado, que busca colaborar na formação de profissionais qualificados para atender o setor de petróleo e gás natural. Para tal finalidade, são selecionadas dissertações de mestrado que apresentem como produto final o desenvol-vimento de equipamentos, ser-viços ou regulações que gerem o progresso deste campo.

O Programa, que está em seu oitavo ciclo, já totaliza 45 bolsas concedidas através de 22 instituições de ensino participantes do PRH-ANP (Programa de Recursos Huma-nos da Agência Nacional do

Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis). Nada menos que 29 bolsistas já concluíram suas pesquisas com o apoio do IBP, enquanto outros 13 ainda estão em vigência. Apenas três bolsas foram canceladas desde a criação do programa.

O estado do Rio de Janeiro agrega o maior número de beneficiados do país, com 16

bolsistas, seguido por Santa Catarina (oito) e Rio Grande do Norte (seis). Além de estimular o desenvolvimento de ativi-dades acadêmicas relativas ao setor, o programa reforça a sinergia entre Indústria, instituições de ensino e futuros especialistas. O programa de bolsas de mestrado tem o re-conhecimento da indústria.

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países entre os dias 15 e 18 de setembro. Realizada pelo IBP, a Rio Oil & Gas Expo and Confe-rence chega à sua 17ª edição no Riocentro.

Com o tema “Novo Cenário Geopolítico: Superando os De-safios”, a Rio Oil & Gas 2014 vai discutir as transformações na produção energética mun-dial provocadas por fatores relevantes, como o crescimen-to da produção de recursos não convencionais (petróleo e gás de xisto) e a abertura de novos mercados.

“Preparamos novidades para o evento deste ano, como os almoços-palestra, e am-pliamos algumas atividades que foram sucesso em outras edições, como o Fórum de Sus-tentabilidade e o Profissional do Futuro”, destaca o secretário-geral do IBP, Milton Costa Filho.

Tradicionalmente realizado em paralelo à Rio Oil & Gas, o programa Profissional do Futuro surgiu em função da crescente demanda por mão de obra especializada em óleo e gás. Desde sua primeira

Na eDiçãO De 2013 da Rio Pipeline Conference and Exposition, evento do segmento de transporte dutoviário, o ex--bolsista João Ricardo Castro Melo, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi vencedor do Student Paper Contest. Um dispositivo de inspeção geométrica de dutos (PIG) a partir de sensores óticos a laser foi o tema do estudo campeão, intitulado “A cutting-edge, multi-user, stereoscopic system for virtual inspection of pipes geometry”.

Outro bolsista também viu consagrado seus esfor-ços na 9ª edição do Prêmio Santander Universidades, que premiou o professor Luis Pontes, da Universi-dade Salvador (Unifacs),

na categoria Empresas de Base Tecnológica do Prêmio de Empreendedorismo. O ex-bolsista Bruno Vianna, da Faculdade Maurício de Nassau, contribuiu com um trabalho de avaliação técni-ca e econômica da produção do etanol de 2ª geração E2G, que recebeu aporte de recursos do Programa.

As dissertações dos mestres formados com re-cursos do Programa estão à disposição dos interessa-dos no site do IBP, junto ao resumo da pesquisa. Para consulta, basta acessar no portal a área de “Tec-nologia” e, em seguida, “Bolsas de Mestrados”. O acesso ao estudo completo pode ser realizado através de solicitação ao Centro de Informação e Documenta-ção (CID) do IBP.

aS cOmiSSõeS técNicaS do IBP tiveram suas ativi-dades iniciadas em 1958, quando foi implantada a Co-missão de Armazenamento de Petróleo. Desde então o quadro de Comissões é atua-lizado regularmente, acom-panhando a evolução do se-tor, e hoje o Instituto conta com 15 Comissões Técnicas que discutem temas ligados a toda cadeia produtiva, des-de a exploração e produção de petróleo até a qualidade de derivados, passando pelo gás natural, refino, transpor-te, logística, meio ambiente e responsabilidade social, entre outros temas de igual importância.

Visando promover o desenvolvimento técnico e a disseminação de informa-ções da indústria, o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis inova seu portfólio de cursos e treina-mentos com a modalidade online. Esta nova proposta vem ao encontro da cres-cente demanda do setor por profissionais qualificados e faz parte da missão do IBP de promover o desenvol-vimento do setor nacional de petróleo, visando uma indústria competitiva, sus-tentável, ética e socialmente responsável.

ex-bolsistas são premiados Comissões técnicas

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leoedição, em 2002, o programa

promove a integração entre estudantes universitários e o mercado. Este ano três mil universitários participarão de palestras com líderes empre-sariais e de visitas guiadas aos estandes da exposição.

A Rio Oil & Gas 2014 terá participação recorde de estran-geiros, com representação de 30 países, entre palestrantes, visitantes e expositores. Have-rá 14 pavilhões internacionais.

As plenárias contarão com a presença de nomes de desta-

que no mer-cado, como Antoine Halff, chefe da Divi-são da Indús-tria de Petró-leo e Mercados da Agência

Internacional de Energia (IEA), e József toth, presidente do Conselho Mundial de Petróleo (WPC, sigla em inglês).

Cursos do iBp em setembro

EqUiPAMENTOS E MANUTENçãOPlanejamento, Orçamentação, Con-tratação e Gerência de Empreendi-mentos de Manutenção e Montagem. ONDE: Rio de Janeiro - RJ quando: quatro dias, 22 a 25 de setembro de 2014, segunda a quinta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. NívEL: O curso será dirigido para profissionais de nível superior ou técnico. iNSTRUTOR: Rodolfo Stonner - engenheiro de Equipamentos Senior da Petrobras. gerente do Contrato de Terraplenagem da refinaria Premium I. iNvESTiMENTO Associado do iBP: R$ 1.950,00 Não Associado do iBP: R$ 2.200,00

LABORATóRiO Biodiesel - Análise por Cromatografia em Fase Gasosa ONDE: Rio de Janeiro - RJ quando: dois dias, 22 e 23 de setembro de 2014, segunda e terça-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. NívEL: O curso será dirigido para profissionais de nível superior ou técnico. iNSTRUTORA: Fátima Regina Dutra Faria - engenheira química, MSc em Tecnologia de Processos químicos e Bioquímicos na UFRJ, consultora sê-nior da Petrobras na área de Croma-tografia Gasosa aplicada a petróleo, produtos de petróleo, biodiesel e gás natural. iNvESTiMENTO Associado do iBP: R$ 1.300,00 Não Associado do iBP: R$ 1.495,00

Mais informações pelos telefones: (21) 2112-9031(21) 2112-9027 ou por e-mail: [email protected]

cOm uma méDia de 32 horas de duração, os cursos de atua-lização do Instituto têm o obje-tivo de preparar o profissional que já atua no setor com o que há de mais atual no mercado. São mais de cem temas distri-buídos em 13 áreas distintas, abrangendo toda a cadeia de petróleo e gás.

Um exemplo é o curso de Comércio Internacional de Pe-tróleo e Derivados destinado a profissionais de especializa-

ções diversas com interesse em entender como se compra e vende petróleo e seus deriva-dos no mercado internacional. O curso é orientado, mais espe-cificamente, para as necessida-des de profissionais num primei-ro contato com as ferramentas de comercialização. A partir dos ensinamentos do curso, o alu-no tem todas as condições de se aprofundar no comércio de petróleo e derivados.Mais informações: www.ibp.org.br

Cursos de atualização

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alto nívelsenai-rJ oferece formação profissional de

para setor de petróleo & gás

CTS Automação e Simulação

a palaVra De OrDem DO momento no setor de petróleo e gás é renovação. A média de idade dos profissionais que hoje atuam em Exploração e Produção (E&P) é de 50 anos – de acordo com a consultoria internacional Deloitte – um indicador de que nos próximos cinco anos cerca de 50% estarão aposentados.

No Brasil, além da necessi-dade de reposição de quadros, o mercado em expansão aumenta a demanda de mão de obra espe-cializada e a indústria passa a re-quisitar de profissionais cada vez mais qualificados. Neste cenário, o jovem que pretende ingressar nas áreas que o segmento oferece encontra na capacitação técnica uma grande aliada na disputa por uma oportunidade de trabalho, que poderá ser a porta de entrada para uma carreira de sucesso.

Com o intuito de formar pro-fissionais e, ao mesmo tempo, atender às exigências da indús-tria, o Senai-RJ disponibiliza mais de cem cursos em petróleo e gás em seus Centros de Tecnologia

Senai (CTS), e em outras unida-des espalhadas por todo o estado do Rio de Janeiro.

Glícia carnevale, gerente de Estratégias de Mercado de Petróleo e Gás do Sistema Fir-jan, ressalta que o mercado de petróleo é muito dinâmico.

“Se você considerar toda a cadeia produtiva, existe uma gama de nichos profissionais muito diversificada, que preci-sa ser explorada para atender às demandas que estão por vir com o crescimento esperado na produção de óleo, com um pri-meiro grande salto já para 2020. Podemos citar as etapas de per-furação e a produção submarina como exemplos de áreas estra-tégicas que são as que mais de-vem crescer nos próximos anos. A indústria de construção naval brasileira tem uma série de en-comendas de plataformas para também atender o segmento offshore. A geração de empregos diretos e indiretos necessita de profissionais com qualificações mais técnicas, como soldado-

res, sondistas, plataformistas e torristas, e t a m b é m d e prof issionais com ensino su-perior nas áreas de engenharia

de petróleo e engenharia de se-gurança”, assinala.

De acordo com Glícia, o Sis-tema Firjan, através do Senai-RJ, vem investindo continuamente em cursos de formação e qua-lificação profissional, sempre atento às exigências do mercado.

“No ano de 2014, até o mês de Junho, mais de 30% dos 40 mil alunos formados pelo Senai-RJ foram trabalhar no mercado de petróleo e gás”, revela.

Cts automação e simulação

Em Benfica, o Senai-RJ criou o CTS Automação e Simulação, que oferece a última palavra em tecnologia 3D para soluções ino-vadoras nas áreas de automação industrial, fabricação mecânica

Por Victor abramo

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e simulação. A unidade presta serviços de excelência. O Cen-tro conta com ambientes de aprendizado, de treinamento e de consultoria que se adaptam às exigências de cada operação. Toda a infraestrutura é preparada para atender às empresas, inde-pendente do porte ou do setor de atuação, nas suas necessida-des mais específicas, com ênfase especial nas companhias de pe-tróleo e gás, e nas que realizam atividades offshore.

laBoratÓrios, oFiCinas e equipamentos

Os quatro núcleos de servi-ços e aprendizagem do CTS de Benfica – simulação, mecâni-ca, automação e gás – contam com equipamentos e recursos de ponta.

O Núcleo de Simulação, por exemplo, é equipado com simula-dor de realidade aumentada 3D, simulador imersivo 3D, simula-dor em holografia, laboratório de controle virtual, laboratório de desenvolvimento de aplicativos virtuais e 3D, simulador de esta-bilidade e emergência em plata-formas de petróleo, simulador de processos e facilidades, e centro de treinamento em atmosferas explosivas.

Utilizando modernos softwa-res e hardwares, possibilita simu-lações de modelos por meio de realidade virtual e aumentada, em ambientes interativos e imer-sivos, tanto para capacitação de profissionais, quanto para tes-tes, desenvolvimento de novos produtos, pesquisas e operação

remota de processos industriais, entre outras aplicações.

Com foco na indústria petro-química, o CTS de Benfica tem simuladores de treinamento offshore, totalmente adequa-dos aos padrões internacionais, com ambientes únicos na Amé-rica Latina.

O Núcleo de mecânica tem oficinas de fabricação mecânica convencional, comando numé-rico (CNC) e Laboratório de Mo-delagem Virtual. Está equipado para prestar serviços de projetos mecânicos, consultoria em pro-dutos e processos mecânicos, desenvolvimento de dispositivos e protótipos, além de prover al-ternativas e soluções customi-zadas em usinagem.

No Laboratório de Modela-gem Virtual são desenvolvidos protótipos de máquinas e equi-pamentos, bem como a formação de profissionais para atuar na uti-lização das diversas ferramentas de CAD. Em educação profissio-nal, o Centro dispõe de oficinas de fabricação mecânica cursos nas áreas de ferramentaria, ma-trizaria, usinagem de máquinas, máquinas de eletroerosão (a fio, penetração e pré-furo rápido) e manutenção mecânica.

O Núcleo de automação é dotado de planta piloto tecnologia HART, tecnologia fieldbus, labora-tório de redes industriais, labora-tórios de controle de processos, laboratórios de instrumentação industrial, laboratórios de contro-le e supervisão e laboratórios de eletrônica aplicada.

Levando em conta que as

a Faculdade Senai-rJ tem a credibilidade do Senai, que forma profissionais qualificados para a indústria há mais de 70 anos. É uma instituição de ensino de nível superior que oferece cursos de graduação tecnológica, pós-graduação e extensão, credenciada pelo MEC pela Portaria 1.065.

O Senai dá aos alunos uma visão ampla do merca-do de trabalho, do panorama econômico da indústria e do segmento em que irão atuar. Os alunos contam com labo-ratórios e oficinas de última geração, que reproduzem o ambiente real de trabalho.

Vantagens e diferenciais que a instituição oferece:• Diploma de curso superior do Senai em apenas três anos.• Credibilidade do Senai: são mais de 70 anos formando pro-fissionais para a indústria.• 97% das empresas preferem profissionais formados pelo Senai*.• Teoria e prática em laborató-rios de última geração.• Cursos criados para atender às necessidades da indústria.

São vários cursos na área de petróleo e gás. Conheça a lista completa e confira: http://www.cursoSenairio.com.br/link-faculdade-Senai-rio,11.html#conhecacursos*Fonte: Programa de Avaliação Externa

do Senai (DDE/GPE).

Faculdade Senai-RJ

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indústrias estão investindo na melhoria de processos, produtos e sistemas de gestão, a auto-mação industrial tornou-se área estratégica. Os sistemas de ge-renciamento em tempo real, con-troladores de processos e redes industriais fazem parte de alguns dos muitos recursos que trazem melhorias ao desempenho ope-racional de empresas de todos os portes e segmentos.

Nessa área, o CTS Automação e Simulação oferece soluções in-tegradas em consultoria, educa-ção profissional, desde o projeto de sistemas automatizados, até a implementação de sistemas de gerenciamento remoto, por meio de modernos laboratórios de controle de processos, redes industriais, instrumentação, ele-trônica e sistemas de supervisão.

O Centro conta ainda com uma equipe altamente qualifi-cada, formada por técnicos, en-genheiros e mestres em sistemas de automação capazes de desen-volver soluções customizadas para melhorar o desempenho dos processos industriais nas mais diversas tecnologias exis-tentes de hardware e software de automação.

Por último, o Núcleo de Gás do CTS Simulação e Automação possui câmara de combustão, além de bancadas de instrumentação.

Formação proFissional:capacitação técnica – O CTS Simulação e Automação forma e atualiza profissionais para atuar nos segmentos metalúr-gico, metalmecânico, máquinas

e equipamentos, farmacêutico, petroquímico, siderúrgico e de petróleo e gás, oferecendo cur-sos técnicos destinados aos alu-nos matriculados ou egressos do Ensino Médio.

Os cursos oferecidos são de técnico de automação industrial, técnico de eletrônica, técnico de mecânica, técnico em petróleo e gás, técnico em refrigeração e climatização. aperfeiçoamento – O CTS Si-mulação e Automação oferece cursos de aperfeiçoamento, atualização e complementação de conhecimentos e competên-cias. São cursos desenvolvidos especialmente para suprir as demandas decorrentes das ino-vações tecnológicas, processos de produção e gestão, nas áreas de petróleo e gás, automação industrial, instrumentação, ele-trônica, mecânica, refrigeração e metrologia.especialização e extensão –

Em parceria com o Instituto Senai de Educação Superior, o CTS Automação e Simulação ofe-rece cursos de especialização e extensão, com ênfase nas áreas de petróleo e gás, indústria naval e offshore, aos profissionais que desejam unir uma sólida forma-

ção acadêmica com a prática profissional.

Em especialização, a unidade disponibiliza os seguintes cur-sos: Automação industrial dos sistemas de produção, refino e transporte de petróleo; Engenha-ria de construção e montagem de tubulação industrial (ênfase em petróleo e gás); Engenharia de planejamento de empreen-dimentos (ênfase em petróleo e gás); Engenharia de soldagem; Engenharia naval e offshore.

Entre os cursos de extensão, destacam-se os de Instrumenta-ção industrial aplicada à indús-tria do petróleo; e Sistemas de produção, refino e transporte de petróleo.

Cts soldaOutros Centros Tecnológicos

do Senai-RJ oferecem cursos vol-tados para a área de petróleo e gás, indústria naval e offshore. O CTS Solda, no Maracanã, é um deles, com os cursos de Técnico de segurança do trabalho e Téc-nico de Soldagem, para alunos de Ensino Médio.

Entre os cursos de qualifica-ção, o CTS Solda disponibiliza os de Soldador TIG; Soldador ele-trodo revestido, Soldador arame tubular; Mergulhador e inspetor subaquático; Soldador subaquá-tico; Soldador naval e Soldador de dutos.

A unidade também oferece cursos de aperfeiçoamento, como os de Engenharia de integridade estrutural; Gestão da qualidade em soldagem e Tecnologia básica da soldagem, entre outros.

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incubadoras de empresasatuam em todo o país

Empreendedorismo à flor da pele

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DaDOS DiVulGaDOS pelO Sistema Brasileiro de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revelam que, a cada ano, são abertas no Brasil cer-ca de 460 mil novas empresas. Mas, ainda segundo o Sebrae, de cada cem novos empreen-dimentos, 27 encerram suas atividades já no primeiro ano de existência. Por trás desses números, o desenvolvimento adequado de itens como os serviços técnicos, tecnológicos, tributários e gerenciais apare-cem como fatores determinan-tes ao sucesso da empresa.

Um panorama como o des-crito acima motivou o apareci-mento de instituições como o Instituto Gênesis, da PUC-Rio, classificado recentemente como uma das dez melhores incuba-doras de empresas em funciona-mento em todo o mundo.

O processo de avaliação para incubação de empresas possui duas fases. A primeira é composta por uma pré-sele-ção, feita com base na ficha de inscrição entregue pelos can-didatos e a orientação para a elaboração do Plano de Negó-cios. A segunda fase divide-se na análise do perfil empreen-dedor dos sócios e do plano de negócios, considerando ainda uma apresentação para a banca de seleção formada por instituições parceiras.

A Incubadora apoia empre-endimentos inovadores nas seguintes áreas: Áudio, Vídeo e Mídia Digital, Automação, De-sign, Editorial, Educação, Ener-

gia e Petróleo, Entretenimento, Gestão do Conhecimento, Joias e Acessórios, Logística e Geo-processamento, Meio ambiente, Moda, Serviços Especializados, Tecnologia da Informação, Tele-comunicações e Turismo.

Não há limite de vagas e os candidatos selecionados ingressarão na Incubação ou Pré-Incubação, em um pro-cesso que pode durar de seis meses a três anos, depen-dendo do grau de maturidade empresarial de cada projeto. Para fazer o download do edital com as regras de participação é só acessar o site: http://sgi.macropus.com.br/pucrio/edital/

acompanhamentoO Gênesis visa apoiar empreen-dimentos

dentro de sua região, pois acredita que para o sucesso

do empreendimento é impor-tante um acompanhamento diário tanto do empreendedor quanto do próprio negócio, através de consultorias e assessorias presenciais. No entanto, caso isso não seja possível, e o empreendimento seja inovador e o empreen-dedor consiga participar de algumas reuniões presenciais, nada impede este apoio.

Segundo a gerente de projetos do instituto, Priscila Perillier O’Reilly de Araújo Castro, o trabalho do Instituto Gênesis, que fica localizado próximo ao estacionamento e afastada do campus da Universidade, ainda é desco-nhecido de grande parte dos alunos e professores.

“Desta forma, se os pro-fessores e alunos não nos procuram com interesse em desenvolver um produto e/ou empresa, nós não tomamos

DISPONIBILIzAMOS TODA UMA ESTRUTURA TéCNICA E JURíDICA EM qUE, DURANTE ESTA ETAPA, ANALISAMOS A TECNOLOGIA qUE ESTÁ SENDO DESENVOLVIDA, REA-LIzAMOS PESqUISA DE MERCADO E DE VIABILIDADE TéCNICA, E DESENVOLVEMOS UM PLANO DE NEGÓCIOS PARA qUE POS-SA SER CRIADA UMA EMPRESA PARA ATUAR COM AqUELE PRODUTO.

Priscila de Araujo Castro, gerente de projetos do Instituto Gênesis

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DiretOr e FuNDaDOr do Instituto Gênesis, incubadora que já preparou mais de 50 empresas globais com tecno-logia nacional e que faturam mais de 1,5 bilhão por ano, integrante da diretoria da Redetec, além de mentor da Endeavor Brasil, organização de fomento ao empreende-dorismo no Brasil, o profes-sor José alberto aranha encontrou tempo em sua extensa agenda para respon-der a cinco perguntas sobre incubadoras para o Guia do estudante.

O que é uma incubadora?Incubadora é um local

que abriga empreendimentos nascentes, que com o apoio da incubadora, ficam mais fortes e vão para o mercado com muito mais chances de compe-tir e sobreviver.

como se candidatar a ter uma empresa incubada?

Para se candidatar, bas-ta procurar uma incubadora mais próxima (normalmente elas estão em instituições de ensino superior), explicar sua ideia e perguntar pelas regras de incubação. Muitas vezes a incubadora tem um programa para ajudar o empreendedor a preparar seu plano de negócios e a seleção de entrada está condicionada a um conselho de seleção.

além da puc-rio onde fun-ciona o instituto Gênesis o senhor pode citar outras instituições que mantêm incubadoras?

Claro. No Rio de Janeiro funcionam incubadoras na UFRJ, na Uerj, no INT, e na UFRRJ, por exemplo. Espalha-das pelo país existem muitas outras em atividade.

pode por favor citar incu-badas que surgiram na puc com foco na área de petró-leo e gás, e contar um pou-co da trajetória de sucesso?

A primeira delas foi a Pi-

peway, uma empresa de robôs para inspeção de dutos e que hoje exporta seus produtos para o mundo inteiro, além dela, já tivemos muitas outras como a IDutto, Ativa Tecnolo-gia e Desenvolvimento, Prima -7S, Alta Geotécnica e outras empresas que constam no site http://www.genesis.puc-rio.br

quanto tempo pode uma empresa permanecer incu-bada?

Para empresas da área de TIC e Tecnologia de petróleo, normalmente de dois a três anos. Mas isso varia muito.

gênesis: berço de empresas globais

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conhecimento das pesquisas que eles têm realizado e que muitas vezes podem ser apli-cadas na sociedade”, explica Priscila. “Com este estudo, procuramos tornar nosso trabalho mais conhecido de pesquisadores e alunos, con-tribuindo para aumentar o número de empresas nas-cidas a partir de pesquisas desenvolvidas nos laborató-rios da PUC”, acrescenta a gerente.

Os projetos poderão se can-didatar então a uma fase de pré-incubação – com duração de seis meses a um ano – me-diante abertura de inscrições feitas pelo Instituto Gênesis duas vezes ao ano. “Disponi-bilizamos toda uma estrutura técnica e jurídica em que, du-rante esta etapa, analisamos a tecnologia que está sendo desenvolvida, realizamos pes-quisa de mercado e de viabili-dade técnica, e desenvolvemos um plano de negócios para que possa ser criada uma empresa para atuar com aquele produ-to”, explica Priscila.

Após a fase de pré-incuba-ção, os projetos são transfor-mados em produtos de empre-sas. “Nesse caso, as futuras novas empresas poderão concorrer à seleção feita pela incubadora, inscrevendo-se du-rante a fase de pré-incubação e também nos prazos abertos duas vezes ao ano”, acrescen-ta. O Instituto Gênesis fica na Rua Marquês de São Vicente, 225 – Gávea (RJ).

redetec Criada em 1985, a Rede de Tecno-logia e Inovação do Rio de Janeiro (Redetec),reúne

50 das principais universidades, centros de pesquisa e institui-ções de fomento do estado do Rio de Janeiro. Através dessa parceria com suas associadas, a Redetec apoia o desenvol-vimento e a implantação de inovação nos diversos setores, bem como articula oferta e demanda tecnológica entre os agentes econômicos, sociais e institucionais.

Além disso, a entidade motiva ações de incentivo e desenvolvimento à pesquisa aplicada, aproximando em-presas dos diversos atores do movimento de ciência e tecno-logia do Rio de Janeiro: univer-sidades, centros de pesquisa e agências de fomento. O atendimento às necessida-des das empresas é a principal expertise da Rede de Tecno-logia, que através da oferta de uma carteira de serviços e produtos com altos índices de valor agregado, proporciona subsídios para que o empresa-riado possa encontrar a solu-ção adequada à sua demanda.

Calibração e ensaios, respostas técnicas, encontros tecnológicos, consultorias especializadas, capacitação, apoio à proteção intelectual, estímulo à geração, difusão, transferência e comercializa-ção de tecnologia, gestão e ad-

ministração de projetos, esses são os principais serviços ofe-recidos pela Redetec ao longo dos seus anos de atuação.

Motiva, ainda, através de suas linhas de ação, a valori-zação de capacidade científica e tecnológica de suas associa-das, motiva também o au-mento da qualidade e do valor agregado de produtos e servi-ços das empresas, e o acesso aos programas governamentais e privados de apoio ao desen-volvimento tecnológico.

Através de um levanta-mento contínuo das linhas de atuação de todas as suas instituições associadas, a Rede de Tecnologia possui um vasto cadastro de profissionais de mercado com formação e expe-riência comprovada, capacita-dos para a execução de consul-torias em diversos segmentos. Através de seu portal (www.Redetec.org.br), é possível verificar toda a estrutura de funcionamento da Redetec.

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principais incubadoras no BrasilSãO paulO – cietec (centro de inovação, empreendedo-rismo e tecnologia), ligado à USP (Universidade de São Paulo), na capital paulista, www.cietec.org.br; incamp (foto), ligada à Unicamp (Universidade de Campinas), www.incamp.unicamp.br; Supera, ligada a Fipase (Funda-ção Instituto Polo Avançado da Saúde de Ribeirão Preto) www.fipase.org.br

riO De JaNeirO – institu-to Gênesis, ligado à PUC-Rio (Pontífica Universidade Católica do Rio de Janeiro), na capital fluminense, www.genesis.puc-rio.br; Coppe, ligada à UFRJ (Univer-sidade Federal do Rio de Janei-ro), na capital fluminense. www.incubadora.coppe.ufrj.br; incubadora de projetos tecno-lógicos e empresas do inmetro, ligada ao Inmetro (Instituto Nacio-nal de Metrologia, Qualidade e Tec-nologia), em Duque de Caxias e a Divisão de Incubadora de Empresas compõe a estrutura da agência de inovação da uFF (agir), órgão responsável por gerir a política de inovação da Universidade. www.inmetro.gov.br

miNaS GeraiS – inova, ligado à UFMG, em Belo Horizonte www.inova.ufmg.br; incubadora da Fumsoft, insti-tuição que incentiva o desenvol-vimento na área de TI (Tecnolo-gia da Informação),

em Belo Horizonte. www.fumsoft.org.br; incubadora habitat, ligada à Biominas, na capital mineira, www.biominas.org.br; prointec (programa munici-pal de incubação avançada de empresas de Base tecno-lógica), ligado à Prefeitura de Santa Rita do Sapucaí, www.prointec.com.br; incubadora do inatel (institu-to Nacional de telecomunica-ções), em Santa Rita do Sapucaí, www.inatel.br; centev (centro tecnológico de Desenvolvimento regional de Viçosa), ligado à UFV (Universida-de Federal de Viçosa), em Viçosa, www.centev.ufv.br.

SaNta catariNa – celta (centro empresarial para laboração de tecnologias avançadas), ligado à Fundação de Florianópolis, www.celta.org.br; instituto Gene, ligado à Furb (Fundação Universidade Regional de Blumenau), em Blumenau, www.institutogene.org.br.

paraNá – intec (incubadora tecnológica de curitiba), liga-do ao Tecpar (Instituto de Tecnolo-gia do Paraná), em Curitiba, intec.tecpar.br.

DiStritO FeDeral – cDt (centro de apoio ao Desen-volvimento tecnológico), ligado à UnB (Universidade de Brasília), em Brasília, www.cdt.unb.br.

ceará – padetec (parque de Desenvolvimento tecnológi-co), ligado à UFC (Universidade Federal do Ceará), em Fortaleza, www.padetec.ufc.br; em Pernam-buco o cais do porto, ligado ao Porto Digital, em Recife, cais.portodigital.org.

pará – Uepa (Universidade do Estado do Pará) mantém a rede de incubadoras de tecnologias (ritu), oferecendo atendimento a novas empresas e promovendo aperfeiçoamen-to acadêmico e tecnológico, com vistas ao seu desenvolvi-mento tecnológico.

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puC-rio promove pela primeira vez a mostra puC online

NeSte aNO, uma das novida-des da Mostra PUC, maior feira de estágios do país, é sua con-tinuação no ambiente virtual, com a 1ª edição da Mostra PUC Online, entre os dias 15 de agos-to e 10 de outubro, na qual par-ticipam todas as empresas que estiveram na Mostra PUC. Reali-zada pela PUC-Rio, por meio da CCESP (Coordenação Central de Estágios e Serviços Profissionais), em parceria com as empresas Vero Solutions e E-Continuus, a Mostra PUC Online reproduz a feira virtualmente, com estan-des personalizados, palestras e atividades interativas.

“A Mostra PUC Online é um complemento da já tradicional Mostra PUC, que promovemos todos os anos na PUC-Rio. Ela irá permitir que os alunos que não podem estar presencialmente na Mostra PUC tenham contato com as empresas e busquem vagas de estágio, trainee e empregos. Por outro lado, também dá às em-presas uma chance de estender o contato com os alunos, em um ambiente moderno que vai ao en-contro dos avanços tecnológicos”, explica o coordenador da Mostra

PUC e responsável pela CCESP, professor André Lacombe.

Além disso, houve um dia especial, 3 de setembro, com programação ao vivo, quando os visitantes poderão interagir diretamente com profissionais do mercado, construindo redes de relacionamentos e aprimo-rando seus conhecimentos sobre o mercado de trabalho. Para a data, estão programadas pales-tras ao vivo e atividades com as empresas.

Entre os dias 12 e 15 de agos-to, a Universidade abriu suas por-tas para milhares de estudantes e profissionais buscando opor-tunidades de estágio, trainee e emprego, a já tradicional Mostra PUC. Agora, em sua versão on-line, os visitantes também te-rão acesso a outras facilidades, como o teste de compatibilidade de perfil. Ele funciona como um direcionador para vagas de em-presas que se encaixem no perfil específico de cada um.

“O aluno poderá visualizar todas as vagas que as empresas estão disponibilizando e partici-par de um processo de seleção virtual, com um quiz que pode ser respondido para facilitar o conhecimento do aluno pelas empresas”, explica Marc Olivero, diretor da Vero Solutions.

Desse modo, a interface do ambiente virtual apresenta ferra-mentas que permitem ao público interagir de forma dinâmica com as empresas participantes, não se limitando apenas à busca e oferta de vagas. Para as empre-sas, a oportunidade de recrutar estudantes de todo o Brasil, o contato proativo com candidatos com base nos testes de compa-tibilidade de perfil e a seleção virtual dos candidatos são os grandes benefícios ao longo des-ses dois meses.

Seguindo a temática desen-volvida durante a XVII Mostra PUC, “Compromisso com Re-lações + Humanas”, a Mostra PUC Online apresenta, ainda, um espaço destinado para fa-cilitar a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

A continuação da Mostra PUC na internet reúne empresas e oferece facilidades para os visitantes, como banco de vagas e acesso a conteúdos sobre carreiras.

Evento

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a químicado sucesso

NaSciDO em Natal-rN, sonhava em se tornar médico como seu pai, até a vocação para a engenharia despertar o desejo de transformar os processos industriais através da inovação, inspirando nele a astúcia e a curiosidade pela pesquisa científica.

“Saí do Brasil sem saber falar um bonjour”, brinca o engenheiro, que estagiou na França com a equipe da indústria química alemã Basf e depois na empresa americana Cryostar, ligada à inovação tecnológica no setor de óleo

e gás. A experiência o levou a graduar-se em Engenharia de Produção, pela École Nationale Supérieure en Génie des Tech-nologies Industrielles.

Aos 15 anos, Herbert já demonstrava aptidão para as ciências exatas, destacando-se entre os alunos da escola. O fas-cínio pela matemática, química e física despertou o interesse pela engenharia, que lhe permi-tia deslumbrar a possibilidade de algum dia poder gerenciar todo um processo industrial.

Disciplinado, decidiu cursar a graduação de Engenharia

Química pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN), onde obteve seu título em 2012.

Durante o curso, foi bolsista voluntário de iniciação cientí-fica, onde participou de uma pesquisa referente à incor-poração de resíduo industrial polimérico ao cimento asfáltico de petróleo para melhorar suas propriedades físicas.

Além de ter sido sua pri-meira experiência no âmbito da pesquisa acadêmica, o trabalho rendeu frutos mais tarde a Herbert, que atual-

Primeiro brasileiro a receber o prêmio

internacional do UniSim® Design Challenge,

no desafio promovido pela Honneywell Users

Group, o maior evento da empresa nas

Américas para clientes na área de automação

e de processos, realizado na cidade de San

Antonio, no Estado do Texas (Estados Unidos),

em 2014, o engenheiro químico herbert

Senzano Lopes, 28 anos, aposta na motivação

para superar os desafios e encontrar soluções

inovadoras para a indústria.

Perfil de campeão

Por Felipe Salgado

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mente está terminando sua dissertação de mestrado sobre a validação dos resultados da destilação molecular de resí-duos de petróleo.

Sem intervalo, emenda as atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária como bolsista voluntário novamente, agora no Programa de Edu-cação Tutorial, em 2008. “Foi ali que aprendi lições valiosas como aprender a trabalhar e cooperar em equipe, melhorar a capacidade de comunicação oral (pois havia muitas apre-sentações de trabalhos) e au-las ministradas com conteúdos sugeridos pelos tutores (assun-tos interdisciplinares).”

experiência internacionalEm 2010, sem falar uma

palavra em francês, Herbert pega um voo com destino a Ecole Nationale Supérieure en Génie des Technologies Industrielles (ENSGTI), na universidade de Pau, uma comuna francesa a 800 km de Paris. Motivado pelo desafio de abraçar a cultura francesa, conhecer pessoas diferentes, aprender a língua e ter dupla diplomação, se forma em En-genharia de Produção, absor-vendo novas metodologias de ensino e aprendizagem. “Saí do Brasil sem saber falar um bonjour, isto é, eu não falava nada de francês e desde o início umas das minhas gran-des motivações era cumprir o desafio de acompanhar um curso difícil em uma língua que

eu simplesmente não domina-va” disse o engenheiro.

Em seguida, surge a opor-tunidade de alçar voos mais altos: sem medo de ser feliz, compra o desafio de estagiar em Hésingue, uma comuna francesa situada na região da Alsácia, na empresa Cryostar, que faz parte do The Linde Group. Lá, o engenheiro desen-volve um módulo na linguagem WinWrap Basic para o pré-di-mensionamento de turbinas no simulador de processos industriais UniSim® Design. Um ano depois, parte para Saint-Aubin-lès-Elbeuf, outra comuna francesa situada na região da Alta-Normandia, para estagiar na Basf com o objetivo de realizar o tratamento de micropoluentes (AOX).

De volta ao Brasil em 2012, amadurecido pela bagagem cultural e intelectual adquirida e solidificada pela experiên-cia, Herbert observa atento a dinâmica do mercado de trabalho de engenharia. Chega a conclusão de que apesar de o mercado estar aquecido, as oportunidades de concursos e seleções de trainee haviam se esgotado pelo tempo que ficou fora do país.

Resolve então se inscrever no programa de pós-graduação em Engenharia Química da UFRN, que inclui o Programa de Recursos Humanos 14 (PRH-14) pertencente à ANP/Petro-bras. Aprovado no processo de seleção, se inscreve para a especialização em Engenharia Química de Fluidos de Perfu-ração e Completação, através do Departamento de Química da universidade, vislumbrando a oportunidade de aprofundar os seus estudos no setor de petróleo e gás para enriquecer a sua formação acadêmica e profissional.

“Eu diria que o nosso amadurecimento técnico, pro-fissional e pessoal são aper-feiçoados e nos preparamos para enfrentar a vida real num mercado de trabalho competi-tivo e cheio de desafios novos e muitas vezes desconhecidos e inesperados” frisou Herbert.

premiação inéditaAo ler um artigo científico

que tratava de três tecnolo-gias diferentes para a recupe-

SAí DO BRASIL SEM SABER FALAR UM bonjour, ISTO é, EU NãO FALAVA NADA DE FRANCêS E DESDE O INíCIO UMAS DAS MI-NHAS GRANDES MOTI-VAçÕES ERA CUMPRIR O DESAFIO DE ACOM-PANHAR UM CURSO DIFíCIL EM UMA LíN-GUA qUE EU SIMPLES-MENTE NãO DOMINAVA.

Perfil profissional

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ração de gases provenientes de uma importante refinaria que sugeria o “no flaring” - mas que não apresentavam simulações dinâmicas – Her-bert trabalhou incessante-mente com a professora Vanja Maria de França Bezerra para mostrar como as emissões de gases poderiam ser converti-das em energia elétrica.

A partir da utilização da suíte UniSim Design, plata-forma da Honeywell utilizada para projetar e modelar pro-cessos em unidades em todo o mundo, os pesquisadores determinaram como o oxigênio alimentado junto com o gás expandido podem ser usados para aumentar a potência elé-trica de compostos orgânicos

voláteis lançados no ar através de um queimador. A simulação realizada gerou 2.126 MW de potência elétrica e revelou um grande potencial para ajudar a reduzir o lançamento de dejetos orgânicos e óxidos na atmosfera.

O reconhecimento pelo esforço da dupla foi pronta-mente reconhecido em junho de 2014: Com o trabalho in-titulado “Recuperação de gás expandido para geração de eletricidade”, Herbert Senza-no foi o primeiro brasileiro a vencer a competição UniSim Design Challenge, promovida anualmente pela Honeywell Process Solutions, que abre espaço para estudantes de engenharia de universida-

des das Américas do Norte e Latina apresentarem suas soluções para problemas reais enfrentados por plantas industriais.

“Além da enorme surpresa quando me comunicaram do prêmio, me honrou bastante. Ter sido o primeiro brasileiro a receber essa premiação foi muito importante, pois repre-sentamos a nossa universida-de numa competição em que outras grandes universidades americanas estavam também inscritas. Nosso tema foi julga-do como o melhor e teve um impacto imediato” afirmou o jovem engenheiro.

“Esse prêmio enriqueceu o meu curriculum e talvez seja um diferencial positivo para o meu ingresso no mercado de trabalho, em breve”, diz o pesquisador, atualmente em-penhado na conclusão de sua dissertação de mestrado em Engenharia Química na UFRN, que envolve a simulação e modelagem da destilação mo-lecular de petróleo.

Para os estudantes que almejam trilhar uma trajetória gratificante em sua profissão, ele não hesita em dizer que o sentimento intrínseco que lhe move é a própria motivação de buscar aquilo que se apre-senta como desafio: “Nunca desista daquilo que acredita ser sua sina, pois é dentro dos nossos sonhos e desejos que encontramos a felicidade e todo o prazer que a vida reser-va” finaliza.

Andrew D’Amelio, vice president de vendas - Américas, Honeywell Process Solu-tions, herbert Senzano Lopes e a professora vanja Maria de Franca Bezerra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

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shell abre inscrição para programa de estágioAtualmente com mais de 90 estagiários, a Shell abriu em julho inscrições

para a turma do segundo semestre do seu Programa de Estágio, com

oportunidades para o Rio de Janeiro e São Paulo.

Simone Guimarães, gerente de Comunicação Corporativa da Shell do Brasil

em aGOStO, a cOmpaNhia abriu inscrições para os progra-mas Estágio de Verão e Novos Talentos. Interessados nos três programas devem se inscrever no site da empresa.

Uma das principais fontes de recrutamento da Shell para jovens universitários, o Progra-ma de Estágio tem inscrições abertas para mais de 30 vagas nos cursos de Administração, Comunicação Social, Contabili-dade, Direito, Economia, Enge-nharias (Mecânica, Produção e Química), Geologia, Marketing, Publicidade, Relações Interna-cionais e Sistema da Informa-ção. Os candidatos devem se formar entre julho e dezembro de 2016 e ter nível avançado de inglês. O início das atividades está previsto para o fim de 2014 e início de 2015, com duração de um ano e meio a dois anos.

O processo seletivo do Pro-grama de Estágio envolve testes online, testes de inglês (online e por telefone) e entrevistas.

O Programa de Estágio de Verão oferece oportunidade aos estudantes que moram

fora do Rio de Janeiro e dese-jam aproveitar o período de férias da universidade para conhecer a rotina de uma grande empresa. As ativi-dades são desenvolvidas na sede da companhia, na capital fluminense, e têm duração de nove semanas, com início em janeiro de 2015. A Shell finan-cia as passagens aéreas dos estagiários e oferece ajuda de custo para moradia, alimenta-ção e translado.

Os candidatos devem ter previsão de formatura para dezembro de 2015 e estar cursando Administração, Eco-nomia e Engenharias (Química, Mecânica e Produção). Ao final do programa, o estudante pas-sa por uma avaliação formal e, dependendo de seu desempe-nho no projeto e das áreas de interesse, pode receber uma proposta para fazer parte do Programa Novos Talentos.

Profissionais com formatura entre dezembro de 2012 e de-zembro de 2015 e que tenham inglês avançado também têm oportunidade no Programa

FOI MUITO IMPORTAN-TE TER ENTRADO NA SHELL AINDA COMO ESTAGIÁRIA, POIS TIVE TEMPO PARA INTERNALIzAR A CUL-TURA DA COMPANHIA E DESCOBRIR QUAIS ERAM, DE FATO, AS MINHAS ÁREAS DE INTERESSE. O PRO-GRAMA DE ESTÁGIO OFERECE ESSA FLEXI-BILIDADE.

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Novos Talentos. Os seleciona-dos serão contratados como funcionários e terão acesso a treinamentos profissionais e de liderança, além de também serem acompanhados por um mentor. As vagas são para o Rio de Janeiro e os cursos conside-rados são Administração, Eco-nomia, Marketing e Engenharias (Mecânica, Produção e Química).

Cenários futuros e mão de obra capacitada

Desde o começo da década de 1970 a Shell desenvolve ce-nários para explorar o futuro. Os Cenários Shell são histórias que consideram perguntas do tipo “e se?”, e muitas vezes são usados pela petroleira e suas parceiras no planejamento para enfrentar a demanda por mão de obra qualificada no futuro. Enquanto as previsões se concentram em probabilidades, os cenários con-sideram futuros plausíveis.

Tais estudos apontam que o

mundo enfrentará desafios cada vez mais difíceis: aumento da demanda e escassa oferta de energia, maior impacto da mu-dança do clima e intensificação das mudanças econômicas. E justamente para enfrentar esse panorama de alta volatili-dade as empresas buscam na mais recente tecnologia o cami-nho para suprir as necessidades do mercado e da sociedade. E a mão de obra capacitada para atuar com equipamentos de úl-tima geração se transforma em um item de enorme importância para que tudo funcione.

Os cenários buscam novas formas de olhar para o futuro para decidir como atender às necessidades de energia das pessoas e, ao mesmo tempo, preservar o planeta. O trabalho considera várias mudanças, tais como o ambiente econômico global, geopolítica, pressões sob recursos como água, gases do efeito estufa e demanda e ofer-

NOSSOS PROGRAMAS

DE ESTÁGIO VISAM

PROPORCIONAR UMA

IMERSãO NA COM-

PANHIA, COM MAIOR

PROXIMIDADE AO

SETOR DE ATUAçãO,

ALÉM DE SER UMA

OPORTUNIDADE PARA

O ESTAGIÁRIO APLI-

CAR O QUE APREN-

DEU NA UNIVERSIDA-

DE. OS PROGRAMAS

SãO AS NOSSAS PRIN-

CIPAIS FONTES DE

RECRUTAMENTO PARA

O PROGRAMA NOVOS

TALENTOS, COM O

OBJETIVO DE FORMAR

FUTUROS LíDERES NA

SHELL.

Carolina Tavares, coordenadora do Programa de Estágio da Shell Brasil

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ta energéticas, para ajudar os líderes de negócios a tomarem as melhores decisões.

Os profissionais responsá-veis pelos programas de estágio da companhia acreditam que as melhores ideias surgem quando pessoas diferentes se encon-tram, e apostam na diversidade para promover um maior senso de inclusão, e ajudar o jovem profissional a alavancar sua carreira no setor de energia.

O interesse da Shell pelos

prováveis panoramas da energia no futuro e pela opinião dos jovens profissionais está presen-te em diversos eventos reali-zados pela companhia, como o concurso cultural online Energia 2050, iniciativa que em 2011 e 2012 contou com a participação de mais de 2.500 jovens inter-nautas, que compartilharam experiências e diferentes pontos de vista. Para a Shell, o futuro começa por aí.

a chemtech, empreSa que realiza projetos de engenharia para grandes empreendimentos industriais, além de oferecer soluções em TI na indústria, enviou seis de seus funcionários para um treinamento em Cin-gapura com o objetivo de atuar no centro de excelência para montagem de módulos e-house, voltados para o setor de petróleo e gás, de sua controladora Siemens.

A iniciativa é parte do esforço da empresa em adquirir conhecimento para ampliar sua atuação em projetos de construção e montagem no Brasil. A necessidade de treinamento e de capacitação como fator de competitividade tem ficado cada vez mais clara diante dos novos desafios da Chemtech em di-

ferentes segmentos. “Estamos inicialmente com foco na área de construção de pequenos módulos, mas iremos para onde houver demanda”, afirma o diretor de engenharia, Marco Tulio Rodriguez.

Foram selecionados funcionários de diferentes disciplinas da engenharia, como mecânica, civil, segurança de processo, elétrica e tubulação. Ao todo, eles permanecerão por aproximadamente seis meses em Cingapura. “É sem dúvida uma excelente oportunidade de desenvolvimento profissional para esses colaboradores, que foram escolhidos pelas suas habilidades técnicas compatíveis com esse novo mer-cado”, explica Rodriguez.

Mais informações, acesse: www.shell.com.br/rh/

TODOS NóS ENFREN-

TAMOS ESCOLHAS

QUE PRODUzEM

CONSEQUêNCIAS NO

FUTURO. SEJA DESEN-

VOLVENDO OPORTUNI-

DADES OU PREVENDO

AMEAçAS. POR ISSO É

IMPORTANTE DESEN-

VOLVER UM ENTEN-

DIMENTO DOS POSSí-

VEIS DETERMINANTES,

TENDêNCIAS E INCER-

TEzAS QUE MOLDA-

RãO ESSE FUTURO.

Jeremy Bentham, vice-presidente de Ambiente de Negócios e diretor dos Cenários da Shell

Chemtech aposta em capacitação no exterior

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nível superior quanto os de nível médio profissionalizante devem es-tar cursando os dois últimos anos ou os quatro últimos semestres.

Para aqueles que já concluíram o curso, também é possível realizar estágio na Petrobras Distribuidora, desde que a instituição de ensino informe, por meio de declaração, que este é condição indispensável para a obtenção de certificado ou diploma.

Atualmente, a BR conta com 367 vagas de estágio aprovadas.

Embora o maior número de admis-sões esteja concentrado no início do ano, outros estagiários podem ser selecionados ao longo do ano, considerando o limite da dotação aprovada. Os benefícios mensais

variam de R$ 583,43 a R$ 865,02.O estágio tem duração de 12

meses improrrogáveis, com exce-ção dos estágios de Direito, que podem ser prorrogados por igual período. A carga horária diária é de 4 horas para o nível médio e superior, exceto para os estudan-tes do curso de Direito, que têm carga horária de 6 horas.

Há oportunidades em 38 cidades dos seguintes esta-dos: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambu-co, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Mais informações podem ser obtidas pelo SAC: 0800-789001.

O SaS, líDer De mercaDO em soluções e serviços de Business Analytics, conquistou a 4ª posição no ranking das ‘Melhores Empre-sas para se Trabalhar’ de 2014 no segmento de TI e Telecom no Brasil – mantendo-se na mesma colocação obtida no ano passado. O resultado tem como base uma tradicional pesquisa realizada pelo Great Place to Work® (GPTW). A premiação aconteceu no dia 7 de agosto, em São Paulo.

Para o SAS, a premiação reflete a política da companhia de valori-zação dos funcionários. “Acredita-mos na cultura de boa gestão de pessoas, pois consideramos o capi-tal humano o nosso principal ativo.

Dependemos disso para inovar e ter sucesso, portanto queremos que os nossos funcionários sempre estejam felizes e engajados”, afirma Tato Athanase, gerente de Recursos Humanos do SAS Brasil. E completa: “Estar entre as cinco melhores empresas para trabalhar no segmento em que atuamos nos dá muito orgulho e mostra que estamos no caminho certo.”

O cuidado com os funcionários é um dos fatores que reflete no cres-cimento das operações no Brasil, onde a receita de software aumen-tou 28% no ano passado. Com isso, a subsidiária brasileira alcançou a 7ª posição no ranking global da compa-nhia em faturamento com novas li-

cenças (que contempla mais de cem países). Neste ano, a expectativa é crescer 20%, com foco nas áreas de Fraude, Customer Intelligence, Risco e Data Management.

Neste ano, o GPTW não con-cedeu às empresas as premia-ções especiais, nas quais o SAS já conquistou todas as boas práticas que compunham as categorias. Em 2010, quando estreou no ranking, a companhia foi destaque na catego-ria ‘Inspirar, Falar e Escutar’. No ano seguinte, ganhou nas práticas de ‘Contratar, Compartilhar e Celebrar’ (assim como em 2013) e, em 2012, foi destaque na categoria ‘Agrade-cer, Envolver e Cuidar’.

Em sua 9ª edição, o Great Place To Work Tecnologia da Infor-mação contou com 223 empresas inscritas, sendo que cem foram premiadas. Juntas, elas represen-tam 287 mil funcionários.

sas entre as melhores empresas para se trabalhar

petrobras distribuidora

inscrições abertasEstão abertas as inscrições para o Programa de Está-gio da Petrobras Distribuidora, e elas podem ser feitas pelo site da Companhia até o dia 19 de outubro.

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a WärtSilä, líDer GlOBal “no fornecimento de motores e prestação de serviços para navios e usinas termelétricas, foi eleita dia 06 de agosto, pelo segundo ano consecutivo, uma das 35 melhores empre-sas para trabalhar no Rio de Janeiro, pelo instituto Great Place to Work®.

O estudo realizado pelo GPTW® avalia o índice de confiança dos funcionários em relação ao ambiente de trabalho e analisa as melhores práticas de gestão de pessoas. No Brasil, esta já é a 18ª edi-ção da premiação, que recebeu

o número recorde de 1.276 companhias participantes.

De origem finlandesa, a Wärtsilä chegou ao Brasil em 1990, onde opera seu escritó-rio matriz no Rio de Janeiro e centros de serviços em Niterói (RJ) e Manaus (AM). A empre-sa está presente, ainda, em outros seis estados brasileiros, nos quais já projetou e cons-truiu 29 usinas e ultrapassou a marca de 2,6 GW em potên-cia instalada. Na área naval, a companhia possui no país capacidade superior a 800 MW em mais de 200 navios e embarcações.

AES Brasilinscrições até 21/09/14vagas para: Administração, Eco-nomia, Contabilidade, Engenharias (todas), Tecnologia da Informação, Direitowww.aesbrasil.com.br/conteudo/trabalhenaaesbrasil

BASFinscrições até 25/09/14vagas para: Administração, Agronomia, Ciências Biológicas, Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Engenharias (todas), Farmácia, Química, Marketing, zootecnia.http://www.basf.com.br/sac/web/brazil/pt_BR/carreiras/oportunida-des/programa-trainee

GranEnergiainscrições até 30/09/14vagas para: Engenharias (todas), Administração, Economia, e afins.www.granenergia.com.br/pt/trainee/

Totvsinscrições até 30/09/14vagas para: Administração, Econo-mia, Engenharias (todas), Ciência da Computação, Sistemas de Informação.http://www.across.com.br/totvs/

Subsea 7inscrições até 03/10/14vagas para: Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Engenharia de Petró-leo e Gás, Engenharia Mecatrônica, Engenharia Eletrônica, Eletrome-cânicawww.vagas.com.br/vagas/v1002990/programa-trainee-offshore Mais informações, acesse: www.wartsila.com/pt_BR/inicio

bom para se trabalharEmpresa é eleita pelo segundo ano consecutivo como uma das 35 melhores para se atuar no Rio de Janeiro, segundo pesquisa.

Wärtsilä

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criaDO cOm O OBJetiVO de maximizar a participação da indústria nacional fornece-dora de bens e serviços, em bases competitivas e susten-táveis, na implantação de projetos de investimentos do setor de petróleo e gás natu-ral no Brasil e no exterior, o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) com-pletou dez anos de atividade e milhares de trabalhadores capacitados em unidades em todo o país.

Em parceria com o Prominp, o Plano Nacional de Quali-ficação Profissional (PNQP) oferece cursos gratuitos de nível básico, médio, técnico e superior, em mais de 175 categorias, para capacitar

profissionais ligados às ativi-dades do setor de petróleo e gás natural. Já passaram por cursos de qualificação milhares de profissionais, em cerca de 80 instituições.

A partir deste ano de 2014 o Prominp pretende intensi-ficar a qualificação pela rota Aluno-Empresa. O programa levou em conta a experiên-cia gerada ao longo dos seis processos seletivos públicos (ciclos) já realizados, e veri-ficou a necessidade de maior participação dos fornecedores na definição do processo de se-leção dos candidatos e do per-fil de entrada do profissional no mercado, como forma de garantir maior absorção pela indústria de petróleo e gás da mão de obra capacitada.

Visando facilitar o recru-tamento de profissionais qualificados pelos cursos, foi criado um banco de currícu-los online, situado no Portal de Qualificação Profissional do programa. Nesse banco é possível consultar, por loca-lidade, nível de escolaridade e categoria profissional, os dados pessoais e profissio-nais de todos os alunos que estão em curso e/ou que já concluíram a qualificação. O acesso ao banco de currícu-los é, portanto, restrito – as empresas interessadas devem se cadastrar no Portal no site do programa.

A indústria de petróleo e gás natural exige alto nível de qualidade técnica de to-dos os profissionais envolvi-

banco decurrículos

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dos e segurança em todos os procedimentos realizados, e tem previsto um forte inves-timento em novos empreen-dimentos e na manutenção e ampliação dos já existentes. Para acompanhar o aumento dos investimentos na indús-tria de petróleo, gás natural e biocombustíveis, é neces-sário elevar o número de profissionais qualificados.

plano nacional de qualificação profissional

No Brasil a qualificação profissional é considerada um complemento da educação

básica, propiciando a aquisi-ção de conhecimentos para acesso ao mercado de traba-lho, tanto para profissionais sem experiência, quanto para as pessoas que desejam am-pliar sua formação.

Dessa forma, foi estrutura-do, em 2006, o Plano Nacional de Qualificação Profissional (PNQP), com o objetivo de qualificar profissionais para atuação nos diferentes elos da cadeia de suprimento do setor. De 2006 a 2013 foram qualificados mais de 97 mil profissionais, com investimen-tos realizados de cerca de R$ 294 milhões.

O PNQP qualifica, por meio de cursos gratuitos, profissio-nais nos estados onde há in-vestimento na área de petróleo e gás. A quantidade e os tipos de cursos oferecidos depen-dem da localização dos empre-endimentos e do diagnóstico de profissionais necessários para implantação dos mesmos, de acordo com o cronograma das etapas de construção e montagem.

Além da gratuidade dos cursos, o plano prevê o pagamento de bolsas-auxílio mensais para os alunos que estiverem desempregados. Os cursos variam conforme o nível de escolaridade – são de nível básico, médio, téc-nico e superior, distribuídos em 185 categorias profissio-nais ligadas às atividades do setor –, e são executados pelas principais instituições

de ensino do país. O PNQP também pos-

sui cursos voltados para o desenvolvimento da média liderança (como os superviso-res e encarregados) e prepa-ratórios para certificação de profissionais (como é o caso dos inspetores). A Petrobras investe no PNQP condiciona-da à autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), uma vez que esses investimentos são abatidos das obrigações da companhia no que diz respeito à Cláusula de Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, constante dos Contratos de Concessão para Exploração, Desenvolvi-mento e Produção de Petróleo e Gás Natural.

A participação da indústria de petróleo e gás no processo de qualificação profissional é fundamental para os resul-tados esperados do plano, e o Prominp tem realizado ações de aproximação com as empresas do setor, traba-lhando em conjunto desde o levantamento da necessidade de qualificação profissional, passando pela revisão de conteúdo programático, até a seleção dos candidatos às vagas nos cursos e absor-ção dos profissionais quali-ficados. O resultado dessa aproximação foi a revisão da sistemática do PNQP, com as empresas participando efeti-vamente de todo o processo de qualificação.

A INDúSTRIA DE PE-

TRÓLEO E GÁS NATU-

RAL EXIGE ALTO NíVEL

DE qUALIDADE TéC-

NICA DE TODOS OS

PROFISSIONAIS ENVOL-

VIDOS E SEGURANçA

EM TODOS OS PROCE-

DIMENTOS REALIzA-

DOS, E TEM PREVISTO

UM FORTE INVESTI-

MENTO EM NOVOS

EMPREENDIMENTOS

E NA MANUTENçãO

E AMPLIAçãO DOS JÁ

EXISTENTES.

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a explOraçãO Da cama-Da pré-sal, descoberta em 2007, representa um desafio para o país em questão de logística, custo e tecnologia – são 7.000 m de profundidade a uma média de 200 km da cos-ta. Projeções indicam que, na década de 2020, o Brasil deve extrair quatro milhões de barris de petróleo por dia e exportar um milhão diariamente. Os leilões de petróleo devem ser retomados em 2015. No âmbito dos acontecimentos e para con-tribuir com o desenvolvimento de profissionais capacitados para atuar no promissor merca-do energético brasileiro, a Esco-la Politécnica da UFRJ promove em setembro de 2014 a quarta edição do MBA Executivo em Economia do Petróleo e Gás.

O curso tem como objetivo fornecer uma visão global das áreas de conhecimento que en-volvem a Indústria do Petróleo, habilitando os participantes a desenvolverem competência para compreensão dos fatos econômicos e técnicos ligados

ao segmento. A partir da abor-dagem econômico-financeira, o MBA capacitará o aluno a utilizar as novas ferramentas de gestão nesta indústria. A Economia do Petróleo é uma área de estudos interdisciplina-res, abrangendo e interligando conhecimentos diversos, tais como Exploração e Produção, Regulação e Legislação do Petróleo, Economia e Finanças, Logística e Distribuição, além de Gestão de Processos e Pes-soas. Também estão previstas simulações reais dos “Jogos de

Negócios” do mercado, como um Leilão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis, por exemplo. O corpo docente é composto por um time multidisciplinar, com profissionais do mercado e pro-fessores renomados dos cursos de Engenharia e do Instituto de Economia da UFRJ.

O MBA Executivo em Eco-nomia do Petróleo e Gás des-tina-se para profissionais com formação superior em Enge-nharia, Economia, Geologia, Administração de Empresas e

mBa na uFrJInscrições abertas para quem pretende aproveitar o último semestre do ano e dar uma aquecida na carreira. As aulas começam em setembro.

economia do petróleo e gás

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Comunicação Social, além de outros que tenham interesse em aprofundar seus conhecimentos e elucidar as questões que en-volvem a gestão e os sistemas da indústria de petróleo e gás.

As aulas começam no próximo dia 22 de setembro, e serão realizadas às segundas e terças-feiras, das 18h30 às 21h30, no Centro do Rio.

“O mercado promissor de Pe-tróleo e Gás tem movimentado os núcleos de recursos humanos na busca por profissionais com sólida formação nessa área. O curso, didático e interdisciplinar, é uma oportunidade para quem busca especialização, conhecimento de

excelência e diferencial no mer-cado. Além disso é ótima oportu-nidade para fazer networking e trocar experiências”, comenta o coordenador do curso, professor PhD Regis da Rocha Motta.

O curso possui duração de 18 meses e mais seis me-

ses para o desenvolvimento do projeto de fim de curso. Informações e inscrições pelo telefone (21) 3938-8066, 99571-5152, [email protected], [email protected], ou pelo site http://www.poli.ufrj.br/especializacao_mpeg.php.

a Ge FirmOu parceria com a ONG Worldfund para apoiar a capacitação de professores como parte do projeto STEM Brasil – sigla que, em inglês, traz as iniciais de Ciências, Tecnolo-gia, Engenharia e Matemática. Essa iniciativa socioeducativa tem como objetivo inserir nas escolas públicas novas meto-dologias de ensino que possam incentivar, nessas disciplinas, a criatividade dos alunos do Ensi-no Médio. Com o acordo, válido até o fim de 2015, a compa-nhia e a organização sem fins lucrativos esperam atender 40 escolas da rede pública esta-dual de São Paulo, impactando até 15 mil estudantes.

Os encontros de capaci-tação promovidos pelo STEM

Brasil buscam preparar e dar suporte de alta qualidade a professores de ciências e matemática que lecionam em escolas públicas brasileiras. A meta é contribuir para a me-lhoria drástica dos padrões de ensino para que alunos pos-sam cursar o ensino superior e seguir carreiras em áreas da engenharia e de outros cam-pos considerados economica-mente críticos.

Educação técnica e desen-volvimento profissional estão entre os pilares da GE para a sua atuação em sustentabili-dade. Ao apoiar o projeto, a companhia busca participar de um trabalho estruturado de longo prazo que poderá, inclusive, melhorar a posição

do Brasil nos rankings interna-cionais de educação.

Nas capacitações pre-senciais, já realizadas em diferentes cidades do inte-rior paulista como Rio Claro, Pindamonhangaba, Campos do Jordão e Araraquara, turmas de aproximadamente 40 profes-sores se dividem em grupos e são incentivadas a encontrar soluções para problemas e a trabalharem em sala de aula com projetos, que extrapolam as aulas tradicionais. Além de construir ideias, pesquisar e fazer experiências, os educado-res contam com o apoio de um facilitador que acrescenta de-safios e os estimula a descobrir novos caminhos para lecionar em sala de aula.

ensino de exatas em 40 escolas paulistasge e Worldfund

O CURSO TEM COMO OBJETIVO FORNECER UMA

VISãO GLOBAL DAS ÁREAS DE CONHECIMENTO qUE

ENVOLVEM A INDúSTRIA DO PETRÓLEO, HABILITAN-

DO OS PARTICIPANTES A DESENVOLVEREM COMPE-

TêNCIA PARA COMPREENSãO DOS FATOS ECONôMI-

COS E TéCNICOS LIGADOS AO SEGMENTO.

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parceria para o mercado acadêmico

eng e dassault systèmes

a eNG, piONeira em transferência de tecnologia, acaba de firmar acordo com a Dassault Systèmes, empresa 3DEXPERIENCE, líder mundial de software design 3D, Mock Up Digital 3D e soluções Product Lifecycle Management (PLM), para o fornecimento no merca-do educacional de software e treinamento nas tecnologias da empresa francesa.

Pelo acordo, toda a linha de produtos da Dassault Systèmes passa a integrar o Programa de Parceria Tecnológica Universitária da ENG, que há dez anos atende a mais de 130 universidades bra-sileiras para a transferência de tecnologia, atualização tecnoló-gica, licenciamento de software, capacitação de professores e equipes de TI, além de forneci-mento de licenças de software em condições especiais.

Passam a integrar o portfólio da ENG a plataforma 3DEXPE-RIENCE para Educação e Pes-quisa, que inclui os aplicativos Catia, Delmia, Simulia e Enovia, dedicadas a projetos em 3D desde a concepção dos sistemas integrados, planejamento e exe-cução das linhas de produção.

“Estamos muito animados com esta parceria com a Das-sault Systèmes porque é cres-cente a aceitação de sua linha de produtos entre as universida-des. A Dassault Systèmes conta com uma equipe de desenvol-vimento e apoio ao cliente que nos deixa tranquilos quanto aos resultados positivos às institui-ções de ensino participantes de nosso programa de parceria tecnológica”, comenta Álvaro Venegas, diretor da ENG. “Os principais usuários das soluções Dassault Systèmes no Brasil são as indústrias automobilísticas, aeronáutica, de petróleo e gás, além de produtos de consumo. As universidades têm a tarefa de capacitar os alunos para atender a este mercado, sendo

que a nossa Parceria Tecnológica Universitária visa capacitá-las para este desafio.”

“Ficamos felizes em anunciar essa parceria, que é muito impor-tante para fortalecer a presença da Dassault Systèmes no meio acadêmico. A ENG é um parcei-ro altamente qualificado para a transferência de tecnologia e temos certeza de que ajudará em nossos objetivos estratégicos no Brasil”, afirma Valéria Godoy, diretora-geral da Dassault Systè-mes para a América Latina.

As instituições de ensino que desejam se tornar uma Univer-sidade Parceira e ter acesso às vantagens desta parceria da ENG com a Dassault Systèmes, não podem deixar de visitar o site: www.eng.com.br.

Produtos da empresa francesa passam a integrar Programa de Parceria Tecnológica Universitária da ENG.

FICAMOS FELIzES EM ANUNCIAR ESSA PARCERIA, qUE é MUITO IMPORTANTE PARA FORTALECER A PRESENçA DA DASSAULT SyS-TèMES NO MEIO ACADêMICO. A ENG é UM PARCEIRO ALTAMEN-TE qUALIFICADO PARA A TRANS-FERêNCIA DE TECNOLOGIA.

valéria Godoy, diretora-geral da Dassault Systèmes

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r o B Ó t i C aé diferencial na formação de novos profissionais

a tecNOlOGia De autOmaçãO, permite que empresas trabalhem mais rápido, com mais segurança e produ-zindo produtos com qualidade otimiza-da, ultrapassando os limites humanos. Apesar de ser um mercado aquecido, o setor tem como desafio a formação de novos profissionais, que atuem como engenheiros de automação.

Com a estratégia de atrair visibili-dade para a área de estudo, e formar graduandos mais preparados para o mercado, a PUC-PR investiu, em mar-ço, na compra de braços robóticos, tecnologia do grupo Universal Robots que é distribuída no Brasil pela Pollux Automation.

Os robôs são utilizados na gra-duação de Engenharia de Controle e Automação (Mecatrônica), além de

Braços robóticos da dinamarquesa Universal

Robots (UR) participam na educação de

graduandos em Mecatrônica pela

Pontifícia Universidade Católica do

Paraná (PUC-PR)

Universal Robots

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fazerem parte de diversos ou-tros cursos de especialização da universidade.

“Há dois projetos em que alunos usam os braços robóti-cos UR como ferramentas de integração em células flexíveis de montagem, com o uso de SmartCamera e inteligência artificial, e de integração com célula flexível de usinagem”, explica o Prof. Ricardo Diogo, coordenador do curso de Enge-nharia de Controle e Automa-ção (Mecatrônica) da institui-ção paranaense.

Tais projetos fazem parte do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e do Programa Institu-cional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnoló-gico e Inovação (Pibiti).

As etapas do uso da ro-bótica como instrumento de ensino nas universidades são, inicialmente, relacionadas à montagem e programação de pequenos robôs.

Posteriormente, o estudo prático da aplicação de méto-dos de programação, e integra-ção com sistemas produtivos e automatizados, é aplicado. “O curso tem um viés muito científico também, usando a tecnologia existente dos laboratórios para a realização de pesquisas”, acrescenta o coordenador.

“As instituições que incor-poram essas soluções, auto-maticamente, passam a ter acesso ao portal da Universal Robots e à rede de universida-

des e centros de pesquisa, espalhados pelo mundo, que já utilizam os robôs”, des-taca Alexandre Cassanello Amaral, Sales Manager – Latin America da Universal Robots.

Ele explica que a solução pedagógica é inovadora e tem como principal diferencial ser uma tecnologia colaborativa, segura (para automaticamente quanto encontra resistência) e que é facilmente programada para as mais diversas atividades.

“O robô colaborativo tem inúmeras aplicações como ferramenta pedagógica, tanto no ensino médio, no qual pode ser utilizado como um verda-deiro ‘assistente’ do professor e ‘parceiro’ dos alunos, como no ensino técnico e superior, possibilitando vivência prática das aulas teóricas em diversas

áreas, além de desenvolvi-mento aguçado do raciocínio e da lógica”, observa Geraldo Veroneze, diretor comercial da Pollux Automation.

incentivo deve vir “do berço”Para que se interessem

pelas áreas tecnológicas, os estudantes devem receber estímulos ainda jovens, desde o Ensino Fundamental. “É certo que aqueles que queiram se aventurar na engenharia preci-sam de mais base de estudos, principalmente quanto a con-ceitos matemáticos. Por essa defasagem, o número de de-sistências durante a graduação acaba sendo alto”, acredita.

Outra questão apontada por Ricardo Diogo é o empenho necessário para se estudar en-genharia. “Muitos dos estudan-tes não enxergam os benefícios de uma formação, desistem e acabam não colhendo bons frutos no futuro”.

AS INSTITUIçÕES qUE INCORPORAM ESSAS SOLUçÕES, AUTOMATICAMENTE, PASSAM A TER ACESSO AO PORTAL DA UNIVERSAL ROBOTS E à REDE DE UNIVERSIDADES E CENTROS DE PESqUISA, ESPALHADOS PELO MUNDO, qUE JÁ UTILIzAM OS ROBôS.

Alexandre Cassanello Amaral, Sales Manager - Latin America da Universal Robots

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CursosUFF – UNivERSiDADE FEDERAL FLUMiNENSEGestão de Negócios SustentáveisOs cursos desenvolvidos e ministrados pelo Latec têm por objetivo ampliar a competência gerencial do profissional. Estruturam-se em disciplinas técnicas, comportamentais e gerenciais.

A organização onde você trabalha pode conveniar-se ao Latec e, assim, obter melhores condições de financiamento para seu investimento no de-senvolvimento profissional de seus colaboradores.Desenvolvimento em SMS e Fundamentos do GRI (Global Reporting Initiative).

Baseado nos conceitos do Desenvolvimento Sustentável, o programa aborda a Gestão Ambiental, a Saúde e Seguran-ça Ocupacional e a Responsa-bilidade Social Corporativa.informações: [email protected] Tels.: (21) 2629-5610(21) 97675-4495www.latec.com.br

UFRJ – UNivERSiDADE FEDERAL DO RiO DE JANEiROGestão AmbientalCoordenador: Paulo Renato Diniz Junqueira BarbosaNível: Especialização

Endereço: Avenida Athos da Silveira Ramos, 149 - Prédio do Centro de Tecnologia - Bloco D - Sala 202 - Cidade Universitária - Rio de Janeiro - RJ - CEP.: 21.941-909Tel.: (21) 2562-7982Fax: (21) 2562-7994www.poli.ufrj.br

Análise de Riscos e Desastres AmbientaisCoordenadora: Ana Maria Bueno NunesNível: EspecializaçãoEndereço: Av Athos da Silveira, 274, bloco Finformações: [email protected] Tel.: (21) 3938-9461Fax: (21) 3938-9461www.igeo.ufrj.br

Pós-graduação em química orgânica, físico-química, quí-mica inorgânica e bioquímica Doutorados com ênfase no setor de petróleo e gás natural e um mestrado com ênfase em química do petróleo.informações: [email protected] Tels.: (21) 3590-0990(21) 3590-9159(21) 3590-9060 www.ufrj.br

Engenharia civil para o setor de petróleo e gás Doutorado em quatro cursos

com ênfase no setor de pe-tróleo e gás natural, mestre/doutor sistemas petrolíferos, em sistemas computacionais destinados à indústria do pe-tróleo e em engenharia offshore.informações:[email protected] Tel.: (21) 3564-1165

Sistemas oceânicos e tecnologia submarina para exploração de petróleo e gás em águas profundas Doutorado em cinco cursos: engenharia de exploração de petróleo no mar, Engenharia submarina, Engenharia de sis-temas flutuantes oceânicos, Projeto estrutural de sistemas oceânicos e Hidrodinâmica de sistemas oceânicosInformações:[email protected] (21) 2562-7062

PUC– PONTiFíCiA UNivERSiDADE CATóLiCA – RiO DE JANEiROPrograma de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais e de Processos químicos e Metalúrgicosinformações:[email protected].: (21) 3527-1776 Fax: (21) 3527-1236Departamento de Ciência dos Materiais e Metalurgia

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Rua Marquês de São Vicente, nº 225/501 CEP:22453-900 Gávea Rio de Janeiro - RJ Horário de atendimento:de 8:30 às 17:30 horas Secretária: Carmem Façanhawww.puc-rio.br/ensinopesq/ccpg/progmet.html

Programa de Pós-Graduação em Relações internacionais Instituto de Relações Interna-cionaisR. Marquês de São Vicente, 225 Vila dos Diretórios, casa 20. Gávea, Rio de JaneiroHorário de atendimento:de 9h às 12h e de 14h às 16h Secretária: Lia Gonzalezwww.iri.puc-rio.br informações:[email protected].: (21) 3527-1557(21) 3527-1558Fax: (21) 3527-1560

UNiCAMP – UNivERSiDADE ESTADUAL DE CAMPiNASCiências e engenharia dos recursos naturais de óleo e gás. Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro): 1. Enge-nharia do petróleo; 2. Geolo-gia de recursos petrolíferos; 3. Química do petróleo; 4. Ciências e engenharia do petróleo: Reservatórios & gestão; Explotação; 5. Regu-lação e inovação em siste-mas energéticos.

informações: [email protected] Tels.: (19) 3788-3339(19) 3788-4663www.unicamp.br

USP – UNivERSiDADE DE SãO PAULO Programa de Pós-graduação In-terunidades em Energia da USP. Cursos com ênfase no setor de petróleo e gás natural: multidisciplinar em sistemas energéticos com ênfase no estudo da regulação, economia e política do petróleo e gás natural.informações:[email protected] Tel.: (11) 3091-2631 www.iee.usp.br

Engenharia Naval e Oceânica. Doutorado: dois cursos com ênfase no setor de petróleo e gás natural. informações:[email protected] Tel.: (11) 3818-5413 www.usp.br UNivERSiDADE POTiGUAREngenharia de Petróleo e GásGestão Profissional; Normaliza-ção de Trabalhos Acadêmicos; Geologia aplicada ao petróleo e gás; Geofísica de exploração; Geoquímica do petróleo e gás; Modelagem matemática e geo-estatística; Perfuração e enge-nharia de poços; Engenharia de

produção de petróleo; Engenha-ria de reservatórios; Engenha-ria de refino e petroquímica; Engenharia de abastecimento; Gestão de projetos em petróleo & gás; Gestão ambiental, perícia e segurança do trabalho; Legis-lação do Petróleo e Gás Natural; Trabalho de Conclusão de Curso.informações: Tels.: (84) 3215-8520 (84) 3216-8666http://unp.br/curso/engenharia-de-petroleo-e-gas/

UFRN – UNivERSiDADE FEDERAL DO RiO GRANDE DO NORTEEngenharia de PetróleoCoordenadora: Vanessa Cristi-na SantannaO curso de Engenharia de Petróleo tem como objetivo a aplicação da ciência de enge-nharia de petróleo e o uso de diversas tecnologias na solução de problemas aplicados a esta engenharia. Destina-se à for-mação de profissionais capazes de atuar em áreas da indústria de petróleo, principalmente nos segmentos de exploração e explotação de jazidas e facilida-des de perfuração e produção de petróleo, conhecido como segmento “upstream”.informações: [email protected] Tel.: (84) 9167-6594http://www.sistemas.ufrn.br/portal/PT/

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QUANDO ESTAMOS DIANTE DE UMA ESCOLHA

PROFISSIONAL, O IDEAL SERIA PODERMOS

FAzER A SEGUINTE PERGUNTA: – EU

ExECUTARIA ESSAS ATIVIDADES DE GRAçA?

SOMENTE NO CASO DE RESPOSTA POSITIVA,

ENTRARíAMOS NA SEGUNDA PARTE, OU SEJA,

QUANTO QUEREMOS GANHAR.

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venHa traBalHar ConosCoa prOFiSSãO que eScO-lhemOS é algo com que teremos que conviver até a aposentadoria, cada vez mais distante, o que significa que teremos que trabalhar muito mais tempo que nossos pais. Uma escolha inadequada nos leva a uma não realização profissional.

Muitas vezes podemos mudar de área ou de setor ao longo de nossa vida laboral, mas, o mais importante é es-tarmos sempre fazendo o que gostamos. É claro que a remu-neração tem que ser levada em conta, mas tem que vir por meio de algo que também nos motive e nos empurre para a frente. Estar de bem com a vida é a pedra filosofal do sucesso.

Nesse aspecto o setor de petróleo e gás oferece ótimas

condições e inúmeras opor-tunidades, pois permite que, na prática, possamos sempre encontrar uma atividade que se enquadre em nosso perfil profissional e, normalmente, com remuneração atrativa e desafiadora se comparada com outros segmentos da econo-mia. Temos reservas significa-tivas de óleo e gás e teremos que monetizá-las.

Para entendermos o univer-so de possibilidades torna-se necessário explicitar como funciona o setor:

Num primeiro nível estão as companhias de petróleo, responsáveis pela exploração e produção de petróleo, seu transporte, refino, comercia-lização e distribuição. Num segundo nível estão as empre-sas operadoras, prestadoras de

serviços que são contratadas pelas empresas de petróleo para executar tarefas específi-cas, tais como: perfurar, fazer sísmica, transportar, prestar apoio logístico, enfim executar atividades inerentes à cadeia produtiva, sem, entretanto, se envolverem com a posse e a negociação do petróleo e de seus derivados.

As empresas de petróleo quando executam suas ope-rações diretamente ou por intermédio de suas operadoras contratadas desenvolvem seus projetos e empreendimentos utilizando outro tipo de empre-sas, as contratadas principais. Conhecidas como “epecistas”, neologismo utilizado no setor que vem da sigla em inglês EPC – E de engineering, P de procurement e C de construc-

por alberto machado Neto

Artigo especial

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tion, representam o conjunto de empresas que são contra-tadas para executar o todo ou parte de um empreendimento, como uma plataforma ou uma unidade de refinaria. Como contratadas principais são tam-bém utilizados estaleiros, que são um tipo de “epcista” que constrói navios. Tais empresas são responsáveis por entregar o empreendimento pronto para a contratante operar.

No nível seguinte estão as empresas de projeto de engenharia, normalmente con-tratadas pelas epcistas para executar o “E”, o qual significa o conjunto de projetos básico e de detalhamento.

Uma vez executado o projeto de detalhamento, começa a fase “P”, que se refere à compra dos materiais e equipamentos necessários ao empreendimento e também às contratações dos diversos serviços envolvidos na construção e montagem, que constituirão o “C”.

Por seu turno, as máqui-nas e equipamentos serão encomendados nos diversos fornecedores, os quais vão movimentar outro nível de engenharia, designado como engenharia de produto, e vão movimentar uma série de outras indústrias, responsáveis pelo suprimento de materiais, partes, peças, componentes e acessórios que vão compor as máquinas e equipamentos. Todo este “cluster” de empre-sas tem que ser respaldado por estudos de viabilidade eco-

nômica, por contratos, paga-mentos, legislação tributária, cuidados com a saúde, com a segurança, com a preserva-ção do meio ambiente e ainda contar com adequado suporte logístico.

Existem ainda outras ver-tentes de oportunidades que se somam às possibilidades já citadas: existem demandas nas academias, nos centros de P&D&I, nas financiadoras, na imprensa especializada e ainda nas agências reguladoras, nas entidades de classe e nos órgãos dos diferentes níveis governa-mentais. Obviamente, tudo tem que ser executado por pessoas e uma delas pode ser você.

Mas, como foi visto ante-riormente, se é difícil identifi-car todas as áreas envolvidas no setor de petróleo e gás e conhecer as fronteiras do co-nhecimento necessário mesmo para quem milita no setor há muito, imagine o que se passa na cabeça de uma pessoa jo-vem que está se graduando ou se preparando para ingressar em uma universidade.

Para começar, uma sólida formação é a base de tudo e o domínio de um segundo idioma, preferencialmente o

inglês, também. A educação continuada e a informação atualizada são fundamentais. As pessoas têm que se man-ter informadas e, como não é possível acompanhar todos os assuntos com o mesmo nível de detalhe, é importante buscar determinados nichos e acompanhá-los de perto.

Também devemos partici-par ao máximo dos eventos. Existe uma grande quantidade de seminários, palestras e ex-posições, nos quais é possível encontrar pessoas, conversar, conhecer e ser conhecido.

Atualmente as redes sociais e os diversos sites de associa-ções, organizações e empresas são excelentes ferramentas para conhecermos as oportuni-dades para ingresso no setor, muitas vezes já concretas na forma de recrutamento, tipo: “venha trabalhar conosco”.

Por último, resta-nos juntar as peças e montar o quebra-cabeça de modo a tomar a decidir qual caminho seguir. As oportunidades estão aí e lembrando um antigo provér-bio chinês: “três coisas nunca retornam: a palavra proferida, a flecha disparada e a oportu-nidade perdida!”.

alberto machado Neto, M.Sc.– Engenheiro, profes-

sor e coordenador acadêmico do MBA em Gestão em

Petróleo e Gás da Fundação Getúlio Vargas e diretor

executivo da Associação Brasileira da Indústria de

Máquinas e Equipamentos.

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