Guia Do Trabalho Cientifico - Ferrarezi Junior Celso.epub
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CoordenaçãodetextoCarlaBassaneziPinsky
PreparaçãodetextosLilianAquino
RevisãoRenataTruyts
DadosInternacionaisdeCatalogaçãonaPublicação(CIP)
(CâmaraBrasileiradoLivro,SP,Brasil)
FerrareziJunior,CelsoGuiadotrabalhocientífico:doprojetoà
redaçãofinal:monografia,dissertaçãoetese/CelsoFerrareziJunior.–SãoPaulo:Contexto,2013.
Bibliografia.ISBN978-85-7244-763-8
1.Metodologia2.Métodosdeestudo3.
Pesquisa4.Trabalhoscientíficos5.Trabalhoscientíficos–Normas6.Trabalhoscientíficos–RedaçãoI.Título.
11-01062 CDD-808.066
Índiceparacatálogosistemático:
1.Trabalhoscientíficos:Formataçãoenormalização:Redação808.066
2013
EDITORACONTEXTODiretoreditorial:JaimePinsky
RuaDr.JoséElias,520–AltodaLapa05083-030–SãoPaulo–SP
PABX:(11)38325838contexto@editoracontexto.com.brwww.editoracontexto.com.br
Sumário
Apresentação
Entendendoaorganizaçãodosistemaacadêmicobrasileiro
Aelaboraçãodoprojeto
Ametodologiacientíficaeoprojetocientífico
ElementosdoprojetocientíficoConstituintesdecadapartedoprojetocientíficoAmadurecendoumtemadepesquisa
ExemplificaçãodoselementosdoprojetocientíficoCapaefolhaderostoFolhadeidentificaçãoApresentaçãoJustificativaObjetivosReferencialteóricoMetodologiaCronogramaCusteioReferências
Redaçãodoprojeto
Notas
Metodologiaparaformataçãodemonografias,dissertaçõeseteses
ConfiguraçãodapáginaedaescritaTamanhodopapelÁreadeaproveitamentodopapelTabulaçãopadrãoTabulaçãodacitaçãoTabulaçãodanotaderodapéTabulaçãodacapaTabulaçãodafolhaderostoTabulaçãodafichacatalográficaTabulaçãodesumárioeíndicesTabulaçãodeagradecimentosededicatóriaTabulaçãodoresumo(abstract,résuméetc.)
TabulaçãodapáginadeavaliaçãoTabulaçãodatabeladeabreviaturasTabulaçãodanumeraçãodaspáginasTabulaçãodetabelas,figurasegráficosTabulaçãodasreferênciasedabibliografiaFontesTamanhosdasfontesEstilodafontepadrãoEstilosdasfontesnacapaenafolhaderostoEstilodafontepadrãonostítulosEstilodafontepadrãonascitaçõesEstilodafontepadrãonasnotasderodapéEstilosdasfontesnosagradecimentosenadedicatóriaEstilodafontepadrãonoresumo(abstract,résuméetc.)EstilodafontepadrãonapáginadeavaliaçãoEstilodafontepadrãonatabeladeabreviaturasEstilodafontepadrãonanumeraçãodaspáginasEstilodafontepadrãoparareferênciasebibliografia
ElementosconstituinteseordemdasseçõesOrdemdasseçõesElementosdacapaElementosdalombadaElementosdafolhaderostoElementosdaerrataElementosdafichacatalográficaElementosdapáginadeavaliaçãoElementosdafolhadeagradecimentosElementosdafolhadededicatóriaEpígrafeElementosdoresumo(abstract,résuméetc.)ElementosdalistadeilustraçõesedalistadetabelasElementosdalistadeabreviaturasesiglasListadesímbolosElementosdosumárioElementosdaintrodução,doscapítulos,daconclusãoElementosdasreferênciasedabibliografiaGlossárioApêndiceAnexoÍndice
Apresentaçãográficadoselementostextuais,préepós-textuais
Notas
Normasparareferênciasecitações
ReferênciapadrãodelivroTese,dissertação,monografianotodo
Referênciapadrãodeartigopublicadoemlivroouperiódicoecapítulodelivro
Referênciapadrãodeperiódico
Referênciapadrãoemnotaderodapé
Referênciadematerialdainternet
Referênciademapa
ReferênciadeVHSouDVD
ReferênciadaBíbliaSagrada
ReferênciadeCD-ROM
Referênciadeprogramaparacomputador
Referênciadeentrevista
Referênciadefotografia
Citaçãopadrãoparatexto
Referênciaecitaçãoemnotaderodapé
Nota
Normasparaapresentaçãodeartigoscientíficos
ComoorganizaroconteúdodeseuTCC,dissertaçãooutese
Bibliografia
Oautor
Apresentação
OensinosuperiordegraduaçãojáfoiprivilégiodepoucosnoBrasil.Após-graduação,então,nemsefala:apenasalgunschegavam lá.Entretanto,oprocessodedemocratizaçãodoensinosuperiornopaísocorridonosúltimosanoslevoumilharesdepessoasaessesníveisdeestudo.ProgramasdeEducaçãoaDistânciatambémmultiplicaramcursosehabilitações.Comoformadecomprovarascompetênciasadquiridaspelosalunosaolongodajornadaacadêmica,
todosessescursosexigemaelaboraçãodeumtrabalhofinal.Nagraduaçãoenapós-graduaçãoemníveldeespecialização(latosensu),essetrabalhoécomumentechamadodeTCC (TrabalhodeConclusãodeCurso).OTCCpodeserumamonografiaouumartigocientífico,conformeapropostadecadainstituição.Emcursosdemestrado,otrabalhofinaladquireaformadeumadissertaçãodemestradoe,noscursosde doutoramento, deve ser uma tese doutoral. Cada um desses trabalhos finais tem características,formatoedimensãoespecíficos.Infelizmente, muitos alunos não recebem em seus cursos todas as informações necessárias para a
elaboração desses trabalhos complexos. São obrigados a pesquisá-las por conta própria e, diante dasdificuldades,muitosseveemperdidosedesmotivados.AlunosqueteriamplenacondiçãodefazerseuTCC, dissertação ou tese e apresentá-lo orgulhosamente à instituição, acabam sucumbindo nomeio doprocesso por falta de orientação. Uma minoria chega a optar por caminhos escusos e altamentereprováveis,comopagarporajudaexterna,plagiartextosexistentesoumesmocomprarotrabalhoprontodeescritóriosilegaisespecializadosemvendasdetrabalhosacadêmicos,diretamenteoupelainternet.Estelivro,escritocombasenasexperiênciasemorientaçõesdegraduaçãoepós-graduaçãoquetive,
vememsocorrodosalunoscomdificuldadesparaorganizareredigirseustrabalhos.Noformatopassoapasso, traz todas as informações necessárias para a elaboração de trabalhos finais de boa qualidade,sejam eles artigos,monografias, dissertações ou teses.Nada de dicas emacetes para cortar caminho!Mas,sim,instruçõesclarassobreamelhormaneiradeelaborareapresentarumtextoacadêmico,desdeoprojetoinicialatéaredaçãofinalnoformatoesperadopelainstituição.Essasinstruçõesvêmilustradascomexemplosretiradosdetrabalhosreais,elaboradosnasmaisdiversasáreasdepesquisa,apresentadoseaprovadosemboasinstituiçõesbrasileiras.Éclaroqueolivronãotrazminúciassobreasorientaçõesdeprocedimentosparticularesdecadaárea
depesquisa,poiselasdevem,obrigatoriamente,fazerpartedoprogramaacadêmicoepodemserobtidasnos cursos específicos sobre osmétodos e as técnicas das disciplinas.O importante é que aqui estãoacessíveisosprocedimentoscomunsdeelaboraçãoeapresentaçãodetextosacadêmicos,doprojetoaotrabalhofinal.Estaobranãoadotaasregrasprescritasparaumtrabalhocientífico,poisoformato“livro”atendeaoutroscritérios,diferentesdosdaproduçãoacadêmicanormatizada.Tenho certeza de que se trata de um material de referência, essencial para todos os alunos de
programasnível superior.Por issomesmo,sinto-mefelizporapresentá-loavocê.Bomproveitoeumótimotrabalho!
*
Afiguradocientistamaluco,descabeladoesujo,quesalvaomundosozinho,usandotubosdeensaiovelhos em seu laboratório secreto localizado em algum porão faz parte do imaginário de muitosestudantes. Essa imagem, que é alimentada em filmes e outras obras de ficção, decididamente nãocorrespondeàrealidadedofazercientífico.O verdadeiro fazer científico é coletivo, é obra que se toca a várias mãos, com confluência de
esforços e conjunção de inteligências. Este livro é uma prova disso. Foi graças à participação daspessoasrelacionadasaseguirqueconseguireunirumconjuntoextremamentesignificativodeexemplosde textosdeprojetosede trabalhoscientíficosdediversasáreasdoconhecimentohumano.São textosreaisdepessoas reais, que fazemciênciadeverdadeemummundoquenão sobrevivede fantasiososlaboratóriosdeporão.Atodaselas,aminhamaissinceragratidão:
AlexandreCoutinhoAndersonSalvaterraMagalhãesAngelinaPontesdaCostaAuxiliadoradosSantosPintoBethBraitBetinaS.B.BassaneziCarlaBassaneziPinskyCéliaCorreiaMalvasClaudionorAlmirSoaresDamascenoEdilenedaSilvaNascimentoEneGlóriadaSilveiraÉricaNeringFranciscoFerrazLaranjeiraFabíolaFerreiraOcampoHelitonRobertoIturriAlencarIlanaPinskyStreingerIracemaRodriguesRibeiroJaimePinsky
JoiceMeloVieiraJoséGeraldoCostaGrilloJoséOtávioValianteLourdesM.G.C.FeitosaLucianaPinskyMarceloMonacoMariaMarleneAlvesBraúnaMariaSílviaC.B.BassaneziMateusYuriRibeirodaSilvaPassosNeilianydaCruzAssunçãoPauloNunesDantasPedroPauloFunariRenataSennaGarraffoniRenatoBeozzoBassaneziRobergineiaÁureadeFariasMoraisRosaAntôniaDutraRosemeireFerrareziValianteSilvaneFandinhoCampos
É uma grande honra paramim compartilhar com esse grupo de profissionais e com os editores, osprofessoresJaimeeCarlaPinsky,partedoscréditosdotrabalhodeelaboraçãodeumlivrodereferênciapara um grupo significativo de estudantes de graduação e pós-graduação que buscam uma orientaçãoacessível e segura para o desenvolvimento de seus trabalhos científicos. Sou muito grato também àequipedaEditoraContexto,que,deformamuitoespecialeativa,participounaconstruçãodestaobra,dandoaelaumcaráterinovadoreimprimindosuamarcacaracterísticadequalidadeerespeitoaoleitor.
*
Emboramuitos duvidem, cientistas são humanos.Assim como estudantes que estão começando suacarreira,cientistastambémsedecepcionam,pensamemdesistireprocuramajudanocoração,alémdebuscá-lanarazão.Ofazercientíficotambéméinfluenciadopelasubjetividadedoautor;traçosdecaráter,concepçõesmorais e éticas, perseverança e disciplina pessoal interferemdemaneira inescapável nosresultados do trabalho. Por isso, creio que cabem aquimais dois agradecimentosmuito especiais. O
primeiro,àminhamãebiológica,YvoneFerrarezi,quemeensinouamelibertardaforma.Osegundo,àminhamãeadotiva,IaraMariaTeles,queme(re)ensinouaimportânciadaforma.Noencontrodasduaslições,acheioequilíbrio.
Entendendoaorganizaçãodosistemaacadêmicobrasileiro
Nãoétodoestudantequeentendebemaorganizaçãodosistemaeducacionalbrasileiroeseusníveisdeensino.Nemtodossabem,porexemplo,adiferençaentreumapós-graduaçãostrictosensueumapós-graduaçãolatosensu.Estecapítulointrodutórioserveparavocêsesituarnosistemaeterumaclarezamaiorarespeitodasexigênciasdecadatipodetrabalhodeconclusãoexigido.Comecemospelosníveiseducacionaisesquematizadosnoquadroaseguir:
Agora,vamosconhecermaisdetalhadamentecadaumdessesníveis.
•Educação Infantil (art. 30) – Compreende o trabalho efetuado em creches e pré-escolas comcriançasantesdaidadeescolarpadrão(seisanos).
•Ensino Fundamental (art. 32) – Desenvolvido nas escolas durante nove anos, após a educaçãoinfantileantesdoensinomédio.
•EnsinoMédio (art. 35) –Ocorre após o ensino fundamental e temduraçãomínimade três anos.Pode ser profissionalizante ou propedêutico, isto é, com a única finalidade de preparar paraconcursosvestibulares.
•Graduação–Primeiraetapadoensinosuperior.Aduraçãodependedecadacursoescolhido,dasnormas institucionaisedas regrasdosconselhos reguladoresdasprofissões (quandohá).Conferegrauediplomaquepodeserdebacharel(formaçãotécnica),licenciado(formaçãopedagógicaque
permiteaograduadoexerceromagistério)ouambos.•Aperfeiçoamento–Cursodepós-graduação(ouseja,depoisdeconcluídaagraduação)latosensucomduraçãomínimade180horas,visandoaoaperfeiçoamentoemdeterminadoaspectopontualdaformação profissional do estudante. Lato sensu significa “geral”, “amplo”. Em outras palavras,trata-se ainda de uma formação de base. Não confere grau, mas fornece um certificado quecomprovaaconclusãodocurso.*Requisitosparaingresso–Graduação(algumasinstituiçõesexigemqueagraduaçãotenhasidonamesmaáreadoaperfeiçoamentoescolhido).
•Especialização–Cursodepós-graduaçãolatosensucomduraçãomínimade360horas,visandoaoaprofundamentodaformaçãoconferidanagraduação,comênfasenainiciaçãoàpesquisacientíficaformalenoamadurecimentointelectual.Nãoconferegraueécomprovadoporcertificado.*Requisitosparaingresso–Graduação(algumasinstituiçõesexigemqueagraduaçãotenhasidonamesmaáreadaespecialização).
•Mestrado –Primeira etapadapós-graduação strictosensu, varia emduraçãode acordo comasexigênciasinstitucionais(nogeral,deumanoemeioatrêsanos,podendochegaraquatrooucincoanos, conforme as especificidades de cada área).Stricto sensu significa “específico”, “pontual”,“restrito”. Trata-se, portanto, de uma formação mais aprofundada e relacionada a um objeto deestudo bem definido. Assim, o mestrado visa à formação científica do graduado, que devedemonstrar um domíniomais complexo no campo da pesquisa, na área e no tema escolhidos. Omestrando deve ser aprovado em disciplinas formais, apresentar um trabalho por escrito – adissertaçãodemestrado–edefendê-lopublicamentediantedeumabancaexaminadoracompostapor três profissionais qualificados. O resultado final precisa ser relevante e comprovaramadurecimento intelectual e conhecimentos relativos à bibliografia concernente. Confere grau ediplomademestre.*Requisitosparaingresso(emgeral):a)Graduação(amaioriadasinstituições,hoje,exigequeagraduaçãotenhasidonamesmaáreaouáreaafimàdomestrado);
b)Apresentaçãodeprojetodepesquisaoumonografia(amaioriadasinstituiçõestempreferidooprojetodepesquisa);
c)Apresentaçãodecurrículopessoalcompletoecomprovado;d)Aprovaçãoemprovadeconhecimentoespecíficodaáreadomestrado(queocorreemumaouduasfases,dependendodainstituição);
e)Aprovaçãoemprovadelínguaestrangeira(amaioriadasinstituiçõesexigeoinglês,masháasqueaceitemfrancês,alemãoouespanhol);
f)Aceitaçãodeumorientador (consiste em ter a anuênciade algumdosprofessores efetivosdoprogramaparaseuprojetodepesquisa).
•Doutorado–Segundaetapadapós-graduaçãostrictosensu;constitui-senoúltimograuacadêmicoquepodeseralcançadonosistema.Aduraçãomédiadeumdoutoradoatualmentevariaentredoisequatroanos(podendo,entretanto,chegaraoitoanosemalgumas instituições).Visaàexecuçãode
pesquisacientíficainédita,originalerelevanteparaoprogressocientífico,proporcionandoumgrauelevado de formação científica e relativa independência intelectual do doutorando. Exige grandedomíniodoconhecimentoespecífico,dabibliografiaconcernenteedosprocedimentosdepesquisaacadêmica, que deve ser demonstrado pela aprovação em disciplinas formais e pela escritura edefesa pública de uma tese doutoral avaliada por uma banca examinadora composta por cincomembrosaltamentequalificados.Conferegrauediplomadedoutor.*Requisitosparaingressonodoutorado(emgeral):a)Graduaçãooumestrado,dependendodainstituição(amaioriadasinstituições,hoje,exigequesejanamesmaáreaouáreaafimàdodoutorado);
b)Apresentaçãodeprojetodepesquisainéditoeoriginal;c)Apresentaçãodecurrículopessoalcompletoecomprovado;d)Aprovaçãoemprovadeconhecimentoespecíficodaáreadodoutorado(queocorreemumaouduasfases,dependendodainstituição);
e) Aprovação em prova de duas línguas estrangeiras (a maioria das instituições exige o inglêsassociadoafrancêsoualemãoouespanholouitaliano);
f)Aceitaçãodeumorientador (consiste em ter a anuênciade algumdosprofessores efetivosdoprogramaparaseuprojetodepesquisa).
Como você pôde perceber, cada nível do ensino superior tem sua especificidade, e quanto maisavançada a formação do aluno, maiores as exigências em relação ao trabalho final que ele deveapresentar.Osistemabrasileirodeensinosuperiorsegueosmoldesdosistemaeuropeuedifereemalgunspontos
doqueéadotadonosEstadosUnidos.Paranãohaverdúvidas,comecemoscomumquadrocomparativoquemostraadiferençaentreaformaçãopautadapelosistemanorte-americanoeapautadapelosistemaeuropeu:
Quadrocomparativoentreossistemasdeensinosuperiornorte-americanoeeuropeu
Sistemanorte-americano
Sistemaeuropeu(adotadonoBrasil)
Graduação GraduaçãoAperfeiçoamento
(CursosdotipoMBA)Especialização
ouAperfeiçoamentoMestrado
(MasterScience–MS) Mestrado
PhD(PhilosophusDoctorum) Doutorado
Vejamos, agora, respostas objetivas para algumas das perguntas que normalmente são feitas pelosuniversitários.
Oqueéumaáreaafimequemdefineisso?Áreasafinssãoáreasdeconhecimentoconsideradaspróximas,diretamenterelacionadasentresi.Essa
relaçãodeproximidadeéimportantenosestudosacadêmicos,poisdefine,porexemplo,apossibilidadelegaldetransferênciadeumcursodegraduaçãoparaoutrosemanecessidadedenovovestibular,ouapossibilidadedecursarumapós-graduaçãostrictosensu.NoBrasil,aCapes(FundaçãoCoordenaçãodeAperfeiçoamentodePessoaldeNívelSuperior),instituiçãoligadaaoMinistériodaEducação,publicaaTabeladeÁreasdeConhecimentoemquepodemserconsultadasasgrandesáreaseasáreasafins(elapodeseracessadadiretamentenositedaCapes:www.capes.gov.br).
OPhDéumgraumaisavançadoqueodoutorado?Não.OPhDéoequivalentedodoutorado,sóqueoferecidonosistemanorte-americano.Aliás,como
atual relaxamento dos critérios de aprovação de PhDs por algumas instituições dos Estados Unidos,certas universidades europeias têm se recusado a convalidar determinados títulos de PhD comodoutorado,optandoporfazeraconvalidaçãodessestítuloscomosefossemdemestrado.
Oqueépós-doutorado?Pós-doutoradonãoéumcurso,masumestágiodeatualizaçãoparadoutoresquesecaracterizapela
execução de um projeto de pesquisa em um período que varia normalmente de trêsmeses a um ano,podendo chegar a dois anos em casos excepcionais. Não há disciplinas, provas ou qualquer outraexigênciaformalalémdaaceitação,porumainstituiçãohospedeira,deumprojetodepesquisarelevante,queéapresentadoàinstânciadessainstituiçãoàqualsedesejaficarvinculadoduranteoperíododepós-doutoradoedaqualsepretendeutilizaraestruturainstaladaeosrecursosexistentes.Normalmente,osprojetosdepós-doutoradosãoapresentadosadepartamentosacadêmicosoucoordenaçõesdecentrosdepesquisaetramitamdentrodainstituiçãohospedeiradeacordocomasnormasinternas.Énecessárioqueo projeto seja supervisionado por um profissional qualificado da própria instituição, que atue, nessecaso, como anfitrião do pós-doutorando ou seu supervisor. Muitas instituições exigem que o pós-doutorandoajudeodepartamentooucentroqueorecebecompublicações,orientaçõesoucomtrabalhodedocência.Opós-doutoramentonãoconfereumnovograuoudiploma.Oúltimograuacadêmicoquesepodealcançar,comoditoanteriormente,éodedoutor.
Oquesãolivre-docenteeprofessortitular?Sãoníveis funcionaisdascarreirasprofissionaisdosdocentesdeensinosuperiordasuniversidades
públicas brasileiras. Nas universidades estaduais de São Paulo, por exemplo, há livre-docência etitularidade.Nasuniversidadesfederais,hásomenteatitularidade.Paraalcançaressesníveisdecarreiraexistemconcursospúblicosdeprovasetítulosespecíficos.Nasuniversidadesprivadas,acarreiradiferebastante,casoacaso.
Oqueédefesadiretadetese?ÉumdispositivoinstituídonoBrasilapartirde2001(art.5odaResoluçãon.01/2001/CNE/CES)que
permite a um candidato tornar-se doutor diretamente pela defesa de uma tese que ele escreveu semauxíliodainstituição.Faz-seumpedidoàinstituiçãocomaapresentaçãodatesejáescrita.Seopedidoforaceito,oalunovaiparadefesapúblicadatese.Seforaprovado,recebeograueodiplomadedoutorsemterquecursaroscréditosecumprirosdemaisrequisitosdoprograma.Odispositivosóvaleparaasuniversidadesquejáoadotarameregulamentaram.
QuaissãoasmelhoresuniversidadesparacursarmestradoedoutoradonoBrasil?AsavaliaçõesdaCapesprocuramdeixarclaroaosinteressadosquaissãoasmelhoresuniversidades
para cursar mestrado e doutorado no Brasil. Dependendo do curso desejado, é possível que algumauniversidade considerada pequena ou pouco conhecida apresente boa qualidade. Além disso, asavaliações são periódicas, com resultados trienais, e, por isso, os padrões de qualidade de um cursopodemmudar de tempos em tempos,melhorandoou piorando.Assim, amelhor formade conhecer oscursosdepós-graduaçãoéconferircomoforamsuasúltimasavaliações–informaçãodisponívelnositedaCapes(www.capes.gov.br).
Comosaberseodiplomadauniversidadequeescolhiéválido?Os cursos de mestrado e doutorado precisam ser autorizados pela Capes. Essa autorização não é
permanenteepodesercancelada,casoocursosejaconsideradoruimduranteaavaliaçãodosprogramasexistentes. A única forma segura de saber se o curso está valendo é consultando o site da Capes(www.capes.gov.br).
Oqueédependênciaemlínguaestrangeiranomestradoounodoutorado?Éacondiçãoemqueficaumalunoquefoiaceitonoprogramademestradooudoutoradoquandonão
consegueumaboanotanaprovadelínguaestrangeira.Oprogramadáumnovoprazo(geralmente,seismeses)paraqueoalunotentenovamenteecomprovesuficiêncianalínguaexigida.Casosejareprovado,nãopoderáconcluirocurso,masseuscréditoscursadoscomêxitonãosãoinvalidados.
Quantocustacursarespecialização,mestradoedoutoradonoBrasil?Emumauniversidadepública,nãocustanada,emboraalgumascobremtaxasmínimasdematrículae
expediçãodediploma.Algumasdelasoferecemcursosdepós-graduaçãopormeiodesuasfundaçõesdeapoio. Nesse caso, há custos semelhantes aos cursos de instituições privadas. Nas faculdades euniversidadesprivadas,asmensalidadesvariamdependendodocursoeda instituiçãoenãocostumamserbaixas.Ébominformar-setambémarespeitodoscustosedasdisponibilidadesdeusodemateriaisda instituiçãoescolhidaede seus locaisdepesquisa. Investiguecomantecedênciacomoéoacessoalivros,instrumentos,computadores,laboratórios,arquivosetc.
Os mestrados e doutorados do exterior, por exemplo, dos Estados Unidos ou da Europa, sãomelhoresqueosdoBrasil?Nãonecessariamente.Muitasvezes,éocontrárioeencontram-semuitosalunosestrangeiros,inclusive
de países desenvolvidos, cursandomestrado e doutorado em nossas universidades.O que fundamentaideiaerrôneasobreaqualidadeinferiordenossoscursosemcomparaçãoaosdeforaéque,emumpaísde tradição colonial comooBrasil, o que é “estrangeiro” é comumentemais valorizado, emboranemsempre seja melhor. Há casos, porém, em que uma universidade de outro país detém tecnologiasexclusivas, arquivos específicos ou professores altamente especializados em determinado assunto queinteressaaoalunooupesquisador–aí,sim,taluniversidadeseráamaisapropriadaparaarealizaçãodomestradooudoutorado.Nãopodemosesquecer,ainda,apossibilidadede intercâmbiosacadêmicosdeacordo com as disponibilidades e interesses dos candidatos e das instituições envolvidas. Emmuitoscasos,valeapenapesquisaresseassunto.
Esperoque,comestecapítulo introdutório,você tenhase localizadonosistemabrasileirodeensinosuperior,sabendoexatamenteondeestá,conhecendoasexigênciasparaseuníveldeestudoe,portanto,aspreocupaçõesquedeveteremrelaçãoaseutrabalhofinal.Passemos,então,a tratardeseuprojetodepesquisacientífica,aquelequedeveránortearaexecuçãodotrabalhoeaelaboraçãododocumentofinal.
Aelaboraçãodoprojeto
Provavelmente,amaiorlimitaçãodaspessoasemrelaçãoàelaboraçãodeprojetoscientíficosestánadificuldadede“pensarcientificamente”.“Pensar”éumatoinerenteaoserhumano.ÉfamosaafrasedofilósofoRenéDescartes:“Penso,logo
existo”.Mashádiferentesformasdepensar,decogitarascoisasecompreendê-las.O chamado pensamento científico é uma forma particular de procurar compreender o mundo que
difere,porexemplo,dopensamentoreligioso,místico,oudosensocomum,popular.Porvezes,osensocomum chega a ser o oposto do pensamento científico e, para não ficar na “lógica de botequim”,superficial e leviana, é fundamental que haja uma preparação daqueles que pretendem escrever umtrabalho cujo objetivo é ser científico. Ele exige um treino específico que permite ao estudiosodirecionardemaneiraprofundaecríticasuainvestigaçãoeadotarumaposturaracionaldiantedoobjetodeestudo.Masissonemsempreémuitofácildecompreender.Portanto,paralevarvocê,leitor,especialmentese
não temmuita vivência em Ciência, a entender o que é e como se dá a forma geral do pensamentocientífico,vouproporaquiumaaproximaçãoentreopensamentocientíficoecertaspráticascotidianas.Comohámomentosnavidaemquemesmoapessoamaissimplesseaproxima,naformadepensar,damaneira científica de fazê-lo, podemos aproveitar isso para facilitar a compreensão do que seja opensamentocientífico.Os procedimentos científicos são, na sua essência, uma forma mais organizada de “fazer” que as
formas comumente adotadas no dia a dia. Essa forma organizada responde às necessidades demonitoramentoedereproduçãodasaçõesemCiência,oquenãoémuitodiferente,porexemplo,deumpaidefamíliaquetemumcadernodecontrolededespesas(oqueasCiênciasContábeisfazemcomrigorcientífico)oudeumcozinheiroquetemumlivrodereceitasqueseguecriteriosamente(oque,emmuitosaspectos, se aproxima do trabalho de um químico em seu laboratório). Podemos ver traços dopensamento científicodoshistoriadores emumapessoaque, preocupada com suasorigens, organiza eanalisadocumentosefotografiasdefamíliaoubuscainformaçõesacercadeseusantepassadosnosmaisvariadostiposdearquivo.Em relação ao projeto científco, especificamente, podemos dizer que ele é a “receita a seguir”, o
“manual”dotrabalhoqueserárea-lizado,oplanejamentodiantedeumanecessidadede“fazer”.Ecomosó se justifica planejar diante de umanecessidade de “fazer”, o “fazer” é o eixo central que dirige aelaboraçãoeaexecuçãodeumprojetocientífico.Quandopercebemosasrelaçõesdecausaeefeitoquedecorremdessanecessidadede“fazer”,querno
cotidiano quer na Ciência, observamos que a elaboração do projeto científico segue os mesmosprincípiosdaelaboraçãodamaioriadosoutrosplanejamentosdenossasatividadescorriqueiras.Háumprojetoquando,porexemplo,construímosumacasa,fazemosumafestadeaniversáriooucalculamososgastosmensaisparasabersepodemosounãoviajarnofimdoano.Nessasocasiõesdocotidiano,somosforçadosaparar,pensarracionalmente, formularhipóteses eorganizar os fazeres envolvidos, tomar
notas,darbaixanascoisasjáadquiridasourealizadas,calcularerecalcularosprocedimentos,ouseja,avaliar,e,finalmente,chegaraumaconclusão.Nessasocasiões,seformosmesmoracionaiserigorosos,estaremosnosaproximandodaformacientíficadepensareagir.Navidacotidiana,porém,cadaumseorganiza,anota,sistematizaeexecutaastarefasdasuaprópria
maneira.EmCiência,sabe-sequeaadoçãodeformaspadronizadasdefazerascoisas,emcadaáreaetipo de estudo, é mais eficiente. Essa eficiência das formas adotadas em Ciência foi conquistadaarduamente pelos cientistas após grande número de estudos que resultaram em larga experiênciaacumuladaemqueasmaneirasde“fazer”foramtestadas,podemserrepetidasecomprovadasporoutrospesquisadores.Domesmomodo,adota-seemCiêncianãoapenasumaformapadronizadadefazer,mastambémuma
forma padronizada de planejar: o projeto científico. Isso permite, em certa medida, a avaliaçãoantecipadadaquiloqueseplanejaedosresultadosquepodemseralcançados.Éhora,então,deentendercomoéfácilelaborarumprojetocientíficoquandocompreendemosoque
estamosfazendorealmente.Vamosver?
AmetodologiacientíficaeoprojetocientíficoInfelizmente,quandofalamosdemetodologiacientífica,boapartedaspessoasquepassaramporuma
universidadepensaapenasemlevantarasreferênciasbibliográficase fazer fichamentos. Issoé ruim,porque limitamuito a concepção demetodologia como algo restrito a procedimentos de registro. Naverdade,ametodologiacientíficaémuitomaisabrangente,comosepodevernoesquemaaseguir:
Umavisãogeraldametodologiacientífica(MC)
VejaqueseuTCC,sejaeleumartigoouumamonografia,suadissertaçãooutesedoutoral(odocumentoemsi,naformadotrabalhoquevocêentregaráoudefenderádiantedeumabanca)estáalinofinaldoquadro, na formadeum relatório analítico da pesquisa quevocê realizou.Entretanto, todoo restante,aquiloquevemantesdesentareescreverotrabalhofinal,énecessárioparaquevocêconsigaelaboraralgo consistente. Tudo isso? Sim, tudo isso. Embora, à primeira vista, esse esquema possa parecercomplexo, na verdade, o seguimosmuitas vezes quando, por exemplo, resolvemos realizar algomaisplanejado, organizado e sistematizado em nossa vida cotidiana (como construir uma casa ou dar umafesta).Aquié importanteperceberque tudooqueoesquematrazse refereànecessidadede“fazer”.Comoassim?Existemalgunselementosobrigatóriosemqualqueratode“fazer”.Elesdirigemnossasações,mesmo
asmaissimples.Taiselementospodemserevidenciados,reconhecidospornós,pormeioderespostasaperguntas simples. As questões que normalmente levantamos, mesmo de forma inconsciente, quandodeliberamosquevamosfazeralgosão:
•Quemvaifazer?•Oquevaifazer?•Porquevaifazer?•Oquealcançarcomessefazer?•Comqueconhecimentovaifazer?•Comovaifazer?•Quandoeondevaifazer?•Quantovaicustaressefazer?•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquepodemeajudarnessefazer?
Senão formoscapazesde responder a essasperguntasbásicas antesde fazer algo,mesmoque sejacozinhar uma simples panela de arroz, provavelmente teremos problemas no decorrer desse “fazer”.Pensamos nessas questões quase automaticamente, pois percebemos que elas nos levam a buscarinformações básicas para a execução do que pretendemos realizar. E, quanto mais complexa nossaempreitada,maioraquantidadedeprecauçõesqueprecisamostomaremrelaçãoacadaperguntaecadaresposta.Vamosdarcomoexemploaresoluçãodeconstruirumacasa,queéalgonãomuitofácil.Sedecidirmos
construir uma casa e, especialmente, se vamos tocar a obra em vez de entregar todo trabalho a umaconstrutora, precisaremos responder às perguntas listadas. (Se entregarmos a obra a uma construtora,certamenteessaconstrutoradeveráresponderdeantemãoàsmesmasperguntas.)
•Quemvaifazer?Quemseráoarquiteto,oengenheiro,ospedreiros,oencanador,ocarpinteiroetc.•Oquevaifazer?Precisosaberexatamentequecasadesejoconstruir.•Porquevaifazer?Qualajustificativadeconstruirumacasaagora?Morar,alugar,oquemais?Issodefine,emgrandeparte,comoseráessacasa.
•Oquealcançarcomessefazer?Oqueeuesperoobternofinaldessaconstrução?Eoqueeuqueroespecificamentecomcadaaçãodoprocessodeconstruir?
•Comqueconhecimentovaifazer?Eujáfiz(construí)umacasaantes?Senãoconstruí,alguémjáfez issoantesdemim?Seráqueeu sei comprarmateriaiseexecutaraobra?Combaseemquaisprincípioseconhecimentosvoufazerisso?Ouvouprecisarcontrataralguémparafazer?Afinaldecontas,oqueeujáseisobrecomoconstruircasas?
•Como vai fazer? Que passos objetivos seguir para conseguir uma casa bem construída? Comodeverei proceder para fazer uma cotação de preços, licenciar uma obra, construir um alicerce,assentarumtijolo,fazerumacolunaouumtelhado?
•Quandoeondevaifazer?Quetempoeutenhooumeproponhoaterparaconstruiressacasa?Ondeseráconstruída?
•Quanto vai custar esse fazer? O dinheiro que eu tenho será suficiente para a obra? Terei que
conseguirumempréstimo?•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudenesse“fazer”?Ondepossobuscarboasinformaçõessobrecomoconstruirumacasa?
Podemosdizer que essa forma cotidianadepensar, seguindo as questões apresentadas, aproxima-semuitodeuma formacientífica de conceberumprojetode trabalho,porqueelaorganiza, sistematiza aação.Na vida cotidiana, quando decidimos realizar alguma coisa,muitas vezes fazemos esses planosapenas “na cabeça”. Porém a Ciência, após muitas vivências em seus fazeres, estabeleceu nomes edefiniuformaspadronizadasparacadaetapadoplanejamentodotrabalhocientífico.Essesnomesmuitasvezesintimidamquemsedispõearedigirumprojeto,masnãodeveriam,poiselesdecorremdasmesmasperguntasquevimossernecessáriasparaplanejarqualqueração.Vejamos:
•Quemvaifazer?–Identificação•Oquevaifazer?–Apresentaçãodotemaedoproblema•Porquevaifazer?–Justificativa•Oquealcançarcomessefazer?–Objetivos•Comqueconhecimentovaifazer?–Referencialteórico•Comovaifazer?–Metodologia•Quandoeondevaifazer?–Cronogramaelocalizaçãodasações•Quantovaicustaressefazer?–Custeio•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudenessefazer?–Referênciasbibliográficas
Comopodemosver,aconcepçãodeumprojetocientíficosegueasmesmasnecessidadesderaciocínioorganizado para fazeres complexos do cotidiano. A maior diferença está na forma como esseplanejamento seráapresentado,ou seja,deacordocomapadronizaçãoestabelecidapela academia.Eporqueumaformapadronizadadeapresentação?Simples:asformaspadronizadasfacilitamaavaliaçãodo conteúdo. Se todos elaboram projetos com um mesmo formato, sabemos onde encontrar cadainformação e temos parâmetros para avaliar a qualidade das informações contidas em cada parte doprojeto.Secadaumresolvessefazerdo“seujeito”,serianecessárioperderumbomtempoprocurandoinformações no projeto, correndo, inclusive, o risco de não encontrá-las. Além do mais, uma formapadronizadafacilitaoprópriodirecionamentodopensamentonaelaboraçãodoprojeto,poisjásesabe,deantemão,oqueecomodeveráserinformadoecomqualobjetivo.Nessesentido,aformapadronizadadoprojetofuncionacomoumareceitaparaaelaboraçãodoprojetoefacilitamuitoascoisas.Vejamos,agora,cadaumadaspartesquecompõemumprojetocientíficopadrãoeseusdetalhes.Pode
haverinstituiçõesdenívelsuperiorqueexijamqueoprojetocientíficosejaentregueemumformuláriopróprioouqueapresentemumououtroelementodiferentedosquecolocamosaqui(poisnosativemosaosmaiscomuns).Porémaformadepensaroprojetosempreseráamesma:organizada,sistematizada,focadanofazercientíficoquejustificaaelaboraçãodapropostadetrabalho.
ElementosdoprojetocientíficoCom base no que vimos até aqui, temos os elementos fundamentais que constituem um projeto
científico,pelaordem:
1.identificação;2.apresentação(dotemaedoproblema);3.justificativa;4.objetivos;5.referencialteórico;6.metodologia;7.cronograma(comlocalizaçãodasações);8.custeio;9.referênciasbibliográficas.
O conteúdo relativo a cada um desses itens deve ser apresentado no formato padrão para escritoscientíficoseredigidodaformamaisclaraeobjetivapossível.Issotudosechamaprojetocientífico.Alémdesses itens,parafacilitara leituradoprojeto,podemosacrescentarelementosde informação
adicional,comoumacapa(quepermiteumarápidavisualizaçãodotemaedoautor)eumsumário(queajudaaencontraras informaçõesmais rapidamentedentrodoprojeto).Ficamos,então,comaseguinte“espinhadorsal”:
1.capa(efolhaderosto);2.sumário;3.identificação;4.apresentação(dotemaedoproblema);5.justificativa;6.objetivos;7.referencialteórico;8.metodologia;9.cronograma(comlocalizaçãodasações);10.custeio;11.referênciasbibliográficas.
Comoapresentaresseselementos todos?É importante teremmenteque,emumprojeto, fornecemosapenasasinformaçõesessenciais,demaneiraclaraeobjetiva.Comecemospelopapelepelaformatação:•UsepapelA-4,commargens3-3/2-2(istoé:superioreesquerda–com3cmdaborda;inferioredireita–com2cmdabordadopapel),fontessimplesefacilmentelegíveis(porexemplo,dotipoTimesNewRomanouArial, em tamanho12) euma formatação internaque facilite aomáximoaleitura(porexemplo,espaçamento1,5entreaslinhas).
•Useparágrafos.
•Façaaidentificaçãodostítulosesubtítuloscomtamanhosdiferenciadosdefontesenegrito/itálicodeacordocomahierarquiadoconteúdodesenvolvido.
•Adoteespaçamentoentreoselementosdoprojetoeinsiratabelasegráficosquandonecessárioparaorganizarasinformações.
•Adote um padrão de referências bibliográficas aceito onde você entregará o projeto.NoBrasil,praticamentetodasasinstituiçõesadotamospadrõesdaAssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicas(ABNT),masésemprebominformar-searespeitodisso,poisháinstituiçõesquepreferemo“padrãoChicago”, em que as datas vêm logo após o nome do autor, como você poderá ver no títuloespecíficosobrereferênciasbibliográficasnestelivro.
Ao terminar seuprojeto,dêumaolhadanele, comolhos frios e críticos, eveja se ele está fácil devisualizar, com uma “cara limpa”, que permita a qualquer pessoa –mesmo omais incompetente dosavaliadores–encontraralioqueprocura.Senãoestiverassim,nãoestábom.Refaça.Agorapassemosàredaçãodoconteúdo.Umprojetonãoexisteparaimpressionaroavaliadorporsua
aparência,existeparaquevocêmostreaeleexatamenteoquevocêquerfazerecomopretendefazê-lo.Ouseja,sealgovaiimpressionaroavaliador,nãoéaquantidadedeelementosvisuaisouos“enfeites”queopapelécapazdeaceitar,e,sim,oquevocêpretendefazer.Alémdisso,desistadaideiadeusarpalavrasdifíceis,termoscientíficosquevocêaindanãodominabem,consideraçõesteóricassemsentidoesemrazão,enfim,nemcogitetentar“impressionarmaispelafachadadoquepeloconteúdo”.Qualquerprojetocomaparênciade“bemfeitinho”,massemumaboapropostaacadêmicaélogodesmascaradoedescartado.Osdoisgrandes trunfosdeumbomprojetocientíficosão:1.umaboa ideiae2.umtextoclaro,concisoeobjetivo.Oquesignifica“claro,concisoeobjetivo”?•Claro–significaqueotextoéescritodeformaapropiciarfácilcompreensão.Asfrasessãocurtas,aspalavrassãoasmaissimples,ostermostécnicossomentesãoutilizadosquandonecessáriosenãohágrandeprofusãodefigurasdelinguagem.
•Conciso–significaqueo textoéenxuto, semnadaalémdonecessário, seminformaçõessoltasesemmotivoparaestarali.Abramãodequalquertentativadedar“aparênciadetamanho”.Umbomprojetonãoprecisasergrande,extenso:precisa,sim,édizertudoeapenasaquiloquedevedizer.
•Objetivo–significaqueotextovaidiretamenteaoassunto,semrodeios,semtentativasinfantisdefazerparecerqueosujeitoqueescreveutemmaisconhecimentodoquerealmentetem.Digalogooque você precisa dizer e isso basta. Além disso, quanto mais “enrolação” no texto, maiores aschancesdecometerequívocosedesqualificaroprojeto.
A objetividade deve estar presente inclusive na apresentação das referências bibliográficas.Há umpensamento equivocado, mas infelizmente comum, de que uma grande lista de referências indicanecessariamentequeoautordoprojetoégrandementequalificado,poispodelevaracrerque“osujeitoleumuito”.Entretanto,avaliadoresexperientesnãocaemnesseengano.Umabreveleituradasreferênciasporumavaliadorrealmenteespecializadonaáreadeestudo,seguidadacomparaçãocomoqueoprojetoapresenta e propõe, permite ver se as obras ali citadas forammesmo relacionadas por relevância ouapenasparafazervolumeetentarimpressionar.ConstatarquealguémquesepropõeafazerCiênciajá
quercomeçarenganandooavaliadorcomumalistaenormedelivrosquenãoforamlidosouquesequertêmrelaçãocomoprojetopropostoéaltamentedesabonador.Deve-sepensarnissoseriamente.AmelhoratitudeemCiênciaésempreserverdadeiro.Ciênciaementirasãoincompatíveis.Queconstemnalistabibliográfica os livros que realmente foram citados no projeto ou utilizados no processo de suaelaboração. (Essa regra também vale para a apresentação do documento final – artigo, monografia,dissertaçãooutese).Respeitandoessescritériosderedaçãoeoscritériosdeapresentação,aschancesdequeseuprojeto
sejamaisfacilmentecompreendidoeaceitotornam-sebemmaiores.Agora,vejamosoquecompõecadaumdoselementosdoprojeto.
CONSTITUINTESDECADAPARTEDOPROJETOCIENTÍFICO
•Capaefolhaderosto:a)Capa:nomedainstituição,nomedaunidadee/oudoprograma,títulodoprojeto,nomedoautor,localedata.
b)Folhaderosto:nomedainstituição,nomedaunidadeoudoprograma,títulodoprojeto,nomedoautor,nomedoorientador(sehouverumjádefinido),finalidadedoprojeto,localedata.
• Sumário: todos os títulos constantes no projeto, com respectiva numeração (pode ser feitoautomaticamentenoseditoresdetextoeletrônicos).
•Identificação: nomeda instituição,daunidadeedoprograma,nomedoorientador/supervisordoprojeto(sehouver),nomedoautor,dadospessoaisdoautoredadosdecontato(oe-mailéumdadomuitoimportantehojeemdia).
•Apresentação(dotemaedoproblema):descriçãosucintadotemadoprojeto,deformaadeixarabsolutamenteclarasuanaturezaedelimitação.
•Justificativa:descriçãosucintadasrazõesparaaexecuçãodapesquisa,tantoparaoautorquantoparaaCiênciaeahumanidadeemgeral.(Aquiéomomentodedeixarevidentequalarelevânciadeseutrabalho.)
•Objetivos:a)Gerais:oquesequerrealizarcomaexecuçãodapesquisa,deformaampla.b) Específicos: é o desdobramento do objetivo geral em objetivos menores, que se referem àsdiferentespartesquecompõemtodaapesquisa.
•Referencialteórico: trata-sedeumaapresentaçãoresumidadaquiloqueoproponente jáconhecesobreotemanaproduçãocientíficadisponível,deformaalocalizarapesquisaemumcampo/escoladeestudo.Oreferencialdeumprojetoéquasesemprepreliminar,pois,nodecorrerdapesquisa,outras informações podem ser conseguidas e o referencial pode mudar. Porém ele deve serapresentadonoprojetocomoformadedemonstrarapartirdequais ideiasopesquisadorpretendeiniciarseutrabalho.
•Metodologia:éumadescriçãosucintadosprocedimentosqueopesquisadorpretendeseguirparaalcançarosresultadosquepropôsnoobjetivo.Ouseja,sevaiusarpesquisabibliográfica,decampoou ambas, se vai sistematizar dados estatisticamente ou não e como vai fazer isso, se vai usartecnologias ou equipamentos, se vai montar banco de dados próprio ou se vai usar bancos já
existentesetc.•Cronograma(comlocalizaçãodasações):ésempreapresentadonaformadeumatabelaemqueaparecemtodososobjetivosespecíficoseosprazosemquesepretendequeelessejamalcançados.Alémdosprazosparaalcançarosobjetivosespecíficos,aparecemosprazosdeescrituradotextofinal(orelatóriodetrabalho,amonografia,adissertação,atese,olivroouoartigo).
•Custeio:descriçãodetalhadadecadadespesanecessáriaparaaexecuçãodoprojeto,bemcomoaproposiçãodafontedefinanciamento.
•Referênciasbibliográficas:a)Referênciasdas citaçõesdoprojeto: aqui aparecem todas as referênciasdasobrasque foramcitadasoutiveramtrechoscitadosoucomentadosnocorpodoprojeto.
b)Referênciaspreliminaresdapesquisa:aquiaparecemtodasasdemaisobrasqueoautorjáleuousabequetêmrelaçãodiretacomoprojetoeque,porisso,pretendeconsultarnasuaexecução.
Todavia, antes de dar início à elaboração do projeto propriamente dito, é imprescindível saberexatamenteoquesequerfazer.E,pormaisestranhoquepossaparecer,essaéapartemaisdifícildoprocesso.Porisso,apresentamosaseguirumexercícioparaamadurecimentodeumtemadepesquisa.
AMADURECENDOUMTEMADEPESQUISA
Paraamadurecerumtemadepesquisa,desenvolvaasseguintesações:1.Identifiqueumtemaquevocêconsiderarelevanteequesejadeseuinteresse.2.Procedaaumacoleçãodematerialdeconsultasobreotema.Busqueessematerialem:a)bibliografiadereferência(dicionários,enciclopédiaseobrasdesíntese);b)revistasespecializadas;c)livrosespecializados;d)comespecialistasnotema,pormeiodeentrevistas,porexemplo;e)pormeiodepesquisadecampoe/oulaboratório;f)fontesdisponíveisnainternet,arquivosetc.
3. Selecione todo omaterial encontrado, organizando-o e separando aquilo que semostrarmaisimportanteparadesenvolverseutrabalhoe,depois,defenderseupontodevista.
4.Combasenomaterialselecionado,crierascunhossobreotema.Sigacorrigindoosparágrafosque tratam de cada ponto específico, tentando deixar absolutamente claras cada uma das suasideiassobreesse temaeaondevocêpretendechegarcomseu trabalho.Depois,organizeessesparágrafos segundo umplano de projeto, que pode começar com ummero esquema para, emseguida,tornar-seumanteprojetoresumido.
5. Submeta esse material a pessoas qualificadas para que possam fazer críticas e sugestõespertinentes.Someessascríticasesugestõesanovasconclusõestiradasdareleituradoquevocêhaviacolhidocomoreferência.Repenseotemaeprocureamadurecersuasideiascomrelaçãoaele.
6.Elaboreumanovaversãodoprojetoesubmeta-aanovasleiturascríticas.7.Analiseatentamenteascríticasfeitaseposicione-searespeito.Procedaassimatéqueperceba
queotemaestásuficientementeamadurecidoapontodevocêpoder,enfim,redigiroprojetoemsuaversãofinal.
Lembre-sedequeaconstruçãocientíficaétambémumatocoletivo.Cientistasexperientestrabalhamem equipe, trocam ideias, fazem análises críticas dos trabalhos uns dos outros. Pedir ajuda a outraspessoasnoprocessodeelaboraçãodeseuprojetonãoévergonhoso,portanto,masumademonstraçãodematuridadeemrelaçãoaoprocessodofazercientífico.(Vocêpensaqueestelivrochegouaoseuformatofinalsemaajudadeoutraspessoas?Sepensaassim,estáenganado!Muitaspessoasleramecontribuíramparaque estaobra chegasse a este formato, emuita coisamudouapartir dapropostaoriginal.Assimtambémdeveráocorrercomseuprojetoe,posteriormente,comseuTCC,dissertaçãooutese.)Emresumo,umavezescolhidoeamadurecidoseutema,estandoeledevidamentedelimitado,etendo
sido feita, ainda, a coleção das referências bibliográficas que você utilizará, você está pronto paraescreverseuprojetocientífico.
ExemplificaçãodoselementosdoprojetocientíficoAquivocêveráexemplosdaspartesdeumprojetocientífico.Presteatençãonosdetalhesenaforma
comoelepodeserelaborado.Issooajudaráavisualizaroseupróprioprojeto.
CAPAEFOLHADEROSTO
Aseguir,veremosumexemplodecapaeumdefolhaderostodeumprojetodeTCC.Omodeloéomesmoparaprojetosdedissertaçõeseteses.
Comopodemosnotar,adiferençaentreacapadoprojetoeafolhaderostoéquenestaaparecemoorientador, caso um já esteja definido, e a finalidade do trabalho, na forma de um texto específicoadicionado logo abaixo do nome do orientador. O mesmo acontece no trabalho final, seja ele umamonografia,dissertaçãooutese,comadiferençadeonomedoautorsercolocadonotopodapágina.Em artigos científicos não se usa capa nem folha de rosto, mas os projetos de artigos científicos
apresentamesseselementos.
FOLHADEIDENTIFICAÇÃO
Um exemplo de folha de identificação, a terceira a vir no projeto ou trabalho final (veja páginaseguinte).Quandoforredigirasuafolhadeidentificação,adapteasinformaçõessegundoaquiloquevocêtem
parainformareoqueoprogramaeainstituiçãodasquaisvocêfazparteexigemquesecoloquenessapágina(procure,portanto,saberseprecisaacrescentaralgo).
APRESENTAÇÃO
Aapresentaçãonadamaiséqueadefiniçãodotemaedoproblema.VejamosumexemplodeapresentaçãodeumprojetodeTCCnaáreadeLetras:1
ApresentaçãoUma das características da humanidade é a capacidade de nomear as coisas que existem no mundo. Normalmente, essa
nomeação não é feita de forma arbitrária; envolve aspectos relacionados à cultura, ao conhecimento acumulado por gerações,revelando-se,assim,ummarcadoridentitáriodedeterminadacomunidade.Aescolhadeumnome,porsuavez,afetaasmaneiraspelasquaisaspessoasconcebemomundo.
NacidadedeGuajará-Mirim,temosregistrodequepessoasatribuemnomesderemédiosindustrializadosaplantasmedicinais.Anomeação,portanto,ocorrepormeiodeumametáforafuncional.SegundoFerrarezi(2008,p.201),podemosconceituarmetáfora,demaneirageral,“comoaassociaçãodeumacaracterísticadeumelementodeumparadigmaculturalaoutrodeoutroparadigma”,emoutraspalavras,umacomparaçãoentredomíniosdiferentes.Écomumousodemetáforasparadarnomesaobjetosquefazempartedonossocotidiano,sendoque,muitasvezes,estesnomessepopularizamepassamdegeraçãoparageração.Àsmetáforasqueincorporamreferênciasculturaisdá-seonomedemetáforasfuncionais.
No caso de certas plantas medicinais que ganharam o nome de remédios industrializados, podemos perceber que, emdeterminadomomento,osmotivosoriginaisdadenominaçãodestaoudaquelaplanta,emborapopularmenteconsagrada,seperderamnotempo.
Uma reflexão sobreoempregodeexpressõesmetafóricas funcionais–comaquepretendemos fazernesse trabalho–podeajudaraidentificarasrazõeslinguísticaseculturaisquelevamumacomunidadearegistrarosnomesdosremédiosindustrializadosparaidentificarplantastidascomomedicinais.Alémdisso,permiteadocumentaçãodedeterminadosconhecimentosligadosaesse
fenômeno,guardadosespecialmenteporpessoasmaisidosas,demodoqueestesnãosejamapagadosdamemóriaculturallocal.
Nesseexemplo,ficamclaros:a)Oqueseráestudado(oassunto):oempregodemetáforasparaanomeaçãodeobjetosdaculturaestudada;
b)Qualorecortefeitoparaarealizaçãodoestudoproposto(adelimitaçãodotema):umalistagemdasplantasmedicinaispopularmenteconhecidasnacidadedeGuarajá-Mirim(RO)comnomesderemédiosindustrializados;
c) Qual é o ponto especial que receberá atenção (o problema da pesquisa): os motivos queexplicamessaformapeculiardedarnomesaessasplantas.
OprojetodeTCCapresentadoaquiéalgobemsimples.Propõefazerumlevantamentodeinformaçõesconhecidas–nomesdadosadeterminadasplantaseasjustificativasparaanomeação–eorganizá-las.IssoémuitoadequadoaumtrabalhodeTCC.Atividadesmaiscomplexascabemmelhoremumprojetodemestrado ou doutorado. Entretanto, é comum que estudantes empolgados ao final da graduaçãoproponhamprojetosdepesquisaquevãomuitoalémdesuacapacidadederealizá-los,dotempoedosrecursos disponíveis ou mesmo do que é esperado de um TCC. Com isso, acabam perdendo prazos,mergulhandonodesânimoenafrustraçãooudesenvolvendotextosmuitosuperficiaisouatéequivocados.Aoproporumtemadetrabalho,oestudantedeveestaratentoàspeculiaridadesedimensõesdeseuníveldeformação.Vejamos agora um exemplo de apresentação de um projeto demestrado emCiência, Tecnologia e
Sociedade(CTS):2
ApresentaçãoEsteprojetopropõeumainvestigaçãodasproduções textuaiscomtemáticacientíficadasrevistasPesquisaFapesp,Ciência
Hoje epiauí, eumacomparaçãodestas comas reportagensde ciênciadas revistasnorte-americanasTheNewYorker eNewScientist.
Pretendemosanalisar,demodoquantitativoequalitativo,reportagensdeciênciaqueutilizamtécnicasliteráriasderedação,sobospontosdevistadiscursivoenarrativo.LevaremosemcontaateoriadosgênerosdodiscursodeBakhtineadiscussãoarespeitode “cultura científica” e “comunicação pública da ciência” para estudar a presença da crítica e da descrição de processos daproduçãodeconhecimentocientíficopormeiodo jornalismo literário/narrativo.Observaremos também,na leituradesses textos,asua capacidade de (1) promover a interação entre ciência e outros campos do conhecimento e (2) de possibilitar uma maiorcompreensãocomrelaçãoaocarátersocialdaconstruçãocientífica.
A dissertação deverá responder ao seguinte problema:O uso da narratividade na comunicação pública da ciência derevistasbrasileirastrazadimensãosocialdoconhecimentocientífico,comoapresentadapelocampoCTS?Paraisso,serãotrabalhadas três hipóteses, que lidam com diferentes aspectos do problema: (1) de alguma forma as reportagens farão umarepresentaçãosocialdaatividadecientífica,pois,emgeral,focalizamoprocessodeproduçãodaspesquisas;(2)haverádiferentesresultados(tantoquantitativosquantoqualitativos)deacordocomoveículoabordado,prevendoqueosrecursosnarrativospoderãoser desde instrumento ilustrativo até parte integral da estrutura dos textos; (3) o uso da narratividade pode reforçar uma visãoclássica/míticadeciência,damesmaformaque,comoidentificouShapiro(2005),asreportagensdoNovoJornalismo(movimentoexpressivo do jornalismo literário norte-americano) reforçavam certos aspectos da cultura dominante, embora se apresentassemcomoumamanifestaçãocontracultural.
Comessapesquisa,esperamostrazerdiversascontribuições,tantometodológicasquantonotocanteaoreferencialteórico.Seráaprimeirapesquisaabrangentefeitanopaíssobrereportagensnarrativasdeciência,comparandodiferentesusosdas técnicasdenarraçãoeapresentandoumrecortetemporaldedoisanos,enquantooparcomaterialexistentesobreoassuntosedebruçaapenassobretextosindividuais(TABORDA,2007).
Buscaremostambémrespostasparaproblemasdomodelotradicional(relatorial)dojornalismoquedivulgaaciênciacomfoconosresultadosenãonoprocessodeproduçãodoconhecimento(SOUSA,2005).Complementaremosapesquisaquantitativa,maisemvoganocampodecomunicaçãoeciência,comaumaavaliaçãoqualitativadeumcorpusmenor.Esperamos,ainda,aoreunir
diferentes contribuições teóricas para estudar o objeto, obter uma sinergia entre três campos do conhecimento – Comunicação,Filosofia da Linguagem e Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia –, proporcionando uma melhor compreensão dos principaisassuntosdapesquisa:técnicasdojornalismo,discursoerepresentaçãodaciência.
Aseguir,umexemplodeapresentaçãodeumprojetodedoutoradoemDemografia:3
ApresentaçãoOprogressivodeclíniodafecundidadenoBrasil,ocorridoapartirdadécadade1970,édeamploconhecimentodosdemógrafos
brasileiros.Noentanto,comoaestruturaetáriadeumapopulaçãoéprodutodafecundidadeedamortalidadedopassado,deseteouoitodécadasanteriores(CARVALHO,1993),osaltosníveisdefecundidaderegistradosemdécadasanterioresàpropagaçãodosmétodosanticoncepcionaisdifundidosapartirdosanos60associadosàquedadamortalidadeobservadanopaísapartirdosanos50explicamaelevadaproporçãodemulheresem idade fértilnoBrasilde finaisdosanos70e iníciodosanos80 (BERCOVICHeVELLÔZO,1985).Assim,mesmocomodeclíniorápidoegeneralizadodafecundidade,ovolumedecriançasnascidasnosanos80foimuitogrande,porcontadonúmerodemulherestendofilhosnaqueleperíodo.
Cunhou-seemDemografiaoconceitodedescontinuidadeetáriaparadarcontadessassituaçõesnasquais
[...] por alterações dos fatores que intervêm na dinâmica demográfica – fecundidade, mortalidade e migrações – apirâmide etária pode sofrer alargamentos ou estreitamentos na sua base, ou seja, aumento ou diminuição do número denascimentos.[...]Chamamosdeondaomomentodealargamentodeumadeterminadafaixaetária(SEADE,1998,p.3).
OBrasileoestadodeSãoPaulopossuemnesseiníciodeséculoamaiorpopulaçãojovemdesuahistóriademográfica.SegundopublicaçãodaFundaçãoSeade(1998)–SistemaEstadualdeAnálisedeDadosdeSãoPaulo–noano2000haverianoBrasil15,7milhõesdejovensentre20e24anos,representando10,5%dapopulaçãototal.Em2005,espera-sequeelesultrapassemamarcados 17 milhões, trata-se de uma onda jovem (BERCOVICH e MADEIRA, 1992) de proporções gigantescas com demandascrescentesporeducaçãoetrabalhoequetravacompetiçãoacirradaemummundoondeasoportunidadessetornamrestritas.
Paraseterumanoçãodaimportânciadotemadajuventudenomundoatual,aofertademãodeobrajovem,porexemplo,nãosó no Brasil, mas em todo omundo, nunca teve o seu potencial produtivo e criativo tão desperdiçado. Segundo a OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT) o desemprego atingiu, em 2003, 88 milhões de jovens entre 15 e 24 anos, ou seja, do total dedesempregados domundo, 47% deles são jovens de 15 a 24 anos, ainda que esse grupo etário corresponda a apenas 25% dapopulaçãomundialemidadeprodutiva. Isso,certamente, temimpactosobreaconquistadeautonomiafinanceirapelos jovenseaconstituiçãodedomicíliosindependentesdesuasfamíliasdeorigem.
Seaproporçãodejovensnuncafoitãoalta,podemosatentarparaanecessidadedereflexãosobredoisaspectosessenciais:1)quaisasimplicaçõesdessapressãodemográficanoprocessodetransiçãodessesjovensparaavidaadulta;2)dadoocontextogeralemqueseprocessaatransiçãoparaavidaadultanesseiníciodeséculo,quaisrelaçõespodemserestabelecidasentreessecenárioe tendências futuras de fecundidade, uma vez que a constituição de uma nova família e/ou domicílio é um dos marcos dessatransição.Esteprojetovisaexploraressesdoisaspectos,afimdecontribuirparaaampliaçãodoconhecimentosócio-demográficorelativoàjuventude,imprescindívelparaodelineamentoegestãodepolíticaspúblicasvoltadasparaessegrupoetário.
Em todosos exemplosde apresentaçãodados aqui, ficamclaroso temadapesquisa, os resultadosesperadoseacontribuiçãoqueotrabalhopretendedaràCiênciaeàsociedade.
JUSTIFICATIVA
Uma justificativa bem redigida é essencial para a aceitação de sua proposta de trabalho. Ajustificativadeveserdireta,claraeconvincente.Quemavaliaroprojetoprecisarásaberporquerazãoourazõessedevegastartempoedinheiroparaarealizaçãodesuaproposta.Comoexemplo,vamosexaminarajustificativadeumprojetodemestradonaáreadeAdministração,4
que propõe explicar por que os resultados alcançados pelaReservaExtrativista (Resex) do rioOuroPretonãosãosatisfatóriosem termosdoaproveitamentodos recursosnaturaisedaqualidadedevidadoshabitantesdolocal.
JustificativaEncontrarummodelodegestãoedeexploraçãosustentávelrealmenteeficienteéumanecessidadepremente,umavezqueas
Reservas Extrativistas (Resex) constituem parte expressiva do patrimônio natural e, portanto, da potencialidade existente na
biodiversidade doBrasil. Como o presente projeto de pesquisa se propõe a realizar uma análise aprofundada demodelos atuaisvisivelmente ineficientes, ele concorrepara a possibilidadede construçãodeummodelomais adequado enisso se configura suaimportânciamaior,queojustifica.
Observe que o pequeno texto procuramostrar as razões de se gastar tempo, dinheiro e energia noestudodo tema.O fatodeopesquisador explicarbem, antes (naparteda apresentação), oobjeto eorecorteespecíficodesuapesquisae,depois(napartedametodologia),comopretendefazerotrabalho,concorreparaaprovaçãodoprojeto,pois,pormaisdefensávelquesejaotema,apesquisaprecisaserfeitadentrodeprazosestabelecidosecomosrecursosdisponíveis.Casocontrário,mesmocomumaboajustificativa,oprojetoserápreviamentedescartadoporfaltadecondiçõesconcretasparasuarealização.Aseguir,umexemplodejustificativadeumprojetonaáreadeSaúdePública5quepretendeestudara
relaçãoentreapropagandaeomarketingdebebidasalcoólicaseoaumentodoconsumodeálcoolporpartedosjovensnoBrasil.
JustificativaO consumo de bebidas alcoólicas entre jovens brasileiros está crescendo, assim como as consequências negativas advindas
desseconsumo,taiscomoacidentes,violênciaecrimes,cirrose,dependência,entreoutras.Apromoçãodoálcool,atravésdepropagandaemarketing,parecedarespecialatençãoaojovem,aparentementeconfirmando
preocupaçãodeautoridadesnacionaiseinternacionaisaesserespeito.Oreconhecimentodequeadivulgaçãodebebidasalcoólicaséumfatorimportanteparaoinícioecontinuidadedoconsumopor
parte dos jovens tem impulsionado, noBrasil, vários projetos de lei no sentido de limitar a propaganda de bebidas alcoólicas (domesmomodocomofoifeitocomrelaçãoaotabaco).Estudoscientíficosqueinformemtantoopúblicoleigoquantoosespecialistasepolíticos são essenciais no sentido de colaborar para o estabelecimento de políticas públicas a respeito do consumo de bebidasalcoólicasemnossopaís.
Nopróximoexemplo, retiradodeumprojetodemestrado emMedicina,6 temos a justificativaparaumapesquisaqueprocuradetectarosfatoresquelevamàocorrênciadevômitos(e,consequentemente,depossíveiscomplicações,comoaspiração,deiscênciadesutura,ruturaesofágicaetc.)emcriançascomcâncer submetidas a procedimentos cirúrgicos sob anestesia geral, com o objetivo de desenvolvertratamentosprofiláticosindividualizados.
JustificativaA presença de náuseas e vômitos no pós-operatório é um dos motivos de maior desconforto dos pacientes submetidos a
procedimentoscirúrgicoseumadascausasmaiscomunsderetardodaaltahospitalar,aumentandooscustosdainstituiçãodesaúde.O desenvolvimento de uma profilaxia adequada dos vômitos pós-operatórios não é só uma questão de humanização do
tratamento do paciente cirúrgico,mas está relacionado à redução dos gastos hospitalares com estes eventos e a internação dospacientes.
Umaprofilaxiaantieméticarealizadadeformaracional,considerandocustosebenefícios,sóépossívelseospacientesderiscoeograuderiscoparaaocorrênciadevômitospós-operatóriosforemidentificados.
Vejaquenãoénecessáriofazerdigressõesnotextodajustificativa.Nãoháqualquernecessidadederecorrerarecursosimpressivos,comoadjetivosemexcesso,frasesdeefeito,clichêsouditospopularesparaproduzirumaimagempositivadeseutrabalho.Vádiretoaoassuntoedigaclaramenteporqueseuprojetoéimportante.Sevocêfizerisso,ouseja,seconseguirserclaro,concisoeobjetivo,ésecundáriopreocupar-seseajustificativavaiocupar5,10oumaislinhas.
OBJETIVOS
Por tradição acadêmica, os objetivos costumam ser escritos com verbos no infinitivo impessoal
(“analisar”, “descrever”, “comparar”, “constituir”, “formar”, “ampliar” etc.). Esses verbos definem oquesepretendealcançarcomotrabalho,portanto,seuempregomereceespecialatenção.Vejamosexemplosdeobjetivogeral(oobjetivodoprojetocomoumtodo)edeobjetivosespecíficos
(osobjetivosdecadapassodoprojeto,quepermitamqueoobjetivogeralsejaalcançado).EmumprojetodeTCCemLinguística7quepretendeestabelecerarelaçãoentreocontextoculturalea
evolução do sentido da expressão “ser mãe solteira” em uma determinada comunidade, os objetivosforamdescritosdaseguinteforma:
ObjetivosObjetivogeralAnalisar a influência da cultura na constituição do sentido da expressão “sermãe solteira”, registrando as alterações de
significadodaexpressãoaolongodotempoeexplicandooporquêdeelaestarcaindoemdesusoatualmente.Objetivosespecíficos
1.Promoverumlevantamentobibliográficorelacionadoaotemadoprojeto;2.Coletar informações históricas sobre o fato social sermãe solteira na comunidade, ouseja,mapearpormeiodeentrevistasquemeramecomoeramvistasasmãessolteirasnopassadorecente;
3. Verificar os diferentes sentidos que adquiriu a expressãomãe solteira na evolução dalíngua;
4.MostrardequeformaosconceitosteóricosdaSemânticapodemseraplicadosàanálisepropostadomaterialcoletado.
Em uma pesquisa na área de Agronomia8 sobre a distribuição espacial de uma doença que afetaespecialmentelaranjasdoces–aleprosedoscitros–edeseuvetornospomaresdoestadodeSãoPaulo,osobjetivosforamapresentadosassim:
ObjetivosObjetivogeral
Diagnosticaropadrãoespacialdaleprosedoscitrosedoácarodaleprose(Brevipalpusphoenicis)nospomaresdasprincipaisregiõescitrícolasdoestadodeSãoPaulo(Sul,Centro,NorteeNoroeste).
Objetivosespecíficos•Caracterizarospadrõesespaciaisdedistribuiçãodaleprosedoscitroscomdiferentesníveisdeincidênciadadoença;•Caracterizarospadrõesespaciaisdedistribuiçãodoácarodaleprosedoscitrosemtalhõescomdiferentesporcentagensdeárvorescomapresençadoácarodaleprose(incidênciadoácarodaleprose).
Háquemprefiranãofazerumadistinçãoformalentreobjetivosgeraiseespecíficos,agrupandotodososobjetivosemumsóitem,emboraoleitoratentopossaidentificarfacilmenteumtipoeoutro.UmpesquisadordaáreadeCiênciasSociaisdescreveuosobjetivosdeseuprojetodemestrado9sobre
emissoraspúblicasdetelevisão(asbrasileirasTVBrasileTVCulturaeasvenezuelanasTelesureTVes)daseguintemaneira:
ObjetivosA pesquisa tem como objetivo geral verificar as características dos modelos de televisão pública adotados no Brasil e na
Venezuelaemtermosdeparticularidades,continuidadesepermanências.Comisso,pretendedesvelarascontradições,inovaçõeseavançosdessesmodelosnosentidodepromoveroresgatedoespaçopúblico,ofortalecimentodaexpressãopluraleaintegraçãocontinental.
Ao desenvolver uma análise crítica da atuação das emissoras públicas nos dois países, o trabalho almeja contribuir com aqualificaçãododebatesobreaspolíticaspúblicasdecomunicaçãonaAméricaLatina.
Para isso,pretende traçarumpanoramadossistemaspúblicosde televisãonoBrasilenaVenezuela, levantando informaçõessobre sua história recente, estrutura, formas de gestão e de financiamento e conteúdos produzidos e veiculados pelas quatroempresaspesquisadas.
Aanálisedaestruturadessasempresastemcomoobjetivodimensionaracapacidadetécnicadepresençaedifusãodeconteúdodiantedapopulação.Issoincluiobservarsuasformasdearticulaçãoemredeseasinovaçõestecnológicaselegaisdequesãoalvo.
Em relação aos modelos de gestão e participação, o objetivo da análise é entender os parâmetros adotados: o grau decentralização,acomposiçãodasinstânciasdecisóriasouadministrativaseosmétodosdeescolhaqueasemissoraspraticam.Assim,serápossívelcompreenderasformasdelegitimaçãoepresençadessasemissorasnasociedadecivil.
Quanto ao financiamento, serão estudados os potenciais de autonomia das televisões públicas; se elas dispõem de recursospúblicosousenecessitamcaptá-losrecorrendoaomercadopublicitário.
A análise do conteúdo e da programação tem como objetivo investigar seus níveis de diversidade geral e étnica, seu teor(generalistaouespecífico)eformatodeprodução(centralizadoounão).
Um projeto de doutorado emHistória10 sobre asmentalidades relativas ao amor e à representaçãosexualnaPompeiaromanadescreveuseusobjetivosdessaforma:
ObjetivosEstabelecidoque o sentido de “sermulher” e o de “ser homem”depende das relações articuladas entre eles, dos elementos
culturais compartilhados e das posições sociais ocupadas por homens emulheres concretos, nessa pesquisa, busca-se obter umanovacompreensãodarelaçãoentreofemininoeomasculinonasociedaderomana.Essacompreensãoseráalcançadaapartirdoestudodasexpressõesculturaisevaloresdascamadaspopulares,maisespecificamentepormeiodaanálisedosregistrosdeprópriopunhoosgrafites–feitosporpessoascomunsepreservadosnosítioarqueológicodePompeiarelativosaquestõesamorosasedegênero.
Asinformaçõesobtidasserãoconfrontadascomosdiscursoshistoriográficoscontemporâneosarespeitodasociedaderomana,jáque,atéomomento,aarticulaçãosexo/gêneroapresentadapelosestudiososparaosromanosdoséculoId.C.estáalicerçadaemreferências aristocráticas, baseada nas acepções das elites e em juízos de valores depreciativos em relação às demais camadassociais.
Comessa pesquisa, pretende-se destacar a diversidade das visões formuladas pelos distintos grupos sociais que habitavamacidadedePompeia.E,depoisderevelarapluralidadedassensibilidadesexistentenasociedaderomana,pretende-semostrarcomoestesgrupossociais,apartirdeseusvaloresespecíficos,estabelecerammúltiplosvínculoseadotaramcomportamentosdiversosemsuasrelaçõessociais.Assim,serápossívelvislumbrarumMundoAntigomaisdiverso,complexoedistantedaunidadequeumdiaseimaginouparaele.
Osobjetivos apresentados aqui comoexemplos têm formasdiferentesde redação, sendo todas elasplenamenteválidas.NosexemplosdeLinguísticaedeAgronomia,aapresentaçãoémaisesquemática,com uma separação inclusive visual do objetivo geral e dos objetivos específicos. Nos exemplos deCiências Sociais e deHistória, os objetivos foram construídos em um formatomaisdissertativo. Emtodososquatro,porém,ficaclarooqueopesquisadordesejafazer,aondeelequerchegar,eéissooquerealmenteimportanessequesito.
REFERENCIALTEÓRICO
O referencial teórico é a parte de fundamentação do projeto. Ele é apresentado na forma de umaredaçãodissertativa,comargumentosecitaçõesquedãoumaideiaclaradeondevocêestápartindo,ouseja,dequaléopontodevistateóricoadotadoparaaexecuçãodeseutrabalho.Eleserámaisoumenosextenso, dependendo da natureza e da complexidade do trabalho proposto. É na parte ocupada peloreferencial teóricoque aparecerá omaior númerode citações e considerações a respeito de teorias eideias dos autores que serão levados em conta ao longo da pesquisa. É nela que você demonstra sercapaz de articular suas próprias ideias e objetivos já consolidados por outros pesquisadores. O
referencialé,assim,ummomentodediálogocientífico.Oníveldeprofundidadeeograudesofisticaçãocomqueoreferencialteóricoéapresentadovariam
de acordo com o caráter do projeto, mais simples para uma monografia, mais complexo para umdoutorado,porexemplo.Poroutrolado,emumamesmapesquisa,aapresentaçãodoreferencialteóricodoprojetoédiferente
dado trabalho final no sentido emque, no texto final, a parte do referencial teóricodeverá sermaisdesenvolvidaemaisabrangente,emfunçãodealgunsaspectos,asaber:
a)teoriase/ouabordagensconsideradasnotrabalho,descritascommaisprofundidade;b)conceitosbásicosadotadosesuainter-relação;c) aspectos teóricos e obras mais relevantes para o trabalho de pesquisa efetivamentedesenvolvido.
O referencial teóricodoprojeto indica,portanto,apenasopontodepartidadapesquisa.Assim,nafase do projeto, a preocupação maior de quem o elabora deve ser fundamentar, embasar, os passosiniciais do trabalho de pesquisa. Ao longo do trabalho, o referencial pode e deve ser ampliado eaperfeiçoado,oumesmodescartadoemfunçãodeoutromaisadequado.Logo,notextodoprojetonãoénecessário (enemépossível)desenvolver apartedo referencial teóricodamesmamaneiraquevocêdeveráfazernomomentoderedigirotrabalhofinal.Poroutrolado,reserveumbomtempoparaasuapesquisa propriamente dita e, no momento devido, de acordo com as necessidades que surgirem nodecorrerdopróprioprocessodeinvestigação,dedique-seaexplicitarsuasopçõesteóricasdefinitivas.Alguns estudantes e pesquisadores querem redigir, no projeto, o mesmo texto de referencial que
apresentarãonotrabalhofinal.Dizemqueémaisfácilfazerlogodeumaveze,depois,“copiarecolar”.Masissonãopodeserassim!Aolongodapesquisa,énaturalqueseuprópriodesenvolvimentomostrequeoutrasleiturassãonecessáriasouqueasreferênciasadotadasinicialmentenãosãotãoadequadasousuficientesquantoseimaginounoinício.Assim,éaltamenteaconselhávelhaverumaeconomiadetempoe energia na elaboração do referencial do projeto, que é preliminar, e uma enorme dedicação naapresentaçãodoreferencialteóriconotextodotrabalhofinal,quedevedarcontadetodososaspectosteóricospertinentesàpesquisa.Um referencial teórico que veremos aqui como exemplo faz de umprojeto demestradoda área da
Linguística11efoiconsideradosuficienteparademonstraropontodepartidaescolhidoparaotrabalho.Apreocupação da pesquisa é saber se determinadas palavras utilizadas pelos professores nas primeirassériesescolaressãocompreendidaspelosalunoscomomesmosentidoqueaescolalhesdá.Sealunoseescolanãoatribuemosmesmossentidosaestaspalavras, issopodeexplicaralgunsdosproblemasdeaprendizagem existentes. Portanto, ao apresentar seu referencial teórico, a autora do projeto teve querecorreracertosconceitoseobrasdeoutrosautoresqueconsiderouúteisparaodesenvolvimentodoseutrabalhoespecíficoetevequeexplicitarsuasopçõesarespeitodasseguintesquestões:
a)osconceitosdelínguaedesentidoadotados,jáqueexistemmuitos;b)comosedáaatribuiçãodesentidosemumalínguacombasenosconceitosadotados;c) comoocorre, hoje, o ensinode línguasnaprimeiras séries escolares, emgeral, nopaís, combasenosmateriaisjápublicadosequeservirãodepontodepartidaparaapesquisa;
d)e,finalmente,qualarelaçãoentreessascoisastodasdemaneiraadeixarclaroocaminhoquese
escolheuseguir.
Issofoifeitodeformaclara,concisaeobjetiva.Notrechocitadoaseguir,observecomooreferencialpode (e deve) ser articulado ao tema e aos objetivos da pesquisa. (Obviamente, por ocupar váriaspáginasnooriginal,apartedoreferencialteóricodoprojetousadocomoexemplonãoéreproduzidaaquinaíntegra.Paraquevocêidentifiqueolocaldoscortes,assupressõessãoassinaladascomreticênciasentrecolchetes.)
ReferencialteóricoOpresentereferencialteóricoépreliminare,esperamos,serábastanteaprofundadonoprocessodecumprimentodoscréditos
previstosnoPrograma.Porhora,cumpredestacarosconceitosdelínguaesentidoqueserãopontosnorteadoresdapesquisa.
LínguaerepresentaçãoUmaformabastanteconsistentedeiniciarumestudoquerelacionelínguaeeducaçãoédefinirumconceitodelínguaquenosdê
basesparaumapesquisadecaráterpráticoe resultados funcionais.Ferrarezi (2008) adotao seguinte conceitode línguanatural:“Uma língua natural é um sistema socializado e culturalmente determinado de representação de mundo e seus eventos.” Esseconceito responde àmaioriadasquestões ligadas à linguagem, comoveremos abaixo, emcada aspecto/elemento consideradonoconceitobase.Assimtemos:
1. Língua como sistema: aspectos estruturo-funcionais – dizem respeito à organizaçãosistêmica,ouseja,suasregrasgramaticaisdefinidasnaformadeprincípioseparâmetros(CHOMSKY, 1992), e regras de uso que componham o sistema gramatical, ou seja:estruturaeusona fonologia,namorfologia,na sintaxe,na semânticaenapragmáticadalíngua.
2.Línguacomoalgosocializado:aspectossociolinguísticos–referem-seàsespecificidadessistêmicas atribuídas a e socializadas em determinado grupo de falantes, como formasespecíficasdepronúncia,léxicoouconstruçãosintática,entreoutras.
3.Línguacomoalgoculturalmenteconstruído:aspectosantropoculturais[...]
4.Línguacomoformaderepresentação:aspectossemântico-pragmáticos[...]
5.Orepresentadocomo“mundoseseuseventos”:aspectosreferenciaisecriacionais[...]
Efetivamente,quandoacriançachegaàvidaescolar,elaofazcontandocomessecabedaldesinaisesentidosquefuncionamcomo seumeio básico de representação. Ela “enxerga” omundo pormeio de conceitos que já desenvolveu e se expressa compalavrasquesãoassociadasasentidosquerepresentamessesconceitos.Entretanto,aescolautilizamuitasdessasmesmaspalavrascomsentidosdiferentesdaquelesqueacriançajáconheciaatéali,acarretandoproblemasdiversosdecomunicaçãoentreaescolaea criança. Para compreender melhor como essas dificuldades de comunicação são geradas , precisamos entender como osentidoéconstituídonumaconversaçãooumesmonumapalavra.
Consideraçõessobreosentidodaspalavras[...]Amaioriadasvezesaescolaeacriançanãocompartilhamosmesmocontextoseosmesmoscenáriose,emdecorrênciadisso,
dificilmentecompartilharãodosmesmossentidos.Esseéumdosproblemasdaeducaçãobrasileiraatualeprecisasercorrigidocomurgência,poiscontribuiparaagravaro fracassoescolar.ParaentendermosumpoucodessasdivergênciasveremosoqueFaraco(2009)escrevesobreateoriadeBakhtin.
[...]
OensinodelínguamaternaOutro aspecto importante a observar é como se processa o ensino da línguamaterna para crianças em idade escolar que já
dominamsualínguaesuagramática.Ascriançasemidadeescolarjáseexpressamsuficientementebemnosespaçosdocotidiano,incluindo aí, o espaço social não formal da escola.Elas não apenas têmnoções rudimentares,mas conhecimentos complexosdalíngua,desuasregrasorgânicas,deseuuso,caracterizando-as,assim,comofalantesnativasdaquelalíngua.
[...]O processo educacional precisa integrar a construção de conceitos que permitam atribuir sentidos que a escola presume às
palavrasqueoalunodominaouprecisadominarparadiminuirosníveisdedificuldadedoaprendizadoemnossasescolasbásicas.Esseprocessodeveserrealizadodemaneirasistemáticaenãobaseadana“descoberta”individualdosalunosdeformaqueesseseaescolacompartilhemomesmomundoesejambemsucedidosnele.
Oexemplodereferencialteórico(trechoeditado)quevemadianteédeumprojetodedoutoradoemDemografia,12quesepropõeaestudarofenômenodetransiçãoparaavidaadultanascamadasmédiasepopulares.Nele, a pesquisadora considerou importante apontar as concepções teóricas e os trabalhos já
publicadosrelativos,porexemplo,àligaçãoentreaevoluçãodaimportânciasocialconferidaaosjovense àsmudanças demográficas. Fez um balanço bibliográfico dos Estudos sobre Família, com destaquepara as questões que envolvem o “curso de vida” e a transição para a vida adulta. Apresentou oproblema da delimitação do início e do fim da adolescência, segundo vários critérios. Sintetizou oscaminhostomadospelaspesquisasrecentessobreoassuntodatransiçãoparaavidaadultaqueestudamopesorelativodeaspectoscomocondiçõesfinanceiras,ligaçõesdedependênciaeconômicae/ouafetivacoma família, interferênciadepolíticaspúblicasnacriaçãodeoportunidades, entremuitosoutros.E,finalmente,esboçousuahipótesedetrabalhosobreosombrosdeestudiososqueaprecederam.
ReferencialteóricoSegundoHareven (1999), as concepções sobre o que é ser criança ou adolescente estão relacionadas aomodo como o ser
adultoédefinidopelasociedade.Ospapéissociaiseaposiçãoquecrianças,adolescentes,jovens,adultoseidososocupamnogruposocialsãosemprerelacionaiseimplicamaregulaçãodecomportamentos,responsabilidadesenecessidadesespecíficasparacadaidade.RetomandoostrabalhosdePhillippeAriès,Hareven(1999)afirmaquedesdeofinaldoséculoXVIIIeiníciodoséculoXIXavalorizaçãodosfilhoseaimportânciacentralqueelespassamaternointeriordasfamíliasdaEuropaOcidentaleraemparteumaresposta a duas mudanças demográficas significativas: a queda da mortalidade infantil e a propagação da prática da limitaçãoconscientedonúmerodefilhos.
[...]Sobretudo nos anos 80 e 90, tanto aDemografia da Família, ou dosGruposDomésticos, quanto a Sociologia desenvolveram
estudosempíricoseteóricosqueconsideramascaracterísticas,osdeterminanteseosaspectosestruturaisdatransiçãoparaavidaadulta (GOLDSCHEIDER e DA VANZO, 1985, 1989; HOGAN, 1986; AVEREY, GOLDSCHEIDER e SPEARE JR., 1992;HOGAN,EGGEBEENeCLOGG,1993;HARRIS,FURSTENBERGeMARMER,1998).Atransiçãoparaavidaadultatemseconstituídocomoumaimportantetemáticadeinteresseparaosestudiososdoscursosdevida,poisospapéisassumidosnessafaseauxiliamnacompreensãodedesenvolvimentosposterioresnocampofamiliareocupacional.
[...]O entendimento dos cursos de vida está circunscrito à noção de que os indivíduos passam por mudanças qualitativas,
psicológicas,cognitivas,emocionaisedenecessidadesqueestãoassociadasadiferentesetapasdavidaparaasquaiscomumentesetomaa idadedos indivíduoscomoreferência (BRAUNGART,1986).Aanálisedocursodevidadeumaperspectivaquantitativatem se debruçado sobre o timing dos eventos que caracterizam as mudanças vividas pelos indivíduos (quando os eventosacontecem),suasequência(emqueordemoseventosacontecem)eseuquantum(quantoseventosacontecem)(BILLARI,2001).
[...]Se,determinarcomprecisãooslimitesuniversalmenteaceitosparaoinícioeotérminodajuventude,éumatarefadifícildadoa
variabilidadesocioculturaldoqueseentendeporjuventude,osprocessosdedescristalizaçãoelatênciaemplenocursoatualmentetornam a tarefa ainda mais árdua. Especialmente nos países europeus, as idades em que ocorre cada uma das mudanças quecaracterizamatransiçãoparaavidaadulta(saídadaescola,ingressonomercadodetrabalho,casamento,nascimentodoprimeirofilho)têmtidograndevariação,mastambémpoderíamospensarseomesmonãosepassacomgruposbemespecíficosnoBrasil.As idades ao casar e ao nascimento do primeiro filho são aquelas nas quais se observam as maiores variações, a ponto depesquisadoreseuropeus,considerandoarealidadedeseusrespectivospaíses,defenderemqueessasduasetapasjánãodevemserconsideradasobrigatoriamentecomopartedatransiçãoparaavidaadulta(MIERyTERÁN,2004).
AOrganizaçãoMundialdeSaúdefixacomoadolescênciaafaixaetáriacompreendidaentre10e19anos.Ecomopopulaçãojovem,ogrupomaisamploqueabarcaaspessoasde10a24anos.Contudo,osestudosacadêmicosconvencionalmentenomeiamcomoadolescentesapopulaçãode10a19anos,ejovens,apopulaçãode15a24anos(CALAZANS,1999;CAMARANOetal.,2003). Justamente por conta da grande variabilidade etária, de que falávamos anteriormente, em que se realizam as etapas datransiçãoparaavidaadulta,tem-sefeitoemalgunsestudosaopçãodecoletardadosconsiderandofaixasetáriasbemmaisamplas,de15a29anos(FIGUEIREDOetal.,2000)ouaindade15a34anos(MIERyTERÁN,2004)
[...]Emumestudorecentesobrea relaçãoentreasondas jovenseomercadode trabalhonoBrasilenaArgentina,Bercoviche
Massé (2004, p. 16) afirmam que, na década atual, os adultos jovens de 25 a 34 anos enfrentam “os mesmos fatores quecomprometiamapossibilidadedeabsorçãodaonda jovemnomercadode trabalho [...]: obaixodinamismodaofertade trabalhorecente,oenvelhecimentodaestruturaetáriadosocupadoseafortepressãoexercidapelaentradadasmulheresdetodasasidadesnomercadode trabalho, [...] representamumaconcorrência adicional”.Asperspectivasocupacionais eprofissionais atuais, bemcomoacrescenteinstabilidadedasrelaçõesafetivaspodemestarcontribuindoparaoadiamentodaautonomiacompletadosfilhosemrelaçãoaospais.
[...]Um dos aspectos mais explorados na literatura internacional sobre a transição para a vida adulta têm sido os arranjos
domiciliares, ou seja, com quem os jovens moram e sob quais condições. Isso porque a moradia separada dos pais forneceelementosparaadiscussãodograudedependênciadojovemouatestasuatotalautonomia.
[...]Quantoàdimensãodasnormasevaloressociais,oestilodevidamodernoenfatizaaprimaziadaprivacidadeedaindependência
sobreo companheirismoe aobediência filial.Especialmentenas camadasmédias edemaior escolarizaçãonorte-americanas, ospais(AVEREY,GOLDSCHEIDEReSPEAREJR.,1992)incentivamaindependênciadosfilhos,poispercebemasaídadosjovensadultosdecasacomoumganhodeprivacidadeparaambasasgerações.
[...]EmestudorealizadoemSãoPaulo(SEADE,1998),constatou-sequeosexo,oestadocivileaidademédiaaocasartendema
exercerinfluênciasobreosarranjosdomiciliaresemqueosjovensestãoinseridos.[...]A importânciado suporte intergeracional e intrafamiliar (quer embenefíciodos jovensoudos idosos)pode se intensificar em
contextosemquehá reduçãonosserviçosprovidospeloEstadocomoresultadodepolíticasneoliberais.Nessascircunstâncias,afamíliapodeseconverternoúnico“mecanismodeproteçãosocial”(OLIVEIRA,1997).
[...]MayereSchoepflin(1989)apontamparaaemergênciadetodaumalinhateóricaedepesquisasobreoimpactodaspolíticasde
Estadosobreaestruturaçãodocursodavida.[...]Helena Abramo (1997) chama a atenção para a ausência de políticas públicas consistentes dirigidas para a juventude até
meadosdosanos90.EnquantonaEuropaenosEstadosUnidosaspolíticasparajovensforamsedesenvolvendoaolongodetodooséculoXX;e,nosanos80,aOrganizaçãodasNaçõesUnidas(ONU)eaComissãoEconômicaparaaAméricaLatinaeoCaribe(Cepal)estimularampolíticasvoltadasparaessapopulaçãoemalgunspaíseslatino-americanosemparceriacomliderançaslocais,oBrasilficouàmargemdesseprocesso.
[...]Abramo (1997) propõe o exercício de análises que escapem ao olhar das gerações mais velhas que veem os jovens como
“problema”equeao invésdissosedesenvolvamestudosque focalizemomodocomoospróprios jovensvivemeelaboramsuasexperiências.Nocasodoestudodatransiçãoparaavidaadulta,podemospensaroquãoproveitosopodeserevelaracombinaçãodaanálisedosdadosdasestatísticasoficiaiscomentrevistasemprofundidadecomjovensqueestãovivendoapassagemparaavidaadulta. Para a sociedade, os jovens podem até ser um problema (trazem a preocupação com a gravidez precoce, aumento damortalidadeporcausasviolentas,Aidsetc.).Masparaos jovens, seráqueoproblemanãoéasociedadequeainda lhesoferecepoucasopçõesdeescolhas?
Ao redigir a parte relativa ao referencial teórico, o autor do projeto deve observar que ela devecorresponder, em profundidade e extensão, à profundidade e extensão do tratamento que se dará aoestudocientíficoqueseestá realizando.Assim,seumprojetoresultaráemumartigocientíficodedezpáginasdeTCC,quasesempreaapresentaçãodasbasesteóricaséfeitaemapenasumaouduaspáginas.Mas,seoprojetoéparaumpós-doutorado,quetrataráextensaeexaustivamentedeumtemacomplexo,parececlaroqueo referencial teórico teráquedarcontadessacomplexidade toda, assim, serámaior,
maisprofundo,maissofisticado.Opesquisadordevesermuitocriteriosoaoescolherasobrasquetomarãopartedoreferencial,pois
um verdadeiro “diálogo científico” começa a ser construído no momento de citar outros trabalhos ecomentá-los. No texto, deve sermencionado apenas aquilo que é essencial para demonstrar as basesteóricasdeseutrabalho.Nãocaianatentaçãodeimaginarqueascitaçõesimpressionarãoosavaliadoresúnica e exclusivamente pela quantidade; quase sempre ocorre o contrário: citações excessivas,desconexasoudesnecessárias,resultamemconfusãoedesqualificamoprojeto.
METODOLOGIA
Hojeemdia,grandepartedostrabalhosdegraduaçãoeiniciaçãocientíficasefundamentaapenasempesquisabibliográfica.Oexemploaseguirédemetodologiadessetipodetrabalho.Éclaroqueexistemmuitas outras formas de fazer pesquisa e inúmeros procedimentosmetodológicos específicos de cadaárea. Porém mesmo quem desenvolve, por exemplo, trabalho de campo, estudo de fontes primárias,simulações computacionais, experiências de laboratório ou dissecação de cadáveres precisanecessariamente fazer uma boa pesquisa bibliográfica. Como ela é a base de qualquer estudo –maissimplesnagraduação,maiscomplexanodoutorado–,optamosportomarapesquisabibliográficacomoumexemplodoquepodeserditonoitem“Metodologia”.
MetodologiaOpresenteprojetosefundamentabasicamenteempesquisabibliográfica.Essapesquisaserádesenvolvidaemquatroetapas:
1.identificaçãoeseleçãodematerialbibliográficopertinente;2. leitura e fichamento em formato digital domaterial selecionado com identificação dasobras,dosautoresedesuasideiascentrais;
3. elaboração de uma lista de palavras-chave (referentes a assuntos relevantes para apesquisa) que facilite a localização dos temas no material fichado no momento deelaboraçãodorelatóriofinal;
4.análisedoconteúdodomateriallevantadoparaaelaboraçãodasconclusõesdapesquisa.
Pesquisadecampoéoutrametodologiabastantecomum.Aformadefazê-lavariaemcadaárea.Apesquisa de campo para um sociólogo pode ser entrevistar pessoas de uma determinada comunidade,enquantoparaumbiólogopodesercolheramostrasdecoraisnomardoCaribe.A seguir, um exemplo demetodologia apresentada em umprojeto de pós-doutorado emGeologia13
cujapropostaéfazerestudosradiométricosdedeterminadasrochasgranitoides.
MaterialemétodosDiferentes tipos de granitoides serão analisados quanto aos radionuclídeos 40K, ‘eU’ e ‘eTh’, por intermédio da técnica de
gamaespectrometria.Opropósitodaespectrometriaéidentificarequantificarelementos.Emsetratandodeelementosradioativos,amedida espectrométrica é feita com base na propriedade da radioatividade, método comprovado como de fácil uso, altamentesensívelerápido,sendorotineiramenteaplicadocomsucessonasoluçãodeproblemasanalíticosemradioquímica.[...]
Oprincipalobjetivodaespectrometriaderaiosgamaéomapeamentogeológico.Estetipodemapeamentopodeserempregadonabuscadedepósitosdemetaisbásicos(comoocobre,chumboezinco)edetecçãoedelimitaçãodaschamadasrochasfonte(nasquais os depósitos deurânioocorremoudeonde eles podem ter sidoderivados). [...]A espectrometria de raiosgama analisa aenergia dos picos, possibilitando a identificação direta dos radionuclídeos em amostras que emitem radiação gama. [...] Aespectrometriaderaiosgamatemvantagenssobreosoutrosmétodos,principalmenteporcausadapenetraçãodosraiosgama,queégrandesecomparadacomadaspartículasalfaebeta(IVANOVICHeMURRAY,1992).Alémdisso,apreparaçãodasamostras
para leituras de espectrometria de raios gama é simples, não destrutiva e não necessita “spike” permitindo que os diversosradioelementosdeinteressesejamanalisadossimultaneamente.
OEspectrômetrodeRaiosGamaé formadodeumsensorgamaecircuitos eletrônicosque separama radiação incidentenocristalemdoisoumaiscomponentesdeenergia. [...]Emdecorrênciada interaçãoentrea radiaçãogamaemitidaporumafonteradioativa e um cristal cintilador de Nal (TI) são produzidos pulsos de pequena amplitude no ânodo de uma fotomultiplicadora(BONOTTO, 1990). Para que os pulsos sejam detectados, cada pulso é pré-amplificado e aplicado a um amplificador [...]. Ospulsos produzidos apresentam alturas variáveis que dependem diretamente da energia das radiações; portanto, depois que sãodiscriminadosdeacordocomsuasalturas,fornecemespectrosrelacionadoscomaenergiadaradiaçãogamaemitidanastransiçõesnucleares.OdispositivoquerealizaestaseparaçãoéoAnalisadordeAlturadePulsos(BONOTTO,1990).
UmfeixederadiaçãogamapodeinteragircomumcristaldeNal(TI)atravésdeváriosmecanismos,porémapenasdoisserãoconsiderados:oefeitofotoelétricoeoespalhamentoCompton.[...]
AFigura5 ilustraosistemainstaladonoLabrido–LaboratóriodeIsótoposeHidroquímica,doDepartamentodePetrologiaeMetalogenia(IGCE)queseráutilizadonestapesquisa.Estesistemaéformadoporumablindagemdechumboondeestãocolocadoso pré-amplificador e o cristal deNal (TI), sendo que estes estão conectados a uma fonte de alta tensão. É nesta blindagem dechumboqueseráinseridacadaamostraacondicionadanorecipientedealumínio.Dopré-amplificadorparteumcaboqueconduzosinalaoamplificador,edesteparaomulticanalligadoaomicrocomputadorqueprocessaosinalefetuandoasuacontagem.
O processamento dos dados obtidos será efetuado através do software Maestro lI, da EG&G-Ortec, instalado no sistemadisponívelnoLabrido.
Veja que essa proposta de metodologia inclui informações sobre equipamentos, procedimentos deregistroeanálisedosdadosmuitodiferentesdaquelesutilizadosnapesquisabibliográfica.Tambémotratamentodasinformações,asformasdeinterpretaçãoeaaplicaçãodosresultadossãodiferentes.Aoescolher a metodologia é preciso ter bem claro qual a que mais se enquadra em seus objetivos depesquisa.Algunspesquisadoresconsideramque,alémdedeixarclaroquemetodologiavãousar,devemexplicar
por que descartaram outras existentes. Isso pode ser visto no exemplo abaixo: um projeto de pós-doutoradoemArqueologia14quepretendeestudarasquestõesdaguerraedaviolêncianaGréciaAntigatendocomofontedepesquisaasilustraçõesrelacionadasàGuerradeTroiaqueaparecememvasosdecerâmicadosséculosVI-Va.C.Nele,opesquisadorseidentificacomo“ocandidato”.
MetodologiaNosestudosdacerâmicagrega,aabordagemdaHistóriadaArte faz-se fortementepresentee teminteressesdiversos.Um
deles consiste em examinar a evolução de uma cena ou de um tema particulares através do tempo e das diversas produçõescerâmicas.Outrocampodeinteresseéodarelaçãoentreimagememito;noqual,empreende-seumaleituraglobaldamitologiaapartir das imagens, dispondo-as cronologicamente com vistas a obter uma narrativa linear e coerente.Muitos pesquisadores semantiveramnessalinhadepesquisa,masampliaramseusinteressesaosepreocuparememcompreendercomoasimagensnarramomito, trabalhandoa especificidadeda linguagemedaartenarrativadas imagenscomoomeiodaelaboraçãodeumamitologiagregaapartirdelas,inclusoaí,ociclotroiano.[...]
O candidato adota a abordagemhistórica, que se volta, sobretudo, para a relação entre imagem e história. Assim, trata aimagemnãomais comoumdocumento, que porta por seu conteúdo uma informação histórica,mas como ummonumento, cujasregrasdeelaboraçãosãoemsiumtestemunhosobreamaneiradeserepresentar,aanálisedasociedadetalqualelasemostraemimagem,produzindotrabalhossobreascategoriassociaiseoscomportamentoscoletivos.
A metodologia a ser empregada é a da seriação, que visa obter uma ordem conforme a semelhança ou dessemelhança,reagrupandoosobjetosemconjuntosmaisfortementeligados.[...]
O candidato organizará sua seriação em torno das cenas de atos violentos. Com o intuito de detectar o significado que osartesãosderamemsuasrepresentaçõesdessesatos,voltarásuaatenção,primeiramente,paraosesquemasiconográficosdecadaumadascenas,para,emseguida,verificarospersonagensenvolvidos,tantonogrupocentraldecadacena,quantonosgruposdospersonagenssecundáriosqueoentornam.Defundamentalimportânciaparaacompreensãodospersonagensseráaobservaçãodas posturas e dos gestos que realizam em cada cena; pois, posturas e gestos são social e culturalmente codificados e,consequentemente,reveladoresderepresentaçõesesensibilidades.
Porvezes, duasoumais formasde coleta de informações são adotadaspelopesquisador; portanto,
maisdeumametodologiaéempregadanotrabalho.Vejamos,porexemplo,comoumprojetonaáreadeSaúdePública15pretendeinvestigarapromoçãodebebidasalcoólicasentreosjovensbrasileiros.
MateriaisemétodosA)EstudosobretemasedistribuiçãodaspropagandasAs propagandas de bebidas alcoólicas serão coletadas diretamente da televisão (principais canais comerciais), em revistas
(principaisrevistasnacionais,particularmenteasquepossueminformaçãosobreaquantidadedeadolescentesejovensleitores)e,sepossível,diretamentenasagênciasdepropagandaquetrabalhamparaaindústriadoálcool.
Aanálisedomaterialpretendeverificar:–adistribuiçãodepropagandapormídiaeportipodebebidaalcoólica;–aligaçãoentremomentoelocaldapropagandacomaexposiçãoaosjovenssegundodadosdepesquisademercado;–ostemasprevalentesemcadamídia,asmensagensveiculadaseseuacordocomocódigodeéticadaprópriaindústria.Paraefeitodecomparação,serãocoletadaspropagandasdeoutrosprodutoscomparáveis(p.ex.:bebidasnãoalcoólicas),assim
como dados da literatura internacional. Entre os estudos internacionais que investigaram recentemente esse tema e serãoconsultadosestão:Garfieldecols.,2003;Austin&Grube,2002.
B)EstudosobreexposiçãoeapreciaçãodosjovensemrelaçãoàpropagandadeálcoolAs respostas dos jovens às propagandas de bebidas alcoólicas serão medidas através da exposição recordada (recalled
exposure)edaapreciaçãodasmesmas.Serãomontadosgruposfocaiscomjovensdediversasfaixasetárias(12-21anos)oquepermitirátambéminvestigaraspossíveisdiferençasentrejovensqueaindanãoiniciaramobeber(ouestãoapenasiniciandoagora)eaquelesquejáseutilizamdebebidasalcoólicasregularmente.Osgruposfocaisproporcionarãomaterialparaodesenvolvimentode umquestionário semiestruturado a ser aplicado em uma amostra de conveniência relevante (embora não necessariamenterepresentativa)dejovens.Entreosestudosinternacionaisnosquaisessapartedapesquisaserábaseada,encontram-se:WYLLIEecols.,1998aWYLLIEecols.,1998beCASSWELL&ZHANG,1998;AUSTIN&KNAUS,2000.
AnálisedosresultadosA)EstudosobretemasedistribuiçãodaspropagandasPara a avaliação de temas, será construída uma grade temática baseada em dados da literatura e observação flutuante de
algumas propagandas para ser utilizada por três “juízes”, que avaliarão todas as propagandas. Para análise da concordância daavaliação,seráutilizadooteste“kappa”.
B)EstudosobreexposiçãoeapreciaçãodosjovensemrelaçãoàpropagandadeálcoolParaexaminaranaturezadorelacionamentoentreexposiçãoeapreciaçãoàpropagandadeálcooleocomportamentofuturode
beberedeexpectativasemrelaçãoaobeberdosjovens,utilizar-se-áumquestionáriodeperguntasestruturadas,baseadoemdadosde literatura e em grupos focais a serem desenvolvidos.As entrevistas serão feitas pessoalmente.Omodelo de análise incluirátécnicas como regressãomúltipla emodelos de equação estrutural exploratória para uma análisemais aprofundada do desenhotransversaldecoletadedados.
CRONOGRAMA
Ocronogramaéconstruídocombasenosobjetivosespecíficosapresentadosnoprojetoeno tempodisponívelparasuaexecução.Eledeveserrealista.Monteumatabelaemqueconsteotempodisponível(emmeses, bimestres, trimestres, anos etc., conforme o caso) e, na coluna “Atividades”, informe osobjetivos específicos, um em cada linha, estabelecendo o prazo que julgar adequado para suaconcretização.Procuresersensatoemrelaçãoaprazos,paranãoseatrasarnaexecuçãodotrabalho.Aseguir,umexemplodecronogramadeumprojetodeTCCnaáreadeLetras16cujoobjetivoéestudar
asvariaçõeslinguísticasnafaladedetentosdeumadeterminadapenitenciária,pormeiodeobservaçõesde campo (no contexto prisional, especialmente nohorário de banhode sol dos presos) e entrevistas,segundoumaabordagemqualitativa.Cronograma
ATIVIDADES MAR./09 ABR./09 MAIO/09 JUN./09
ElaboraçãodoprojetoFichamentodeleiturasObservaçãodolócusedossujeitosdapesquisaRealizaçãodeentrevistasTranscriçãodeentrevistasAnálisedomaterialeelaboraçãodoartigoApresentaçãodoartigo
Observecomoosobjetivosforamtransportadosparaoquadro;paraocumprimentodecadaumdelesfoi definido um prazo de exe-cução. Claro que, no decorrer da pesquisa, o cronograma poderá sermodificadoemfunçãodenecessidadesespecíficasoumesmodecontratemposquesurgiremnomeiodocaminho,maséimportantequeocronogramaapresentadonoprojetosejaomaisrealistapossível,poiséapartirdelequeserãocriadasexpectativascomrelaçãoaodesenvolvimentodeseutrabalho.
CUSTEIO
Vejamos,aqui,umaformasimplesdeapresentaçãodecusteio.Valelembrarque,como,porexemplo,emumorçamentodeconstruçãodeumacasa,aprojeçãodoscustosdevesermuitobemfeita,poistudooquefordeixadodeforadoorçamento,poresquecimentoouerrodeavaliação,nemporissodeixarádesernecessárioecausaráumproblemadepois.Digamosque,aofazeroorçamentodesuacasa,vocêseesqueçadefazerconstaroscustoscomapartehidráulica.Nãohaveráprevisãodedinheiroparacanos,torneiras,vasossanitáriosetc.,masnãoseráporcausadissoqueacasapoderá ficarsemas redesdeáguaeesgoto.Alguémvaiterquearcarcomasdespesasalémdoorçamentoprevisto.Em caso de projetos de pesquisa financiados (como de mestrandos ou doutorandos que recebem
bolsas),quantomaisdetalhadosos itensdecusteio,maissegurançahaverádequeo trabalhonãoseráprejudicadopor faltaderecursosoudeque,nofinal, seráoprópriopesquisadorapagaraconta.Poroutrolado,seopesquisadorexagerarnosnúmeros,corresérioriscodeverseuprojetorecusadoeaté,em casos extremos, de perder a credibilidade na comunidade acadêmica. Então, atenção na hora deplanejaroscustosdapesquisa!Vejamosumexemplosimples,apenasparaterideiadecomoelaborarumquadro de custeio. No caso apresentado, o pesquisador afirma que terá de fazer algumas viagens,comprarobrasdereferênciaematerialdeconsumo.Custeio
Item Descrição Custounitário(R$)
Custototal(R$)
102DeslocamentosGuajará-Mirim/Campinas/Guajará-Mirim–passagensintermunicipaisdeônibusepassagensinterestaduaisdeavião
1.800,00* 3.600,00
250DeslocamentosHortolândia/Campinas/Hortolândia–passagensintermunicipaisdeônibus
30,00* 1.500,00
3Aquisiçãode20obrasnovas(queaindanãoestãopresentesnabibliotecadainstituição)
100,00(média)
2.000,00
4 Fotocópiaeencadernaçãode50obrasdepublicaçãoesgotada(quenãoseencontramàvendanomercado)
40,00 2.000,00
5 10resmasPapelA-4 15,00 150,006 02cartuchosdetonerparaimpressoraLexmarkE-210 240,00 480,00
9.730,00*Valorreferenteacadadeslocamentoentresascidades.
Caso você pretenda solicitar o financiamento de sua pesquisa a alguma agência de fomento (comoCapes,CNPq,Fapespetc.),essa informaçãodeveráconstaraofinaldo item“Custeio”e,vocêdeverápreencher o formulário padrão exigido por cada agência de fomento. Em certos casos, o materialadquiridopormeiodefinanciamentodeveserdoadoàuniversidade(biblioteca, laboratório,centrodecomputaçãoetc.)aotérminodapesquisaeissodeveserinformadonoprojeto,poismostraque,nofuturo,outros pesquisadores também poderão se beneficiar das aquisições materiais feitas por ocasião darealizaçãodeseutrabalho.
REFERÊNCIAS
VejamosaquialgunspoucosexemplosdecomoapresentarasReferênciasemumprojetocientífico,umavezqueoformatoépadronizadodeacordocomnormasdaABNT.Informaçõesmaisdetalhadassobreos diferentes tipos de citação você encontrará mais adiante, no capítulo “Normas para referências ecitações”.Ointuitoagoraémostrarcomoelasselocalizamnoseuprojetodepesquisa.Percebaqueadotamosaquiopadrãodecitarasreferênciasemdoisconjuntosfuncionaisdistintos:
1.asqueforamefetivamentecitadasaolongodoprojeto;e2.asqueforamusadasduranteaelaboraçãodoprojeto,mesmoquenãotenhamsidodiretamentecitadasnocorpodotexto,easqueopesquisador,emboranãoastenhalidoainda,jásabequevaiconsultar,porseremobrasreconhecidasacademicamenteediretamenteligadasaotemae/ouporteremsidoindicadaspeloorientadordotrabalho.
ReferênciasdascitaçõesnoprojetoALWOOD,J.etalii.(1977).LogicinLinguistics.Cambridge:CambridgeUniversityPress.AUSTIN,J.L.(1972).HowtoDoThingsWithWords.Cambridge:CambridgeUniversityPress.BAKTHIN,M.(1988).Marxismoefilosofiadalinguagem.SãoPaulo:MartinsFontes.
ReferênciaspreliminaresdapesquisaCATON,Ch.E.(org.)(1963).PhilosophyandOrdinaryLanguage.Illinois:UniversityofIllinoisPress.CHOMSKY,N.(1986).KnowledgeofLanguage:ItsNature,OriginandUse.NewYork,Praeger.______.(1992).AMinimalismProgramforLinguisticsTheory.MIT.______.(1997).Linguagememente:pensamentosatuaissobreantigosproblemas.Mimeo.COSERIU, Eugenio (1998). “Semántica Estructural y SemánticaCognitiva”. In:MIRANDA, Luis;ORELLANA,Amanda (eds.)(1998).ActasdelIICongresoNacionaldeInvestigacionesLinguístico-Filológicas.Peru:Ed.delaUniversidadRicardoPalma.
RedaçãodoprojetoPara redigir o projeto é importante seguir os passos apresentados anteriormente (amadurecimento,
elaboraçãoderascunhos,leituracríticadomaterial),poisajudamvocêaganhartempoeapresentarumtextodequalidade.Oentrosamentoentrevocêeseuorientadortambémvaicolaborarparaosucessodaempreitadaemsuasoutrasetapas.Muitasvezes,algoquelheparecebastantedifícilpodetornar-sefácilcom o auxílio do orientador, que tem mais experiência acadêmica. Portanto, desde a elaboração doprojetoatéaredaçãodotrabalhofinal,ébomqueorientandoeorientadorconversem,discutamideiasecheguemaoconsensoemrelaçãoaodesenvolvimentodotrabalhodepesquisaeseuresultado.Sevocêjátiverumprofessor-orientadornafasedeelaboraçãodoprojeto,encaminheaeleasversões
preliminaresdotextoparaqueelepossalheoferecersugestões.
Notas1 Projeto elaborado porRobergineiaÁurea de FariasMorais, sob orientação doProf.Dr.Celso Ferrarezi Jr., intituladoLevantamento deexpressõesmetafóricas funcionaisquenomeiamplantasmedicinais, apresentadoaoDepartamentodeLetrasdoCampusdeGuajará-MirimdaUniversidadeFederaldeRondôniacomorequisitoparcialparaaprovaçãonadisciplinaTrabalhodeConclusãodeCurso(TCC)emfevereirode2009.
2ProjetodemestradoelaboradoporMateusYuriRibeirodaSilvaPassos,em2008,sobaorientaçãodoProf.Dr.ValdemirMiotello,intituladoNarratividade na comunicação pública da ciência: análise de revistas impressas brasileiras, apresentado ao Programa de Pós-graduaçãoemCiência,TecnologiaeSociedadedaUniversidadeFederaldeSãoCarlos.
3Projetodedoutoradoelaboradopor JoiceMeloVieira, soborientaçãodaProf.Dra.MariaColetaF.A.deOliveira, intituladoTransiçãopara a vida adulta em camadasmédias e populares: cenários e tendências sociodemográficas, apresentado ao Programa de Pós-GraduaçãoemDemografiadaUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp)em2005edesenvolvidocomauxíliodaFapesp.
4ProjetodemestradoelaboradoporJoséOtavioValiante,sobaorientaçãodoProf.Dr.OsmarSiena, intituladoProdução sustentável emreservasextrativistas:umestudodaReservaExtrativistado rioOuroPreto–RO , apresentado aoProgramadePós-Graduação emAdministraçãodaUniversidadeFederaldeRondôniaem2007.
5ProjetodeelaboradoporIlanaPinskyStreinger,psicólogafiliadaàUnidadedePesquisasobreÁlcooleDrogas(Uniad)doDepartamentodePsiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), intituladoOs jovens e a propaganda de bebidas alcoólicas no Brasil,contempladocomabolsaApoioaJovensPesquisadoresdaFapespem2003.
6Projetodemestradoapresentadoem2008aoDepartamentodeCirurgiadaUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp)porBetinaSílviaBeozzoBassanezi,médicadoCentroInfantilBoldrini(Campinas-SP),intituladoDeterminaçãodos fatoresderiscoparaocorrênciadevômitospós-operatóriosempopulaçãopediátricaoncológica,desenvolvidocomaaprovaçãodaComissãodeÉticadoCentroBoldriniecomacolaboraçãodosmatemáticosProfa.Dra.RosanaJafeliceeProf.Dr.RodneyCarlosBassanezi.
7ProjetodeTCCelaboradoporMariaMarleneAlvesBaúna,sobaorientaçãodoProf.Dr.CelsoFerrareziJr., intituladoArelaçãoentreaculturaeaconstruçãodesentidosnaexpressão“sermãesolteira”,apresentadoaoDepartamentodeLetrasdoCampusdeGuajará-MirimdaUniversidadeFederaldeRondônia,em2009.
8OtrechoescolhidocomoexemplofazpartedosubprojetointituladoLeprosedoscitros:diagnósticodadistribuiçãoespacialdadoençaedovetornospomaresdasregiõescitrícolasdoestadodeSãoPaulo,inseridonoprojetomaiorEpidemiologiadaleprosedoscitros,desenvolvido pelos pesquisadores Renato Beozzo Bassanezi (Departamento Científico da Fundecitrus) e Francisco Ferraz Laranjeira(EmbrapaMandiocaeFruticulturaTropical),em2001,comapoiodaFapesp.
9ProjetodemestradoapresentadoporClaudionorAlmirSoaresDamasceno, em2009, aoProgramadePós-Graduaçãoem IntegraçãodaAméricaLatinadaUniversidadedeSãoPaulo(Prolam/USP),intituladoPolíticaspúblicasdecomunicaçãonaAméricaLatina:oscasosdoBrasiledaVenezuela,desenvolvidosobaorientaçãodoProf.Dr.SediHirano.
10 Projeto de doutorado elaborado por Lourdes M. G. C. Feitosa, em 1998, intituladoO amor e a representação sexual na Pompeiaromana:umaanálisede inscriçõesparietais, apresentadoaoProgramadePós-graduaçãoemHistória (áreadeconcentração:HistóriaCultural; linha de pesquisa:História,Cultura eGênero) daUniversidadeEstadual deCampinas (Unicamp) sob a orientação doProf.Dr.PedroPauloAbreuFunari,financiadopelaFapesp.
11ProjetodemestradoelaboradoporFabíolaFerreiraOcampo,sobaorientaçãodoProf.Dr.CelsoFerrareziJr.,apresentadoaoProgramadeMestradoemLetrasdoDepartamentodeLínguasVernáculasdoCampusdePortoVelhodaFundaçãoUniversidadeFederaldeRondôniaem2010.
12ProjetodedoutoradoelaboradoporJoiceMeloVieira,soborientaçãodaProfa.Dra.MariaColetaF.A.deOliveira,intituladoTransiçãoparaavidaadulta emcamadasmédias epopulares: cenários e tendências sócio-demográficas, apresentado aoProgramadePós-GraduaçãoemDemografiadaUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp)em2005edesenvolvidocomapoiodaFapesp.
13 Projeto de pós-doutorado elaborado em 2007 por Ene Glória da Silveira, intituladoEstudos radiométricos de rochas granitoides doestado de Rondônia, desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Geologia Regional (Área de Concentração em GeologiaRegional)sobasupervisãodoProf.Dr.DanielMarcosBonottoedoProf.Dr.WashingtonBarbosaLeiteJúnior,daUniversidadeEstadualPaulista(Unesp),comfinanciamentodoCNPq.
14 Projeto de pós-doutoradona área deArqueologia daUniversidadeEstadual deCampinas (Unicamp) elaboradopor JoséGeraldoCostaGrilloem2009sobasupervisãodoProf.Dr.PedroPauloAbreuFunariedesenvolvidocomoapoiodaFapesp.
15ProjetodeelaboradoporIlanaPinskyStreinger,psicólogafiliadaàUnidadedePesquisasobreÁlcooleDrogas(Uniad)doDepartamentodePsiquiatriadaUniversidadeFederaldeSãoPaulo (Unifesp), intituladoOs jovens eapropagandadebebidasalcoólicasnoBrasilcontempladocombolsaApoioJovensPesquisadoresdaFapespem2003.Otrechosobremetodologiacitadoépartedeumtodomaiorqueincluitambémumainvestigaçãosobreestratégiasdemarketingeumestudosobrearelaçãoentreaestruturadaindústriadebebidasesuasaçõesvinculadasàchamada“responsabilidadesocial”.
16ProjetodeTCCelaboradoporIracemaRodriguesRibeiroem2009,sobaorientaçãodaProfa.Ms.AuxiliadoradosSantosPinto,intituladoA linguagem utilizada na penitenciária deGuarajá-Mirim/RO: um estudo sociolinguístico, apresentado como requisito parcial paraaprovaçãonoCursodeLicenciaturaPlenaemLetras,doCampusdeGuajará-Mirim–FundaçãoUniversidadeFederaldeRondônia(UNIR).
Metodologiaparaformataçãodemonografias,
dissertaçõeseteses
Nestecapítulo,serãoapresentadasasnormastécnicasparaaformataçãofinaldotrabalhocientífico,aquele que resultará de sua pesquisa, ou seja, a monografia (para graduação ou especialização), adissertação de mestrado ou a tese doutoral. Sobre os artigos científicos, falaremos no capítulosubsequente,emboraamaiorpartedasnormasaquiapresentadasserepitanaconfecçãodeartigos.
ConfiguraçãodapáginaedaescritaÉ importante que todas as monografias, dissertações e teses de umamesma instituição tenham um
formatopadrão,oque,alémdoaspectoestéticoedeidentidadeinstitucional,facilitaseuarmazenamento.Éclaroquecadaumdessestrabalhosacabatendodimensõeseconteúdostotalmentediversos,mastudoissoapresentadodemaneirapadronizadaajudaaleituraerespeitaaidentidadeinstitucional.NoBrasil,aspadronizaçõessãochamadasNBR–NormasTécnicasBrasileiras.Sãopublicadaspela
ABNT eestãodisponíveisa todosos interessados.AsNBR servemdeparâmetroparadiversos setores,funçõeseinstituições.HáNBRparaascoisasmaisvariadas,desdeamediçãodoconsumodeautomóveise aparelhos eletroeletrônicos, até para citar bibliografia.CadaNBR recebeumanumeração específica.SeguiraNBRpermitequeamesmacoisasejafeitadamesmamaneirapordiferentespessoas.Vamos imaginaramediçãodoconsumodecombustíveldeautomóveiscomamesmacilindrada.Se
cada montadora medir o consumo do seu próprio jeito, não saberemos qual carro, afinal, é o maiseconômico,poisumapodefazê-loemmaiorvelocidade(gastarámais)outracommenospeso(gastarámenos),outrasócomomotorista(gastarámenosqueumaoutracommotoristaepassageiro).Oproblemadessavariaçãotodaéqueperdemososparâmetrosdecomparação.Poroutrolado,setodasseguemumamesmanormademaneiracriteriosa,temoscomocompararosresultadosfinais.Omesmoéválidoparaostrabalhoscientíficos:aadoçãodasmesmasnormasfacilitasualeituraeavaliação.Vejamosoqueasnormasbrasileirasestabelecemsobreaformataçãodetextoscientíficos.
TAMANHODOPAPEL
Asmonografias,dissertaçõesetesesdevemserimpressasempapeldetamanhoA-4(210mmx297mm).Trata-sedomaisutilizadointernacionalmente,sendoquemuitoseditoreseletrônicos,assimcomoamaioriadasimpressorasdeusodoméstico,jávêmdefábricaconfiguradosparaestetamanhodepapel.Além disso, vários tipos de papel especial, como transparências, papéis próprios para impressão degráficoseilustraçõescomqualidadefotográfica,entreoutros,somentesãoencontradosnomercadocomamedidaA-4.Nãoseesqueça:tantooeditordetextodocomputadorquantoaimpressoradevemestarconfigurados
paraessamedida.
ÁREADEAPROVEITAMENTODOPAPEL
Nãoseutilizatodaaáreadopapelparaescritaeinserçãodegráficosefiguras.Devemestarprevistosespaços a serem ocupados pela encadernação, numeração de página, notas de rodapé etc.Assim, sãoestabelecidasasseguintesnormas:
TabulaçãopadrãoSãoasseguintesasmargenspadrão:superior–3cm,esquerda–3cm,direita–2cm,inferior–2cm.Osparágrafospadrãosãoestabelecidoscom2cmderecuoespecialnaprimeiralinha.Oalinhamento
deveserjustificado.Osrecuosdocabeçalhoedorodapénãoprecisamexceder0,5cm.Devehaverumpequenoespaçamentoentreosparágrafosdaordemde6pontosposteriores.Entreaslinhasdevehaverumespaçamentopadrão1,5.Temos,assim,comoexemplodetextopadrão:
Observação:Oseditoreseletrônicosdetextoprocedem,porsimesmos,amelhorutilizaçãodaáreadapágina,separandoigualmenteaspalavrasemcadalinhaepropiciandoumaestéticabemadequada.Odigitadornãodeveterapreocupaçãodesepararaspalavrasaofinaldaslinhas,utilizandohífens.Aliás,se o editor prevê essa opção, é conveniente desativá-la. Além da maior possibilidade de erro natranslineação,asseparaçõesdepalavrascomhífensprejudicamafluênciadotextoeaestética.Oshífensao final das linhas já forammuito úteis na época da datilografia; na era da digitação, são quase quetotalmentedispensáveis.
TabulaçãodacitaçãoAscitaçõesdemaisde três linhas(longas)sãotranscritasemblococomrecuode4cmdamargem
esquerdapadrão,nãohavendorecuoparaparágrafo.Oalinhamentoéjustificado,masháalteraçõesnasfontes,comoveremosnaseção“Estilodafontepadrãonascitações”.Paraformataracitação,procedadamesmaformaqueparaoparágrafopadrão,apenasalterandoos
valoresdasmargens.Veja-seumexemplodecitação:
TabulaçãodanotaderodapéNos editores eletrônicos, a tabulação das notas de rodapé é automática e será feita com base na
formatação,jáefetuada,dasmargens.Paratanto,bastalocalizarocursorimediatamenteapósapalavraque remete à nota de rodapé e clicar no ícone “inserir nota de rodapé”. Se há interesse, os editorespermitemdisponibilizarobotãonabarradeferramentas.Apartirdaíbastaclicarnoíconeacadavezquesequerinserirumanotaautomática.Dicaparaeditarnotasderodapé:Noseditoreseletrônicos,pararetirarumanotaderodapéinserida
ou mudá-la de lugar não se deve editar a nota propriamente dita, pois isso não elimina o campoautomático “nota de rodapé”.Deve-se selecionar o número de referência da nota no próprio texto (opequenonúmerosobrescritoquesecriaaoladodapalavrabase)e:
a)usarosrecursos“recortar”e“colar”paramudaranotadelugar;b)deletarparaeliminaranota.
TabulaçãodacapaAcapasegueasmesmasmargenspadrão.Algunsmanuaisestabelecemqueoalinhamentosuperiore
inferiordascapasdeveserde5cm.Oresultadoestéticoédesastroso.Nãohánecessidadedealteraçõesquanto à formatação padrão. Deve-se apenas observar que os elementos da capa são dispostos emalinhamento centralizado e diferem em estilo de fonte. Informações complementares encontram-se nasseções“Estilosdasfontesnacapaenafolhaderosto”e“Elementosdacapa”.
TabulaçãodafolhaderostoAfolhade rostoéaque segue imediatamenteàcapa.A tabulaçãoéamesmadacapa, excetuadaa
vinculaçãodo trabalho, que tem tabulação e fonte diferenciadas.Verificar itens “Estilos das fontes nacapaenafolhaderosto”e“Elementosdafolhaderosto”.
Tabulaçãodafichacatalográfica
A ficha catalográfica é impressa atrás da folha de rosto. É o único elemento da monografia,dissertaçãoou tese que é impresso na parte de trás de uma folha, umavez que esses documentos sãosomente impressosna frentedaspáginas.Elasegueamesma tabulaçãopadrãoedeveserapresentadacom uma borda. A impressão da ficha catalográfica deve ocorrer na parte de baixo da página,obedecendoamargemmínimainferiorde2cm.Oselementosqueconstituemafichacatalográficaserãodetalhadosemsubtítulopróprio.Umexemplodefichacatalográfica:Fichacatalográfica
Amoras,AndréAmaraldasASociedadeCariocadoSéculoXVIII:umestudo
atravésdefolhetinsliterários/AndréAmaraldasAmoras.–PortoVelho,RO:[s.n.],1998Orientador:JoãoManuelPereiraTese(doutorado)–UniversidadeEstadualdeRondônia.1.SociedadeCarioca.2.LiteraturaBrasileira.3.
Sociologia.I.Pereira,JoãoManuel.II.FundaçãoUniversidadeFederaldoXuruí.III.Título.
TabulaçãodesumárioeíndicesOseditoresdetextoeletrônicospossueminserçãoautomáticadesumárioseíndices,desdeque,para
isso,sejammarcadosnotextooselementosquedevemservirparacomposiçãodossumários(ouseja,ostítulos) e dos índices (ou seja, palavras e figuras).Deve-se observar que os editores dão o nome de“índiceanalítico”aossumáriosede“índiceremissivo”aoqueseconsideraíndicenasnormasdaABNT,istoé:sumárioéarelaçãodetemastratadosnaobra,relaçãoconstituídadostítulosesubtítulospresentesnotrabalho;índiceéuminstrumentodelocalizaçãodepalavras,figuras,gráficos,exemplosetc.naobra.Osíndicesesumáriosautomaticamenteinseridosnotrabalhocomumeditoreletrônicoobedecerãoà
tabulaçãopadrãopredefinida.
TabulaçãodeagradecimentosededicatóriaAgradecimentosededicatóriasãofeitosempáginaspróprias, tabuladosapartirdamargeminferior
direitadapágina.Tantoosagradecimentosquantoadedicatóriadevemtertextosclaroseelegantes,semexcessosemocionais.Otamanhoaserocupadonapáginadependerádaquantidadedeagradecimentosedaspalavrasdadedicatória.Damoscomoexemplodetabulaçãooesquemaaseguir:
Tabulaçãodoresumo(abstract,résuméetc.)Atabulaçãodo resumodependedo tamanhodo texto.Emprincípio, eladeve seramesmado texto
padrão, excetuado o fato de que o título é centralizado na página. Entretanto, se o resumo tiver umtamanhomuitopequeno,otextodevesercentralizadoemrelaçãoàsmargenssuperioreinferior,comonoesquema seguinte (aqui, você verá apenas a posição do resumo na página; adiante, ofereceremos umexemplodetextoderesumo):
TabulaçãodapáginadeavaliaçãoÉamesmadotextopadrão,observandoque:otextodeaceitaçãotemalinhamentojustificado;local,
data e nome do(a) coordenador(a) têm alinhamento direito; o título “Banca Examinadora” temalinhamentocentralizado;eosnomesdosmembrosdabancaexaminadoratêmalinhamentoesquerdo.
TabulaçãodatabeladeabreviaturasUtiliza-separaatabeladeabreviaturasomesmoprincípioestéticoutilizadonoresumo.
TabulaçãodanumeraçãodaspáginasOs editores eletrônicos possuem sistema de inserção de numeração de páginas automático para
cabeçalhoourodapé.Osnúmerosdevemserposicionadosnocabeçalhoàdireitadapágina.Atençãoàspáginas que são numeradas e às que não são, conforme explicado no item “Estilo da fonte padrão nanumeraçãodaspáginas”.
Tabulaçãodetabelas,figurasegráficosÉdifícildefinirumatabulaçãopadrãoparatabelasefiguras,poisseutamanhodependedoconteúdo
de cada um desses elementos.De qualquer forma, tanto tabelas, quanto figuras e gráficos não devemexcederasmargenspadrãodapáginaconformedefinidonoitem“Tabulaçãopadrão”.Caso a tabela, o gráfico ou a figura não venha a ocupar todo o espaço disponível pelas margens
formatadas,deve-seprocederàcentralizaçãodoelementonapáginaemrelaçãoàsmargensdefinidas.Observartambémasnormasestabelecidassobreotamanhodasfontesutilizadasnaseção“Tamanhosdasfontes”.Quantoaotítulo,quedeveseromaiscompletopossível,observequedeveviracimadeumatabelae
abaixo para as demais ilustrações, precedido das palavras tabela, quadro, mapa ou outra e de seu
númerodeordemnotexto,emalgarismosarábicos.Emumatabela,devevirsempreindicadanoseurodapéafontedeondeforamtiradasasinformações,
precedidadapalavrafonte.Observeque,emumatabela,ascolunaseaslinhasnãosãoseparadasporfiosverticaisehorizontais,
apesar de não ser prático para a visualização, diferentemente dos quadros (ver modelos). Só háseparação(opcional)nostítulosdascolunasdastabelas.Tabela1–CorpodocentedaUniversidadeFederaldoXuruí–Campus1
Titulação Nº %
Especialização 03 17,64
Mestrado 07 41,17
Doutorado 07 41,17
Total 17 100,00
Fonte:Unix/SecretariaDireção/GM,junho2005.
Tabela2–RegimedetrabalhodocorpodocentedaUniversidadeFederaldoXuruí–Campus1
Esp. Mestr. Doutor. Total
20horas 01 01
DE 02 07 07 16
Totais 03 07 07 17
Fonte:Unix/SecretariaDireção/GM,junho2005.
Quadro1–CursosoferecidospelaUniversidadeFederaldoXuruí–Campus1
Nível Cursosoferecidos
Graduação
LetraseLiteraturasAdministraçãocomopções:1.AdministraçãodeEmpresas2.Ecoturismo
EspecializaçãoLinguagemeEducaçãoSupervisãoEscolar
MestradoLinguísticacomumaáreadeconcentração:EtnolinguísticaDescritiva
Fonte:Unix/SecretariaDireção/GM,junho2005.
Emboraestasejaanormaemrelaçãoa“tabelas”e“quadros”,naprática,emfunçãodeoseditoresde
texto chamarem os “quadros” de “tabelas”, tornou-se comum essa denominação, sendo que poucaspessoasinsistememtaldistinção.Eviteoquantopossívelquetabelas,gráficosefigurasfiquemdivididosentrepáginas(umaparteem
umapáginaeorestanteemoutra),poisissodificultaaleituraeacompreensãoporpartedequemutilizaotexto.Observação: Os modernos editores de texto dispõem de aplicativos de elaboração automática de
gráficosetabelas,inclusivecomrecursosdeformatação3D.Muitosdesseseditoresapresentamgráficoscoloridosemultiformes.Oautordotrabalhodevesentir-seàvontadeparaescolher,combomsenso,ográficoeascoresquemelhorseadequemaotrabalhoqueestásendofeito.Seoeditorpossuirecursosparaumaapresentaçãocoloridaeagradável,porqueaciênciadeveriaopor-seautilizá-los?
TabulaçãodasreferênciasedabibliografiaAspáginascomasreferênciaseabibliografiaconsultada,atépoucotempo,utilizavamumatabulação
específicaqueocupavatodaaáreadetextodisponívelnaprimeiralinhaeumrecuoespecialnasdemaislinhas, com alinhamento justificado, quase que um “parágrafo às avessas”. A partir das alteraçõesrecentes na norma NBR 6023, esse alinhamento especial foi suprimido e as referências passam a teralinhamento exclusivo à margem esquerda, sem recuo especial. Deve-se, ainda, utilizar um meio dediferenciar uma referência de outra, o que pode ser feito, simplesmente, com a adoção de um espaçoentrecadauma,comonosexemplosaseguir(reparequeessasreferênciasestãonopadrãoChigago,comasdataslogoapósosautores.Notítuloespecíficosobrereferências,veremostambémopadrãoABNT):
DIAS,Gonçalves(1983).GonçalvesDias:poesia.OrganizadaporManuelBandeira; revisãocríticadeMaximianodeCarvalhoeSilva.11.ed.RiodeJaneiro:Agir.87.16cm.(NossosClássicos,18).Bibliografia:p.77-78.ISBN85-220-0002-6.BALÉE,Wany;MOORE,Deny(1991).SimilarityandVariationinPlantNamesinFiveTupi-GuaraniLanguages.Bull:FloridaMuseumofNaturalHistory,BiologicalSciences.CÂMARAJR.,J.Mattoso(1970).ProblemasdeLinguísticaDescritiva.RiodeJaneiro:Vozes.
Com essa modificação, não se torna mais necessária nenhuma formatação especial de recuo paradigitaçãodasreferências,bastandoutilizaralinhamentoesquerdoedigitarnormalmente.
FONTES
Odesejodequeotrabalhosaia“bonito”econvençapelaaparênciapodelevaroautoraescolherumtipodefontequesejaexageradamentedesenhado,dedifícil leitura,quemaisatrapalhedoqueajudeoleitornacompreensãodo texto.Cuidadocomessaprática!Recomenda-sequeafontesejasóbriaedefácil reconhecimento, como as do tipo Times New Roman e assemelhadas. Muitos programas degraduação e pós-graduação já definem previamente a fonte que deverá ser utilizada.Caso você tenhaliberdadeparaescolherafontepadrão,considereasfontesaseguir,todasdemuitofácilleitura:
Amaioriadoseditoreseletrônicosjávemcomessasfontespré-instaladas,entremuitasoutras.Casooeditornãopossuanenhumadelas,adotecomoreferênciaostraçosbásicosdessasfontesparaescolherotipodeletraemqueserádigitadootrabalho.Nos agradecimentos, dedicatórias e título do trabalho, admite-se a utilização de uma fonte
moderadamentedesenhada,diferenciada,masquepermitafácilleitura,assemelhadaàsqueseguem:
Paratranscriçõesfonéticas,devemserutilizadasfontesespecíficas,comoasdotipoSilDoulosIPAouSil Sophia IPA. Para outros símbolos e caracteres especiais, como os usados nasCiênciasExatas ouBiológicas,porexemplo,éprecisorecorrerafontesespecíficasquesejamasmaisadequadasacadatipode trabalho. Na maioria das vezes, elas podem ser baixadas gratuitamente da internet em sitesespecializados.Nãoécorretoprocederaadaptaçõesdesímbolosecaracteres–amenosqueessasejajustamenteapropostadoseutrabalho.Utilizesempreossímbolosecaracterestradicionalmenteaceitosnosmeiosacadêmicos,facilitando,assim,aleituraeacompreensãoporpartedeseusleitores.
TamanhosdasfontesOstamanhosaserutilizados,casoacaso,serãoapresentadosnatabelaaseguir.Otamanho26paraotítulonacapaenafolhaderostopodeserumpoucomenorseotítuloformuito
extenso.Oimportanteéobservar,deformageraleharmônica,oresultadoestéticodaadoçãodeumaououtra formatação.Quantoànumeraçãodepáginas,asnormasdaABNT recomendamumtamanhomenorqueodotexto;istosóserápossívelseoprogramautilizadoopermitir.Emalgunseditoresmaisantigos,anumeraçãoéautomáticaenãopermitemudançadeformato,masissonãoégrave.
ElementodoTrabalho TamanhodaFonte
Textopadrão 12
Título1 16
Título2 14
Títulos3,4,5,6etc. 12
Citações 10
Notasderodapé(automático) 10
Numeraçãodepágina(automático) 10
Títulonacapaenafolhaderosto 26
Nomedoautornacapaenafolhaderosto 14
Instituição,dataelocalnacapaenafolhaderosto
14
Textodevinculaçãodotrabalhonafolhaderosto
11
Nomedoorientadornafolhaderosto 12
Fichacatalográfica 12
Agradecimentosededicatórias 12
Páginadeavaliação 12
Referênciasebibliografia 12
Dentrodetabelas,emgráficos,legendasouexemplosdiversos
Dependerádotamanhoedoformatodatabela,masnuncainferiora8enuncasuperiora14.
EstilodafontepadrãoAfontepadrão,pertencenteaoestilobásico(“Normal”)doseditoreseescolhidacomoreferênciapara
todo o trabalho, deve ser a mais simples possível, isto é, sem itálico, negrito, tachados ou outroselementosquepoluamapágina.Osrecursosderealcedafontesãoreservadosaoscasosespeciaisemqueéprecisodestacaralgumapalavraoucertotrechodotexto.
EstilosdasfontesnacapaenafolhaderostoNacapaenafolhaderostosãoutilizadososseguintesestilos:
Elemento Estilo
Nomedoautor Fontepadrãoemnegrito
TítulodotrabalhoAquihácertaliberdade,sendoaceitosrecursosdeartedoseditores,cores,sombreadosefontesmoderadamentedesenhadas.Otamanholimitedeve,porém,serrespeitado.
Textodevinculaçãodafolhaderosto
Fontepadrãosimples
Nomedoorientador
Fontepadrãonegrito
Dataelocal Fontepadrãonegrito
EstilodafontepadrãonostítulosOstítulosesubtítulosprecisamexpressar,pormeiodosdiversosrecursosdeeditoraçãodisponíveis,
ahierarquiaexistenteentreeles.Chamamosde“Título1”otítulodeumnúmero,de“Título2”otítulodedoisnúmeros,de“Título3”otítulodetrêsnúmeroseassimsucessivamente.Um“Título1”,geralmente,abreocapítuloouumgrandetópico.O“Título2”abrecadasubdivisãode
um“Título1”,ouseja,“Títulos2”indicamsubdivisõesdo“Título1”.O“Título3”abrecadasubdivisão
deum“Título2”,ouseja,“Títulos3”indicamaspartesdeum“Título2”eassimpordiante.Reparenoexemplo:
Todosostítulosdevemutilizaramesmafontepadrãoescolhidaparaotrabalho.Observeaformataçãonatabelaaseguir:
Título Estilo
Títulodotrabalho Deacordocomorecursodearteescolhido,emtamanho28.
Título1FONTEPADRÃO,TAMANHO16,NEGRITO,ITÁLICO,TODASMAIÚSCULAS
Título2 FONTEPADRÃO,TAMANHO14,NEGRITOITÁLICO,CAIXAALTA(VERSALETE)Título3 Fontepadrão,tamanho12,negritoitálicoTítulo4 Fontepadrão,tamanho12,negritoTítulos5,6,7etc. Fontepadrão,tamanho12,itálico
Nãoesqueçaqueostítulossãosemprealinhadosàesquerda,utilizandotodaaáreadisponíveldentroda tabulação padrão (formatação justificada). Todo “Título 1” inaugura uma nova seção do trabalho,devendo ocorrer em nova página e sempre coincidindo com a linha superior definida pela margemformatada.Omesmonãoocorrecomosdemaistítulos.Dica sobre títulos: Se o computador é constantemente utilizado para elaboração de trabalhos
científicoséconvenientequeaformataçãodos títulossejagravadapermanentementenamemória.Paraisso, basta que, no processo de programação da formatação, conforme descrito acima, sejamselecionadasaopções“Adicionaraomodelo”ou“Definircomopadrão”,conformeoeditorutilizado.
EstilodafontepadrãonascitaçõesAscitaçõeslongas,transcritasembloco,sãofeitasnoestilopadrãodotexto(nãoseusamaisdeixá-
las em itálico), em tamanho10, enãodevemvir entre aspas.Somente as citações curtas, quevêmno
corpodotextoprincipal,sãoapresentadasentreaspas.Observeatabulaçãoespecialconformedescritanoitem“Tabulaçãodacitação”.Nas citações curtas, a fonte será a mesma utilizada como padrão do próprio texto, observada a
obrigatoriedadedas aspas (tambémnãoé em itálico).Osespecialistas, emgeral, chamamdecitaçõescurtasasqueocupamummáximodetrêslinhas.Naverdade,esseéumcritériomuitosubjetivo.Aformacomo a citação vai ser apresentada (se no corpo do texto, se em destaque) depende muito mais doobjetivodoautoremapresentá-laedograudedestaquequequerdaraela.Se no interior de um trecho citado há aspas, elas devem ser deixadas. Não há nenhuma regra
gramaticalenenhumestatutológicoquedesaboneousodeaspas“dentro”deaspas.Entretanto,háquemprefiraorecursodeempregaraspassimplesdentrodeaspasduplas.Acitaçãodevesertranscritacomonotextooriginal,semqualquercorreção.Sefordetectadoalgum
erro,acrescentarlogoapósoerroapalavralatinasicentreparêntesesparadeixarclaroqueestavaassimnooriginal(NBR12256).Quando for o caso, utilizar as expressões “informação verbal” ou “em fase de elaboração”, entre
parênteses,colocando-seemnotaderodapéosdadosdisponíveis.Quandooautordotrabalhofazatraduçãodeumtexto,deveusaraexpressão“traduçãonossa”,entre
parênteses,apósachamadadacitação.
EstilodafontepadrãonasnotasderodapéAmaioria dos editores eletrônicos já formata automaticamente o estilo ao inserir-se uma nota de
rodapé.Seoeditornãoofizer,porém,deve-seseguiroseguinteestilo:fontepadrão,tamanho10,semnegritoouitálico.
EstilosdasfontesnosagradecimentosenadedicatóriaNosagradecimentosenadedicatóriaépermitidaautilizaçãodeumafontemoderadamentedesenhada
(que pode estar ou não em negrito e itálico, dependendo da fonte e se estes recursos dificultam oufacilitamaleituradotexto).
Estilodafontepadrãonoresumo(abstract,résuméetc.)O título “Resumo” é considerado “Título 1” e segue a mesma for-matação dos demais. O texto é
formatadoemfonteeestilopadrão.
EstilodafontepadrãonapáginadeavaliaçãoAfonteutilizadanapáginadeavaliaçãoéapadrãosimples,excetonosnomesdosmembrosdabanca
avaliadoraedo(a)coordenador(a)docurso,estescomfonteemnegrito.
EstilodafontepadrãonatabeladeabreviaturasO título “Tabela deAbreviaturas” é considerado um “Título 1”.A tabela deve ser formatada para
fontepadrãosimples.
EstilodafontepadrãonanumeraçãodaspáginasOs estilos de numeração automática são predefinidos pelo editor eletrônico.1 Em alguns, como
dissemosanteriormente,épossívelformataressanumeração,emoutros,nãooé.Casonãosejapossível
inserir a numeração automática e formatá-la, a tabulação deve ser a definida no item “Tabulação danumeraçãodaspáginas”,afontepadrãosimpleseo tamanho10.Entretanto,observequenemtodasaspáginassãonumeradas(NBR14724).Vejamos:
a) todas as páginas são contadas para efeito de numeração,mas nem todas elas são numeradas;somenteoselementostextuaiseospós-textuaisrecebemnumeração;
b)anumeração,quedeveser feitaemalgarismoshindu-arábicos,começaaaparecernasegundapáginadaintrodução;
c)aprimeirapáginadecadaseçãonãoénumerada.
A numeração das páginas de uma monografia nos editores eletrônicos exige atenção especial esugerimos que seja efetuada sempre como o último item formatado, para evitar que o editor fiqueconstantementeinterrompendootrabalhopara“repaginaçãoautomática”.Deve-se sempre dividir o trabalho em “seções”, pois essa divisão, que corresponde aos capítulos,
garantiráapossibilidadedeteraprimeirapáginadecadacapítulosemnumeração.Outro recurso que pode ser utilizado (e que muitas pessoas considerammais seguro) é digitar os
capítulosseparadamente,constituindoarquivosindependentesnoeditordetextos.Issopodeevitarqueotrabalho,naformadeumarquivoúnico,sejaperdidodeumasóvezcasoocorraalgumproblemacomessearquivo.Nocasodainserçãodanumeraçãoemarquivosdiferentes,bastaindicaronúmeroinicial(daprimeirapágina)aserseguidopeloeditordetextos.Observação sobredigitaçãode capítulos em separado:Ao digitar separadamente os capítulos, a
numeraçãoautomáticadasnotasderodapéiniciaráem“1”acadanovocapítulo,diferentementedoqueacontece quando se tem um arquivo único em que as notas vão de “1” a “n” sem interrupções. Essadivisãonãoconstituiumproblemametodológico.Muitosautoresoptamdeliberadamentepelasnotasquese iniciamem“1” a cada capítulo em seus trabalhos, evitando as numeraçõesmuito elevadas do tipo“notaderodapé299”.
EstilodafontepadrãoparareferênciasebibliografiaQuandoareferênciaocorrernanotaderodapé,elaserágrafadacomamesmafontepadrãoautomática
da nota de rodapé,mas em tamanhomenor.Quando ela ocorrer na parte dasReferências, porém, elasegueamesmaformataçãodafontepadrãodotexto,inclusivecomautilizaçãodomesmotipodefonteeemtamanho12;omesmodeveserobservadoparaBibliografiaConsultada.
ElementosconstituinteseordemdasseçõesORDEMDASSEÇÕES
Asmonografias,tesesedissertaçõessãoconstituídaspelasseguintesseções,aquiemsuasrespectivasordensdeapresentação(nestatabela,ascélulaspreenchidasindicamqueaseçãonãoocorrenotipodetrabalho;(op.)significaquesetratadeseçãoopcional):
Elementos Ordem Monografia Dissertaçãodemestrado Tesededoutorado
Pré-textuais
1a Capa Capa Capa2a Folhaderosto Folhaderosto Folhaderosto3a Errata(sehouver) Errata(sehouver) Errata(sehouver)4a Fichacatalográfica(op.) Fichacatalográfica Fichacatalográfica5a Páginadeavaliação Páginadeavaliação Páginadeavaliação6a Agradecimentos(op.) Agradecimentos(op.) Agradecimentos(op.)7a Dedicatória(op.) Dedicatória(op.) Dedicatória(op.)8a Epígrafe(op.) Epígrafe(op.) Epígrafe(op.)9a Resumo Resumo Resumo10a – Abstract Abstract
11a – –Resumonaterceiralínguadeopçãodoautor
12aListadeilustrações(sehouver)
Listadeilustrações(sehouver)
Listadeilustrações(sehouver)
13aListadetabelas(sehouver)
Listadetabelas(sehouver)
Listadetabelas(sehouver)
14aListadeabreviaturasesiglas(sehouver)
Listadeabreviaturasesiglas(sehouver)
Listadeabreviaturasesiglas(sehouver)
15aListadesímbolos(sehouver)
Listadesímbolos(sehouver)
Listadesímbolos(sehouver)
16a Sumário Sumário Sumário
Textuais17a Introdução Introdução Introdução18a Capítulos Capítulos Capítulos19a Conclusão Conclusão Conclusão
20a Referências Referências Referências
Pós-textuais
21a Bibliografia(op.) Bibliografia(op.) Bibliografia(op.)22a Glossário(sehouver) Glossário(sehouver) Glossário(sehouver)23a Apêndice(sehouver) Apêndice(sehouver) Apêndice(sehouver)24a Anexos(sehouver) Anexos(sehouver) Anexos(sehouver)25a Índice(op.) Índice(op.) Índice(op.)26a Capa Capa Capa
ELEMENTOSDACAPA
Acapaécompostapelosseguinteselementos(NBR14724eNBR10719):a)nomedoautor;b)títulodaobra;c)subtítulo(sehouver);d) número do volume (se houver mais de um; deve estar centralizado e indicado o númerocorrespondenteacadavolumeemcadacapa);
e)nomedainstituição,localeanodeentregadotrabalho.
Atabulaçãodesseselementosédadanoitem“Tabulaçãodacapa”destecapítulo.Vejamos,aseguir,umexemplodecapa.Observequeacapadeumamonografiadissertaçãooutesesediferenciadacapadoprojeto científico. Ainda, deve-se verificar junto ao programa que você cursa se há especificidadesmetodológicasdopróprioprogramaqueexijammudançasnessepadrãoaquiapresentado:
ELEMENTOSDALOMBADA
Quando o trabalho for encadernado com capa dura, devem constar as seguintes informações nalombada:nomedoautoretítulodotrabalhoimpressosnosentidolongitudinal,e,seotrabalhotivermaisdeumvolume,oselementosnuméricosdeidentificação.
ELEMENTOSDAFOLHADEROSTO
Afolhaderostoécompostapelosseguinteselementos:a)nomedoautor;b)títulodaobra;c)textodevinculação;d)nomedoorientador;e)instituição,localedata.
Os textos de vinculação diferemde trabalho para trabalho.Apresentamos aqui exemplos dos textosparacadatipo:
a)MonografiaapresentadaaoCursodeGraduaçãoemLetrasdoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruícomorequisitofinalparaobtençãodoGraudeLicenciaturaPlena.
b)DissertaçãoapresentadaaoCursodeMestradoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruícomorequisitofinalparaobtençãodotítulodeMestreemSociologia.
c)TeseapresentadaaoCursodeDoutoradoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruícomorequisitofinalparaobtençãodotítulodeDoutoremSociologia.
Vejamos,aseguir,umexemplodefolhaderosto.
ELEMENTOSDAERRATA
Se for detectado algumerro após a impressãodo trabalho, semquehaja tempo suficiente para suacorreção antes da entrega à banca avaliadora, faça uma errata que poderá ser apresentada em folhaavulsaouencartada.Umexemplo:
ERRATA
FOLHA LINHA ONDESELÊ LEIA-SE30 15 mais mas52 08 pasta parta
80 22 tras traz100 10 apágina,é apáginaé
ELEMENTOSDAFICHACATALOGRÁFICA
Oselementosquecompõemafichacatalográficasãoosseguintes,porlinha:a)sobrenomeeprenomedoautor;b)títulodaobraseguidodoprenomeesobrenomedoautor;c)cidade,unidadedafederação,[s.n.],data;d)nomedoorientador;e)tipodotrabalho,instituição,unidadeousubunidade;f)palavras-chave(unitermos,keywords,mots-clés)emnúmerodetrês,numeradoscomalgarismoshindu-arábicos;nomedoorientador,nomedainstituiçãoedaunidadeousubunidadeeapalavra“Título”,numeradoscomalgarismosromanos.
Umexemplodefichacatalográficaédadonoitem“Tabulaçãodafichacatalográfica”.
ELEMENTOSDAPÁGINADEAVALIAÇÃO
Apáginadeavaliaçãoécompostapelosseguinteselementos:a)textodeaceitação;b)localedata;c)nomedo(a)coordenador(a)docursocomlinhaparaassinatura;d)otítulo“BancaExaminadora”;e)nomedoorientadorepresidentedabancaerelaçãodosnomesdosdemaismembrosdabancaexaminadoraemordemalfabética(titularesseguidosdesuplentes)comespaçoparaassinatura.
Os textos de aceitação diferem de um tipo de trabalho para outro, sendo aqui apresentados trêsexemplos,umparacadatipo:
a)Estamonografia foi julgadasuficientecomoumdos requisitosparaobtençãodaGraduaçãoemLetraseaprovadaemsuaforma final pelo Curso de Licenciatura Plena em Letras, habilitação em Português e Respectivas Literaturas, do Campus 1 daUniversidadeFederaldoXuruí.
b)EstadissertaçãofoijulgadasuficientecomoumdosrequisitosparaobtençãodotítulodeMestreemSociologiaeaprovadaemsuaformafinalpeloprogramadePós-GraduaçãoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruí.
c)EstatesefoijulgadasuficientecomoumdosrequisitosparaobtençãodotítulodeDoutoremSociologiaeaprovadaemsuaformafinalpeloprogramadePós-GraduaçãoemSociologiadoCampus1daUniversidadeFederaldoXuruí.
Vejamos,aseguir,umexemplodepáginadeavaliação.
ELEMENTOSDAFOLHADEAGRADECIMENTOS
Háa tendêncianaturalde fazerdosagradecimentosumaseçãoemqueseexageranaquantidadedenomes e elogios. A tradição acadêmica pede comedimento ao autor de um trabalho científico. Osagradecimentosdevemserfeitosatodasaspessoasquantasmereçamagratidãodoautor,masdeformaeleganteeparcimoniosa.Assim,emboravivamosemumpaísdeforte tradiçãoreligiosaedevínculosfamiliares quase sempre exaltados, nessa hora, o bom sensodiz quedevemosdeixar certas pessoas edivindades de fora da lista de agradecimentos. (Podemos agradecê-las em particular ou na igreja, ouquemsabeatémandarumpresente,depoisdeconcluídootrabalho.)Notextocientífico,ofundamentalélistar apenas aqueles que nos auxiliaram concretamente na pesquisa e na elaboração do trabalho, taiscomoagênciasfinanciadoras(muitasvezesissoéobrigatório),pessoasquenosforneceraminformaçõespilares,pessoasquecolaboraramnarevisãoounaprópriaredaçãofinaldotexto,enfim,osquetiveramparticipaçãoefetivanofazercientífico.
ELEMENTOSDAFOLHADEDEDICATÓRIA
Valeamesmaorientaçãobásicadadaparaosagradecimentos.
EPÍGRAFE
Epígrafenãoéummeroenfeite,massimumacitação(comindicaçãodeautoria)edevesersemprerelacionadacomamatériatratadanocorpodotrabalho(ABNT,2002c,p.2).Éumelementoopcionalquevem após a dedicatória, podendo aparecer, também, nas folhas de abertura de todas as seções dotrabalho.Aescolhadaepígrafenãoé tarefa fácil, contudo.Nãobastaelegeruma frasebonita,poéticaoude
grandeefeito,poiseladeveteropoderdecondensarideiasdesenvolvidasemseutrabalho,destacarsuaessência.É aconselhável deixar essa escolhapara o final doprocessode redaçãodo trabalho.Nessemomento,muitosalunosepesquisadoresacabamreconhecendoquenãoencontraramnenhumaepígrafesuficientemente adequada. É uma decisão acertada, nesse caso, deixar o trabalho sem epígrafe. Umaepígrafebemescolhidademonstraerudição,masumainadequadaprejudicaaavaliaçãoedesmereceotrabalho.
ELEMENTOSDORESUMO(ABSTRACT,RÉSUMÉETC.)
Estaseção,emqualquerlínguaqueseja,deveconter,deformaclara,concisaeinteligível,apenasaessênciadoquesequerexpor:objetivos,metodologia,resultadoseconclusões.É,provavelmente,umadas seções de mais difícil redação, pois exige que cada palavra seja medida em seu exato valor eutilizadacomobjetividadeímpar.Otítulo“Resumo”devevircentralizadonapágina,emcaixaalta,negritoetamanho16.AlgumasrecomendaçõesdaNBR6028paraaapresentaçãodoresumo:
a)deveserredigidoemumúnicoparágrafo,emespaçosimplesdeentrelinhas;b) utilizar, nomáximo, 500 palavras para teses e dissertações e 250 paramonografias e outrostrabalhosacadêmicos;
c)usar,preferencialmente,aterceirapessoadosingulareoverbonavozativa;d)oassuntotratadodeveestarclaronaprimeirafrasedoresumoesituadonotempoenoespaço;e)deveserseguidodepalavras-chave;f)podeserprecedidodarespectivareferênciabibliográfica;nãoéelementoobrigatório.
VejamosumexemploderesumodeumadissertaçãodemestradonaáreadeHistóriaSocialemqueaautorausouaimprensafemininacomofonteparaestudarasrelaçõesentrehomensemulheresnoBrasildosAnosDourados.
Virandoaspáginas,revendoasmulheres:relaçõeshomem-mulhererevistasfemininas,1945-1964.2
RESUMO
Virandoaspáginas,revendoasmulheres estudaasmudançasepermanênciasnas relaçõeshomem-mulher, sobaóticadegênero, nas classes médias urbanas no período de 1945 a 1964, a partir de revistas da época: Jornal das Moças, Claudia,QueridaeOCruzeiro(seçõesfemininas).Analisandoasrepresentaçõesdofemininoedomasculino,otrabalhoretrataasnormasdecomportamentoeas ideiasdominantessobreanaturezadossexos,ospapéisatribuídosahomensemulheresnasociedade,amoral sexual, o namoro e o casamento, a família, a juventude e a participação feminina no mercado de trabalho. Investiga aconstruçãosocialdeestereótiposcomo“aboamãe”,“aboaesposa”,“arainhadolar”,“amoçadefamília”,“obompartido”,“aleviana–comquemosrapazesnamoram,masnãosecasam”,“aoutra”.Discuteoidealde“felicidadeconjugal”erevelatensões,insatisfações, conflitos e jogos de poder presentes nos relacionamentos entre homens e mulheres e entre gerações diferentes.Percebeasrevistasfemininascomoespaçodereproduçãoereforçodasrelaçõesdegênerodominantes,mastambémcomolocaisdeconstruçãodessasrelaçõesnumconstantediálogocomoseutempo.(Comopartedeumcontextohistórico,asrevistasestudadasprocuramatuarnamedidadopossívelsemtransformarosfundamentosdasrelaçõesdepoderexistentesnasociedade.Entretanto,podem abrir brechas a novas possibilidades, incorporando ou permitindo reformulações nos significados de gênero.) O trabalho
revelaalgumasdasformasdereproduçãodashierarquiasdegêneroassimcomoaspossibilidadesdecontestaçãoderepresentaçõesdadiferençasexualquesurgemcomas transformaçõeseconômicaseculturaisdoperíodonoBrasil.Destaca tambémaaçãodesujeitoshistóricosque,comideiasdiferenciadaseousadias,ajudaramareformularossignificadosdegêneroemsuaépoca.Enfim,Virando as páginas, revendo as mulheres contribui para demonstrar a historicidade das representações da diferença sexual,retratandodeterminaçõesepossibilidadesdeummomentohistóricodeterminadoesuastransformações.
Palavras-chavegênero–mulheres–família–1945-1964–revistasfemininas–sexualidade–história
Comomaisumexemplo,vejamosoresumodeumatesededoutoradonaáreadeFitopatologia,emqueaautoraidentificoueclonou,pormeiodeumadeterminadatécnica(PCR),geneshomólogosagenesderesistênciaadoençasemplantasde repolhoemilho(estasplantasaparecemno textocomseusnomescientíficos).
ClonagemecaracterizaçãogenéticadelocoshomólogosagenesderesistênciaemBrassicaoleraceaL.eZeamaysL.3
RESUMO
Opresente trabalho tevepor objetivo identificar fragmentos homólogos a genes de resistência emBrassica oleracea e Zeamays,pormeiodaamplificaçãoporPCR,utilizandooligonucleotídeoshomólogosaregiõesconservadasdegenesderesistênciadeplantas. Em B. oleracea, os oligonucleotídeos foram desenhados com base na sequência de um gene homólogo ao RPS2 deArabidopsis thaliana descrito em B. oleracea. Um fragmento de 2,5 Kb foi amplificado em duas linhagens. Os fragmentosamplificados apresentarampolimorfismode comprimento entre as linhagens, gerando ummarcadormolecular.Estemarcador foiutilizado em uma população F2 segregante para resistência aXanthomonas campestris pv. campestris oriunda do cruzamentoentreaslinhagensBI-16eLc201.Omarcador,noentanto,nãoseapresentouligadoanenhumgenederesistênciaaestepatógeno.AanálisedaexpressãopormeiodeRT-PCRdetectouaexpressãodofragmentohomólogonaslinhagensresistenteesuscetíveldeB.oleracea come sem inoculação, indicandoqueogene é expresso constitutivamente.EmZ.mays, oligonucleotídeos sintetizadoscombaseemsequênciasdemilhohomólogasagenesderesistência,denominadasPics,eaESTsdemilho, tambémhomólogosagenes de resistência, foram utilizados para amplificação em linhagens resistente e suscetível a Exserohilum turcicum,ColletotrichumgraminicolaePhaeosphaeriamaydis.Umpardeoligonucleotídeosamplificouumfragmentopolimórficoentreaslinhagens resistente e suscetível aE. turcicum. Este foi utilizado em uma população segregante, mas também não se observouligação com o gene Ht de resistência a E. turcicum. Nas demais linhagens, os fragmentos foram monomórficos. OsoligonucleotídeosbaseadosemESTsamplificaramfragmentosemtodasas linhagensparentais.Essesfragmentosforamdigeridoscom enzimas de restrição, mas não apresentaram polimorfismo entre nenhuma das linhagens. Os resultados indicaram que aestratégiadeutilizaçãodesequênciasconservadaséeficienteparaamplificaçãodegeneshomólogos.Opolimorfismoentreesteshomólogospodeserusadocomomarcadormolecularparadetecçãodegenesdeinteresse.Todavia,nemsempreestesmarcadoresestãoligadosaessesgenes.
Palavras-chavegenes – linhagens – vegetais – marcador genético – milho – repolho – oligonucleotídeos – podridão (doença de planta) –
polimorfismo
ELEMENTOSDALISTADEILUSTRAÇÕESEDALISTADETABELAS
Estaslistasfazemarelaçãodasilustrações(desenhos,gravuras,imagens,fotografias,gráficos)edastabelasdotexto,porordemdeaparecimentocomaindicaçãodapáginaondeseencontram.PelaNBR10719,sódevehaverlistasseonúmerodeilustraçõesedetabelasforsuperioracinco.Devemviremfolhasseparadas,umaparailustraçõeseoutraparatabelas.Otítulodalistadevevir
centralizadonapágina,emcaixaalta,negritoetamanho16.
ELEMENTOSDALISTADEABREVIATURASESIGLAS
Estapáginacontémuma listagemde todasasabreviaturasesiglasutilizadasnodecorrerdo textoeseusrespectivossignificados.As siglas e abreviaturas devem ser apresentadas em ordem alfabética, “seguidas das palavras ou
expressõescorrespondentesgrafadasporextenso”(ABNT,2002c,p.4).O título da lista deve vir centralizado na página, em caixa alta, negrito e tamanho 16.As siglas e
abreviaturasnãodevemserapresentadasemquadro.VejamosoexemplodeumalistadeabreviaturasesiglasdeumtrabalhodeLinguísticaDescritiva:
LISTADEABREVIATURASESIGLAS
APO=lexemaconectivoapontativo(/pa /)ASP = outros lexemas têmporo-aspectuais cujo significado não possa ser precisado noenunciado(/pwi /)
ATV=lexemaconectivodavozativa(/na /+=/ni /)CAU=lexemaaspectualcausativo(/ i /)CON=continuativo(/ /)DET=lexemaconectivodeterminativo(/i /=/a /=/ji /)ABNT=AssociaçãoBrasileiradeNormasTécnicasCapes=CoordenaçãodeAperfeiçoamentodePessoaldeNívelSuperiorCNPq=ConselhoNacionaldeDesenvolvimentoCientíficoeTecnológico.
LISTADESÍMBOLOS
Essa página deve conter uma listagemde todos os símbolos utilizados no decorrer do texto e seusrespectivossignificados.Éclaroqueessalistasódeveserincluídasehouvernecessidade.Otítulodalistadevevircentralizadonapágina,emcaixaalta,negritoetamanho16.Ossímbolosnão
devem ser apresentados em quadro. Vejamos como exemplo uma lista de símbolos usados em umtrabalho4deLógicaFormal:
LISTADESÍMBOLOS
Símbolo “Nome”dosímboloesentidonaformulaçãológica“Pertence”:utilizadoparaindicarqueumelementoespecificadopertenceaumconjunto.
“Nãopertence”:utilizadoparaindicarqueumelementodadonãopertenceaumconjunto.
“Estácontido”:utilizadoparaindicarainclusãodeumsubconjuntoespecificadoemumconjuntoigualmentedefinido.
“Contém”:utilizadoparaindicarqueumconjuntodadocontémumsubconjuntodefinido.Étambémutilizadoparaindicar“implicação”.
“União”:utilizadoparaindicaraoperaçãodeuniãoentreconjuntos.
∩ “Interseção”:utilizadoparaindicaraoperaçãodeinterseçãoentreconjuntos.
= “Igualdade”:indicaaigualdadedepropriedadesnasrelaçõesentreconjuntosouelementos.
“Quantificadorexistencial”:indicaaexistênciadeumelementoouconjuntoindividualmenteconsideradosemsuaspropriedades.
“Quantificadoruniversal”:indicaaexistênciadeumaclasseuniversaldeelementos.
“Disjunção”:indicaaoperaçãodedisjunção(emmuitoscasos,podesertraduzidapelooperadorportuguês“ou”).
“Conjunção”:indicaaoperaçãodeconjunção(emmuitoscasos,podesertraduzidapelooperadorportuguês“e”).
ƒ “Função”:indicafunçõesoperadasentreconjuntosouelementos.
→ “Implicação”:indicaaimplicaçãoobrigatóriadexapartirdey.
↔“Equivalência”:indicaacondiçãocircunstancialdeequivalênciaentredoisconjuntosouelementosemumaoperação.Algunsmanuaisutilizamosímboloº,outrosutilizam .
“Negação”:negaumapropriedadeouconjuntodepropriedadesparaumconjuntoouelementoespecificado.
{},[],()“Chaves”,“colchetes”e“parênteses”:indicamoslimitesdosconjuntos.Sãoutilizadosnestasequênciahierárquica:{[()]}.
A,B,C... “letrasmaiúsculas”:nomeiamconjuntos.Algunsmanuaisutilizamletrasgregasparaestafunção(a,b,detc.)
a,b,c... “Letrasminúsculas”:nomeiamelementos.
ELEMENTOSDOSUMÁRIO
Como,pelaNBR6027,entende-seporsumárioaenumeraçãodasprincipaisdivisões,seçõeseoutraspartesdotrabalho,apenasostítulosdoselementostextuaisepós-textuaisdevemconstarnele.Assim,oselementos pré-textuais não devem ser relacionados no sumário, uma vez que este deve aparecerimediatamenteantesdotexto.Omínimodeníveisquesedeveexibirédetrês(títuloscomtrêsnúmeros).Cabeaoautoroptarpor
exibirtodososdemaisníveisexistentesnotrabalho,fornecendoalocalizaçãodetemasespecíficos.Noseditoreseletrônicos,ainserçãodesumáriosérealizadaautomaticamente.Escolhaummodelode
sumário que seja de fácil consulta e visualização. O conselho é válido tendo-se em vista existiremmodelos de sumário espalhafatosos e confusos fornecidos emalguns editores de texto, quepodem serúteisemoutrasaplicações,masquenãosãoconvenientesemtrabalhoscientíficos.
ELEMENTOSDAINTRODUÇÃO,DOSCAPÍTULOS,DACONCLUSÃO
A introdução de um trabalho deve ser, nas palavras de Clodomir Santos de Morais, importantesociólogobrasileirodereconhecimentointernacional,“umconviteàdança”.Oconteúdodaintroduçãodevedeixarclaroqualaimportânciadotrabalhoapartirdaordenaçãocoerenteesucintadeseustópicosprincipais,comumademonstraçãodaprogressividadedotextoedequantovaleapenapercorrercadaumdeseuscapítulos.Todavianãosedeveapresentartudooqueotextocontém,poisissotiraosabordaleitura e da descoberta. Vale a ressalva: introdução não é resumo. Introdução é a apresentação dosfundamentos do estudo: o assunto tratado, os objetivos do estudo, as razões de sua elaboração e, senecessário,algunsoutroselementosimportantesparasituarotemadotrabalho(NBR14724).Comodeveconstituir uma síntese de caráter didático das ideias oumatérias tratadas, a introdução, em geral, é aúltimapartedotrabalhoaserredigida.Os capítulos devem ser dispostos de modo a desenvolver ordenada e coerentemente o tema do
trabalho. O autor deve cuidar para que não se tornem repetitivos ou sem sequência lógica. Em cadacapítulo,tudooqueéessencialdeveserescrito;tudooqueésupérfluodeveserexcluído.Aquestãodaconclusãopodeserresolvidadeduasformas:
a)umaconclusãoparcialporcapítuloeumaconclusãogeralaofinaldotrabalho;b)somenteumaconclusãonotérminodotrabalho.
Ambas as formas são academicamente aceitas, sendo que a primeira corresponde mais à tradiçãoeuropeia, e a segunda, à norte-americana. Há programas de instituições acadêmicas que aconselham(veja,éconselho,nãoénorma)aoalunoqueutilizeaprimeiraforma,poisapresentavantagenspatentes
quantoàorganizaçãodotextoedasideiasqueseformamcomsualeitura.Mas,sejaaconclusãonaforma(a)ounaforma(b),elanãodeveseramerarepetiçãodoquefoiditonocorpodocapítulooudotextotodo. A conclusão deve ser o desfecho de toda a argumentação desenvolvida. Nela, deve constar,praticamente, uma resposta ao problema inicial lançado na introdução, uma confirmação ou não dashipótesesdapesquisa.Podemosconsiderarqueaconclusãoestábemredigidaquandoelafazsentidoparaquemnãoleutodo
o trabalho, ou para quem leu, nomáximo, a introdução. Por outro lado, a conclusão não deve conterdadosnovos,nemreferênciasbibliográficas.Como nenhuma pesquisa, por mais detalhada que seja, tem caráter finito, aconselha-se que, na
conclusãodeumtrabalhoacadêmico,oautordeixeclarosalgunspontosqueaindamerecemserobjetodefuturaspesquisas.Alinguagemutilizadanaredaçãodoselementostextuaisdeveserprecisa,clara,objetiva,imparciale
coerente.Eviteideiaspreconcebidasejuízosdevalorquecaracterizemposiçõesideológicassectárias.Quantoàimpessoalidade,apesardeamaioriadosautoresdemanuaisderedaçãocientíficareferir-seaelacomoobrigatória,hácontrovérsiasemrelaçãoaisso,dependendodotemaedotrabalhorealizado.Recomenda-se,pois,ater-seaobomsenso.
ELEMENTOSDASREFERÊNCIASEDABIBLIOGRAFIA
Asobraseostrabalhosconsultadospodemsermencionadosdetrêsmaneiras,basicamente:a)Referências–Listadetodasasobrascitadasnotrabalho,mesmoquealgumasdelasjátenhamsido citadas em forma de notas de rodapé. É a maneira mais utilizada em monografias,dissertaçõeseteses.
b)BibliografiaouBibliografiaConsultada–Compreende,alémdetodasasobrascitadasnotexto,aquelasqueforamutilizadaspeloautornaconstruçãodotrabalhocomofundamentaçãoteórico-crítica,emboranãotenhamsidocitadasexplicitamentenocorpodotexto.
c)BibliografiaComentada –Cada livro citado aparece comumcomentário do autor sobre seuconteúdoeimportância.Émaisutilizadaparafinalidadesdidáticasenãotemutilidadeformalemmonografiaseafins.
O único elemento obrigatório nos textos científicos é o item “Referências”, definido como um“conjunto padronizado de elementos descritivos retirados de um documento, que permite suaidentificação individual” (ABNT, 2001c, p. 2).A NBR 14724 não fazmenção ao elemento “BibliografiaConsultada”, nem como obrigatório nem como opcional,mas amaioria dos autores que trabalha commetodologia científica recomenda a inclusão desse elemento, pois, para um trabalho científico, éimportantequeseuautorexplicitequeconsultouumagamadetextosouestudosreferentesaotemaparaoseuembasamentoteórico-científico.Seja qual for amaneira escolhida, as obras devem ser nomeadas em conformidade com as normas
sobre referências e citações vistas mais adiante no capítulo “Normas para referências e citações”,observados,ainda,osseguintesaspectos:
a)Asobrasserãoapresentadassempreemordemalfabéticacrescentebaseadanossobrenomesdosrespectivosautores.
ABERCOMBRIE,D.(1967).ElementsofGeneralPhonetics.Edimburgo:EdinburghUniversityPress.BOOIJ,G.;JVANMARLE,(eds.)(1996).YearbookofMorphology1995.Dordrecht,Holanda:KluwerAcademicPublishers.196p.DELEDALLE,G. (1997).SemioticsandPragmatics.FoundationsofSemioticsSeries, 18.Amsterdam,Holanda: JohnBenjaminsPublishingCompany.GREIMAS,A.J.;COURTÉS,J.(1990).DicionáriodeSemiótica.SãoPaulo:Cultrix.SAMUEL,R.(org.)(1985).ManualdeTeoriaLiterária.Petrópolis:Vozes.
b)Asobrasdeummesmoautordevemserapresentadasdamaisantigaparaamaisrecente,sendoque aquelas que são editadas no mesmo ano devem apresentar uma indiciação com letrasminúsculas(a,b,c);nãoénecessáriorepetironomedoautoracadaobra,podendo-seutilizarapenasumtraço(comseistoques)paraindicaraautoriarepetida.
FERRAREZI Jr., Celso (1997a). A hipótese da interinfluência entre linguagem, pensamento e cultura. Guajará-Mirim:WPAL/Unir,173p.______ (1997b). A Hipótese da Interinfluência entre Linguagem, Pensamento e Cultura. Revista do IEL, 02: 34-44, Campinas:Edunicamp.______(1997c).Cursodeformaçãodealfabetizadoresdeadultos:fundamentosteóricos.Guajará-Mirim:WPAL/Unir,41p.______(1997d).Naságuasdos Itenês:umestudosemânticocoma línguamoré. 240p.Dissertação (Mestrado).UniversidadeEstadualdeCampinas.______(1997e).OuvindoasHistóriasdeTouáSaê:mitoselendasdanaçãomoré.Guajará-Mirim:WPAL/Unir,36p.______(1997f).Semântica:UmaPropostaIntrodutóriadeReleituradosFenômenosBásicosPelaTeoriadaOtimalidade.Guajará-Mirim:WPAL/Unir,34p.
c) A NBR 14724 não recomenda que as obras venham numeradas já que aparecem em ordemalfabética.Anumeraçãodeve ser evitada especialmente quandoo trabalho comportar notas derodapé.(ABNT,2002,p.4).
GLOSSÁRIO
Glossário é a relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro(arcaísmos,expressõesregionais,termostécnicosetc.)utilizadasnotexto,acompanhadasdasrespectivasdefinições. É um elemento opcional e deve ser elaborado em ordem alfabética. Vejamos no exemplotranscritoaseguiralgunsverbetesdoglossáriodeumtrabalho(publicadoemformadelivro)daáreadePsicologiaintituladoPsicanáliseelinguagem.5
GlossárioAnamnese–conjuntodeinformaçõessobreavidaclínicadopaciente.Nosentidopsicanalítico,anamnese,isto,é,ahistória,tem
valordecritériodecura,umavezqueopreenchimentodaslacunasdahistóriadosujeitoequivaleaofimdotratamento.[...]Metapsicologia–estetermofoicriadoporFreudparasereferiraoaspectoeminentementeteóricodapsicanálise,certamente
poranalogiacomotermofilosóficometafísica.Ametapsicologiaenfocaofuncionamentodoaparelhopsíquicosimultaneamentesobtrêsaspectos:tópico,dinâmicoeeconômico.[...]
PulsãodeVida–englobaaspulsõessexuaisedeautoconservaçãoebuscaauniãoeamanutençãodavida.
É necessário observar a importância do glossário em determinados trabalhos. Por exemplo,imaginemosumatesedoutorala respeitodeumtemadegrande interessepara leitores leigos.Elaseráescritacomtermosbastantetécnicosesofisticados,esemmuitasexplicaçõessobreessestermos,comoéprópriodetrabalhosdessenível.Seseuautor,porém,elaborarumglossáriocomverbetesexplicativosemlinguagemmaissimples,podetornaraleituradotrabalhoacessívelaumpúblicomaisamplo.
Emalgunscasos,aelaboraçãodeumglossáriosejustificaporfacilitaralocalizaçãodosignificadodeumapalavra, evitandoqueo leitor–mesmoomaispreparado– tenhaqueprocurá-lonomiolodotexto.
APÊNDICE
Apêndice consiste em um texto ou documento elaborado pelo autor a fim de complementar suaargumentação,semprejuízodaunidadenucleardotexto(NBR14724).Emumtrabalhopodehaverumouvários apêndices. Os apêndices são identificados por letras maiúsculas consecutivas seguidas detravessãoedosrespectivostítulos.Umexemplo:
APÊNDICEA–Roteirodeentrevista.APÊNDICEB–Modelodeplanilhas.APÊNDICEC–Modelodequestionário.
ANEXO
Anexo consiste emum texto ou documentonão elaborado pelo autor que serve de fundamentação,comprovaçãoeilustração(NBR14724).Osanexosdeumtrabalhocientíficosãoidentificadosporletrasmaiúsculasconsecutivas,travessãoepelosrespectivostítulos.Exemplo:
ANEXOA–FotografiasdacomunidadeindígenaUcuki-Cachoeira.ANEXOB–RegulamentodacomunidadeindígenaUcuki-Cachoeira.ANEXOC–FormuláriodeinscriçãodaEscolaIndígenaUcuki-Cachoeira.
ÍNDICE
Índice é a lista de palavras ou frases ordenadas segundo um determinado critério, que localiza eremeteparaasinformaçõescontidasnotexto.A inserção de índices remissivos no trabalho é tão útil ao leitor quanto trabalhosa para o autor.
Demandamuitaatençãoecompetência,tantonaseleçãodaspalavrasquemerecemestarnoíndicecomoemsuamontagem.Parafazê-loautomaticamenteemumeditoreletrônico,énecessáriomarcarcomo“entradadeíndice”
todas as palavras, as figuras, os gráficos e os exemplos que vão compô-lo. Vale notar, porém, que,emboramuitoútilnotrabalhofinal,oíndicenãoéobrigatório.Vejamosumexemploretiradodeumtrabalho(publicadoemformadelivro)deautoriadeF.E.Peters,
sobre a história das religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo).6 Esse exemplo foiescolhido de propósito para mostrar a complexidade que pode haver na montagem de um índiceremissivo.Aqui, vocêvai ver apenas a segundapáginado índiceque, no livro emquestão, ocupa19páginas!
Apresentaçãográficadoselementostextuais,préepós-textuaisComoo“projetográficoéde responsabilidadedoautordo trabalho” (ABNT, 2002c,p. 5), ou seja,
comoaaparênciadotrabalho(adisposiçãodaspartes,asfontesescolhidas,ousoderecursosgráficosetc.) é deixada a critério de quem o redige, passemos a algumas observações úteis para nortear suasescolhas.
Espaçamento:a)PelasnormasdaABNT(NBR14724,deagostode2002),deveseradotadooespaçoduploentreaslinhas do texto, mas muitas instituições, gozando da relativa liberdade que lhes é dada paranormatizaraapresentaçãodetrabalhoscientíficos,adotamespaçamento1,5,cujoefeitoestéticoémelhoralémdeeconomizarfolhasdeimpressão.
b) Para notas de rodapé, resumo, referências, bibliografia consultada, legendas de ilustrações etabelas,fichacatalográfica,citaçõestextuaisdemaisdetrêslinhas,notasnafolhaderostoedeaprovação,utilizeespaçosimplesdeentrelinhas.
c)Adotedoisespaçosde1,5nasentrelinhasentreostítulosdecapítulos,seções,subseções.
Apresentaçãodaspartesdotexto:a)Aintroduçãoeaconclusãonãosãotomadascomocapítulosouseções,umavezque,segundoa
NBR 6024, capítulos e seções são aspartesdeumdocumento “consideradas afinsna exposiçãoordenada do assunto” (ABNT, 1989, p. 1). Dessa forma, a introdução apresenta o assunto e aconclusãoconcluisobreele.
b)Oindicativodanumeraçãoprogressivaeotítulodasseçõesesubseçõesdevemseralinhadosàesquerda e, entre eles, deve ser usadoumespaçamentodedois toques, e nãomais oponto.Aintroduçãoeaconclusãonãorecebemnumeração.
c) Os capítulos (seções primárias) devem ser iniciados em página própria, distinta do textoanterior.
d)Nãodeixetítulosdeseçõesisoladosnofinaldapágina.e) Tanto a introdução quanto os capítulos e a conclusão são iniciados com um título em estilo“Título 1”, definido como no item “Estilo da fonte padrão nos títulos”, seguido do textopropriamentedito.
Vejamos como fica o resultado estético do alinhamento dos títulos e da aplicação do espaçamentosugeridosaqui:
Notas1OprogramadeeditoraçãoWordforWindows,parteintegrantedasuítedeprogramasMSOffice,é,ainda,omaispopulareditoreletrônicodoBrasil.Entretanto, asplataformasabertas, comooLinuxeoUnix, têmvalorizadoepopularizadoprogramasgratuitos (software livre)comoasuíteOpenOffice,quepossuiumeditordetextoschamadoWritercompatívelcomoWordecompraticamenteosmesmosrecursos.Há, ainda, outras plataformas e editores,mas, independentemente do editor utilizado, o responsável pela formatação do documento deveutilizarosrecursosdisponíveisparadaraodocumentofinaloformatopadrãoaquiapresentado,umavezque,emtodososeditores, issoépossível.
2DissertaçãodemestradoelaboradaporCarlaS.B.Bassanezi,sobaorientaçãodaProfa.Dra.LaimaMesgravis,desenvolvidacomoapoiodaFapespedefendidanaFaculdadedeFilosofiaLetraseCiênciasHumanas(FFLCH)daUniversidadedeSãoPaulo(USP)em14/05/1992.
3TesededoutoradoelaboradaporCéliaCorreiaMalvas,sobaorientaçãodoProf.Dr.LuisEduardoAranhaCamargo,desenvolvidacomoapoiodaFapesp,defendidanaEscolaSuperiordeAgriculturaLuizdeQueiroz(Esalq)em21/03/2003.
4Manualdetrabalhoemsaladeaula,elaboradoporCelsoFerrareziJunior,intituladoPrincípiosdeLógicaFormal,utilizadoemcursosdepós-graduaçãoemSemânticaministradospeloautoremdiversasuniversidadesbrasileiras.
5CASTRO,ElianadeMoura.(1992)Psicanáliseelinguagem.SãoPaulo:Ática.(Sérieprincípios).6PETERS,F.E.(2007).Osmonoteístas:judeus,cristãosemuçulmanos.v.I:ospovosdeDeus.SãoPaulo:Contexto.
Normasparareferênciasecitações
HáduasformasaceitashojenoBrasilparaaapresentaçãodereferênciasbibliográficasemtrabalhosacadêmicos:ABNT (dataao final) eChicago (autor-data).Comoo leitordeve tervisto, asnormasquepautamasreferênciasfeitasnestelivroseguemasrecentesalteraçõesnaNBR6023sobreprocedimentosquantoàapresentaçãodasreferênciassobretodososelementosexcetoaautoriaeadata,queseguemopadrãoChicago.Essaopçãonãoéarbitrária,elalevaemcontaospadrõesinternacionaismaisutilizados,que facilitam tanto a referenciação como a identificação de várias obras de ummesmo autor em umaBibliografiacompleta,porexemplo.Porém,antesdeadotaressemodelo,procuresaberseoprogramaquevocêcursaobrigaautilização
dopadrãoABNT.Nessecaso,vocêdevedeslocaradataparaofinaldareferência.Vejamosadiferençaentreessasduasformasdereferenciar:
•NormaABNT(dataaofinaldareferência):
CÂMARAJr.,J.Mattoso.Problemasdelinguísticadescritiva.Petrópolis:Vozes,1970.
•NormaChicago(dataapósonomedoautor):
CÂMARAJr.,J.Mattoso(1970).Problemasdelinguísticadescritiva.Petrópolis:Vozes.
Deummodooudeoutro,asreferênciasdevemvirobrigatoriamentealinhadasàesquerdaedeformaapermitiraidentificaçãoimediatadecadadocumento.Procuramos registrar, neste capítulo, o quemais interessa para editoração de artigos,monografias,
dissertaçõeseteses.Vejamos,então,asregrasaserseguidasnareferenciaçãodasfontesdepesquisa.
ReferênciapadrãodelivroAreferênciapadrãodelivroéconstituídapelosseguinteselementos,naordemapresentadaecoma
formataçãoassimdefinida:a)sobrenomedoautor,todoemletrasmaiúsculas,seguidodevírgula;b)prenome(s)doautorsomentecominicialmaiúsculaseguidadepontofinalouporextensosemopontofinal,seassimaparecernaobra;b.1) se o autor for organizador ou coordenador da obra, deve-se seguir ao seu nome, entre
parênteses,aforma(org.)ouaforma(coord.)conformeocaso:
SAMUEL,R.(org.)(1985).Manualdeteorialiterária.Petrópolis:Vozes.155p.
b.2)sehouvermaisdeumautor,segue-seasseguintesnormas:b.2.1)quandoaobratematétrêsautores,todosdevemsercitadosnaentrada,naordemem
queaparecemnaobra.Antigamente,usava-se“&”paraintercalarosautores.Asnormasatuaispedemousodepontoevírgula,comonoexemplo:
MATA,Evaldo;SANTOS,Paulo;SARAIVA,JoãoC.
b.2.2)quandohouvermaisde três autores,usa-sea forma“et alii” (ou“et al.”, segundoaformaprevistanaatualizaçãodaNBR6023)apósonomedeatétrêsautores,naordememqueaparecemnolivro,comonosexemplos:
MATA,Evaldoetalii.
ou
MATA,Evaldoetal.
b.2.3)quandooautoréumaentidadeouinstituição,todoonomevememmaiúsculas,seguidodoórgãosuperiorentreparênteses,comonoexemplo:
BIBLIOTECANACIONAL(Brasil)(1994).
b.2.4)quandooautoréumaentidadecoletivadedenominaçãogenérica,seunomevememminúsculaseéprecedidopeloórgãosuperior,comonoexemplo:
BRASIL,MinistériodaCultura(1996).
Observe-seque,nestecaso,oautoré“Brasil,MinistériodaCultura”.Omesmopadrãoéutilizadoemportarias,leisedecretos:BRASIL,MinistériodaCultura(1997).Portarian.255.
b.2.5)Emcasodeautoriadesconhecida,aentradadareferênciaéfeitapelotítulo.OSPERIGOSdousodetóxicos.
c)datadaprimeirapublicaçãodolivroentreparênteses,seguidadepontofinal;c.1)quandono livroseapresentaadatadaprimeirapublicação,masaversãoutilizadaéuma
ediçãoatual,especificarasduasdatasseparadasporumavírgula,entreosparênteses,como
noexemplo:MATA,Evaldo(1921,1998).
c.2) quando não houver possibilidade de se indicar a data, deve-se registrar uma dataaproximadaentreparênteses.Exemplos:(1989ou1990)
ou
(1981?)
Ouentãoindicaradécada:(198-)
ou
(198?).
d) título do livro em itálico, negrito ou sublinhado, conforme o recurso disponível no editoreletrônico,1seguidodepontofinal;
e)indicaçõesderesponsabilidade–Revisão(Rev.),Tradução(Trad.),Crítica(Crít.)etc.–seforocaso,aparecemseguidasdepontofinal,masintercaladascompontoevírgula,sehouvermaisdeuma.Essasresponsabilidadestambémpodemvirexplicitadasporextenso,segundoaNBR6023;
DIAS,Gonçalves(1983).GonçalvesDias:poesia.OrganizaçãodeManuelBandeira;revisãocríticadeMaximianodeCarvalhoeSilva.11.ed.RiodeJaneiro:Agir.87p.Il.16cm.(NossosClássicos,18).Bibliografia:p.77-78.ISBN85-220-0002-6.
f)edição–seguidadepontofinal,naformadonúmerodaediçãomaisaabreviatura.Indica-seaediçãosomenteapartirdasegunda.Vejaoexemplo.
(24.ed.)
g)imprenta–local,seguidodedoispontos,enomedaeditora,seguidodepontofinal;h)descriçãofísica–númerodepáginas
(128p.)
ouvolumes
(3vol.)
seéilustrado(itemopcional)
(il.)
formato(itemopcional)
(21cm)
seguidosdepontofinal;i)sérieoucoleção–entreparênteses,seguidodepontofinal;j)notasespeciais–Bibliografia,registroISBN.
Observe um exemplo completo fornecido na NBR 6023, modificado quanto à datação, e outrosexemplosmaissimples:
DIAS,Gonçalves(1983).GonçalvesDias:poesia.OrganizaçãodeManuelBandeira;revisãocríticadeMaximianodeCarvalhoeSilva.11.ed.RiodeJaneiro:Agir.87p.Il.16cm.(NossosClássicos,18).Bibliografia:p.77-78.ISBN85-220-0002-6.BALÉE, W.; MOORE, D. (1991). Similarity and Variation in Plant Names in Five Tupi-Guarani Languages. Bull: FlóridaMuseumofNaturalHistory,BiologicalSciences.CÂMARAJr.,J.Mattoso(1970).Problemasdelinguísticadescritiva.RiodeJaneiro:Vozes.CÂMARAJr.,J.Mattoso(1977,1985).Dicionáriodelinguísticaegramática.Petrópolis:Vozes.
TESE,DISSERTAÇÃO,MONOGRAFIANOTODO
DiferindodasnormasdaABNTapenascomrelaçãoàcolocaçãodadata,sugiroaseguinteasequênciadoselementos:
a)autor;b)ano;c)título;d)subtítulosehouver;e)númerototaldepáginasseguidododesignativop.;f)apalavraTese,DissertaçãoouMonografiaconformeocaso;g)níveleáreadocursoentreparênteses;h)nomedainstituiçãoofertantedocurso;i)local.Exemplo:
TELES, IaraMaria (1995).Atualização fonéticadaproeminênciaacentualemBaníwa-Hohodene:parâmetros físicos. 202p.Tese(DoutoradoemLinguística)–UniversidadeFederaldeSantaCatarina,Florianópolis.
Notasobrecapítulo/seçãodetese,dissertação,monografia:Apósosubtítulo,sehouver,inclui-seaexpressão“In:”seguidade travessãosublinear (6espaços).Apartirdaí,ésóseguiromesmomodeloparaaobracomoumtodo,acrescentandoalocalizaçãodapartereferenciada.Exemplo:
TELES, Iara Maria (1995). Os sons em Baníwa-Hohodene. In:______. Atualização fonética da proeminência acentual emBaníwa-Hohodene: parâmetros físicos. p. 23-38. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal de Santa Catarina,Florianópolis.
ReferênciapadrãodeartigopublicadoemlivroouperiódicoecapítulodelivroAsnormasparareferênciasdeartigosecapítulossãobasicamenteasmesmasdasdoslivros.Oque
diferesãooselementoscomponentes.a)autordoartigooucapítulo;b)datadaprimeirapublicaçãodoartigoentreparêntesesseguidadeponto;c)títulodoartigooucapítuloemletrasminúsculasseguidodepontoedaexpressão“In”seguidadedoispontos;
d)nãoseusaaexpressão“In”emartigosinseridosemperiódicos;e)otítulodoartigooucapítulonãodevesercolocadoentreaspas;f) quando a parte referenciada for domesmoautor daobra comoum todo, acrescentar um traçocorrespondenteaseisespaços,apósaexpressão“In:”;
g) quandoo artigo for inserido emperiódicos, após a referenciação do artigo, não é necessáriocitaronomedoresponsávelpelarevistaoujornal;
h)quandootítulodoperiódicoincluionomedacidade,édesnecessáriorepetirolocal.Exemplos:
BENDIX, H. E. (1971). The Data of Semantic Description. In: STEINBERG, D. D.; JAKOBOVITS, L. A. (org.) (1978).Semantics.Cambridge:CambridgeUniversityPress.SILVA, Antônio Severino (1978). Os problemas da alfabetização precoce. In: ______. (1988). Conversando de Educação.Florianópolis:NovoTempo.212p.MOURA,AlexandrinaSobreirade(1983).Direitodehabitaçãoàsclassesdebaixarenda.CiênciaeTrópico.Ed.Recife,v.11,p.71-78,jan.-jun./1985.LAMOND,A.I.;EARNSHAW,W.C.Structureandfunctioninthenucleus.Science(Washington,DC),v.280,n.5363,p.547-553,1998.
Emreferênciasdeartigosretiradosdeperiódicos,háoutraconvençãomuitousadaquecabecitaraqui.Nelaprocede-sedeformaigualàanterioratéonomedoperiódico.Daíemdiante,segue-seaseguinteordem:
a)títulodoperiódicoseguidodevírgula;b)númerodovolumeseguidodedoispontos;d)páginascompreendidaspeloartigointercaladasporhífeneseguidasdevírgula;e)data(ouperíodoreferente)doperiódico,seguidadeponto.Exemplo:
MOURA, Alexandrina Sobreira de (1983). Direito de habitação às classes de baixa renda.Ciência e Trópico, 11: 71-78, jan.-jun./1985.
Há, ainda, a possibilidade de inserir na referência do periódico a imprenta,mas isso geralmente éfeitoquandosetratadereferênciadoperiódicotomadointegralmente.Atenção:a referênciadeumperiódicoque incluiumartigopodeserdiferenteda referênciadeum
periódicocomoumtodo,comoveremosaseguir.
ReferênciapadrãodeperiódicoParafazerareferênciadeumvolumederevistaoujornalinteiro,utilizamososseguinteselementos:
a)títulodoperiódicoemmaiúsculasseguidodepontofinal;b)localdepublicaçãoseguidodedoispontos;c)editorseguidodevírgula;d) ano de publicação do primeiro exemplar e do último, se for o caso, ou indicando-se que apublicaçãoaindacontinuapormeiodeumhífenapósadatainicialseguidodeponto;
e) indicação do volume (vol.), número (n.) e data intercalados por vírgula e seguidos de pontofinal;
f)númerototaldepáginasseguidodepontofinal;g)indicaçõesespeciais,sehouver.Exemplo:
VEJA.SãoPaulo:Abril,1968-.n.765,24jan.1994.112p.EdiçãoEspecial.
ReferênciapadrãoemnotaderodapéNão hámais, como antigamente, diferença entre as normas relativas a uma referência normal e as
relativasàsnotasderodapé.Observelánorodapédapáginadestelivroumexemplodecomofazeressareferência.Digamosqueesseexemplocorrespondaànotaderodapédenúmero10.10Comovocêpôdeobservar, trata-se de uma nota comum2. Essa unificação é recente nas normas brasileiras e veio parasimplificarapresentaçãodotrabalhocientífico.
10CHOMSKY,Noam(1986).KnowledgeofLanguage:ItsNature,OriginandUse.NewYork:Praeger.
ReferênciadematerialdainternetUmamodalidadebastanterecentedematerialinformativoaserreferenciadoéaquelequeseconsegue
nossitesespecializadosdainternet.Hádoistiposbásicosdereferênciaaseradotados.Quandosetratadeummaterialassinado,umlivro,umatese,dissertaçãooumonografia,umartigoou
comentário,inicia-seacitaçãodomaterialcomodecostume(nestecaso,otítuloésempreemitálico)e,apartirdaexpressão“In:”,altera-secomoindicadoaseguir:
a)expressão“Disponívelem:”;b)endereçoeletrônicoentreossinais<>;c)expressão“Acessoem:”;d)datadoacesso(dia,mêsabreviadoeano).
Se a citação é dada em páginas internas do site, escreva o endereço eletrônico completo da formacomoaparecenonavegadordeinternet.Exemplos:
CARIA, Piergiorgio. O caso Urzi: um mistério nos céus da Itália. [S.I.]: UFO, 2010. Disponível em:<http://www.ufo.com.br/artigos/o-caso-urzi>.Acessoem:19ago.2010.FILENO, Érico F. O professor como autor de material para um ambiente virtual de aprendizagem. Curitiba, PR, 2007.Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Paraná, Paraná. Disponível em:<http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/11563/1/disserta%C3%A7%C3%A3o_%C3%89RICO_FERNANDES_FILENO.pdf>.Acessoem:20ago.2010.EDUARDO, Antônio. O Martelo Russo. Disponível em: <http://www.artefatocultural.com.br/ portal/index.php?secao=colunistas_completa&subsecao=20&id_noticia=1012&colunista=Antonio%20Eduardo>.Acessoem:2ago.2010.
Percebaqueoeditorde textoseletrôniconão“divide”o linkdodocumentopara translinear,oquedeixaareferênciadifícildeserlidaseoalinhamentofordotipo“justificado”.Nocasodasreferênciasde material da internet, portanto, se esse problema ocorrer, apenas por um aspecto estético éaconselháveldeixá-lascomalinhamento“àesquerda”.Seomaterialrecolhidonãoforassinadoenãohouverqualqueroutrareferênciadeautoria,citeapenas
oendereçoeletrônicoemquefoiencontrado,comonosexemplos:a)materialencontradonapáginainicial:<www.artefatocultural.com.br>.b) material encontrado em página interna: <www.artefatocultural.com.br/portal/index.php?secao=colunistas>.
Odigitadoriniciantenãodeveseespantarseoeditorautomaticamentesublinharoendereçoeletrônicoemudarsuacoraocompletar-sesuadigitação.Esseéumprocedimentonormaldoseditoresmodernos,que criam hiperlinks a partir de endereços eletrônicos digitados, permitindo o acesso automático aoendereçopormeiodonavegadorpresentenocomputador,apartirdoprópriotexto.Issoéconsideradoumpadrãodeeditoraçãoeessaaparênciadeendereçoeletrônicoé toleradacomoumadecorrênciadamodernidade,nãoprecisandosermodificada.Vejamos,agora,exemplosdeoutrasfontesdocumentaisquepodemserreferenciadasemumtrabalho
científico.Opesquisadorcertamentenãoterádificuldadedeidentificarseuselementosformadores.
ReferênciademapaNATIONALGEOGRAPHICSOCIETY(2002).EstadosUnidos:MapaFísico. Flórida (US):NGS.1mapa: color.; 70x50 cm.Escala1:250.000.
Nocasodeomapaterumautorespecífico(aoinvésdeseratribuídoaumainstituiçãoresponsável,comonoexemploanterior),onomedesseautoréqueprecederáareferência,nosmesmosmoldesdeumareferênciapadrão,istoé,iniciandopelosobrenome.Vejamos:
NIRKINGANT,Mark(2002).EstadosUnidos:MapaFísico.Flórida(US):NGS.1mapa:color.;70x50cm.Escala1:250.000.
ReferênciadeVHSouDVDExemplos:
OPRÍNCIPEdoEgito(1998).ProduçãodePenneyFinkelman;SandraRabins.DireçãodeBrendaChpaman;SteveHickner;SimonWhells.Holywood:DreamworksPictures.DVDsimples(99min.),son.,color.OSENHORdosAnéis:ASociedadedoAnel(2002).ProduçãodeBarrieM.Osborneetal.DireçãodePeterJackson.Holywood:WingnutFilms.VHSDuplo(179min),son.,color.
ReferênciadaBíbliaSagradaPodeserconsideradanotodoouemparte.Exemplos:
BÍBLIA.Português.(1982).BíbliaSagrada.Tradução:CentroBíblicoCatólico.34.ed.rev.SãoPaulo:AveMaria.
BÍBLIA,A.T.IICrônicas.Português.BíbliaSagrada.Tradução:CentroBíblicoCatólico.91.ed.SãoPaulo:AveMaria,1993.Cap.20,vers.1-8.BÍBLIA,A.T.Isaías.Português.BíbliaSagrada.TraduçãorevistaeampliadadeJoãoFerreiradeAlmeida.SãoPaulo:SociedadeBíblicadoBrasil.Cap.35,vers.12.
Observação: “A.T.” refere-se a Antigo Testamento. Em caso de livro do Novo Testamento, use“N.T.”
ReferênciadeCD-ROMExemplo:
PEREIRA,João(2003).Milreceitasbrasileiras.1.ed.SãoPaulo:GrupoEditorialMax.ReferênciaETRG-3256.1CD-ROM .
ReferênciadeprogramaparacomputadorExemplo:
PARENTESCO,Pedro Jô (2003).Sistema Integrado deControleEscolar. Programa compatível comWindows 2000 eXP. SãoPaulo:BIGInformática.MídiaemCD-ROM emanualexplicativoimpresso.
ReferênciadeentrevistaExemplo:
BROCA,Marcos.HistóriasdaformaçãodeGuajará-Mirim.EntrevistaconcedidaaAntônioPergonesse.Guajará-Mirim,out.de2003.Registroemcassete(90min)eVHS(60min).
Quandoaentrevistaforpublicada,mencioneodocumentoemqueelaaparece.Exemplo:
FIUZA,R.Oponto-de-lança.Veja,SãoPaulo,n.1124,04abr.1990.p.9-13.Entrevista.
ReferênciadefotografiaExemplo:
Note que, hoje, as fotografias digitais estão cada vezmais disseminadas. Assim, é possível que amídiaderegistrofotográficonãosejaempapel,masemfoto-CDouemmemóriadigitaldecomputadoresoumáquinasfotográficasdigitais,cartõesoupen-drives.Emcadacaso,informeamídiaespecíficaquearmazenaafotoutilizada:emvezde“Impressa”,utilizar“foto-CD”ou“registroemmemóriadigital”,porexemplo.
CitaçãopadrãoparatextoPara fazer uma citação de uma obra qualquer no corpo do texto, isto é, para fazer a “chamada da
citação”, usa-se o sobrenome do autor em letrasminúsculas seguido da data de publicação e de doispontoseonúmerodapágina,estesdadosentreparênteses.Exemplo:
Comrelaçãoàvocalizaçãodoataquedaoclusivatepe,vejamosoquedizemTelesMaedaeTeles(2003:229):
Aoclusivatepe,sendoumsegmentoextremamentecurtoefrágil,necessitadeumapoiovocálicoparaseraudível.Quandoestesegmentoseencontraemcontextointervocálico,nointeriordepalavra,estaexigênciajáestáatendida.Ocorreque,emoroeo,háaindamaisdoiscontextosparaaoclusivatepe:eminíciodeenunciadoeapósoclusivaedafricativabilabialsurda[ ].
Outraformadeprocederacitaçãoéutilizarapenasonomedoautornotextoefazerreferênciaàdataeàpáginaapósacitação,comonoexemploaseguir:
Comrelaçãoàvocalizaçãodoataquedaoclusivatepe,vejamosoquedizemTelesMaedaeTeles:
Aoclusivatepe,sendoumsegmentoextremamentecurtoefrágil,necessitadeumapoiovocálicoparaseraudível.Quandoestesegmentoseencontraemcontextointervocálico,nointeriordepalavra,estaexigênciajáestáatendida.Ocorreque,emoroeo,háaindamaisdoiscontextosparaaoclusivatepe:eminíciodeenunciadoeapósoclusivaedafricativabilabialsurda[ ].(TELESMAEDA;TELES,2003,p.229)
Ou,ainda,aforma:Comrelaçãoàvocalizaçãodoataquedaoclusivatepe,vejamosoquedizemTelesMaedaeTeles:
Aoclusivatepe,sendoumsegmentoextremamentecurtoefrágil,necessitadeumapoiovocálicoparaseraudível.Quandoestesegmentoseencontraemcontextointervocálico,nointeriordepalavra,estaexigênciajáestáatendida.Ocorreque,emoroeo,háaindamaisdoiscontextosparaaoclusivatepe:eminíciodeenunciadoeapósoclusivaedafricativabilabialsurda[ ].(TELESMAEDA;TELES,2003:229)
Notexto,osobrenomedoautorapareceemcaixaaltaebaixa(ouseja,aletrainicialemmaiúsculaeasdemaisemminúsculas).Nacitação,porém,apareceemletrasmaiúsculaseentreparênteses.
ReferênciaecitaçãoemnotaderodapéEmnotaderodapé,aprimeirareferênciadeumaobracitadadeveserfeitaporcompleto.Asdemais
referências damesma obra ou de outras obras domesmo autor devem ser feitas de forma abreviadausando-se expressões latinas. Embora haja outras, vamos observar as expressões “id.”, “ibid.”, “op.cit.”,“cf.”e“apud”,asmaisúteis.
a)IdemouId.=igualàanterior.Atenção:igualàimediatamenteanterior,massomentecomrelaçãoaoautor,mudandoaobra.
1CÂMARAJR.,Joaquim(1976).Estruturadalínguaportuguesa.7.ed.Petrópolis:Vozes.2Id.(1976).Problemasdelinguísticadescritiva.8.ed.Petrópolis:Vozes.
b)IbidemouIbid.=namesmaobra.Atenção:namesmaobraimediatamenteanterior.
1CÂMARAJR.,Joaquim(1976).Estruturadalínguaportuguesa.7.ed.Petrópolis:Vozes.2Ibid.,p.20
c)Opuscitatum,operecitatoouop.cit.=obracitada.Atenção:sóuseestaexpressãoquandoumaobrajáfoireferenciadaanteriormente,masnãologoemseguida.
1CÂMARAJR.,Joaquim(1976).Estruturadalínguaportuguesa.7.ed.Petrópolis:Vozes.2JOAQUIM,Hênio(1998).Temasrelevantessobreatraição.RiodeJaneiro:MataHari.987p.3CÂMARAJR.,op.cit.,p.20.
d)Cf.=confira,confronte.Utilizadapararecomendarconsultaaobrasdeoutrosautoresouanotasdomesmotrabalho.Àsvezes,oautortratadeumtemaparaoqualnãoquerdedicarespaçoemcitaçõesnaobraouparaoqualvaleapenaremeteraumaoutrareferênciaoutemacorrelato.Issotambémvaleparaasparáfrasesdeobra,ouseja,quandosereproduzasideiasdoautortotalou parcialmente, mas sem fazer citações. Aí, também, devemos fazer uma indicação paraconferência.
1Cf.CÂMARAJR.,op.cit.,p.20.
e)Apud=citadopor,conforme.Expressãousadaquandosefazcitaçãodeumautorquefoicitadoporumsegundoautor,ouseja,éutilizadaquandonãoseteveacessoàobraoriginal.Atenção:nalistadereferências,somenteaobraconsultadaémencionada,istoé,aquelaaqueseteveacesso;areferênciadodocumentodoautorcitadodeveconstarsomenteemnotaderodapé.
Exemplonotexto:
SegundoMalmberg(apudCÂMARAJR.,1976),1nãoháequivalênciaentreasduasemissõesnasais.Osegundotipodenasalidadenãofuncionaparadistinguirformasenãoé,portanto,denaturezafonológica.
Exemplonorodapé:
1MALMBERG,Bertil(1963).Phonetics.NewYork:Harper.
Exemplonalistadereferências:
CÂMARAJR.,Joaquim(1976).ProblemasdeLinguísticaDescritiva.8.ed.Petrópolis:Vozes.
Observações:a)Asexpressõeslatinasnãopodemserusadasnotexto(NBR10520),somenteemnotas(rodapéoufinaldecapítulo),excetoaexpressão“apud”(ABNT,2002b).
b)Parainserirumacitaçãodentrodanotaderodapé,procedadamesmamaneira,excetuadoofatodequea tabulaçãodo textonão serádiferenciada,mas anota toda seguirá amesma tabulaçãopadrãoparanotasderodapé.
Nota1Oquenão sedeveperderdevistaéqueasnormascientíficas servemparauniformizaros trabalhose facilitar a leitura.Assim,aousarnegritoemumtítulo,useemtodosigualmente;aoescolheroitálicoousublinhado,damesmaformauniformizeouso.
2N.E.:Porrazõestécnicas,anotanestaversãodolivroemepubnãoestáinseridanorodapé.
Normasparaapresentaçãodeartigoscientíficos
Amaioriadasrevistascientíficaseinstituiçõesquepromovemcongressosexige,paraaapresentaçãodeartigos,ocumprimentodenormasiguaisoumuitosemelhantesàsdescritasaseguir
APRESENTAÇÃO DO TEXTO: Digitado em Word for Windows (ou programa compatível) versão 6.0 ousuperior;espaço1,5deentrelinhas;recuodeparágrafode2cm;fonteTimesNewRoman,tamanho12;papelformatoA4;margens:3cmsuperioreesquerda,2cminferioredireita.Onúmerodelaudasdeveserde7a15,incluindográficos,apêndicesereferências.
TÍTULO:acompanhadoounãodesubtítulo,deveviremmaiúsculas,centralizado,fonte14eemnegrito.
AUTOR(ES)ECOLABORADOR(ES):o(s)nome(s)devemvirporextensoapósotítuloalinhado(s)àdireita,emcaixaalta(maiúsculas),comascredenciaisindicadasemnotaderodapé.
RESUMO, RESUMÉ OU ABSTRACT: deve vir logo após a indicação do(s) nome(s) do(s) autor(es) ecolaborado(es)contendo,nomáximo,duzentasecinquentapalavras, seguidodepalavras-chave,mots-clésoukeywords,comespaçosimplesdeentrelinhas,semrecuodeparágrafo.Otítulo“Resumo”deveviremnegritoecaixaalta,alinhadoàesquerda.Otítulo“Palavras-chave”deveviremnegrito,somentecomainicialmaiúscula,alinhadoàesquerda.
SUBTÍTULOS:devemviremnegrito,emcaixaaltaealinhadosàesquerda.
NOTAS:devemvirempédepágina,seguindoasnormasaquiapresentadas.
CITAÇÕESEREFERÊNCIAS:devemserfeitasdeacordoasnormasapresentadasnestelivro.
Observequeénecessárioprimeiroapresentaras informações institucionaisepessoaisbásicaspara,logo em seguida, colocar o resumo e as palavras-chave (e o resumo e as palavras-chave em línguaestrangeira)e,depois,otextocientíficopropriamentedito.Éprecisoteremmentequeartigosdevemserescritoscomumapreocupaçãoconstantedeconcisão,
pois,emgeral,sãopublicadosemcoletâneasquetêmlimitaçãodeespaçoederecursosfinanceirosparasuaconfecção.Alémdisso,destinam-seaser“notíciascientíficas”,portanto,sãomuitomaisbrevesdoquemonografias,dissertaçõesouteses.Hoje,a internetdisponibilizaumasérieseportaisdeperiódicosespecializadosapartirdosquaisé
possívelbaixarumaenormequantidadedeartigosdequasetodasasáreasdaciência,materialatualizadoe de primeira linha. Como exemplos desses portais, temos o portal de periódicos da Capes(http://novo.periodicos.capes.gov.br), em que podem ser acessados, via cadastro, milhares de textoscompletos e, de forma livre, outros tantos. Além desse, o portal Acesso Livre
(http://acessolivre.capes.gov.br),tambémdaCapes,permiteaqualquerusuárioteracessoadezenasdemilhares de bons textos científicos. Não podemos esquecer que muitas universidades e faculdadesmantêm, em seus sites, páginas de divulgação dos trabalhos científicos de seus pesquisadores(professoresealunos).Assimsendo,valeapenavisitarportaiscomoessesebaixarartigosdesuaáreadeinteresse.Vejacomoforamescritos(alinguagem,aestética,aformadeconstruirotexto)eaprendacomseusconteúdos,antesdecomeçarsuaprópriaempreitada.
ComoorganizaroconteúdodeseuTCC,dissertaçãooutese
Umadasquestõesmaisdifíceisnahoraderedigirotrabalhofinalé:comoorganizarasinformaçõescolhidasdurante apesquisa? Isso aconteceporqueopesquisador, apósosmesesouanosde trabalho,geralmentecolhetantasinformaçõesquenãosabebemcomohierarquizá-las.Eoque,àsvezes,podeserpior:temmedodedescartardadoseinformações,poistudolheparecerelevante.Para clarear os caminhos na elaboração do trabalho final, vamos lembrar do segundo capítulo, “A
elaboração do projeto”, quando estudamos a estrutura do projeto científico. O que ele trazia comoessencial?Eraisso:
•Quemvaifazer?–Identificação•Oquevaifazer?–Apresentaçãodotemaedoproblema•Porquevaifazer?–Justificativa•Oquealcançarcomessefazer?–Objetivos•Comqueconhecimentovaifazer?–Referencialteórico•Comovaifazer?–Metodologia•Quandoeondevaifazer?–Cronogramaelocalizaçãodasações•Quantovaicustaressefazer?–Custeio•Alguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudanessefazer?–Referênciasbibliográficas
Prestebematençãona listamencionada.Vejaqueelapodeserclaramentedivididaemcincopartesbemdistintas:
Dadosdeidentificaçãodainstituiçãoedoautor
Quemvaifazer?–Identificação
Informaçõessobreoobjetodeestudoeoquesepretendefazercomele
Oquevaifazer?–ApresentaçãodotemaedoproblemaPorquevaifazer?–JustificativaOquealcançarcomessefazer?–Objetivos
Informaçõessobreasbasesteóricasadotadas
Comqueconhecimentovaifazer?–Referencialteórico
Informaçõessobreapesquisarealizada
Comovaifazer?–MetodologiaQuandoeondevaifazer?–CronogramaelocalizaçãodasaçõesQuantovaicustaressefazer?–Custeio
ReferênciasdasfontesAlguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?
deinformaçãoutilizadas Existealgumregistrodissoquemeajudanessefazer?–Referênciasbibliográficas
Sevocêpensarque,depoisde todoo seu trabalhodepesquisa,vai chegar a algumaconclusão,umdesfecho quemostre para que serviu todo o seu esforço e investimento (e é claro que é isso que sedeseja), essa conclusão deverá estar presente no documento final. Ela não apareceu no seu projetocientífico porque, obviamente, ele apenas indicava o que você pretendia fazer e, portanto, não podiahaver“conclusão”oumesmoprevisõesmuitoacuradas.Mas,agora,vocêjáfezapesquisaeestánafasederedaçãodorelatóriofinalque,necessariamentedeveterumaconclusão.Tomemosomesmoquadroanteriorepensemosnotrabalhoterminado,exigindo,portanto,oacréscimodoitem“Conclusão”.Onde?Certamenteeladeveficarno“finaldahistória”.Osrecursosfinanceiroseotempodetrabalhojáforamgastos,logo,nãohaverámais“Cronograma”e
“Custeio”. (Se você tiver que fazer um relatório de gastos, prestando contas de algum financiamentorecebido,eledeveráserentregueemumdocumentoseparadoenãodeveaparecernotextodoseuartigo,monografia,dissertaçãooutese.)Notequeotempodeverbodasquestõesagoramuda.Vejamos:
Dadosdeidentificaçãodainstituiçãoedoautor
Quemfez?–Identificação
Informaçõessobreoobjetodeestudoeoquesepretendecomele
Oquefez?–ApresentaçãodotemaedoproblemaPorquefez?–JustificativaOquepretendiaalcançarcomessefazer?–Objetivos
Informaçõessobreasbasesteóricasadotadas
Combaseemqueconhecimentosfezotrabalho?–Referencialteórico
Informaçõessobreapesquisarealizada
Comofez?–MetodologiaQuandoeondefez?–Relatórioelocalizaçãodasações
Conclusão (Éoquehádenovo,oresultadoquevocêalcançou)
ReferênciasdosmateriaisutilizadosAlguémjáfezissooualgoparecidocomissoantes?Existealgumregistrodissoquemeajudounessefazer?–Referênciasbibliográficas
Nessequadro,vocêtemoformatopadrãodequalquerbomtrabalhodecientífico,deumartigoaumatese.Adiferençaemrelaçãoaoformato?Simples:noartigovocêapresentatudodeformabemresumidaedireta;nosoutrosformatos(monografias,dissertaçõeseteses),vocêtemmaisespaçoparaapresentardetalhes.Assim:
•Noartigo,vocêteráapenasumcabeçalhodeidentificação;emumamonografia,dissertaçãooutesevocêdispõedecapa,folhaderosto,localparaagradecimentos,epígrafes,fichacatalográficaetc.
• No artigo, o resumo vem logo abaixo do cabeçalho, nos outros trabalhos você deve colocar o
resumoemumafolhaindependente,assimcomosuastraduçõesparalínguasestrangeiras,quandoforocaso.
•Aquiloqueéapenasumsubtítuloresumido,comumoudoisparágrafos,emumartigo(introdução,subtítulo1,subtítulo2etc.)virarácapítulosnasoutrasformasderelatórioehaveráumaintroduçãomaisextensa,comosefosseum“capítulo” inicial,alémdoscapítulossobreoreferencial teórico,sobreapesquisa,sobreasconclusõesetc.Vistodessamaneiraémaissimples,nãoé?Todosessesdocumentoscientíficosseguemumamesmalógicaemanadadoprojetocientífico.Aideiabásicaéesta:
Dadosdeidentificaçãodainstituiçãoedoautoreelementospré-textuais
Aqui,deacordocomotipodetrabalho,vocêcolocaosdadosdainstituição,osseus,osdadosdomaterialproduzidoquandoforocaso(fichacatalográfica),dedicatóriaeepígrafe(seforocaso)etc.Sãooselementospré-textuaisapresentadosanteriormente.
Informaçõessobreoobjetodeestudoeoquesepretendecomele
Aquivocêescreveaintroduçãodeseutrabalho.Nela,façaconstaroquevocêfez,porquevocêfezequaiseramseusobjetivos.
Informaçõessobreasbasesteóricasadotadas
Éoprimeirosubtítulooucapítulo.Nelevocêapresentaafundamentaçãoteóricadotrabalho,umarevisãodoqueabibliografiapertinentedizsobreoseuobjetoesobreasteoriasquevocêadotou.
Informaçõessobreapesquisarealizada
Aquivocêconstróiosegundocapítuloousubtítulo(quepodeserdivididoemoutroscapítulosousubtítulos,sefornecessário):nele(s)vocêdescrevetodooprocessodepesquisa,desdeoinício,passandopelametodologia,pelosdadoscoletados,pelotratamentoquedeuaosdadosepelainterpretaçãoconferidaaessesdados.Ouseja,essaéapartemaisinteressantedotrabalho,poisénelaquevocêcontatudooquerealizou.
Conclusão Aquivocêdescrevesucintamenteoquedescobriuapóstodootrabalhodepesquisa.Referênciasdosmateriaisutilizados
Aquivocêcitatodasasfontesreferenciáveisdeinformaçãoqueutilizou.
Emoutraspalavras,seguindoamesmasequêncialógicausadaparaescreveroprojeto,vocêredigeseuartigo,monografia,dissertaçãooutese,deixandoseutrabalhoescritoformalmenteperfeito,fácildelerecompreender e irrepreensível em sua organização interna. Mas preste atenção: é claro que isso nãogarante o valor científico do trabalho. O valor científico está no conteúdo. Porém essa formalização
permitiráqueovalordoquevocêfezsejamaisfacilmentereconhecido,poisnãohaveránenhumtipodedesordemparaatrapalharseusleitoresnabuscadasinformaçõesquevocêoferece.Finalmente, se achar necessário, inclua documentos, transcrições de entrevistas, formulários,
fotografias e tudo mais que for importante para reforçar o conteúdo que você apresentou. Mas nãoesqueça: em ciência não se tenta impressionar o leitor pelo tamanho do texto e, muito menos, pelaquantidadedeanexos,“enrolando”,comosedizpopularmente.Nãoadiantaengordarseu trabalhocomcitações ou anexos só para fazer volume. Os anexos estarão lá somente se forem absolutamentenecessários,assimcomotodoorestantedotexto,fontes,citações,referênciasetc.Agoraésuavez!Mãosàobraeumexcelentetrabalho!
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Oautor
Celso Ferrarezi Junior possui licenciatura plena em Letras Português-Inglês pela UniversidadeFederal de Rondônia, é mestre em Linguística-Semântica pela Universidade Estadual de Campinas edoutornamesmaáreapelaUniversidadeFederaldeRondônia.Tempós-doutoradoemSemânticapelaUniversidade Estadual de Campinas. Atualmente, é professor associado da Universidade Federal deAlfenas(MG),cargoquetambémocupounaUniversidadeFederaldeRondônia,epossuiexperiêncianaárea de Linguística, com ênfase em Semântica, atuando principalmente com os seguintes temas:semântica,educação,alfabetização,descriçãoeteorialinguística.