Guia Geral de Monografia Fucapi.3Ed

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  • GUIA PARA ELABORAO DE MONOGRAFIAS

    3 Edio

    Por Francisco de Assis da Silva Medeiros

    Manaus AM 2007/2

    Instituto de Ensino Superior FUCAPI

  • Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca da FUCAPI

    M488g MEDEIROS, Francisco de Assis da Silva. Guia para elaborao de monografias. / Francisco de Assis da Silva Medeiros. 3.ed. Manaus: Fucapi, 2007.

    88p.; il.

    1. Pesquisa. 2. Metodologia. 3. Trabalho Cientfico. 4. Referncia. I Ttulo.

    CDD 001.4

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    AGRADECIMENTOS

    Sinceramente, agradecemos a todos os que nos auxiliaram neste processo: alunos, coordenadores, colegas professores, especialmente ao professor Alexandre Oliveira e Talita Lins pela anlise e sugestes apresentadas.

    Muito obrigado!

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    SUMRIO

    APRESENTAO 4 ESCLARECIMENTO 5

    1 IMPORTNCIA DA LEITURA 6

    2 PESQUISA CIENTFICA 9 2.1 CONCEITOS 9 2.2 FINALIDADES 9 2.3 TIPOS DE PESQUISA 10

    3 MTODOS E TCNICAS DE PESQUISA 13 3.1 MTODOS CIENTFICOS 13 3.2 UMA ABORDAGEM SOBRE TCNICAS 16

    4 ETAPAS DA PESQUISA CIENTFICA 19 4.1 ETAPAS DE UMA PESQUISA CIENTFICA 19

    5 INFORMAES COMPLEMENTARES 26 5.1 CRONOGRAMA 26 5.2 CITAES 26 5.3 SISTEMAS DE CHAMADA DAS CITAES 30 5.4 NOTAS DE RODAP 32 5.5 ILUSTRAES 33 5.6 ABREVIATURAS E SIGLAS 36

    6 REFERNCIAS 37 6.1 ELEMENTOS 37 6.2 O QUE DEVE SER INCLUDO EM UMA LISTA DE REFERNCIA 38 6.3 OBSERVAES IMPORTANTES 38 6.4 MODELOS DE REFERNCIAS 39

    7 NORMAS PARA APRESENTAO ESCRITA 44 7.1 PARTES QUE COMPEM UM TRABALHO CIENTFICO 44 7.2 APRESENTAO GRFICA DO TRABALHO 50

    8 A DEFESA DA MONOGRAFIA 55

    REFERNCIAS 57

    Anexo 1 Modelo de Capa 60 Anexo 2 - Modelo de Folha de Rosto 62 Anexo 3 - Modelo de Ficha Catalogrfica 64 Anexo 4 - Modelo de Folha de Aprovao 66 Anexo 5 - Exemplo de Dedicatria 68 Anexo 6 - Exemplo de Agradecimentos 70 Anexo 7 - Exemplo de Epgrafe 72 Anexo 8 - Modelo de Apresentao do Resumo 74 Anexo 9 - Modelo de Apresentao do Abstract 76 Anexo 10 - Modelo de Lista de Figuras 78 Anexo 11 - Modelo de Lista de Quadros 80 Anexo 12 - Modelo de Lista de Tabelas 82 Anexo 13 - Modelo de Sumrio 84 Anexo 14 - Modelo de Apresentao do Corpo do Texto 86

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    APRESENTAO

    O Instituto de Ensino Superior FUCAPI CESF apresenta a voc, o Guia para Elaborao de Monografias.

    Nosso intuito principal fornecer as informaes necessrias, bem como orient-lo na elaborao de seu projeto de pesquisa e desenvolvimento de seu trabalho de concluso de curso.

    Todavia, o sucesso desse projeto requer alguns procedimentos bsicos que so fundamentais para a qualidade do trabalho realizado. A leitura extremamente importante. O ser humano que no l, tende a no aprender a pensar, a desenvolver o raciocnio lgico e quantitativo e, conseqentemente, no consegue elaborar um texto compatvel com o seu nvel de conhecimento.

    Vale ressaltar que, embora, os assuntos abordados sejam significativos no se esgotam neste guia, sendo aconselhvel consultar outras obras referentes ao tema como forma de enriquecer o conhecimento. Portanto, no esquea que voc o agente e principal responsvel por apreender os conhecimentos, passando-os da teoria prtica. Lembramos ainda que, durante esse percurso voc nunca estar s. A relao entre aluno e professor de fundamental importncia para a construo do conhecimento cientfico. Portanto, a equipe de profissionais do CESF estar sua disposio para prestar o apoio necessrio sempre que precisar.

    O sucesso est sua espera. Boa Sorte!

    Prof. Francisco de Assis Medeiros, MSc.

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    ESCLARECIMENTO

    O Guia para Elaborao de Monografias foi desenvolvido para preencher uma lacuna existente no CESF no que se refere a um padro para o desenvolvimento de trabalhos de concluso de curso. A adoo deste Guia se justifica pela necessidade de se definir claramente a estrutura e a apresentao grfica que deve ser observada na elaborao do trabalho de concluso de curso, no formato de monografia. As normas e tcnicas apresentadas neste guia baseiam-se nas normas da ABNT, porm, por questes prticas, lgicas e de esttica algumas normas podem diferir das normas da ABNT. Portanto, para a apresentao grfica dos trabalhos de concluso de curso submetidos ao CESF deve prevalecer as normas estabelecidas neste guia.

    Com isso, professores e alunos do CESF tero acesso s normas da instituio para a estruturao da pesquisa realizada, bem como s normas tcnicas para a apresentao e a formatao dos trabalhos acadmicos de concluso de curso. Nesse sentido, durante a realizao das bancas de defesa dos trabalhos, os avaliadores devem observar o atendimento s normas aqui estabelecidas.

    Vale ressaltar que em relao estruturao da pesquisa, o Guia no define o padro de construo do texto, isto , no apresenta, por exemplo, um modelo de justificativa ou um modelo de problematizao da pesquisa. As sees tais como justificativa, problema de pesquisa, objetivos, procedimentos metodolgicos etc. sero desenvolvidas e construdas pelo autor da pesquisa de acordo com a especificidade do tema tratado. O que o Guia ressalta que extremamente importante que o pesquisador desenvolva cada seo da estrutura determinada neste guia. Portanto, o aluno no encontrar aqui modelos de textos, mas um direcionamento das partes que devem ser desenvolvidas ao longo da pesquisa para que possa apresentar com qualidade tcnica e cientfica uma anlise, uma reflexo crtica, um aprofundamento de idias a partir da colocao de um problema.

    No que se refere parte terica (tipos, mtodos e tcnicas de pesquisa), certamente o Guia no esclarecer todas as dvidas relacionadas ao desenvolvimento de uma pesquisa cientfica. Portanto, importante que o aluno aprofunde o seu conhecimento atravs de consultas s obras de outros autores. Uma boa dica consultar as obras relacionadas nas referncias bibliogrficas deste guia.

    Crticas e sugestes para melhoria deste guia podem ser encaminhadas aos coordenadores de curso.

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    1 IMPORTNCIA DA LEITURA

    Segundo Bastos e Keller (1998, p. 38), A leitura um processo que envolve algumas habilidades, entre as quais a interpretao do texto e a sua compreenso. Na medida em que o reconhecimento das palavras impressas se processa, passa-se fase de interpretao do pensamento do autor, para em seguida, compreend-lo. Isso nos leva reteno das idias do autor, nos capacitando a reproduzi-las de modo pessoal, confirmando assim a sua compreenso.

    Vale ressaltar que a leitura no significa o simples ato de passar a vista pelas letras impressas. A boa leitura depende do nmero de fixaes por linha. So essas fixaes que aumentam a velocidade da leitura. Portanto, ler silaba por silaba ou palavra por palavra no significa que voc est lendo de forma eficaz. Talvez, esteja apenas tornando a leitura mais lenta permanecendo o significado truncado. A leitura mais eficiente e mais eficaz conseqncia do aprendizado de ler pelo significado, que obtido atravs da associao de conjuntos de palavras.

    A leitura pode ser realizada de forma recreativa, crtica e assimilativa.

    A leitura recreativa tem como objetivo trazer satisfao inteligncia. A leitura crtica por sua vez permite a confrontao de idias entre o leitor e o autor, enquanto que, a leitura assimilativa parte do pressuposto de que o autor a autoridade no assunto, permitindo ao leitor o aprendizado do contedo.

    A leitura, antes de ser uma obrigao, deveria ser um hbito, pois constitui um dever e um direito de aprender, progredir, desenvolver e inteirar-se do mundo cultural que nos cerca. Quem l, torna-se mais apto para enfrentar os problemas e situaes que a vida social, profissional, poltica, cultural apresenta (BASTOS e KELLER, 1998, p. 40).

    Voc um bom leitor?

    Atravs da comparao feita por Salomon (1977, p. 45-48), podemos fazer uma anlise crtica de ns mesmos, como leitores.

    BOM LEITOR O bom leitor l rapidamente e entende bem o que

    l. Tem habilidade e hbitos como:

    MAU LEITOR O Mau leitor l vagarosamente e entende mal o

    que l. Tem hbitos como:

    1. L com objetivo determinado. Ex.: aprender certo assunto repassar detalhes responder a questes.

    1. L sem finalidade. Raramente sabe por que l.

    2. L unidades de pensamento. Abarca, num relance, o sentido de um grupo de palavras. Relata rapidamente as idias encontradas numa frase ou num pargrafo.

    2. L palavra por palavra. Pega o sentido da palavra isoladamente. Esfora-se para ajuntar os termos para poder entender a frase. Freqentemente tem de reler as palavras.

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    3. Tem vrios padres de velocidade. Ajusta a velocidade da leitura com o assunto que l. Se l uma novela, rpido. Se livro cientfico para guardar detalhes l mais devagar para entender bem.

    3. S tem um ritmo de leitura.

    Seja qual for o assunto, l sempre vagarosamente.

    4. Avalia o que l. Pergunta-se freqentemente: Que sentido tem isso para mim? Est o autor qualificado para escrever sobre o assunto? Est ele apresentando apenas um ponto de vista do problema? Qual a idia principal deste trecho? Quais seus fundamentos?

    4. Acredita em tudo que l. Para ele tudo que impresso verdadeiro. Raramente confronta o que l com suas prprias experincias ou com outras fontes. Nunca julga criticamente o escritor ou seu ponto de vista.

    5. Possui bom vocabulrio. Sabe o que muitas palavras significam. capaz de perceber o sentido das palavras novas pelo contexto. Sabe usar dicionrios e o faz freqentemente para esclarecer o sentido de certos termos, no momento oportuno.

    5. Possui vocabulrio limitado. Sabe o sentido de poucas palavras. Nunca rel uma frase para pegar o sentido de uma palavra difcil ou nova. Raramente consulta o dicionrio. Quando o faz, atrapalha-se em achar a palavra. Tem dificuldade em entender a definio das palavras e em escolher o sentindo exato.

    6. Tem habilidades para conhecer o valor do livro. Sabe que a primeira coisa a fazer quando se toma um livro indagar de que se trata, atravs do ttulo, subttulos encontrados na pgina de rosto e no apenas na capa. Em seguida l os ttulos do autor. Edio do livro. ndice. Orelha do livro. Prefcio. Bibliografia citada. S depois que se v em condies de decidir pela convenincia ou no da leitura. Sabe selecionar o que l. Sabe quando consultar e quando ler.

    6. No possui nenhum critrio tcnico para conhecer o valor do livro. Nunca ou raramente l a pgina de rosto do livro, o ndice, o prefcio, a biblioteca etc., antes de iniciar a leitura. Comea a ler a partir do primeiro captulo. comum at ignorar o autor, mesmo depois de terminar a leitura. Jamais seria capaz de decidir entre leitura e simples consulta. No consegue selecionar o que vai ler. Deixa-se sugestionar pelo aspecto material do livro.

    7. Sabe quando deve ler um livro at o fim, quando interromper a leitura definitivamente ou periodicamente. Sabe quando e como retomar a leitura, sem perda de tempo e sem perder a continuidade.

    7. No sabe decidir se conveniente ou no interromper uma leitura.

    8. Discute freqentemente o que l com colegas. Sabe distinguir entre impresses subjetivas e valor objetivo durante as discusses.

    8. Raramente discute com colegas o que l. Quando o faz, deixa-se levar por impresses subjetivas e emocionais para defender um ponto de vista. Seus argumentos, geralmente, derivam da autoridade do autor, da moda, dos lugares comuns, das tiradas eloqentes, dos preconceitos.

    9. Adquire livros com freqncia e cuida de ter sua biblioteca particular. Quando estudante procura os livros de textos indispensveis e se esfora em possuir os chamados clssicos e fundamentais. Tem interesse em fazer assinaturas de peridicos cientficos. Formado, continua alimentando sua biblioteca e restringe a aquisio dos chamados compndios. Tem o hbito de ir direto s fontes; de ir alm dos livros de texto.

    9. No possui biblioteca particular. s vezes capaz de adquirir metros de livros para decorar a casa. freqentemente levado a adquirir livros secundrios em vez dos fundamentais. Quando estudante, s l e adquire compndios de aula. Formado, no sabe o que representa o hbito das boas aquisies de livro.

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    10. L assuntos vrios. L livros, revistas, jornais. Em reas diversas: fico, cincia, histria, etc. Habitualmente nas reas de seu interesse ou especializao.

    10. Est condicionado a ler sempre a mesma espcie de assunto.

    11. L muito e gosta de ler.

    Acha que ler traz informaes e causa prazer. L sempre que pode.

    11. L pouco e no gosta de ler.

    Acha que ler ao mesmo tempo um trabalho e um sofrimento.

    12. O BOM LEITOR aquele que no s bom na hora de leitura. bom leitor porque desenvolve uma atitude de vida: constantemente bom leitor. No s l, mas sabe ler.

    12. O MAU LEITOR no se revela apenas no ato da leitura, seja silenciosa ou oral. constantemente mau leitor, porque se trata de uma atitude de resistncia ao hbito de saber ler.

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    2 PESQUISA CIENTFICA

    2.1 CONCEITOS

    O que pesquisa?

    Segundo Silva e Menezes (2001, p. 19), Pesquisar, significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagaes propostas.

    Minayo (1993, p. 23), considera a pesquisa como

    atividade bsica das cincias na sua indagao e descoberta da realidade. uma atitude e uma prtica terica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. uma atividade de aproximao sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinao particular entre teoria e dados.

    Para Ruiz (1991, p. 48), a Pesquisa cientfica a realizao concreta de uma investigao planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela cincia.

    Para Gil (apud SILVA e MENEZES, 2001, p. 19), a pesquisa tem um carter pragmtico, um processo formal e sistemtico de desenvolvimento do mtodo cientfico. O objetivo fundamental da pesquisa descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos cientficos.

    Do ponto de vista de Cervo e Bervian (apud ANDRADE, 2001, p. 16), A pesquisa uma atividade voltada para a soluo de problemas, atravs do emprego de processos cientficos.

    Outros conceitos poderiam ser apresentados, porm, apenas alguns detalhes seriam acrescentados, mantendo-se a idia de que a pesquisa cientfica um conjunto de procedimentos sistemticos, baseados no raciocnio lgico, que tem por objetivo encontrar solues para os problemas propostos mediante o emprego de mtodos cientficos. (ANDRADE, 2001, p. 16). Diante de um problema, realiza-se a pesquisa com o objetivo procurar informaes que levem soluo do mesmo.

    2.2 FINALIDADES

    Segundo Andrade (2001, p. 17), no que se refere finalidade, a pesquisa cientfica pode ser classificada em dois grupos:

    Lembre-se: no

    qualquer trabalho que acadmico que pode se

    intitular pesquisa cientfica.

    E voc j pensou que tipo de pesquisa ir

    realizar no seu trabalho de concluso de curso?

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    2.2.1 Pesquisa Pura (bsica)

    Tem por objetivo a satisfao do desejo de adquirir conhecimentos, sem que haja uma aplicao prtica prevista.

    2.2.2 Pesquisa Aplicada

    Os conhecimentos adquiridos so utilizados para aplicao prtica voltados para a soluo de problemas concretos da vida moderna.

    2.3 TIPOS DE PESQUISAS

    A classificao dos tipos de pesquisas segue critrios diversos. Muitos autores classificam-nas em funo da classificao das cincias. De acordo com Andrade (2001, p. 17), este procedimento tem sua lgica, visto que a pesquisa cientfica exige mtodos e tcnicas adequados a cada rea da cincia.

    2.3.1 Classificao

    Segundo Demo (apud ANDRADE, 2001, p. 18), as pesquisas podem ser classificadas como visto a seguir:

    a) Pesquisa terica, dedicada a estudar teorias;

    b) Pesquisa metodolgica, que se ocupa dos modos de se fazer cincia;

    c) Pesquisa emprica, dedicada a codificar a face mensurvel da realidade social;

    d) Pesquisa prtica, ou pesquisa-ao, voltada para intervir na realidade social.

    2.3.2 Classificao quanto natureza, aos objetivos, aos procedimentos e ao objeto.

    a) Pesquisa quanto natureza

    Quanto sua natureza, a pesquisa classificada em trabalho cientfico original e resumo de assunto.

    a.1) Trabalho cientfico original: a pesquisa realizada pela primeira vez e que contribui para a evoluo do conhecimento da cincia.

    a.2) Resumo de assunto: tipo de pesquisa que dispensa a originalidade sem, contudo, abrir mo do rigor cientfico.

    Atente bem para o estudo dos tipos de pesquisa. Comece a se questionar sobre qual tipo

    voc pretende desenvolver no seu trabalho de concluso de

    curso.

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    b) Pesquisa quanto aos objetivos

    b.1) Pesquisa exploratria: configura-se como a fase preliminar. Visa proporcionar maior familiaridade com o problema tornando-o explcito ou construindo hipteses. Geralmente envolve levantamento bibliogrfico ou entrevistas com pessoas conhecedoras do problema a ser tratado. Pode ser realizada atravs de Pesquisa Bibliogrfica e Estudo de Caso.

    b.2) Pesquisa Descritiva: os fatos so observados, registrados, analisados, classificados e interpretados, sem que o pesquisador interfira sobre eles. Envolvem o uso de tcnicas padronizadas de coleta de dados, como questionrio e observao sistemtica.

    b.3) Pesquisa explicativa: tem como objetivo identificar os fatores determinantes para a ocorrncia dos fenmenos. O conhecimento da realidade aprofundado porque explica a razo, o porqu das coisas. Geralmente, quando realizada nas cincias naturais, utiliza-se um mtodo experimental, e nas cincias sociais, utiliza-se um mtodo observacional. Est sujeita aos erros em funo da manipulao das variveis.

    c) Pesquisa quanto aos procedimentos

    Trata-se da maneira pela qual dados so obtidos para a elaborao da pesquisa. Podem ser atravs de pesquisas de campo ou pesquisas de fontes de papel. A pesquisa bibliogrfica e a documental representam a pesquisa de fonte de papel, enquanto que a pesquisa de campo baseia-se na observao e na coleta de dados diretamente no local da ocorrncia dos fatos.

    d) Pesquisa quanto ao objeto

    d.1) Pesquisa bibliogrfica: a pesquisa elaborada a partir de material j publicado (livros, artigos de peridicos etc.)

    d.2) Pesquisa de laboratrio: no sinnimo de pesquisa experimental, embora, a maioria das pesquisas de laboratrio seja experimental.

    d.3) Pesquisa de campo: muito utilizada nas cincias sociais. Todavia, no deve ser confundida com a pesquisa experimental, pois no tem o objetivo de produzir ou reproduzir fenmenos. Ainda assim, vale ressaltar que em certas circunstncias pode ser possvel a realizao de pesquisa de campo experimental.

    e) Pesquisa quanto a forma de abordagem

    e.1) Pesquisa Quantitativa: Traduzem em nmeros opinies e informaes para que possam ser classificadas e analisadas. Considera que tudo pode ser quantificvel. Geralmente se utilizam tcnicas estatsticas como ferramentas para a realizao da pesquisa.

    e.2) Pesquisa Qualitativa: descritiva. As informaes obtidas no podem ser quantificveis. Os dados obtidos so analisados indutivamente. A interpretao dos fenmenos e a atribuio de significados so bsicas no processo de pesquisa qualitativa.

    Mesmo que voc ainda no tenha delineado sua monografia, procure fazer uma pesquisa bibliogrfica

    sobre os assuntos que pretende desenvolver no

    seu trabalho de concluso de curso.

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    Vale ressaltar que uma pesquisa pode estar ao mesmo tempo, enquadrada em vrias classificaes. Portanto, elas no se apresentam de forma isolada. Todavia, quando enquadrada em mais de uma classificao, deve obedecer aos requisitos inerentes a cada tipo.

    Para que voc realize uma pesquisa com rigor cientfico, um tema deve ser escolhido, um problema definido para que possa ser investigado. Voc deve elaborar um plano de trabalho e, aps cumprir as etapas para a realizao da pesquisa, deve escrever um relatrio final, devendo este ser apresentado de forma planejada, ordenada, lgica e conclusiva.

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    3 MTODOS E TCNICAS DE PESQUISA

    Segundo Gil (1999, p. 26), para a realizao de uma investigao cientfica deve-se levar em conta um conjunto de procedimentos intelectuais e tcnicos, que permitem que os objetivos sejam alcanados. Esse conjunto de procedimentos intelectuais e tcnicos chamado de mtodo cientfico.

    Para Andrade (2001, p. 21), pode-se fazer confuso entre mtodo e tcnica de pesquisa. Portanto, para dirimir quaisquer dvidas apresentaremos a seguir alguns conceitos.

    Kaplan (apud ANDRADE, 2001, p. 21), esclarece que Mtodos so tcnicas suficientemente gerais para se tornarem comuns a todas as cincias ou a uma significativa parte delas. Logo, pode-se deduzir que mtodo um procedimento mais amplo, mais abrangente, enquanto tcnica mais especfico.

    Para Marconi e Lakatos (1990, p. 57), Tcnica um conjunto de preceitos ou processos de que se serve uma cincia ou arte; a habilidade para usar esses preceitos ou normas, a parte prtica. Toda cincia utiliza inmeras tcnicas na obteno de seus propsitos. Pode-se observar, portanto, que para esses autores, a tcnica identifica-se com a etapa prtica da pesquisa.

    Cervo e Bervian (1983, p. 23) definem mtodo da seguinte forma:

    Em seu sentido mais geral, o mtodo a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessrios para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas cincias, entende-se por mtodo o conjunto de processos que o esprito humano deve empregar na investigao e demonstrao da verdade.

    J Ruiz (1991, p. 138), expressa a diferena entre mtodo e tcnica nos seguintes termos:

    A rigor, reserva-se a palavra mtodo para significar o traado das etapas fundamentais da pesquisa, enquanto tcnica significa os diversos procedimentos ou a utilizao de diversos recursos peculiares a cada objeto de pesquisa, dentro das diversas etapas do mtodo.

    Portanto, Andrade (2001, p. 22), conclui que

    mtodo um conjunto de processos, ou de procedimentos gerais, baseados em princpios lgicos e racionais, que permite o seu emprego em vrias cincias. Tcnicas so conjuntos de normas usadas especificadamente em cada rea do conhecimento.

    3.1 MTODOS CIENTFICOS

    Para efeitos didticos, os mtodos so divididos em mtodos de abordagem e mtodos de procedimentos.

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    3.1.1 Mtodos de abordagem

    So constitudos de procedimentos gerais, que orientam o desenvolvimento das etapas de uma pesquisa, podendo ser utilizada em vrias cincias.

    Classificam-se em:

    a) Dedutivo

    Segundo Andrade (2001, p. 25),

    a deduo o caminho das conseqncias, pois uma cadeia de raciocnios em conexo descendente, ou seja, do geral para o particular, leva concluso. Segundo esse mtodo, partindo-se de teorias e leis gerais, pode-se chegar determinao ou previso de fenmenos ou fatos particulares. O percurso do raciocnio faz-se da causa para o efeito.

    O mtodo pressupe que s a razo capaz de levar ao conhecimento verdadeiro.

    Veja um exemplo de raciocnio dedutivo:

    Todo homem mortal (premissa maior, universal, geral) Arnaldo homem (premissa menor, particular) Logo, Arnaldo mortal (concluso)

    b) Indutivo

    Segundo Andrade (2001, p. 25), A induo percorre o caminho inverso ao da deduo, isto , a cadeia de raciocnios estabelece a conexo ascendente, ou seja, do particular para o geral. Observa-se assim, que as constataes particulares (premissas menores) que levam s leis gerais, ou seja, o caminho do raciocnio feito do efeito para a causa.

    Exemplo de raciocnio indutivo:

    Andria mortal (particular) Nicolau mortal (particular) Carolina mortal (particular) ...

    Jlio mortal (particular)

    Andria, Nicolau, Carolina... e Jlio so seres humanos. Logo, os seres humanos so mortais.

    c) Hipottico-Dedutivo

    Segundo Gil (1999, p. 30),

    quando os conhecimentos disponveis sobre determinado assunto so insuficientes para a explicao de um fenmeno, surge o problema. Para tentar explicar a dificuldades expressas no problema, so formuladas conjecturas ou hipteses. Das hipteses formuladas, deduzem-se conseqncias que devero ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as conseqncias deduzidas das hipteses.

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    Enquanto no mtodo dedutivo se procura a todo custo confirmar a hiptese, no mtodo hipottico-dedutivo, ao contrrio, procuram-se evidncias empricas para derrub-la.

    Tambm no fcil estabelecer a distino entre o mtodo hipottico-dedutivo e o indutivo, visto que os dois se fundamentam na observao. Sendo que o mtodo hipottico dedutivo no se limita generalizao das observaes realizadas. Atravs dele, pode-se chegar elaborao de teorias e leis.

    d) Dialtico

    Segundo Andrade (2001, p. 27), o mtodo dialtico no envolve apenas questes ideolgicas, geradoras de polmicas. um mtodo da busca da realidade pelo estudo de sua ao recproca, da contradio inerente ao fenmeno e da mudana dialtica que ocorre na natureza e na sociedade. Portanto, os fatos no podem ser considerados fora de um contexto social, poltico, econmico, etc.

    Para Gil (1987, p. 32), alguns princpios so comuns a toda abordagem dialtica:

    Princpio da unidade e luta de contrrios.

    Todos os objetos e fenmenos apresentam aspectos contraditrios, que so organicamente unidos e constituem a indissolvel unidade dos opostos. Os opostos no se apresentam lado a lado, mas num estado constante de luta entre si. A luta dos opostos constitui a fonte do desenvolvimento da realidade (AFANASYEV, 1963, p. 97).

    Princpio da transformao das mudanas quantitativas em qualitativas.

    Quantidade e qualidade so caractersticas imanentes a todos os objetivos e fenmenos, e esto inter-relacionados. No processo de desenvolvimento, as mudanas quantitativas graduais geram mudanas qualitativas, e esta transformao se opera por saltos (AFANASYEV, 1963, p. 163).

    Princpio da negao da negao.

    O desenvolvimento processa-se em espiral, isto , suas fases repetem-se, mas em nvel superior.

    Portanto, Andrade (2001, p. 27), conclui que o mtodo dialtico ope-se a todo conhecimento rgido: tudo visto em mudana constante, pois sempre h algo que surge e se desenvolve e algo que se desagrega e se transforma.

    3.1.2 Mtodos de procedimentos

    Diferentemente dos mtodos de abordagem, os mtodos de procedimentos tm carter especfico e relacionam-se, no s com o plano geral do trabalho, mas com suas etapas (ANDRADE, 2001, p. 27). Todavia, no so exclusivos entre si e devem ser adequados a cada rea de pesquisa.

    A seguir, apresentamos alguns mtodos de procedimentos utilizados em pesquisas:

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    a) Histrico

    Consiste no estudo dos acontecimentos, processos e instituies do passado, com o objetivo de verificar a sua influncia na sociedade atual. Se as atuais formas de vida social, as organizaes, costumes e tradies tm origem no passado, ento, importante pesquisar suas razes, para que se possa compreender melhor a sua natureza e funo.

    b) Comparativo

    Realiza comparaes com o objetivo de verificar semelhanas e explicar divergncias. Pode ser usada para fazer comparaes entre sociedades de iguais ou de diferentes etapas de desenvolvimento.

    c) Monogrfico (estudo de caso)

    Resume-se na observao de determinados grupos, profisses, condies, organizaes ou sociedades com o objetivo de obter generalizaes (ANDRADE, 2001, p. 28).

    d) Estatstico

    fundamentado na utilizao da teoria estatstica das probabilidades. Portanto, as concluses obtidas apresentam grande probabilidade de se constiturem em verdades ou acertos, admitindo-se, contudo, que pode haver certa margem de erro.

    Segundo Andrade (2001, p. 28), A manipulao estatstica permite comprovar as relaes dos fenmenos entre si, e obter generalizaes sobre sua natureza, ocorrncia ou significado. Pode-se pesquisar, por exemplo, a correlao existente entre o nvel de escolaridade e o nmero de filhos.

    e) Estruturalista

    Esse mtodo vai do concreto para o abstrato e vice-versa, dispondo na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenmenos (ANDRADE, 2001, p. 28). Exemplo: pode-se averiguar a funo dos usos e costumes, no sentido de assegurar a identidade cultural do grupo.

    3.2 UMA ABORDAGEM SOBRE TCNICAS

    Relembrando, Tcnicas so conjuntos de normas usadas especificadamente em cada rea das cincias. Esto relacionadas s atividades de coleta de dados, que a parte prtica da pesquisa. Portanto, pode-se afirmar que tcnica a instrumentao especfica da coleta de dados (ANDRADE, 2001, p. 29).

    A classificao das tcnicas de pesquisa agrupada em dois tipos:

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    3.2.1 Documentao indireta

    Nos procedimentos da documentao indireta esto includas a pesquisa bibliogrfica e a pesquisa documental. A diferena entre elas reside apenas no tipo de documentos consultados.

    Para realizar uma pesquisa documental pode-se utilizar como fonte de coleta de dados tanto s bibliotecas pblicas quanto os acervos particulares, alm de cartrios, museus, documentrios em udio ou vdeo, etc.

    3.2.2 Documentao direta

    Abrange: observao direta intensiva e observao direta extensiva. A primeira compreende as tcnicas de observao propriamente ditas e as entrevistas. A segunda, tcnicas de pesquisa mais utilizadas nas pesquisas de campo (ANDRADE, 2001, p. 33).

    a) Observao direta intensiva: existem vrias modalidades.

    a.1) sistemtica quando for planejada ou estruturada;

    a.2) assistemtica no estruturada;

    a.3) participante o pesquisador participa dos fatos observados;

    a.4) no participante o pesquisador apenas observa os fatos;

    a.5) individual realizada por um pesquisador apenas;

    a.6) em equipe quando desenvolvida em equipe;

    a.7) na vida real quando os fatos so observados diretamente no local em que ocorrem (em campo);

    a.8) em laboratrio quando os fatos so observados em laboratrio. Entende-se por laboratrio, o local que o pesquisador utiliza para tentar reproduzir o ambiente natural do fato estudado.

    a.9) entrevista uma tcnica de observao direta intensiva muito utilizada nas pesquisas das cincias sociais. Apresenta algumas vantagens, visto que, o pesquisador pode entrevistar pessoas de todos os segmentos sociais, esclarecendo a pergunta ou reformulando para que possa ser entendida pelo entrevistado. Geralmente, os dados obtidos esto muito prximos da realidade e podem receber um tratamento estatstico, desde que tenha sido bem planejada, bem executada e bem planejada.

    Atravs da entrevista se pode apurar fatos ou fenmenos, coletar opinies sobre fatos ou fenmenos, descobrir os fatores que influenciam ou que determinam opinies, sentimentos, condutas, etc.

  • 18

    Para realizar uma entrevista com eficincia e eficcia o entrevistador deve observar alguns detalhes que so de extrema importncia:

    - ser comunicativo e saber se adaptar ao nvel de linguagem do entrevistado;

    - ser educado, preparado culturalmente para perguntar, inclusive sobre assuntos que no domine;

    - inspirar confiana no entrevistado, devendo para tanto atentar para sua apresentao pessoal;

    - ser observador para obter o mximo proveito da entrevista;

    - ser imparcial, no manifestar tendncias a respostas para no influenciar o entrevistado.

    - ser honesto e acima de tudo tico no desenvolvimento do trabalho.

    b) Observao direta extensiva: constitui-se de tcnicas que geralmente so empregadas na coleta de dados nas pesquisas de campo.

    Podem ser utilizados:

    b.1) Formulrio contm uma srie de perguntas que so formuladas e anotadas pelo pesquisador.

    b.2) Questionrio trata-se de um conjunto de perguntas que devem ser respondidas pelo informante, de preferncia sem a presena do pesquisador.

    b.3) Testes um instrumento de pesquisa cujo objetivo obter informaes que possam ser transformadas em dados quantitativos.

    b.4) Histria de vida tem por objetivo obter dados da experincia particular e ntima do respondente, que sejam relevantes para o esclarecimento do assunto em estudo.

    No esquea! A entrevista deve ter um objetivo. A entrevista deve ser planejada.

  • 19

    4 ETAPAS DA PESQUISA CIENTFICA

    Segundo Andrade (2001, p. 38):

    O desenvolvimento de uma pesquisa exige o emprego de um conjunto de normas e procedimentos racionais, sistematizados, que devem ser minuciosamente planejados. O planejamento deve ser feito por etapas. Em cada etapa devem ser previstos os mtodos e as tcnicas, os procedimentos e outras circunstncias relacionadas com a execuo das atividades planejadas.

    Vrios autores concordam que a pesquisa um processo sistematizado. Todavia, cada um apresenta as etapas de uma pesquisa com pequenas diferenas. H quase totalidade de semelhanas do que diferenas, de forma que no apresentaremos aqui a sistematizao adotada por cada autor.

    Analisando-se as obras existentes sobre a Metodologia do Trabalho Cientfico, pode-se notar grandes semelhanas em que as diferenas to somente chegam ao jogo de palavras. Portanto, adotaremos para efeitos didticos as etapas apresentadas a seguir:

    1) escolha do tema; 2) reviso de literatura; 3) justificativa; 4) formulao do problema; 5) formulao de hipteses; 6) determinao de objetivos; 7) metodologia; 8) coleta de dados; 9) tabulao dos dados; 10) anlise e discusso dos resultados; 11) concluso da anlise dos resultados; 12) redao e apresentao do trabalho cientfico.

    4.1 ETAPAS DE UMA PESQUISA CIENTFICA

    4.1.1 Escolha do Tema

    De acordo com Silva e Menezes (2001, p. 30), o tema um aspecto ou uma rea de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. De acordo com essas autoras, a escolha de um tema reside na escolha de uma parcela delimitada de um assunto, em que so estabelecidos limites ou restries para que a pesquisa seja desenvolvida.

    A escolha de um tema para pesquisa, em um curso de graduao ou ps-graduao est relacionada linha de pesquisa inerente ao curso ou linha de seu orientador.

    Importante que o assunto seja interessante para o pesquisador, capaz de fornecer experincias de valor significativo.

    O tema deve ser desenvolvido a partir de uma fundamentao terica profunda, sendo adequada qualificao intelectual do pesquisador.

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    4.1.2 Reviso de Literatura

    Antes de iniciar a pesquisa, aconselhvel realizar uma busca para se certificar da existncia de estudos sobre o tema proposto. Portanto, a reviso de literatura deve ser feita com o objetivo de evitar duplicao de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Atravs dela, pode-se verificar quem j pesquisou e o que foi publicado sobre o tema.

    De acordo com Medeiros (2005, p. 51) a pesquisa bibliogrfica possibilita o levantamento de livros e revistas de relevante interesse para a pesquisa que ser realizada. Segundo o autor, seu objetivo colocar o autor da nova pesquisa diante de informaes sobre o assunto de seu interesse.

    Medeiros (2005, p. 51) acrescenta ainda que [...] a leitura proporciona a ampliao e integrao de conhecimentos, enriquece o vocabulrio e melhora a comunicao.

    O autor de um trabalho cientfico deve estar consciente de que a qualidade tcnica do texto decorrente de uma vasta consulta bibliogrfica. preciso ser um freqentador assduo de bibliotecas, para a identificao e exaustiva consulta de obras (livros, revistas, artigos cientficos, etc.) que constituam a sustentao das idias que se pretende expor. Somente assim, o autor estar se preparando para se posicionar criticamente diante da realidade.

    4.1.3 Justificativa

    Nesse momento, o pesquisador ir refletir sobre o porqu da realizao da pesquisa. Deve-se analisar se o tema relevante e explicar por qu? Apresentar as vantagens e benefcios que voc pressupe que sua pesquisa ir proporcionar.

    Tambm necessrio que o pesquisador delimite o tema. A elaborao da justificativa realizada atravs da construo de argumentos bem estruturados, objetivos e simples. Pode-se recorrer a fontes bibliogrficas, apresentando dados, fatos e informaes, de acordo com sua delimitao.

    A justificativa deve ser elaborada de maneira convincente de modo que quem ler a monografia, fique convencido da relevncia e importncia do tema proposto.

    4.1.4 Formulao do Problema

    Deve-se realizar nessa etapa uma profunda reflexo no sentido de esclarecer se o problema realmente um problema e se vale a pena tentar encontrar uma resposta ou uma soluo para ele. Segundo Andrade (2001, p. 40), O problema uma questo que envolve dificuldades tericas ou prticas, para as quais se buscam solues.

    Nessa etapa, o problema definido, de maneira mais especfica, procurando relacion-lo ao direcionamento da pesquisa. Deve-se ficar atento para evitar que o problema apresentado se torne geral e abrangente a ponto de no ser pesquisado. Por isso que importante definir claramente o problema, bem como delimit-lo em termos de tempo e de

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    espao, explicitando com clareza o que ser objeto de investigao e o que no ser focalizado e por qu?

    Segundo Andrade (2001, p. 40-41), O problema ser preciso medida que provoca uma resposta precisa. Problemas formulados de maneira vaga, imprecisa ou ambgua no levaro a respostas precisas, pertinentes, adequadas.

    Segundo Vergara (2006, p. 23) o problema de pesquisa deve ser formulado de acordo com as seguintes regras:

    a. Verificar, antes de tudo, se o que se pensou , realmente, um problema cientfico. difcil imaginar, por exemplo, soluo cientfica para o seguinte problema: Como fazer para que Caim se arrependa de ter matado Abel? Se soluo cientfica impossvel, claro est que o problema no cientfico.

    b. Como nos ensinou Kerlinger (1980), o problema deve ser formulado sob a forma de pergunta. Logo se perceber como esse recurso vai clarificar para o autor do projeto e , naturalmente, para o leitor o que, de fato, o pesquisador quer saber. s vezes, corre-se o risco de, em um primeiro momento, confundir tema com problema, mas a formulao deste sob a forma de pergunta ajuda a distinguir um do outro [...]. (Grifo nosso).

    c. A pergunta deve ser redigida de forma clara e concisa. Palavras a mais ou a menos podem confundir o pesquisador e o leitor. til que se encontre o equilbrio desejado.

    d. O problema deve ser definido de tal forma que a soluo seja possvel. [...] Contudo, h problemas que merecem ser descartados caso no seja possvel obter os dados de que se necessita, ou caso no se domine a metodologia adequada ao tratamento dos dados e anlise dos resultados. Aps concluir a formulao de um problema, pertinente que voc se pergunte: tenho como encontrar a soluo? Nesse ponto, voc perceber, com nitidez, a relao entre problema a investigar e metodologia de investigao.

    e. O problema deve ser colocado dentro de um tamanho que contribua para a factibilidade da soluo. Dito de outra maneira, preciso selecionar variveis, definir a perspectiva temporal-espacial e outros elementos com os quais se possa lidar, colocando a tarefa, portanto, em propores acessveis.

    4.1.5 Formulao de hipteses

    Aps a formulao do problema de pesquisa, quando for o caso, pode-se propor uma ou mais solues para o problema. Essas proposies so chamadas de hipteses e devem ser testadas para confirmar ou no as suas validades, isto , se solucionam ou no o problema. Se nenhuma hiptese for confirmada como verdadeira, o problema no ter sido resolvido.

    Lembre-se, toda hiptese formulada deve ser testada para que se possa comprovar a sua validade para a soluo do problema.

    Segundo Marconi e Lakatos (2002, p. 28) a funo da hiptese, na pesquisa cientfica, propor explicaes para certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca de outras informaes.

    Sugerimos aos alunos que aprofundem o conhecimento sobre este item consultando a literatura disponvel sobre o assunto.

  • 22

    4.1.6 Determinao dos Objetivos

    O objetivo geral e os objetivos especficos referentes ao problema que se pretende resolver, devem ser claramente explicitados.

    O objetivo geral resume o que voc pretende alcanar, qual o propsito da pesquisa, e os objetivos especficos explicitaro os detalhes, e sero os desdobramentos do objetivo geral. Portanto, os objetivos especficos sero tratados como questes do estudo que levaro a alcanar o objetivo geral.

    De acordo com Vergara (2006, p. 25) Se o problema uma questo a investigar, objetivo um resultado a alcanar. Portanto, se o objetivo geral foi alcanado, o problema foi respondido.

    Os enunciados dos objetivos sempre comeam com um verbo no infinitivo e este verbo deve indicar uma ao que possa ser mensurada.

    Verbos correspondentes aos nveis sucessivos do domnio cognitivo

    AVALIAO

    SNTESE Ajuizar

    ANLISE Armar Apreciar

    APLICAO Analisar Articular Avaliar

    COMPREENSO Aplicar Calcular Compor Eliminar CONHECIMENTO Descrever Demonstrar Classificar Constituir Escolher

    Apontar Discutir Dramatizar Comparar Coordenar Estimar Arrolar Esclarecer Empregar Contrastar Criar Julgar Definir Examinar Ilustrar Criticar Dirigir Ordenar

    Enunciar Explicar Interpretar Debater Reunir Preferir Inscrever Expressar Inventariar Diferenciar Formular Selecionar

    Marcar Identificar Manipular Distinguir Organizar Taxar Recordar Localizar Praticar Examinar Planejar Validar Registrar Narrar Traar Provar Prestar Valorizar

    Relatar Reafirmar Usar Investigar Propor Repetir Traduzir Experimentar Esquematizar

    Sublinhar Transcrever Nomear

    Fonte: Adaptado de JONHSON & JONHSON, S. R. in Simonetti e Moraes (2003, p. 77).

    4.1.7 Metodologia

    Ao se anunciar qual o tema a ser pesquisado, deve-se esclarecer tambm como ser pesquisado. Isto , quais os caminhos que sero percorridos para que se possa chegar aos objetivos propostos. Em suma, qual o plano adotado para o desenvolvimento da pesquisa.

    Essa a etapa em que voc descrever qual a metodologia que ser utilizada na realizao da pesquisa. Voc ir definir onde e como ser realizada a pesquisa. Qual o tipo de pesquisa? Qual o universo da pesquisa? Ser utilizada a amostragem? Quais os instrumentos de coleta de dados? Como foram construdos os instrumentos de pesquisa? Qual a forma que ser usada para a tabulao dos dados? Como interpretar e analisar os dados e informaes?

    Deve-se atentar para o seguinte:

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    Universo da Pesquisa o total de indivduos que possuem as mesmas caractersticas definidas para um determinado estudo.

    Amostra parte do universo, selecionada de acordo com uma regra pr-estabelecida, sendo que a amostra pode ser probabilstica e no-probabilstica.

    Os Instrumentos de Pesquisa (ou Instrumentos de Medidas ou Instrumentos de Coleta de Dados) devem ser descritos, informando-se como foram construdos. aconselhvel o uso de bibliografias que orientem e corroborem as escolhas adotadas.

    Os Instrumentos de Pesquisa mais utilizados so:

    Observao: quando voc utiliza os sentidos na obteno de dados e informaes de determinados aspectos da realidade.

    Entrevista: a obteno de informaes de um respondente, sobre determinado assunto ou problema.

    Questionrio: uma srie ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo respondente. Deve ser objetivo, elaborado de modo a no dar margem a interpretaes variadas, evitando-se que seja demasiado longo. Deve ter instrues, esclarecendo o propsito de sua aplicao e a importncia da colaborao do respondente.

    Pode ser elaborado com perguntas abertas (Qual a sua opinio?), fechadas (do tipo marcar sim ou no) e de mltiplas escolhas (fechadas com uma srie de respostas possveis).

    Formulrios: uma coleo de questes e anotadas por um pesquisador numa situao frente a frente com o respondente.

    Lembre-se: as perguntas devem estar relacionadas ao problema da pesquisa e serviro como elementos para que se alcancem os objetivos propostos. Vale ressaltar que, nessa etapa voc definir qual a forma da tabulao e apresentao dos dados, bem como os meios (mtodos estatsticos, manuais ou computacionais) que utilizar para facilitar a interpretao e anlise dos dados.

    4.1.8 Coleta de Dados

    Segundo Marconi e Lakatos (2006, p. 167) a coleta de dados a etapa da pesquisa em que se inicia a aplicao dos instrumentos elaborados e das tcnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.

    Trata-se da etapa em que voc realiza a pesquisa de campo. Refere-se descrio do processo da coleta de dados (como? atravs de que meios? por quem? quando? onde?)

    Nesta etapa, h que ser paciente e persistente, para obter a colaborao de todos os respondentes.

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    Para aprofundar os conhecimentos sobre os procedimentos para a realizao da coleta de dados sugerimos consultar a obra Fundamentos de Metodologia Cientfica de autoria Marina de Andrade Marconi e Eva Maria Lakatos, publicada pela editora Atlas.

    4.1.9 Tabulao e Apresentao dos Dados

    Terminada a coleta de dados, passa-se para a fase de organizao e apresentao dos mesmos. De acordo com Marconi e Lakatos (2006), aps a coleta de dados deve-se realizar a seleo, a codificao e a tabulao.

    As autoras esclarecem que durante a seleo realiza-se o exame minucioso dos dados. De posse do material coletado, o pesquisador deve submet-lo a uma verificao crtica, a fim de detectar falhas ou erros, evitando informaes confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o resultado da pesquisa (2006, p. 168).

    Durante a codificao os dados so transformados em smbolos, podendo ser tabelados e contados. Marconi e Lakatos (2006) destacam que os dados devem ser classificados, agrupando-os em categorias. Para elas, [...] codificar quer dizer transformar o que qualitativo em quantitativo, para facilitar no s a tabulao dos dados, mas tambm sua comunicao.

    Na tabulao os dados so dispostos em tabelas, possibilitando maior facilidade na verificao das inter-relaes entre eles. Assim, podero ser mais bem compreendidos e interpretados mais rapidamente (MARCONI e LAKATOS (2006).

    Podem-se utilizar nesta etapa, tanto recursos manuais quanto computacionais para organizar os dados obtidos aps a aplicao dos instrumentos de pesquisa.

    O ideal utilizar os recursos computacionais para dar suporte elaborao dos resultados (ndices, clculos estatsticos, tabelas, quadros e grficos).

    4.1.10 Anlise e Discusso dos Resultados

    Nesta etapa, deve-se explicitar o tratamento e a forma pelos quais os dados coletados sero analisados. Essas anlises devem ser realizadas no sentido de atender aos objetivos da pesquisa e para que se possa comparar e confrontar dados e provas com intuito de confirmar ou refutar os pressupostos da pesquisa.

    Essas anlises devem ser feitas de acordo com o referencial terico adotado na pesquisa, caso este tenha sido definido anteriormente. Quando os dados so irrelevantes, inconclusivos, insuficientes, no se pode nem confirmar nem refutar a hiptese, e tal fato deve ser apontado agora no apenas sob o ngulo da anlise estatstica, mas tambm correlacionado com a hiptese enunciada. Portanto, deve-se assinalar a comprovao ou a refutao da hiptese, ou ainda, a impossibilidade de realiz-la, alm de especificar a maneira pela qual foi feita a validao das hipteses no que concerne aos dados.

  • 25

    4.1.11 Concluso da Anlise e dos Resultados Obtidos

    Nesta etapa, devem-se sintetizar os resultados obtidos. A concluso dever evidenciar as conquistas alcanadas com o estudo, indicar as limitaes e as reconsideraes, apontar a relao entre os fatos verificados e a teoria, bem como explicitar se os objetivos foram confirmados ou refutados. Deve-se ainda, destacar a contribuio da sua pesquisa para o meio acadmico, empresarial ou para o desenvolvimento da cincia ou tecnologia, quando for o caso. De acordo com Marconi e Lakatos (2006, p. 173) a concluso uma exposio factual sobre o que foi investigado, analisado, interpretado; uma sntese comentada das idias essenciais e dos principais resultados obtidos, explicitados com preciso e clareza.

    4.1.12 Redao e Apresentao do Trabalho Cientfico

    Nesta etapa, voc dever redigir seu relatrio de pesquisa: monografia, dissertao ou tese. No seu caso, o trabalho de concluso curso a ser apresentado deve estar no formato de Monografia.

    Os trabalhos cientficos devem ser elaborados com normas pr-estabelecidas e com os fins a que se destinam. Portanto, a sua monografia deve propiciar aos leitores o resultado completo do estudo, com pormenores suficientes e dispostos de modo a permitir que estes compreendam os dados e determinem para si a validade das concluses.

    Nunca demais lembrar que o texto dever ser escrito de modo que esteja fraseologicamente claro, terminologicamente preciso e estilisticamente agradvel.

    O captulo 7 deste guia apresenta as normas para a estruturao e apresentao grfica da monografia.

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    5 INFORMAES COMPLEMENTARES

    5.1 CRONOGRAMA

    O cronograma pode ser entendido como uma programao ao longo do tempo. Nele so mostrados os resultados esperados ao longo do tempo e quando forem indicados, os dispndios financeiros, as atividades a serem realizadas etc.

    um planejamento flexvel, isto , pode ser replanejado de acordo com a avaliao do projeto. O cronograma pode servir com um instrumento de controle, observando-se se as etapas esto sendo realizadas e se esto sendo concludas dentro do prazo estabelecido.

    Um bom cronograma apresenta o planejamento de quanto gastar, o que ser realizado, como ser realizado e quais os resultados ou produtos esperados ao longo do tempo.

    Modelo Simplificado de Cronograma Programtico

    Etapas/Atividades 1 Ms 2 Ms 3 Ms 4 Ms Escolha do Tema e Reviso de

    Literatura X Justificativa e Formulao do

    Problema X Determinao de Objetivos e

    Metodologia X

    Elaborao do Referencial Terico X X Coleta e Tabulao dos Dados X

    Anlise e Discusso dos Resultados X Concluso da Anlise dos Resultados X Elaborao preliminar do Relatrio X

    Relatrio Final (Monografia) X

    5.2 CITAES

    Citao a meno, no texto, de uma informao extrada de outra fonte.

    Usam-se as citaes no corpo do trabalho com o objetivo de exemplificar, esclarecer, confirmar ou documentar a interpretao de idias contidas no texto. Tambm podem aparecer em notas de rodap.

    Infelizmente, por desconhecimento ou por descaso, comum observar em trabalhos elaborados por acadmicos, o uso de idias de autores, muitas vezes o uso literal (tal como foi escrito pelo autor), sem que seja citada a fonte. Ora, se o pensamento, a idia, o escrito no nosso, nada mais justo que citar a fonte, a origem dos mesmos. Portanto, nunca transcreva textos de outrem para o seu trabalho sem citar a fonte. Nunca reproduza a idia de um

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    autor sem citar a fonte. Caso isso ocorra, voc estar cometendo uma falta grave escrevendo um texto de outra pessoa como se fosse seu.

    Trabalho de pesquisa bibliogrfica, no se resume simplesmente em copiar ou em digitar o que est escrito em uma publicao. A citao no substitui a redao do trabalho. Essa atitude de copiar o trabalho de outrem sem citar a fonte, constitui o que chamamos de plgio.

    Portanto, deve-se usar a citao para enriquecer o seu trabalho. Isso significa transcrever para ele, a opinio de um autor, ou de uma autoridade no assunto pesquisado.

    5.2.1 Citao - Apresentao

    Antes ou aps a citao, deve-se indicar o sobrenome do autor, o nome da instituio responsvel ou ttulo includo na sentena, em letras maisculas e minsculas, caso o estejam no corpo do texto, seguido de um parntese com a indicao do ano da publicao da obra. Nas citaes diretas deve-se indicar a(s) pgina(s) aps o ano de publicao, conforme exemplo a seguir.

    Exemplo:

    Segundo Furast (2002, p. 48) H duas formas de se fazer uma citao: a citao indireta ou livre (tambm chamada de parfrase) e a citao direta ou textual. Pode ocorrer, ainda, a citao de citao (grifo do autor).

    Porm, se o sobrenome do autor, da instituio responsvel ou do ttulo includo na sentena for indicado entre parnteses, deve-se escrev-lo com letras maisculas, juntamente com o ano da publicao da obra. Em relao indicao das pginas, observar o enunciado no pargrafo anterior.

    Exemplo:

    H duas formas de se fazer uma citao: a citao indireta ou livre (tambm chamada de parfrase) e a citao direta ou textual. Pode ocorrer, ainda, a citao de citao (FURAST, 2002, p. 48, grifo do autor).

    Conforme pode ser observado nos dois exemplos acima, para enfatizar trechos de uma citao, deve-se destac-los indicando esta alterao com a expresso grifo nosso entre parnteses, aps a chamada da citao, ou grifo do autor, quando no texto original as palavras ou expresses j estiverem destacadas.

    5.2.2 Citao Direta ou Textual (transcrio)

    a transcrio exata, a reproduo fiel (ipsis litteris) do original. O texto escrito com as prprias palavras do autor citado. Isto significa que eventuais erros de ortografia ou concordncia devem ser respeitados. Porm, quando voc constatar que o erro pode ser considerado absurdo, o mximo que pode ser feito anotar diante dele, a expresso latina sic entre parntesis, que quer dizer mais ou menos: est assim mesmo, no original.

  • 28

    Exemplo:

    A reunio de trinta anos com meus colegas da USP foi ainda mais surpreendente. O mais engajado na poca, o que mais pregava a luta de classes, hoje diretor de banco. Seu colega socialista, e menos radical, o dono de banco. A maioria se desculpou dizendo: Cansei de ajudar os outros (sic), estou ficando velho, preciso me preocupar comigo mesmo. (KANITZ, 2001)

    A citao direta pode ser breve ou longa.

    Breve a citao direta que no ultrapassa trs linhas. Nesse caso, a citao integrada ao texto e o tamanho da fonte (letra) permanece igual ao do corpo do texto e deve ficar entre aspas duplas. Se houver aspas no texto da citao, elas devem ser simplificadas. Observe o exemplo anterior.

    Exemplo de Citao Direta (breve)

    Segundo Ouchi (1986, p. 41) Toda escola americana de administrao ensina a seus alunos a apanhar as metas empresariais globais e mal definidas e reduzi-las a alvos de desempenho mensurvel.

    J a citao direta Longa ultrapassa as trs linhas. Nesse caso, deve receber um destaque especial, com um recuo de 4 cm, da margem esquerda, para todas as linhas, utilizando-se um tamanho de fonte (letra) menor (fonte 10) do que a usada no corpo do texto. Em funo desse destaque dispensa-se o uso das aspas. Na citao longa o espao entre linhas deve ser simples. Porm, a citao longa deve ser separada do texto que a precede e a sucede por dois espaos simples.

    Exemplo de Citao Direta (longa)

    Fazendo uma abordagem sobre o sistema de emprego vitalcio na economia japonesa, Ouchi (1986, p. 17-18), esclarece que:

    Emprego para a vida toda significa que uma grande firma ou um rgo do governo faz admisses uma vez ao ano, na primavera, quando os jovens terminam o segundo ciclo, o colgio e a universidade. Uma grande firma, que contrata somente principiantes, admite uma grande quantidade de novos empregados, todos de uma vez, embora, geralmente no tenha trabalho para todos eles imediatamente. As promoes so sempre internas, e uma pessoa com um, cinco ou vinte anos em uma empresa no ser admitida, e nem ao menos considerada por outra empresa. Uma vez contratado, o novo empregado mantido at a aposentadoria compulsria, aos cinqenta e cinco anos. Um empregado no ser demitido por nada alm de uma grande ofensa criminal, e a demisso uma punio severa, pois quem foi demitido no tem esperana de encontrar emprego em uma firma comparvel e, por isso, tem de procurar uma menor, que paga salrios comparativamente menores e oferece pouca proteo, ou ento tem de voltar para sua cidade natal.

    Para se omitir parte da transcrio no incio ou no fim da passagem citada usam-se reticncias sem colchetes.

  • 29

    Nem sempre h a necessidade de se utilizar todo o texto de um pargrafo na citao. Portanto, se houver supresso de trechos dentro do texto citado, deve-se fazer uma indicao com reticncias entre colchetes [...]. Com isso, o leitor entender que parte do texto foi suprimida.

    Exemplo de supresso de trecho do texto citado

    Fazendo uma abordagem sobre o sistema de emprego vitalcio na economia japonesa, Ouchi (1986, p. 17-18), esclarece que:

    Emprego para a vida toda significa que uma grande firma ou um rgo do governo faz admisses uma vez ao ano, na primavera, quando os jovens terminam o segundo ciclo, o colgio e a universidade. [...] As promoes so sempre internas, e uma pessoa com um, cinco ou vinte anos em uma empresa no ser admitida, e nem ao menos considerada por outra empresa. Uma vez contratado, o novo empregado mantido at a aposentadoria compulsria, aos cinqenta e cinco anos. Um empregado no ser demitido por nada alm de uma grande ofensa criminal, e a demisso uma punio severa, pois quem foi demitido no tem esperana de encontrar emprego em uma firma comparvel e, por isso, tem de procurar uma menor, que paga salrios comparativamente menores e oferece pouca proteo, ou ento tem de voltar para sua cidade natal.

    Da mesma forma, caso haja a necessidade de acrescentar uma ou mais palavras ao texto para esclarec-lo, essas palavras devem ser escritas entre colchetes, como no exemplo abaixo:

    Sabe-se que o teatro [o Amazonas] um retrato fiel da pujana da poca da borracha...

    5.2.3 Citao Indireta ou Livre (parfrase)

    o resumo de um trecho de uma determinada publicao. Em outras palavras, quando expressamos o pensamento de outrem, porm utilizando nossas prprias palavras. um texto baseado na obra de um autor consultado.

    Geralmente usada quando o texto muito longo para ser citado literalmente (ipsis litteris).

    Exemplo de Citao Indireta I:

    Segundo Ouchi (1986, p. 41), as escolas americanas de administrao ensinam seus alunos como reduzir a alvos de desempenho mensurvel, as metas globais e mal definidas das organizaes empresariais.

    Exemplo de Citao Indireta II:

    As escolas americanas de administrao ensinam seus alunos como reduzir a alvos de desempenho mensurvel, as metas globais e mal definidas das organizaes empresariais (OUCHI, 1986, p. 41).

  • 30

    s vezes desenvolvemos uma citao indireta em que apresentamos um texto desenvolvido a partir de diversas obras de um mesmo autor. Quando isso ocorre deve-se apresentar o nome do autor seguido dos diferentes anos de publicaes, separados por vrgula, como pode ser visto no exemplo fictcio abaixo:

    Segundo Medeiros (2000, 2001, 2002), escrever um dom que se adquire quando se desenvolve o hbito da leitura.

    Tambm existe a possibilidade de desenvolvermos uma citao indireta a partir de vrios autores diferentes. Quando a idia formada utilizando-se referncias diversas, devem-se escrever os nomes dos autores seguidos dos anos de publicaes, observando-se a ordem alfabtica dos nomes referenciados. Veja o exemplo fictcio abaixo:

    A reviso da literatura fundamental para o desenvolvimento de um bom referencial terico (MEDEIROS, 2004; PAIVA, 2004; TEIXEIRA, 2004).

    5.2.4 Citao de Citao

    a meno de um texto ou idia ao qual o pesquisador no teve acesso, mas que tomou conhecimento por citao em uma outra publicao. Nesse caso, a fonte (o autor) deve ser mencionada pelo sobrenome seguido da palavra latina apud (que significa citado por) e o sobrenome do autor da obra consultada, seguido do ano de publicao.

    Exemplo de Citao de Citao:

    Porter (apud CARVALHO e SOUZA, 1999, p. 74) considera que a vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma empresa consegue criar para seus empregadores e que ultrapassa o custo de fabricao pelas empresas.

    ou

    A vantagem competitiva surge fundamentalmente do valor que uma empresa consegue criar para seus empregadores e que ultrapassa o custo de fabricao pelas empresas. (PORTER apud CARVALHO e SOUZA, 1999, p. 74).

    5.3 SISTEMAS DE CHAMADAS DAS CITAES

    Por questo didtica so apresentados neste guia dois sistemas de chamadas de citaes, todavia, para se fazer a chamada de citao para referncia bibliogrfica dever ser adotado como regra o Sistema Alfabtico de Chamada (AUTOR, data).

    5.3.1 Sistema Numrico

    Quando se utiliza o nmero em vez da data. A numerao pode ser nica para todo o relatrio ou por captulos.

  • 31

    Exemplo:

    Segundo Stewart (5), o capital humano a capacidade, conhecimento, habilidade e experincias individuais...

    Nesse caso, a referncia aparecer em ordem numrica no final do texto, nas fontes bibliogrficas. No exemplo acima, a referncia nmero 5 ser a da obra de Stewart, como se pode verificar a seguir.

    (5) STEWART, Thomas. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

    5.3.2 Sistema Alfabtico de Chamada (autor-data)

    Quando utilizado o sobrenome do autor acompanhado da data da publicao.

    Exemplo:

    Segundo Stewart (1997, p. 7) o capital humano a capacidade, conhecimento, habilidade [...] pelo qual os clientes procuram a empresa e no o concorrente.

    Nesse caso, a referncia aparecer em ordem alfabtica no final do texto, nas fontes bibliogrficas. No exemplo acima, a referncia da obra de Stewart, aparecer na lista de referncias bibliogrficas como se pode verificar a seguir.

    STEWART, Thomas. Capital Intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1997.

    IMPORTANTE:

    se houver coincidncia de autores com o mesmo sobrenome, a diferena se estabelece pela data.

    Exemplo:

    Segundo Andrade (2001)... Para Andrade (2002)...

    se houver coincidncia de autores com o mesmo sobrenome e data de edio, acrescentam-se as iniciais de seus prenome.

    Exemplo:

    Segundo Andrade, M (2002)... Para Andrade, C (2002)...

    se persistir a coincidncia, coloca-se o pr-nome por extenso.

    Exemplo:

  • 32

    Segundo Andrade, Maria (2002)... Para Andrade, Marco (2002)...

    se for necessrio fazer citaes de diversas obras, mas de um mesmo autor que tenham sido publicadas no mesmo ano, acrescentam-se letras minsculas aps a data e sem espaamento.

    Exemplo:

    Segundo Andrade (2002a)... Para Andrade (2002b)...

    5.4 NOTAS DE RODAP

    Segundo Furast (2004, p. 72),

    A Nota de Rodap de pgina a maneira mais confortvel para o leitor encontrar, na prpria pgina, um esclarecimento que o autor pretende transmitir. So observaes, indicaes ou aditamentos cujas incluses, se fossem feitos no texto, prejudicariam a seqncia lgica de seu desenvolvimento. Tambm podem ser feitas as identificaes (referncias) das obras citadas no decorrer do Trabalho. As Notas de Rodap, porm, devem limitar-se ao mnimo necessrio. (grifo do autor)

    Todavia, mesmo fazendo a referncia em Nota de Rodap, deve-se repeti-la no final do trabalho (Referncias).

    As Notas de Rodap devem ser separadas do texto por uma linha horizontal, a partir da margem esquerda (aproximadamente 3 cm), em espao 1 e com um tipo de letra menor.

    As Notas de Rodap so de dois tipos:

    Notas de Referncia: identificam a fonte consultada ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado.

    Exemplo texto:

    Para explorar melhor o assunto sugere-se consultar o autor1.

    Ao final da pgina dever ser colocada a nota de rodap conforme exemplo abaixo.

    _____________

    1 CARVALHO, Heitor. As Luzes do Pensamento. So Paulo: Ediarte, 1989. p. 36.

  • 33

    Notas Explicativas: quando apresentam observaes pertinentes que sobrecarregariam o texto. So comentrios complementares para esclarecer uma afirmao.

    Exemplo texto:

    [...] O surgimento de um elemento mais rico, capitalista, entre os artesos, que desejava investir seu capital no emprego de outros artesos, assumindo ele mesmo o papel de mercador-empregador representava um desafio corporao fechada do elemento mercantil mais antigo. O controle deste ltimo era exercido atravs de seu domnio da companhia, que possua (graas sua carta-patente) o direito exclusivo de dedicar-se a determinado ramo de produo.2 (DOBB, 1987)

    Ao final da pgina dever ser colocada a nota explicativa conforme exemplo abaixo.

    _____________

    2 Em Londres, contrastando com o que aparentemente sucedia em outras cidades, qualquer cidado (isto ,

    homem livre) da cidade tinha o direito de ser (sic) dedicar a qualquer ramo de comrcio atacadista. Essa liberdade, entretanto, no se aplicava aos artesanatos e artesos.

    Conforme ensina Furast (2004, p. 72),

    A Nota de Rodap deve iniciar com a chamada (o algarismo) e escrita com espao simples. Deve-se alinhar a segunda linha da Nota abaixo da primeira letra da primeira palavra, a fim de dar destaque ao algarismo identificador da nota. Entre uma nota e outra no se deixa nenhum tipo de espao. [grifo do autor]

    5.5 ILUSTRAES

    As ilustraes so desenhos, gravuras, imagens que acompanham um texto, desempenhando um papel significativo para a compreenso e o esclarecimento da idia apresentada. Portanto, as ilustraes so partes integrantes do Trabalho Cientfico.

    Imagens como: desenhos, esquemas, fluxogramas, fotografias, grficos, mapas, organogramas, plantas, quadros, tabelas, inclusive frmulas matemticas, fsicas, qumicas e smbolos so consideradas como ilustraes.

    Podem ser descritas conforme sua natureza, como: figura, grfico, quadro e tabela.

    5.5.1 Figuras

    Os desenhos, diagramas, estampas, esquemas, fluxogramas, fotografias, gravuras, mapas, plantas, lminas, organogramas, etc. devem ser identificados como Figura. Essa identificao deve ser feita na parte inferior, seguida do nmero de identificao, do ttulo (precedido por um hfen), da fonte (se houver) com alinhamento na lateral esquerda.

  • 34

    Exemplo:

    Figura 1 Vista parcial do CESF Fonte: Medeiros (2004, p. 30)

    Toda figura deve ser citada ou chamada no texto, bem como deve estar localizada o mais prximo possvel da parte do texto onde citada. Sendo assim, o ideal localiz-la logo abaixo do pargrafo onde ocorreu a citao. Todavia, por motivo de dimenso pode-se localiza-la na pgina seguinte.

    Se uma figura for inserida no corpo do texto sem que a mesma tenha sido citada, ficar solta, muitas vezes sem que se perceba a relao entre a figura e o texto escrito. Portanto, no devem ser includas figuras que no sejam citadas no texto.

    5.5.2 Grficos

    A insero de grficos no texto possibilita ao leitor a visualizao de dados e informaes de uma forma mais organizada. Deve-se ter o cuidado para no inserir grficos ilegveis.

    Deve ser identificado com a palavra Grfico na parte inferior, seguido de seu nmero de identificao, bem como do seu ttulo (precedido por um hfen), da fonte (se houver) sendo alinhado lateral esquerda.

    Exemplo (fictcio):

  • 35

    13%

    17%

    57%

    13%

    LesteNorteOesteSul

    Grfico 1 Demonstrao da quantidade de eleitores por zona na cidade de Manaus. Fonte: IBGE, 2005

    5.5.3 Quadros

    Os quadros so muito parecidos com as tabelas, portanto, deve-se ter o cuidado para no confundi-los. Nos quadros so inseridos dados e/ou informaes sem tratamento estatstico e suas laterais devem ser fechadas.

    Exemplo:

    EFICINCIA EFICCIA EFETIVIDADE Fazer as coisas da maneira

    adequada Resolver problemas Cuidar dos recursos aplicados Cumprir o dever Reduzir custos

    Fazer as coisas certas Produzir alternativas criativas Maximizar a utilizao dos

    recursos

    Obter resultados Aumentar o lucro

    Manter-se sustentvel no ambiente

    Apresentar resultados globais ao longo do tempo

    Coordenar esforos e energias sistematicamente

    Quadro 1 Princpios de eficincia, eficcia e efetividade. Fonte: CHIAVENATO e SAPIRO, 2003, p. 40.

    5.5.4 Tabelas

    Consideram-se tabelas as apresentaes do tipo tabular que tem a finalidade de ilustrar o contedo, bem como descrever os dados e informaes que receberam tratamento estatstico. As tabelas no tm fechamento nas laterais.

    As tabelas devem apresentar as informaes necessrias para a compreenso do contedo sem que aja a necessidade de consulta ao texto.

    comum encontrar nos livros quadros que so referenciados como tabelas. Portanto, esteja atento para no identificar no seu trabalho quadros como sendo tabelas e vice-versa.

  • 36

    Quando a extenso da tabela for superior pgina, deve-se continuar na pgina seguinte. Nessa situao, a tabela no ser delimitada por um trao horizontal na parte inferior. Na folha seguinte, repete-se o cabealho (descrio dos dados), acrescentando a palavra continuao e em seguida distribuem-se os dados restantes.

    Deve ser identificada com a palavra Tabela na parte inferior, seguido de seu nmero de identificao, bem como do seu ttulo (precedido por um hfen), da fonte (se houver) sendo alinhado lateral esquerda.

    Quando os dados se originam de coleta realizada pelo autor da pesquisa, deve-se utilizar como fonte as expresses Pesquisa de Campo, Questionrios Respondidos, Formulrios Preenchidos ou Entrevistas Realizadas.

    Exemplo (fictcio):

    Cursos Alunos matriculados Percentual Administrao 300 30 Anlise de Sistemas 200 20 Cincia da Computao 200 20 Design 50 5 Engenharia de Comunicaes 100 10 Engenharia de Produo 150 15 Total 1000 100 Tabela 1 Alunos matriculados no CESF em 2003 Fonte: SECRETARIA CESF, 2005

    5.6 ABREVIATURAS E SIGLAS

    As expresses que possuem siglas ou que podem ser abreviadas devem aparecer por extenso, seguidas da respectiva sigla entre parnteses, quando mencionadas pela primeira vez no texto. Nas citaes seguintes, podem-se utilizar apenas as siglas.

    Exemplo:

    O Instituto de Ensino Superior Fucapi (CESF), uma instituio privada de ensino superior que oferece cursos de graduao e ps-graduao com foco nas reas de tecnologia, informtica e gesto.

    Atuando na rea de educao, o CESF proporciona a uma parcela da sociedade o acesso experincia que vem acumulando ao longo do tempo.

  • 37

    6 REFERNCIAS

    Esta parte da apostila foi elaborada com base nas informaes apresentadas no livro Normas Tcnicas para o Trabalho Cientfico de autoria de Pedro Augusto Furast. Por se constituir um referencial valioso durante o desenvolvimento de um trabalho cientfico, recomenda-se a aquisio desse livro.

    Segundo Silva e Menezes (2001, p. 72), Referncia o conjunto de elementos que permitem a identificao, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de materiais.

    As referncias podem aparecer:

    no rodap

    no final de captulos

    em lista de referncias (no final do trabalho).

    6.1 ELEMENTOS

    6.1.1 Elementos Essenciais:

    1. Autor (quem?); 2. Ttulo, subttulo (se houver); 3. Edio (a partir da segunda); 4. Local de publicao (onde?); 5. Editora; 6. Ano de publicao (quando?)

    6.1.2 Elementos Complementares

    1. Indicao da pgina da obra consultada; 2. O nmero total de pginas de uma obra; 3. Indicao de srie, coleo, caderno, suplemento... 4. Indicao de volume, torno, fascculo... 5. Periodicidade; 6. Indicao de coluna, em jornais; 7. Voto vencedor e voto vencido em acrdos e sentenas.

    Os elementos essenciais so obrigatrios e os elementos complementares, opcionais, porm, todos retirados do prprio documento a ser referenciado.

  • 38

    6.2 O QUE DEVE SER INCLUDO NA LISTA DE REFERNCIAS?

    A identificao de toda publicao que foi mencionada durante a elaborao do trabalho.

    Porm, se durante o desenvolvimento da sua pesquisa voc consultou outras obras sem que as mesmas tenham sido mencionadas no seu trabalho, pode-se criar uma Lista de Obras Consultadas, que ser colocada aps a Lista de Referncias.

    A lista de referncias (obras que foram mencionadas no corpo do trabalho) ser denominada de Referncias e a lista de obras consultadas ser denominada de Literatura Recomendada.

    6.3 OBSERVAES IMPORTANTES

    Embora sejam apresentadas neste guia diversas formas de identificao dos autores, deve-se padronizar a lista de referncias. A identificao dos autores (sobrenome e nomes) deve ser colocada por extenso, exceto quando a identificao do autor na obra pesquisada estiver abreviada.

    Na referncia, o autor identificado pelo SOBRENOME, em letras maisculas, seguido dos outros nomes, em letras minsculas (abreviados ou no) e separados por vrgula.

    MEDEIROS, Francisco. MEDEIROS, F.

    As indicaes de parentesco (Filho, Jnior, Neto etc.) devem ser mencionadas por extenso, acompanhando o ltimo sobrenome.

    MEDEIROS FILHO, Francisco. MEDEIROS FILHO, F.

    Se o sobrenome pelo qual o autor mais conhecido for composto, o mesmo citado por inteiro.

    LUCAS MENDES, Francisco. LUCAS MENDES, F.

    Se o sobrenome for precedido de partculas, como de, da, e, essas permanecem junto do prenome.

    ANDRADE, Mrio de. ANDRADE, M. de.

    As indicaes de ttulos (Dr., Prof. etc.) no devem ser includas na referncia.

    Se houver mais de um autor, separa-se um nome do outro por um ponto-e-vrgula (;) seguido de um espao.

    Quando a obra possuir at trs autores, devem-se nome-los todos.

    ARAJO, Fernando; MEDEIROS, Cludio; MOTTA, Lus. A criana e a Escola. Porto Alegre: Duplex, 2001.

  • 39

    Se houver mais de trs autores, a referncia pode ser feita das seguintes formas:

    Livro: Como Interpretar o choro do beb. Autores: Marcelo Correa, Venncio Castro, Carlos Oliveira, Martha Henn e Dbora Oliveira.

    CORREA, Marcelo. et al. Como Interpretar o choro do beb. Porto Alegre: Luzes, 2000.

    CORREA, Marcelo; CASTRO, Venncio. et al. Como Interpretar o choro do beb. Porto Alegre: Luzes, 2000.

    CORREA, Marcelo; CASTRO, Venncio; OLIVEIRA, Carlos. et al. Como Interpretar o choro do beb. Porto Alegre: Luzes, 2000.

    Se houver um organizador, coordenador, compilador, editor etc., deve-se iniciar a referncia pelo nome do responsvel, colocando aps o seu nome e entre parntesis, a designao correspondente: (org), (coord) etc.

    MELO, Maria Helena (coord). Meu Encontro Comigo Mesma. Porto Alegre: Continental, 2000.

    Se a obra referenciada no possuir autor conhecido, faz a entrada pelo ttulo, sendo a primeira palavra escrita em letras maisculas, inclusive a partcula que houver.

    A GRANDE Magia do Circo. So Paulo: Contrex, 1987.

    Vale ressaltar que as observaes no se esgotam nesta apostila. Se houver necessidade, devem-se consultar as obras referenciadas no final desta apostila.

    6.4 MODELOS DE REFERNCIAS

    6.4.1 Obra completa

    Livro, guia, folhetos: Autor, ponto, Ttulo, ponto, Edio (a partir da segunda), ponto, Local, dois pontos, Editora, vrgula, Ano, ponto.

    CARDINALE, Elpdio. Os Sonhos Maravilhosos das Crianas. 6. ed. Pouso Alegre: Imagem, 1999.

    Monografias, teses, dissertaes: Autor, ponto, Ttulo e subttulo (se houver), ponto, Local do Curso (cidade), dois pontos, Nome da Universidade (abreviado), vrgula, Ano de Publicao, ponto, Indicao de Monografia, Tese ou Dissertao, vrgula, Nome da Faculdade, Centro ou Instituto, vrgula, Nome da Universidade (por extenso), vrgula, Ano de Concluso, ponto.

    BARCELOS, M. F. P. Ensaio tecnolgico, bioqumico e sensorial de soja e quandu enlatados no estdio verde e maturao de colheita. Campinas: UNICAMP, 1998. Tese (Doutorado em Nutrio) Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, 1998.

  • 40

    Relatrios de estgio ou de pesquisa: Autor(es)/Coordenador/Instituio responsvel, ponto, Ttulo e subttulo (se houver), ponto, Local de publicao, dois-pontos, Editor ou Instituio responsvel pela publicao, vrgula, Ano de publicao, ponto, Indicao de Relatrio, ponto.

    TEDESCO, Paulo Ricardo Oliveira. Conversao: Uma Proposta Alternativa para o Ensino de Lngua Inglesa no Ensino Mdio. Porto Alegre: FAPA,1992. Relatrio de Estgio.

    Manuais, catlogos, almanaques...: Autor, ponto, Ttulo, ponto, Edio (a partir da segunda), ponto, Local, dois pontos, Editora, vrgula, Ano, ponto.

    RIO GRANDE DO SUL. Secretaria do Meio Ambiente. Diviso de Planejamento de Parques Praas e Jardins. Estudo de Impacto Ambiental na Zona Sul da Capital. Manual de orientao. Porto Alegre: CORAG, 2000.

    Dicionrios: Autor, ponto, Ttulo, ponto, Edio (a partir da segunda), ponto, Local, dois pontos, Editora, vrgula, Ano, ponto.

    FERREIRA, Aurlio Buarque de Holanda. Novo Dicionrio Brasileiro da Lngua Portuguesa. So Paulo: Melhoramentos, 1973.

    Coleo de revistas: Ttulo, ponto, Local da Publicao, dois pontos, Editora, ponto, Data de incio e data de encerramento da revista (se houver), ponto.

    BOLETIM GEOGRFICO. Rio de Janeiro: IBGE, 1943-1978.

    Leis, Emendas, Medidas Provisrias, Decretos, Portarias, Normas, Ordem de Servio, Circulares, Resolues, Cdigos, Comunicados...: Local de Abrangncia ou rgo responsvel, ponto, Ttulo (especificao da legislao), ponto, Nmero e data, ponto, Ementa (se houver), ponto, Referncia da publicao onde houve a veiculao precedida da expresso In:

    BRASIL, Lei 8.078, de 11 de setembro de 1990. Estabelece critrios para pagamento de gratificaes e vantagens pecunirias aos titulares de cargos e empregos da Administrao Federal direta e autrquica e d outras providncias. In: Dirio Oficial da Unio, Braslia, v. 138, n. 87, p. 8065, 12 set. 1990. Suplemento.

    Acrdos, Decises, Smulas, Enunciados e Sentenas das Cortes ou Tribunais: Local de Abrangncia, ponto, Nome da Corte ou Tribunal, ponto, Ementa ou acrdo, ponto, Tipo e nmero de recurso, ponto, Partes litigantes, ponto, nome do relator antecedido da palavra Relator, ponto, Data do acrdo (quando houver), Referncia da Publicao que divulgou o documento, antecedido da expresso In:.

    BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradio. Extradio n. 410. Estados Unidos da Amrica e Jos Antonio Fernandez. Relator: Ministro Rafael Mayer, 21 de maro de 1984. In: Revista Trimestral de Jurisprudncia, [Braslia], v. 109, p. 870-9, set. 1984.

    Anais, Recomendaes de Congressos, Seminrios, Encontros...: Nome do Evento, vrgula, Nmero do Evento (se houver), virgula, Ano, vrgula, Local de realizao do evento, ponto, Ttulo, ponto, Local de publicao, dois-pontos, Editor ou entidade responsvel pela publicao, vrgula, Ano da publicao, ponto.

  • 41

    CONGRESSO ULTRAMARINO DA LNGUA PORTUGUESA, 5, 1999, Florianpolis. Anais. Florianpolis: Ed. Sol e Mar, 1999.

    Constituies: Local de abrangncia (Pas, Estado, Cidade), ponto, Ttulo e subttulo (se houver), ponto, Edio (a partir da segunda), ponto, Local de publicao, dois-pontos, editor, vrgula, Ano, ponto.

    BRASIL. Constituio. Braslia: Senado Federal, 1988.

    Publicaes de rgos, Entidades e Instituies Coletivas: rgo responsvel, ponto, Ttulo e subttulo (se houver), ponto, Edio (a partir da segunda), ponto, Local de publicao, dois-pontos, Editor (quando no for o prprio rgo), vrgula, Ano, ponto.

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pr-Reitoria de Graduao. Departamento de Controle e Registro Discente. Manual de Ingressos Extravestibular para o Perodo Letivo 01/1. Porto Alegre: 1997.

    6.4.2 Documentos referenciados em parte

    Captulo, ou parte de livros, separatas, teses, monografias, dissertaes, folhetos...:

    Parte sem indicao do autor: Autor da obra onde est a parte, ponto, Ttulo, ponto, Edio (a partir da segunda), ponto, Local, dois pontos, Editora, vrgula, Ano, ponto, Localizao da Parte referenciada: paginao, volume, tomo, parte, captulo e ttulo (se houver).

    SOARES, Fernandes, BURLAMAQUI, Carlos Kopke. Pesquisas Brasileiras, 1 e 2. Graus. 4 ed. So Paulo: Formar, 1992. P. 201-11. Cap. VII. v. 3.

    Captulo, ou parte de livros, separatas, teses, monografias, dissertaes, folhetos...:

    Parte com indicao do autor: Autor da parte, ponto, Ttulo da parte, ponto, Referncia da Publicao antecedida da expresso In.

    TRAN, Valdemar. A Comida Chinesa. In: CHAVES, Valter. A Gastronomia Mundial. 3 ed. Rio de Janeiro: Codecal, 1997.

    Parte em que o autor o mesmo da obra: Autor, ponto, Ttulo da parte, ponto, Referncia da Publicao antecedida da expresso In: substituindo-se o nome do autor por um trao de seis toques, ponto.

    NETO, Antonio Gil. Gramtica: apoio ou opresso. In:______. A Produo de Textos na Escola. So Paulo: Loyola, 1998.

    Artigos em revistas ou peridicos: Autor, ponto, Ttulo do artigo, ponto, Nome da revista ou peridico (grifado), vrgula, Ttulo do fascculo, suplemento ou nmero

  • 42

    especial (se houver), vrgula, Local, vrgula, Volume (se houver), vrgula, Fascculo (se houver), vrgula, Pginas inicial e final do artigo, vrgula, Ms e ano, ponto.

    SIMONS, Robert. Qual o nvel de risco de sua empresa? HSM Management, So Paulo, v. 3, n. 16. p. 122-130, set./out. 1999.

    Observao: se o nome do autor do artigo no estiver explicitado, inicia-se com o ttulo do artigo, sendo que a primeira palavra escrita com letras maisculas.

    CABELOS por um fio. Criativa, So Paulo, v. IX, p. 59-60, jul. 1999.

    Artigos em jornal, Suplementos, Cadernos, Boletim de Empresa:

    Com autoria explicitada: Autor do artigo, ponto, Ttulo do artigo, ponto, Nome do jornal (grifado ou sublinhado), vrgula, Local da publicao, vrgula, Data (dia, ms, ano), ponto.

    FRANCO, Gustavo H. B. O que aconteceu com as reformas em 1999. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 26 de dez. 1999.

    NAVES, Paulo. Lagoas andinas do banho de beleza. Folha de So Paulo. So Paulo, 28 jun. 1999. Folha Turismo. Caderno 8.

    Observao: se o nome do autor do artigo no estiver explicitado, inicia-se com o ttulo do artigo, sendo que a primeira palavra escrita com letras maisculas.

    TAIM ser reserva modelo no pas. Zero Hora, Porto Alegre, 27 mar. 1993.

    Trabalhos publicados em anais de eventos: Autor do trabalho, ponto, Ttulo do trabalho e subttulo (se houver), ponto, Referncia da publicao antecedida da expresso In:, ponto, Pgina inicial e final, ponto.

    FERNANDES, Maria Helenara. O Analfabetismo como Elemento Responsvel pelo Subdesenvolvimento Brasileiro Atual. In: Congresso Nacional de Educadores e Socilogos, 1997, Rio de Janeiro. Anais. Rio de Janeiro: ENAFERJ, 1997, p. 232-5.

    Enciclopdias: Autor do verbete, seo ou captulo (se houver), ponto, Ttulo do verbete, seo ou captulo, ponto, In:, Nome da Enciclopdia, ponto, Local de publicao, dois-pontos, Editor, vrgula, Ano de publicao, ponto, Volume, vrgula, Pagina inicial e final, ponto.

    MONTEIRO, Abgail. Os seres vivos. In: Mundo Novo. So Paulo: Ritter, 1975. V. 4, 123-35.

    6.4.3 Outros tipos de referncias

    Entrevistas, relatos, palestras, debates...:

    Ao vivo ou gravada: Nome do entrevistado, ponto, Assunto da entrevista, ponto, Local onde foi realizada, vrgula, Entidade promotora do evento (se for o caso), vrgula, Data

  • 43

    (dia, ms, ano), ponto, Esclarecimento sobre o motivo da entrevista (se preciso for), seguido da expresso Entrevista concedida a seguida pelo nome do entrevistador, ponto.

    TORRES, Eduardo E. Mutiro Nacional Pioneiro. Porto Alegre, U.E.B., 22 jul. 1997. Registro da organizao do encontro de jovens. Entrevista concedida a Victor Meireles de Andrade.

    Impressas: Nome do entrevistado, ponto, Assunto da entrevista, ponto, Local onde foi realizada, vrgula, Entidade promotora do evento (se for o caso), vrgula, Data (dia, ms, ano), ponto, Indicao bibliogrfica do veculo onde est impressa a entrevista, Esclarecimento sobre o motivo da entrevista (se preciso for), seguido da expresso Entrevista concedida a seguida pelo nome do entrevistador, ponto.

    SOUZA, Fabrcio. A greve dos Padeiros. Caxias do Sul, 17 abr.1997. Revista Cometa, Caxias do Sul, v. 3, n. 35, p. 5-6, 19 abr. 1997. Entrevista concedida a Walter Gomes de S.

    Programas de rdio e televiso: Assunto, em letras versais, ponto, Nome do Programa, em destaque, Nome da cidade, vrgula, nome da estao de rdio ou de televiso, vrgula, Data (dia, ms, ano), ponto, A expresso em letras versais, Programa de Rdio ou Programa de Televiso, ponto.

    PROPOSTAS DE CAMPANHA ELEITORAL. DEBATE 101. Manaus, Rdio Amazonas FM, 13 set. 2002. PROGRAMA DE RDIO.

    E AGORA GOVERNADOR? Encontro com o Povo. Manaus, Amazonsat, 17 out. 2002. PROGRAMA DE TELEVISO.

    6.4.4 Referncias a documentos em meio eletrnico - Internet

    Segundo FURAST (2002, p.99),

    Para a referncia de qualquer tipo de documento obtido em meio eletrnico, deve-se proceder da mesma forma como foi indicado para as obras convencionais, com todos os detalhes, acrescentando o URL completo do documento na Internet, entre os sinais: < >, antecedido da expresso: Disponvel em: e seguido da informao: Acesso em: e a data. [grifos do autor].

    Exemplos:

    RIBEIRO, P.S. G. Adoo brasileira: uma anlise sociojurdica. Datavenia, So Paulo, ano 3, n. 18, ago. 1998. Disponvel em: , Acesso em: 10 set. 1998.

    HACHIMU, Ricardo E. Primeiro Acampamento Modelo. Disponvel em: , Acesso em: 10 fev. 2000.

    CONGRESSO DE INICIAO CIENTFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais Eletrnicos. Recife: UFPe, 1996. Disponvel em: Acesso em: 21 jan. 1997.

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    7 NORMAS PARA APRESENTAO ESCRITA

    7.1 PARTES QUE COMPEM UM TRABALHO CIENTFICO (MONOGRAFIA)

    Um trabalho cientfico um texto escrito para apresentar os resultados de uma pesquisa. O objetivo deste curso aprimorar a formao profissional, cientfica e cultural do(a) aluno(a), visando a produo do conhecimento. Uma vez realizada a pesquisa, chega-se fase de elaborao e apresentao do relatrio de pesquisa (monografia).

    O trabalho de Concluso de Curso/TCC um trabalho de cunho cientfico e como tal, deve ser escrito em linguagem tcnica, ou seja, em linguagem clara, precisa, de forma impessoal e objetiva.

    Conforme estabelecido neste guia, o Trabalho de Concluso de Curso dever conter os seguintes itens:

    ESTRUTURA ELEMENTO

    Pr-textuais

    Capa Lombada Folha de Rosto Ficha Catalogrfica Errata Folha de Aprovao Dedicatria (opcional) Agradecimentos (opcional) Epgrafe (opcional) Resumo em lngua verncula Abstract Lista de Figuras Lista de Quadros Lista de Tabelas Lista de Abreviaturas e Siglas Lista de Smbolos Sumrio

    Textuais Introduo Desenvolvimento Concluso

    Ps-textuais

    Referncias Glossrio Apndice(s) Anexo(s)

    Quadro 1 Disposio dos Elementos Fonte: Associao Brasileira de Normas Tcnicas (2005), com adaptao.

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    7.1.1 Elementos pr-textuais:

    So os elementos, isto , as partes que so colocadas antes do corpo do texto, propriamente dito, do trabalho. So eles:

    a) Capa: elemento obrigatrio para proteo externa do trabalho e sobre o qual se imprimem as informaes indispensveis sua identificao (vide Anexo 1).

    Dever conter:

    a.1) Nome (por extenso) da Instituio Mantenedora do CESF, em caixa alta e em negrito, centralizado;

    FUNDAO CENTRO DE ANLISE, PESQUISA E INOVAO TECNOLGICA

    a.2) Nome (por extenso) do CESF, em caixa alta e em negrito, centralizado;

    INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FUCAPI

    a.3) Nome da Coordenao de Graduao, em caixa alta e em negrito, centralizado;

    COORDENAO DE GRADUAO EM NOME DO CURSO

    a.4) Ttulo do trabalho em caixa alta e subttulo (se houver) em caixa baixa, evidenciando sua subordinao ao ttulo, centralizados;

    a.5) Nome do Autor, em caixa alta e em negrito, centralizado;

    a.6) Local (Cidade), em caixa alta e em negrito, centralizado;

    a.7) Ano da entrega (em algarismos arbicos), em caixa alta e em negrito, centralizado;

    Observao: a verso final da monografia a ser entregue coordenao do curso dever ser encadernada em capa dura na cor azul marinho