Guia Prático ACEPI 2009

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Dar a oportunidade a milhares de consumidores portugueses de conhecerem os benefícios das compras pela Internet, através da publicação de uma nova edição do Dossier “As vantagens da Internet”, publicado pela 1ª vez em 2004, com uma tiragem de 320.000 exemplares (encarte DN, JN e Público).

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Índice

A edição deste Dossier é organizada pela

ACEPI – Associação do Comércio Electrónico e Publicidade Interactivawww.acepi.com.pt / www.comercioelectronico.pt.TagusPark - Núcleo Central 275 - 2740 122 OEIRASTel: (+351) 309 906 071 / [email protected]

Escolher em liberdade e comodidade . . . p.02

Vantagens de comprar na Internet . . . . . p.04

Um mundo de produtos e serviçospara todas as necessidades . . . . . . . . . . . . p.06

Acesso a toda a velocidade . . . . . . . . . . . p.14

Ligações directas com a Administração Pública . . . . . . . . . . . . . . . . p.16

Flexibilidade para aprender . . . . . . . . . . . p.20

Bazar virtual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p.22

Retrato de compradores bem informados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p.26

Atitude mais competitiva . . . . . . . . . . . . . p.28

?kiln]oċ_kiċaā_e¬j_e]ċ . . . . . . . . . . . . . . p.36

Anúncios para tocar . . . . . . . . . . . . . . . . . . p.40

Direitos garantidos no consumo . . . . . . . p.44

Precauções a considerar . . . . . . . . . . . . . . p.46

Ligações úteis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p.48

PortugalInternetWeek’ 09No ano em que Associação de Comércio Electrónico evoluiu para integrar no seu seio a área de proces-sos electrónicos (como por exemplo a factura electróni-ca) e a publicidade interacti-va, como não poderia deixar de ser, também o habitual Guia “Comprar na Internet” foi reformulado, alargando o seu âmbito para incluir as temáticas relacionadas com as empresas. Em paralelo, Portugal assume este ano a liderança Europeia na área da Contratação Pública Electrónica, com a entrada em vigor do Código dos Contratos Públicos. O comércio e os negócios na internet são uma realidade irreversível. Não deixe de ler este Dossier para conhecer todas as suas possibilidades e aproveitar a Portugal Internet Week’09 para experimentar as mesmas.

Paulo Bengala, Director da ACEPI

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Escolher

A MODERNIZAÇÃO da sociedade portuguesa é uma realidade incontornável, acompanhando uma evolução que está a acontecer nos países mais evoluídos e que todos os dias nos faz entrar pela casa a dentro novas tecnologias e serviços que ajudam a facilitar a vida, liber-tando tempo para actividades de maior valor e enriquecimento pessoal e familiar. A Internet é um dos factores de transformação fulcrais do mundo da informação e do entretenimento, mas também estende o seu poder a outras áreas, por vezes menos aproveitadas, ajudan-do a optimizar tarefas diárias e tornando-as mais eficientes. Recorrendo às ferramentas que foram criadas para simplificar a vida dos cidadãos, sobretudo na realização de compras – fundamentais para o bom funcionamento de qualquer lar – na relação com o Estado e na execução de alguns serviços, pode ganhar tempo para ir a um concerto, ou uma exposição, brincar com os filhos ou simplesmente ler um bom livro em frente ao mar num final de tarde, luxos raros na correria do mundo actual. Se fizer contas ao tempo que perde para ir a um supermercado ou a um centro comercial escolher alguns produtos, ficando limitado aos horários definidos pelas lojas, enfrentando o trânsito, os transportes e muitas vezes a multidão de compradores, irá valorizar mais a possibilidade de ter uma experiência positiva

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Para além de um mundo de informação e entretenimento acessível no ecrã

do computador e do telemóvel, a Internet é cada vez mais o ponto

de partida para a compra de produtos e serviços. A comodidade, a diversidade da

oferta e a poupança de tempo e dinheiro são as vantagens garantidas.

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de compra sem sair de casa ou do escritório, escolhendo produtos com calma, comparando-os, pagando-os e recebendo-os depois como-damente em casa. Naturalmente continuará a haver espaço para a compra nas lojas físicas, mas vale mais reservar estas compras para produtos especiais do que para as aquisições rotineiras, nas quais não há qualquer valor acrescentado em serem feitas directamente em vez de usar o comércio electrónico.

EXPERIÊNCIAS GLOBAISA tendência para abraçar os meios de compra electrónicos é global, estando porém mais desenvolvida em países onde a sofisticação das lojas e da oferta está mais apurada, como nos Estados Unidos e na Europa, ou onde os clientes perceberam mais rapidamente as vantagens destes sistemas, como os países do norte da Europa e o Japão. À medida que as plataformas das lojas são mais fáceis de usar e que as ligações à Internet são mais rápidas, os clientes podem ter acesso a experiências de compra mais ricas, com apresentação de

imagens e vídeos sobre os produtos, constru-ção de listas de compras habituais e sistemas de comparação de características que tornam todo o processo mais agradável e prático. Também nas entregas a tendência promove a facilidade, com a possibilidade de receber os produtos em casa com entregas persona-lizadas, como fazem os supermercados, ou de sistemas de logística porta-a-porta. A entrega via correio, com a encomenda a chegar à casa

do cliente ou a ser levantada na estação de correios, é outra das possibilidades usadas pelos lojistas, que querem eliminar as barreiras de compra e oferecem muitas vezes os custos de portes para cativar os clientes.

Tempo é dinheiroAs compras pela Internet garantem uma idêntica ou maior variedade de escolha do que a que está disponível num Centro Comercial tradicional. E depois de pagar só tem de esperar que lhe entreguem as compras namorada indicada, um serviço digno de “mordomos virtuais”.

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1em cada 3 europeus já experimentou fazer compras pela Internet. Fonte: Comissão Europeia, Março de 2009

em liberdade e com comodidade

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Vantagensde comprar na internet

As compras online já entraram nos hábitos de milhares de portugueses, que,

tal como os internautas de todo o mundo, perceberam as vantagens da comodidade

e conveniência de poderem fazer compras 24 horas por dia e escolherem as lojas com os

melhores produtos e preços mais apelativos.

OS BENEFÍCIOS SÃO EVIDENTES, e pas-sam muitas vezes pela conjugação de vários factores, mas a variedade é um dos mais referenciados por quem compra na Internet. Há um mundo de lojas disponíveis sem sair de casa, e os utilizadores podem saltar de loja em loja de forma fácil e rápida e escolher entre os diversos produtos, comparar características e preços e fazer a transacção de forma fácil, recebendo depois os produtos em casa, ou noutro local da sua conveniência.A escala global aplica-se aqui eficazmente e em muitos produtos não há grande diferença entre comprar dentro da mesma cidade, país ou continente. O tempo que se poupa, mas também a comodidade, evitando multidões que são incómodas e que podem até gerar perigos de contágio em situações de pandemia, pode ser transformado de forma útil.

COMPRAS COM CONFIANÇAAs plataformas electrónicas acessíveis na Internet, através dos computadores ou dos telemóveis, vieram trazer aos utilizadores, novas formas de conhecer os produtos. As lojas são cada vez mais bem construídas, fáceis de utilizar, usando o “conhecimento” acumulado das preferências dos utilizadores e de milhares de outros compradores para apresentarem sugestões oportunas, que podem complementar as compras.

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21,4%dos internautas afirmam que só compram em sites nacionais Fonte: Marktest

À questão da comodidade e da conveniência junta-se a facilidade de comparar produtos e preços. Basta usar um motor de busca ou visitar três ou quatro lojas para encontrar a melhor oferta, mais completa e com mais garantia de serviço ou assistência pós venda. Apesar de tudo, a criação de uma relação de confiança continua a ser fundamental e por isso muitas vezes os utilizadores optam por comprar online na loja da marca a que já recorrem no mundo físico.

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PROCESSO DE COMPRA Se esquecermos o ambiente virtual, na prática o processo de compra na Internet é bastante semelhante ao que já estamos habituados no mundo real. É preciso entrar na loja, escolher kċlnk`qpk(ċraneā_]nċ_]n]_pan®ope_]o(ċcomparar preços, colocar no carrinhode compras e dirigir-se à caixa para pagar. Da mesma forma, pode desistir antes do pagamento, abandonando ]ċ_kiln]*ċJkċāi(ċl]n]ċl]c]n(ċ]ċao_khd]ċfaz-se entre diversos meios de pagamento, desde o pagamento contra entrega até ao pagamento por cartão de crédito ou débito, passando pelo pagamento por Multibanco ou Telemultibanco através do pagamento de serviços.

Raneā_]nċcaracterísticas

Colocar no carrinho de compras

Dirigir-se à caixa para pagamento

Validar a compraReceber

o produto

Escolher

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Um mundo

NUMA PRIMEIRA FASE as com-pras na Internet centravam-se em livros e CDs, produtos que deram um grande impulso ini-cial ao comércio electrónico e desbravaram caminho, ajudando os utilizadores a ganhar confian-ça. A estes juntam-se cada vez

mais novas classes de artigos e serviços desmaterializados, como

a música ou vídeos dos quais pode beneficiar imediatamente após a compra,

ouvindo o novo álbum de um artista que ainda não chegou às lojas ou vendo um

documentário ainda não editado em DVD.Dos artigos do dia-a-dia, como as mercadorias de supermercado, às compras especiais – de produtos de luxo ou de um novo automóvel, a variedade e a diversidade tornam mais ape-lativa a procura pela Internet, onde também se podem encontrar produtos tradicionais portugueses e de outros países e regiões. E, ainda que a compra possa não ser finalizada online, o processo de decisão passa pela es-colha e comparação na Internet.

AUTOMÓVEL NOVO E COM TODAS AS OPÇÕES O sector automóvel é um dos que já per-cebeu claramente as vantagens da Internet para atrair clientes. As principais marcas de

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Na Internet encontra os mesmos produtos

que se podem comprar em canais tradicionais, muitas vezes

com vantagens a nível de preço, mas há também uma vasta gama de serviços

e produtos de nicho que só aqui ganham ao_]h]ċaċā_]iċ]_aoo®raeoċ]ċj®rahċiqj`e]h*

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de produtos e serviçospara todas as necessidades

fabricantes e alguns stands têm online ver-dadeiras obras-primas de usabilidade para um utilizador interessado em comprar um carro novo. A apresentação dos modelos, com possibilidade de visualização de pacotes de equipamento e motorização, comparativos simples de visualizar e simuladores de preços, são acompanhados muitas vezes de aplica-ções que deixam antever o resultado final na escolha de uma determinada cor, combinação de estofos e jantes.Quem passou já pela tortura de visitar stands e navegar entre catálogos dá mais valor às vantagens de poder estar confortavelmente sentado em casa e ver com o resto da família quais os automóveis que correspondem aos gostos e necessidades de todos. Mesmo que a compra ainda não seja finalizada pela Inter-net, o certo é que quando se chega ao stand, muitas vezes a escolha já está feita.

VIAGENS NA PONTA DOS DEDOSOs portugueses escolhem cada vez mais as viagens como um dos seus momentos de lazer favoritos, seja dentro de Portugal ou em destinos exóticos. Sonhar com uma viagem ou uma escapadela de fim-de-semana passa muitas vezes por ver os locais onde se quer passear, a sua oferta cultural, validar a facilidade de acesso ou as condições meteo-rológicas. Na Internet a procura de ofertas de

pacotes ou bilhetes de avião é facilitada pela possibilidade de cruzamento de informação em diversas ferramentas, mas para muitos o atractivo reside também na busca dos melhores preços, às vezes em oportunidades de última hora ou – pelo contrário – em compras antecipadas. A oferta nesta área é cada vez mais vasta e vale a pena comparar os preços e serviços oferecidos, tendo em aten-ção que também as transportadoras aéreas, os hotéis e outros serviços de alojamento disponibilizam reservas e compras online, bastando apresentar o documento impresso que substitui o bilhete ou o voucher.

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dos hotéis portugueses têm sites próprios e em 85% dos casos é possível fazer reservas online. Um estudo promovido pela UMIC, mostra que as unidades hoteleiras estão cada vez mais informatizadas, usando as TIC como forma de conseguirem mais clientes e gerirem `aċbkni]ċi]eoċaā_eajpaċ]ċoq]ċklan]©§k*

96%

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8Estratégias para poupar=lao]nċ`]ċ_neoaċāj]j_aen](ċa vontade de consumir entre os europeus, e nomeadamente em Portugal, mantém-se. Entre as estratégias para aumentar a capacidade de compra, o comércio electrónico surge como um dos principais recursos a considerar, segundo o estudo “O Observador Cetelem 2009”, promovido pela instituição de crédito. O uso da Internet seria a hipótese escolhida por 67% dos inquiridos de 13 países europeus com o objectivo de aumentar a sua capacidade de consumo.

tando o melhor que o artesanato e o fabrico personalizado e manual dos produtos pode trazer. De qualquer lado do mundo podem ser encomendadas as alheiras de Mirandela, os doces típicos de Aveiro ou as esculturas em barro de Évora. Negócios que não teriam escala para chegar tão longe fora da plataforma de

ROUPA NOVA O vestuário também encontrou na Internet uma montra global. Algumas das principais lojas de roupa online herdam a experiência dos catálogos, colocando na Internet as ima-gens, informações e cupões de compras que antes eram apenas distribuídos pelo correio, chegando assim de forma mais rápida e fácil aos clientes. As promoções podem ser seg-mentadas e as sugestões enviadas por email, despertando o interesse dos clientes.Para além do pronto-a-vestir, há um novo segmento de empresas a entrar nesta área, tirando partido das ferramentas de adapta-ção e visualização que estão disponíveis. A venda de sapatos e roupa por medida tem no comércio electrónico uma forma de alargar horizontes e responder de forma mais eficiente às necessidades específicas de cada cliente. É só tirar as medidas e escolher um modelo virtual que depois veste as roupas para que o cliente possa ver como lhe fica, sem passar pela maçada de ir à loja.

DA LOJINHA REGIONAL PARA O MUNDOAtravés da Internet é possível comprar um bocadinho de cada canto de Portugal, aprovei-

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são transportados em caixas térmicas, não passando pelo processo de descongelação que pode deteriorá-los. Mesmo a fruta, legumes, carne ou peixe podem ser comprados em total segurança já que na retaguarda dos serviços electrónicos estão pessoas que escolhem e embalam os melhores artigos.

BILHETES DESMATERIALIZADOSA aquisição de bilhetes é outra das áreas a que as plataformas electrónicas trouxe-ram uma nova facilidade, seja na Internet ou no telemóvel. Comprar um bilhete para o cinema ou para um espectáculo é agora mais fácil a qualquer hora e sem sair de casa. Somando-se a estas vantagens pode ver-se de imediato uma pequena apresentação em vídeo do filme escolhido ou ler uma crítica do bailado ou teatro que está em cena. Os lugares podem ser escolhidos no momento, com a percepção clara da localização face ao palco ou ao ecrã. Os bilhetes serão mais tarde recebidos em casa, por correio, ou, em alguns casos, o tradicional ingresso é substituído por um simples número de transacção que tem de ser apresentado na bilheteira física da sala de espectáculo, ou por uma mensagem SMS com um código especial. CINEMA E CONCERTOS NA TELEVISÃO DE CASACom a velocidade do acesso Internet a au-mentar exponencialmente e a tecnologia de exibição de vídeos e música a evoluir de forma rápida, ver cinema em casa e ouvir um concerto ou um CD de alta qualidade faz parte das rotinas de muitos utilizadores. Os CDs e DVDs comprados nas lojas ou alugados em clubes de vídeo têm uma alternativa digital,

comércio electrónico. A venda online leva tam-bém a todos as peças mais emblemáticas das lojas dos museus portugueses, que podem ser compradas online através da loja do Instituto Português dos Museus, onde se encontram li-vros, catálogos, e também faianças, porcelanas, têxteis, serviços e cristais ou jogos.

SUPERMERCADOS À PORTA DE CASAPassear pelos corredores do supermercado com um carrinho que se vai enchendo de produtos segundo uma lista predefinida pode ser uma tarefa feita a partir do conforto do lar, evitando cansaço e filas para pagar, assim como o trabalho de transportar até à porta de casa as dezenas de sacos com os produtos. Os principais supermercados portugueses têm serviços na Internet, embora ainda de abran-gência regional limitada, e facilitam a vida das donas de casa nesta tarefa essencial para o bom funcionamento de qualquer lar.Os produtos estão organizados por secções e podem ser adicionados ao carrinho de compras consoante as quantidades ou peso pretendido, sendo possível definir uma lista de compras habituais para que numa próxima compra seja mais simples encontrar o item ou marca preferida. Como vantagem adicional tem a garantia de que os frescos e congelados chegam nas melhores condições a casa, já que

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O BANCO CADA VEZ MAIS PERTOOs bancos, seguradoras e empresas de cor-retagem usam já há alguns anos a Internet como veículo de comunicação e interacção com os seus clientes. Longe do tempo em que se pensava que o sector bancário podia dispensar o contacto pessoal e os balcões, substituindo-os por plataformas electrónicas (na Internet e telefone), hoje a tendência aponta para a especialização do contacto directo, enquanto as tarefas rotineiras são deixadas para o homebanking e os sites das instituições.Fazer transferências, gerir e consultar saldos e até subscrever produtos bancários e de corretagem fazem parte do quotidiano de muitos portugueses, que substituem com comodidade tarefas antes feitas presencial-mente. A opção por recolher informação sobre seguros online ou a participação de sinistros, fazem também parte dos cenários.

de aquisição à medida das necessidades.As lojas de música online que comercializam faixas de canções de um portfólio de milhões de álbuns, músicos e bandas, que depois po-dem ser descarregadas para o PC, para o telemóvel ou leitor de MP3, ou gravadas num CD, já ganharam a adesão dos mais jovens mas também de adultos que querem ouvir edições raras ou novidades que ainda não estão disponíveis nas lojas.

CASA NOVACom a ajuda de fotografias de vários ângulos dos imóveis e descrições detalhadas, as imobi-liárias portuguesas têm colocado na Internet milhares de casas à venda, facilitando a pes-quisa por localização e tipo de residência, seja andar, moradia ou quinta rústica. O crescente interesse dos utilizadores por vídeos, e a maior capacidade dos computadores e das ligações de acesso Internet, permitem já usar novas ferramentas para mostrar melhor as casas, entre as quais se contam as imagens pano-râmicas, os vídeos e a geolocalização – com fotografias de satélite das redondezas.Os sites permitem ainda que os utilizado-res coloquem as suas propriedades à venda directamente, criando páginas específicas e personalizadas para melhor promoverem as casas. Mais recentemente também os leilões se juntaram às formas de compra, com casas de diferentes tipologias e regiões.

Cinema em casaOs serviços de IPTV (Televisão por na`aoċEL%ċf£ċlaniepaiċkċ]hqcqanċ`aċāhiaoċl]n]ċreoq]hev]©§kċaiċ_]o]*ċOaiċmq]hmqanċ`eā_qh`]`a(ċ^]op]ċao_khdanċ`aċqi]ċheop]ċde títulos o que quer visualizar e fazer o pedido, recebendo de seguida o conteúdo que pode ser visto durante um determinado período de tempo.

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eBOOKS EM CRESCENDOOs livros e CDs começaram por ser os pro-dutos mais comprados pelos internautas mas apesar de outras tendências se terem afirmado continuam a estar entre as prefe-rências, sobretudo os livros, onde os formatos digitais de eBooks ainda não conquistaram totalmente quem gosta de folhear uma edição em papel. Os CDs tiveram uma evolução menos positiva, devido à disponibilização de músicas e álbuns para download, mas conti-nuam a ser referidos pelos utilizadores entre os produtos eleitos para compras online.Há já alguns anos que um dos períodos

mais importantes de venda de livros pelas livrarias online é o início do ano escolar, já que os educadores optaram pela facilidade de encomendar todos os livros recomen-dados pela escola na Internet. Os serviços das livrarias estão também a especializar-se contendo bases de dados dos livros reco-mendados para cada ano e cada escola, pesquisáveis através de mapas de Portugal, o que aumenta ainda mais a simplicidade da tarefa de fazer a encomenda.Os jornais estão também a juntar-se à tendência de desmaterialização, facilitan-do o download de formatos PDF nos seus sites, ou usando o formato ePaper o que permite a leitura de edições de publicação localizada em qualquer parte do país e no estrangeiro. Estes sistemas estão disponíveis mediante assinatura ou mais tarde que a versão comercializada em banca para não roubarem audiência ao papel.

ELECTRÓNICA PARA TODOS Tirando partido do facto dos primeiros utiliza-dores de Internet serem claramente pessoas

Homebanking em crescimento

A banca online é a forma de contacto com o banco que mais tem crescido em Portugal.

18,9% dos utilizadores de Internet com 15 ou mais anos usam esta plataforma

para obter informação e fazer transacções.Fonte: estudo Basef Banca da Marktest

Livros DigitaisCom os leitores de eBooks é cada vez maior o número de fãs da leitura que estão a aderir aos livros digitais,

usando a tecnologia para guardar os seus livros preferidos num único equipamento que podem

transportar para qualquer lado de forma fácil e cómoda. Para além de novas edições, grande parte dos livros da herança cultural

estão a ser digitalizados, sendo acessíveis no computador e smartphones.

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Música digital “apanha” CDs em 2010As vendas de música digital continuam a aumentar e os valores aproximam-se cada vez mais dos obtidos a partir dos canais tradicionais. Um estudo da NPD relativo ao mercado norte-americano e ao primeiro semestre deste ano mostra que no período 35 por cento da música vendida já era digital. Em 2007,o segmento da música digital representava apenas 20 por cento do total de vendas e no ano seguinte 30 por cento.

de arquivos fotográficos oferecem cada vez mais serviços, como a possibilidade de editar as imagens, criando novos efeitos ou retirando alguns elementos menos bem conseguidos, mas também a possibilidade de colocar em papel as melhores fotografias.Basta escolher entre o arquivo de fotos as que quer colocar em papel e pedir a sua im-pressão, definindo as dimensões e recebendo pelo correio o resultado. Se quiser ser mais criativo pode colocar também a foto num livro, poster, puzzle, T-shirt, caneca ou até almofada, e transformar a imagem num presente. As mães e avós vão gostar certamente e evita as queixas do tipo “não tenho fotos nenhumas para pôr na moldura”…

O FUTURO ESTÁ A CHEGARTal como tem acontecido nos últimos anos, o número de produtos e serviços que se juntam à lista dos já disponíveis na Internet não pára de aumentar. A conjugação da globalização da Internet com os serviços locais faz parte das tendências e a utilização da georefe-renciação permite oferecer serviços numa determinada zona geográfica, por Internet, em sites como o Google Earth ou o Virtual Earth da Microsoft, ou no telemóvel, e esta será certamente uma funcionalidade de que o comércio electrónico irá beneficiar.

com mais conhecimentos e interesse por tecnologia, as lojas de bens de electrónica de consumo tiveram um grande crescimento na presença online, que se mantém, pela diversidade da oferta, pela qualidade do serviço prestado e pelas vantagens de preço em relação às lojas offline. Mais uma vez a possibilidade de comparar características e procurar uma marca de confiança, onde o nível de serviço pós-venda está assegurado, são factores relevantes para quem usa esta plataforma para escolher ou finalizar a compra de um novo gadget. Já nas aplicações, a Internet veio criar um novo mercado de pequenas empresas ou programadores que desenvolvem software específico para determinada funcionalidade mas que pode ser comercializado de forma global. Isso acontece para os computado-res mas também de forma crescente para telemóveis, potenciados pelas lojas criadas pelas marcas, onde a App Store da Apple é um dos exemplos mais conhecidos.

DA MÁQUINA FOTOGRÁFICA PARA A MOLDURAAs máquinas fotográficas digitais mudaram a forma como a maior parte das pessoas encara a fotografia e partilha as suas imagens com a família e amigos. Os sites de armazenamento

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Acesso a toda a velocidade

=ċ^]j`]ċh]nc]ċāt]ċf£ċ_dac]r]ċln]pe_]iajpaċa todos os cantos de Portugal mas

com os serviços móveis junta-se a liberdade da mobilidade. Agora chegam

também as promessas da banda muito larga.

NO COMPUTADOR ou no ecrã de telemóvel, a Internet chega aos quatro cantos de Portugal de forma cada vez mais ubíqua, potenciando o acesso a plataformas de comércio electrónico virtualmente em qualquer lugar.Mesmo com uma cobertura alargada de banda larga no país, Portugal está agora a entrar no grupo dos mais rápidos com o crescimento das redes de fibra óptica, que garantem muito mais velocidade, ultrapassando os 100 Mbps. Vários operadores estão a apostar nesta tec-

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nologia para levar serviços a casa dos clientes, sobretudo em zonas urbanas do litoral. Mas os projectos de Redes de Nova Geração em zonas rurais, com o apoio do Governo e da União Europeia, estão a avançar e prometem levar as novas velocidades a zonas onde os operadores não teriam interesse comercial em investir, tentando reduzir a chamada “divisão digital”.Por detrás da velocidade está a possibilidade de oferecer mais e melhores serviços, como downloads mais rápidos, televisão sobre IP, vídeo on demand e também experiências mais ricas de compra de produtos, onde a apresentação pode ser acompanhada de vídeos e todo o processo se desenrola de forma mais célere.

ECRÃS MÚLTIPLOSCompanheiro indispensável no dia-a-dia, o telemóvel deixou de ser apenas um co-municador de voz para guardar toda a vida profissional e pessoal, desde a agenda e contactos ao email e fotografias e vídeos da família. A ligação à Internet, facilitada pelos browsers adaptados, os ecrãs de maior dimensão e a maior velocidade das redes móveis, abre também um novo mundo do comércio electrónico e muitas das aquisições online são já realizadas de forma expedita pelos utilizadores destes dispositivos.

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a conquistar os utilizadores em Portugal, ultrapassando já largamente em número de clientes os assinantes de serviço fixo como o ADSL e o Cabo. Uma realidade potenciada pelo programa e-escola.Poder usar o computador portátil para se ligar à informação, serviços e sites de compras em qualquer lugar é uma prática comum para quase 3 milhões de portugueses. E esta liberdade traz também vantagens associadas à comodidade de um ecrã de maior dimensão do que o do telemóvel, e de um teclado completo onde se pode escrever.

Nesta área são os toques, wallpapers e jogos que estão entre as preferências de compra diversos públicos, dos mais novos aos mais velhos, que já reconhecem a facilidade de comprar estes conteúdos e os associam a outros alertas, como informação noticiosa ou meteorológica. Outros produtos já estão a juntar-se às plata-formas móveis para dar mais comodidade ao acesso e compra. Os bilhetes para o cinema e alguns espectáculos podem ser adquiridos directamente pelo terminal móvel que até substitui o bilhete físico. As mensagens curtas podem ainda ser usadas para receber códigos de desbloqueio para compras em máquinas de vending, mas esta é ainda uma possibilidade pouco usada em Portugal, embora a tendência seja para que se assista a uma multiplicação destes serviços.

SAIR DE CASAPara além dos telemóveis e smartphones, o uso da Internet móvel tem vindo também

1 milhão de portáteisOs programas e-escolas e e-escolinhas, para levar computadores portáteis aos alunos dos vários níveis de ensino e professores, está a permitir a muitas famí-lias o primeiro contacto em casa com um computador e com a Internet móvel.

Dar tempo Com a maior disponibilidade de computadores e de largura de banda os utilizadores podem também ser mais generosos e oferecer o seu pailkċ`aċ_kilqp]©§kċl]n]ċājoċ_eajp®ā_ko*ċD£ċf£ċr£ne]oċeje_e]per]o(ċmas uma delas envolve portugueses e espanhóis. A IBERCIVIS usa a capacidade de cálculo dos computadores inactivos para ajudar os cientistas a resolver problemas, como o projecto AMILOIDE, que procura solução para a chamada doença dos pezinhos e a doença de Alzheimer.

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Ligações directas

A Administração Pública continua a reforçar a componente web do contacto com

kċ_e`]`§kċaċ]oċailnao]o(ċoeilheā_]j`kċprocedimentos e permitindo resolver

qi]ċl]npaċoecjeā_]per]ċ`]oċ^qnk_n]_e]oċatravés da Internet.

PEDIR CERTIDÕES, entregar o IRS e pagar o imposto único de circulação, também co-nhecido como o “selo do carro”, são algumas das tarefas que os cidadãos já podem cumprir através da Internet, evitando deslocação aos serviços com a perda de tempo associada. O Estado português tem investido de forma sig-nificativa na disponibilização de mais serviços online, com resultados na facilidade de inte-racção com os cidadãos e empresas mas que também se reflectem na posição de Portugal nos rankings internacionais desta área. Para além dos serviços interactivos – que podem ser completados totalmente online – há uma série de formulários que podem ser descarrega-dos, impressos, preenchidos e depois entregues aos balcões dos serviços da Administração Pública. Neste caso a Internet funciona como facilitador, evitando deslocações duplas. O Portal do Cidadão (www.portaldocidadao.pt) tem um papel agregador que depois se materializa também nas Lojas do Cidadão.O número crescente de Cartões de Cidadão emitidos, com a possibilidade de autenticação através de assinatura electrónica qualificada, vem também dar impulso a serviços que po-dem agora ser totalmente realizados online.

IMPOSTOS ONLINE SIMPLEXA área dos impostos e das contribuições é uma das que tem sido alvo de um maior desenvol-

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das declarações de IRS em 2009 foram entregues através da Internet, num total de mais de 3,6 milhões de declarações de imposto de agregados b]iehe]naoċmqaċ^ajaā_e]n]iċ`aċnaai^khokoċi]eoċn£le`ko*

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com a Administração Pública

vimento em termos de serviços na Internet, mas também na adesão dos utilizadores. A Internet é já o meio preferido pela maioria dos cidadãos para entrega da declaração do rendimento anual (IRS). Este ano mais de 3,6 milhões de declarações de IRS foram entre-gues pela Internet, beneficiando dos prazos alargados nesta plataforma, da comodidade e do pré-preenchimento de alguns elementos de que os serviços de impostos já dispõem nas suas bases de dados. A disponibilização de simuladores, assim como de programas intuitivos que ajudam no preenchimento das declarações e podem ser descarregados para o computador, não são alheios a este sucesso, a par da percepção clara das vantagens por parte dos cidadãos. Para as empresas a possibilidade de conjuga-rem na Informação Empresarial Simplificada (IES) a prestação de contas de natureza contabilística, fiscal e estatística, antes efec-tuada em formatos e momentos distintos e implicando várias deslocações aos serviços,

evitou cerca de 500.000 fotocópias que eram pedidas todos os anos, com poupanças a nível de papel e trabalho associado.

SAÚDE É PRIORIDADEO sector da Saúde foi definido como prioridade para o novo Simplex, mas as mudanças já estão em marcha, com a marcação de consultas através de serviços electrónicos disponível em todas as instituições do Serviço Nacional de Saúde. A consulta das listas de espera para cirurgias online é outros dos exemplos, e este

75%

e-Justiça mais eficientePortugal está na posição de topo dos países europeus na desmaterialização e uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na Justiça. A constituição de Empresas na Hora, os actos de Registo Comercial e a Informação Empresarial Oeilheā_]`]ċ$EAO%ċ_kjpne^qeċpositivamente para esta distinção.

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EMPRESAS EM VANTAGEMA par do que acontece com os cidadãos, os serviços online têm servido os interesses das empresas, não só ao nível dos impostos mas também de uma série de obrigações de infor-mação, como é o caso da Certidão do Registo Comercial online, que agora foi transformada em Certidão Permanente e pode ser consultada por clientes e fornecedores sem necessidade de troca de papel. O Portal da Empresa (www.portaldaempresa.pt), enquanto local central de informação é o ponto de partida certo para

ano deve avançar ainda a criação do registo electrónico de vacinas que substituirá o velho Boletim de Vacinas.Na área da Educação as mudanças multipli-cam-se também com o Plano Tecnológico das Escolas, onde se garantiu numa primeira fase as infra-estruturas de acesso Internet em banda larga, os computadores e quadros electrónicos nas salas de aulas e as redes de acesso locais. O plano já evoluiu para a fase de conteúdos, como a criação do Portal das Escolas, mas por trás há também uma revo-lução silenciosa, com a mudança do software da gestão das escolas, que permite centralizar a informação de forma mais eficaz.

REGISTOS ALINHADOSOutro serviço de enorme importância é o pedido de Certidões e Registos, que podem ser feitos pela Internet para as certidões de nascimento, casamento e óbito mas também para as certidões prediais. As primeiras são úteis para tratar de documentos como o Bilhete de Identidade, enquanto a certidão predial é utilizada para fornecer informação constante do arquivo das Conservatórias do Registo Predial, respeitante à situação jurídica dos prédios.

Serviços integradosO enfoque no cidadão passa também pela criação de serviços transversais, independen-tes das entidades que os lnaop]i(ċjqi]ċāhkokā]ċde end-to-end. Conheça alguns destes serviços, que ainda estão disponíveis apenas em algumas zonas do país:

Balcão Nascer CidadãoPermite fazer o registo de nascimento das crianças directamente nos hospitais e maternidades sem necessidade de deslocação posterior às conservatórias do registo civil. Está previsto que possa também tratar de pedidos de criação de número de segurança social, sistema nacional de saúde e contribuinte para as crianças que acabam de nascer.

Balcão das HerançasÉ um serviço de atendimento único onde se podem realizar diversas operações relacionadas com a sucessão por morte, como a habilitação de herdeiros, partilha e registos, assim como o cumprimento das k^nec]©·aoċāo_]eoċnaolaep]jpaoċ¤ċoq_aoo§kċhereditária e necessários registos.

Balcão Divórcio com partilhaO balcão Divórcio com partilha é um serviço em atendimento único que concretiza uma nova forma de efectuar a partilha por divórcio ou separação de pessoas e bens e os respectivos registos de forma mais rápida, reduzindo formalidades e custos.

Balcão Empresa na HoraPermite a constituição de uma empresa num local único, integrando actos que anteriormen-te estavam dispersos por diferentes organis-mos da AP. Os interes-sados podem escolher qi]ċāni]ċ`]ċheop]ċ`aċāni]oċlnª)]lnkr]`]o(ċseleccionar os modelos de pactos disponíveis e depois deslocarem-se presencialmente para elaborar o pacto da sociedade e efectuar o registo comercial.

Casa ProntaDisponível em quase 300 balcões de todo o país, per-mite realizar num único balcão todos os actos relacionados com a compra e venda de casa, como por exemplo, pagar o IMT, pedir a dispensa do pagamento de IMI, celebrar o contrato de compra e venda do imóvel e so-licitar os registos necessários.

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aceder a um conjunto de serviços.O serviço Empresa online, com a possibilidade de criar uma empresa através da Internet usando a autenticação do Cartão de Cidadão ou de um certificado digital qualificado, é outro exemplo paradigmático da simplificação, que tem também espelho no registo de marcas com o Marca na Hora, e até o encerramento da empresa, com o serviço Extinção da empresa na hora. Para além da rapidez e desmaterialização, foi também possível reduzir significativamente algumas das taxas a pagar.

Serviços integradosO enfoque no cidadão passa também pela criação de serviços transversais, independen-tes das entidades que os lnaop]i(ċjqi]ċāhkokā]ċde end-to-end. Conheça alguns destes serviços, que ainda estão disponíveis apenas em algumas zonas do país:

Balcão Nascer CidadãoPermite fazer o registo de nascimento das crianças directamente nos hospitais e maternidades sem necessidade de deslocação posterior às conservatórias do registo civil. Está previsto que possa também tratar de pedidos de criação de número de segurança social, sistema nacional de saúde e contribuinte para as crianças que acabam de nascer.

Balcão das HerançasÉ um serviço de atendimento único onde se podem realizar diversas operações relacionadas com a sucessão por morte, como a habilitação de herdeiros, partilha e registos, assim como o cumprimento das k^nec]©·aoċāo_]eoċnaolaep]jpaoċ¤ċoq_aoo§kċhereditária e necessários registos.

Balcão Divórcio com partilhaO balcão Divórcio com partilha é um serviço em atendimento único que concretiza uma nova forma de efectuar a partilha por divórcio ou separação de pessoas e bens e os respectivos registos de forma mais rápida, reduzindo formalidades e custos.

Balcão Empresa na HoraPermite a constituição de uma empresa num local único, integrando actos que anteriormen-te estavam dispersos por diferentes organis-mos da AP. Os interes-sados podem escolher qi]ċāni]ċ`]ċheop]ċ`aċāni]oċlnª)]lnkr]`]o(ċseleccionar os modelos de pactos disponíveis e depois deslocarem-se presencialmente para elaborar o pacto da sociedade e efectuar o registo comercial.

Casa ProntaDisponível em quase 300 balcões de todo o país, per-mite realizar num único balcão todos os actos relacionados com a compra e venda de casa, como por exemplo, pagar o IMT, pedir a dispensa do pagamento de IMI, celebrar o contrato de compra e venda do imóvel e so-licitar os registos necessários.

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Porque a aprendizagem se deve realizar ao longo da vida, há que procurar formas mais fáceis e Ăat®raeoċ`aċb]vanċ_qnokoċaċ]lnaj`an*ċO elearning é uma solução já adoptada por instituições de ensino e empresas.

PARA QUEM TEM pouco tempo ou limita-ções na deslocação geográficas, a Internet traz vantagens no acesso a cursos de for-mação interactivos, onde as plataformas de comunicação e produtividade garantem uma comunicação equivalente à presença física com professores e colegas. As empresas perceberam rapidamente as vantagens de poderem formar os seus tra-balhadores sem que estes se ausentassem do local de trabalho, usando o tempo de

expediente ou o período pós laboral, mas as escolas – sobretudo as Universidades – estão também a tirar partido da Internet para oferecerem aulas a alunos que não podem deslocar-se à escola em alguns períodos. Um pouco por todo o mundo a tendência é a mesma e algumas das Universidades mais prestigiadas já colocaram muitos dos seus cursos online, acessíveis de forma gratuita, para quem quiser enriquecer a sua formação em diversas áreas. Há também cursos de formação pagos de diversas especialidades que são realizados pela Internet sem prejuízo de serem feitas depois algumas aulas e acompanhamento regular por formadores. Este acompanha-mento presencial pode ser feito em sala de aula, mas também existe a possibilidade de ser realizado através de ferramentas de vídeo conferência com múltiplos participantes e totalmente interactiva, sendo o termo apli-cado nestas situações de “Conferência Web”, “Web Conferencing” ou “Webinar”.

TIC PediátricaTambém para quem está hospitalizado

a ligação à escola e aos colegas pode ser uma janela de comunicação importante.

22 Unidades Hospitalares de Pediatria já têm as ferramentas para que as crianças conversem através

de webcams ou de blogs, assistindo a aulas e partilhando afectos.

Flexibilidadepara aprender

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vender um produto tem de se registar e criar um perfil, usando uma ou mais fotografias e descrição do artigo. É definido um preço base à partida e abre-se a possibilidade dos outros utilizadores licitarem acima deste valor. Numa data pré-determinada o leilão é fechado e a maior licitação “ganha” a compra do produto. A possibilidade de criar referências para um determinado vendedor é uma das mais valias desta plataforma electrónica face aos sistemas tradicionais. Um utilizador que coloque com regularidade artigos nestas plataformas terá um histórico de sucesso ou insucesso nas transacções e pode ser avaliado em termos de eficácia, qualidade do produto ou tempo de entrega pelo comprador, informação que fica como “currículo” para futuros negócios. Note-se porém que nem tudo é tão claro. Se um vendedor pouco escrupuloso quiser pode

Bazar virtual

OS NEGÓCIOS PASSAM muitas vezes à margem das lojas online e realizam-se di-rectamente entre utilizadores particulares que querem colocar no mercado produtos usados ou serviços. A ideia é herdada das trocas directas realizadas desde sempre, ou das vendas em quermesses, e mais recen-temente dos sistemas de classificados e anúncios pessoais, mas ganha nova dimensão global com a Internet, que disponibiliza também novas ferramentas de avaliação da comunidade que podem ajudar a identificar os bons e maus vendedores. Algumas plataformas online funcionam es-pecificamente para facilitar estes contactos e os sites de leilões são um dos melhores exemplos. Nestes o utilizador que quer

Não é só nas lojas que se podem fazer compras

de bens e serviços. O comércio online passa

também pelas transacções entre particulares que compram

e vendem produtos muitas vezes já usados. Os leilões são um dos bons exemplos.

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abandonar um determinado registo – mal classificado – e abrir um novo na mesma plataforma ou no site ao lado…

CONHECIMENTO DISPONÍVEL A compra e venda one to one está muito imple-mentada na área de imobiliário e automóvel, e começa a ser também mais utilizada para livros, jogos e outros artigos de menor dimensão, sobretudo em leilões. Mas, começa agora a crescer a venda de serviços e de conhecimento dos utilizadores em alguns sites, onde se podem “oferecer” as capacidades de tradução, produção de documentos à medida ou papers já feitos.

Esta venda de conhecimento decorre a par da venda de software ou de pequenas aplicações que respondem a necessidades muito específi-cas e podem ser compradas por meia dúzia de euros, que se podem transformar em milhares pela escala global do mercado.

Livros usados… no sítio do costumePara não perderem as oportunidades que este mercado de vendas one to one representam, algumas grandes livrarias online permitem no seu site este negócio, fazendo intermediação. Os títulos são apresentados ao lado das edições novas e podem ter descontos acima de 60%.

Leilão em 4 passosSe tem um produto que gostava de vender online, experimente os leilões. Em cinco passos pode completar o negócio

@aājenċ^]oaċ`aċhe_ep]©§k

Esperar propostas

A melhor proposta compra o produto

Colocar anúncio1º

5ºAssegurar

pagamento e entrega do produto

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Retratode compradores

bem informados

A crescente disponibilização de computadores e ligação à Internet, assim como a familiaridade

com serviços online, potencia o crescimento das compras na Internet. As experiências bem sucedidas são repetidas em novas aquisições.

TAL COMO ACONTECE a nível internacional, com o crescente número de utilizadores de Internet e a maturidade do mercado, multipli-cam-se os utilizadores fiéis das compras online, sustentados pela maior solidez e diversidade das lojas disponíveis, com produtos atraentes que muitas vezes não podem ser encontrados de forma fácil em lojas físicas. Em Portugal 4,5 milhões de pessoas têm acesso à Internet, um número que cresceu quase 10 vezes nos últimos 13 anos. A taxa de penetração é agora de 53,9% (em Portugal

Continental), aproximando o país do top dos mais avançados nesta área, embora longe dos exemplos da Finlândia, Coreia ou Japão.A evolução das compras online é também de crescimento. Os últimos valores do estudo Netpanel da Marktest mostram que 63% destes utilizadores visitam sites de comércio electrónico, despendendo, em média, mais de 40 minutos em cada site. Por outro lado, 40% dos internautas portugueses já compraram online, existindo ainda um maior domínio entre os homens, apesar da percentagem de mulheres que assumem hábitos de compra

Formas de pagamento que preferem (%)

Costuma utilizar serviços na área de comércio electrónico (%)

52,9

39,2Sexo Masculino

Feminino

15/17 anos

18/24 anos

25/34 anos

35/44 anos

45/54 anos

55/64 anos

+ 64 anos

29,6

50,1

55,8

47,7

36,4

45,0

21,7

Idad

e

Pagamento contra entrega

Cartão de Crédito

Multibanco

Transferência Bancária

MBNet

PayPal

Não respondem

11,6

10,3

7,9

4,2

2,7

2,5

0,8

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online estar a aumentar.Dos portugueses que já fizeram compras online, 36,4% tencionam voltar a comprar através de lojas na Internet, o que mostra que maioritariamente a experiência é bem sucedida. A percepção de insegurança, o receio e a preferência por fazer as compras presen-cialmente justificam a maioria das opções de não fazer aquisições na Internet.

TENDÊNCIA EM CRESCENDOA tendência de interesse pelo comércio electrónico é global, embora seja mais in-tensa nalguns países, e nos últimos anos o salto foi gigantesco. Em 2006 apenas 10% dos consumidores online compravam pela internet, enquanto esse número cresceu para 85% em 2008, indica a informação disponibilizada pela Nielsen.

Quem compra online

40% dos internautas portugueses com

15 ou mais anos, a residir no Continente, já realizaram compras online.

9,1% āvan]iċ_kiln]oċjkoċċċċċċċċċċċċċċċċċ30 dias antes do estudo.

Produtos e serviços que procuram na Internet (%)Fonte: NetPanel da Marktest, 2009

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os

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In

form

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Jogo

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s

9,88,4

7,3

5,8 5,8

3,63,4

2,4 2,4 2,2 1,9 1,7

Preferências geográficas (%) Gastos efectuados em compras na Internet (%) (nos últimos 30 dias)

10,1

8,1

21,4Só compram em site nacionais

Compras em sites nacionais e internacionais

Só compram em sites estrangeiros 0,2

Até 50 Euros

Entre 51 e 250 Euros

Mais de 250 Euros

Não sabem/não respondem

3,3

4,0

1,6

Page 25: Guia Prático ACEPI 2009

As empresas estão a mostrar que o comércio electrónico faz parte

de uma nova atitude competitiva com que querem enfrentar

a concorrência e ganhar mercado. As vendas entre empresas

estão a aumentar acima da média europeia, assim como

os negócios com a Administração Pública suportados em

plataformas electrónicas.

DEPOIS DE UMA PRIMEIRA fase onde o comércio electrónico foi maioritariamente dinamizado pela venda de produtos e ser-viços a particulares, o mercado tem vindo a assistir a uma nova fase de maturidade que sustenta a utilização de mercados electróni-cos de negócios entre empresas e entidades da Administração Pública. Áreas que se têm desenvolvido de forma sustentada em Por-tugal e que levaram até ao reconhecimento recente da Comissão Europeia do nível de desenvolvimento registado. As oportunidades criadas pela possibilidade de chegar a mais clientes, de forma mais rápida e com menores custos, foram percepcionadas pelas empresas que assim se tornam mais competitivas e eficientes.Em concreto, a entrada em vigor do Decreto Lei 18/2008, o Código dos Contratos Públicos, que veio consagrar as plataformas electrónicas como o meio do Estado se relacionar com as empresas no contexto dos seus procedi-mentos públicos aquisitivos. Esta lei veio dar a liderança mundial a Portugal ao nível das melhores práticas nas aquisições por parte do Estado e em particular ao nível da utilização do comércio electrónico.De acordo com o relatório da Comissão Eu-ropeia sobre a iniciativa i2010 para a So-ciedade da Informação, Portugal tem uma das melhores posições na União Europeia

228

Atitudemais

competitiva

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81% das empresas portuguesas têm ligação Internet de banda larga fixaFonte: Relatório da Comissão Europeia sobre a iniciativa i2010

em Negócio Electrónico (eBusiness) e em Comércio Electrónico (eCommerce). O exe-cutivo europeu salienta o forte crescimento da ligação à Internet nas empresas, com mais de 80% a possuírem uma ligação de banda larga fixa, que potencia a exploração de novas oportunidades no negócio online.Os mesmos dados apontam para que 12% das receitas das empresas sejam baseadas no eCommerce, com 19% das companhias a vender online e 20% a comprar online, o que coloca Portugal acima da média europeia. Também na utilização de sistemas desmateria-lizados para troca de documentação financeira com os parceiros, as empresas portuguesas destacam-se da média. CONDIÇÕES FAVORÁVEISNum ambiente onde o investimento em Tecnologias da Informação e Comunicação e Inovação e Desenvolvimento está a cres-cer, as empresas preparam-se para evoluir para novos estágios da economia digital. As que explorarem de forma mais inteligente os negócios electrónicos podem registar mais-valias significativas, tornando-se mais competitivas e promovendo novas formas de relacionamento com os seus clientes e parceiros através de uma nova rede de eficiência, onde os custos administrativos, comerciais e logísticos, especialmente de

aprovisionamento, podem ser reduzidos.Com a adesão a plataformas de venda na Internet, seja através de eMarketplaces ou sites próprios, a empresa abre novas janelas ao mundo, globalizando produtos e serviços e podendo negociar de forma tão fácil com um cliente noutro continente como o faria com um parceiro do outro lado da rua. E os modelos a adoptar podem ser diferen-ciados consoante se pretende vender a con-

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19% das empresas vendem online

20% das empresas fazem compras através da Internet

39% trocam automaticamente dados de negócio com os clientes e fornecedores

24% usam factura electrónica

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distribuição e logística de produtos, levando a uma optimização de processos internos e à redução de ciclos de aprovisionamento dos produtos. Os recursos humanos que antes estavam envolvidos em tarefas puramente administrativas são libertos para novas fun-ções, mais criativas, que deverão ajudar a impulsionar o negócio das empresas.Os gestores ganham também um controle directo e mais informado sobre o decurso da actividade, podendo saber em tempo real como está a correr o negócio, afinando estratégias como a aposta em determinados produtos ou promoções focadas num determinado alvo de clientes, por exemplo.

sumidores finais, empresas ou ao Estado, podendo as empresas escolher o seu âmbito de actuação e a melhor estratégia para perseguir os seus objectivos, que são naturalmente de crescimento e rentabilidade.

VANTAGENS AUTO-EVIDENTESO aumento do número de potenciais clientes, que têm acesso ao catálogo de produtos e serviços sem a necessidade da intervenção de um contacto comercial pessoal, é uma das pri-meiras vantagens reconhecidas pela utilização de plataformas de comércio electrónico.A redução de custos administrativos não é des-prezável, embora seja necessário fazer algum investimento inicial, nem que seja pela adesão a plataformas já existentes e a formação de Recursos Humanos. A redução de custos de deslocação aos clientes, de comunicação pelas vias tradicionais, como o envio de catálogos, por exemplo, e a redução do papel provocada pela desmaterialização dos processos têm de se juntar às contas finais. No entanto, a adesão às plataformas electrónicas para vender ao Estado é totalmente gratuita. Os contactos comerciais pessoais não têm, nem devem, ser totalmente eliminados, mas podem ser focados em clientes chave para a

empresa, em vendas de maior retorno ou na prospecção

de novas oportunida-des em áreas em que

se pretende expandir a

actividade.As vendas online

permitem ainda às empresas planearem

melhor a sua produção e

Porquê vender online ?l Aumenta o númerode potenciais clientes

l Alcance global dos produtos e serviços

l Potencia o aumento das vendas

l Maior promoção da actividade comercial, da empresa e produtos/serviços

l Menos custos operacionais, incluindo de prospecção, promoção e divulgação

l Menos custos de capital

lċċI]eknċaā_e¬j_e]ċ`]ċraj`]ċ

l Enfoque da força comercial nas actividades de maior valor

l Maior controlo da actividade comercial, com informação de gestão em tempo real

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OBJECTIVO: VENDER À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAO peso que a Administração Pública Local e Central tem em Portugal faz com que esta seja uma das mais importantes clientes para muitas empresas de diferentes sectores. Nos últimos anos o Governo tomou medidas para moderni-zar a forma como o Estado compra, sobretudo os organismos centrais, procurando soluções de optimização e centralização de compras que permitam poupanças com estratégias mais eficientes de sourcing e procurement, com uma identificação prévia dos produtos,

Para quem tem preocupações ecológicas a redução do desperdício de papel não é desprezável, assim como, a redução das emissões de CO2.

MODELOS DIFERENCIADOSAs estratégias de venda online não estão limi-tadas às grandes empresas com capacidade de investimento em plataformas próprias. Depen-dendo do modelo escolhido a empresa pode colocar apenas o seu catálogo online, como uma montra, finalizando as negociações offline, ou aderir a uma plataforma electrónica. A aposta na venda a particulares, a empresas ou à Administração Pública é um dos factores mais decisivo na escolha do modelo a adoptar, mas existem actualmente toda uma gama de ferramentas que facilitam a implementação de qualquer uma das estratégias definidas, com maior ou menor investimento inicial. Mesmo a criação de plataformas online próprias de venda ao consumidor está facilitada pela existência de centros comerciais virtuais, onde se “aluga” um espaço para venda e se tem garantida a plataforma de suporte para o processo de venda, de pagamentos e por vezes também de logística e entrega.

Plataformas electrónicas de negócios/eMarketplacesComo alternativa ao desenvolvimento de portais próprios de comércio electrónico, as empresas podem aderir a estas plataformas de intermediação que promovem o relacionamento entre várias entidades compradoras aċraj`a`kn]oċjqiċian_]`kċaola_®ā_k(ċheiep]`kċkqċj§kċ]ċqi]ċ`apaniej]`]ċárea de actividade. Para o vendedor a entrada num eMarketplace abre novas possibilidades de comercialização de produtos e serviços, com o aumento do número de potenciais clientes, enquanto os compradores têm a vantagem de poderem de forma fácil aceder a uma gama vasta de oferta e procurar as melhores condições.

Aposta na satisfação dos clientes

SatisfacçãoReconsideração

Selecção

Investigação

Medição

Reconhecimento

Decisão

CritérioFonte: R.Jolles

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Os procedimentos pré-contratuais passam a ser realizados por via electrónica, eliminando o acto público e fazendo desaparecer o papel.As empresas têm por isso de afinar as estraté-gias de acordo com as novas realidades, para estarem preparadas para explorar o potencial que a Administração Pública representa.

fornecedores e dos melhores preços. A modernização da área das compras públicas assumiu um papel central na estratégia de redução da despesa pública, sendo uma das protagonistas a ANCP – Agência Nacional de Compras Públicas, que lançou um conjunto de concursos públicos que permitem a cele-bração de acordos quadro com as empresas qualificadas.A adopção do novo Código de Contratos Pú-blicos, que entrou em vigor em 2008, embora com uma implementação faseada ao longo do tempo, traz também mudanças na forma como as empresas fornecedoras se relacionam com a Administração Pública. Este código define os procedimentos que decorrem desde o momento em que é tomada a decisão de contratar por uma entidade até à adjudicação do contrato, assim como à sua execução.Entre as principais inovações está a redução do número e da diversidade dos procedi-mentos pré-contratuais e a uniformização da nomenclatura e das regras aplicáveis. Concretamente, ficam apenas previstos o ajuste directo, a negociação com publicação prévia de anúncio, o concurso público, o concurso limitado por prévia qualificação e o diálogo concorrencial.

Promover o seu negócio onlinePara o sucesso da sua presença online é essencial apostar

na divulgação, com publicidade nos canais próprios, ou contacto directo com potenciais clientes. Existem algumas novas estratégias que devem ser

exploradas, como a aposta na melhoria do posicionamento da morada virtual nas pesquisas, a colocação de anúncios pagos nestes sites ou de publicações

especializadas na sua área de negócio. Não deixe também de lado a promoção da empresa nas redes sociais como o Twitter ou o Facebook,

que têm uma importância crescente para muitos internautas.

Palavras-chaveB2B – Business to Business – Negócios realizados entre empresas com recurso a plataformas electrónicas.

B2C – Business to Consumer – Raj`]ċ]ċ_kjoqie`knaoċāj]eoċatravés de plataformas electrónicas.

B2G – Business to Government – Realização de vendas ao Estado também baseada em plataformas electrónicas.

eProcurement – sistema de gestão de compras que pode permitir a automatização dos processos de aprovisionamento de produtos e serviços.

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Comprascom eficiência

Não são só os consumidores āj]eoċmqaċlk`aiċpen]nċr]jp]cajoċ

das compras online. As empresas encontram na Internet uma forma de aumentar o controle

das aquisições e garantir qi]ċjack_e]©§kċi]eoċaā_eajpa*ċ

NEM TODAS AS EMPRESAS têm de ter uma posição activa na venda de produtos online, uma estratégia que pode não ser adequada a todos os modelos de negócio, como é o caso de serviços de valor acrescentado, como a consultoria de negócios, por exemplo. Mas o mesmo não se pode dizer da utilização de plataformas electrónicas para gerir as compras. As vantagens são semelhantes às conseguidas pelos consumidores finais, mas multiplicadas pela dimensão das empresas e a sua capacidade de negociação. Enquanto os consumidores encontram normalmente pre-ços já definidos, porque compram um único

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2,5 mil milhões de euros é o valor previsto para as transacções de comércio electrónico entre empresas em 2011Fonte: Estudo da ACEPI, Netsonda e IDC

produto, as empresas que fazem aquisições de maior dimensão têm outras possibilidades à sua disposição desde a negociação dinâmica de preços, até à definição das condições de entrega ou pagamento.Para além de aquisições pontuais, uma estra-tégia integrada pode trazer benefícios a longo prazo. A centralização das compras, com as consequentes reduções de custos e tempo, a capacidade de obter de forma rápida os preços de diferentes fornecedores e, ao mesmo tempo, garantir maior transparência, são alguns dos principais ganhos obtidos com a adopção de estratégias de compras electrónicas.Claro que não é preciso ser radical e comprar todos os produtos e serviços da mesma forma. Esta é mais uma das áreas onde é necessário ponderar decisões estratégicas e ver onde o potencial garantido com a utilização de plataformas electrónicas traz mais retorno à empresa, causando também menor entropia e resistência dentro da própria estrutura, como por exemplo, fazendo negociações agregadas e depois disponibilizar internamente catálogos para encomendar.

INVESTIMENTO REDUZIDOAo contrário de uma primeira fase das plata-formas electrónicas, hoje em dia não é neces-sário fazer qualquer investimento tecnológico para realizar compras de forma electrónica.

Várias empresas fornecem serviços que po-dem ir desde a consulta ao mercado até ao processo de compra completo, incluindo a requisição dos produtos, obtenção das propostas, negociação e encomendas, até à gestão das entregas e facturação. Alguns destes serviços permitem já a integração com as plataformas de ERP (Enterprise Re-source Planning) das empresas, garantindo maior celeridade na entrada de pedidos e na documentação contabilística e evitando duplicação de tarefas.

O que comprar?As opções de compra são alargadas e correspondem às diferentes necessidades das empresas, garantindo as diferentes plataformas uma r]nea`]`aċoecjeā_]per]ċmqaċr]eċ`ao`aċprodutos consumíveis e equipamento de escritório a matérias-primas essenciais ao desenvolvimento da actividade da empresa. As estratégias podem ser diferenciadas para os vários tipos de aquisições que lk`aiċfqopeā_]nċ]`ao·aoċ]ċ`ebanajpaoċsistemas de compras, com ou sem recurso a sistemas de leilões.

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de empresas que já aderiram a esta plata-forma, o que dará uma noção da dimensão e representatividade do mercado.

SERVIÇOS ALARGADOSA especialização dos operadores de platafor-mas electrónicas tem vindo a resultar numa oferta mais completa de serviços, cobrindo alguns deles todas – ou quase todas – as fases do processo de compra. Com a integração dos sistemas de ERP das empresas é quase transparente a colocação de encomendas que podem ser satisfeitas de forma directa – depois de aprovadas – segundo um catálogo ou contratos pré-negociados. Para categorias mais específicas os clientes podem lançar consultas ao mercado que são geridas a partir das plataformas, libertando tempo e recursos e permitindo obter propostas de diferentes for-necedores, o que garante a escolha da solução com a melhor relação qualidade/preço. Para além do processo de análise das pro-postas, é ainda possível passar depois a uma fase de negociação dinâmica com alguns fornecedores pré-seleccionados, onde estes apresentam contra-propostas, normalmente baseadas na redução de preços. Em alternativa pode ser usado o sistema de leilão, sendo o contrato adjudicado à melhor proposta. A factura electrónica faz já parte dos serviços básicos de grande parte destas plataformas, simplificando a burocracia normalmente en-volvida nestes processos e poupando papel. Os sistemas de pagamento disponibilizados são também diversos e as condições de acerto das contas, faseamento de entregas ou a sua dispersão geográfica por várias sucursais devem ser acordadas na fase de encomenda ou de consulta do mercado.

Entre as plataformas electrónicas, ou eMarketplaces, existem empresas que se especializaram numa determinada área de actividade. Designados eMarketplaces verti-cais, reúnem um conjunto de fornecedores focados nas necessidades específicas de um sector, como por exemplo a Saúde ou a Construção Civil. Há também eMarketpla-

ces horizontais que conjugam uma oferta alargada de bens e serviços que cobrem diferentes áreas de actividade.Antes de se decidir a avançar com uma estra-tégia integrada de compras online, a escolha do operador de comércio electrónico com que pretende trabalhar é um passo impor-tante e que deve ser estudado pela empresa, tendo em atenção factores como o tipo de serviços disponibilizado e a sua adequação às necessidades actuais e futuras de compras, o tipo de fornecedores presente e o número

Vantagens de comprar na Internet l Maior controlo da compra l Oeilheā_]©§kċaċnaaopnqpqn]©§kċ`koċlnk_aookoċpknj]j`k)koċi]eoċaā_eajpaoċl Melhor gestão do capital circulante l Melhores condições de aquisição l Maior número de fornecedores l Leque de oferta mais alargadol Optimização do processo de compral Maior transparêncial Poder negocial acrescidol Mais tempo disponível para negociar

Page 33: Guia Prático ACEPI 2009

Processo optimizadoO processo de compra em mercados electrónicos acaba por não ser muito diferente do que é realizado de forma tradicional, mas todos os passos estão mais sistematizados, o que garante maior transparência e não complica a gestão de quem compra, já que todos os métodos são simplificados. A integração com os sistemas de ERP é assegurada na maioria das situações, evitando duplicação de procedimentos.

Modelos de aquisição

Gestão de requisições As empresas podem colocar online as suas requisições de materiais que já passaram por um processo de autorizações, que pode ser feito também na plataforma. Dependendo das definições, este pedido pode ser satisfeito a partir de um catálogo ou de contratos previamente negociados.

Consulta ao mercadoA empresa divulga neces-sidades e os fornecedores interessados apresentam as suas propostas. As plataformas podem ter já ferramentas de com-paração para facilitar a decisão. A qualidade e capacidade de entrega dos fornecedores pode estar também avaliada, dando ao comprador maiores ga-rantias de cumprimento.

Negociação dinâmicaPode haver também um período de negociação, realizado ou não com su-porte na ferramenta elec-trónica, segundo o método de contra-propostas ou através de um sistema de leilão entre os fornecedo-res pré-seleccionados. A melhor proposta é a escolhida para adjudica-ção. Todo este processo pode decorrer online.

Informação de Performance do Processo de Compras

Integração co

m ERP

MercadoElectrónico

Gestão de Requisições Internas

Gestão de Fornecedores

Consultas ao Mercado

Avaliação de Fornecedores

Reencaminhamento (workflow)

Selecção de Fornecedores

Leilões

Encomendas / Catálogos Electrónicos

Gestão de

requisições Gestão

de consultas

ao mercado

Negociação

Gestão de

encomendas

Gestão de

entregas e

execução

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Anúncios para tocar

A FORMA COMO INTERAGIMOS online veio mudar definitivamente o contexto da publicidade e a maneira como os anun-ciantes e clientes se relacionam. Mais do

que simples espectadores de uma publi-cidade que é mostrada na Televisão, nas

páginas dos jornais ou em cartazes, os utilizadores transformam-

se em participantes num mundo onde a infor-

mação lhes chega num formato

apelativo e dirigido aos seus

interesses e necessidades.

Tirando partido das ferra-mentas disponibilizadas

pelas tecnologias da World Wide Web, as

A interactividade e possibilidade de

personalizar de forma aā_eajpaċkċl¸^he_kċ

a quem se quer dirigir uma mensagem

publicitária está a cativar os anunciantes,

que investem cada vez mais neste canal.

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empresas e grandes marcas podem criar e adaptar as suas mensagens para dezenas de segmentos diferentes de utilizadores, ajustando a informação ao longo do tempo e podendo medir de forma rápida e eficaz o seu impacto através da participação em passatempos, visita a sites e inscrição em mailing lists.De entre os vários tipos de negócio que foram sendo dinamizados pela Internet, este é um segmento que está sem dúvida a crescer, no investimento das marcas mas também nas so-luções inovadoras apresentadas, indo também ao encontro dos interesses dos internautas, que em vez de anúncios aleatórios têm à sua frente algo que pode verdadeiramente servir os seus interesses. Este ano, pela primeira vez, a publicidade online no Reino Unido vai ultrapassar o investimento realizado em televisão. Os números são do Internet Advertising Bureau (IAB), uma associação sem fins lucrativos que reúne empresas responsáveis por 86% do mercado publicitário nos Estados Unidos. A inversão da tendência já era esperada, mas este é o primeiro grande mercado no qual se concretiza, podendo este efeito alargar-se nos próximos dois anos.Entre os factores que empurram este cres-cimento está o tempo que os utilizadores dedicam à Internet face a outros média, que

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tem vindo a aumentar de forma consistente. O uso das redes sociais e da pesquisa como base para navegar num mundo da informação e lazer dinamiza também o investimento, sendo estes dois dos grandes geradores de investimento.

FERRAMENTAS SOFISTICADASA publicidade online começou por se limitar ao texto, evoluindo depois para os banners, tiras de publicidade colocadas normalmente no topo das páginas, com ou sem ligação a

Porquê apostar na Publicidade Interactival Rapidez no lançamento de uma campanha

l Capacidade de reacção, alterando elementos

l Apresentação a potenciais clientes bem seleccionados, em nichos aola_®ā_koċ`aċian_]`k

l Os níveis etários mais jovens passam mais tempo a navegar na internet que noutro media qualquer

l Audiência à medida das ambições da empresa

l Possibilidade de pagar só os resultados obtidos

l Capacidade de controlar e medir quantos utilizadores viram a publicidade e reagiram com acções de consulta ou compra

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Nesta área a intervenção dos reguladores e das entidades de defesa da privacidade tem sido relevante para evitar abusos por entidades com menos escrúpulos.As redes sociais estão também a suportar o seu negócio em publicidade, e mesmo o YouTube está a tentar rentabilizar os milhões de visuali-zações que recebe diariamente com a ajuda da venda de espaço publicitário, que poderá até ser incluída nos próprios vídeos e não apenas na página onde este é mostrado.De entre os vários modelos de divulgação que podem ser utilizados para dar a conhecer as empresas há ainda que reconhecer os Directórios, que podem ajudar os potenciais clientes a localizar o fornecedor certo para determinado produto e serviço, até de forma geográfica. Alguns serviços online já usam a georeferenciação para permitir às empresas anunciarem nos mapas, com apresentação de fotos, morada e telefone e até alguns dados adicionais, como por exemplo o menu do dia num restaurante.

SALTO PARA O MUNDO MÓVELCompanheiros fiéis do dia-a-dia, os telemó-veis e smartphones são também cada vez mais usados em estratégias de comunicação. Por envio de mensagens de SMS, ou activação de alertas quando se entra em determinado

Gerir notoriedadeAs redes sociais e os blogs podem catapultar para a ribalta um produto ou uma

empresa ou levá-la à falência, por isso as marcas têm cada vez maior ejpanaooaċaiċ]_kil]jd]nċaċejĂqaj_e]nċkċmqaċoaċl]oo]ċ

nestes meios que colocam em contacto directo milhões de internautas.

um site da empresa anunciante e em imagem estática. Mas as ferramentas estão agora a anos-luz do que existia nos primórdios da World Wide Web. Os formatos de maior di-mensão, a animação e o vídeo vieram trazer maior criatividade, assim como as formas de apresentação, com sistemas de take-over – em que a publicidade cobre totalmente a página antes desta ser apresentada ao leitor, imagens flutuantes no browser e a substituição dos cursores por ícones que chamam a atenção dos clientes para determinado produto dentro das páginas de conteúdos. O redireccionamento para outro site, onde se obtêm mais informações, se pode participar em passatempos ou inscrever-se em news-letters, faz já parte das práticas habituais, com maior ou menor “requinte”. Em todos os casos o equilíbrio deve ser feito entre a criatividade e a atracção dos potenciais clientes e a garantia da sua privacidade, de preferência sem incomodar demasiado.

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espaço através do serviço de Bluetooth, é fácil comunicar de forma rápida promoções, ofertas especiais e descontos. Mas também nesta área os anunciantes têm de seguir as regras da privacidade definidas para a Europa, que apontam para a necessidade de um acordo prévio do utilizador em receber essa informação.Com o segmento dos smartphones a crescer, os ecrãs de maior dimensão e browsers Web integrados, a fusão entre o mundo da publicidade online vista no computador e do telemóvel está também garantida e cabe aos anunciantes desenharem estratégias que “caibam” nos dois mundos.

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Múltiplos formatos para a publicidade onlineEntre os vários tipos de anúncios que têm sido usados, nos últimos anos a necessidade de diferenciação entre produtos e a disponibilidade de mais ferramentas multimédia têm puxado pela criatividade dos anunciantes que apresentam diferentes formatos, desde o anúncio Ăqpq]jpaċmqaċoaċikraċ]kċhkjckċdo ecrã do utilizador ao anúncio que se expande, ocupando toda a página, passando pelo modelo “papel de parede”, onde o fundo da página é ocupado pela publicidade, que se revela de forma integral quando o rato é movimentado sobre esta área. A abertura em novas janelas do browser, ligando o utilizador a um novo site ou a um micro-site dedicado à campanha, são novas formas a que as marcas recorrem à procura do equilíbrio entre o anúncio e a menor intrusão na navegação Web dos clientes.

é o peso esperado da publicidade online no total das receitas de publicidade a nível global em 2011. Ao contrário dos outros média, como a imprensa escrita, a Televisão e Rádio, a Internet será o único meio onde os anúncios continuarão a crescer em valor e número nos próximos anos.Fonte: ZenithOptimedia

14,9%

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Direitos garantidos no consumo

Tal como numa loja física, os direitos do consumidor são assegurados nas compras online, permitindo reclamações e a devolução de produtos. Conheça as leis

que defendem os consumidores e as formas como pode resolver eventuais litígios.

MESMO QUANDO se seguem todas as re-comendações inerentes a uma boa compra, há sempre casos em que o resultado não é totalmente satisfatório. O produto não tem a mesma aparência que reconheceu nas fotografias mostradas no site, não serve os seus objectivos ou simplesmente não fun-ciona, tudo problemas que também podem também acontecer quando se compra algo numa loja física. Nas lojas na Internet os direitos de devolução também funcionam, protegendo o consumidor.

Os fornecedores são até obri-gados a prestar mais informa-ção, garantindo aos clientes a possibilidade de fazer uma es-colha livre e informada. Como não se trata de uma compra presencial, a lei determina que a informação tem de ser mais completa, substituindo a aprovação feita pelo contacto directo. Assim, as medidas, peso e a descrição do produto devem ser muito detalhadas, enquanto a fotografia deve

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60%`koċ_kjoqie`knaoċp¬iċ`eā_qh`]`aċ`aċfazer compras online noutro país da UE.Fonte: Comissão Europeia

Recursos válidosCaso surjam problemas numa compra realizada online deve contactar numa primeira fase o fornecedor e pedir o cumprimento das regras de devolução. Se não resultar deve recorrer à Direcção-Geral do Consumidor ou aos Centros de ]n^epn]caiċ`aċ_kjĂepkoċ`aċ_kjoqikċ`]ċoq]ċ£na]*ċOaċkċoepaċlanpaj_anċ]ċ]hcqi]ċ]ook_e]©§kċkqċperanċqi]ċ_anpeā_]©§kċlk`aċ]ej`]ċna_knnanċ]ċaop]ċajpe`]`a*

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ser elucidativa. O prazo de entrega, contado a partir da data de recepção da encomenda, e o regime de garantia e assistência pós-venda fazem parte da informação obrigatória.Também o preço deve ser claro, apresentando o valor total a cobrar pelo produto antes de terminado o processo de compra, o que inclui taxas e portes.Note porém que quando faz uma aquisição fora da União Europeia os produtos terão de ser taxados com IVA e podem incorrer em custos adicionais pelo transporte, uma informação que pode estar presente apenas no momento do pagamento.Verifique também se são claros os dados da entidade vendedora, que é obrigada a apre-sentar informação sobre nome e domicílio. Pela legislação portuguesa não é permitido indicar apenas contactos de telefone, correio electrónico e apartados, facilitando o contacto directo já que em caso de conflito poderá ser mais fácil dirigir-se a uma loja física da marca ou à sede para fazer a reclamação.

O comprador tem o direito de comunicar a sua desistência no prazo de 14 dias a partir da data de assinatura do contrato ou da re-cepção dos produtos. Deve apresentar a sua desistência através de carta registada.Para reforçar os direitos dos consumidores nas compras à distância foi publicado em 2008 um novo diploma que estabelece que quan-do o direito de resolução tiver sido exercido pelo consumidor e o fornecedor não fizer o reembolso no prazo de 30 dias este fica obrigado a restituir o dobro da quantia paga inicialmente pelo produto.Em caso de dúvida pode optar por pedir apoio às entidades competentes na mediação de conflitos, mas não se esqueça que estas só serão eficazes se a entidade à qual fez as compras se reger pela lei internacional e puder ser identificada.A Comissão Europeia tem mostrado a sua preocupação por garantir um mercado único também nas compras online e quer harmonizar a legislação existente.

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a considerarAs compras na Internet são tão seguras

como nas lojas convencionais, mas há alguns factores a ter em conta para que a

experiência decorra de forma positiva. A opção lknċi]n_]oċ`aċ_kjā]j©]ċaċoepaoċ_kjda_e`koċaċcredenciados faz parte dos cuidados básicos.

Precauçõesa considerar

TAL COMO ACONTECE no mundo físico, as compras na Internet devem reger-se por alguns princípios que, se observados, garantem uma experiência sem sobressaltos. Da mesma forma que não iria comprar produtos falsificados num qualquer vendedor na rua, também online é preciso validar o que está a adquirir e a quem. Por isso as marcas de confiança

se tornam importantes e vale a pena procurar uma loja com a qual já se tem experiência directa ou recomendações de amigos. Lembre-se que mais vale fazer uma compra segura do que apostar no “negócio da China”, até porque nestes casos não tem a certeza de que vai receber os produtos que adquiriu em bom estado. A comparação dos artigos e a leitura atenta de todas as características e condições de entrega fazem também parte dos cuidados básicos a observar. Se não está muito familiarizado com línguas estrangeiras opte por comprar num site por-tuguês, onde a comunicação será facilitada

e a proximidade traz mais garantias de que serão observadas as leis locais

que regem as compras e vendas. A legislação de protecção do consumi-dor não é igual em todos os países e se tiver uma reclamação a fazer terá mais dificuldade num país

longínquo do que em Por-tugal. Note ainda que, da

mesma forma, nem todos os países possuem o conceito de protecção de dados pessoais que

a Europa desenvolveu e que se fornecer informação pes-soal ela poderá ser usada

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por parceiros dessa empresa para fazerem ofertas comerciais, inundando-lhe a caixa de correio de spam. Se é a primeira vez que está a fazer compras numa determinada loja online verifique tam-bém se o site tem informação de contacto. Não arrisque aquisições em sítios que apenas indicam o endereço de correio electrónico ou um apartado postal já que pode não conseguir voltar a contactá-lo se surgir algum problema com a encomenda.

VALIDAÇÕES GARANTIDASÉ igualmente importante validar que o site onde vai fazer a sua aquisição está devidamen-te identificado. Uma das técnicas usadas por hackers na Internet consiste em “disfarçar” os sites, dando-lhes um aspecto de um sítio fami-liar, levando os internautas a introduzir dados pessoais e informação de pagamento. Verifique sempre se o endereço que aparece na barra de topo do navegador é o correcto e se o site usa protocolos seguros para comunicação de dados, o que é mostrado pela mudança do endereço de topo para “https” e pela utilização de uma imagem de um cadeado ou uma coloração verde, o que acontece nas versões mais recentes de alguns navegadores de Internet. Muitos dos sites com mais experiência no comércio electrónico possuem também

certificações feitas por entidades indepen-dentes, como a ACEPI. É uma boa estratégia apostar nas compras nestes sítios já que têm os procedimentos validados por estas entidades, que também podem servir de mediadores de conflitos. Se todas estas recomendações foram observadas não há razão nenhuma para que a experiência de compra não seja um sucesso e crie uma relação de continuidade, na qual também o vendedor está interessado.

Cuidados a considerar

Procure marcas e lojistas `aċ_kjā]j©]ċ

Compare cuidadosamente os artigos, características e condições de entrega

Privilegie compras em sites portugueses

ċRaneāmqaċ]oċjkni]oċde protecção ao consumidor

Proteja a sua informação pessoal

Não introduza os seus dados de pagamento em sites não seguros

Lnaān]ċoepaoċ_kiċ_anpeā_]©§kċ`aċoacqn]j©]ċe/ou de entidades do sector

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ANACOMwww.anacom.ptA ANACOM foi designada entidade de supervisão central do Comércio Electrónico em Portugal, função que acumula com a de autoridade reguladora na-cional dos sectores das comunicações electrónicas e dos serviços postais. Neste contexto, recaem sobre a ANACOM funções ao nível da regulamentação, supervisão, contencioso e informação. Neste espaço encontrará informação relevante, sistematizada e actual, relacionada com o comércio electrónico.

DIRECÇÃO-GERAL DO CONSUMIDORwww.consumidor.ptInstituto público ao qual estão cometidas funções na área da formação e informação dos consumi-dores e de apoio às associações de consumidores, no domínio da segurança de produtos e serviços de consumo e no sector da publicidade, neste caso fiscalizando e instruindo processos de con-traordenação.

DIRECTÓRIO ACEPIdirectorio.comercioelectronico.ptNo Directório da ACEPI pode encontrar uma lista dos sites de comércio electrónico em Portugal, organizados por áreas. Esta lista poderá ser um excelente ponto de partida para localizar novas lojas e produtos.

E-YOU GUIDEhttp://ec.europa.eu/information_society/eyouguide/index_en.htmPreocupada com o acesso à informação dos cidadãos sobre os seus direitos online, a Comissão Europeia criou um site onde responde às principais dúvidas. Infelizmente não tem versão em português.

ACEPI – ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO ELECTRÓNICO E PUBLICIDADE INTERACTIVAwww.comercioelectronico.ptwww.acepi.com.ptA ACEPI - Associação de Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva é uma organização indepen-dente sem fins lucrativos, de pessoas individuais e colectivas, visando o estudo e a implementação das diversas formas de Comércio Electrónico e Publicidade Interactiva, constituindo um fórum independente e aberto para o debate, potenciação, promoção, generalização e dignificação do Comér-cio Electrónico e da Publicidade Interactiva em Portugal. No site da ACEPI pode ainda encontrar um directório com todos os sítios de comércio electrónico associados, assim como informação sobre o processo de acreditação. Estão ainda dis-poníveis estudos sobre o sector e a legislação que regula estas áreas.

UMIC - AGÊNCIA PARA A SOCIEDADE DO CONHECIMENTOwww.umic.ptA UMIC – Agência para a Sociedade do Conhe-cimento, IP é o organismo público com a missão de coordenar as políticas para a sociedade da informação e mobilizá-las através da promoção de actividades de divulgação e investigação.

Ligações úteis