H-alt nº1

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Revista digital de BD H-alt sobre Sci-fi, fantasia e realidade/história alternativa.

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Editorial-

entrevista exclusiva com paul Pope-

O relojoeiro-

loteria-

Edgar- o colecionador de monstros-

os segredos de atlantida-

melhor nao saber-

a genese-

novas instalacoes-

ilustra- Dina Barbosa-

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Ilustra- Joao raz-

ilustra- Paul neberra-

historias reais- o inicio do fim? -

monstro do fumo-

one man job-

evento 1993-

o festival-

tangentes-

A montanha das nuvens negras-

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Entrevista

EditorSérgio Santos

DesignSérgio Santos

Ilustração da capaPaul Neberra

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[email protected]

h-alt.weebly.com

Este é o 1º número da revista de BD H-alt, após meses detrabalho e esforço.Tal não seria possível sem o esforço e dedicação dos vários colaboradores que participaram na criação das várias histórias de BD. Neste número tivemos o privilégio de ter uma imagem de capa do grande artista Paul Neberra.

Será também possivel ler uma entrevista exclusiva de Paul Pope, um nome conceituado nos comics americanos. Surge também uma secção chamada Ilustra onde é possível conhecer autores e trabalhos artisticos relacionados com as temáticas gerais da revista.

Agradecemos todas as palavras de incentivo e apoio e desejamos que os leitores possam apreciar o nosso trabalho e voltem novamente quando sugir o próximo número.

Sérgio Santos

ISSN 2183-6477

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Paul Pope é um ilustrador e autor de BD que vive e trabalha em Nova York. Ao longo do tempo conquistou uma reputação internacional como artista e designer. Apesar de trabalhar sobretudo na BD alcançou também muito prestigio como ilustrador.

É possível aceder a mais informação no site do autor em http://paulpope.com/.

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM PAUL POPE

ZOOM

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ENTrEvISTA

A primeira vez que li um dos seus livros pensei que fosse um autor de BD europeu? Alguém já lhe disse isso?

Sim, os artistas europeus e especialmente os franceses e os italianos foram grandes influências na minha infância. Pratt, Manara, Moebius, Crepax, etc...

Nas suas histórias de BD, noto alguma influência do manga japonês. Concor-da com isso?

Sim, Eu trabalhei e morei no Japão na década de 1990 durante muitos anos. Fiz trabalhos de manga para a Kodansha, embora não muitos e foram publicados.

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Trabalhou com ilustrações para marcas bem conhecidas (Diesel, DKNY ...) e empresas ligadas ao entretenimento. Como explica que tenham surgido essas oportunidades?

Eu trabalhei com uma agência de publicidade de NYC chamada HappyCorp na década de 2000 e por causa disso fiz muitos contactos através dessa associação. Gosto de trabalhar em meios fora da BD, é interessante.

Ganhou inúmeros prémios, isso funcionou como um estímulo para melhorar seu trabalho? Mas também trouxe um aumento acrescido de pressão?

Sim concordo com as suas questões, acho eu. É bom ser reconhecido pelos seus esforços, mas no final do dia, não podemos “comer” prémios, devemos continuar a aprender e a crescer como artistas.

Você prefere trabalhar a preto e branco ou com cor e porquê?

Eu gosto de trabalhar com os dois processos, embora eu acho que eu prefiro mais o P/B se eu tivesse que escolher um sobre o outro. Desenhar a preto e branco é mais simples, puro e directo.

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Como foi a experiência de trabalhar com o Batman na DC?

Correu bem assim que me acostumei com isso. Foi intimidante no início, com certeza. Eu já trabalhava em BD há mais de 15 anos quando comecei a trabalhar com o projecto com Batman e já anteriormente tinha alguma experiência com grandes personagens e grandes editoras . O meu editor Bob Schreck foi um óptimo guia e amigo que muito me ajudou.

Sente simpatia por teorias libertárias? Parecem estar muito presentes em muitas das suas histórias.

Eu acho que o discurso político, especialmente nos EUA foi suavizado e corrompido ao ponto onde eu não gostaria de ficar associado a um qualquer rótulo. Eu concordo com o ensaio de Thoreau a respeito da desobediência civil. Estou mais interessada nele e em Lao Tzu do que noutros autores. Eu não tenho muita fé no poder centralizador nas mãos de poucos. Eu sou muito céptico em relação ao poder.

Quais são as suas maiores influências literárias?

Eu gosto dos clássicos. Eu gosto de escritores do séc. 19 e 20. Eu leio muitas biografias, principalmente de artistas e músicos. Infelizmente não tenho muito tempo para ler por prazer agora, quando o faço ultimamente é principalmente para trabalho de investigação.

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Qual foi a obra em BD que contribuiu mais para a progressão da sua carreira?

Para mim, pessoalmente? Eu diria que seriam alguns dos meus mais recentes trabalhos como criador-autor. Battling Boy e THB.

Não tem feito muito trabalho em colaboração com outros autores (argumentistas, coloristas) em BD?

Eu prefiro trabalhar sozinho normalmente. Tenho certeza de que irei colaborar com outros autores no futuro.

O seu estilo é muito expressivo. Quando cria as suas bandas desenhadas tem uma abordagem mais intuitiva ou metódica?

Intuitivo, acho eu.

Infelizmente eu não tive a oportunidade de ler muitos livros criados por si, mas eu gosto muito do “100%”. Eu realmente acho que é um livro notável. Gos-to especialmente da história de amor entre os dois personagens principais.

Obrigado, eu acho que o livro mantém-se actual apesar das muitas falhas que eu lhe poderia apontar. É, pelo menos um trabalho honesto. Reflecte com precisão os meus pensamentos e sentimentos que tinha com 28 ou 29 anos.

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No presente momento o que gostaria de explorar BD que ainda não teve oportunidade de fazer?

Eu estou interessado principalmente em continuar a escrever e desenhar minhas próprias histórias pessoais, qualquer que seja o assunto.

Qual seria a sua mensagem aos jovens autores de BD que às vezes estão indecisos se devem seguir esta carreira ou outra?

Eu procuro sempre evitar essas perguntas do tipo “guru”. Acho que quando se ama algo devemos trabalhar de forma afincada para sermos bem sucedidos, artisticamente e financeiramente. Não existe um único caminho e quando muitas vezes vamos atrás de outra pessoa acabamos por perder-nos. Eu sei que para mim a BD é algo excepcional, eu faria tudo o que fiz quer ganhasse dinheiro ou não com isso. É um exercício criativo que eu amo verdadeiramente e ao qual sou muito dedicado.

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O relojoeiro

Argumento: Carlos SilvaDesenho: Filipe Duarte

Cores: Nádia Carmo

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loteria

Argumento: Angelo DiasDesenho: José Pistilli

Cores: José Pistilli

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edgar- o colecionador de monstros

Argumento: André MorgadoDesenho: João Paulo Bragatto

Cores: João Paulo Bragatto

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os segredos de atlantida

Argumento: Joana varandaDesenho: Mitsu

Cores: Joana varanda

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melhor nao mudar

Argumento: Bernardo SilvaDesenho: João Cruz Tavares

Cores: João Cruz Tavares

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a genese

Argumento: Liliana MaiaDesenho: Liliana Maia

Cores: Liliana Maia

O objectivo da H-alt é criar histórias colaborativas. Excepcionalmente e devido ao grande mérito do

trabalho da Liliana Maia achamos que valia a pena quebrar as regras.

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novas instalacoes

Argumento: Dário FernandesDesenho: Pedro Ferreira

Cores: Pedro Ferreira

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Dina BarbosaIlustradora

Após a Licenciatura em Design de Comunicação em 2007 e um curso técnico de produção multimédia em 2008, iniciou actividade enquanto designer gráfica freelancer em 2009.

Após alguns anos dedicados sobretudo a implementar e expandir o seu negócio, sem nunca perder de vista o desejo de se dedicar igualmente à ilustração de forma séria, é finalmente em finais de 2013 que começa a movimentar-se nesse sentido. O desejo de criança, alimentado de forma um pouco irregular ao longo dos anos sabia cada vez mais a insatisfação, tornando-se já demasiado pesado e até doloroso para ignorar.

Adere então a alguns grupos de ilustradores nos meios sociais, organiza dois encontros de ilustradores no Porto, acabando por encontrar , o grupo Desenhos, Inks & rabiscos, onde participa nas suas Zines “Fantasia”, Ficção Científica” e Terror.”No seio do grupo, partilha trabalhos e começa a relacionar-secom outros ilustradores mais e menos experientes de quem adquire conselhos e doses generosas de companheirismo.

Em 2014, após a falta de resultados interessantes nas duas reuniões de ilustradores que organizou, decide enveredar por uma actividade mais prática e convida amigos e colegas para organizar uma exposição colectiva que resultou num projecto de criação de um baralho de tarot ilustrado - Tarot Collective .O projecto teve continuidade em 2015, originando uma nova exposição colectiva e um livro intitulados “Contos do Fantástico” da autoria de Jordana Nicolau.

http://www.graphicboost.net

https://www.facebook.com/graphicboost.artworks

https://www.behance.net/graphicboost

ILUSTrA

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Joao razIlustrador

João raz nasceu em vendas Novas a 30 de Setembro de 1976. Nascido e criado no Alentejo, trocou os costumes e os cheiros característicos daquela região, por outra cidade “além Tejo”, o Barreiro, local onde reside há mais de catorze anos.

Desde a infância que se deixou encantar pelo desenho e pela ban-da desenhada nas mais variadas vertentes e estilos. Desde que aprendeu a ler que se tornou um consumidor compulsivo de revistas de comics, livros de ilustrações e Sketchbooks que mais tarde se tornariam os seus referenciais artísticos.

Stan Lee, Jim Lee, Todd Macfarlane, Jim Starlin, Jack Kirby e o incontornável Frank Frazetta foram as verdadeiras influências e heróis de infância.

Já participou em várias exposições e tem publicados inúmeros trabalhos em diversas publicações. É o fundador do popular grupo do Facebook Desenhos, Inks e rabiscos.

http://joaoraz.wix.com/joaoraz

http://joaoraz.blogspot.pt/

https://www.facebook.com/JoaorazIlustracaoEBandaDesenhada

http://www.graphicboost.net

https://www.facebook.com/graphicboost.artworksGraphic Boost Artworks

ILUSTrA

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Paul neberraPintor

Paul Neberra nasceu em Mainz, capital do estado federal de Renânia-Palatinado na Alemanha, a 6 de Janeiro de 1982. Aos 6 anos mudou-se com a família para Portugal, onde iniciou a sua escolaridade.

À medida que foi crescendo, sentiu-se dividido entre as suas duas grandes paixões, a ciência e a arte. Mas terminando o secundário decidiu enveredar pelo Design e matriculou-se no IADE Instituto de Design e Marketing. Concluiu a sua licenciatura em 2004 e começou a trabalhar como ilustrador num projeto de revistas infantis.

Entre 2006 e 2007 foi designer/criativo numa pequena agência de publicidade e após esse período esteve a lecionar softwares gráficos numa escola de formação em Lisboa. Permaneceu no ensino durante 5 anos, dando também aulas de TIC, sem nunca deixar de criar ilustrações, sobretudo em formato digitais.

Desagradado com a ideia de se tornar um teórico, decidiu deixar o seu trabalho e dedicar-se por inteiro à pintura. Para desta forma dar vida às criaturas e personagens bizarras do seu imaginário.

Neberra define-se como um contador de histórias dentro da corrente artística Pop Surrealismo.

http://www.neberra.com

https://www.facebook.com/neberra

ILUSTrA

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Vidas Reais - O Inicio do Fim?

Argumento: Marcio AmorimDesenho: Alberto PessoaCores: Alexandre Câmara

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monstro do fumo

Argumento: Ross CypherDesenho: Sérgio Santos

Cores: Alexandre Câmara

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One Man Job

Argumento: João TavaresDesenho: Sérgio Santos

Cores: Ana Pais

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evento 1993

Argumento: Edgar AscensãoDesenho: Paulo vicente

Cores: Francisco Boavida

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O festival

Argumento: Fernando AiresDesenho: Mitsu

Cores: Mitsu

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tangentes

Argumento: Lisandro MotaDesenho: Paulo vicente

Cores: Paulo vicente

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Conto: Paulo GomesIlustrações: Paulo vicente e Nelson Mota

Apesar da H-alt ser uma revista de BD considerou-se que

seria positivo publicar também contos escritos .

A paginação é da autoria de Paulo Gomes.

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