HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

132
Arquitetos descrevem a criação do Plano Diretor de Obras no Hospital Santa Catarina em São Paulo Uma dupla inovadora Célia Bertazzoli e Marcos Cardone, da Cabe Arquitetura ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS TRAZ OBRAS DA COPA DE 2014 Ano 02 I Edição nº 04 I R$ 45,00 Junho I Julho I Agosto I 2012 www.healtharq.com.br

description

Revista segmentada para a área de arquitetura e engenharia hospitalar.

Transcript of HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

Page 1: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

1ARQ

Health

Arquitetos descrevem a criação do Plano Diretor de Obras no Hospital Santa Catarina em São Paulo

Uma dupla inovadora

Célia Bertazzoli e Marcos Cardone, da Cabe Arquitetura

EspEcial construçõEs sustEntávEis traz obras da copa dE 2014

Ano 02 I Edição nº 04 I R$ 45,00Junho I Julho I Agosto I 2012www.healtharq.com.br

Page 2: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

2 ARQ

Health

Page 3: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

3ARQ

Health

Page 4: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

4 ARQ

Health

Page 5: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

5ARQ

Health

Page 6: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

6 ARQ

Health

Page 7: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

7ARQ

Health

Page 8: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

8 ARQ

Health

PUBLISHEREdmilson Jr. Caparelli

REDAÇÃODenize Rodrigues

[email protected] Soares

[email protected] Cruz

[email protected]

FOTOSBanco de Imagens

Jailson RainerJo Capusso (capa/matéria de capa)

Priscila Soares

DEPARTAMENTO DE ARTECriação e Diagramação: Erica Alves

DEPARTAMENTO COMERCIALGiovana Teixeira

[email protected] Rainer

[email protected] Anne Matta

[email protected] Del Lama

[email protected]

ASSINATURAS E CIRCULAÇÃ[email protected]

OPERAÇÕESDepartamento Jurídico

[email protected] - Global Pesquisa

Suporte e Atendimento [email protected]

GRUPO MíDIARua Antonio Manoel Moquenco Pardal, 1027

Ribeirânia - Ribeirão Preto - SPCep: 14096-290 | (16) 3629.3010

SUCURSAL SÃO PAULO

Leandro [email protected]

Rosana AlvesAvenida Nova Independência, 1.061 - Brooklin

CEP: 04570-001 - São Paulo - SP(11) 95138-1615

www.grupomidia.com

CARTA AO LEITOR

Frutos do planejamentoCriar um cronograma e

acelerar os planos para ten-tar cumprir cada tarefa de uma obra, não é nada fácil. Metas estabelecidas por hospitais, clínicas e escritó-rios do setor da construção são tidas como uma mis-são mais que desafiadora. Para apresentar um pouco desse conceito de etapas e exigências pré-estabeleci-das em uma obra da saúde, trazemos algumas matérias com o tema Plano Diretor em Obras (PDO).Na reportagem de capa,

citamos a fórmula inteligen-te adotada pela diretoria e arquitetos do Hospital Santa Catarina (SP) ao implantar o PDO nos processos de am-pliação da instituição. Va-mos citar que essa medida detalhada garantiu resulta-dos positivos aos integran-tes e beneficiados da obra. Ainda sobre o Plano Diretor, a revista traz uma entrevis-ta com a arquiteta Eleonora Zioni que aponta os rumos sustentáveis que esta ação oferece.Para seguir com as novi-

dades, esta edição terá a participação de dois dos principais percussores da

arquitetura da saúde no Brasil. A publicação possui entrevista e matéria com os arquitetos Domingos Fio-rentini e Siegbert Zanettini. Eles relatam o início da car-reira que ultrapassa mais de quatro décadas de história. Outra seção interessante é a cobertura da 19ª Hospitalar que contém novidades da arquitetura, destaques nos estandes do consagrado evento da saúde. Elaboramos também o

especial “Construções Sus-tentáveis” sobre algumas obras da Copa do Mundo de 2014. Vamos destacar o impacto e as inovações dos estádios de Minas Gerais e Ceará.

Boa leitura!

Edmilson Jr caparelliPublisher

DIRETOR PRESIDENTEEdmilson Jr. Caparelli

[email protected]

ADMINISTRATIVO E FINANCEIROLúcia Rodrigues

[email protected]

MARKETING E EVENTOSErica Alves

[email protected]

Page 9: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

9ARQ

Health

Page 10: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

10 ARQ

Health

CAPA

ARQUITETURA PLANEJADA

Desempenho do Plano Diretor no Hospital Santa Catarina em São Paulo é destacado pela arquiteta Célia Bertazzoli e o es-pecialista em urbanismo Marcos Cardone

77

ARQ entrevista

DOMINGOS FIORENTINI

Conceituado arquiteto do setor da saúde relem-bra a trajetória profissio-nal ao construir inovado-res hospitais e clínicas.

20

CRIATIVIDADEUNIDADES PEDIÁTRICAS54ARQ reformaEM BUSCA DA MODERNIZAÇÃO58HUMANIZAÇÃOPAVIMENTOS SOFISTICADOS72CONSTRUÇÃOSEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES102CONSTRUÇÃONOS MOLDES EXATOS104AMPLIAÇÃOMONTAGEM EQUILIBRADA107

Arquitetos descrevem a criação do Plano Diretor de Obras no Hospital Santa Catarina em São Paulo

Uma dupla inovadora

Célia Bertazzoli e Marcos Cardone, da Cabe Arquitetura

EspEcial construçõEs sustEntávEis traz obras da copa dE 2014

Ano 02 I Edição nº 04 I R$ 45,00Junho I Julho I Agosto I 2012www.healtharq.com.br

Page 11: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

11ARQ

Health

NESTA EDIÇÃON.04 | Junho -Julho -Agosto | 2012

ESTRUTURASOLUÇÃO PARA ACELERAÇÃO113

boletim ARQ12

RESPONSABILIDADE SOCIALSOLIDARIEDADE NA CONSTRUÇÃO128

ARQ destaqueDÉCADAS DE CRIAÇÕES14

DESIGNDETALHES QUE FAZEM DIFERENÇA120SUSTENTABILIDADERESULTADO MAIS QUE ORDENADO124ENGENHARIAA INFORMALIDADE ESTA CHEGANDO126

FUNCIONALIDADECOMODIDADE NO ESPAÇO PÚBLICO117

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

ESPECIALCONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

29

82

30 Assuntos da arquitetura na Hospitalar 2012

32 Visão no futuro

35 Para planejar a arquitetura

36 Curiosidades do Mater Dei

40 Livrando das bactérias

44 Para iluminar o hospital

48 Um verdadeiro registro

50 Pioneira nos prédios da saúde

52 Aqui a resistência é maior

84 Futebol com sustentabilidade

88 Corrida pela otimização

92 Monumento sustentável

100 Um ar mais agradável

A 4a edição da HealthARQ traz algumas notícias e fatos que foram destaques nesses ultimos três meses no setor da arquitetura e construção na saúde.

Page 12: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

12 ARQ

Health

A Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospita-lar (ABDEH), realiza de 04 a 07 de setembro, o V Congresso Brasileiro para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar, no Bourbon Conven-tion Ibirapuera (avenida Ibirapuera, 2927 - São Paulo - SP). O tema

principal do evento será “Ambientes de saúde: projetos, práticas e perspectivas”. Nesta edição, estão confirmados palestrantes internacionais como a arquiteta norte-americana Jain Malkin, para falar sobre “Projetos Baseados em Evidências”. Informações: www.ab-deh2012.com.

O V Seminário Hospitais Sustentáveis (SHS) será realizado nos dias 11 e 12 de setembro de 2012, das 8h30 às 18h, no Instituto de Pes-quisas do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo (SP). O evento irá des-tacar medidas sustentáveis com a participação de Josh Karliner - Co-ordenador Internacional da organização Saúde Sem Dano (Health Care Without Harm). Inscrições estão abertas. Mais informações no site: www.hospitaissaudaveis.org.br.

Produtores rurais de Nova Mutum (MT) somaram forças à campanha em prol do Hospi-tal de Câncer de Mato Grosso. Em um jantar realizado na sede do sindicato rural do muni-cípio, no mês de agosto, foram arrecadados R$ 60 mil. Todo o dinheiro será revertido para equipar e reformar uma ala do hospital, que está abandonada há quase duas décadas. As obras estão sendo realizadas pelos profissionais da Casa Cor Mato Grosso.

conGrEsso Evento da abdEH cita ambientes de saúde com arquitetos internacionais

sustEntávEl seminário destaca a importância das práticas verdes nos hospitais

solidariEdadEprodutores do Mato Grosso arrecadam r$ 60 mil para Hospital de câncer

boletim ARQ

Page 13: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

13ARQ

Health

Novos vestiários, guarda-volumes e uma nova lavanderia foram inau-gurados no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), em Campo Grande (MS), pelo Governo do Estado no final de agosto, durante as comemorações de 15 anos de atividades da instituição. As obras de reforma e ampliação integram o Plano Diretor da Saúde, que destinou recursos de aproximadamente R$ 20 milhões para obras de infraestrutura e aquisição de equipa-mentos para o hospital. Com a conclusão das obras, o setor está em fase de testes para que entre em completa operação em aproximadamente 50 dias.

O Hospital do Câncer de Umuarama (PR), que está sendo construído no alto da Avenida Paraná, deverá entrar em operação já no primeiro semestre de 2013. A informa-ção foi confirmada pelo presidente da União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer (Uopeccan), durante visita à obra. O andamento da construção está dentro do cronograma e 60% da obra já está pronta. Além da colaboração da comunidade e de empresários, o Governo do Pa-raná liberou R$ 6 milhões para custear parte da construção.

O Sinhá Hospital Materno-Infantil de Ribeirão Preto (SP) reali-zou no final de agosto, um evento de inauguração da nova Uni-

dade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica e recepção. Com a inauguração, o local passa a oferecer 25 leitos de UTI Neonatal, oito leitos especializados em prematuros e 11 leitos de UTI Pediátrica. A unidade vai disponibilizar toda infraestrutura e recursos humanos especializados para a moni-torização e tratamento intensivo do recém-nascido e de crianças que necessitam de atendimento de alta complexidade.

Espaçosinvestimentos ampliam infraestrutura de instituição hospitalar no Ms

prazoEntidade mantém cronograma de entrega de hospital do câncer no pr

ModErnizaçÃo Maternidade do interior de sp inaugura nova uti pediátrica e recepção

Page 14: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

14 ARQ

Health

Décadas de criações Zanettini relembra trajetória com cerca de 1.200 projetos realizados e suas construções em aço destaques no cenário da arquitetura hospitalar

ARQ destaque

Page 15: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

15ARQ

Health

Mesmo com a mistura de es-tilos contem-

porâneos e clássicos. É fato que a arquitetura hospitalar tem evoluí-do ao longo dos anos. Com apoio de equipa-mentos tecnológicos, softwares e novas ma-neiras de se construir um edifício, houve uma geração de possibilida-des para que arquitetos e engenheiros multipli-quem as funcionalida-des de um ambiente de saúde por meio de uma construção eficiente e confortável.

E foi com essa pro-posta de elaborar obras inovadoras para o setor da saúde, que em 1960, o arquiteto e professor Siegbert Zanettini co-meçou a atuar em seu escritório. Em 1961, ele criou seu primeiro pro-jeto de hospital, sendo uma instituição direcio-nada para um aglome-rado de usinas. Essa ex-periência serviu como um enorme aprendiza-do para o profissional, que havia se formado há pouco tempo. Ele afirma que começou a produzir projetos de hospitais de impacto a partir de 1968, quando foi criado a Maternida-de de Nova Cachoeiri-nha. “Foi uma mudança

marcante na área hos-pitalar. Realmente con-tribui para a evolução da arquitetura nos hos-pitais”, relembra o pro-fissional, que também é professor titular da Fa-culdade de Arquitetura e Urbanismo da Uni-versidade de São Paulo (USP), onde lecionou por quatro décadas.

Como afirma o arqui-teto, na época a mater-nidade foi considera-da de vanguarda, com inovações, revestimen-tos de cores, soluções arquitetônicas, sendo portanto um marco im-portante. “Carrego esta obra como um apren-dizado, especialmente porque foi um projeto elaborado por meio de um concurso junto à Prefeitura de São Pau-lo”, disse, ao falar da obra desenvolvida para uma região periférica. Essa construção foi o ponto inicial para o re-conhecimento do pro-fessor no mercado da construção civil direcio-nado à saúde. Entrava e saia ano, os projetos do escritório foram requi-sitados pelos gestores hospitalares dos qua-tro cantos do País. O arquiteto e sua equipe ficaram conhecidos por levar algo diferenciado para os edifícios da saú-

Décadas de criações

Page 16: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

16 ARQ

Health

de, a exemplo de criativos e eficientes retrofits.

Nestes 52 anos de car-reira, Zanettini carrega uma extensa lista de hos-pitais referências em seu portfólio, com uma arqui-tetura estruturada tendo aço como sistema único ou combinado com con-creto, madeira, alvenaria estrutural ou outros ma-teriais. Foram cerca de 80 projetos modernos em instituições conceituadas

como o Hospital São Luiz (Morumbi) e o novo Hos-pital São Luiz de Amália Franco. Integram ainda essa trajetória as reformas das unidades do São Ca-milo (Pompéia, Ipiranga e Santana). Outros projetos também em destaque são: revitalização da fa-chada do Hospital Albert Einstein e o mais recente que é o Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte (MG).

Maternidade de Nova

Cachoeirinha - 1968

Projeto pioneiro, le-

vando a Zanettini a

produzir projetos de

hospitais de impacto.

ARQ destaque

Page 17: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

17ARQ

Health

Para todo o sucesso dessas obras, Zanet-tini percebeu um de-talhe importantíssimo que faz a diferença na conclusão das obras, a humanização. Ele con-ta que procurou aplicar este conceito em suas obras desde o começo de sua trajetória. “Os ambientes eram muito tristes, eram espaços sem vida, com pouca vegetação, que não tra-ziam nenhuma melho-ria ao paciente”. Ele diz

ainda que a proposta principal do uso deste conceito está na contri-buição que as modifica-ções proporcionam por meio de cores ou até de um desenho inovador do prédio que permite aos pacientes se senti-rem melhor. “Sou pra-ticamente um defensor em cada visão dos hos-pitais, de transformar os ambientes em locais de grande acessibilidade e facilidade de se comu-nicar. Antes os hospitais

Equilíbrio na arquitEtura

eram confluxos, e de di-fícil compreensão pelos usuários.”

Os hospitais que pos-suem projetos do escri-tório Zanettini contam com uma vantagem especial, o usuário e o profissional se situam no local devido a uma setorização adequada. Cada obra possui um projeto que nasce a partir de um plano di-retor com uma concep-ção correta, e depois se desenvolve com uma

HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ ANÁLIA FRANCO

Page 18: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

18 ARQ

Health

ARQUITETO E PROFESSOR SIEGBERT ZANETTINI

coerência muito gran-de. “Geralmente os am-bientes hospitalares são muito estaques, nossa proposta é mudar essa visão e melhorar a co-municação”, diz.

Zanettini aponta que ainda existem insti-tuições de saúde com pouca luz e visão ex-terna. Por isso, ele co-meçou a introduzir vãos com vista externa em UTIs, com a intenção de melhorar o conforto do local. Uma das medidas para essa melhoria foi o uso da ventilação natu-ral, entre outros fatores que também contribuem

com a ecoefciência. “Es-tamos conseguindo fa-zer com que os proje-tos, atinjam um novo patamar de qualidade condizente com a nossa época e preocupados com o bem-estar dos usuários”.

Para Zanettini, as so-luções de projetos hos-pitalares dependem do contexto em que a obra está inserida – locali-zação, especialidades, estado da construção existente quando se tra-ta de reforma, investi-mentos disponíveis, ca-racterísticas do entorno, entre outras. O resulta-

do é uma arquitetura customizada, desenha-da em função de todas as variantes estudadas no local de implan-tação. “Um hospital não pode ser pensado apenas para o período da sua inauguração. Um edifício deve du-rar 30, 40 anos ou mais com bom desempenho, deve ter suas instala-ções flexíveis que pos-sibilitem as constantes mudanças pelas novas necessidades de aten-dimento e pelas novas tecnologias que perio-dicamente são introdu-zidas”, salienta.

ARQ destaque

Page 19: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

Hospital albErt EinstEinMoruMbi - 1999• concepção tridimensional da estrutura mimini-zando ao máximo a utilização do aço;• contemporaneidade e valorização estética;• produção industrializada, com rigor dimensional, precisão milimétrica, caracterizando o canteiro como local de montagem.

Hospital sÃo Francisco 1998Acréscimo de novo edifício de recepção, internação e alta, restaurante, estar, área ecumênica e solarium de ambulação de pacientes.

Hospital sÃo luiz MoruMbi2004 - Elaboração de Plano Diretor;2004 - 3º pavimento | Pronto Socorro e Centro de Diagnóstico | área de serviços, cozinha, vestiários e al-moxarifado | Auditório e cafeteria | acréscimo de leitos no 5° pav. | Centro Cirúrgico | UTI Infantil;2006 – Introdução de escada metálica externa no hall central;2007 – Conforto médico e de enfermagem | Pronto Socorro Infantil | Day Clinic;2008 – Centro de Diagnóstico | Área Administrativa.

Hospital lEFortE – Grupo bandeirantes - 2006Reforma para adequação e mudança de uso de edifício escolar com sobreposi-ção de 4 pav. em estrutura metálica para futura instalação do edifício hospitalar.

alGuMas obras dE zanEttini

19ARQ

Health

Page 20: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

20 ARQ

Health

ARQ entrevista

Um percussor da arquitetura

Pioneiro no mundo na arquitetura hospitalar, Dr. Domingos Fiorentini relembra início da carreira e avalia atual cenário do setor no Brasil

Sem dúvida alguma que a arquitetura aplicada nos projetos de hospitais recém construídos no Brasil tem sido algo de impressionar qualquer pessoa. São ade-quações e modernizações que tomam conta destes ambientes, gerando mais

conforto e satisfação dos pacientes para realizar determinado tratamento. E foi com esse propósito de produzir obras que atendam às demandas da gestão de saúde que o Dr. Domingos Fiorentini, fundador e sócio-diretor da Arquitetura Fiorentini produziu mais de 500 projetos em 46 anos de carreira na construção direcionada à saúde.

Todos os detalhes das quase cinco décadas de história na arquitetura foram relata-dos pelo profissional em entrevista concedida à Revista Healtharq. Fiorentini contou um pouco da sua trajetória no mercado de trabalho com a arquitetura, que começou quando ele estava com 21 anos, à época desenhista técnico. E ainda relembrou quan-do ingressou na PUC, em Sorocaba, e sustentou os estudos trabalhando em projetos arquitetônicos para hospitais. Ele também fez uma avaliação do atual cenário da ar-quitetura para a saúde no Brasil, que vive em pulsante evolução.

Page 21: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

21ARQ

Health

Healtharq: como foi para o senhor ter conta-to com a arquitetura por meio de uma oportunida-de de estagiar por 12 anos na área?

Fiorentini: Na verdade, foi uma coisa compulsória se formos analisar. Foi uma forma do meu emprega-dor da época se isentar de encargos trabalhistas e me manteve como estagiário.

Primeiro fiz a faculdade de medicina já com a inten-ção de atuar na área da ar-quitetura para a saúde. No período acadêmico eu atuei cinco anos na área médica. Após formar em medicina que eu fiz a faculdade de arquitetura, e foi a partir daí que comecei a atuar na área direcionada à construção de hospitais e clínicas.

A faculdade de medicina foi fundamental para minha formação profissional, pois tive a oportunidade de ad-quirir não só o conhecimen-to que é muito global, mas, na verdade, sistêmico e glo-bal. Porque entre as equipes que compõem um hospital há um respeito muito gran-de. Eles entendem os pro-cedimentos que acontecem nas salas de atendimento sob os olhos da medicina, contribuindo bastante para a construção.

Healtharq: nestes 46 anos de carreira na arqui-tetura hospitalar, o senhor participou da elaboração

de mais de 500 projetos. o que isso representa na sua vida?

Fiorentini: Representa muito trabalho, dedica-ção, esforço e bastan-te busca pela inovação, porque para você ter um mercado de prestação de serviços em alta, preci-sa criar novos projetos e principalmente algo que seja diferenciado no setor da arquitetura e construção civil para a saúde.

Esses 46 anos foram de muita atualização, recicla-gem e principalmente ino-vação. No meu escritório procuro sempre novas so-luções por meio de muito trabalho e dedicação. Carre-go em meus valores profis-sionais a preocupação por sempre oferecer algo ino-vador no mercado, que sa-tisfaça às necessidades dos clientes. O nosso ideal é ter um resultado final que agra-de a todos envolvidos na obra. Não temos soluções e modelos a serem pulveriza-dos e sim um espaço aber-to para que nossos clientes e parceiros demonstrem o que eles realmente querem construir, atendendo cada detalhe do projeto.

Healtharq: como é para o senhor ser referência na arquitetura para a saúde no mundo?

Fiorentini: Ser essa refe-rência, eu acredito que é uma satisfação muito gran-

de. Quando me lembro de toda minha trajetória, vejo que foi um longo percurso. Não vim de uma família rica, minha origem familiar tinha uma restrição. E com isso, lutei bastante para concluir as minhas duas faculdades (arquitetura e medicina).

Essas duas faculdades me deram uma condição muito boa para atuar neste merca-do que exige muita experi-ência e dedicação. Revelo que é muito gratificante olhar para trás e ver mais de 500 projetos realizados com toda a inovação necessária e que deram resultados de sucesso em meu currículo profissional.

Quando fazemos algum projeto de arquitetura hos-pitalar hoje em dia, conse-guimos dar uma visão, uma análise muito completa da instituição hospitalar sob a ótica de gestão e da medi-cina. Todo esse tempo que estive atuando na área mé-dica, conheci as maiores ne-cessidades de um ambiente de saúde.

Healtharq: qual avalia-ção o senhor faz da evo-lução da arquitetura na área da saúde nestes nos últimos cinco anos?

Fiorentini: A arquitetura hospitalar atualmente é um instrumento de planeja-mento físico e funcional da instituição, temos alguns re-quisitos básicos para colo-car todo o projeto em práti-

Page 22: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

22 ARQ

Health

ca. Aplicamos conceitos que são hoje mais que impres-cindíveis, como a humaniza-ção, a busca pela qualidade e ainda outro requisito mui-to importante nos últimos anos, a sustentabilidade, que faz o aproveitamento dos recursos naturais, por meio de várias iniciativas durante e após a finaliza-ção da obra. Considero que houve uma ampla evolução, porque a população precisa ter a preocupação com o meio ambiente, ao racionar os recursos naturais e evitar gastos com energia elétrica, água, entre outros fatores.

Healtharq: dos seus projetos (clínicas e hos-pitais), quais os que você considera como desta-que? por quê?

Fiorentini: Tenho na minha

lista de projetos executados, centenas de obras direcio-nadas ao setor da saúde. Entre as destaques posso citar as primeiras unidades do Hospital Albert Einstein. Temos também o Hospital Metropolitano de Belo Ho-rizonte (MG), algumas uni-dades da AACD (Teleton), Hospital Infantil Sabará e ainda o Hospital do Câncer de Barretos (SP).

Essas obras tiveram um impacto na sociedade, pelo fato de ser referência na medicina. O Hospital Infantil Sabará, por ser um trabalho dos grandes profissionais que temos no Brasil, cuja ambientação foi coletânea, é um hospital temático pe-diátrico e tudo dele foi vol-tado para o mundo infantil, tudo foi pensado na ques-tão da criança.

O Hospital Metropolita-no de BH, por ser uma ins-tituição de muito respeito na região, foi um prédio construído com dezenas de medidas sustentáveis. As sedes da AACD, por terem um caráter muito grande, e muita carência de atendi-mento à saúde e financeira. Já o Hospital do Câncer de Barretos por ter se tornado um consagrado centro de atendimento oncológico totalmente gratuito no País.

Nos últimos anos, os pro-jetos que estamos desen-volvendo necessitaram de uma modernização muito grande. Isto porque ainda existem diversos hospitais com um modelo arquitetô-nico clássico, que precisa de uma reformulação ou ade-quação às novas normas de saúde.

HALL UNIMED SOROCABA

ARQ entrevista

Page 23: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

23ARQ

Health

Healtharq: para reali-zar cada projeto ao longo desses anos, seu escritó-rio precisou do apoio de algumas empresas. quais são as empresas em desta-que que auxiliou o senhor nessa trajetória?

Fiorentini: Em toda minha carreira tive a chance de ter contato com várias empre-sas. Mas se for para desta-car, cito na parte de elétrica e hidráulica a Eapec – enge-nheiros associados. Na de estrutura / fundações, a Jor-geny Engenheiros Associa-dos. No setor de ar condi-cionado e exaustão, temos a CTS Engenharia Energética Ltda. Nos projetos de com-bate, prevenção e incêndio, temos um contato bem positivo com a Serprevia - Serviços de Prevenção de Incêndio e Ambiental, por meio do engenheiro Marcio Cesar.

E no projeto de caixinhos de fachada temos uma par-ceria com a ARQMATE Cons.Projetos de Esquadrias, ge-renciada pela Maria Teresa Faria e Godoy. Nos projetos de projeto de impermeabili-zação temos a PROASSP, da Virginia Pezzolo. Ainda te-mos também o suporte da Wall Lamps.

Healtharq: uma das em-presas que o senhor pos-sui parceria é a Jorgeny

Engenheiros associados. como é para seu escritó-rio estabelecer essa parce-ria com o Jorgeny?

Fiorentini: Trabalhar com a engenheira Jorgeny é algo muito satisfatório para qual-quer profissional da cons-trução. Porque ela é uma profissional com as mesmas características do escritório, pois tem um domínio téc-nico essencial. Outra coisa que ressalto dela é a quali-dade de sempre cumprir os prazos para executar algum projeto. Toda nossa equipe está satisfeita com essa par-ceria.

Healtharq: qual avalia-ção o senhor faz hoje do mercado de arquitetura para a área da saúde no brasil?

Fiorentini: Sempre tive-mos uma procura conside-rada além das expectativas. Mas se for avaliar no ge-ral, em função da Copa do Mundo de 2014 e das Olim-píadas de 2016, houve um momento da necessidade de construir novos hospitais e clínicas para suprir uma demanda que é muito séria no País, principalmente para receber novos turistas.

Acredito que de uns anos para cá houve um aumento na procura de novos pro-jetos, principalmente pelo fato de os gestores enten-deram o papel de cumprir

Page 24: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

24 ARQ

Health

normas nacionais e também seguir os sistemas de acre-ditação que são importan-tes para eles entenderam as soluções arquitetônicas.

Tenho como concepção que as instituições têm de uma forma representar uma imagem que elas querem passar por meio da arquite-tura, de impor uma imagem ao público, seja na fachada ou nos detalhes interiores.

Healtharq: ter atuado durante 30 anos como professor de gestão hos-pitalar contribuiu para novos conhecimentos? por quê?

Fiorentini: Com certeza. Porque para você ministrar aula precisa dominar bem os assuntos propostos. En-tão exige que você recorra novos métodos e estudos para oferecer um conteúdo que desperta a atenção dos alunos, principalmente com inovações. A questão, de ter atuado na área médica me deu uma visão geral, a prá-tica conta muito para de-senvolver um projeto com excelente desempenho.

Healtharq: o senhor sempre quis atuar no se-tor da arquitetura?

Fiorentini: Sempre tive

essa vontade. Eu fiz a facul-dade de medicina com essa intenção de no futuro atuar na arquitetura, mas direcio-nada à área da saúde. No passado, fazer arquitetura e depois se especializar no ex-terior tinha um custo muito alto e o Brasil não contava com cursos especializados nesta área. Então analisei que fazer a faculdade de medicina, me daria aquela noção imprescindível para criar novos projetos de ar-quitetura hospitalar.

Healtharq: qual dica o senhor dá para as pessoas que interessam ingressar

no campo da arquitetura da saúde?

Fiorentini: Uma dica que eu sempre passo para os jo-vens é que sempre estude, estude e estude. Falo para eles buscarem novos co-nhecimentos por meio de pesquisas, leituras e even-tos que agregam novos co-nhecimentos relacionados à arquitetura das edifica-ções hospitalares e clínicas. Quem vai montar um proje-to, precisa ter uma concep-ção geral da obra, e ainda dominar conceitos como a sustentabilidade e humani-zação, que são muito fun-damentais neste cenário.

HOSPITAL BARRETOS

ARQ entrevista

Page 25: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

25ARQ

Health

Garantia dE coModidadE

O serviço de consul-toria especializada em projetos de esquadrias em uma obra hospitalar deve sempre contemplar o atendimento às normas técnicas, resistência me-cânica, vedações, conforto e segurança. O projeto de esquadrias está envolvido em todos esses quesitos.

As tecnologias na área de esquadrias de alumí-nio tiveram um grande avanço nos últimos anos, assim como a criação e re-visão das normas técnicas. É uma área bastante espe-cífica da arquitetura e da engenharia. É importante aplicar esse conhecimen-to, pois só com ele se ob-

tém o resultado estético esperado pelo arquiteto, aliado à segurança e ao desempenho.

Há sete anos a empresa Arqmate elabora projetos de esquadrias para hos-pitais. Para atuar no mer-cado da saúde, a empre-sa segue alguns critérios. São as normas técnicas pertinentes ao projeto das esquadrias, ainda deve-se levar em conta critérios como assepsia e manu-tenção.

Ao longo dessa traje-tória, a arquiteta Maria Teresa Godoy, sócia pro-prietária da Arqmate, es-tabelece também uma parceria com o “consagra-

do” arquiteto Domingos Fiorentini. “Trabalhamos em equipe e temos obtido ótimos resultados. É algo de muito orgulho essa parceria”, completa a ar-quiteta Maria Teresa.

Alguns projetos em des-taque integram essa par-ceria entre o escritório e o arquiteto. Os trabalhos envolvem edificações im-portantes do setor da saúde, como a Unimed de Sorocaba (SP), Centro Atenção Materno Infantil de Contagem (MG), Hos-pital Metropolitano de Belo Horizonte (MG) e o Hospital Nove de Julho, do Grupo Amil (que atu-almente segue em obras).

ARQ destaque

Page 26: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

MARIA TERESA GODOy,ARQUITETA

“TRABALHAMOS EM EQUIPE E TEMOS OBTI-DO óTIMOS RESULTADOS. É ALGO DE MUITO ORGULHO ESSA PARCERIA”, DISSE A ARQUITE-TA MARIA TERESA GODOy AO CITAR SOBRE A PARCERIA COM O ARQUITETO DR. DOMINGOS FIORENTINI.

A Arqmate ao longo dos anos investiu na gestão de seus processos. O escritório faz parte do grupo de gestão de empresas de projeto da POLI - USP, além de ter recebido o prêmio de melhor trabalho apresen-tado no “2º Simpósio Brasileiro de Qualidade do Projeto no Ambiente Construído”, ocorrido no Rio de Janeiro (RJ) em novembro de 2011, com o artigo “Criação e Desenvolvimento de uma ferramenta de Ges-tão em Empresa de Projeto”.O escritório ainda investe constantemente no treinamento dos seus profissionais e mantém o controle dos processos: comercial, marke-ting, administrativo, recursos humanos, e, principalmente, do processo de projeto.

ARQ destaque

Centro Atenção Materno Infantil de Contagem (MG)

26 ARQ

Health

Page 27: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

27ARQ

Health

Estrutura adEquada

Toda obra de estrutura deve ser projetada para edi-ficação de múltiplos usos, tornando-a mais atraente para comercialização. Um serviço de estrutura e fun-dações em uma obra hos-pitalar é fundamental para o desempenho correto do projeto. Este tipo de traba-lho permite a projeção de estruturas com flexibilida-de para reformas, amplia-ções e caminhamento de instalações.

Nesses mais de 40 anos de tradição na arquitetura

da saúde, o Dr. Domingos Fiorentini possui dezenas de empresas parceiras para a produção de novas edifica-ções. Um desses exemplos é o contato profissional com a Jorgeny Engenhei-ros Associados, empresa que atua há 12 anos no mercado, tendo profissio-nais atuando há 30 anos na área de serviços de es-trutura e fundações.

Para o engenheiro Cas-sio yoshio Hagui, sócio da Jorgeny, o resultado dessa parceria tem gerado ex-

celentes produtos finais. “Trabalhar com o escritó-rio Fiorentini é trabalhar com profissionais criterio-sos, detalhistas, e, princi-palmente, pessoas ami-gas”, afirma.

Ao longo desse rela-cionamento profissional com o arquiteto, a empre-sa Jorgeny Engenheiros Associados desenvolveu alguns trabalhos em des-taque, a exemplo do Hos-pital Novo Atibaia e do Hospital Nove de Julho (Nova Torre).

Como diferencial no mercado a Jorgeny atual-mente possui a familiarida-de com obras hospitalares, facilitando o atendimento das necessidades do clien-te. Além da preocupação com ampliações verticais e horizontais. E oferece logística de reformas e as-sessoria para obras. “Para fazer tudo isso, a empresa oferece estruturas flexíveis para sobrecargas e refor-mas, atendendo a dinâmi-ca da edificação Hospita-lar”, explica.

ARQ destaque

Page 28: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

28 ARQ

Health

Page 29: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

29ARQ

Health

EspEcial Hospitalar 2012ondE a arquitEtura taMbéM acontEcE

Um dos conceituados eventos do setor da saúde, a Feira + Fórum Hospitalar recebeu

no primeiro semestre deste ano vários estandes da área da construção da saúde. A

equipe da HealthARQ preparou para você um especial com algumas novidades apre-

sentadas na 19ª edição do evento. Confira nas próximas páginas entrevistas, fotos e

matérias com arquitetos, engenheiros e profissionais do setor.

Page 30: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

30 ARQ

Health

Assuntos da arquitetura na Hospitalar 2012HealthARQ, do Grupo Mídia, garante aos visitantes da feira mais informações sobre as construções no setor da saúde

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Page 31: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

31ARQ

Health

Uma surpresa tomou conta dos pavilhões da 19ª Hospitalar.

Visitantes, arquitetos, enge-nheiros, consultores, entre outros parceiros dos hos-pitais brasileiros tiveram a oportunidade de conhecer a revista HealthARQ, publica-da pelo Grupo Mídia.

Este ano a empresa de co-municação levou ao evento suas principais publicações em circulação nacional, sen-do as revistas HealthARQ e a Healthcare Management. Com um estande no pavi-lhão Verde, da Expo Center Norte, o Grupo Mídia apre-sentou aos presentes várias matérias e cases das revistas, além de estreitar o relacio-namento com anunciantes e entrevistados.

O estande do grupo foi o local de lançamento da 3ª edição da HealthARQ – pri-

meira revista do Brasil dire-cionada ao setor de arqui-tetura e construção na área da saúde. O lançamento da publicação mostrou o que há de mais novo nas cons-truções das edificações dos hospitais brasileiros. Satisfei-tos com o conteúdo, muitos parceiros de obras de hospi-tais até garantiram a assina-tura da revista para o próxi-mo ano.

Todo o material gráfico do Grupo Mídia foi distribuído gratuitamente nos corredo-res e em eventos temáticos que ocorreram durante a programação da Hospitalar. Mais de 7 mil exemplares das duas publicações foram distribuídos em todos os pa-vilhões.

O presidente do Grupo Mídia, Edmilson Jr. Caparelli declarou que a feira foi uma grande aliada da organiza-

ção, pois foi um espaço para informar e estabelecer um contato com cada empreen-dimento. “Além de participar de importantes eventos rea-lizados dentro da ampla pro-gramação da Hospitalar, nos-sos profissionais fecharam novos negócios e tiveram a oportunidade de entrevistar conceituados arquitetos e engenheiros”, afirmou.

A equipe de redação e co-mercial do grupo de comu-nicação esteve presente nos principais estantes da Hospi-talar direcionados ao setor da construção na área da saú-de. “Fizemos uma cobertura positiva de novos projetos, inovações e tecnologias que são essenciais na hora da construção e ampliação de hospitais, clínicas e laborató-rios”, concluiu Priscila Soares, gerente de eventos do Gru-po Mídia.

Page 32: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

32 ARQ

Health

Visão no futuro

A arquiteta Eleonora Zioni

enfatiza a importância

do planejamento em edi-

ficações da saúde e ainda

faz avaliação da Feira Hos-

pitalar para o setor

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Page 33: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

33ARQ

Health

Elaborar metas para um resultado satisfatório em uma obra. Essa é a missão dos escritórios que atuam no planejamento e criação de planos diretores para deze-nas de edificações da saúde no território brasileiro. Em entrevista à reportagem

da Healtharq durante a 19ª Hospitalar, a diretora de desenvolvimento de negó-cios da Kahn do Brasil, Eleonora Zioni, cita planos da instituição e, além de atuais projetos direcionadas ao setor da saúde.De acordo com Eleonora uma das estratégias da empresa é estar mais presente no setor da saúde e ainda ressalta que toda mudança necessita de um processo. Ela diz que a Kahn pretende se aproximar dos meios de comunicação para garantir maior interação com as pessoas, além de estabelecer um contato mais próximo para apre-sentar propostas envolvendo a questão da sustentabilidade.

qual avaliação você faz do mercado de constru-ções nesses últimos cinco anos?

Eleonora: Eu vejo nestes últimos cinco anos um pro-gresso muito grande, ainda mais com a prática da sus-tentabilidade. E eu fico mui-to feliz com esse avanço, principalmente em áreas li-gadas à saúde. Por exemplo, em 2007, quando a gente participava de projetos, que já envolvia os hospitais sus-tentáveis, havíamos conver-sado com os fornecedores dos materiais, e eu pergun-tava qual a porcentagem de material reciclável e qual a quantidade de compostos voláteis. E eles não sabiam, depois verificavam o valor. Mas hoje os fornecedores já têm essas informações prontas no folheto do pro-duto.

A indústria da construção como um todo cresceu mui-

to. Esse aumento tem sido em progressão geométrica. Se a gente fizer uma taxa de profissionais acredita-dos, antes tinham apenas sete pessoas no País e hoje tem 170, então o número é muito alto. Essas pesso-as são disseminadoras de conhecimento. Outra coisa que é motivo de todos nós ficarmos felizes é que mui-tas empresas buscam cons-truir dentro dos parâmetros da certificação.

como é criar uma obra com todas as característi-cas sustentáveis?

Eleonora: Na sustentabi-lidade a gente pensa nas pessoas, no ambiente, e na viabilidade econômica. Fo-camos na existência da sus-tentabilidade e pensando nas pessoas. Como exem-plo, temos o Hospital Isra-elita Albert Einstein, que é nosso cliente, foi o primeiro

do Brasil a ser escolhido a seguir as certificações com normas americanas, que tem essa preocupação com a sustentabilidade.

A Kahn teve essa preocu-pação não só com o pacien-te, mas com o trabalho dos profissionais da instituição.

Um dado interessante foi registrado pelo GBC (Gre-en Building Council). Nós passamos 90% do nosso tempo num ambiente cons-truído, sendo assim temos que desenvolver recursos ecológicos. O conforto con-ta bastante, mas temos que pensar no ser humano, no sentido de abrigar. A gente tem que se preocupar com os defeitos da nossa terra.

qual o diferencial da Kahn do brasil no merca-do atualmente?

Eleonora: Estamos trazen-do fortemente o Planetree, que é uma instituição nor-

te-americana, que se pre-ocupa com as pessoas que usam o espaço de saúde, com o uso de tecnologia.

O edifício de saúde em um projeto hospitalar, é o mais complexo. Têm muitas pessoas participando nestes processos, todos devem en-tender o objetivo da cons-trução, sem deixar de pensar na valorização da vida. Nós trabalhamos o projeto de maneira independente. Não damos exclusividade para alguma empresa ou cons-trutora, aliás, essa é nossa missão saber entender a vontade do cliente. Outro ponto importante é que a Kahn participa do inicio até o fim das obras por meio de orientação. Defendemos os interesses dos clientes.

Outro diferencial é que a empresa tenta fechar o ser-viço da obra em todas as fa-ses, começando pelo plano diretor, que cria o desenvol-

Page 34: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

34 ARQ

Health

vimento de outros proces-sos. Toda essa iniciativa visa aproximar a Kahn do cliente.

como é para a empresa ter o Hospital israelita al-bert Einstein como clien-te?

Eleonora: É um grande prazer ter como um de nos-sos clientes o Hospital Isra-elita Albert Einstein, institui-ção que desde 2002 é uma parceria que temos de con-fiança. A Kahn é conselhei-ra do Einstein, atuamos na área de arquitetura e enge-nharia de obra. Nós somos a referência, o Eisntein tem outros clientes, nós estamos querendo sempre fortalecer nossa satisfação que tem sido muito positiva.

quais obras serão reali-zadas no albert Einstein?

Eleonora: Esse ano terá

a inauguração da Unidade Alphaville, lá em Barueri, é uma unidade toda nova, que possui todos os equi-pamentos como resso-nância magnética, que até então nessa unidade não tinha. Será uma unidade toda nova, as alterações não vão parar.

Temos um planejamen-to futuro para isso, dentro de um plano de viabilida-de econômica e financeira. Todos os planejamentos estratégicos e físicos serão feitos baseados neste pla-no.

Temos a ampliação da Unidade Ibirapuera, que acaba de ser inaugurada. Esta unidade será muito confortável, está próxima da região de Moema. Tem a comodidade dos cola-boradores e uma vista do parque que é muito linda,

e com isso estamos con-seguindo ampliar o aten-dimento, de pessoas no pronto socorro com uma sala que minimiza o deslo-camento do paciente.

além do albert Einstein, a Kahn é responsável pelo plano de obras de outro local?

Eleonora: Estamos elabo-rando o plano de instalação do Data Center Central do Hospital das Clínicas (HC), que fica dentro da Facul-dade de Medicina na USP (Universidade de São Pau-lo). O DataCenter é o local que armazena todas as in-formações da instituição em programas digitais.

Então, a instituição de en-sino contratou a Kahn, que tem muita experiência nes-se ramo. Estamos fazendo todo o projeto de reforma

ESPECIAL HOSPITALAR 2012para gerar alguns benefí-cios. Estamos mexendo com o layout com integração, para criar novas tecnologias. Todos os processos são fei-tos por meio de licitação por ser uma instituição pública.

qual o balanço que a Kahn faz da Feira Hospi-talar?

Eleonora: A Hospitalar, to-dos os anos, tem uma par-cela muito importante nos negócios na área da saúde. Eu vejo que a área da saú-de no Brasil tem que crescer muito mais. Então o nos-so País tem que aproveitar essa ocasião de ser a 6ª economia mundial. Temos que aproveitar os próximos eventos esportivos que va-mos sediar como a Copa e as Olimpíadas. Temos que pensar num planejamento para sempre.

Eleonora Zioni, diretora de desenvolvimento de negócios da Kahn

Page 35: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

35ARQ

Health

Ao utilizar um cen-tro cirúrgico, os profissionais da

saúde priorizam pela qualidade dos equipa-mentos e também por um espaço adequado e seguro, que contribua para uma operação posi-tiva. Foi pensando nessa preocupação, que a em-presa MAQUET, do gru-po sueco Getinge, de-senvolveu um software de arquitetura hospitalar para adequação de equi-pamentos médicos.

Desenvolvido na Alema-nha, o programa OR3D visa promover uma simu-lação em três dimensões de como serão monta-dos os equipamentos e mesas cirúrgicas em uma sala. O software cria uma projeção do espaço dis-ponível, incluindo equi-pamentos, paredes, tetos, portas e janelas, além de saídas de gás, água, ar e eletricidade, para melhor adequar espaços e equi-pamentos antes mesmo de serem montados.

De acordo com a su-pervisora de marketing

da MAQUET, Jennifer Herbst, o programa tem a função de dar as di-mensões exatas em esca-la real, por exemplo, se a sala cirúrgica do paciente tem uma área de 5 X 7 metros, a empresa orien-ta a construção de uma área conforme o projeto em 3D.

“Nosso arquiteto, fun-cionário da MAQUET, manuseia esse progra-ma, onde os clientes po-derão falar se o projeto está conforme o espe-rado, ou até se desejam alterar algo e dar alguma sugestão”, acrescenta.

Jennifer informa que este software pode ser atualizado até o fecha-mento do pedido, depen-dendo do engenheiro do hospital. “Se ele quiser fazer alguma alteração no projeto, mudamos no programa, em seguida é feita aprovação final para o desenvolvimento do equipamento que é feito na Alemanha.”

No Brasil, o OR3D já foi utilizado várias vezes em diversos projetos,

a exemplo do Hospital Português de Recife (PE) que possui um centro ci-rúrgico inteligente feito pela MAQUET. Em São Paulo (SP), o produto foi feito para projeto do Hospital HCor (Hospital do Coração), que contará com um novo bloco cirúr-gico e irá receber os equi-pamentos da MAQUET.

Como explica a coor-denadora, o programa proporciona um resul-tado positivo, devido à precisão para dimi-nuir erros de cálculo. “Ele também ajuda pela questão da sustentabi-lidade, para o aprovei-tamento de espaços em determinados prédios”, completa.

vantagens

Se o cliente deseja comprar equipamentos da MAQUET, a empresa automaticamente vai utili-zar o OR3D para produzir o planejamento da sala de cirurgia. “Esse sistema é um diferencial nosso, a partir do momento em que o cliente tem inte-resse, um projeto ou já adquiriu um de nossos equipamentos, ele terá o suporte do programa gratuitamente”, informa Jennifer Herbst.

Jennifer Herbst, coordenadora de

marketing da MAQUET

Para planejar a arquiteturaSoftware OR3D de arquitetura hospitalar é ideal para adequação de equipamentos médicos antes da construção

35ARQ

Health

Page 36: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

36 ARQ

Health

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Curiosidades do Mater DeiWorkshop destaca projeto do Mater Dei que utiliza avançados processos de construção na Unidade Contorno em Belo Horizonte

no período da 19ª Feira e Fórum Hospitalar, em São Paulo (SP).O empreendimento foi apresentado por cada res-ponsável, em uma mesa composta pelo Professor Siegbert Zanettini (Diretor da Zanettini Arquitetura Planejamento e Consulto-ria), Thais Barzocchini (Co-ordenadora de arquitetura da Zanettini), Dr. Henrique Salvador Silva (Presidente do Hospital Mater Dei); Dr.

José Salvador Silva (funda-dor do Hospital Mater Dei) e Edison D. Júnior (Dire-tor da MHA Engenharia). O evento foi mediado por Rogério Quintela, Diretor do Hospital São Camilo / Santana.A abertura do workshop foi feita pelo Dr. Henrique Salvador, que destacou a importância da construção de novos hospitais no Bra-sil, através de imagens da obra. Por meio de um pro-

jetor, ele mostrou imagens do projeto de construção. Além de citar dados sobre a história e estrutura da instituição, o diretor co-mentou sobre a questão da concorrência existente no País entre vários hospi-tais privados.De acordo com o presiden-te, a instituição comprou cerca de 20 casas no entor-no do atual hospital a fim de garantir possibilidade de ampliações futuras. Ele declarou que para elaborar o novo projeto da Unidade Contorno, teve que contra-tar um escritório inovador na arquitetura. A Zanettini Arquitetura foi então sele-cionada.“A estratégia do nosso hospital é criar algo que seja auto-sustentável, com uma atenção relevante na operação do edifício.” Por isso Dr. Henrique Salvador considera importante o contato do arquiteto e o cliente, conforme é feito com o professor Zanettini.Dr. José Salvador Silva re-latou um pouco da origem

Dezenas de curiosi-dades do projeto para a construção

do Hospital Mater Dei - Unidade Contorno, em Belo Horizonte (MG), fo-ram apresentados para vá-rios arquitetos e engenhei-ros, durante um workshop dentro do XXI Congresso Brasileiro de Engenharia e Arquitetura Hospitalar e XII Congresso Internacio-nal de Engenharia e Arqui-tetura Hospitalar, realizado

Page 37: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

37ARQ

Health

do hospital e apresentou alguns diferenciais que o local irá oferecer aos pa-cientes. Ele mostrou uma foto do terreno do proje-to da Unidade Contorno, onde antes funcionava o Mercado Distrital da Bar-roca, em Belo Horizonte. “Essa é uma área privile-giada por causa da ampla arborização existente e fa-cilidade de acesso dos di-versos pontos da capital”, afirmou.O fundador da instituição ainda mostrou detalhes de uma árvore jequitibá de quase 300 anos, situada no terreno, que o arquiteto Zanettini pediu para pre-servá-la. “O hospital fica cercado por um bosque. E o nosso arquiteto soube valorizar isso”, frisou. Iniciando a palestra de ar-quitetura, o professor Za-nettini relatou que muitas

das construções do Brasil não se preocupam com a sustentabilidade. E ainda disse que busca sempre adotar em seus projetos soluções que possam inte-grar com o meio ambiente. Ao ser questionado sobre a utilização do aço na obra, ele disse que a projeção da estrutura metálica no de-senvolvimento do projeto é algo fundamental para a edificação. “Fiz mais de 300 obras em aço”, acres-centou o professor.Ele afirmou que a ques-tão histórica da arquitetu-ra é considerada algo de um mundo cada vez mais holístico. “Você reúne co-nhecimentos a partir do momento que todas as dis-ciplinas e demais integran-tes participem.” Segundo Zanettini a visão holística é algo que hoje deve existir em todos os projetos.

Quanto à incorporação da obra, Zanettini falou que visa contribuir para a bio-diversidade natural. “Te-mos obras que são mon-tadas e desmontadas com resíduos zero. No Mater Dei temos como meta es-tender a vida útil da edi-ficação para cinquenta anos.”Ele revelou que conforme fez no hospital, tem o cos-tume de colocar em seus projetos escadas externas nos finais de corredores, para facilitar a rota de fuga em caso de incêndio. Todo o sistema de fachada con-siderou: vedações em alu-mínio composto nos tons de branco (predominante) e verde (na região onde será os estacionamentos), esquadrias com vidro in-sulado azul com persiana interna para escurecimen-to de alguns ambientes,

e brises para garantir o conforto térmico.Conforme a coordenado-ra da Zanettini, Thaís Bar-zocchini, o CTI e o Pronto Socorro do hospital con-tarão com acesso direto ao heliponto, agilizando o atendimento ao paciente em emergência. Segundo ela, as alas de internação receberão paginação de piso com variação de co-res distribuídos nos oito pavimentos. “As unidades de internações contam com 31 leitos por pavi-mento, informou.Thais conta que o método de humanização aplicada no ambiente hospitalar visa proporcionar ao pa-ciente a sensação que ele se sinta em casa. “A cor, a luz natural, e a visão ex-terna valorizam e humani-zam o ambiente hospita-lar”, finaliza.

Thais Barzocchini, José Salvador, S. Zanettini e Henrique Salvador

Page 38: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

38 ARQ

Health

Engenharia do Mater Dei

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Toda a parte de en-genharia e sistemas da obra do Hospital

Mater Dei – Projeto Con-torno foi apresentada no workshop pelo diretor da MHA Engenharia, Edi-son Domingues Júnior. A questão da sustentabilida-de foi um dos pontos des-tacados durante o evento. Segundo Domingues, na construção deste prédio uma das prioridades sus-tentáveis foi a busca de medidas econômicas para o consumo de energia. Uma das iniciativas foi à aplicação de um método que utiliza a água quente a partir do aproveitamen-to de calor do sistema de chillers e também através de bombas de calor (am-biente externo).Ainda foi destacado a uti-

lização de equipamentos de instalações hidráulicas que possuem um baixo consumo, e tem contribu-ído para a meta principal, diminuir o consumo elé-trico, de água, ou de qual-quer insumo que tem no hospital. “Utilizando esses equipamentos, conse-quentemente se tem um ganho acima do espera-do. Esse é o foco na parte de instalações que uma obra hospitalar precisa.” De acordo com o diretor da MHA, o sistema de ar condicionado utilizou fan-coletes, que recebem o ar externo filtrado.

Domingues também ci-tou durante sua fala de-talhes dos sistemas ele-trônicos que contam com equipamentos de ponta, a exemplo dos alarmes e

dos 600 pontos de circuito fechado de TV – respon-sáveis pela segurança do local. Além disso, foi abor-dado com informações sobre a estrutura metáli-ca do prédio. Conforme o engenheiro é uma força tarefa criar um projeto de metálica, pois é algo que necessita ser definido com antecedência.

Durante a explanação foi apresentado por meio de imagens o sistema de au-tomação predial. Dentre os detalhes foi informado que todos os quartos pos-suem sistema de controle. E ainda, o projeto prevê a potência de instalação de 7.862 kW e potência demandada de 4.007 kW. Ele mostrou as alas que terão instalações elétricas e também as plantas das

salas cirúrgicas, UTI, e sis-tema central de informa-ção que vão contar com alimentação elétrica em no-break .

Segundo ele, houve um contato positivo de re-lacionamento com a di-retoria do Mater Dei em relação aos trabalhos da obra. “É muito impor-tante essa troca de co-nhecimento.” Sobre a oportunidade de partici-par do evento, o diretor considera a participação importantíssima para o desenvolvimento da em-presa. “A nossa presença neste workshop, além de ser muito gratifican-te está em contato com profissionais de alto nível. Também tem a parte de conhecimento que agre-ga muito”, comentou.

Edison Domingues Júnior,diretor da MHA Engenharia

Page 39: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

39ARQ

Health

EMprEsa

A MHA atua há vários anos no setor de projetos e instalações e tem uma

experiência muito vasta na área de construções hospitalares, cuidando atu-

almente das obras do Hospital Sírio Libanês e da expansão do Hospital Ale-

mão Oswaldo Cruz – hospitais que estão em franca expansão, e que os

projetos estão em andamento, sendo estes significativos. “A MHA tem muita

disponibilidade conosco com mais de 80 engenheiros. Fico muito agradeci-

do por todo esse resultado de anos com mais esse apoio em nosso hospi-

tal”, disse o diretor do Mater Dei, Henrique Salvador, durante o Workshop.

Page 40: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

40 ARQ

Health

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Livrando das bactériasProduto que elimina a proliferação de micro-organismos é ideal para o uso em hospitais e centros cirúrgicos

Dentre os inúmeros problemas exis-tentes em um hos-

pital está a proliferação de micro-organismos no ambiente. O Brasil tem três vezes mais infecções hospitalares que o ad-mitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS),

conforme levantamento feito em 2009. Para redu-zir esta estatística, a Uni-verso Tintas desenvolveu uma linha de produtos que eliminam o surgi-mento de bactérias nos ambientes hospitalares.

A Universo apresentou aos visitantes da Hospi-

talar 2012 o seu produto mais inovador, trata-se de uma tinta higiênica diferenciada no mercado que é ideal para ser uti-lizada na área interna de hospitais, centros cirúrgi-cos, clínicas e consultó-rios. Quanto à avaliação da participação da em-

presa na feira, o diretor comercial da Universo, Ary Machado, considera que foi muito importante para garantir uma visão da empresa no mercado, sendo este o segundo ano que a Universo par-ticipa da feira. “Para nós a Hospitalar está dentro do

Page 41: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

41ARQ

Health

Page 42: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

As Tintas Higiênicas Universo estão disponíveis em três versões: látex acrílico, esmalte à base de água e epóxi à base de água. O látex acrílico apresenta-se nos acabamentos ace-tinado e semibrilho; possui ótima resistência, o que permite uma fácil limpeza, e após três horas da aplicação não deixa cheiro. O esmalte é ideal para superfícies de madeira, metais ferrosos e alvenaria. Como é diluível em água, proporciona baixo odor durante a aplicação e a secagem; além de estar disponível no acabamento brilhante.

Já o epóxi é um produto de altíssima resistência e indicado para pinturas deterioradas por repetidas operações de limpeza, tais como hospitais, centros cirúrgicos e cozinhas industriais. As Tin-tas Higiênicas Universo estão disponíveis em oito cores: branco, azul diamante, amarula, menta, amarelo, rosa, rosa bebê e lilás, em embalagens de 18 litros e 3,6 litros, esta última ideal para a utilização em pequenos ambientes, como clínicas e consultórios.

nosso segmento de sem-pre mostrar novidades.”

Este novo produto da Universo conta com uma tecnologia que desnatura a parede e a membrana celular destes micro-or-ganismos, impedindo a divisão. Na prática, isto quer dizer que o produto elimina os micro-organis-mos nos ambientes onde

está aplicado. “Na realida-de essa tinta tem um pro-duto que já vai eliminar um problema grave que ocorre nesses locais, sen-do a infecção hospitalar”, acrescentou.

A eficácia dessa tinta pode ser comprovada através de uma norma ja-ponesa (JIS Z 2801:2006 Antimicrobial Products), que quantifica os micro-organismos Staphylo-coccus aureus e Escheri-chia coli antes e depois da aplicação do produto. Em busca de uma tin-ta ainda mais eficiente, a Universo ainda acrescen-tou uma proteção contra a Pseudomonas aeruginosa, tornando-se um produto realmente único no mer-cado. Hospitais em todo o Brasil utilizam a Tinta Higiênica há algum tem-

po e seu desempenho foi aprovado.

Ao produzir tintas para os ambientes hospita-lares, a Universo Tintas teve como principal pre-ocupação a eliminação de três bactérias que são muito comuns nes-tes ambientes. “Quando a bactéria encosta na parede, essa tinta tem uma propriedade de evi-tar a proliferação dela no local.” A maneira de aplicação desta tinta é a mesma das tintas tradi-cionais.

Conforme Aurelio Pe-reira, encarregado da manutenção no Hospi-tal Bosque da Saúde, em São Paulo (SP), o produto possui uma durabilidade excelente, além de ser fácil de limpar. Esse hos-pital utilizou a Tinta Hi-

giênica para pintar toda a parte interna de suas instalações, incluindo os quartos, corredores, UTI, recepção e os diversos centros cirúrgicos. Já o Hospital Geral do Man-daqui, também em São Paulo (SP), teve o seu pronto socorro adulto pintado com a Tinta Hi-giênica. “O rendimento deste produto é muito bom, a tinta realmente não apresenta odor e fi-camos muito satisfeitos com o resultado”, diz o diretor do Hospital Ro-berto Claudio Loscher. Outros hospitais que contam com a tecnolo-gia da tinta são: Com-plexo Hospitalar de São Caetano do Sul (SP) e o Hospital São Domingos, localizado em São Luiz (MA), entre outros.

ARy MACHADO, DIRETOR COMERCIAL DA UNIVERSO TINTAS

Em três versões

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

42 ARQ

Health

Page 43: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

43ARQ

Health

Page 44: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

44 ARQ

Health

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Para iluminar o hospitalLâmpadas Golden leva iluminação LEDpara várias alas do Contemporâneo

Aliada ideal para baixar custos operacionais, a

troca da iluminação re-presenta uma ferramen-ta estratégica na gestão hospitalar. Como os hos-pitais geralmente traba-lham em turnos de 24 horas, com elevado con-

sumo de energia elétri-ca, qualquer iniciativa de eficientização energética é bem vinda como solu-ção para baixar o custo fixo operacional.

Pela primeira vez na Hospitalar, a empresa Lâmpadas Golden, uma das parceiras em ilumi-

nação da empresa de gestão em espaços e tec-nologias em saúde L+M Gets, esteve presente no estande do projeto Hos-pital Contemporâneo. A empresa apresentou diversas inovações para diminuir o consumo de energia nos hospitais.

De acordo com Ricar-do Cricci, diretor da di-visão LED da Lâmpadas Golden, a aceitação dos gestores e visitantes da Feira foi positiva, princi-palmente por causa das inovações. “Nós está-vamos em busca de um canal, que representas-

Page 45: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

45ARQ

Health

case sepaco

A Golden, em parceria com a Via Luz, acaba de desenvolver um projeto de retrofit para o Hospital do Sepaco (SP). A substituição de lâmpadas com tecnologia mais obsoleta pelo LED permitirá à instituição baixar o custo operacional fixo hospitalar. O estudo prevê a utilização de lâmpadas Extre-me LED A19 de 7,5W, no lugar das lâmpadas fluorescentes compactas de 25W, e Extreme LED tubular de 12 W e 21W em substituição às fluorescentes tubulares de 16W e 32 W, que são mais adaptáveis em situações de retrofit, pois as luminárias para essas lâmpadas possuem uma customização fácil e direta, dispensando uso de reatores e funcionando diretamente na rede.

se uma vitrine para o seguimento hospitalar. Neste sentido, a feira é uma nova experiência para a Golden neste se-tor. Vemos a Hospitalar como uma grande po-tencial de novos negó-cios.”

No stand a Lâmpadas Golden levou a tecnolo-gia LED para nove alas de serviço e de aten-dimento, do Hospital Contemporâneo. São elas: depósito, vestiário funcionário, gestão em tecnologias L+M, setor de Raio X, Sala de guer-ra (OM 30), Gestão em informática L+M, circui-to integrado de moni-toramento, consultório infantil, sanitário infan-til, além de iluminação geral do galpão, da es-

cada, da fachada e da logomarca.

Reconhecida por sua linha de produtos efi-cientes na área de ilumi-nação, a Lâmpadas Gol-den ainda apresentou as fontes de luz com a mo-derna tecnologia LED, onde foram adotados os modelos Tubo LED de 12W e 21 W, Dicróica LED de 6,5W, Downlight de 30W, fita LED, High-Bay, refletor e PAR 30, todos produtos da linha Extreme LED da Golden. Isto equivale a 250 m² do Hospital Contempo-râneo, que ocupou uma área total de 1000 m².

O LED, além de consu-mir menos que as lâm-padas convencionais, tem uma vida útil de até 30 mil horas, o que o tor-

na uma alternativa mais sustentável por gerar menos lixo e não conter metais pesados em sua composição, reduzindo a possibilidade de danos ambientais e à saúde. A tecnologia ainda permite conciliar economia com conforto, pois proporcio-na uma iluminação não cansativa no campo clí-nico, sem calor, sem va-riação de cor, sem raios ultravioletas e infraver-melhos e com fluxo de luz constante.

“A simples troca de tec-nologia pode não só re-duzir os custos mensais com o consumo de ener-gia elétrica, como a es-colha por produtos mais duráveis tem um impac-to positivo na redução dos custos operacionais,

tais como manutenção e mão de obra”, avalia Cric-ci.

no mercadoA Lâmpadas Golden

é uma empresa de ilu-minação que atua no mercado brasileiro des-de 1990, reconhecida por oferecer uma vasta gama de produtos que tem como compromisso a eficiência energética. Assentada nos pilares da tecnologia, qualidade, capacitação, sustentabili-dade, economia e inova-ção, o compromisso da Golden é oferecer solu-ções sustentáveis em ilu-minação, com produtos que aliem durabilidade com melhoria do fluxo luminoso e menor con-sumo de energia.

Page 46: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

46 ARQ

Health

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

ECONOMIA NA ILUMINAÇÃO

Uma proposta de iluminação em que a conta de energia

do hospital passa a eco-nomizar 50% é algo muito positivo. Essa ação faz par-te dos conceitos do uso da lâmpada Led, que gera de-zenas de benefícios quan-to à redução de custos. Ao abaixar o valor da energia elétrica, a instituição pode investir em outras áreas, gerando mais vantagens para pacientes e profissio-nais.Como explica o diretor proprietário da Via Luz, Fernando Bottene, quando é retirado 2 X 32 de lâmpa-das convencionais, e é co-locado duas lâmpadas flu-orescente de Led gera uma economia de em torno de 50%. “Quando você faz um estudo luminotécnico apli-

cado sobre as luminárias de todo o ambiente você pode chegar até a 80% de redução no consumo”, destaca.Quanto à humanização, o diretor considera um as-pecto de ligação muito séria com a iluminação. “A iluminação tem que estar ligada ao projeto para que a questão da humanização seja algo que ofereça um resultado.” Ele conta que a luz tem que tentar acom-panhar o projeto, para ge-rar este tipo de proposta, que hoje em dia na área hospitalar contribui de for-ma necessária.A Via Luz esteve presente durante a Hospitalar 2012, no stand do Hospital Con-temporâneo, por meio de parceria com a Lâmpa-das Golden, auxiliando na

parte de desenvolvimento de projetos. No local fo-ram apresentadas diver-sas lâmpadas da linha Led, para proporcionar a mo-dernização no ambiente. Também foram apresenta-dos os modelos: Par 20, Par 30 e Par 38. Segundo Bottene, a Via Luz procura fazer ajudar as empresas de arquite-

tura no processo de eco-nomia, através da manu-tenção, realizando uma avaliação preliminar e ao mesmo tempo procurando gargalhos que podem ser sanados, na questão do desperdício luminotécnico. “Então hoje a tecnologia Led, traz essa possibilidade de você ter, baixos custos de manutenção.”

Fernando Bottene,Diretor proprietário da

Via Luz

Page 47: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

47ARQ

Health

Page 48: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

48 ARQ

Health

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Um verdadeiro registro Livro “25 anos + Arquitetura para a saúde” retrata trajetória da L+M GETS no mercadoda construção no Brasil

Este ano não faltaram motivos para a L+M GETS comemorar o

sucesso no mercado da construção para a saúde no Brasil, pois o escritório ce-lebra 25 anos de existência no mercado e também 18 anos de participação na Fei-ra Hospitalar, por meio do Hospital Contemporâneo.

Com o intuito de festejar toda essa história o livro “25 anos + Arquitetura para a

saúde”, foi lançado durante a Feira Hospitalar 2012, pe-los diretores da L+M GETS. A publicação resgata toda a trajetória da empresa, es-pecializada na gestão de espaços e tecnologias na saúde prontas para uso. No lançamento, parte da renda obtida com cada livro (50%) foi revertida para a institui-ção Casa do Caminho, de Embu (SP). A expectativa é que o livro chegue às livra-

rias no segundo semestre deste ano.

Lauro Miquellin, diretor da L+M, revelou que o li-vro sintetiza a parte inicial da trajetória da empresa, constituída por 300 clientes, 1 milhão de m² de projetos e 300 mil m² de ambientes prontos para usar. “Precisá-vamos registrar a primeira parte da L+M para dar início à segunda etapa e este livro cumpre este papel”. Segun-

do ele, a empresa está pau-tada em valores e a estru-tura perante a sociedade é totalmente verdadeira.

Para a diretora geral Mei Ling, a publicação é um marco. “O livro reúne pro-jetos de grande e pequena escala, renovação de equi-pamentos e a biografia da empresa.” Ela conta que o livro representa um registro de toda a história e trajetória da empresa. Esta publicação

Lauro Miquellin, diretor da L+M Gets no lança-mento do livro: 25 anos + Ar-quitetura para a Saúde.

Page 49: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

49ARQ

Health

não visou apenas mostrar um registro dos projetos da L+M, mas também daquilo que era o princípio da em-presa, como a formação de novas pessoas e conceitos em busca de inovações.

Mei Ling comenta que o livro possui muitas infor-mações sobre o critério e as metodologias de traba-lho da L+M GETS durante esses 25 anos. Essa publica-ção também mostra como projetar, construir, mobiliar e equipar para funcionar dentro de um sistema inte-grado. “A gente focou um pouco mais nos conceitos e nos princípios de arqui-tetura hospitalar”, relatou. Quanto ao tempo de pro-dução do livro, a diretora disse que foi necessário en-tre dois e três anos.

Na visão da sócia e ar-quiteta da L+M GETS, Iside Falzetta, toda a equipe se sentiu na obrigação como uma empresa profissional da área, de deixar um re-gistro para o País sobre a

evolução dos projetos de arquitetura na saúde. “O Brasil é carente de hospi-tais e de saúde, então, por meio desse aniversário e com tudo que a gente fez pelo País inteiro, consegui-mos deixar algum registro.” Ela ressaltou que este livro é uma contribuição para novos estudantes, para as pessoas que vão herdar a instituição. “A L+M não termina na gente. É uma empresa que conta com o apoio de vários associa-dos”, concluiu.

Entre as instituições de destaque na publicação estão o Instituto Hermes Pardini, Hospital e Mater-nidade Brasil Rede D´or, Associação Congregação de Santa Catarina, Hospi-tal Sírio Libanês, Fundação São Francisco Xavir, Me-dicina Diagnóstica NKB, Rede Reabilitação Lucy Montoro, Hospital Samari-tano e Unimed. Mais infor-mações sobre o livro: www.lmgets.com.br

trajetória

A L+M Gets cria e conserva espaços que pro-movem o melhor estado de bem estar possível. Além de produzir ambientes sempre contemporâ-neos, em sintonia com as necessidades de cada cliente para edificações de saúde de qualquer porte, em qualquer lugar. A empresa é líder na América Latina em Gestão de Espaços e Tecno-logias em Saúde. É especialista em desempenho, beleza e segurança de ambientes de saúde.

Iside Falzetta, sócia e arquiteta

da L+M Gets,

Mei Ling, diretora geral da L+M Gets

Livro “25 anos + Arquitetura para a saúde”

Page 50: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

50 ARQ

Health

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Pioneira nos prédios da saúdeArquiteto Sergio Reis faz avaliação da Hospitalar 2012 e analisa atual cenário da construção civil no setor da saúde

Falar em arquitetura hospitalar nas déca-das passadas era algo

muito raro. A evolução dos projetos arquitetôni-cos nos últimos anos e a

busca pela humanização das instituições de saú-de contribuiu para criação novos escritórios no País, especializados na criação de centros médicos.

Com essa visão de aten-der essa demanda do mer-cado a Emed Arquitetura Hospitalar foi criada para suprir essa necessidade de levar praticidade e agili-

dade em uma edificação. Procurada por vários hos-pitais nacionais, a Emed é uma referência quando o assunto é arquitetura da saúde.

Page 51: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

51ARQ

Health

Sergio Reis, diretor da Emed

Na Hospitalar 2012, a em-presa esteve presente com um estande para estabele-cer contatos com clientes e profissionais da área médi-ca. “Essa é a 12ª edição que a Emed participa da feira. A cada ano que passa, nosso produto se consolida com a Hospitalar, sendo o princi-pal meio de divulgação da empresa”, afirmou o arqui-teto Sergio Reis, diretor da

Emed. Segundo ele, por ser uma

Feira de nível mundial, a empresa aproveita esse es-paço na Hospitalar como uma das ações de marke-ting. “São dois aspectos a consolidação da marca, a gente tem um institucional muito forte. Essa iniciativa é o ponto de encontro com os clientes da própria em-presa”, salienta.

Reis destaca que a arqui-tetura hospitalar, prioriza sempre pela qualidade do projeto, principalmente pela forma. Ainda mais que vá-rias instituições buscam criar um ambiente que seja humanizado e aliado com as novas tecnologias. “Há uma grande movimentação dos grandes hospitais, pro-curando os escritórios con-ceituados para desenvolver um projeto inovador”, co-mentou.

Dezenas de clientes fa-zem parte da carteira da Emed. Os que destacam são os da cooperativa Unimed, espalhados nos quatro cantos do Brasil. “A Unimed é um grande clien-te nosso, a Emed é o escri-tório que mais faz projetos para as Unimeds brasileiras. Quando falamos em Uni-med, significa que todas as sedes têm seu corpo admi-nistrativo independente”, finalizou.

Além das Unimeds, fazem parte dos projetos atuais da Emed, a clínica do Grupo Fleury (Alphaville), Hospital Mater Maria, Hospital São Camilo (BA), Hospital Sa-mel (AM), Hospital São Ra-fael (SP) e o Hospital Nossa Senhora das Neves (PB).

Page 52: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

52 ARQ

Health

Aqui a resistência é maior

Substância mineral e sistemas de cobertura selada atribuem perfeição e excelência nos acabamentos das salas cirúrgicas do Hospital Contemporâneo

ESPECIAL HOSPITALAR 2012

Page 53: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

53ARQ

Health

Dentro do Hospital Contemporâneo in-tegrado à Feira Hos-

pitalar, dezenas de inova-ções eram apresentadas para a composição da arquitetura e construção de uma obra. Na parte de acabamentos e detalhes se destacava a Avitá, que esta-va com um estande no lo-cal com algumas novidades quanto ao sistema de co-bertura selada e o Corian® – produtos ideais para os ambientes da saúde.

A empresa mostrou aos visitantes e gestores um novo conceito de revesti-mentos para paredes de salas cirúrgicas por meio do lançamento SCS. Um pro-duto que concede espaços

humanizados e seguros, oferecendo uma experiên-cia única para médicos e pacientes.

Este sistema é uma nova opção de revestimento para salas cirúrgicas. Con-siste em um peculiar sis-tema de cobertura para paredes composto princi-palmente por uma estru-tura de sustentação, uma ou mais camadas de iso-lamento, superfície e Co-rian®. O sistema possui uma camada de Corian® que proporciona às pa-redes uma qualidade de assepsia perfeita. Sua alta resistência oferece durabi-lidade ao ambiente, além de permitir a rápida e fácil limpeza e esterilização do

espaço.A durabilidade do Avitá

SCS não elimina a possibi-lidade de adaptações nos ambientes. Novos equipa-mentos e instalações po-dem ser feitas nas paredes que recebemos revesti-mento a qualquer momen-to. Por ser tratar de um sis-tema renovável e reparável, ajustes são perfeitamente viáveis.

O Avitá SCS foi desen-volvido pela Avitá Health e testado por longo período antes de apresentá-lo ao mercado. Depois de muitos estudos e protótipos, a Avi-tá Heltha disponibiliza aos seus clientes esta solução durável, higiênica, segura e de fácil manutenção.

corian

Corian® é a superfície ideal para ambiente que requerem assepsia total e segurança aliado à hu-manização. Com um material mineral homogê-neo, sólido e não poroso utilizado para substituir com vantagens a pedra natural, madeira, chapa metálica, entre outras superfícies.

Page 54: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

Unidades PediátricasInstituições hospitalares contam com arquiteturadiferenciada e direcionada aos pacientes infantis

CRIATIVIDADE

54 ARQ

Health

Page 55: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

55ARQ

Health

Consciente da atual tendência do uso da humanização

de ambientes como au-xílio no processo de cura, a Gebara Conde Sinisgalli Arquitetos, sob o empe-nho das arquitetas Bela Gebara, Gisele Conde e Patrícia Sinisgalli, agrega em seu portfólio belíssi-mos projetos de deco-ração de interiores para unidades pediátricas.

Mais recentemente, o escritório foi responsá-vel pela concepção e a implantação da UTI Pedi-átrica de um dos mais re-

nomados hospitais bra-sileiros, o Hospital Sírio Libanês. Assim, para a realização do projeto, foi reunida uma equipe multidisciplinar devida-mente preparada para fazer com que todos os detalhes fossem inte-grados à ambientação, desde a comunicação visual, os uniformes das equipes médicas, até o uso da luminotécnica e a composição dos espaços de recreação.

A equipe priorizou a utilização de revesti-mentos, acústica, cores e

texturas na ambientação com o intuito de criar um espaço lúdico, que despertasse nas crianças a interatividade e a ativi-dade, conforme explica Patrícia Sinisgalli: “Um ambiente bem projeta-do tem potencial para estimular a cura através da redução do estresse e estimulação do lado saudável do paciente (no caso a criança), pro-porcionando sensações como vontade de brincar e sentir-se acolhida”.

Todos os ambientes fo-ram tratados como ele-

Unidades Pediátricas

Page 56: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

mentos lúdicos, no en-tanto, houve também a preocupação em manter um equilíbrio de cores, escolhidas com muito critério, de maneira que pudessem gerar o estí-mulo adequado sem su-perestimular o paciente. A UTI e Unidade de In-ternação, exclusiva para pacientes infantis, possui uma área de 535m², dis-tribuídos em 10 aparta-mentos de internação, 4 apartamentos de UTI, posto de enfermagem, sala de espera e sala de recreação.

Outro projeto da área, maior e mais audacioso foi a conclusão do Hos-pital da Criança do Hos-

pital Nossa Senhora de Lourdes em 1998, mar-cada pela riqueza de de-talhes e decoração de in-teriores que resultou em um projeto pioneiro no Brasil em ambientação hospitalar específica para pediatria.

O Hospital foi cons-truído em uma área de 5600m², distribuídos em 8 pavimentos ocupados por Pronto-Socorro, UTI, a Unidade de Cirurgia Ambulatorial, três anda-res de internação (sendo duas para a pediatria e uma para a maternida-de), capela e lanchonete.

Aqui foi feito um traba-lho mais complexo por se tratar de um hospital

totalmente idealizado para o atendimento de crianças, desde seu nasci-mento até a adolescência. Foi criada uma identidade visual para diferenciar os andares e facilitar a loca-lização dos usuários em seus diversos pavimentos. Cada pavimento ganhou um tema diferente, como Praia, Fundo do Mar e Dinossauros, e teve toda sua decoração inspirada no mesmo. A falta de luz natural de todos os am-bientes foi compensada através de recursos lumi-notécnicos que remetem à claridade do dia ou à luz noturna dando referência temporal a pacientes e acompanhantes.

CRIATIVIDADE

56 ARQ

Health

Page 57: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

57ARQ

Health

Page 58: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

58 ARQ

Health

Em busca da modernizaçãoRede São Camilo comemora 90 anos da chegada dos camilianos no Brasil sob ritmo acelerado nas reformas e ampliações de suas Unidades em SP

A Rede São Camilo comemora os 90 anos da chegada dos primeiros camilianos ao País (1922-2012), proporcionando serviços na área da saúde, superando a expectativa dos clientes, alicerçados na com-petência, tecnologia, humanização e valorização da vida. Os hospitais da Rede São Camilo de São Paulo

(Pompeia, Ipiranga e Santana) têm como meta serem reconhecidos como Instituições de qualidade no aten-dimento médico e hospitalar, consolidando-se como primeira opção em urgência e emergência nas áreas de abrangência e como uma das cinco melhores opções para tratamentos eletivos na Região Metropolitana da capital paulista. Os investimentos feitos nas Unidades nos últimos cinco anos têm sido constantes, devido às amplas reformas e ampliações nos prédios. Todas essas alterações têm como finalidade principal proporcionar um atendimento de primeira aos pacientes. A seguir, você confere um panorama de algumas das principaiso-bras feitas nas Unidades.

Perspectiva Unidade Ipiranga

ARQ reforma

Page 59: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

59ARQ

Health

A Unidade já passou por uma série de inves-timentos internos em hotelaria, equipamen-tos, corpo clínico e in-fraestrutura de modo geral, e a fachada do hospital não refletia todas estas mudanças-para quem olhava de fora. Agora, o Hospital São Camilo Ipiranga vai ficar de cara nova. A fachada está passando por uma revitalização-completa, com o intui-to de conferir à Insti-tuição uma imagem de modernidade atrelada às reformas internas

que vêm acontecendo nos últimos anos.

A Unidade fica lo-calizada na rua Pouso Alegre, nº 1, na capital paulista. Em setembro de 2008, o local iniciou um projeto visando a reforma na fachada do hospital e substi-tuição dos telhados. A obra contempla a par-te interna e externa do hospital, considerando que, do total e área do terreno, será revitaliza-do aproximadamente 4.300,00m², conside-rando as janelas, em um prédio com sete

• Unidade Ipiranga

Abgair Xavier Lima, diretora administrativa da

Unidade Ipiranga

pavimentos.A reformulação da

fachada conta com a remodelagem nas ja-nelas, compostas de vidros duplos insula-dos com persiana em-butida importada, que antes eram coloniais e agora vão receber características moder-nas. O material usado para essa alteração na fachada é o ACM, que são painéis de alumínio compostos, algo que tem sido muito usado nas fachadas contem-porâneas. Por ser um prédio com mais de

Page 60: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

60 ARQ

Health

70 anos, esse material tende a dar mais dura-bilidade. Todo o pro-jeto arquitetônico do prédio foi elaborado pelo escritório Zanetti-ni Arquitetura.

O prédio passa atual-mente por ampliações. “Isso vai nos permitir atender uma deman-da de pacientes que a gente não estava ten-do como suportar. Já entregamos 21 novos leitos na enfermaria e 20 novos leitos de Unidade de Terapia In-tensiva”, afirma Abgair Xavier Lima, diretora administrativa da Uni-dade Ipiranga.

“Todas essas reformas exigiram fazer uma in-tervenção nos atuais leitos. “Não podemos fechar muitos leitos de uma vez para fazer as obras. Tudo precisa de um planejamento com muito cuidado, para não gerar nenhum im-pacto aos pacientes.”

FicHa técnica

são camilo - unidade ipiranga obra: Adequação da antiga pediatria para recebe-rem 29 novos leitos de internação

área do terreno: O 3° andar tem o total de 3.631,41m²

área total construída: A área de adequação para receber os novos leitos é de 652,49m²

nº pavimentos: 01

Empresas sub-contratadas:K.M.F Arquitetos Associados - (Projetos 1° Etapa)FK2 Arquitetura e Consultoria - (Projetos 2° Etapa)IE – Industrial Engenharia Ltda - (Civil)Bispo & Berbet Comércio - (Gases)Bq. Ar condicionado – (Ar Condicionado)Romanzza - Valunew Com. de Móveis - (Marcenaria)Forbo Pisos Ltda - (Pisos)

arquitetura: K.M.F Arquitetos Associados - (Projetos 1° Etapa)FK2 Arquitetura e Consultoria - (Projetos 2° Etapa)Thiago Marques (Arquiteto do HSCI) – Adequa-ções e Alterações

interiores: Romanzza - Valunew Com. de Móveis

coordenação: Engenheiro Cristiano Ferreira

ar-condicionado: Bq. Ar condicionado

Elétrico: Energec Engenharia E Construções Ltda

Gases Medicinais: Bispo & Berbet Comércio -

projeto de fundações e contenções: Falbras Ser-viços De Construção Civil Ltda

Estrutura de concreto: Falbras Serviços De Cons-trução Civil Ltda

construção: IE – Industrial Engenharia Ltda - (Civil)

ARQ reforma

Page 61: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

61ARQ

Health

Page 62: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

62 ARQ

Health

• Unidade Santana

A Unidade Santana também está investin-do em reformas e am-pliações. Grande parte do investimento será direcionada à revita-lização da fachada do hospital e construção de um novo bloco, que será erguido na área anexa hoje ao Pronto-

Socorro. Como resulta-do, o hospital ganhará um novo Pronto-Socorro Adulto ampliado e mo-derno, com um setor exclusivo para Ortope-dia, nova área para He-modinâmica, Setor de Exames e SND (Serviço de Nutriçãoe Dietéti-ca), auditório com 100

lugares, além da am-pliação do saguão de Internação e da área do estacionamento.

A fachada do hospital passará por um retrofit completo, conferindo à Unidade Santana uma arquitetura moderna, atrelada aos conceitos inovadores de gestão

Perspectiva do Pronto-Socorro Adulto

ARQ reforma

Page 63: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

63ARQ

Health

da Rede São Camilo. De acordo com o dire-tor administrativo da Unidade Santana, Rogé-rio Quintela, o principal motivo da reformulação da nova fachada da uni-dade Santana foi a pro-posta de mudar a ima-gem do local. “Era uma arquitetura mais antiga, estamos adotando uma arquitetura mais arroja-da ao trazermos mais a modernidade nos deta-lhes”, completa.

Quintela declarou que a meta é levar a moder-nidade para o interior da Instituição, também com

o apoio de tecnologias e o desenvolvimento na ges-tão hospitalar. Segundo ele, com o Pronto-Socorro reformado será possível adequar a arquitetura-geral do prédio, de forma mais arrojada. “Quan-do eu falo arrojado, vai desde ao piso, a mobília e tecnologia”, salienta. Todas essas obras foram feitas para atender uma demanda gerada na re-gião da Unidade. “Nós decidimos dobrar o ta-manho para melhorar o atendimento.”

O diretor afirma que a proposta é que todas as

fachadas e partes inter-nas da Rede São Camilo tenham um design pa-drão. Quintela ressalta que em todo o projeto houve uma preocupação quanto à humanização, pois foi utilizado um flu-xo muito estabelecido, projetando cada detalhe para a acomodação dos pacientes e acompa-nhantes.

Todo o projeto arqui-tetônico do prédio está sendo elaborado pelo escritório Zanettini Ar-quitetura e a parte de engenharia pela Afonso França.

Perspectiva Unidade Santana

Page 64: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

64 ARQ

Health

cação com divisórias, pro-porcionando privacidade entre os pacientes. Reser-vada e com acesso restri-to à circulação de pesso-as, a sala de Medicação possui 25 boxes – sendo quatro equipados com monitorização contínua de sinais vitais e um box adaptado exclusivamente ao atendimento de pa-cientes preferenciais. O ambiente também conta com TVs de LCD.

Perspectiva Unidade Pompéia

• Unidade Pompeia

O Hospital São Camilo Pompeia inaugurou no último semestre um novo espaço voltado exclusiva-mente ao atendimento de urgências relativas. Esta ampliação praticamen-te dobrou a área útil do Pronto-Socorro Adulto (PSA), que passa a contar agora com 1.254 m². Lo-calizado no 1° andardo Bloco 1, o novo espaço do PSA conta com cinco consultórios voltados à

clínica geral, duas salas de espera, uma ampla sala de medicação, con-forto médico e escritó-rios administrativos.

“Esta nova obra faz par-te do plano diretor de ex-pansão do hospital. Com a inauguração do novo espaço, vamos aumentar cerca de 25% a nossa ca-pacidade de atendimento, oferecer mais conforto e agilidade ao pronto-aten-dimento,consolidando

desta forma a Unidade Pompeia como referên-cia em atendimentos de urgência e emer-gência na região onde está localizada”, afirma José Carlos de Oliveira, diretor administrativo do Hospital São Camilo Pompeia.

Além do tamanho e da moderna arquitetura do local, um dos gran-desdes taques do novo espaço é a sala de Medi-

ARQ reforma

Page 65: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

65ARQ

Health

José Carlos de Oliveira,diretor administrativoda Unidade Pompeia

Page 66: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

66 ARQ

Health

Por ser uma área de assistência hospitalar, foi priorizado no projeto de ampliação de leitos da Unidade Ipiranga o aten-dimento às normas, bem como o uso de novas tecnologias e materiarias que ao mesmo tempo atendam as necessidades técnicas de um hospital e apresente um resultado estético aos usuários, seja o paciente ou o funcioná-rio.

Todas essas adequa-ções foram feitas na pri-meira etapa da obra pela empresa KMF Arquitetos Associados. Para Carlos Eduardo Mesquita Fur-tado, sócio-proprietário da KMF, desenvolver esse projeto de ampliação foi uma oportunidade para a empresa mostrar a ex-periência e know-how na elaboração de projetos de arquitetura hospitalar.

“Além do próprio projeto pudemos contribuir nos estudos de viabilidade e na logística de obra”, afir-ma.

Em todo este processo, Furtado considera como destaque o trabalho em equipe com o pessoal do hospital na implantação e adequação dos proce-dimentos assistenciais ao espaço físico projetado. “Também foi importan-te buscar o máximo de aproveitamento da área existente com o mínimo de interferência no fun-cionamento do edifício durante a reforma”.

Essa não é a primeira obra da rede hospitalar que o escritório de arqui-tetura participa. Anterior-mente a KMF elaborou o projeto para implantação dos serviços de hemodi-nâmica na Unidade Ipi-ranga e depois o projeto

da nova capela, da refor-ma da diretoria e da nova entrada social da uni-dade. Outros trabalhos feitos pela KMF foram, o projeto para reforma do Conforto Médico no cen-tro cirúrgico e o projeto para implantação do Day Clinic também no mesmo local.

A parceria da KMF com o hospital surgiu porque um dos sócios da em-presa já atuou no setor de arquitetura da institui-ção médica anos atrás, e quando a KMF foi criada, logo foi convidada para participar das concorrên-cias.

boas práticas - Para garantir uma obra ecolo-gicamente correta, a KMF especificou materiais e equipamentos que ga-rantem uma redução no consumo de água e ener-gia elétrica.

CARLOS EDUARDO MESQUITA FURTADO, SóCIO-PROPRIETÁRIO DA KMF

logística na obra

ARQ reforma

Page 67: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

67ARQ

Health

KMF ARQUITETOS ASSOCIADOS

A KMF está há dois anos no mercado, composta por arqui-tetos com especialização em administração hospitalar e que integram uma nova geração da arquitetura. Esses profissionais se especializaram por meio da prática, trabalhando vários anos como arquitetos internos, funcionários de hospitais, onde par-ticiparam do desenvolvimento, coordenação, planejamento de projetos, gerenciamento de obras e puderam vivenciar o cotidiano de todos os colaboradores, tanto na área assisten-cial quanto na de apoio de um hospital.

Page 68: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

68 ARQ

Health

ACABAMENTO EM SINTONIA

Para desenvolver esse projeto de refor-mulação da fachada da Unidade Ipiranga do Hospital São Camilo, a instituição precisou do apoio de dezenas de empresas de constru-ção. A Cadri/Sul Me-tais, responsável pelo serviço de ACM (pai-néis de alumínio com-posto) e esquadrias de alumínio, foi uma das empresas que se des-tacou.

Essa parceria da em-presa com a instituição

de saúde surgiu por vários fatores. A Ca-dri/ Sul Metais já des-pontava no mercado pelos serviços presta-dos de qualidade e no caso do Hospital São Camilo vale citar o ex-celente relacionamento existente da empresa com o escritório de ar-quitetura (Zanettini) que fez o projeto. “Não é a primeira obra que fazemos para o hos-pital, porém as outras foram de menor volu-me”, acrescenta Luiz

Mercado

A Cadri/Sul Metais atua no segmento de forros, brises e revestimentos metálicos há mais de 25 anos. Possui uma equipe técnica especializada atendendo o cliente em todos os processos da obra desde o desenvolvimento do projeto até a entrega garantindo assim, a satisfação e qualidade dos serviços prestados. “Possuimos equipes de montagem especializadas que ga-rante ao cliente uma excelência no serviço”, afirma Luiz Ri-cardo. Com atendimento personalizado, o objetivo da em-presa é adaptar o projeto à necessidade específica de cada cliente, seja em grandes ou pequenas áreas.

Ricardo, gerente de projetos da Cadri/ Sul Metais.

A empresa avalia que esta obra está sendo um projeto desafiador pelas ino-vações que foram apresentadas. “Nossa maior preocupação com esse projeto es-pecífico foi criar es-tratégias de monta-gem para atender o cronograma da obra com o hospital em funcionamento”, fina-liza o gerente.

ARQ reforma

Page 69: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

69ARQ

Health

Page 70: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

70 ARQ

Health

Os pisos usados na ampliação dos leitos da Unidade Ipiranga serão modernos a nível glo-bal. Este é um material em que 24 horas elimi-na 99,9% das principais bactérias que provocam infecções hospitalares, tendo esta eficácia por ter em sua composição íons de prata, além de ter uma altíssima resistência a manchas, oferecendo uma absorção acústica de 15db, proporcionan-do um ambiente agradá-vel e limpo.

Fabricante líder em re-vestimentos de chão, ade-

sivos, bem como técnicas de acionamento e de transporte leve, a em-presa fornecedora des-tes pisos é Forbo – em nível de fábrica, consi-derada por várias ins-tituições como a maior fabricante de pisos do mundo.

A parceria da empre-sa com o Hospital São Camilo surgiu em 2004 com frequentes visitas ao departamento de ar-quitetura e engenharia da unidade Santana. E atualmente a empresa atende as três unida-des da rede hospitalar.

ELEGâNCIA NOS PAVIMENTOS

Ao longo deste tempo a equipe da empresa executa obras com mui-ta frequência em todas as sedes, pois em vários setores o piso foi padro-nizado com as linhas da Forbo.

Sobre a satisfação em atuar neste projeto de ampliação da Unidade Ipiranga do Hospital São Camilo a diretoria da empresa informa que é muito gratificante, pois a rede hospitalar está con-fiando mais uma vez nos produtos e na parceria firmada há anos.

Rafael Hernandes Ju-

nior, técnico de vendas e contas especiais da For-bo, relata que a empresa encara todos os projetos como um desafio, porque mesmo sendo líder em fornecimento no setor hospitalar, o empreendi-mento busca atender ou-tros projetos como sendo um novo. “Não bastando somente ter desenhos e cores a maior preocu-pação da Forbo está em prestar um bom atendi-mento, oferecendo pro-dutos e um serviço de qualidade. Por este mo-tivo acompanhamos de perto todos os projetos.”

SARLON TECH SPARKLING, MODELO VOLTADO ESPECIALMENTE PARAA ÁREA HOSPITALAR

ARQ reforma

Page 71: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

71ARQ

Health

FornEcEdora concEituada

A Forbo foi criada em 2001 como unidade comercial de Forbo Flooring, tendo sua matriz na Suiça apresentando ao mercado toda a gama de pisos vinílicos e o piso natural Marmoleum fabricado há 120 anos – produto altamente consagrado em todos os mercados como solu-ção para pisos ecologicamente corretos. Atualmente, a Forbo detém as contas dos principais hospitais de São Paulo, mas eles atuam em todo território nacional oferecendo além de produtos de qualidade, comprometimento. A Forbo detém os selos Reach, LCA, 14001 entre outros, além de ter um controle na compra e descarte de matéria prima.

RAFAEL HERNANDES JUNIOR, TÉCNICO DE VENDAS E CONTAS ESPECIAIS DA FORBO

Page 72: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

72 ARQ

Health

Pavimentos sofisticadosObra em MG promove interligações entre as duas edificações utilizando conceitos de humanização e diversificação de layouts em cada pavimento

Pense em um empre-endimento hospita-lar com dezenas de

diferenciais integrando o modelo de construção, ao exemplo dos subso-los que ocupam toda a área dos lotes então disponíveis. Neste local há a possibilidade de construção futura de um terceiro pavimento de garagem no subsolo sob

a laje de piso já execu-tada em outro nível, sem transtornos executivos.

Além disso, terá uma estrutura em concreto armado e lajes nervu-radas, com modulações otimizadas e vãos pa-dronizados de forma a atender espaços entre vagas e circulação de ve-ículos com positivo fluxo e, sobretudo permitindo

variações de layouts dos pavimentos operacionais do hospital.

Todo esse diferencial de construção refere-se às obras do Hospital Infantil São Camilo, em Belo Horizonte (MG). Que em decorrência pela falta de leitos e área am-bulatorial iniciou há cer-ca de três anos a cons-trução de um prédio

HUMANIZAÇÃO

Page 73: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

73ARQ

Health

adjacente com entrada pela Rua Pouso Alegre. Essa obra de ampliação comemora 30 anos de atividade do hospital.

São nove pavimentos, sendo dois de garagem, um destinado à recepção e unidade de Urgência. O hospital já terminou a construção de toda a estrutura externa, in-cluindo parte hidráulica, energia elétrica e vãos livres de 740 m². A pri-meira parte concluída é destinada a apartamen-tos em um pavimento que se comunica com o andar de apartamentos

do prédio original (en-trada pela Avenida Sil-viano Brandão) que tem oito pavimentos.

A unidade a ser con-cluída até o final deste ano se destina à área ambulatorial para pedia-tria clínica e tem como objetivo racionalizar os atendimentos. Serão 14 novos consultórios, re-cepção, diversas áreas, posto de vacina, sala de observação leve, além de área externa que ser-virá para acolher os pa-cientes nos horários de grande movimento. Os consultórios até então

ocupados pela Pediatria Clínica se destinarão às especialidades pediátri-cas.

Segundo o Dr. José Guerra Lages, diretor Administrativo e finan-ceiro do hospital, esta construção é de funda-mental importância para consolidar o São Camilo como uma instituição de referência na prestação de serviços médico hos-pitalar pediátrico na ca-pital mineira. “A melho-ria será muito grande, pois haverá um número maior de leitos com ex-celente estrutura, com

Page 74: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

74 ARQ

Health

uma qualidade igual ou superior aos melhores serviços de Belo Hori-zonte.”

Outra possibilidade da obra é a de interligações entre as duas edifica-ções (anterior e nova) atendendo legislações de acessibilidades, lei de uso e ocupação do solo e resistências estruturais. “A probabilidade futura é a de ser homologado um heliponto na cober-tura da nova edificação”, afirma Leonardo Cam-braia, da Ampla Enge-nharia, responsável pela obra.

O hospital ainda con-tará com espaços para

a instalação de eleva-dores para macas de última geração; duas escadas independentes para fluxo vertical, am-bas aprovadas junto ao Corpo de Bombeiros, com dimensões adequa-das às eventuais neces-sidades de operações de emergência e combate a incêndios; utilização de granitos nos pisos dos pavimentos visando condições sanitárias, re-sistência e durabilidade.

De acordo com Cam-braia, ao executar futu-ramente o nível subsolo da garagem, será estu-dado o uso de água do lençol freático que deve-

rá ser captada, em parte, para demandas de uso nas áreas do estacio-namento e pilotis. “Da mesma forma, estuda-mos a possibilidade de uso de painéis para cap-tação de energia solar”, acrescenta.

Entre os principais de-safios deste projeto está a adequação das neces-sidades da medicina e os novos e avançados equi-pamentos às exigências das legislações urbanas, ambientais e sanitárias. Outro fator é o planeja-mento e projeto (arqui-tetura, cálculo estrutural, projetos hidráulicos, elé-tricos, SPDA) de forma

a atender inteligente-mente constantes mo-dificações, adaptações, melhorias e aperfei-çoamentos que sejam demandados ao longo de períodos de avanços técnico-científicos da Medicina e da Engenha-ria.

Outro ponto de desta-que dessa ampliação foi atender as necessidades do hospital, respectiva-mente ao desenvolvi-mento de outras obras diariamente. A opera-ção de todo o canteiro de obras ou parte dele, em espaços cada vez mais escassos foi um dos desafios.

HUMANIZAÇÃO

Page 75: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

75ARQ

Health

A Ampla Engenharia e sua antecessora, Santa Maria Engenharia, atra-vés de seu responsável técnico, o engenhei-ro Fernando Cambraia vem executando nestes últimos 28 anos, diver-sas obras na área hos-pitalar e clínicas médi-cas tais como a Clínica de Cirurgia Plástica do Dr. Sebastião Nelson Edy Guerra (MG) e Blo-cos Cirúrgicos e CTIs novos ou adaptados.Há 28 anos a Ampla En-

genharia auxilia o Hos-pital Infantil São Camilo em diversas concretiza-ções. Toda essa traje-tória representa indis-cutivelmente para os funcionários da Ampla, motivo de extrema gra-tidão e reconhecimen-to, pois através dos desafios e superações pertinentes nessa con-vivência contínua, foi construído junto o res-peito e a amizade entre a empresa e a institui-ção médica.

convivÊncia valiosa

Page 76: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

76 ARQ

Health

FicHa técnica da obra

arquitetos responsáveis: Adriana Regina Vilan Xavier

Carolina Saraiva de Lacerda CostaPaulo Henrique Rocha

Engenheiros responsáveis: Fernando Cambraia

José Lúcio TaveiraLeonardo Cambraia

Paulo Sérgio Rago Xavier

construtora: Ampla Engenharia

interiores: Adriana Regina Vilan Xavier

Carolina Saraiva de Lacerda Costa Paulo Henrique Rocha

coordenação da obra: Paulo Sérgio Rago Xavier

Gerenciamento de licitação:Paulo Sérgio Rago Xavier.

O Hospital Infantil São Camilo foi fundado em 1980. Naquela época eram atendidos pa-cientes do SUS e o hos-pital chegou a ter 180 pacientes pediátricos internados. Em torno de 1990 o hospital sus-pendeu o atendimento de pacientes do SUS e com isto a área de in-ternação foi sendo di-minuída e aumentada a

área ambulatorial, aten-dendo especialmente pacientes usuários de planos de saúde. Com o aumento da cliente-la dos planos de saúde e diminuição dos leitos hospitalares em função de desativação de vá-rios serviços, a deman-da aumentou de forma acentuada gerando duas grandes deficiências: lei-tos e área ambulatorial.

Fruto dE tradiçÃo

HUMANIZAÇÃO

Page 77: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

77ARQ

Health

A fórmula exata da obraImplementação de Plano Diretor garante desempenho satisfatório e inovador nas obras de ampliações do Hospital Santa Catarina em São Paulo

capa

Page 78: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

78 ARQ

Health

É tão importante o ato de planejar que essa iniciativa é praticada

muitas das vezes na vida de qualquer indivíduo. Seja na hora de construir uma casa ou na hora de tomar alguma uma de-cisão, o planejamento costuma estar presente. Em uma obra hospita-lar essa ação é mais que fundamental, por isso, profissionais da constru-ção e arquitetura criaram o Plano Diretor de Obras (PDO).

Conforme a Associação Brasileira de Normas Téc-nicas (ABNT/1991), o Pla-no Diretor é o instrumen-to básico de um processo de planejamento muni-cipal para a implantação

da política de desenvol-vimento urbano, norte-ando a ação dos agentes públicos e privados.

Dentre as análises rea-lizadas para a prática de um PDO em um hospi-tal, está a avaliação dos serviços prestados à po-pulação bem como seus desdobramentos. Além do espaço para atender adequadamente à de-manda da cidade, quan-tidade de equipamentos para diagnósticos, pro-fissionais capacitados e disponíveis para a pres-tação de serviços, dentre outros aspectos. A partir destas exigências, o hos-pital dimensiona as áreas de circulação de pessoas, muda ou redefine setores

inteiros para uma maior sinergia entre as próprias alas em benefício dos seus clientes.

Ao introduzir mudanças desse modelo, visando um processo de melho-ria contínua, o Hospital Santa Catarina (HSC) em São Paulo (SP) implantou o Plano Diretor nas obras de ampliação e refor-mulação. Composto por três grandes espaços: o sagrado, os funcionais e os operacionais, o HSC é formado por um conjun-to de edifícios históricos, concebidos em distintas décadas que vão do co-meço do século passado aos anos 1970. Em uma área de 16 mil m², a insti-tuição tem como um dos

CAPA

Page 79: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

79ARQ

Health

desafios a criação de áre-as capazes e suficientes para abrigar novos espa-ços pretendidos de forma planejada.

Para a criação deste plano em 2001, a direto-ria da instituição e uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, administra-dores, farmacêuticos e equipes de apoio se reu-niram para identificar na rotina do hospital neces-sidades técnicas, de servi-ços, tecnologias e terapias para o planejamento de infraestrutura do comple-xo hospitalar.

O modelo adotado pela Cabe Arquitetura para a elaboração do PDO do Santa Catarina, utiliza uma

postura participativa que durante quatro meses, quase a totalidade do hospital foi consultada sobre os rumos a serem seguidos pelo programa do edifício e do comple-xo. Nestas condições, qualquer intervenção no espaço físico poderia ser desastrosa, principalmen-te por ser um ambiente hospitalar em plena ati-vidade. Somente a elabo-ração de um plano com diretrizes bem definidas pode orientar adequada-mente uma intervenção deste porte.

A opção por um Plano Diretor participativo, fle-xível e com previsão de reversão de expectativas permitiu ajustar o esque-

leto existente do edifício ao novo programa e a qualidade que represen-ta o novo prédio do HSC. “Sem a participação da engenharia do hospital, assim como o envolvi-mento e comprometi-mento da alta cúpula da instituição, não seria pos-sível chegar ao sucesso que chegamos”, destaca a arquiteta Célia Bertazzoli, da Cabe Arquitetura, em-presa também responsá-vel pela elaboração dos projetos arquitetônicos do Santa Catarina.

Ela informa que assu-mir as obras do hospital foi um grande desafio e uma enorme responsa-bilidade, pois o escritório estava lidando com uma

Page 80: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

80 ARQ

Health

instituição com 100 anos de história. A empresa iniciou as atividades no HSC em 1997, com uma pequena intervenção que foi o projeto de uma suí-te para a Maternidade. Posteriormente, a Cabe foi convidada a projetar a nova Maternidade e de-mais unidades de inter-nação, o Serviço de Nu-trição e Dietética (SND), projetos de adequação e melhoria de acessos, centro de convenções e capacitação, área de distribuição de fluxos, o espaço dedicado aos colaboradores, um novo bloco de interligação en-

tre edifícios de épocas distintas, UTI de diversas especialidades, unidade de hemodinâmica, radio-terapia, entre outros.

Retrofit – Ao falar da modificação do projeto original do novo bloco, ela conta que houve uma alteração de forma radi-cal. “Recebemos uma es-trutura ‘em osso’, mas ela foi modificada e amplia-da”, relembra. Outro de-talhe interessante é que a empresa de arquitetu-ra teve que desenvolver um projeto de um novo edifício para atender as necessidades do hospital dentro da visão de futuro

que significou ampliar as atividades de sua voca-ção.

Sobre as fachadas do local, a arquiteta descre-ve que algumas das so-luções técnicas adotadas para a fachada do edi-fício foram de maneira inédita e posteriormente copiadas e reproduzidas em outros edifícios hos-pitalares. Segundo ela, as fachadas com persianas insuladas tiveram dese-nho de caixilhos desen-volvidos exclusivamente para este projeto que levou em consideração aspectos como conforto térmico, acústico e visu-

CAPA

Page 81: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

81ARQ

Health

al, além da contribuição para a economia de ener-gia com ar condicionado.

O projeto completo das obras do hospital levou um ano para ser concebido e envolveu uma equipe interdisci-plinar com diversos con-sultores e colaborado-res. Cerca de 30 pessoas estiveram envolvidas neste projeto sob a coor-denação geral da Cabe.

Questionado sobre os diferenciais desse projeto, Marcos Cardone, espe-cialista em urbanismo da Cabe, revela que as inova-ções foram muitas. Como exemplo, a circulação de ar e ventilação natural entre lajes e forro dos pavimentos, permitindo uma bioclimatização dos andares com menor uti-

lização de ar condiciona-do. Outro ponto inovador é o design dos postos de trabalho do corpo clínico e enfermagem dos anda-res. Segundo ele, houve uma evolução do design das UTI’s com posições laterais dos leitos em re-lação à fachada, ainda o visor entre os leitos com controle visual do pacien-te pela enfermagem. “O desenho dos boxes indi-viduais em torno do pos-to de enfermagem é algo de destaque”.

Para conduzir todo esse projeto e desenvolver o PDO, a Cabe teve que en-frentar alguns desafios. A empresa fez o controle do impacto e a concep-ção de um projeto capaz de agregar e integrar todo o conjunto que for-

ma o complexo hospita-lar, respeitando os valores da instituição e definindo com clareza os espaços intitulados de sagrado, permanente e transitório. “Fizemos com que tudo funcionasse em condi-ções adequadas”, diz Car-done.

Neste projeto foi rea-lizado um dos primeiros RIV (Relatório de Impacto de Vizinhança) da cidade de São Paulo. Foi utiliza-do o sistema de capta-ção de águas pluviais por meio de vigas calhas, pre-servação e concepção de novas áreas permeáveis, sistema independente de ar condicionado por se-tor, sistemas construtivos do tipo obra seca e otimi-zação de fluxos de pesso-as, serviços e produtos.

Célia Bertazzoli, arquiteta e Marcos Cardone, especialista em urbanismo da Cabe.

Page 82: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia
Page 83: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

EspEcial

construçõEs

sustEntávEis

Page 84: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

84 ARQ

Health

Futebol com sustentabilidadeRevitalização do estádio Independência em MG introduz projeto arquitetônico com medidas sustentáveis como um dos diferenciais

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 85: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

85ARQ

Health

Atualmente dois assuntos estão em evidên-cia no Brasil: sustentabilidade e a Copa do Mundo. Somado a isso, as obras dos está-

dios para o evento futebolístico de maior relevân-cia no planeta, que será realizado no País em 2014, seguem a todo vapor sempre visando medidas e ações sustentáveis. Um deles que já está com as obras concluídas não foge a regra. Trata-se da Arena Independência, estádio do América Mineiro que fica no bairro do Horto, em Belo Horizonte (MG). O local servirá de suporte para as seleções durante a competição.

O estádio que começou a ser erguido em 1947 para a Copa do Mundo de 1950, ficou fechado de 22 de janeiro de 2010 a 25 de abril 2012, pouco mais de dois anos, porém a espera valeu a pena. Praticamente reconstruído com modernas insta-lações e capacidade para acolher mais de 23 mil torcedores com conforto e segurança, a arena tem como missão de transformar-se no templo da paz do futebol mineiro.

O escritório responsável por desenvolver o pro-

jeto da revitalização sustentável da Arena Indepen-dência foi a MySSIOR – Arquitetura, Urbanismo e Gerenciamento. A oportunidade da empresa em participar da obra soma-se também ao Fórum dos Arquitetos da Copa, uma iniciativa do SINAENCO (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia) para congregação dos Arquitetos que estão projetando os estádios no País com o intuito de trocar co-nhecimentos, experiências, discussões de caráter institucional e gestão em favor da arquitetura bra-sileira.

Para o arquiteto Leon Myssior, foi muito desafia-dor e estimulante participar e concluir as altera-ções feitas para modernizar a arquitetura do está-dio, uma vez que foi necessário obter dados que vão desde conceitos básicos de equipamentos, passando por relevantes questões ligadas à ma-nutenção, operação e restrições de acesso e mobi-lidade urbana, até atender todas as exigências do caderno de encargos da FIFA. “Foram três meses de bastante pesquisa, diversos estudos prelimina-res, várias simulações e orçamentos até a configu-

Page 86: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

86 ARQ

Health

ração final executada”, afirma Leon.As principais modificações arquitetônicas ocor-

reram na estrutura das arquibancadas que foram totalmente remodeladas. Embora fosse um desejo do América manter o anel inferior do estádio, que tem uma relevância histórica para o time e para a cidade, inspeções no local confirmaram a impos-sibilidade técnica de qualquer aproveitamento. A partir dessa constatação, o projeto se desenvolveu com enorme precisão com vetores completamente distintos da estrutura e organização anterior. “São requisitos inteiramente novos, mais robustos e so-fisticados, comparáveis a uma grande instalação industrial”, diz o arquiteto. Mas Leon revela que ainda há uma tensão nos primeiros meses quanto ao bom funcionamento e uma atenção em relação a alguns pontos como o fluxo desenhado, as circu-lações, acessos, visibilidade e materiais de acaba-mento. “Gostamos de pensar nesta fase de opera-

ção preliminar como retroalimentação do processo de projetos, onde as soluções técnicas podem ser avaliadas em tempo real, produzindo um conheci-mento adicional, mais refinado”, explica.

ação ambiental - Outros fatores que foram des-taques na reconstrução do estádio, são as medidas tomadas pela MySSIOR para desenvolver um pro-jeto preocupado com questões sustentáveis e am-bientais da obra, como o armazenamento de água fluvial, a industrialização das estruturas, arquiban-cadas e coberturas, que gerou um reduzido índice de resíduos sólidos. O partido arquitetônico adota-do com parte da cobertura translúcida, que reduz necessidade de iluminação diurna, são os pontos fortes nesse quesito. “Mais do que tudo, eu diria que o menor custo por assento do Brasil é acima de qualquer discussão, um forte fator em favor da sustentabilidade operacional”, conclui Leon.

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 87: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

87ARQ

Health

Mais dE 900 proJEtosA MySSIOR é uma empresa que conta com uma ampla experiência na área de ar-

quitetura e engenharia civil dispondo de uma equipe competente e qualificada for-

mada por diversos profissionais que inclui: arquitetos urbanistas, engenheiros civis,

eletricistas, ambientalistas e administradores. Outro fator de destaque na empresa

é a carteira de clientes que registra um número superior a 900 projetos executados,

500 licenciados, 1200 obras fiscalizadas e mais de 2 milhões de m² gerenciados

em todo o Brasil. Graças à qualidade e a eficiência nos trabalhos desenvolvidos, a

MySSIOR é reconhecida internacionalmente e foi a primeira empresa de projetos

de Minas Gerais a receber a Certificação ISSO 9001.

LEON MySSIOR, ARQUITETO

Page 88: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

88 ARQ

Health

Chamada de Copa Verde, as obras da Copa do Mundo de 2014 trazem dezenas desa-fios. Por isso, o conjunto dos trabalhos de

alguns estádios leva em conta as exigências para a certificação conforme à Otimização Energética para a Construção (OTEC), para buscar o selo LEED

(Leadership in Energy and Environmental Design). Toda essa iniciativa se enquadra nas obras da Are-na Castelão.

Atualmente, a MD Engenheiros Associados de-senvolve o projeto estrutural desta arena, locali-zada em Fortaleza (CE), que realiza as obras com

Corrida pela otimizaçãoObras da Arena Castelão no Ceará seguem cronograma conforme as exigências para a conquista da certificação LEED orientada pela OTEC

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 89: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

89ARQ

Health

a finalidade de receber jogos do evento esportivo mundial. Esta reforma foi um grande desafio para a MD, pois o projeto de arquitetura previa muitas modificações da estrutura original do estádio.

Funcionários da empresa de engenharia relem-bram que nas primeiras reuniões de trabalho onde a equipe coordenadora da certificação LEED mos-trou as exigências que a empresa teria que seguir, eles temiam pelo cronograma de desenvolvimento dos trabalhos. Entretanto, aprenderam a seguir as regras e os trabalhos se desenvolveram dentro da normalidade. “Ficamos felizes com os resultados positivos”, disse o engenheiro Marcelo Silveira, da construtora responsável pelo projeto estrutural.

A construção a partir do zero seria muito mais fácil de ser realizada. Como o estádio não seria completamente demolido, boa parte da estrutura antiga foi preservada. Assim, o que se constituía no antigo anel superior, teve três quartos no mes-mo preservado, enquanto, um quarto foi demoli-do, através de uma implosão.

Neste trecho que corresponde ao que foi batiza-do de Setor 3 (ou “Prédio FIFA”), toda a estrutura do estádio foi efetivamente implodida. O espaço esta sendo erguido com uma estrutura toda nova,

a partir das fundações, será um prédio com seis pavimentos, onde se concentra toda a área VIP do estádio além de área da imprensa e das televisões. Outro grande desafio da obra era a cobertura me-tálica, a construtora preservou a estrutura do es-tádio antigo, pois a empresa teria que resolver o problema das vibrações causadas pelas torcidas na parte de concreto.

Para a equipe da MD Engenheiros participar des-ta valiosa obra do esporte nacional é algo muito satisfatório. “Ficamos muito honrados por poder participar de uma obra tão importante. Temos 32 anos de atividades na área de engenharia estru-tural e esta obra possibilitou que o nome da MD fique marcado na história da engenharia de estru-turas”, destacou Silveira.

A MD já tinha participado do projeto básico de estrutura do estádio que foi utilizado na licitação. Após o consórcio vencedor ter assinado o contra-to, a empresa havia sido convidada a participar do projeto executivo. O principal desafio para a em-presa nesta obra foi desenvolver o projeto estrutu-ral no prazo exíguo, visto que a ordem de serviço para o inicio foi dada com os projetos arquitetôni-cos em fase de ante-projeto e o estrutural apenas

Page 90: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

90 ARQ

Health

no básico. “Tínhamos que aguardar o desenvolvimento da

arquitetura e de imediato desenvolver as soluções estruturais produzindo desenhos executivos rapida-mente em condições de ir diretamente para a pro-dução.” Segundo Silveira, a empresa de engenharia teria um prazo curto para desenvolver projetos de alta complexidade sem direito a revisões, ou seja, a emissão inicial do projeto já era para execução. “Pas-samos por período de alto estresse, toda a equipe de engenheiros, técnicos, estagiários de engenharia e desenhistas projetistas”, relembra.

Funcionalidade - A nova estrutura deverá atender às variadas tipologias e promover integração total com o espaço existente, corrigindo as deficiências dinâmicas atuais e permitindo ao mesmo tempo, segurança a todos os espectadores sentados. De acordo com as exigências da FIFA, todos os expecta-dores, em qualquer local que estejam sentados, de-vem ver todos os locais do campo. Desta maneira, as arquibancadas, sejam elas no anel inferior ou no anel superior, tem que ter uma boa curva de visibilidade.

No estádio antigo, apenas o anel superior tinha uma curva de visibilidade razoável. O anel inferior ti-nha uma curva de visibilidade fora do padrão. Quem assistia aos jogos neste setor não tinha uma boa visão do campo. Para isto, o gramado foi rebaixa-

do em três metros. Para o anel superior do trecho remanescente, com a retirada dos amortecedores instalados em 2002, a solução encontrada para re-solver a dinâmica, foi integrar a estrutura da cober-tura metálica com os pórticos em concreto e criar uma estrutura mista de concreto e aço.

Os pórticos de concreto do Castelão que dão apoio lateral aos pilares metálicos ampliam a mar-gem de segurança. A estrutura da cobertura foi projetada de forma que se apoia na nova estrutura de concreto que forma a cobertura dos estaciona-mentos e compõem as rampas de acessos de tor-cedores à arena. Esta estrutura metálica é apoiada sobre uma rótula, nesta estrutura de concreto, e se prolonga até encontrar os pórticos em concreto da estrutura antiga. O sistema estrutural é composto pela nova estrutura de concreto das rampas, peças metálicas da cobertura da arena e pelos pórticos do antigo estádio.

Assim, os resultados positivos que estão sendo atingidos, inclusive com a dianteira no cronograma das obras só foram possíveis devido a esta grande integração de todos profissionais envolvidos. “Com este panorama, podemos concluir que um bom projeto é aquele em que a concepção e o desen-volvimento do projeto deve ser feito em conjunto com a arquitetura, com a estrutura, com as especia-lidades e com os construtores”, finaliza.

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 91: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

91ARQ

Health

trÊs décadas no MErcado

Instituída em julho de 1980, a MD Engenheiros Associados foi criada pelos engenheiros Marcelo Silveira e Denise Silveira, posteriormente entrando para o grupo societário Ale-xandre Teixeira. Ao longo destes anos, a MD projetou mais de 2 mil obras no Brasil e em Portugal.

Em 2004, eles fundaram uma filial em Niterói (RJ), devido ao aumento da demanda por projetos em lajes protendidas na região do Rio de Janeiro. Além disso, projetaram milhares de edifícios altos em concreto armado e especialmente em lajes planas protendidas. Hoje a equipe da MD conta com os engenheiros Cícero Alencar, Marília Pereira, Fernanda Scipião, Leandro Rodrigues no escritório de Fortaleza e as engenheiras Mayra Perlingeiro e Flávia Moll no escritório de Niterói.

O diferencial da MD no mercado foi sempre pautar as ações por procura de tecnologias de ponta no desenvolvimento dos projetos de estrutura. A empresa é uma das pioneiras no Brasil no uso da técnica da protensão em edifícios residenciais e comerciais usando a técnica das lajes planas maciças lisas sem vigas com cordoalhas engraxadas, no projeto das fundações de habitações populares de múltiplos andares em radiers protendidos e no desenvolvimento de fundações e torres em concreto dos parques eólicos no Brasil e na Argentina.

Page 92: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

92 ARQ

Health

Monumento sustentávelCom dezenas de ações ecológicas, Estádio Mineirão recebe últimos ajustes da revitalização para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 93: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

93ARQ

Health

No final dos anos 40, Belo Horizonte (MG) foi escolhida como uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 1950. O município teria

de construir um estádio à altura do evento. A solu-ção foi dada na região do Horto com a construção do Independência que, durante a Copa de 1950, foi palco de algumas partidas. Porém, em pouco tempo, o número de assentos do local já não era suficiente. No início da década de 50 começaram movimentações para a construção de um estádio ainda maior na capital do Estado – o Mineirão.

Noemado de estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, projetado pelos arquitetos Edu-ardo Mendes Guimarães e Gaspar Garreto, foi inaugurado em 1965, para receber 100 mil pesso-as. Com uma fachada tombada pelo Conselho de Patrimônio Histórico de Belo Horizonte, o estádio fica próximo ao complexo da Pampulha, que foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, e tam-bém está perto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que possui uma das principais áre-as verdes da capital mineira.

Depois de décadas em funcionamento, receben-do jogos das principais competições nacionais e internacionais, o Mineirão passa por reformas para receber, pela primeira vez, a Copa do Mundo. Em janeiro de 2010, o estádio começou a 1ª eta-pa da reforma, fazendo reparos estruturais, com custo de R$ 8,3 milhões com recursos do Gover-no de Minas. A 2ª etapa começou em junho desse mesmo ano, com a proposta de demolir parte da arquibancada inferior e da geral do estádio, e o rebaixamento do campo em 3,4 metros – tendo custo de R$ 3,5 milhões.

A 3ª e última etapa iniciou em dezembro de 2010 e tem previsão de ser finalizada em dezembro de 2012. Com custo de R$ 654,5 milhões, sendo re-cursos da empresa Minas Arena, constituída pelas construtoras Construcap S.A. Indústria e Comércio, Egesa Engenharia S.A. e Hap Engenharia Ltda. Essa fase irá adequar o estádio ao mais alto padrão de qualidade estabelecido pela FIFA.

O arquiteto Bruno Campos, da BCMF Arquitetos, instituição que desenvolve os projetos de reforma do Estádio do Mineirão disse que além da revita-

Page 94: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

94 ARQ

Health

lização interna do estádio propriamente, é impor-tante ressaltar a delicada relação urbanística do Novo Mineirão com o Complexo Turístico da La-goa da Pampulha e a vizinhança imediata, levando em conta as demandas durante o evento e tam-bém o impacto como um legado auto-sustentável para a capital mineira.

Prova disso, é que a nova esplanada ao redor do estádio será destaque, com um formidável espaço semi-público, uma imensa praça integrada visual-mente à orla da Lagoa da Pampulha, oferecendo também serviços modernos de lazer, comércio, cultura e entretenimento. Essa área será reservada ao público pedestre, sendo um verdadeiro parque suspenso livre da interferência dos fluxos opera-cionais e acessos de veículos, se adaptando à to-pografia do entorno e reforçando iconografia da arquitetura original do Mineirão.

Ao falar da missão de assumir este projeto im-portante para a história do esporte nacional, Cam-pos afirma que o Mineirão é um ícone do esporte e da arquitetura brasileira, e para o escritório da BCMF tem sido uma honra e um desafio único tra-balhar neste projeto. “O estádio é usado por mi-lhares de pessoas e tem um lugar especial na his-tória da cidade, além de estar inserido no contexto das obras semifinais projetadas por Niemeyer, re-ferência fundamental da história do modernismo brasileiro”, enfatiza.

Outro quesito apontado pelo arquiteto é o apro-veitamento do evento da Copa de 2014 para efe-tivamente transformar a cidade e o País. “Sem os olhos do mundo em cima de nós, certos sal-tos qualitativos raramente teriam a oportunidade de se materializar.” O Novo Mineirão pretende ir, portanto, além de sua função de equipamento es-portivo de alto nível. A proposta do projeto é es-tabelecer um novo paradigma de complexo multi-funcional de padrão internacional no contexto da Lagoa da Pampulha, oferecendo uma nova experi-ência para o público e beneficiando toda a região metropolitana de Belo Horizonte.

Desde a contratação da BCMF pelo Consórcio Minas Arena no final de 2010, o escritório tem fi-cado praticamente 100% por conta deste projeto,

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 95: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

95ARQ

Health

juntamente a uma equipe de 15 arquitetos. “Um projeto dessa dimensão e complexidade, a dedi-cação e o comprometimento da equipe tem que ser total”, detalha Campos. As responsabilidades, segundo ele, são imensas e o trabalho é realmente monumental e proporcional ao tamanho do local: aproximadamente 300 mil m2 de área construída, até agora quase 5 mil desenhos no total (contando todas as disciplinas, como estruturas, instalações, etc), estimados em dois anos de projeto. A inte-gração e comunicação com os demais projetistas complementares (30 disciplinas) e com a equipe de obra e planejamento tem que ser diária. “É um trabalho de escala e dimensão urbanística que exige um rigor para todos os mínimos detalhes, e que só terminará no dia da inauguração.”

Quem observar as projeções do Novo Mineirão vai conferir traços com uma tendência contempo-rânea, mantendo características originais. O proje-to elaborado manteve basicamente a “casca” ex-terna: os 88 pórticos estruturais, a cobertura de concreto e a arquibancada superior. O restante foi totalmente reconstruído para garantir a completa modernização do estádio, incluindo a extensão da cobertura, os novos espaços internos e o redese-nho do anel inferior e intermediário.

Mas além das dificuldades técnicas inerentes de se intervir em uma estrutura de 45 anos, é impor-tante destacar no projeto a estratégia de design da nova esplanada ao redor do estádio. A espla-nada foi esculpida conforme a topografia e cui-dadosamente implantada em desníveis no terre-no, desdobrando-se em uma série de plataformas escalonadas interligadas por rampas e escadarias, possibilitando um fluxo contínuo ao redor do es-tádio. Essa solução de “topografia artificial com programa embutido” busca minimizar o impacto da inserção de quase 200 mil m2 no entorno, in-terferindo minimamente na integração paisagísti-ca existente com o conjunto de bens da orla, além de reforçar a presença do Mineirão na paisagem da Pampulha.

ala vErdEPaisagismo e arquitetura vão estar integrados

Page 96: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

96 ARQ

Health

nesta reforma. Também nas projeções do Novo Mineirão, os arredores contarão com árvores, sendo uma enorme área verde. Apesar da impor-tância na paisagem da Pampulha, o estádio não possuía um histórico de jardins, como as demais edificações do conjunto de Niemeyer e Burle Marx. Durante muitos anos o Mineirão foi cerca-do por praticamente um grande estacionamento, com canteiros e arborização implantados de for-ma extremamente desordenada. De acordo com a diretoria da BCMF, o projeto procura garantir a integração paisagística do complexo com o con-junto da Pampulha, e ao mesmo tempo permitir o necessário fluxo de multidões. Na área externa e nos estacionamentos foram plantadas novas árvo-res e grandes superfícies de forração na reconsti-tuição dos taludes (plano inclinado que limita um aterro) e sobre o terreno natural, enquanto que na esplanada várias pequenas praças ambientadas proporcionarão áreas de sombreamento e refúgio.

Nesta reforma será feita uma ligação do Minei-rão com o estádio Mineirinho. Segundo Campos, houve uma preocupação especial com o desenho da passarela no contexto, uma vez que ela estimu-la a sinergia entre os dois equipamentos e parti-cipa do conjunto arquitetônico da Pampulha. Foi estudando cuidadosamente a escala e geometria para minimizar a interferência visual na paisagem,

principalmente nas visadas do objeto tombado (fachada do Mineirão) a partir da Lagoa, e para reduzir o impacto na vizinhança devido à inserção que uma estrutura dessa natureza acarreta. “Não consideramos essa ligação apenas como um ele-mento ‘funcionalista’ de circulação, mas sim como um verdadeiro espaço que poderá servir para vá-rias atividades.” A estrutura de 15m de largura foi tratada paisagisticamente, incluindo mobiliário urbano e iluminação para garantir um percurso agradável ao longo de seu trajeto e, ao mesmo tempo, criar mirantes arborizados com uma privi-legiada vista da Lagoa da Pampulha.

A responsabilidade social na obra é prioridade dos empreendedores, e mensalmente são realiza-das reuniões com a comunidade. Centenas de ope-rários que participam das obras do Novo Mineirão tiveram a chance de serem alfabetizados por meio de um projeto social. “Achamos louvável a inicia-tiva”, declara o arquiteto. Além disso, no próprio canteiro de obras, detentos têm a oportunidade de trabalhar na reforma e reduzir suas penas.

ambiente correto Hoje em dia, sustentabilidade é praticamente

um pré-requisito de boa prática de projeto. A FIFA embarcou nessa iniciativa há algum tempo através do programa “Green Goal”, cujos principais prin-

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 97: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

97ARQ

Health

cípios são basicamente a redução do consumo de água potável, redução do desperdício, minimi-zação da geração de lixo, o estímulo ao uso do transporte público e criação de um sistema ener-gético eficiente. Um destaque nesse aspecto é que o Novo Mineirão terá a maior usina fotovoltaica sobre cobertura do Brasil, gerando energia sufi-ciente para atender a 1.200 residências de médio porte (ou a carga total do antigo Mineirão). Com esse sistema de placas o Mineirão estará aplican-do o mesmo tipo de tecnologia usada pelos mais conceituados estádios do mundo.

Outro ponto interessante da reforma é o sistema para lavagem dos pneus dos veículos utilizados, faz parte da boa prática e da rotina da obra que, até mesmo situações corriqueiras, como a entrada e a saída de caminhões do canteiro é acompanha-da com o devido cuidado ambiental. Esse siste-ma, essencial para a redução de detritos nas vias públicas em obras desse porte foi instalado nos acessos e saídas. A água utilizada nessa função não é desperdiçada, sendo captada por calhas e conduzida para um sistema de tratamento, onde é em seguida bombeada para uma caixa de onde volta a abastecer o processo de lavagem. Uma prática simples que gera limpeza e economia de aproximadamente 80 mil litros de água por dia e de cerca de R$ 500 mil até o final da obra.

FicHa técnica

copa 2014 - novo MineirãoFase 3: Projeto Arquitetônico Executivo

localização: Pampulha, Belo Horizonte, MG cliente: Minas Arena/ SECOPAconsórcio nova arena bH: Construcap, Egesa e Hap Engenhariainicio do projeto: Dezembro 2010

arquitetos: Bruno Campos, Marcelo Fontes, Silvio Todeschi consultores: Fernando Maculan, Mariza Machado Coelho, Carlos TeixeiraEquipe: Patrícia Bueno, Leonardo Paes, Luciana Maciel, Michelle Moura, Mara Coelho, Leonardo Rodrigues, Joana Vieira, Carolina Eboli, Camila Belisário, Gabriela Jacobina, Henrique Amin, Isabel Garcia, Thiago Bandeira, Fani Frkovic, Demetris Venizelos, Isabel Melero

projetos complementares:ar condicionado: Conset Engenharia de Projetos comunicação visual: Hardy Design Esquadrias: BM Consultoria Estrutura de concreto e Metálica: Engserj Estrutura de concreto pré Moldado: Precon / Premo instalações Hidráulicas, prevenção e com-bate a incêndio: STE Engenhariainstalações Elétricas, acústica, alarme e detec-ção de incêndio, automação e sonorização: MHAluminotécnica: Arquitetura e Luz paisagismo e supressão vegetal: HS Jardinagem e BCMF Arquitetos recuperação Estrutural: Recuperação sistema viário: Tectran / Modelle terraplenagem: TemproTopografia: Gerais Topografia

Site Oficial: novomineirao.mg.gov.br

SILVIO TODESCHI, BRUNO CAMPOS E MARCELO FONTESSóCIOS DA BCMF ARQUITETOS

97ARQ

Health

Page 98: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

98 ARQ

Health

Todo esse processo de reforma segue as normas LEED (Leadership in Energy and Environmental De-sign). Portanto, os projetos devem ser executados com algumas limitações por se tratar de uma in-tervenção, em uma estrutura existente, visando a conquista do selo verde para o Mineirão. O arqui-teto elenca algumas medidas em destaque como o reaproveitamento de cerca de 90% dos resíduos da obra; doação de cadeiras, terra, grama, postes e até a madeira (usada por artesãos mineiros para produção de arte popular); reaproveitamento da água da chuva (reservatório de aproximadamente 6 milhões de litros). Mas os desafios não param com a construção física do estádio, pois a manu-tenção e a operação também são fundamentais.

Campos avalia que o “visionário” ex-presiden-te Juscelino Kubitschek e o “talentoso” arquiteto

bcMF arquitEtos no MErcado

A BCMF Arquitetos atua principalmente em projetos arquitetônicos de grandes equipamentos esportivos e em intervenções urbanísticas. Dentre os principais trabalhos, destacam-se o internacionalmente premiado Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro (projetado especialmente para os Jogos Pan Ameri-canos de 2007, e que será também utilizado nas próximas Olimpíadas), e o desenvolvimento da maioria estudos conceituais para a Candidatura Rio 2016 ( junto a equipe do Comitê Olímpico Brasileiro). Levando em consideração a grande experiência neste segmento, em dezembro de 2010, o escritório foi contratado pelo consórcio Minas Arena, parceiro do Estado na Parceria Público Privada (PPP), para ser responsável pelo Projeto Arquitetônico Executivo de todo o conjunto do Novo Mineirão. Outro interessante projeto de grande porte que já está adiantado no escritório é o desenvolvimento do Parque Tecnológico de Itajubá, coordenado pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), no Sul de Minas. A BCMF está fazendo o Masterplan (1 milhão de m2) e os projetos arquitetônicos desse ambicioso empre-endimento que além de servir como uma ponte de integração entre os meios acadêmico e empresarial, trazendo desenvolvimento científico e econômico para a cidade e para o Estado, também será um inova-dor espaço de lazer e cultura para a cidade. Recentemente, esse projeto e o escritório já foram destaque de um artigo (“Brazil Boom: Land of Opportunity”) da prestigiosa publicação do “Royal Institute of British Architects” (RIBA Journal).

Niemeyer colocaram Belo Horizonte e a Pampulha no mapa há 70 anos atrás. Agora, ele acredita que o mundo volta a olhar para esta região novamente, pois as possibilidades são imensas, e também as responsabilidades. “Mas nós não deveríamos nos obcecar em sermos mais ‘impressionantes’, ‘verdes’ ou ‘eficientes’ do que as sedes dos mega-eventos passados. Não se trata desse tipo de competição. O espírito esportivo não esta associado à competi-ção com os outros e sim a superação dos próprios limites”, descreve. Ele acha que o evento da Copa 2014 pode ser um catalisador de intervenções de qualidade para melhorar a infraestrutura, alcançar status internacional e acelerar a regeneração urba-na. “Essa é uma questão crucial para arquitetos e urbanistas e para as políticas de governo e planeja-mento em todos os níveis”, conclui.

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

98 ARQ

Health

Page 99: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

99ARQ

Health

coMo sErá o novo MinEirÃo

campo: Rebaixado em 3,4 metros para melhorar as condições de visibilidade;assentos: 64 mil lugares;

área vip e camarote: Vai abrigar 80 camarotes,totalizando 2.100 lugares, além de um restaurantepanorâmico, lounges e sanitários;

Estacionamento - 2569 vagas para carros, sendo1530 vagas cobertas e 1039 descobertas; além de 52 vagas para deficientes, 71 para bicicletas, 41 para carga e descarga, 61 para motos e duaspara os Bombeiros;

Esplanada - Esplanada no entorno do estádio com capacidade para 65 mil pessoas;

acesso - 106 catracas de rápido acesso;

imprensa - Tribuna para cerca de três mil jornalistas, mil mesas de trabalho equipadas commonitores e telefones, além de 390 lugares paracomentaristas.

ligação Mineirão-Mineirinho - Com 15 m delargura, a passarela ligará o Mineirão ao Mineirinho

comércio - Uma área total de 7.000 m2, divididaem módulos, será destinada à prática comercial, abrangendo tanto o interior do estádio como a esplanada externa;

cobertura - Cobertura que capta energia solar e transforma em elétrica capaz de abastecer 1.500 residências de médio porte;

Museu - Museu Brasileiro do Futebol;

Page 100: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

100 ARQ

Health

Um ar mais agradávelProjeto de ar condicionado do Mineirão segueexigências da certificação LEED e tem a função de regulação de temperatura em alguns ambientes

Eis a época que frequentar algum estádio de fu-tebol era necessário usar um modelo de roupa conforme as condições climáticas. No Brasil,

terra do tropicalismo, o calor é uma grande caracte-rística nos campeonatos esportivos. Por isso, muitas pessoas deixam de ir aos estádios por não suportar as amplas alterações do clima.

Para evitar que este tipo de problema ocorra, os atuais estádios de futebol do mundo estão aplicando em suas estruturas sistemas inovadores de ar condi-cionado. É o que ocorre no projeto das reformula-ções do Mineirão, em Belo Horizonte (MG), para a Copa do Mundo de 2014. Além das rodas entalpi-

cas, o local contará com o reaproveitamento do calor dissipado pelo sistema de refrigeração para aquecer parte da água utilizada no estádio. O sistema de ar para todos os locais tem controle de temperatura in-dependente, por exemplo, em camarotes diferentes será possível regular temperaturas.

Por ser um estádio, existem alguns requisitos para a instalação de ar condicionado, como informa Mar-celo Damião, proprietário da Conset Engenharia de Projetos Ltda, empresa responsável pelo projeto de climatização da obra. “As áreas condicionadas serão basicamente áreas técnicas e camarotes. Na verdade são projetos de diversos interesses e tipo de ocupa-

ESPECIAL CONSTRUÇÕES SUSTENTÁVEIS

Page 101: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

101ARQ

Health

ção dentro de um grande projeto.” Ele conta que no Mineirão foram adotadas medidas para que se tenha um menor custo de energia elétrica na operação do sistema. Dessa forma, todos os motores serão de alto rendimento. “As chamadas rodas entálpicas visam re-cuperar a energia frigorífica, diminuindo-se assim a capacidade total instaladas e diminuindo também o custo de operação”, destaca.

Ao explicar o método de reaproveitamento do ca-lor do sistema de ar-condicionado para aquecimentos diversos, Damião diz que na composição do material há um rejeito de calor. No sistema do Mineirão, este calor é rejeitado pela água, que é quente por meio de um trocador de calor que aquece a mesma, que será usada, por exemplo, nos vestiários.

Por ser uma obra produzida com as normas LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), as exigências foram mais rígidas. Na avaliação de Da-mião, o maior desafio dessa iniciativa é que se trata de uma construção existente com áreas a serem climati-zadas definidas, em um custo de obra fixo. “Alguns

parâmetros a serem atendidos pelo LEED aumentam valor do empreendimento, como, por exemplo, a exi-gência de filtragem G3 mínima para os equipamentos. Isto encarece a obra substancialmente.”

por MElHorEs rEsultados Os projetos da Conset são direcionados para uso de

gás refrigerante dito “ecologico”, sabendo-se que não existe um gás refrigerante totalmente ecológico. Os serviços da empresa estão voltados para as ativida-des de projetos e consultoria nas áreas de ar condi-cionado, ventilação e refrigeração. Esta é a primeira obra ligada a um estádio que a Conset participa com a instalação de ar condicionado. “O trabalho feito para o Mineirão é interessante, pois temos que fazer o me-lhor possível, gastando o disponibilizado pelo Estado de Minas Gerais”, afirma Marcelo Damião. Conforme ele, a essência da engenharia está nos melhores resul-tados pelo menor custo, sendo que este não é só o de implantação, mas também o de operação, manuten-ção aliado a uma maior vida útil dos equipamentos.

Page 102: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

102 ARQ

Health

Segurança nas instalaçõesHospital do Trabalhador de Bento Gonçalves segue em ritmo acelerado de construção ao receber projetos de elétrica e hidrossanitário

Em ritmo acelerado na frente das obras do Hospital do Tra-

balhador, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Bento Gon-çalves (RS) se mobiliza para entregar nos pró-ximos meses um espa-ço de atendimento de alta qualidade à comu-nidade.

Foi iniciada em junho a construção do se-gundo piso, onde será o bloco cirúrgico do hospital. Também foi iniciada a reforma in-terna e ampliação do prédio que compreen-de a Unidade de Saúde Zona Sul, o Pronto-A-tendimento e a antiga

SMS. O projeto (com área aproximada de 5.000 m²), contempla a construção da unidade de Pronto Atendimento e ambientes adicionais com área aproximada de 4.000 m², totalizan-do uma área estimada de 9.000 m².

A obra conta com suporte do projeto de elétrica e hidrossa-nitário das empresas Proinst e Asolon – que promovem projetos na área médica desde 2006. A oportunidade de as empresas inte-grarem a obra do Hos-pital do Trabalhador de Bento Gonçalves surgiu por meio da indicação

do escritório de arqui-tetura Badermann.

Em relação aos aca-bamentos elétricos do hospital, o projeto foi desenvolvido visando a praticidade e mobi-lidade das instalações. “Com as mudanças fre-quentes de layout foi possível fazê-las sem grandes intervenções”, explica Marcio Ju-cewicz, engenheiro só-cio-gerente da Proinst.

Para ele, está sendo gratificante desenvol-ver este trabalho para a instituição de saúde, pois toda a sua equipe sabe que estão contri-buindo com um melhor atendimento à comuni-

CONSTRUÇÃO

Page 103: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

103ARQ

Health

dade do município.A Proinst e Asolon in-

forma que a edificação contará um serviço de qualidade. Na parte elé-trica, todas as instala-ções serão novas, com dispositivos de coman-do e controle modernos. Toda a comunicação de dados/voz será através de cabeamento estru-turado, flexibilizando as instalações.

Como afirma Jucewicz, a maior preocupação das duas empresas, quando vão participar

de algum projeto dire-cionado à área da saúde e a segurança nas insta-lações, protegendo em primeiro lugar as pes-soas.

ação econômica – As obras do Hospital do Trabalhador cumprem requisitos ambientais de sustentabilidade, tais como o reaprovei-tamento de água da chuva, além disso, as aberturas terão posicio-namento para absorver o máximo possível de

luz natural, o aproveita-mento de energia solar, entre outros.

O sistema de ilumi-nação do hospital terá lâmpadas LED, pois con-somem menos energia que a maioria das outras tecnologias, dura mais e requer menos manuten-ção. De acordo com o engenheiro, o maior de-safio da execução deste projeto elétrico é man-ter todo o planejamen-to atualizado e acom-panhar o crescimento tecnológico e inovador.

Page 104: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

104 ARQ

Health

Um projeto bem elaborado de es-truturas de formas

e escoramentos, de acor-do com a capacidade de adaptação e facilidade de execução, influencia dire-tamente no aumento de produtividade e conse-quentemente na veloci-dade de uma obra. Esses

itens são fundamentais na construção de empre-endimentos hospitalares, principalmente aqueles que se destacam pela sua versatilidade e capa-cidade inovadora.

Todas essas qualidades fazem parte do projeto elaborado para os nove meses de execução das

Nos moldes exatosProjeto estrutural da Clínica Delfin no interior da Bahia recebe conceitos de execução de formas e escoramentos metálicos impondo comodidade

CONSTRUÇÃO

Page 105: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

105ARQ

Health

Page 106: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

106 ARQ

Health

estruturas de concreto da clínica Delfin, no mu-nicípio de Lauro de Frei-tas (BA).

A empresa responsá-vel por esse projeto é a Alpe Estruturas, que foi convidada a parti-cipar da obra por meio da Construtora Falcão e Garrido, prestando os serviços de locação e projetos de execução das formas metálicas e escoramentos das lajes e vigas. “Nossa satisfa-ção foi evidenciada pela magnitude da obra, não

somente pela importân-cia social, mas também pelo projeto arrojado e inovador desenvolvido pelo Grupo”, afirma o Marcelo Caldeira, dire-tor técnico da Alpe.

Está é a primeira obra do Grupo Delfin, que a Alpe Estruturas partici-pa, entretanto, a empre-sa está presente tam-bém na execução de uma unidade da Delfin no Hospital Português, chamado DI – Diagnós-tico, em Salvador (BA).

O diferencial neste

projeto de estrutura do complexo está no esco-ramento de uma laje do banker com 2,05m de espessura, assim como o escoramento de uma laje com pé direito de 23m. O projeto contem-plou lajes maciças com mais de 2m de espessu-ra, bem como lajes com pé direito localizada em alturas acima de 23m.

Ao falar do maior de-safio da obra, Caldeira cita a missão de poder executar o projeto, fa-zendo uso de equipa-

mentos leves e modu-lares, sem perder o foco principal que é a segu-rança e estabilidade dos maciços executados.

Ele conta que na obra foi implantado um pro-jeto de execução de formas e escoramen-tos metálicos, sendo na sua essência totalmente sustentável, pois propi-cia a substituição de to-das as peças de madei-ras por peças metálicas, com um alto grau de reutilizações e geração “zero” de resíduo.

alpE no país

O maior diferencial da Alpe Estruturas é o fornecimento de formas, andaimes e es-coramentos para execução das estruturas de obras, com foco na qualidade do aten-dimento, segurança e praticidade dos seus equipamentos.

CONSTRUÇÃO

Page 107: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

107ARQ

Health

Montagem equilibradaReformas no Bloco 3 do Instituto do Coração em São Paulo utiliza sistema construtivo e leveza na concepção de cada ambiente

Antes dos anos 1970, era raro ver algum hos-

pital constituído por ambientes humaniza-dos com foco no pa-ciente, na organização dos fluxos (pacientes, equipes técnicas, ma-terial), na interação

com os demais edifícios e unidades do comple-xo hospitalar. A evolu-ção nesse setor foi tão ampla que projetos arquitetônicos de edi-fícios hospitalares pos-suem uma complexida-de ímpar. Os fluxos, as relações de vizinhança,

a assepsia, a operacio-nalidade, a economia, a acessibilidade, a sus-tentabilidade são ape-nas alguns dos aspec-tos relevantes.

Características fun-damentais como essas correspondem ao pro-jeto arquitetônico das

INCOR- BLOCO 3PAVIMENTO TÉRREOACESSO PRONTO-SOCORRO

AMPLIAÇÃO

Page 108: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

108 ARQ

Health

obras do Bloco 3 do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Univer-sidade de São Paulo. Essa será uma reforma e ampliação de um ane-xo do prédio original, hoje chamado de Blo-co 1. O Bloco 2 e ago-ra essa expansão já es-tabelecem o limite das possibilidades físicas de expansão do prédio original. Quando o In-Cor foi inaugurado em 1977, tinha 30 mil m². Agora com esse projeto

do Bloco 3, chegará a 80 mil m².

A obra ainda está em fase de planejamento. O cronograma base, considerando a com-plexidade de uma obra em meio a um hospital público em funciona-mento, aponta para 36 meses até a conclusão. “Consideramos que em 24 meses devemos ter condições de operar o pronto socorro, princi-pal programa em área e volume de atendi-mento, a ser atendido nesse projeto”, informa

o Henrique Jatene, di-retor da unidade de Ar-quitetura do Incor.

O desenho desse projeto do Bloco 3 é o resultado da mon-tagem da equação de variáveis, linguagens, sistemas construtivos, materiais de engenha-ria e arquitetura que procuram sempre res-ponder a esse efeito. Como afirma o arqui-teto Antonio Carlos Vieira, coordenador dos projetos da Grafi-te, empresa presente na obra, essa oportu-

INCOR - BLOCO 3TERCEIRO PAVIMENTO

APARTAMENTO TIPO

AMPLIAÇÃO

Page 109: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

109ARQ

Health

nidade de atuar no ins-tituto é uma missão, pois abre espaço para a equipe do escritório de arquitetura demons-trar a especialização na área da saúde. “Embora especializados no setor, tivemos a oportunida-de de aprender novos conceitos.”

Vieira destaca que assumir um projeto de arquitetura no se-tor da saúde é sem-pre um aprendizado e um desafio, pois ocor-re o desenvolvimento de novas ideias para o cumprimento das me-tas operacionais es-peradas pelo cliente. Segundo ele, um dos

InCor- Bloco 3Pavimento TérreoPronto Socorro: Recepção | Consultórios Procedimentos | Exames | Observação | Apoio Administrativo

desafios dessa obra foi o planejamento das fases de intervenções no edifício de modo a garantir sua plenitude operacional durante a execução do empreen-dimento.

Esta é uma obra de alta complexidade com expansão vertical, um item que implica em reforços de fundações, pilares e vigas nos pa-vimentos inferiores existentes, e ainda em intervenções nos sis-temas de instalações prediais, interferindo, por exemplo, com salas de ressonância nuclear eletromagnética e ou-tros equipamentos já

instalados e essenciais ao funcionamento do instituto.

Ao observar fotos do local, é possível ver um ambiente clean e agra-dável. Conforme Viei-ra, a humanização do ambiente hospitalar contribui diretamente na recuperação do pa-ciente pelos aspectos psicossomáticos, oti-mização da operação pela equipe técnica e o conforto ao acompa-nhante ou grupo fami-liar. “O hospital deixa de ser um depósito de pacientes e passa a ser um vetor de prevenção e recuperação da saú-de”, enfatiza.

Page 110: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

110 ARQ

Health

InCor- Bloco 3Terceiro PavimentoPré e Pós Hemodinâmica: Observação | Apartamentos

pela natureza Dentro de um comple-

xo hospitalar antigo e apenas parcialmente do-cumentado, a maior pre-ocupação da equipe de arquitetura foi a entrada e distribuição de ener-gia. Os blocos existentes

1 e 2 se encontram liga-dos a um único sistema de entrada. Qualquer pane elétrica que ocorra no Bloco1 parará a ope-ração do Bloco 2. A se-paração das entradas de energia visa garantir a independência energé-

tica entre os três blocos, sendo projetada confor-me os atuais conceitos de sustentabilidade.

As instalações prediais foram concebidas para retardo e utilização par-cial das águas pluviais, reuso das águas dos

ARQUITETO ANTONIO CARLOS VIEIRA, COORDENADOR DOS PROJETOS DA GRAFITE,

AMPLIAÇÃO

Page 111: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

111ARQ

Health

sistemas de ar condi-cionado e da central de osmose, esta essencial para a operação da nova unidade de esterilização de materiais, respeitan-do as limitações impos-tas pela RDC nº 50 da Anvisa e apenas para alguns sistemas prediais que não interferem di-retamente com a assep-sia necessária à opera-ção hospitalar.

Foram projetados co-letores de energia solar para aquecimento par-cial da água limpa do bloco em projeto. To-

dos os sistemas prediais foram concebidos de acordo com os critérios de acessibilidade e sus-tentabilidade vigentes, dentro das limitações impostas pela existência do complexo em opera-ção.

investimentosHenrique Jatene, di-

retor da unidade de Arquitetura do Incor informa que a constru-ção é um meio, o ob-jetivo final é a opera-ção dos programas do hospital e, por fim, a melhoria das condições

de atendimento das ne-cessidades de saúde da população. Como hos-pital universitário cuja missão envolve o tri-pé assistência, ensino e pesquisa, todos em alto nível, investimentos permanentes em atu-alização tecnológica e qualificação profissional também serão essen-ciais. Segundo ele, os recursos para implanta-ção do Bloco 3 já estão equacionados a partir de programas de inves-timento dos governos Estadual e Federal.

Page 112: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

112 ARQ

Health

EquipE técnica

criação e direção geral: Arquitetura InCor

arquiteto: Henrique Jatene

projeto arquitetônico e coordenação dos contra-tos: CFA Cambiaghi Arquitetura, Arquiteto Henrique Cambiaghi

desenvolvimento do projeto arquitetônico e compatibilização geral dos projetos: Grafite Ar-quitetura / Arquiteto Antonio Carlos Vieira

Fundações e estrutura: Knijnik Engenharia / Enge-nheiro. Aníbal Knijnik

instalações prediais: Projetécnica Engenharia de Projetos Ltda

Engenheiro: Jair Caparroz

climatização: Teknika Projetos e Consultoria Ltda / Engenheiro Stefano de Mattia

luminotécnica: Mingrone Iluminação / Arquiteto Antonio Carlos Mingrone

impermeabilização: Proassp, Engenheira Virginia Pezzolo

planilhas orçamentárias: Duotec Engenharia Ltda / Engenheira Lucía Berais

programa: Coordenação Diretoria Executiva (Resp. Dr. Edison Tayar);

instalações: Unidade de Engenharia (Resp. enge-nheiro. Ursulino Carmo Filho) / Luna Engenharia (resp. Eng. Ricardo Luna)

segurança: Unidade de Engenharia de Segurança (Resp. Eng. Carlos Antonio Marrocos Leite)

tecnologia da informação: Serviço de Informática (Resp. Eng. Marco Antonio Gutierrez)

AMPLIAÇÃO

Page 113: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

113ARQ

Health

Aestrutura de qual-quer prédio pode ser projetada em

concreto, metálica e ou-tros materiais. Mas a que tem gerado resul-tados satisfatórios nos últimos anos para con-cluir o plano de obras é a metálica. Especialistas do setor garantem que o material impõe quali-dade e ao mesmo tem-po acelera os estágios da construção.

Caio Soares, geren-te de marketing e no-vos negócios da BMC Construções Metálicas afirma que para a cons-trução de uma nova edificação, em terreno livre de interferências, existem poucos proble-mas. Mas para obras de ampliação de um hos-pital, o que a diferen-cia dos outros tipos de obra, é que a constru-ção tem de ocorrer sem

atrapalhar o seu fun-cionamento, ou seja, a limpeza e o silêncio são muito importantes.

Como ele explica, es-ses dois requisitos são oferecidos pela estru-tura metálica. Por se tratar de um produ-to industrializado, as estruturas já chegam prontas ao canteiro de obras, restando apenas a sua montagem, que é muita rápida, envolven-

Solução para aceleração Profissional descreve vantagens da utilização de estruturas metálicas na hora de construir determinada edificação hospitalar

ESTRUTURA

Page 114: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

114 ARQ

Health

do um número peque-no de pessoas e o nível de ruído é praticamente zero. “Não há restos de construção, materiais descartados que gerem lixo, sendo muito limpa a sua utilização”, ressalta.

Soares diz que o maior desafio apresentado nessas obras, tanto faz uma edificação nova ou ampliação, é sempre o prazo. Ele conta que com o emprego de estruturas metálicas, o prazo é mui-to menor se comparado ao tempo das obras com o emprego de estruturas de concreto, por exem-

plo. Outro detalhe aborda-

do pelo profissional é que, a estrutura metálica também oferece vanta-gens na parte econô-mica, pois o retorno do capital investido é muito rápido, antecipando a entrada de recursos em caixa. “Esse é um aspec-to muito significativo na análise do empreendi-mento.”

casEs Ao longo da trajetória

no mercado, a BMC é especialista em acelerar a obra, pois oferece um

alto grau de confiabili-dade para seus clientes. A empresa já realizou várias obras para hos-pitais, tanto edificações novas como amplia-ções, por exemplo: Hos-pital Aviccena; Hospital Sírio Libanês; Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Regional Sul. “Acredito que a procura por estruturas metálicas por essas instituições ocorreu devido às van-tagens citadas anterior-mente, como a qualida-de, preço e velocidade que a BMC pode ofere-cer”, analisa.

ESTRUTURA

Page 115: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

115ARQ

Health

pErFil

A BMC é uma empresa metalúrgica, do segmento de estruturas metálicas, que atua fa-zendo projeto, fabricação e montagem. Iniciou as atividades em 2003 e atualmente, está localizada em Ribeirão Pires (SP), numa área de 14 mil m², produzindo cerca de 500 tonela-das/mês, podendo chegar a 1 mil toneladas/mês quando se trata de edifícios de múltiplos andares. Por sinal, esse tipo de construção é o foco de atuação da empresa, que tem como clientes, universidades, hospitais, shoppings centers, etc. A equipe de profissionais da em-presa é experiente e sabe encontrar as soluções mais adequadas para viabilizar a fabricação e montagem dos empreendimentos.

Page 116: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

116 ARQ

Health

RAIO x das obras

Hospital israElita albErt EinstEin

- Projeto estrutural: O hospital entregou a BMC o projeto básico e a empresa fez os desenhos de detalhamento das estruturas para fabricação e montagem.- Data da contratação: Novembro/2009- Descrição da obra: Construção de um Auditório- Peso da obra: 160 toneladas

Hospital rEGional do Médio paraíba

- Projeto estrutural: O hospital entregou a BMC o projeto básico e a empresa fez os desenhos de detalhamento das estruturas para fabricação e montagem.- Data da contratação: Agosto/2011- Descrição da obra: Conjunto de 11 prédios- Peso da obra: 960 toneladas

ESTRUTURA

Page 117: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

117ARQ

Health

Comodidade no espaço públicoUnidade de Pronto Atendimento de Divinópolis terá avançado steel frame e placas cimentícias, evitando o uso de paredes em alvenaria

Instituições públicas de saúde no Brasil ain-da são ‘conhecidas’

como locais de modelo ultrapassado quanto à arquitetura e engenha-ria. Porém, uma iniciativa inovadora vem mudando esse conceito nos últimos oito anos. As cidades brasileiras têm ganhado espaços de atendimento à saúde que modifica a ideia de que edificação moderna são apenas as privadas.

Essa mudança está na construção das UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) que ofe-recem ambientes de tratamento com a meta de diminuir as filas nos prontos-socorros. Criado

pelos governos Federal e Estadual, as unidades possuem estilo humani-zado em sua composição arquitetônica.

A cidade de Divinópolis (MG) vai receber no fim deste ano, uma UPA que vai atender a demanda necessária do município. O prédio resultante des-ta obra se mostra con-fortável, eficiente e com funcionalidade inques-tionável. Sua construção foi rápida devido à utili-zação de opções inova-doras de construção.

A fundação do prédio é constituída de uma placa única de concreto arma-do; as paredes externas em sistemas steel fra-me e placas cimentícias,

FUNCIONALIDADE

que eliminou o processo convencional de paredes em alvenaria e revesti-mentos. Outro diferen-cial está nas paredes in-ternas que são em Dray Wall (gesso acartonado e estrutura em aço gal-vanizado com elemen-tos de isolamento acús-tico) que é um sistema rápido, leve e de plani-cidade. Integram ainda a unidade uma estrutura de pilares e uma cober-tura em perfis metálicos.

Como informa Luiz Fernando Ribeiro, dire-tor da construtora Ribei-ro Alvim, a obra possui toda riqueza de disponi-bilidade de recursos de energia, elétrica, lógica, gases medicinais, hidro-

sanitários, prevenção e combate a incêndio e de climatização. “Tudo isso demandou o trabalho de execução de instalações sofisticadas e de última geração.”

Segundo Ribeiro, todo esse diferencial tem como finalidade dar vida a um projeto incontes-tável, de excelente ilu-minação natural, com amplos espaços de cir-culação e de usos espe-cíficos, que tornarão a vida dos pacientes mais digna, saudável e recu-perada.

Vale destacar que esta obra em Divinópolis, prevê a utilização das águas pluviais através de um dispositivo próprio,

Page 118: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

118 ARQ

Health

FUNCIONALIDADE

sendo canalizada para um reservatório para uso de limpeza e irrigação. E as válvulas de descargas possuem duplo coman-do. Para a construção da UPA a empresa precisou seguir um modelo de engenharia do Governo de Minas Gerais. “Foi se-guido o projeto padrão,

o qual foi executado por um escritório de arqui-tetura do Rio de Janeiro, especializado em arqui-tetura hospitalar”, deta-lha Ribeiro.

Ele revela que um dos grandes desafios da criação dessa UPA, foi executar a obra dentro do prazo programado,

sendo de seis meses, onde tem de viabilizar a disponibilidade de mão de obra e a vinda de re-cursos que abrange a área Federal e Estadual.

Para o diretor, a execu-ção desta obra que be-neficiará os moradores da região de Divinópolis, propiciou a Ribeiro Alvim

um momento honroso de usar a engenharia, a serviço de uma ação de alcance social. “Isto re-presentou grande parte de nossa satisfação pro-fissional, nesta realiza-ção de cunho humano e de melhora na vida dos cidadãos de Divinópo-lis”, finaliza.

Page 119: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

119ARQ

Health

Page 120: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

120 ARQ

Health

Detalhes que fazem diferençaAo definir móveis para compor um ambiente da saúde é ideal fazer uma análise para comprar qualquer material, informa empresa de decoração

Mobiliar uma edi-ficação do setor da saúde é algo

que exige muita análise. Arquitetos e decorado-res precisam analisar cada detalhe para que o resultado final agrade os frequentadores do ambiente.

Nas obras de uma sede corporativa no Es-tado de São Paulo, pro-duzidas pela Moema Wertheimer Arquitetura, entre as inovações está a poltrona i2i, que incor-pora conceitos diferen-ciados sobre o trabalho em grupo, permitindo

que cada usuário se mo-vimente livremente. “Este material, enquanto exer-ce este tipo de atividade, acomoda confortavel-mente uma variedade de posturas”, declara Renata Vieira, da Steelcase, em-presa fornecedora que participou da composi-

DESIGN

Page 121: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

121ARQ

Health

ção do mobiliário deco-rativo.

Segundo ela, todo produto da empresa é desenvolvido com base em uma extensa pes-quisa sobre o espaço corporativo. “É sempre uma grande satisfação trabalhar com um es-critório de referência como a MW, especial-mente em um projeto tão significativo e com um resultado tão bem sucedido.”

Para a diretoria da Ste-elcase no Brasil, a MW possui uma visão muito inovadora de estratégia de ambiente corporati-

vo e cria projetos com espaços colaborativos extremamente bem pla-nejados e funcionais. “Estes tipos de ambien-tes foram trabalhados de forma excelente no projeto desta empresa do setor da saúde em São Paulo e é um gran-de prazer ter soluções Steelcase aplicadas nes-tes espaços”, completa.

A Steelcase possui uma empresa chamada Nurture que é totalmen-te dedicada a estudar e desenvolver pesquisas para o setor de saúde. A partir destes estudos e conceitos, são cria-

dos produtos específicos para esta área.

arquitEtura Situada em um terre-

no arborizado na capital paulista, esta sede admi-nistrativa (que ainda não teve o nome divulgado), privilegia a vista externa da paisagem arborizada e com paisagismo pri-vilegiado. Para alcançar este objetivo, o projeto evitou-se colocar salas fechadas junto à caixilha-ria das fachadas. Os pou-cos ambientes fechados localizados nesta posição possuem divisórias de vidro na frente, que ga-

rantem a transparência desejada. Foi planeja-da uma setorização por departamentos, crian-do-se um andar espe-cífico para laboratórios. O térreo abriga áreas para visitantes, salas de reunião multifuncionais, cafés e jardins internos para reuniões informais e relax, bem como es-paço para colaborado-res, com sala de jogos, leitura e massagem. O jardim interno do local ajuda a aumentar a inci-dência de luz natural nos ambientes de trabalho e valoriza muito a ambien-tação.

Page 122: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

122 ARQ

Health

FicHa técnicasede corporativa (setor da saúde)

data do projeto: 2011

obra: Outubro/2011 a Março/2012

área do terreno: 170.000m²

área total construída: 8000m²

nº pavimentos: 04

vagas estacionamentos: 300

adicional: Salas de treinamento, salas multiuso, salas reunião, salas vídeo conferên-cia, salas de reunião informal, áreas de coaching e áreas de open space.

arquitetura: Moema Wertheimer Arquitetura em parceria com Pura Arquitetura

interiores: Moema Wertheimer Arquitetura

Engenharia: Paulo Frederico Neto

coordenação: Virgínia Duarte Nehmi

colaboradores: Maria Cristina Leal Bianchessi

Gerenciamento: Ana Claudia Kawabe

obra:construção reforma interiores: Lock Engenharia

Fornecedores:

vitra – cadeiras staff e mobiliário decorativosteelcase – mobiliário decorativoEscinter – mobiliário de-corativo Kuschdepot – mesa presidên-cia e mobiliário decora-tivoriccó – Mobiliário de staff, gerencia e diretoriasecurit – Mobiliário e cadeiras para sala de reu-nião tora brasil – Mesa Bo-ard, balcão recepção, mesa de centro e cubos Bamboofloor – Piso de cortiça com revestimento em madeira natural

interface – CarpeteFort corporativo – Car-pete, tapetes e revesti-mento vinilico de paredeneodesign – persianas rolo e blackoutUniflex – PainéisMeccane – Mobiliário decorativodyvcom – MarcenariaHaworth – Mobiliário decorativosaccaro – Mobiliário para área externaFernando Jaeger – Mo-biliário decorativoabatex – Divisórias co-merciaisWall system – Divisória retrátil

Hunter douglas – Forro mineral e metálico mo-dularKreon – forro modular metálico recepção e bo-ardbrasita – Mobiliário De-corativobelux – Iluminação de-corativaphillips – Iluminação de-corativalumini – Iluminação ge-ral e decorativaitaim – Iluminação geralunigarden – Paisagismo e Green walllock – Civilatos – Piso Elevadotarket – Piso vinilico

DESIGN

Page 123: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

123ARQ

Health

Page 124: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

124 ARQ

Health

Resultado mais que ordenadoReformulação do Hospital Geral de Caxias do Sul introduz conceitos inteligentes e medidas sustentáveis por meio de Plano Diretor de Obras

Fluxos organizados, acessos, captação de água de chuva,

iluminação natural e a correta setorização de áreas afins integram os principais diferenciais das obras do Hospital Geral de Caxias do Sul (RS). Este projeto que segue em andamento contempla a adequa-ção e ampliação de uma área em torno de 9.500,00 m2.

Por meio dessas obras haverá o aumento de unidades de internação, UTI, bloco cirúrgico, ur-gência e emergência, um retrofit da unidade de diagnósticos e ima-gem e implantação de uma unidade de onco-logia com radioterapia e quimioterapia.

O arquiteto Fábio Marconi, avalia que por se um projeto complexo foi exigido uma imensa

dedicação não só dos profissionais de arqui-tetura como também da equipe multidiscipli-nar do hospital que au-xiliou na elaboração do Plano diretor em Obras (PDO). “Esse trabalho durou em média dois anos”, informa.

Ele analisa que o PDO serve também para nortear o crescimento do hospital, executan-do reformas e amplia-

SUSTENTABILIDADE

Page 125: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

125ARQ

Health

ções ordenadas com a incorporação de novas tecnologias. No caso do Hospital Geral, mes-mo com toda essa in-tervenção e aumento de área física do edi-fício, foi considerada uma futura expansão de seu parque tecnoló-gico com a possibilida-de de aquisição de no-vos equipamentos.

A complexidade de um edifício hospitalar como esse, torna qual-quer projeto um gran-de desafio. No caso do Hospital Geral, a em-

presa de arquitetura fez uma grande interven-ção no prédio existente com uma expressiva re-forma e adequação de áreas assistenciais que deverão ser interligadas a um novo prédio que contemplará Unidades de Internação/ UTI e a Unidade de Oncologia.

“O maior desafio nes-se e em qualquer pro-jeto hospitalar a meu ver é quando a equipe médica consegue atu-ar com mais eficiência.” Para Marconi, quando o paciente se sente mais

confortável é quando o projeto arquitetônico consegue proporcionar um ambiente adequa-do para a comunidade. “Isso é que realiza um arquiteto.”

parcEria O escritório de arqui-

tetura de Fábio Mar-coni foi contratado em 2009 para elaborar o Plano Diretor de Obras do Hospital Geral de Caxias do Sul. Essa é a primeira obra do hos-pital que eles partici-pam.

Page 126: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

126 ARQ

Health

A informalidade está chegando...Centro Integrado de Medicina Especializada do Hospital Nove de Julho recebe processos modernos e sustentáveis na composição da obra

ENGENHARIA

Page 127: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

127ARQ

Health

Diante das evoluções e novas tendências na arquitetura, a

saída para o avanço é criar algo que seja diferente e agradável. Todo cidadão gosta de ser atendido em um ambiente de saúde com conforto e funções tecnológicas. É com este pensamento que o Hos-pital 9 de Julho, de São Paulo (SP), vai inaugurar no segundo semestre deste ano, um novo Cen-tro Integrado de Medici-na Especializada.

A forma com que foi elaborado o projeto des-se empreendimento, tira um pouco das caracte-rísticas marcantes de um hospital clássico, deixan-do o ambiente mais infor-mal proporcionando ao paciente a sensação de estar em sua própria casa.

Em todo território na-

cional, o hospital perten-cente do Grupo Amil, é referência em alta com-plexidade. A instituição conta com uma aplica-ção de R$ 32 milhões, onde R$ 25 milhões são destinados à construção do prédio e os outros R$ 7 milhões investidos em aquisição de novos equi-pamentos.

Com nove centros mé-dicos, o objetivo do hos-pital é reunir em um só local diferentes especiali-dades, englobando tam-bém exames, tratamen-tos e acompanhamentos. Conforme a diretoria técnica do Hospital 9 de Julho, a instituição pretende reunir em um mesmo local diferentes especialidades para tra-tar os pacientes de forma sistêmica.

Sobre a participação

Centro Integrado de Medicina Especializada do Hospital Nove de Julho recebe processos modernos e sustentáveis na composição da obra

nessas obras do Centro Integrado, a engenheira Alice Mikan da Frasson, considera algo muito im-portante para a constru-tora, pois o Grupo Amil está cada dia mais em evidência no mercado na área hospitalar.

Ao citar os desafios da obra, os engenheiros Alice Mikan e Rodrigo Segatti, destacam a exe-cução da nova escada de emergência, toda em estrutura metálica, a exe-cução dos novos dutos externos de ar condicion-do e a logística de recebi-mento e armazenamento de materiais empregados, devido ao pequeno espa-ço para canteiro e por ser uma área de máxima res-trição de acesso.

Quanto às práticas sus-tentáveis adotadas na obra, a principal medida

foi o controle rígido de todo descarte de entu-lho da obra, sendo dire-cionado para bota-foras oficiais, onde há um con-trole desses resíduos da forma correta sem afetar o meio ambiente.

A Frasson Engenharia desenvolve uma parceria com o Grupo Amil desde 2004, onde já realizou di-versas obras de destaque na área hospitalar, entre elas o Resgate Amil 9 de Julho, Unidade Avança-da do Hospital Vitória, diversos centros médi-cos na Capital e Grande São Paulo, adequação e modernização do Hospi-tal da Luz, nova área de UTI e Centro Cirúrgico do Hospital Metropolitano, e mais recentemente, a modernização do ginásio de esportes da equipe de vôlei Amil.

FicHa técnica

nome do empreendimento: Hospital Nove de Julho Endereço: Rua Peixoto Gomide, 625, Cerqueira César / São Paulo (SP)data do projeto: 10/2010obra: Peixotãoárea do terreno: Aproximadamente 1.000,00m2área total construída: Aproximadamente 4.800,00m2nº pavimentos: 15nº consultórios: aproximadamente 50obra:

construção: Frasson Engenharia Construções e Gerenciamento Ltda

Page 128: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

128 ARQ

Health

Hospital do câncEr dE londrina

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Page 129: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

129ARQ

Health

Solidariedade na construçãoAmpliações do Hospital do Câncer de Londrina (PR) possui o apoio de empresas do setor da construçãoe arquitetura para conclusão das obras

Organizações não governamentais (ONGs) do se-

tor da saúde espalha-das pelo Brasil só con-seguem desenvolver suas atividades graças ao apoio de empresas e autoridades. No inte-rior do Paraná, iniciati-va semelhante ocorre nas obras de ampliação do Hospital do Câncer de Londrina (HCL).

Empresas do setor da construção e arquitetu-ra apoiam a entidade a

tornar cada estágio da obra uma realidade. En-tre as companhias que aceitaram a colaborar nesta causa foi a Pe-dreira ICA, que forne-ceu uma verba para as etapas iniciais das am-pliações.

“Somos parceiros com participação mensal e nos disponibilizamos sempre que somos chamados. Conforme a nossa possibilidade ajudamos nos projetos do hospital. Doamos

uma quantia para com-pra de tinta na época. Enfim, sempre estamos presentes”, afirma Rei-naldo Ribeirete, da ICA.

Com 47 anos o hos-pital atende em média 1,2 mil pessoas diaria-mente. São pacientes de 117 municípios da região norte do Estado. A nova ala do hospi-tal terá oito andares e contemplará centro ci-rúrgico com seis salas, Unidade de Terapia In-tensiva (UTI) com até 15

Page 130: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

130 ARQ

Health

aJudE taMbéM Para colaborar com o Hospital do Câncer de Londrina (HCL), acesse o site: www.hcl.org.br ou ligue no telefone (43) 3379-2658.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

leitos (adulto e pediá-trico), quimioterapia ambulatorial, equipa-mentos de diagnóstico (ressonância magnéti-ca e tomografia), pes-quisa clínica, residência médica multidisciplinar e serviços multiprofis-sionais (como fonoau-diologia e fisioterapia), além de recepção e sala de espera adequa-da para o atendimento dos pacientes oncoló-gicos.

Perfil A Pedreira ICA possui

uma ampla variedade de produtos para dife-rentes usos na constru-ção civil e na industria. Seu processo industrial é rigorosamente testa-do e cumpre todos os padrões exigidos pelas normas técnicas vigen-tes. A empresa tem ex-perimentado um cres-cimento empresarial graças a um modelo gestor focado na bus-

ca pela excelência e na melhoria contínua da-quilo que faz. São qua-tro décadas marcadas pelo trabalho, ousa-dia e pioneirismo que se reflete através das conquistas adquiridas ao longo de todo este tempo. “Os diferenciais são vários, como a qua-lidade do material, en-trega rápida, pois pos-suímos frota própria”, destaca Gilberto Ribei-rete, sócio da Pedreira.

Page 131: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

131ARQ

Health

Page 132: HealthARQ 4a Edição- Grupo Mídia

132 ARQ

Health