HealthARQ 6a Edição- Grupo Mídia

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A sensível sustentabilidade A americana Jean Hansen, referência em design sustentável na saúde, traz projetos com materiais minuciosamente selecionados e enfatiza a importância dos fabricantes em proporcionar qualidade a seus produtos

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Revista segmentada para a área de arquitetura e engenharia hospitalar

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A sensível sustentabilidadeA americana Jean Hansen, referência em design sustentável na saúde, traz projetos com materiais minuciosamente selecionados e enfatiza a importância dos fabricantes em proporcionar qualidade a seus produtos

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CARTA AO LEITOR

Caro leitor,

De um espaço simples a sofisticado, o design tem o seu papel de fazer a diferença para a comodidade do ambiente. Ao esboçar e executar determinado pro-jeto hospitalar, muitos arquitetos e engenheiros têm como missão desenvolver algo que garanta leveza, sustentabilidade e humanização. Atualmente, uma grande premissa que engrandece os projetos arqui-tetônicos é a adoção de medidas que resguardam o meio ambiente e evitem altos custos.Encarar um plano de modernização hospitalar pode ser algo cheio de desafios por se tratar de um am-biente complexo. Por outro lado, esse trabalho de inserir medidas criativas e inteligentes na composi-ção da obra, pode reforçar a questão do poder que a arquitetura tem em oferecer aos pacientes um tra-tamento com alto padrão de qualidade. É com esse ideal, que teremos uma entrevista exclusiva com a designer de interiores americana Jean Hansen. A pro-fissional dedicou dez anos na elaboração de estraté-gias e soluções sustentáveis que ajudaram na criação do Green Guide for HealthCare (Guia Verde para a Saúde), o qual contém as melhores práticas para a construção de “edifícios verdes” para o setor médico.Ainda nesta publicação, vamos contar com um se-quencial de reportagens referente aos detalhes das obras de construção de um centro de hemodinâmica na cidade de São Paulo. Também, vale conferir uma matéria sobre a utilização do vidro nos ambientes de saúde. Para apresentar mais detalhes acerca deste assunto nossa equipe entrevistou o arquiteto e con-sultor em fachadas, Paulo Celso Duarte, que fez uma análise sobre as grandes vantagens do uso deste cristal.Destacaremos nesta publicação, sobre as “Salas Lim-pas” nos espaços de saúde. O conteúdo da matéria

busca mostrar como garantir uma edificação hos-pitalar livre de contaminação, proporcionando um cenário estéril e ideal para o manuseio de produtos complexos. Para incrementar, abordamos algumas novidades da ampliação do Hospital das Clínicas de Uberlândia (HCU-UFU), em Minas Gerais. Essa obra irá propor-cionar à população o primeiro heliponto da cidade. Além disso, o projeto visa estabelecer a redução do consumo de energia com sistemas de aproveitamen-to de iluminação e ventilação natural.

Traços que fazem a diferença

Edmilson Jr. CaparelliPublisher

Que todos tenham uma excelente leitura!

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EXPEDIENTE

A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Mídia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional.O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores.A reprodução das matérias e dos artigos somente será permitida se previamente autorizada por escrito pelo Grupo Mídia, com crédito da fonte.

MATRIZRua Antônio Manuel Moquenco Pardal, 1027 - Ribeirão Preto-SP - Brasil

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PReSIDenTe Edmilson Jr. Caparelli

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DIReToRA ADMInISTRATIVA Lúcia Rodrigues

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DIReToRA De MARKeTInG e eVenToSErica Almeida Alves

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ConSeLho eDIToRIAL Edmilson Jr. Caparelli, Erica Almeida Alves, Jailson

Rainer, Lúcia Rodrigues e Priscila Soares Prado

eDIToRA eXeCUTIVAPriscila Soares Prado

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ReLAçÕeS InTeRnACIonAIS Jailson Rainer

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GeSToRA De ReCURSoS hUMAnoSGislaine Filipine

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eDIToRIAL PUBLISheREdmilson Jr. Caparelli

ReDAçÃo Priscila Soares [email protected] de Paula [email protected] [email protected] [email protected]

CoMeRCIAL Giovana [email protected] Del [email protected]

DePARTAMenTo De MARKeTInGErica Almeida Alves

ASSInATURAS e CIRCULAçÃ[email protected]

ATenDIMenTo Ao [email protected]

PRoJeToS [email protected]

ASSISTenTe CoMeRCIALCaroline [email protected]

FoToSBanco de imagensPriscila Soares Prado

GeRenTe CoMeRCIALMarcelo [email protected]

Atenção: pessoas não mencionadas em nosso expediente não têm autorização para fazer reportagens, vender anúncios ou, sequer, pronunciar-se em nome do Grupo Mídia.

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CAPA

DESIGn SUSTEnTáVEL

Em entrevista exclusiva à revista HealthARQ, Jean Hansen explica como obter susten-tabilidade e conforto em projetos na saúde

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ARQ entrevista

Arquiteto Zanettini relembra a trajetória e projetos de destaque elaborados para os hos-pitais da Rede São Cami-lo na capital paulista

12AMPLIAçãO

Hospital das Clínicas de Uberlândia aposta na humanização e flexibilidade em sua nova unidade

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A sensível sustentabilidadeA americana Jean Hansen, referência em design sustentável na saúde, traz projetos com materiais minuciosamente selecionados e enfatiza a importância dos fabricantes em proporcionar qualidade a seus produtos

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NESTA EDIÇÃON.06 I dezembro 2012 | jaNeIro | fevereIro | 2013

CRIATIVIDADE

Interior de Minas Gerais brilha aos olhos de investidores que apostam na construção do que promete ser o maior e mais completo hospital da região

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ExPAnSãO

Hospital inaugura área de procedimentos minimamenteinvasivos com a nova Hemodinâmica

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COnSTRUçãOSUSTEnTAçãO

GARAnTIDA

Execução das funda-ções do Hospital da Unimed em Ribeirão Preto (SP) adere às novas tecnologias, proporcionando se-gurança e qualidade

REQUInTE nAS

ESTRUTURAS

Cidade de São Paulo ganhará inovador centro de hemodi-nâmica que contará com 722 m² e cinco leitos para repouso e preparo

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O Sidra Medical and Research Center, em Doha, no Qatar – Oriente Médio, combina o luxo de um hotel cinco estrelas com a tecnologia nASA. A arquitetura, layout e iluminação foram concebidos para criar uma excelente privacidade, paz e tranquilidade para aqueles que buscam um tratamento diferenciado. O hospital, orçado em 5,8 mil milhões de euros, terá quartos privativos com mobiliário sofisticado e vista para jardim. Cada quarto dos pacientes terá luz natural, elemento este comprovado em estudos como facilitador na recuperação. Vale destacar as características de espaços com águas relaxantes e uma im-pressionante coleção de arte que adornam os corredores.

Conforto e bem-estar são os principais conceitos do projeto do Hospital Austin, em Melbourne, na Austrália. O centro de saúde oferece um ambiente tranquilo com a finalidade de diminuir o estresse dos usuários. O projeto vai aumentar a eficiência energética e minimizar os impactos ambientais. A ilumina-ção natural é outro fator muito aproveitado, juntamente com os acabamentos naturais, cores e texturas a fim de proporcionar mais contato com o exterior. A estrutura oferece aos usuários um fácil acesso e conexão visual para o pátio central, projetado principalmente para proporcionar maior conforto para os pacientes, sem prejudicar a conexão entre os departamentos.

Uma nova clínica de reconstituição facial, em São Francisco, EUA, conquistou a certificação LEED. Isso porque a nova instalação segue parâmetros que obedecem a diversas medidas sustentáveis.

O design e a arquitetura resultaram em uma edificação onde se abriga alta tecnologia com me-didas a favor do meio ambiente através de eficiência energética de aparelhos e de equipamentos médicos, sistemas de baixo fluxo de água e registros médicos eletrônicos.

Tais soluções também trazem economia para a instituição. Atualmente, a nova unidade reduziu para mais da metade as contas de energia do escritório existente.

luxo Padrão de hotel cinco estrelas em um centro médico

BEM-ESTARArquitetura traz conforto como identidade principal

SuSTENTABIlIDADEClínica americana é exemplo de arquitetura sustentável

boletim ARQ

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Em 2015, o Hospital Alder Hey´s, em Liverpool, promete ser um exemplo de como conciliar ar-quitetura com sustentabilidade e humanização.

A proposta é criar um parque infantil de saúde, conectando o hospital ao meio ambiente e, assim, proporcionar as crianças um maior contato com o mundo externo. Com isso, objetiva-se trazer uma característica única ao hospital, com um inovador prédio que interage com o meio ambiente.

São inúmeros diferenciais que o projeto traz. A maioria dos pacientes terão um quarto privativo, com vista para o parque. O grande diferencial está no telhado do prédio. Como a ideia é integrar o prédio ao parque, o telhado verde exibe ainda mais a preocupação com a sustentabilidade.

Quando se trata de design hospitalar há a necessidade de respeitar e refletir a respeito de todo o espaço para o bem-estar dos usuários. Assim, o ambiente pode contribuir para a melhora do paciente quando o local proporciona conforto e humanização.

O escritório Hawley Peterson Snyder teve a oportunidade de aplicar essa filosofia na estrutura do West County Health Center, no Estado americano de Califórnia. Para isso, foram investidos cerca de U$ 12 milhões na construção de um novo prédio.

O projeto visava modificar uma antiga edificação cuja estrutura não acompanhou os novos procedimentos médicos e a evolução tecnológica. Além disso, havia na instalação arte nas paredes criada por artistas de uma organização chamada ArtsChanges.

Acaba de chegar ao mercado o primeiro tecido de revestimento para paredes capaz de minimizar os efeitos de abalos sísmicos, o que pode evitar danos em locais complexos como hospitais. O papel de parede contra terremotos e abalos terrestres vem sendo desenvolvido há vários anos por engenheiros do Instituto de Tecnologia Karlsruhe, na Alemanha. Depois de reproduzir em labora-tório, o terremoto que devastou L’Aquila, na Itália, em 2009, a equipe multidisciplinar demonstrou os benefícios do material, sobretudo contra os desabamentos.

PRoJEToParque infantil em hospital na Europa vai além dos limites do design

DESIGNHospital na Califórnia oferece arquitetura moderna a seus usuários

ESTRuTuRAPapel de parede desenvolvido na Alemanha protege estrutura de hospitais

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www.saudeonline.net.br

expo Revestir 2013Principal evento de soluções em acabamentos para a construção civil da América Latina, a Expo Revestir, será realizada de 5 a 8 de março de 2013, no Transamérica Expo Center, em São Paulo e receberá mais de 45 mil visitantes de 60 países, entre arquitetos, designers de interiores, revendedores, construtores e compradores internacionais. Simultaneamente à feira, será realizado o 11º Fórum Internacional de Arquitetura e Construção, que promove cinco eventos temáticos, durante quatro dias de realização, reunindo grandes nomes mundiais dos setores de arquitetura e construção e mais de três mil profissionais altamente qualificados. Confira toda a cobertura do evento no site: www.saudeonline.net.br

MBA para projetar hospitaisO Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politéc-nica da Universi-dade de São Paulo (Poli-USP) abriu inscrições para os cursos de MBA em Real Estate e em Ge-renciamento de Facilidade e de especialização em Gestão de Projetos. Os cursos são ideais para arquitetos que desejam projetar hospitais e clínicas. O curso tem duração de dois anos e carga horária de 420 horas. As inscrições podem ser realiza-das por meio do site do Programa de Cursos de Extensão (po-li-integra.com.br) e confirmadas com o pagamento da taxa. As aulas têm início previsto para fevereiro, em datas distintas para cada curso.

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ReDeS SoCIAIS CeLULAR e TABLeT

Salas de cinema em hospital da europaSeis novas salas de cinema já estão sendo construídas no hospital EAST Grinstead Municipal, em Londres. Os tra-balhos começaram em 2012. Todos os 10 locais de lazer e descanso da instituição, como os cinemas, serão ins-talados em um novo prédio, no Estrada Holtye. Prevê-se que estas salas acabarão por substituir os cinemas atuais. Estes cinemas foram financiados através de um emprés-timo do Departamento de Saúde, a segunda fase do de-senvolvimento serão pagos através de fundos existentes do hospital.

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ARQ entrevista

O idealizador de grandes obrasArquiteto Zanettini relembra a trajetória e projetos de destaque elaborados para os hospitais da Rede São Camilo na capital paulista

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não é só o aço que se destaca nos projetos idealizados pelo ar-

quiteto e professor Siegbert Zanettini. Em todos os pro-jetos hospitalares deste pio-neiro da arquitetura é possí-vel observar características que os identificam pelos conceitos, pelas pesquisas, pelo excelente detalhamen-to, pelo funcionamento cor-reto, pela vida útil e colo-cando sempre a razão como cúmplice da criatividade. Foi por essas qualidades que a rede de hospitais São Cami-lo, na cidade de São Paulo (SP), decidiu desde 1999 implantar em suas unidades (Santana, Pompeia e Ipiran-ga) os projetos elaborados por esse grande idealizador da arquitetura brasileira. Em entrevista à reportagem, Zanettini comenta alguns detalhes dos seus trabalhos desenvolvidos para essa conceituada rede hospitalar.

HealthARq: Como é para a equipe do seu escritório participar da elaboração de projetos da Rede São Camilo há mais de 13 anos?Zanettini: Desde 1999 esta-mos realizando os projetos da Instituição São Camilo. Atuando integradamente com a equipe de diretores, médica e de serviços. Des-ta forma, fomos conjunta-mente definindo diretrizes, estratégias e planos em ações integradas e multidis-ciplinares com uma nova di-

mensão na abordagem e no trato da questão hospitalar. Todas as intervenções que se seguiram eram discutidas e implementadas conforme as necessidades, dimensões, prazos e custos. na nossa avaliação foi uma experiên-cia ampla e enriquecedora.

HealthARq: Em 1999, o escritório realizou o pro-jeto de reformulação das fachadas do Hospital e Maternidade São Camilo Pompeia. Nesta obra foi utilizado o uso de reves-timento em placas cimen-tícias com o acabamento melamínico aplicadas so-bre a fachada existente. Qual foi o maior desafio de promover toda essa re-estruturação?Zanettini: Em 1999 o São Camilo Pompeia era cons-tituído de um único bloco voltado para a avenida Pom-peia, resultante da constru-ção de três edificações anti-gas interligadas há mais de 40 anos. O local apresentava um visual não consistente que funcional e estetica-mente não se conversavam. As fachadas exibiam vãos desalinhados, esquadrias diferentes e materiais e re-vestimentos já bastante de-teriorados. Após estudar o programa de cada unidade, começamos os projetos a partir dos pavimentos infe-riores junto à avenida Pom-peia. Retiramos as cober-turas precárias dos prontos

socorros infantil e adulto, que ficavam nas extremida-des, e criamos o espaço in-termediário da lanchonete. Propusemos uma cobertura de aço e vidro que se esten-dia por toda a área do edifí-cio, incorporando uma nova entrada principal para o hospital e uma nova cabine de medição e transforma-ção que se fazia necessária. O novo desenho unificou os espaços antes fragmenta-dos ao resultar em um visual integrado e contemporâneo junto à via. nos volumes no-vos e nos existentes foram utilizados revestimentos em placas cimentícias com aca-bamento melamínico bran-co importados da França, pois nessa época ainda não existia esses materiais no Brasil. Tratamos toda a cal-çada fronteira e os pisos da entrada com placas de gra-nito apicoado, assim como os acessos de pedestres e veículos, inclusive o ponto de táxi existente.Realinhamos os vãos das fachadas e padronizamos todos os fechamentos com esquadrias com vidro duplo e persianas móveis internas conforme a necessidade de proteger os pavimentos su-periores de internação do grande ruído do tráfego da avenida. Estudamos tam-bém o tratamento paisagís-tico e a comunicação com totens e identificação dos acessos para cada setor da fachada. O grande resultado

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ARQ entrevistaobtido ordenou e atualizou o visual deste bloco, poste-riormente incorporado ao Plano Diretor com a desig-nação de Bloco 1.Essa solução inicial para a edificação foi um resultado marcante junto aos respon-sáveis pelo hospital e agili-zou a nossa seguida partici-pação com o São Camilo.

HealthARq: Ainda neste projeto da unidade Pom-peia foi elaborado duas coberturas em estrutura metálica e vidro em subs-tituição das existentes. o que houve de inovador nesta parte da obra?Zanettini: As coberturas de aço e vidro, que devido à inovação e ao conjunto de intervenções, deram à uni-dade um volume e estilo contemporâneo ao visual do hospital para a avenida Pompeia. Dessa feliz solução veio um novo passo impor-tante que resultou no convi-te pela direção da instituição para elaborarmos o Plano Diretor do Complexo Pom-peia. Essa decisão resultou em um trabalho extrema-mente estruturado e claro não se limitando somente à questão estética e formal, mas resolvendo e discipli-nando funções, fluxos, aces-sos e conceituando com medidas que disciplinariam as intervenções futuras.

HealthARq: Na unidade Pompeia, em 2001, foi re-

alizado pelo seu escritório a elaboração do Plano Di-retor com a execução pro-gramada dos blocos 2 e 3, e novas fachadas para a rua Barão do Bananal. Conte para nossos leitores como foi realizar este projeto.Zanettini: Em 2001, a cria-ção do Plano Diretor visa-va atender os objetivos do hospital que era quadri-plicar a sua capacidade de atendimento. Dessa forma, orientamos os responsáveis para as seguintes ações:- aquisição contínua dos lotes vizinhos na mesma quadra, que foi iniciada pelo hospital na medida que a expansão de ocupação dessa área fos-se sendo definida pelos estu-dos do Plano Diretor;- o fator decisivo de que o complexo deveria ter con-tinuidade e ligação direta entre vários blocos, aspec-to importante para definir uma correta integração en-tre os mesmos;- um outro ponto importan-te desta obra é a primeira fase do Plano, que era cons-truir um edifício perpendi-cular ao Bloco 1 que inter-ligasse estes dois prédios extremos e com designação de Bloco 2.

HealthARq: Na unidade Pompeia, em 2002, ocor-reu a execução do bloco; em 2008 a do bloco 3; e em 2009 a continuação do bloco 2. qual avaliação o Sr. faz deste modelo de

trabalho realizado em vá-rias etapas e como avalia o resultado final?Zanettini: Outra parte do Plano era já deixar previsto uma ampliação perpendi-cular ao Bloco 2 e da mes-ma forma com as atividades compatíveis e coerentes aos outros dois blocos com uni-dade de internação acres-cida de um novo e amplo centro de materiais e um terraço jardim para uso de pacientes, local de eventos e dois auditórios no pavimen-to térreo, designado como Bloco 3 e voltado para a rua Tavares Bastos, com acesso para o público no térreo e garagens nos pavimentos inferiores dos blocos 2 e 3.Assim, a ocupação progra-mada para a quadra, hoje se complementando tem acessos setorizados para os prontos socorros pela aveni-da Pompeia, a entrada princi-pal pela rua Barão de Bananal e uma terceira entrada para a rua Tavares Bastos para os pavimentos, garagens e ser-viços do conjunto todo.

HealthARq: quais são os projetos recentes do São Camilo que o escritório da Zanettini Arquitetura par-ticipou?Zanettini: O trabalho re-alizado com extrema de-dicação de toda nossa equipe foi no desenvolvi-mento dos projetos. Atua-mos também na assistên-cia contínua às obras, nas

inúmeras reuniões com todas as demais disciplinas compatibilizando-as ao projeto arquitetônico os resultados alcançados nos valeram o importante con-vite da direção da Entidade Camiliana para elaborar os Planos Diretores e proje-tos do Hospital São Camilo Unidade Santana, também em fase adiantada de exe-cução, e da Unidade Ipi-ranga, ainda elaborados e em fase de execução de retrofit do bloco antigo.

HealthARq: o Sr. conta com características nos seus projetos ao introduzir o aço, detalhes com pas-tilhas e valorizar as áreas verdes. Como é ser um ar-quiteto que possui traços e personalizações próprias?Zanettini: É importante que se esclareça que nossa no-toriedade, hoje mundial, não está só no fato de termos sido pioneiros no uso do aço na construção civil no Brasil, mas também há mais de quadro décadas fiz a primei-ra casa bioclimática e eco--eficiente no País, executada em 1974. Introduzi também na década de 70 várias casas com estrutura de madeira onde os vigamentos e pi-lares eram industrializados com sarrafos de madeira colados de pinho. Fiz o pri-meiro conjunto habitacional pré-fabricado com estrutura de aço e painéis pré-molda-dos em Cubatão (SP), além

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disso orientei cooperativas de auto-construção para elaboração de 70 edifícios em Santo André projetados com alvenaria estrutural. Realizei várias indústrias em pré-moldado de concreto e lancei as fachadas em placas de fibro-cimento. Fiz, como professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo (USP), durante 40 anos, várias experiências didáticas como a reurbani-zação do parque Maria Fer-nanda como trabalho esco-lar. Fiz parte do grupo dos primeiros professores dou-tores de arquitetura do País, cuja tese de doutoramento foi uma pesquisa sobre ha-bitação para baixa renda.

Coordenei pela FAU, junto com o professor Lindenberg da Escola Politécnica da USP, o Curso de Dupla-Formação de enorme sucesso com vá-rias turmas formadas desde 2004. Em 1987, montei o meu escritório em 30 dias, que foi a primeira constru-ção totalmente industriali-zada, e a desmontei em 10 dias para implantação em outro local. Recentemente introduzi inúmeros materiais de fechamento de fachada, de revestimentos externos e internos e grande número de estudos cromáticos com superfícies e painéis artísti-cos. Realizei durante a “ECO 92” o projeto “Casa Limpa”, a única experiência comple-ta de sustentabilidade, com

tudo o que hoje se qualifica com esse termo. E neste século tenho rea-lizado vários projetos em-blemáticos em todo Brasil, como o Centro de Pesqui-sas e Desenvolvimento Le-opoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes); ampliação do Centro de Pesquisas da Petrobras na Ilha do Fundão (RJ), considerado a principal referência de sustentabilida-de já realizada; o Centro de Convenções da Universida-de Estadual de Campinas (Unicamp) com os novos acessos e espaços públi-cos à instituição; o Fórum do Meio Ambiente de Bra-sília do Tribunal de Justiça Federal; o Centro de Pes-quisas Schlumberger, tam-

bém na Ilha do Fundão; as “GreenHouses” em Inhotim (Instituto de Arte Contem-porânea e Jardim Botânico - MG); os hospitais São Luiz Morumbi e Anália Franco, em São Paulo, e o Hospital Mater Dei em Belo Horizon-te (MG), entre outros. Em todos os meus projetos existem características que os identificam pelos con-ceitos, pelas pesquisas, pelo excelente detalhamento, pelo funcionamento corre-to, pela vida útil e colocando sempre a razão como cúm-plice da criatividade.

HealthARq: Nestas refor-mas do São Camilo fo-ram introduzidas lingua-gens contemporâneas, a

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exemplo de vidros duplos insulados e utilização de tecnologias. Todas essas características visam à hu-manização do atendimen-to? Conte mais detalhes.Zanettini: Tanto nas obras do São Camilo, como em todas as nossas experiên-cias utilizamos a visão con-temporânea da arquitetura identificada com os usos e costumes de cada época. Com uma ligação estru-tural da obra com o meio ambiente e uma profunda pesquisa de inovações e no-vas tecnologias e, principal-mente, colocando o homem como o centro de gravida-de, ao usar corretamente a matéria com uma lingua-gem própria e coerente e sempre com conhecimento científico integrado ao co-nhecimento criativo.

HealthARq: quais os principais prêmios que

o seu escritório recebeu nos últimos cinco anos?Zanettini: O nosso escri-tório de arquitetura vem, ao longo de 53 anos de existência, sendo o mais premiado do País e, nas últimas décadas, também internacionalmente. So-mente para citar os dois últimos meses recebemos o “Prêmio Top 1” de sus-tentabilidade e empreen-dedorismo de todo o mun-do, concorrendo com mais de 90 países e escolhido para recebê-lo no evento internacional do US World Green Building Council, em São Francisco, na Cali-fórnia (EUA), realizado em novembro último. Assim fomos brindados, em uma cerimônia que contou com mais de mil convidados; com o “David Gottfried Global Green Building En-trepreneurship Award”, que pela primeira vez foi

entregue a um arquite-to internacional, sendo o “World Green Building Council 2012”.Também recentemente, nesse mesmo período, re-cebemos pela segunda vez do Instituto Internacional de Pesquisa e Responsabili-dade Socioambiental Chico Mendes, o “Prêmio Socio-ambiental Chico Mendes 2012”. Em novembro, ga-nhamos da Associação Brasileira da Construção Metálica o “Prêmio Per-sonalidade ABCEM 2012”, pelo trabalho pioneiro e pela minha contribuição ao setor da construção metáli-ca e a arquitetura brasileira, também recebido, como único arquiteto brasileiro e pela segunda vez.Esse é um contínuo re-conhecimento por insti-tuições nacionais e inter-nacionais como o “Latin American Quality Awards

2011”, os “Green Buildings Brasil 2011”, como arquiteto sustentável e como arqui-tetura pública sustentável em 2011, e o “Greennation Fest”, na categoria Arquite-tura Sustentável em 2012. Essa repercussão pública ao nosso trabalho como arqui-teto, sempre com soluções além do nosso tempo, com inovações conceituais e construtivas como professor e profissional, com uso de tecnologias limpas e eco efi-cientes, com a preocupação de economia de energia, de pesquisar soluções naturais de iluminação e ventilação, com relação estrutural com o meio ambiente natural em um universo de cen-tenas de projetos e obras vêm conquistando uma gama de clientes mais es-clarecidos em todas as áre-as da arquitetura. não po-deria ser diferente também na área hospitalar.

ARQ entrevista

Professor Siegbert Zanettini

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Health

ILUMInAçãO

no geral, a iluminação hospitalar é muito técnica. Embora exis-

tam várias áreas e serviços dentro desse segmento, não existe uma ampla variação de tipos de iluminação. O que encontramos são níveis variados de iluminância es-

que comportam uma ilumi-nação mais lúdica. Se considerada toda ilumi-

nação de um hospital, mais de 90% é de caráter técnico e geral. neste sentido, a ilu-minação do segmento hos-pitalar requer certa atenção em algumas áreas, pois

pecíficos para determinado ambiente e serviço. Como exceção, temos áreas onde a iluminação pode ser mais decorativa e aconchegante, geralmente recepção, sala de espera e leitos de des-canso, contudo, áreas pedi-átricas também são espaços

A luz da economia novas tecnologias em iluminação para os ambientes do segmento da saúde contribuem para diminuir os custos operacionais das instituições

existem tipos específicos de luminárias em função do ambiente a que se destina. Aspectos como isolamento e proteção contra contami-nação são essenciais para garantir a integridade e lim-peza, e possibilitar a fácil manutenção de forma ade-

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19ARQ

Health

quada ao uso do paciente e desempenho dos serviços. nesses locais geralmente

predomina a utilização de lâmpadas fluorescentes tu-bulares e compactas, que apresentam aspectos como boa distribuição luminosa e temperatura de cor cla-ra – que possibilita a boa visualização do ambiente pelos usuários. Assim, as lâmpadas transmitem um atmosfera ativa em locais onde pessoas circulam con-tinuamente. Também é usa-da uma pequena parcela de lâmpadas mais decorativas, como as hálogenas, que se caracterizam por transmitir uma luz mais quente, ideal para deixar o espaço mais tranquilo e aconchegante. Mas os gestores hospitala-

res já começam a perceber as vantagens operacionais decorrentes da aplicação da iluminação com LED. Primeiramente porque são lâmpadas de fácil substitui-ção. Hoje, o mercado dispõe de solução LED que se en-quadram às luminárias de-senvolvidas para lâmpadas tradicionais, como é o caso da tubular. Com pequena adaptação de alimentação elétrica do ponto, é possível migrar de um sistema para outro facilmente. A iluminação já está mais

objetiva em relação à ins-talação, onde a tendência é a utilização de um módulo completo que agregue em

uma única peça luminária, equipamento e lâmpada. neste quesito, este mode-lo de luz são viáveis para aplicação, pois são mais baratos que os módulos e ainda aproveitam a estru-tura já existente. Um fato importante a fa-

vor do LED é sua excelente distribuição luminosa, que aproveita quase 100% do fluxo dissipado no ambiente e, ao contrário das lâmpa-das tradicionais, não perde um percentual considerável de fluxo. Este é um argu-mento plausível para o seu uso em lugar de lâmpadas tradicionais, principalmente se comparado às fluores-centes, que dissipam luz até onde não é necessário. O LED ainda tem como

vantagem de seu rendimen-to ser igual ou melhor que as lâmpadas tradicionais, pois elas consomem menos energia elétrica. Já é possí-vel substituir uma lâmpada tradicional por este modelo econômico, reduzindo até 80% do consumo, depen-dendo do molde. na troca de uma lâmpada tubular T8 de 32 Watts por uma tu-bular de LED de 18 Watts, considerando o consumo do reator, é possível redu-zir o consumo de energia em 50%. Para Felipe Marcili, Lighting Designer da Lâm-padas Golden, este é um argumento muito impor-tante para hospitais, onde

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ILUMInAçãO

existe uma demanda de energia elétrica destinada ao uso de equipamentos, ar condicionado, entre outros. “A simples substituição de tecnologia pode amenizar o consumo de energia e redu-zir a parcela que é destinada à iluminação.” As fontes de luz LED tam-

bém são de alta durabilida-de. Possuem vida útil muito longa, chegando a até cinco vezes mais que as lâmpadas tradicionais – e isso em uma análise bem conservadora, comparando com lâmpadas tubulares. É notório o efeito disso, pois quando se fala em maior vida útil, traduz-se

em menos manutenção, ou seja, a iluminação irá operar por mais tempo sem que a mesma tenha necessidade de reparo – neste caso inclui--se o custo da lâmpada e a mão de obra da troca. Outro argumento favo-

rável a este emissor de luz, principalmente no que se refere aos espaços hospi-talares, é o fato de ele não possuir em sua composição elementos prejudiciais ao ser humano e ao meio am-biente. Como já citado, em alguns ambientes as luminá-rias devem ser vedadas para evitar contaminação, e, lâm-padas tradicionais possuem

elementos tóxicos, como o mercúrio que exige um bom isolamento em caso de uma eventual quebra e exposição do elemento químico, con-taminando assim, o local. Marcili comenta que em

um projeto hospitalar costu-ma-se encontrar em quase todos ambientes a ilumi-nação com lâmpada tubu-lar fluorescente modelos T10 40Watts/20Watts e T8 32Watts/16Watts, aplicadas em centros cirúrgicos, sub-solos de estacionamentos, áreas de técnicas, cozinhas, laboratórios, entre outras. “Em áreas de circulação ge-ralmente são usadas lumi-

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Health

nárias para lâmpadas com-pactas de 15Watts, 20Watts e 25Watts”, afirma. Ele também relata que

em recepção, salas de es-pera e quartos de repouso é comum o uso de lâmpa-das halógenas tipo dicroi-ca, halopin e palito. Em to-dos estes casos é possível se fazer a substituição pela tecnologia LED. Um proje-to de retrofit conseguirá mensurar a economia e a melhoria na qualidade lu-mínica, com uma sobra de recursos que poderá ser direcionada a outras áreas.

“A simples substituição de tecnologia pode amenizar o consumo de energia e reduzir a parcela que é destinada à iluminação”

Felipe Marcili, Lighting Designer da Lâmpadas Golden

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Health

FLExIBILIDADE

Alas revigoradasObras no Hospital Florianópolis impõem traços construtivos e incorporam pavimento técnico para receber instalações de climatização e elétrica

nada como propor-cionar aos seus pa-cientes um centro

médico com ambientes tendo características cons-trutivas diversificadas e humanizadas. Um hospital que conta com diversos ní-veis de iluminação e siste-mas elétricos que acompa-nham as últimas revisões de norma como o IT Mé-dico, no-Breaks, além de climatização de alto nível. Todas essas característi-

cas referem-se às obras de reforma do Hospital Flo-

rianópolis, localizado no bairro Estreito, parte Con-tinental da capital do Esta-do de Santa Catarina. Com investimentos na casa dos R$ 4 milhões, a previsão é atender cerca de 5 mil pes-soas por mês.De acordo com a Secreta-

ria Estadual de Saúde de SC, a reforma que compreende a estrutura e modernização de equipamentos, tornará o antigo Complexo Hospitalar uma referência no atendi-mento médico na Grande Florianópolis. Conforme in-

formado, o prédio que abri-ga a instituição existe desde 1969, nunca sofreu uma re-forma tão ampla.A obra consiste na reforma

completa do segundo e ter-ceiro andares, pavimentos que abrigam as alas de inter-nação (incluindo UTI), centro cirúrgico e centro de ma-terial esterilizado. Também inclui na segunda etapa a construção de um pavimen-to técnico – quarto andar. Esta fase necessitou de di-versas alterações nos proje-tos de execução (hidráulica,

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Health

elétrica, climatização).As obras foram iniciadas

na prática, em dezembro de 2011, e os trabalhos es-tão acelerados. Todos os esforços entre construtora, fiscalização e Secretaria de Estado da Saúde estão vol-tados para que esta cons-trução seja executada de forma adequada e respei-tando o cronograma tra-çado para finalização até o fim do presente exercício. Para Oscar Luiz Voges,

Sócio Administrador da construtora da obra, atuar na reforma do Hospital Flo-rianópolis exigiu um esfor-ço maior da empresa. “Por ser uma edificação com mais de 40 anos e nunca ter passado por uma refor-ma tão profunda, apresen-tou diversos imprevistos,

normalmente relacionados à infraestrutura de instala-ções”, avalia, ao dizer que juntamente com técnicos especializados, os proble-mas foram contornados e novas e modernas tecnolo-gias foram incorporadas. Ao relatar o diferencial

deste serviço de execução de obras, Voges comenta que o destaque está em conseguir, dentro do or-çamento disponível, dotar o hospital de instalações mais seguras e modernas, acabamentos de primeira qualidade e materiais de re-vestimento mais resistentes.Quanto ao maior desafio

para a execução desse pro-jeto, o sócio administrador da construtora considera o alinhamento da informa-ção e prazo, pois houve

divergências entre alguns projetos, bem como a compatibilização dos mes-mos, demandando mais tempo para análise e alte-ração, aumentando conse-quentemente o prazo de execução de serviços. “Foram demolidas diver-

sas paredes em alvenaria de blocos cerâmicos, sen-do as novas executadas em dry-wall com gesso acarto-nado. Isso compensou de certa forma a nova carga de equipamentos e instalações, mas sempre buscou-se con-centrar as novas cargas so-bre os elementos estrutu-rais”, descreve Voges.nesta obra algumas me-

didas sustentáveis foram adotadas, como revesti-mentos que utilizam maté-rias primas renováveis e/ou

que possam ser recicladas como protetores de can-to e parede em acrovyn, manta vinílica, tinta epóxi à base d’água, cobertura e estrutura do telhado em aço galvanizado. Também houve o recolhimento de toda a água da cobertura, podendo ser reutilizada após a instalação de cister-na de reuso; contou com torneiras economizadoras de água do modelo pres-surizada e automática com sensor. Já a iluminação é toda com lâmpadas fluo-rescente tubulares e com-pactas além de balizadores em LED, enfim, alguns ma-teriais que ajudam o meio ambiente e também com características que auxi-liam no combate à infec-ção hospitalar.

ESTRuTuRA EM DESTAquE

Entre os destaques da estrutura deste projeto está a incorporação de um novo pavi-mento técnico para receber todas as instalações de climatização e elétrica do Centro Cirúrgico e UTI, com sistema estrutural simples e com distribuição principal de carga sobre as vigas da circulação central e paredes laterais. Também merece destaque a dimensão das paredes externas que, embora não sendo estruturais, apresentavam cerca de 40 cm de espessura. Outro ponto de destaque foi o reforço metálico para sustentar os sistemas de suporte de teto que concentram as instalações de gases medicinais e elétricas, tanto na UTI como no Centro Cirúrgico. Conhecidas comer-cialmente como Estativas de Tetos, as vigas já existentes exigiam vigas metálicas de apoio que não comprometessem nem transpassassem a laje, evitando interferência no conforto médico acima da UTI.

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Health

FICHA TÉCNICA

Hospital Florianópolis (Pertencente à Secretaria de Estado da Saúde)Endereço: Rua Santa Rita de Cássia, 1665, Bairro Estreito, Florianópolis,SCData do Projeto: 2009obra: 2013Área do terreno: 8.695,65 m²Área total construída: 5.692,40 m²Nº pavimentos: bloco 1(4 pavimentos), bloco 2 (2 pavimentos) e bloco 3 (3 pavimentos)Vagas estacionamentos: 36 Pronto-atendimento: Unidade de Urgência e EmergênciaServiços Diagnósticos: Unidade Apoio ao Diagnostico e Terapia (2 salas de RX e 01 Sala de Tomografia e Salas de Métodos Gráficos)

Projetos:Ar-condicionado: Engº Artur Beck neto (O3 Engenharia, WZ Hospitalar, Hidrosane EngenhariaCozinha/Refeitório: Engenseg Engª e Segurança do TrabalhoConsultoria de caixilhos: Gerência de Obras/SES Elétrico: Engº Eletricista Roberto Krieger (Krieger Engª – Blumenau)Hidráulico: Scavi Engª, Hidrosane Engª e Wokys ConstruçõesGases Medicinais: Scavi Engª, Engº Artur Beck neto e Wokys ConstruçõesEstrutura Metálica e Reforço Metálico: Engº Jorge Luiz Schreiber e Wokys Construções luminotécnico: Engº Roberto KriegerImpermeabilização: Wokys ConstruçõesPrevenção e Combate a Incêndio: Hidrosane Engenharia

obra:Arquitetura: Arquiteto Carlos Henrique da Silva (Gerência de Obras e Manutenção/SES) e Arquiteta Inara Beck Rodrigues (Salutare Arquitetura)Construtora: Wokys Construções Ltda.Interiores: Idem ArquiteturaCoordenação: Gerência de Obras e Manutenção e Departamento de InfraEstrutura do Estado de Santa CatarinaGerenciamento de licitação: Deinfra/SC

Fornecedores de Material e Serviço:Ar-condicionado: WZ Hospitalar e Wokys ConstruçõesDivisórias e Portas: Sul Pará Madeiras

Detalhes da obra:Drywal: Paredes divisórias e Forros monolíticos (Placo)Esquadrarias metálicas: Esquadrias tipo Glazing (VTech Esquadrias e Vidros)Fios: CorfioImpermeabilização: VedacitJuntas de dilatação: Vedacitluminárias: SamigElementos de proteção de cantos, paredes e bate-macas: Enterprise/Cirúrgica Climaza Piso Vinílico: ForboRevestimento Cerâmico – Cozinha: GailRevestimento Granito Reconstituído: Tecnogran Pisos Revestimento Fachada: Cerâmica Strufaldi (SP)Mão de obra Civil: Wokys Construções Ltda.

Fornecedores de Equipamentos:Metais sanitários: DocolRemoção de entulho: PRS EntulhosPlacas de Dry wall: Placo

FLExIBILIDADE

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Health 25ARQ

Health

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Health

CRIATIVIDADE

Interior de Minas Gerais brilha aos olhos de investidores que apostam na construção do que promete ser o maior e mais completo hospital da região

Um retrofit inovador

Um novo complexo hospitalar promete ser o mais comple-

to centro de saúde na ci-dade de Uberlândia (MG). A proposta já saiu do pa-pel e, a cada dia, a infra-estrutura obedece aos traços desenhados pelo projeto arquitetônico.

O Uberlândia Medical Center, como é chamado

o conjunto, aproveitou-se das antigas estruturas do prédio onde funcionava o Ubershopping e outros estabelecimentos comer-ciais. “Trata-se de um re-trofit das instalações do primeiro shopping center da cidade que estava de-sativado. A tarefa de com-patibilizar os espaços no-vos com elevado grau de

complexidade em constru-ções pré-existentes foi o maior desafio do projeto”, salienta José Antônio Sch-midt, Diretor da Schmidt Arquitetos Associados.

A missão foi utilizar as es-truturas e adaptá-las a fim de atender a multifuncio-nalidade de um ambiente hospitalar. Por isso, houve um especial cuidado quan-

to à flexibilidade, uma vez que este fator exerce extre-ma importância para a via-bilidade física e financeira da instituição. “Cuidamos desse assunto ao longo de mais de um ano até con-cluir a versão final de um Master Plan que contempla todas as etapas de execu-ção, bem como todas as in-terfaces existentes entre as

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Health

diversas atividades envolvi-das no complexo.”

A primeira etapa do Pla-no Diretor dedica-se a ela-boração de um hospital dia de 26 apartamentos individuais, seis salas de centro cirúrgico, 11 leitos de UTI, além de 3.242,43 m² de área de apoio hos-pitalar. Vale destacar, se-rão instaladas nesta fase as unidades de pesquisa clínica e medicina nucle-ar. O projeto também já concebeu o edifício verti-cal destinado ao Setor de Apoio ao Diagnóstico e Te-rapia (SADT) no pavimento térreo e mezanino. Acima desse local serão constru-

ídos sete pavimentos com 308 consultórios.

na segunda fase do pro-jeto será erguida a Faculda-de Politécnica em uma área de 6.472,49 m² distribuídos em seis andares. Em segui-da, o complexo hospitalar ganhará um edifício-gara-gem de sete pavimentos.

A construção de um hos-pital geral será iniciada na quarta etapa onde se lo-calizarão 300 apartamen-tos individuais, 30 salas cirúrgicas, UTI com 60 lei-tos, atendimento ambu-latorial, setores de apoio, administração, recepção e heliponto. Por fim, será er-guido o edifício de Flat Re-

sidence composto por 90 unidades e salas de con-venção. “Se podemos criar uma expressão que sinteti-ze o conceito que norteia a criação desse espaço, elegemos a tecnologia a serviço da saúde humana”, comenta Schmidt.

Humanização sustentávelA grandeza do Uber-

lândia Medical Center também considerou a sustentabilidade como pilar fundamental para a sua concretização. “Além do cuidado e respeito ao ambiente urbano, a preo-cupação ambiental acar-reta em um considerável

A primeira etapa do Plano Diretor dedica--se a elaboração de um hospital dia de 26 apartamentos indi-viduais, seis salas de centro cirúrgico, 11 leitos de UTI, além de 3.242,43 m² de área de apoio hospitalar.

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ganho financeiro. Sendo assim, cuidamos para que materiais sustentáveis fossem especificados em todas as etapas da obra”, afirma o arquiteto.

Quanto à iluminação, o projeto explorou ao má-ximo o uso de medidas naturais, principalmente nos apartamentos para pacientes. Em outros lo-cais onde a iluminação artificial é predominante adotou-se sistemas de alta performance, com baixo consumo de energia, atra-vés das lâmpadas de LED. “Também implantaremos métodos de autogeração

CRIATIVIDADE

energética por meio da captação de energia solar por placas fotovoltaicas.”

O isolamento acústico será intensificado através de um cinturão verde que contornará todo o comple-xo. Ainda quanto ao con-forto sonoro dos pacientes, serão utilizados materiais que compõem os fecha-mentos laterais em todas as edificações. Na parte interna do prédio, todas as paredes serão preenchidas com isolante acústico exigi-dos pelas normas técnicas. Vale ressaltar também que o projeto adotou o sistema de alvenarias dry-wall no

interior da instalação.Para intensificar ainda

mais a humanização do ambiente, aproveitou-se dos amplos malls e átrios da antiga estrutura, adap-tando-os apenas para res-ponder à moderna identi-dade do ambiente. “Outro aspecto que nos facilitou a tarefa de humanizar os espaços foi a extensa área destinada ao estaciona-mento implantado sobre o terreno. Tal medidas, possibilitou acomodar as distintas verticalizações e promover qualidade ao conforto ambiental”, res-salta Schmidt.

A construção de um hos-pital geral será iniciada na quarta etapa, onde se lo-calizarão 300 apartamen-tos individuais, 30 salas cirúrgicas, UTI com 60 lei-tos, atendimento ambu-latorial, setores de apoio, administração, recepção e heliponto. Por fim será erguido o edifício de Flat Residence composto por 90 unidades e salas de convenção.

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O Uberlândia Medical Center é fruto do sonho de trazer para o Brasil um con-ceito mundial de harmoni-zação de práticas de saúde. De acordo com o Dr. Ro-berto Botelho, um dos res-ponsáveis pela construção do complexo, o novo con-ceito busca uma linguagem harmonizada em diagnósti-cos e tratamentos.

A grandiosidade do complexo hospitalar bri-lhou aos olhos de institui-ções estrangeiras. Através de um intercâmbio de co-nhecimentos, a entidade

realizará trabalhos de me-dicina nuclear coordenada pelo professor Dr. Salvador Borges neto, da Universi-dade de Duke (EUA). Outra parceria será com Baptist Hospital de Miami (EUA), que atuará no setor de imagem.

“A facilidade de encon-trar em um só lugar a maioria das ofertas por serviços altamente espe-cializados e produtos, é, sem dúvida alguma, um forte apelo que beneficia usuários e profissionais do ramo”, considera Schmidt.

A EDIFICAçãO DA MEDICInA DE POnTA

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Health

DESIGn

Design SustentávelEm entrevista exclusiva à Revista HealthARQ, Jean Hansen explica como obter sustentabilidade e conforto em projetos na saúde

Quando o assunto é design sustentável e construção verde na saúde, o nome de Jean Hansen é reconhe-cido nos Estados Unidos devido a sua notória trajetória profissional. Com cerca de 30 anos de carreira, a designer já ganhou diversos prêmios, sendo eleita como a profissional americana mais influente no

design de interiores na saúde. Por sete anos, Jean Hansen colaborou para o desenvolvimento dos critérios LEED para o setor da saúde. Hoje,

a designer de interiores é membro do US Green Building Council (USGBC), na região norte do Estado da Cali-fórnia e, atualmente, está envolvida em atividades que apoiam a construção verde. Jean Hansen compartilha seu vasto know-how em entrevista exclusiva à revista HealthARQ, a qual fala sobre

o verdadeiro conceito de sustentabilidade e os benefícios que um inteligente projeto de design de interiores podem trazer para instituição, pacientes, funcionários e, claro, para o meio ambiente.

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Health

HealthARq: qual é a sua concepção sobre “pro-duto verde” e como este conceito é interpretado pelos profissionais?Jean Hansen: Eu acredito que muitos profissionais têm uma ideia diferente sobre o que é realmente um produto sustentável. Para que uma empresa proporcione tais produtos deve-se cumprir alguns requisitos acerca do custo, estética, durabilidade, dis-ponibilidade e manuten-ção. Além disso, enumero outros importantes fato-res como a transparência acerca da composição do material e como são feitas as etapas de produção.

HealthARq: o que a in-dústria tem feito para adaptar sua produção a fim de oferecer mais materiais de qualidade e sustentáveis?Jean Hansen: Vejo que os fabricantes testam cons-tantemente seus produ-tos. Por outro lado, sem-pre peço os resultados e referências de outros projetos que usaram tais materiais. Com isso, as empresas sabem que não serão utilizados produtos que tenham desrespeitado todos os rigores exigidos ou infringido as regras da sustentabilidade na saú-de. Com isso, muitos fa-bricantes são incentivados

a entender o verdadeiro conceito de sustentabili-dade e a colocar em prá-tica tais medidas. Eu sei que muitas empresas que participaram de projetos de minha autoria não só aprenderam muito sobre os seus próprios produtos, como também ajudaram a indústria a aprender de forma coletiva.

HealthARq: Como a Sra. avalia a importância da certificação US Green Building Council lEED para as edificações hos-pitalares? Jean Hansen: As institui-ções de saúde que optam por utilizar a certificação do USGBC LEED para seu campus ou edifícios dão exemplos não só para os seus pacientes e funcio-nários, mas também para toda a comunidade. Essa conquista demonstra uma valorização da saúde hu-mana e, paralelamente, a preocupação ambiental. O reconhecimento traz o vínculo entre o design e a arquitetura com a saúde e bem-estar do paciente.

HealthARq: o que um projeto de design de in-teriores em hospitais e clínicas de saúde deve trazer em sua concepção para conquistar a certifi-cação lEED?Jean Hansen: O proje-

to mais bem sucedido é aquele que integra toda a equipe, desde os arquite-tos, até mesmo o próprio cliente. Com isso, cria-se uma missão, definindo claramente os objetivos e conferindo uma perfeita identidade à instituição. Se o cliente e a equipe bus-cam a certificação LEED é fundamental que haja esta abordagem integra-da, com metas definidas. Além disso, o profissional deve ter e fornecer uma visão do mundo natural, proporcionando meios para usufruir as melhores ferramentas como o aces-so à luz natural, a escolha de materiais saudáveis e qualidade do ar interior.

HealthARq: quais mate-riais a Sra. prioriza uti-lizar em seus projetos e quais são os benefícios que tais produtos ofere-cem para o hospital?Jean Hansen: Sempre identifico produtos cujos fabricantes sejam transpa-rentes sobre o conteúdo do material, como evitar produtos químicos, dentre outros protocolos “verdes”. Os benefícios da boa qua-lidade do ar, baixos índi-ces de SVOCs (Compostos Orgânicos Semi Voláteis), e a “limpeza verde”, isto é, métodos de limpeza e produtos com ingredien-tes ecológicos destinados

a preservar a saúde huma-na e a qualidade ambiental também são importantes. O resulto é um ambiente muito mais saudável para todos os usuários.

HealthARq: Como um material pode contribuir para a sustentabilidade e, ao mesmo tempo, para a humanização do hospital?Jean Hansen: O design de interiores pode contribuir para a sustentabilidade em diversos modos através de soluções como Evidence--Based Design (EBD), ou seja, pensar o espaço com base em pesquisas cientí-ficas e acadêmicas. Desse modo, serão aplicadas as melhores práticas do de-sign sustentável. Vale res-saltar que o projeto tam-bém deve atentar-se aos fatores como estética, som, acústica, proporcionar um maior contato do paciente com a natureza através de áreas de descanso, etc. Em se tratando de projeto para a saúde, a sensibilidade é fator primordial para toda a criação arquitetônica.

HealthARq: Como a sus-tentabilidade no projeto de design de interiores pode contribuir para a segurança do paciente?Jean Hansen: Ao selecio-nar um piso, por exemplo, o profissional deve con-siderar aspectos como a

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Health

cor, manutenção, limpeza, resistência, riscos de que-da e o conforto, dentre outras características. To-dos esses conceitos con-tribuem para a segurança e a opção por determi-nado produto através do EBD colaboram ainda mais para obter decisões inteli-gentes e seguras, tanto para o hospital como para o meio ambiente. Acredito também na importância de incluir as instituições

de saúde nas discussões do projeto e seleções de materiais.

HealthARq: Além de economizar gastos de energia, reservatórios de água e jardins, quais itens a Sra. ressalta no conceito de design de interiores na saúde?O projeto de design de interiores hospitalar é ex-tremamente abrangente e traz muitos benefícios

DESIGn

Com mais de 30 anos de experiência em design de interiores, Jean Hansen desenvolveu projetos para a área da saúde trazendo soluções sustentáveis em suas concepções. Em seu portfólio constam projetos de saúde para hospitais infantis, setores para cuidados intensivos, para tratamento de câncer e centros de pesquisa, além de diversos escritórios médicos. A designer dedicou dez anos na elaboração de estratégias e soluções sustentáveis que ajudaram na criação do Green Guide for HealthCare (Guia Verde para a Saúde), o qual contém as melhores práticas para a construção de “edifícios verdes” para o setor. Também é membro do US Green Building Council, respondendo pela região norte do Estado da Califórnia. Jean Hansen é ainda membro fundadora da Academia Americana de Designer de Interiores para a Saúde (AAHID) e atuou como presidente da Associação Internacional de Design de Interiores (IIDA), também da Califórnia. Dentre os diversos artigos publicados de sua autoria são “Mobiliário para o Setor de Saúde: Uma Jornada para a Sustentabilidade” (Furniture for the Healthcare Industry: A Journey to Sustainability), “O Futuro de Tecidos para a Saúde” (The Future of Fabric: Healthcare), dentre outros.

para todos os usuários através de inúmeras ferra-mentas. Cito a criação de áreas de descanso, den-tro e fora da instalação. A valorização da luz natural é outra questão funda-mental, proporcionando vistas para o ambiente ex-terno em salas de recep-ção, setores especiais para funcionários, familiares e visitantes, etc. Isso ajuda significativamente na re-dução de energia, afora di-

minuir o estresse dos usu-ários, afinal um ambiente mais tranquilo permite menos erros por parte da equipe e melhoras rápi-das dos pacientes. O de-sign de interiores também deve selecionar materiais que conciliem em sua na-tureza a sustentabilidade e a durabilidade. Também devemos pensar quanto à iluminação e conforto tér-mico que o projeto deve trazer em sua concepção.

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Health

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Health

RESPOSABILIDADE SOCIAL

População de Restinga, em Porto Alegre, ganhará novo complexo hospitalar ainda no primeiro semestre de 2013

Futuro para todos

Da assistência bási-ca a cirurgias e in-ternações, o novo

Hospital Moinhos de Vento - Restinga propor-cionará serviços de diag-nósticos, unidades de in-ternação, centro cirúrgico e obstetrício. O complexo hospitalar também abriga

em seu projeto o Centro de Especialidades, com 20 consultórios de diversas especialidades médicas.O esboço arquitetôni-

co contempla a susten-tabilidade em toda a sua concepção através de so-luções como reaproveita-mento de água da chuva,

gerenciamento de resídu-os sólidos, tratamento pai-sagístico de áreas externas, dentre outras. Previsto para concluir as

obras ainda no primeiro se-mestre deste ano, estima-se que o novo hospital atende-rá uma região onde vivem mais de 100 mil habitantes.

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Health

Know-how adquirido ao longo de três décadas garante o estratégico planejamento e a execução, sem atrasos, da construção do novo hospital

A edificação do Hospital Moinhos de Vento - Res-tinga carrega a assinatura da MPD Engenharia, sen-do esta responsável pela execução das fundações rasas, superestrutura, al-venarias de fechamento interno e externo, pisos, forros, janelas e portas.De acordo com André

Bezerra, Gerente de Con-tratos da empresa, a obra conta com materiais espe-cíficos que conferem iden-tidade à infraestrutura. “Utilizamos piso vinílico em 80% da área constru-ída, revestimento cerâmi-co em 70% das fachadas e utilização de brises de concreto nas fachadas les-te e oeste, melhorando o desempenho térmico da edificação”, afirma.na parte interior da es-

trutura estão sendo feitas algumas adequações de layout. Por este motivo, os fechamentos e acabamen-tos estão com 45% dos serviços executados. Já as fachadas e a cobertura do prédio estão com 90% das obras concluídas.O genoma de todo o

projeto também carrega

a sustentabilidade como fator primordial. Para isso, a MPD utilizou can-teiro de obras remontá-veis, com torneiras dota-das de economizadores de água; gestão de resí-duos sólidos, por meio da montagem de uma cen-tral que, inclusive, pos-sibilita a reutilização de materiais na própria obra; montagem de um viveiro de plantas para reprodu-ção de espécies típicas da região, que serão utiliza-das no paisagismo final do empreendimento.Diante de tantos desa-

fios que uma obra deste porte enfrenta, André Be-zerra ressalta a montagem das equipes de produção devido à falta de mão de obra local. “Construímos um alojamento para re-ceber 45 funcionários de outros Estados. Além dis-so, montamos, em par-ceria com a Associação do Hospital Moinhos de Vento (AHMV), Sindicato da Indústria da Constru-ção Civil (SInDUSCOn), Serviço nacional de Aprendizagem Industrial (SEnAI) e Prefeitura de

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Health

RESPOSABILIDADE SOCIAL

“O hospital atende a uma requisição de mais de 40 anos. A comunidade, por meio de seus representantes, tem visitado a obra mensalmente, acompanhando com grande expectativa sua conclusão. O projeto social-sanitário de Restinga deverá atender com suas unidades uma população de aproximadamente 100 mil pessoas. Essa obra ocupará um espaço importante em nosso portfólio, pois se trata de um dos mais modernos complexos hospitalares do Brasil”

André Bezerra - Gerente de Contratos da MPD Engenharia

Porto Alegre, um centro de treinamento e qua-lificação que formou 72 profissionais para a área de carpintaria, armação e pedreiros de alvenaria.”“O hospital atende a uma

requisição de mais de 40 anos. A comunidade, por meio de seus representan-tes, tem visitado a obra men-salmente, acompanhando com grande expectativa sua conclusão. O projeto social--sanitário de Restinga de-verá atender com suas uni-dades uma população de aproximadamente 100 mil pessoas. Essa obra ocupará um espaço importante em nosso portfólio, pois se trata de um dos mais modernos complexos hospitalares do Brasil”, avalia André Bezerra.

Sustentabilidade reco-nhecidaRegras técnicas e quali-

dade no resultado sem-pre caminharam lado a lado com a preocupação ambiental nas diversas atuações da MPD Enge-nharia. A fidelidade com o conceito sustentabilida-de está presente desde a concepção do projeto até a criação de condições ideais para toda a comu-nidade. O reconhecimento está na conquista, por três anos consecutivos (2009, 2010 e 2011), do prêmio ITCnet-Sustentax, como a empresa que mais cons-truiu de acordo com prin-cípios sustentáveis.“Em busca da Sustentabi-

lidade” é um conjunto de

ações que a empresa co-loca em prática tendo em vista a construção verde. “Dessa maneira, adotamos a capacidade de planejar e prever os impactos de um empreendimento, antes, durante e depois de sua realização”, explica o ge-rente de contratos.Outras ações também

convergem para a preser-vação do meio ambiente, como o “Guia MPD de Práticas Sustentáveis”, no qual constam as principais ações que contribuem para o equilíbrio ambien-tal, social e econômico. Dentre as diversas so-

luções propostas estão o aproveitamento de estru-turas de canteiro de obras anteriores em novas obras,

a otimização da água, a gestão de resíduos sólidos e líquidos, os cuidados es-peciais com drenagem e erosão, dentre outras.

Trajetória MPD Fundada em 1982, a

MPD Engenharia é uma empresa com atuação nos mercados de construção e incorporação imobiliária. Em seu portfólio figuram construções de unidades comerciais, industriais, de educação e lazer, residen-ciais, hospitalares e labo-ratórios. A empresa está entre as

“30 Maiores da Construção no Brasil” e tem certifica-dos como ISO 9001:2008, PBQP, Qualihab nível A e OHSAS 18.001-2007.

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Health

Edificação do novo hospital é resultado de tecnologia aliada à economia

O projeto estrutural do Hospital Moinhos de Vento - Restinga também conta com a atuação da Vanguarda Engenharia, que trouxe para a edifi-cação o uso de materiais de qualidade, garantin-do, por completo, a esta-bilidade e a segurança do novo centro.Tamanha grandeza da

construção seguiu, rigo-rosamente, ao conjunto de normas técnicas im-postas pela ABnT. Espe-cificamente no segmento estrutural, destacam-se a nBR 6118/2007, sobre a estrutura do concre-to; nBR 8800/2008, para elementos em aço; nBR

6123/1986, que determi-na as cargas devidas ao vento sobre o edifício; e a nBR 6120/2008, que fixa as cargas sobre os vários pavimentos da obra.De acordo com Felipe

Brasil Viegas e Eduardo Giugliani, engenheiros e sócios da empresa, o plano técnico aborda uma obra com grande área em planta, por isso o projeto arquitetônico explorou com proprieda-de o desnível natural do solo. “A estrutura foi con-cebida tentando reduzir a quantidade de pilares, utilizando grandes áreas livres que proporcionam flexibilidade para as na-

turais transformações na ocupação dos espaços”, comentam.E foi justamente o fa-

tor flexibilidade um dos desafios para a equipe. Afinal, a meta é conciliar estrutura econômica com a necessária ampliação de vãos livres. “Ao mesmo tempo, a baixa capacida-de resistente do solo exi-giu uma boa proximidade com o projetista de fun-dações e o arquiteto, para que, assim, se chegassem a soluções adequadas à magnitude do empreen-dimento”, explicam.A dicotomia entre o de-

safio tecnológico e a eco-nomia do projeto também

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permeou a preocupação no plano da engenharia estrutural do hospital. “Vale lembrar que uma decisão de projeto estru-tural tem sempre grande repercussão no custo da construção, observando--se que esse fator é um dos mais importantes itens para o orçamento de um edifício”, ressaltam os engenheiros. Para isso, o estudo lan-

çou mão de modernos recursos computacionais para avaliação do real funcionamento da obra. “Modelos complexos nos permitem simular o funcionamento integra-do do edifício como um todo. Usamos estas fer-

RESPOSABILIDADE SOCIAL

ramentas para oferecer estruturas com menores volumes de concreto e in-tenso monitoramento das deformações previstas no conjunto. Os processos de análise não linear, fa-cultados pelas normas de concreto, onde o edifício é analisado em proces-sos repetitivos, permitem determinar, com rigor, o comportamento da obra, viabilizando, assim, estru-turas com maiores vãos e menores dimensões.” Os engenheiros também

ressaltam a parceria com a equipe de arquitetura, a qual viabilizou a redu-ção significativa de caras cortinas de contenção do terreno, substituindo,

onde fosse possível, por taludes de terra. Os con-trapisos também foram substituídos por lajes de concreto, inclusive no pa-vimento de fundação.Além da tecnologia e

economia de gastos, o projeto também se aten-tou a medidas susten-táveis. Para tanto, itens como brises de fachada, que protegem os espaços internos da insolação di-reta e reduzem o uso de ar condicionado, exigi-ram trabalhosos projetos e adequações da estrutu-ra. Ao mesmo tempo, o uso de um detalhamento refinado das peças da es-trutura (vigas, lajes, pi-lares, etc) permitiu um

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Health

Eduardo Giugliani,Engenheiro e Sócio da Vanguarda Engenharia

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menor desperdício e a redução no volume de rejeitos.

À frente de seu temponão apenas acompa-

nhar o avanço tecnológi-co, mas também oferecer as melhores ferramentas e soluções que cada pro-jeto requer. Assim atua a Vanguarda Engenharia, que considera de extre-ma importância trazer inovações às necessida-des de cada cliente. “no segmento hospitalar, por

exemplo, é preciso ter a capacidade de acompa-nhar as necessidades de todos os projetistas envol-vidos; os equipamentos hospitalares que mudam dia a dia; as necessidades de dutos distribuídos pelo edifício e suas interferên-cias com a obra; subesta-ções; centrais de ar condi-cionado, etc.”, explicam os engenheiros. Entre os diversos cases

de sucesso que contaram com a parceria e contri-buição da Vanguarda En-

genharia estão a atuação no complexo Hospital Unimed de Joinville (SC); Hospital Regina, em novo Hamburgo (RS); Hospi-tal Dom João Becker, em Gravatai (RS); além de vá-rios outros em Porto Ale-gre, como por exemplo a ampliação do Hospital Mãe de Deus, Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Centro Clínico e Edifício Garagem do Hospital Er-nesto Dornelles e a am-pliação do Hospital Divina Providência; entre outros.

Felipe Viegas ,Engenheiro e Sócio da Vanguarda Engenharia

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RESPOSABILIDADE SOCIAL

FICHA TÉCNICA

HoSPITAl RESTINGA E ExTREMo SulEndereço: Estrada João Antônio da Silveira, 3.330Data do Projeto: 2009 Área do terreno: 41,670,33 m2

Nº pavimentos: 03

Pronto-atendimento: Projetado de acordo com os conceitos de acolhimento com classificação de risco, priorizando o atendimento conforme a gravidade do paciente, com áreas específicas para atendimento de adultos e crianças.Terá salas para estabilização de pacientes graves, recursos diagnósticos por imagem para rápida avaliação dos pacientes, salas para procedimentos (sutura, gesso, medicação, curativos). Sala de observação e de isolamento. O Pronto Atendimento está projetado para atender a demanda atual.

Serviços Diagnósticos: Recursos diagnósticos por imagem, RX, ecografia, tomografia, mamografia, densitometria, diagnósticos endoscópicos, ava-liações funcionais cardiológicas, ergometria, eletro encefalograma e laboratório de análises clínicas. O Centro de Diagnóstico além de atender as de-mandas do Hospital, do Pronto Atendimento e do Centro de Especialidades, está estruturado para atender as necessidades de recursos diagnósticos demandado pelas Equipes de Saúde da Família integrantes do território de abrangência do Projeto.

unidade de Internação: Implantação de 135 leitos, distribuídos em enfermarias de cinco leitos, nas unidades materno-infantil, clínica médica adultos e cirúrgico. Em cada pavimento haverá leitos de isolamento.

Centro Cirúrgico e obstétrico: Terá quatro salas cirúrgicas, duas salas de parto cirúrgico, sala de observação obstétrica, seis leitos PPP – pré, parto e pós parto e sala de recuperação com quatorze leitos.

Centro de Especialidades (Policlínica): Composto de vinte consultórios distribuídos nas diversas especialidades médicas, com áreas específicas para a saúde da mulher, saúde bucal, saúde mental e para especialidades clínicas e cirúrgicas. Vinculado ao centro de especialidades teremos uma área com dois consultórios e três salas equipadas para reabilitação fisioterápica. O Centro de especialidades será referência e apoio para as Equipes de Saúde da Família do território do projeto. Escola de Gestão em Saúde: Terá quatro salas de aulas teóricas; laboratórios para aulas práticas de técnicas de enfermagem e de saúde bucal, labora-tório de informática, biblioteca, área destinada à pesquisa em saúde e gestão de sistemas de saúde. A Escola está em operação desde janeiro de 2009, nas instalações da Escola de Enfermagem do Hospital Moinhos de Vento. Como já ressaltamos, o projeto Desenvolvimento de Técnicas de Operação e Gestão de uma Rede Intramunicipal, também tem entre seus objetivos a geração de emprego e renda. Com a implantação do projeto estaremos crian-do aproximadamente 600 postos de trabalho, todos os esforços de capacitação de recursos humanos que realizamos são destinados aos moradores da região do projeto, possibilitando assim a geração de renda na região.

Empresas sub-contratadas: Terraplenagem: CoesulMuro externo: MCA – TEM 02 MCSEstaqueamento: Basetec Prova de carga nas estacas: Fugro In Situ Consultoria na terraplenagem: SA & FRA MLFConsultoria em medicina e segurança do trabalho: SL Engenharia Gerenciamento da obra: Obra Gerenciada, MPD Engenharia (obras civis)Instalações elétricas, hidrossanitárias e gases: EletrotecInstalações de ar condicionado: Arself Arquitetura: Cassiano ArquitetosInteriores: Moema Wertheimer ArquiteturaCoordenação: Engº Carlos Emílio Marczyk/ Engª Bárbara K. n. Wetzel Gerenciamento de licitação: Obra Gerenciada

Projetos:Ar-condicionado: MHA Engenharia LtdaConsultoria de caixilhos: Cassiano ArquitetosElétrico e hidráulico: MHA Engenharia LtdaGases Medicinais: MHA Engenharia Ltda

obra: Fevereiro / 2010 (terraplenagem)Área total construída: 19.145,48 m2

Vagas estacionamentos: 331

Projeto de fundações e contenções: Jarbas Milititsky Estrutura de concreto: Vanguarda Sistemas Estruturais Abertosluminotécnico: Cassiano Arquitetos (Interno); Zanini & Dias (Externo)Impermeabilização: Cruz & Cruz ArquitetosPrevenção e Combate a Incêndio: MHA Engenharia Ltda

obra:Construção: Estrutura convencional de concretoEstágio da estrutura: 100% concluídaEstágio da obra total: 65% executado

Fornecedores de Equipamentos:Acabamentos de elétrica: Linha pial plus da Pial Detectores de fumaça: MORLEY IAS; HOnEYWELLGeradores: S. G. Wilsonlouças: Deca Metais sanitários: Deca; WOGPlano de geração de resíduos: EcosafetyBus Way: Beguin

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Fundação: BasetecPlacas de Dry wall: A. A. Richter Construtora LtdaBatente Metálico: Elmo Esquadrias de Madeira

Fornecedores de Material e Serviço:Aço: Gerdau S. A.Formas metálicas: SH Formas, Andaimes e Escoramentos LtdaAndaimes: Mills Estruturas e Serviços de Engenharia S. A.Ar-condicionado: ArselfConcreto: ConcrepedraDivisórias e Portas: Ângulo Dry Wall e Steel Frame ; Elmo esqua-drias de MadeiraDetalhes da obra:Drywal: A. A. Richter Construtora LtdaElevadores: OronaEsquadria ferro: Granmetal Esquadrias madeira: Elmo Esquadrias de MadeiraEsquadrias metálicas de alumínio: Alumiconte Comp. de Alu-mínio LtdaEstrutura metálica: Granmetal Estruturas Metálicas Ltda.Ferragens: IMAB Fios: IPCEGranito: Bona Pedras

Guarda Corpo: Granmetal Esquadrias Metálicas Ltda.Impermeabilização: Denver Impermeabilizan-tes Ind. E Com.Instalações Hidráulicas e Elétricas: Eletrotec construções elétricas Ltda.Juntas de dilatação: MPD Engenharialuminárias: Itaim; RekaPaisagismo execução: Toni Bakes Consultoria e PaisagismoPinturas: MPD EngenhariaPiso Vinílico: TarkettPorta corta-fogo: Shaft Ind. e Com. LtdaRevestimento Cerâmico: PortobelloPorcelanato: ElianeRevestimento Fachada: PortobelloSistema de fixação: MPD engenharia; HilteTerraplanagem: CoesulVidros: VidrocertoMão de obra Civil: MPD Engenharia

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HUMAnIZAçãO

Praticidade nas alasCom a meta de oferecer qualidade aos hospitais, fabricantes de divisórias produzem modelos com certificações e testes no IPT

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na hora de planejar uma obra hospita-lar, a implantação

de divisórias em determi-nadas alas deve ser algo essencial. Por isso, mui-tas empresas fabricantes oferecem materiais que auxiliam na execução do projeto. no mercado da construção é possível en-contrar portas maciças de diversos acabamentos com isolamento acústico que veda, por exemplo, a parte inferior da porta. Tais modelos são denominados portas de guilhotina.Instaladas geralmente

em áreas de corredores, para divisão de ambien-tes como recepção, sala de atendimento médico e de coleta de exames, as divisórias devem possuir bate-macas para prote-ção das paredes contra danos provenientes de colisões das camas mó-veis, cadeiras e demais equipamentos, garantin-do, assim, a segurança dos usuários. A instalação deste componente exige cuidados relacionados ao sistema acústico, a fim de proporcionar maior priva-cidade aos pacientes. Dentre as cautelas que

os hospitais devem ter ao instalar uma divisória está a seleção de empresas certificadas por órgãos ambientais. Outro ponto

importante é a busca por informações dos produ-tos, com a confirmação de o material estar de acordo com a Associação Brasileira de normas Téc-nicas (ABnT) para maior segurança nos ambien-tes médico-hospitalares. Dessa forma, modelos de preocupação como esse ocorrem na estrutura de hospitais brasileiros como o Oswaldo Cruz, Santa Catarina e Albert Einstein.De acordo com Oswaldo

Ferreira, Diretor Comercial da Design On, uma das grandes vantagens do iso-lamento de ambientes do setor da saúde é a garan-tia de maior privacidade entre o paciente e médico. Ele ressalta que isso ocor-re, especialmente, quando se refere principalmente a dados pessoais. Ao comentar das divisó-

rias mais indicadas para os ambientes médicos, Fer-reira cita a linha Zion, por ser mais robusta, além de dispor de ótima perfor-mance acústica, possuir 90 milímetros de espes-sura total e ser constitu-ída em perfis de alumínio com formato exclusivo. “As divisórias podem ter elevações, integralmente em vidro ou meio vidro. Já as portas são constru-ídas em partículas de ma-deira maciça prensadas

a quente, o que permite uma variedade de acaba-mentos”, explica.O diretor também infor-

ma sobre a linha Eviden-ce – que é composta por divisórias de 85 milíme-tros de espessura, com alta performance acústica e dentro dos padrões da ABnT. Segundo ele, este modelo – que pode ser “100% cega”, “meio cega” ou totalmente em vidro – é mais robusto, permi-tindo a personalização do ambiente, que transmite sofisticação e elegância.Sobre a procura das ins-

tituições de saúde pelas de divisórias no merca-do nacional, Ferreira co-menta que a arquitetura hospitalar está cada vez mais modernizada e pre-ocupada. “Por isso desen-volvemos divisórias com acabamentos modernos que trazem aos edifícios pontos positivos, alegres e despojados”, ressalta.Como explica Ferreira,

os produtos da empresa, que são instalados nos ambientes hospitalares permitem a utilização de bate-maca. Assim como a aplicação de película em vidro para construção de um local mais leve e com privacidade. Todos os produtos utilizados pela empresa são consi-derados reciclados como

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HUMAnIZAçãO

tecidos, madeira, vidro e alumínio. Vale destacar, que os fornecedores têm uma parceria com a em-presa, permitindo a logís-tica inversa e a coleta de resíduos para reciclagem. Quanto ao diferencial de

suas linhas, Ferreira diz que o material possui alta performance acústica, é testado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e normatizado pela ABNT com a certificação ISO 9001.

“Uma das grandes vantagens do isolamento de ambientes do setor da saúde é a garantia de maior privacidade entre paciente e médico”

Oswaldo Ferreira, Diretor Comercial da Design On

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A primeira impressão ARQ reforma

Recepção hospitalar ganha novos traços através do projeto de interiores inspirado na humanização, conforto e segurança dos pacientes

Acompanhar a cres-cente demanda de usuários e, ao

mesmo tempo, oferecer a esse público o conforto e bem-estar através de um ambiente bem estrutura-do. Essas foram as pre-ocupações que levaram

o Hospital Beneficência Portuguesa (SP) a am-pliar, dentre os diversos setores que compõem seu centro hospitalar, as áreas de recepção. O projeto responde

também à necessidade de modernização e otimi-

zação do fluxo de pacientes. “Esta recepção, que antes atendia convênios, particu-lares e SUS, será a entrada somente de pacientes parti-culares e conveniados. Além disso, a concepção do pro-jeto tem o objetivo de forta-lecer a marca e a história do

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hospital”, explica a arquite-ta Fabiana Annenberg, da MW Arquitetura.Em se tratando de áreas

de recepção, os esboços priorizaram o tráfego de pacientes, de modo que o usuário tenha facilidade para se locomover. Para isso, a beleza do ambiente foi acompanhada com os devidos cuidados quanto à sinalização e acessibilidade para todas as pessoas. As-sim, normas técnicas guia-ram o projeto como a nBR 9050, RDC nº 50 da AnVI-SA, além de requisitos de ergonomia, iluminação e níveis de ruído para con-forto acústico e térmico.Quanto aos materiais uti-

lizados, a arquiteta explica que alguns locais recebe-ram um revestimento es-pecial para piso, parede e forro. “Escolhemos um

produto visualmente seme-lhante ao piso vinílico, en-tretanto é um composto de cortiça e lâmina de madeira altamente resistente. Este material funciona como isolante térmico e acústico, é de fácil limpeza e manu-tenção, sendo resistente ao fogo e ao alto tráfego e, consequentemente, à abra-são. Além disso, há uma efetiva ação antibactericida em sua composição. Tudo isso conferindo uma esté-tica harmoniosa e bela ao ambiente.”O mesmo cuidado ocor-

reu na escolha de baten-tes e guarnições. Logo, foi priorizado um revestimen-to que possui uma película de PVC com adesivo per-manente de extrema resis-tência, durabilidade, além de não propagar chamas.Os cuidados também

abrangem o conforto do paciente, seja através de circulações amplas, ou no mobiliário estável, seguro e de qualidade. Convergin-do para esta preocupação também está a segurança do usuário que foi inten-sificada através da utiliza-ção de materiais adequa-dos para cada ambiente. As caixas acopladas das bacias, por exemplo, são embutidas na parede, au-mentando ainda mais a as-sepsia do local. Vale ressal-tar que todo o projeto foi revisado junto ao corpo de bombeiros. A humanização do espa-

ço apoia-se em várias so-luções. As cores utilizadas, por exemplo, conferem ao ambiente uma maior sen-sação de bem-estar aos usuários. A iluminação também caminha por esse

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conceito, além de colabo-rar para a sustentabilidade, uma vez que foram prio-rizados os materiais LED, proporcionando maior economia e menor custo a longo prazo. Também é importante citar que a ilu-minação foi feita por um escritório especializado em luminotécnica. Recur-sos de áudio e vídeo com-plementam uma atmosfera mais acolhedora. O compromisso sustentá-

vel da obra abrangeu várias medidas, como a proposta de marcenarias com sepa-ração de lixo orgânico e reciclável. Outro exemplo é a opção por balcões das recepções feitos em corian, por se tratar de um material

reutilizável e não tóxico. Todo o estudo do projeto

de interiores foi cautelo-so em preservar a história da instituição através de uma área prevista para ser o “Espaço da Memória”. neste local, os usuários poderão conhecer melhor o Hospital e compartilhar suas experiências pessoais. Essa é uma das soluções adotadas pela hotelaria hospitalar a fim de inten-sificar a humanização do atendimento.Para a elaboração do pro-

jeto foi necessário conciliar as reformas com o funcio-namento do hospital. Para isso exigiu-se um detalha-do planejamento, afinal tra-ta-se de áreas de recepção,

locais que têm uma inten-sa circulação de pessoas. “Outro desafio foi conce-ber soluções inteligentes para que conseguíssemos melhorar a iluminação e o pé-direito dos corredores, já que havia muitas inter-ferências de toda a infraes-trutura do edifício localiza-da no entreforro do térreo”, ressalta a arquiteta. O trabalho iniciou-se em

abril de 2012, sendo que a obra está sendo executa-da em duas etapas, ambas com previsão de entrega ainda no primeiro semes-tre de 2013. O projeto de interiores dedica-se às áre-as de recepção da interna-ção, dos sócios e a princi-pal, além dos corredores.

Moema Wertheimer, MW Arquitetura

ARQ reforma

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Com relação à implan-tação de vidros em ambientes de saúde,

alguns dimensionamentos são necessários. Primeira-mente, é preciso calcular a espessura do vidro, a fim de que resista às cargas solici-tantes, como ventos e car-gas acidentais. Portanto, os vidros para hospitais devem ser laminados para que não formem cacos e mantenham o vão íntegro, garantindo a segurança do paciente em caso de quebra.O dimensionamento tam-

bém interfere na garantia do conforto térmico desejado. Isso depende da orientação da fachada considerada, se esta recebe mais o menos sol. Tal característica deter-minará a qualidade de con-trole solar a ser especificada. “Outro critério a ser conside-rado, é a condição de con-

Charme na estéticaArquiteto consultor para sistemas de fachadas, Paulo Celso Duarte, orienta sobre benefícios da utilização do vidro nos ambientes de saúde

forto acústico. É desejável que o isolamento acústico do prédio seja melhor que em um edifício comum”, completa o Arquiteto Con-sultor para Sistemas de Fa-chadas, Paulo Celso Duarte.Conforme ele explica, os vi-

dros são utilizados em hos-pitais com o mesmo fim que em outros edifícios comuns: para permitir a entrada de luz, oferecer ampla visão de dentro para fora, além de proteger de intempéries. Duarte menciona que o cri-tério utilizado para todos os tipos de edifícios é a sus-tentabilidade, traduzida em eficiência energética, maior aproveitamento da ilumina-ção natural e conforto acús-tico. “Para os hospitais, esses últimos quesitos são mais importantes, pois estes lo-cais possuem pessoas debi-litadas a serem protegidas.”

Ao mencionar modelos de vidros que geram economia de energia, Duarte reco-menda que as instituições de saúde utilizem vidros de controle solar especifica-dos cuidadosamente para os locais de trabalho. Para os departamentos adminis-trativos, os vidros indicados são especificados da mes-ma forma que se faz para um edifício corporativo. Já no caso dos locais onde os pacientes são cuidados e atendidos – apartamentos e dormitórios, salas de repou-so, solário, consultórios – os vidros devem garantir boa penetração de luz direta, po-rém controlada, pois em um País tropical como o Brasil, o céu é excessivamente lu-minoso e a intensa clarida-de incomoda os pacientes. “A passagem de calor para dentro deve ser bloqueada

de modo a garantir um am-biente confortável, isso é o que define os Parâmetros de Controle Solar.”Duarte explica que o vidro é

um dos materiais mais fáceis de limpar, podendo, inclusi-ve, utilizar produtos germici-das para a sua manutenção. Ele diz também que, além do controle solar é necessá-rio escurecer os ambientes para o repouso do paciente, não podendo usar elemen-tos internos. “A melhor solu-ção que se tem é o uso de vidros duplos com câmara hermética – insulados – que possuem uma persiana in-terna a essa câmara. Dessa forma, temos a possibilida-de de controlar a luz sem o problema da contaminação e limpeza”, salienta.O profissional destaca que

uma condição especial a se considerar é que nos locais

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Charme na estéticaonde ficam os pacientes, não pode ter cortinas, rolôs, persianas ou outros elemen-tos de sombreamento inter-no, porque pode ocorrer o problema de contaminação. Portanto é necessário tais in-terferências “no vidro”.nos vidros insulados exis-

tem duas lâminas principais de vidro para dimensionar de modo a melhorar o con-forto acústico, portanto fica facilitada a solução. Vale ressaltar que é necessário trabalhar com um consultor de acústica para saber exata-mente os níveis sonoros do local. Com isso garante-se a perfeita dimensão do vidro. O consultor avalia que,

no Brasil, o uso do vidro só

é considerado no caso de se ter uma disponibilidade maior de recursos, pois são soluções geralmente caras. “Um hospital não necessita exatamente desse tipo de solução, mas se os grandes espaços podem ser resol-vidos com soluções desse modelo é claro que há uma solicitação.” Ele diz que a qualidade es-

tética é sempre desejável e um hospital não é apenas uma casa de saúde, os pa-cientes devem sentir-se bem, além de seus familiares e todos os que circulam pelo edifício. Portanto, há um uso mais frequente dessas solu-ções nos hospitais maiores e mais modernos.

“Um hospital não necessita exatamente desse tipo de solução, mas se os grandes espaços podem ser resolvidos com soluções desse modelo é claro que há uma solicitação”

Paulo Celso Duarte, Arquiteto Consultor para Sistemas de Fachadas

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Elegância com transparência

Utilizar o vidro na com-posição das edificações hospitalares tem sido algo bastante visível nos últimos anos. O uso des-te material na envoltória dos novos prédios é uma tendência atual. Este cris-tal tem agregado muita tecnologia às fachadas, com muito desempenho quanto ao controle de energia, além de muita

transparência no design.Os critérios para a apli-

cação dos vidros nos ambientes de saúde são definidos a partir da ela-boração do projeto de ar-quitetura, com a interface do programa hospitalar e dos consultores específi-cos deste tipo de projeto.na opinião da arquiteta

Claudia Mitne, Gerente de Marketing da GlassecVira-

con, os vidros mais indica-dos para área da saúde de-vem ter requisitos especiais de desempenho. Conforme explicado, a prioridade é a segurança, depois o con-trole de luz/calor, a apa-rência, que deve ser mais transparente possível, ou seja, com baixa reflexão, em tons neutros para o ambiente. “Estes materiais devem possuir baixa manu-

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tenção”, esclarece.Quanto à fabricação de

vidros da empresa, a arqui-teta considera tal processo sustentável um processo sustentável, pois o material é um produto 100% reci-clável. “Temos certificados ambientais e sistemas de reuso de água controla-dos”, informa. Segundo ela, a companhia

é focada em soluções de vi-dros para a construção civil,

com atenção ao segmen-to hospitalar, aprimorando seus processos, desenvol-vendo produtos com as matérias-primas de ponta, agregando experiência e trocando conhecimento com o mercado. A empre-sa traz várias soluções de vidro, prestando serviços para grandes complexos hospitalares do País. Claudia avalia que este

crescimento deve-se ao

alinhamento entre as solu-ções oferecidas pelo vidro às necessidades do setor. “A busca por excelência no atendimento ao pa-ciente tem apoio na infra-estrutura oferecida, sendo a segurança e o conforto acústico e térmico de ex-trema importância neste contexto”, afirma.De acordo com Claudia, a

empresa possui muitos vi-dros insulados de controle

solar com persianas inter-nas, com serigrafia e tam-bém materiais laminados de segurança, corta fogo, enfim, muitas alternativas para este tipo de projeto. “nós especializamos em apresentar soluções em vi-dros para projetos de alta complexidade, em que são especificados diversos vi-dros de alto desempenho térmico, acústico e de vi-dros especiais”, garante.

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SAIBA MAISVIDRoS BAIxo-EMISSIVoSO vidro Baixo Emissivo, também conhecido como vidro de Controle Solar, recebe a aplicação de uma

“capa” que adere permanentemente à superfície do vidro – através de processos industriais complexos – porém, que fornece um desempenho variável. A “capa” interfere nos comprimentos de onda na região do infravermelho, permitindo um melhor controle da passagem do calor e afetando pouco a passagem da luz. Essa qualidade permite ter um vidro muito claro, com grande transmissão luminosa, filtrando grande quantidade de calor. na realidade, no caso dos hospitais, essa condição é a desejável, ou seja, ter ambientes com um vidro de

controle solar cuja eficiência necessária é suficiente para criar condições de conforto. A valorização destes espaços se dá com o uso de vidros insulados de controle solar, com persiana interna, que controlam a quantidade de sombreamento. Além disso, este material é de baixa manutenção e reflexão luminosa, o que proporciona a transparência interna, sem o efeito espelhado. Vale enfatizar que a persiana recolhida garante a quantidade de luz desejada, sem excessos, da forma que o paciente desejar em seu leito.

CASE EM HoSPITAl REFERÊNCIAUm dos hospitais de referência da América Latina no tratamento do câncer infantil, o

GRAAC, fundado pelo Dr. Sérgio Petrilli, Superintendente do grupo, iniciou em 2011 uma ampla obra de expansão de sua infraestrutura de atendimento. O projeto contou com a participação da GlassecViracon no desenvolvimento de uma solução diferenciada, aliando funcionalidade e design. Com previsão de entrega de todo o projeto até o final de 2015, o Hospital contará com 100% de fachada em vidro. A empresa desenvolveu toda a especificação e a transformação do vidro, a preço de custo.Estimado em R$ 100 milhões, o empreendimento compreende 16 mil m² de área

construída, do qual 3 mil m² será composto do vidro de controle solar verde, de alta performance térmica e acústica.

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COnSTRUçãO

Sustentação garantida

Após um completo raio x do terreno, através da identi-

ficação do solo e sua re-sistência, inicia-se, então, os cálculos para que se projete, adequadamente, as fundações da obra. Por essa mesma etapa trilhou a construção do Hospital da Unimed de Ribeirão Preto (SP), cujo término

Execução das fundações do Hospital da Unimed em Ribeirão Preto (SP) adere à novas tecnologias, proporcionando segurança e qualidade

está previsto para o se-gundo semestre de 2014.Cumprindo os prazos

combinados, a Base Fun-dações e Infra Estrutura atuou no alicerce do fu-turo hospital com equipa-mentos próprios e pesso-al operacional experiente. “Ficamos honrados em executar as fundações desta que é uma das

maiores e principais obras em andamento na cida-de atualmente e agra-decemos à Diretoria da Unimed pela escolha da nossa empresa para essa empreitada”, diz o enge-nheiro Ricardo Debiagi.“Após análises, cálculos e

troca de informações, op-tou-se pela solução de es-tacas escavadas com per-

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Health

furatriz moldadas ‘in loco’ normais (até Ø 50 cm) e com auxílio de fluído esta-bilizante para grandes di-âmetros (de Ø 70 a Ø 150 cm), devido à variação das cargas atuantes na funda-ção e ao tipo de solo lo-cal”, explica Debiagi.O projeto, elaborado

em parceria com a GMA Engenharia de Funda-ções, seguiu o processo executivo de acordo com a norma nBR 6122/2010 da ABnT, a qual contem-pla práticas correntes de projetos e execução de

fundações, incorporando novas tecnologias. Além disso, foram exigidos pa-râmetros e valores para a densidade mínima do polímero biodegradável usado para a confecção do fluido e para o tipo de concreto a ser utilizado. A topografia não foi um

empecilho para o anda-mento das obras, con-forme considera o enge-nheiro, pois todo o prédio principal encontra-se na mesma cota. Além disso, trabalhou-se em um platô nivelado, após a execução

da terraplanagem.“Nosso maior desafio foi

a execução dos estacões de Ø 150 cm com pro-fundidades de até 17 m e cotas de apoio abaixo do n.A. Para isso exigiram--se equipamentos e ferra-mentas especiais e apro-priados”, salienta Debiagi.O hospital da Unimed

de Ribeirão Preto terá 130 leitos, sendo dez sa-las cirúrgicas e 40 leitos de UTI, além de cerca de 600 vagas de estaciona-mento. “Trata-se de um hospital que irá atender

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COnSTRUçãO

130 mil usuários de nos-sa rede para diversos tratamentos, inclusive procedimentos de alta complexidade”, comenta Dr. Percival Martineli, co-ordenador da construção do novo centro. Para Debiagi, a obra é de

suma importância, pois irá “intensificar e melho-rar o sistema de saúde da cidade de Ribeirão Preto e região, além de estar loca-lizada em uma área privi-legiada e de fácil acesso”.

Quanto às contratações e aos serviços executa-dos até então, Martineli considera que tudo que está sendo realizado atende às expectativas. “Observamos uma rapi-dez na construção pelo uso da estrutura metá-lica e cuidados com o meio ambiente no que diz respeito à economia de energia, reaproveita-mento de água e uso de material da linha verde”, ressalta o coordenador.

A Base Fundações é es-pecializada na execução de diversos tipos de fun-dações e carrega em seu portfólio atuações no Hospital de Guariba (SP), Hospital São Lucas e Hos-pital São Francisco, de Ri-beirão Preto, e Hospital do Câncer, de Barretos (SP).Em 32 anos de atividades

já foram executados cer-ca de 6.500 fundações de obras residenciais, comer-ciais, industriais, para saúde, educação e esportes, etc.

“Ficamos honrados em executar as fundações desta que é uma das maiores e principais obras em andamento na cidade atualmente”

Engenheiro Ricardo Debiagi

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COnSTRUçãO

Cidade de São Paulo ganhará inovador centro de hemodinâmica que contará com 722 m² e cinco leitos para repouso e preparo

Requinte nas estruturas

Muito se questio-na com relação à importância da

implantação de um cen-tro de hemodinâmica em uma instituição hospitalar. Este complexo setor realiza procedimentos cirúrgicos como cateterismo, ponte de safena, cirurgias de ar-térias mamárias, entre ou-tros procedimentos.

É com essa proposta

que um novo centro de hemodinâmica, na capital paulista, segue em cons-trução, no Hospital Ale-mão Oswaldo Cruz. De acordo com informações fornecidas pela arquiteta Teresa Gouveia, a edifi-cação teve o seu projeto arquitetônico iniciado em março de 2011. Ela infor-ma que a área total cons-truída é de 722 m² e que

as obras já começaram a ser executadas no segun-do semestre de 2012.

O centro possui duas sa-las de hemodinâmica com equipamentos de ponta em área estéril. O local ain-da terá cinco leitos para re-pouso e preparo. Além de duas salas de laudos, con-forto médico, copa, dois vestiários com barreira, posto de enfermagem, etc.

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Health

O reflexo da qualidade

Sejam gestores ou co-ordenadores hospitalares, uma das grandes metas ao planejar uma nova edifica-ção é contratar profissio-nais qualificados para de-senvolver um projeto com alto padrão de qualidade. A proposta ideal é estabe-lecer premissas para que todos os materiais, equi-pamentos e mão de obra empregada sejam de exce-lência e de alta tecnologia, garantindo-se assim uma valiosa estrutura ao em-preendimento de saúde.

Todos esses atributos estão presentes nas obras do Centro de Hemodinâ-mica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Isso porque, a equipe de engenharia buscou utilizar uma mão de obra própria multidiscipli-nar, a fim de se reduzir cus-

tos de produção e ter maior agilidade na desenvoltura dos trabalhos realizados. Foram aplicadas tecnolo-gias avançadas tais como divisórias de vidro com persianas embutidas mó-veis para as salas de RPA, e iluminação adequada para melhor conforto dos pa-cientes e equipe médica.

O prédio também con-tou com a instalação de uma iluminação especial. Este elemento, foi ela-borado trazendo para o paciente a alusão de um céu estrelado, criando um ambiente calmo e sereno para as duas salas de exa-mes existentes no setor. Esse espaço possui reves-timento misto de barita e filme de chumbo tanto para as portas, como para as paredes com a meta

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COnSTRUçãO

de proteger de emissões radiológicas as áreas adja-centes. Vale ressaltar que o local tem um sistema de automação de ar condi-cionado que garante uma temperatura ideal para cada ambiente, podendo ser controlado remotamen-te em função da necessida-de do uso de cada cômodo.

A execução da obra con-tou com uma estrutura téc-nica altamente qualificada para atender aos requisitos necessários, ou seja, com equipes de limpeza para manutenção dos acessos à obra e interno a ela cons-tantemente, a fim de se ga-rantir o programa de con-trole de infecção hospitalar. Outro ponto interessante é o isolamento com tapumes

de divisória naval selada, para proporcionar baixo nível de ruído e elimina-ção da poeira gerada pela obra. Ainda, houve abas-tecimento do local com insumos em horários pre-viamente agendados com o hospital, com o intuito de não se afetar o fluxo de pacientes e equipe médica nas áreas vizinhas à obra.

Ao falar da atuação nes-ta obra, José Firmo Piazza Junior, Diretor da Zaori, cita o grande desafio na pro-moção e realização deste trabalho. “Cada pequeno detalhe, tanto do proje-to arquitetônico, como do plano de instalações foram estudados e planejados exaustivamente junto com os projetistas das diversas

disciplinas abrangidas pela obra”, completa.

De acordo com Piazza, o maior diferencial des-ta obra foi executá-la em meio ao hospital em fun-cionamento, com equipe médica e pacientes sendo atendidos em áreas adja-centes à obra, sem que esta interferisse, em nenhum momento, nos processos hospitalares, tais como fluxo de pacientes, atendi-

mentos médicos e exames. Quanto a parte “ver-

de”, foram utilizadas algu-mas medidas sustentáveis na execução desta obra, a exemplo da coleta seletiva dos resíduos gerados (en-tulhos, gesso, alumínio, aço, vidros, entre outros dejetos). Como explica Piazza, o tem-po necessário para finalizar toda a obra foi de 120 dias corridos conforme previsto no cronograma inicial.

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Health

uma etapa indispensávelna elaboração de um

plano de construção na área médica é mais que indispensável decidir qual serviço escolher para a ins-talação da parte hidráulica e elétrica da nova edifica-ção. nas obras do Centro de Hemodinâmica do Hos-pital Alemão Oswaldo Cruz, essa foi uma das preocupa-ções dos responsáveis pelo desenvolvimento da obra.

“Devemos ter atenção com as instalações elétricas e hidráulicas em todos os setores de espaços públicos, não apenas na área hospi-talar como também no co-mércio, indústria e residên-cias”, destaca o engenheiro, Eduardo Reininger, Sócio

Diretor da Polo Instaladora.Segundo ele, nos últi-

mos anos a procura pelos serviços da empresa tem aumentado consideravel-mente, graças a atuação da equipe técnica na área hospitalar. “Creio que o nosso diferencial, além do comprometimento com nossos clientes, é o investi-mento em pessoas capaci-tadas, quando procuramos motivá-las através de prê-mios e participação no de-sempenho de cada serviço. Vale citar que “funcionários motivados, empresa sadia e cliente satisfeito”, ressalta.

na área da saúde a em-presa tem uma preocupa-ção muito grande com as

instalações elétricas, onde precisa fornecer uma ener-gia confiável para o ótimo funcionamento de equi-pamentos eletromédicos. “Para que isto ocorra, além do fornecimento de ma-teriais de qualidade, é ne-cessário o monitoramento das instalações através de dispositivos de proteção de isolamento (DSI)”, relata.

Conforme ele explica, em salas cirúrgicas, UTI’ s, en-tre outras, é obrigatório a utilização de um esquema IT-médico exclusivo, onde a primeira falta de terra ou massa não causem o desligamento automático de energia, o que permite a continuidade dos pro-

cedimentos clínicos sem colocar a equipe médica e pacientes a riscos de cho-ques ou queimaduras. “na área hospitalar podemos citar a nBR 13534 que especifica a utilização de equipamentos do esque-ma IT-médico”, explica.

Recentemente a Polo Ins-taladora está com parce-ria com a arquiteta Teresa Gouveia e a empresa MHA, que executou a ampliação e reforma do Centro de Hemodinâmica. “Além do Hospital Alemão Oswal-do Cruz, a Polo tem uma parceria com os Hospitais Metropolitano, Jardim Aná-lia Franco, 9 de Julho entre outros”, afirma Reininger.

“Creio que o nosso diferencial, além do comprometimento com nossos clientes, é o investimento em pessoas capacitadas, quando procuramos motivá-las através de prêmios e participação no desempenho de cada serviço. “Vale citar que ‘funcionários motivados, empresa sadia e cliente satisfeito’”

Eduardo Reininger, Sócio Diretor da Polo Instaladora

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COnSTRUçãO

Composição que faz a diferençaOutro destaque nas obras

do Centro de Hemodinâ-mica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz são os siste-mas de IT-médico da insti-tuição, que contam com o mais alto nível de tecnolo-gia, pois possuem a função de localização de falhas au-tomática e uma central de alarmes com anunciadores que registram históricos.

Este projeto conta com um sistema de supervisão de fuga à terra do primário dos transformadores, aten-dendo ao requisito de uma medição dos transformado-res de separação a cada 36 meses. Assim, a exigência é cumprida em 24h. Todo princípio está interligado com o TCP/IP disponibili-

zando as informações de alarme na rede do hospital e enviando e-mail aos res-ponsáveis técnicos no even-to de um alarme.

De acordo com Sergio Castellari, Diretor da RDI Bender, o sistema de IT--médico é fabricado com o mais alto padrão de quali-dade e atendendo às nor-mas brasileiras e internacio-nais. O grande diferencial dos fornecimentos deste sistema desenvolvido pela empresa é o atendimento pleno às normas vigentes e o excelente conhecimento técnico de todos os cola-boradores para a realização dos projetos, comissiona-mentos, treinamentos das equipes de manutenção/

engenharia e enfermagem.Castellari afirma que os sis-

temas IT-médico produzidos pela RDI Bender nos últimos anos estão cada vez mais com o nível de tecnologia agregada e eficiente. “Tudo isso tem o intuito de ter um sistema automático e regis-trador de eventos de alarme, ao tornar mais eficaz e rá-pido nas soluções de baixo isolamento das instalações elétricas e equipamentos eletromédicos”, relata.

Por serem locais comple-xos (salas cirúrgicas, UTI’ s, salas de procedimentos in-vasivos como os intracar-díacos, de emergência, de hematologia entre outras), alguns cuidados são ne-cessários para a instalação

destes equipamentos.Tais exigências devem

constar no projeto elétrico do hospital, no qual preci-sa estar em conformidade com as normas brasileiras. O fornecimento do sistema deve estar de acordo com os requisitos do projeto. A instalação elétrica deve prever locais apropriados de montagem dos quadros IT-médicos para evitar pro-blemas durante limpeza/as-sepsia dos ambientes. Além disso, o instalador elétrico deve seguir rigorosamente os projetos técnicos elétrico e do fornecedor do sistema IT-médico e também devem ser instalados um cabo terra por circuito nos ambientes cirúrgicos, RPA, UTI´s.

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Health

O diretor explica que a resistência de isolamento é continuamente medida atra-vés do sistema de medição do DSI na qual se utiliza de medição ativa (tensão e cor-rente injetada na rede) de baixos valores (segurança ao paciente) e informa via dis-play local e remoto (anun-ciadores de alarme). Ao cair a um nível de isolamento abaixo de 50 kohm, o siste-ma deve alarmar em acor-do com a nBR13534 (ins-talações elétricas em EAS). Outro ponto importante é que o DSI deve medir fa-lhas de isolamento em CA e CC de acordo com a norma IEC61557-8 a qual determi-na os aspectos técnicos mí-nimos exigidos a um DSI.

Os aspectos normati-

vos da segunda edição da nBR13534 de 2008 são plenamente seguidos pela RDI Bender desde 2002 (tal exigência originou-se da norma internacional IEC 60364-7-710). “A mudança foi gradativa pois os proje-tos elétricos estavam ainda em conformidade com a nBR13534 de 1995, porém quando a norma entrou em vigência em 2008 está-vamos adiantados tecnica-mente seis anos.”

Castellari diz que hoje o que há de mais inovador em sistemas IT-médico são os sistemas automáticos de localização de falhas a terra, na qual o localizador de-tecta rapidamente o exato circuito com problema de isolamento, o que torna a

procura do defeito rápida e eficiente. Estes sistemas es-tão descritos na nBR5410 e detalhados na IEC61557-9.

Outra grande inovação neste setor são os anuncia-dores de alarme com regis-tro de histórico e eventos do sistema IT-médico com os detalhes dos locais em que o defeito perdurou ou perdura em determinado horário e data. E por últi-mo a inovação de inserir todos os dados do sistema IT-médico no modelo TCP/IP, integrando as informa-ções do sistema IT-médico com a rede TCP/IP do hos-pital, todas as informações são visualizadas via browser da Internet com plataforma silverlight tornando o visua-lizador dinâmico e rápido.

Sergio Castellari, Diretor da RDI Bender

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Health

Acesso restritoO controle e a organização

dentro de uma instituição são importantes para segu-rança e bom funcionamento dos serviços em geral. Quan-do se trata de um ambiente hospitalar o cuidado precisa ser ainda maior. nesses ca-sos, o principal requisito é a segurança, pois é preciso levar em conta os níveis de acesso e permissão necessá-rios na estrutura da institui-ção. Os equipamentos não podem ser agressivos, de difícil uso, que gerem ruídos, filas e transtornos. A tecno-logia precisa ser avançada para garantir agilidade, con-fiabilidade e ser de fácil uso no dia a dia.

Para ter a garantia de bom funcionamento deste pro-cesso o Centro de Hemodi-

nâmica do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na cidade de São Paulo, optou por im-plantar controle de acesso. Para isso, foram colocadas catracas motorizadas, com materiais leves e dimensões reduzidas, que oferecem economia de espaço e re-sistência, além da Automatic Clip, desenvolvida especial-mente para atender pessoas com deficiência.

“O hospital conta com profissionais da área de se-gurança que fazem a aná-lise de riscos e definem os equipamentos, serviços e tecnologia a serem em-pregados no projeto. Um planejamento de forneci-mento e instalação foi fei-to juntamente com os res-ponsáveis pela obra para

COnSTRUçãO

Modelos de catracas da Digicon que serão implantadas no Hospital Alemão Oswaldo Cruz

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garantir o cumprimento dos prazos e cronogramas”, conta João Diniz, Geren-te de Produto da Digicon, empresa especializada em soluções para controle de acesso que atuou durante a obra do hospital.

De acordo com Diniz o principal desafio em uma obra hospitalar é atender os requisitos exigidos pelos ad-ministradores dos hospitais, que geralmente requerem sistemas e equipamentos in-tegrados com o software de gestão existente, atendendo os diversos públicos que fre-quentam o ambiente diaria-mente, como funcionários, médicos, pacientes, acom-

panhantes, idosos e crianças. Hoje, o mercado brasilei-

ro conta com dezenas de empresas qualificadas para oferecer produtos e serviços de segurança, mais especi-ficamente, de controle de acesso. Essa oferta permi-te que o cliente escolha a tecnologia, os produtos, os preços e os prazos. “O mer-cado de controle de acesso está andando muito bem no Brasil. Cada vez mais as em-presas se preocupam com a segurança patrimonial e da informação. É fundamental saber e permitir o acesso das pessoas certas nos locais de-terminados”, comenta.

A empresa, que também

fabrica os equipamentos, tem algumas novidades lançadas neste ano, catra-cas motorizadas em duas versões: as tradicionais de três braços e bloqueios com portas tipo Asas de Anjo, especial para pesso-as com deficiência. Os blo-queios, fabricados em vi-dro ou policarbonato, têm movimento deslizante. É um modelo mais sofistica-do, oferece maior conforto de passagem e não emite ruídos. “São muito utiliza-das na Europa e Estados Unidos e entendemos que o Brasil está preparado para absorver este tipo de tecnologia”, afirma Diniz.

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Health

ACABAMEnTO

Resistência e beleza foram alguns dos determinantes para a escolha do piso na nova unidade do Hospital Alemão Oswaldo Cruz

Charme e tecnologia

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Estar mais próximo de seus usuários, facili-tar a acessibilidade e,

paralelamente, ampliar os serviços oferecidos. To-das essas necessidades são atendidas pela nova casa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em Campo Belo, São Paulo. Assim, a excelência do atendimen-to apoia-se em oferecer aos usuários tecnologia de ponta e uma arquitetura que prima pelo conforto e bem-estar do paciente.

A nova unidade é o pri-meiro centro externo do hospital, com cerca de 2.000 m², distribuídos em dois pavimentos. São diversos consultórios, centro de reabilitação

cardio-pulmonar, centro cirúrgico e day-clinic, além de um setor destinado ao tratamento de doenças relacionadas ao equilíbrio.

“Priorizar o conforto, o acolhimento e tornar a estada do paciente a mais agradável possível, traduzindo a preocupa-ção em tratar da saúde, da vida e não apenas da doença. Assim guiaram--se as premissas básicas para conceituar o projeto, ao invés de apenas criar ambientes convencionais, fechados e comerciais”, explica a arquiteta Teresa Gouveia.

Dentre tantas questões pontuais que um proje-to de interior carrega em

sua concepção, está a preocupação com o piso que será instalado. “Esco-lhemos pisos que propor-cionam tratamento anti-bactericídas e fungicidas com PUR Protect, ou seja, resistentes a produtos químicos e 100% reciclá-veis. Todos os materiais utilizados atendem a nor-mas internacionais.”

Segundo Glênia Silvei-ra S. Francisco, Gerente de Marketing da ACE Pi-sos e Revestimentos, o piso hospitalar deve se-guir algumas exigências como a RDC 50 da An-VISA, a qual prioriza re-vestimentos que tornem as superfícies monolíticas nesses ambientes. Ainda

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Health

ACABAMEnTOde acordo com a regra, os pisos devem propor-cionar impermeabilidade de água menor que 4%, como é o caso das man-tas vinílicas que também são resistentes à lavagem e ao uso de desinfetantes.

“A instalação do piso vi-nílico é limpa, isto é, sem ‘quebra quebra’, afora a facilidade de realizar uma obra setorizada, questão fundamental quando se trata de construção hos-pitalar”, explica Glênia.

Para a nova unidade do Hospital Oswaldo Cruz utilizou-se o piso vinílico, padrão madeira, em ré-guas de 18 cm de largura x 92 cm de comprimento. De acordo com Glênia,

esse material é fácil de ser instalado, silencioso, além de conferir beleza ao ambiente.

Outro material utilizado foi o piso vinílico em man-tas, de natureza homogê-nea e flexível que “possui tratamento PUR Protect, resistentes a produtos químicos e 100% reciclá-veis”. De fácil manutenção e baixo custo, o piso evita a aplicação de cera e im-permeabilizante acrílico durante toda a vida útil.

“Selecionamos estes materiais pela facilidade de colocação e de lim-peza, resistência, atendi-mento aos padrões exi-gidos pela legislação e, claro, pela beleza e gran-

de variedade de cores e texturas. Além disso, o piso possui boa absorção acústica, conferindo con-forto aos ambientes”, sa-lienta Teresa.

Ainda de acordo com a arquiteta responsável, os desenhos demarcados pelos pisos distinguem as áreas, buscando, as-sim, criar diferentes per-cepções. no caso das re-cepções, por exemplo, os pisos possuem texturas amadeiradas, já as áreas clínicas levam pisos lisos com desenhos, de forma a tornar os grandes espa-ços menos monótonos.

“O projeto do hospital foi de grande complexi-dade já que o prazo da

“A instalação do piso vinílico é limpa, isto é, sem ‘quebra quebra’, afora a facilidade de realizar uma obra setorizada, questão fundamental quando se trata de construção hospitalar”

Glênia Silveira S. Francisco, Gerente de Marketing da ACE Pisos e Revestimentos

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Health

obra era curto. A instala-ção do piso foi feita com a obra em andamento, liberando o tráfego de pessoas”, ressalta a ge-rente de marketing.

Tecnologia de pontaO piso hospitalar deve

respeitar normas técnicas e, concomitantemente, proporcionar segurança e praticidade para a ins-tituição. Assim, caracte-rísticas como baixo custo de manutenção e limpe-za, grande resistência ao trânsito, conforto acús-tico, facilidade de repo-

sição e rapidez na insta-lação devem constar no gene deste material.

Se antes o piso vinílico era de difícil manutenção e exigia uma atenção di-ária por sujar facilmente, hoje, com os avanços tec-nológicos, diversos pisos podem ser encontrados no mercado de alta qualidade, oferecendo grandes vanta-gens para a instituição.

Como é o caso do piso comercializado pela ACE, o Symbioz, por exemplo. Trata-se de um produ-to com plastificante base Bio (trigo, milho, etc), o

qual possui uma proteção Evercare, um poliuretano curado a laser que dis-pensa o uso de cera du-rante toda a vida útil do produto, ou seja, um piso totalmente inovador e focado nas questões am-bientais.

no portfólio da empre-sa constam atuações em hospitais como o Sírio Libanês (SP), São Camilo (SP), nove de Julho (SP), Rede Amil (SP e RJ), Rede D’OR (RJ), Hospital Espa-nhol (BA) e em laborató-rios como Fleury, EnESP, dentre outros.

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AMPLIAçãO

Hospital das Clínicas de Uberlândia aposta na humanização e flexibilidade em sua nova unidade

Um projeto para três milhões de pessoas

Após mais de dois anos de estudos e planejamentos, o

novo prédio do Hospital das Clínicas de Uberlân-dia (MG) ganha os pri-meiros traços além do papel. Trata-se de uma

obra complexa que teve a colaboração de profissio-nais altamente especiali-zados e a participação de toda a comunidade.A nova unidade nasce

visto que o antigo prédio não comportaria novas

adequações. Sem contar a necessidade de ampliar o atendimento médico, uma vez que o hospital atende uma região que abrange cerca de três mi-lhões de pessoas. De acordo com Paloma

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de Paula Lúcio Silva, ar-quiteta responsável, con-ceitos de humanização, flexibilidade e sustenta-bilidade são os pilares do projeto. na fachada de vidro, por exemplo, será colocado vidro low--e que, além de ser uma potente ferramenta es-tética, possui um grande desempenho energético. A fachada também será

do estilo ventilada, ca-racterizada pelo afasta-mento entre a parede do edifício e o revestimen-to, criando, assim, uma câmara de ar em movi-mento. “Com isso obte-mos um maior conforto

térmico, além de reduzir a potência do sistema de ar condicionado. Logo, obteremos vantagens sustentáveis e econômi-cas com esse modelo.”Outra solução que o

projeto propõe é a utiliza-ção de sistemas de placas solares para a geração de água quente nos chuvei-ros e torneiras. “O novo centro terá mais de 200 leitos, por isso é impres-cindível pensar em fato-res que convergem para a economia e sustentabili-dade”, ressalta Paloma. O projeto traz também

espaços humanizados a fim de colaborar para a

autonomia do usuário e, assim, estabelecer rela-ções psicológicas adequa-das com o espaço que o acolhe, como sendo um centro provedor de cura. “O paisagismo foi projeta-do para adequar os níveis de ruídos provenientes do alto fluxo de pessoas e veículos, além do aspec-to estético e humanizado que compõe o projeto.”O desenho do novo pré-

dio também dedicou-se à criação de um heliponto. Através de um elevador, o paciente será transferido rapidamente para as áreas de emergências e setores de exames que necessita.

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AMPLIAçãO

Os primeiros passos da edificação

A construção do novo pré-dio do Hospital das Clínicas de Uberlândia carrega a as-sinatura da IBEG Engenharia e Construções. O empreen-dimento, até então o que mais recebeu recursos do Governo Federal para a re-gião do Triângulo Mineiro, tem a previsão de conclusão em outubro de 2015, sem etapas definidas.A obra abrange uma área

de 26.210,96 m² em um ter-reno relativamente plano, com um desnível de apenas 70 cm entre duas avenidas a qual se situa a construção. Quanto aos materiais utili-

zados na obra, Salim Bento nigri, Diretor de Engenha-ria, destaca o uso de insu-mos pertinentes à execução das fachadas do prédio, por se tratar de um processo

ainda novo no Brasil. “É um sistema de fachadas ventila-das que permite a redução no custo de energia elétrica, isso porque o prédio não tem incidência direta do sol, proporcionando, assim, um gasto menor com o consu-mo de ar condicionado.”Quanto à parte elétrica e

hidráulica, o engenheiro sa-lienta que está sendo feito um trabalho de compatibi-lizações de projetos, “ana-lisando todos os pontos pertinentes ao bom anda-mento da obra”.A implantação do sistema

de qualidade neste pro-jeto seguiu as normas do ISO 9001 e do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade Habitacional (PBQPH) que visa o apri-moramento do conceito de

qualidade como estratégia empresarial e gerencial, além do aspecto técnico.O trabalho também abra-

çou medidas sustentáveis em sua concepção. “Du-rante a execução do arra-samento das estacas, por exemplo, o cascalho prove-niente da demolição é rea-proveitado para fabricação de concreto magro. Tam-bém replantamos todas as árvores que foram suprimi-das para o início das obras, tanto em quantidade como em espécie predetermina-da pela Secretaria Munici-pal do Meio Ambiente da região. Afora esses fatores, todo o processo constru-tivo deste bem público adotará outras medidas de sustentabilidade.” Para adotar tais soluções

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inteligentes e saber aplicar as novas tecnologias, os funcionários são treinados a fim de qualificar os serviços prestados em todas as eta-pas da obra. “Vale ressaltar que, hoje em dia, grande parte da mão de obra dis-ponível está despreparada. Como visamos sempre en-tregar uma construção em perfeito funcionamento, faz-se necessário o treina-mento”, explica o diretor. É devido a esse modelo

de gestão que a empre-sa tornou-se membro da Green Building Council, ou seja, é apta para a execu-

ção de obras com diretrizes sustentáveis – Selo LEED, tendo executado para a PREVI – Caixa de Previdên-cia dos Funcionários do Banco do Brasil, uma das primeiras obras de retrofit integral em um edifício de quase 70 anos, conquis-tando a qualificação com o selo LEED SILVER, no Es-tado do Rio de Janeiro. no portfólio da empresa estão importantes cases como a construção do maior tan-que de testes oceânicos do mundo para a Funda-ção COOPETEC, e de obras aeroportuárias, dentro

as quais as mais recentes como a implantação do destacamento de proteção ao voo do aeroporto de Campo Grande/MS, me-lhoria do sistema aeroviá-rio de Guarulhos, serviços de engenharia de reforma e revitalização do sistema de luzes e aproximação (ALS) e Flash das cabecei-ras 10 e 15 do Aeroporto Internacional do Galeão. Além dessas obras, a IBEG Engenharia e Construções também traz vasta experi-ência em obras hospitala-res, laboratórios químicos e modernização - retrofit.

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AMPLIAçãO

Vantagens do sistema pré-moldado

A SF Engenharia, contra-tada pela IBEG Engenharia e Construções, atua na ex-pansão do hospital desem-penhando o importante papel de trazer agilidade e qualidade à obra através da implantação do sistema pré-moldado de concreto armado. Trata-se de uma perfeita solução quando se busca atender aos prazos executivos e à padroniza-ção da construção. A elaboração do proje-

to ensejou uma adapta-ção de alguns ambientes para uma cadência estru-tural que pudesse repre-

sentar um maior grau de repetição de peças pré--fabricadas que melhor aproveitasse a adoção do sistema construtivo. Com a padronização da solução estrutural é possível obter uma significativa redução de prazos e custos globais do empreendimento. Conforme explica Antonio

José Gonçalves Monteiro, Sócio da SF Engenharia, por se tratar de uma obra pré-fabricada, os índices de perdas materiais são meno-res e com uma produtivida-de bem elevada. “Pode-se afirmar que esta obra prio-

riza um alto controle do seu rendimento energético e ambiental. Além disso, o fato das peças serem pro-duzidas em fábrica faz com que haja um controle ainda maior quanto à emissão de resíduos e partículas, que pode ser feito de maneira mais efetiva.”O projeto da estrutura

objetivou minimizar ao máximo a interferência com os ambientes hospita-lares, gerando, assim, “pa-nos” estruturais da ordem 12,50m x 6,0m. Com isso criou-se grandes espaços sem interferência, que pos-

“Pode-se afirmar que esta obra prioriza um alto controle do seu rendimento energético e ambiental. Além disso, o fato das peças serem produzidas em fábrica faz com que haja um controle ainda maior quanto à emissão de resíduos e partículas, que pode ser feito de maneira mais efetiva”

Antônio José Gonçalves Monteiro, Sócio da SF Engenharia

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sibilitam um atendimento às diversas necessidades hospitalares do tipo cirúr-gico, ambulatórios, con-sultórios, salas de exames, etc. Logo, os ambientes tornam-se extremamente flexíveis, permitindo uma adaptabilidade em usos futuros, de acordo com as necessidades do hospital.Além da agilidade, a ar-

quiteta Paloma de Paula também salienta os be-nefícios sustentáveis ad-quiridos através dos mol-des adotados. “O sistema estrutural escolhido em pré-moldado de concreto contribui com o conceito de sustentabilidade ado-tado, pois reduz o tem-po de obra e os canteiros são mais limpos devido ao pouco entulho gerado.”Por se tratar de um local

onde a obra está cercada

pelas demais unidades foi aplicada uma inteligente logística de execução a fim de que tais trabalhos impactassem o mínimo possível no cronograma da obra e na operação das unidades hospitalares ao redor. Para isso, há a execução de um trabalho de gerenciamento cons-tante do plano de rece-bimento e montagem de peças no local.“Outro grande desafio

deste projeto foi em um prazo curto, produzir uma estrutura que pudesse atender ao projeto hos-pitalar de uso variado em um hospital vertical, que é sempre um complicador, sem impacto significativo no projeto arquitetônico que já havia sido desen-volvido, de forma a não retroceder o processo, que

se encontrava em curso”, salienta Antonio Monteiro.Além da atuação no Hos-

pital das Clínicas de Uber-lândia, a SF Engenharia possui outros projetos estruturais de edificações hospitalares feitos em seus 25 anos de experiência. Dentre as diversas obras estão no portfólio da em-presa trabalhos realizados em unidades do Institu-to nacional do Câncer – InCA; Instituto nacional de Traumatologia e Ortopedia - InTO; o Hospital Munici-pal de São João de Barra, Hospital Municipal de Bú-zios, Hospital Municipal de Duque de Caxias, Hospi-tal Municipal de Queima-dos, Hospital Municipal de Quissama, todos no Rio de Janeiro, e o Hospital Muni-cipal de Urgência e Emer-gência de Belém (PA).

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AMPLIAçãO

Setores do antigo prédio do hospital também ganham reformas em suas instalações

Além do novo prédio do Hospital das Clínicas de Uberlândia, outros setores dentro da antiga unidade também passaram por refor-mas. As alas de ressonância magnética, UTI e pediatria ganharam uma nova infraes-trutura. Uma nova passarela também foi construída para melhorar o fluxo de pessoas.Grande parte da reforma

realizada nesses setores já se encontra em fase de fina-lização, aguardando apenas a instalação de equipamen-tos por parte da Universi-dade Federal de Uberlân-

dia (UFU). “Todas as obras que estamos executando no hospital estão nos últi-mos acabamentos. Algumas alas aguardam a montagem de materiais por parte do hospital para serem inau-guradas e entregues para a sociedade”, explica José Aparecido de Sousa Serrão, Diretor Geral da Construto-ra Sousa Serrão.Dentre as complexidades

que a reforma hospitalar exi-ge, o maior desafio para a concretização do projeto foi conciliar a construção com o atendimento do hospital.

“Adaptamos nosso crono-grama com o funcionamen-to da instituição. Isso porque nossas atividades não inter-feriram na paralisação da as-sistência médica. Seguindo nossa missão, executamos nosso trabalho de forma consciente e responsável.”O grande destaque da

obra é a passarela que inter-liga dois setores internos do hospital: o pronto-socorro ao IML. A nova passagem tem formato oval e utiliza materiais como tubos me-tálicos. Além da otimização do tráfego de pessoas, a

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obra também contempla a sustentabilidade em sua concepção. Elaborado pela equipe de engenharia da UFU, o projeto recorreu ao policarbonato translúcido em sua construção. Tal ele-mento permite que a luz do ambiente externo ilumine a área interna.

“Essa obra beneficiará não apenas a população de Uberlândia, como também de toda a região. Logo, as ampliações e reformas realizadas visaram uma melhor acomodação e atendimento tanto para os usuários, quanto para os funcionários”

José Aparecido de Sousa Serrão, Diretor Geral da Construtora Sousa Serrão

“Essa obra beneficiará não apenas a população de Uberlândia, como também de toda a região. Logo, as ampliações e reformas rea-lizadas visaram uma melhor acomodação e atendimen-to tanto para os usuários, quanto para os funcioná-rios”, destaca Sousa Serrão.

FICHA TÉCNICA

HoSPITAl DE ClíNICAS DE uBERlâNDIA-uFuEndereço: Av. Pará, 1720 – B. Jardim umuarama – uberlândia/MGData do Projeto: Agosto/2010 Área do terreno: 8.200 m2

Área total construída: 26.210,96 m2

Nº pavimentos: 06 Vagas estacionamentos: Foram contempladas junto ao campus da universidade Arquitetura e Interiores: Paloma de Paula Lúcio Silva (Hospital de Clínicas De Uberlândia-UFU)Coordenação: Paloma de Paula Lúcio Silva (Hospital de Clínicas De Uberlândia-UFU)

Colaboradores: Equipe:Arquitetos: Paloma de Paula Lúcio Silva, Laura Alves dos Santos e Lucas Carvalho MunizEstagiárias: Gabriela Silva Garcia, Luciane Casassanta e Giovana Augusto Merli

Gerenciamento de licitação: Luiz Roberto Souza Vieira

Projetos:Ar-condicionado: Eng. Rodrigo Gonçalves dos SantosElétrico: Eng. Márcio Henrique BassiHidráulico: Crosara EngenhariaGases Medicinais: RT SoluçõesProjeto de fundações e contenções: SF engenharia Estrutura de concreto: SF engenharia Prevenção e Combate a Incêndio: Crosara Engenharia

Construção: IBEG Engenharia e Construções

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ESTRUTURA

Do concreto ao açoSolução de estruturas em aço proporciona rapidezna obra e qualidade em toda a infraestrutura

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Com término previs-to para março de 2014, a nova sede

administrativa da Unimed de Londrina se localiza-rá na zona sul da cidade, abrangendo uma área de 6.295 m². Além de um maior espaço e melhoria no ambiente de trabalho, a construção traz também opções inovadoras de co-berturas e estruturas em sua edificação. A grande aposta é trazer

soluções em aço para a in-fraestrutura, visto que são vários os benefícios que

esse material proporcio-na. “As edificações em aço para o segmento da saúde oferecem rapidez e obras limpas devido à baixa ge-ração de resíduos”, expli-cam Gustavo Berti e Carlos Vargas, Diretores da em-presa Berti Estrutural. Como se trata de obras

que demandam agilidade na construção e reforma, o uso de estruturas metá-licas convencionais e siste-mas de fechamentos “Light Steel Frame” possibilitam edificações altas, rápidas e seguras. neste sistema

o concreto da estrutura é substituído pelo aço galva-nizado e os fechamentos de alvenaria por chapas prontas para receber a pin-tura ou revestimento.Tudo isso para atender

o atributo central no de-senvolvimento do projeto arquitetônico, que é a fle-xibilidade. De acordo com o hospital, serão utilizadas divisórias para definir o espaço das diferentes áre-as da Cooperativa. Assim, quando for preciso reduzir ou aumentar os espaços individualmente, esta mu-

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dança pode ser feita sem dificuldades.O sistema Light Steel

Frame traz inúmeras van-tagens para toda a obra. Além da total flexibilida-de, a ferramenta é de fá-cil montagem, manuseio e transporte; proporciona alto desempenho térmico e acústico; diminui os cus-tos e o impacto ambiental, ainda possui extrema rapi-dez. “Estamos falando de obras em até 1/3 do tem-po convencional, com me-lhor desempenho térmico e acústico que as conven-cionais, baixa geração de resíduo e ecologicamente correto”, afirmam. Ainda de acordo com os

especialistas, a tecnologia Light Steel Frame é relati-vamente nova no mercado

brasileiro, entretanto muito comum na Europa e em pa-íses como os Estados Uni-dos, Japão e Chile, entre ou-tros. “Acreditamos que este sistema irá ganhar muita força nos próximos anos e, principalmente, se unirmos nossos conhecimentos em estruturas metálicas con-vencionais para criarmos edificações altas, com fe-chamentos e divisórias.”Por se tratar de uma nova

tecnologia, os diretores consideram que ainda há uma resistência em “mi-grar do conhecido cimen-to e tijolo para novos mo-delos em aço”. Entretanto, aos poucos os sistemas para construção em aço estão conquistando es-paço, principalmente no segmento da saúde. “É

questão de pouco tempo para que se torne comum este tipo de projeto. Gra-dativamente, substituire-mos os sistemas tradicio-nais por novos modelos em aço e revestimentos como Gesso Acartonado, Placas Cimentícias, enfim, sistemas rápidos, limpos, ecologicamente corretos e que resultarão em obras com qualidade superior das convencionais.”Para o novo projeto da

Unimed de Londrina fo-ram definidas, calculadas e detalhadas a fabrica-ção das peças a partir de quantitativos precisos e especificados. “Também criamos os projetos de montagem das estrutu-ras e a paginação e rela-ção de telhas e acessórios

ESTRUTURA

para a correta aplicação e vedação das coberturas”, explicam os diretores. Toda a criação apoiou-se em modernos softwares como o Tekla Structures para detalhamento 3D, e softwares de cálculo como Strap e Metalicas 3D – Cype.Vale ressaltar que o pro-

jeto da sede administrati-va da Unimed de Londrina não é o primeiro proje-to a recorrer às soluções em estrutura metálicas. A mesma alternativa já foi utilizada no Hospital do Rim, também em Londri-na, e outras clínicas de saúde, além de empreen-dimentos como shoppin-gs, residências de alto pa-drão, comércios e galpões industriais em geral.

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ExPAnSãO

Com um investimen-to de U$ 1,5 milhão, o Hospital 9 de Ju-

lho traz para seus usuá-rios uma nova e completa área de Hemodinâmica. Com isso, a arquitetura ficou encarregada de tra-zer conforto aos pacien-tes e modernidade para o ambiente abrigar a com-plexa tecnologia.De acordo com a arquite-

ta Carolina Sejtman, o pro-jeto baseou-se nas normas

Hospital inaugura área de procedimentos minimamenteinvasivos com a nova Hemodinâmica

A arquitetura de ponta

solicitadas pela RDC nº 50, considerando os fluxos dos pacientes e colabora-dores do hospital, junta-mente com as solicitações de médicos e enfermeiros responsáveis. “Há um cor-redor de acesso à área da Hemodinâmica de uso co-mum, onde o colaborador é levado instintivamente a seguir ao vestiário para que possa paramentar-se antes de entrar na sala de exames”, explica.

Trabalhando em con-junto com os projetos arquitetônicos, a Jortec Projetos e Construção Ci-vil atuou em toda a mon-tagem da área Hemodi-nâmica, trazendo uma completa infraestrutura, desde o forro, parte elé-trica, até piso e pintura. Segundo José Ribeiro, Di-

retor da empresa, o maior desafio da obra foi em encontrar medidas exatas que compatibilizassem os

Dr. João Batista Guimarães, Responsável pela Hemodinâmica do

Hospital 9 de Julho

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três tipos de estruturas utilizadas: metálica, alumí-nio e o forro. “Foram fei-tos diversos cálculos para encontrar a melhor solu-ção, uma vez que todos os materiais devem ser 100% compatíveis”, ressalta.O novo setor ganhou um

reboco especial contra ra-diação, denominado massa barita. O material é indi-cado para aplicações em blindagens de ambientes que utilizam equipamentos emissores de raios-x nas áreas médica, veterinária, odontológica, industrial e laboratórios de pesquisa.Isso porque há medidas

mínimas que devem ser seguidas no projeto arqui-tetônico para que o equi-pamento possa ser instala-do e funcione em perfeito estado. “Assim, os cálculos de projeto estrutural na sala de exames foram fei-tos em função do pé direi-to mínimo solicitado pelo fabricante do equipamen-to”, comenta a arquiteta.A obra também priorizou

manter o fluxo do hospi-tal e, para isso, a execu-ção do reforço estrutural foi feita em horários no-turnos e em finais de se-mana. Outro desafio da construção da nova área

“Foram feitos diversos cálculos para encontrar a melhor solução, uma vez que todos os materiais devem ser 100% compatíveis”

José Ribeiro, Diretor da Jortec

foi em atender a todas as normas e solicitações dos médicos em uma área restrita e pré-definida.A Jortec atua em todas

as áreas que envolvem reformas de um hospital como elétrica, hidráulica, civil, ar condicionado e gases medicinais. Há 15 anos atuando neste seg-mento, a empresa possui em seu portfólio atua-ções no Hospital Sama-ritano (SP), Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital Prevent Senior (SP), Hospital do Câncer (SP), Grupo Intermédica, dentre outros.

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ExPAnSãO

À luz da qualidade

Os novos leitos e áreas de circulação desenhados no projeto de expansão do Hospital 9 de Julho, do Grupo Amil, ganharam lu-minárias que respondes-sem às necessidades de cada setor. Desde quartos, corredores e elevadores, até complexas áreas como leitos de CTI foram insta-lados equipamentos de acordo com exigências es-tabelecidas.“As luminárias usadas

em um ambiente hospita-lar devem ser funcionais, mas ao mesmo tempo precisam ser uma peça de decoração. É importante

que o hospital seja acon-chegante, por isso a ilumi-nação é importantíssima nesse processo”, explica Francesco Marcier, Sócio da empresa Joana Marcier Iluminações.Aliar humanização, qua-

lidade e rentabilidade são pilares para a escolha dos materiais de ilumina-ção em centros de saúde. “Em ambientes hospita-lares exigem-se materiais de alta qualidade, pois os riscos de oxidação e vazamento, entre outros, devem ser minimizados”, explica Marcier.Outro quesito que deve

ser considerado na esco-lha das luminárias hospi-talares refere-se quanto à vedação, afinal tais equi-pamentos não podem se tornar vetores de sujeiras ou de outros elementos de contaminação. “Em vá-rios ambientes precisamos utilizar luminárias herme-ticamente vedadas para evitar o acúmulo de su-jeira, além de peças feitas com materiais que evitem a deterioração precoce.”Ainda de acordo com

Marcier, muitas das lu-minárias fornecidas para o Hospital 9 de Julho já constavam no portfó-

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lio da empresa. “Pode-se dizer que todas as lumi-nárias escolhidas são de alta qualidade e de gran-de harmonia. Percebemos que o Hospital 9 de Julho preocupou-se com todo o material utilizado.”Mesmo com toda essa

preocupação que a insti-tuição demonstrou na es-colha dos materiais, Mar-cier considera que poucos grupos hospitalares pos-suem tal consciência de qualidade. “Por diversas vezes já vimos luminárias de qualidade questionável serem preferidas aos de qualidade superior, cla-ramente por motivos de

redução de custos. Mas o mercado está evoluindo e já podemos observar uma postura diferente em al-guns aspectos. Acredito que, em parte, isso se deve ao crescimento de redes de hospitais, que primam pela qualidade como os da Amil, fazendo com que a concorrência tenha de elevar a qualidade nos materiais utilizados.”Essa não é a primeira

atuação da empresa em hospitais do Grupo Amil. “Participamos de ou-tros cases, fornecendo e criando algumas peças, sempre em parceria com o setor de projetos da

Amil e com os arquitetos e decoradores envolvi-dos”, explica Marcier. O vínculo com o Grupo

Amil começou em 2001, sendo o primeiro forne-cimento destinado para a sede do Laboratório Dr. Sérgio Franco, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Hoje, consta no portfó-lio a atuação no Hospital Vitória e Hospital Santa Paula, em São Paulo. Já no Estado do Rio de Janeiro, as atividades foram reali-zadas no Hospital São Lu-cas, Casa de Saúde Santa Lúcia, Hospital Samarita-no, Hospital das Clínicas de niterói, dentre outros.

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ExPAnSãO

Expansão à vistaCom a construção de três novas torres, o Hospital Sírio-Libanês busca duplicar sua capacidade de atendimento

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Health

O Hospital Sírio-Li-banês começou no ano de 2009 um

grande plano de expansão para aumentar sua capa-cidade de atendimento. Atualmente está em an-damento um projeto que duplicará seu suporte de demanda, com a constru-ção de três novas torres. Em uma área total de 74m² os prédios abrigarão novas unidades de tratamento, centro cirúrgico, alas espe-cializadas, além de 692 lei-tos. Além das novas áreas de internação, os prédios

receberão restaurantes, capela, banco de sangue, centros cirúrgicos, consul-tórios, unidades de tera-pia intensiva, laboratórios e áreas técnicas e admi-nistrativas. A construção está sendo realizada com o hospital em normal fun-cionamento seguindo di-retrizes pré-estabelecidas de responsabilidade am-biental e social.na obra, a preocupação

com a sustentabilidade e o meio ambiente estão sem-pre presentes. Por isso, o empreendimento tem a cer-

tificação Leadership in Ener-gy and Environmental De-sign (LEED), concedida pela organização não governa-mental norte-americana U.S. Green Building Coun-cil. A preocupação com o bem-estar dos pacientes também está em pauta e, levando-se em conta que a sensação de bem-estar é um fator positivo para a re-cuperação, as suítes serão mais amplas, com luz natu-ral abundante e com deco-ração acolhedora. A previ-são de entrega das torres é para julho de 2014.

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ExPAnSãO

HoSPITAl SíRIo-lIBANÊS: AMPlIAção REquER GERENCIAMENTo DE quAlIDADE PARA BoM RESulTADoA expansão do Hospital

Sírio-Libanês, na qual se-rão construídas três novas torres, compreende uma área total de 74 mil m². O grande porte da ampliação requereu a contratação de uma empresa de enge-nharia especializada, para, além de executar parte do trabalho, gerenciar os ser-viços deixados a cargo de outras prestadoras. A eleita para gerir a obra foi a MHA Engenharia, pois além de trabalhar com segmentos distintos como projeto de instalação hidráulica, elé-trica, mecânica, de incên-dio, gases medicinais e

ventilação, tem um vínculo antigo com o hospital. Em 1986 foram eles os

responsáveis pelo projeto do Bloco C, além de outros realizados internamente ao longo dos anos, como por exemplo, o Bloco D, onde foi implantado um centro de ensino. “Esse projeto atual vem de uma sequên-cia de trabalhos de muito tempo, e sempre tentamos atendê-los da melhor for-ma, com projetos de alta qualidade e atendimento de prazos”, garante Edison Domingues, Diretor Execu-tivo da empresa e respon-sável pelo projeto.

O conceito inicial, norte-ador da ampliação, é o de que, com esses três novos blocos, o hospital esgo-taria a área de utilização do complexo. Por isso, as novas instalações precisa-riam ser feitas de forma a permitir no futuro a maior flexibilidade possível para novas soluções técnicas e/ou de atendimentos à saúde, alterações, revisões de layout, modificações e inserção de outras tecno-logias com equipamen-tos mais modernos. “Tem toda a convergência de um aprendizado, e hoje a gente busca levar para as

torres o que existe de mais atualizado e moderno na área da assistência à saú-de”, afirma Rodrigo Ma-cedo, Superintendente de Engenharia e Logística da casa de saúde.Os blocos E e F serão

construídos em estrutura metálica e incluirão área de exposições e central de internação, ampliação do setor administrativo, 34 leitos na UTI cardiológica, núcleo de especialidades (endoscopia, colonosco-pia, oftalmologia, entre outras), 14 salas no Centro Cirúrgico, 90 leitos na UCC e UCG, nove pavimentos

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de internação, restaurantes e capela. Já o Bloco G, que será estruturado em con-creto, terá docas para rece-bimento de consignados, espaço do colaborador com academia e lan house, área de segurança do tra-balho, refeitório para mais de 300 pessoas, CME, mais 12 leitos de UTI cardiológi-ca, centro de reabilitação com ginásio e piscina, la-boratórios e internação.As novas torres também

terão pavimentos técnicos, áreas de apoio, coberturas, barriletes, casas de máqui-nas e outro heliponto. O Bloco E terá 19 pavimentos, o F, 14, e o G, 17. Os blocos existentes não serão modi-

ficados, apenas haverá, em alguns pontos específicos, ligações entre as áreas no-vas e as existentes. “Todos os prédios irão se comuni-car. Isso acarreta a neces-sidade de obras nesses se-tores de interligações para adaptação dos ambientes”, explica Fernando Marques, Diretor Adjunto da área de gerenciamento da empre-sa de engenharia.O projeto de ampliação

do Sírio-Libanês foi con-cebido desde seu início com uma orientação clara em relação à contingên-cia: como o dia a dia de uma instituição desse tipo é preservar vidas, a rotina não pode sofrer grandes

alterações devido a que-bras ou paradas no forne-cimento de utilidades (ar condicionado, gás, água ou eletricidade). É preciso que haja uma contingên-cia para problemas nos equipamentos.Um dos pontos trabalha-

dos no projeto foi reade-quar as soluções previstas, originalmente projetadas para atender eventuais pro-blemas de falhas através de sistemas redundantes. Os riscos de falhas foram

classificados tanto pela possibilidade de ocorrên-cia quanto pelo impacto causado pela mesma. Des-sa forma os sistemas mais críticos continuaram com

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EMPREENDIMENTo SuSTENTÁVEl

Eficiência energéticaPara um prédio ser sustentável, ele precisa ter 10% a mais de eficiência ener-

gética na comparação com outro virtual padrão simulado pelo Green Building Council. Para chegar a essa eficiência, as novas torres do Hospital Sírio-Libanês terão – além de equipamentos que consomem menos energia – uma quanti-dade significativa de vidros para permitir a refletividade da luz solar em relação ao ambiente.Economia de águaUma série de recursos será utilizada nessa área, como a água de reuso. Essa

água, proveniente de lavatórios, chuveiros e pias, será reutilizada nos sistemas de ar condicionado, de irrigação e de bacias.

Parte elétricaPara evitar que uma pane na concessionária de energia deixe o hospital no

escuro, uma usina de geração foi criada para suprir eventuais faltas. Essa usina consiste na composição de 100% da energia necessária no Sírio através de geradores – nesse caso, de quatro geradores a diesel de cerca de quatro me-gawatts cada um. Além de poder assumir o fornecimento de energia para o hospital no caso de um blecaute, a usina assume o papel da concessionária nos horários de pico, quando a tarifa é mais cara.

Ar condicionadoO ar externo de renovação é muitas vezes quente e úmido, por isso não é lan-

çado diretamente nos ambientes. Condicionadores de ar dedicados resfriam e umidificam o ar externo, o que permite a otimização no controle da qualidade do ar interno. Por outro lado, como o ar já vem seco, isso diminui a quantidade de água condensada nos condicionadores de ar de cada ambiente, reduzindo o risco de formação de fungos e algas nas bandejas dos aparelhos.

Bombas de calorO sistema de fornecimento de água quente com bombas de calor tem uma

eficiência maior do que a de um sistema a gás e muito maior que a de um sis-tema elétrico. O sistema foi utilizado para o ar condicionado (reaquecimento no modo de desumidificação) e para o fornecimento de água quente de consumo.

Telemática e automaçãoTodos os projetos foram desenvolvidos para que a automação possa não ape-

nas monitorar, mas controlar os sistemas e as demandas por energia. A cada hora de mudança na carga térmica e condições de luz, o sistema de automação permite que o prédio se valha dessa tecnologia para atender às necessidades específicas dos horários. Por isso, as novas torres trabalharão sempre com a melhor condição de eficiência energética.

equipamentos e dispo-sitivos redundantes (por exemplo: Ar condicionado para nobreaks ou gases medicinais para UTI). Em outros sistemas, como dis-tribuição de água gelada nas áreas de conforto, a rede hidráulica foi simplifi-cada em função do peque-no impacto de eventuais vazamentos.“O hospital continua ten-

do tecnologia de ponta, bem como muitos recursos de contingência, porém ajustado ao grau de risco de sua ocorrência, valori-zando o investimento em relação a concepção ini-cial do projeto em 2008”, comenta Raymond Khoe, Diretor Adjunto de Gestão da empresa.Outro desafio dizia res-

peito à altura das torres – o local onde o hospital está implantado não per-mite uma expansão hori-zontal, somente vertical, o que tornou necessário um sistema de controle de fu-maça acoplado ao sistema de ar condicionado. Adi-cionalmente, o projeto foi concebido para que a am-pliação receba a certifica-ção LEED, concedida pelo US Green Building Council. – “A ampliação do Sírio foi um dos maiores desafios em projetos hospitalares que a MHA já realizou”, complementa Raymond.

ExPAnSãO

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o SEGREDo DAS SAlAS lIMPAS

Garantir um ambiente livre de contaminação, propor-cionando um cenário esté-ril, ideal para manuseio de produtos complexos. Estas são algumas das caracterís-ticas das Salas Limpas. Elas compõem o espaço ade-quado para centros cirúr-gicos e outros locais onde o controle da contamina-ção é primordial, como por exemplo, nas indústrias ali-mentícias, de eletro eletrô-nicos e farmacêuticas.As Salas Limpas são cons-

tituídas com materiais que não geram partículas e são

facilmente higienizadas. Entre os principais desafios para a montagem de uma sala deste modelo, encon-tra-se a parte dos dutos de ar, que devem ser construí-dos sob cuidados especiais, de modo que nunca preci-sem ser abertos para lim-peza. Para isso, devem ser seguidas normas e exigên-cias de qualidade quanto à fabricação e instalação. Uma vez o duto fabricado

dentro dos critérios técni-cos, é necessário a higie-nização do mesmo, e por fim o fechamento das bo-

cas com um filme plástico para evitar a contaminação no transporte e na própria obra. A remoção do filme é feita somente no momen-to da montagem, e sempre do lado que será conecta-do a outro duto, ficando sempre uma boca do duto fechada até a conexão de outra peça. O duto fabri-cado com esses cuidados atenderá às normas e aju-dará a garantir que o ar com a qualidade desejada chegue até a Sala Limpa.Grandes instituições, de

referência de todo o mun-

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ExPAnSãOdo, entendem a necessida-de de trabalhar conforme as especificações técnicas que exigem as Salas Lim-pas e por isso buscam em-presas parceiras capazes de oferecer esse tipo de qualidade para as obras. Um grande exemplo é o Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, que possui este modelo higiênico na estrutura da edificação.De acordo com Ariane

Carreira, Supervisora de Co-municação e Marketing da Powermatic Dutos e Aces-sórios, a procura por este serviço atualmente tem sido alta. “O mercado está aque-

cido e isso reflete direta-mente na nossa produção. Prova disso são as cons-tantes ampliações de nossa área fabril e abertura de fi-liais no território nacional.”Quanto aos diferenciais das

tubulações de ar condicio-nado, a supervisora assegura que a empresa sempre tra-balhou dentro das normas e se atenta às mudanças do mercado. “Estamos sempre em expansão, seja física ou de conhecimento, para aprimorar e oferecer pro-dutos cada vez melhores. Primamos pelo atendimen-to e a solução do problema que muitas vezes os clien-

tes nos confiam”, afirma.

uso na obraPara a montagem dos sis-

temas de ar condicionado, o mercado brasileiro conta com empresas que pos-suem dutos retangulares TDC ou com sistema Power-matic de flangeamento com perfil, canto e grampo em aço galvanizado, inox e alu-mínio. na arquitetura para áreas comuns, não é raro o uso dos Dutos Circulares Espirais, pois sua forma difi-culta o acúmulo de resíduos em suas paredes, além da harmonia que ele propor-ciona ao ambiente.

“Estamos sempre em expansão, seja física ou de conhecimento para aprimorar e oferecer produtos cada vez melhores”

Ariane Carreira, Supervisora de Comunicação e Marketing da Powermatic Dutos e Acessórios

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