Healthers Ed.02
description
Transcript of Healthers Ed.02
Pensando fora da caixa
Investir e inovar emvendas pode gerarbons resultados para
uma organização
Prevenção Todos podem ganhar com a gestão de saúde populacional
www.healthers.com.br
Ano 1 | Número 2 Junho de 2013
R$ 29,90
Dinheirono bolsoPolíticas de remuneraçãopodem ser mais e� ciente na horade incentivar equipes
cboardApaixonados pela Saúde
Denise SantosO desa� o é garantir o futuro do hospitalnovas estratégias
para aproximaro cliente
OLHO NO PACIENTE
InvestimentoComo é a captação derecursos de seu hospital?
Novostempos
O que mudouno papel
do CIO desaúde?
Pensando fora da caixa
Investir e inovar emvendas pode gerarbons resultados para
uma organização
Prevenção Todos podem ganhar com a gestão de saúde populacional
www.healthers.com.br
Ano 1 | Número 2 Junho de 2013
R$ 29,90
Dinheirono bolsoPolíticas de remuneraçãopodem ser mais e� ciente na horade incentivar equipes
cboardApaixonados pela Saúde
Denise SantosO desa� o é garantir o futuro do hospitalnovas estratégias
para aproximaro clientepara aproximaro clientepara aproximar
OLHO NO PACIENTE
InvestimentoComo é a captação derecursos de seu hospital?
Novostempos
O que mudouno papel
do CIO desaúde?
HEALTHERS_02 1 08/07/13 00:12
GESTÃO E TECNOLOGIA EM SAÚDE.
A Convergence Saúde desenvolve há mais de 10 anos soluções de gestão e tecnologia para Hospitais, Planos de Saúde, Cooperativas Médicas, Medicina Preventiva, Seguradoras e demais instituições do segmento, tanto públicas quanto privadas. Nosso portfólio permite oferecer serviços personalizados para as mais diferentes demandas. Venha conhecer como temos ajudado inúmeras organizações da Saúde a se aprimorarem frente aos desafios cotidianos e de longo prazo. Você vai se surpreender!
ESTE É O NOSSO NEGÓCIO.
www.convergencesaude.com.br
Planejamento Estratégico em Saúde
Formulação da Estratégia
Planejamento Orçamentário
Consultoria em Gestão Hospitalar
Diagnóstico Organizacional
Mapeamento e Otimização de Processos
Lean Healthcare
Inteligência Analítica em Saúde
Consultoria Atuarial
Regulamentação e apoio às demandas da ANS
“Hospital sem Papel”
Certificação Digital
Gestão de Mudanças Organizacionais
Seleção de Soluções de Mercado
Tecnologia da Informação em Saúde
Governança de TI
Gestão de Projetos
Desenvolvimento Específico de Soluções
Normas administrativas e operacionais
Certificações de Qualidade (ISO, ONA, Joint Commission, Niaho).
anuncio_healthers_2.indd 1 26/06/13 18:47HEALTHERS_02 2 08/07/13 00:12
GESTÃO E TECNOLOGIA EM SAÚDE.
A Convergence Saúde desenvolve há mais de 10 anos soluções de gestão e tecnologia para Hospitais, Planos de Saúde, Cooperativas Médicas, Medicina Preventiva, Seguradoras e demais instituições do segmento, tanto públicas quanto privadas. Nosso portfólio permite oferecer serviços personalizados para as mais diferentes demandas. Venha conhecer como temos ajudado inúmeras organizações da Saúde a se aprimorarem frente aos desafios cotidianos e de longo prazo. Você vai se surpreender!
ESTE É O NOSSO NEGÓCIO.
www.convergencesaude.com.br
Planejamento Estratégico em Saúde
Formulação da Estratégia
Planejamento Orçamentário
Consultoria em Gestão Hospitalar
Diagnóstico Organizacional
Mapeamento e Otimização de Processos
Lean Healthcare
Inteligência Analítica em Saúde
Consultoria Atuarial
Regulamentação e apoio às demandas da ANS
“Hospital sem Papel”
Certificação Digital
Gestão de Mudanças Organizacionais
Seleção de Soluções de Mercado
Tecnologia da Informação em Saúde
Governança de TI
Gestão de Projetos
Desenvolvimento Específico de Soluções
Normas administrativas e operacionais
Certificações de Qualidade (ISO, ONA, Joint Commission, Niaho).
anuncio_healthers_2.indd 1 26/06/13 18:47HEALTHERS_02 3 08/07/13 00:12
HEALTHERS_02 4 08/07/13 00:12
HEALTHERS_02 5 08/07/13 00:12
www.mc1.com.br / 11 3509 1300
A MC1 é uma multinacional brasileira, com foco em processos de negócios, utiliza a mobilidade como principal plataforma tecnológica. Líder na América do Sul, com escritórios no Brasil, EUA, Venezuela e Argentina, vem sendo selecionada pelas empresas líderes em seus segmentos, como principal parceira para implementação e execução das estratégias de mobilidade corporativa.
Parceiros estratégicos
FAZEMOS COMO NINGUÉM FAZ NA ÁREA DE SAÚDE
SOLUÇÕESCOMPLETAS
IndústriaFarmacêutica Hospitais
Análises Clínicas
Operadoras de SaúdeVisitação Médica
- Tablet Android e iPad- Integração com CRM- Medição da Eficiência
SAC 2.0- Identificar causa raiz do problema- Integrado às redes sociais- Ativo e Receptivo
Gestão demanutenção
- Preventiva e Corretiva - Autorizar pagamentos- Gestão de contratos de terceiros
Triagem
SAC 2.0- Identificar causa raiz do problema- Integrado às redes sociais- Ativo e Receptivo
Gestão demanutenção
- Preventiva e Corretiva - Autorizar pagamentos- Gestão de contratos de terceiros
GESTÃO DE MANUTENÇÃO
Criar cronogramas e atividades para manutenção preventiva e corretiva nunca foi tão fácil com retorno tão efi ciente!
O OneServices é a melhor ferramenta para gerenciar o processo de manutenção, desde a abertura de solicitações de serviços e ativação dos responsáveis pela execução (internos ou terceiros), até a gestão dos contratos com redução nos pagamentos dos terceiros.
VISITAÇÃO MÉDICA
Depois de investir em processos de CRM, tablets para as equipes de propagandistas e um portfólio digitalizado, chegou a ferramenta que consiga fazer tudo isso e muito mais.
InterAction é a solução em tablet, integrada aos sistemas CRM de sua empresa que leva à sua equipe a orientação quanto à melhor forma de apresentar um produto de acordo com o perfi l e especialidade do profi ssional de saúde.
É possível registrar o perfi l, integrar com a rede social corporativa, treinamentos virtuais de qualquer local e hora, obter a participação do profi ssional de saúde em eventos, entre outros recursos estratégicos.
SAC 2.0
O SAC não é mais um sistema apenas para reclamações e espera!
Com a solução oneCenter, o SAC de sua empresa passará a contar com inovações tecnológicas como: mapear redes sociais pra encontrar problemas ainda não identifi cados nos processos convencionais de Call-Center.
No atendimento a um cliente é possível identifi car nesta chamada as causas prováveis do descontentamento de seu cliente e como ajudá-lo o mais rápido possível a fi m de mantê-lo fi delizado.
A plataforma oneCenter é composta por tecnologia, software e pessoas, totalmente adequados às normas da ANS e ANVISA.
Todas as soluções podem ser contratadas para uso em suas instalações ou utilizadas diretamente na cloud-computing MC1, parceira Amazon AWS.
CONHEÇA MAIS ENTRE EM CONTATO
Anúncio - MC1.indd 1 10/05/13 15:31HEALTHERS_02 6 08/07/13 00:12
www.mc1.com.br / 11 3509 1300
A MC1 é uma multinacional brasileira, com foco em processos de negócios, utiliza a mobilidade como principal plataforma tecnológica. Líder na América do Sul, com escritórios no Brasil, EUA, Venezuela e Argentina, vem sendo selecionada pelas empresas líderes em seus segmentos, como principal parceira para implementação e execução das estratégias de mobilidade corporativa.
Parceiros estratégicos
FAZEMOS COMO NINGUÉM FAZ NA ÁREA DE SAÚDE
SOLUÇÕESCOMPLETAS
IndústriaFarmacêutica Hospitais
Análises Clínicas
Operadoras de SaúdeVisitação Médica
- Tablet Android e iPad- Integração com CRM- Medição da Eficiência
SAC 2.0- Identificar causa raiz do problema- Integrado às redes sociais- Ativo e Receptivo
Gestão demanutenção
- Preventiva e Corretiva - Autorizar pagamentos- Gestão de contratos de terceiros
Triagem
SAC 2.0- Identificar causa raiz do problema- Integrado às redes sociais- Ativo e Receptivo
Gestão demanutenção
- Preventiva e Corretiva - Autorizar pagamentos- Gestão de contratos de terceiros
GESTÃO DE MANUTENÇÃO
Criar cronogramas e atividades para manutenção preventiva e corretiva nunca foi tão fácil com retorno tão efi ciente!
O OneServices é a melhor ferramenta para gerenciar o processo de manutenção, desde a abertura de solicitações de serviços e ativação dos responsáveis pela execução (internos ou terceiros), até a gestão dos contratos com redução nos pagamentos dos terceiros.
VISITAÇÃO MÉDICA
Depois de investir em processos de CRM, tablets para as equipes de propagandistas e um portfólio digitalizado, chegou a ferramenta que consiga fazer tudo isso e muito mais.
InterAction é a solução em tablet, integrada aos sistemas CRM de sua empresa que leva à sua equipe a orientação quanto à melhor forma de apresentar um produto de acordo com o perfi l e especialidade do profi ssional de saúde.
É possível registrar o perfi l, integrar com a rede social corporativa, treinamentos virtuais de qualquer local e hora, obter a participação do profi ssional de saúde em eventos, entre outros recursos estratégicos.
SAC 2.0
O SAC não é mais um sistema apenas para reclamações e espera!
Com a solução oneCenter, o SAC de sua empresa passará a contar com inovações tecnológicas como: mapear redes sociais pra encontrar problemas ainda não identifi cados nos processos convencionais de Call-Center.
No atendimento a um cliente é possível identifi car nesta chamada as causas prováveis do descontentamento de seu cliente e como ajudá-lo o mais rápido possível a fi m de mantê-lo fi delizado.
A plataforma oneCenter é composta por tecnologia, software e pessoas, totalmente adequados às normas da ANS e ANVISA.
Todas as soluções podem ser contratadas para uso em suas instalações ou utilizadas diretamente na cloud-computing MC1, parceira Amazon AWS.
CONHEÇA MAIS ENTRE EM CONTATO
Anúncio - MC1.indd 1 10/05/13 15:31HEALTHERS_02 7 08/07/13 00:12
NESTA EDIÇÃO
26 Gestão Onde você pretende estar em 2020?
34 Finanças Administração do caixa em hospitais, contexto e desa� os
40 Marketing Geomarketing: Um aliado na estratégia e no aumento de receita e margem
46 Compras Humanização em saúde: diferencial de marca?
52 TI O que a computação em nuvem deveria oferecer
64 Insight Entre novos e usados
66 Vendas Vender é a artede in� uenciar
16NEGÓCIOS
Gestão e� cazNovo modelo de gestão traz vantagens para o setor
FINANÇAS
Em busca de investimentosInvestimentos e captação de recursos são necessários para um bom desempenho do setor
MARKETING
Mudar para ganharDiferentes tipos de estratégias para se destacar no mercado de saúde
VENDAS
Pensando fora da caixaInvestir e inovar em vendas pode gerar bons resultados para uma organização
TI EM SAÚDE
O novo papel do CIOQual o papel dos gestores de tecnologia no sistema de saúde?
COMPRAS
Bons negóciosInstituições buscam garantir um negócio ágil e lucrativo, sem perder a qualidade
RH
Dinheiro no bolsoPara obter um resultado satisfatório, modelos de distribuição e pacotes de remuneração são oferecidos à entidades
OPINIÃO
28
36
42
48
54
58
Denise SantosA nova CEO da Bene� cência Portuguesa de São Paulo fala sobre sua carreira e expectativas frente a um dos maiores hospitais da América Latina
20
NESTA EDIÇÃONESTA EDIÇÃO
16
28
36
42
Denise SantosA nova CEO da Bene� cência Portuguesa de São Paulo fala sobre sua carreira e expectativas frente a um dos maiores hospitais da América Latina
20
ERRAMOS
Na edição anterior, as aspas contidas na legenda da foto, na página 46, pertencem ao consultor Paulo Celso, e não a Claudio Collantonio como mencionamos. Nas páginas 74 e 75, as fotos publicadas correspondem à sala de conforto médico do Hospital Santa Cruz e a Leonel Fernandes, superintendente do hospital.
HEALTHERS_02 8 08/07/13 00:12
HEALTHERS_02 9 08/07/13 00:12
Pensar diferente não é apenas entender o que seu cliente quer e correr para atender
essa demanda. Pensar diferente, é olhar muito além do horizonte para encontrar
soluções, e novas práticas, em lugares onde não imaginávamos que estariam.
Um executivo do setor de saúde não precisa se restringir a cases e práticas de out-
ras instituições da área, sejam elas nacionais ou internacionais. Às vezes, as respostas
estão muito além, em outros setores da economia.
É cada vez mais comum, encontrarmos hospitais e laboratórios adotando práticas
de segurança em TI que já são comuns ao mercado fi nanceiro, ou processos comuns
na indústria automotiva. Essa é uma prova de que, na saúde, não é preciso complicar
e reinventar a roda, mas sim adaptar o que já existe para o setor, com o objetivo de
desenvolve-lo e equilibrar a relação custo versus qualidade assistencial.
Apresentar estas ações e provar que é possível importar uma tecnologia ou boa
prática à saúde é uma das missões da Healthers. Como já mencionei no editorial pas-
sado, “Somos apaixonados pela saúde”, e por isso, faremos o possível para fornecer
ferramentas adequadas para que o executivo de saúde possa pensar diferente.
Na primeira quinzena de maio, a Blumberg, divulgou um de seus indicadores que
apontou a indústria de saúde como o setor com melhor desempenho nos primeiros
quarto meses de 2013.
Essa performance, só foi atingida por que o segmento está em franca expansão no
mundo e seus líderes, sejam eles médicos ou administradores acreditam que, desen-
volver o setor não é apenas lançar novas tecnologias ou vender equipamentos. Mas
sim, pensar em novas práticas, modelos de gestão e negócios onde todos os players
do mercado ganhem.
Guilherme BatimarchiEDITOR
Pensando diferente
Guilherme Batimarchi
EDITORIAL
10 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 10 08/07/13 00:12
11JUNHO DE 2013
Publisher Alberto Leite | [email protected]
Editor Guilherme Batimarchi | [email protected]
Repórter Gabrielle Rocha | [email protected] Gilberto Pavoni Junior | [email protected] Claudia Rocco | [email protected] Ilustração Rick Zafala | [email protected]
Comercial Leandro Premolli | [email protected] Adriana Ferreira | [email protected]
Arte Flávio Della Torre
Fotografia Danilo Ramos Ricardo Benichio
Operações e Marketing Pedro de Assumpção Venturini | [email protected] Ana Paula Savordelli | [email protected]
Administrativo e Financeiro Juliana Higa | [email protected]
Conselho Editorial Claudio Tonello Carlos Marsal Erickson Blun Marília Ehl Barbosa
HEALTHERS é uma revista direcionada aos executivos do setor de saúde brasileiro, cujo objetivo é compartilhar conhecimento técnico e prático para comunidades de marketing, TI em saúde, RH, Compra, Venda, Finanças e CEOs. A publicação traz, também, conteúdo acadêmico e artigos escritos por especialistas, além de cases internacionais.As informações contidas nas mensagens publicitárias publicadas pela revista são de exclusiva responsabilidade das empresas anunciantes. Os artigos assinados são responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião dos editores da revista.Todo o conteúdo da HEALTHERS, revista e portal, é de livre reprodução, sendo necessária a citação da fonte, conforme legislação de direitos autorais.Marketing e Audiência Saiba como promover e valorizar sua marca, seus produtos ou serviços na HEALTHRES | revista e portal.Solicite nosso Mídia Kit pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone: (11) 4327-7061Editorial: Para falar com a redação da HEALTHERS ligue: (11)4327-7007 ou envie suas notícias para [email protected] Newsletter: Para receber assine nossa Newsletter no endereço: www. healthers.com.brPublicidade: Para anunciar na revista, no portal HEALTHERS, ou discutir uma estratégia de comunicação para aumentar as vendas de seu produtoou serviço, ligue para (11) 4327-7061 ou [email protected].
Distribuição Nacional Impressão: Ibep
HEALTHERS/CBOARD - Apaixonados pela Saúde. Rua Helena, 280 | 04552-050 | Vila olímpia - São Paulo/SP Tel: 55 (11) 4327-7061 www.healthers.com.br
HEALTHERS_02 11 08/07/13 00:12
HEALTHERS – Entre 2009 e 2011 você foi
diretora do Hospital São Luiz, antes da
compra pela Rede D ‘Or. Quais foram
os maiores aprendizados à frente da
instituição?
DENISE SANTOS – Fui CEO do São Luiz durante
dois anos e meio. O hospital foi um marco
importante em minha carreira pois foi por meio
dele que tive o privilégio de pisar pela primeira vez
na área da saúde. Mais do que isso, ele permitiu
fazer uma migração de negócios que eu conduzia
em formato B2B e B2C para a prestação de
serviços. Então do ponto de vista de vivência, foi
fantástica em termos de experiência, e segundo por
que marcou uma transição importante em minha
carreira, onde, antes, eu atuava em fábrica, varejo
e fui para serviço que está consumindo o produto
naquele exato momento, seja ele o paciente, médico
ou a fonte pagadora.
Do ponto de vista profissional, Atuar na indústria
e no varejo contribuíram para a geração de valor
do outro lado, no São Luiz, que é ter processos
mais organizados, poder aplicar aquilo que aprendi
em multinacionais, Taylor made, mas de forma
um pouco mais estruturada. Talvez o segmento
da saúde ainda tem muitas oportunidades para
amadurecimento.
H – Quais competências você considera
necessária para um líder no setor de saúde?
DS – A liderança, ainda mais no segmento da
saúde, tem que ser, e eu cobro isso muito dos que me
rodeiam, um extenso ato de solidariedade. É preciso
se preocupar com o outro, é preciso ter proximidade.
Essa proximidade é muito mais do que apenas hands
on, é saber identificar naquele momento o que está
afetando a pessoa ao seu lado. É viver plenamente
essa questão das relações. Não acredito que isso
seja exclusivamente no setor de saúde. Apesar de
ouvirmos discursos maravilhosos quando se fala em
Eu vim para a Beneficência Portuguesa para fazer
parte da história dessa instituição que possui mais
de 150 anos
De olho no paciente e no futuro
DENISE DOS SANTOS, CEO da Beneficência Portuguesa, conversou com a Healthers sobre sua carreira, suas expectativas e desafios à frente de um dos maiores hospitais do País e da América Latina.
Por Guilherme [email protected]
ENTREVISTA
12 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 12 08/07/13 00:12
Acompanhe este e outros conteúdos emwww.healthers.com.br
13JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 13 08/07/13 00:12
liderança nas empresas, porém, a aplicação disso não
é tão simples.
H – Após sua saída da Rede D’Or você ficou
um ano atuando em outros segmentos do
mercado. Quais experiências e práticas você
pode trazer para o setor de saúde?
DS – Antes de ir para a Rede D’Or, passei 17 anos
na Siemens e outros dois anos em outras empresas.
Podemos dizer que minha experiência é maior fora
desse setor de saúde. Porém, há uma coisa que não
muda nesse segmento, e em lugar nenhum, que é o
tratamento ao público.
Cada vez que passamos por experiências
diferentes, temos que aprimorar esta prática,
que é muito relevante. Quando saí do São Luiz,
durante minha transição de carreira atuei em
outro setor na área de prestação de serviços
gerindo uma empresa com quase 14mil pessoas.
Então essa parte de ligar com pessoas é muito
importante e irá agregar muito em minhas
funções aqui no hospital.
Também nesse período trabalhei na RBS, na área
de planejamento estratégico, que nessa área de
saúde é vital, e na Beneficência Portuguesa é muito
bem estruturado.
Na área da saúde, temos muito em mente aquela
prática imediatista, da cura, e pensar em longo prazo
não é muito natural mas que encontrei aqui na
instituição, que é vital para a sustentabilidade.
Não podemos tratar a saúde exclusivamente vendo
apenas o lado da saúde, mas também precisamos
voltar nossos olhares para a área de investimentos.
Nós aqui no hospital, nos últimos dois anos
investimos cerca de R$160milhões em parque
tecnológico e infraestrutura.
H – Quais suas expectativas em relação ao
novo cargo a frente da BP?
DS – Eu vim para a Beneficência Portuguesa para
fazer parte da história dessa instituição que possui
mais de 150 anos. Dentro de um pensamento de
longo prazo, entendemos que, não só a renovação de
parque tecnológico, e infraestrutura, nós deveríamos
ter também uma renovação no planejamento
estratégico da empresa com foco na perenidade da
instituição, basicamente olhando o futuro.
Por esse motivo, a Beneficência, de dois anos para cá,
vem trabalhando essa questão da profissionalização da
gestão e contratando executivos importantes no mercado.
Nesse último ano, o Hospital trouxe uma equipe de seis
novos executivos com o objetivo de garantir essa cultura
de investimentos e planejamento de longo prazo.
H – Quais os desafios a se enfrentar?
DS – Do ponto de vista prático, tenho um
importante plano diretor que deve ser cumprido
até 2015. Esse plano consiste na entrega do novo
centro cirúrgico, com cerca de 40 salas, que já está
70% concluído, hemodinâmica, banco de sangue,
pronto socorro, que já foi entregue. Além disso,
temos ainda a reforma das áreas de internação e a
reforma externa do hospital onde criaremos entradas
exclusivas para SUS e convênios.
H – Como é administrar um dos maiores
hospitais da América Latina?
DS – São instituições muito diferentes. Aqui, somos
um hospital com 1200 leitos, 7mil colaboradores e
2mil médicos. Esse é outro grande desafio, só o fluxo
de pessoas aqui é tão enorme, e não podemos perder
a mão, caso contrário as coisas podem desandar.
Além de um grande desafio, será divertidíssimo
ENTREVISTA
14 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 14 08/07/13 00:12
“A liderança, no segmento da
saúde, tem que ser, um extenso
ato de solidariedade”
administrar uma entidade desse porte,
pois diariamente temos desafios novos,
seja com o público atendido, seja para
continuar consolidando a Beneficência
Portuguesa como hospital de referencia
no Brasil e na América Latina.
H – Além de você, outros
executivos também foram
anunciados para o hospital,
e foram criadas duas novas
superintendências. Isso
aponta uma mudança na
estratégia da instituição?
DS – Sempre que uma empresa,
seja ela da saúde ou de outro setor faz
uma mudança como esta, significa que
haverão sim mudanças nas estratégias.
Essas mudanças, principalmente no
corpo diretivo, sempre geram impactos.
Nós esperamos, que aqui, estes
impactos sejam positivos. Também
foram criadas novas superintendências
na organização que consideramos
importantes dentro da complexidade
que temos na instituição. Por
exemplo, nós não tínhamos uma
superintendência de TI, e trabalhar
com sistemas de informação é algo vital
dentro de um hospital.
Outra superintendência que criamos
foi a de hotelaria hospitalar, pois
entendemos que esse setor também
faz parte de uma excelência no
atendimento que oferecemos.
15JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 15 08/07/13 00:12
Gerenciar a saúde de um terminado grupo de
pessoas, seja dentro de uma empresa ou fora
dela, parece uma ação óbvia e comum para gestores
de saúde e companhias que atuam dentro do segmen-
to. Porém, a realidade não é exatamente essa.
Ao contrário dos Estados Unidos, onde o concei-
to de Gestão de Saúde Populacional (GSP) vem sendo
desenvolvido, e aplicado, há cerca de dez anos, o Bra-
sil ainda engatinha nesse sentido. Porém, associações
como a Aliança para a Saúde Populacional (Asap)
surgem para consolidar essa cultura nas organizações
e desenvolver, cada vez mais, este conceito no País.
De acordo com o vice-presidente da Asap, Fábio
de Souza Abreu, um dos objetivos da entidade é tra-
zer o conceito para o Brasil e adaptá-lo ao mercado
nacional e as necessidades dos gestores de saúde. “En-
xergamos que a gestão da saúde populacional é uma
necessidade que existe, tanto nos planos de saúde,
quanto nas empresas e outras organizações que lidam
com uma grande quantidade de pessoas.”
A principal meta da GSP é conscientizar o gestor
das organizações privadas de que elas têm que assu-
mir a responsabilidade pela saúde das pessoas, e não
apenas contratar serviços como planos de saúde para
atender as necessidades que possam surgir.
O executivo ressalta que este processo começa
com a identificação do perfil de saúde de uma deter-
minada população – nesse caso, os funcionários de
uma empresa – estratificando em grupos o risco e
oferecendo programas de intervenção para adequar
os perfis de saúde. Caso o grupo identificado já pos-
sua alguma enfermidade, como doenças crônicas, por
exemplo, o trabalho dos gestores é manter a doença
sob controle e proporcionar a melhor qualidade de
Garantir acesso à assistência médica não é o suficiente para manter uma boa gestão de
saúde. É preciso avaliar riscos, analisar perfis e determinar estratégias de intervenção
Por Guilherme Batimarchi e Gabrielle [email protected] - [email protected]
Uma gestão onde todos
ganham
NEGÓCIOS
16 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 16 08/07/13 00:12
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
17JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 17 08/07/13 00:12
vida possível para o paciente, fazendo com que ele te-
nha uma vida sem limitações e continue apto às suas
funções na empresa.
Esse levantamento realizado, também pode auxi-
liar na identificação de grupos que possuem dificulda-
de em entender seu papel em relação a própria saúde
e iniciar um trabalho de conscientização. O resultado
dessas ações pode, e deve, ser medido, para avaliar a
eficácia dos programas implementados e ver o impac-
to dessa gestão sobre os resultados da empresa.
No Brasil, as primeiras ações de gestão de saúde
populacional foram iniciadas pelo médico Oswaldo
Cruz, que tentou erradicar a febre amarela matan-
do os animais transmissores da doença. Na época,
segundo registros históricos, houve grande resistência
em adotar esse tipo de programa por parte da classe
médica e também da própria população.
“A gestão de saúde populacional tem que agir não
só na prevenção, mas também em campos como a
segurança do trabalho, como o uso de Equipamentos
de Proteção Individual (EPI), uso de jalecos pelos mé-
dicos, campanhas de estímulo ao uso de preservativos
etc. Tudo isso são ações de gestão de saúde populacio-
nal”, acrescenta o presidente da Asap, Paulo Marcos
Senra Souza.
Segundo Senra, atualmente, é muito comum
encontrar empresas preocupadas com a saúde de
seus funcionários. Porém, poucas delas investem em
programas de gestão de saúde populacional. “O que
vemos hoje são as organizações preocupadas em ofe-
recer bons planos de saúde para seus funcionários, o
que não está errado, porém, traçar um perfil de seus
funcionários e identificar riscos e grupos de risco
como doentes crônicos ainda é pouco comum.”
IMPACTO NA CADEIA E NOS NEGÓCIOS
De acordo com estudos realizados pela Organização
Mundial da Saúde (OMS), para cada dólar investido
em prevenção, poupam-se outros US$4 em assistên-
cia. Porém, olhar para a medicina preventiva somente
como um meio de poupar recursos financeiros pode
ser um equívoco.
Para Senra, é fundamental enxergar além do fator
financeiro e focar as ações em bem estar da popula-
ção, sua longevidade e para a redução de doenças que
causam, tanto o presenteísmo quanto o absenteísmo.
Concordando com Senra, o vice-presidente da
Asap ressalta que a prevenção é apenas um detalhe da
gestão de saúde populacional. “A gestão consiste em
oferecer o recurso certo, no momento correto, para o
risco já identificado de um determinado grupo.” Ain-
da de acordo com o Abreu, não adianta uma empresa
realizar programas de ação e prevenção à saúde se
ela já possui colaboradores diagnosticados com algum
tipo de doença crônica, por exemplo.
Para cada grupo identificado, é necessário uma
ação diferente. O objetivo dessas ações não é apenas
gerar economia, mas sim, melhorar a efetividade
dos programas de saúde. Com o estabelecimento
desses programas, os resultados são o aumento na
produtividade dos funcionários, redução de afasta-
mentos por licença médica e até mesmo a redução
do presenteísmo.
Apesar de parecer afetar o negócio de prestadores
Senra: A gestão de saúde po-pulacional tem que agir não só
na prevenção, mas também em campos como a segurança do
trabalho
NEGÓCIOS
18 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 18 08/07/13 00:12
de serviço, realizar uma gestão de saúde populacional
eficiente não vai contra os interesses desses prestado-
res. “Vemos muito desperdício em todo o processo as-
sistencial, em toda a cadeia. Nosso objetivo é buscar
efetividade nesse processo”, acrescenta Abreu.
Segundo o executivo, existem muitas instituições
de saúde que possuem parte de seus leitos ocupados
por pacientes crônicos que poderiam estar em casa, se
tivessem feito um acompanhamento correto de saúde
e não precisariam chegar ao ponto de serem inter-
nados para tratamento. Estas internações, em geral,
possuem um tempo maior do que a média e conso-
mem recursos do hospital que poderiam ser alocados
de outras maneiras.
Além de desonerar leitos, médicos e laboratórios
também ganham com a aplicação de uma gestão efi-
ciente. “O médico vai ganhar porque o pa-
ciente vai procura-lo para manter sua saú-
de em ordem. Os laboratórios vão ganhar
mais porque toda a população fará exames
de prevenção”, acrescenta Senra.
Outra ação realizada pela Asap foi
uma parceria feita com a CCA (Care Con-
tinuum Alliance), uma instituição norte-
-americana, que atua inserida na cadeia de
valor de GSP. A associação utilizou o know-
-how, além de um intercâmbio tecnológico e acadê-
mico, para obter acesso às novidades de procedimen-
tos, materiais e publicações, o que gerou um network
eficaz. “Tudo o que buscamos no exterior temos que
adaptar à realidade brasileira, pois são modelos com-
pletamente diferentes”, enfatiza a superintendente da
Asap, Marília Ehl Barbosa.
Além do conceito de gestão populacional de saúde,
a instituição possui outros projetos em vista como, par-
cerias com a ANS e o próprio Ministério da Saúde. O
objetivo destas ações é tornar a entidade referência em
metodologias de gestão de saúde populacional.
“Nós temos o foco totalmente diferente das asso-
ciações que existem. Não queremos ser concorrentes
de ninguém, queremos apensar somar”, finaliza a su-
perintendente.
Souza: A gestão da saúde popu-lacional é uma necessidade que existe, tanto nos planos de saúde, quanto nas empresa
Não queremos ser
concorrentes de ninguém,
queremos apensar somar"
Marília Ehl Barbosa, da ASAP
19JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 19 08/07/13 00:12
INDEPENDENTEMENTE DA PAIXÃO DE CADAUM, TODOS SOMOS APAIXONADOS PELA SAÚDE.
Apaixonados pela saúde
www.healthers.com.br
Aliar o poder econômico e a importância do setor da saúde às boas práticas de gestão torna-se vital para o bem-estar de uma população na outra ponta da cadeia. Em países como Brasil, que contam com modelo de atendimento híbrido (público e privado), o acesso a conteúdo qualificado e a troca de conhecimento são fundamentais.
Pensando nisso, a HEALTHERS desenvolve uma agenda de encontros entre os gestores de áreas estratégicas das maiores empresas de saúde do país, levando de forma única opiniões, debates e cases de grandes personalidades do setor. Quando as partes se atraem a conexão acontece naturalmente.
DE MARKETINGPARA SAÚDE
1º-
Mais informações: [email protected]
ROSERLY FERNANDES, Gerente de Comunicação e Marketing da Rede São Camilo, é uma Healtherapaixonada por corrida.
LUCIANO REGUS, Diretor Geral da MV Sistemas, é um Healther apaixonado por golfe.
KELLY RODRIGUES, Superintendente de Marketing da Home Doctor, é uma Healtherapaixonada por viagens.
ALBERTO LEITE, Presidente da HEALTHERS, é um Healtherapaixonado por guitarra.
8h00
9h00
10h15
10h45
12h00
13h00
14h30
16h00
16h30
18h00
Welcome coffee
Keynote Speaker
Coffee Break
Painel
Almoço
Case I
Case II
Coffee Break
Case III
Encerramento
PROGRAMAÇÃO
CLAUDIO TONELLO, Conselheiro da HEALTHERS, é um Healther apaixonado por natação.
Uma empresa do Grupo Cboard
MARCOS LE PERA, Presidente da Le Pera Comunicação, é umHealther apaixonado por cachorros.
AGOSTO 2013FINANÇAS
RECURSOS HUMANOSNOVEMBRO 2013
JEAN SAGHAARD, Gerente de Marketing Institucional do Insper, é um Healther apaixonado por slackline.
MARIANA PALHA, CEO da Brazilhealth, é uma Healther apaixonada por tênis. Agende-se para os próximos fóruns:
WTC São PauloAvenida das Nações Unidas, 12551, Brooklin Novo - São Paulo
24/07
Atributos de uma marca - Como comunicar o conceito através da marca?Kelly Rodrigues, Home Doctor
Como empresas da saúde podem aproveitar meios de comunicação de massa para agregar valor a sua marca e melhorar seus resultados?Marcia Ladeira, Diretora de Merchandising da Rede Globo
A saúde e seus obstáculos na comunicação - O desafio de comunicar uma área tão complexa considerando todos os seus stakeholders e as legislações em vigor.Participantes: Claudio Tonello – Healthers; Roserly Fernandes – São Camilo; Kelly Rodrigues – Home Doctor; Hiram Barolli – Folha de São Paulo; Guilherme Batimarchi – Healthers
Notório: Este paciente muda a rotina de um hospital - Roserly Fernandes, São Camilo
Special Case Book
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
af_Anuncio Pag Dupla Comite_OK_2.pdf 1 02/07/13 15:19
HEALTHERS_02 20 08/07/13 00:13
INDEPENDENTEMENTE DA PAIXÃO DE CADAUM, TODOS SOMOS APAIXONADOS PELA SAÚDE.
Apaixonados pela saúde
www.healthers.com.br
Aliar o poder econômico e a importância do setor da saúde às boas práticas de gestão torna-se vital para o bem-estar de uma população na outra ponta da cadeia. Em países como Brasil, que contam com modelo de atendimento híbrido (público e privado), o acesso a conteúdo qualificado e a troca de conhecimento são fundamentais.
Pensando nisso, a HEALTHERS desenvolve uma agenda de encontros entre os gestores de áreas estratégicas das maiores empresas de saúde do país, levando de forma única opiniões, debates e cases de grandes personalidades do setor. Quando as partes se atraem a conexão acontece naturalmente.
DE MARKETINGPARA SAÚDE
1º-
Mais informações: [email protected]
ROSERLY FERNANDES, Gerente de Comunicação e Marketing da Rede São Camilo, é uma Healtherapaixonada por corrida.
LUCIANO REGUS, Diretor Geral da MV Sistemas, é um Healther apaixonado por golfe.
KELLY RODRIGUES, Superintendente de Marketing da Home Doctor, é uma Healtherapaixonada por viagens.
ALBERTO LEITE, Presidente da HEALTHERS, é um Healtherapaixonado por guitarra.
8h00
9h00
10h15
10h45
12h00
13h00
14h30
16h00
16h30
18h00
Welcome coffee
Keynote Speaker
Coffee Break
Painel
Almoço
Case I
Case II
Coffee Break
Case III
Encerramento
PROGRAMAÇÃO
CLAUDIO TONELLO, Conselheiro da HEALTHERS, é um Healther apaixonado por natação.
Uma empresa do Grupo Cboard
MARCOS LE PERA, Presidente da Le Pera Comunicação, é umHealther apaixonado por cachorros.
AGOSTO 2013FINANÇAS
RECURSOS HUMANOSNOVEMBRO 2013
JEAN SAGHAARD, Gerente de Marketing Institucional do Insper, é um Healther apaixonado por slackline.
MARIANA PALHA, CEO da Brazilhealth, é uma Healther apaixonada por tênis. Agende-se para os próximos fóruns:
WTC São PauloAvenida das Nações Unidas, 12551, Brooklin Novo - São Paulo
24/07
Atributos de uma marca - Como comunicar o conceito através da marca?Kelly Rodrigues, Home Doctor
Como empresas da saúde podem aproveitar meios de comunicação de massa para agregar valor a sua marca e melhorar seus resultados?Marcia Ladeira, Diretora de Merchandising da Rede Globo
A saúde e seus obstáculos na comunicação - O desafio de comunicar uma área tão complexa considerando todos os seus stakeholders e as legislações em vigor.Participantes: Claudio Tonello – Healthers; Roserly Fernandes – São Camilo; Kelly Rodrigues – Home Doctor; Hiram Barolli – Folha de São Paulo; Guilherme Batimarchi – Healthers
Notório: Este paciente muda a rotina de um hospital - Roserly Fernandes, São Camilo
Special Case Book
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
af_Anuncio Pag Dupla Comite_OK_2.pdf 1 02/07/13 15:19
HEALTHERS_02 21 08/07/13 00:13
istoc
kpho
to.co
m
DESENVOLVIMENTO
22 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 22 08/07/13 00:13
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
Recentemente no Brasil muitas companhias come-
çaram a reconhecer a importância da inovação
para a definição de um saudável portfólio de projetos
para o seu crescimento futuro. E, como consequência,
elas passaram a investir tempo, dinheiro e energia para
adquirir um melhor entendimento do que é inovação
no contexto de seus negócios. O que se constata é que,
na maioria das vezes, as suas iniciativas têm o foco no
“o quê”, “como” e “quem” da inovação. Entretanto,
elas seriam imensamente mais bem-sucedidas se focali-
zassem primeiro o “por quê” da inovação.
Hoje, as empresas estão muito ansiosas para saber:
i) “o quê” da inovação, ou seja, quais são as ideias, os
produtos, os serviços, os processos, os tipos de inova-
ção etc., ii) “como” elas devem fazer para inovar, isto
é, quais são as técnicas para inovar, como o funil da
inovação (stage-gate), os sistemas, as metodologias, as
ferramentas, as técnicas de criatividade, a inovação
aberta, a inovação sustentável etc. e iii) “quem” deve
ser envolvido, papéis dos times, das lideranças, dos par-
ticipantes de workshops etc..
Porém, essa abordagem leva as empresas a dei-
xarem de lado a mais poderosa questão de inovação:
o “por quê”. Afinal, se a empresa conseguiu crescer
de forma saudável durante muitos anos sem ter que
focalizar a inovação, por que ela tem que passar a
fazê-lo agora?
Na realidade, é exatamente por não ter respondido
ao “por quê”, a maioria dos esforços em inovação tem
falhado, como mostra o exemplo de uma das maiores
empresas multinacionais de seguro, que lançou um
ambicioso projeto global de inovação, no qual havia
uma metodologia padronizada a ser aplicada regio-
nalmente. Cada região ficou encarregada de alocar os
recursos, as ferramentas e as pessoas necessárias para
implementar, em seus países, os processos de inovação
definidos globalmente. No Brasil, todo o esforço resul-
tou em um grande fracasso, mostrando-se incapaz de
Kip Garland é professor de Inovação na Fundação Dom Cabral, ex-sócio do Guru de Inovação, Gary Hamel, na Consultoria de Inovação Strategos, e Fundador da Consultoria de Inovação Inno-vationSEED. Garland é formado em Física e liderou o famoso projeto de inovação da Whirl-pool. Ele também liderou projetos de inovação nas Américas do Norte e do Sul, na Europa, na África, na Ásia e no Oriente Médio.
23JUNHO DE 2013
Não há resposta certa para a pergunta errada…
HEALTHERS_02 23 08/07/13 00:13
produzir o crescimento significativo tão esperado. E
não foi por causa da falta de ideias (“o quê”), da falta
de participação (“quem”) ou da falta de uma estrutura
adequada para processar as ideias (“como”). Foi por-
que a estratégia já existente não contemplava cresci-
mento fora dos negócios atuais.
Apesar de todos os líderes terem mostrado apoio
ao projeto, a inovação representava um desvio de
atenção e energia na execução da estratégia existen-
te. O principal desafio para a empresa não era o de
criar novas ideias, mas manter o foco e os esforços
nos planos existentes. Ou seja, eles tinham certezas
demais sobre seus negócios para que um projeto de
inovação desse certo.
Sem dúvida, o mais importante – o “por quê”
da inovação - é ajudar a companhia a descobrir
novas maneiras de crescer. Embora pareça que
as empresas estejam sempre abertas a esses no-
vos modos de crescer, elas quase nunca têm uma
definição clara do que significa “crescer de novas
maneiras”. Acontece que, na prática, as compa-
nhias sempre dão preferência a crescer da forma
que elas já conhecem. Porém, para crescer de
forma diferente, precisamos descobrir e articular
com clareza o “por quê” da inovação antes de dar
respostas ao “quê”, “quem” e “como”. Quan-
do fazemos uma busca profunda do “por quê” de
inovação, encontramos significativas razões que
provam que até mesmo companhias com boas es-
tratégias e planos devem procurar continuamente
novas formas para crescer.
O ESTADO DA INOVAÇÃO NO BRASIL
Eu comecei a trabalhar exclusivamente com inovação,
no Brasil, em 1999. Tinha acabado de aceitar uma
posição como diretor-associado na Consultoria de
Inovação Strategos, empresa de Gary Hamel, e estava
bastante animado pela possibilidade de aprender como
fazer a inovação funcionar no ambiente competitivo
brasileiro. Foi a Strategos que fez o projeto de inovação
que transformou a Nokia, uma empresa finlandesa de
borracha de cinco bilhões de dólares ao ano, no atual
líder do setor de telecomunicações que fatura mais de
cinquenta bilhões de dólares ao ano.
Naquela época, fomos visitar as maiores empresas do
Brasil para entender como estavam tratando a inovação.
Embora praticamente todas mostrassem interesse pelo as-
sunto, quase nenhuma delas apresentava real disposição
para fazer algo de maior envergadura. Hoje, 11 anos de-
pois, vemos que, embora superficialmente, algumas coi-
sas mudaram em relação à inovação no Brasil: temos as
“leis da inovação”, cursos de inovação nas universidades
e diversos eventos sobre inovação. Algumas empresas se
preparam para fazer a “gestão da inovação” (uma frase de
moda, que apresenta muitos erros conceituais...).
No entanto, a não ser por essas medidas superfi-
ciais, o Brasil ainda não está inovando suficientemen-
te. Eu espero que, provocando um profundo debate
sobre inovação no contexto brasileiro, possamos ir
muito além da “gestão da inovação”, da “inovação
aberta” e de outros conceitos e mitos populares, de-
senvolvendo melhores alternativas de abordagem
para a inovação no Brasil.
DESENVOLVIMENTO
24 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 24 08/07/13 00:13
No melhor livro já escrito sobre inovação, Cresci-
mento Através de Inovação, Clayton Christensen des-
taca os dois requisitos fundamentais para a o sucesso da
inovação: 1) Motivação e 2) Capacitação. Uma análise
mais aprofundada do ambiente competitivo no Brasil
mostra que essas duas condições, além de não terem
provocado melhora significativa nos últimos dez anos,
de fato, até pioraram a situação.
I - MOTIVAÇÃO
Muitos dos setores impulsionadores da inovação,
como a tecnologia da informação e as telecomunica-
ções, são ainda, lamentavelmente, muito sobretaxa-
dos e subcompetitivos no Brasil. E a ambição política
de criar “supergigantes” nas telecomunicações vai
piorar esse quadro, além de desestimular que empre-
sas menores e mais flexíveis inovem nesse setor. Gran-
des empresas de sucesso no Brasil são antiquadas e
utilizam os modelos de negócios de sempre, copiados
da Europa e dos Estados Unidos.
A possibilidade de inovar e produzir novos mo-
delos de negócio no Brasil é bastante dificultada pelo
excesso de regulamentação, tributação asfixiante,
além da tendência geral de copiar as “melhores prá-
ticas” e benchmarks. Mais importante ainda é que a
falta de competitividade no Brasil significa produtos
e serviços muito caros. Ainda pior: não existe mo-
tivação real para inovar quando é possível vender
produtos e serviços “não inovadores” com grandes
margens (margens ainda maiores, se considerarmos
os custos financeiros).
II - CAPACITAÇÃO
As empresas no Brasil ainda não desenvolveram a ca-
pacitação para inovar de forma consistente. Em vez
disso, preferem o caminho mais fácil de estruturar pro-
jetos para captar recursos oferecidos por programas de
incentivos mal concebidos (como a Lei “do bem” e a
Lei de “Inovação”). Além de buscar um dinheiro “de
graça” do governo (que acaba saindo muito caro para
o país), as empresas acabam limitando seus esforços
em “programas de inovação” e treinamento.
Algumas empresas (e muitas universidades e ins-
titutos), no Brasil, ficaram encantadas com a “gestão
da inovação”. Esse conceito é inadequado quando se
considera a complexidade da verdadeira inovação.
Na verdade, não há nenhuma evidência concreta
que confirme que obedecer a uma série de passos
sequencial, como stage gates, realizar concursos de
inovação aberta etc. terá qualquer impacto real so-
bre a capacidade futura de crescimento das empre-
sas. Muito do que é considerada “gestão da inova-
ção” consiste em tomar um problema complexo e,
simplesmente, transformá-lo em uma sequência de
etapas nada inovadoras.
A verdade é que o equilíbrio da economia brasilei-
ra ainda é baseado em um grande e amplamente pro-
tegido mercado interno e um mercado de exportação
largamente baseado em commodities. Não há muita
coisa que realmente tenha mudado e a inovação é ain-
da um longo caminho a ser percorrido. É uma boa
hora para aprofundar o debate sobre as estratégias de
inovação mais adequadas para o Brasil.
A possibilidade de inovar e
produzir novos modelos de
negócio no Brasil é bastante
dificultada pelo excesso de
regulamentação, tributação
asfixiante, além da tendência
geral de copiar as “melhores
práticas” e benchmarks.
25JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 25 08/07/13 00:13
Era uma vez um hospital fundado e gerido por um médico. Dono de uma boa visão de
futuro, ele foi capaz de transpor os limites impostos por sua formação acadêmica e, en-
tre erros e acertos, construir um negócio bem-sucedido. Seu plano, passar o comando
da instituição ao filho médico. Assim nasceram e cresceram muitos hospitais renoma-
dos no País, num passado nada remoto do qual nos lembramos de maneira cristalina.
Hoje, o mercado de saúde suplementar é bem diferente. A exemplo de outros seto-
res da economia, vem sendo alvo de fusões e aquisições. Alguns hospitais familiares ex-
perimentaram a gestão profissional, com a contratação de executivos, para em seguida
serem adquiridos por grandes grupos e, até mesmo, por fundos de investimentos. E esse
é um processo que está apenas no início.
Gerir hospitais na era do health-care-business demanda o desenvolvimento de
competências bem específicas. Não podemos nos dar ao luxo de ter apenas um único
gestor financeiro. De todos os executivos, estratégicos e operacionais, espera-se uma
atuação que garanta rentabilidade à empresa. Se antes a concepção e a melhoria de
processos era um desafio no dia-a-dia dos hospitais, agora é preciso avançar nesse âm-
bito sem gerar custos que não poderão ser repassados às fontes pagadoras.
Ao mesmo tempo, nada pode comprometer a assistência. Até então, os hospi-
tais escolhiam estabelecer ou não programas de gestão pela qualidade. Em pouco
tempo, a apresentação de indicadores positivos será regra para permanecer no
setor. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula as operadoras
de maneira firme, já anunciou: vai avaliar também a qualidade das redes
credenciadas. Nada mais justo, visto que toda a operação está centrada na
preservação da vida humana.
Parece um desafio e tanto. E é – ainda mais quando se espera que o hos-
pital-empresa mantenha compromisso contínuo com a inovação. É impres-
cindível agir aqui-agora e, ao mesmo tempo, desenhar o futuro. Protocolos
alinhados com os principais centros mundiais, tecnologia competitiva e serviços dife-
renciados são algumas das características das instituições capazes de se perpetuar nos
novos cenários.
Rumo a 2020, os profissionais voltados à gestão em saúde devem reconhecer que
jamais estarão prontos. Como participantes de um mercado no qual os players podem
estar em qualquer lugar do planeta, aprender é o nome do jogo.
Onde você pretende estar em 2020?
Erickson Blunsuperintente do
Hospital e Maternidade
Brasília
Acompanhe este eoutros conteúdos em
www.healthers.com.br
Erickson Blun
26 JUNHO DE 2013
GESTÃO
HEALTHERS_02 26 08/07/13 00:13
HEALTHERS_02 27 08/07/13 00:13
De olho nos investimentos
Estratégias de investimentos definem trajetórias para alcançar novos horizontes
Por Gabrielle [email protected]
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 196 dispõe que
“a saúde é direito de todos e dever do Estado”. Dizem, tam-
bém, que saúde não tem preço. Mas, um bom atendimento, equi-
pamentos modernos e profissionais especializados, acarreta em
altos custos para os hospitais. E como suprir essas necessidades?
Antigamente, não existia tanta competitividade no sistema de
saúde, muito menos necessidade de grandes investimentos. A evo-
lução da medicina colaborou com o aumento dos custos de assis-
tência e, para que os hospitais consigam equilíbrio entre receita
e despesa, é necessário investir numa gestão competente, visando
captação de recursos para acompanhar o progresso tecnológico.
Para a maioria das instituições, a forma mais segura de
FINANÇAS
28 JUNHO DE 2013
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
HEALTHERS_02 28 08/07/13 00:13
29JUNHO DE 2013
istockphoto.com
HEALTHERS_02 29 08/07/13 00:13
investir é por meio do BNDES, que possui juros
mais baixos do que os bancos comerciais, mas sua
parcela de participação geralmente é de 50% do
montante do valor solicitado.
“Tenho visto grandes hospitais privados rea-
lizando seus projetos de expansão com recursos do
BNDES. Se esta fonte de recursos estiver disponível,
certamente será uma das melhores, uma vez supera-
dos a burocracia e os prazos de liberação dos recur-
sos”, conta o gerente geral de controladoria do Gra-
acc (Grupo de Apoio o Adolescente e à Criança com
Câncer), Gilberto Vicente de Souza.
No entanto, para haver crescimento, é necessário
ousadia. Por isso, algumas empresas de saúde procu-
ram outras formas de captação de recursos.
É o caso da Rede D’Or São Luiz. Para consolidar
seu crescimento no País, a entidade utilizou-se de em-
préstimo do IFC (International Finance Corporation)
e através de seu setor de Merchant Banking realizou
parceria com o banco BTG Pactual adquirindo ações.
Na opinião de Souza, o fi nanciamento de investi-
mentos por meio de parcerias com grupos fi nanceiros
nacionais ou estrangeiros é algo viável, porém, há o
risco de perda do controle fi nanceiro dependendo do
porte do parceiro escolhido.
Existem também fontes de fi nanciamento como a
Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), agências
multilaterais como o DEG/KFW (Alemanha), Pro-
parco (França) e BID (Estados Unidos).
O diretor geral do Hospital de Câncer de Barre-
tos, Henrique Prata, acredita que, em oncologia, sua
área de especialidade, nenhum país de primeiro mun-
do consegue pagar remédios e acompanhar os avan-
ços tecnológicos das instituições sem o apoio da so-
ciedade. “Não conheço nenhum país no mundo que
tenha a medicina de ponta com impacto tecnológico
ou medicamentos de última geração, sem o apoio da
iniciativa privada. No caso do nosso hospital é mais
fácil, pois somos 100% SUS”.
O momento econômico atual pelo qual o merca-
do brasileiro passa está propício para investir, tanto
em novos projetos quanto em reformas e expansão
dos hospitais. Para isso, a gestão deve optar pelo me-
lhor tipo de fi nanciamento.
Antes de decidir qual modelo de investimento
será implantado, é necessário que haja uma estra-
tégia operacional. “Cada estratégia adotada dire-
ciona a entidade para um determinado patamar
de qualidade e de resultado. A questão é fazer a
entidade reavaliar sua estratégia”, expõe o gerente
fi nanceiro do Graacc.
Toda instituição busca um modelo operacional
próprio, sempre visando qualidade e valorizando a
acreditação do modelo assistencial, uma etapa deci-
Divu
lgaç
ão
Carlos Marsal: Mesmo com a clareza dos gastos e a adoção de sistemas de
custos, a redução ainda é um tema difí cil de ser abordado.
FINANÇAS
30 JUNHO DE 2013
investir é por meio do BNDES, que possui juros
mais baixos do que os bancos comerciais, mas sua
parcela de participação geralmente é de 50% do
“Tenho visto grandes hospitais privados rea-
lizando seus projetos de expansão com recursos do
BNDES. Se esta fonte de recursos estiver disponível,
certamente será uma das melhores, uma vez supera-
HEALTHERS_02 30 08/07/13 00:13
siva na hora que o mercado decide contratar servi-
ços de saúde.
Para Prata, um dos modelos de investimentos,
com a intenção de aliar rentabilidade e qualidade, é
fazer uma gestão competente, como a economia de
desperdício e o controle de medicamentos, que é um
grande caos para os hospitais de alto custo.
“Os custos dos medicamentos para o câncer são
muito altos. Há dois anos, passamos a controlar os
nossos insumos online, assim, informatizamos 100%
o hospital. Isso trouxe segurança, economia e um
grande controle de desperdício”.
A redução dos custos não pode interferir na quali-
dade dos serviços e o sistema de saúde vem trabalhan-
do para que isso não ocorra.
O superintendente de controladoria e fi nanças do
Hospital Sírio-libanês, Carlos Alberto Marsal, diz que
redução de custos é um assunto complicado. “Mes-
mo com a clareza dos gastos e a adoção de sistemas
de custos, a redução ainda é um tema difícil de ser
abordado. Porém, com a necessidade de maximizar
margens para melhor aplicação dos recursos e a bus-
ca por melhor produtividade, a redução de custos é
um caminho sem volta”.
Algumas estratégias são utilizadas para essa re-
dução, tais como, a economia de escala, protocolos
clínicos e cirúrgicos, centrais de compras, treinamen-
to e capacitação de colaboradores, terceirização de
serviços e projetos arquitetônicos que contribuem na
logística interna.
“A importação de insumos e equipamentos, prin-
“Cada estratégia
adotada direciona
a entidade para um
determinado patamar
de qualidade e de
resultado. A questão
é fazer a entidade
reavaliar sua
estratégia.”
Gilberto de Souza, do GRAACC
Gilberto Souza: A importação de insumos e equipamentos, principalmente da Ásia, tem sido uma opção viável dado o nível de tecnologia que esta região ati ngiu nos últi mos dez anos.
Danilo Ramos
31JUNHO DE 2013
siva na hora que o mercado decide contratar servi-
ços de saúde.
com a intenção de aliar rentabilidade e qualidade, é
fazer uma gestão competente, como a economia de
desperdício e o controle de medicamentos, que é um
grande caos para os hospitais de alto custo.
muito altos. Há dois anos, passamos a controlar os
nossos insumos online, assim, informatizamos 100%
o hospital. Isso trouxe segurança, economia e um
grande controle de desperdício”.
dade dos serviços e o sistema de saúde vem trabalhan-
do para que isso não ocorra.
Hospital Sírio-libanês, Carlos Alberto Marsal, diz que
Gilberto Souza:e equipamentos, principalmente da Ásia, tem sido uma opção viável dado o nível de tecnologia que esta região ati ngiu nos últi mos dez anos.
HEALTHERS_02 31 08/07/13 00:13
cipalmente da Ásia, tem sido uma opção viável dado
o nível de tecnologia que esta região atingiu nos últi-
mos dez anos”, refere-se Souza.
Modelos de fi nanciamentos estrangeiros sem-
pre são estudados, principalmente pelas instituições
que mantém vínculos com hospitais de outros pa-
íses. Mesmo com a crise na Europa e nos Estados
Unidos, a melhoria da imagem do Brasil internacio-
nalmente tem permitido que agências multilaterais
invistam no segmento.
Um exemplo disto é o Graacc, que em grande
parte se espelha no modelo de fi nanciamento adotado
pelo St. Jude Children’s Research Hospital, em Mem-
phis, nos Estados Unidos. No hospital norte-america-
no, a maior parte dos recursos vem da própria comu-
nidade apor meio de doações espontâneas.
O St. Judes, em conjunto com o grupo científi co e
médico do GRAACC, utiliza essas doações para pes-
quisas de novos medicamentos e para aprimorar os
métodos laboratoriais.
Outra possibilidade é buscar investimentos com
capital de risco. Mas, todo o cuidado é pouco. Segun-
do o professor e coordenador do Centro de Empreen-
dedorismo do Insper (Instituto de Tecnologia e Pes-
quisa), Marcelo Nakagawa, é necessário fi car atento
aos riscos de optar pelo fundo de investimento errado.
Em primeiro lugar, é preciso entender a lógica
do capital de risco. Em seguida, ter cuidado com a
negociação do valor da empresa e se preocupar com
o planejamento do negócio, estudando todas as pos-
sibilidades de um investimento para o futuro.
Outro cuidado é com a governança. “O empre-
endedor tem que saber que entrará um investidor
e, com isso, terá que dividir as decisões. Ele deixa
de ser dono para ser um executivo, mas muitas ve-
zes não está preparado para isto”, afi rma o profes-
sor do Insper.
A última preocupação é em relação ao contrato
do aporte de capital. É preciso ter um excelente ad-
vogado, que entenda do mercado de capital de risco,
discuta e esclareça as cláusulas, que, eventualmente,
podem ser perigosas para o empreendedor.
É muito importante avaliar de forma exaustiva
a estratégia de fi nanciamento. “Fatores como varia-
ção cambial, projeções irreais, prazos incompatíveis e
contratos mal formulados podem gerar problemas na
capacidade de pagamento da instituição e até litígios
internacionais de difícil solução”, fi naliza Marsal.
Henrique Prata: Um dos modelos de investi mentos, com a intenção de aliar rentabilidade e qualidade, é fazer uma
gestão competente.
A TEMPO CRC atua há mais de 20 anos nos setores público e privado com a solução mais completa de gestão em saúde para seus clientes, é pioneira e a principal empresa do pais a oferecer Soluções em Tecnologia e Administração para o mercado de saúde suplementar.
Com a prestação desses serviços, a TEMPO CRC administra mais de 1,3 milhão de bene� ciários, possuindo presença nacional.
Conheça nossas soluções em tecnologia de� nitivas e únicas para administração completa da Operação de saúde, um pacote completo back-o� ce de tecnologia para operadoras.
Saiba mais, acesse: www.tempocrc.com.br
• Contratação mediante Aplication Service Provider (ASP)• Sistema de segurança da informação com redundâncias sistêmicas e de hospedagem• Customização da plataforma conforme as regras do seu negócio• Rápida instalação e facilidade na navegação sistêmica• Adequação continuada à legislação
• Facilita o processo de análise de conta médica, auditou mais de 1,5 milhão de contas em 2012• Sistema online 24 horas• Customização de acordo com a necessidade do cliente• Atende a mais de 10 milhões de usuários de planos de saúde• 10 vezes mais e� ciente que a auditoria manual• Identifi cou possíveis glosas para clientes em valores superiores a R$ 26,9 milhões em 2012.
• Solicitação de autorizações rápida e sem burocracia (média de 160.000 senhas solicitadas/mês)• Solicitação, avaliação e autorização com apenas um clique• Faturamento eletrônico de contas (85% faturamento é realizado pela ferramenta)• Início do processo de pagamento via web pela ferramenta• Mais de 5 mil prestadores cadastrados• Recurso através do navegador web (browser, webservice ou interfaces)
Soluções em saúde sob medida para suas necessidades.
ProcessysHOSTING E
OPERAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO EM
SAÚDE
TMR (TRUE MESURE RESEARCH)
AUDITORIA ELETRÔNICA
DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS
ConnectmedSISTEMA DE
FATURAMENTO ELETRÔNICO E
AUTORIZADOR WEB
necessidades em
Soluções em tecnologia
s emn ememmes ees ees emeses ems emadesdes eesdes emddes emcessidsinecessidaidesscesecenen ssidaddsidadadaidadesdedadades edsob medida para suas
Anúncio Tempo CRC.indd 1 07/06/2013 09:46:07
FINANÇAS
32 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 32 08/07/13 00:13
A TEMPO CRC atua há mais de 20 anos nos setores público e privado com a solução mais completa de gestão em saúde para seus clientes, é pioneira e a principal empresa do pais a oferecer Soluções em Tecnologia e Administração para o mercado de saúde suplementar.
Com a prestação desses serviços, a TEMPO CRC administra mais de 1,3 milhão de bene� ciários, possuindo presença nacional.
Conheça nossas soluções em tecnologia de� nitivas e únicas para administração completa da Operação de saúde, um pacote completo back-o� ce de tecnologia para operadoras.
Saiba mais, acesse: www.tempocrc.com.br
• Contratação mediante Aplication Service Provider (ASP)• Sistema de segurança da informação com redundâncias sistêmicas e de hospedagem• Customização da plataforma conforme as regras do seu negócio• Rápida instalação e facilidade na navegação sistêmica• Adequação continuada à legislação
• Facilita o processo de análise de conta médica, auditou mais de 1,5 milhão de contas em 2012• Sistema online 24 horas• Customização de acordo com a necessidade do cliente• Atende a mais de 10 milhões de usuários de planos de saúde• 10 vezes mais e� ciente que a auditoria manual• Identifi cou possíveis glosas para clientes em valores superiores a R$ 26,9 milhões em 2012.
• Solicitação de autorizações rápida e sem burocracia (média de 160.000 senhas solicitadas/mês)• Solicitação, avaliação e autorização com apenas um clique• Faturamento eletrônico de contas (85% faturamento é realizado pela ferramenta)• Início do processo de pagamento via web pela ferramenta• Mais de 5 mil prestadores cadastrados• Recurso através do navegador web (browser, webservice ou interfaces)
Soluções em saúde sob medida para suas necessidades.
ProcessysHOSTING E
OPERAÇÃO DE SISTEMA DE GESTÃO EM
SAÚDE
TMR (TRUE MESURE RESEARCH)
AUDITORIA ELETRÔNICA
DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS
ConnectmedSISTEMA DE
FATURAMENTO ELETRÔNICO E
AUTORIZADOR WEB
necessidades em
Soluções em tecnologia
s emn ememmes ees ees emeses ems emadesdes eesdes emddes emcessidsinecessidaidesscesecenen ssidaddsidadadaidadesdedadades edsob medida para suas
Anúncio Tempo CRC.indd 1 07/06/2013 09:46:07HEALTHERS_02 33 08/07/13 00:13
Carlos Marsal
Gerir um corpo profissional altamente qualificado, atender as demandas e as exigências
crescentes dos consumidores, assegurar um modelo de qualidade que garanta melhoria
contínua, incorporar novas tecnologias, desenvolver constantemente os colaboradores
e ainda, garantir recursos suficientes para honrar todos os compromissos, são tarefas
cotidianas de um hospital de ponta.
O cenário é complexo porque, como um dos últimos elos de uma complexa cadeia
produtiva, o hospital acaba incorporando as diversas transferências de riscos que ocor-
rem desde a contratação do serviço.
Há ainda uma incompatibilidade entre o prazo médio de recebimento, de pagamen-
to e de estocagem. Isto traz um caráter ainda mais dramático para a administração do
fluxo de caixa das instituições. No setor de saúde, não é incomum haver uma diferença de
trinta a quarenta dias, devido ao burocrático processo de apuração/auditoria das contas
hospitalares pelas operadoras, caracterizando uma necessidade de buscar financiamento
para a operação nos bancos.
Os prazos de pagamento são curtos comparados aos prazos de recebimento, os pres-
tadores de serviços pagam seus insumos geralmente em 30 dias, a situação é agravada
quando é definida a agenda para pagamentos de determinados insumos (principalmente
materiais, medicamentos e prestadores) antecipadamente ao ato do recebimento. A efe-
tivação do recebimento pode demorar até 80 dias tendo em vista todo o ciclo de pre-
paração, análise e aprovação de contas médicas. No final, restam as baixas de glosas e
descontos reconhecidas no resultado e toda a inadimplência a ser administrada.
Somam-se a estes fatores, as dificuldades crônicas de entendimento dos custos. É
comum observar no setor muitas instituições que ainda falham na apuração dos custos,
na implementação de uma estrutura organizacional enxuta e com alta produtividade, na
adequada classificação e na definição de políticas efetivas de gerenciamento e de otimi-
zação na utilização de recursos.
Há uma mudança importante na cultura vigente: a cultura consagrada era de que que
bastava que os procedimentos médicos fossem realizados para que a conta fosse encaminhada
com todos os itens relacionados sem o cuidado de avaliar se de alguma maneira, os custos po-
Administração do caixa em hospitais, contexto e desafios.
Carlos Marsal é superintendente de
controladoria e finanças do Hospital Sírio-Libanês
FINANÇAS
34 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 34 08/07/13 00:13
deriam ser minimizados. Hoje, o mercado indica uma pressão crescente sobre os prestadores
de serviços no que se refere a um melhor controle de seus gastos, exigindo maior controle de
custos por procedimentos. As fontes pagadoras estabelecem prefixações as quais muitas insti-
tuições hospitalares aderiram sem o entendimento claro de seus custos reais.
Diante deste cenário complexo, ainda identificamos que a maioria dos hospitais pri-
vados não geram capital de giro próprio suficiente para honrar diariamente seus com-
promissos, este cenário estabelece a necessidade da ajuda de capital de terceiros, nor-
malmente obtida no mercado financeiro em linhas de crédito de curto e longo prazo.
Este grau de dependência pode gerar problemas uma vez que a oferta e os custos destas
operações dependem do contexto econômico do momento.
Ainda assim, muitos hospitais conseguem manter um determinado nível de caixa paras
atender as dificuldades e incertezas do seu fluxo de pagamentos, recebimentos e estocagem.
Segundo Keynes (1936), as empresas mantêm recursos em razão dos seguintes motivos:
Transação: efetuar pagamento de suas operações normais e certas
Preocupação: efetuar pagamento de despesas imprevistas ou inesperadas
Especulação: aproveitamento de oportunidades especulativas de ativos não monetá-
rios, por exemplo: aproveitamento de um baixo custo de um material estocável.
Além de todos os pontos, o administrador financeiro ainda tem que apoiar e assegu-
rar recursos necessários para viabilizar os contínuos projetos de investimentos. É muito
importante enfatizar que as ferramentas financeiras de tomada de decisão (TIR, Payback,
VPL, ROE) devem ser utilizadas à serviço do processo decisório, contudo, dada a caracte-
rística do negócio, a decisão deve ser baseada também por outros quesitos como interesse
estratégico, científico, qualitativo, de risco, benefício sistêmico, dentre outros.
Não é responsabilidade única e exclusiva do administrador financeiro garantir solidez
financeira à Instituição, este compromisso é de todos os gestores. Porém, neste cenário,
e diante das barreiras culturais do setor, é imprescindível que tenha um perfil incansável
e inconformista para que possa assegurar orientação aos pares e a sustentabilidade do
negócio. O grande desafio continuará sendo atender o paciente com a maior relação
qualidade x efetividade x custo.
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
35JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 35 08/07/13 00:13
Constantemente, a economia mundial é invadida
pelos efeitos da concorrência. Salários, preços,
métodos de produção e distribuição de recursos re-
sultam nesse processo. A presença de um concorrente
muda toda a estrutura do negócio.
“Concorrência é o esforço para conquistar aquilo
que, ao mesmo tempo, outro também se esforça para
conquistar”. Esta citação, feita por Samuel Jhonson,
pensador inglês do século XVIII, é válida até hoje.
Seria imprudente dizer que não existe concor-
rência no sistema hospitalar, pois ela está aumen-
tando gradativamente. É bom para as instituições
e melhor ainda para os pacientes, que terão mais
opções no mercado.
Antigamente, a competição entre hospitais era
pequena. “Com a evolução da tecnologia e dos recur-
sos médicos existentes, os hospitais começaram a se
aparelhar mais, o consumidor está muito mais infor-
mado e ativo”, explica o professor Afonso de Matos,
diretor-presidente da Planisa.
As organizações precisam ter capacidade de descobrir
antecipadamente as oportunidades que estão ao seu redor
e as ameaças presentes, para conseguir driblar a concor-
rência. É necessário fazer um reconhecimento detalhado
do ambiente econômico: nível de inflação, crescimento
da economia, renda per capta, carga tributária e,
a disputa pelo
Fidelizar clientes é o passo principal para construir relacionamentos duradouros e lucrativos
Por Gabrielle [email protected]
SUCESSO
MARKETING
36 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 36 08/07/13 00:13
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
istoc
kpho
to.co
m
37JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 37 08/07/13 00:13
principalmente, pesquisar o público-alvo sempre na busca
da modernização e valorização do cliente.
Para um hospital se destacar no mercado, é
fundamental montar táticas visando os três clien-
tes: médico, operadora e paciente. A gerente de
marketing do Hospital Moinhos de Vento, de Porto
Alegre, conta que a instituição trabalha não somente
com três, mas seis steakholders. “Para cada uma delas,
desenvolvemos um plano estratégico, com desdobra-
mento em ações de comunicação e relacionamento.
As estratégias divergem conforme o público: pacien-
tes e familiares, corpo clínico, operadoras, empresas,
fornecedores e colaboradores”.
Na construção de cada ciclo estratégico, através de
um processo de co-criação, o hospital gaúcho identi-
fi ca quais são os atributos de valor para cada um dos
públicos, desdobram estes atributos e trabalham em
parceria com os setores de compras e fi nanceiro, com
a intenção de verifi car possíveis oportunidades de entre-
gar serviços que auxiliem na transparência das relações.
Para conquistar consumidores ou fi nanciadores,
as instituições buscam oferecer o que tem de melhor,
procurando sempre diferenciar os serviços para se
tornarem exclusivos no sistema.
Hoje, os hospitais se preocupam em ter uma van-
tagem competitiva baseado em uma diferenciação téc-
nica. “Os hospitais buscam ter na sua estratégia uma
demonstração de qualifi cação diferenciada, isso junto
a pacientes e também para atrair e reter médicos espe-
cializados”, opina o diretor-presidente da Planisa.
Para verifi car a efetividade das estratégias, hospi-
tais realizam pesquisas de satisfação entre os clientes,
funcionários e análises de utilização, que devem es-
tar associadas sempre aos indicadores de desempe-
nho econômico-fi nanceiro.
“Se pretendemos verifi car a “força” da marca,
utilizamos pesquisas. Com os pacientes e familiares,
"Competitividade “empobrece” uma
área de marketing, é ela que traz a
necessidade da inovação.”
Daniela Pontes, do Moinhos de Vento
Crist
iano
Sant
'Ann
a
Daniela Pontes: “É fundamental que a equipe esteja alinhada e com o conhe-
cimento necessário para realizar uma entrega com excelência aos pacientes,
familiares e corpo clínico.”
MARKETING
38 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 38 08/07/13 00:13
avaliamos por meio de indicadores que apontam se
estamos sendo efetivos em nossa comunicação”, ex-
põe Daniela.
Cada vez mais, hospitais no exterior utilizam ro-
bôs automatizados, que realizam tarefas simples com
efi ciência e ajudam os médicos a interagirem com os
pacientes fora dos leitos. Os robôs contribuem com a
redução dos custos operacionais, tornam os serviços
mais efi cazes e servem como ferramenta de marke-
ting para posicionar as entidades como adaptadores
de tecnologia de última geração.
Este ano, a GE Global Research’s anunciou que
desenvolverá um sistema inteligente que irá esterilizar
e rastrear instrumentos cirúrgicos, mas só será testa-
do em 2015. De acordo com o investigador principal
e especialista em auto-ID technology da GE Global
Research’s, Lynn DeRose, estão bem posicionados
para construir uma solução inteligente que possa fazer
com que centros cirúrgicos funcionem com mais efi -
ciência, economizar milhões de dólares em custos de
saúde e levar os melhores resultados para os pacientes.
O marketing é uma importante ferramenta uti-
lizada pelas instituições. Seu objetivo é conquistar o
crescimento e desenvolvimento do negócio, tornan-
do-o mais rentável e próspero, direcionando a organi-
zação a realizar com sucesso sua missão.
“É fundamental que a equipe esteja alinhada e
com o conhecimento necessário para realizar uma
entrega com excelência aos pacientes, familiares e
corpo clinico”, afi rma Daniela.
A concorrência está tomando conta do sistema e
o prestador de serviços acaba participando por con-
ta do mercado competitivo. Para se sobressair nessa
disputa é necessário que a instituição tenha capacida-
de de manter ou aumentar os lucros e quem melhor
apresentar o produto fi nal, ganha a batalha.
Matos acredita que uma concorrência saudável
é competir com qualifi cação técnica, oferecendo ao
mercado o melhor produto e a melhor solução assis-
tencial ao cliente. “É necessário ter preços bem for-
mulados, fundamentados no uso efi caz do recurso e
baseados em indicadores de custos. ”
Para obter êxito nos negócios por um período
maior de tempo, os hospitais precisam, em primeiro
lugar, fi delizar clientes, isto é, determinar o público
em que irá se relacionar. Para isso acontecer, precisa
haver uma relação de confi ança junto aos clientes, de-
senvolver sentimentos de fi delidade e lealdade.
“Qualquer indústria com baixa competitividade
“empobrece” uma área de marketing, ela é que traz
a necessidade da inovação. Obviamente, esses efeitos
não são só para o marketing. A competitividade im-
pulsiona o crescimento”, ressalta Daniela.
Divulgação
Afonso de Matos: “Com a evolução da tec-nologia e dos recursos médicos que existem hoje, os hospitais começaram a se aparelhar mais, o consumidor está muito mais informa-do e ati vo.”
lizada pelas instituições. Seu objetivo é conquistar o
crescimento e desenvolvimento do negócio, tornan-
do-o mais rentável e próspero, direcionando a organi-
zação a realizar com sucesso sua missão.
com o conhecimento necessário para realizar uma
entrega com excelência aos pacientes, familiares e
corpo clinico”, afi rma Daniela.
o prestador de serviços acaba participando por con-
Afonso de Matos: nologia e dos recursos médicos que existem hoje, os hospitais começaram a se aparelhar mais, o consumidor está muito mais informa-do e ati vo.”
39JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 39 08/07/13 00:13
É uma pena que esta visão, um tanto quanto míope e distorcida, ainda seja realidade nos dias
de hoje. Porém, temos sorte que o número de profissionais com essa visão seja cada vez menor.
Comunicação é apenas uma das várias disciplinas que compõe o mix do marketing moderno.
Uma das disciplinas que mais podem ajudar os profissionais de marketing, atualmente, no
setor de saúde, é o Geomarketing. Com ele, conseguimos entender e atender vários de nossos
públicos-alvo, sejam eles, pacientes, médicos ou operadoras de saúde.
Em felação aos pacientes, o geomarketing pode auxiliar as instituições por meio de um
cadastro de clientes eficiente. Podemos, por exemplo, imputar informações básicas como o CEP
de moradia e do trabalho dos pacientes em um banco de dados, e com isto descobrir através
do cruzamento de informações, de qual região da cidade são oriundos os clientes que passam
atualmente pelo pronto-socorro.
Com essas informações, podemos entender os pólos regionais dos clientes atuais, se vem de
casa ou do trabalho e identificar áreas geográficas que não atraem clientes. A partir destas infor-
mações podemos traçar planos de captação de clientes. Ainda no campo das hipóteses, podemos
identificar se moradores de um determinado bairro de classe alta, embora vizinhos do hospital,
não sejam clientes e não se sintam atraídos para frequentarem esta instituição.
Por falar em captação, entra aqui também um outro e por que não dizer, um dos mais im-
portantes clientes de uma instituição hospitalar: os médicos.
Através da identificação das especialidades estratégicas que podem aumentar receita e
margem de um determinado hospital, podemos inserir toda a base de médicos de uma cidade
ou região, por especialidade, por operadora, etc, e identificar onde, geograficamente estão lo-
calizados. Na sequência entram outras ferramentas táticas do marketing, como comunicação,
visitação, abordagem, pesquisa da identificação e levantamento das necessidades destes profis-
sionais e, finalmente, a captação médica para que a ampliação desta determinada especialidade
estratégica, seja de fato alcançada.
Claro que um programa bem feito pode significar “atração e captação”, mas se enganam
aqueles que pensam que o trabalho encerra-se aí.
Tão importante quanto atrair e captar é “reter” os bons talentos e os bons profissionais. Para
isso, uma consistente plataforma de relacionamento que atenda as necessidades deste público
pode ser de fundamental importância. Percebam que não estamos falando de investimentos
vultuosos. Muitas vezes atender uma reivindicação muito simples e de baixo custo de imple-
mentação, já é o suficiente e pode gerar um grande e positivo impacto. Pode ser a contratação
Geomarketing: Um aliado na estratégia
Claudio Tonelloé executivo de
marketing naárea da saúde
Claudio TonelloMARKETING
40 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 40 08/07/13 00:13
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
de um manobrista de carros para os médicos não perderem tempo estacionando seus veículos
e seguirem para o centro cirúrgico com maior agilidade, tão pouco esperarem demais para
recebe-los na saída do hospital rumo aos seus consultórios. O importante é saber que não vale
a pena investir um alto volume de capital nas duas primeiras fases e descuidar da terceira, a de
retenção, pois todo o trabalho, tempo, esforço e dinheiro, podem ser jogados fora. O equilíbrio
entre eles me parece o mais sensato.
Muito valorizado hoje em dia, um bom trabalho de aproximação com empresas também
podem ser iniciado por meio do Geomarketing. Tudo se inicia com um mapeamento das em-
presas de determinada região alvo e claro, com o cruzamento de dados importantes como, o
número e perfil dos colaboradores, operadoras e planos de saúde que oferecem aos seus funcio-
nários, etc…. Cabe aqui uma regra bastante importante, respeitar e fazer tudo em linha com a
operadora de saúde que atende esta empresa e que é parceira e cliente do hospital.
Mas como o geomarketing pode ser útil para o hospital em se tratando do cliente operadora
de saúde? Dentro do Marketing, a área de inteligência de mercado deve levantar a participação
das operadoras em termos de receita e margem. Definir quais os “gaps” e oportunidades com
determinadas operadoras e definir um plano de ação em conjunto com a área comercial e de
operações para aumentar a participação desta operadora no negócio do hospital.
Pode ser a melhoria da distribuição numérica e ponderada das especialidades, “pricing” ou
a captação de médicos que trabalham com esta determinada operadora. Neste caso, basta que a
operadora divulgue sua lista de médicos credenciados que o geomarketing faz o restante. Como
disse anteriormente, podemos mapear os médicos de determinada operadora, por especialida-
de, região, rua, etc…
Utilizando o Geomarketing, até a comunicação passa a ser cirúrgica, mais focada e dirigida,
muito mais eficaz, sem dispersão e com baixo custo.
Particularmente, gosto também de usar esta disciplina, para conhecer com muito mais pro-
fundidade qualitativa, o perfil da população de determinada região. Este conhecimento se dá
através de informações disponíveis na ferramenta como: participação das diversas faixas etárias
da população, classe sócio-econômica, número de habitantes por domicílio, nível de instrução e
formação, número de escolas na região, de hospitais concorrentes, além de vários outros indica-
dores de fontes oficiais como IBGE, MEC, IPEA entre outros.
Por essas e outras que, cada vez mais, os profissionais que pensam que marketing é apenas
folheteria, se tornam, cada vez mais, escassos no mercado.
41JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 41 08/07/13 00:13
istoc
kpho
to.co
m
VENDAS
42 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 42 08/07/13 00:13
Construir uma instituição vencedora
consiste em investir em uma estru-
tura de vendas que esteja baseada em
organização, controle e análises dos re-
sultados do produto no mercado. Vender
não é somente ofertar. É imprescindível
ter conhecimento sobre o tipo de cliente
e seu comportamento no mercado.
Para promover mudanças no setor, é
necessário inovar, ampliar os negócios e
modificar os modelos de vendas que vêm
sendo utilizados. Porém, qualquer altera-
ção pode acarretar riscos.
O laboratório Hermes Pardini, na
capital mineira, investe em estratégias de
Pensando fora
da CaixaNovas ideias e investimentos
no setor de vendas de uma organização geram resultados significativos e com qualidade
Por Gabrielle [email protected]
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
43JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 43 08/07/13 00:13
negócio atuando em duas áreas: captação própria,
que consiste no atendimento direto ao cliente e
B2B, onde presta serviços mais especializados para
cerca de 5 mil laboratórios em todo o Brasil. Essa
operação leva o nome de Negócio Apoio. “Nossa
estratégia de crescimento é capitalizar ainda mais
em número de unidades. A empresa estava muito
concentrada na região centro-sul, e agora, para
aproveitar o crescimento das classes C e D, está
mais próxima desses clientes”, conta o presidente
do laboratório, Roberto Santoro.
Com referência à unidade de Negócio Apoio,
a estratégia da empresa é ter a melhor relação
custo serviço em apoio laboratorial a outros labo-
ratórios no Brasil, além de buscar ser a primeira
escolha na área de imagem. Para isso, a institui-
ção aperfeiçoa sua logística e procura ter soluções
de serviços para os clientes, para que tenham uma
fidelização maior no setor.
Uma boa estratégia de negócio, melhora o de-
sempenho da instituição, aumenta a produtivida-
de com qualidade, reduz custos e oferece melho-
res preços. A consequência disso é o aumento na
participação do mercado.
“O primeiro passo é entregar aquilo que você
acorda com seus parceiros, no nosso caso, as ope-
radoras de saúde, que respondem por 98% do
nosso movimento. Quando o paciente é o prin-
cipal foco da estratégia, temos sempre que ter
qualidade no processo”, explica o sócio diretor da
Home Doctor, José Eduardo Ramao.
O segundo passo, ainda de acordo com Ra-
mao, é cercar-se de bons profissionais, fazer a
prospecção de mercado e ver onde estão os focos
principais para expandir dos negócios.
A concorrência está sempre presente neste
segmento. Na opinião de Santoro, em relação ao
mercado de apoio, quanto maior o número de
laboratórios de pequeno porte, melhor, pois eles
irão se espelhar nos grandes laboratórios e tê-los
como referência.
O crescimento do negócio é a preocupação de
qualquer empresário. Com a concorrência, a ne-
cessidade de modernizar com qualidade tornou-se
constante. “É preciso focar na qualidade e na en-
trega do serviço. Concorrência é saudável e sem-
Santoro: No mercado de apoio, o que nos evidencia em relação à concorrência é o nosso nível de entrega.
DivulgaçãoDivulgação
VENDAS
44 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 44 08/07/13 00:13
pre vai existir, não adianta ser único no mercado e
não querer alçar vôos mais altos”, relata Ramao.
Para se destacar, é preciso ter competência
para gerenciar o negócio, investir em conheci-
mento, ter iniciativa e habilidade para se adaptar
às mudanças. Além disso, ter uma comunicação
clara e objetiva é necessário para compreender as
prioridades do público interno e externo.
“Não dá para vender um peixe do tamanho
que você não tem. É preciso aceitar desafios, sem-
pre com os pés no chão, ter autocrítica e reavaliar
seu trabalho. Assim, conseguimos progredir cada
vez mais”, afirma Ramao
O Hermes Pardini aposta na área de P&D e
assessoria científica em campo para se diferenciar,
além de uma integração de sistemas, que permite
que um resultado saia em até 24 horas após os
exames. “No mercado de apoio, o que nos eviden-
cia em relação à concorrência é o nosso nível de
entrega”, descreve Santoro.
A Home Doctor está investindo em diversos
projetos, tais como, uma nova unidade em 2014,
estudos na área de telemedicina e o serviço de
Day Care, que já começa a ser implantado
A entidade foi buscar na Espanha este modelo
de atendimento, chamado Centro-dia Vitalia, que
visa cuidar do envelhecimento da população bra-
sileira, uma realidade cada vez mais evidente. O
serviço atua com foco no bem-estar do idoso e no
envelhecimento com qualidade de vida. “Estamos
estudando esse projeto há muito tempo e acredito
que vai ser uma grande ideia para o mercado. É
preciso focar sempre em coisas novas que tenham
resultado”, expõe Ramao.
Baseado no Método Hoffmann, criado por
Catalina Hoffmann, fundadora e CEO do Grupo
Vitalia, esse trabalho passa a entrar no mercado
internacional. Catarina afirma que o Grupo irá
estabelecer negócios nos Estados Unidos, no Mé-
xico e também no Brasil, além de projetos em ou-
tros países que estão em andamento.
De acordo com a OMS (Organização Mun-
dial da Saúde), o governo brasileiro tem gasto por
ano US$ 466 per capita com a saúde dos cida-
dãos, bem menos que a média mundial. Nos EUA,
por exemplo, os gastos anuais chegam a US$ 3,7
mil. Porém, na última década, o País avançou em
relação aos investimentos na área.
O Hermes Pardini tem obtido um aumento
significativo das vendas nos dois mercados em que
atua. “Temos crescimento de vendas em torno de
20% ao ano no mercado de apoio e 10% ao ano
no mercado local”, aponta Santoro.
Atualmente, o setor de saúde representa
8,8% do PIB brasileiro, e movimenta cerca de
R$300 bilhões por ano. Segundo Ana Maria Ma-
lik, coordenadora geral do GV Saúde (Centro de
Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da
Fundação Getúlio Vargas), os negócios neste se-
tor, hoje, não podem estar voltados para redução
de custo, mas sim para se aproveitar melhor os
recursos existentes.
"Não dá para vender um peixe do
tamanho que você não tem. Mas
é preciso aceitar desafios, sempre
com os pés no chão"
Eduardo Ramao da Home Doctor
45JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 45 08/07/13 00:13
Muito se fala no mercado de saúde a respeito de humanização.
Para entender o que a palavra significa é fácil. Humanização é tratar o ser humano levando
em conta que ele possui um corpo físico, mas também um corpo emocional. Traduzindo: ins-
tituições de saúde não são oficinas mecânicas onde se trocam peças de um motor com defeito.
Até ai nenhuma novidade. O que existe de novo é que as pessoas estão trocando o profis-
sional técnico e frio pelo profissional técnico humano. Isso também serve para as instituições.
Cena 1 | Uma pessoa do meu convívio cuja esposa terá de fazer uma cirurgia de porte,
estava em dúvida entre dois profissionais com os perfis que citei acima. Advinhe qual eles esco-
lheram. Bingo quem disse que foi o mais humano.
Cena 2 | Acabo de ver a nova campanha do Hospital Einstein.
Agora podem levar seus cachorros para visitar os donos internados, ou celebram casamen-
tos no hospital para aqueles que não podem ir até um padre ou rabino. Sinais dos tempos?
Duvido. Inteligência de marca é o nome. Descobriram cedo que o gatilho da preferência de
marca passa pelo coração. Não aquele coração das artérias entupidas, mas aquele bonitinho que
a gente desenha quando se está apaixonado.
Cena 3 | Procuro o fone do meu médico em meio a uma crise renal. Danadas pedrinhas
minúsculas que fazem um homem ajoelhar de dor.
Ligo para ele e não me atende. A dor aumenta. Devidamente munido de meu seguro saúde
e em direção ao hospital ele me liga.
O que houve? Cólica renal – sussuro. Estava em uma cirurgia, onde você está? Indo para
o hospital. Certo, te encontro lá em 30 minutos. Chego ao hospital e sou medicado. Depois de
algum tempo encontro ele na recepção. Ele olha, me abraça, sentamos e conversamos.
A pergunta que vale milhões de dólares: para quantos amigos eu irei indicá-lo?
Ele me atendeu ou me transformou em advogado não remunerado de sua imagem?
Responda-me você.
Cena Final | Vivemos no auge de uma crise de valores em nossa sociedade. Ligue os tele-
jornais e me responda rápido: isso que vemos na TV está acontecendo de verdade ou é roteiro
de um filme de terror?
Estamos correndo consciente ou inconscientemente em direção as relações humanas e na
área de saúde não é diferente. Perceber isso e fazer sua instituição professar este credo, é o cami-
nho mais rápido para sua marca se distanciar das demais e tornar seus pacientes em fãs incon-
dicionais de sua marca. Aja. A hora é agora.
Humanização em saúde: diferencial de marca?
Marcos Le Pera é diretor de
planejamento da Le Pera Comunicação, tem
mais de 30 anos de comunicação e construiu
cerca de 400 marcas.
Marcos Le Pera
Acompanhe este eoutros conteúdos em
www.healthers.com.br
COMPRAS
46 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 46 08/07/13 00:13
HEALTHERS_02 47 08/07/13 00:13
Os CIOs estão em plena transformação em vários segmentos de
mercado. Mas na saúde, esse executivo está ainda mais comple-
xo. Tudo por causa do momento do setor, que vive uma convergência
tecnológica e cronológica. É preciso recuperar o tempo perdido, pensar
no futuro, mostrar competência comum da tecnologia da informação
(TI), ser um líder em estratégia de negócios e ainda preparar-se para os
avanços científicos em diagnósticos e tratamentos. “Estamos vivendo os
últimos 20 anos em apenas um ano”, analisa o presidente da Associação
Brasileira de CIOs da Saúde (ABCIS), David Oliveira.
Para se ter uma ideia da complexidade, os CIOs do setor finan-
ceiro – um setor tradicionalmente avançado em TI – começam lide-
rar o avançar em Big Data, mobilidade, analytics e cloud computing.
Eles são favorecidos por uma sólida infraestrutura já montada, pro-
cessos internos automatizados e a única papelada existente é aquela
obrigatória por lei. Os gestores de tecnologia dos bancos, por exem-
TI EM SAÚDE
48 JUNHO DE 2013
O papel do novo CIO na saúde é também
muito antigoOs gestores de tecnologia do setor estão entre os que mais sabem das vantagens de tendências inovadoras e
que outras empresas sequer começaram a discutir. Mas, ao mesmo tempo, estão amarrados a problemas que
outros CIOs resolveram há anos
Por Gilberto Pavoni Juniorredaçã[email protected]
HEALTHERS_02 48 08/07/13 00:13
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
istockphoto.com
49JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 49 08/07/13 00:13
plo, praticamente já viraram executivos de negócio.
Em hospitais, tudo isso também está ocorrendo, só
que ao mesmo tempo em que a infraestrutura básica está
sendo preparada. É quase impossível dizer se os CIOs
do setor são mais técnicos ou de negócio. Dependendo
do dia e dos problemas a serem resolvidos sua função
muda. E depois muda de novo. E de novo.
Em muitos casos, a preocupação com Big Data se
dá simultaneamente à padronização de preenchimento
de formulários simples e em papel ainda. A mobilidade
nasce junto à chegada de equipamentos de diagnósticos
ultramodernos. O prontuário eletrônico é instalado en-
quanto os cadastros são padronizados, etc. “Existe um
ideal novo que está sendo construído ao mesmo tempo
que problemas básicos são resolvidos a toque de caixa”,
aponta o líder da área de Life Science & Health Care da
consultoria Deloitte, Enrico de Vettori.
OS MELHORES PARA O FUTURO
A boa notícia é que quem sobrevive a esse sufoco
tem lugar garantido entre os melhores executivos do
futuro, e em qualquer empresa. “Eles estão vivendo
tão intensamente as mudanças que serão valorizados
por isso no futuro”, destaca Vettori. E ainda levarão
a experiência de passarem por um setor que tem vi-
sões diferentes sobre a tecnologia.
“A saúde teve uma informatização tardia, mas sem-
pre houve necessidade de entender a estratégia e ficar
próximo às áreas de negócio”, lembra a superintendente
de Tecnologia da Informação do Hospital Sírio-Libanês,
Margareth Ortiz de Camargo. Para ela, cuidar de custos
e de pessoas sempre fez parte da atividade e isso irá dei-
xar os CIOs de saúde mais preparado do que qualquer
outro. “Quando se tem desafios de inovar e o trabalho é
feito com sensibilidade, o profissional fica naturalmente
mais completo”, comenta.
Big Data, BI, analytics Erros em cadastros, bancos de dados obsoletos
Eliminar papéis (paperless) Muitas instituições sequer possuem ERP e dependem de formulários em papel
Mobilidade e Bring Your Own Device (BYOD)
Estrutura de rede com pouca capacidade e sem segurança digital
Cloud computing Há processos que precisam ser de�nidos e medidos antes de migrar.
Diagnósticos com imagens e dados digitais
Sistemas e infraestrutura de TI antigas não suportam tráfego e armazenamento
Con�ra alguns itens da agenda de urgênciasatuais e simultâneas de um CIO da Saúde.
para AGORA para ONTEM
Divu
lgaç
ãoTI EM SAÚDE
50 JUNHO DE 2013
Margareth: Quando se tem desafios de inovar, e o trabalho
é feito com sensibilidade, o profissional fica naturalmente
mais completo
HEALTHERS_02 50 08/07/13 00:13
As
10 novas qualidadesdo CIO na saúde
121213232434354546565767687879898109
109
PARTICIPANTE DO BOARD – uma das novas funções é puramente política. O CIO precisa ter cadeira no board e ajudar a de� nir estratégias da empresa com uso da TI. O lugar também ajuda a de� nir melhor o budget da área.
CARTÓGRAFO DE COLABORAÇÃO – é preciso mapear áreas-chaves nas equipes de atendimento, assistencial e administrativa para estabelecer alian-ças e estratégias para o crescimento. A colaboração envolverá parceiros de fora também. Ele precisa explorar além das paredes da TI.
VISIONÁRIO – novos avanços do mercado e cientí� cos trarão para sua alçada temas como medicina preventiva, interatividade on line com pacientes, Geno-ma e terapias genéticas, nanotecnologia, robótica e telepresença. Tudo depen-derá da TI e de sua análise estratégica.
GESTOR DE INFORMAÇÕES – o cientista de dados é a pro� ssão que fará par-te de várias empresas. Na saúde, o CIO pode assumir isso ou ser o coordenador de toda informação em qualquer formato que entra, circula e sai da empresa para inovar no negócio.
AGENTE DE MUDANÇAS – tudo dependerá da tecnologia. Mas não basta saber comprar e instalar. O CIO deve ser o líder a unir as diversas áreas impac-tadas no desa� o de criar novos hábitos e culturas
FACILITADOR DO CRESCIMENTO - fusões, aquisições, expansão de prédios e novos serviços de forma digital tornam-se comuns no setor. O CIO é a melhor pessoa para saber onde o digital encaixa no físico ou o que pode ser apenas digital e menores custos.
PATROCINADOR DE COMPLIANCE – qualquer nova regra, lei ou diretrizes da instituição terá impacto na TI e em todos que a usam. O CIO usará a tecnologia e sua capacidade administrativa para cumprir prazos e requisições.
EVANGELISTA PAPERLESS – a eliminação do papel e automatização máxima é uma necessidade no setor. Mas há resistências e medos quanto à segurança e e� ciência do novo mundo. Cabe ao CIO instruir e buscar soluções para a di-gitalização das informações, além do prontuário eletrônico e registro digital.
EVANGELISTA M-HEALTH – tablets e smartphones nas mãos de médicos e pacientes são apenas o início de uma revolução na saúde. O CIO deve coman-dar a oferta de novos serviços e a integração do legado da TI com o mundo da mobilidade.
DESIGNER DO HOSPITAL DO FUTURO – a saúde caminha para uma ativida-de de prevenção às doenças e não só de cura. O foco tem saído da instituição e ido para o paciente. A mudança ocorre porque informação virou digital, os negócios buscam a responsabilidade social, o consumidor está mais conecta-do e a tecnologia evoluiu para o social business. O CIO tem todas as condições de visualizar estratégias e enfrentar desa� os para o novo modelo que surgirá.
HEALTHERS_02 51 08/07/13 00:13
Quando se ouvia falar sobre computação em nuvem, muitos diziam ser a grande solução para
os problemas e, também, uma preocupação com a renovação tecnológica.
Seguindo o princípio de computação em grade, modelo capaz de alcançar altas taxas de
processamento utilizando diversas máquinas simultaneamente, nasceu à nuvem. Uma boa ana-
logia para ela é a bicicleta com seis lugares: todos pedalam ao mesmo tempo e cada um faz
menos esforço, certo? Na computação não é diferente, pois já se percebeu que há diversos servi-
dores em empresas que não tem a capacidade utilizada maior do que 50%.
No inicio, não se entendia muito bem suas aplicações. Fato é que a computação em
nuvem existe muito antes de sua “bolha”, nos bons e velhos serviços em “cluster”, seguin-
do o mesmo conceito da nuvem. O que vemos hoje é uma computação capaz de atender
todos os tipos de negócios.
Entretanto, antes de decidir o que vai para nuvem é preciso entender o comportamento
dos seus clientes e serviços de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Existem, atu-
almente, quatro modelos de computação em nuvem: Privado (exclusiva da empresa, dentro
de seu Data Center); Público (criadas por terceiros, diversas empresas compartilham recursos);
Comunidade (grandes corporações ou grupos compartilham seus serviços com preocupação em
cadeia); e Híbrido (privado + público).
Quanto às vantagens da computação em nuvem? São inúmeras, exceto pela destagem
do custo. Com o advento da nuvem, muitos fornecedores saíram vendendo o que não ti-
nham, passaram a oferecer serviços de hosting (seu Data Center físico em outras instalações).
Não! A computação em nuvem é muito mais do que isso. Ela é, ou pelo menos deveria
ser, um investimento muito mais barato do que fazer em casa, mas no Brasil ainda não é
realidade. Temos um problema grave de infraestrutura de rede e elétrica que não passam
segurança na hora de pensar em colocar serviços críticos para nuvem, além de custar muito
caro, ainda é pouco usada na sua concepção.
Por fim, a computação em nuvem veio para ficar! Passamos por reestruturações em escala
global e, ainda, é mais barato colocar em nuvem pública no exterior. Os parceiros precisam
oferecer muito mais do que já fazem, pois este mecanismo não deve, jamais, ser ofertado em um
único continente. Ele deve oferecer bilhetagem compatível com uso.
No Brasil, para nós CIOs (permitam-me afirmar colegas) a computação em nuvem para
sistemas críticos representa um perigo imediato para o negócio. Tão importante quanto, a TI
não é mais uma simples troca da sigla CPD (Centro de Processamento de Dados), ela está além
das suas fronteiras. Olhe ao seu redor e veja tudo que possui tecnologia embarcada.
O que a computação em nuvem deveria oferecer
David Oliveira é gerente de TI do Sepaco
e presidente da ABCIS
David Oliveira
Acompanhe este eoutros conteúdos em
www.healthers.com.br
TI EM SAÚDE
52 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 52 08/07/13 00:13
HEALTHERS_02 53 08/07/13 00:13
istockphoto.com
COMPRAS
54 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 54 08/07/13 00:14
O setor de compras é um dos mais im-
portantes e vitais para qualquer tipo
de empresa ou instituição, pois além de de-
finir o tipo de produto e material que dispo-
nibilizará para seus funcionários e clientes e
reger o perfeito funcionamento da organi-
zação, é também responsável pela redução
ou aumento de custos e, consequentemente,
maior ou menor geração de lucros.
Nos hospitais não é diferente. A área res-
ponsável pela compra dos itens de consumo
como medicamentos e materiais é responsá-
vel por cerca de 25% dos gastos e 50% dos
lucros da instituição. Por isso, uma boa com-
pra depende de uma boa negociação que
mantenha a margem de lucro e isso é pos-
sível com a ajuda de sistemas inovadores e
modernos disponíveis no mercado para au-
xiliar a visão, consulta e compra destes itens.
Paulo Câmara, responsável pelas rela-
Acompanhe este e outros conteúdos emwww.healthers.com.br
Instituições de saúde adotam central de compras, plataformas
eletrônicas e empresas especializadas para garantir um
negócio mais ágil e lucrativo, sem perder a qualidade
Por Cláudia [email protected]
Garantindo uma boa compra
55JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 55 08/07/13 00:14
ções externas da Pró-Saúde, ins-
tituição de gestão de serviços de
saúde e administração hospitalar,
afirma que as compras precisam
ser centralizadas e negociadas em
blocos com os fornecedores, já que
os resultados financeiros do hospital
são obtidos com materiais e medi-
camentos. “A utilização de sistemas integrados que
permitam a economia de escala, realizadas com agili-
dade e segurança para o abastecimento de suprimen-
tos de saúde, são essenciais hoje em dia.”
A Central de Compras da Pró-Saúde, certificada
em 2012 com a ISO 9001-2008 e que atende hoje
mais de 40 serviços de saúde em diversas regiões do
País, utiliza a estratégia eletrônica de compra e-pro-
curement, que mapeia, em tempo real, as demandas
de quem compra e as ofertas dos fornecedores, sen-
do possível identificar os menores preços de acor-
do com o volume de pedidos e oferecer economia
de escala, agilidade, segurança e transparência no
abastecimento de medicamentos e equipamento,
entre outros itens.
“Adotamos a solução do Paradigma WBC, uma
plataforma amigável e confiável, sustentada na apli-
cação da metodologia de Strategic Sourcing, que au-
xilia os serviços de saúde na gestão de compras, com
foco no aumento da produtividade e redução de custo
a 12%”, diz Câmara. O executivo garante ainda que
há uma ligação direta entre a Central de Compras e
outras áreas dos hospitais, que sempre participam do
processo como almoxarifado, farmácia, finan-
ceiro, comissão de padronização e farmacoterapia.
Para Silvério Pinheiro, gerente de suprimentos
do Hospital Sírio Libanês, o fator mais importante
para realizar uma boa compra sem perder a margem
de lucro é trabalhar a concorrência. “Sem perder de
vista o princípio de qualidade, quanto melhor é o
preço da compra, melhor será a rentabilidade para
o hospital”, afirma. “Dentro do hospital temos clien-
tes que não podem ter problemas com a qualidade
ou quantidade dos produtos, por isso, bons produtos
com um bom custo mantêm a sustentabilidade de um
bom negócio para todos os lados.”
A área de compras do Sírio Libanês recebe o
apoio das áreas de Comissão de Farmácia e Terapêu-
tica, que fornece subsídios técnicos para a seleção e
aquisição de medicamentos; Comissão de Padroniza-
ção de Equipamentos e Materiais Descartáveis, que
dá subsídios técnicos para a seleção e aquisição de
materiais descartáveis; e Nutrição, responsável pelos
subsídios técnicos para a seleção e aquisição de gêne-
ros alimentícios e nutrição enteral.
Há pouco mais de um ano, o Sírio implantou a
plataforma Bionexo, considerada a maior comuni-
Câmara: a utilização de sistemas integrados que permitam a
economia em escala realizadas com agilidade e segurança para o abastecimento de suprimentos de saúde, são essenciais hoje em dia.
Divulgação
COMPRAS
56 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 56 08/07/13 00:14
dade de compras eletrônicas hospitalares da Amé-
rica Latina e Europa. “Eles já contam com toda
a documentação legal e aprovação da vigilância
sanitária para a uma decisão segura e nos oferecem
uma ferramenta dinâmica e efi ciente para com-
pras”, afi rma Silvério.
Nesta plataforma, segundo o gerente de supri-
mentos do Sírio Libanês, é possível enxergar todos
os produtos que precisam ser comprados e estocados
no hospital. “Com isso visto, fazemos o pedido, re-
cebemos as cotações e conseguimos fechar a melhor
proposta”, fi naliza Pinheiro, que ressalta ainda que
trabalha com importação de produtos, o que é um di-
ferencial muito grande e traz economias de até 10%.
Maurício De Lazzari Barbosa, presidente da Bio-
nexo Brasil, garante que a empresa moderniza o mo-
delo de gestão hospitalar e oferece um novo ambiente
de negócios para hospitais e fornecedores. Uma pes-
quisa nacional feita pelo Iopec (Instituto de Opinião
Pública, Estatística e Qualidade) junto a fornecedo-
res, mostrou que, para 75% das empresas entrevista-
das, a comunidade eletrônica proporcionou abertura
para novos mercados, aos quais não tinham acesso
anteriormente, e 65% dos fornecedores apontaram
que a gestão de compras dos hospitais melhorou
com a plataforma.
O Grupo Saúde Bandeirantes, do qual fazem parte
os hospitais privados Bandeirantes e Leforte, em São
Paulo, passou por uma grande reestruturação na área
de compras e conseguiu economizar R$15 milhões
com a melhora dos processos por meio da renegocia-
ção de contratos, movimentação de pessoas, capacita-
ção de compradores, ajuste de processos de aquisições
e desenvolvimento de alternativas de abastecimento.
Outro momento importante dentro do processo
de compras de um hospital é a escolha e fi delização
dos fornecedores. De acordo com Paulo Câmara, o
processo de qualifi cação é muito importante e vem
junto a uma matriz de requisitos, alinhada às estraté-
gias e valores do hospital.
Silvério Pinheiro, do Sírio Libanês, conta que
para a escolha de seus fornecedores há um proces-
so de homologação. “Temos um grupo de avaliação
para nossos fornecedores e estamos sempre baseados
nos princípios de qualidade, padronização e preços.
Com isso, mantemos uma boa relação com eles, o que
é muito importante para a fi delização e a manuten-
ção de nossa qualidade”, fi naliza Pinheiro.
25% 50%dos gastos de um hospital são com itens de consumo
dos lucros de um hospital particular são da venda dos itens de consumo
57JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 57 08/07/13 00:14
A motivação dos empregados é um tema presente
na mesa de discussão de grande parte dos gesto-
res de empresas. Diversos modelos de distribuição de
resultados e pacotes de remuneração são oferecidos
para que o trabalho traga resultados satisfatórios para
o indivíduo, equipe e instituição.
Ver o salário consideravelmente incrementado ou
poder comprar ações da empresa por um preço, nor-
malmente, abaixo do valor de mercado e vendê-las com
uma boa margem de lucro – sistema conhecido como
stock option - são algumas das formas encontradas pelos
empregadores, inclusive as instituições de saúde, para
atrair novos e motivar e reter os bons funcionários.
As stock options surgiram na década de 50 nos Esta-
dos Unidos, atingiram o seu auge no país entre os anos
de 2000 e 2001 e até hoje são um benefício oferecido pe-
las empresas, que têm a intenção de incentivar o aumen-
to da produção com a oferta da opção de remuneração
em forma de contratos privados para compra de ações.
Nos Estados Unidos, algumas cadeias de hospi-
tais de alta complexidade viram os preços das ações
subirem no ano passado, o que resultou no aumento
do exercício das stock options e, consequentemente, a
remuneração global foi maior, apesar dos pacotes de
remuneração mais baixos.
O presidente e CEO dos 132 hospitais da cadeia
Community Health Systems, no Tennessee, Wayne
Smith, viu uma diminuição de 19,7% na remunera-
ção anual, porém teve um aumento significativo na
remuneração total após a compra das stock options,
oferecidas pela empresa. Por isso, com a inclusão das
stock options, o valor da remuneração total de Smith
no ano passado chegou a US$ 21,5 milhões, US$ 400
mil a mais do que no ano anterior.
A ordem é
motivarInstituições da área da saúde adotam modelos de
distribuição de resultados e ferramentas como stock options para atrair, motivar e reter empregados.
Por Cláudia Rocco [email protected]
RECURSOS HUMANOS
58 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 58 08/07/13 00:14
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
istockphoto.com
59JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 59 08/07/13 00:14
Trevor Fetter, presidente e CEO da Tenet Health-
care Corporation, um dos maiores sistemas privados
de prestação de saúde dos Estados Unidos, afirmou
que esta ação representa um dos maiores aumentos
salariais no ano de 2012. Após aplicar as stock op-
tions, Fetter viu sua compensação anual chegar aos
US$ 32,1 milhões, depois de um aumento de 58%
no valor das ações compradas. Em 2011, o executivo
ganhou US$ 10,7 milhões sem as stock options.
No Brasil, o grupo farmacêutico Novartis, também
oferece a seus funcionários este tipo de benefício, que
segundo Gerson Teixeira, gerente de remuneração e
benefícios da multinacional, é uma ferramenta de remu-
neração para o reconhecimento e retenção de talentos.
“Avaliamos o potencial e o desempenho de nossos fun-
cionários para que sejam elegíveis para receberem as
stock options e, com isso, queremos trabalhar na reten-
ção de nossos best performers”, afirma Teixeira.
A Novartis oferece ainda o Programa de Partici-
pação nos Lucros e Resultados, a PLR, que, de acor-
do com Teixeira, é um bônus adequado que leva em
consideração os resultados individuais e os resultados
da empresa. “Todos os nossos profissionais partici-
pam da PLR, o que é um incentivo para que o fun-
cionário busque a superação, cresça individualmente
e traga também o crescimento para a empresa.”
O executivo da Novartis, afirma ainda que o ob-
jetivo de trabalhar com modelos de distribuição de
resultados é ter o funcionário mais satisfeito e trazer o
conceito de remuneração total para seus empregados.
“Deixamos claras as regras do jogo e juntamos o fator
monetário com a motivação e superação que ele deve
buscar. Além disso, trazemos informações e noções
para que tenham condição de avaliar a remuneração
Danilo Ramos
Teixeira: Avaliamos o potencial e o desempenho de nossos funcionários para que sejam elegíveis para receberem as stock options
RECURSOS HUMANOS
60 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 60 08/07/13 00:14
total, incluindo as stock options e PLR, que são resul-
tados de objetivos e esforços”, finaliza.
Enrico de Vettori, líder da área de Life Science and
Health Care da consultoria Deloitte no Brasil, garante
que, cada vez mais, as pessoas buscam reconhecimento
e os modelos de distribuição de resultados acabam inte-
grando os funcionários às empresas, fazendo com que
eles se sintam participantes daquela realidade.
O especialista afirma que o espírito de equipe deve
ser valorizado e as questões pessoais devem ser sempre
levadas em consideração. “De uma maneira geral, a
equipe e a empresa devem estar bem integradas para
trazerem resultados quantitativos e qualitativos, que se-
rão resultados satisfatórios para ambas as partes”.
Segundo Vettori, a definição de critérios de um
modo harmônico no momento da avaliação pode
ajudar empresas a terem funcionários mais satisfeitos.
“Buscar os resultados qualitativos, e não apenas o di-
nheiro, é muito importante, principalmente na área da
saúde. Isso torna mais efetivo o resultado positivo para
a empresa e para o funcionário, garantindo mais as-
sistencialismo e mais segurança para o paciente”, diz.
Além disso, Vettori destaca uma estrutura basea-
da em quatro pilares: medição de desempenho, meri-
tocracia do funcionário, boa remuneração e um pla-
no de desenvolvimento sustentável de carreira para os
colaboradores. “Baseado nestes quatro pontos, tudo
tende a se desenvolver da melhor maneira para em-
presa e funcionário.”
A utilização de modelos de distribuição de resul-
tados e ferramentas como as stock options para atrair,
motivar e reter funcionários, já é utilizada nos Esta-
dos Unidos e na Europa há cerca de 50 anos, mas
chegou ao Brasil e começou a fazer sucesso a cerca de
20. Especialistas acreditam que esta é uma tendência.
Enrico de Vettori ressalta que modelos de remunera-
ções já são utilizados em várias indústrias e que, cada
vez mais, está chegando à área da saúde.
Surgimento nos Estados
Unidos na década de
50 e ganhou grande
visibilidade após os
anos 80, quando se
tornou uma prática
quase absoluta entre as
empresas americanas
de grande porte;
Auge do sistema de
concessão acontece nos
Estados Unidos, entre os
anos de 2000 e 2001;
Na Europa os planos de
“Stock Options” tiveram
repercussão na década
de 70, atingindo o seu
auge na década de 90;
62 em cada 100
empresas americanas
aprovaram e concede-
ram Planos de “Stock
Options” para seus
empregados (estudo
realizado no ano de
2000 pelo National
Center for Employee
Ownership (NCEO) - dos
Estados Unidos);
No ano 2000 mais de
11 milhões de trabalha-
dores foram retribuídos
com opções de ações,
contra apenas 1 milhão
em 1992 empregados
(estudo realizado no
ano de 2000 pelo Natio-
nal Center for Employee
Ownership (NCEO) - dos
Estados Unidos);
No Brasil, os primeiros
registros da concessão
de “Stock Options” pelas
empresas para empre-
gados e administrado-
res ocorreu na década
de 80, inicialmente por
instituições bancárias,
internacionais e as
empresas de tecnologia
e informática;
Stock Option
Vettori: Buscar os resultados qualitativos, e não apenas o
dinheiro, é muito importante, principalmente na
área da saúde
Divulgação
HEALTHERS_02 61 08/07/13 00:14
Pocket Cell Novidade no mercado brasileiro, a bateria móvel Pocket Cell, da fabricante Innergie, chega para simplificar a vida de qualquer pessoa. O dispositivo possui design prático, arroja-do e serve para carregar gadgets como: mp3 players, tablets, smartphones e outros equipamentos que possuem entrada USB. R$199
LIFESTYLE
62 JUNHO DE 2013
Câmera Mirorless Samsung Simples, inteligente e funcional. Estas são algumas das características da Smart Câmera da Sam-sung, NX2000. O dispositivo possui tela touchscreen conectividade WiFi e resolução de até 20,3 megapixels. Além de diversas opções em seu menu, a câmera traz o Adobe Lightroom 4, uma lente 20-50mm e um flash externo que aumenta a capacidade de iluminaçãoo da câmera em ambientes com baixa luminosidade. R$1.400
iPhone 5 O mais novo dispositivo da Apple, o Iphone 5, é o sexto smartphone lançado pela empresa. Mais fino e com corpo feito de alumínio, o novo iPhone traz fones de ouvido EarPods e um novo conector lightning. O aparelho possui tela de 4 polegadas, com reso-lução de 1136x640 pixels e tecnologia Retina Display. R$2.500
HEALTHERS_02 62 08/07/13 00:14
63JUNHO DE 2013
Ultrabook slider híbrido Com a proposta de integrar as capacidades avançadas dos ultrabooks com a interatividade dos tablets, o Vaio Duo 11, da Sony, é mais uma inovação da marca japonesa. O dispositivo é um híbrido de alto desempenho e já vem preparado para comportar o Windows 8. Sua tela touchs-creen possui resolução Full HD. R$ 5.299
BeatsCom design atraente, o fone da linha Beats PRO, da Monster, possui ex-celente qualidade de som. Indicados para os amantes de uma boa música o fone de ouvido é confortável, tem almofadas removíveis e laváveis, além de ser feito em metal ultra--resistente, o que garante maior durabilidade. R$2.715
Ipad Mini Menor, mais leve e rápido. Estas são algumas das
propostas apresentadas pela Apple ao lançar o iPad mini. O modelo possui tela de 7,9 polegadas e pro-cessador Dual-core A5. A resolução do pequeno ta-blet é a mesma do iPad 2 e pesa apenas 308 gramas. Leve, elegante e cabe em qualquer bolsa. R$ 1.200
Toca-discosA TEAC Corporation, renomada marca de áudio japonesa, trouxe para o Brasil o toca-discos LP-R500. O aparelho permite ouvir músicas de diversas formas: Toca-discos, Rádio AM/FM, Cassete, CD, CD-R/RW, USB, saída de áudio e entrada auxiliar. Além disso, possui um mecanismo de alta tecnologia que grava LPs e Cassetes em CD. Através da entrada USB, o aparelho tam-bém digitaliza discos e fitas no computador. R$1.999
HEALTHERS_02 63 08/07/13 00:14
Alberto Leite
Vivemos num mundo realmente estranho.
Há algum tempo os melhores empre-
sários do mundo eram aqueles capazes de
criar coisas quase indestrutíveis. Hoje em
dia ganha quem criar algo que gere receita
recorrente, margem alta e escala, palavras
que soam como melodia nos ouvidos de
engravatados de fundos de investimento.
Tudo isso é feito para que seu rico inves-
timento vire mais e mais em pouco tempo.
Benito Muros, da empresa espanho-
la SOP (Sem obsolescência Programada),
também espanhol, criou a lâmpada que
nunca queima e está ameaçado de morte.
Quem poderia querer ameaçar um homem
que cria algo que dura mais do que cem
anos? Você tem três chances de acertar.
Acertou. Isso mesmo.
Fora isso o que vale é a troca. Trocam-
-se as baterias de celulares, trocam-se as
versões de software, troca-se o hardware,
troca-se de esposa e marido. Troca-se tudo
hoje em dia, porque virou algo simples. Fa-
vorece-se a troca. Ela ficou fácil, acessível
e, mais do que isso, incentivada.
Há algum tempo ouvi uma frase que
dizia que hoje em dia amamos as coisas e
usamos as pessoas. No início achei forte,
mas um dia desses ouvi num programa de
entrevistas que você tem que tomar cui-
dado ao se casar, é melhor preservar suas
coisas do que perdê-las para uma pessoa.
Infelizmente faço parte de uma mi-
noria, intitulada de idiotas, que ainda
acredita em coisas como amor, troca, ex-
periência, vida, alma, coisas desse tipo,
que quase não são mais faladas, nem em
comercial de sabonete. Hoje em dia o que
vale é a troca.
Tem coisa que não troco, me desculpem.
Não troco o sorriso da minha avó,
o abraço do meu sobrinho, o abanar de
rabo do meu cãozinho pug, o abraço da
minha família no dia 31 de dezembro
com choros desejando outro ano me-
lhor; não troco um final de E.T. com
Elliot em dúvida se subiria na nave ou
ficaria com sua mãe, os últimos segun-
dos da Nona de Beethoven que nos
fazem querer que ela continue até a
eternidade ou o ecoar de um Luciano
Pavarotti cantando com alma Nessun
Dorma. Não troco o caminhar numa
montanha e olhar pra baixo com ar de
“consegui”. Não troco um agradeci-
mento de um funcionário feliz que foi
promovido, um beijo de alguém que es-
perou por ele por algum tempo.
Sinceramente não suporto mais tan-
ta troca.
Entre novos e usados
Alberto Leite é CEO da Cboard, empresa de
gestão de comunidades que publica a revista Healthers e professor de inovação e
estratégia da FIA USP.
Danilo Ramos
INSIGHT
64 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 64 08/07/13 00:14
Não quero trocar minha TV de 50 por
uma de 60, meu Iphone 4s por um 5, meu
IPAD por um IPAD com retina. Não que-
ro mais trocar e ponto.
Quero cuidar mais do que tenho.
Quero olhar menos vitrines e olhar
mais meu armário.
Quero conservar.
Quero jogar mais golfe com meus ta-
cos usadinhos sem pensar em novos (acho
até que quando penso em trocá-los eu jogo
pior por vingança dos velhinhos).
Quero lavar meu carro e deixá-lo limpo.
Quero tocar com minha guitarra ve-
lhinha e manjada.
Quero ver filmes antigos e entender
mais sobre eles.
Quero meus amigos aqui perto de
mim rindo de tudo, mesmo que for das
velhas piadas.
Quero trabalhar com pessoas e não
desistir delas até que “morte da relação”
nos separe.
Quero escrever mais por observação e
menos por gramática.
Quero falar mais e escrever menos.
Quero ligar mais e usar menos SMS.
Quero ver mais filmes no cinema co-
mendo pipoca e menos no iTunes.
Quero realmente comer mais coisas
saborosas e com mais tempo do que um
hamburger.
Quero correr na praia e não na
academia.
Quero, quero e quero tudo menos
a troca.
Posso querer isso sem que me ame-
acem de morte?
Acompanhe este eoutros conteúdos emwww.healthers.com.br
istoc
kpho
to.co
m
65JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 65 08/07/13 00:14
“As equipes estão em todas as partes. Nas empresas, nos esportes, nas artes e até na política.”
Tanto nos aspectos pessoais como profissionais de nossas vidas, as equipes têm um
lugar importante. Não obstante, nem todos os grupos são uma equipe e nem todas as
equipes são eficazes.”
Este paragrafo tirado da publicação de Glenn M. Parker, retrata uma verdade in-
trínseca no dia-a-dia de todos nós, “vendedores”. Ao meu ver, mesmo quando trabalha-
mos sozinhos constituímos equipes, pois uma venda eficiente, na maioria das vezes, está
intimamente ligada a habilidade do profissional que vende e, um profissional eficiente,
nunca deve ser parte única e total do processo de vendas, é quase uma necessidade
estabelecer vínculos confiáveis desde o inicio da venda. Trazer vários players para as
diversas fases da venda, traz segurança e permite um entendimento mais claro das
necessidades do comprador/Cliente.
Portanto vale afirmar que, todos somos vendedores, mesmo quando compramos ten-
tamos passar uma ideia mais próxima de nossa necessidade, e isso nos torna uma espécie
de vendedores de nossas próprias necessidades. Nesta linha podemos dizer que existem três
tipos de profissionais ligados a arte de vender:
Estão vendedores: aqueles que exercem temporariamente uma condição de vendedo-
res, aquela condição que visa atender uma necessidade própria, geralmente ligado ao vare-
jo ou ainda à venda de produtos.
São vendedores: Quantos de nós, vendedores, já não escutaram a frase, “este nasceu
vendedor”. É exatamente isto, ser vendedor esta na natureza de pessoas que são apaixona-
dos pelo ato de Vender. Naturalmente conseguem influenciar pessoas e na maioria das vezes
procuram estabelecer seus próprios processos de vendas.
São profissionais de vendas: aqueles que buscam constantemente informação, mas não
qualquer informação. Ele evoluiu e procurou desenvolver-se e especializar-se em uma de-
terminada área de atuação, adquiriu conhecimento, olhar critico e diagnostico assertivo.
Seu conhecimento baseia-se não somente na formação acadêmica, mas complementar-
mente em suas experiências e casos de sucessos.
O Profissional de Vendas, tem sua atuação focada na necessidade do cliente, normal-
mente segue uma metodologia focada no entendimento da situação, dividindo o processo
de vendas em fases e calçado na identificação dos diferentes players: iniciadores, centro de
gravidade, bloqueadores, aprovadores e decisores.
Vender é a arte de influenciar
Valdemar Batista Jr. é superintendente
comercial da Home Doctor
Valdemar Batista Jr.
Acompanhe este eoutros conteúdos em
www.healthers.com.br
VENDAS
66 JUNHO DE 2013
HEALTHERS_02 66 08/07/13 00:14
Atuando no limite do conhecimento, para alcançar as melhores taxas de cura do câncer infantojuvenil
Quimioteca
Pesquisa
Cirurgia
UTI
RessonânciaTransplante de Medula Óssea
Brinquedoteca
O GRAACC é uma instituição que trabalha no limite
do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer.
Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo.
A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares.
Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados
das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país.
E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida.
Saiba mais em: www.graacc.org.br
Rua Botucatu, 743, Vila Clementino São Paulo/SP, Cep04023-062
(+55 11) 5080-8400
Responsável Técnico: Dr. Sérgio Petrilli - CRM 16.434
Anuncio_Institucional_RevistaHealthers_Abr2013_175x225mm.indd 1 23/04/13 10:18HEALTHERS_02 67 08/07/13 00:14
O Grupo Saúde Bandeirantes (SP) utiliza as soluções MV para automatizar o fluxo de informações entre os setores e integrar todos os processos de trabalho dos hospitais Bandeirantes e Le Forte.
Para o Dr. Marcelo Medeiros, contar com as soluções MV desde 1999 tem facilitado a gestão dos hospitais, proporcionado informações confiáveis para tomadas de decisão, maiores ganhos financeiros e a certeza de que a parceria com a MV foi a escolha certa.
Indispensável é ter mais eficiência na gestão de saúde.
/comunidademv
PARA O DR. MARCELO,INDISPENSÁVEL É TERFACILIDADE NA GESTÃO.
Dr. Marcelo MedeirosDiretor InstitucionalGrupo Saúde Bandeirantes
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
HEALTHERS_02 68 08/07/13 00:14