HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO ... -...

70
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciência da Saúde Faculdade de Odontologia Departamento de Odontopediatria e Ortodontia Rio de Janeiro 2016 HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO: PERCEPÇÃO ESTÉTICA DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES E DE SEUS RESPOSÁVEIS FERNANDA MAFEI FELIX DA SILVA

Transcript of HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO ... -...

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciência da Saúde Faculdade de Odontologia

Departamento de Odontopediatria e Ortodontia

Rio de Janeiro 2016

HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO: PERCEPÇÃO

ESTÉTICA DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES E DE SEUS

RESPOSÁVEIS

FERNANDA MAFEI FELIX DA SILVA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciência da Saúde Faculdade de Odontologia

Departamento de Odontopediatria e Ortodontia

Rio de Janeiro 2016

FERNANDA MAFEI FELIX DA SILVA

HIPOMINERALIZAÇÃO MOLAR-INCISIVO: PERCEPÇÃO

ESTÉTICA DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES E DE SEUS

RESPONSÁVEIS

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de

Pós-graduação em Odontologia da Faculdade de

Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

como parte dos requisitos para obtenção do título de

Mestre em Odontologia (Área de Concentração:

Odontopediatria).

Orientadores:

Prof. Dr. Marcelo de Castro Costa Prof. Adjunto da Disciplina de Odontopediatria da FO/UFRJ. Prof. Dr. Alexandre Rezende Vieira Prof. Adjunto do Departamento de Biologia e Medicina Oral da Universidade de Pittsburgh.

FICHA CATALOGRÁFICA

Da Silva, Fernanda Mafei Felix

Hipomineralização molar- incisivo: percepção estética de crianças/adolescentes e de seus responsáveis. / Fernanda Mafei Felix da Silva – Rio de Janeiro: UFRJ/ Faculdade de Odontologia, 2016.

69 f. : il. ; 31 cm.

Orientadores: Marcelo de Castro Costa e Alexandre Rezende Vieira.

Dissertação (Mestrado) - UFRJ, FO, Programa de Pós-graduação em Odontologia, Programa de Pós-Graduação em Odontopediatria, 2016.

Referências bibliográficas: f. 47-49.

1. Desmineralização do Dente - diagnóstico. 2. Cárie Dentária - etnologia. 3. Dente Molar - anormalidades. 4. Estética Dentária - psicologia. 5. Criança. 6. Pais - psicologia. 7. Odontologia - Tese. I. Costa, Marcelo de Castro. II. Vieira, Alexandre Rezende. III. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Odontologia, Programa de Pós-graduação em Odontologia. IV. Título.

“ Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim ”.

Chico Xavier

DEDICATÓRIA

Ao meu amado marido Diogo Antunes, por me apoiar em todas minhas

decisões. Por estar do meu lado nos momentos felizes e difíceis, por abrir mão

dos seus sonhos pelo meu, pela paciência, carinho e pelo amor!

Te Amo!!!

“Mas se o céu for você, se você for

para mim, entrego tudo a Deus, eu digo

que sim”

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

O Deus pai todo poderoso, te agradeço pela bênção sem fim e pela

alegria de viver em tua esperança!

Ao meu amado pai, Marco Antonio, por me apoiar em todas as minhas

decisões com muita lucidez e carinho. Tenho uma gratidão imensa pela vida por

ter me presenteado com a sua presença. Um Pai tão zeloso, atencioso e

incentivador. Você é tudo na minha vida. Eu amo você. Obrigado por tudo.

A minha mãe de coração Cátia Regina, pelo carinho, amizade, paciência

e amor. Agradeço a deus por ter colocado você na minha vida.

A minha amada e linda mãe, Benedita um exemplo de superação.

Agradeço todos os dias por você ser minha mãe. Uma mãe maravilhosa,

carinhosa e amiga. Obrigada por tudo! Eu te amo para sempre

AGRADECIMENTOS

Aos meus irmãos Marco e Patrícia, por estarem ao meu lado em todos os

momentos. Por serem tão maravilhosos e cautelosos comigo. Amo vocês!

Às minhas amadas amigas Cintia, Andréa, Barbara, Julia e Gabriela.

Pelos momentos maravilhosos juntos e pelas ótimas conversas. Por todo o

carinho e amizade. Vocês são as melhores sempre e para sempre.

A minha sogra Maria Helena, pelo carinho, companheirismos e ajuda!

Muito obrigada

Ao meu orientador, Prof. Dr. Marcelo de Casto Costa, por acreditar na

pesquisa e por ter acreditado em mim. Agradeço o cuidado especial em todas as

orientações que recebi durante esses dois anos. Você é pessoa maravilhosa!

Muito obrigado.

Á doutoranda, Christiane Cruz, pelas sábias orientações e paciência

desde inicio até o final da dissertação. Aprendi muito com as suas sugestões.

Muito obrigado.

A minha querida turma, Kairon, Aline, Paula e Andréa por todos os

momentos bem vividos nesses dois anos. As lembranças que levarei comigo

farão parte da minha história para sempre. Cada uma, à sua maneira, contribuiu

para essa ser a turma mais especial que já tive. As adversidades pelas quais

passamos nos tornaram mais fortes. Obrigada pela amizade e o carinho. Adoro

vocês!

As minhas amigas do mestrado e doutorado, Paula Pires e Thais Soares

que tornaram a rotina diária menos árdua. As dicas, experiências de sucesso

compartilhadas e uma palavra de acalanto no momento oportuno. Amiga para

todas as horas. Adoro vocês!

Aos colegas também do Mestrado e doutorado, Raquel carvalho, Daniele

Cassol, Thiago Isidro, Roberta, Michele Lenzi, Clarrisa e Adriele que foram

sempre atenciosos, prestativos e carinhosos comigo. Muito obrigado.

A você, Andréa Laudares, que sempre fazia dupla comigo nas atividades

acadêmicas, agradeço por dividir comigo a sua sabedoria, pelos dois anos de

pura e verdadeira amizade, companheirismo e muito carinho. Pelas palavras

sábias nos momentos cruciais, pela paciência e por deixar meu dia mais

iluminado. És uma profissional maravilhosa. Obrigada por fazer parte da minha

vida.

Aos professores Dr. Rogerio Gleiser, Drª. Ivete Pomarico Ribeiro de

Souza, Drª. Gloria Fernanda, Drª. Lucianne Cople Maia e Drª. Andréa Antonio

por todo conhecimento transmitido durante as aulas. Sempre com dicas

pertinentes e sugestões. Foram aulas com intensa arguição que valeram à pena.

Recompensador perceber como melhoramos após essas dicas. Exemplos

inspiradores!

À professora Drª. Laura Guimarães Primo que conduziu a coordenação

do mestrado com muita sabedoria, determinação e disciplina. Muito obrigado.

Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Odontopediatria

(FO/UFRJ) Dr. Thomaz Chianca, João Farinhas, Nena Requejo, Carla Martins,

Vanessa Moraes e Marta Martins, pelas orientações, apoio e transmissão do

conhecimento. Muito obrigado.

A professora Drª. Aline Neves, pelas orientações de excelência na clínica.

Pelo exemplo de profissional e ser humano. Muito obrigada por me mostrar como

ser uma profissional de excelência. Muito obrigada!

À professora Drª. Lucianna Pomarico tenho-lhe uma grande admiração.

Obrigada pelas sabias orientações, dicas e sugestões, pela paciência e confiança.

Uma profissional de excelência

Aos colegas do doutorado, Marlus Cajazeira, Michelle Ammari, Andrea

Pintor, Cláudia Tavares, pelo convívio fraterno e pelas experiências

compartilhadas.

A todos os funcionários da Disciplina de Odontopediatria (FO/UFRJ), João

Carlos Monteiro, Zezé, Robson, Luiza, Rose, Isabel, Patrícia, Mere, Andréa e

Kátia Seixas, agradeço pela atenção, carinho e zelo.

À todos os pacientes da Disciplina de Odontopediatria (FO/UFRJ) que

contribuíram para a minha formação, aos responsáveis desses pacientes pela

credibilidade confiada. Muito obrigado.

RESUMO

DA SILVA, Fernanda Mafei Felix. HIPOMINERAIZAÇÃO MOLAR- INCISIVO: PERCEPÇÃO ESTÉTICA DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES E DE SEUS RESPONSÁVEIS Rio de Janeiro, 2016 Dissertação (Mestrado em Odontologia – Área de concentração: Odontopediatria) –

Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

O objetivo do presente trabalho foi avaliar a percepção estética de pacientes com

hipomineralização molar-incisivo (HMI) e de seus responsáveis, bem como verificar o

possível impacto da HMI em sua condição psicossocial antes e depois de seu tratamento.

Além disso, verificou-se também uma possível correlação entre cárie dentária e HMI.

Para este fim, foram avaliadas 56 crianças/adolescentes com idades entre 7 e 14 anos,

divididas em dois grupos: grupo caso (crianças portadoras de HMI n=28) e grupo controle

(crianças sem HMI n=28), além de seus responsáveis. Os critérios de exclusão foram

ausência de curso de alfabetização, pacientes com comprometimento sistêmico e/ou

cognitivo, com história de trauma dentário e aqueles em tratamento ortodôntico. A coleta

de dados foi realizada por um único examinador treinado e calibrado (teste Kappa=0,88)

através de exame clínico e aplicação de questionários. Na avaliação da percepção

estética foi utilizado o questionário The Child and Parent’s Questionnaire of Teeth

Appearance devidamente validado e adaptado ao contexto brasileiro. Esse instrumento

compreende questões de ordem física, psicológica e social, além das percepções sobre

aparência (manchamento, cor, condição, alinhamento e saúde dos dentes). As opções de

resposta foram em forma de múltipla escolha, apresentadas por uma escala de

graduação variando da melhor condição (0) a pior condição (4). Além disso, os

responsáveis responderam a um questionário semi-estruturado contendo dados

pessoais, renda familiar e o nível de escolaridade dos pais. Para o diagnóstico do grau de

severidade de HMI foi utilizado o critério da EADP (European Academic of Paediatric

Dentistry) (graus leve e severo). O índice utilizado para a experiência de cárie dentária foi

o CPO-D (dente cariado, perdido e obturado). Foram aplicados os testes do Qui-

quadrado, o teste T- student, regressão logística e teste Correlação de Spearman com o

nível de significância de 5%. O gênero predominante nos pacientes foi o masculino (n =

35; 62,5%) e nos responsáveis, o feminino (n = 49; 87,5%). O nível sócio econômico,

sexo e etnia não foram associados à HMI (p=0,77, p=0,41 p= 1,0, respectivamente). Em

relação à severidade da HMI, 64,3% (n= 18) das crianças apresentaram grau leve. As

crianças com HMI apresentaram uma insatisfação com as manchas em seus dentes

(p=0,01). Porém não houve uma diferença estatisticamente significativa nas ordens física,

psicológica e social (p = 0,17) entre as crianças. A HMI foi percebida pelos responsáveis

(25,07 ±3,72), impactando sua condição psicossocial (p=0,03). Após o tratamento da

HMI, houve uma melhora na percepção estética nas crianças (1,29±0,43) e nos seus

responsáveis (2,43±1,0). Não houve correlação entre o CPOD e a HMI (p = 0,80).

Conclui-se que a HMI foi percebida por crianças e responsáveis, impactando

principalmente os responsáveis em relação às características físicas, psicológicas e

sociais. O tratamento da HMI foi percebido por ambos, crianças e seus responsáveis,

melhorando sua condição psicossocial. Não houve correlação entre a experiência de

carie e HMI.

Palavras Chave: Crianças, estética, pais, incisivo, molares.

ABSTRACT

DA SILVA, Fernanda Mafei Felix HIPOMINERAIZAÇÃO MOLAR- INCISIVO: PERCEPÇÃO ESTÉTICA DE CRIANÇAS/ADOLESCENTES E DE SEUS RESPONSÁVEIS Rio de Janeiro, 2016 Dissertação (Mestrado em Odontologia – Área de concentração: Odontopediatria) –

Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

The aim of the study was to determine patients and parent's aesthetic perception

and psychological impact of molar incisor hypomineralization (MIH) before and

after dental treatment. In addition, MIH was correlated with caries experience. The

sample comprised 56 patients between 7 to 14 years old presenting MIH (case

group) and without sing of MIH (control group), together with their parents. The

exclusion criteria applied for both groups were illiterate patients and parents,

patients with systemic involvement, dental trauma and under orthodontic

treatment. Data collection was performed by a single calibrated examiner (Kappa

test = 0.88) by clinical examination and questionnaires. The perception data used

the Child and Parent’s Questionnaire of Teeth Appearance. This instrument was

validated and adapted to the Brazilian context and comprised questions about

physical, psychological, and social conditions as well as the aspects of

appearance, alignment and oral health. Answers could be given in the form of

multiple choices presented on a grading scale, ranging from best condition (0) to

worst condition (4). Besides, parents answered a semi-structured questionnaire

containing personal data, family income, and parents’ education. MIH was

diagnosed by criteria of EAPD (European Academy of Pediatric Dentistry). Caries

experience was assessed by DMFT (decayed, missed, filled, teeth). Chi-square,

Student t and correlation tests and Binary logistic regression, were used with a

significance level of 5%. The predominant gender in patients was male (n = 35;

62.5%) and most of parents were female (n = 49; 87.5%). The socioeconomic

level, gender and ethnicity were not associated with MIH (p = 0.77, p = 0.41 p =

1.0, respectively). Regarding the severity of the MIH, 64.3% (n = 18) of the

children had mild cases. There was no statistically significant difference in the

physical, psychological and social orders (p = 0.17) in children. The MIH was

perceived by parents (25.07 ± 3.72), impacting their psychosocial condition (p =

0.03). After treatment of the MIH, there was an improvement in the aesthetic

perception of children (1.29±0.43) and their parents (2.43±1.0). Caries experience

was not correlated to MIH (p= 0.80). We conclude that MIH was perceived by

children and parents, impacting parents with regards to the physical, psychological

and social aspects. The treatment of MIH was perceived by both children and their

parents, improving their psychosocial condition. Caries was not correlated with

MIH in this population.

Key-words: Children, esthetic, parents, incisor, molar.

LISTA DE TABELAS

Artigo

Table 1 Characterization of the studied sample (n=56). ....................................... 39

Table 2 Evaluation of agreement between parents / children (HMI and controls) for aesthetic perception and psychosocial conditions. ............................................... 40

Table 3 Agreement between patients (with MIH) and their parents before and after treatment .............................................................................................................. 41

Table 4 Comparison of aesthetic perceptions between children and parents (n=56). .................................................................................................................. 42

Table 5 Evaluation of agreement between parents / children (MIH group) for aesthetic perception and psychosocial conditions according to level of severity . 43

LISTA DE ABREVIATURAS

AMELX Amelogenin protein

CCEB Critério de Classificação Socioeconômica Brasileira

CPO-D Índice de dentes cariados, perdidos e obturados.

DMFT Decayed, Missed, Filled, Teeth

EAPD European Academic of Paediatric Dentistry

ENAM Enamelin

FO Faculdade de Odontologia

HMI Hipomineralização molar-incisivo

HUCFF Hospital Universitário Clementino Fraga Filho

MIH Molar incisor hypomineralization

TALE Termo de Assentimento

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TFIP11 Tuftelin interacting protein

TUFT1 Tuftelin1 protein

UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro

LISTA DE SÍMBOLOS

> maior que

< menor que

= igual

± mais ou menos

% por cento

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16

2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 19

2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 19

2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................... 19

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA ..................................................................... 20

3.1 Desenho do estudo ........................................................................................ 20

3.2 Seleção da amostra ....................................................................................... 20

3.3 Coleta de dados ............................................................................................. 21

3.4 Exame Clínico ................................................................................................ 21

3.5 Diagnóstico de cárie dentária ......................................................................... 21

3.6 Diagnóstico hipomineralização molar - incisivo .............................................. 22

3.7 Calibração ...................................................................................................... 22

3.8 Percepção estética e aspecto psicossocial .................................................... 22

3.9 Análise estatística .......................................................................................... 23

4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA ............................................................. 24

Artigo 1 ................................................................................................................. 25

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 44

6. CONCLUSÕES ................................................................................................ 46

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 47

Anexo 1 ................................................................................................................ 50

Anexo 2 ................................................................................................................ 53

Anexo 4 ................................................................................................................ 58

Anexo 5 ................................................................................................................ 61

Anexo 6 ................................................................................................................ 64

Apêndice .............................................................................................................. 67

16

1 INTRODUÇÃO

Os defeitos na formação do esmalte dentário estão entre as anomalias

dentárias mais comuns na cavidade oral. A presença de qualquer distúrbio de

origem genética, sistêmica e/ou ambiental durante seus estágios de formação

podem contribuir para alterações permanentes na sua estrutura, uma vez que

após completamente formado, este não sofre mais o processo de remodelação

(Seow, 1997, Vieira et al.,2008). Entre as alterações do esmalte , destacamos a

hipomeralização molar-incisivo (HMI) que é definida como uma alteração

qualitativa dos tecidos dentários.

O primeiro relato clínico da HMI foi descrito na Suécia (Koch et al., 1987)

onde foram apresentadas diferentes nomenclaturas, tais como: hipomineralização

idiopática em primeiros molares permanentes, opacidade de esmalte não

relacionado ao flúor, hipoplasia interna do esmalte, manchamento não endêmico

do esmalte, opacidade de esmalte e molares queijos (Koch et al., 1987;

Leppaniemi et al., 2001; Weerhijm, 2004). Porém, somente em 2001 a

classificação hipomineralização molar-incisivo foi definida com o objetivo de

unificar as denominações das hipomineralizações idiopáticas não fluoróticas em

primeiros molares pemamentes (Weerheijm et al., 2001). Assim, caracterizando a

HMI com uma alteração ligada a dentição permanente, apesar de ter estudos que

apontam a sua existência na dentição decidua ( Elfrink et al., 2012).

No Brasil, estudos realizados em diferentes cidades mostram uma

prevalência da HMI que varia de 12,3% a 40% (Soveiro et al.,2009; Costa- Silva

et al., 2010). Com relação a sua etiologia, não existem dados conclusivos.

Existem estudos que relacionam a HMI com problemas pré – natais (uso de

medicações durante a gravidez e/o infecções graves) e pós - natais (infecções

severas na infância), complicações sistêmicas (Laisis et al.,2009; Whatling et al.,

2008) e variações genéticas ligadas aos genes responsáveis pela formação do

eslmalte dentário (Gutierrez et al., 2012; Jeremias et al., 2013 b).

17

Clinicamente, o dente afetado apresenta um esmalte poroso com aspecto

semenhate ao giz e com a coloração variando do branco/opaco ao

amarelo/castanho (Jalevik et al.,2010), afetando de 1 aos 4 primeiros molares,

estando ou não associados aos incisivos. Em relação à severidade, a HMI pode

ser classificada em leve (opacidade intacta) e severa (opacidade com perdas

estruturais ou restaurações atípicas) (Lygidakis et al., 2010). Normalmente,

quando os incisivos estão envolvidos apresentam-se em grau leve e a sua

prevalência aumenta de acordo com o número de molares afetados ( Weerheijm

et al., 2003 a).

A alta porosidade dos dentes com HMI favorece o aparecimento de

fraturas durante a mastigação, contribuindo para a sensiblidade dentária e o

desenvolvimento da cárie (Alaluusua et al., 2010; Ozgül et al., 2013). Desta

maneira, indivíduos com o referido diagnóstico apresentam maiores chances de

retornar ao consultório por causa de sensibilidade dentária e dor (Ghanim et al.,

2012). Devido às possiveis consequências, os pacientes com HMI requerem

consultas periódicas frequentes com objetivo de um melhor controle de sua

condição oral.

A indicação do tipo de tratamento vai depender de alguns fatores como;

idade do paciente, o nível de severidade e localização das alterações, renda

familiar e a expectativa do paciente. As opções de escolha vão desde

procedimentos preventivos, como aplicação de vernizes fluretados, até indicações

de tratamentos restauradores mais invasivos, tais como restaurações de resina e

ionômero de vidro ( Weerheijm., 2004).

Como mecionadas anteriormente as alterações de esmalte não causam

apenas alterações funcionais, e dependendo da sua localidade e gravidade, pode

gerar insastifações estéticas ao paciente. Um sorriso danificado ou comprometido

por perda estrutural ou pela alteração de cor podem gerar conflitos psicológicos e

comportamentais aos indivíduos. Devido a este fato, o conhecimento do impacto

psicológico e social que estes defeitos podem apresentar é fundamental para a

melhor escolha do tratamento (Burt ,2005; Kavand et al., 2012).

18

Desta maneira, estudos são realizados com o objetivo de avaliar o nível de

satisfação dos indivíduos diagnosticados com alterações de opacidades no

esmalte dentário, principalmente entre adolescentes e seus responsáveis (Clack

et al., 1993; Levy et al., 2002). Mesmo assim, pouco se sabe sobre o real impacto

psicológico que essas alterações podem gerar ao paciente, uma vez que a

avaliação estética é subjetiva. Por tais motivos, os objetivos deste estudo foi

avaliar a percepção estética de pacientes com HMI e de seus responsáveis antes

e depois do seu tratamento, e verificar o possível impacto desta alteração em sua

condição psicossocial. Além disso, verificar a possível correlação entre a cárie

dentária e a HMI.

19

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral

Avaliar a percepção estética da HMI de crianças/adolescentes e de seus

responsáveis, bem como o impacto desta condição em sua situação psicossocial.

2.2 Objetivos Específicos

Verificar a relação entre a presença de HMI com etnia, sexo e condição

socioeconômica;

Comparar a percepção estética de pacientes e de seus responsáveis com

relação a HMI;

Verificar o impacto da HMI na condição psicossocial de pacientes e de

seus responsáveis;

Avaliar o impacto da HMI na situação psicossocial dos pacientes e

responsáveis depois do tratamento instituído;

Avaliar a correlação da HMI com a cárie dentária.

20

3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

3.1 Desenho do estudo

O presente estudo foi observacional do tipo transversal, realizado na clínica

de Odontopediatria do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da

Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FO/UFRJ)

durante os meses de Maio a Dezembro de 2015. O estudo foi submetido à

apreciação do Comitê de Ética do Hospital Clementino Fraga Filho – UFRJ e

aprovado pelo protocolo nº 116-15. As assinaturas do Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido [TCLE] (Anexo 4) foram obtidas dos responsáveis. Além disso,

os pacientes assinaram o termo de Assentimento [TALE] (Anexo 5).

3.2 Seleção da amostra

A população estudada foi formada por uma amostra de conveniência,

constituída por 230 pacientes em atendimento na clínica de Odontopediatria da

FO/UFRJ durante Maio a Dezembro de 2015. Foram considerados elegíveis para

o trabalho 56 crianças de 7 a 14 anos, além de seus respectivos responsáveis

(n=56). As crianças foram alocadas em dois grupos: grupo principal (representado

pelos pacientes diagnosticados com HMI associados aos incisivos n=28) e grupo

controle (representando pelos pacientes sem alterações de opacidades no

esmalte dentário n=28). Foram excluídos indivíduos não alfabetizados, indivíduos

que não assinaram o TCLE/TALE (Anexo 4 e 5), portadores de alterações

sistêmicas e/ou cognitivas, portadores de síndromes, crianças em tratamento

ortodôntico e com presença de traumatismo dentário.

21

3.3 Coleta de dados

Todas as etapas da coleta dos dados foram realizadas por um único

examinador previamente calibrado, com objetivo de minimizar as variações e

uniformizar os critérios adotados. Os dados foram coletados por meio de exame

clínico e preenchimento de questionário para percepção estética e avaliação dos

aspectos psicossociais. Na coleta de dados pessoais, renda familiar, e

escolaridade dos pais os participantes (responsáveis) preencheram uma ficha

cínica (Anexo 1).

3.4 Exame Clínico

No exame clínico intra-oral, buscou-se avaliar a saúde bucal do paciente e

o diagnóstico da HMI. O exame clínico foi realizado na cadeira odontológica após

uma profilaxia prévia e sob luz artificial com o auxílio do espelho odontológico. Foi

realizado por um examinador especialista em Odontopediatria. Ambos os

resultados foram registrados em uma ficha clínica (Anexo 1). Ao final do exame,

pacientes e responsáveis receberam instruções de higiene oral e de hábitos

alimentares. Os pacientes que apresentaram indicação de tratamento foram

encaminhados para clínica da Odontopediatria para realização do tratamento de

acordo com as suas necessidades.

3.5 Diagnóstico de cárie dentária

O índice para a detecção da doença cárie foi realizado segundo os critérios

propostos pela Organização Mundial de Saúde (WHO, 1997). Foram avaliados o

número de dentes cariados, perdidos, extraídos ou obturados na dentição

permanente (CPO-D). Quando os registros indicaram que os dentes foram

extraídos, ou perdidos por trauma dentário estes não foram incluídos no CPO-D.

22

3.6 Diagnóstico hipomineralização molar - incisivo

O critério para o diagnóstico da severidade de HMI foi de acordo com as

normas da European Academic of Paediatric Dentistry (EAPD) (Weertheijm et al.,

2003). As crianças cujos dentes apresentassem somente opacidade demarcada,

sem qualquer perda de estrutura, foram consideradas como portadoras de HMI

grau leve. Os dentes que apresentassem lesões de HMI com perda de estrutura

com necessidade de tratamento atual ou passado, e com presença de

restaurações eram considerados como portadoras de grau severo (Lygidakis et

al., 2010).

3.7 Calibração

Para avaliar a concordância inter -examinador e a intra-examinador (entre o

examinador e o padrão ouro), um exercício foi aplicado com 20 imagens clínicas

com diversas alterações relacionadas ao esmalte dentário (sendo 8 imagens com

MIH). O tempo para visualização das imagens foi de 2 minutos. Após um intervalo

de duas semanas, as imagens foram reavaliadas pelo próprio examinador

caracterizando o método para avaliação. Foi obtido um índice Kappa= 0,88, que é

indicativo de alta concordância.

3.8 Percepção estética e aspecto psicossocial

A avaliação da percepção e preocupação relacionada à estética das

crianças e de seus responsáveis deu-se através do questionário The Child and

Parent's Questionnaire of Teeth Appearance (Martínez-Mier et al., 2004). Esse

instrumento foi validado e adaptado ao contexto brasileiro (Furtado et al., 2012) e

conta com uma versão para as crianças/adolescentes e uma para os

responsáveis. O questionário compreende com questões distribuídas em ordem

física, psicológica e social, além das percepções sobre alteração de cor

(aparência), alinhamento dentário e a saúde dos dentes.

23

As opções de resposta para todos os itens foram em forma de múltipla

escolha apresentados por uma escala de graduação variando da melhor condição

(0) a pior condição (4). O referido questionário foi aplicado aos responsáveis

(ANEXO 3) e as crianças separadamente, sendo que para as crianças foi

realizado sob a forma de entrevista (ANEXO 2).

As três primeiras perguntas investigam sobre o domínio físico (incômodo

com aparência), domínio psicológico (preocupação com a aparência) e domínio

social (desconforto ou impossibilidade de sorrir devido à aparência dos dentes),

segundo a opinião dos responsáveis e da própria criança. Uma questão adicional,

com quatro subclassificações sobre a percepção das crianças e de seus

responsáveis sobre a aparência, posição, cor e a saúde dos seus dentes (ou seus

filhos) foram aplicadas. O último item indaga ao entrevistado/ responsáveis sobre

sua opinião sobre a satisfação ou insatisfação com a cor dos dentes, de acordo

com a seguinte frase: "A cor dos meus dentes (ou dentes do meu filho) está

agradável e bonita?", E as opções de resposta variam de 0 a 4, de totalmente de

acordo (0) a discordar totalmente (4).

3.9 Análise estatística

Os dados foram analisados através do programa de estatística SPSS 20.0

(Statistical Package for Social Sciences, SPSS Inc, Chicago, III). O teste de

Shapiro-Wilks foi realizado para avaliar o padrão de distribuição da amostra. Os

testes T de Student e regressão logística foram realizados para avaliar a diferença

entre grupos (pacientes com/sem HMI e dos responsáveis). Além disso, foram

utilizados os testes Qui-quadrado para avaliar a possibilidade de associação entre

HMI com as variáveis etnia, gênero e condição socioeconômica e o teste de

Correlação de Spearman, para analisar a correlação entre a cárie dentária e HMI

com nível de significância 5%.

24

4 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

4.1 Artigo: Aesthetic perception and psychological impact of molar-incisor

hypomineralization among children and parents.

25

Artigo 1

Aesthetic perception and psychological impact of molar-incisor

hypomineralization among patients and parents.

Fernanda Mafei FELIX 1

Christiane Vasconcelos CRUZ 2

Alexandre Rezende Vieira3

Marcelo de Casto COSTA4

1 DDS, Master student, Department of Pediatric Dentistry and Orthodontics,

School of Dentistry, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brazil

2 DDS, MSD, PhD student, Department of Pediatric Dentistry and Orthodontics,

School of Dentistry, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, BraziL

3 DDS, MSD, PhD, Associate Professor, Department of Oral Biology, School of

Dental Medicine, Pittsburgh University

4DDS, MSD, PhD, Associate Professor, Department of Pediatric Dentistry and

Orthodontics, School of Dentistry, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de

Janeiro, RJ, Brazil

Corresponding Author – Marcelo de Castro Costa

Caixa Postal: 68066 – Cidade Universitária - CCS

CEP: 21941-971 - Rio de Janeiro – RJ– Brazil

E-mail: [email protected]

Fax/phone: +5521 39382098

26

ABSTRACT

Defects in dental enamel are a very common condition and in some cases,

these can result in the loss of tooth structure, leading to functional and aesthetic

problems. The aim of the study was to determine patients and parent's aesthetic

perception and psychological impact of molar-incisor hypomineralization (MIH)

before and after treatment and to assess correlation MIH with caries experience.

The sample comprised 56 patients who were treated at the Pediatric Dentistry

Clinics of the Federal University of Rio de Janeiro, 28 with MIH and 28 without

(control group) and their parents. The perception data used the Child and Parent’s

Questionnaire of Teeth Appearance. This instrument comprised questions about

physical, psychological, and social conditions as well as the aspects of

appearance, alignment and oral health. The higher the score, is the greater the

negative perception. To diagnose MIH it was used the criteria of EAPD (European

Academy of Paediatric Dentistry). Caries experience was assessed by DMFT. Chi-

square, Student t and correlation tests, were used with significance level of 5%.

The most of patients were male (n = 35; 62.5%) and the parents were female (n

= 49; 87.5%). Patients with MIH perceived their stained teeth (p=0.01). The MHI

was perceived by parents (6.96±1.7), impacting their psychosocial condition (p

<0.01). After treatment of the MIH, there was an improvement on the psychosocial

domain children (1.29±0.43) and their parents (2.43±1.0). There was no

correlation between the DMFT and MIH (p = 0.80). We conclude that the MIH was

perceived by patients and parents, impacting primarily parents in relation to the

physical, psychological and social. Treatment of MIH was perceived by both

patients and their parents, improving their psychosocial condition. Caries was not

correlated with the MIH in this population.

Keywords: children, parents, esthetic, incisor, molar

27

INTRODUCTION

Molar incisor hypomineralization is defined as a qualitative enamel defect,

which occurs during amelogenesis (Suckiling et al., 1989; Seow et al., 1997;

Simmer et al., 2001). Its etiology has been linked to both environmental factors

(disturbances during pregnancy, severe infections, frequent use of antibiotics in

childhood) and genetic factors (genetic variations in TUFT1, TUFT11, AMELX and

ENAM) (Laisi et al., 2009; Gutierrez et al., 2012, Geremias et al., 2013 a). The

prevalence of this condition varies considerably in different parts of the world

ranging from 2.4 to 40% in Europe (Jalevik et al.,2010; Wogelius et al.,2008) and

12.3% to 40.2% in Brazil (Sovieiro et al., 2009; Da Costa Silva et al., 2010).

One of the main characteristic of MIH is enamel porosity and its coloration

may vary from white, to yellow and brown. It usually affects 1- 4 permanent molars

and may be associated with the permanent incisors (Lygidakis et al., 2010;

Weerheijm et al., 2003). In some cases, MIH may cause loss of tooth structure,

resulting in functional and aesthetic problems to the individuals who may affect

their quality of life (Meneghim et al., 2007; Chawla et al., 2008). There were few

literature reports on the MIH social impact, especially in cases of changes in color

and dental caries susceptibility (Alaluusua et al., 2010; Ozgül et al., 2013;

Jeremias et., al 2013).

Over the years, the aesthetic demand of the smile is increasing worldwide

especially among children and adolescents (Clark eta al., 1993; Kavand et al.,

2012). However, it is difficult to measure the impact caused by changes in tooth

enamel, since the aesthetic evaluation is subjective. For such reasons, the aims of

this study were to determine children and parents' perceptions and psychological

impact of MIH before and after treatment and to assess possible correlation with

caries experience.

28

MATERIALS AND METHODS

Study population

This study was performed after approval from the local Ethics Committee

for Research (Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – HUCFF/UFRJ –

Number: 116-15). All subjects / guardians read and signed a written consent

before their participation in the study. The sample consisted of 56 children

between 07-14 years of both genders, treated at Pediatric Dentistry Clinic of the

Federal University of Rio de Janeiro and their parents. The sample was divided in

MIH group (n=28 patients) and without MIH (control group n=28 patients), and

their parents. The inclusion criteria for both groups, was having permanent incisors

and first permanent molar erupted and in the MIH group, the permanent incisors

should be affected. The exclusion criteria to both groups comprised patients with

syndromes, dental trauma,or the use of a fixed appliance.

DATA COLLECTION

Clinical examination

The clinical examination was performed by one dentist carried out with a

mirror and a probe in the dental chair, after dental prophylaxis using artificial light.

Caries experience was assessed by The Decayed, Missing, Filled Teeth (DMFT)

index (WHO., 2007). MIH was evaluated using the EAPD criteria (European

Academic of Paediatric Dentistry) (Weertheijm et al., 2003). The tooth which

displays only a demarcated opacity, without any loss of structure was considered

as mild MIH, and those showing past or current lesion requiring treatment due to

lack of dental structure or the presence of atypical restorations have been defined

as severe MIH (Lygidakis et al., 2010).

29

At the end of the clinical examination, each patient and parents received

oral hygiene instruction. In addition, the patients received a dental prophylaxis and

a topic fluoride application. To assess reliability intra and inter-examiner, an

exercise was previously applied in the examiner and in the gold standard evaluator

with 20 clinical pictures of dental enamel defects (8 with MIH). Two weeks after, a

new assessment was carried out by the examiner (Kappa=0.88).

Questionnaires

A perception survey was carried out using The Child and Parent’s

Questionnaire of Teeth Appearance (Martínez-Mier et al., 2004). This instrument

was validated and adapted to the Brazilian context (Furtado et al., 2012). This tool

comprised questions about physical, psychological, and social conditions as well

as aspects of appearance, alignment and oral health. The higher the score, the

greater was the negative perception.

The response options for the five questions and sub-items were presented

in the form of multiple choices by scores. Response options are on a scale with

gradations ranging from better condition (0) to worst possible condition (4). The

first three questions investigate how the child or their parent has felt over the past

two months and whether he or she has felt uncomfortable, concerned or has been

prevented from smiling because of the appearance of his or her teeth, according to

the views of his or her parents/guardians and himself or herself.

An additional question with four sub rating for the perception of children and

their parents about appearance, position, color and health of their teeth (or their

children) were performed. The last item asked the interviewee about his opinion on

satisfaction or dissatisfaction with the color of the teeth, according to the following

sentence: "The color of my teeth (or tooth from my son) are nice and beautiful?

“and the response options ranges from totally agree (0) to disagree fully (4).

30

Statistical analysis

Data were analyzed using SPSS version 20.0 (Statistical Package for

Social Sciences, SPSS Inc, Chicago,III). Descriptive statistic was performed.

Shapiro-Wilks test was carried out to evaluate the sample distribution pattern.

Student Tand Binary logistic regression was performed to assess the difference

between groups (patients and parents) and Chi-square and correlation tests, with

significance level of 5%, were applied to disclose the associations e correlation

between MHI and caries experience.

31

RESULTS

A total of 56 patients completed questionnaires, most of them were male

(62.5% n= 35) (Table 1). The majority of the parents were female (87.5%; n = 49),

with average 39.3±7.4. In the groups with MIH (n=28) and control (n=28) there

was no difference (p > 0, 05) between gender, ethnicity, socio economic condition

and correlation of dental caries (table1).

Patients with MIH perceived their stained teeth (p=0.01) (Table 2). There

was no statistically significant difference to patient’s groups, when comparing

group with MIH (4.18±1.3) to control group (4.82±2.1) on physical, psychological,

and social conditions (table2). In addition, in the MIH parent's group, a worse

perception (6.96±1.7) than to control (6.50±2.9) and it was statistically significant

with regards to staining perception of teeth and to opinion as to oral health

(p=0.01, P=0.03 respectively) (Table 2).

Perception between among parents and patients showed the former had a

worse perception in both psychosocial conditions (6.96±1.7) and appearance (21,

81±3.9) (Table 4). Regarding the severity of the MIH, 64.3 %( n=18) showed mild

and 35.7% (n=10) showed severe MIH.

A total of 11 (39.2%) patients with MIH received restoration treatment and

most of these were first permanent molars 90.9% (n=20) and 17 (60.7%) patients

with MIH receive treatments ranging from preventive care (application of sealants

and fluoride varnish. After treatment of the MIH, there was an improvement on the

psychosocial condition of the children (1.29±0.43) and their parents (2.43±1)

(Table 3). Patients with severe MIH (4.55±1.30) and their parents (7.5±2.30)

showed the worst perception on physical, psychological, and social conditions

(table 4).

32

DISCUSSION

Aesthetic alterations in dental enamel can lead significant impact on

physical well-being, social and psychology of individuals as well as affecting their

families (Sujak et al., 2004; Kavand et al., 2012). MIH may be disclosed as a great

feature of disturbance due to its contribution on aesthetic and function disorders.

Moreover, in the most severe cases, it may lead to loss of structure and dental

sensitivity as well as increase the caries experience (Da Costa et al., 2011;

Abdulkarim et al., 2011; Jeremias et al., 2013).

Physical, psychological, and social conditions related to children and their

parents were perceived and may affect their quality of life in this study.

Furthermore, the appearance of MIH teeth (displayed as staining perception of

teeth) was perceived and influenced both children and parents. (Table 2)

Probably, these may be related to the MIH severity level. According to several

studies; the most severe enamel defects were related to aesthetic complaints by

the patients and sometimes required aesthetic restorative treatment (Meneglim et

al., 2007; Jalevik et al., 2002).

In relation to the tooth alignment feature (tooth position), this was perceived

by both children and parents in control group. Which lead us to suppose that

position of the teeth can be also related to a negative impact of perception

(Kavand et al., 2011). This study showed that parents were more concerned than

children in relation to dental appearance, healthy teeth color and tooth alignment

(table3) (Kavand et al., 2011).

Regarding to dental caries in the present study, there was no statistically

significant association between MIH and dental caries (Table 1). Although other

studies related to MIH showed increased caries susceptibility (Muratbegovic et al.,

2007; Da Costa Silva et al., 2011 Merare et al., 2005). In this context, we can

suppose that the severity level of MIH may be related to caries experience, since

in this study the mild MIH was predominant. It is noteworthy that some studies

reported that even MIH patients with lower dental caries activity needed to be

carefully monitored.

33

This is because the teeth affected with MIH, present a more porous enamel

fractures facilitating and encouraging accumulation of bacteria plate (Leppaniemi

et al., 2001; Rood et al., 2007).

In our study, all patients received oral hygiene orientation, fluoride

application and restorative treatment, if necessary. Children with MIH receive

treatments ranging from preventive care (application of sealants and fluoride

varnish) to restorations. The majority of treated teeth stood at the severe level and

most of them were first permanent molars. Even patients who received preventive

treatment, showed an improvement in the perception in relation to physical,

psychological and social aspects. Some studies have shown that regardless of

the affected tooth or locality, patients enamel changes after treatment have a

better perception in their quality of life (Lygidakis et al., 2010).

As limitations, we can mention the child's age. This may have an influence

on perception, due to the sample was formed by patients less than 14 years. Age

could hamper the understanding of the questions due to the older the children, the

higher the aesthetic concerns. Besides, caries experience (DMFT scores) tends to

increase with age, but we do not think that age influenced our results, since MIH

group and controls presented similar mean age. This study demonstrated that

MIH group and their parents had the knowledge about the existence of the

amendment, in which may affected their quality of life. Supposing that color

alteration can influence the negative perception in the patient.

We suggest other studies on the aesthetic perception among individuals

with MIH, with group of teenagers or adults, who have a higher level of aesthetic

requirements, and provide a greater understanding and treatment needs. Also,

assess the actual need to aesthetic treatment in patients with MIH associated to

the incisors in light levels that is without loss of structure.

34

CONCLUSION

MIH was perceived by both patients and parents, affecting on physical,

psychological or social features and parents showed worse perception than

children. Caries experience was not correlated to MIH in this sample.

35

REFERENCES

1. Suckiling GW. Developmental defects of enamel-historical and present-day

perspectives of their pathogenesis Advances in dental Research.1989; 3(2):87-

94

2. Seow WK. Clinical diagnosis of enamel defects: pitfalls and practical

guidelines. International Dental Journal 1997; 47(3):173–82.

3. Simmer JP, Hu JCC. Dental enamel formation and its impact on clinical

dentistry. Journal of Dental Education 2001; 65(9):896–905

4. Laisi S, Ess A, Sahlberg C, Arvio P, LuKinma PL, and Alaluusua S. Amoxicilin

may cause molar incisor hypomineralization. J Dent Res 2009:88:132-136.

5. Gutierrez S, Torres D, Bricen ˜ o I, Go ´mez AM, Baquero. Clinical E. molecular

analysis of the enamelin gene ENAM in Colombian families with autosomal

dominant amelogenesis imperfecta. Genetics and Molecular Biology 2012;

35(3):557–66.

6. Jeremias F, Koruyucu M, Kuchler C.E, Bayram. M. Tuna B.E, Deeley K, Pierri.

A Souza. J, Fragelli M.B, Paschoal A.B, Koray G F, Seymen, M.S. Caminaga,

L P, Vieira.AR, Genes expressed in dental enamel development are associated

with molar-incisor hypomineralization. Archives of oral biology 2013; 58:1434–

1442 a.

7. Jälevik B. Prevalence and diagnosis of molar-incisor hypomineralisation (MIH):

a systematic review. Eur Arch Paediatr Dent. 2010; 11: 59-6.

8. Wogelius P, Haubek D, Poulsen S. Prevalence and distribution of demarcated

opacities in permanent 1st molars and incisors in 6 to 8 years – old- Danish

children. Acta Odontol Scand 2008; 66: 58-64

36

9. Soviero V, Haubek D, Trindade C, Matta T, Poulsen S.Prevalence and

distribution of demarcated opacities and their squeals in permanent first molars

and incisor in 7 to 13 –years –old Brazilian children . Acta Odontl Scand 2009;

66 170-175.

10. Da Costa Silva CM, Jeremias F, Souza JF, Cordeiro RCL, Santos Pinto L,

Zuanon ACC. Molar incisor hypomineralization: prevalence severity and clinical

consequences in Brazilian chlidren. Int J Paediatr Dent 2010; 20(6); 426-34.

11. Lygidakis NA, Wong F, Jälevik B, Vierrou AM, Alaluusua S, Espelid I.Best

Clinical Practice Guidance for clinicians dealing with children presenting with

Molar-Incisor- Hypomineralisation (MIH): An EAPD Policy Document. Eur Arch

Paediatr Dent. 2010; 11(2):75-81.

12. Weerheieijm KL, Duggal M. Majáre I, Papagiannoulis L, Koch G, Martens HC,

et al. Judgement criteria for molar incisor hypomineralisation (MIH) in

epidemiologic studies: a summary of the European meeting on MIH held in

Athens, 2003. Eur J Paediatr Dent 2003; 4: 110-3.

13. Meneghim M .C, Kozlowskl F .C, Antonio C. Pereira A V. Assaf, Tagliaferro

PS. Perception of dental fluorosis and other oral health disorders by 12-year-

old Brazilian children. International Journal of Paediatric Dentistry 2007; 17:

205–210.

14. Chawla N, Messer LB, Silva M: Clinical studies on molar–incisor

hypomineralisation part 2: development of a severity index. Eur Arch Paediatr

Dent 2008, 9:191–9.

15. Alaluusua S. Aetilogy of Molar-Incisor Hypomineralization: A systematic

review. European Archives of Paediatric Dentistry 2010; 11 (2): 53-8.

16. Ozgül BM, Saat S, Sönmez H, Oz FT. Clinical evalution of desensitizing

treatment for incisor teeth affected by Molar-Incisor Hypomineralization. J Clin

Pediatr Dent. 2013 Winter; 38(2):101-5.

37

17. Jeremias F, Souza JFD, Costa Silva CMD, Cordeiro RDCL, Zuanon ACC,

Santos-Pinto L: Dental carie experience and Molar-Incisor Hypomineralization.

Acta Odontol Scand 2013, 71:17 b.

18. Clark DC, Hann HJ, Williamson MF, Berkowitz J. Aesthetic concerns of

children and parents in relation to different classifications of the Tooth Surface

Index of Fluorosis. Community Dent Oral Epidemiol 1993; 21:360–364.

19. Kavand G, Broffitt B, Levy SM, Warren JJ. Comparison of dental esthetic

perception of young adolescentes and their parents.J.Public Health Dent.

2012; 72(2): 164-71.

20. W.H.O. World Health Organization. Oral health surveys. Basic methods.

Geneva: World Health Organization; 1997.

21. Martínez-Mier EA, Maupomé G, Soto-Rojas AE, Ureña-Cirett JL, Katz BP,

Stookey GK. Development of a questionnaire to measure perceptions of, and

concerns derived from, dental fluorosis. Community Dent Health. 2004 Dec;

21(4):299-305.

22. Furtado GES, Sousa MLR, Barbosa TS, Wada RS, Martínez-Mier EA, Almeida

MEL. Percepção da fluorose dentária e avaliação da concordância entre

relatos de pais e filhos: validação de um instrumento. Cad Saude Publica.

2012 Ago; 28(8):1493-505.

23. Sujak SL, Abdul Kadig, Dom TN.Esthetic perception and psychosocial impact

of developmental e enamel defects among Malaysian adolescents. J Oral Sci.

2004; 46(4):221-

24. Abdul-Karim A, Yesudian G, O'Mahony J, Marshman Z. Seeking children’s

perspectives in the management of visible enamel defects. Int Paediatr Dent

2011:21(2): 89-95.

38

25. Da Costa-Silva CM, Ambrosano GM, Jeremias F, De Souza JF, Mialhe FL.

Increase in severity of molar-incisor hypomineralization and its relationship with

the colour of enamel opacity: prospective cohort study. Int J Paediatr Dent

2011; 21(5):333-41.

26. Muratbegovic A,Markovic N, Gannibegovic Selimovic M. Molar incisor

hypomineralisition in Bosnia and Herzegovina: aetiology and clinical

consequences in medium caries activity population . Eur Arch Paediatr Dent

2007; 8(4):189-94.

39

Table 1 Characterization of the studied sample (n=56).

CHILDREN MIH GROUP CONTROL GROUP P VALUE

MEAN AGE (SD) 9.39(2.04) 9.43(1.91) 9.36(2.19) -

GENDER n (%)

0.58 Female 35(62.5) 19(67.9) 16(57.1)

Male 21(37.55) 9(32.1) 12(42.9)

ETHNICITY n (%)

1.00 Caucasian 11(19.6) 5(17.9) 6(21.4)

African-descendent 45(80.4) 23(82.1) 22(78.6)

a CCEB n (%)

0.77

B2 18(32.1) 10(35.7) 8(28.6)

C1 27(48.2) 14(40) 13(46.4)

C2 8(14.3) 3(10.7) 5(17.9)

D2 3(5.4) 1(3.6) 2(7.1)

DMFT 0.95(± 1.6) 1.00(±1.54) 0.89(±1.68) 0.28

b DMFT X MIH - - - 0.80

MIH TEETH UNDER TREATEMENT mean (SD)

- 2(±1) - -

Maxillary molar n (%) - 9(40.9) - -

Mandibular molar n (%) - 11(50) - -

Maxillary Incisor n (%) - 2(9.1) - -

Note: P value was based on Qui Square (p<0,05). a Brazilian economic classification criteria CCEB B2< R$ 3.118, C1< R$1.865 C2<R$ 1.277 D2<R$ 895 bCorrelation test performed between MHI group and controls. Detailed descriptions are shown on the appendix section.

40

Table 2 Evaluation of agreement between parents / children (MIH and controls) for aesthetic perception and psychosocial conditions.

SUBJECTS (CHILDREN) P VALUE

PARENTS P

VALUE

MIH group Controls MIH group Controls

*PHYSICAL, PSYCHOLOGICAL,

AND SOCIAL CONDITIONS

4.18(±1.3) 4.82(±2.1) 0.17 6.97(±1.7) 6.50(±2.9) **

CONCERNS ON TOOTH POSITION

2.75(±1.37) 2.96(±1.73) 0.61 3.29(±1.4) 2.93(±1.5) 0.73

TOOTH CONDITION 2.54(±1.20) 2.24(±1.73) 0.22 2.68(±1.0) 2.75(±1.4) 0.04

STAINING PERCEPTION

TEETH

2.75(±1.04) 2.07(±0.85) 0.01 3.21(±0.83) 2.64(±1) 0.01

ORAL HEALTH OPINION

2.0(±1.12) 1.71(±1.08) 0.33 2.71(±1.0) 2.04(±1.2) 0.03

SATISFACTION WITH THE COLOR

OF THE TOOTH

2.64 (±1.2) 2.24 (±1.0) 1.00 3.61(±0.95) 3.14(±1.1) 0.10

*THE SUM OF THE FIRST THREE QUESTIONS “QUESTIONS “DISCOMFORT WITH APPEARANCE OF THEIR TEETH, CONCERN ABOUT THE APPEARANCE OF THE TEETH AND DISCOMFORT TO SMILE-WAS ASSED BY T- STUDENT TEST (P<0.05) **P-VALUE(P <0.01

41

Table 3 Agreement between patients (with MIH) and their parents before and after treatment

QUESTIONS PRE TREATMENT *P-

VALUE

POST TREATMENT *P-VALU

E Children Parents Children Parents

*PHYSICAL, PSYCHOLOGICAL, AND SOCIAL CONDITIONS

4.18(±1.3) 6.97(±1.7) 0.02 1.29(±0.4

3) 2.43(±1.0) 0.06

CONCERNS ON TOOTH

POSITION

2.75(±1.38)

3.29(±1.4) 0.22 1.95(±1.0

7) 1.10(±1.6

4) 0.087

TOOTH CONDITION

2.54(±0.52)

2.68(±1.02)

0.82 2.14(±0.9

1) 2.24(±0.7

0) 0.06

STAINING TEETH PERCEPTION

2.75(±1.04)

3.21(±0.84)

0.06 2.48(±0.9

2) 2.86(±0.9

1) 0.98

ORAL HEALTH OPINION

2.0(±1.12) 2.71(±1.0

8) 0.09

1.76(±0.77)

2.29(±0.85)

0.087

SATISFACTION WITH THE

TEETH COLOR

2.64(±1.28)

3.61(±0.95)

0.86 2.54(±1.2

3) 3.29(±1.2

8) 0.08

NOTE: P VALUE WAS BASED ON LOGISTIC BINARY REGRESSION TEST (P<0,05).

42

Table 4 Comparison of aesthetic perceptions between children and parents (n=56).

SBJECTS ( PATIENTS) N=28

PARENTS N=28 P-

VALUE HMI Controls HMI Controls

*PHYSICAL, PSYCHOLOGICAL,

AND SOCIAL CONDITIONS

4.18(±1.3) 4.82(±2.1) 6.96(±1.7) 6.50(±2.9) 0.03

**AESTHETIC PERCEPTION OF

POSITION, STAINING,ORAL,

HEALTH AND SATISFACTION WITH THE COLOR OF THE

TEETH

20.25(±3.7) 20.11(5.1) 25.07(±3.7) 22.86(2.0) 0.03

Note: P-value was assessed by Student t test (p<0.05) comparing Children X Parents *The sum of the first three questions “Discomfort with appearance of their teeth, Concern about the appearance of the teeth and Discomfort to smile. ** The sum of additional question with four sub rating of the perception and last question of satisfaction with the color of the tooth.

43

Table 5 Evaluation of agreement between parents / children (MIH group) for aesthetic perception and psychosocial conditions according to level of severity.

SUBJECTS (PATIENTS WITH MIH) PARENTS (GROUP MIH)

Pre treatment Post treatment Pre treatment Post treatment

Mild Severe P

value Mild Severe

P value

Mild Severe P

value Mild Severe

P value

*PHYSICAL, PSYCHOLOGICAL,

AND SOCIAL CONDITIONS

3.94 (±1.24)

4.55 (±1.30)

0.23 2.89

(±1.3) 2.30

(±1.5) 0.40

6.9 (±1.32)

7.5 (±2.30)

0.90 4.82

(±1.78) 5.50

(±1.84) 0.40

CONCENS ON TOOTH POSITION

2.35 (±1.27)

3.36 (±1.36)

0.6 1.91

(±0.54) 1.60

(±0.70) 0.22

3.29 (±1.36)

3.27 (±1.68)

0.97 3.18

(±1.78) 3(±1.56) 0.81

TOOTH CONDION 2.65

(±1.17) 2.36

(±1.36) 0.56

1.91 (±0.83)

2.40 (±0.97)

0.26 2.88

(±1.11) 2.36

(±0.81) 0.19

2.27 (±0.79)

2.20 (±0.63)

0.82

STAINING PERCEPTION TEETH

2.71 (±0.85)

2.82 (±1.33)

0.79 2.45

(±0.83) 2.50

(±1.2) 0.91

3.29 (±0.84)

3.09 (±8.3)

0.54 2.91

(±1.04) 2.80

(±0.79) 0.79

ORAL HEALTH OPINION

2.06 (±0.97)

1.91 (±1.38)

0.74 2.0

(±0.83) 1.40

(±0.5) 0.36

2.82 (±1.19)

2.55 (±0.93)

0.52 2.18

(±0.87) 2.40

(±0.84) 0.57

SATISFACTION WITH THE COLOR OF THE

TOOTH 3 (±1.17)

2.09 (1.30)

0.07 2.64

(±1.1) 2.70

(±1.49) 0.91

3.65

(±0.10) 3.55

(±0.93) 0.80

3.27 (±1.20)

3.30 (±1.42)

0.96

*The sum of the first three questions “Discomfort with appearance of their teeth, Concern about the appearance of the teeth and Discomfort to smile" P -value was assessed by T- student test (p<0.05)

44

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diversos estudos demonstram que alterações de cor ou forma dentária

podem influenciar negativamente os aspectos sociais, físicos e psicológicos dos

pacientes e de seus familiares (Burt et al.,2005, Levy et al., 2002; Martins et al.,

2003), porém pouco se sabe o real impacto social ou psicológico causado ao

indivíduo.

O presente estudo identificou que pacientes com HMI e seus respectivos

responsáveis apresentaram uma maior insatisfação em relação à cor dos

elementos dentários. Além disso, foi observado em ambos os grupos (pacientes e

responsáveis) um desconforto em relação ao posicionamento dentário, que nos

levam a supor que a posição dentária também pode estar relacionada ao impacto

negativo da percepção estética.

Neste estudo, os responsáveis mostraram uma maior preocupação com

aparência dentária, posicionamento, coloração e saúde dos dentes dos seus

filhos do que os próprios pacientes. Faz-se necessário relatar que a divergência

entre esses resultados pode ser em função da diferença na faixa etária dos

indivíduos estudados, possivelmente os indivíduos com maior idade apresentam

um nível de exigência estética maior.

Em relação à HMI, não houve associação entre essa condição e os fatores

socioeconômicos, apesar de existirem dados que relacionam tais fatores á

etiologia das alterações do esmalte, devido provavelmente às deficiências

nutricionais que crianças de baixa renda possam apresentar (Poster et al. 2005).

Além disso, não houve associação da HMI com etnia e sexo apesar da nossa

amostra evidenciar um número maior de indivíduos do sexo masculino (62.5%).

45

No que se refere à cárie dentária e HMI, não houve correlação

estatisticamente significativa (Tabela 2), embora outros trabalhos indicassem o

aumento da cárie com a presença da HMI (Muratbegovic et al, 2007; Da Costa

Silva et al, 2011). Neste contexto, podemos supor que o nível de gravidade da

HMI pode estar relacionado à experiência de cárie, uma vez que neste estudo, o

nível leve foi o predominante. Vale ressaltar que mesmo os pacientes com HMI

que apresentam uma baixa atividade a cárie devem ser monitorados

frequentemente, devido à alta porosidade do esmalte facilitando acumulo de

biofilme dentário e risco de fraturas do esmalte.

Após a coleta de dados, os pacientes receberam orientação de higiene

oral, aplicação de flúor e caso necessário tratamento restaurador. O grupo com

HMI recebeu tratamentos que variaram desde procedimentos preventivos

(aplicação de selantes e verniz fluoretados) até a realização de restaurações. A

maioria dos dentes tratados se apresentava no nível severo e grande parte dos

mesmos eram os molares permanentes. Observou-se que mesmo aqueles

pacientes que receberam procedimentos preventivos, após o tratamento tiveram

uma melhora na percepção estética e nos aspectos psicossociais. Nesse

contexto, observa-se a importância do tratamento da HMI e como este pode

influenciar positivamente a vida tanto dos indivíduos afetados quanto de seus

responsáveis.

Em suma, este estudo demonstrou que pacientes com HMI e seus

responsáveis tinham o conhecimento sobre a existência da alteração, e que esta

afetou a condição psicossocial principalmente nos grupos dos responsáveis. Além

disso, vale destacar que pacientes com níveis de severidade grave possivelmente

têm uma pior percepção estética de sua condição, o que pode resultar num

impacto negativo a sua qualidade de vida. Entretanto não podemos descartar que

as pacientes com HMI com nível severidade leve consideram seus dentes

manchados (alteração de cor). Sugerem-se mais estudos sobre a percepção

estética em indivíduos na fase adulta portadores de HMI, pois possivelmente

apresentam um maior nível de exigência estética e uma maior compreensão

sobre a necessidade de tratamento.

46

6. CONCLUSÕES

Com base na análise dos resultados obtidos, pode-se concluir que:

Não houve uma associação entre etnia, sexo e condição sócio-econômica

e HMI.

Os responsáveis se mostraram mais preocupados em relação à aparência,

coloração, posição e saúde dos dentes que as crianças.

A HMI foi percebida pelas crianças/adolescentes e responsável afetado os

responsáveis nos aspectos psicossociais.

Após o tratamento das crianças com HMI, esta condição foi percebida por

ambos, crianças e responsáveis e houve uma melhora em seus aspectos

psicossociais.

Nessa amostra não houve uma correlação positiva entre cárie dentária e

HMI.

47

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alaluusua S. Aetilogy of Molar-Incisor Hypomineralization: A systematic review. European Archives of Paediatric Dentistry 2010; 11 (2): 53-8.

Burt BA. Concepts of risk in dental public health. Community Dent Oral Epidemiol 2005; 33:240-7

Clark DC, Hann HJ, Williamson MF, Berkowitz J. Aesthetic concerns of children and parents in relation to different classifications of the Tooth Surface Index of Fluorosis. Community Dent Oral Epidemiol 1993; 364.

Coffield KD, Phillips C, Brady M, Roberts MW,Strauss RP, Wright T. The psychosocial impact of developmental defects in people with hereditaryamelogenesis imperfecta. J Am Dent Assoc 2005; 136:620–630.

Da Costa Silva CM, Jeremias F, Souza JF, Cordeiro RCL, Santos Pinto L, Zuanon ACC. Molar incisor hypomineralization: prevalence severity and clinical consequences in Brazilian children. Int J Paediatr Dent 2010; 20(6); 26-34.

Da Costa-Silva CM, Ambrosano GM, Jeremias F, De Souza JF, Mialhe FL. Increase in severity of molar-incisor hypomineralization and its relationship with the colour of enamel opacity: prospective cohort study. Int J Paediatr Dent 2011; 21(5):333-41.

Elfrink ME, Schuller AA, Weerheijm KL, Veerkamp JS. Hypomineralized second prmary molars: prevalence data in Dutch 5-year-old. Caries Res. 2008;42(4):282-5

Elfrink ME, ten Cate JM, Jaddoe VW, Hofman A, Moll HA, Veerkamp JS. Deciduous molar hupomineralization and molar incisor hypomineralization. J Dent Res. 2012; 91(6):551-5.

Furtado GES, Sousa MLR, Barbosa TS, Wada RS, Martínez-Mier EA, Almeida MEL. Percepção da fluorose dentária e avaliação da concordância entre relatos de pais e filhos: validação de um instrumento. Cad Saude Publica. 2012 Ago; 28(8):1493-505

Ghanim Am, Manton DJ, Morgan MV, MariñoRJ, Bailey DL. Trends of oral health care and dental treatment needs in relation to molar incisor hypomineralisation defects. A study amongst a group of Iraqi schoolchildren. Eur Arch Paediatr Dent. 2012;13(4):171-8.

Gutierrez S, Torres D, Bricen ˜ o I, Go ´mez AM, Baquero. Clinical E. molecular analysis of the enamelin gene ENAM in Colombian families with autosomal dominant amelogenesis imperfecta. Genetics and Molecular Biology 2012; 35(3):557–66.

48

Jälevik B. Pre Valence and diagnosis os molar-incisor-hypomineralition (MHI): A SYSTEMACTIC REVIEW. Eur Arch Paediatr Dent. 2010; 11:59-64.

Jeremias F, Koruyucu M, Kuchler C.E, Bayram. M tuna B.E, Deeley K, Pierri. A Souza. J, Fragelli M.B, Paschoal A.B, Koray G F, Seymen, M.S. Caminaga, L P, Vieira.AR, Genes expressed in dental enamel development are associated with molar-incisor hypomineralization. Archives of oral biology 2013; 58:1434–1442 b.

Jeremias F, Souza JF, Costa Silva CM, Cordeiro RC, Zuanon Ac, Santos-Pinto L. Dental caries experience and molar-incisor hypomineralization. Act Odontol Scand.2013; 71(3-4):870-6 a.

Kavand G, Broffitt B, Levy SM, Warren JJ. Comparison of dental esthetic perception of young adolescentes and their parents.J.Public Health Dent.2012; 72(2): 164-71.

Koch G, Hallonsten AL, Ludvigsson N, Hansson BO,Holst A,Ullbro C.Epidemiologic study of idiopathic enamel hypomineralition in permanent teeth of Swedish children. Community Dent Oral Epidemiol. 1987; 15(5):279-85.

Leppäniemi A, Lukinmaa PL, Alaluusua S. Nonfluoride hypomineralizations inthe permanent first molars na their impact onthe treatment need. Caries Res.2001; 35(1):36-40.

Levy SM, Warren JJ, Jakobsen JR.Follow-up study of dental student esthetic perceptions of mild dental fluorosis .Community Dent Oral Epidemiol 2002;30 24-8

Lygidakis NA, Wong F, Jälevik B, Vierrou AM, Alaluusua S, Espelid I.Best Clinical Practice Guidance for clinicians dealing with children presenting with Molar-Incisor- Hypomineralisation (MIH): An EAPD Policy Document. Eur Arch Paediatr Dent. 2010; 11(2):75-81.

Lygidakis NA. Treatment modalities in children with teeth affected by molar-incisor hypomineralisation (MIH). Restropective clinical study in greek chindren. I. Prevalence and defect characteristic. Eur Arch Paediatr Dent.2008; 9(4):200-6

Marshman Z, Hall MJ. Oral health research with children. Int J Paed Dent 2008; 18: 235–242.9-305.

Martínez-Mier EA, Maupomé G, Soto-Rojas AE, Ureña-Cirett JL, Katz BP, Stookey GK. Development of a questionnaire to measure perceptions of, and concerns derived from, dental fluorosis. Community Dent Health. 2004 Dec; 21(4):29

Martins CC, Pinheiro NR, Paiva SM. Percepção da fluorose dentária sob ótica dos pais de crianças portadoras: até que ponto o comprometimento estético dos dentes é aceitável? JBras Odontopedir Odontol Bebê 2003; 6:413-8

49

Muratbegovic A,Markovic N, Ganibegovic Selimovic M. Molar incisor hypomineralisation in Bosnia and Herzegovina : aetioloy and clinical consequences in medium caries activity population. Eur Arch Paediatr Dent 2007; 8(4):189-94.25.Ozgül BM, Saat S , Sönmez H, Oz FT .Clinical evalution of desensitizing treatment for incisor teeth affected by Molar-Incisor Hypomineralization. J Clin Pediatr Dent. 2013 Winter; 38(2):101-5.

Psoter WJ, Reid BC,Katz RV. Malnutrition and dental caries: a review of literature. Caries Res 2005; 39:441-47

Seow WK. Clinical diagnosis of enamel defects: pitfalls and practical guidelines. International Dental Journal 1997; 47(3):173–82.

Soviero V, Haubek D, Trindade C, Matta T, Poulsen S.Prevalence and distribution of demarcated opacities and their squeals in permanent first molar and incisor in 7 to 13 –years –old Brazilian children . Acta Odontl Scand 2009; 66 170-175

Sujak SL, Kadir RM, Mohd Dom TN. Esthetic perception and psychosocial impact of developmental defects among Malaysian adolescents. J Oral Sci2004; 46: 221–226.

Vieira AR, Marazita ML, Goldstein-Mchernry T. Genome- wide scan finds suggestive caries loci. J Dent Res. 2008;87(5):435-9.

W.H.O. World Health Organization. Oral health surveys.Basic methods. Geneva: World Health Organization; 1997.

Weerheieijm KL, Duggal M. Majáre I, Papagiannoulis L, Koch G, Martens HC, et al. Judgement criteria for molar incisor hypomineralisation (MIH) in epidemiologic studies: a summary of the European meeting on MIH held in Athens, 2003. Eur J Paediatr Dent 2003; 4: 110-3 b.

Weerheijm KL. Molar Incisor Hypomineralization (MIH). Eur J Paediatr Dent. 2003; 4(3):114-20 a.

Weerheijm KL. Molar incisor hypomineralization (MIH): clinical presentation, aetiology and management. Dent Update. 2004; 31:9-12.

Werheijm KL, Jälevik B, Alaluusua S. Molar –Incisor Hypomineralisation. Caries Res. 2001; 35(5):390-1.

Whatling R, Fearne JM. Molar incisor hypomineralization: a study of aetiological factors in a group of UK children. Int J Paed Dent. 2008; 18:155-62.

50

Anexo 1

Projeto de pesquisa: PERCEPÇÃO ESTÉTICA DAS ALTERAÇÕES DE

OPACIDADE DO ESMALTE DENTÁRIO

Faculdade Federal do Rio de Janeiro Faculdade de Odontologia

Departamento Odontopediatria e Ortodontia

Prontuário N0: ____________

Nome do paciente: ________________________________________________

Etnia ( ) Branco ( ) Negro ( ) Pardo ( ) Idade ____________

Endereço:

Bairro: Cidade: __________________________

Estado: ______ CEP: ______________ Telefone (contato): _______________

Data de nascimento: _______________

Nome do pai:________________________Idade: ___ Profissão

Nome da mãe:_______________________Idade: ____Profissão:

HISTORIA MÉDICA

1) O paciente é portador de alguma síndrome? ( ) Sim ( ) Não Sim, qual? ___________________________________________

2) Durante a gravidez teve alguma ocorrência? ( ) Sim ( ) Não Qual? ____________________

Utilizou algum medicamento? ____________________

3) O paciente possui alguma das desordens abaixo?

Diabetes Sim ( ) Não ( ) Alergia Sim ( ) Não ( )

Cardiopatia Sim ( ) Não ( ) Epilepsia Sim ( ) Não ( )

Insuficiência renal Sim ( ) Não ( ) Câncer Sim ( ) Não ( )

Insuficiência hepática Sim ( ) Não ( )

AIDS Sim ( ) Não ( )

OBS:

4) Seu filho já sofreu algum traumatismo no dentes? ( ) Não ( ) Sim

51

Idade do trauma ____________ Qual tipo? ____________

Questionário Conhecimentos dos Responsáveis sobre saúde oral e Critério de

classificação Econômica do Brasil/2008.

1-Você acha que a saúde bucal pode interferir na vida do seu filho?

Sim ( ) Não( ) Não sei( )

2-Seu filho já foi ao dentista antes? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

3-Seu filho escova os dentes sozinho? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

4-Seu filho usa pasta de dente? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

5-Seu filho come ou comeu pasta de dente? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

6- Você sabe se essa pasta de dente tem flúor? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

7-Você sabe o que é o flúor? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

8-Você sabe qual a função do flúor? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

9-Você acha que o flúor ajuda no controle da carie? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

10-Você acha que o flúor pode prejudicar os dentes do seu filho? Sim ( ) Não( ) Não sei( )

Critério de classificação econômica Brasil/2014 Renda

Familiar____________ Quantas pessoas moram na casa? _________ Classe

Quantidade de Iteins

Item 0 1 2 3 4

Televisão Cores 0 1 2 3 4

Radio 0 1 2 3 4

Banheiro 0 4 5 6 7

Automovél 0 4 7 9 9

Empregada 0 3 4 4 4

Maquina de lavar 0 2 2 2 2

Videocassete Dvd 0 2 2 2 2

Frezer 0 2 2 2 2

Geladeira 0 4 4 4 4

52

Ficha de exame epidemiológico de cárie dentária

55 54 53 52 51 61 62 63 64 65

18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28

Diag

Diag

48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38 85 84 83 82 81 71 72 73 74 75 Condição Dental Permanente e Decíduo 0= hígido 1= cariado 2= restaurado com cárie 3= restaurado sem cárie 4= perdido por cárie 5= perdido por outra razões 6= selante 9= Trauma 8=erupcionado 10= Apinhamento anterior

Ficha para Diagnostico Hipomineralização Molar Incisivo (HMI)

18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28

Diag

Diag

48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38

Classificação nível severidade

Leve = L; sem fratura de esmalte, sensibilidade ocasional.

Grave= G ; com fratura de esmalte , sensibilidade espontânea

53

Anexo 2

Questionário das crianças sobre a aparência de seus dentes

Instruções de preenchimento:

Isto não é uma prova, e não existem respostas certas ou erradas, pois este

Questionário pergunta sobre a sua OPINIÃO a respeito dos seus próprios dentes;

Tudo o que você precisa fazer é marcar apenas uma alternativa (aquela com a qual você mais concorda), não deixando nenhuma questão em branco.

1) durante os últimos meses, o quanto a aparência dos seus dentes incomodou você?

( ) Muito

( ) Muito pouco

( ) pouco

( ) nada

2) durante os últimos meses, o quanto a aparência dos seus dentes deixou você

preocupado (a)?

( ) Muito

( ) Muito pouco

( ) Pouco

( ) Nada

3) Durante os últimos meses, o quanto a aparência (Cor) dos seus dentes impediu você

de sorrir espontaneamente?

( )Muito

( )Muito pouco

( )Pouco

( ) Nada

54

4) Por favor, classifique seus dentes de acordo com descrição abaixo e indique se a

situação preocupa você:

A) Meus dentes estão:

( ) Muito bom

( ) Bom

( ) Neutro

( ) Levemente desagradáveis

( ) Muito desagradáveis

B) Meus dentes estão:

( ) Alinhados

( ) Pouco alinhado Levemente alinhado

( ) Neutro

( ) Pouco alinhado

( ) Muito Tordo Estou preocupado(a) por causa disso Sim( ) Não ( )

C) Meus dentes estão:

( ) Muitos brancos

( ) Levemente brancos

( ) Levemente Manchados

( ) Muito manchados Estou preocupado(a) por causa disso Sim( ) Não ( )

D) Meus dentes estão:

( ) Muito saudáveis

( ) Levemente saudáveis

( ) Neutro

( ) Levemente doentes ( ) Muito doente

5) Por favor, diga o quanto você concorda com a frase: “a cor dos meus dentes é

agradável e bonita.

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo ( ) Neutro ( )Discordo ( ) Discordo

totalmente

55

Anexo 3

Questionário dos pais sobre a aparência dos dentes de seu/sua filho (a)

Instruções de preenchimento

Não existem respostas certas ou erradas, pois este questionário pergunta sobre a sua opinião a respeito dos dentes de seu/sua filho (a);

Por favor, não mostre as questões a seu/sua filho (a), pois, neste momento, estamos interessados apenas na SUA opinião, e a entrevista dele (a) será realizada na escola;

Tudo o que você precisa fazer é marcar apenas uma alternativa (aquela com a qual você mais concorda), não deixando nenhuma questão em branco

Perguntas:

1) Durante os últimos meses, o quanto a aparência dos dentes de seu/sua filho (a) incomodou você?

( ) Muito

( ) Um pouco

( ) Muito pouco

( ) Nada

2) Durante os últimos meses, o quanto a aparência dos dentes de seu/sua filho (a)

deixou você preocupado(a)?

( ) Muito

( ) Um pouco

( ) Muito pouco

( ) Nada

3) Durante os últimos meses, o quanto a aparência dos dentes de seu/sua filho (a)

impediu que ele(a) sorrisse espontaneamente?

( ) Muito

( ) Um pouco

( ) Muito pouco

( ) Nada

56

4) Por favor, classifique que seus dentes de acordo com descrição abaixo e indique se a situação preocupa você. A) Os dentes do (a) meu/minha filho (a) estão:

( ) Muito bons

( ) Levemente bons

( ) Neutro

( ) Levemente desagradáveis

( ) Muito desagradáveis

B) Os dentes do(a) meu/minha filho (a) estão:

( ) Alinhados

( ) Levemente alinhados

( ) Nem alinhados nem tortos

( ) Pouco alinhados

( ) Tortos Isso deixa você preocupado? ( ) sim ( ) não

C) Os dentes do (a) meu/minha filho (a) estão:

( ) Muitos brancos

( ) Levemente brancos

( ) Levemente manchados

( ) Muito manchados Isso deixa você preocupado? ( ) sim ( ) não

D) Os dentes do (a) meu/minha filho

(a) estão:

( ) Muito saudáveis

( ) Levemente saudáveis

57

( ) Nem saudáveis e nem doentes

( ) Levemente doentes

( ) Muito doentes

5) Por favor, diga o quanto você concorda com a frase: “a cor dos dentes do (a)

meu/minha filho (a) é agradável e bonita”

( ) Concordo totalmente ( ) Concordo ( ) Neutro

( )Discordo ( ) Discordo totalmente

58

Anexo 4

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Odontologia

Departamento Odontopediatria e Ortodontia

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TCLE (Responsável como participante da pesquisa)

Título da pesquisa: Percepção estética das alterações de opacidade do

esmalte dentário e a sua susceptibilidade genética. ¨ (Percepção estética

das alterações de cor e forma do dente e a sua probabilidade genética) O Senhor (ª) está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa sobre

percepção estética dos dentes afetados ou não com hipomineralização

molar e incisivo e fluorose dentária e verifica as possíveis causas.

Objetivo: Existem estudos que mostram que alteração genética pode estar relacionada com defeitos na cor e forma dos dentes. Um desses defeitos é conhecido como fluorose dentária e hipomineralização molar incisivo (HMI) (manchamento nos dentes), essas alterações são irreversíveis. Nosso estudo pretende verificar se algum gene responsável pela formação do esmalte dentário (dente) poderia aumentar probabilidade á fluorose e hipomineralização molar incisivo, além disso observar o nível de satisfação estética das crianças (seus filhos) e seus responsáveis (pais) com aparência dos dentes das crianças. Pesquisa: O estudo será realizado na Clínica de Odontopediatria do Departamento

de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRJ. Durante o atendimento do seu filho nesta pesquisa, nenhum procedimento (atitudes dos dentistas durante o atendimento) novo será realizado, pois todos eles estão baseados na literatura já existente, reconhecido na odontologia. Além dos exames de costume (exame clinico) que será realizado apenas no seu filho, será realizada coleta de saliva (você e seu filho irão cuspi em um potinho) e preenchimento de um questionário com dados sócios econômicos, conhecimentos sobre a saúde bucal, produtos higiene bucal e sobre o nível de satisfação com a aparência dental de seu filho que será preenchido por você. Posteriormente seu filho irá responder o mesmo questionário sobre nível de satisfação estética do dente dele (cor e forma). Para participação desse estudo seu filho deverá ter entre 07 a 14 anos com ou/ sem fluorose e hipomineralização molar incisivo. Toda a documentação (ficha clínica da criança e questionários seu e dos seus filhos) serão analisados e fará parte de uma ficha clínica da criança, sendo futuramente arquivada no Departamento Ortodontia e Odontopediatria. Menos a saliva coletada (seu cuspe e do seu filho que foi obtido e colocado no potinho para guardar o cuspe) após a análise será jogada fora. Riscos: Os riscos envolvidos na pesquisa são todos aqueles relacionados à obtenção dos dados, tais como desconfortos durante a entrevista ou durante as avaliações e exames clínicos do paciente da criança (desconforto pela luz do equipamento, pela manipulação da boca e suas partes, desconforto devido ao uso de jato de água e ar, desconforto com o uso do instrumental (espelho e sonda) e o constrangimento de cuspir em um recipiente

59

Benefícios: Um melhor entendimento dos fatores que podem estar relacionados com

as alterações de cor e forma do dente (fluorose e hipomineralização molar e incisivo).

Você e seu filho irão receber instruções sobre higiene oral. O paciente (seu filho) será

submetido a aplicação de flúor. Aqueles pacientes (crianças (seu filho) que apresentar

necessidade de tratamento odontológico) serão encaminhados para clínica de

odontopediatria da Faculdade de Odontologia/UFRJ Este é um projeto de pesquisa e

não uma forma de tratamento.

Garantia de acesso aos pesquisadores: Em qualquer fase do estudo você terá

pleno acesso a pesquisadora responsável, Fernanda Mafei Felix da Silva pelos

telefones (21)981712812 ou (21)37382098, (21) 39382101, ou no endereço Rua

Rodolpho Paulo Rocco 325 1 andar departamento de Ortodontia e

odontopediatria Faculdade de Odontologia, Cidade Universitária , Rio de Janeiro.

Garantia de liberdade: Você e seu filho não são obrigados (a) a participar deste

projeto e este consentimento pode ser retirado a qualquer momento, sem penalidade.

Assim, se quiser desistir, é só falar e você e seu filho vai continuar tendo as instruções

de higiene oral e em caso do seu filho (criança) precisar de tratamento ou estiver em

tratamento, terá continuidade.

Direito de confidencialidade e acessibilidade: As informações obtidas durante a

pesquisa serão apenas utilizadas por membros da equipe do projeto, mantendo-se em

caráter confidencial e de total sigilo. Os dados obtidos serão utilizados apenas

elaborar artigos científicos. Cada participante somente poderá ter acesso aos próprios

resultados.

Despesas e compensações: Todos os procedimentos serão gratuitos, sem nenhum

custo ao paciente. As despesas assim por ventura ocorrer serão de responsabilidade

do pesquisador da pesquisa. Também não haverá compensação financeira

relacionada a sua participação.

Dúvidas e questionamentos: A qualquer momento você poderá requerer mais informações da pesquisa. Em casos de dúvidas entre em contato com responsável da pesquisa Dra. Fernanda Mafei Felix da Silva, pelo telefone (21) 39382098, (21) 981712812 ou no endereço Rua Rodolpho Paulo Rocco, 255 1 andar departamento de odontopediatria - cidade Universitária Faculdade de Odontologia- Rio de Janeiro. Diante de qualquer dúvida a respeitos dos direitos e deveres como participante da pesquisa ou caso tenha alguma dificuldade em entrar em contato com o pesquisador ou sobre a ética da pesquisa o participante pode entrar em contato com Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho /HUCFF/UFRJ, pelo telefone (21) 39382480, Fax (21) 39382481 pelo e-mail [email protected] ,ou endereço Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco , 255 1 andar Cidade Universitária- Ilha do Fundão , Rio de Janeiro / RJ , horário de funcionamento de segunda à sexta , das 8h às 15h. Informamos que este termo de consentimento livre e esclarecido deve ser redigido e assinado pelo participante da pesquisa e representante legal da criança/adolescentes, pelo pesquisador responsável da pesquisa. Um registro de sua participação nesta pesquisa será mantido, mas de forma confidencial, através do uso de códigos numéricos e arquivos fechados. Todos os resultados serão publicados em literatura científica especializada.

60

Consentimento Eu,_____________________________________________________________

_____________ acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações sobre o estudo acima citado que li ou que foram lidas para mim. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que a minha participação e isenta de despesas. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e autorizo e estou ciente de que poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem penalidades ou prejuízos. Eu receberei uma cópia desse Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e a outra ficará com o pesquisador responsável por essa pesquisa. Além disso, estou ciente de que eu e o pesquisador responsável deveremos rubricar todas as folhas desse TCLE e assinar na última folha.

Rio de Janeiro, _______________________________________________________ Nome ______________________________________________________ Assinatura do informante

Assinatura do pesquisador

61

Anexo 5

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Odontologia

Departamento Odontopediatria e Ortodontia

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TCLE (Autorização do menor para participar da pesquisa)

Título da pesquisa: Percepção estética das alterações de opacidade

do esmalte dentário e a sua susceptibilidade genética. ¨ (Percepção estética

das alterações de cor e forma do dente e a sua probabilidade genética) Prezado Senhor (ª): Seu filho está sendo convidado (a) a participar de uma

pesquisa sobre percepção estética dos dentes afetados ou não com hipomineralização molar e incisivo e fluorose dentaria e verifica as possíveis causas.

Objetivo: Existem estudos que mostram que alteração genética pode estar relacionada com defeitos na cor e forma dos dentes. Um desses defeitos é conhecido como fluorose dentária e hipomineralização molar incisivo (HMI) (manchamento nos dentes), essas alterações são irreversíveis. Nosso estudo pretende verificar se algum gene responsável pela formação do esmalte dentário (dente) poderia aumentar probabilidade á fluorose e hipomineralização molar incisivo, além disso observar o nível de satisfação estética das crianças (seus filhos) e seus responsáveis (pais) com aparência dos dentes das crianças.

Pesquisa: O estudo será realizado na Clínica de Odontopediatria do

Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRJ. Durante o atendimento do seu filho nesta pesquisa, nenhum procedimento (atitudes dos dentistas durante o atendimento) novo será realizado, pois todos eles estão baseados na literatura já existente, reconhecido na odontologia. Além dos exames de costume (exame clinico) que será realizado apenas no seu filho, será realizada coleta de saliva (você e seu filho irão cuspi em um potinho) e preenchimento de um questionário com dados sócios econômicos, conhecimentos sobre a saúde bucal, produtos higiene bucal e sobre o nível de satisfação com a aparência dental de seu filho que será preenchido por você. Posteriormente seu filho irá responder o mesmo questionário sobre nível de satisfação estética do dente dele (cor e forma). Para participação desse estudo seu filho deverá ter entre 07 a 14 anos com ou/ sem fluorose e hipomineralização molar incisivo. Toda a documentação (ficha clínica da criança e questionários seu e dos seus filhos) serão analisados e fará parte de uma ficha clínica da criança, sendo futuramente arquivada no Departamento Ortodontia e Odontopediatria. Menos a saliva coletada (seu cuspe e do seu filho que foi obtido e colocado no potinho para guardar o cuspe) após a análise será jogada fora.

62

Riscos: Os riscos envolvidos na pesquisa são todos aqueles relacionados à obtenção dos dados, tais como desconfortos durante a entrevista ou durante as avaliações e exames clínicos do paciente da criança (desconforto pela luz do equipamento, pela manipulação da boca e suas partes, desconforto devido ao uso de jato de água e ar, desconforto com o uso do instrumental (espelho e sonda) e o constrangimento de cuspir em um recipiente Benefícios: Um melhor entendimento dos fatores que podem estar relacionados com

as alterações de cor e forma do dente (fluorose e hipomineralização molar e incisivo).

Você e seu filho irão receber instruções sobre higiene oral. O paciente (seu filho) será

submetido a aplicação de flúor.

Aqueles pacientes (crianças (seu filho) que apresentar necessidade de tratamento

odontológico) serão encaminhados para clínica de odontopediatria da Faculdade de

Odontologia/UFRJ Este é um projeto de pesquisa e não uma forma de tratamento.

Garantia de acesso aos pesquisadores: Em qualquer fase do estudo você terá

pleno acesso a pesquisadora responsável, Fernanda Mafei Felix da Silva pelos

telefones (21)981712812 ou (21)37382098, (21) 39382101, ou no endereço Rua

Rodolpho Paulo Rocco 325 1 andar departamento de Ortodontia e

odontopediatria Faculdade de Odontologia, Cidade Universitária , Rio de Janeiro.

Garantia de liberdade: Você e seu filho não são obrigados (a) a participar deste

projeto e este consentimento pode ser retirado a qualquer momento, sem penalidade.

Assim, se quiser desistir, é só falar e você e seu filho vai continuar tendo as instruções

de higiene oral e em caso do seu filho (criança) precisar de tratamento ou estiver em

tratamento, terá continuidade.

Direito de confidencialidade e acessibilidade: As informações obtidas durante a

pesquisa serão apenas utilizadas por membros da equipe do projeto, mantendo-se em

caráter confidencial e de total sigilo. Os dados obtidos serão utilizados apenas

elaborar artigos científicos. Cada participante somente poderá ter acesso aos próprios

resultados.

Despesas e compensações: Todos os procedimentos serão gratuitos, sem nenhum

custo ao paciente. As despesas assim por ventura ocorrer serão de responsabilidade

do pesquisador da pesquisa. Também não haverá compensação financeira

relacionada a sua participação.

Dúvidas e questionamentos: A qualquer momento você poderá requerer mais informações da pesquisa. Em casos de dúvidas entre em contato com responsável da pesquisa Dra. Fernanda Mafei Felix da Silva, pelo telefone (21) 39382098, (21) 981712812 ou no endereço Rua Rodolpho Paulo Rocco, 255 1 andar departamento de odontopediatria - cidade Universitária Faculdade de Odontologia- Rio de Janeiro. Diante de qualquer dúvida a respeitos dos direitos e deveres como participante da pesquisa ou caso tenha alguma dificuldade em entrar em contato com o pesquisador ou sobre a ética da pesquisa o participante pode entrar em contato com Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho /HUCFF/UFRJ, pelo telefone (21) 39382480, Fax (21) 39382481 pelo e-mail [email protected] ,ou endereço Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco , 255 1 andar Cidade Universitária- Ilha do Fundão , Rio de Janeiro / RJ , horário de funcionamento de segunda à sexta , das 8h às 15h. Informamos que este termo de consentimento livre e esclarecido deve ser redigido e assinado pelo participante da pesquisa e representante legal da criança/adolescentes, pelo pesquisador responsável da pesquisa. Um registro de sua participação nesta pesquisa será mantido, mas de forma confidencial, através do uso de códigos numéricos e arquivos fechados. Todos os resultados serão publicados em literatura científica especializada.

63

Consentimento Eu,_____________________________________________________________

_____________ acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações sobre o estudo acima citado que li ou que foram lidas para mim. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que a minha participação e isenta de despesas. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e autorizo e estou ciente de que poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem penalidades ou prejuízos. Eu receberei uma cópia desse Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e a outra ficará com o pesquisador responsável por essa pesquisa. Além disso, estou ciente de que eu e o pesquisador responsável deveremos rubricar todas as folhas desse TCLE e assinar na última folha.

Rio de Janeiro, _______________________________________________________ Nome

______________________________________________________ Assinatura do informante

Assinatura do pesquisador

64

Anexo 6

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Faculdade de Odontologia

Departamento Odontopediatria e Ortodontia

Termo de Assentimento

TALE (Autorização do menor)

Título da pesquisa: Percepção estética das alterações de opacidade do esmalte dentário e a sua susceptibilidade genética. ¨ (Percepção estética das alterações de cor e forma do dente e a sua probabilidade genética) O você (ª) está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa sobre percepção

estética dos dentes afetados ou não com hipomineralização molar - incisivo e

fluorose dentaria e verifica as possíveis causas.

Objetivo: Existem estudos que mostram que alteração genética pode estar relacionada com defeitos na cor e forma dos dentes. Um desses defeitos é conhecido como fluorose dentária e hipomineralização molar incisivo (HMI) (manchamento nos dentes), essas alterações são irreversíveis. Nosso estudo pretende verificar se algum gene responsável pela formação do esmalte dentário (dente) poderia aumentar probabilidade á fluorose e hipomineralização molar incisivo, além disso observar o nível de satisfação estética das crianças (seus filhos) e seus responsáveis(pais) com aparência dos dentes das crianças.

Pesquisa: O estudo será realizado na Clínica de Odontopediatria do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da UFRJ. Durante o seu atendimento nesta pesquisa, nenhum procedimento (atitudes dos dentistas durante o atendimento) novo será realizado, pois todos eles estão baseados na literatura já existente, reconhecido na odontologia. Além dos exames de costume (exame clinico), será realizada coleta de saliva (você e seu pai/ mãe irão cuspi em um potinho) e preenchimento de um questionário com dados sócios econômicos, conhecimentos sobre a saúde bucal, produtos higiene bucal e sobre o nível de satisfação com a aparência dental de seu filho que será preenchido por você. Posteriormente seu filho irá responder o mesmo questionário sobre nível de satisfação estética do dente dele (cor e forma). Para participação desse estudo seu filho deverá ter entre 07 a 14 anos com ou/ sem fluorose e hipomineralização molar incisivo.Toda a documentação (ficha clínica da criança e questionários seu e dos seus filhos) serão analisados e fará parte de uma ficha clínica da criança, sendo futuramente arquivada no Departamento Ortodontia e Odontopediatria. Menos a saliva coletada (seu cuspe e do seu filho que foi obtido e colocado no potinho para guardar o cuspe) após a análise será jogada fora.

Riscos: Os riscos envolvidos na pesquisa são todos aqueles relacionados à obtenção dos dados, tais como desconfortos durante a entrevista ou durante as avaliações e exames clínicos do paciente da criança (desconforto pela luz do equipamento, pela manipulação da boca e suas partes, desconforto devido ao uso de jato de água e ar, desconforto com o uso do instrumental (espelho e sonda) e o constrangimento de cuspir em um recipiente

65

Benefícios: Um melhor entendimento dos fatores que podem estar

relacionados com as alterações de cor e forma do dente (fluorose e hipomineralização

molar e incisivo). Você e seu responsável irão receber instruções sobre higiene oral. O

paciente (seu filho) será submetido a aplicação de flúor.Aqueles pacientes (crianças

(seu filho) que apresentar necessidade de tratamento odontológico) serão

encaminhados para clínica de odontopediatria da Faculdade de Odontologia/UFRJ

Este é um projeto de pesquisa e não uma forma de tratamento.

Garantia de acesso aos pesquisadores: Em qualquer fase do estudo

você terá pleno acesso a pesquisadora responsável, Fernanda Mafei Felix da

Silva pelos telefones (21)981712812 ou (21)37382098, (21) 39382101, ou no

endereço Rua Rodolpho Paulo Rocco 325 1 andar departamento de Ortodontia e

odontopediatria Faculdade de Odontologia, Cidade Universitária , Rio de Janeiro.

Garantia de liberdade: Você e seu filho não são obrigados (a) a participar

deste projeto e este consentimento pode ser retirado a qualquer momento, sem

penalidade. Assim, se quiser desistir, é só falar e você e seu filho vai continuar tendo

as instruções de higiene oral e em caso do seu filho (criança) precisar de tratamento

ou estiver em tratamento, terá continuidade.

Direito de confidencialidade e acessibilidade: As informações obtidas

durante a pesquisa serão apenas utilizadas por membros da equipe do projeto,

mantendo-se em caráter confidencial e de total sigilo. Os dados obtidos serão

utilizados apenas elaborar artigos científicos. Cada participante somente poderá ter

acesso aos próprios resultados.

Despesas e compensações: Todos os procedimentos serão gratuitos, sem

nenhum custo ao paciente. As despesas assim por ventura ocorrer serão de

responsabilidade do pesquisador da pesquisa. Também não haverá compensação

financeira relacionada a sua participação.

Dúvidas e questionamentos: A qualquer momento você poderá requerer mais informações da pesquisa. Em casos de dúvidas entre em contato com responsável da pesquisa Dra. Fernanda Mafei Felix da Silva, pelo telefone (21) 39382098, (21) 981712812 ou no endereço Rua Rodolpho Paulo Rocco, 255 1 andar departamento de odontopediatria - cidade Universitária Faculdade de Odontologia- Rio de Janeiro. Diante de qualquer dúvida a respeitos dos direitos e deveres como participante da pesquisa ou caso tenha alguma dificuldade em entrar em contato com o pesquisador ou sobre a ética da pesquisa o participante pode entrar em contato com Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho /HUCFF/UFRJ, pelo telefone (21) 39382480, Fax (21) 39382481 pelo e-mail [email protected] ,ou endereço Rua Professor Rodolpho Paulo Rocco , 255 1 andar Cidade Universitária- Ilha do Fundão , Rio de Janeiro / RJ , horário de funcionamento de segunda á sexta , das 8h as 15h. Informamos que este termo de consentimento livre e esclarecido deve ser redigido e assinado pelo participante da pesquisa e representante legal da criança/adolescentes, pelo pesquisador responsável da pesquisa. Um registro de sua participação nesta pesquisa será mantido, mas de forma confidencial, através do uso de códigos numéricos e arquivos fechados. Todos os resultados serão publicados em literatura científica especializada.

66

Consentimento Eu,_____________________________________________________________

_____________ acredito ter sido suficientemente informado a respeito das informações sobre o estudo acima citado que li ou que foram lidas para mim. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. Ficou claro também que a minha participação e isenta de despesas. Concordo voluntariamente em participar deste estudo e autorizo e estou ciente de que poderei retirar o meu consentimento a qualquer momento, sem penalidades ou prejuízos. Eu receberei uma cópia desse Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e a outra ficará com o pesquisador responsável por essa pesquisa. Além disso, estou ciente de que eu e o pesquisador responsável deveremos rubricar todas as folhas desse TCLE e assinar na última folha.

Rio de Janeiro, _______________________________________________________ Nome

______________________________________________________ Assinatura do informante

Assinatura do pesquisador

67

Apêndice

68

69