Hipotireoidismo Congênito

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  • 1As Diretrizes Clnicas na Sade Suplementar, iniciativa conjunta

    Associao Mdica Brasileira e Agncia Nacional de Sade Suplementar, tem por

    objetivo conciliar informaes da rea mdica a fim de padronizar condutas que

    auxiliem o raciocnio e a tomada de deciso do mdico. As informaes contidas

    neste projeto devem ser submetidas avaliao e crtica do mdico, responsvel

    pela conduta a ser seguida, frente realidade e ao estado clnico de cada paciente.

    Autoria: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e

    Metabologia

    Colgio Brasileiro de Radiologia

    Elaborao Final: 31 de janeiro de 2011

    Participantes: Maciel LMZ, Castro AS, Kimura ET, Nogueira CR,Mazeto GMFS, Ribeiro PKR, Nascimento ML,Marini SL, Nesi-Frana S, Vieira SE

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    DESCRIO DO MTODO DE COLETA DE EVIDNCIA:Foram realizadas buscas ativas nas bases de dados primrias Medline e SciELO,utilizando os seguintes termos descritivos (MESH TERMS): Congenital Hypothyroidism;Ethnic Group; Neonatal Screening; Congenital Abnormalities; infant, Premature; BloodTransfusion; Neurological disorders, Thyroxine, epidemiology, diagnosis, prognosis,treatment outcome, therapeutic use.

    GRAU DE RECOMENDAO E FORA DE EVIDNCIA:A: Estudos experimentais ou observacionais de melhor consistncia.B: Estudos experimentais ou observacionais de menor consistncia.C: Relatos de casos. (estudos no controlados.D: Opinio desprovida de avaliao crtica, baseada em consensos, estudos fisiolgicos

    ou modelos animais.

    OBJETIVO:Analisar as recomendaes para os principais procedimentos diagnsticos e teraputicosdo Hipotireoidismo Congnito, com base na melhor evidncia cientfica disponvel.

    CONFLITO DE INTERESSE:Nenhum conflito de interesse declarado.

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    INTRODUO

    O hipotireoidismo congnito (HC) representa uma dascausas mais frequentes de retardo mental, que pode ser prevenidacom o diagnstico precoce e tratamento adequado. Emcondies de normalidade, aps a metade da gestao, o eixohipotlamo-hipfise-tireoide torna-se funcional. Entre 24-28semanas, o hormnio tireotrfico (TSH) fetal eleva-seconsideravelmente e permanece alto at o nascimento e, emresposta a este estmulo de TSH, o T4 fetal aumentaparalelamente. Neste perodo, obser va-se um aumentoprogressivo do hormnio liberador de tireotrofina (TRH)hipotalmico e, uma resposta peculiar do eixo hipotlamo-hipfise-tireoide durante a gestao. Logo aps o nascimento,pelo esfriamento da criana no momento do parto, ocorre umpico adicional de liberao de TSH, que eleva os nveis sricosdos hormnios tireoidianos do recm-nascido. Estadisponibilidade adicional de HT auxilia na adaptao trmicado recm-nascido ao meio externo e est diretamenterelacionada ao aumento agudo de TSH, com pico 30 a 60minutos aps o corte do cordo umbilical, e queda, em geral,para nveis menores que 10 mU/L, na primeira semana de vida.

    O HC o distrbio endcrino congnito mais frequente,com incidncia variando de 1:3.000 a 1:4.000 crianasnascidas vivas, entretanto, estudo mais recente, que utilizouum nvel de corte mais baixo no teste de triagem neonatal,relatou incidncia maior (1:1.446)1,2(C). No Brasil, aprevalncia de HC aproximada a estes valores, 1:4.795 emestudo que avaliou pacientes com disgenesia de tireoide3(B). Aprevalncia do HC varivel entre os grupos tnicos, sendoconsideravelmente menos prevalente entre os negros americanosque entre os hispnicos (1:10.000 x 1:2.700), assim como mais prevalente em mulheres (1:4.000 x 1:7.700). Tambm,crianas com sndrome de Down tem um risco 35 vezes maiorpara apresentar o HC que a populao geral (p

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    1. O HIPOTIREOIDISMO CONGNITO SEMPREPERMANENTE OU PODE SER TRANSITRIO?

    Crianas que nascem com TSH elevado e/ou T4 diminudo podem evoluir com persistnciadesta alterao (Hipotireoidismo Permanente)ou normalizao da disfuno (HipotireoidismoTransitrio). Na maior parte dos casos o HC permanente, resultante de alteraes dodesenvolvimento ou disfuno da tireoide. Emestudo de seguimento, 33 crianas com 3 oumais anos de idade e HC sem causa identificadaforam submetidas a suspenso do tratamentocom tireotoxina e, aps 4 semanas, realizaramtestes de funo tireoidiana, ultrassonagrafia detireoide e cintilografia da tireoide, quando aultrassonagrafia se mostrou anormal. Vinte euma (64%) crianas apresentaram HCpermanente (ausncia ou ectopia de tireoide oudishormonognese) e 12 (36%) apresentaramHC transitrio5(A).

    RecomendaoO hipotireoidismo neonatal pode ser

    permanente ou transitrio. Recomenda-se areavaliao, aps os 3 anos de idade, das crianasem tratamento, que no apresentem etiologiado hipotireoidismo estabelecida5(A).

    2. QUAIS SO AS CAUSAS DO HIPOTIREOIDISMOCONGNITO PERMANENTE (HCP)?

    Cerca de 85% dos casos de HCP sodecorrentes de defeitos na formao glandulardurante a embriognese, denominadosdisgenesias tireoidianas (DT), que incluem aagenesia, hemiagenesia, ectopia de tecidotireoidiano e hipoplasia tireoidiana. A DT geralmente espordica, porm menor parcela doscasos pode ocorrer na forma familiar6(C). No

    Brasil, estudo longitudinal incluiu 353pacientes, entre 1990 e 2004, com HCpermanente, sendo 37% ectopia, 28%dishormonognese, 24% agenesia, 10%hipoplasia e 1% hemiagenesia de tireoide3(B).

    O HC permanente tambm pode serdecorrente de defeito na sntese hormonal,denominado de dishormonognese, que apresentauma forma recessiva de herana e inclui mutaesem diferentes genes envolvidos nas etapas dasntese do hormnio tireoidiano7,8(C).

    O hipotireoidismo central decorre da faltade estmulo do TSH na glndula tireoide e devido m-formao ou disfuno hipofisriaou hipotalmica e tem sido associado commutaes nos fatores transcricionais hipofisriose mutaes no TSH beta, sendo que, casos deHC central individuais e familiares associadosa mutaes de diversos genes foram descritosna literatura mdica9-11(C).

    A sndrome de resistncia ao hormniotireoidiano uma doena rara, com espectroclnico varivel, decorrente de diminuio daresponsividade aos hormnios tireoidianos12(C).

    RecomendaoA causa mais frequente de HC permanente

    a disgenesia tireoidiana (DT), que inclui aagenesia, hemiagenesia, ectopia de tecidotireoidiano e hipoplasia tireoidiana3(B). Outrascausas menos frequentes so adishormonogenese, o hipotireoidismo central ea sndrome de resistncia ao hormniotireoidiano6,12(C).

    3. QUAIS SO AS CAUSAS DO HIPOTIREOIDISMOCONGNITO TRANSITRIO?

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    A causa mais frequente de HC transitrio a deficincia de iodo (cretinismo endmico)e constitui a etiologia mais comum de retardomental no mundo. A prevalncia de crianasque apresentam hipotireoidismo neonataltransitrio varia de uma regio para outra,dependendo da suficincia idica da rea e podeser erradicada com a suplementao de iodo.Crianas, nascidas entre 1966 e 1972, foramincludas em ensaio clnico controlado eacompanhadas por 10 anos para avaliar aeficcia de aplicao intramuscular de iodocomo profilaxia para o cretinismo endmico.A suplementao de iodo previamente formao do tubo neural foi eficaz para apreveno do cretinismo endmico e, tambmas medidas de funo motora e intelectualforam superiores no grupo tratado, sugerindoefeito protetor para formas subclnicas dadeficincia de iodo13(B).

    O hipotireoidismo transitrio pode resultar,tambm, de exposio intrauterina a drogasantitireoidianas usadas por mes comhipertireoidismo, passagem de anticorposantitireoidianos maternos (TRAb), exposiopr ou ps-natal a excesso de iodo (uso decontraste iodado, uso de antisspticos iodadosou ingesto de alimentos ricos em iodo pelame)14,15(B)16-18(C).

    RecomendaoA principal causa de HC transitrio a

    deficincia de iodo, que se caracteriza por ser aetiologia mais frequente de retardo mental nomundo e por ser prevenvel com a suplementaode iodo13(B). Outras causas so: exposiointrauterina a drogas antitireoidianas, passagemde anticorpos antitireoidianos maternos eexposio pr ou ps-natal a excesso deiodo14,15(B)16-18(C).

    4. O HIPOTIROIDISMO CONGNITO PODEOCORRER EM ASSOCIAO A ANORMALIDADESCONGNITAS?

    Diversos estudos observacionais tm relatadouma incidncia aumentada de anormalidadescongnitas em pacientes com HC, destacando-se anomalias cromossnicas como sndrome deDown, anormalidades cardacas, palato e/oulbios fendidos, problemas neurolgicos eurogenitais4,19(C).

    Estudo recente avaliou anormalidadesmorfolgicas em 242 crianas holandesasparticipantes de 3 coortes de pacientes com HCde origem tireoidiana e as comparou com 1007crianas de grupo controle sem HC. Aporcentagem de crianas com HC comanormalidades maiores foi de 33,1%. Estaporcentagem foi ainda mais elevada nas crianasque apresentavam ectopia tireoidiana, em relaoao grupo controle (37,2% x 21,8%;p

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    A sensibilidade dos testes de triagemneonatal para HC so elevadas, o que os tornameficazes para rastrear a doena. Estudospopulacionais realizados na Europa e nosEstados Unidos relatam sensibilidades prximasa 97% - 100% e especificidades de 98% a100%22,23(B).

    RecomendaoA triagem neonatal recomendada para o

    HC22,23(B)24(C).

    6. QUANDO DEVEM SER FEITOS OS TESTES PARATRIAGEM NEONATAL DO HIPOTIROIDISMOCONGNITO?

    A triagem neonatal deve ser realizada aps48 horas do nascimento e at o 4 dia de vida,em recm-nascidos (RN) a termo, idealmenteantes da alta da maternidade. No entanto, altasprecoces (< 48 horas) podem resultar emresultados falso-positivos mais frequentes. Ostestes de triagem para deteco do HC podemmostrar-se alterados mesmo na ausncia dedisfuno tireoidiana. Isto acontece, em parte,porque os nveis hormonais podem sofrerelevaes fisiolgicas transitrias logo aps oparto e coletas precoces do teste de triagempodem acusar resultados falso-positivos24(C).

    RecomendaoNa criana nascida a termo, a triagem

    neonatal deve ser realizada entre 48 horas e oquarto dia de vida24(C).

    7. A TRIAGEM NEONATAL RECOMENDADA PARARN A TERMO EFICAZ PARA O RAS-TREAMENTO DE HIPOTIROIDISMO CONGNITOEM PREMATUROS, DOENTES OU TRANS-FUNDIDOS?

    No RN prematuro (RNPT), a imaturidadedo eixo hipotlamo-hipfise-tireoide estassociada dificuldade de adaptao da funotireoidiana ao ambiente externo aps o parto, e inversamente relacionada idade gestacional.Os mecanismos imaturos de termogneselimitam a produo de TSH, reduzindo o seupico aps o nascimento. A capacidade tireoidianade produo hormonal tambm limitada eocorre menor converso perifrica de T4 a T3.A resposta tecidual aos HT tambm imatura.A hipotiroxinemia tambm ocorre em RN atermo (RNT) criticamente enfermo. Aprematuridade pode resultar em falso positivose negativos na triagem neonatal dohipotireoidismo congnito, tanto quando apesquisa realizada com T4 como com TSH.Por outro lado, os prematuros portadores deformas de HC permanente podem apresentarresultados falso-negativos nos testes de triagemde hipotireoidismo, devido elevao tardia doTSH. Em estudo transversal, foram comparadosos nveis de T4 em RNPT e RNT e encontradosnveis significantemente mais baixos nosprematuros na primeira semana de vida(p

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    coorte prospectiva incluiu 67 neonatoscriticamente enfermos, sendo observado que ostestes de triagem (TSH) anormais foram 40 vezesmais frequentes nos pacientes criticamenteenfermos que em neonatos normais e 80% foramdetectados na coleta tardia feita aps arecuperao26(B).

    Alguns estudos sugerem a repetio datriagem para HC para RNPT. A coleta do testeentre o terceiro e o sexto dias de vida foi repetidaaps 4 semanas para os RNPT de baixo e muitobaixo peso ao nascer e mostrou nveis de TSH 10mIU/l em 19 de 3854 RN (0,5%). Foifeito diagnstico de HC permanente em dois ede HC transitrio em 5 crianas. Outrosdiagnsticos foram: possvel HC compensado (6),elevao transitria de TSH (6). Dezesseiscrianas (84%) necessitaram de tratamento27(C).

    Quando houver necessidade de transfusode sangue total, o teste deve ser coletado antesque a criana seja transfundida,independentemente da sua idade28(D).

    RecomendaoA estratgia de triagem neonatal para HC

    recomendada para RNT no to eficaz paraprematuros e RN gravemente enfermos25(B). Omomento ideal para a coleta dos testes de triagemem prematuros ou RN criticamente doentes no estdefinido, pois no h consenso na literatura. ParaRNPT, recomendada a repetio da triagem apscerca de 4 semanas29(B). Quando houver indicaode transfuso de sangue total, os testes de triagemdevem ser coletados antes da transfuso28(D).

    8. QUAIS OS EXAMES ADOTADOS NO BRASILPARA A TRIAGEM DO HIPOTIROIDISMOCONGNITO?

    No Brasil, a triagem neonatal realizadaem amostra de sangue seco, em papel filtro,coletada por puno de calcanhar, atravs dadosagem de TSH srico. Os resultados de TSHentre 10 e 20 mUI/l indicam a repetio doexame. Quando os resultados so superiores a20 mUI/l, a criana deve ser convocada paraconsulta mdica e os testes de funo tiroidiana(T4 total e T4 livre) devem ser realizados emamostra de soro. No programa de TriagemNeonatal do Brasil, alternativamente, pode serrealizada a dosagem inicial de T4 em amostrade papel filtro, seguida de dosagem de TSHquando resultado for abaixo de 6g/dl. (portariaGM/MS 822 de 6 de junho de 2001). Estaestratgia eficaz e tambm adotada em outrospases30(B).

    As duas estratgias para a deteco do HCtm sido utilizadas em diferentes pases:dosagem inicial de TSH seguida da dosagem deT4; dosagem inicial de T4 seguida da dosagemde TSH. Uma vez realizada a dosagem inicialde TSH, seguida da dosagem de T4, crianascom hipotireoidismo central ou queapresentarem elevao tardia do TSH poderoser perdidas. Elevaes tardias de TSH soparticularmente comuns nas crianas com baixopeso ao nascimento (PN

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    sequncias diferentes mostrou que uma crianaentre 93.000 triadas no seria diagnosticadacom a abordagem inicial com T4, o que noaconteceria, caso se utilizasse o TSH como oexame inicial. Os resultados indicaram que asduas abordagens apresentam sensibilidadessemelhantes para a triagem neonatal doHC30(B).

    RecomendaoNo Brasil, a triagem neonatal para HC

    realizada atravs da dosagem de TSH em papelfiltro, seguida de dosagem de T4 total e livre,quando necessria. Esta estratgia eficaz etambm adotada em outros pases30(B).

    9. OS TESTES DE TRIAGEM COM RESULTADOSALTERADOS DEVEM SER CONFIRMADOS?

    Os testes de triagem neonatal para HC noso diagnsticos e os resultados alteradosdevem ser confirmados, por mtodosquantitativos de rotina para as dosagens deconcentraes sricas de TSH e T4Total (T4T)ou T4Livre (T4L), realizadas em amostrassanguneas coletadas por puno venosa.Estudos populacionais mostram que asensibilidade e a especificidade dos testes detriagem neonatal para HC so elevadas22,23(B).No entanto, o nmero de casos falso-positivospode ser alto. Em estudo retrospectivoamericano, que encontrou sensibilidade eespecificidade de 100% e 98%, res-pectivamente, o valor preditivo positivo ficouem torno de 1,9%23(B). Outro estudoamericano, recente, avaliando 600.000crianas por meio da coleta em papel-filtro,com dosagem de TSH por mtodoimunofluorimtrico, encontrou 165 recm-nascidos com TSH 20 microUI/mL.

    Destes, 56 (33,9%) foram confirmados pordosagens quantitativas de TSH e T4

    31(B).

    No Brasil, tambm tem sido demonstradaalta ocorrncia de falsos positivos32,33(A). Estudoretrospectivo, realizado no estado de SantaCatarina, visando avaliar o programa derastreamento neonatal local, que utiliza dosagemde TSH neonatal por imunofluorimetria (papelfiltro), confirma tal achado. Entre 390.759crianas rastreadas, 590 testes alterados foramdetectados. Porm, avaliao clnica elaboratorial (dosagem de T4 e TSH em sanguevenoso), o diagnstico foi confirmado em 123(20,8%)24(C).

    RecomendaoOs testes de triagem para HC com resultados

    alterados devem ser confirmados por meio dadosagem quantitativa venosa de TSH, T4/T4-livre23(B)32,33(A).

    10. QUANDO O TRATAMENTO DEVE SERINICIADO?

    O principal objetivo do tratamento do HC a possibilidade de prevenir o retardo mental,tendo em vista o papel determinante que ohormnio tireoidiano desempenha nodesenvolvimento cerebral. O tipo decomprometimento encontrado depende da faseem que a deficincia hormonal ocorreu.Quanto mais precoce o incio do tratamento,melhor o prognstico em termos dodesenvolvimento global da criana. Um estudoretrospectivo, realizado com crianas comidades entre 6 e 10 anos, tratadas por HC noprimeiro ms de vida, mostrou que as crianastratadas 30 dias aps o nascimento apresen-taram piores resultados em comparao s

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    tratadas previamente. A gravidade da doena ea precocidade do tratamento influenciaram aevoluo mental34(B).

    Em anlise retrospectiva, sessenta e umpacientes com HC foram avaliados quanto aodesenvolvimento mental e psicomotor (ndicede desenvolvimento mental - IDM e ndice dedesenvolvimento psicomotor - IDP) com 10 e30 meses de vida, segundo o tratamentorecebido. Os pacientes foram divididos em 4grupos de tratamento com levotiroxina: incioantes de 13 dias de vida com dose alta ( 9,5g/kg/d) ou dose baixa (

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    em jejum. Manter 30 minutos semalimentao. Em caso de vmitos imediatos,repetir a mesma dose. Com boa absoro porvia oral, e com meia-vida de aproximadamente7 dias, a levotiroxina administrada em dosenica diria38(D).

    RecomendaoO tratamento do HC deve ser iniciado o

    mais precocemente possvel, preferencialmenteantes de 13 dias de vida. recomendadalevotiroxina via oral, na dose inicial de 10-15g/kg/dia21,37(B).

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